TUTORIA 5

Compreender o arco reflexo

 O encéfalo gera sinais de ‘’comando’’ e ‘’analíticos’’ e envia para a medula, que

os executa.

 ORGANIZAÇÃO DA MEDULA ESPINAL PARA AS FUNÇÕES MOTORAS

o A substância cinzenta da medula (local onde fica os neurônios), é a área

integrativa para os reflexos espinais.
o Os sinais entram na medula pelas raízes sensoriais (raízes posteriores
ou dorsais).
o Existem duas vias que os sinais podem percorrer após entrar na medula:
 Ramo do nervo sensorial: termina na quase imediatamente na
substância cinzenta da medula e provoca reflexos espinais
segmentares locais.
 Outro ramo transmite sinais para os níveis superiores do sistema
nervoso, o tronco cerebral ou córtex cerebral, que também faz
parte da medula espinal.

o Os neurônios da medula espinal são de dois tipos:

 Neurônios motores anteriores: 50% a 100% maiores que os outros
neurônios, estão localizados nos cornos anteriores da substancia
cinzenta da medula (ver na imagem) e por isso o nome, originam
as fibras nervosas que saem da medula e se conectam nas fibras
musculares. São divididos em 2 tipos: Alfa e Gama
 Neurônios Motores Alfa (promove a contração das Fibras musculares):
Originam as fibras motores grandes do tipo alfa, se ramificam quando
chega no musculo e inerva as grandes fibras esqueléticas, a estimulação
de apenas 1 fibra nervosa alfa pode estimular até centenas de fibras
musculares, esse conjunto de F.N.A e musculares é chamado de unidade
motora.
 Neurônios motores Gama: Metade do tamanho do primeiro, também
localizados nos cornos anteriores da medula, transmitem impulsos
nervosos pelas fibras A gama, que são muito menos calibrosas.
Inervam as pequenas fibras musculares especiais, as fibras intrafusais,
essas fibras constituem o centro do fuso muscular, que auxilia no
controle do “tônus” muscular básico.

 Interneurônios: Estão em todas as áreas da substancia cinzenta medular,

30 vezes mais numerosas que os neurônios motores anteriores,
pequenas e muito excitáveis, pode disparar impulsos até 1500x por
segundo.
Quase todos os sinais que chegam na medula, primeiro são transmitidos
para os interneurônios, para serem devidamente processados e depois
enviados para os neurônios motores, que vão controlar o musculo.

 RECEPTORES SENSORIAIS MUSCULARES — FUSOS MUSCULARES E

ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI — E SUAS FUNÇÕES NO CONTROLE
MUSCULAR
o Fusos Musculares: Distribuído pelo ventre do musculo, envia
informações para o sistema nervoso sobre o comprimento do
musculo ou a velocidade de variação do comprimento (velocidade
da contração).
o Órgão Tendinoso de Golgi: Localizado nos tendões, envia
informações sobre a tensão nos tendões e velocidade da variação
na tensão.
o Esses 2 transmitem informação não só para a medula, mais
também para o córtex e cerebelo, auxiliando a contração
muscular.

 FUNÇÃO RECEPTORA DO FUSO MUSCULAR

o Constituído por 3 a 12 fibras intrafusais, que são ligadas ao
glicocálix das fibras grandes.
o A fibras intrafusal é uma fibra muscular muito pequena, porém
sua porção central raramente tem actina e miosina, portanto, essa
porção central não contrai quando as extremidades contraem.
Por isso, ela funciona como receptor sensorial.
 o A parte receptora do fuso muscular é a central, nessa região as
fibras intrafusais não apresentam actina e miosina.
o As fibras sensoriais se originam nessa região, e é estimulada
quando ocorre o estreitamento da região central do fuso.
o Os receptores do fuso muscular podem ser excitados de 2
maneiras:
 Com o aumento do comprimento do musculo, a região
central do fuso vai ser estirada e excita o receptor.
 A contração das regiões terminais das fibras interfusais do
fuso provoca o estiramento da região central, e excita
(isso pode ocorrer mesmo sem a mudança no
comprimento do musculo).

o São encontrados dois tipos de terminações sensoriais nessa

região central do fuso muscular, as terminações ou receptores
aferentes primários e as terminações ou receptores aferentes
secundários.
 Receptores primários: no centro da área receptora, grande
fibra nervosa sensorial envolve a parte central de cada
fibra intrafusal, formando os RP.
Fibra nervosa do Tipo Ia.
 Receptores Secundários: fibra nervosa sensorial menor,
tipo II, inversa a região receptora em 1 ou ambos os lados
das terminações primarias

 Divisão das Fibras Intrafusais em Fibras com Cadeia Nuclear e Fibras

com Saco Nuclear — Respostas Estáticas e Dinâmicas do Fuso Muscular.
o Dois tipos:
 Fibras musculares com saco nuclear: de 1 a 3 em cada
fuso, muitos núcleos da fibra estão juntos em sacos na
região central da área receptora.
 Fibras com cadeia nuclear: de 3 a 9 em cada fuso, metade
do comprimento de diâmetro da fibra anterior, núcleos
alinhados em cadeia pela área receptora.
 Os receptores primários são excitados por essas 2 fibras,
porem o secundário apenas pela fibra de cadeia nuclear.
MOSTRADO NA FIGURA ACIMA.

 Resposta da Terminação Primária (mas Não da Terminação Secundária) à

Velocidade de Mudança do Comprimento do Receptor — Resposta
“Dinâmica”
o Apenas a terminação primaria (RP) são estimulados com o
aumento de tamanho do fuso, essa excitação é chamada de
REPOSTA DINAMICA, isso significa que a terminação primaria
 responde, muito ativamente, a velocidade de alteração do
comprimento do fuso.
Quando o fuso encurta, ocorre sinais sensoriais exatamente
opostos. Assim, as terminações primarias enviam sinais intensos
positivos ou negativos, para a medula espinal, para informa-la de
qualquer alteração de comprimento no fuso.

 Resposta de Ambas as Terminações Primárias e Secundárias ao

Comprimento do Receptor — Resposta “Estática”.
o Quando a região receptora do fuso muscular é estirada
lentamente, a quantidade de impulsos transmitidos pelas
terminações primarias e secundárias aumenta proporcionalmente
ao estiramento, e esses impulsos são propagados por vários
minutos. Esse efeito é chamado RESPOSTA ESTATICA dos
receptores do fuso.

 Controle da Intensidade das Respostas Estática e Dinâmica pelos

Nervos Motores Gama.
o Os nervos motores gamas podem ser divididos em 2 tipos:
 Gama-dinamico: excita principalmente as fibras intrafusais
com sacos nucleares, quando ocorre a excitação, as a
resposta dinâmica do fuso fica muito aumentada,
 Gama-estatico: excita principalmente as fibras intrafusais
de cadeia nuclear, faz a mesma coisa que a D so que com
a resposta estática.

 REFLEXO DE ESTIRAMENTO MUSCULAR

o É a manifestação mais simples da função do fuso muscular.
o Sempre que um musculo rapidamente estendido, a excitação das
fibras do fuso causa contração reflexa das fibras musculares
grandes (extras fusais) do próprio musculo estirado.
o Circuitaria neural:
 A fibra Ia (RP) origina-se do fuso e entra pela raiz dorsal da
medula espinal, as ramificações dessas fibras senguem
para o corno anterior da substancia cinzenta, fazendo
sinapse diretamente com os neurônios motores anteriores,
que enviam fibras nervosas motoras para o mesmo
musculo de onde veio o as fibras Ia. Assim possibilitando
que o reflexo do musculo com o menor atraso possível.
 Reflexo de Estiramento Dinâmico e Reflexos de Estiramento
Estático.
o Reflexo estiramento D: é provocado por sinais dinâmicos
potentes, transmitidos a partidas dos RP, causados por
estiramento ou encurtamento rápido. Isso é, quando o musculo é
rapidamente estirado ou encurtado, forte sinal é enviado para a
medula espinal, o que produz contração reflexa forte e
instantânea, ou redução da contração, do mesmo musculo que o
sinal teve origem. Assim, o reflexo se opõe às alterações rápidas
do comprimento do músculo.
o O RED some em fração de segundo, mas o reflexo de estiramento
estático, mais fraco, continua por um período prolongado.
o REE é provocado pelos sinais contínuos dos receptores estáticos,
transmitidos por ambas as terminações, primaria e secundaria.]

 REFLEXO TENDINOSO DE GOLGI

o O órgão tendinoso de golgi é um receptor sensorial encapsulado,
onde passam fibras tendinosas musculares. O órgão é estimulado
quando os feixes que passam por eles (10 a 15) são tencionados
pela contração ou estiramento do musculo.
o A principal diferença entre o estimulo do OTG e o Fuso muscular,
é q o fuso decteta o comprimento do musculo e sua rápida
variação, e o tendinoso de golgi detecta a tensão do musculo
refletida no próprio tendão.
o O OTG, é um receptor primário do fuso muscular, que tem tanto
resposta estática quanto resposta dinâmica, reagindo
intensamente quando a tensão do musculo aumenta com rapidez
(resposta dinâmica), mas diminuindo em frações de segundos
para o nível mais inferior de disparo.
o Assim os OTG informam instantaneamente sobre o nível de
tensão do musculo para o sistema nervoso.
o Os sinais do órgão tendinoso são transmitidos por meio de fibras
nervosas tipo Ib, de condução rápida e grande diâmetro de cerca
de 16 micrômetros, Essas fibras, como as das terminações
primárias do fuso, transmitem sinais para áreas da medula
espinal, o sinal local da medula espinal excita interneurônio
inibitório único que inibe o neurônio motor anterior. Esse circuito
local inibe diretamente o próprio músculo, sem afetar os
músculos adjacentes.

o
 o Quando há uma tensão muito grande sobre o musculo e tendão, o
efeito inibitório do OTG pode ser tao grande que leva a uma
reação rápida da medula espinal e pode acabar causando
relaxamento instantâneo de todo o musculo. Esse efeito é
chamado de ‘’reação de alongamento’’

 REFLEXO FLEXOR E REFLEXOS DE RETIRADA

o Reflexo flexor: é o afastamento do membro do objeto estimulador, é
provocado fortemente pela estimulação das terminações para dor, como
por exemplo alfinetada, calor e ferimento.

Por essa razão, ele também é chamado de reflexo nociceptivo ou reflexo

a dor.

o Quando esse reflexo ocorre em outras áreas do corpo, não nos músculos
flexores, é chamado de reflexo de retirada.
o Mecanismo Neuronal do Reflexo Flexor: As vias que causam o reflexo
flexor vão primeiramente para os interneurônios e depois para os
neurônios motores anteriores, percurso:
o (1) circuitos divergentes para propagar o reflexo aos músculos
necessários para a retirada; (2) circuitos para a inibição dos músculos
antagonistas, chamados circuitos de inibição recíproca; (3) circuitos que
promovem a pós-descarga, com duração de muitas frações de segundo,
após o estimulo ter terminado.
o Os centros interativos da medula espinal induzem contração dos
músculos que vão ser mais efetivos para remover a parte do dolorida do
corpo, para longe do objeto causador da dor.

 REFLEXO EXTENSOR CRUZADO

 o 0,2 a 0,5 segundos após o reflexo flexor no membro, o membro oposto
começa a se estender. Esse reflexo e chamado ‘’reflexo extensor
cruzado’’.
o A extensão do membro oposto pode empurrar todo o corpo para longe do
objeto que causa o estimulo doloros.
o Os sinais dos nervos sensoriais cruzam para o lado oposto da medula
espinal para excitar os músculos extensores.

 INIBIÇÃO E INERVAÇÃO RECÍPROCAS

o A excitação de um grupo de músculos geralmente inibe outro. EX:
quando o reflexo de estiramento excita um musculo, inibe
simultaneamente o musculo antagonista, esse sistema é chamado de
inibição reciproca e a inervação que possibilita e á inervação reciproca.

 REFLEXOS POSTURAIS E LOCOMOÇÃO

o Reação de suporte positiva: a pressão no coxim plantar (calcanhar), faz
com que o membro se estenda contra a pressão aplicada no pé. Para ficar
em pé.
o Reflexo espinais de endireitamento: Quando o animal espinal é deitado
sobre um dos lados do corpo, ele fará movimentos não coordenados,
tentando assumir a postura em pé. Este é chamado reflexo espinal de
endireitamento.

 ANATOMIA DOS MUSCULOS DA COXA

o São organizados em 3 compartimentos: anterior, posterior e medial.
o Músculos anteriores (Flexores do quadril):
 Musculo pectíneo: quadrangular e plano, localizado na face
superomedial da coxa, faz os movimentos de adução, flexão e
auxilia na rotação medial).
 Musculo iliopsoas: principal flexor da coxa e o mais forte, é o
único musculo que está fixado na coluna vertebral, a pelve e ao
fêmur, além de produzir movimentos ele estabiliza os movimentos
e ajuda na postura.
 Musculo Sartório: é o musculo mais longo do corpo humano,
semelhante a uma fita, atua em 2 articulações, flete a do quadril e
flexiona o joelho. Também realiza abdução fraca e rotação lateral
da coxa. É um musculo sinergista
 Musculo quadríceps femoral: representa o principal volume dos
músculos anteriores da coxa, é o maior e mais forte dos músculos
do corpo. Divido em 4 partes: vasto lateral, intermédio, medial e
reto femoral. Biarticular, produiz movimentos no quadril e joelho.
É o grande extensor da perna.
o Músculos medias da coxa (Grupo adutor/aproxima do eixo mediano):
 M. adutor longo: grande, triangular, em forma de leque, é o mais
anterior do grupo adutor, vai da face anterior do corpo do púbis
ate a linha áspera do fêmur.
 M. adutor curto: localiza-se profundamente aos músculos
pectíneo e adutor longo. onde se origina do corpo e do ramo
inferior do púbis. Alarga-se enquanto segue distalmente para se
fixar à parte superior da linha áspera.
 M. adutor magno: é o maior, mais forte e posterior dos adutores.
É um musculo triangular.
 M. grácil: é longo em forma de correia, é o mais medial da coxa,
mais superficial e mais fraco da coxa.
É sinergista na adução da coxa, da flexão do joelha e da rotação
medial da perna quando o joelho está fletido.
 M. obturador externo: plano, relativamente pequeno em forma de
leque.
 o M. Posteriores da coxa(Extensores):

Bibliografia:

Anatomia orientada para a clínica 8. ed.

Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Mdica 13. ed.

TORTORA – Principios De Anatomia E Fisiologia 14 Ed