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TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
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Figura 1 – Tiposcópio
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Figura 3 – Representação tátil de uma obra de arte em museu
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de pontos na cela braille) ou mesmo por uma máquina de datilografar Perkins
composta por seis teclas (Figura 4), que correspondem aos pontos da cela braille.
Figura 5 – Soroban
Crédito: Amelameli/Shutterstock.
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O livro audível, o soroban e a maquete tátil são concebidos nas
características do desenho universal, visto que o seu uso não se restringe apenas
ao uso exclusivo de estudantes cegos, entretanto, possibilita o acesso de todos
os estudantes aos conteúdos curriculares. Logo, não há necessidade do professor
mudar seus procedimentos de ensino quando tem um aluno com deficiência visual
na classe, basta apenas intensificar o uso de materiais concretos (Jeremias;
Góes; Haracemiv, 2021).
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Figura 6 – Piso tátil de alerta
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Atualmente, as tecnologias mais utilizadas para a orientação e mobilidade
de pessoas cegas ou com baixa visão são a bengala branca convencional e o uso
de técnica do guia vidente e cão-guia.
A técnica do guia vidente é a primeira técnica de deslocamento a ser
ensinada à pessoa com deficiência visual, para que ela se familiarize com os
espaços físicos e ambientes que frequentará. Para os deslocamentos, a pessoa
com deficiência visual localiza o cotovelo do guia, segura o seu braço, acompanha
o ritmo da marcha sincronizada permanecendo meio passo atrás do guia. O guia
vidente, por sua vez, deverá descrever os detalhes do trajeto para enriquecer a
construção do mapa mental daquele ambiente (Drezza, 2019).
A bengala é um dos dispositivos da TA que muito auxilia a pessoa com
deficiência visual na orientação da trajetória e localização de obstáculos,
possibilitando-lhe independência. Os estudos de Rodrigues et al. (2021) apontam
que 90% dos participantes da pesquisa fazem uso da bengala longa como TA
para a locomoção, o que indica ser um recurso respaldado pela comunidade com
deficiência visual.
Em decorrência da falta de acessibilidade dos centros urbanos, uma das
dificuldades enfrentadas por pessoas cegas diz respeito a alguns obstáculos
localizados na altura acima da cintura e que a bengala longa convencional não
consegue detectar, como placas, lixeiras, telefone público, que podem causar
acidentes graves ou mínimas lesões. Diante disso, universidades brasileiras
fazem, por meio de pesquisas, estudos de materiais de baixo custo e fácil
aquisição no desenvolvimento de protótipos de bengalas automatizadas que
utilizem arduíno (Costa et al., 2020), protótipo nacional de bengala eletrônica
chamado Smart Mobb (Rodrigues et al., 2021).
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apresentado em forma de cenas, fotos, filmes ou mesmo objetos reais estáticos,
para que sejam traduzidos em forma de palavras, de modo claro, objetivo e
completo possível. Há cursos de formação continuada de audiodescrição a todas
as pessoas interessadas em acessibilidade para, assim, colaborarem com a
construção de uma sociedade inclusiva.
Enquanto importante TA e recurso de acessibilidade comunicacional, é
considerável que o professor faça uso da audiodescrição em sala de aula,
descrevendo o universo escolar, as imagens dos slides, ilustrações de livros,
mapas, cenários de vídeos e filmes, entre outras situações. Desse modo, é
possível proporcionar às pessoas com deficiência visual conhecerem o que os
olhos não podem enxergar, por exemplo, se emocionarem e aproveitarem
experiências de humor e dramas de um curta-metragem.
Michels e Silva (2016) nos chamam a atenção para a morosidade com que
vem ocorrendo a aplicação dessa TA na educação, nas redes de televisão, nos
espaços de lazer por parte do Poder Público, além da necessidade de inclusão da
audiodescrição na formação continuada de professores.
Essa prática de verbalizar aquilo que é visual contribui para a
aprendizagem de todos os alunos, inclusive para aqueles com deficiência visual
(Cunha, 2022). Intuitivamente muitos professores procuram descrever o cenário
do cotidiano escolar para estudantes com deficiência, tais como:
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esse acesso, pois, parafraseando Titãs, “a gente quer saúde, educação, diversão
e arte”.
Já, no que diz respeito ao cão-guia, como o próprio termo afirma, é
responsável por guiar a pessoa com deficiência visual para conduzi-lo com
segurança e tranquilidade aos locais que deseja ir. Por isso, o cão-guia faz parte
dos recursos utilizados para a melhoria da orientação e mobilidade pessoal, e
assim como o guia vidente, são categorias que fazem parte da Tecnologia
Assistiva. Ele é adestrado para guiar e orientar a pessoa cega ou com baixa visão
(Souza; Ferreira; Silva, 2019).
A pessoa com deficiência visual tem o direito de ingressar e permanecer
acompanhado de seu cão-guia em qualquer espaço público e privado, inclusive
nos meios de transporte, conforme a Lei Federal n. 11.126/2005 (Brasil, 2005),
regulamentada pelo Decreto n. 5.904/2006 (Brasil, 2006). De acordo com o site
da Fundação Dorina Nowill, entre as curiosidades sobre o cão-guia publicadas por
Freitas (2018), destacamos:
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podem ler as versões impressas e as versões em braille nem sempre estão
disponíveis. Os benefícios se estendem também para os estudantes com dislexia,
com dificuldades de leitura ou de aprendizagem, pois, além de facilitarem a
aprendizagem, se esses livros digitais contiverem multimídia embutida (arquivos
de áudio e vídeo) tornará o aprendizado mais dinâmico e lúdico.
Para a promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência visual,
observamos que muitas Instituições de Ensino Superior estão desenvolvendo e
disponibilizando recursos de TA capazes de possibilitar inclusão no ambiente
acadêmico desses estudantes, por meio de atividades de ensino e de extensão.
Podemos citar o desenvolvimento de audiolivros e a produção de livros ilustrados
táteis com materiais de texturas diferenciadas.
Atualmente, observamos que tem aumentado consideravelmente o uso de
celulares e tablets para acesso à internet. No caso de estudantes com deficiência
visual, Borges e Mendes (2021) destacam que é possível acessar e ler os
conteúdos nesses dispositivos móveis, uma vez que podem ser disponibilizados
livros que se tornam acessíveis com o uso de leitores e ampliadores de telas,
inversão e contraste de cores, aumento do tamanho de fontes, chegando a
dispensar os volumosos livros ampliados e em braille. Smartphones e tablets
oferecem muitos recursos de acessibilidade, sejam eles de TA ou não:
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TEMA 5 – TECNOLOGIA ASSISTIVA NA ÁREA DA SURDEZ
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Exemplo de Vlabe É um videofone que pode ser usado em
tecnologia qualquer lugar com WiFi. Na tela, aparece uma
para telefonista fluente em Libras que intermedeia a
comunicaçã comunicação com ouvintes e surdos.
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O uso dos atuais smartphones tem contribuído para a comunicação entre
surdos e ouvintes. Aplicativos de redes sociais para fazer videochamadas ou para
envio de imagens e gravação de vídeos, as legendas em filmes, alarmes e
notificações com sinais luminosos, além de outras adaptações e de serviços de
aplicativos para pedir delivery de alimentos e compras pela internet, muito tem
contribuído para dar qualidade à vida de todos e, para as pessoas surdas, é uma
tecnologia que possibilita o acesso comunicacional e a inclusão social.
No Atendimento Educacional Especializado (AEE) para estudantes com
deficiência auditiva, Silva (2018) enfatiza a relevância da formação continuada dos
professores a respeito da inserção dos vários recursos de Tecnologia Assistiva.
Entre os produtos de TA, a mesma autora apresenta, a saber, aparelho de
ampliação sonora, implante coclear, entre outros.
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REFERÊNCIAS
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CARDOSO, D. R. M.; D’ASCENZI, I, F.; MONSERRAT NETO, J. Dosvox: a história
de uma revolução entre os cegos. Horizontes SBC, v. 2, n. 2, ago. 2009. Disponível
em: <https://horizontes.sbc.org.br/old/edicoes/v02n02/v02n02-24.pdf>. Acesso em:
24 mar. 2023.
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JEREMIAS, S. M. F.; GÓES, A. R. T.; HARACEMIV, S. M. C. Tecnologias assistivas
no ensino e aprendizagem de matemática para estudante cego: investigando a
presença do desenho universal. Revista Ibero-Americana de Estudos em
Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 4, p. 3.005-3.019, dez. 2021. Disponível
em: <https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/16064/11992>.
Acesso em: 24 mar. 2023.
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ENCONTRO DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Anais… São
Carlos, 2020. p. 1-13. Disponível em: <https://cietenped.ufscar.br/
submissao/index.php/2020/article/view/1858>. Acesso em: 24 mar. 2023.
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