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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


1001306-97.2023.5.02.0034

Tramitação Preferencial
- Pagamento de Salário
- Pessoa com Doença Grave

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 04/09/2023


Valor da causa: R$ 129.385,18

Partes:
RECLAMANTE: EVELYN DIANA DO NASCIMENTO ROCHA
ADVOGADO: FABIO ALEXANDRE COSTA
RECLAMADO: NOTRE DAME INTERMEDICA SAUDE S.A.
ADVOGADO: LEANDRO PARRAS ABBUD
ADVOGADO: LEANDRO GODINES DO AMARAL
PERITO: RAFAEL ARAUJO MORO
PERITO: MARIANA ACCARDO DE MORAES FONTES
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Rafael Moro
Perito Judicial
Engenheiro Civil
Engenheiro Ambiental
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA – 5063202749

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DA 34a VARA DO TRABALHO DE


SÃO PAULO.

PROCESSO Nº: 1001306-97.2023.5.02.0034.


RECLAMANTE: EVELYN DIANA DO NASCIMENTO ROCHA.
RECLAMADA: NOTRE DAME INTERMÉDICA SAÚDE S.A.

RAFAEL ARAUJO MORO, Engenheiro Civil, Engenheiro Ambiental e Engenheiro


de Segurança do Trabalho, Legalmente Habilitado pelo CREA - CONSELHO
REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA, nos termos da Lei nº 5.194 de 24 de
dezembro de 1966, nomeado como PERITO JUDICIAL, vem mui respeitosamente
à presença de V. Exa., apresentar o resultado do seu trabalho consistente do
incluso LAUDO TÉCNICO PERICIAL e solicitar o arbitramento dos honorários
periciais fixados em 7 (sete) salários mínimos, a serem atualizados de acordo
com os índices vigentes por ocasião de sua liquidação.

Termos em que, J. para os devidos fins.

Pede e espera deferimento.

São Caetano do Sul, 12 de Dezembro de 2.023.

__________________
RAFAEL ARAUJO MORO
Engenheiro Civil
Engenheiro Ambiental
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Perito Judicial CREA – 506.320.274.9

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Cel.: 99973 9600 - E-mail: peritorafaelmoro@gmail.com
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LAUDO TÉCNICO PERICIAL

1. OBJETIVO: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE.

O presente trabalho de perícia tem por objetivo verificar a existência ou não de condições que se
possam caracterizar como insalubres, nos termos da Portaria nº 3214/78 do Ministério do
Trabalho, em sua Norma Regulamentadora – NR - 15 e NR - 16, nas atividades exercidas pela
Reclamante na empresa Reclamada.

 Objeto da Perícia: a Reclamante nos autos alega que:

“É fato incontroverso de que a Autora se ativava em condições insalubres, haja vista a

natureza das atividades desenvolvidas. Sua função principal estava no manuseio da


escopia, que é um equipamento que fica na sala de cirurgia e que deveria ser operado
por um técnico em Raio X, mas era utilizado pela auxiliar de enfermagem ”.

2. DILIGÊNCIAS:

Para avaliação das condições em que trabalhava a Reclamante, foi realizada vistoria em seu local
de trabalho, nas dependências da Reclamada, para atingirmos o adequado encaminhamento e
correta interpretação final deste Laudo Pericial, sem subjetivismo e com embasamento técnico
legal.
Realizou-se primeiramente o inquérito preliminar, item administrativo obrigatório em qualquer
perícia trabalhista, prestando todas as informações necessárias e esclarecimentos de ordem
prática, os profissionais abaixo relacionados, além da ouvida de outros trabalhadores presentes nas
áreas ou postos de trabalho, visando com isto caracterizar itens básicos relativos ao objetivo desta
avaliação.

 LOCAL: Rua Bresser, 1954 – Bresser – São Paulo.

 DATA: 05 de dezembro de 2023 às 08h00min.

 PROFISSIONAIS ENTREVISTADOS:

Juliane Felix Ferreira – Técnico de Segurança do Trabalho.


Jose Basiano da Silva – Líder de Área Manutenção.
Edivando Justo – Coordenador de Enfermagem do Centro Cirúrgico.
Vanessa Bezerra – Coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico.
Adriana Carvalho da Silva – Coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico.
Paulo Henriwue de Santana – Técnico de Raio-X.

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Nota: com uma semana de antecedência, enviamos e-mail aos advogados da Reclamante, informando-os da
data e horário em que seria executada a perícia, para que o seu cliente pudesse participar da mesma. Contudo,
a Reclamante não compareceu ao local na data marcada. E por este motivo, executamos a perícia sem a
presença da Autora.

3. METODOLOGIA:

A metodologia utilizada na elaboração deste laudo segue o prescrito no item 15.6 da NR – 15 -


“Atividades e Operações Insalubres” - Portaria nº. 3.214/78 do Ministério do Trabalho e NR - 6 -
Equipamento de Proteção Individual – EPI e NR - 16 – Atividade e Operações Perigosas e seus
Anexos.

4. ATIVIDADES DA RECLAMANTE:

EVELYN DIANA DO NASCIMENTO ROCHA trabalhou para a Empresa Reclamada durante o


período de 14 de setembro de 2020 a 02 de março de 2023 como “auxiliar de enfermagem”.

 A Reclamada pertence ao setor dos hospitais.

 A Reclamante trabalhava no Hospital e Maternidade - Notre Dame Intermédica e suas


atividades consistiam em:

 Atuar como circulante de sala, atendendo o paciente durante todo o processo cirúrgico;
 Realizava a acomodação do paciente em maca cirúrgica;
 Transporte do paciente para sala cirúrgica e de recuperação pós anestésico;
 Direcionava e encaminhava materiais estéril e pós cirúrgico contaminado, pós procedimento
cirúrgico;
 Acompanhava cirúrgico de alta a média complexidade;
 Nas cirurgias de coluna, a autora acompanhava os procedimentos, com o colar cervical e
avental de chumbo, para proteção, onde é operado durante o procedimento, o raio-x móvel,
por arco;

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 Acompanhava de uma a duas cirurgias por turno de trabalho, inclusive de pacientes que
necessitavam de isolamento portadores de doenças infecto-contagiosas, pois, no hospital são
atendidos pacientes diversos, inclusive pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas,
como COVID-19, Aids, a tuberculose, a hepatite, a meningite, a sífilis, entre outras,
desenvolvendo tarefas de circulante, ou seja, atendendo os adultos, acompanhando-os nas
suas necessidades, trocando-lhes as roupas, auxiliando nos banhos, fornecendo-lhes
alimentação e medicamentos, conforme prescrição médica;
 Repetia as operações anteriores por todo o período laboral.

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5. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO:

Hospital com três blocos, unificados possuindo mesmo subsolo, térreo e até o sexto andar com
ligação, além de cobertura, três subsolos, térreo e mais 14 andares, com área aproximada de
30.000 metros quadrados, construção em concreto pré-moldado e alvenaria, piso em cerâmica,
teto em laje, pé direito de 04 metros, iluminação por lâmpadas fluorescentes, ventilação natural e
por sistemas de ar condicionado.
A Autora atuou no 11º andar, centro cirúrgico provido de 12 salas de cirurgia, além de leitos pós
anestésico e recuperação com 13 leitos.
Há uma sala no primeiro subsolo que abriga três geradores de 1941 KVA cada um, alimentados por
um tanque externo de 3000 litros, sendo que esta configuração esta desde 2017.
No andar térreo nos blocos A e B há mais duas salas que abriga um gerador de 230 KVA e 250 KVA
alimentados pelo mesmo tanque enterrado de 3000 litros, localizado em área externa do hospital,

utilizado para sistema de incêndio.

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6. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL:

Conforme documentos acostados aos autos, a Reclamada comprova a entrega de uma máscara
N95 – CA 8.357 e luvas de procedimento à Reclamante.

A Portaria 3214/78, NR – 15 preveem que:

15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:

a) Com a adoção de medidas de ordem geral que conservam o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerância;
b) Com a utilização de equipamento de proteção individual.

6.6 Responsabilidades do empregador. (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT/DSST 107/2009)

6.7 Responsabilidades do trabalhador. (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

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7. MEDIÇÕES EFETUADAS:

ANEXOS AGENTES NÍVEIS OBTIDOS LIMITE DE


TOLERÂNCIA

Anexo-1 Ruído Contínuo ou Intermitente Não ocorre exposição 85 dB(A)

Anexo-2 Ruídos de Impacto Não ocorre exposição 120 dB(C)

Anexo-3 Calor Não ocorre exposição ----------

Anexo-4 Iluminamento Revogado pela Portaria ----------


MTPS 3.751/1990

Anexo-5 Radiação Ionizante Não ocorre exposição ----------

Anexo-6 Trabalho Sob Condição Hiperbárica Não ocorre exposição ----------

Anexo-7 Radiação não Ionizante Não ocorre exposição ----------

Anexo-8 Vibrações Não ocorre exposição ----------

Anexo-9 Frio Não ocorre exposição ----------

Anexo-10 Umidade Não ocorre exposição ----------

Anexo-11 Agentes Químicos I Não ocorre exposição ----------

Anexo-12 Poeiras e Minerais Não ocorre exposição ----------

Anexo-13 Agentes Químicos II Não ocorre exposição ----------

Anexo-14 Agentes Biológicos ocorre exposição ----------

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8. RESULTADO DAS AVALIAÇÕES:

 RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

 RUÍDO DE IMPACTO:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

 CALOR:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

 ILUMINAMENTO:

O Anexo 4 da NR-15 da Portaria 3214/78, veio a ser totalmente revogado através da Portaria 3751
de 23/11/90, deixando o iluminamento de constituir-se agente gerador de insalubridade, passando
a configurar definitivamente a NR 17 - Ergonomia.
Não havendo insalubridade por tal agente.

 RADIAÇÕES IONIZANTES:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

 TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

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 RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

 VIBRAÇÕES:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

 FRIO:

Não há fonte geradora nos locais avaliados.


Não havendo insalubridade por tal agente.

 UMIDADE:

A Reclamante não estava exposta à umidade excessiva, visto que não laborou em locais
encharcados ou alagados nos locais avaliados.
Não havendo insalubridade por tal agente.

 AGENTES QUÍMICOS:

As atividades executadas pela Reclamante não contavam com a utilização de graxas, óleos e
solventes minerais.
Não havendo insalubridade por tais agentes.

 POEIRAS MINERAIS:

Não há fonte geradora, de poeiras oriundas de sílica livre ou asbesto nos locais avaliados.
Não havendo insalubridade por tal agente.

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 AGENTES BIOLÓGICOS:

 Embasamento Técnico:

Nas atividades executadas pela Reclamante como “auxiliar de enfermagem”, exigiam que a
mesma constantemente realizasse serviços de tratamento e atendimento aos pacientes, inclusive
em quartos de isolamento e no Covidário, auxiliando nas cirurgias, no pré preparo e no pós
operatório, além da recuperação da anestesia, efetuando atendimento de pós-operatório,
ministrando-lhes medicamentos, hemoderivados e injeções intramusculares e venosas, assepsia e
curativos.
Isto obrigava o obreiro ter de manter contato corporal com os pacientes, podendo estes ser
portadores de doenças que necessitassem de isolamento, como Covid 19, Aids, a tuberculose, a
hepatite, a meningite, a sífilis, entre outras e desta forma, com os seus objetos de uso, não
previamente esterilizados, a fim de tratá-los, fazendo com que a mesma pudesse se contaminar
com o sangue ou substâncias excretoras dos organismos destes enfermos.
Considerando que isto era realizado diariamente, os quais tornam um excelente meio de
transmissão de infecções as mais diversas, pois por seu intermédio, alguma patologia bacteriana
ou viral passível de transmissão levará à doença as pessoas que com ele manuseiam, pois
respingos ou partículas poderiam atingir sua face, penetrando pela boca, nariz ou olhos, e mesmo
outras partes descobertas de seu corpo, como braços, pernas ou colo.
Entre as bactérias capazes de produzir doenças por contato com material putrificado e excretório,
encontram-se os estreptococos, os estafilococos, capazes de produzir infecções superficiais e
profundas, os vírus e pneumococos causadores de patologias agudas do aparelho respiratório e
vias respiratórias, as enterites bacterianas causadas por "shighellas" e "salmonelas", a hepatite
viral, a meningite, a tuberculose, a sífilis, as afecções parasitárias e microbianas de pele.
Havendo insalubridade por tais agentes.

 Embasamento Científico:

Frequentemente, uma pessoa apenas abriga em seu organismo os germes de uma determinada
doença contagiosa, sem apresentar aquela gama de sinais clínicos visíveis e detectáveis, sendo
considerado, desta maneira, um portador são ou portador de infecção inaparente, podendo, porém,
contagiar outras pessoas que com ela tenham contato ou com as excreções por ela produzida. Os
materiais infecciosos originários de seu organismo são tão contagiosos como se a infecção
estivesse em plena expressão de sua manifestação clínica. Para que surja a doença por contato
direto ou indireto, como no presente caso, basta que haja suscetibilidade do organismo da pessoa
sadia exposta à virulência do germe.

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Ocorrendo ambas as condições, suscetibilidade e virulência, está assegurada a propagação da


doença, ainda que o contato da pessoa sadia com tal meio ambiente seja breve ou único. Apesar
de terem sido fornecidas luvas protetoras impermeáveis, máscara e óculos panorâmico e como a
Reclamante deveria, entrando em contato direto com o material ali existente, contaminava-se nos
braços, e partes descobertas de seu corpo e se como agravante nos segmentos cutâneos houver
algum arranhão, ferida ou outra solução de continuidade, por menor que seja, o risco de contrair
uma doença será redobrado.

 Enquadramento Legal:

A Portaria no 3.214/78, NR - 15, Anexo no 14 - AGENTES BIOLÓGICOS, refere insalubridade


em grau máximo, para trabalho ou operações, em contato permanente com pacientes em
isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados.

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9. ANÁLISE DE PERICULOSIDADE:

A análise de periculosidade foi efetuada em função do setor de permanência e exercício de


atividade e ocupação operacional, a saber:

São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos da NR16:

 Anexo 1 - Atividades e Operações Perigosas com Explosivos;


 Anexo 2 - Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis;
 Anexo 3 - Atividades e Operações Perigosas com Exposição a Roubos ou Outras Espécies
de Violência Física nas Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou Patrimonial;
 Anexo 4 - Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica;
 Anexo 5 - Atividades Perigosas em Motocicleta;
 Anexo (*) - Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes ou Substâncias
Radioativas.

O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de


adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.

9.1 ANÁLISE DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS (Anexo 1):

A Reclamante não mantinha contato com explosivos ou mesmo permanecia em área de risco de
tais materiais.

9.2 ANÁLISE DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS (Anexo 2):

CONCEITOS E DEFINIÇÕES:

METODOLOGIA: Os estudos desenvolvidos são baseados nas características e condições das


tarefas e dos locais de trabalho, onde o Reclamante exercia suas atividades, as disposições
estabelecidas na NR 16 e pelo Anexo 2, bem como, considerar-se-á ainda os seguintes fatores:

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Periculosidade: é dado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu Artigo nº 193, o
qual considera: “São Consideradas Atividades ou Operações Perigosas”, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, pôr sua natureza ou métodos
de trabalho, impliquem o contato Permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de
Risco Acentuado.

Definições de: risco, permanente, habitual, intermitente e eventual.

 RISCO: São uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para
causar danos. Esses danos podem ser entendidos, como lesões a pessoas, estragos a
equipamentos ou estruturas, perda de material em processo, ou redução da capacidade de
desempenho de uma função pré-determinada.
 PERMANENTE: Que permanece, duradouro, contínuo, sem mudança, persistir, constância.
 HABITUAL: Que se faz, ou se sucede, pôr hábito, frequente, usual.
 INTERMITENTE: Que apresenta interrupções ou suspensões, não contínuas.
 EVENTUAL: Que depende da eventualidade, casual, aleatório, incerto, fortuito.

DAS ATIVIDADES DO RECLAMANTE:

Conforme descrito no item 4 do laudo, desempenhando a função de “auxiliar de enfermagem”,


cabia ao Reclamante trabalhar no interior da edificação que é provida de sistema de geração de
energia de emergência, acionada por grupo moto geradores.

Há no interior da edificação, em uma sala situada no subsolo, três geradores de 1941 KVA,
desprovidos de tanques de alimentação ou tanques acoplados.

Há mais duas salas situadas no andar térreo do hospital, onde estão instalados um grupo moto
gerador em cada sala, de 230 KVA de potência.

Os cinco geradores são alimentados, desde 2017, apenas por um tanque enterrado do lado externo
da edificação, de 3.000 litros de capacidade, contendo óleo diesel, não tornando a edificação em
uma área de risco.

Não foi evidenciado nenhum tipo de estoque ou armazenamento de líquido inflamável no interior
do recito fechado da edificação vertical.

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9.3 ANÁLISE DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU


OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE
SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL (Anexo 3):

A Reclamante não se dedicava a este tipo de atividade.

9.4 ANÁLISE DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA (Anexo


4):

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A Reclamante não se dedicava a procedimentos de construção, operação ou manutenção de redes


elétricas de alta ou baixa tensões integrantes de sistema elétrico de potência ou de consumo.

9.5 ANÁLISE DE ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA (Anexo 5):

A Reclamante não se dedicava a este tipo de atividade.

9.6 ANÁLISE DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES


OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS (Anexo (*)):

PERICULOSIDADE POR ARMAZENAMENTO DE SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS

METODOLOGIA E LEGISLAÇÃO REGULAMENTAR:

Os estudos desenvolvidos foram baseados nas características e condições das tarefas e dos locais
de trabalho onde a Reclamante exerceu as suas atividades.

A metodologia adotada neste trabalho fundamenta-se na Portaria nº 3.393 de 17/12/1987,


que regulamenta o seguinte:

 Artigo 1º - Adotar como atividades de risco em potencial concernente à radiações ionizantes


ou substâncias radioativas, o “QUADRO DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS”,
aprovado pela comissão Nacional de Energia Nuclear, a que se refere o ANEXO da presente
Portaria.

 Artigo 2º - O trabalho nas condições enunciadas no quadro a que se refere o artigo 1º


assegura ao empregado o adicional de periculosidade de que trata o parágrafo 1º do Artigo
193, da Consolidação das Leis do Trabalho.

 Artigo 3º - A Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, fará a revisão das Normas


Regulamentadoras pertinentes, em especial da NR - 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PERIGOSAS, aprovadas pela Portaria MTb 3.214/78, com as alterações necessárias.

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NORMA REGULAMENTADORA NR – 16:

A Portaria 3.214/78, na sua Norma Regulamentadora NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES


PERIGOSAS estabelece o seguinte:

“São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos 1 e 2 , mais o


ANEXO acrescentado pela Portaria nº 3393, de 17/12/1987, referente às ATIVIDADES E
OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
desta Norma Regulamentadora - ( NR)”, que estabelece:

 O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30%


(trinta pôr cento), sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.

 O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que pôr ventura lhe seja devido.

Conforme foi evidenciado durante a realização da perícia técnica, em diversas cirurgias em que a
mesma atuou, é solicitado e utilizado pelo médico cirurgião, equipamentos de raio-x portáteis, para
exames de scopia e para verificação de posicionamento de Stentes, placas, parafusos,
posicionamento de tendões, entre outros.

Ocorre que na NR – 16, ANEXO (*) - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES
IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS, contém uma Nota Explicativa, onde é determinado
que:

1. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo, as atividades desenvolvidas
em áreas que utilizam equipamentos móveis de Raios X para diagnóstico médico.

2. Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de recuperação e


leitos de internação não são classificadas como salas de irradiação em razão do uso
do equipamento móvel de Raios X.

(*) Anexo acrescentado pela Portaria nº 3.393, de 17-12-1987.

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Assim sendo, mediante análise das atividades da Reclamante das suas áreas de risco, e
comparando-as com aquelas determinadas pelo Anexo (*) da NR - 16 da Portaria 3.214/78 -
Periculosidade por Radiações Ionizantes, e mediante definições de risco, eventualidade,
intermitência, permanência; podemos constatar que as mesmas NÃO pertencem aquelas
definidas e enquadradas pela legislação vigente.

Portanto, no entender deste perito, a Reclamante NÃO exerceu suas atividades nas condições
dos itens anteriores, NÃO estando na área de risco.

Tais atividades NÃO podem ser enquadradas como sendo em condições de periculosidade.

Daí, em vista de tudo que até aqui foi exposto, o mesmo NÃO faz jus ao adicional de
periculosidade hora pleiteado.

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10. RESPOSTAS AOS QUESITOS:

Quesitos da Reclamante: Não foram efetuados.

Quesitos da Reclamada:

INSALUBRIDADE

1- É correto afirmar que a perícia judicial é matéria técnica e não matéria de direito?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 4 do laudo.

2- Diante da resposta ao quesito anterior, favor informar se o uso de jurisprudências e súmulas cabe a um
perito judicial, ou como matéria de direito, cabe apenas aos Advogados e Juiz do processo?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 4 do laudo.

3- É dever do perito demonstrar tecnicamente ao MM Juiz os supostos riscos ambientais (condições


insalubres) aos quais a Reclamante estaria exposta nos termos da NR 15 da Portaria 3.214/78, ou é
dever do perito julgar mediante jurisprudências e súmulas, o direito da Reclamante ao recebimento do
adicional de insalubridade, exercendo desta forma ofício do Juiz Federal?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

4- Qual foi a jornada de trabalho descrita pelo(a) Reclamante ao ilustre perito?


Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 4 do laudo.

5- Quais os locais onde o(a) Reclamante exercia suas atividades? Favor indicar o período em que o(a)
Reclamante desenvolveu suas atividades em cada local.
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 4 do laudo.

6- Quais as atividades do(a) Reclamante em cada local de trabalho? Indicar o tempo gasto pelo(a)
Reclamante em cada atividade.
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 4 do laudo.

7- Quais os EPI's fornecidos pela Reclamada ao(a) Reclamante?


Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 6 do laudo.

8- O(A) Reclamante confirmou o fornecimento de EPI's por parte da Reclamada?


Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 6 do laudo.

9- Quais são os EPIs que foram utilizados pelo(a) paradigma? Os mesmos neutralizam os agentes
insalubres?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 6 do laudo.

10- Dada a peculiaridade da atividade, havia à disposição da equipe de enfermagem, inclusive do(a)
reclamante, caixas com máscaras, luvas e avental, para troca a cada procedimento realizado, nos
termos da NR 32, item 32.3.7.1.3?

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Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 6 do laudo.

11- A utilização de EPI's neutraliza os potenciais riscos existentes nas atividades do(a) Reclamante? Caso a
resposta seja negativa, favor esclarecer o motivo da não neutralização.
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 6 do laudo.

12- O(A) Reclamante laborava em um Hospital ou em um Centro Clínico na Reclamada?


Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

13- O Hospital ou Centro Clínico da Reclamada onde o(a) Reclamante desenvolvia atividades é um
Hospital/Centro Clínico Geral?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

14- Caso a resposta do quesito anterior seja negativa, quais as especialidades do Hospital ou Centro
Clínico onde o(a) Reclamante laborava na Reclamada?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

15- O(A) Reclamante possuía contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas durante
suas atividades na Reclamada? Caso positivo, descrever o período e o local onde ocorria o contato.
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

16- Caso a resposta ao quesito anterior seja positiva, favor detalhar como (de que forma) ocorria o
suposto contato do(a) Reclamante com pacientes do hospital acometidos por doenças
infectocontagiosas?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

17- Quantos leitos em isolamento há no local de trabalho da autora? O(A) autor(a) atendia tais leitos em
todos os seus turnos de trabalho? Quantas vezes por turno adentrava tais lugares, e quanto tempo lá
permanecia, em média?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

18- Havia o rodízio de empregados da equipe para o trabalho junto aos leitos em isolamento ou o trabalho
junto aos leitos em isolamento era exercido exclusivamente pelo(a) autor(a)?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

19- Se havia o rodízio questionado, pergunta-se quantas vezes na semana, ou no mês, o(a) autor(a) era
designada para o labor junto aos leitos em isolamento?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

20- De acordo com o levantamento efetuado e respostas aos quesitos acima, o(a) Reclamante laborava
em condições insalubres? Caso positivo, indicar o agente, o tempo de exposição (em minutos) e
transcrever o item de enquadramento nos termos da Norma Regulamentadora 15 da Portaria 3.214/78
ao agente.
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

21- Qual o risco de manipulação dos agentes e quais eram as vias de contato? Respiratória? Cutânea?
Oral?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

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22- Indique o senhor perito, de forma objetiva, se a exposição do(a) Reclamante à atuação do agente
insalubre referido na resposta ao quesito anterior se dava em caráter eventual, intermitente ou
permanente? Elencando uma jornada temporal aproximada.
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

23- Explique Sr. Perito o que significa exposição permanente, intermitente e eventual e qual o tempo
estipulado para cada uma destas condições de exposição? em qual legislação/requisito legal o Sr.
Perito se baseou para adotar estes critérios?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 8 do laudo.

PERICULOSIDADE

1- No local de trabalho, onde o (a) reclamante exercia suas atividades, há caracterização de uma área de
risco, consoante elencado na NR-16?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 9 do laudo.

2- O (A) reclamante adentrava a área de risco? Em caso positivo, com qual periodicidade (eventual,
intermitente ou habitual)? Qual o critério utilizado para esta classificação?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 9 do laudo.

3- A reclamante trabalhava diretamente no transporte ou manuseio de inflamáveis líquidos? Caso positivo,


esclareça.
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 9 do laudo.

4- Na hipótese de existência de geradores e ou tanques de combustível, qual é a frequência de utilização?


Em caso positivo, os tanques e geradores cumprem as normas de segurança?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 9 do laudo.

5- O (A) reclamante laborou permanentemente no mesmo ambiente onde foram identificados os geradores
e ou tanques ou estes estão localizados em ambiente isolado? Em caso de isolado, pergunta-se o
acesso ao ambiente é de livre acesso ou controlado?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 9 do laudo.

6- A Reclamante permanecia em área de algum risco por exposição a inflamáveis? Em caso positivo qual a
substância e qual o tempo de exposição?
Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 9 do laudo.

7- O (A) reclamante tinha algum tipo de acesso aos referidos tanques?


Resposta: Para resposta a esta pergunta, favor efetuar a leitura do item 9 do laudo.

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11. CONCLUSÃO:

Tendo em vista a visita Pericial realizada, com as informações obtidas, os fatos


observados, as análises efetuadas e os estudos realizados, concluíram que as atividades
executadas por EVELYN DIANA DO NASCIMENTO ROCHA, a serviço da Reclamada:

FORAM INSALUBRES EM GRAU MÁXIMO.

Conforme a Portaria nº 3.214/78, NR - 15;

Anexo nº 14 - Agentes Biológicos.

NÃO FORAM PERICULOSAS.

Conforme a Portaria nº 3.214/78; NR – 16 e Anexos.

Termos em que, J. para os devidos fins.

São Caetano do Sul, 12 de Dezembro de 2.023.

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É proibida a cópia parcial ou total deste trabalho para qualquer fim, que não seja o de instruir processo nº 1001306-97.2023.5.02.0034, conforme
Lei Federal nº 9610 de 19/02/1998, até por que, devido as suas características e tipicidade é valido somente para o local inspecionado, não tendo,
portanto nenhum valor se for utilizado para comparações, analogia ou extrapolações para determinação e apuração de outras áreas.

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