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Resumo
ORGANIZADORAS: ANDRÉA KNABEM, CLÁUDIA SAMPAIO CORRÊA DA SILVA E MARUCIA PATTA BARDAGI
projeto de vida, uma noção antropológica que vem sendo
desenvolvida por Boutinet (2002) e que enfatiza a nossa
cultura como uma cultura do projeto. A disciplina está
fundamentada no tripé: conhecimento de si, conhecimen-
to do mundo do trabalho e
em 2003, na Universidade Federal de Santa Catarina, para
atender a demanda de alunos por orientação no Centro
de Psicologia Aplicada, desde então, desenvolveu-se em
diferentes formatos e abordagens. A orientação para a
carreira na teoria histórico-cultural utilizada enfatiza a re-
lação entre indivíduo e sociedade na constituição de uma
subjetividade e na qual o papel do orientador é atuar na
facilitação da
de relações sociais, as dinâmicas de grupo e discussões
sobre as temáticas da carreira e do projeto de vida se
evidenciam na expressão dialógica do orientador com os
alunos. As temáticas são levantadas a partir do interesse
do grupo em uma construção compartilhada, na qual a
ênfase é o mundo do trabalho e os diferentes tipos de
carreira. Na relação entre trabalho, atividade e formação
universitária a atenção dos alunos se volta para a neces-
sidade de construção de um projeto de vida e trajetória
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da autora, ocupou, e, ao mesmo tempo, promover uma
Introdução
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entre outros, nos quais estão explícitas as relações e con-
tradições entre educação e trabalho. Existe “uma estreita
ligação entre educação (escola) e trabalho; isto é, consi-
dera-se que a educação potencializa trabalho” (Saviani,
1994, p. 1). O autor avalia que a educação é funcional ao
sistema capitalista, não apenas ideologicamente, mas,
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-
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ocupação dos novos cargos gerados e disponíveis pelo
-
das pelas circunstâncias atuais do sistema produtivo,
guiados por uma crença no determinismo tecnológico
(Feenberg, 2005).
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A tecnologia na contemporaneidade
oportunidades de trabalho.
A aposta que o Ensino Superior tem feito no de-
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tecnológico como um todo, sendo, portanto, comuns os
discursos que entendem a tecnologia como neutra por
sua função e que apoiam a ideia de que o desenvolvi-
mento tecnológico é o grande propulsor do progresso
e avanço das civilizações (Feenberg, 2001, 2003, 2005).
No entanto, para Feenberg, a tecnologia não é neutra
e é uma das maiores fontes de poder nas sociedades
modernas; o autor apela para uma crítica a essa visão
determinista da tecnologia (Feenberg, 2005). É simples
constatar que a experiência promovida pela tecnologia
na contemporaneidade nos permite perceber uma gran-
de aceleração do tempo e compressão do espaço em
nossas relações cotidianas.
Com maior acessibilidade às demandas do mundo
globalizado, o sujeito se conecta com mundo por meio
de uma hiperlocalização sociotécnica. Tais relações so-
ciotécnicas na vida moderna se tornaram cada vez mais
organizadas para um outro tempo e ritmo, conforme
indicam Santos e Azevedo (2019), para o ritmo do “tempo
real”, instituído pelas mídias digitais.
Para o contexto das carreiras, a hiperlocalização
afeta os jovens em um comportamento de novos .
, um sujeito
que vagueia em tempo e espaço como um observador
atento a tudo a seu redor e que, no entanto, não se apega
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Com efeito, é necessário pagar um “pedágio” para se estar
nesse “lugar de trocas”, “social”, “público”, veloz e onipresente
(o acesso – ou sua impossibilidade – a um computador ou
mesmo um outro aparato tecnológico – tablets, smartphones
e outros gadgets – conforma essa primeira barreira para a ins-
crição dos indivíduos nessa que constitui hoje a nova ágora).
(Andrade Pereira & Sato, 2016, p. 244)
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tituições de ensino e o preparo do jovem para o ingresso
no mundo do trabalho.
Se a generalização do acesso à universidade é o que
tem levado as instituições de formação superior a uma de-
manda cada vez maior de jovens, agora é preciso reinventar
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corroboramos o pensamento de Andrew Feenberg (2003)
sobre a não neutralidade da tecnologia. Dessa forma, “é
porque estamos sem saber aonde estamos indo e por que
-
universidade
pública a recorrer à privatização das suas funções para
compensar os cortes orçamentais (de Souza Santos, 2013).
É preciso desenvolver espaços de intervenção
nas políticas de inovação tecnológica, posto que nosso
fracasso está em permitir a imposição de domínios tecno-
lógicos regidos por códigos técnicos e tecnológicos que
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mundo do trabalho e, também, a importância do preparo
dos próprios professores, que, atualmente, já usam ferra-
mentas tecnológicas voltadas para a aprendizagem.
Isso remete a pensar o desenvolvimento de disci-
plinas que concorram para a autonomia do aluno e que
possam desenvolver a sua capacidade de socialização.
Dessa forma, integram-se na instituição educativa em
várias dimensões concretas na elaboração de disciplinas
que envolvem a capacidade de socialização dos sujeitos.
A formação em curso no
como tema polêmico e vem suscitando uma série de
universi-
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que hoje se atribui à formação integral do aluno que a
disciplina do Planejamento de Carreira almeja.
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temas para a disciplina, temas estes que se constituem ao
articular uma hierarquia mais horizontal de comunicação
sobre as demandas no debate com os alunos.
A experiência com a disciplina em turmas distintas
já percorreu mais de 19 anos, e os valores dos diferentes
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novas aprendizagens inter e transdisciplinares são neces-
sárias. O que ocorre ao ofertar a disciplina entre alunos
de diferentes períodos e graduações é que se permitem
otimizar as contribuições dos alunos de uma forma am-
pliada, tanto em termos do autoconhecimento como no
desenvolvimento pessoal e relacional.
Na atividade dialógica em sala de aula se observa
a busca ativa dos alunos iniciantes sobre informação de
disciplinas e dos múltiplos itinerários curriculares possí-
veis na formação acadêmica. Desse modo, a qualidade
da troca de informações na disciplina é ampliada como
uma resposta às novas demandas sociais. A capacidade
expressiva dos alunos é expandida e se pode estimular
-
tencial de desenvolvimento. Deste modo se habilitam os
alunos a lidar com o futuro trabalhando diferentes dimen-
sões que envolvem o contexto contribuindo para que o
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A atualidade da disciplina no contexto virtualizado
permitiu um maior número de alunos em aulas desen-
volvidas a partir do Google, com a ferramenta do Google
Classroom. O conhecimento da ferramenta permitiu aos
alunos o acesso a textos e temas selecionados sobre uma
realidade do mundo do trabalho. Nos encontros virtuais,
-
postos e analisar um mundo do trabalho em constante
transformação.
Cada encontro no Google Classroom teve a duração
de duas horas, sendo que os alunos utilizaram a platafor-
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mundo do trabalho impacta nas expectativas de carreira
dos alunos. É nesse contexto que se desenvolve o projeto
de vida na disciplina, o projeto é vivido como superação
subjetiva da objetividade e, ao mesmo tempo, “integra um
futuro entrevisto e um passado rememorado” (Boutinet,
2002, p. 57).
A noção de projeto de vida, desenvolvida por Bou-
tinet (2002), traz algumas dimensões que são essenciais
para a análise do desenvolvimento do aluno. A análise e
o diagnóstico da situação, o esboço de um ajuste entre
o possível e o desejável e a determinação de opções
estratégias: todas essas dimensões do projeto de vida se
relacionam com a formação na disciplina.
Para operacionalizar a noção de projeto de vida são
necessárias categorias abrangentes da multiplicidade e
complexidade dessas interações entre estruturas psico-
lógicas e sociais, permitindo uma abordagem holística
das direções essenciais, nas quais a identidade pessoal
e social é construída (Hernández & Ovidio, 2000). Para
Boutinet (2002), a conduta do projeto é uma necessidade
vital, assim como uma oportunidade cultural e um desa-
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A disciplina de Planejamento de Carreira desen-
volve, antes de mais nada, as atitudes de preparo sub-
jetivo para um futuro e pressuposto lugar no mundo do
trabalho. O planejar é uma atitude de antecipação da
ação do sujeito no mundo se desenvolve com a utilização
de recursos de elaboração e da exploração de informa-
ções disponíveis, assim como na busca ativa por essas
informações. O instrumento de colocar em prática uma
proposta de Planejamento de Carreira envolve o aluno
em algo dinâmico que pode ser revisado periodicamente,
permitindo mudanças e reformulações, ou seja, de modo
que a carreira seja repensada e replanejada ao longo da
aposentadoria.
as
-
be a importância da articulação do conhecimento teórico
com a aplicação prática do saber. Igualmente, percebe a
relação entre o sistema de ensino, no caso, a universida-
de, e uma formação para o trabalho. Ao mesmo tempo, a
responsabilidade pela inserção e permanência no merca-
do de trabalho não deve recair somente sobre os alunos,
uma vez que não se pode acusar a vítima, pois, nesse
período de transição, as inúmeras exigências contextuais
levam o jovem a mudar suas decisões que afetam o seu
projeto de vida.
A
carregado de sentidos subjetivos que são construídos
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do trabalho e ao -
to, uma subjetividade descolada da realidade, a escolha
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Resultados associados à disciplina de Planejamento
de Carreira
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No entanto, sempre tendo em vista a urgência de
medidas de apoio psicológico maior para os alunos na
universidade tecnológica, a solução encontrada foi bus-
car uma oferta regular de turmas optativas. A disciplina
no formato optativo permite um grau elevado de troca
de informação entre os universitários, sem o critério de
exclusividade de matrícula para alunos de último ano. As-
sim, o desenvolvimento de práticas de mútuo apoio para
o desenvolvimento da carreira acadêmica se faz possível.
As turmas mistas e interdisciplinares permitem o
atendimento logo após o ingresso no ambiente univer-
sitário. Na sala de aula, o clima de indecisão sobre as
de
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A tomada de decisões e as múltiplas escolhas
repercutem em frequente indecisão e ansiedade, isso
quando não estão seguidas de problemas de aprendi-
zagem e de complexas e contraditórias emoções sobre
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moderna sociedade industrial, baseado nos princípios de
igualdade, reconhecimento do êxito individual e cresci-
mento econômico e social, contrapondo-se aos modos
de vida ligados à tradição, predominantes na sociedade
feudal (Chanlat, 1996). Autores apontam a necessidade de
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que tenho que ser muito melhor do que os homens para
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debates e as falas que ilustram a discussão: “professora,
no meu caso, de Arquitetura, para conseguir um estágio
e me formar eu tenho que fazer um trabalho gratuito,
porque não existe estágio remunerado na minha área”,
“eu aceitei como engenheiro mecânico um trabalho de
800 reais por mês e desisti do meu trabalho anterior
como farmacêutico, porque senão eu não teria nenhuma
experiência na minha área quando eu me formasse. Eu
sei que é difícil sair de um salário de 1.600 para um de
800, mas foi uma escolha consciente”.
-
mento próprio, não importando a categoria predominante
dos demais empregados da empresa ou do empregador
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Assim, a sala de aula permite ao aluno realizar
novas escolhas com uma força mais coletiva e social.
Para Hall (2006), o indivíduo, na cultura contemporânea,
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disciplina e ele me indicou que estavam precisando de
gente na Volvo, então eu fui lá e consegui”.
No contexto do turbulento mundo do trabalho, a
própria gestão de pessoas dentro das empresas se torna
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etc.!”, “boa sorte!”.
A vivência da situação de busca de vaga de está-
gio vai aos poucos minando as forças do jovem, que vê
sua motivação esvaindo-se sobre tentativas frustradas
de obter a tão almejada vaga. Sofrem pouco caso por
parte de atendentes que são, muitas vezes, funcionários
dos edifícios nos quais se localizam os endereços das
empresas, sendo bem ou mal atendidos. Muitas vezes, é
atender os candidatos.
No entanto, na disciplina, o aluno recebe um apoio
formal e informal na medida em que compartilha com
os demais as mesmas angústias e necessidades, como
neste relato: “mas foi um passo importante para mim a
disciplina, porque me ajudou a perceber o que eu não
estava fazendo correto nos processos seletivos” ou ainda
“eu posso dizer que hoje eu sou uma pessoa diferente,
-
mo ou de falar em público”.
O “não ter um lugar” para se inserir no mercado
envolve os jovens em idade produtiva em um sentimento
de vulnerabilidade e impotência quanto à sua carreira pro-
uni-
versidade e o mercado de trabalho, como nestes relatos:
“eu tentei, acho que iria me sair muito bem, eu dei o meu
melhor mesmo no processo seletivo, mas não foi dessa
vez”, “eu tinha certeza que eu tinha passado, fui bem na
entrevista, na dinâmica de grupo, não sei o que aconteceu”.
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de valorização do trabalho. A crescente postergação do
ingresso dos jovens no mercado de trabalho e a maior
redução no tempo do trabalho dos adultos, em combi-
nação com a ênfase no ciclo educacional ao longo da
vida, representam novas possibilidades para o trabalho
no mundo.
Esse contexto gera a dúvida e a insegurança em
relação às poucas vagas e oportunidades de trabalho,
acelera a competitividade na universidade e promove um
acirrado combate de notas. Podemos notar essa situa-
ção neste relato: “o meu IAA (índice de aproveitamento
acadêmico) é baixo, quer dizer é sete, mas eu não sei se
isto importa para o mundo do trabalho ou não”. Para Po-
chmann (2012), o jovem encontra-se inserido no contexto
mais amplo das transformações tecnológicas oriundas
da reorganização da produção ao longo das três últimas
décadas. Desse modo, compreender as metamorfoses na
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O hiato entre a análise do autoconhecimento e o
conhecimento da situação atual auxiliam o aluno a des-
crever suas emoções e sentimentos, como neste relato:
“encontro-me desempregado e dedicando todas as mi-
nhas energias somente aos estudos”.
O aluno na disciplina acaba analisando o acesso ao
mundo do trabalho e os hábitos de estudo, assim, efetiva-
mente acaba por priorizar os estudos e a preparação para
o mundo do trabalho, percebe que os estudos podem
contribuir mais com o seu Desenvolvimento de Carreira,
do que somente o acesso a um estágio. Muitas vezes,
o aluno deveria relatar como se encontra ou descreve
o momento vivido, como neste trecho: “sou feliz com a
escolha de meu curso e também com a universidade que
escolhi, entretanto, sinto que não tenho dado o máximo
de mim para chegar ao meu objetivo, que é me formar.
Pretendo melhorar”.
Nas aulas, discute-se a relação entre o conheci-
mento teórico que a universidade favorece e o prático
que as experiências de estágio possibilitam. No entanto,
essa relação é muito perversa, uma vez que a formação
-
ca coloca o formando em contato com uma realidade de
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Quanto ao Planejamento de Carreira, o aluno aponta:
“meu sonho é em um futuro próximo ter uma vida estável,
possivelmente empreendendo e/ou em um bom em-
prego que atenda as minhas expectativas, ter as pessoas
que amo próximas a mim e poder contribuir de alguma
forma com o bem comum”. Realizar seu Planejamento de
Carreira fez a maioria dos alunos perceber que deve ser
multifuncional e que, se melhorar as suas competências e
conhecimentos, pode realizar os seus sonhos.
Para Castells (2005), o conhecimento assume o
papel de principal fator de produção na chamada “era da
informação”, mas deveria ser um conhecimento eminen-
temente aplicável em condições reais de vida e em con-
textos reais de trabalho. Desse modo, o aluno deve saber
trabalhar com escassez de recursos e percebe que essa
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tunidade realmente que eu tenho de me relacionar com
os colegas”.
É importante considerar que esse é um processo
lento e gradual, assim como os interesses pelos colegas,
que podem ser um diferencial na disciplina de Planeja-
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do mundo do trabalho. Em
que a disciplina apresenta um conjunto de informações
que permite a apropriação também de uma visão mais
crítica sobre os efeitos da tecnologia aplicados ao pro-
cesso produtivo.
Observa-se que o debate em sala de aula contribui
para a constituição de um sujeito e uma subjetividade
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Na busca de soluções para as angústias e proble-
mas vividos pelos alunos, a atuação do psicólogo, mesmo
no modo remoto, enquanto professor universitário, tem
auxiliado os jovens – por meio da disciplina de Planeja-
mento de Carreira, para pensar o seu projeto de vida para
além da pandemia. A categoria projeto de vida é desenvol-
-
gurando um projeto de vida. Velho (2003, p. 101) entende
a noção de projeto como: “a conduta organizada para
-
pação da futura trajetória e
seu projeto, o sujeito se utiliza da dimensão da memória,
de modo a considerar não somente a ação do presente,
-
mentos passados. Mesmo com a pandemia, a disciplina
segue o seu curso de forma remota, e se trouxe algum
obstáculo para as práticas das dinâmicas de grupo, por
outro lado favoreceu o desenho de um projeto de vida
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em busca do autoconhecimento e do conhecimento
do mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, o papel do
professor também é o de um orientador de carreira,
que deve se colocar em constante exercício de apoio.
Percebe-se que a disciplina de Planejamento de Carreira
aponta limites, mas favorece as possibilidades de uma
maior adesão ao curso e a universidade.
A
de apoio a cada aluno, auxilia o estudante universitário a
superar obstáculos que podem gerar medo e insegurança
sobre o seu futuro. No modo remoto, a disciplina favorece
alguns aspectos comunicativos e expressivos do sujeito
por meio da realização de vídeos e de tutoriais para auxi-
liar o processo de entrevista de recrutamento e seleção.
O contexto da tecnologia possibilitou o uso da
ferramenta do Classroom na disciplina, que envolveu:
-
mento, aplicação de testes de âncoras de carreira, entre
outros instrumentos. A autoaplicação da minha história de
carreira foi um dos exercícios de autoconhecimento mais
apreciados pelos alunos.
A busca pela disciplina tem aumentado ao longo
dos anos e os resultados narrados pelos alunos demons-
tram sua satisfação. É preciso enfatizar que, na relação
entre o homem e a sociedade, tanto a tecnologia quanto
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atuais, que conduza a uma
por
outro lado, a tecnologia foi, ao longo da história, desen-
volvendo-se para facilitar a vida humana em sociedade,
agora, mais do que nunca, deve ser voltada a resolver os
grandes problemas sociais provenientes da pandemia e
da própria tecnologia.
O mundo do trabalho, em seus vários segmentos,
seja na indústria, no trabalho do autônomo e na presta-
-
te mudança.
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como uma prática que tem sido analisada por diferentes
grupos sociais como favorecendo o desenvolvimento
-
gar a dimensão subjetiva e emocional que envolve as
realizações de projetos de vida, nos quais os valores
tradicionais, hábitos e padrões de comportamento são
afetados pelo contexto social e cultural.
As tecnologias voltadas unicamente para o desen-
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emoções envolvidas nas tomadas de decisão que cercam
o Planejamento de Carreira representam a necessidade
dos serviços de orientação nas universidades.
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