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Apresentado por:

Iza Peixoto Gonçalves e Marina


Maria Araújo Mesquita Mendes

A batalha pela Bahia: A


rebelião de 1835
João José Reis
Sobre o autor
O pesquisador possui graduação em
História pela Universidade Católica do
Salvador (1974). Também cursou, sem
concluir, Ciências Sociais pela
Universidade Federal da Bahia (1971-75).
Obteve título de Mestre em História (1977)
e Doutor em História (1982) pela
Universidade de Minnesota, EUA.
Batalha pela Bahia
A rebelião foi meticulosamente organizada para acontecer no dia 25 de
janeiro, dia de Nossa Senhora da Guia

Escolha estratégica.

No dia que antecede a revolta vários rumores


surgem.

Libertos fazem denuncia do que ouviram dos


nagôs.

Africanos iriam vir de Santo Amaro.


Batalha pela Bahia
Complexidade entre a relação de libertos e escravos.

Autoridades após as denuncias, se organizam e


reforçam a guarda do palácio, alertam as forças
de segurança, instruem os juízes de paz a
intensificar as rondas noturnas e mobilizam a
fragata Baiana para vigiar o mar.

Ordem especial para revistar as casas dos


africanos que moravam no Guadalupe.
PRIMEIROS ACONTECIMENTOS

9:30h à 10:30h da noite 1h da manhã do dia 25 de Sem sucesso, chegam a


Durante o dia anterior
do dia 24 são lideradas janeiro, começam as ladeira da praça onde
ocorrem rumores.
pelo presidente Francisco revistas das casas haviam recebido uma
(dia 24 de janeiro de
de Souza Martins, para denuncia sobre
1835)
notificar as forças de movimentos suspeitos na
segurança casa de um alfaiate.

A revolta começa
INÍCIO DA REVOLTA
50 a 60 africanos saíram subitamente, atirando e
agitando espadas, proferindo gritos de mata soldado e
palavras de ordem de origem africana

Se dividem em diferentes grupos, os que estavam


atacando os soldados, e outro grupo foge em direção a
Praça do Palácio.
Comerciante mulato relatou:

“O BARULHO DOS PRETOS, ISTO É, ESTRONDO DOS TIROS E


BARULHO DE GENTE QUE CORRIA PELA RUA”

Assim se iniciou a introdução de uma longa e conturbada noite


A revolta e o seu percurso
Ao irem ao palácio, partiram rumo a prisão com o
intuito de libertar Pacifico Licutan.

Se dirigem ao quartel dos permanentes, onde havia


uma numerosa colônia de africanos mulçumanos.

Próximo ataque dos rebeldes atingiu o quartel


da polícia do Largo da Lapa.
fonte: Atlas Históricos do
Brasil. disponibilizado
pela FGV/ CPDOC
Agua de Meninos: Local onde aconteceu a batalha decisiva da
revolta de 1835.

Ponto de encontro com os escravos de engenhos vizinhos a


Salvador.

Chefe de polícia: Gonçalves Martins, enfatizou a bravura de seus


homens e sua própria.
Desencadear do fim da revolta
A luta havia se transformado num Ao amanhecer do dia 25,
ataque frontal e desesperado ao foram encontrados 19
quartel da cavalaria africanos mortos ou feridos

A cavalaria de Martins
administrou o golpe de
misericórdia sobre os rebeldes

O número total de mortos em 1835 foi mais de 70, o chefe de polícia contou 50 africanos mortos durante
o levante, afogados no mar, Martins calculou em “pouco mais de 40 negros mortos”, o número de
africanos feridos é ainda mais difícil de calcular, mas deve ter sido bem maior do que o de mortos, como
é comum nos conflitos armados
Análises feitas
o relato sugere que o grupo reunido na casa foi responsável pelo
ato inicial

A estratégia inicial era levantar a cidade e imediatamente levar o


movimento para o Recôncavo, região produtora de cana,
indicando que a estratégia era ir além de Salvador. Tendo a
antecipação forçou os rebeldes e agirem antes do planejado,
tentando seguir o plano.

apesar da confusão, eles evitaram violência indiscriminada, não


invadindo casas, etc. Optaram por um enfrentamento criterioso,
escolhendo combater apenas as forças organizadas contra eles.
Referências
Reis, J. J. (1986). Rebelião Escrava no Brasil: A história do levante dos malês (1835). São
Paulo: Brasiliense. Páginas 88-110. Capítulo: A Batalha pela Bahia.
Obrigada!

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