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tecnologias assistivas
para a pessoa com
deficiência visual
Identificar e diferenciar o auxílio das ajudas técnicas e das tecnologias
assistivas.
Porém, existem variações que diferenciam as pessoas cegas das pessoas com visão reduzida
quanto ao acesso ao currículo. Para as pessoas com visão reduzida, verificamos a necessidade de,
por exemplo,
● materiais ampliados;
● softwares educativos em tamanho ampliado;
● adaptações de materiais em caracteres ampliados;
● recursos óticos;
● recursos não óticos;
● ilustrações com contrastes;
Os primeiros estudos publicados sobre auxílios óticos foram nos Estados Unidos, em 1953, e o
termo baixa visão foi utilizado pela primeira vez por Geraldo Fonda em uma "crítica ao ensino do
braille para as pessoas que podiam ler em tinta, já que o braille é um sistema de leitura e escrita tátil
utilizado por pessoas cegas" (ACIEM, 2011, p.19).
Outrora, as pessoas com baixa visão eram tratadas como cegas, ou seja, eram consideradas
impossibilitadas para a leitura em tinta, utilizavam o sistema braille possuindo condições para leitura
e escrita em caracteres ampliados.
Há muitos mitos em torno das pessoas com baixa visão, como economizar a visão residual,
sendo que é importante utilização da acuidade visual existente e, consequentemente, usufruir da
eficiência visual. Vale destacar que a demanda social e educativa da pessoa com baixa visão, como
estamos observando, requer contrastes e ampliações, entre outros recursos, e não a utilização
prioritária de materiais táteis, como ocorre com a pessoa cega.
Já para as pessoas cegas verificamos a necessidade de, por exemplo,
● uso do Sistema Braille;
● softwares educativos com sintetizador de voz;
Vale destacar que para as crianças cegas o Sistema Braille é essencial no processo de
alfabetização, pois a criança, durante esse processo, necessita do concreto para elaboração de
conceitos e, dessa forma, o Sistema Braille contribuiu para essa elaboração por oferecer a leitura
tátil.
No entanto, para pessoas que adquiriram a cegueira após a fase de alfabetização, o uso do
Sistema Braille poderá oferecer a leitura e escrita tátil e os programas com sintetizadores de voz a
leitura e escrita pelo comando de voz.
O Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, estabelece normas gerais e critérios básicos
para acessibilidade das pessoas com deficiência e as que possuem limitação ou incapacidade para o
desempenho de atividade. Assim, no artigo 8º, são definidas as ajudas técnicas, como: "os produtos,
instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a
funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a
autonomia pessoal, total ou assistida".
Identificamos que as intervenções pertinentes das ajudas técnicas abrange a funcionalidade da
pessoa com deficiência, considerando todas as funções do corpo, a fim de oferecer técnicas que
englobam um melhor desempenho da atividade com participação.
Já de acordo com Galvão Filho e Damasceno (2006, p. 26), as tecnologias assistivas são "toda e
qualquer ferramenta, recurso ou processo utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior
independência e autonomia à pessoa com deficiência".
As ajudas técnicas e a utilização de tecnologias assistivas favorecem a aquisição de conceitos e
as ações de políticas em prol dessas pessoas, asseguram que as mesmas possam exercer o papel de
cidadão com autonomia independência.
Como bem ressalva Mazzotta (1982, p.34): "a educação de um indivíduo procede de situações
capazes de transformá-lo ou lhe permitir transformar-se", daí a importância de oferecer igualdade de
oportunidades para essas pessoas no processo educativo.
Referências
ACIEM, Tânia Medeiros. Autonomia pessoal e social de pessoas com deficiência visual após a
reabilitação. São Paulo, 2011 95 f.; 30 cm Dissertação (Mestrado em Distúrbio do
Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana Mackenzie.
BRASIL. Ministério da Educação – MEC. Decreto nº Decreto 5.296, do dia 2 de dezembro de 2004,
que regulamenta as Leis 10.048 do dia 8 de novembro de 2000 e a 10.098 de 19 de dezembro de
2000. [Legislação de educação especial na Internet]. Brasília; Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br>. Acesso em 26 jul. 2010.
GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; DAMASCENO, Luciana Lopes. Tecnologias Assistivas para autonomia
de alunos com necessidades educacionais especiais. Revista Inclusão - julho, MEC/SEESP, 2006, p.
26-32.
MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Fundamentos de Educação Especial. São Paulo: Livraria
Pioneira Editora, 1982, 137 p.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Adaptações Curriculares – Estratégias para Educação
de Alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, 1999, 64 p.