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FORMAÇÃO DOCENTE

DESAFIOS E CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO DE


PROFESSORES

Tutor(a) Externo(a): Nilza Regina Mello


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Artes Visuais (ART 0313) – Seminário da Prática II
30/06/2018

RESUMO

A formação docente é uma preocupação de todos os profissionais que tem na vida o papel de indicar o
caminho, e encontra na atualidade sérios desafios, mesmo com dificuldades há um grupo que conseguem
manter seu ímpeto de luta e de ideal, o que comprova a urgência de um trabalho de reorganização e suporte
a profissão docente. Novas tecnologias, novas possibilidades a educação, exigi uma nova postura do
educador e novas conexões com o aluno e abre espaço a uma formação virtual que é interessante para o
aluno e seu futuro, uma linguagem digital realidade que não pode ser negada mais pela escola, há
profissionais que não se sente preparado mas deve haver novas aprendizagens aos docentes e os futuros
profissionais da área. Os novos desafios passam pela continua formação e qualificação de recursos
humanos, mudando o social e acreditando em seu potencial, não basta avanços tecnológicos é necessário
transformar as formas de ensinar pois é a profissão que trabalha lado a lado com o ser humano e ambos
partilham o conhecimento.

Palavras-chave: Formação, Desafios, Professor.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo visa refletir sobre a realidade do professor na atualidade, quando pensamos
o professor vem em mente a imagem de uma profissão responsável por indicar o rumo, a orientar
todas as outras profissões.

A atualidade propõe ao ser humano novos desafios seja eles tecnológicos a níveis de novas
síndromes da área da saúde, o professor incluso nesta dimensão sente de perto como testemunha
ocular a realidade das futuras gerações, que traz em cada aluno ou marcas dos seus familiares e
sociedade que tudo passa rapidamente e descartavelmente, sem esquecer de dar conta as novas
inclusões, seja de pessoas com necessidades especiais, seja saber administrar com um olhar clinico
as novas síndromes de saúde dos seus formandos tudo isso em meio a uma educação que pede
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socorro em todas as dimensões desde o profissional a passando pelo ambiente de trabalho até os
cuidados governamentais.

Neste paper, portanto, encontrará a preocupação já observada por todos, que se faz
necessário a preparação dos futuros docentes para que possa encontrar caminhos para superar os
desafios em sua formação, que se inicia na sua faculdade ou formação e continuar ao longo de suas
atividades docentes. Conforme Nóvoa (1995), o sistema de ensino mudou e a sociedade pluralista
requer valores diferentes e contraditórios.

Expostos a tantos pontos que nos leva a refletir sobre a profissão professor, a pesquisa foi
concentrada na leitura de textos já existentes, na internet e através da escuta de profissional da área,
e os membros da equipe trocaram materiais individualmente pesquisados.

Inicialmente se aborda sobre a realidade do professor na atualidade e as dificuldades, que o


leva a discutir sobre o que é próprio da função, os valores e a perda de identidade no âmbito da
competência técnico-didático e cientifico, em uma sociedade multicultural e multilíngue.

Na sequência aborda-se a importância das novas tecnologias no processo de ensino e


aprendizado que acontece no espaço virtual onde se atenta para a escola e o professor se adaptarem
as novas plataformas e conceitos da sociedade digital.

Por fim a reflexão continua no processo da formação docente em uma pratica continuada
que seja bem pensada, desde a formação inicial de professor ainda na faculdade, ao profissional
atuante no decorrer da profissão.

2 PROFESSOR E A CONTINUA CAPACITAÇÃO

2.1 A REALIDADE DO PROFESSOR NA ATUALIDADE (EXIGÊNCIAS, DESAFIOS E


CAMINHOS).

Nos dias atuais nunca foi tão difícil ser professor. A trajetória da profissão docente tem
exígua ligação com a história da educação escolar e com o dilema e desafios por ela enfrentados.

O processo de industrialização promoveu reflexos organizacionais empresariais, nos padrões


taylorista-fordista retratados no âmbito escolar, inibindo do professor, em grande medida, a função
de pensar/agir sobre o processo pedagógico, função que coube aos especialistas.
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A relação vertical dos órgãos oficiais educacionais ao preconizar reformas e novas propostas
educacionais, vêm lançando o professor das discussões próprias da função.

Nas últimas décadas, a profissão docente depara-se com um processo de


valorização/desvalorização, crítica e perda de identidade. Já no âmbito da competência técnico-
didática e científica, o professor veio construindo o conhecimento com o qual trabalha sustentando-
se nos estatutos da modernidade que têm na ciência, a verdade absoluta, indiscutível.

Segundo Alves & Garcia (2000), a educação sempre esteve associada a um projeto, a um
sentido e fica difícil para o professor perceber seu papel numa escola onde sua autoridade não é
mais construída pela certeza de métodos e técnicas.

Para Forquin (1993), frente à mudança contínua e rápida que direciona nossas propostas de
vida e trabalho, a grande preocupação do professor passa a ser a legitimidade da coisa ensinada, no
que se refere ao seu valor educativo, consistência e interesse despertado.

O trabalho a partir da cultura assimilada como herança coletiva e patrimônio intelectual e


espiritual requer a alteração dos limites das comunidades particulares, o que coloca para a escola e
para o professor novas conformações de trabalho e ultrapassagem de fronteiras. − “Que é pois que,
nos conteúdos vivos da cultura, nas significações que atualmente têm poder de interpelar nossos
pensamentos e de regular nossas existências, pode ser considerado como um valor educativo que
justifique um determinado sistema de ensino? ” (Forquin,1993).

As atuais gerações conectadas, o acesso ao conhecimento se dá sincronicamente através da


influência da mídia (televisão, Internet, revistas, cinema, vídeos etc.) e das relações que se dão na
sociedade, como os grupos de amigos, as tribos urbanas com valores específicos e maneiras
singulares de se vestir, a música, o futebol, a igreja e outras.

Na sociedade pós-moderna, a alternância de valores e significações, em que a própria


destruição do homem também está posta, os professores sentem-se irresolutos. Como desviar suas
funções frente à validação de todas as formas de ser e estar na sociedade?

De acordo com Nóvoa (1995), a configuração do sistema de ensino mudou radicalmente e


encontramo-nos, por um lado, perante uma autêntica socialização divergente: a de uma sociedade
pluralista, com modelos de educação opostos e valores diferentes e contraditórios e, por outro, a da
diversidade própria da sociedade multicultural e multilíngue. A consolidação do campo cultural,
linguístico e comportamental em que se afirmava a escola, obriga hoje a uma ação diversificada na
atuação do professor.
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Alves & Garcia (1993) afirmam que as necessidades de mercado salientam para a
diminuição crescente de mão-de-obra em função da evolução da informatização e robotização
industrial, causando desemprego em larga escala, além da altíssima concentração de renda
restringindo oportunidades de vida e trabalho. Somam-se ao desemprego, a violência e a falta de
perspectivas pressionando o professor a encontrar respostas que transcendem as suas possibilidades
de formação.

Esteve (Apud. Nóvoa, 1995, p. 95) ressalta o que chama de mal-estar docente, como o
conjunto de reações dos professores, como grupo profissional que se desajusta frente à mudança
social. Enfatiza causas de primeira ordem, que afetam diretamente sobre a ação do professor na sala
de aula (imposições administrativas, isolamento etc.), provocando emoções negativas, e de segunda
ordem, as condições ambientais do contexto onde exerce a docência (falta de tempo, material
adequado, excesso de alunos, condições salariais precárias), com ação direta sobre a motivação e
desempenho na função.

A batalha da profissão neste cenário complexo aponta um grupo de profissionais que


começa a demonstrar visíveis sinais de esgotamento. Maslach e Jackson (Apud CODO, Wanderley,
1999, p. 238) defendem a chamada síndrome de burnout (síndrome da desistência), que é exposta
como uma reação à tensão emocional crônica gerada pelo contato direto e excessivo com outros
seres humanos preocupados e com problemas. Tal processo de exaustão emocional,
despersonalização e desistência da profissão, mesmo em atividade, já está presente em nossas
escolas, ameaçando os objetivos da função docente e da própria educação escolar.

Mesmo estando à frente de dados tão preocupantes, sabe-se que há um grande contingente
de professores que se mantem ativo em sala de aula, incluindo os que conservam seu ímpeto de luta
e ideal, o que comprova a urgência de um trabalho de reorganização e suporte à profissão docente.

2.2 A IMPORTÂNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM

As Novas Tecnologias da Informação vêm abrindo novas possibilidades à educação,


exigindo uma nova postura do educador. Com a utilização de redes tecnológicas na educação, pode-
se alcançar informações nas fontes, conexão com alunos e professores a qualquer hora e local,
possibilitando o desenvolvimento de trabalhos com troca de informações entre escolas, estados e
países.
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O acesso à Internet nas escolas permite que a aprendizagem ocorra frequentemente no


espaço virtual, que precisa ser inserido às práticas pedagógicas. A escola é um espaço privilegiado
de interação social, mas este deve interligar-se e integrar-se aos demais espaços de conhecimento
hoje existentes e integrar os recursos tecnológicos e a comunicação via redes, permitindo fazer as
pontes entre conhecimentos se tornando um novo elemento de cooperação e transformação. A
maneira de produzir, armazenar e disseminar a informação está mudando, o enorme volume de
fontes de pesquisas é aberto aos alunos pela Internet.

A importância de inserir novas tecnologias em ambientes escolares é para gerar


possiblidades pedagógicas. A escola pode passar a ser um ambiente mais interessante na formação
do aluno para o seu futuro. A aprendizagem está focada nas diferenças individuais e na qualificação
do aluno para torná-lo um utilizador independente da informação, capaz de usar vários tipos de
fontes de informação e meios de comunicação.

Às escolas competem à introdução das novas tecnologias de comunicação e coordenar o


processo de transformação da atuação do professor, que é o principal ator destas mudanças, preparar
o educando a buscar corretamente a informação em fontes de vários tipos. É importante também,
informar toda a comunidade escolar, principalmente os alunos, da importância da tecnologia para o
desenvolvimento social e cultural.

Nota-se que, as novas tecnologias podem ser trabalhadas no currículo e através da ação do
professor, além de estimular o uso das novas tecnologias de ensino, incentivando pesquisas
interdisciplinares adaptadas à realidade brasileira.

As tecnologias podem ser utilizadas para elaborar, experimentar e avaliar produtos


educacionais, cujo foco principal é promover um novo cenário na Educação, adaptado à sociedade
de informação para redimensionar os valores humanos, aprofundar as habilidades de pensamento e
tornar as atividades entre professores e alunos mais participativa e estimulante.

Segundo Fava (2012), A tecnologia está mudando a educação, não apenas na organização,
escolha e disponibilidade dos conteúdos, mas também na distribuição. Isso obriga instituições de
ensino a se adaptarem ou irão fracassar nos novos conceitos da sociedade digital.

Com a disseminação das tecnologias de informação e comunicação, percebe-se que elas


integram a vida das pessoas, estão presentes em diversos seguimentos e influenciam a vida social. A
escola como centro de formação e do saber não pode negar o relacionamento entre o conhecimento
no campo da informática e os demais campos do saber humano. Refere-se a uma nova forma de
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linguagem e de comunicação, trata-se da linguagem digital. Sua história é como a história das
demais formas de comunicação que surgiram anteriormente e para as quais os seres humanos
mostraram resistência (GRINSPUN, 1999).

Notoriamente que no processo ensino-aprendizagem a inserção das tecnologias eletrônicas


dá-se não sem obstáculos. Grande parte das escolas, embora trabalhe com diversos equipamentos
“modernos” segue, na prática do ensino, paradigmas tradicionais e de simplicidade. Visto que, há
professores que não se sentem preparados para o uso das tecnologias eletrônicas em sala. Para que o
trabalho pedagógico do docente seja desempenhado de modo satisfatório e em sintonia com o
cenário atual, que tem exigido maior integração das tecnologias eletrônicas no ensino, é necessário
que o professor tenha “domínio técnico, pedagógico e crítico da tecnologia” (LEITE, 2011). Como
a maioria dos professores não foi formada para ensinar por meio da tecnologia seria urgente a
qualificação do docente. Muitos, estão aprendendo a fazer fazendo, mesmo não tendo intimidade
com todos os recursos hoje disponíveis.

Com recursos tecnológicos são criadas situações novas de aprendizagem e isso desencadeia
uma reavaliação da organização didática, das licenciaturas e da metodologia de trabalho em prol das
tecnologias eletrônicas.

2.3 A FORMAÇÃO DOCENTE NA TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Incorporar as novas tecnologias ao processo de ensino e aprendizagem é um desafio para os


professores em sala de aula, ao mesmo tempo em que suas potencialidades devem ser objeto de
pesquisa e discussão nos cursos de formação.
Vivemos num mundo pequeno e grande ao mesmo tempo, regido pelas redes de
computadores. Não é mais possível controlar o fluxo de informações e o maior desafio é produzir
conhecimento e realizar uma prática criativa e crítica sobre esse mundo.

A formação dos professores para essa nova realidade tem sido crítica e não tem sido
priorizada efetivamente pelas políticas públicas em educação e nem pelas escolas. As soluções
propostas inserem-se, principalmente, em programas de formação de nível de pós-graduação ou,
como programas de qualificação de recursos humanos. O perfil do profissional de ensino é
orientado para uma determinada “especialização”, mesmo porque, o tempo essencial para essa
apropriação não o permite. Como resultado, evidencia-se a fragilidade das ações e da formação,
refletidas também através dos interesses econômicos e políticos.
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A tecnologia educacional, como a do uso dos equipamentos tecnológicos aplicados aos


processos de ensino e aprendizagem, é um campo de conhecimento que busca compreender a
prática pedagógica e as metodologias utilizadas pelos professores com uso de tecnologias. As
tecnologias educacionais surgem com as transformações econômicas no cenário mundial, período o
qual as inovações tecnológicas estavam em processo de ascensão e as novidades tecnológicas
estavam sendo criadas para atender o mercado (CASTELLS, 2002).

De acordo com Brito e Purificação (2012), a comunidade escolar se depara com três
caminhos: repelir as tecnologias e ficar fora do processo, apropriar-se da técnica e transformar a
vida em uma corrida atrás do novo, ou apropriar-se dos processos desenvolvendo habilidades que
permitam o controle das tecnologias e de seus efeitos.

Considerando os três aspectos, o que melhor viabiliza uma formação intelectual, emocional
e corporal do cidadão, que lhe permita criar, recriar e pensar suas formas e atitudes é a última
opção, com características fortes de transformação da sociedade.

Contudo, a educação necessita de um sentido, os educadores precisam acreditar em si


mesmos, nos valores que defendem, ou seja, ter as suas próprias convicções. Sendo assim, é
extremamente relevante uma formação eficiente do professor, que deve estar aberto às mudanças,
aos novos paradigmas, os quais os obrigarão a aceitar as diversidades, as exigências impostas pela
sociedade que se comunica através de outro formato de linguagem; de um universo cultural cada
vez mais amplo e tecnológico.

Percebe-se que as tecnologias trouxeram certas apreensões aos professores, principalmente


aqueles considerados tradicionais em seu tempo, pois essas novas ferramentas de ensinar e aprender
exigem práticas pedagógicas diferenciadas.

Valente (1993), afirma que as tecnologias educativas são ferramentas que estão disponíveis
e, quando bem utilizadas, produzem transformações significativas no processo de ensino e
aprendizagem.

Vale salientar que diversos fatores induzem a escola a resistir às inovações no âmbito da
tecnologia. A falta de recursos, de infraestrutura, o despreparo dos professores e da equipe
pedagógica, os materiais que chegam à escola por imposição e não por escolha dos professores, a
quantidade de material inadequada ao porte do colégio, estão entre os principais. Esses fatores
interferem na disposição dos educadores para a utilização das inovações, como se fosse possível
ficar indiferente à influência que elas exercem sobre as pessoas.
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A responsabilidade de promover o diálogo através das novas tecnologias a ser implementada


pela escola se efetiva, principalmente, por meio da mediação do professor. Por isso, é importante
buscar alternativas de aproximar os estudantes das novas tecnologias de forma sistematizada pela
escola, a fim de garantir aprendizagens necessárias para um aprendiz cada vez mais responsável,
autônomo e habilidoso aos desafios do mundo do trabalho, como mostra a citação a seguir:

O importante não é o professor ensinar bem, o importante é que o professor consiga com a
organização que ele faz, primeiro do currículo depois das atividades em sala de aula,
despertar o aluno para aprendizagem. O aluno é o ator e a ação. Então isso é uma mudança
que o computador ajudou a concretizar (ALMEIDA, 2007, p.62).

Na sociedade atual, não basta o avanço da tecnologia dos materiais didáticos produzidos, é
necessário transformar as formas de ensinar. Nesse sentido, os investimentos na formação de
recursos humanos não podem ser banidos. A formação dos professores não pode ser apenas
instrumental, mas participativa e reflexiva.

2.4 PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE E A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Para o crescimento e desenvolvimento intelectual de uma pessoa faz-se presente no decorrer


de sua vida vários personagens que o auxiliam na sua educação e formação. Há em primeiro plano a
presença dos genitores que o educam, junto com outros parentes e personagens da comunidade onde
mora, como os religiosos, pastores e etc., porém é o professor o profissional do ensino, aquele que
em sua vida preparou-se para exercer o ofício do ensino.
O momento para saber o que será como profissional ou que profissão seguir para todos não é
tão simples, talvez tenha sido algum tempo no passado, nos dias atuais é fácil encontrar jovens
cheios de dúvidas ou esta ou aquela, devido as inúmeras profissões que há a disposição que
oferecem ótimos salários e carreiras promissoras. Aqui não se deseja refletir sobre a vocação
profissional de cada um, mas acentuar que a profissão de um professor é de todas a mais observada,
por ser uma que trabalha lado a lado com o ser humano e com a formação do pensar, de transmitir
conhecimento, ou partilhar o conhecimento, pois o objeto partilhado entre aluno e professor é o
conhecimento.

É fácil escutar de várias pessoas sobre a vocação, um dom divino que fulano tem para
efetuar uma atividade tão bem, porém esquecem que para fazer determinada ação de maneira bem-
feita e aplicada a pessoa não só contou com uma aptidão para aquela profissão ser efetuada de
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maneira admirada por todos. Para que se realize daquela maneira extraordinária a pessoa dedicou-se
ao estudo, a construção de uma base bem proveitosa de estudos, feita através de leituras, pesquisas,
observações, comparação e foi lapidado sua formação de maneira individual e coletiva juto a outros
de sua profissão ao longo da vida.

A pessoa que dedica parte de sua vida no trabalho da formação intelectual de outros
indivíduos, lida no seu dia a dia com interesses culturais diversos, iniciando por si mesmo que traz
um ser que viveu em uma realidade de família em um determinado bairro, cujo município é
diferente da realidade onde atua diversamente dos costumes de seus companheiros de trabalhos e
que devem juntamente fazer as crianças seus formandos olharem para um futuro, cujas realidades
particulares de cada um é completamente diferente e cheias de limite e com tempos individuais nas
aprendizagens e absorção do conhecimento.

Acreditar, pode ser a mola que impulsiona a pessoa que a anos está em sala de aula
lecionando, e a cada dia parece que cava buracos em água pois os resultados não lhe saltam aos
olhos, pois todos os dias os formandos que lhe estão diante são impulsivos e escapam ente os dedos
terrivelmente ou tenebrosamente com suas atitudes, mesmo assim para ser mestre na atualidade
precisa ter uma característica fundamental “ acreditar na educabilidade de seus alunos”.

No campo de batalha chamado sala de aula, o objeto da relação e o conhecimento tão


sonhado e desejado por todos, os alunos talvez não se deem conta onde seus mestres o desejam
levar, mas no momento que percebem o valor que há no apreender o saber, desencantam e vão
como um barco que desliza um rio sem pedras, cabe agora o professor saber ser condutor e partilhar
junto aos seus das novas descobertas. Atenção aqui, pois não é o mesmo professor de uma turma
que percebe o avanço no conhecimento e amadurecimento dos seus alunos, mas o colegiado de
professores ao logo da vida escolar dos alunos.

O profissional da educação é o ator principal e atuante em sua carreira, ao concluir sua


primeira formação se dá conta que sua faculdade pode até ter acontecido de maneira bem completa,
mas ao iniciar sua prática em sala de aula percebe que necessita de uma contínua formação para
atuar na realidade de seus formandos. Acontece neste momento fatos da realidade brasileira, a
precariedade e do pouco investimento uma falta de atenção dos governantes e até mesmo das
instituições, mas diante de todos estes obstáculos possíveis de ocorrer, o professor deve manter-se
atento e unido a sua classe para lutar por uma melhoria constante de sua profissão e formação.
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Quais as preocupações do professor recém-formado em sala de aula diferente do professor


que já chamado de veterano na carreira? Será a preocupação que seus alunos estão entendendo sua
linguagem, ou o conteúdo, se está conseguindo transmitir o conteúdo de maneira clara e objetiva?

Segundo Joana Paulin (2012), ... “além da limitação de conhecimento da prática e da


experiência, (....) São necessários serviços de apoio para ajudá-lo a ampliar os conhecimentos que já
possui e melhora os processos de investigação para obter conhecimentos por si próprio. ”. Assim
como os professores iniciantes encontram dificuldades, os professores veteranos também encontram
seus obstáculos diante das novas realidades.

Vale destacar que a formação pedagógica é realizada e vivenciada de maneiras diversas, seja
nas instituições públicas ou privadas. Enquanto em uma realidade pode ocorrer a cada início de
semestre com encontro de professores separados por disciplinas, outras ocorrem a cada três meses
com temas anuais e professores de todas as áreas de conhecimentos. Conforme oferta pela
Secretaria de Educação do Paraná de cursos nas diferentes modalidades: presenciais, semipresencial
e a distância.

Ao pensar e organizar a formação continuada é de se pensar as modalidades da


formação, isto é, no modelo de cursos, seminários, projetos, entre outros. Pensar na localidade da
formação, de preferência lugar diferente do ambiente de trabalho, onde possa discutir a metodologia
de trabalho, e que promova troca de experiência. É possível recordar ideias da Secretaria de
Educação do Estado do Paraná como esta a seguir:

“‘Saber mais para ensinar melhor’. Com esse slogan a Secretaria de Estado da Educação -
SEED, iniciou o terceiro ano do Projeto Vale Saber. Este projeto, idealizado pela equipe gestora da
Educação, teve início em 1995 com o objetivo de possibilitar ao professor um aperfeiçoamento nos
seus conhecimentos, através do desenvolvimento de projetos específicos ajudando na capacitação
profissional. Além de possibilitar diferentes formas de capacitação ao professor, o Vale Saber
bolsa-auxílio aos professores que atuam em sala de aula e que obtiverem aprovação para seus
projetos.
Com este projeto, a Educação estimula a competência dos professores e reforça a
permanência dos mesmos em sala de aula e na mesma escola, reduzindo a rotatividade no sistema
educacional.

A participação do professor do Quadro Próprio do Magistério ou do Quadro Único de


Pessoal, sua proposta de projeto criando uma ideia que ajude na capacitação profissional.
O Vale Saber possui três formas diferentes de capacitação priorizadas pela SEED:
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a) investigação pedagógica: sistematização de vivência didática na área em que atua;


b) estudo independente: realização de uma proposta de estudo individual para embasamento
teórico de sua prática; e
c) qualificação formal: elaboração de uma proposta de ação pedagógica, mediante um curso de
especialização ou de estudos adicionais ofertado nas Instituições de Ensino Superior (IES) da
região, na sua área de conhecimento ou atuação”.

No que foi acenado fica claro que a formação continuada de professores é bastante
diversificada e a formação vai implicar na construção da profissão do professor. O responsável ou a
equipe selecionada de planejar os encontros para a formação, devem ficar atentos aos temas dos
encontros a serem desenvolvidos para que estes não sejam maçantes e repetitivos, e não levam a
uma aprendizagem significativa.

A formação continuada deve ser levada a sério por todos os envolvidos na educação e
formação da pessoa, o professor está o tempo inteiro se apropriando do conhecimento, em cada sala
de aula há alunos portadoras de saberes que exigem do professor uma sensibilidade capaz de
detectar o diferente e saber administrá-la para o bom seguimento das aulas e da convivência na
escola.

Para um turbilhão de acontecimentos ocorrendo diariamente na atual realidade seja


necessários politicas publicas para melhor atender a cada realidade ou trata-las a todas em seus
particulares para que saibam conviver unidas na comunidade, atualmente se falar nos quilombolas,
nos indígenas, nas comunidades das ilhas, e sem esquecer o principal foco da inclusão escolar no
momento que são as crianças e jovens portadoras de necessidades educacionais especiais (NEE),
que apresentam algum tipo de deficiência física ou psicológica.

Novos fenômenos que surgem devem ser observados com atenção, para acontecer um
processo de formação docente e uma pratica pedagógica adequada e responsável, para isso
incluímos aqui o passo que a Secretaria de Educação está dando junto com a Política Nacional de
Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC), os programas de residência
pedagógica e iniciação à docência.

“Serão selecionados 600 supervisores de 30 Núcleos Regionais de Educação (NREs) que


irão receber uma bolsa auxilio mensal de R$ 765 durante os 18 meses de duração para atuar como
supervisionares de estágio dos alunos que estão no 1º e 2º anos dos cursos de licenciatura e
pedagogia inscritos no Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) e estudantes do
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programa de Residência Pedagógica do 3º e 4º anos da graduação”. Assim é como a SEED do


Paraná pretende atuar com os professores no segundo semestre deste ano de 2018.

“O PIBID é um programa do Ministério da Educação que oferece bolsas de iniciação à


docência a estudantes do 1° e 2° ano do curso de graduação para atuar em estágio em escolas da
rede pública e que, ao concluírem os estudos, se comprometam em exercer a docência no ensino
público. 

Já o programa de Residência Pedagógica, também do MEC, é destinado para estudantes dos


3° e 4° ano de graduação com o objetivo de proporcionar a prática pedagógica aliado ao
conhecimento teórico obtido durante a formação. O programa proporciona ao acadêmico a
oportunidade de regência de sala de aula e intervenção pedagógica, por exemplo, com
acompanhamento de um professor da escola com experiência na docência e orientação de professor
da sua universidade”.

É comum ouvir de professores que o dia a dia da sala de aula é um trabalho solitário. Muitos
estudos associam essa percepção ao fato deles passarem grande parte da sua jornada sozinhos e com
pouco contato com outros integrantes do corpo docente. Mas ainda bem que existe a Internet para
promover o intercâmbio de ideias e a avaliação de atividades em sala de aula.

Pensando nisso, o site Porvir reúne algumas dicas de sites que abrem espaço para
educadores compartilharem suas experiências e aprenderem com as práticas desenvolvidas pelos
colegas. Como as plataformas: “Diário de Inovações”, “Entretanto”, “Diversa” e “Escola Digital”.

Decisões tomadas restam fazer as experiências, que estes dois passos que se iniciam no
segundo semestre deste ano, possam ser seguidos com seriedade e disposição sem ser esquecido que
faz parte de um processo de formação, e assim ser adequado e lapidado conforme as necessidades
futuras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quanto à formação de professores, acredita-se que uma educação de qualidade depende de


uma formação teórica e prática de qualidade dos professores, pois a profissão de professor combina,
sistematicamente, elementos teóricos aliados ás práticas. Uma sólida formação teórica lhe
possibilitará condições para enfrentar os desafios sociais e culturais de sua própria prática. Nesse
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sentido os usos das novas tecnologias podem facilitar tanto a prática do professor como a
compreensão dos estudantes.

O professor deve ver a tecnologia com uma aliada do processo de ensino aprendizagem,
isto é, como um recurso que surgiu em contribuição ao processo. Já é perceptível certa mudança na
forma de pensar dos professores, entretanto ainda encontramos aqueles que são resistentes,
inseguros e que não acreditam nos benefícios que a tecnologia proporciona. É imprescindível a
formação continuada dos professores através de cursos de capacitação e treinamentos, para que
esses se sintam seguros na utilização desses recursos.

Considera-se, por fim, relevante que os professores assumam uma atitude reflexiva em
relação ao seu ensino e às condições sociais e econômicas que o influenciam, porque o desafio da
educação está em preparar as crianças e os jovens para o futuro. Isso requer o desenvolvimento da
autonomia de pensamento e da ação, numa perspectiva de posicionamento diante das situações
conflitantes geradas pela sociedade atual, entre elas, as novas tecnologias.

REFERÊNCIAS

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2007.

ALVES, N.; GARCIA, R. (Orgs.). O sentido da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

BRITO. Glaucia da Silva; PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. Educação e Novas Tecnologias: um


repensar. São Paulo: Pearson, 2012.

CASTELLS, M. A sociedade em Rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. V. 2


3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

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LEITE, Lígia Silva. Mídia e a perspectiva da tecnologia educacional no processo pedagógico


contemporâneo. In: FREIRE, Wendel (org.). Tecnologia e educação: as mídias na prática docente.
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