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O início da sociologia se dá a partir do século XVI, com o surgimento da

burguesia e a chamada Reforma religiosa, que culminou na criação da Igreja


Protestante (permitia o lucro). Juntamente a isso, houve o período do
Renascimento, que mudava valores culturais e tornava uma sociedade
teocêntrica em uma sociedade antropocêntrica. A Revolução Científica tornou
possível o estudo da ciência em todos os âmbitos. Todos esses fatores
culminaram em fatores importantes para a humanidade, como a Revolução
Francesa e a Revolução Industrial, assim como a necessidade de se estudar
essa sociedade complexa.
O primeiro pensador da sociologia foi o francês Augusto Comte. Comte
enxergava a Revolução Industrial como algo bom para a sociedade, sendo que
esse processo somente foi possível pelo avanço da ciência, que na sua visão,
era capaz de resolver tudo. Porém, a Revolução Industrial foi responsável por
alterar a sociedade de maneira notável. Então Comte criou a chamada Física
social, que posteriormente viraria a Sociologia, com o intuito de entender
melhor a maneira que a sociedade funcionava. Para o pensador, a sociedade
era previsível, assim como a ciência, possibilitando que alguém tivesse o
controle sobre ela. Comte definiu uma separação da sociedade na história
chamada de Lei dos 3 estados
- Estado teológico, em que os fenômenos eram explicados por causas
mágicas e sobrenaturais
- Estado metafísico, em que o ser humano tenta explicar o mundo por meio de
conceitos abstratos
- Estado positivo, em que o ser humano não se utiliza mais de nada dos
outros estados, explicando tudo ao ser redor com base na ciência
Dentro dessa separação há uma hierarquia, onde quanto mais perto do estado
positivo, mais evoluído o ser humano está, além de definir que o estado
positivo propõe as regras e os outros dois as obedecem. Comte ficou
conhecido como o “pai” da sociologia e como o fundador do pensamento
positivista.
Outro pensador considerado como uma base para a sociologia é Émile
Durkheim. Compactuava com o pensamento capitalista e dividia a sociedade
em desenvolvida e não desenvolvida, se baseando no acúmulo de capital e
definindo que a sociedade desenvolvida trazia maiores benefícios para as
pessoas. Para Durkheim, a sociedade é repleta de fatos sociais, que consistem
em qualquer coisa que é passível de ser estudada nesse ambiente. Ela vai ser
sempre obrigatória, externa e anterior, sempre vai mover o indivíduo e caso ele
não a siga, sofrerá punições. Os fatos sociais podem ser separados em dois,
sendo eles:
- Normais: fatos sociais instituídos na sociedade para que a sua estrutura seja
mentida
- Patológicos: fatos sociais que fogem do normal, ameaçando a estrutura da
sociedade e são, portanto, considerados doenças (ascensão das mulheres)
O fenômeno de uma sociedade não apresentar fatos sociais é conhecido como
anomia, e nesse estado não há regras e, portanto, o caos prevalece. Com a
presença desses fatos sociais, uma coesão social se torna possível, em que as
pessoas são capazes de praticarem a solidariedade (interdependência). A
solidariedade é dividida em duas, que são:
- Solidariedade mecânica: Sem muita interdependência entre as pessoas,
tornando uma sociedade não muito desenvolvida
- Solidariedade orgânica: Com alto índice de interdependência, constituindo
uma sociedade mais desenvolvida.
Outro pilar para a sociologia é o pensador Friedrich Hegel. Dentro de sua obra
“Fenomenologia do espírito”, Hegel trabalha o conceito de idealismo,
defendendo que o pensamento humano realiza fenômenos na humanidade.
Porém, esse pensamento traz consigo a possibilidade de ser negada pelo
próprio indivíduo, o fazendo chegar a uma ideia mais elaborada que pode ser
contraposta novamente (dialética interna e inerente ao indivíduo). Essa
evolução do pensamento será responsável por trazer uma sociedade mais
elaborada. Para Hegel, se nesse processo a tese ou igual a síntese, pode-se
considerar que a mente humana “parou” em relação àquele assunto. O ser
humano é capaz de concretizar as sínteses propostas por ele mesmo em um
processo chamado de concretização. Nesse processo, o indivíduo irá alterar a
realidade ao seu redor, e essa realidade lhe proporcionará novos elementos
para a formação de novas ideias. Hegel dá o nome do processo do
pensamento humano de espírito subjetivo, do processo de objetivação de
espírito objetivo, e do movimento do espírito subjetivo para o espírito objetivo
de espírito absoluto, que será responsável por construir a história humana.
Hegel terá como aluno o filósofo Karl Marx, que por meio do que ele chama de
materialismo dialético, irá contrapor as ideias de Hegel e irá determinar que a
realidade material constrói a consciência.

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