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CONHECIMENTO

Descartes: Argumento Ontológico


Argumento a priori; A existência de Deus é a conclusão necessária de ideia de
ser perfeito, a existência de Deus é necessária, porque a sua existência está
contida necessariamente na sua essência: logo, Deus é e existe.

A EXISTÊNCIA ESTÁ CONTIDA


IDEIA DE UM SER
PERFEITO
NECESSARIAMENTE NA DEUS EXISTE
ESSÊNCIA

Tipos de ideias
Ideias Inatas – Ideias que já nascem connosco e que são descobertas
racionalmente.
Ex. ideia de existência, de verdade, ideias da matemática;
Ideias Factícias (imaginação) – Ideias fabricadas pela imaginação.
Ex. sereia, centauro, lobisomem;
Ideias Adventícias (sentidos) – Ideias que têm origem na experiência sensível.
Ex. oceano, cavalo, árvore;
Ideias Simples – Ideias que derivam das impressões correspondentes.
Ex. cor verde, montanha, oiro;
Ideias Complexas – Ideias que resultam da combinação pela imaginação de
várias ideias simples.
Ex. montanha de oiro, cavalo alado (unicórnio), sereia;

Argumento da Marca Impressa


O cogito é uma substância pensante que duvida e, por isso mesmo, imperfeito
e limitado. Para se reconhecer como imperfeito, tem de ter em si a ideia de
perfeição, com a qual se compara. Não pode ter sido adquirida pelo sentidos
(ideia adventícia), porque nada que alguma vez tenha observado é perfeito.
Também não pode ter sido uma invenção sua (ideia factícia), porque um ser
imperfeito não pode ser a causa de uma ideia que o ultrapassa. Assim, a ideia
de perfeição é uma ideia inata colocada na sua mente por um ser perfeito –
Deus-, que a deixou como a marca de um artista impressa na sua obra.
Argumento é a posteriori, baseia-se no princípio de causalidade aplicado às
ideias que existem no nosso espírito. Enquanto ser imperfeito e finito,
Descartes não pode ser a causa da ideia de uma substância perfeita e infinita,
logo, só o ser absoluto é causa da ideia de perfeição que encontrou no seu
pensamento.

IDEIA DE PORQUE NÃO PODE TIRAR É UMA IDEIA INATA


PERFEIÇÃO DUVIDA É DE SI A IDEIA DE COLOCADA POR UM DEUS EXISTE
IMPERFEITO PERFEIÇÃO SER PERFEITO

Argumento da causa da existência do cogito


Esta prova da existência de Deus encontra-se em íntima relação com a prova
anterior e é, também ela, a posteriori.
O cogito é um ser pensante que duvida, logo, é imperfeito, porque se não o
fosse teria todas as qualidades e todos os conhecimentos. Como ser imperfeito
finito e contingente, o cogito não pode ser a causa de si mesmo. Se existe é
porque um ser superior o conserva. Assim, conclui-se que Deus existe e é a
causa criadora e conservadora da existência do cogito. Para além disso, Deus
existe por si e não depende de nenhuma outra cousa (é causa sui).

DEUS É A CAUSA
IMPERFEITO, NÃO PODE SER DEUS EXISTE E É
COGITO CRIADORA E
FINITO E A CAUSA DE SI CAUSA SUI
CONSERVADORA DO
CONTINGENTE PRÓPRIO
COGITO
Provas da existência de Deus:
Argumento ontológico – a existência de Deus é a conclusão necessária da ideia
de ser perfeito;
Argumento da marca impressa – o cogito tem em si a ideia de perfeição, que
uma ideia inata, colocada na sua mente por Deus, como a marca de um artista
impressa na sua obra;
Argumento da causa existência do cogito – o cogito, como ser imperfeito, finito
e contingente, não pode ser a causa de si mesmo, do que se conclui que Deus
existe e é a causa criadora e conservadora da existência do cogito.

David Hume – Resposta Empirista


Segundo David Hume, o ponto de partida para o conhecimento são as
perceções , que são tudo o que há na nossa mente. A perceção é o processo
pelo qual, começando pelos nossos sentidos, adquirimos informação acerca do
mundo.
As perceções podem ser de dois tipos: impressões ou ideias.
As impressões e ideias distinguem-se pelo grau de força ou de vivacidade:
- As impressões ou as sensações são as perceções mais vivas e fortes, podem
ser externas ou internas – as externas são obtidas pelos dados dos sentidos; as
internas pelas emoções, como o medo, a alegria, etc.
- Todas as ideias ou pensamentos derivam das impressões (recordações) e,
como tal, menos vivas e menos intensas; estas são produto da memória ou da
imaginação;

Associação de ideias
A associação de ideias rege-se por leis:
- Semelhança – se dois objetos de assemelham, então a ideia de um objeto
conduz à ideia de outro objeto;
Ex. A pintura corporal de um papagaio faz lembrar o papagaio original;
- Contiguidade no espaço e no tempo – quando duas ideias são contíguas no
tempo e no espaço, a consideração de uma delas lembra a consideração da
outra;
Ex. Pensar na minha festa de aniversário faz-se recordar a decoração, o bolo, os
convidados, etc.
- Relação de causa e efeito – a consideração de dois objetos como estando
ligados por uma conexão necessária
Ex. Ao recordar uma pessoa ferida, também penso na dor que ela deve ter
sentido (causa: ferida; efeito: dor);

Tipos de conhecimento
Relações de ideias – Conhecimento à priori, expressa verdades necessárias e
nega-las implicaria entrar em contradição. Nada nos diz sobre o mundo.
Ex. O quadrado tem quatro lados;
Questões de facto – Conhecimento à posteriori, expressa verdades
contingentes e nega-las não implicaria contradição. São sobre o que existe no
mundo.
Ex. A camisola do João é verde;

Principio da Causalidade: Princípio que defende que o acontecimento de algo é


sempre procedido por uma causa e que existe uma conexão necessária entre
uma causa e o seu efeito
A ideia de conexão necessária entre dois acontecimentos não é resultado de
qualquer impressão; o que verificamos é uma conjunção constante entre os
acontecimentos, o que nos leva a considerar que há relação de causalidade
entre eles.
Quando vemos uma bola de bilhar a colidir com outra, verificamos que a
segunda se move, concluindo que o acontecimento A causou o acontecimento
B. Quando esta conjunção se torna constante, somos levados sempre a esperar
B sempre que observamos A.

IMPRESSÃO DO IMPRESSÃO DO CONJUNÇÃO


ACONTECIMENTO A ACONTECIMENTO B CONSTANTE
Costume
Quando observamos repetidamente um conjunção constante entre os
acontecimentos, cria-se em nós a expectativa de que os mesmos ocorram no
futuro, levando-nos a pensar que um não pode ocorrer sem outro.

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