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Prof.

Arthur Leone
Auditoria

Aula – Evidências,
procedimentos
Auditoria
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Sumário
SUMÁRIO ......................................................................................................................................................... 2

EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA .............................................................................................................................. 4

ADEQUAÇÃO E SUFICIÊNCIA DA EVIDÊNCIA .................................................................................................................................. 5


CONFIABILIDADE E RELEVÂNCIA DAS EVIDÊNCIAS ......................................................................................................................... 9
CLASSIFICAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS ............................................................................................................................................. 12
EVIDÊNCIAS SOBRE AS AFIRMAÇÕES DA ENTIDADE ...................................................................................................................... 13
EVIDÊNCIAS: CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS PARA ITENS SELECIONADOS ........................................................................................ 19
Estoques ......................................................................................................................................................................... 19
Litígios e reclamações ..................................................................................................................................................... 19
Informações por segmento .............................................................................................................................................. 21

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA.................................................................................................................... 22

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS .............................................................................................................................. 22


TESTES DE CONTROLE ............................................................................................................................................................ 23
PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS ............................................................................................................................................ 24
Testes de detalhes .......................................................................................................................................................... 25
Procedimentos analíticos substantivos ............................................................................................................................ 25

TIPOS DE PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ..................................................................................................... 31

INSPEÇÃO ............................................................................................................................................................................. 31
OBSERVAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 31
RECÁLCULO .......................................................................................................................................................................... 32
REEXECUÇÃO ........................................................................................................................................................................ 32
PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS ................................................................................................................................................. 32
INDAGAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 33
CONFIRMAÇÃO EXTERNA ........................................................................................................................................................ 33

O TESTE DIRECIONAL ..................................................................................................................................... 39

TRACING (TESTE PARA SUBAVALIAÇÃO) .................................................................................................................................... 39


VOUCHING (TESTE PARA SUPERAVALIAÇÃO) .............................................................................................................................. 40

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA - SITUAÇÕES ESPECIAIS ............................................................................... 48

ESTIMATIVAS CONTÁBEIS ........................................................................................................................................................ 48


PARTES RELACIONADAS.......................................................................................................................................................... 50
EVENTOS SUBSEQUENTES (ES) ............................................................................................................................................... 51
CONTINUIDADE OPERACIONAL ................................................................................................................................................ 54

PROCEDIMENTOS EM ITENS ESPECÍFICOS ....................................................................................................... 58

ATIVO .................................................................................................................................................................................. 58
Disponibilidades.............................................................................................................................................................. 58
Bancos ........................................................................................................................................................................... 60
Contas a receber ............................................................................................................................................................. 62
Estoques ......................................................................................................................................................................... 63
Realizável a longo prazo ................................................................................................................................................. 65
Investimentos ................................................................................................................................................................. 65
Imobilizado ..................................................................................................................................................................... 66
PASSIVO............................................................................................................................................................................... 67
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................................................................ 69
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TRABALHOS INICIAIS – SALDOS INICIAIS ......................................................................................................... 70

QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................................................. 71

LISTA DE QUESTÕES .....................................................................................................................................120

GABARITO ................................................................................................................................................... 144


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Evidências de auditoria
Nesta aula teremos 70 páginas de teoria e 73 páginas de questões. Então, nada se assustar com o tamanho!

Vamos lá...

As evidências de auditoria correspondem a toda informação utilizada pelo auditor para fundamentar sua opinião.
São obtidas principalmente a partir dos procedimentos de auditoria, mas não se limitam a tal. Evidência, portanto,
é “tudo” (documento, informações, conclusões, cálculos etc.) que sirva de base para fundamentar o relatório de
auditoria e incluem, além das informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações
contábeis, outras informações de fontes (internas e externas ao cliente) e naturezas diversas.

NBC TA 200, 13
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em
que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.

Com esse pedacinho de teoria, temos as questões clássicas sobre evidências: O que é? Para que serve? De onde
surgem? etc.

VUNESP - Câmara de Sertãozinho – SP – Contador/2019

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas para área de auditoria, que estão na NBC TA 200
(R1), evidências de auditoria são:

A. a aplicação de atividades de controle apropriadas, por exemplo, controle das etiquetas de contagem (ou outras
formas de controle similar) utilizadas e não utilizadas e procedimentos de contagem e recontagem, em específico.

B. as observações do auditor, considerando a qualidade da evidência de auditoria obtida de forma que lhe traga
confiabilidade no fornecimento de suporte às suas conclusões, que servirão de base a opinião técnica.

C. as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As
evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações
contábeis e outras informações.

D. a representação estruturada de informações financeiras históricas, incluindo divulgações, com a finalidade de


informar os recursos econômicos ou as obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as mutações
de tais recursos ou obrigações durante um período de tempo, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro.

E. as responsabilidades da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, com base na
qual a auditoria é conduzida.

Resolução:

NBC TA 200, 13
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Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se
baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes
às demonstrações contábeis e outras informações.
Resposta C

A essa altura você já sabe que registros contábeis e sua documentação suporte (contratos, relatórios, atas de
reunião, Notas fiscais...) podem ser fonte de evidências de auditoria (fonte primária).

Em sendo assim, pergunto: Uma notícia no Jornal Nacional pode ser considerada uma evidência de auditoria?

A depender do conteúdo, a resposta é sim. Por exemplo: a notícia dando conta que a entidade irá pedir falência
ou envolveu-se uma grande fraude poderá ser uma evidência que contradiz as evidências colhidas pelo auditor
junto aos responsáveis pela governança. Nesse caso, o auditor precisa aprofundar os seus testes para obter
evidência confiável e suficiente.

Chegamos à conclusão de que os documentos que fornecem evidências de auditoria podem ter, também, origem
externa à entidade. Embora seja cristalino que determinados documentos de natureza contábil como notas
fiscais, contratos, faturas, planilhas de depreciação e outros, são tomados naturalmente como evidências de
auditoria, pois surgem naturalmente nas análises e testes do auditor, mas lembrem-se que os documentos
externos também! Ainda que revistam formatos aparentemente “não contábil” como notícias em jornais e
revistas.

Assim, documentos de fornecedores, ordem de compra, declaração de terceiros, relatórios setoriais, notícias de
mídia especializada etc. podem ser evidências de auditoria conforme as circunstâncias.

Nesse sentido, foi considerado verdadeiro a seguinte assertiva em prova (grifos nossos):

“A auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a veracidade e a adequação
dos registros e demonstrações, mas não se restringe à escrituração da entidade objeto dos trabalhos da
auditoria. ” (Cespe/ISS Teresina)

Observe que a assertiva afirma taxativamente que o que está fora da escrituração (contabilidade) também poderá
ser evidência de auditoria. Passemos para outro ponto...

Para que seja possível fundamentar sua opinião, o auditor deve reunir evidências que disponham de dois atributos
essenciais: adequação e suficiência.

Observe que é adequação + suficiência (Os dois ao mesmo tempo!).

Adequação e suficiência da evidência


Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância
e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.

é
Qual procedimento?
confiável/relevante?
ADEQUAÇÃO
é
Quando?
confiável/relevante?
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FCC-TRT 19-Analista Jud/2014

Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu as informações consignadas nos papéis de trabalho e concluiu que
as informações coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor evidência alcançável por meio das técnicas
que utilizou. Essas informações são classificadas como

(A) suficientes.

(B) adequadas.

(C) relevantes.

(D) úteis.

(E) concretas.

Resolução:

Essas informações consignadas nos papéis de trabalho compreendem as evidências de auditoria.

As evidências precisam reunir 2 características: Adequada e suficiente.

Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e
confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.

Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária


da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela
qualidade da evidência de auditoria.
Resposta: B

Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade


necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e
também pela qualidade da evidência de auditoria.

SUFICIÊNCIA Quanto?

Para guardar: Adequação é qualidade e Suficiência é quantidade.

Há algumas inter-relações decorrentes da adequação e suficiência e os riscos: (1) quanto maior for a qualidade
(adequação) das evidências, provavelmente poderão ser exigidas menos evidências (quantidade). Por outro lado,
(2) quanto maior os riscos de distorção relevante, provavelmente maior a quantidade de evidências exigidas. Veja
que é intuitivo, de modo que não precisamos decorar.

FCC – ISS Manaus/2019

A suficiência da evidência de auditoria


A. ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante, nunca ambos.
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B. é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante.

C. não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela qualidade da evidência
de auditoria.

D. é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de
auditoria.

E. é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, mas não pela qualidade da evidência de
auditoria.

Resolução:

Qualidade e quantidade se influenciam mutuamente, assim como o risco de auditoria a ser enfrentado. São
conclusões lógicas: diante de risco alto, é preciso angariar mais evidências; diante de evidências de alto poder
persuasivo, pode-se se dar “ao luxo” de trabalhar com menos quantidade etc.

Em termos normativos, temos:

NBC TA 500, 5

e) Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária


da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela
qualidade da evidência de auditoria.
Resposta: D

Como o auditor define se a evidência coletada é adequada e suficiente?

Não encontraremos uma resposta pronta tal como uma “receita de bolo”, portanto não haverá uma única resposta
correta para o que vem a ser evidência adequada e suficiente. O julgamento do auditor é fundamental para concluir
pela existência desses atributos, o que é feito à luz das circunstâncias do caso concreto.

Chegamos à seguinte conclusão: “cada caso é um caso”.

Isso ocorre porque as entidades são diferentes, variam em tamanho, em organização, em honestidade, em riscos,
em informatização, em recursos humanos etc., e o que é adequado e suficiente para uma auditoria, não será
necessariamente para outra.

Ademais, as evidências de auditoria não são conclusivas, são, na realidade, persuasivas. Esse grau de persuasão
não pode ser definido em normas ou em um critério fixo. Fatores como os abaixo, podem determinar essa
característica:
▪ Relevância para os objetivos da auditoria
▪ A origem da evidência
▪ Efetividade dos controles internos
▪ O momento em que foi colhida
▪ Grau de objetividade
▪ Experiência do auditor
Assim, a adequação e suficiência guardarão relação com o risco de auditoria estabelecido pelo auditor que se
pretende minimizar. Vejam algumas conclusões lógicas:
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Consideração Evidência suficiente e apropriada

Materialidade do item examinado Quanto mais material o item, mas evidência é


requerida.

Efetividade das respostas da Quanto melhor as respostas, menor a quantidade


administração aos riscos e qualidade da evidência requerida

Experiência em auditorias anteriores Experiências anteriores no mesmo cliente indicam


no mesmo cliente a quantidade de evidência que foi coletada antes e
se foi suficiente.

Avaliação do risco inerente e de Quanto maior o risco inerente e de controle maior


controle a quantidade de evidência requerida

Confiabilidade da informação Quanto menos confiável a informação maior a


disponível quantidade requerida

Suspeitas de fraude e erro Se há suspeitas de fraude ou erro maior a


quantidade de evidência requerida

Adaptado de Hayes et al (2005).

Exige-se que o auditor obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a
um nível aceitavelmente baixo, possibilitando que o auditor obtenha conclusões razoáveis para fundamentar sua
opinião.

Uma rápida síntese deste tema se extrai das


assertivas abaixo (ESAF):
▪ “A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação dos riscos de distorção.
▪ “A qualidade é fator importante para determinar a suficiência das evidências. ”
▪ “A opinião do auditor é sustentada nas evidências de auditoria. ”
▪ “A forma primária de obtenção de evidência é a partir de procedimentos de auditoria executados
durante o curso da auditoria. ”
▪ “No processo de obtenção de evidências o auditor levará em consideração, ainda, o custo x benefício na
obtenção da evidência. ”
O que temos nestas assertivas verdadeiras?
Percebam que elas cobrem aspectos importantes como a relação quantidade x qualidade; indicam para que serve
a evidência (fundamentar a opinião) e indicam como nascem as evidências (a fonte primária são os testes do
auditor, mas há outras fontes não primárias).
Tratam ainda de um aspecto interessante: o custo x benefício para obtenção de evidência
Exemplo:

Por que dispender tempo para obter evidências através de testes de controle se já se sabe que os controles
estabelecidos são fracos e ineficientes aliados à baixa integridade da administração?

Seria mais eficaz (traria mais benefícios) executar mais procedimentos substantivos. A evidência teria melhor
qualidade e não seriam consumidos horas de trabalho (custo) em procedimentos ineficazes. A lógica é simples: se
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os controles são ruins e não vamos confiar neles, por que testá-los? Vamos “gastar” nossos recursos naquilo que
realmente vamos aproveitar, como a execução dos nossos testes substantivos.

Já apareceu assim...

“O auditor trabalhará dentro de limites econômicos que estabelecem que evidência suficiente deve ser
obtida em prazo razoável, a um custo razoável. Dessa maneira, o auditor aplica o conceito da relação custo
x benefício da informação obtida”. (Cespe/ACE-TO)

Confiabilidade e relevância das Evidências


A evidência deve ser confiável e relevante (medidas de adequação). A confiabilidade decorre da origem da
informação. Ao decidir utilizar como evidência informação (interna) produzida por um especialista da entidade, o
auditor deve:
• Avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista.
• Obter entendimento do trabalho do especialista
• Avaliar a adequação do trabalho como evidência.
Ao usar informações apresentadas pela entidade, o auditor deve avaliar se as informações são suficientemente
confiáveis para os seus propósitos e isto inclui:
• Obter evidência de auditoria sobre a exatidão e integridade das informações.
• Avaliar se as informações são suficientemente precisas e detalhadas para os fins da auditoria.
Qual o pressuposto fundamental? A evidência oriunda de fontes externas é mais confiável.

Atenção: apesar de ser menos confiável, não significa que é imprestável. Cada caso é um caso.

Vamos avaliar a confiabilidade da evidência fornecida pela entidade analisando um fato jornalístico: não faz muito
tempo a Petrolífera de Eike Batista, a OGX, viu-se envolvida em litígios com os sócios minoritários. Vejam trecho
da notícia publicada:
“O economista Aurélio Valporto, acionista minoritário da OGX, acusa o empresário Eike Batista e a empresa
petroleira de fraude ao divulgar perspectivas exageradamente otimistas sobre reservas de petróleo. Sugere
ainda que há indícios de uso de informações privilegiadas na compra e venda de ações por parte do controlador
da companhia na época da divulgação dos fatos relevantes”.

(Agencia Estado 09/10/13, disponível em http://economia.ig.com.br/empresas/2013-10-09/acionistas-


minoritarios-da-ogx-processam-eike-bolsa-de-valores-e-cvm.html)

Em miúdos, a OGX tem em seus ativos, reservas de gás e petróleo. Provavelmente seus ativos mais valiosos. Os
valores contábeis de tais ativos relevantes são baseados em estudos, laudos e pesquisas com participação de
especialistas em petróleo da entidade ou contratados por ela. É uma informação construída dentro da entidade e
pelo que indicava a notícia, haveria indícios de fraudes.

Admitamos a procedência da notícia, isto implica que os ativos da entidade foram superavaliados. Ao superavaliar
o Ativo, modificamos para melhor (artificialmente) a situação patrimonial da entidade. Em contabilidade
conhecemos a fórmula da equação patrimonial onde Ativo-Passivo=Patrimônio Líquido (A-P=PL) e, majorando-
se o Ativo, a entidade apresenta-se mais robusta (PL maior que o real) do que realmente é.

Gestão Concurso - EMATER-MG – Auditor/2018


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De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade NBC-TA 500, “evidência de auditoria” compreende as
informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião.

Acerca da obtenção de evidências de auditoria por parte do auditor, é incorreto afirmar que

A. o auditor consegue obter evidências de auditoria através da execução de procedimentos de avaliação de riscos
e procedimentos adicionais de auditoria, os quais abrangem testes de controles e procedimentos substantivos.

B. a reexecução é um dos procedimentos de auditoria para a obtenção de evidência de auditoria e envolve a


execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como
parte do controle interno da entidade.

C. evidências de auditoria obtidas com base em informações apresentadas pela própria entidade objeto do
trabalho de auditoria em hipótese alguma são válidas do ponto de vista técnico, por não assegurarem a necessária
independência do trabalho de auditoria.

D. sob determinadas circunstâncias, o auditor pode obter informações a serem utilizadas como evidências de
auditoria junto aos chamados “especialistas da administração”, representados por pessoas ou organizações com
especialização em uma área, que não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é
utilizado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis.

Resolução:
A letra C é falsa, uma vez que a evidência gerada internamente, apesar de ser menos confiável, em tese, essa não
é uma verdade absoluta. O fato de ter sido gerada internamente não significa que é totalmente desprezível para a
auditoria. Isso dependerá do fato de o auditor conseguir avaliar tal evidência, corroborar com outros elementos
etc. cada caso é um caso. Embora se afirmar que a evidência interna é menos confiável esteja correto, isso não
implica no seu imediato e sumário descarte. A letra D (verdadeira), inclusive, respalda essa explicação.
Resposta: C

Percebam neste exemplo da “OGX” como, em algumas situações, as evidências fornecidas pela própria entidade
podem ser frágeis ou de baixa confiabilidade e podem criar distorções nas demonstrações contábeis. Diante
desses indícios, o auditor, para validar o registro desses ativos necessitaria obter evidências adicionais.

E se o auditor não tem meios para obter evidência convincente sobre esses ativos relevantes?

Se não há evidências que suportem a opinião, o auditor deve elaborar seu relatório com ressalva ou abstenção de
opinião conforme as circunstâncias.

O Auditing Standards Board-ASB (Conselho de padrões de auditoria) descreveu os seguintes pressupostos quanto
à confiabilidade da evidência (Gramling et al, 2012):

CONFIANÇA DAS EVIDÊNCIAS

MAIOR MENOR

Evidências diretamente observáveis Evidências indiretamente observáveis

Evidências resultantes de um sistema de Evidências resultantes de um sistema de


informações bem controlado informações mal controlado ou facilmente
ignorado
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Evidências provenientes de fontes externas Evidências provenientes de dentro da


independentes organização

Há evidências em forma escrita Evidências verbais não apoiadas em


documentos

Documentos originais Fotocópias ou fac-símile

Tais pressupostos também são descritos na NBC TA 500, item A31, portanto trata-se conteúdo normativo, isto
é, “lei”. Entretanto, note que nem de longe precisamos decorar. Mais uma vez, estamos diante de um
conhecimento intuitivo. Afinal, quem não sabe que uma xerox é menos confiável que o documento original?

Ainda sobre a confiança na evidência, o item A8 da NBC TA 500 indica que evidências corroborativas são mais
confiáveis do que itens de evidência individualmente considerados, ou seja: um item de evidência que possa ser
confirmado por um terceiro ou por outros documentos complementares geralmente é mais confiável do que o
item individualmente considerado (item de evidência + confirmação de outra origem > evidência individualmente
considerada).

CESPE - SEFAZ-RS - 2018

As evidências de auditoria possuem diferentes níveis de persuasão quanto à validação das informações. Nesse
sentido, no que se refere à fonte, o documento que fornece maior segurança e confiabilidade é

A. a planilha de recálculo efetuado pelo auditor.

B. o relatório de observação física do auditor.

C. o relatório de controle interno.

D. a nota fiscal eletrônica de fornecedor.

E. o extrato bancário fornecido pela empresa auditada.

Resolução:

É possível fazer certas generalizações sobre as evidências: a evidência externa é mais confiável do que aquele que
tem origem interna. Assim, aquela evidência externa é mais confiável do que a obtida internamente. Nas demais
alternativas, temos a evidência interna, ainda que apoiada em recálculo do auditor.

Resposta: D

Em relação à relevância, para que a evidência gerada tenha tal qualidade, é necessário que influencie a finalidade
do procedimento a que se destine. É a “ligação lógica” entre o procedimento e o que se deseja testar.

NBC TA 500,A27.
A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria e,
quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das informações a serem utilizadas como
evidência de auditoria pode ser afetada pela direção do teste.

Exemplo:
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Para avaliar se as contas a receber estão superavaliadas, o auditor poderia testar os principais saldos de clientes,
solicitando aos clientes da empresa auditada que confirmem se realmente mantém tais saldos a pagar junto à
empresa auditada. Obtendo confirmação, teremos uma evidência relevante em que o auditor poderia se basear
para concluir que os saldos divulgados pela auditada estão corretos e existem de fato, uma vez que confirmados
pelos clientes. Sem esquecer, claro, de aplicar a devida direção do teste.

Por outro lado, tal procedimento seria ineficaz, portanto não relevante, para gerar evidências sobre a subavaliação
das contas a receber, pois se realmente foram subavaliadas por omissão de registros de vendas, o auditor não teria
elementos para executar o mesmo procedimento, já que na contabilidade não haveria contas a receber de tais
clientes registradas. Seria mais produtivo e factível concentrar-se em relatórios de vendas, recebimentos
subsequentes não identificados dentre outros.

Classificação das evidências


Evidência física: são obtidas a partir de inspeção física ou observação, geralmente uma das mais confiáveis e
persuasivas, decorre da existência física de elemento patrimonial (inspeção física) ou atividade (observação).

Evidência documental: São obtidas a partir da análise de documentos, contratos, notas fiscais, recibos, extratos
bancários etc. São geradas a partir da análise de um processo do cliente documentado por escrito ou digitalmente.
Sua confiabilidade pode ser posta em dúvida pelo auditor, pois documentos podem ser criados para simular
situação que não ocorreu de fato. Por esta razão, a evidência fornecida por um terceiro é mais confiável do que a
evidência documental gerada dentro da entidade auditada.

Evidência testemunhal: Obtida através de entrevistas a funcionários e a administração, ou terceiros. As


entrevistas são uma boa fonte de evidências, contudo, o auditor não deve descuidar-se de considerar a integridade
da administração e o risco do negócio de cliente. Através de entrevistas podem ser colhidas evidências sobre ações
trabalhistas, funcionamento do sistema contábil, mercado, lançamento de novos produtos, concorrência, riscos
etc.

Evidência analítica: Colhidas a partir de recálculo e reprocessamento de transações pelo auditor, comparações
etc.

Conforme a sua relação com a matéria de auditoria podemos distingui-la em Direta e Indireta.

Evidência direta: Quando é diretamente relevante para uma afirmação específica. Por exemplo: obter uma
confirmação externa de Clientes da empresa sob auditoria, sobre os saldos mantidos em aberto referente a
compras junto à empresa auditada, é uma evidência direta sobre a afirmação “duplicatas a receber” da auditada.
O auditor poderia concluir pela existência do saldo lançado a conta Duplicatas a receber, tendo em vista a ligação
direta da evidência colhida à matéria em análise.

Evidência indireta: Não é diretamente relevante para uma afirmação. Por exemplo: os testes de controle são
diretamente relevantes para obter evidências sobre a efetividade de controles internos. Se o auditor concluir que
os controles sobre os estoques são efetivos (evidência direta), ele poderia provavelmente concluir que não há
distorções relevantes nos saldos contábeis da conta “estoques” (evidência indireta) sem testá-los diretamente. A
partir da evidência direta, qual seja, controles efetivos, o auditor concluiu indiretamente pela regularidade do saldo
contábil de estoques.

Uma questão sobre tipos de evidências


VUNESP - ISS Guarulhos – SP/2019
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A evidência obtida pela comprovação da existência real de ativos e passivos financeiros, recursos humanos,
instalações, entre outros, é denominada evidência

A. física.

B. documental.

C. analítica.

D. por confirmação.

E. testemunhal.

Resolução:

A comprovação “real”, isto é, o “ver com os próprios olhos” é uma inspeção física. Por exemplo: verificar a lista de
empregados cadastrados no gabinete do deputado é uma inspeção documental e não nos daria garantia “real” de
que o funcionário existe. Assim, ter certeza de que não há funcionários fantasmas, deve-se fazer a inspeção física,
isto é, verificar realmente se existe e se está trabalhando o funcionário (ver para crer). Note a diferença em se
executar um teste com base nos documentos e um com base na existência “real”. Podem produzir resultados
diferentes.
Resposta A

Evidências sobre as afirmações da entidade


Meus amigos, vejam o que já aprendemos até o momento. Já sabemos o que são as evidências; vimos que temos
evidências que são mais confiáveis que outras; vimos que a evidência precisa ser adequada e suficiente; que podem
ser geradas de forma testemunhal, documental, fisicamente e analiticamente, dentro e fora do cliente de
auditoria.

Mas, na prática, como as evidências irão aos poucos preenchendo as lacunas e levando o auditor a tirar
conclusões de forma a, finalmente, respaldar sua opinião?

Bom, quando uma entidade faz a sua divulgação contábil ela faz uma série de afirmações implícitas, além da que
vemos publicados no seu balanço. Por exemplo: uma entidade divulgou seu balanço patrimonial onde consta a
conta Duplicatas a Receber com saldo R$ 1 milhão.

Ao ler o balanço patrimonial, chegamos à lógica conclusão de que a entidade possui créditos a receber no valor de
R$ 1 milhão. Está é a informação direta que decorre logicamente da simples leitura da conta que funciona como
um acumulador de débitos e créditos

Mas, o que está implícito neste acumulador de débitos e créditos?

Este saldo de R$ 1 milhão divulgado não é a única afirmação que a entidade está fazendo. A entidade está
afirmando também, dentre outros, a ocorrência, a integridade, a exatidão, a classificação etc.

O auditor buscará evidências para cobrir todas as afirmações relevantes que se apliquem ao item em análise. O
objetivo da coleta de evidências é dar validade as afirmações. Assim, o auditor teria base para emitir sua opinião.

Na aula 00 concluímos que a auditoria é um conjunto de procedimentos para obter evidências e avaliá-las
objetivamente, confrontando as afirmações com os critérios.

Afirmação x Critérios =opinião do auditor


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As afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer
enquadram-se em duas categorias [ (1) período da auditoria e (2) fim do período) ] seguintes e podem assumir as
seguintes formas (NBC TA 315):
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É importante conhecer a linguagem técnica (acima) que descreve tais afirmações, mas, para lhe ajudar a fixa-las,
vamos apresenta-las novamente em linguagem simples e direta para que você possa perceber o núcleo da resposta
que o auditor espera obter.

Vejamos então a mesma tabela de forma “maceteada”:

Classes de Afirmação Descrição


transações e
Ocorrência Tudo que foi registrado existe/ocorreu?
eventos e
divulgações
Integralidade Tudo foi registrado/divulgado? Não esqueceram
relacionadas,
nada?
para o
período sob
Exatidão Os valores e dados estão corretos?
auditoria

Corte Os registros estão lançados nos meses corretos?

Classificação Os registros estão nas contas corretas?

Apresentação As nomenclaturas e nível de agregação das contas


estão adequados? As DC’s são compreensíveis?

Agora veremos as afirmações a serem validadas relativamente ao fim do período. Observe que antes falamos de
“transações”, agora vamos falar de “Saldos”.

Consegue perceber a lógica envolvida?

Transações são dinâmicas, são as receitas, despesas e demais contas de resultados. Por sua vez “saldos” são contas
que acumulam valores e não são “zeradas” de um ano para o outro, são, pois, as contas patrimoniais que figuram
no Balanço.

Veja que quando comparamos os quadros de afirmações “período sob auditoria” X “fim do período”, as afirmações
são praticamente as mesmas. Há pequenas adaptações mutatis mutandis, uma vez que uma precisa cobrir contas
patrimoniais e outra precisa cobrir transações e eventos.
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Auditoria

Agora, a mesma tabela “maceteada”:

Saldos de Afirmação Descrição


contas e
Existência Tudo que foi registrado existe?
divulgações
relacionadas
Direitos e Os ativos são de fato ativos? Os passivos são de fato passivos? etc.
no fim do obrigações
período
Integralidade Todos os A, P e PL estão registrados, e todas as divulgações relacionadas que
deveriam ter sido incluídas nas DC’s foram incluídas;

Exatidão, Os valores e dados estão corretos?


valorização e
alocação

Classificação Ativos, passivos e PL foram registrados nas contas adequadas;

Apresentação As nomenclaturas e nível de agregação das contas estão adequados? As DC’s


são compreensíveis?

Os testes de auditoria planejados são facilitados a partir da especificação das afirmações.

Vamos testar...
CESPE - SEFAZ-RS/2019
Prof. Arthur Leone
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De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, ao
examinar se todas as transações e contas que deveriam ser registradas nas demonstrações contábeis realmente o
foram, o auditor independente verifica afirmação referente à

A. exatidão.

B. existência.

C. apresentação.

D. integralidade.

E. classificação.

Resolução:

Totalidade = integralidade.

Resposta: D

FCC – Agente Fiscal de Rendas SP-adaptada/2009

Quando o auditor verifica se o valor do documento que suporta o lançamento contábil foi efetivamente o valor
registrado, ele objetiva a conclusão de:

a) existência.

b) ocorrência.

c) exatidão.

d) avaliação.

e) materialidade.

Resolução: exatidão – valores e outros dados relacionados a transações e eventos registrados foram registrados
adequadamente.
Resposta: C.

FUMARC-Analista polícia civil-MG-Contábeis/2013

Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões, EXCETO:

a) Existência - se o componente patrimonial existe em certa data.

b) Direitos e obrigações - se efetivamente existentes em certa data.

c) Ocorrência - se a transação de fato ocorreu.

d) Observação - acompanhamento de processo ou procedimento, quando de sua execução.


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Resolução: A observação é um procedimento de auditoria e não uma afirmação. As demais alternativas contêm
conclusões sobre as afirmações a serem perseguidas pelo auditor. Resposta D.

CPA-Certification Exam-USA/tradução livre

Um auditor provavelmente gostaria de indagar o pessoal da produção e vendas sobre a possibilidade da existência
de estoques morosos e obsoletos para validar a seguinte afirmação das demonstrações contábeis referente aos
estoques.

(A) Valorização.

(B) Direitos e obrigações.

(C) Existência.

(D) Integridade.

Resolução:

O auditor deseja verificar se o saldo de estoques já contempla os ajustes para excluir as perdas ou ajustes a valor
justo. A afirmação que se pretende validar é a VALORIZAÇÃO: ativos, passivos e patrimônio líquido estão incluídos
nas demonstrações contábeis nos valores apropriados e quaisquer ajustes resultantes de valorização e alocação
estão adequadamente registrados.

Nas normas de auditoria, utilizam uma nomenclatura composta para esta afirmação. Ela é designada como
“exatidão, valorização e alocação” como se fosse uma única afirmação.

As letras B e C validam a propriedade e a existência. A letra D valida o registro. A única afirmação que trata sobre
a presença ou não de peças que devem ser baixadas como perdas por obsolescência (ajustes resultantes de
valorização) ou outros fatos com impacto no valor registrado é a letra A.

Resposta: A.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Evidências: considerações específicas para itens selecionados


A NBC TA 501, em consonância com as normas internacionais, destinou atenção especial ao processo de obtenção
de evidências de três elementos em especial:
▪ Existência e condições do estoque;
▪ Totalidade dos litígios e reclamações envolvendo a entidade
▪ Apresentação e divulgação de informações por segmentos em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.
O tratamento prescrito pela norma tem como pressuposto que os itens são relevantes, pois não seria razoável
dispensar esforço para itens não relevantes. A essa altura você já deve ter esse entendimento. Nós já estudamos
que o auditor se interessa pelo que é relevante, por aquilo que possa distorcer a demonstração contábil a ponto de
influenciar o julgamento e tomada de decisão por terceiros.

Vejamos o que deve adotar o auditor em relação a tais itens:

Estoques
• Avaliar as instruções e controles da administração aplicados na contagem física dos estoques
• Observar a contagem física realizada pela administração
• Executar testes de contagem
• Executar procedimentos para concluir sobre a adequação dos saldos contábeis de estoques com os
resultados da contagem física
A contagem dos estoques preferencialmente deve ser na data final das demonstrações contábeis. Na hipótese de
ser realizado em data intermediária, antes das demonstrações contábeis, o auditor deve colher evidência adicional
de que a variação no estoque entre a data da contagem e a data das demonstrações contábeis está registrada.

Pelo registro gráfico abaixo, fica fácil perceber que quando a contagem é realizada no final do período, já estão
contempladas todas as entradas e saídas de estoques no período. Nesse caso, a contagem física identificaria
qualquer distorção. Ao realizar a contagem em data intermediária, cria-se uma lacuna não inspecionada (seta
vermelha) e o auditor precisaria ter segurança de que neste lapso de tempo entre a contagem e a data das
demonstrações contábeis tudo foi registrado. O mesmo raciocínio aplicamos às demais contas.

Litígios e reclamações
Caros, lembram-se de nossas aulas passadas quando trabalhamos o processo de entendimento da entidade, de
avaliação de riscos, riscos do negócio etc.?
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Observem que litígios e reclamações podem ainda não ser um fato contábil concreto, pode não haver nenhum
registro de custo, despesa ou passivo decorrente de reclamações etc. Mas nós sabemos que o auditor deve
compreender como funciona a entidade, seu mercado, os marcos regulatórios etc. para conhecer os riscos
impostos à entidade. Vamos ver agora como a noção construída em nossas aulas iniciais vai se encaixar no nosso
raciocínio a seguir:

Suponha que uma entidade que precise cumprir normas ambientais deva manter um filtro para captação de seus
poluentes ao custo mensal de $500 mil.

A entidade “não está nem aí” para as normas ambientais e vem apresentando lucro mensal e regular de $ 1 milhão.

Os acionistas desinformados estão felizes, os lucros são regulares e nos valores desejados: $1 milhão por mês!

O auditor, ao concluir o processo de avaliação de riscos chega às seguintes conclusões: a empresa está correndo
um risco de sofrer pesada sanção dos órgãos ambientais em valor capaz de abalar sua situação patrimonial, poderá
ter sua licença cassada, ademais, seu lucro mensal deveria está na casa dos $500 mil (deduzindo-se o custo
ambiental de $500 mil do filtro) e não $1 milhão. A administração da entidade vem mantendo os lucros em um
patamar elevado à custa do descumprimento de leis. Várias podem ser as motivações da administração:
remuneração dos administradores conforme desempenho da entidade, conforme o preço das ações, baixa
integridade da administração, desinformação etc.

Admita que, excetuando o descumprimento da norma ambiental, todos os registros contábeis estão regulares e
sem distorções. Então, pergunta-se:

Já que não há nenhuma distorção relevante concretizada nas afirmações contábeis e toda a contabilidade
está certinha...

O auditor deveria se importar com esses fatos ainda não concretos (ameaça de multa, perda de licença,
reclamações)?

SIM!

“Se o auditor identifica um risco de distorção relevante com relação a litígios ou reclamações identificados, ou
quando os procedimentos de auditoria executados indicam que outros litígios ou reclamações poderiam existir, o
auditor deve, além dos procedimentos requeridos pelas outras normas de auditoria, comunicar-se diretamente
com os consultores jurídicos externos da entidade. O auditor deve fazer isso por meio de circularização (carta de
indagação aos advogados), elaborada pela administração e enviada pelo auditor, solicitando aos consultores
jurídicos externos da entidade que se comuniquem diretamente com o auditor. Se a lei, o regulamento, ou o
respectivo órgão jurídico proibir que a consultoria jurídica externa da entidade se comunique diretamente com o
auditor, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria” (item 10 NBC TA 501).

E por que os litígios e reclamações são importantes para tal empresa?

Porque certamente irão se transformar num passivo relevante no futuro. Imagine que o IBAMA aplique uma multa
de $20 milhões, o MPF ajuíza ação civil por danos a coletividade pleiteando mais $20 milhões de indenização à
sociedade e as Receitas Federal e estadual, que nada tinham a ver com o caso, são requisitadas pelo MPF para
executar fiscalização dos últimos cinco anos na empresa e, para piorar, os trabalhadores passam a reivindicar
vultosas indenizações junto à justiça trabalhista por terem sido expostos a poluentes sem adicionais de riscos e
proteção adequada.

Moral da história: acabou a empresa. Isso responde a nossa pergunta. Passamos a ter sérias dúvidas quanto à
continuidade normal das operações.
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“O auditor deve solicitar que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança forneçam
representações formais de que todos os reais ou possíveis litígios e reclamações conhecidos, cujos efeitos devem
ser levados em consideração durante a elaboração das demonstrações contábeis, foram divulgados para o auditor,
assim como contabilizados e divulgados de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável”. (Item 12, NBC
TA 500).

Informações por segmento


Quando a entidade faz suas divulgações por segmento o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente com relação que tais divulgações estão de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável
mediante obtenção de entendimento dos métodos utilizados pela administração para determinar as informações
por segmento e testar:
• Avaliação se esses métodos resultam na divulgação de acordo com a estrutura de relatório financeiro
aplicável.
• Quando for apropriado, testar a aplicação desses métodos.
• Execução de procedimentos analíticos ou outro procedimento de auditoria apropriado nas
circunstâncias.
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Procedimentos de auditoria
Os procedimentos de auditoria são os meios através do quais o auditor coleta evidências de auditoria. Variam
conforme os riscos associados ao cliente.

Didaticamente, temos três grupos de procedimentos de auditoria quanto a sua finalidade ou natureza: (1)
procedimentos de avaliação de riscos, (2) testes de controle e (3) procedimentos substantivos.

Procedimentos de avaliação de riscos


Estudamos os procedimentos de avaliação de riscos (natureza) na aula 02. São os primeiros procedimentos
executados pelo auditor, no processo de entendimento da entidade.

São os procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente,
incluindo o controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes,
independentemente se causada por fraude ou por erro, nas demonstrações contábeis e nas afirmações (item 4,
NBC TA 315 (R1) (2016).

Compreendem (tipos):

▪ Indagações à administração sobre possibilidade de distorções relevantes


▪ Procedimentos analíticos
▪ Observação e inspeção.
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O item A2 da NBC TA 315 esclarece que os procedimentos de avaliação de risco podem fornecer evidências a
respeito de classes de transações, saldos de contas ou divulgações e afirmações relacionadas, e sobre a efetividade
operacional dos controles apesar de tais evidências serem objetivos dos testes de controle e procedimentos
substantivos.

Por que esse esclarecimento é importante?

Porque não são apenas os testes de controle e procedimentos substantivos que fornecem evidências.

Assim, o procedimento típico para verificações do controle interno é o teste de controle, mas eventualmente os
procedimentos de avaliação de riscos podem gerar evidências a esse respeito.

Na mesma linha, o procedimento substantivo é típico para gerar evidências no nível das afirmações, mas
eventualmente os procedimentos de avaliação de riscos podem gerar evidências a esse respeito.

Testes de controle
É o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou
detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

Os testes de controle são os procedimentos típicos para coleta de evidências sobre o controle interno da entidade.
As antigas NBC lhe denominavam como “testes de observância”, então tenham um pouco de atenção, pois uma
questão pode ser construída a partir da doutrina, e pode apresentar como sinônimos de “testes de controle” os
seguintes termos: “testes de observância”, “testes de aderência” e “testes de procedimentos”.

O elemento chave é saber que testes de controle se relacionam às análises no controle interno.

Lembre se que os procedimentos de avaliação de risco também podem fornecer evidências sobre o controle da entidade
embora não tenham sido planejados como testes de controle.

Dica: Se o procedimento de auditoria for aplicado para tirar conclusões sobre o controle interno, a sua natureza
será teste de controle. Isso é importante porque muitas questões de forma direta ou indireta solicitam que se
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identifique o procedimento aplicado a um caso concreto. Então, se fizer referência ao controle interno, será teste
de controle e se fizer referência aos saldos e registros, contas, afirmações será procedimento substantivo.

O teste de controle verifica os procedimentos da entidade, ou seja: controle interno.

O procedimento substantivo verifica a validade dos registros, ou seja: a substância.

Vejam como é fácil identificá-los pelas palavrinhas chave:

Testes de controle nos controles

Procedimentos substantivos na substância

Procedimentos substantivos
É o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os
procedimentos substantivos incluem:
• Testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações).
• Procedimentos analíticos substantivos

Lembre-se que os procedimentos de avaliação de risco também podem fornecer evidências sobre afirmações da entidade
embora não tenham sido planejados como procedimentos substantivos.

FCC - SEFAZ-SC/2018

I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade. Têm como um dos principais objetivos a
conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em
consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em auditorias
tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do item contábil (se o
componente patrimonial existe em certa data), da existência de direitos e obrigações (se efetivamente existem
em certa data), da ocorrência (se uma determinada transação realmente ocorreu).

Os textos acima referem-se

A. aos Testes substantivos.


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B. aos Testes de observância.

C. às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física.

D. às Técnicas de Circularização de bens e direitos.

E. aos Riscos de amostragem.

Resolução:

Temos dois granes grupos de procedimentos de auditoria: (1) testes substantivos (ou procedimentos substantivos)
e (2) testes de controle (ou testes de observância). O primeiro testa saldos, contas, valores etc. O segundo testa
os controles internos. Os itens I e II tratam de contas, saldos etc., logo estamos diante do teste substantivo.

Basta lembrar:

Teste de controle testa o controle

Teste substantivo testa a substância contábil (os saldos, valores monetários e não monetários, classificação,
exatidão direitos e obrigações etc.)

Resposta: A

Vamos detalhar a divisão dos procedimentos substantivos...

Testes de detalhes
O teste de detalhes procura identificar e validar os registros mediante os procedimentos de auditoria. O auditor
irá à busca da evidência que suporte a fundamentação do registro visando responder às afirmações da entidade
(existência, classificação, direitos e obrigações...). Em resumo, o teste de detalhes visa confirmar o saldo das
contas. Para confirmar, por exemplo, o valor registrado como EMPRÉSTIMOS A PAGAR o auditor poderia realizar
os seguintes procedimentos (rol não exaustivo):

• Verificar os contratos (inspeção).


• Solicitar a confirmação dos credores (confirmação externa)
• Questionar a administração sobre as taxas de juros e destinação dos empréstimos (indagação)
• Conferência dos cálculos de juros (recálculo)
• Verificar os extratos bancários (inspeção)

Procedimentos analíticos substantivos


São avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não
financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações
identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos
valores esperados.

Os procedimentos analíticos, como o nome sugere, envolvem análises, cálculo de índices, linhas de tendência.

O pressuposto básico que fundamenta os procedimentos analíticos é a relação entre duas ou mais varáveis.
Segundo Crepaldi (2012) ...
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“é o relacionamento entre certos elementos econômico-financeiros que o auditor pode razoavelmente


presumir e continuar existindo na ausência de condições conhecidas em contrário”

Vamos entender através de um exemplo:

O auditor constatou que havia uma relação direta entre os tributos (linha laranja) provisionados pela empresa
auditada e a sua receita (linha azul). A cada mês, a receita mensal crescia 10% e os tributos provisionados
aumentavam na mesma proporção. Entretanto, no mês 06, a receita continuou a crescer a 10% mas os tributos
reconhecidos tiveram uma sensível queda. Visualizamos melhor a evidência gerada através de procedimento
analítico por meio do gráfico:

180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6

A atipicidade do mês 06, evidenciada na análise dos índices (procedimento analítico), encheu o auditor de dúvidas.
O auditor passou a suspeitar que a entidade não reconheceu o passivo de impostos a pagar do mês 06, o que
poderia distorcer as demonstrações contábeis pela subavaliação de passivos e despesas com tributos,
consequentemente divulgando uma liquidez e um lucro maiores que o real.

Observe que as evidências geradas não são conclusivas, são indiciárias e corroborativas, necessitam ser analisadas
em conjunto com outros elementos. Segundo Crepaldi (2012), “os procedimentos analíticos procuram responder,
no nível mais simples, à pergunta Este item (transação, saldo, etc.) é razoável?”

Se os procedimentos analíticos executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras
informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar
essas diferenças por meio de:

(a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da
administração; e

(b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias

Vamos testar...
NC-UFPR - ITAIPU BINACIONAL - Ciências Contábeis -2019

O auditor deve determinar meios para selecionar itens a serem testados que sejam eficazes para o cumprimento
dos procedimentos de auditoria. Acerca dos procedimentos de auditoria, assinale a alternativa correta.
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A. Os testes de controle detectam distorções relevantes no nível da afirmação, identificando condições relevantes
para o propósito do teste.

B. Os testes substantivos são o conjunto de técnicas que permitem à auditoria obter evidências ou provas
suficientes e adequadas para fundamentar a opinião do auditor.

C. Os exames de aderência visam detectar distorções relevantes no nível das afirmações.

D. Os procedimentos para a obtenção de evidência: procedimentos de avaliação de riscos, testes de controle e


procedimentos substantivos são efetuados conjuntamente.

E. Os testes de detalhes são aqueles que fornecem evidências nas quais o auditor verifica se os fatos contábeis
foram adequadamente registrados.

Resolução:

Os testes de controle testam os controles. Os testes substantivos, por meio dos testes de detalhes, testam os
saldos das contas, as transações.

Resposta: E

CESPE – Analista Judiciário – TRE-BA/2017

Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações entre dados que
envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros faz a análise vertical das demonstrações, coteja quantias
reais com dados históricos e quantias orçadas etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos
como a análise de regressão, o auditor adota o procedimento denominado

a) inspeção.

b) confirmação.

c) recálculo.

d) contagem.

e) revisão analítica.

Resolução:

Verificar relações plausíveis entre duas ou mais variáveis como correlação, variações etc. estão inseridos nos
procedimentos analíticos.

Resposta E

VUNESP – AFTM – Pref SJRP/2014

Testes de controle são procedimentos de auditoria que têm por objetivo

a) detectar distorções relevantes no nível de afirmações (declarações da administração da entidade que estão
incorporadas nas demonstrações contábeis).

b) produzir evidências de auditoria que sirvam para suportar ou fundamentar a opinião do auditor em relação à
adequação das demonstrações contábeis.

c) avaliar a existência de erros ou fraudes nos registros contábeis da entidade.


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d) produzir evidências de que os ativos e passivos da entidade estão mensurados pelos seus valores justos e se
estes foram adequadamente estimados pela auditada.

e) avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou detecção e correção de
distorções relevantes no nível de afirmações.

Resolução:

Letra A – Errado. Trata-se de testes substantivos.

Letra B – Errado. Objetivos dos testes em geral.

Letra C – Errado. A busca de distorções (fraude ou erro) tem como principal ferramenta os procedimentos de
auditoria, tanto os testes substantivos quanto os testes de controle.

Letra D –Errado. Conseguimos com testes de transações e saldos, ou seja, os testes substantivos.

Letra E – Certo.

FCC-TRF 3-Analista Jud.-contabilidade/2014

Os procedimentos de auditoria interna constituem exames e investigações que permitem ao auditor interno obter
subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Para
tanto, pode aplicar testes que visam tanto a obtenção de razoável segurança de que os controles internos
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, como a obtenção de evidência quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema de informação da entidade. Esses testes são
denominados, respectivamente,

(A) vistoria e substantivo.

(B) substantivo e vistoria.

(C) de observância e substantivo.

(D) substantivo e de observância.

(E) de observância e vistoria.

Resolução:

Os procedimentos de auditoria, quanto à natureza, classificam-se em dois grandes grupos: testes substantivos e
testes de observância (testes de controle). E isso vale para auditoria independente, interna e governamental.

Saiba que:

Teste de observância = teste de controle = teste de aderência

Teste substantivo = procedimento substantivo

Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:

Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de
afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:

(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e

(b) procedimentos analíticos substantivos.


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Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na
prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.
Resposta C

FCC- SEFAZ-PI – Auditor/2015

Os procedimentos de auditoria que incluem testes para certificar-se da existência patrimonial, de direitos e
obrigações em determinada data, ocorrência das transações, da abrangência dos registros, da mensuração,
apresentação e divulgação em conformidade com as normas pertinentes, são testes de

(A) avaliação de riscos.

(B) revisão analítica.

(C) controle.

(D) observância.

(E) detalhes.

Resolução:

O teste aplicado nos saldos das contas e suas transações são os testes de detalhes, procedimento de natureza
substantiva. Vejamos as demais alternativas:

Letra A – Errado. Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplicados para a
obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes, independentemente se causada por fraude ou por
erro, nas demonstrações contábeis e nas afirmações.

Letra B – Errado. Revisão analítica são análises mediante índices e quocientes, financeiros e não financeiros.

Letras C e D – Errado. Testes de observância ou de controle são procedimentos aplicados para testar a efetividade
dos controles internos. Não se referem aos saldos e transações.

Letra E – Certo. Os testes de detalhes são procedimentos substantivos aplicados nos saldos das transações para
confirmar valores, existência, divulgação etc.
Resposta E

CPA Certification Exam-USA-tradução livre

O objetivo do teste de detalhes executado como procedimento substantivo é:

(a) cumprir com as normas internacionais de contabilidade

(b) assegurar confiança do sistema de informação relevante para as demonstrações contábeis

(c) detectar distorções relevantes no nível das afirmações.

(d) Avaliar a efetividade dos controles internos.

Resolução:

Letra A: as normas internacionais de contabilidade reportam-se a métodos de contabilidade e divulgação. Se


fossem Normas de auditoria poderíamos ter alguma dúvida, mas não é o caso. Incorreta portanto.
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Letras B e D: se referem ao teste de controle. Incorretas.

Letra C: essa é a finalidade dos procedimentos substantivos, em que estão inseridos os testes de detalhes e os
procedimentos analíticos.

Resposta C

FCC-AFTE-PE/2014

Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Em havendo dúvida a respeito da confiabilidade das
informações ou indicações de possível fraude, nos termos das normas de auditoria − NBC TA, exige-se que o
auditor

(A) faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são
necessários para solucionar o assunto.

(B) comunique o fato à administração da empresa e suspenda os trabalhos de auditoria até que o assunto seja
solucionado.

(C) comunique o fato ao seu superior e aplique novos procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.

(D) solicite informações aos envolvidos com as possíveis fraudes ou falsificação de documentos e aplique novos
procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.

(E) amplie o escopo da auditoria e determine que modificações são necessárias no controle interno para solucionar
o assunto.

Resolução:

NBC TA 200, A21.

O auditor pode aceitar registros e documentos como genuínos, a menos que tenha razão para crer no contrário.
Contudo, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das informações a serem usadas como evidências de
auditoria. Em casos de dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude (por
exemplo, se condições identificadas durante a auditoria fizerem o auditor crer que um documento pode não ser
autêntico ou que termos de documento podem ter sido falsificados), as normas de auditoria exigem que o auditor faça
investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são necessários para
solucionar o assunto.

Resposta A
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Tipos de procedimentos de auditoria


Inspeção
Envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou
outros formatos, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece evidência de
auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros
internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção.

Exemplo:

A empresa tem em seu ativo uma Ferrari no valor de R$ 1 milhão de reais. O auditor vai até o pátio da empresa e
faz a inspeção física do ativo, constatando que o bem está em condições de uso. Já se convencendo da existência
do bem e que este está em operação, o auditor estava prestes a validar esse saldo contábil quando seu supervisor
recomenda que faça também a inspeção documental. Ao fazê-la, verificando o documento de propriedade do
veículo e consultas ao sistema do Detran, ele constata que o bem está com restrições de uso e com ordem de busca
judicial por falta de pagamentos das parcelas do seu financiamento junto ao banco. Observe que cada um dos
procedimentos foi relevante para testar uma afirmação da Administração. Testamos a “existência” (inspeção
física) e testamos “direitos e obrigações”, “valoração”, “divulgação” mediante inspeção documental.

Observação
Consiste no exame de processo executado por outros. Fornece evidência a respeito da execução de processo ou
procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser
observado pode afetar a maneira como o processo é executado.

Exemplo: a observação pelo auditor da contagem do estoque feita pelos empregados da entidade.

FGV-DPE-RJ- Ciências Contábeis/2019

Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a necessidade de analisar a forma pela qual
os funcionários da entidade auditada realizam a contagem anual de estoques, e de examinar, por amostragem,
certos itens do estoque para avaliar a condição em que eles se encontram.

Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente:

A. entrevista e conferência;

B. indagação e inspeção;

C. indagação e rastreamento;

D. observação e inspeção;

E. observação e conferência.

Resolução:

Acompanhar o inventário é observação.

Testar os itens do estoque, com ou sem amostragem0, é inspeção.

Atenção: amostragem não é procedimento de auditoria. Trata-se de técnica matemática usada em contexto com
um procedimento de auditoria. “Conferência” também não é designação formal de um procedimento de auditoria,
embora o auditor esteja conferindo diversos elementos patrimoniais e de resultado.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Resposta: D

Recálculo
O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros.

Exemplo: fazer a conferência do cálculo da apropriação por competência de uma despesa com seguros ou verificar
um cálculo de valor justo.

Reexecução
Envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados
como parte do controle interno da entidade.

Exemplo: o auditor seguirá todo o caminho percorrido por uma operação até chegar nas demonstrações contábeis.
No caso de uma compra, ele iria rastrear (1) de que forma foi autorizada a compra; na sequência, (2) a autorização
de pagamento; a recepção do bem nos estoques; a sua saída etc. Nada mais é do que refazer o caminho percorrido
avaliando os controles envolvidos até o desague nas demonstrações contábeis.

VUNESP – ISS Guarulhos/2019

O procedimento de auditoria que envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles
que foram originalmente desenvolvidos pelo controle interno da empresa é denominado

A. confirmação.

B. reexecução.

C. inspeção.

D. observação.

E. indagação.

Resolução:

Definição literal do procedimento de reexecução contido na norma. Como o próprio enunciado e a norma
sugerem, “execução independente pelo auditor” nada mais é do que “executar de novo”, ou reexecução.
Resposta: B

Procedimentos analíticos
É uma avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não
financeiros. Incluem a investigação de flutuações e relações que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes. Exploramos os procedimentos analíticos ao tratar dos procedimentos de avaliação de riscos.

Uma questão para lembrar...

CESPE - CGE – CE/2019

Segundo a NBC TA 330, para detectar distorções relevantes no nível de afirmações, são utilizados, entre outros,
os procedimentos e testes que avaliam informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre
dados financeiros e não financeiros e são examinadas relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou difiram significativamente dos valores esperados.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Tais procedimentos ou testes são denominados

A. testes de controle.

B. testes de detalhes.

C. testes de observância.

D. procedimentos analíticos substantivos.

E. procedimentos de avaliação de riscos.

Enunciado descreve os procedimentos analíticos

Resolução:

NBC TA 500, A 21

A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações
plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de
flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem
significativamente dos valores previstos. Ver NBC TA 520 para orientação adicional.
Resposta: D

Indagação
É a busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da
entidade. Pode ser escrita ou não, formal ou não. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do
processo de indagação. Observe que a indagação nada mais é do que perguntar a terceiro e avaliar a resposta.
Note, portanto, que a avaliação da resposta é parte do procedimento, afinal de pouco adiantaria somente “fazer a
pergunta” e não “processar a resposta”.

Exemplo: o auditor indaga aos advogados da companhia se há litígios em andamento e recebe como resposta
declaração verbal ou escrita informando que não há processos judiciais pendentes de decisão. Agora o auditor
precisa avaliar a resposta para transformá-la em evidência. Ao consultar os sites dos tribunais, ele não encontra
processos em nome da empresa, fazendo da resposta à indagação dada pelo advogado uma evidência
corroborativa importante e confiável.

Confirmação externa
Representa evidência de auditoria obtida como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em
forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são
relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos.

Vamos detalhar um pouco mais a confirmação externa, uma vez que costuma aparecer bastante em provas além
de ser aquele procedimento mais dotado de peculiaridades.

Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a
respeito da ausência de certas condições, por exemplo a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa
influenciar o reconhecimento da receita.

A confirmação externa também é conhecida como circularização.

Para a confirmação externa, foi destinada uma norma específica de auditoria, a NBC TA 501. Essa confirmação é
uma das mais confiáveis evidências de auditoria, pois tem origem externa ao auditado.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Em poucas linhas, consiste em solicitar informações a um terceiro com conhecimento, por exemplo:

Confirmações de Fonte de informação (terceiro)

Saldos bancários Banco

Contas a receber Clientes

Estoques em poder de terceiros Consignatário, beneficiador por encomenda.

Litígios Advogados

FGV – TJBA – Analista/2015

Nos trabalhos de auditoria, o procedimento de circularização é INADEQUADO para a confirmação do saldo de:

a) contas a receber;

b) dinheiro em caixa;

c) conta corrente bancária;

d) empréstimos a pagar;

e) estoques em poder de terceiros.

Resolução:

As confirmações externas são úteis para confirmar com um terceiro a informação que se deseja. Não dependemos
de um terceiro para confirmar o Caixa, basta que façamos internamente a contagem.
Resposta: B

Vamos verificar como se operacionaliza a circularização, uma vez que costuma ser cobrada com boa frequência
em concursos. Vejam o exemplo:

A empresa A (sob auditoria) apresenta um saldo contábil de interesse da auditoria, suponhamos que sejam
duplicatas a receber do cliente B no valor $ 1000.

Consequentemente, no razão contábil de A, temos um saldo a receber de B. No razão de B, temos um saldo a


pagar para A.

Empresa A Empresa B

Duplicatas a receber cliente B Fornecedor empresa A

1000 1000

Acompanhe aqui o fluxo:


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Auditoria

Prezado auditor,
informamos que nossa
posição em aberto junto a
empresa A em 31/12/12 é
de $ 1000.

EMPRESA B
2
AUDITORES de A
Existência

Prezado B, solicitamos que nos 3 validada


confirme seu saldo em aberto
junto a nossa empresa A em
31/12/12 respondendo
diretamente aos nossos
auditores.
EMPRESA A
1
Agora entenda: ao receber a resposta de B, os auditores de A têm em mãos valiosa evidência sobre a possibilidade
de a conta conter ou não distorção relevante. No caso em tela, ao receber a resposta, várias afirmações podem ser
supridas através dessa evidência, por exemplo: existência do ativo, ocorrência, classificação, valoração etc. Em
sendo assim, a confirmação não se restringe a saldos contábeis, o auditor pode confirmar contratos, operações,
propriedade dos títulos, relacionamentos dentre outros.

Para que a confirmação seja confiável, a sua resposta deve ser dirigida diretamente ao auditor, sem passar pela
empresa cliente. Caso contrário, poderia ser adulterada pela administração da entidade. A carta de solicitação de
confirmação é assinada pela empresa A, mas é solicitado que a resposta seja direta para os auditores.

A solicitação de confirmação externa poder ser positiva ou negativa.

Solicitação de confirmação positiva: a parte que confirma responde diretamente ao auditor indicando se
concorda ou discorda das informações na solicitação, ou fornece as informações solicitadas.

Solicitação de confirmação negativa: a parte que confirma responde diretamente ao auditor somente se
discordar das informações fornecidas na solicitação.

VUNESP - ISS Valinhos – SP/2019

De acordo com os procedimentos de auditoria relacionados a confirmações externas, o conceito – “a solicitação


de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações
na solicitação, ou forneça as informações solicitadas” – está relacionado

A. à solicitação de confirmação a terceiros negativa.

B. à solicitação de confirmação a terceiros positiva.

C. à resposta de circularização recebida de terceiros.

D. ao procedimento alternativo de revisão analítica.

E. à resposta não aceita de acordo com o risco avaliado.

Resolução:
Forma negativa – resposta apenas em caso de discordância

Forma positiva – resposta sempre. Concordando ou não.


Prof. Arthur Leone
Auditoria

Resposta: B

Resumindo: Na forma positiva, sempre vamos aguardar uma resposta. Na negativa, o destinatário só se dará ao trabalho de
responder se discordar.

A confirmação negativa tende a ser menos persuasiva que a positiva.

A forma negativa deve ser usada apenas se, segundo Gramiling (2012):
• Há um grande número de saldos relativamente pequenos de clientes.
• O nível de risco de informação material incorreta de contas a receber e seções correlatas de receitas é
baixo
• O auditor tem motivos fortes para crer que os clientes tenderão a dar atenção apropriada aos pedidos.
Você consegue perceber por qual motivo se afirma que a forma negativa é menos persuasiva que a positiva?

Pois, ao não receber uma resposta, sempre ficará uma pontinha de dúvida se a negativa de resposta é devido a
concordância com o contido na carta ou é um “esquecimento” de responder

A doutrina aplica sobre a solicitação de confirmação, ainda, uma subclassificação. Diz-se que a confirmação
positiva pode ser em preto ou em branco.

Em
Branco
•os valores não são indicados na solicitação
•Texto: “Favor informar o nosso saldo em
aberto”.

Em Preto

•os valores são indicados na solicitação


•Texto: “Favor informar se nosso saldo é R$
500”.

Note a diferença de texto das cartas. Na forma em branco, é como “assinar um cheque em branco”, sem colocar
valor. Na forma em preto, citamos o valor ou a condição que se deseja confirmar.

Atenção: Embora tenhamos a forma positiva em branco e em preto, a confirmação negativa, por sua vez, será em
preto sempre. Esquematizando temos:

Preto
Positiva
Branco
Confirmação

Negativa Preto
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Auditoria

FUNDATEC – ACI Porto Alegre-RS/2019

Durante os trabalhos de auditoria em uma entidade, o auditor identificou um valor significativo como saldo numa
conta do passivo relativa ao contrato que a auditada mantinha com uma empresa fornecedora de mão de obra
terceirizada. Ao concluir que poderia obter evidência relevante e confiável por meio do procedimento de
confirmação externa, do tipo positivo, em branco, adotou as providências necessárias para tanto, de acordo com
as normas vigentes (NBC TA 505). Nesse caso, está correto afirmar que o auditor solicitou que a empresa
fornecedora:

A. Informasse diretamente ao auditor o saldo que consta em sua contabilidade.

B. Confirmasse diretamente ao auditor o saldo constante na solicitação.

C. Respondesse ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação.

D. Respondesse à administração da entidade auditada somente se discorda das informações contidas na


solicitação.

E. Respondesse à administração da entidade auditada se confirma o saldo constante na solicitação.

Resolução:

Para responder à questão, basta conceituar a confirmação em Branco + positiva:

É em Branco: porque não foram especificados os valores. O destinatário que apresentará os valores.

É positiva: porque se aguardará a resposta por parte do destinatário em qualquer caso.

No sentido inverso, se fossem especificados valores seria “em preto”. Se a resposta fosse aguardada apenas em
caso de discordância seria a forma “negativa”.

Resposta: A

Antes de mudarmos de assunto, uma questão


envolvendo vários os procedimentos
NC-UFPR - ITAIPU BINACIONAL- Ciências Contábeis/2019

Considerando a importância dos procedimentos de auditoria para a minimização dos riscos dos acionistas e
melhoria da governança corporativa das organizações, assinale a alternativa correta.

A. Os testes de controle compreendem um conjunto de índices e indicadores que funcionam como sinal de alerta
para o auditor, ou seja, visam à identificação de situação ou tendências atípicas.

B. O recálculo é normalmente associado a saldos contábeis e seus elementos, mas não se restringe a isso,
dependendo da resposta escrita de terceiro (a parte que confirma algo) ao auditor.

C. A indagação é a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente
realizados como parte do controle interno da entidade.

D. Inspeção é o procedimento que consiste no exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma
de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo.

E. Reexecução é a verificação da exatidão matemática de documentos ou registros (manual ou eletronicamente).

Resolução:
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Auditoria

Letra A – Errado. São os procedimentos analíticos que capturam tendências.

Letra B – Errado. É a confirmação externa.

Letra C- Errado. É a reexecução.

Letra D- Certo.

Letra E – Errado. É recálculo


Resposta: D
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Auditoria

O teste direcional

Cada procedimento de auditoria tem pontos fortes e fracos conforme o caso e as evidências colhidas são
influenciadas, também, pela direção dos testes.

“O teste direcional envolve testar saldos principalmente para fins de constatação de super/subavaliação e gera
eficiência na auditoria ao tirar proveito do sistema de contabilidade por dupla entrada” (Gramilling, 2012).
Conforme a direção do teste (super ou subavaliação) o ponto de partida será os registros contábeis ou os
documentos suporte.

A eficiência, por sua vez, decorre do sistema de débito e crédito (dupla entrada), assim, por exemplo, testes para
superavaliação de contas a receber fornecem evidências sobre a possível supervalorização de vendas, segundo
Gramiling (2012).

Pressupostos da auditoria:
Ativos são mais testados para supervalorização
Passivos são mais testados para subavaliação.

Como testar a supervalorização do Ativo?

Partindo-se do registro contábil, o auditor buscará validar os dados através dos procedimentos de auditoria, com
a intenção de verificar se há documentação que suporte o lançamento contábil.

Vamos pensar agora na subvalorização do Ativo e tentar notar como o caminho deve ser inverso...

No caso de omissão de registros, é o mesmo que dizer que está “faltando” alguns lançamentos contábeis, certo?

Como o auditor atuará para detectar a omissão?

Perceba que o caminho agora é o inverso.... É lógico que se o registro foi omitido (não foi contabilizado), não
adianta verificar os registros contábeis pois nada se encontrará. Essa é uma diferença básica entre o teste para
super e subavaliação. O primeiro, parte da contabilidade, o segundo precisa partir do documento.

E como isso é feito?

Para identificar um passivo omitido de contas a pagar o auditor poderia verificar boletins de contas a pagar,
verificar cheques emitidos, verificar notas fiscais, circularizar alguns fornecedores ainda que os saldos contábeis
sejam zero, etc. Perceba que não adianta verificar a conta “contas a pagar” pois os registros foram omitidos. O
auditor tem que buscar evidências em outras fontes (contas com reflexos no contas a pagar como bancos,
despesas, relatórios extra contabilidade etc.) e executar procedimentos de auditoria.

Esses procedimentos de inspeção, no que se refere a sua “direção” denominam-se tracing e vouching. Em provas
costumam aparecer denominados como teste direcional, direção dos testes, testes para super/subavaliação.
Acompanhe no exemplo e verá que é bem fácil a sua compreensão.

Tracing (teste para subavaliação)


No Tracing, o auditor parte da documentação suporte e verifica o registro da operação.

Vamos ver no exemplo o exame das notas fiscais (NF) de venda e o respectivo registro da receita na contabilidade.
No exemplo, ao inspecionar a NF 001, o auditor vai até o registro contábil e verifica se a operação foi registrada e
assim sucessivamente até a NF 005. Ao chegar à NF 006, o auditor constata que nada foi registrado na
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Auditoria

contabilidade. Assim o auditor pode concluir quanto à afirmação INTEGRIDADE, ou seja, se tudo foi registrado.
No caso em tela pode ser um erro ou fraude (caixa 2, omissão de receitas). Veja que a direção do teste partindo do
documento para a contabilidade foi fundamental para a descoberta. O auditor não teria descoberto essa distorção
se fizesse o caminho inverso, ou seja, da contabilidade para o documento.

Vouching (Teste para superavaliação)


O auditor verificará no registro contábil a operação contabilizada alvo do procedimento de auditoria. Ao identificar
o registro da venda 001 na contabilidade, o auditor irá percorrer um caminho “para trás”, em busca da
documentação que suporte o registro. Ao constatar que realmente existe uma nota fiscal de venda 001 que suporta
o registro contábil, o auditor pode validar essa afirmação da entidade que constará em suas demonstrações
contábeis. Ao fazer isso com todas as operações, o auditor vai constatar que o registro contábil da venda 006 não
possui documentação suporte, ou seja: não há nota fiscal de venda, contrato de venda ou outro documento que
indique que seja real a receita de venda registrada na contabilidade. Assim o auditor pode concluir se a transação
ocorreu ou não, o que corresponde à afirmação EXISTÊNCIA. No caso em tela, o registro da venda 006 poderia ser
um erro ou a indicação de uma receita fictícia (fraude) para melhorar o resultado artificialmente.

No exemplo, usamos “vendas”, mas o raciocínio pode ser aplicado a qualquer conta. Veja no diagrama, a diferença
básica no teste direcional. Diferem pela direção. Um inicia-se pelo documento e o outro na contabilidade.
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Auditoria

Além de fixar os conceitos dos principais procedimentos de auditoria é importante que você tenha em mente que
um procedimento de auditoria pode fornecer evidência para algumas afirmações e não para outras. Isto é, há
procedimentos indicados e não indicados para o exame de determinadas afirmações. Por exemplo: ao fazer a
inspeção física podemos constatar que um veículo pertencente à empresa realmente existe e está estacionado no
pátio. Porém, não podemos afirmar nada sobre sua propriedade sem realizar a inspeção documental (Nota fiscal
de compra, registro no Detran).

Vamos testar
FEPESE – Contador/Cimcatarina/2017

Assinale a alternativa que define a utilização da técnica de auditoria chamada de inspeção física.

a) Os relatórios de auditoria são classificados de acordo com as normas de auditoria como: sem ressalvas, com
ressalvas, adverso e com abstenção da opinião.

b) Procedimento de auditoria é o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas
suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e abrangem
testes de observância e testes substantivos.

c) Os testes de observância são procedimentos técnicos que visam à obtenção de evidências suficientes, exatas e
válidas dos dados e informações produzidos pelo sistema contábil e de controles internos da empresa auditada.
Esses testes são realizados nas transações, nos saldos e nos procedimentos de revisão analítica.

d) Ao aplicar a técnica de auditoria Conversação/Inquérito, o auditor deve fazer perguntas fechadas que permitam
obter várias respostas. Perguntas sugestivas não devem ser feitas, o que não exclui o auditor de ouvir atentamente
a opinião, muitas vezes subjetiva, do auditado de uma pergunta formulada.

e) Ao aplicar a técnica de auditoria inspeção física, o auditor deve observar as seguintes características básicas:
existência física - comprovação através da constatação visual; quantidade - apuração das quantidades físicas reais;
identificação - comprovação através da análise do item específico a ser examinado; autenticidade - comprovação
de que o item ou objeto examinado é fidedigno; qualidade - comprovação de que o objeto examinado permanece
em uso, não está deteriorado nem obsoleto.

Resolução:

Embora as alternativas apresentem afirmações verdadeiras, a única que define o que é a inspeção física é a letra
E.
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Auditoria

Resposta E

UFG – Auditor – UFG/2017

Procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis
entre dados financeiros e não financeiros. A determinação da adequação de procedimentos analíticos substantivos
específicos é influenciada pela natureza da afirmação e pela avaliação do auditor sobre o risco de

a) auditoria independente.

b) informação enviesada.

c) distorção relevante.

d) fraude contábil.

Resolução:
NBC TA 520, A9
A determinação da adequação de procedimentos analíticos substantivos específicos é influenciada pela natureza da
afirmação e pela avaliação do auditor sobre o risco de distorção relevante. Por exemplo, se os controles sobre o
processamento de pedidos de venda são deficientes, o auditor pode confiar mais em testes de detalhes do que em
procedimentos analíticos substantivos para afirmações relacionadas com as contas a receber.
Resposta: C

FCC – Analista Judiciário – TRT 11/2017

Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por pessoa alheia e independente é um
procedimento de auditoria conhecido por

a) Inspeção.

b) Participação.

c) Avaliação.

d) Circularização.

e) Conferência.

Resolução:

NBC TA 500, A18.

Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a
parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação
externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus
elementos.

Resposta: D
FCC-TCE-PI-AFCE/2014

A constatação de que o objeto em exame apresenta total condição de uso é um dos requisitos que devem ser
atendidos quando aplicada a técnica de auditoria conhecida como
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Auditoria

(A) inspeção física.

(B) análise documental.

(C) revisão analítica.

(D) confirmação.

(E) investigação.

Resolução:

A inspeção pode ser física ou documental. Para verificar condições de ativos tangíveis (existência, integridade...)
cabe a inspeção física. A verificação da propriedade, por exemplo, de um ativo, poderia ser testada mediante
inspeção documental.

Resposta A

FCC-TJ-PI-Analista Jud/2009

A técnica de auditoria que consiste em enviar correspondência ara clientes, bancos e fornecedores, a fim de que
corroborem os valores de contas a receber e a pagar da sociedade auditada, é denominada

(A) inspeção.

(B) circularização.

(C) controle de qualidade.

(D) observação.

(E) revisão analítica.

Resolução:

A circularização ou confirmação externa é o procedimento descrito pelo enunciado.

Cabe-nos alertar que controle de qualidade não é um procedimento de auditoria.

Resposta B

FCC-TJ-PI-Analista Jud/2009

O procedimento de auditoria que consiste na verificação do comportamento de valores relevantes, mediante


índices, quocientes e outros meios, visando identificar tendências ou situações anormais, é denominado

(A) revisão analítica.

(B) investigação e confirmação.

(C) inspeção.

(D) testes de observância.


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(E) abrangência das informações.

Resolução:

Procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis
entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário
de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem
significativamente dos valores esperados.
Resposta A

FGV – AUDITOR DA RECEITA-AP/2010

Na aplicação dos testes de observância de auditoria, a verificação dos registros, documentos e ativos tangíveis
compreende:

(a) a investigação.

(b) a inspeção.

(c) a observação.

(d) a confirmação.

(e) a confrontação.

Resolução: O exame de documentos ou ativos é a inspeção. Importante salientar que a inspeção e também os
outros procedimentos enumerados (letras A, C e D) podem ser usados, ainda, além de como testes de controle e
substantivos, como procedimentos de avaliação de riscos. A confrontação (letra E) não é um procedimento de
auditoria conforme as NBCs. Resposta B.

FGV – auditor da receita-AP/2010

O auditor, ao obter informações de pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações
dentro e fora da empresa, está:

(a) executando uma inspeção para verificação dos registros e documentos e ativos tangíveis.

(b) efetuando o procedimento denominado observação que visa ao acompanhamento de processo ou


procedimento durante a sua execução.

(c) aplicando teste de observância denominado investigação e confirmação.

(d) obtendo evidência quanto à suficiência, exatidão e validade das informações produzidas pelos sistemas de
informação da entidade.

(e) realizando teste de observância do tipo revisão analítica com vistas à conferência da exatidão de cálculos e
registros contábeis.

Resolução: O auditor está executando um procedimento de auditoria. No caso em tela, trata-se da confirmação
externa. O objetivo dos procedimentos de auditoria, não apenas da confirmação externa é obter evidências sobre
as afirmações da entidade. Resposta D.
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FCC – Analista Judiciário Contabilidade – TRT /2011

Os acompanhamentos, pelo auditor, de valores significativos, valendo-se da análise de informações contábeis por
meio da utilização de índices, quocientes, quantidades, variações absolutas etc. com o objetivo de identificar
situações ou tendências atípicas são denominados

a) testes de detecção.

b) testes de aderência.

c) procedimentos de seleção de amostragem estratificada.

d) testes de programação.

e) procedimentos de revisão analíticos

Resolução: Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes
ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Resposta E

CPA-Certification Exam-USA/tradução livre

Qual dos procedimentos abaixo não poderia ser considerado um procedimento analítico

(a) estimar a despesa com folha de pagamento multiplicando o número de empregados por pela remuneração
média/hora, multiplicando pelo total de horas trabalhadas.

(b) projetar uma taxa de erro comparando os resultados de uma amostra estatística com as reais características da
população

(c) calcular o turnover das contas a receber dividindo as vendas a crédito pela média de contas a receber.

(d) Calcular a expectativa de vendas para o ano corrente baseado na tendência dos últimos 5 anos.

Resolução: Atente que a norma não especifica de forma exaustiva quais são os procedimentos analíticos. Ela trata
de forma genérica estabelecendo que quando se usam relações entre valores, quocientes etc., estará se
executando um procedimento analítico. Então para que correlações, quocientes, índices sejam um procedimento
analítico é preciso que exista entre eles uma relação plausível. Como há em Vendas x Contas a receber, Imobilizado
x Depreciação, receitas x tributos e por aí vai. Assim, todas as alternativas, exceto a letra B, mantem relações de
plausibilidade entre os dois atributos avaliados, ou seja, há uma certa dependência ou correlação entre os atributos
avaliados. Por seu turno, não é uma comparação plausível estimar um erro estatístico a partir da população real.
Temos aí a técnica da Amostragem, que é uma ferramenta de seleção de amostras e não um procedimento de
auditoria. Resposta B.

FCC – Auditor Prefeitura de São Paulo/2012

O auditor ao verificar na folha de pagamentos se as verbas pertinentes ao FGTS e INSS foram calculadas
adequadamente, atendendo a legislação trabalhista, realiza o procedimento de cálculo e

a) observação.
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b) indagação.

c) investigação.

d) fiscalização.

e) inspeção.
Resolução: verificar documentos significa realizar inspeção documental. Resposta E.

CPA-Certification exam-USA-tradução livre

Qual estratégia abaixo poderia melhorar a taxa de resposta na confirmação externa de contas a receber?

a) incluir lista de itens, transações ou faturas que constituem o saldo contábil.

b) restringir a seleção de saldos para confirmação àqueles clientes com saldos maiores.

c) solicitar aos clientes que respondam diretamente ao auditor por fax ou e-mail

d) Notificar aos clientes que uma segunda solicitação de confirmação será encaminhada se a primeira não for
respondida em tempo razoável.

Resolução: A questão deseja saber como melhorar a taxa de resposta na confirmação externa. Atente para esta
pergunta. Vejamos as alternativas erradas primeiro.

Letra B: Selecionar apenas contas com saldos maiores pode aumentar a eficiência do procedimento mas não tem
relação com a taxa de resposta.

Letra C: Requisitar informação em formato eletrônico poderia ter resultado inverso, uma vez que, eventualmente,
alguns clientes não teriam condições de atender.

Letra D: Trata-se de uma pseudo ameaça pois não há poder coercitivo nas solicitações dos auditores.

Letra A: essa é a resposta correta pelo Resposta oficial. A confirmação de algumas notas Fiscais/ faturas específicas
facilitaria a verificação pelo cliente. O pensamento é que seria mais fácil para o cliente confirmar documentos
específicos, nominados e identificados, do que um saldo contábil genérico.

Resposta A
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FCC – DPE-SP – Contador/2013

Em um teste para avaliar se há superavaliação, o Auditor deve

(A) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro razão.

(B) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis referentes ao registro inicial.

(C) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros intermediários.

(D) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final.

(E) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o documento-suporte da transação.

Resolução:

No teste para superavaliação partimos dos registros contábeis e buscamos o documento que lhe dá suporte.

No teste para subavaliação partimos dos documentos suporte e verificamos o seu registro contábil.

Resposta E
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Procedimentos de auditoria - situações especiais


Agora veremos algumas situações específicas que mereceram especial atenção das normas de auditoria. São elas
as estimativas contábeis, os eventos subsequentes e a continuidade operacional.

Estimativas contábeis
As estimativas contábeis mereceram uma NBC exclusiva para tratá-la, a NBC TA 540. Essa importância certamente
decorre do fato de as estimativas não poderem ser mensuradas com precisão o que transformam em elemento
sujeito a um alto grau de risco de distorção relevante.

Já apareceu assim...

Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item que considera as melhores evidências
disponíveis quando não há forma precisa de quantificação e deve ser objeto de atenção do auditor para se
certificar quanto à sua razoabilidade. (FCC -ICMS-SP)

O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre:


• Se as estimativas contábeis, incluindo as de valor justo, registradas ou divulgadas nas demonstrações
contábeis, são razoáveis.
• Se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis são adequadas, no contexto da estrutura de
relatório financeiro aplicável.
O reconhecimento de estimativas é um processo que envolve julgamento pela administração, o auditor deve
revisar os julgamentos e decisões da administração sobre estimativas para verificar se há indícios de
tendenciosidade.

É responsabilidade da administração fazer as estimativas contábeis e não do auditor.

O auditor deve obter declaração escrita da administração (representação formal) de que acredita que as
estimativas foram feitas em bases razoáveis.

A auditoria de estimativas contábeis teria o seguinte fluxo lógico:

1o. Identificar e avaliar riscos de distorção relevante das estimativas.

Os procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas ajudam o auditor a desenvolver uma expectativa
sobre a natureza e o tipo de estimativas contábeis que a entidade pode ter. A consideração inicial do auditor é se
o entendimento obtido é suficiente para identificar e avaliar os riscos de distorção relevante em relação às
estimativas contábeis e planejar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.

2o.Verificar como a administração responde aos riscos.

Ex.: verificar o método de elaboração das estimativas e se as exigências de relatório financeiro foram aplicadas.

3o. Responder aos riscos

Determinar se as premissas da administração são razoáveis, testar os controles, determinar se os eventos


ocorridos até a data do relatório do auditor independente fornecem evidências de auditoria em relação às
estimativas.
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4o. Executar procedimentos substantivos.

Seguindo...

Vejam agora alguns exemplos de estimativas que não envolvem valor justo (NBC TA 540, A6):
• Provisão para créditos de liquidação duvidosa;
• Obsolescência dos estoques;
• Obrigações por garantia;
• Método de depreciação ou vida útil dos bens;
• Provisão para valor contábil de investimento cuja possibilidade de recuperação é incerta;
• Desfecho de contratos de longo prazo;
• Custos decorrentes de acordos e sentenças de litígios.
Exemplos de estimativas que envolvem valor justo (NBC TA 540, A7):
• Instrumentos financeiros complexos que não são negociados em mercado ativo e aberto
• Pagamentos baseados em ações;
• Imobilizado destinado à venda;
• Certos ativos ou passivos adquiridos em combinação de negócios, incluindo ágio e ativos intangíveis;
• Transações envolvendo permuta de ativos ou passivos entre partes independentes sem pagamento
em dinheiro, por exemplo, uma permuta não monetária de instalações fabris em diferentes linhas de
negócios.
Para estimativas contábeis do valor justo e outras estimativas contábeis baseadas em condições atuais na data da
mensuração, pode haver mais variação entre o valor justo reconhecido nas demonstrações contábeis do período
anterior e o desfecho ou valor recalculado para o período corrente. Isso ocorre porque o objetivo da mensuração
para essas estimativas contábeis lida com percepções sobre valor em determinado momento, que podem mudar
significativa e rapidamente conforme muda o ambiente em que opera a entidade.

Uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor reconhecido nas demonstrações contábeis do
período anterior não representa necessariamente distorção das demonstrações contábeis do período anterior.
Entretanto, pode representar se, por exemplo, a diferença for decorrente de informações que estavam disponíveis
para a administração quando da finalização das demonstrações contábeis do período anterior, ou que se poderia
razoavelmente esperar ter obtido e levado em consideração na elaboração e apresentação daquelas
demonstrações contábeis.

ESAF – AFRFB/2014

Em relação às estimativas contábeis realizadas pela empresa auditada, o auditor independente deve:

a) sempre que constatar possível tendenciosidade da administração, concluir que as estimativas contábeis estão
inadequadas, ressalvando o relatório.

b) periodicamente exigir da administração e de seus advogados carta de responsabilidade pelas estimativas


efetuadas, eximindo a auditoria de avaliar os cálculos e premissas.

c) revisar os julgamentos e decisões feitos pela administração na elaboração destas estimativas contábeis, para
identificar se há indicadores de possível tendenciosidade da administração.

d) reavaliar as premissas e cálculos e, quando discordar, determinar a modificação dos valores contabilizados, sob
pena de não emitir o relatório de auditoria.

e) aceitar os valores apresentados, por serem subjetivos e de responsabilidade da administração e de seus


consultores jurídicos ou áreas afins.
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Resolução:

Letra A- Falso. A possibilidade de tendenciosidade é um indicativo de que pode haver distorções. Entretanto,
mesmo havendo um viés nas estimativas, ainda assim podem estar corretas.

Letra B- Falso. É possível solicitar cartas de responsabilidade sempre que as circunstâncias exigirem, entretanto
isso não exime a auditoria de realizar os testes e obter suas próprias conclusões.

Letra C- Verdadeiro.

Letra D- Falso. Na hipótese de a administração não efetuar as alterações solicitadas, o auditor deve se manifestar
através do relatório, mediante uma opinião modificada.

Letra E- Falso. E o ceticismo profissional aonde fica? Auditor tem que desconfiar sempre.
Resposta C

Partes relacionadas
Parte relacionada é a parte que é:

(a) uma parte relacionada, como definida na estrutura de relatório financeiro adequada; ou

(b) quando a estrutura de relatório financeiro aplicável não estabelece nenhuma exigência ou estabelece
exigências mínimas para partes relacionadas:

(i) uma pessoa ou outra entidade que tem controle ou influência significativa, direta ou indiretamente, por
meio de um ou mais intermediários, sobre a entidade que reporta;

(ii) outra entidade sobre a qual a entidade que reporta tem controle ou influência significativa, direta ou
indiretamente, por meio de um ou mais intermediários; ou

(iii) outra entidade que está sob controle comum juntamente com a entidade que reporta, por ter:

a. controlador comum;

b. proprietários que são parentes próximos; ou


c. administração-chave comum.

Transações envolvendo partes relacionadas também mereceram especial atenção das NBC, sendo-lhe reservada
uma norma específica (NBC TA 550) para tratar do assunto. Isso nos remete a sua importância no processo
auditorial.

O porquê da importância está no fato de ser uma transação entre partes que mantém relacionamento o que pode
introduzir fatores de riscos maiores do que se realizada entre partes independentes, uma vez que nem sempre são
realizadas em condições normais de mercado. Podem introduzir, inclusive, fatores de fraudes.

A responsabilidade do auditor é responder aos riscos da não contabilização ou da divulgação inadequada do


relacionamento, transação ou saldo entre partes relacionadas.

Alguns procedimentos de auditoria a serem aplicados na validação e identificação das transações entre partes
relacionadas:

▪ Indagar administração para identificar as partes relacionadas


▪ Verificar quem são os garantidores (fiador) de empréstimos bancários podem indicar partes
relacionadas.
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▪ Verificar atas de reuniões


▪ Identificar transações incomuns, taxas de juros menores, prazos maiores que os praticados pelo
mercado.
▪ Examinar transações para identificar se foi realizada com parte relacionada ou não.
▪ Verificar se há finalidade na transação.
▪ Verificar se foi feita a divulgação contábil correta das controladas, coligadas e demais partes
relacionadas conforme estrutura de relatório financeiro aplicável.
▪ Verificar se foi realizada a eliminação das transações entre parte relacionadas nas demonstrações
contábeis consolidadas.

Eventos subsequentes (ES)


Conforme item 5 da NBC TA 560 Eventos subsequentes (ES) são eventos ocorridos entre a data das demonstrações
contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório.

Vamos verificar a linha do tempo para melhor compreender a situação, supondo demonstrações contábeis com
encerramento em 31/12/x1. A auditoria cobre as operações até 31/12/x1 que é o período contratado de auditoria.
Entretanto, a emissão do relatório ocorre um ou dois meses depois desta data juntamente com a publicação das
demonstrações contábeis. Nesse lapso de tempo você já pensou na quantidade de eventos de que poderiam
acontecer a ponto de modificar radicalmente a situação financeira e patrimonial da entidade ou influenciar os
julgamentos dos usuários?

Imagine que o auditor já estava preparando um relatório sem ressalvas para as demonstrações contábeis
encerradas em 31/12/x1. Enquanto isso, em jan/x2 enquanto o relatório de auditoria já estava sendo impresso um
ataque terrorista destruiu todas as instalações da entidade.

A auditoria estaria cumprindo sua missão se não tratasse do assunto pelo fato de jan/x2 não estar
compreendido no período coberto pela auditoria?

Faria algum sentido para o investidor ler o Balanço de 31/12/X1 indicando que a empresa é “Top”, tem altos
lucros, não há risco de continuidade etc. mas em 1/1/X2 já não mais existe?

Claro que não!

Mas, o ataque terrorista não seria refletido nas demonstrações contábeis do ano x2? E seria matéria de
auditoria do ano seguinte?
Seria, mas um dos pressupostos das demonstrações contábeis é a continuidade operacional. O auditor estaria
afirmando no relatório que está tudo “beleza” em x1, que a empresa vai muito bem, não há ressalvas em seu
relatório, quando na verdade a empresa sequer tem condições de funcionar já nos primeiros dias de x2. Seria no
mínimo contraditório, para não dizer que não cumpre a finalidade da auditoria que é aumentar a confiança dos
usuários nas demonstrações contábeis.

O nosso exemplo foi extremo, mas na prática são eventos subsequentes relevantes:
✓ Perdas relevantes de créditos a receber
✓ Perdas em investimentos
✓ Acidentes
✓ Decisões judiciais e administrativas desfavoráveis
Os ES favoráveis ou não podem ser de dois tipos:
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Aqueles que já tinham evidências suficientes sobre sua existência no fim do período e aqueles concretizados após
o fim do exercício. O primeiro requer ajustes, o segundo requer divulgação.

São dois os objetivos do auditor ao tratar ES:

1-obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os eventos ocorridos entre a data das
demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados
nas demonstrações contábeis, estão adequadamente refletidos nessas demonstrações contábeis.

2-responder adequadamente aos fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de
seu relatório, que, se fossem do seu conhecimento naquela data (do relatório), poderiam ter levado o auditor a
alterar seu relatório.

Os ES de interesse da auditoria podem ocorrer em três períodos distintos (01,02,03 conforme gráfico abaixo).

01-Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis (DC) e a data do relatório do auditor
independente.

02-Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório, mas antes da data
de divulgação das demonstrações contábeis.

03-Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações
contábeis

Período 01

O auditor deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do
auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram
identificados. O auditor deve determinar se cada um desses eventos está refletido de maneira apropriada nas
referidas demonstrações contábeis de acordo com a estrutura conceitual aplicável.

Procedimentos de auditoria:
• Entender os procedimentos da administração em relação a eventos subsequentes
• Indagação à administração sobre a ocorrência de ES
• Leitura de atas de reunião, demonstrações contábeis intermediárias
Período 02

Atente que o auditor não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às
demonstrações contábeis após a data do seu relatório e antes da divulgação das demonstrações contábeis. Mas
se tomar conhecimento de ES que poderiam ter levado a modificar seu relatório deve discutir com a administração
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e determinar se devem ser alteradas as demonstrações contábeis. Se sim, deve indagar a administração como
pretende tratar o assunto.

Observe que é a administração quem decide se vai refazer as demonstrações contábeis. Se a administração refizer
as demonstrações contábeis o auditor aplica novos procedimentos e emite novo relatório de auditoria.

Período 03

Assim como no período 02, nesse momento o auditor não tem obrigação de executar nenhum procedimento de
auditoria em relação às demonstrações contábeis. Mas, se após a divulgação das demonstrações contábeis tomar
conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente, poderia
tê-lo levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve discutir com a administração e determinar se
devem ser alteradas as demonstrações contábeis. Se sim, deve indagar a administração como pretende tratar o
assunto.

Para efeito de memorização, observe que nos períodos 02 e 03 as providências do auditor são iguais.

Quando o auditor determinar que as demonstrações contábeis devem ser alteradas e a administração se recuse a
fazê-lo o auditor deve adotar medidas de proteção como: notificar a administração dessa necessidade e outras
medidas de proteção para evitar o uso indevido do relatório de auditoria.

Resumindo a conduta do auditor temos:

FGV – TCM-SP – agente fiscalização/2015

Em uma determinada entidade, as demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram
aprovadas em 27 de fevereiro de 2015; o relatório do auditor independente foi emitido em 09 de março de 2015;
as demonstrações contábeis foram divulgadas em 22 de março de 2015 e aprovadas pelos acionistas em 04 de abril
de 2015.

De acordo com a NBC TA 560, a data até quando o auditor independente deve executar procedimentos de
auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre os eventos que afetaram as
demonstrações contábeis é:
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(A) 31 de dezembro de 2014;

(B) 27 de fevereiro de 2015;

(C) 09 de março de 2015;

(D) 22 de março de 2015;

(E) 04 de abril de 2015.

Resolução: O período é entre a data das DC’s e o relatório. Logo, 9/3/15.


Resposta: C

Continuidade operacional
A continuidade operacional é um pressuposto das demonstrações contábeis. Supõe-se que foram elaboradas em
uma “base contábil de continuidade operacional (BCCO)” apropriada.

Ao elaborar as demonstrações contábeis, a administração faz uma avaliação sobre a continuidade operacional
mediante julgamento acerca de situações e incertezas relacionadas ao seu negócio num horizonte próximo.
Presume-se que a entidade continua em marcha rumo ao futuro, não há fatos que se faça supor que a entidade
perderá essa capacidade num futuro próximo a menos que a administração pretenda liquidar a entidade ou
interromper as operações.

Exemplo:

Vamos entender por qual motivo a definição da correta BCCO interfere nas demonstrações contábeis:

Suponha duas empresas que operem no mesmo ramo e tenham exatamente as mesmas máquinas e
idêntico valor de ativo, passivo e PL.

Se uma delas de forma repentina falir, as suas máquinas que antes estavam classificadas no imobilizado,
com base nos benefícios econômicos dos seus fluxos de caixa, agora deverão ser vendidas como sucatas
para saldar as dívidas. Note que há uma mudança qualitativa na valoração dos itens que interferem
sensivelmente na avaliação do seu patrimônio. Neste exemplo, temos duas entidades hipoteticamente
idênticas, mas com valores de patrimônio diferentes em razão da BASE CONTÁBIL DE CONTINUIDADE
OPERACIONAL. As premissas de avaliação do patrimônio da entidade em falência podem ser diferentes
daquela que permanece sadia financeira e operacionalmente.

A responsabilidade do auditor é obter evidência de auditoria suficiente sobre a adequação do uso, pela
administração, da BCCO na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão
sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade operacional. Por esse motivo:

Ao avaliar o pressuposto de continuidade operacional da entidade auditada, o auditor deve lançar mão de
indicações que, isoladamente ou não, possam sugerir dificuldades na continuação normal dos negócios
(ESAF – APOF-SP).

Por ocasião da publicação das novas NBC TA 570 em julho/16, houve uma mudança na terminologia contábil
utilizada. Onde se dizia “pressuposto de continuidade operacional”, agora a norma menciona “Base contábil de
continuidade operacional”. Em linhas gerais, temos o mesmo significado e premissas, pois são a reunião de fatores
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e premissas que levam a entidade a avaliar sua capacidade operacional. Deste modo, podemos esperar que a
doutrina se reporte a um ou outro, mas devemos saber que, em provas de concursos, a literalidade pode ser
relevante para determinadas questões. Assim, prefira a nomenclatura “base contábil de continuidade
operacional”.

Fique atento:

A responsabilidade do auditor é avaliar se a BCCO é apropriada. Porém, a definição da BCCO é responsabilidade da


administração da entidade.

Procedimentos para coletar evidências acerca da continuidade operacional.


✓ Discutir com a administração o fluxo de caixa, lucros e outras tendências.
✓ Rever atas de assembleias e reuniões
✓ Indagar a administração sobre eventuais situações que possam pôr em riscos a continuidade como
litígios, regulação.
✓ Verificar sua estrutura de financiamento
O auditor deve utilizar a seção específica no relatório de auditoria para detalhar assuntos relativos à continuidade
operacional que foram divulgados apropriadamente pela entidade. Trata-se da nova seção “Incertezas
significativas ref. a continuidade operacional”, que detalharemos ao tratar do relatório de auditoria. Quando se
tratar de incerteza significativa não divulgada pela entidade, não será caso de mera inclusão de tal seção, mas caso
de modificar a opinião.

incerteza Sem ressalvas +


significativa seção específica
divulgada CO
Apropriada
incerteza
Ressalva/adverso
significativa não
cf efeitos nas DC
BCCO divulgada

Inapropriada adversa

Elementos que podem indicar dúvidas em relação à continuidade operacional

Financeiro Operacionais Outros

• Patrimônio líquido • Intenções de liquidar a • Descumprimento de


negativo entidade exigências de capital.
• Incapacidade para • Perda de pessoal chave • Processos legais ou
renovar empréstimos da administração sem regulatórios.
• Fluxos de caixa reposição; • Mudanças de legislação.
negativos. • Perda de mercado • Catástrofe não segurada
• Principais índices importante. ou segurada por valor
financeiros adversos;
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• Prejuízos significativos. • Dificuldades na inferior, quando de sua


• Venda de ativos para manutenção de mão-de- ocorrência
gerar caixa obra;
• Atraso ou suspensão de • Falta de suprimentos
dividendos; importantes;
• Incapacidade de pagar • Surgimento de
credores concorrente altamente
• Restrição de crédito competitivo

NBC TA 750,16.
Se forem identificados eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa quanto à
capacidade da entidade de manter sua continuidade operacional, o auditor deve obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente para determinar se existe, ou não, incerteza relevante, por meio de
procedimentos adicionais de auditoria, incluindo a consideração de fatores atenuantes.
Esses procedimentos devem incluir (ver item A16):
(a) no caso em que a administração ainda não realizou a avaliação da capacidade de continuidade
operacional da entidade, solicitar que a administração faça essa avaliação;
(b) avaliar os planos da administração para ações futuras em relação à avaliação da continuidade
operacional, se for provável que o resultado desses planos melhore a situação e se os planos da
administração forem viáveis nessas circunstâncias (ver item A17);
(c) no caso em que a entidade elaborou a previsão de fluxo de caixa e a análise da previsão for um fator
significativo na verificação do desfecho de eventos ou condições na avaliação dos planos da administração
para ações futuras (ver itens A18 e A19):
(i) avaliar a confiabilidade dos dados de suporte gerados para elaborar a previsão; e
(ii) determinar se há suporte adequado para as premissas utilizadas na previsão;
(d) verificar se algum fato ou informação adicional foi disponibilizado desde a data em que a administração
fez sua avaliação;

(e) solicitar representações formais da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela
governança, com relação a seus planos para ações futuras e a viabilidade desses planos (ver item A20).

Vamos testar...
CPA-Certification Exam-USA/tradução livre

Qual das seguintes condições ou eventos podem levar o auditor a suspeitar da continuidade operacional da
entidade

(A) Fluxo de caixa negativo das operações.

(B) Pesquisa e desenvolvimento de projetos adiados.

(C) Transações relevantes com partes relacionadas de forma disseminada


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(D) Stock dividends (dividendos em forma de ações) ao invés de dividendos em moeda corrente.

Resolução:

Letra A: correto, A NBC prevê essa situação. É o indício mais direto. As demais alternativas conjugadas com outros
fatores poderiam até levar a conclusão de falta de capacidade de continuidade operacional, mas não isoladamente
e necessariamente.

Letra B: o adiamento de projetos pode ser decorrente de vários motivos, não necessariamente indícios de
dificuldades financeiras ou operacionais.

Letras C: transação com partes relacionadas merece atenção do auditor, mas não é indício de ausência da
continuidade necessariamente.

Letra D: da mesma forma pagamentos de dividendos na forma de ações ao invés de pagamentos em dinheiro
(cash) não significam, necessariamente, indícios de dificuldade de caixa. Pode ser uma mera escolha.
Resposta A.

Cespe – SEFAZ-RS/2019

A continuidade operacional dos negócios da entidade é aspecto relevante para a realização dos trabalhos de
auditoria. Caso constate incerteza sobre essa condição, o auditor deve

A. apresentar à administração da entidade relatório que evidencie a capacidade de continuidade operacional.

B. avaliar os planos da administração para ações futuras em relação à avaliação da continuidade operacional.

C. elaborar projeções de fluxo de caixa que permitam avaliar os riscos advindos da descontinuidade operacional
da entidade.

D. realizar levantamento de fatos ou informações adicionais ausentes na avaliação inicial, mas que possam
modificar o entendimento da continuidade operacional.

E. exigir, como condição para a continuidade dos trabalhos, posicionamentos formais da administração ou dos
responsáveis pela governança a respeito dos planos de continuidade.

Resolução:

Questão que traz uma previsão bem específica da norma prevista na NBC TA 750, 16 (b), reproduzida na letra B.

Para responder com menor esforço, poderíamos fazer assim:

Eliminar sumariamente as letras “A” e “C”, pois o auditor não deve produzir tais dados, apenas avaliá-los.

A letra “E” deve ser eliminada, pois o auditor não “foge do trabalho”, exceto se for embaraçado, ameaçado, não
tenha colaboração etc. Assim, se o auditor não conseguir eventuais evidências para concluir sobre a continuidade
operacional, isso refletirá no relatório de auditoria, não na “fuga” do trabalho.

A letra “D” está incoerente, pois se auditor fez uma análise sobre a continuidade operacional, espera-se que essa
análise não tenha sido omissa.

Sobra-nos a letra B, que reproduz a NBC TA.


Resposta: B
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Procedimentos em itens específicos

Ativo
Disponibilidades
Antes de executar o exame das disponibilidades, o auditor deve avaliar os riscos das contas envolvidas, além de
testar o controle interno. Interessa, em especial, no exame das disponibilidades, a verificação dos seguintes
controles internos:

• Sistemas de autorização.

• Sistemas de segregação de funções.

• Controles de pagamentos e recebimentos.

• Conciliações.

• Acesso aos ativos.

A conta caixa e equivalentes normalmente possuem um risco inerente maior, pois são ativos de alta liquidez. Em
razão disso, podem facilmente ser desviados e usados para fins não autorizados.

No ativo, normalmente os procedimentos visam testar a superavaliação. O principal procedimento relacionado ao


caixa é efetuar a contagem física de numerário, que deve ser executada sem aviso prévio, e, havendo mais de um
caixa, que seja feita a contagem de forma simultânea para evitar transferência de numerário de um caixa para o
outro a fim de encobrir desfalques e burlar a contagem.

O auditor não deve permanecer sozinho de posse do numerário, fazendo-se acompanhar sempre pelo
representante da entidade ou responsável pelo caixa.

O principal objetivo da auditoria de caixa é concluir pela validade da afirmação existência.

Para a realização da contagem de caixa, o auditor deverá tomar os cuida¬dos necessários para que o
resultado seja válido, resumidos nas sentenças abaixo (AFTN/ESAF/1996): Realização de contagem sem
prévio aviso
• Obter declaração formal de devolução dos numerários contados
• Anotações da contagem em papel de trabalho
• Certificar-se do número de caixas existentes na empresa

Adicionalmente, podemos chamar a atenção para os seguintes aspectos que podem introduzir distorções:

• Cheques de pessoas ligadas.

• Vales antigos ou do responsável pelo caixa.

• Cheques antigos.

O cutoff
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Enquanto o auditor está realizando os testes de auditoria, a empresa continua em plena operação, recebendo os
recursos de suas atividades e efetuando os pagamentos. Nessas condições, é impossível efetuar uma contagem
de caixa. É preciso determinar a data de corte (cutoff).

O auditor, ao fazer o corte (cutoff), delimita o período objeto da contagem para certificar-se de que tudo até essa
data determinada esteja registrado.

O cutoff é técnica empregada para várias espécies de contas. Certamente lhe é familiar a expressão “fechado para
balanço”. O “fechado para balanço” era uma espécie de cutoff, uma interrupção do fluxo de atividades para que
fosse possível contar o caixa, inventariar os estoques e mercadorias expostas à venda, apurar o CMV para empresas
sem inventário permanente (EI – EF = CMV).

Além de executar os testes substantivos mencionados, o auditor pode se apoiar em testes de controle sobre a
referida conta. Embora possamos destacar um ou outro procedimento de auditoria em especial, o auditor terá a
sua disposição os sete procedimentos estudados .Por exemplo: pode utilizar indagação para questionar
funcionários, a inspeção para inspecionar documentação, pode observar a execução do controle sobre o caixa,
pode fazer a reexecução do controle e outros.

Saldo credor de caixa

Sabemos que o caixa é uma conta devedora. Aumenta o saldo com débitos e se reduz com créditos. O caixa jamais
poderia ter saldo credor, no máximo teria saldo zero. O surgimento de saldo credor no caixa é um indício de que
não foram registradas algumas entradas de caixa, o que se denomina popularmente “caixa 2”. O saldo credor de
caixa ou estouro da conta caixa, se não for decorrente de erro, indica que decorre de omissão intencional de
receitas (fraude).

Para praticar a fraude (caixa 2), a empresa deixa de registrar entradas na conta caixa (mantendo um caixa paralelo)
provavelmente para sonegar impostos ou burlar outros sistemas de controle e prestação de contas.

No momento em que a entidade registra as saídas de caixa ou o auditor identifica saídas não registradas e
reconstitui o saldo da conta, verifica que há um desequilíbrio não sustentado pela realidade, que é o caixa negativo
ou credor.

FCC - /TJ-PI/2009

Pode ocorrer saldo credor das disponibilidades de uma pessoa jurídica se

a) o volume de compras for maior que o volume de vendas à vista.

b) ocorreu omissão de registro de vendas já recebidas.

c) o volume de compras for maior que o volume de vendas a prazo.

d) as receitas de vendas forem menores do que o custo das mercadorias ou produtos vendidos.

e) ocorreu omissão do registro de vendas ainda não recebidas.

Resolução: As disponibilidades (caixa) têm saldo devedor. Não é possível a existência de saldo credor de caixa.
Isso ocorre apenas se os valores que deveriam transitar pelo caixa estiverem sendo omitidos na contabilidade com
a utilização do que se denomina comumente “caixa 2”. Na prática, poderia estar ocorrendo o seguinte: a empresa
vende, aufere receita e não registra na contabilidade. Consequentemente o caixa vai se enfraquecendo a ponto de
não ter condições de efetuar os pagamentos “oficialmente”, sob pena de se tornar negativo (credor). A título de
exemplo, a legislação do imposto de renda considera a ocorrência de saldo credor de caixa uma presunção legal
de omissão de receitas. Gabarito: B
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Bancos
Bancos também são ativos de alta liquidez do grupo disponibilidades. O principal procedimento para confirmar os
saldos bancários envolve a confirmação externa (circularização).

Em toda conta que tem um fluxo constante de entradas e saídas, é necessário fazer o cutoff. O auditor deve fazer,
por exemplo, o cutoff de cheques emitidos. Araújo (2012) lembra, ainda, o procedimento de recálculo das
remunerações das aplicações. É procedimento básico, também, a revisão das conciliações bancárias.

Perceba que os procedimentos de auditoria são os mesmos e se aplicam com adaptações necessárias às contas
específicas.

O principal objetivo da auditoria da conta Bancos é concluir quanto à validade da afirmação existência. Isto é: o
valor contabilizado é real.

Vale lembrar também da necessária avaliação do risco inerente da conta e do controle interno envolvidos, que
passam, dentre outros, pelas seguintes considerações: sistema de autorizações, limites de alçadas e distribuição
de senhas de acesso.

Conciliação bancária

A conciliação bancária é um demonstrativo de controle elaborado pela empresa em que são verificados se todos
os lançamentos constantes no extrato bancário estão registrados no razão contábil da conta Bancos. Ao se
confrontar a contabilidade (Razão) com o documento externo (extrato bancário), serão identificados,
eventualmente, lançamentos não contabilizados e lançamentos contabilizados mas não registrados ainda no
extrato bancário. O saldo do razão raramente coincide com o saldo do extrato bancário, mas as diferenças devem
estar identificadas. Por exemplo:

Lançamentos que constam no extrato e não constam na contabilidade:

• Taxas bancárias e despesas para as quais a empresa só tomará ciência no momento em que verificar os extratos.

• Um saque fraudulento.

Lançamentos que constam na contabilidade e não constam no extrato:


• Um cheque emitido e ainda não sacado.

• Um cheque recebido e devolvido por insuficiência de fundos.

A conciliação lista estas pendências para que a empresa adote as medidas cabíveis no caso de erro ou identificação
de fraudes. Uma dessas medidas cabíveis, por exemplo, seria o lançamento contábil de ajuste do elemento que
consta em um (extrato) e não consta em outro (contabilidade). Como procedimento de auditoria, o auditor deve
revisar as conciliações mensais feitas pela empresa.

CESPE – TCU/2013

O auditor constata que uma conciliação bancária preparada pelo auditado está correta se, a partir do saldo
presente nos livros contábeis, chega ao saldo do extrato bancário mediante a soma dos depósitos em trânsito e
dos cheques sem fundos e a subtração dos cheques ainda não descontados.
Resolução:

Saldo conta Bancos na contabilidade:


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(–) depósitos em trânsito

(–) cheques (recebidos) sem fundos

(+) cheques (emitidos) ainda não sacados

(=) valor conforme o extrato bancário

Trata-se de uma operação aritmética excluindo os valores já registrados em um dos documentos e ainda não
registrados em outro. Gabarito: errado.

Uma forma didática de efetuar a conciliação é separando os lançamentos que constam apenas em um dos
documentos (razão ou extrato), dividindo-os em 04 grupos: (1) débitos no razão, (2) débitos no extrato, (3) créditos
no razão e (4) créditos no extrato. Veremos um exemplo para operacionalizar esse raciocínio, extraído de uma
questão de prova (Analista/TJ-PI/FCC/2009):

“Em 31/12/2008, o extrato bancário da conta corrente que a Cia. Delta mantém junto ao Banco Épsilon
demonstrava um saldo credor de R$47.600,00. Em sua escrituração contábil, o saldo da mesma conta corrente era
devedor em R$45.530,00. O auditor independente, por meio da análise do extrato bancário, apurou os seguintes
fatos não registrados na contabilidade:
I. aviso de lançamento a débito, efetuado pelo banco, de R$680,00, relativo a contas de luz e de telefone;

II. aviso de lançamento a débito de R$2.000,00, em virtude de devolução de duplicata descontada por falta de
pagamento do sacado;

III. devolução de cheques de terceiros, depositados pela companhia, no valor de R$1.450,00, em virtude de
insuficiência de fundos;

IV. aviso de crédito de duplicata de emissão da companhia em cobrança no banco, no valor de R$ 4.500,00, mais
os juros pelo atraso no pagamento de R$ 200,00. No processo de conciliação bancária, o auditor verificou,
também, que havia cheques emitidos pela companhia, ainda não descontados junto ao banco, no valor de R$
2.700,00 e depósitos efetuados em cheque que ainda não tinham sido creditados na conta da sociedade pelo
banco, em virtude de sua compensação, no valor de R$ 1.200,00. Logo, o saldo correto da mencionada conta
corrente, em 31/12/2008, encontrado pelo auditor após a conciliação bancária, é (em R$) igual a R$_____?”
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Saldo Razão (A) 45530


Nós debitamos e o banco não creditou
Cheques recebidos 1200,00
O banco debitou e nós não creditamos
Luz e Água 680,00
Devolução duplicata descontada 2000,00
Devolução cheques recebidos de terceiros 1450,00
Soma dos débitos (B) 5330,00
Nós creditamos e o banco não debitou
Cheques emitidos 2700,00
O banco creditou e nós não debitamos
Créditos de duplicatas recebidas 4500,00
Juros sobre duplicatas recebidas 200,00
Soma dos créditos (C) 7400,00
Saldo extrato A-B+C 47600,00
Para termos certeza de que não erramos na conciliação, veja que o total da planilha confere com o saldo no extrato
bancário (R$ 47.600). Para ajustar o saldo contábil devemos identificar o que ficou faltando contabilizar:

Saldo....................................45.530

- créditos..............................4.130

+ débitos..............................4.700

Saldo Contábil..................46.100

Observe que R$ 2700 e R$ 1.200 já estão lançados na contabilidade, portanto não requerem ajustes.

Contas a receber
O principal procedimento é a confirmação externa, entretanto as duplicatas a receber desdobram-se em outras
direções. Assim, apenas a confirmação externa talvez não seja suficiente para confirmar todas as afirmações
envolvidas.

São exemplos de tais desdobramentos a provisão para devedores duvidosos, a validade dos títulos, gravames,
valor presente e outros.

São procedimentos comumente aplicados às contas a receber, segundo Araújo (2012):

• Contagem de duplicatas a receber;

• Confirmação de contas a receber relevantes;

• Recálculo de juros e correções;

• Revisão da classificação de curto e longo prazo;


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• Conferência de valores;

• Correlação com vendas.

Algumas afirmações que o auditor precisa validar são: existência, avaliação, direitos e obrigações, apresentação e
divulgação.

Para obter conclusões sobre todas as afirmações que precisam ser validadas, será necessário selecionar o
procedimento de auditoria adequado às circunstâncias. Por exemplo: a inspeção documental poderia confirmar a
afirmação existência das contas a receber. Entretanto, nada poderíamos concluir a respeito de eventuais gravames
ou cessão de direitos a terceiros como factorings e outros.

Indo mais além, não conseguiremos confirmar se o devedor terá condições financeiras de efetuar o pagamento, o
que nos deixa em aberto a validação da afirmação avaliação, consequentemente a afirmação apresentação e
divulgação no balanço podem estar distorcidas, já que poderia haver a necessidade de registro de provisões para
devedores ou despesas com créditos incobráveis.
Note que há, normalmente, mais de uma afirmação a ser validada, o que pode exigir procedimentos adicionais de
auditoria. Ainda assim, podemos destacar a confirmação como procedimento básico.

Em auditorias de contas a receber e a pagar, utiliza-se comumente o teste substantivo de confirmação.


(Auditor/Infraero/FCC/2009)

Cutoff
Como em todas as contas de movimentação constante, é preciso fazer o cutoff. As contas a receber nascem e
são baixadas constantemente, então o auditor precisa delimitar esse espaço de análise mediante cutoff.

Estoques
Como toda conta do Ativo, a maior preocupação do auditor é saber se há risco de superavaliação. Os estoques
devem estar avaliados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Os pontos sensíveis
dos estoques estão associados à sua respectiva realização.

Um importante teste nos estoques é a inspeção mediante inventário (contagem). Como qualquer conta, um
determinado procedimento de auditoria pode gerar evidência sobre uma afirmação específica, deixando algumas
afirmações sem respostas, o que exige aplicação de outros procedimentos. Ao realizar o inventário, o auditor
conclui que o estoque existe, mas não pode concluir pela propriedade dos estoques, ou por gravames que tenham
os estoques, por exemplo. Podemos indicar ainda a inspeção e a observação para detectar estoques morosos e
deteriorados.

Procedimentos comumente usados nos estoques, segundo Araújo (2012):

• Contagem física.

• Revisão dos procedimentos de inventário realizado pelo cliente.

• Exame dos documentos de entrada e saída de estoque.

• Análise de estoques de baixa rotatividade.


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• Análise de estoques obsoletos e morosos.

• Confirmação de estoques em poder de terceiros.

• Cutoff (corte).

Antes de iniciar o trabalho, o auditor deve proceder ao corte, que consiste em verificar os controles sobre os
estoques que vão ser inventariados, anotando as últimas entradas e as últimas saídas.

Esse processo tem por finalidade assegurar que a movimentação de última hora dos estoques não afete a
integridade do inventário. (Analista/ Sebrae/Cespe/2008)

O cutoff nos estoques visa evitar que itens ainda não contabilizados entrem e saiam dos estoques. Merecem
atenção especial as compras e vendas de estoque nas últimas semanas que antecedem o final do exercício social.
A contagem dos itens é executada pela entidade, o auditor apenas acompanha e faz os testes de contagem.
Nesse sentido:
O auditor deve acompanhar e observar pessoalmente a contagem do estoque, embora a responsabilidade pela
execução do inventário seja da companhia. (Analista/TJ-PI/FCC/2009)

FGV – ISS Cuiabá/2016

Um auditor precisa avaliar os estoques de entidade auditada.

As opções a seguir apresentam possíveis procedimentos de auditoria para lidar com riscos avaliados de distorção
relevante decorrente de fraude em relação à quantidade do estoque, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Examinar os registros de estoque da entidade, identificando os locais que exigem atenção específica durante
ou após a contagem física do estoque.

b) Realizar contagens físicas de estoque em datas pré- agendadas e traçar um cronograma escalonado para
contagens físicas de estoques em diferentes localidades.

c) Conduzir contagens de estoque no fim ou perto do fim do período de reporte.

d) Executar procedimentos adicionais durante a observação da contagem física de estoques, como examinar mais
rigorosamente o conteúdo de itens encaixotados.

e) Comparar as quantidades para o período corrente com períodos anteriores por classe ou categoria de estoque,
local ou outros critérios, ou comparação de quantidades contadas com registros de estoques.

Resolução: Recomenda-se que o acompanhamento seja feito sem aviso prévio e ao mesmo tempo entre as
diversas localidades, depósitos etc, para evitar a movimentação de itens indevidamente.

Resposta: B

Como a contabilidade utiliza um sistema de débitos e créditos, e sabendo que os débitos na conta Estoque têm
como origem créditos em Contas a pagar e, por sua vez, créditos em estoques têm como contrapartida débitos em
CMV (custos), é provável que a partir dos testes em estoques sejam geradas evidências sobre CMV (custo) e Contas
a pagar (passivo).

Chamamos isso de teste principal e teste secundário. O teste principal (em estoques) é um teste secundário para
CMV e contas a pagar. Como consequência do teste principal, alguma evidência secundária é gerada.
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Aproveitando-se do sistema de débito e crédito e a correlação entre contas, é possível utilizar ainda alguns
procedimentos analíticos, como:

• Correlação de estoques com a conta Fornecedores;

• Correlação de estoques com CMV.

Partindo-se do princípio de que para cada débito houve um crédito no mesmo valor, constatamos que ao analisar
uma conta estamos indiretamente avaliando outras. No caso de estoques, temos relações com Ajustes a valor justo,
Fornecedores, CMV.

Estoques em poder de terceiros

A empresa pode manter estoques em poder de terceiros, situação comum na industrialização por encomenda e
na consignação. Na industrialização por encomenda, o estoque sai para ser beneficiado e depois retorna ao
encomendante; na consignação, o estoque sai para ser vendido pelo consignatário, retornando ao proprietário se
não vendido. É possível que haja ainda estoques em recintos alfandegados, armazéns etc. O auditor deve obter a
confirmação da existência desses estoques, sendo recomendável, segundo a boa prática e a doutrina, que se faça
a inspeção em vez de mera confirmação. Por essa razão, foi considerada errada a seguinte assertiva:

No caso de estoques da companhia em poder de terceiros, mesmo que seja relevante o seu valor, uma simples
confirmação do fornecedor é suficiente para assegurar a exatidão de seu montante (Analista/TJ-PI FCC/2009)

Realizável a longo prazo


O auditor deve dar especial atenção à classificação dos itens, especialmente quanto aos créditos de acionistas,
diretoria e demais pessoas ligadas decorrentes de operações não usuais. São bastante semelhantes aos itens
do circulante quanto aos critérios de avaliação e testes empregados.

Investimentos
Segundo Araújo (2012), os principais procedimentos na auditoria de investimentos são:
• Inspeção física de títulos;

• Recálculo de provisões;

• Recálculo de equivalência patrimonial;

• Confirmação externa.

AAuditor/TCE-AL/FCC/2008) No ano calendário de 2007, os procedimentos de auditoria de conferência de cálculo


da equivalência patrimonial devem ser aplicados a contas que registrem

a) A-a importação de bens do imobilizado em andamento.

b) B-o capital social subscrito e integralizado.

c) C- os investimentos temporários em ações negociados em bolsas de valores.

d) D- o capital social autorizado e o subscrito.

e) E- os investimentos permanentes e relevantes em controladas.

Resolução: Questão interessante! A conferência de cálculo ou recálculo consiste em fazer a conferên¬cia


aritmética de valores. Em assim sendo, a rigor, poderíamos utilizá-lo para certificar algum cálculo necessário
efetuado para o registro de qualquer uma das alternativas. Contudo, o enunciado é claro ao afirmar que o que
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interessa no momento é o cálculo efetuado na equivalência patrimonial – MEP. E quais são os investimentos
avaliados pelo método MEP? Segundo a lei societária, no balanço patrimonial da companhia, os investimentos em
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle
comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
Resposta: E

Imobilizado
A principal preocupação na auditoria do imobilizado é quanto à superavaliação. O auditor deve avaliar a
razoabilidade das estimativas da administração, depreciações e presença de bens obsoletos e inservíveis. São nos
critérios de reconhecimento que se pontuam os principais pontos de atenção. Um item deve ser reconhecido como
imobilizado se, simultaneamente, (1) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão
para a entidade e (2) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente segundo o CPC 27. Deve-se ficar atento
à classificação de itens como equipamentos para uso e peças de reposição, cuja classificação no imobilizado
depende de sua expectativa de vida útil. Resume os objetivos desta auditoria, o pensamento de Franco e Marra
(2000), utilizado como enunciado de questão discursiva na prova Sebrae/Cespe/2008.

Os exames referentes ao ativo imobilizado tangível têm como objetivos principais: a verificação da
existência, propriedade e posse desses bens, assim como de ônus sobre eles; sua contabilização, inclusive
classificação; os critérios de avaliação adotados, compreendidas atualizações, acréscimos, reavaliações,
depreciações e baixas. (Sebrae/Cespe/2008 apud Franco e Marra)

São procedimentos aplicados no imobilizado:

• Inspeção física e documental.

• Recálculo de ajustes (impairement).

• Recálculo de depreciações.

Na verificação de eventuais ônus sobre imóveis de propriedade da entidade auditada, consultam-se, entre outros
documentos, certidões atualizadas do registro de imóveis, contratos de compra e venda ou de financiamento
desses bens, assim como contratos de financiamento ou parcelamento de dívidas. (ACE/TCU/Cespe/2008)

Por exemplo:

Os dispêndios com troca de fluídos, filtros e velas de um veículo classificado como imobilizado seriam lançados
corretamente na conta de despesas, desse modo:
D – Despesas com manutenção
C – Caixa
Por sua vez, a substituição do motor do veículo seria corretamente lançada debitando o próprio ativo em razão da
durabilidade, aumento da vida útil, sujeitando-se à diluição das despesas por meio de cotas mensais de
depreciação, sem prejuízo da avaliação por valor justo caso essa soma resulte em valor demasiado, conforme teste
de impairement.
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D – Veículos

C – Caixa

Observe que no primeiro caso o valor transita imediatamente por despesas, reduzindo o resultado. No segundo,
há um aumento do valor do ativo e a diluição da despesa via depreciação por competência. Assim, fica claro como
uma política da empresa ou erro quanto a um critério contábil pode distorcer uma demonstração contábil.

Outro ponto de atenção do auditor é no sentido inverso, ou seja: alguns bens podem não estar sendo ativados e
sendo lançados diretamente como despesa.

O auditor deve ficar atento à capitalização das contas, pois dispêndios de manutenção podem estar sendo
lançados na conta do ativo em vez de nas contas de despesas e manutenção, gerando superavaliação do ativo.
Despesas que aumentam a vida útil do ativo, em geral, são capitalizadas e passam a compor o próprio bem
sofrendo depreciação juntamente com o bem.

Ceperj - Sefaz-RJ - ACI/2012

Constitui objetivo de auditoria na verificação do Ativo Imobiliário:

a) verificar se todas as exigibilidades representam passivos incorridos até a data do encerramento do exercício.

b) identificar cláusulas restritivas ou outros dados importantes constantes de contratos de empréstimos ou


financiamentos apresentados nas demonstrações financeiras ou notas explicativas.

c) julgar a adequação do programa de depreciação em relação à vida útil do bem.

d) levantar taxas e instrumentos de mercado utilizados para precificar externalidades.

e) calcular reservas de receitas para despesas eventuais com manutenção e conservação de bens imobiliários.

Resolução: Apenas a letra C diz respeito a uma verificação com origem no ativo imobilizado, pois versa sobre
depreciação. Bens do imobilizado sofrem depreciação.

Resposta: C

Passivo
Os passivos são mais testados para a subavaliação.

Ocorrência, classificação, valoração, integridade são algumas das afirmações a serem validadas.

A confirmação externa será sempre um importante procedimento, especialmente por ser externo à entidade, para
confirmar informações de conhecimento de terceiros.

A circularização de passivos é considerada muito eficaz para detectar a omissão de passivos. O auditor não
deve restringir o pedido de confirmação aos credores em aberto, mas incluir, também, outros com os quais
a empresa tenha transacionado (...). (Analista/Cespe/TJ-CE/2008)

A advertência da assertiva acima tem a sua razão: no caso de a empresa não escriturar a totalidade das contas a
pagar (passivo omitido) com fornecedores, e considerando que o maior risco no passivo é a subavaliação, a
ausência do registro poderá levar o auditor a concluir que não existe o fornecedor e não existe o passivo.

Para minimizar esse risco, ao solicitar confirmação aos fornecedores é recomendável que o auditor também o
faça para outros fornecedores recentes, ainda que os saldos contábeis sejam zero.
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A circularização deve abranger o maior percentual possível de valores combinado com o menor percentual
possível dos credores correspondentes a esses credores. (Analista/TJ-CE/Cespe/2008/Adaptada)

A circularização de fornecedores é um procedimento empregado na auditoria de contas do passivo para


confirmar a existência da obrigação ( Analista controle interno/Funpresp-Jud/Cespe/2016).

Franco e Marra (2000) recomendam que a circularização de fornecedores contemple pelo menos 80% do saldo da
conta e pelo menos 10% dos fornecedores. Isso não é regra, na verdade esse julgamento é feito à luz de
circunstâncias, mas já foi objeto de prova nos seguintes termos da assertiva correta:
Recomenda-se, usualmente, que o procedimento de circularização da conta de fornecedores abranja, pelo menos: 80%
do valor da conta e 10% dos fornecedores. (Auditor Jr./Itaipu/UFPR/2012)

O auditor não deve se limitar à confirmação externa. Procedimentos adicionais como análise da correlação com
estoques e compras, exame das duplicatas e faturas, boletins de contas a pagar e recálculo de juros podem gerar
evidências adicionais.

Uma das questões mais sensíveis é o reconhecimento de provisões. Provisões são obrigações presentes e é
provável que seja necessário uma saída de recursos para liquidar a obrigação. Uma provisão é reconhecida quando:

• A entidade tem obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de um evento passado.

• Seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a
obrigação.

• Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Passivo fictício

O auditor pode se deparar com passivo fictício que, como o nome sugere, é um passivo registrado, mas que não
existe de fato. A manutenção de passivo fictício está associada, geralmente, à omissão de receitas. A entidade,
para burlar terceiros, geralmente o Fisco, deixa de reconhecer parte de suas receitas na contabilidade, mantendo
caixa paralelo, comumente denominado caixa 2. Em razão da insuficiência do registro de receitas na contabilidade,
não há saldo no caixa (caixa oficial) da entidade para formalmente registrar o pagamento do passivo mediante
crédito na conta caixa e débito na conta de passivo. Se fosse realizado o registro contábil, o saldo da conta caixa
se tornaria credor, o que não é possível. Assim, a empresa mantém o passivo na contabilidade mesmo já tendo
quitado a obrigação com os recursos do caixa 2, pela simples impossibilidade de se fazer o registro oficial da baixa
sob pena de estourar a conta caixa.

FCC – TJPI/2009
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Um auditor constatou, no decurso de seus trabalhos, que várias obrigações com terceiros da companhia auditada
já tinham sido quitadas, mas seu valor ainda constava do balanço patrimonial da entidade. Esse tipo de erro ou
fraude é denominado

a) A Passivo a descoberto.

b) B Ativo Oculto.

c) C Passivo Real.

d) D Ativo Nominal.

e) E Passivo Fictício.

O passivo quitado e ainda mantido escriturado como se em aberto estivesse é um passivo fictício. Gabarito E

Patrimônio líquido
Alguns dos procedimentos aplicados no PL, segundo Araújo (2012), são:

• Contagem de cautelas de ações;

• Confirmação da participação acionária;


• Recálculo das reservas;

• Recálculo dos dividendos;

• Correlação com a área de resultados.

Segundo Franco e Marra, é recomendável que a auditoria do PL seja feita mediante censo (todos os itens), e não
amostragem. Segundo os autores, isso se deve à sua importância e também ao fato de as contas do PL serem em
número reduzido.
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Trabalhos iniciais – saldos iniciais


Os saldos iniciais são elementos que não devem ser descuidados pelo auditor. Todo o trabalho do auditor pode ser
perdido se os saldos iniciais das contas não possuem um nível de asseguração razoável. Isso ocorre quando da 1 a
auditoria, isto é, o auditor que realizará a auditoria no ano corrente não é o mesmo que realizou no ano anterior.
Vamos entender:

Um auditor contratado para emitir sua opinião sobre as demonstrações contábeis do exercício findo em 31.12.2018
irá realizar seus testes nas operações realizadas entre 01.01.18 até 31.12.18.

Se nenhuma distorção relevante for encontrada nesse período (Jan/19 a dez/19) significa que as
demonstrações contábeis do exercício findo em 31.12.19 não contêm distorções relevantes?

Nós já vimos que auditoria não garante nada em 100%, mas ainda assim, para que tenhamos uma asseguração
razoável, será necessário que os saldos iniciais tenham sido satisfatoriamente validados. Os saldos das contas
patrimoniais passam de um ano para o outro, logo tem efeito cumulativo. Então os saldos em 31.12.17 precisam
ser minimamente atestados.

E se o auditor antecessor (2018) é o mesmo que está realizando a auditoria em 2019?

Nesse caso, o auditor (de 2019) já tem evidências sobre a adequação ou não dos saldos iniciais.

Então ao realizar uma auditoria inicial o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se:
• Os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do
período corrente.
• As políticas contábeis apropriadas refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas
demonstrações contábeis do período corrente, ou as mudanças nessas políticas contábeis estão
devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.
A não confirmação dos saldos iniciais implicará no tipo de relatório de auditoria

Se o auditor não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos iniciais, ele
deve expressar a opinião com ressalva ou abstenção de opinião sobre as demonstrações contábeis, conforme
apropriado. (NBC TA 501, item 10)

Se o auditor concluir que os saldos iniciais contêm distorção que afeta de forma relevante as demonstrações
contábeis do período corrente e, se o efeito da distorção não é devidamente registrado ou adequadamente
apresentado ou divulgado, o auditor deve expressar a opinião com ressalva ou opinião adversa, conforme
apropriado. (NBC TA 501, item 11).

Nota: quando nos referimos à mudança de auditores de um ano para outro em relação aos saldos iniciais, não
estamos nos referindo a mudança de um auditor especificadamente ou de membros da equipe. Estamos nos
referindo à mudança da firma de auditoria.
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Questões comentadas
1. FCC-TRT 19-Analista Jud/2014

Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu as informações consignadas nos papéis de trabalho e concluiu que
as informações coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor evidência alcançável por meio das técnicas
que utilizou. Essas informações são classificadas como

(A) suficientes.

(B) adequadas.

(C) relevantes.

(D) úteis.

(E) concretas.

Resposta:

Essas informações consignadas nos papéis de trabalho compreendem as evidências de auditoria.

As evidências precisam reunir 2 características: Adequada e suficiente.

Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua


relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.

Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade


necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante
e também pela qualidade da evidência de auditoria.

Resposta B

2. FCC-TRT 19-Analista Jud/2013

O auditor da empresa Seringueira S.A. elaborou exame seletivo nas notas fiscais emitidas, para confirmação do
saldo de Contas a Receber e da Receita do período.

Referido procedimento

(A) é suficiente para confirmação dos saldos, por expressar o perfil da população inteira.

(B) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria.

(C) não é um meio eficiente de obter evidência de auditoria.

(D) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem ser projetados para a população inteira.

(E) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo vedada a utilização.

Resposta:
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NBC TA 500, A55


Embora o exame seletivo de itens específicos de uma classe de transações ou saldo contábil
frequentemente seja um meio eficiente de obter evidência de auditoria, não constitui amostragem em
auditoria. Os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens selecionados dessa maneira não
podem ser projetados para a população inteira; portanto, o exame seletivo de itens específicos não fornece
evidência de auditoria referente ao restante da população.

Resposta D

3. FCC-TCE-PI-AFCE/2014

Em relação às evidências de auditoria é correto afirmar que

(A) a suficiência da evidência é a medida da sua qualidade.

(B) a adequação da evidência é a medida da sua quantidade.

(C) a adequação da evidência é a medida da sua qualidade.

(D) evidências obtidas de fontes externas e internas são igualmente confiáveis.

(E) evidências documentais e orais são igualmente confiáveis.

Resposta:

Adequação: medida de qualidade

Suficiência: medida de quantidade.

Evidências escritas e externas são mais confiáveis, em tese, do que as geradas internamente ou orais
respectivamente.

Resposta C

4. FCC-AFTE-PE/2014

Contratado para realizar auditoria nas demonstrações contábeis da empresa Queijos Coalho S/A, o auditor para
obter segurança razoável e reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e possibilitar alcançar conclusões
razoáveis e nelas basear a sua opinião deve

(A) realizar a auditoria de acordo com os procedimentos definidos.

(B) avaliar o controle interno.

(C) elaborar os papeis de trabalho de acordo com os procedimentos de auditoria.

(D) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.

(E) planejar os trabalhos de auditoria tomando por base o resultado de auditorias anteriores.

Resposta:

NBC TA 200, 17
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Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para
reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões
razoáveis e nelas basear a sua opinião.

Resposta D

5. FCC – Manausprev - Analista Previdenciário/2015

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade − NBC TAs, a evidência de auditoria para a obtenção de
conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida, entre outros, pela

(A) execução de procedimentos de avaliação de riscos.

(B) elaboração do planejamento de auditoria das demonstrações contábeis.

(C) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para registro nos papeis de trabalho
da auditoria das demonstrações contábeis.

(D) confirmação do cumprimento, pela entidade, das determinações realizadas em relatórios de auditorias das
demonstrações contábeis de exercícios anteriores.

(E) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para constar no relatório de
auditoria das demonstrações contábeis.

Resolução:

NBC TA 500, A10


Como exigido e explicado adicionalmente pela NBC TA 315 e pela NBC TA 330, a evidência de auditoria
para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:
(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e
(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.

Resposta A

6. FCC – ACE – TCE-CE/2015

A Companhia de Distribuição de Alimentos do Nordeste, por exigências legais, contratou o auditor independente
para realizar a auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014. Com relação à documentação de
auditoria, nos termos das NBC TAs, o objetivo do auditor é preparar documentação que forneça

(A) evidência de que o auditor aplicou procedimentos de auditoria necessários e suficientes para detectar possíveis
fraudes na empresa.

(B) segurança que as demonstrações contábeis estão livres de irregulares que possam comprometer a
credibilidade da empresa.

(C) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor, e evidências de que a auditoria foi
planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis.
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(D) registro das causas e efeitos da falta de competitividade, quando houver, da empresa no mercado.

(E) evidência de que os trabalhos foram adequados ao objeto da auditoria e que o auditor é o responsável pela
prevenção e detecção de fraudes e erros.

Resposta:

Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria


relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis de
trabalho”).

No cumprimento da NBC TA 230, o objetivo do auditor é:

NBC TA 230, 5
O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça:
(a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor; e
(b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências
legais e regulamentares aplicáveis.

Resposta C

7. FCC – ACI – São Luiz-MA/2015 (ajustada)

Nos termos das NBC TAs, as medidas da qualidade e da quantidade da evidência são, respectivamente,

(A) adequação e suficiência

(B) suficiência e abrangência.


(C) adequação e abrangência.

(D) adequação e plausibilidade.

(E) plausibilidade e adequação.

Resposta:

Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua


relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade
necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante
e também pela qualidade da evidência de auditoria.

Resposta A

8. FCC – ACI – São Luiz-MA/2015


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Após a conferência dos cálculos referentes às demonstrações contábeis, o Auditor de Controle Interno verificou
diferença tanto nos valores como nas classificações de uma demonstração contábil relatada se comparada com a
exigida.

Essa diferença é denominada

(A) grau de erro.

(B) risco de auditoria.

(C) distorção.

(D) margem de erro.

(E) erro de relevância.

Resposta:

Distorção é a diferença entre o valor, classificação, apresentação ou divulgação de um item informado nas
demonstrações contábeis e o valor, classificação, apresentação ou divulgação requerido para que o item esteja de
acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Distorção pode ser decorrente de erro ou fraude.

Resposta C

9. FCC - Auditor fiscal - Sefaz-MA/2016

Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam informações para
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas através de evidência de auditoria. Acerca da
evidência de auditoria é correto afirmar que

a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de auditoria executados.

b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria.

C) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria.

d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria.

e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo.

Resolução:

Alternativa A – Errado. Tem natureza cumulativa e é obtida de diversas fontes, mas majoritariamente sua origem
são os procedimentos de auditoria.

Alternativa B – Errado. Adequação é qualidade. Suficiência é quantidade.

Alternativa C – Errado. As evidências são registradas na documentação de auditoria (os papeis de trabalho), não o
contrário.

Alternativa D – Certo.

Alternativa E– Errado. É obtida a partir de procedimentos de auditoria.

Resposta D

10. FCC – Copergás - Analista Contador/2016


Prof. Arthur Leone
Auditoria

Na auditoria realizada nas demonstrações contábeis da Companhia de Abastecimento de Alimentos Sólidos do


Estado, referente ao exercício de 2015, o Auditor independente utilizou informações para fundamentar suas
conclusões. Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade relacionadas à Auditoria – NBC TAs, tais informações
são denominadas de

a) testes de observância.

b) parecer de auditoria.

c) achados de auditoria.

d) evidências de auditoria.

e) papéis de trabalho.

Resposta:

A opinião é formada pelo acúmulo de evidências de auditoria.

NBC TA 200, 13
(...)
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em
que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das NBC TAs:
(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A
quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante e também pela qualidade de tal evidência;
(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria; isto é, sua
relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor.

Resposta: D

11. FCC - PGE-MT - Contador/2016

Considere:

I. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na obtenção e avaliação das evidências
de auditoria.

II. As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da administração
e informações que contradizem tais afirmações.

III. Em alguns casos, a ausência de informações, por exemplo, a recusa da administração de fornecer uma
representação solicitada, é usada pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de auditoria.

Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200) (R1), caracteriza
evidência de auditoria o que consta em

a) I, II e III.

b) I, apenas.
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Auditoria

c) III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I e II, apenas.

Item I – Certo. Didaticamente, dividimos a auditoria em três fases.

Planejamento Execução Relatório

A execução seria o núcleo do trabalho, que consiste em aplicar os testes e colher evidências. Naturalmente, é a
parte “maior”, pois seria inconcebível que as fases de planejamento ou entrega do relatório fossem tão extensas
quanto.
Item II – Certo. Por exemplo: A administração informa que o produto “X” tem possibilidade de dominar uma boa
fatia do mercado e irá produzir boas receitas. Ao conversar com os engenheiros, o auditor constata que o produto
“x” já está obsoleto.

Note que uma evidência de auditoria obtida por indagação acabou por contradizer uma informação da
Administração.

Item III – certo. Quando a Administração se nega a confirmar algo, o auditor tem uma evidência que algo está
“estranho”. Logo, a negativa de informação tem um valor persuasivo também.
Resposta: A

12. FCC – ARSETE – Assistente - Pref Teresina/2016

Em uma auditoria, o Auditor corre o risco de expressar uma opinião inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante. Para reduzir o risco a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar
obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião, o Auditor deve

a) aplicar os procedimentos de auditoria previamente estabelecidos.


b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.

c) elaborar adequadamente os papéis de trabalho.

d) obter todas as informações e documentos necessários à realização da auditoria.

e) avaliar o controle interno da entidade, quanto a eficiência na prevenção de erros e fraudes nos registros
contábeis.

Resposta:

O que “garante” a opinião é o acúmulo de evidências, que devem ser adequadas ( apropriadas) + suficientes.
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EVIDÊNCIAS
ADEQUAÇÃO SUFICIÊNCIA
Confiança Relevância Quantidade
Gabarito: B

13. FCC – ISS Manaus/2019

A suficiência da evidência de auditoria

A. ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante, nunca ambos.

B. é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante.

C. não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela qualidade da evidência
de auditoria.

D. é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de
auditoria.

E. é afetada pela avaliação do auditor dos

Resolução:

A evidência é persuasiva, logo dependerá sempre do julgamento do auditor.

É possível, ainda, fazer certas generalizações: com evidência de melhor qualidade, teoricamente necessita-se
menor quantidade. Se o risco é alto, teoricamente se necessita de mais evidência.

Logo, tudo está interligado.


Resposta D

14. FCC-SEFAZ-BA/2019

De acordo com a NBC TA 200 R1 , as evidências de auditoria

A. constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo conhecimento, em
princípio, é compartilhado pela comunidade que interage com a entidade auditada e que, por isso mesmo,
dispensa referência e juntada de suporte documental próprio.

B. são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião,
sendo que as informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis estão
incluídas nas evidências de auditoria.

C. representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e obrigatório por todas as
pessoas, naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada
de suporte documental próprio, mas não a devida referência, quando for o caso.

D. são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório de auditoria, em
razão de sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem ficado evidenciadas nos papéis de trabalho
apresentados e compilados.
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E. são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si mesmos, e que não
suscitam qualquer tipo de controvérsia.

Resolução:

Letra A - Errado. Nem sempre é publico e notório, já que são coletadas essencialmente a partir de procedimentos
de auditoria.

Letra B - certo

Letra C - Errado. Mesmo fundamento da letra A.

Letra D - Errado. Sem sentido.

Letra E - Errado. Nem sempre falam por si, já que são persuasivas. Nem sempre serão conclusivas.
Resposta B

15. FCC – DPE-SP – Contador/2013

Quando um Auditor confirma com o Banco do Sul SA o saldo disponível ao final do exercício, com a finalidade de
comprovar a exatidão dos registros contábeis, está realizando um teste

(A) substantivo.

(B) de evidência.

(C) de procedimentos.

(D) de confirmação.

(E) de observância.

Resolução:

Questão muito interessante, porque o procedimento que o auditor está utilizando é a confirmação (circularização),
o que nos levaria a marcar precipitadamente a letra D. Ocorre que a confirmação foi utilizada como teste
substantivo (testar saldos e transações).
Resposta A

16. FCC- AFTM São Paulo/2012

O auditor ao verificar na folha de pagamentos se as verbas pertinentes ao FGTS e INSS foram calculadas
adequadamente, atendendo a legislação trabalhista, realiza o procedimento de cálculo e

(A) inspeção.
(B) observação.

(C) indagação.

(D) investigação.

(E) fiscalização.

Resolução:

Para executar essa análise o auditor irá checar as guias de pagamento (inspeção documental) e verificar se os
montantes recolhido compreendem a correta base de cálculo e a correta operação aritmética (recálculo).
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Resposta A

17. FCC- AFTM-São Paulo/2007

Os testes de observância têm por objetivo verificar se a entidade auditada


(A) cumpre a legislação que rege o ramo de atividade a que pertence.

(B) efetua corretamente o controle de qualidade de seus produtos.

(C) registra de forma adequada e com os valores corretos seus bens, direitos e obrigações para com terceiros.

(D) dispõe de controles internos adequados em efetivo funcionamento e cumprimento.

(E) possui sistema contábil que produz dados exatos, precisos e tempestivos.

Resolução:

Os testes de controle (de observância) são definidos para avaliar a eficácia operacional dos controles na prevenção,
detecção e correção de distorções relevantes no nível da afirmação. A definição de testes de controles para
obtenção de evidência de auditoria inclui a identificação de condições (características ou atributos) que indiquem
a realização de controle, e condições de desvio que indiquem desvios da execução apropriada. A presença ou
ausência dessas condições pode então ser testada pelo auditor.

NBC TA 330, 4
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no
nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

Resposta D

18. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013

Acerca dos procedimentos de auditoria, assinale a alternativa correta.

(A) O cálculo envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram
originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.

(B) A inspeção, como procedimento de auditoria, envolve o exame de registros ou documentos internos ou
externos.

(C) A confirmação, como procedimento de auditoria, envolve o exame de registros ou documentos somente
externos.

(D) A observação é ideal, quando o auditor deseja obter evidência sobre como ocorrerá a execução de determinado
processo ou procedimento.
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Auditoria

(E) Não é permitido ao auditor combinar procedimentos de auditoria entre si, dado que, uma vez obtidas as
evidências, elas são suficientes por si sós.

Resolução:

Letra A – Errado. Recálculo (cálculo) consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros.
Letra B – Certo.
Letra C – Errado. O exame de registros é inspeção.
Letra D – Errada. Embora a observação seja útil para verificar como funciona um processo ou procedimento, ela é
limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre, de modo fornece evidências no “presente”, mas não no
“futuro”.
Letra E – Errado. As evidências são cumulativas e persuasivas. Quanto mais quantidade e mais confiança
dispuserem, melhor.
Resposta B

19. FCC-TRT 19-Analista Jud/2014

Durante a auditoria, a equipe técnica responsável teve dúvida quanto à segurança de que os controles internos
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos
funcionários e administradores da entidade. Para a solução desse problema, é necessária a aplicação de testes

(A) de observância.

(B) substantivos.

(C) de evidência.

(D) confirmativos.

(E) de fidelidade.

Resolução:

Os testes de controle (de observância) são definidos para avaliar a eficácia operacional dos controles na prevenção,
detecção e correção de distorções relevantes no nível da afirmação. A definição de testes de controles para
obtenção de evidência de auditoria inclui a identificação de condições (características ou atributos) que indiquem
a realização de controle, e condições de desvio que indiquem desvios da execução apropriada. A presença ou
ausência dessas condições pode então ser testada pelo auditor.

NBC TA 330, 4
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no
nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.
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Auditoria

Resposta A

20. FCC- INFRAERO-Analista Sup. II-Auditor/2011

Os testes que visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos
pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento são denominados testes

(A) de observância.

(B) de revisão analítica.

(C) substantivos.

(D) de aderência.

(E) formais de contingência.

Resolução:

Os testes de controle (de observância) são definidos para avaliar a eficácia operacional dos controles na prevenção,
detecção e correção de distorções relevantes no nível da afirmação. A definição de testes de controles para
obtenção de evidência de auditoria inclui a identificação de condições (características ou atributos) que indiquem
a realização de controle, e condições de desvio que indiquem desvios da execução apropriada. A presença ou
ausência dessas condições pode então ser testada pelo auditor.

NBC TA 330, 4
4. Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no
nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

Atenção:

As alternativas A e D deveriam ser consideradas corretas, pois é comum designar os testes de controle como
testes de aderência ou de observância A FCC ficaria coerente com seu entendimento em outro concurso
realizado, cujo enunciado da questão foi:

(FCC- APOFP-SEFAZ-SP / 2010) - OS TESTES DE OBSERVÂNCIA OU DE ADERÊNCIA SÃO


APLICADOS PELAS AUDITORIAS PRINCIPALMENTE NAS INVESTIGAÇÕES: (...)

Resposta A

21. FCC- INFRAERO-Analista Sup.II-Auditor/2009

Considere as afirmações a seguir:


I. Quanto melhor o resultado dos testes de observância, maior o risco da auditoria.

II. Os procedimentos de revisão analítica fazem parte dos testes substantivos.


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III. Em auditorias de contas a receber e a pagar, utiliza-se comumente o teste substantivo de confirmação.

IV. O auditor é responsável pela execução de procedimentos relativos a eventos subsequentes após a data de seu
parecer, independentemente de comunicação do fato pela entidade auditada.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) II e IV.

(E) III e IV.

Resolução:

Item I- Falso. Se a entidade tem um risco de controle baixo, significa que são menores os riscos de distorção em
suas DC. Esse nível de risco irá impactar na definição do risco de auditoria. Vamos lembrar da fórmula didática RA=
RC x RI x RD.

Item II- Verdadeiro.

Procedimento substantivo (teste substantivo) é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções
relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:

(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e

(b) procedimentos analíticos substantivos (revisão analítica)

Item III- Verdadeiro. A confirmação externa é útil não apenas para confirmar valores, mas também acordos e
outras situações.

Item IV. Falso.

NBC TA 560, 10.


O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às
demonstrações contábeis após a data do seu relatório. Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas
antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se
fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve
:
(a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis.

Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria
necessários nas circunstâncias da alteração e fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à data de aprovação das
demonstrações contábeis alteradas.
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Resposta C

22. FCC- TJ-SE-Analista Jud.-contabilidade/2009

Os testes efetuados pela auditoria que visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação
dos dados produzidos pelos sistemas contábeis e administrativos da entidade, denominam-se:

(A) substantivos.

(B) de observância.

(C) de correlação.

(D) diretos.

(E) indiretos.

Resolução:

NBC TA 330, 4
4. Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no
nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos
controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

Resposta A

23. FCC-TRE-AL-Analista Jud.- contabilidade/2010

Fazer com que empresa auditada envie cartas dirigidas para empresas com as quais mantenha relações de
negócios, solicitando que estas confirmem, em carta dirigida ao auditor, a situação desses negócios em
determinada data, se refere à aplicação da técnica de auditoria chamada de

(A) correlação.

(B) rastreamento.

(C) circularização.

(D) entrevistas.

(E) observação.

Resolução:

Uma confirmação externa (circularização) representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta
escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia.
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A empresa auditada envia a carta solicitando a confirmação e solicita que a resposta seja enviada diretamente para
o auditor. É importante que a resposta seja enviada diretamente ao auditor sem passar pela empresa auditada,
caso contrário poderia ser manipulada, o que enfraqueceria a evidência.

Resposta C

24. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013

No momento do procedimento de auditoria denominado Confirmação é correto afirmar que:


(A) os procedimentos de confirmação externa se limitam a confirmar informações relativas a saldos contábeis e
seus elementos.
(B) a solicitação de confirmação é negativa, quando a solicitação de que a parte que confirma responde
diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as
informações solicitadas.
(C) uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação, por si só, não se enquadra na definição de confirmação
externa, porque não é uma resposta por escrito direta para o auditor.
(D) as confirmações positivas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações negativas.
(E) a administração não pode recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação.
Resolução:
Letra A- Errado. Podem confirmar acordos e outras circunstâncias.
Letra B- Errado. É o caso da confirmação positiva.
Letra C- certo.
Letra D- Errado. São mais persuasivas pois originam-se de fontes externas.
Letra E- Errado. Pode recusar. Caberá ao auditor executar procedimentos adicionais para suprir a ausência destas
evidências.
Resposta C

25. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013

Sobre os procedimentos analíticos, assinale a alternativa incorreta.

(A) Consiste exemplo dos procedimentos analíticos a ser utilizado pelo auditor informações comparáveis de
períodos anteriores.
(B) Significa a realização de avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre
dados financeiros e não financeiros.
(C) Caso os procedimentos analíticos executados de acordo com as normas brasileiras de contabilidade
identifiquem flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos
valores esperados de maneira significativa, o auditor poderá, por exemplo, examinar essas diferenças por meio de
indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da
administração.
(D) Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas, componentes
e elementos individuais de informação.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

(E) Em relação às entidades do setor público, em termos da adoção de procedimentos analíticos, aplicam-se as
mesmas relações verificadas entre os itens individuais de demonstrações contábeis considerados na auditoria de
entidades do setor privado.
Resolução:
As entidades variam em tamanho, operações, estrutura, níveis de riscos e outros. Os procedimentos são
desenhados conforme às circunstâncias. Há diferenças consideráveis entre uma entidade pública ou privada, entre
uma entidade grande e a pequena, entre às de risco elevado e às de risco baixo, dentre outras considerações.
Resposta E.

26. FCC-TRF 3-Analista Jud.-contabilidade/2014

Os procedimentos de auditoria interna constituem exames e investigações que permitem ao auditor interno obter
subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Para
tanto, pode aplicar testes que visam tanto a obtenção de razoável segurança de que os controles internos
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, como

a obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema de
informação da entidade. Esses testes são denominados, respectivamente,

(A) vistoria e substantivo.

(B) substantivo e vistoria.

(C) de observância e substantivo.

(D) substantivo e de observância.

(E) de observância e vistoria.

Resolução:

Os procedimentos de auditoria quanto a natureza classificam-se em dois grandes grupos: testes substantivos e
testes de observância (testes de controle). E isso vale para auditoria independente, interna e governamental.

Saiba que:

Teste de observância = teste de controle = teste de aderência


Teste substantivo = procedimento substantivo

Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:

Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível
de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:

(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e

(b) procedimentos analíticos substantivos.

Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na
prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.
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Resposta C

27. FCC-TCE-PI-AFCE/2014

A constatação de que o objeto em exame apresenta total condição de uso é um dos requisitos que devem ser
atendidos quando aplicada a técnica de auditoria conhecida como

(A) inspeção física.

(B) análise documental.

(C) revisão analítica.

(D) confirmação.

(E) investigação.

Resolução:

A inspeção pode ser física ou documental. Para verificar condições de ativos tangíveis (existência, integridade...)
cabe a inspeção física. A verificação da propriedade, por exemplo, de um ativo, poderia ser testada mediante
inspeção documental.
Resposta A

28. FCC- SEFAZ-PI – Auditor/2015

Os procedimentos de auditoria que incluem testes para certificar-se da existência patrimonial, de direitos e
obrigações em determinada data, ocorrência das transações, da abrangência dos registros, da mensuração,
apresentação e divulgação em conformidade com as normas pertinentes, são testes de

(A) avaliação de riscos.

(B) revisão analítica.

(C) controle.

(D) observância.

(E) detalhes.

Resolução:

O teste aplicado nos saldos das contas e suas transações são os testes de detalhes, procedimento de natureza
substantiva. Vejamos as demais alternativas:

Letra A – Errado. Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplicados para a
obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevantes, independentemente se causada por fraude ou por
erro, nas demonstrações contábeis e nas afirmações.

Letra B – Errado. Revisão analítica são análises mediante índices e quocientes, financeiros e não financeiros.
Letras C e D – Errado. Testes de observância ou de controle são procedimentos aplicados para testar a efetividade
dos controles internos. Não se referem aos saldos e transações.
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Letra E – Certo. Os testes de detalhes são procedimentos substantivos aplicados no saldos das transações para
confirmar valores, existência, divulgação etc.
Resposta E

29. FCC-AFTE-PE/2014

Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Em havendo dúvida a respeito da confiabilidade das
informações ou indicações de possível fraude, nos termos das normas de auditoria − NBC TA, exige-se que o
auditor

(A) faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são
necessários para solucionar o assunto.

(B) comunique o fato à administração da empresa e suspenda os trabalhos de auditoria até que o assunto seja
solucionado.

(C) comunique o fato ao seu superior e aplique novos procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.

(D) solicite informações aos envolvidos com as possíveis fraudes ou falsificação de documentos e aplique novos
procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.

(E) amplie o escopo da auditoria e determine que modificações são necessárias no controle interno para solucionar
o assunto.

Resolução:

NBC TA 200, A23.


O auditor pode aceitar registros e documentos como genuínos, a menos que tenha razão para crer no
contrário. Contudo, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das informações a serem usadas como
evidências de auditoria . Em casos de dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de
possível fraude (por exemplo, se condições identificadas durante a auditoria fizerem o auditor crer que um
documento pode não ser autêntico ou que termos de documento podem ter sido falsificados), as normas de
auditoria exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos
procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto.

Resposta A

30. FCC-TRE-AL-Analista Jud.-contabilidade/2010

O procedimento efetuado quando da aplicação dos testes de observância, que compreende a verificação de
registros, documentos e ativos tangíveis, denomina-se:

(A) Confirmação.

(B) Investigação.

(C) Observação.

(D) Inspeção.
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(E) Correlação.

Resolução:

A verificação de documentos, seja ela realizada como teste de controle ou como procedimento substantivo,
denomina-se inspeção.
Resposta D

31. FCC - Analista Jud. - TRT 11/2017

Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por pessoa alheia e independente é um
procedimento de auditoria conhecido por

a) Inspeção.

b) Participação.

c) Avaliação.

d) Circularização.

e) Conferência.

Resolução:

NBC TA 500, A18.


Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de
terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os
procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações
associadas a certos saldos contábeis e seus elementos.

Resposta: D

32. FCC-TCE-CE-Analista de Controle Externo/2015

Um auditor independente está acompanhando pessoalmente os trabalhos da equipe de informática de uma


empresa na execução da configuração do acesso aos sistemas de informação financeiros e contábeis. Esse
procedimento básico é de

A. inspeção.

B. cálculo e recálculo.

C. indagação, investigação e confirmação.

D. observação.

E. revisão analítica.
Resolução:

Acompanhar processo é observação.


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Resposta: D

33. FCC – Auditor - ISS Teresina/2016

A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela
execução de procedimentos de auditoria. O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma
de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o
procedimento de auditoria denominado

a) observação.

b) circularização.

c) investigação.

d) confirmação.

e) inspeção.

Resolução:

NBC TA 500, A14.


A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em
forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos
fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte
e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo
de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização.

Resposta: E

34. FCC-SANASA Campinas-Analista Administrativo – Contabilidade/2019

As evidências de auditoria devem ser apropriadas e suficientes. Dessa forma é de responsabilidade do Auditor a
execução de procedimentos de auditoria apropriados a cada circunstância em seu cotidiano profissional, tendo
como objetivo a obtenção de evidências adequadas e suficientes. NÃO é um procedimento para obtenção de
evidências de auditoria:

A. Procedimento de Avaliação de riscos.

B. Testes de Controle.

C. Procedimentos Substantivos.

D. Testes de detalhe.

E. Procedimentos de Avaliação de retorno.

Resolução:

As naturezas de procedimentos são: procedimento de avaliação de risco, procedimento substantivo e teste de


controle.

Os procedimentos substantivos incluem teste de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.


Prof. Arthur Leone
Auditoria

Assim, não existe o procedimento descrito em “E”.

Resposta: E

35. FCC-SANASA Campinas-Analista Administrativo – Contabilidade/2019


Em relação aos Procedimentos Analíticos de Auditoria, considere:

I. Os métodos de procedimento analíticos são variáveis, podendo ser comparações simples e análises complexas
que utilizem métodos estatísticos.

II. Procedimentos analíticos são aplicáveis apenas em demonstrações contábeis de uma empresa e não de todo o
seu grupo.

III. Os procedimentos analíticos devem levar em consideração as informações de períodos anteriores que sejam
comparáveis.

Está correto o que consta APENAS de

A.II e III.

B. I e II.

C. I e III.

D. I.

E. III.

Resolução:

Essa prova da SANASA contém muitos equívocos em Auditoria...

I – Certo. Podem ser, inclusive, dados financeiros e não-financeiros. Desde uma simples proporcionalização, regra
de três, variação percentual até mesmo uma análise de correlação linear ou outro modelo matemático qualquer.
Basta que as varáveis sejam comparáveis.

II – Errado. Não há limites para sua aplicação. Desde que as variáveis sejam comparáveis.

III – Errado. Não necessariamente de períodos anteriores. Podem ser de qualquer período, desde que as varáveis
sejam comparáveis. Entretanto, a Banca considerou CERTA baseado no seguinte texto:

NBC TA 520
Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de informações
contábeis e financeiras da entidade:
-informações comparáveis de períodos anteriores;

Como se pode ver, analisar períodos anteriores e suas variáveis é um dos EXEMPLOS de procedimento analítico.
Logo, afirmar que “devem”... ficou “complicado”, até porque o mais comum é utilizar no período corrente. Assim,
é um exemplo verdadeiro, uma possibilidade. Não é um dever!
Ademais, quem elaborou a questão não sabe a diferença dos itens das normas (numerados como 1, 2, 3, 4...) e do
material explicativo ( A1, A2, A3...). O material explicativo não é “lei”, é apenas esclarecimento, exemplos etc.

Assim, o deve ser está contido nos itens numéricos, não no alfa numéricos.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Resposta oficial C

Resposta adequada D

36. FCC – TCE-RS – APE/2018


Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se:

A. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelos sistemas de informação da entidade.

B. Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos.

C. Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela
Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento.

D. Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações perante pessoas
físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

E. Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na verificação de registros,
documentos e ativos tangíveis.

Resolução:

A questão foi baseada na literalidade da norma de auditoria interna, entretanto, os procedimentos em auditoria
são os mesmos na auditoria externa ou interna. As diferenças ficam por conta das nomenclaturas que variam
conforme o tempo e conforme o marco normativo que se utilize.

As duas principais naturezas de testes são os testes de controle /observância - visam testar o controle interno da
entidade - e os testes substantivos, que visam testar a ”substância”, os saldos, as transações etc., ou seja, testar
dados produzidos pelos sistemas de informação.
Resposta B

37. FCC-TRT - 2ª REGIÃO- Analista Judiciário/2018

Sobre Auditoria, é correto afirmar:


A. Na execução dos trabalhos de auditoria somente se verificará a parte contábil e financeira. Isto para não ferir ao
Princípio da Partição dos Poderes, pois é responsabilidade do Judiciário verificar a parte orçamentária, operacional
e patrimonial.

B. A execução dos trabalhos de Auditoria Governamental deve ser realizada somente uma vez a cada três anos,
com a visita a ser realizada na organização para a confirmação de dados prévios à coleta documental.

C. O Exame Físico e a Confirmação ou Circularização são técnicas de auditoria a serem utilizadas na execução dos
trabalhos de auditoria para a formação de opinião do auditor que comprove a veracidade dos fatos observados.

D. O Relatório de Auditoria deve conter somente informações sobre o planejamento prévio. Em hipótese alguma
pode conter qualquer revelação sobre o resultado dos trabalhos de auditoria, pois estes são confidenciais e
protegidos por sigilo.

E. A Amostragem é uma técnica que não pode ser utilizada na Auditoria, pois ela não permite ao responsável
formar uma opinião adequada sobre o conjunto de registros que se está analisando.

Resolução:
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Apesar do enfoque governamental, temos aspectos genéricos de auditoria.

A- Errada. Embora o escopo de uma auditoria contábil seja as demonstrações contábeis, há elementos não
financeiros relacionados como controles, sistemas etc.

Se for o caso de uma auditoria governamental, esse escopo alcança a eficiência, a eficácia, a conformidade etc.
Não cabem as limitações propostas.

B – Errada. Quanto mais, melhor!

C – Certa. São procedimentos de auditoria.

D – Errado. O objetivo do relatório é entregar uma opinião sobre o objeto analisado. Pode ser demonstração
contábil, desempenho ou outro escopo, conforme seja o tipo de auditoria.

E – Errada. Pode ser utilizada.

Resposta: C

38. FCC- DPE-AM/Analista em Gestão - Ciências Contábeis/2018

A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de
informação da entidade é o objetivo

A. dos testes de políticas públicas.

B. da auditoria operacional.

C. dos testes substantivos.

D. dos testes de observância.

E. dos testes de investigação e confirmação.

Resolução:

O que testa controle é o teste de controle (ou observância).

O que testa os dados (saldos, transações etc) é o teste substantivo.

Apenas as letras C e D são gêneros de testes de auditoria.

Apenas “C” responde à questão.


Resposta C

39. FCC-TCE-RS- Auditor Público Externo/2018

A evidência de auditoria ganha confiabilidade quando corroborada por fonte externa à entidade auditada. Sobre
tal procedimento de auditoria, conhecido como confirmação externa, é correto afirmar:

A. A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de confirmação.

B. Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por procedimentos
alternativos.

C. O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas.

D. O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas quanto dos segundos
pedidos, quando aplicável.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

E. Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o resultado do
procedimento de confirmação seja relevante e confiável.

Resolução:

A- Errado. A ADM poderá se recusar a assinar as cartas. Naturalmente, isso não ajuda na auditoria, mas
tecnicamente, é possível, já que o auditor não possui nenhum poder coercitivo.

B- Errado. Embora os procedimentos possam ser mais ou menos persuasivos conforme o caso, é possível aplicar
procedimentos alternativos.

C – Errado. A confirmação negativa tende a ser menos persuasiva.

D – Certo. O mínimo que se espera do auditor é organização sobre respostas e não-respostas.

E – Errado. Isso é questão de julgamento profissional.

Resposta: D

40. FCC-TJ-PI-Analista Jud/2009

Em 31/12/2008, o extrato bancário da conta corrente que a Cia. Delta mantém junto ao Banco Épsilon demonstrava
um saldo credor de R$ 47.600,00. Em sua escrituração contábil, o saldo da mesma conta corrente era devedor em
R$ 45.530,00. O auditor independente, por meio da análise do extrato bancário, apurou os seguintes fatos não
registrados na contabilidade:
I. aviso de lançamento à débito, efetuado pelo banco, de R$ 680,00, relativo a contas de luz e de telefone;
II. aviso de lançamento à débito de R$ 2.000,00, em virtude de devolução de duplicata descontada por falta de
pagamento do sacado;
III. devolução de cheques de terceiros, depositados pela companhia, no valor de R$ 1.450,00, em virtude de
insuficiência de fundos;
IV. aviso de crédito de duplicata de emissão da companhia em cobrança no banco, no valor de R$ 4.500,00, mais
os juros pelo atraso no pagamento de R$ 200,00. No processo de conciliação bancária, o auditor verificou,
também, que havia cheques emitidos pela companhia, ainda não descontados junto ao banco, no valor de R$
2.700,00 e depósitos efetuados em cheque que ainda não tinham sido creditados na conta da sociedade pelo
banco, em virtude de sua compensação, no valor de R$ 1.200,00.
Logo, o saldo correto da mencionada conta corrente, em 31/12/2008, encontrado pelo auditor após a conciliação
bancária, é (em R$) igual a
(A) 46.500,00.

(B) 45.900,00.

(C) 46.100,00.

(D) 46.230,00.

(E) 45.750,00.

Resolução:
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Auditoria

Para ajustar o saldo contábil devemos identificar o que ficou faltando contabilizar:
Não foram efetuados os lançamento a crédito de R$ 680, R$2000 e R$ 1450; e os lançamentos a débito de R$ 4500
e R$200.
Assim temos :
Saldo...............45.530
- créditos...........4.130
+ débitos...........4.700
Saldo contábil.....46.100
Observe que R$ 2700,00 já está lançado na contabilidade, portanto não requer ajuste.
Resposta C

41. FCC- AFTM-São Paulo/2007

O saldo da conta corrente da entidade auditada no BancoMineiro do Sul S/A em 31.12.2005 era de R$ 158.000,00,
credor. Na mesma data, o saldo da mesma conta corrente na escrituração contábil da companhia era de R$
136.000,00, devedor. No procedimento de conciliação bancária, nessa mesma data, o auditor constatou que

− Os cheques de no 15 a 18, emitidos pela companhia, não haviam ainda sido apresentados ao banco, no valor total
de R$ 11.500,00.

− Houve cobrança de despesas bancárias no valor de R$ 1.200,00, não contabilizada pela companhia.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

− A duplicata no 22, no valor de R$ 12.700,00, em cobrança no banco, havia sido paga pelo credor, sem que
houvesse sido registrado o fato na escrituração contábil da entidade.

− Um depósito de R$ 1.000,00, efetuado pela companhia, não havia ainda sido compensado.

Efetuados os ajustes correspondentes, o valor correto do saldo da conta corrente bancária da entidade é de, em
R$:

(A) 149.300,00

(B) 147.500,00

(C) 146.500,00

(D) 145.300,00

(E) 137.000,00

Resolução:

Basta identificarmos quais lançamentos não estão refletidos na contabilidade. Vejamos:

O saldo contábil é 136.000. Neste saldo, ainda não foi computado as despesas bancarias de 1200 e o recebimento
do crédito de 12.700, já refletidos nos extratos bancários. Quanto aos valores de 11500 (cheques 15 a 18) e 1000
(depósito) apesar de não terem sido ainda registrados pelo banco, já estão contabilizados na contabilidade, logo
não requer ajustes.

Deste modo temos:

Saldo contábil.......... 136.000

(-) .............................1.200 (despesa bancárias não contabilizadas)

(+) ...........................12.700 (crédito não contabilizado)

Graficamente temos

Resposta B

42. FCC – DPE-SP – Contador/2013

A contagem de caixa e a comparação com o saldo final no livro razão, é exemplo de


(A) mecanismo de avaliação econômica de ativos.
(B) confronto dos ativos com os seus registros.
(C) teste de cumprimento de normas internas.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

(D) controle de procedimentos de avaliação.


(E) mecanismo de avaliação de rotinas.
Resolução:
Trata-se de uma conciliação. As conciliações, onde se confrontam o registro na contabilidade com outra fonte ou
o próprio item físico, permitem identificar distorções do tipo “temporárias”, ou seja, aquelas que constam em um
dos registros e não constam em outro.
Resposta B

43. FCC-TRE-SE-Analista Jud.-contabilidade/2007

O auditor externo, ao analisar as contas da Empresa Alienauto S.A. Concessionária de Veículos, constata que, na
requisição de um automóvel para uso exclusivo da diretoria da empresa, o contador mantém o registro do referido
automóvel no Estoque. Assim, o auditor considera o saldo da conta de
(A) Veículos superavaliado, em decorrência do lançamento efetuado erroneamente.
(B) Veículos subavaliado, em decorrência do lançamento efetuado erroneamente.
(C) Estoques correto, em virtude de ser facultativa a contabilização tanto no estoque, como no imobilizado para
empresas deste ramo de negócio.
(D) Estoques correto, visto que o veículo pode vir a ser vendido pela empresa.
(E) Estoques errado, visto que referido veículo deveria estar registrado na conta de investimentos.
Resolução:
O veículo deve ser baixado do ativo circulante (estoque de veículos p/ venda) e registrado no ativo não circulante
(veículos). Como isso não foi feito, o estoque está superavaliado e o imobilizado-veículos está subavaliado.
Resposta B

44. FCC- DPE-SP-Contador/2010


O auditor externo da empresa Ametista S.A. ao avaliar o valor dos estoques registrados nas demonstrações
contábeis e o valor dos custos dos produtos vendidos, constatou que estavam sendo consideradas perdas por
avaria e quebra de 10%. Ao verificar o processo produtivo e os estoques físicos não pode identificar os motivos que
estavam gerando o registro. O procedimento de auditoria que poderia colaborar na confirmação dos saldos e
quantidades seria
A. inventário.
B. segregação.
C. inspeção.
D. amostragem.
E. circularização.
Resolução:
A verificação de estoques normalmente é feita mediante acompanhamento do inventário. Quem faz o inventário
é a entidade, o auditor apenas acompanha e faz testes de contagens.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Essa era uma resposta plausível. Mas o auditor também verificou a produção, isso pode levar à inspeção de
máquinas, de produtos em linha de produção etc. Então, a questão não colabora para uma resposta sem margem
de dúvida.
Resposta A

45. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa exportatudo S.A. tem em suas operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para
cobertura de sua exposição cambial. Apesar de enquadrar- se na condição para contabilização pelo método de
hedge accounting não o aplica. Dessa forma, deve o auditor externo
(A) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir relatório de auditoria sem ressalva, uma
vez que esse procedimento é opcional.
(B) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o resultado, ressalvando o relatório
de auditoria.
(C) emitir relatório de auditoria, condicionando sua avaliação aos reflexos que o referido procedimento causaria às
demonstrações contábeis.
(D) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento causa nas demonstrações contábeis
das empresas de forma geral.
(E) ressalvar e enfatizar, no relatório de auditoria, os efeitos que o referido procedimento causa às demonstrações
financeiras auditadas.
Resolução:
A resposta exige conhecimentos prévios do CPC 14. Façamos uma rápida exposição teórica sobre o tema:
Instrumento financeiro é qualquer contrato que origine um ativo financeiro para uma entidade e um passivo
financeiro ou título patrimonial para outra entidade.
Derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato dentro do escopo deste Pronunciamento que possui
todas as três características seguintes:
(a) seu valor se altera em resposta a mudanças na taxa de juros específica, no preço de instrumento
financeiro, preço de commodity, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação (rating) de crédito
ou índice de crédito, ou outra variável, às vezes denominada “ativo subjacente”, desde que, no caso de
variável não financeira, a variável não seja específica a uma parte do contrato;
(b) não é necessário qualquer desembolso inicial ou o desembolso inicial é menor do que seria exigido para
outros tipos de contratos onde seria esperada resposta semelhante às mudanças nos fatores de mercado; e
(c) deve ser liquidado em data futura.
Hedge é a designação de um ou mais derivativos realizados com terceiros, externos à entidade ( hedges inter-
company são permitidos desde que envolvam uma terceira parte), com o objetivo de compensar, no todo ou em
parte, os riscos decorrentes da exposição às variações no valor justo ou no fluxo de caixa de qualquer ativo, passivo,
compromisso ou transação futura prevista, registrada contabilmente ou não, ou ainda grupos ou partes desses
itens com características similares e cuja resposta ao risco objeto de hedge ocorra de modo semelhante.
É possível,segundo o CPC 14, e o enunciado da questão comprova que a Exportatudo assim o faz, a utilização do
hedge accounting.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

CPC 14, 47
Para entidades que realizam operações com derivativos (e alguns instrumentos financeiros não derivativos
– ver item 49) com o objetivo de hedge em relação a um risco específico determinado e documentado, há a
possibilidade de aplicação da metodologia denominada contabilidade de operações de hedge (hedge
accounting). Essa metodologia faz com que os impactos na variação do valor justo dos derivativos (ou
outros instrumentos financeiros não derivativos) utilizados como instrumento de hedge sejam
reconhecidos no resultado de acordo com o reconhecimento do item que é objeto de hedge. Essa
metodologia, portanto, faz com que os impactos contábeis das operações de hedge sejam os mesmos que
os impactos econômicos, em consonância com o regime de competência.

Feito essa exposição, concluímos que era possível a utilização do hedge accounting, mas não obrigatória. Logo não
há distorções a esse respeito identificadas pelo auditor.
O próximo ponto a observar é a obrigação de divulgar em notas explicativas:

CPC, 59
É obrigatória a divulgação, em notas explicativas às demonstrações contábeis, de informações qualitativas
e quantitativas relativas aos instrumentos financeiros derivativos(...)

Observada esta formalidade, não merece qualquer reparo a contabilização e evidenciação efetuada pela empresa,
razão pela qual concluímos pela letra B.
Resposta B

46. FCC – Copergás - Analista Contador/2016

A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando à renovação da frota, no exercício de


2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações contábeis da empresa, o Auditor ao examinar a
transação de compra dos ônibus, segundo as Normas Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento
de auditoria denominado

a) observação.

b) revisão.

c) materialidade.

d) avaliação.

e) inspeção.

Resolução:

Importante salientar que apenas o contido em A e E são considerados procedimentos de auditoria. A observação
é bastante utilizada, por exemplo, para testar um controle interno. Para examinar um Ativo físico, o apropriado é
a inspeção, que poderá ser documental ou física.

Por exemplo:

Inspeção documental – verificar os documentos de propriedade dos ônibus.


Prof. Arthur Leone
Auditoria

Inspeção física – verificar se estão em condições de “rodar”.

Resposta E

47. FCC – DPE-SP – Contador/2010


No processo de revisão da conta de Despesas Antecipadas, relativa as demonstrações contábeis de dezembro de
2008, o auditor percebeu que uma apólice de seguro, contratada com vigência para 01 de julho de 2008 a 01 de
julho de 2009, com pagamento a vista não tinha sido apropriada. Dessa forma, pode-se afirmar que a conta de
(A) Seguros a Pagar está superavaliada.
(B) Despesa de Seguros está superavaliada.
(C) Despesa Antecipada está subavaliada.
(D) Despesa de Seguros está subavaliada.
(E) Seguros a Pagar está subavaliada.
Resolução:
A despesa com seguros deveria ser apropriada na proporção 1/12 mensalmente. Como não houve qualquer
apropriação, nenhuma despesa foi reconhecida. Logo, a conta despesas de seguros não recebeu nenhum débito
no período, consequentemente está subavaliada.
Resposta D

48. FCC-COPERGAS-Analista contador/2010

A confirmação de terceiros é um procedimento que deve ser utilizado na auditoria da conta


(A) Tributos a Recolher.
(B) Fornecedores.
(C) Despesas Antecipadas.
(D) Depreciação Acumulada.
(E) Estoques.
Resolução:
A FCC apresentou mais uma designação para o procedimento de confirmação. Então, vamos lembrar como a
confirmação pode aparecer: Confirmação externa = circularização = confirmação de terceiros. Feito isso vejamos
as contas em que são mais indicadas a confirmação.
A “confirmação” pretende confirmar uma informação com um terceiro que também detém a informação. Logo,
seria indicado para a conta fornecedores. A entidade tem um saldo a pagar ao fornecedor X, e o Fornecedor X tem
um saldo a receber da entidade auditada. É só perguntar ao fornecedor X qual é o saldo dele e confrontar com o
saldo da auditada. Teremos assim uma evidência confiável dos passivos da entidade.
Poderia gerar alguma dúvida a letra E (estoques). Caso estes estoques estivessem em poder de terceiros, em
armazéns, depósitos fechados, em consignatários etc. poderia ser útil e indicado a utilização do procedimento
“confirmação”. Como não é o caso, está incorreto.
Resposta B
Prof. Arthur Leone
Auditoria

49. FCC – DPE-SP – Contador/2013

Em um teste para avaliar se há superavaliação, o Auditor deve


(A) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro razão.
(B) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis referentes ao registro inicial.
(C) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros intermediários.
(D) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final.
(E) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o documento-suporte da transação.

Resolução:

No teste para superavaliação partimos dos registros contábeis e buscamos o documento que lhe dá suporte.
No teste para subavaliação partimos dos documentos suporte e verificamos o seu registro contábil.
Resposta E

50. FCC-AFTE-PE/2014
Na realização de auditoria das Contas a Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a administração não
permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação externa de saldos, para obtenção de evidência de
auditoria. Nestas condições, entre outras medidas previstas nas normas de auditoria, deve o auditor
(A) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando providências para obtenção das informações
desejadas.
(B) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações de confirmações externas não foi
executado.
(C) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a confirmação dos saldos das duplicatas a receber
junto aos devedores.
(D) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e
confiável.
(E) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à solicitação de confirmação externa não foi
realizado.
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Auditoria

Resolução:

NBC TA 505, 8
No caso da administração se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação, o auditor
deve:
(a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre sua validade
e razoabilidade ;
(b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos significativos de
distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros
procedimentos de auditoria; e
(c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante
e confiável .

Resposta D

51. FCC-TRT 19 - Analista Jud. /2013

A empresa Wiinfo S.A. elabora projetos de implementação de softwares fiscais. Os projetos são controlados por
sistema de acompanhamento de projetos, que controla as fases e as horas aplicadas. O sistema foi construído de
forma a dar a situação atual do projeto, não guardando as posições diárias. As receitas são apropriadas de acordo
com o percentual de conclusão das fases. Para confirmar a veracidade da contabilização das receitas, deve o
auditor externo:

(A) aceitar a posição apresentada pela empresa, visto não ter como verificar a veracidade da apropriação da
receita.
(B) solicitar à empresa a retenção das informações para sua revisão ou efetuar a revisão no período em que as
informações estiverem disponíveis.
(C) invalidar a auditoria dos valores registrados em receita, em função de não ter como evidenciar a veracidade.
(D) limitar o escopo do trabalho, uma vez que não são possíveis trabalhos alternativos para validação, nem
procedimentos alternativos.
(E) recusar os trabalhos de auditoria, exigindo a mudança nos controles internos e o arquivamento da posição
diária de todos os projetos, independente do custo proporcionado.
Resolução:
O auditor não deve rejeitar ou aceitar nada a priori. Deve fazer uma avaliação crítica da evidência. É preciso fazer
testes. Se os dados são descartados, o razoável é o contido na letra B. Se em hipótese alguma for possível fazer os
testes nas receitas, ai o auditor pode avaliar os efeitos em seu relatório.
Resposta B

52. FCC- AFTM São Paulo/2012

O auditor, ao avaliar os ativos financeiros da empresa ManagerRisk S.A., constata que uma aplicação financeira
que seria mantida até o vencimento foi resgatada parcialmente durante a vigência. O auditor verifica a forma de
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valoração do ativo efetuada pela empresa e evidencia que a empresa está apropriando o valor dos rendimentos
pelo custo amortizado. Nessa situação, o auditor deve

(A) determinar que o valor da baixa parcial seja feito pelo valor de custo e alterar o critério para valor justo para o
valor residual da aplicação.

(B) validar o registro, uma vez que o reconhecimento do valor dos ativos financeiros mantidos até o vencimento
deve ser efetuado pelo custo amortizado.

(C) aceitar o registro, uma vez que o reconhecimento do valor dos ativos financeiros, ainda que resgatado
antecipadamente, deve ser efetuado pelo valor justo representado pelo valor do custo amortizado.

(D) recomendar o ajuste na contabilidade, em decorrência da mudança das intenções com relação ao ativo,
reconhecendo-o pelo valor justo.

(E) estabelecer que o valor da baixa parcial seja feito pelo valor justo e manter o critério de custo amortizado para
o valor residual da aplicação.

Resolução:

De acordo com o CPC 38, tais ativos deveriam estar sendo avaliados pelo valor justo. Logo, o auditor deve indicar
à administração da entidade a necessidade de promover os ajustes necessários no registro, sob pena de impactar
o relatório de opinião do auditor.

A questão exigiu profundo conhecimento de contabilidade apesar se tratar da disciplina auditoria. Fundamenta a
conclusão, o disposto no CPC 38 abaixo:

43. Quando um ativo financeiro ou um passivo financeiro é inicialmente reconhecido, a entidade deve
mensurá-lo pelo seu valor justo mais, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja pelo
valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou
emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro.
(...)
44. Quando a entidade usa a contabilização pela data de liquidação para um ativo que é posteriormente
mensurado pelo custo ou pelo custo amortizado, o ativo é reconhecido inicialmente pelo seu valor justo na
data da negociação (ver o Apêndice A, itens AG53 a AG56).
(...)
46. Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar os ativos financeiros, incluindo os derivativos
que sejam ativos, pelos seus valores justos sem nenhuma dedução dos custos de transação em que possa
incorrer na venda ou em outra alienação, exceto quanto aos seguintes ativos financeiros:
empréstimos e contas a receber conforme definidos no item 9, que devem ser mensurados pelo custo
amortizado usando o método dos juros efetivos;
investimentos mantidos até o vencimento conforme definidos no item 9, que devem ser medidos pelo custo
amortizado usando o método dos juros efetivos; e
investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham preço de mercado cotado em mercado ativo
e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido e derivativos que estejam ligados a e devam ser
liquidados pela entrega desses instrumentos patrimoniais não cotados, os quais devem ser medidos pelo
custo (ver o Apêndice A, itens AG80 e AG81).

Resposta D
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Auditoria

53. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa Control Service S.A. foi constituída em novembro de 2011. Como é uma empresa de alta tecnologia
imediatamente fechou dez contratos para pagamentos em três parcelas, com vencimento da primeira parcela
para 30 de janeiro de 2012, no valor de R$ 24.000.000,00. Seus contratantes, com o objetivo de prestar contas a
matriz, da utilização do orçamento previsto para 2011 solicitaram que a empresa Control faturasse 100% das
parcelas em dezembro de 2011. O cronograma da prestação dos serviços estava previsto para ser executado em
12 meses, a iniciar em 01 de janeiro de 2012. Dessa forma, para que o auditor externo valide as demonstrações
financeiras de 2011, a empresa deverá registrar o fato a:
A) D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Receitas de Vendas R$ 24.000.000,00
B) D: Banco R$ 24.000.000,00
C: Ajustes Patrimoniais R$ 24.000.000,00
C)D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Receitas de Vendas R$ 1.000.000,00
C: Receitas de Vendas Diferidas R$ 23.000.000,00
D)D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Adiantamento de Clientes R$ 24.000.000,00
E)D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Receitas de Vendas R$ 8.000.000,00
C: Receitas de Vendas Diferidas R$ 16.000.000,00
Resolução:
A operação que se vislumbra é de um faturamento antecipado. O contratante concordou em antecipar o
pagamento em 2011, dos serviços/produtos que serão recebidos em 2012. A Control Service emitirá sua nota
fiscal/fatura sem que os produtos/serviços tenham sido entregues ao contratante. No faturamento antecipado
temos um compromisso de venda, sem um custo respectivo até então. O custo da venda será reconhecido por
ocasião da entrega dos produtos/serviços.

Como temos um “compromisso”, a receita das vendas será reconhecida quando da entrega dos produtos/serviços.

O lançamento inicial com o qual respondemos a questão é:

D – Bancos – 24.000.000 (Ativo Circulante)

C - Adiantamentos de Clientes – 24.000.000 (Passivo Circulante)

A partir de 2012 os lançamentos seriam, por competência, na medida do compromisso de venda cumprido:
D – Adiantamentos de Clientes
C - Receitas
Resposta D

54. FCC- AFTM-São Paulo/2007


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O lucro líquido do exercício de 2005 da Cia. Belo Horizonte foi de R$ 300.000,00. O patrimônio líquido da
companhia, já computado esse resultado, era de R$ 1.100.000,00. Ao ser efetuada a auditoria externa, constatou-
se que a sociedade tinha deixado de constituir a reserva legal no exercício em curso. Em 31.12.2004, o saldo credor
dessa reserva era de R$ 215.000,00. Após o lançamento do ajuste sugerido pelo auditor, de acordo com normas
vigentes, a reserva legal foi acrescida da importância correspondente a, em R$:

(A) 15.000,00

(B) 12.500,00

(C) 10.000,00

(D) 7.500,00

(E) 5.000,00

Resolução:

A questão exige sólidos conhecimentos de contabilidade, apesar de ter sida exigida dentro da prova de auditoria.
Precisamos conhecer as regras pertinentes ao cálculo da reserva legal (RL), especialmente seus limites.

Vejamos: O limite da RL é, de forma concomitante, 20% do PL e 5% do lucro líquido do exercício (LL).

LEI 6404/76
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra
destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva,
acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por
cento) do capital social.

Calculemos os limites:

20% x PL = 0,2 x1.100.000 = 220.000

5% x LL = 0,05 x 300.000 = 15.000

Considerando que o saldo anterior desta reserva já é de 215.000, para atingir o limite de 20% do PL bastaria
acrescentar mais 5.000. Logo, não seria necessário adicionar os 15.000 calculados ( 5% do LL) por força do limite
global atingido.

Resposta E

55. FCC- AFTM-São Paulo/2007

No curso de auditoria externa realizada na Cia. Novo Hamburgo foram constatadas as seguintes irregularidades:

(1) − Registro incorreto de gastos de manutenção do Ativo Imobilizado (Ativo não circulante) de R$ 30.000,00
como despesas, em vez de acréscimo ao valor dos bens.

(2) − Insuficiência na constituição da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa no valor de R$ 17.000,00.

(3) − Falta de registro contábil de duplicatas já pagas, mantidas incorretamente no Passivo Circulante, no valor de
R$ 28.000,00.
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(4) − Falta de registro de adiantamento a empregados no valor de R$ 6.000,00.

Efetuados os lançamentos de ajuste para sanar tais irregularidades, recomendados pelo auditor, o resultado da
companhia

(A) diminuiu R$ 21.000,00.

(B) diminuiu R$ 15.000,00.

(C) permaneceu inalterado.

(D) aumentou R$ 13.000,00.

(E) aumentou R$ 7.000,00.

Resolução:

Basta identificarmos os ajustes que interferem no resultado.

(1). Interfere no resultado. Devemos providenciar o estorno da despesa de 30.000 para lançamento correto a conta
do Ativo.

(2) Interfere no resultado. Necessário complementar a provisão cuja contrapartida é a conta de despesas no valor
17.000

(3) Não interfere no resultado. Apenas nas contas de patrimoniais.

(4) Não interfere no resultado. Adiantamento a empregados é conta de ativo com contrapartida a caixa/bancos.

Logo o resultado deve ser ajustado com:

(-)Despesa (02)...... ...................(17.000)

(+)Estorno da despesa (01)............ 30.000

(=)Saldo a crédito.........................13.000

Logo, o resultado aumentou em 13.000.


Resposta D

56. FCC-TJ-PI-Analista Jud-adaptada/2009

De acordo com as NBC TAs do Conselho Federal de Contabilidade, que trata das normas da auditoria
independente das demonstrações contábeis, é correto afirmar:

(A) A continuidade normal das atividades da entidade deve ser pressuposta pelo auditor em função do princípio
contábil da continuidade, tornando desnecessária a análise de fatores de risco que possam comprometer essa
premissa.

(B) As estimativas contábeis são de responsabilidade exclusiva do auditor e baseiam-se em fatores objetivos e
subjetivos, devendo a administração da entidade acatar integralmente o julgamento do auditor, sob pena deste
emitir parecer com abstenção de opinião ou adverso.

(C) A carta de responsabilidade da administração quanto às informações e dados e à preparação e apresentação


das demonstrações contábeis submetidas aos exames de auditoria deve ser emitida com a data mais próxima
quanto possível do relatório do auditor sobre as referidas demonstrações.
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(D) O auditor deve adotar procedimentos para assegurar- se que todas as contingências passivas foram
identificadas e adequadamente mensuradas pela administração da entidade na elaboração das demonstrações
contábeis, sendo desnecessário o mesmo procedimento em relação às contingências ativas.

(E) No programa de trabalho para exame dos sistemas de processamento eletrônico de dados (PED), não há
necessidade de o auditor incluir o exame da segurança dos sistemas adotados pela entidade, já que estes são de
exclusiva responsabilidade da administração.

Resolução:

Letra A- Falso. Em relação a continuidade, o auditor tem a seguinte responsabilidade, de acordo com a norma
vigente atualmente ( 2018).

NBC TA 570,6
As responsabilidades do auditor são as de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação
à, e concluir sobre a, adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional
na elaboração das demonstrações contábeis e concluir, com base na evidência de auditoria obtida, se existe
incerteza relevante sobre a capacidade de continuidade operacional da entidade. Essas responsabilidades
existem mesmo se a estrutura de relatório financeiro usada na elaboração das demonstrações contábeis
não incluir exigência explícita para que a administração faça avaliação específica da capacidade da
entidade de manter sua continuidade operacional.

Letra B- Falso. A responsabilidade em elaborar as estimativas é da administração da entidade.

Letra C- Verdadeiro

Letra D – Falso. Tudo que pode introduzir uma distorção relevante pode deve ser testado e obtido evidências
adequadas e suficientes. Os ativos contingentes não requerem registro. Isso não significa, contudo, que o auditor
deve desprezar o seu exame. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros
não esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. Um exemplo
é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, em que o desfecho seja
incerto.

CPC 25, 35
Os ativos contingentes são avaliados periodicamente para garantir que os desenvolvimentos sejam
apropriadamente refletidos nas demonstrações contábeis. Se for praticamente certo que ocorrerá uma
entrada de benefícios econômicos, o ativo e o correspondente ganho são reconhecidos nas demonstrações
contábeis do período em que ocorrer a mudança de estimativa. Se a entrada de benefícios econômicos se
tornar provável, a entidade divulga o ativo contingente

Letra E – Falso. É parte da auditoria entender como a entidade processa, captura e processa as informações
através de processamento eletrônico.
Resposta C

57. FCC – ICMS-SC/2018


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Considerando os procedimentos a serem utilizados por um Auditor Fiscal de ICMS do Estado de Santa Catarina,
visando à auditoria do grupo de contas de Fornecedores no Passivo, pode-se mencionar:

I. Obter a relação de fornecedores.

II . Obter a confirmação de saldos da conta contábil de fornecedores junto a estes (especialmente, se forem os
fornecedores localizados em Santa Catarina).

III . Contagem física do caixa em um determinado dia.

IV. Obter a relação de clientes.

Está correto o que se afirma APENAS em

A. I e II .

B. II e III .

C. I e IV.

D. I, III e IV.

E. II , III e IV.

Resolução:

Trata-se de um exame no Passivo. Fornecedores (passivo) tem relação com compras (estoques). Essas seriam as
contas primárias neste ciclo. Vejamos:

I – Certo. Fazer a circularização (confirmação externa) desses fornecedores ajudaria a confirmar a existência e
valoração das obrigações.

II – Errado. Contar o caixa ajudaria a formar opinião sobre os saldos das disponibilidades, logo não há relação como
ciclo analisado.

III – Errado. Clientes tem relação com vendas e duplicatas a receber. Não atende ao comando da questão.
Atenderia se fosse a relação de fornecedores ou de contas a pagar, por exemplo.

Resolução: A

58. A FCC – ICMS-SC/2018

A auditoria contábil oferece um conjunto de técnicas de extrema relevância e com aplicação prática para as
fiscalizações tributárias promovidas pelos Fiscos, não só no âmbito do Imposto de Renda, mas também na esfera
da tributação estadual, notadamente na fiscalização do ICMS. Nesse sentido, considere as seguintes contas:

I. Estoques.

II . Caixa.

III . Ativo Imobilizado.

IV. Devolução de vendas.

V. Devolução de compras.

VI. Fornecedores.

Para a auditoria fiscal de ICMS, deveriam ser analisadas as contas

A. I, IV e V, apenas.
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B. II , V e VI, apenas.

C. II e III , apenas.

D. I, III , IV, V e VI, apenas.

E. I, II , III , IV, V e VI.

Resolução:

Devemos pensar nas contas que são movimentadas neste ciclo:

O ICMS pode ser a recuperar- Ativo -, ICMS a pagar - passivo -, Despesa de ICMS - resultado -.

Agora devemos pensar naquilo que gera os créditos e débitos do imposto: As compras e vendas de mercadorias.

Então temos a formação dos estoques -Ativo-, em razão das compras e desembolso de recursos - Caixa - ou criação
de passivos com fornecedores.

Com um pouquinho de conhecimento de legislação do ICMS, sabemos que são gerados créditos também no Ativo
permanente, em algumas circunstâncias. Isso atrai o interesse do imobilizado.

Por fim, promovemos as vendas das mercadorias.

Assim, todas as contas citadas fazem parte deste ciclo de negócio.


Resposta: E

59. FCC-SEFAZ-SC/2018

Dentre as técnicas mais usuais de auditoria contábil e fiscal, pode-se mencionar o Exame e Contagem Física. É um
procedimento de auditoria utilizado para as contas do

A. Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em identificar fisicamente (in loco) o bem
declarado no Balanço Patrimonial.

B. Ativo (por exemplo: dinheiro, estoques, ativo imobilizado), que consiste em identificar fisicamente (in loco) o
bem declarado no Balanço Patrimonial.

C. Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em realizar a confirmação de contas a pagar
e proceder a exames de pagamentos subsequentes.

D. Ativo (especificamente da Conta de Investimentos), que consiste em auditar o cálculo do resultado da


equivalência patrimonial.

E. Ativo relativos a bens intangíveis (por exemplo: marcas e patentes). que consiste em identificar apenas
documentalmente os bens declarados no Balanço Patrimonial.

Resolução:
É possível examinar aquilo que é documentado ou tem tangibilidade. Assim, temos o exame físico e o exame
documental. Já a contagem física só pode ser aplicada em itens que existem fisicamente como estoques, dinheiro
etc. Vejamos:
A – Errado. Passivos não são bens.
B – Certo
C – Errado. A assertiva menciona a confirmação. Procedimento diverso do comando da questão.
D-Errado. Assertiva descreve o recálculo.
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E – Errado. Não é possível contar algo intangível como marcas e patentes.


Resposta: B

60. FCC-SEFAZ-SP/2010

Na auditoria das contas de resultados, NÃO se aplica a diagramação da trilha de auditoria para as operações de
A. acumulação por centro de custo.
B. apropriação dos custos diretos.
C. transferências de despesas.
D. rateios por produto.
E. ajustes dos ativos.
Resolução:
Trilha de auditoria é o caminho percorrido pela informação , da entrada, registro, processamento, até chegar às
demonstrações contábeis. Praticamente toda transação é rastreável em razão dos documentos, autorizações,
processamento em sistemas de TI etc. Até mesmo operações com origem 100% digital são rastreáveis por meio
de logs etc.
Para responder à questão, bastava saber que ajustes dos Ativos não são, em princípio, contas de resultado, embora
as suas contrapartidas possam ser. Parece que foi esse o motivo de a Banca ter escolhido a letra E.
Resposta E

61. FCC – DPE-SP – Contador/2010

No processo de realização dos trabalhos de auditoria, o auditor externo constatou que a empresa estava com o
Patrimônio Líquido Negativo, perda do principal fornecedor durante o ano e incapacidade de obtenção de
financiamentos para o negócio. Pode-se afirmar que esses indicadores de continuidade são, respectivamente,
classificados com indicadores:
(A) financeiro, financeiro e financeiro.
(B) financeiro, operacional e financeiro.
(C) financeiro, operacional e operacional.
(D) operacional, financeiro e operacional.
(E) operacional, operacional e operacional.
Resolução:
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Resposta B

62. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa Delta Petróleo S.A. está encerrando, em fevereiro de 2012, o processo de auditoria de suas
demonstrações financeiras pertinentes ao ano de 2011. Os trabalhos da auditoria estão em fase de finalização e a
empresa informa ao mercado a ocorrência de um grande vazamento que afetará a continuidade de suas operações
no Brasil, uma vez que a multa recebida inviabiliza a empresa.
Nesse caso, o auditor deve
(A) emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião por não ter tempo hábil para reconduzir a auditoria para
uma demonstração financeira pelos critérios de realização dos ativos e passivos.
(B) manter o seu relatório de auditoria, evidenciando em notas explicativas a descontinuidade.
(C) abster-se de emitir opinião, uma vez que conjunturalmente a situação da empresa se modificou, alterando todo
o planejamento da auditoria.
(D) ressalvar o parecer, evidenciando a possibilidade de descontinuidade e mantendo as demonstrações
financeiras.
(E) exigir da empresa a elaboração de demonstrações contábeis específicas para atender às demonstrações
exigidas nessa situação de descontinuidade.

Resolução:
Letra A- Falso. O auditor está com acesso às informações e evidências para opinar. Não há motivos para abster-
se de opinar.
Letra B-Falso. Notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. São elaboradas pela
entidade e não pelo auditor.
Letra C- Falso, conforme mesmo fundamento da letra A.
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Letra D- Falso. As demonstrações contábeis em uma base de descontinuidade diferem nos critérios de
reconhecimento dos ativos e passivos quando supõe-se a continuidade normal dos negócios. Logo, haverá
distorções relevantes e generalizadas que tornarão imprestáveis as DC anteriores.
Letra E- Verdadeiro. O auditor deverá solicitar à entidade que faça os ajustes nas DC em uma base de
descontinuidade. Se não for atendido isso refletirá em sua opinião.

NBC TA 560, 6
O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações
contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas
demonstrações contábeis foram identificados.

Resposta E

63. FCC- AFTM-São Paulo/2007

No exame das demonstrações contábeis de uma entidade, o risco de continuidade normal das atividades desta
deve ser objeto de atenção dos auditores independentes. É um dos indicadores desse risco:

a) passivo exigível em valor superior ao do patrimônio líquido.

b) existência de empréstimos e financiamentos de curto prazo para financiar o giro.

c) índices financeiros adversos de forma contínua.

d) investimento operacional em giro negativo.

e) flutuações cíclicas do resultado em função de sazonalidade das vendas.

Resolução:

Principais índices financeiros adversos conforme a NBC TA 570 são indicadores de risco para a continuidade
operacional. Vejamos as outras alternativas:

Letra A: Não é sinal de anormalidade ter o passivo maior que o PL. Imagine a seguinte situação patrimonial (A-
P=PL):

Veja que essa empresa tem um bom índice de liquidez (A/P) de 1,25 apesar de ter o Passivo maior que o PL. Um
indicador plausível para por em dúvida a continuidade seria o Passivo a descoberto (patrimônio líquido negativo).

Letra B: Tal fato, por si só, não indica risco de não continuidade operacional. Ter dívidas de curto prazo faz parte
da rotina das empesas.
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Letra D: Perdas em investimentos, por si só, não dão causa a um efetivo risco quanto à continuidade operacional.
Teria que ser algo generalizado.

Letra E: Faz parte da rotina das empresas vender ou produzir mais ou menos conforme a época do ano. É uma
situação normal.

Resposta C

64. FCC-TRT 19-Analista Jud/2013

A empresa Union S.A. após ter publicado suas demonstrações contábeis e o relatório de auditoria externa
percebeu que o inventário físico de bens patrimoniais, encerrado após a publicação das demonstrações, constatou
a necessidade de contabilizar a baixa de R$ 4.500.000,00 de bens que já não tinham mais utilidade ou condições
de uso e estavam registrados no Ativo Imobilizado. A direção determinou a abertura das demonstrações e a
contabilização dos ajustes. O ajuste, representa do lucro líquido 50%. Nestas condições, deve o auditor externo

(A) divulgar ao mercado que seus trabalhos foram realizados até data anterior aos novos fatos e as demonstrações
contábeis, juntamente com o respectivo relatório foram emitidos com os fatos apresenta dos até esta data.
(B) executar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações e emitir relatório restrito
à Administração sobre potenciais reflexos, cabendo a Administração decidir se deve republicar as demonstrações
e o novo relatório de auditoria.
(C) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações, revisar as providências
tomadas pela Administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente
com o respectivo relatório foram informados da situação e, se necessário, apresentar novo relatório de auditoria.
(D) restringir-se aos trabalhos executados no período entre o início dos trabalhos e a divulgação das
demonstrações contábeis, sendo de responsabilidade da Administração da Empresa o não reconhecimento dos
fatos tempestivamente.
(E) emitir comunicado ao mercado que os trabalhos foram executados conforme informações apresentadas pela
empresa e que não foi possível refazer os trabalhos em função da empresa não ter concordado com a
complementação de honorários para execução do trabalho complementar.
Resolução:
Veremos na norma que trata de eventos subsequentes, em sua literalidade, a resposta.

NBC TA 560, 14.


Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente não tem obrigação de executar
nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis. Entretanto, se, após a
divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente tomar conhecimento de fato que, se
fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu
relatório, o auditor independente deve:
(a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis.
15. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve
(a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações;
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(b) revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que receberam as
demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam
informados da situação;

Resposta C

65. FCC -TRT 15-Analista Jud/2013

A empresa Solution S.A. tem faturado nos últimos três anos, R$ 3.000.000,00 por mês. Em dezembro de 2012
perdeu o cliente Evolution S.A., que mantinha compras anuais de R$ 4.500.000,00. Divulgou para o mercado, em
dezembro de 2012, em suas projeções, que terá crescimento nos próximos 5 anos de 15%. O departamento
comercial apresentou informações para os usuários internos da empresa Solution, afirmando que não há
expectativas de mudança nas vendas. Diante dos fatos apresentados as demonstrações contábeis de:

(A) 2012 estão afetadas de forma material.

(B) 2013 estão afetadas de forma material.

(C) 2012 estão afetadas pela relevância.

(D) 2012 e 2013 não sofrem influência ou impacto.

(E) 2012 e 2013 estão afetadas pela materialidade dos fatos.

Resolução:
Não há distorções nas demonstrações contábeis pelo simples fato de perder um cliente. Poderá haver, entretanto,
riscos de continuidade se esse cliente é fundamental para os negócios e vida da empresa. Em uma análise
superficial, constatamos que a empresa fatura R$ 36.000 mil/ano, mas perderá um cliente que faz compras de
4.500 mil/ano. No mínimo, continuará faturando 31.500 mil/ano, o que representa uma perda suportável. Ademais,
apesar da perda do cliente, as expectativas são de acréscimo no faturamento em 15%. Logo, não há elementos
que remeta ao risco de continuidade.
Resposta D

66. FCC-TJ-PI-Analista Jud-adaptada/2009


Após a data de emissão de seu parecer sem ressalva, mas antes da divulgação das demonstrações contábeis, o
auditor toma conhecimento de um fato que possa afetar de maneira relevante as demonstrações contábeis e ele
decide que estas devam ser revisadas pela administração. Então,
(A) caso a administração concorde em revisar as demonstrações contábeis em consonância com a opinião do
auditor, ele está dispensado de emitir um novo parecer de auditoria sobre as demonstrações contábeis revisadas.
(B) caso a administração decida não alterar as demonstrações contábeis, ele deve emitir um novo parecer
descrevendo o fato no parágrafo de opinião, mas esse novo parecer continuará sendo considerado sem ressalva.
(C) ele deve comunicar aos órgãos reguladores que o parecer emitido naquela data não tem validade legal,
independentemente ou não de a administração decidir modificar as demonstrações contábeis.
(D) ele deve emitir um comunicado público externando que, exceto pelo fato mencionado, sua opinião está
correta.
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Auditoria

(E) caso a administração concorde em revisar as demonstrações contábeis em consonância com a opinião do
auditor, ele poderá emitir um novo parecer com dupla data.
Resolução:

NBC TA 560, 10.


O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às
demonstrações contábeis após a data do seu relatório. Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas
antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se
fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele
deve:
(a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança;
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo;
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis.

Caso a administração altere as DC, o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas
circunstâncias da alteração; estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório e fornecer novo
relatório de auditoria sobre as DC alteradas. O novo relatório não deve ter data anterior à data de aprovação das
demonstrações contábeis alteradas.

NBC TA 560, 12
Se a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações
contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração e em que os
responsáveis pela aprovação das demonstrações contábeis não estão proibidos de restringir a aprovação a
essa alteração, o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes (...) a essa
alteração. Nesses casos, o auditor independente deve alterar o relatório para incluir data(*) adicional
restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os eventos
subsequentes estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis descritas na
respectiva nota explicativa

(*) em razão da data adicional, denomina-se dupla data.


Resposta E

67. FCC- SEFAZ-PI – Auditor/2015

Suponha que a Organização XYZ S.A. teve a data das demonstrações contábeis em 31/12/2013, a data da
aprovação dessas demonstrações em 25/01/2014, a data de relatório do auditor em 25/02/2014 e a data
programada para a divulgação das demonstrações em 25/03/2014 e que, no segundo período de eventos
subsequentes, uma ocorrência que se tivesse chegado a conhecimento dos auditores após a data do relatório
poderia levar o auditor a modificar seu parecer e que, diante da relevância do evento, os membros da governança
decidissem alterar as Demonstrações Contábeis. Neste caso,
(A) não se espera que o auditor execute procedimentos adicionais de auditoria para assuntos para os quais os
procedimentos de auditoria anteriormente aplicados tenham fornecido conclusões insatisfatórias.
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(B) o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes do primeiro período, caso a
legislação não proíba a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento
ou eventos subsequentes que causaram essa alteração e que os responsáveis pela aprovação das demonstrações
contábeis não estejam proibidos de restringir a aprovação a essa alteração.
(C) o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração, estender os
procedimentos até a data do novo relatório e fornecer novo relatório sobre as demonstrações contábeis alteradas.
(D) o auditor deve solicitar à administração ou membros da governança, uma representação formal de que todos
os eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis que requerem ajuste ou divulgação sejam ajustados
e divulgados, intempestivamente.
(E) o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às
demonstrações contábeis após a data do seu relatório.

Resolução:
O auditor não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações
contábeis após a data do seu relatório e antes da divulgação das demonstrações contábeis. Mas se tomar
conhecimento de eventos subsequentes que poderiam ter levado a modificar seu relatório deve discutir com a
administração e determinar se devem ser alteradas as demonstrações contábeis. Se sim, deve indagar a
administração como pretende tratar o assunto.
Observe que é a administração quem decide se vai refazer as demonstrações contábeis, exceto se houver
determinação legal. Se a administração refizer as demonstrações contábeis o auditor aplica novos procedimentos
e emite novo relatório de auditoria sobre as demonstrações já alteradas.
Resposta C

68. FCC- AFTM-São Paulo/2007

Considere as afirmações a seguir, relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a
que se referem as demonstrações contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente relevante.
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo
auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo parecer.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-
los, como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer.
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
Resolução
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Item I- Falso. Mais importante do que decorar circunstâncias que se configuram eventos subsequentes, é mais
proveitoso entender a lógica. Eventos subsequentes –ES de interesse do auditor são aqueles eventos ocorridos
após as DC que podem influenciar decisões ou modificar o patrimônio da entidade de forma relevante, ou ainda
pode impactar na continuidade operacional. A emissão de debentures modifica o caixa, a estrutura de
financiamento, poderá ter desdobramentos mais complexos como a conversibilidade em ações. Logo é algo que
interessa ao auditor.
Veja algumas circunstâncias que o auditor deve indagar a administração para identificar ES.

NBC TA 560, A9
se foram celebrados novos compromissos, empréstimos ou garantias;
se foram feitas ou estão planejadas vendas ou aquisições de ativos;
se houve aumentos de capital ou emissão de instrumentos de dívida, como a emissão de novas ações ou
debêntures, ou se foi feito ou está planejado um acordo de fusão ou de liquidação
se algum ativo foi apropriado pelo governo ou destruído, por exemplo, em decorrência de incêndio ou
inundação;
se houve algum fato novo relacionado a contingências;
se foi feito ou contemplado algum ajuste contábil não usual;
se ocorreu ou é provável que ocorra algum evento que levantará a questão da adequação das políticas
contábeis utilizadas nas demonstrações contábeis, como seria o caso, por

Item II- Falso. Devem ser considerados pelo auditor e ele poderá emitir sim um novo relatório ou um relatório com
dupla data em alguns casos.
Item III-Verdadeiro.
Item IV- Verdadeiro. Conforme explicado no Item I e citado na NBC TA 560, A9.
Resposta E

69. FCC-ISS São José do Rio Preto – SP/2019


Pelas normas de auditoria, os chamados "eventos subsequentes",
A. caracterizados por sucederem a data das demonstrações contábeis sujeitas à auditoria, não devem produzir
qualquer resultado no parecer de auditoria.
B. se chegarem ao conhecimento do auditor antes da divulgação das demonstrações contábeis, reclamam que ele
determine se as demonstrações precisam ser alteradas.
C. não possuem normas a eles dedicadas embora a doutrina os tenha estudado,
D. caracterizados por sucederem a data da emissão do parecer de auditoria, não conduzem a qualquer ação do
auditor.
E. se verificados, reclamam a anulação das demonstrações contábeis.
Resolução:
Eventos subsequentes-ES são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório
do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu
relatório.
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Conforme seja o momento dos ES (01, 02, 03) teremos as seguintes providências).

Resposta: B

70. FCC-TRT 15-Analista Jud/2013

NÃO é um indicador de possível tendenciosidade da Administração, com relação a estimativas contábeis:


(A) mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração da demonstração contábil, quando a
Administração fez uma avaliação subjetiva de que houve mudança nas circunstâncias.
(B) utilização das premissas da própria entidade para estimativas contábeis do valor justo, quando eles são
inconsistentes com premissas do mercado observáveis.
(C) seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma estimativa pontual favorável para os
objetivos da Administração.
(D) dimensionamento da provisão para contingências tributárias fundamentada na posição de probabilidade de
sucesso dos processos apresentada pelos advogados da empresa.
(E) seleção de estimativa pontual, que pode indicar um padrão de otimismo ou pessimismo.
Resolução:
Letra A- Há tendenciosidade.

NBC TA 540, A117


Quando a administração mudou uma estimativa contábil ou o método de elaboração em relação ao período
anterior com base em avaliação subjetiva de que houve mudança nas circunstâncias, o auditor pode
concluir com base na evidência de auditoria que a estimativa contábil apresenta distorção em decorrência
de mudança arbitrária pela administração, ou considerá-la um indicador de possível tendenciosidade da
administração
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Letra B- Há tendenciosidade. Estimativas contábeis do valor justo para as quais é usado modelo altamente
especializado desenvolvido para a entidade ou existem premissas ou dados que não podem ser observados no
mercado trazem elevado nível de incerteza.
Por sua vez, estimativa contábil do valor justo onde o método de mensuração determinado pela estrutura de
relatório financeiro aplicável é simples e facilmente aplicado ao ativo ou passivo que requer mensuração do valor
justo traz pouca incerteza na estimativa.
Letra C- Há tendenciosidade. A estimativa deve ser neutra, sem viés positivo ou negativo.
Letra D- Certo. As estimativas decorrentes de litígios são de difícil mensuração. A opinião dos advogados é
fundamental para mensurar a estimativa. Não há tendenciosidade em se aconselhar-se tecnicamente com os
advogados acerca dos litígios.
O auditor pode considerar a indagação dos consultores legais da entidade sobre a existência de litígios e processos
e se a avaliação da administração sobre os resultados desses processos é razoável e se as implicações financeiras
foram adequadamente estimadas.
Letra E- Há tendenciosidade. A estimativa deve ser neutra, sem viés positivo ou negativo.
Resposta D
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Lista de questões
1. FCC-TRT 19-Analista Jud/2014

Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu as informações consignadas nos papéis de trabalho e concluiu que
as informações coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor evidência alcançável por meio das técnicas
que utilizou. Essas informações são classificadas como

(A) suficientes.

(B) adequadas.

(C) relevantes.

(D) úteis.

(E) concretas.

2. FCC-TRT 19-Analista Jud/2013

O auditor da empresa Seringueira S.A. elaborou exame seletivo nas notas fiscais emitidas, para confirmação do
saldo de Contas a Receber e da Receita do período.

Referido procedimento

(A) é suficiente para confirmação dos saldos, por expressar o perfil da população inteira.

(B) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria.

(C) não é um meio eficiente de obter evidência de auditoria.

(D) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem ser projetados para a população inteira.

(E) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo vedada a utilização.

3. FCC-TCE-PI-AFCE/2014

Em relação às evidências de auditoria é correto afirmar que

(A) a suficiência da evidência é a medida da sua qualidade.

(B) a adequação da evidência é a medida da sua quantidade.

(C) a adequação da evidência é a medida da sua qualidade.

(D) evidências obtidas de fontes externas e internas são igualmente confiáveis.

(E) evidências documentais e orais são igualmente confiáveis.

4. FCC-AFTE-PE/2014

Contratado para realizar auditoria nas demonstrações contábeis da empresa Queijos Coalho S/A, o auditor para
obter segurança razoável e reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e possibilitar alcançar conclusões
razoáveis e nelas basear a sua opinião deve

(A) realizar a auditoria de acordo com os procedimentos definidos.

(B) avaliar o controle interno.

(C) elaborar os papeis de trabalho de acordo com os procedimentos de auditoria.


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(D) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.

(E) planejar os trabalhos de auditoria tomando por base o resultado de auditorias anteriores.

5. FCC – Manausprev - Analista Previdenciário/2015

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade − NBC TAs, a evidência de auditoria para a obtenção de
conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida, entre outros, pela

(A) execução de procedimentos de avaliação de riscos.

(B) elaboração do planejamento de auditoria das demonstrações contábeis.

(C) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para registro nos papeis de trabalho
da auditoria das demonstrações contábeis.

(D) confirmação do cumprimento, pela entidade, das determinações realizadas em relatórios de auditorias das
demonstrações contábeis de exercícios anteriores.

(E) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para constar no relatório de
auditoria das demonstrações contábeis.

6. FCC – ACE – TCE-CE/2015

A Companhia de Distribuição de Alimentos do Nordeste, por exigências legais, contratou o auditor independente
para realizar a auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014. Com relação à documentação de
auditoria, nos termos das NBC TAs, o objetivo do auditor é preparar documentação que forneça

(A) evidência de que o auditor aplicou procedimentos de auditoria necessários e suficientes para detectar possíveis
fraudes na empresa.

(B) segurança que as demonstrações contábeis estão livres de irregulares que possam comprometer a
credibilidade da empresa.

(C) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor, e evidências de que a auditoria foi
planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis.

(D) registro das causas e efeitos da falta de competitividade, quando houver, da empresa no mercado.

(E) evidência de que os trabalhos foram adequados ao objeto da auditoria e que o auditor é o responsável pela
prevenção e detecção de fraudes e erros.

7. FCC – ACI – São Luiz-MA/2015 (ajustada)

Nos termos das NBC TAs, as medidas da qualidade e da quantidade da evidência são, respectivamente,

(A) adequação e suficiência

(B) suficiência e abrangência.

(C) adequação e abrangência.

(D) adequação e plausibilidade.

(E) plausibilidade e adequação.


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8. FCC – ACI – São Luiz-MA/2015

Após a conferência dos cálculos referentes às demonstrações contábeis, o Auditor de Controle Interno verificou
diferença tanto nos valores como nas classificações de uma demonstração contábil relatada se comparada com a
exigida.

Essa diferença é denominada

(A) grau de erro.

(B) risco de auditoria.

(C) distorção.

(D) margem de erro.

(E) erro de relevância.

9. FCC - Auditor fiscal - Sefaz-MA/2016

Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam informações para
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas através de evidência de auditoria. Acerca da
evidência de auditoria é correto afirmar que

a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de auditoria executados.

b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria.

C) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria.

d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria.

e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo.

10. FCC – Copergás - Analista Contador/2016

Na auditoria realizada nas demonstrações contábeis da Companhia de Abastecimento de Alimentos Sólidos do


Estado, referente ao exercício de 2015, o Auditor independente utilizou informações para fundamentar suas
conclusões. Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade relacionadas à Auditoria – NBC TAs, tais informações
são denominadas de

a) testes de observância.

b) parecer de auditoria.

c) achados de auditoria.

d) evidências de auditoria.

e) papéis de trabalho.

11. FCC - PGE-MT - Contador/2016

Considere:

I. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na obtenção e avaliação das evidências
de auditoria.
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II. As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da administração
e informações que contradizem tais afirmações.

III. Em alguns casos, a ausência de informações, por exemplo, a recusa da administração de fornecer uma
representação solicitada, é usada pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de auditoria.

Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200) (R1), caracteriza
evidência de auditoria o que consta em

a) I, II e III.

b) I, apenas.

c) III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I e II, apenas.

12. FCC – ARSETE – Assistente - Pref Teresina/2016

Em uma auditoria, o Auditor corre o risco de expressar uma opinião inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante. Para reduzir o risco a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar
obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião, o Auditor deve

a) aplicar os procedimentos de auditoria previamente estabelecidos.

b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.

c) elaborar adequadamente os papéis de trabalho.

d) obter todas as informações e documentos necessários à realização da auditoria.

e) avaliar o controle interno da entidade, quanto a eficiência na prevenção de erros e fraudes nos registros
contábeis.

13. FCC – ISS Manaus/2019

A suficiência da evidência de auditoria

A. ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante, nunca ambos.

B. é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante.

C. não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela qualidade da evidência
de auditoria.

D. é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de
auditoria.

E. é afetada pela avaliação do auditor dos

14. FCC-SEFAZ-BA/2019

De acordo com a NBC TA 200 R1 , as evidências de auditoria


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A. constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo conhecimento, em
princípio, é compartilhado pela comunidade que interage com a entidade auditada e que, por isso mesmo,
dispensa referência e juntada de suporte documental próprio.

B. são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião,
sendo que as informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis estão
incluídas nas evidências de auditoria.

C. representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e obrigatório por todas as
pessoas, naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada
de suporte documental próprio, mas não a devida referência, quando for o caso.

D. são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório de auditoria, em
razão de sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem ficado evidenciadas nos papéis de trabalho
apresentados e compilados.

E. são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si mesmos, e que não
suscitam qualquer tipo de controvérsia.

15. FCC – DPE-SP – Contador/2013

Quando um Auditor confirma com o Banco do Sul SA o saldo disponível ao final do exercício, com a finalidade de
comprovar a exatidão dos registros contábeis, está realizando um teste

(A) substantivo.

(B) de evidência.

(C) de procedimentos.

(D) de confirmação.

(E) de observância.

16. FCC- AFTM São Paulo/2012

O auditor ao verificar na folha de pagamentos se as verbas pertinentes ao FGTS e INSS foram calculadas
adequadamente, atendendo a legislação trabalhista, realiza o procedimento de cálculo e

(A) inspeção.
(B) observação.

(C) indagação.

(D) investigação.

(E) fiscalização.

17. FCC- AFTM-São Paulo/2007

Os testes de observância têm por objetivo verificar se a entidade auditada

(A) cumpre a legislação que rege o ramo de atividade a que pertence.

(B) efetua corretamente o controle de qualidade de seus produtos.

(C) registra de forma adequada e com os valores corretos seus bens, direitos e obrigações para com terceiros.
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(D) dispõe de controles internos adequados em efetivo funcionamento e cumprimento.

(E) possui sistema contábil que produz dados exatos, precisos e tempestivos.

18. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013

Acerca dos procedimentos de auditoria, assinale a alternativa correta.

(A) O cálculo envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram
originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.

(B) A inspeção, como procedimento de auditoria, envolve o exame de registros ou documentos internos ou
externos.

(C) A confirmação, como procedimento de auditoria, envolve o exame de registros ou documentos somente
externos.

(D) A observação é ideal, quando o auditor deseja obter evidência sobre como ocorrerá a execução de determinado
processo ou procedimento.

(E) Não é permitido ao auditor combinar procedimentos de auditoria entre si, dado que, uma vez obtidas as
evidências, elas são suficientes por si sós.

19. FCC-TRT 19-Analista Jud/2014

Durante a auditoria, a equipe técnica responsável teve dúvida quanto à segurança de que os controles internos
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos
funcionários e administradores da entidade. Para a solução desse problema, é necessária a aplicação de testes

(A) de observância.

(B) substantivos.

(C) de evidência.

(D) confirmativos.

(E) de fidelidade.

20. FCC- INFRAERO-Analista Sup. II-Auditor/2011

Os testes que visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos
pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento são denominados testes

(A) de observância.

(B) de revisão analítica.

(C) substantivos.

(D) de aderência.

(E) formais de contingência.

21. FCC- INFRAERO-Analista Sup.II-Auditor/2009


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Considere as afirmações a seguir:

I. Quanto melhor o resultado dos testes de observância, maior o risco da auditoria.

II. Os procedimentos de revisão analítica fazem parte dos testes substantivos.

III. Em auditorias de contas a receber e a pagar, utiliza-se comumente o teste substantivo de confirmação.

IV. O auditor é responsável pela execução de procedimentos relativos a eventos subsequentes após a data de seu
parecer, independentemente de comunicação do fato pela entidade auditada.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

(B) I e IV.

(C) II e III.

(D) II e IV.

(E) III e IV.

22. FCC- TJ-SE-Analista Jud.-contabilidade/2009

Os testes efetuados pela auditoria que visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação
dos dados produzidos pelos sistemas contábeis e administrativos da entidade, denominam-se:

(A) substantivos.

(B) de observância.

(C) de correlação.

(D) diretos.

(E) indiretos.

23. FCC-TRE-AL-Analista Jud.- contabilidade/2010

Fazer com que empresa auditada envie cartas dirigidas para empresas com as quais mantenha relações de
negócios, solicitando que estas confirmem, em carta dirigida ao auditor, a situação desses negócios em
determinada data, se refere à aplicação da técnica de auditoria chamada de

(A) correlação.

(B) rastreamento.

(C) circularização.

(D) entrevistas.

(E) observação.

24. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013

No momento do procedimento de auditoria denominado Confirmação é correto afirmar que:


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(A) os procedimentos de confirmação externa se limitam a confirmar informações relativas a saldos contábeis e
seus elementos.
(B) a solicitação de confirmação é negativa, quando a solicitação de que a parte que confirma responde
diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as
informações solicitadas.
(C) uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação, por si só, não se enquadra na definição de confirmação
externa, porque não é uma resposta por escrito direta para o auditor.
(D) as confirmações positivas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações negativas.
(E) a administração não pode recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação.

25. FCC-TCE-RS-Auditor público externo/2013

Sobre os procedimentos analíticos, assinale a alternativa incorreta.

(A) Consiste exemplo dos procedimentos analíticos a ser utilizado pelo auditor informações comparáveis de
períodos anteriores.
(B) Significa a realização de avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre
dados financeiros e não financeiros.
(C) Caso os procedimentos analíticos executados de acordo com as normas brasileiras de contabilidade
identifiquem flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos
valores esperados de maneira significativa, o auditor poderá, por exemplo, examinar essas diferenças por meio de
indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da
administração.
(D) Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas, componentes
e elementos individuais de informação.
(E) Em relação às entidades do setor público, em termos da adoção de procedimentos analíticos, aplicam-se as
mesmas relações verificadas entre os itens individuais de demonstrações contábeis considerados na auditoria de
entidades do setor privado.

26. FCC-TRF 3-Analista Jud.-contabilidade/2014

Os procedimentos de auditoria interna constituem exames e investigações que permitem ao auditor interno obter
subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Para
tanto, pode aplicar testes que visam tanto a obtenção de razoável segurança de que os controles internos
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, como

a obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema de
informação da entidade. Esses testes são denominados, respectivamente,

(A) vistoria e substantivo.

(B) substantivo e vistoria.

(C) de observância e substantivo.

(D) substantivo e de observância.

(E) de observância e vistoria.


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27. FCC-TCE-PI-AFCE/2014

A constatação de que o objeto em exame apresenta total condição de uso é um dos requisitos que devem ser
atendidos quando aplicada a técnica de auditoria conhecida como

(A) inspeção física.

(B) análise documental.

(C) revisão analítica.

(D) confirmação.

(E) investigação.

28. FCC- SEFAZ-PI – Auditor/2015

Os procedimentos de auditoria que incluem testes para certificar-se da existência patrimonial, de direitos e
obrigações em determinada data, ocorrência das transações, da abrangência dos registros, da mensuração,
apresentação e divulgação em conformidade com as normas pertinentes, são testes de

(A) avaliação de riscos.

(B) revisão analítica.

(C) controle.

(D) observância.

(E) detalhes.

29. FCC-AFTE-PE/2014

Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Em havendo dúvida a respeito da confiabilidade das
informações ou indicações de possível fraude, nos termos das normas de auditoria − NBC TA, exige-se que o
auditor

(A) faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são
necessários para solucionar o assunto.

(B) comunique o fato à administração da empresa e suspenda os trabalhos de auditoria até que o assunto seja
solucionado.

(C) comunique o fato ao seu superior e aplique novos procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.

(D) solicite informações aos envolvidos com as possíveis fraudes ou falsificação de documentos e aplique novos
procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.

(E) amplie o escopo da auditoria e determine que modificações são necessárias no controle interno para solucionar
o assunto.

30. FCC-TRE-AL-Analista Jud.-contabilidade/2010

O procedimento efetuado quando da aplicação dos testes de observância, que compreende a verificação de
registros, documentos e ativos tangíveis, denomina-se:
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Auditoria

(A) Confirmação.

(B) Investigação.

(C) Observação.

(D) Inspeção.

(E) Correlação.

31. FCC - Analista Jud. - TRT 11/2017

Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por pessoa alheia e independente é um
procedimento de auditoria conhecido por

a) Inspeção.

b) Participação.

c) Avaliação.

d) Circularização.

e) Conferência.

32. FCC-TCE-CE-Analista de Controle Externo/2015

Um auditor independente está acompanhando pessoalmente os trabalhos da equipe de informática de uma


empresa na execução da configuração do acesso aos sistemas de informação financeiros e contábeis. Esse
procedimento básico é de

A. inspeção.

B. cálculo e recálculo.

C. indagação, investigação e confirmação.

D. observação.

E. revisão analítica.

33. FCC – Auditor - ISS Teresina/2016

A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela
execução de procedimentos de auditoria. O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma
de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o
procedimento de auditoria denominado

a) observação.

b) circularização.

c) investigação.

d) confirmação.

e) inspeção.

34. FCC-SANASA Campinas-Analista Administrativo – Contabilidade/2019


Prof. Arthur Leone
Auditoria

As evidências de auditoria devem ser apropriadas e suficientes. Dessa forma é de responsabilidade do Auditor a
execução de procedimentos de auditoria apropriados a cada circunstância em seu cotidiano profissional, tendo
como objetivo a obtenção de evidências adequadas e suficientes. NÃO é um procedimento para obtenção de
evidências de auditoria:

A. Procedimento de Avaliação de riscos.

B. Testes de Controle.

C. Procedimentos Substantivos.

D. Testes de detalhe.

E. Procedimentos de Avaliação de retorno.

35. FCC-SANASA Campinas-Analista Administrativo – Contabilidade/2019

Em relação aos Procedimentos Analíticos de Auditoria, considere:

I. Os métodos de procedimento analíticos são variáveis, podendo ser comparações simples e análises complexas
que utilizem métodos estatísticos.

II. Procedimentos analíticos são aplicáveis apenas em demonstrações contábeis de uma empresa e não de todo o
seu grupo.

III. Os procedimentos analíticos devem levar em consideração as informações de períodos anteriores que sejam
comparáveis.

Está correto o que consta APENAS de

A.II e III.

B. I e II.

C. I e III.

D. I.

E. III.

36. FCC – TCE-RS – APE/2018

Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se:

A. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelos sistemas de informação da entidade.

B. Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos.

C. Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela
Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento.

D. Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações perante pessoas
físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

E. Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na verificação de registros,
documentos e ativos tangíveis.

37. FCC-TRT - 2ª REGIÃO- Analista Judiciário/2018


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Auditoria

Sobre Auditoria, é correto afirmar:

A. Na execução dos trabalhos de auditoria somente se verificará a parte contábil e financeira. Isto para não ferir ao
Princípio da Partição dos Poderes, pois é responsabilidade do Judiciário verificar a parte orçamentária, operacional
e patrimonial.

B. A execução dos trabalhos de Auditoria Governamental deve ser realizada somente uma vez a cada três anos,
com a visita a ser realizada na organização para a confirmação de dados prévios à coleta documental.

C. O Exame Físico e a Confirmação ou Circularização são técnicas de auditoria a serem utilizadas na execução dos
trabalhos de auditoria para a formação de opinião do auditor que comprove a veracidade dos fatos observados.

D. O Relatório de Auditoria deve conter somente informações sobre o planejamento prévio. Em hipótese alguma
pode conter qualquer revelação sobre o resultado dos trabalhos de auditoria, pois estes são confidenciais e
protegidos por sigilo.

E. A Amostragem é uma técnica que não pode ser utilizada na Auditoria, pois ela não permite ao responsável
formar uma opinião adequada sobre o conjunto de registros que se está analisando.

38. FCC- DPE-AM/Analista em Gestão - Ciências Contábeis/2018

A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de
informação da entidade é o objetivo

A. dos testes de políticas públicas.

B. da auditoria operacional.

C. dos testes substantivos.

D. dos testes de observância.

E. dos testes de investigação e confirmação.

39. FCC-TCE-RS- Auditor Público Externo/2018

A evidência de auditoria ganha confiabilidade quando corroborada por fonte externa à entidade auditada. Sobre
tal procedimento de auditoria, conhecido como confirmação externa, é correto afirmar:

A. A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de confirmação.

B. Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por procedimentos
alternativos.

C. O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas.

D. O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas quanto dos segundos
pedidos, quando aplicável.

E. Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o resultado do
procedimento de confirmação seja relevante e confiável.

40. FCC-TJ-PI-Analista Jud/2009


Em 31/12/2008, o extrato bancário da conta corrente que a Cia. Delta mantém junto ao Banco Épsilon demonstrava
um saldo credor de R$ 47.600,00. Em sua escrituração contábil, o saldo da mesma conta corrente era devedor em
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R$ 45.530,00. O auditor independente, por meio da análise do extrato bancário, apurou os seguintes fatos não
registrados na contabilidade:
I. aviso de lançamento à débito, efetuado pelo banco, de R$ 680,00, relativo a contas de luz e de telefone;
II. aviso de lançamento à débito de R$ 2.000,00, em virtude de devolução de duplicata descontada por falta de
pagamento do sacado;
III. devolução de cheques de terceiros, depositados pela companhia, no valor de R$ 1.450,00, em virtude de
insuficiência de fundos;
IV. aviso de crédito de duplicata de emissão da companhia em cobrança no banco, no valor de R$ 4.500,00, mais
os juros pelo atraso no pagamento de R$ 200,00. No processo de conciliação bancária, o auditor verificou,
também, que havia cheques emitidos pela companhia, ainda não descontados junto ao banco, no valor de R$
2.700,00 e depósitos efetuados em cheque que ainda não tinham sido creditados na conta da sociedade pelo
banco, em virtude de sua compensação, no valor de R$ 1.200,00.
Logo, o saldo correto da mencionada conta corrente, em 31/12/2008, encontrado pelo auditor após a conciliação
bancária, é (em R$) igual a
(A) 46.500,00.

(B) 45.900,00.
(C) 46.100,00.

(D) 46.230,00.

(E) 45.750,00.

41. FCC- AFTM-São Paulo/2007

O saldo da conta corrente da entidade auditada no BancoMineiro do Sul S/A em 31.12.2005 era de R$ 158.000,00,
credor. Na mesma data, o saldo da mesma conta corrente na escrituração contábil da companhia era de R$
136.000,00, devedor. No procedimento de conciliação bancária, nessa mesma data, o auditor constatou que

− Os cheques de no 15 a 18, emitidos pela companhia, não haviam ainda sido apresentados ao banco, no valor total
de R$ 11.500,00.

− Houve cobrança de despesas bancárias no valor de R$ 1.200,00, não contabilizada pela companhia.

− A duplicata no 22, no valor de R$ 12.700,00, em cobrança no banco, havia sido paga pelo credor, sem que
houvesse sido registrado o fato na escrituração contábil da entidade.

− Um depósito de R$ 1.000,00, efetuado pela companhia, não havia ainda sido compensado.

Efetuados os ajustes correspondentes, o valor correto do saldo da conta corrente bancária da entidade é de, em
R$:

(A) 149.300,00

(B) 147.500,00

(C) 146.500,00

(D) 145.300,00

(E) 137.000,00
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42. FCC – DPE-SP – Contador/2013

A contagem de caixa e a comparação com o saldo final no livro razão, é exemplo de


(A) mecanismo de avaliação econômica de ativos.
(B) confronto dos ativos com os seus registros.
(C) teste de cumprimento de normas internas.
(D) controle de procedimentos de avaliação.
(E) mecanismo de avaliação de rotinas.

43. FCC-TRE-SE-Analista Jud.-contabilidade/2007

O auditor externo, ao analisar as contas da Empresa Alienauto S.A. Concessionária de Veículos, constata que, na
requisição de um automóvel para uso exclusivo da diretoria da empresa, o contador mantém o registro do referido
automóvel no Estoque. Assim, o auditor considera o saldo da conta de
(A) Veículos superavaliado, em decorrência do lançamento efetuado erroneamente.
(B) Veículos subavaliado, em decorrência do lançamento efetuado erroneamente.
(C) Estoques correto, em virtude de ser facultativa a contabilização tanto no estoque, como no imobilizado para
empresas deste ramo de negócio.
(D) Estoques correto, visto que o veículo pode vir a ser vendido pela empresa.
(E) Estoques errado, visto que referido veículo deveria estar registrado na conta de investimentos.

44. FCC- DPE-SP-Contador/2010

O auditor externo da empresa Ametista S.A. ao avaliar o valor dos estoques registrados nas demonstrações
contábeis e o valor dos custos dos produtos vendidos, constatou que estavam sendo consideradas perdas por
avaria e quebra de 10%. Ao verificar o processo produtivo e os estoques físicos não pode identificar os motivos que
estavam gerando o registro. O procedimento de auditoria que poderia colaborar na confirmação dos saldos e
quantidades seria
A. inventário.
B. segregação.
C. inspeção.
D. amostragem.
E. circularização.

45. FCC- AFTM São Paulo/2012


A empresa exportatudo S.A. tem em suas operações instrumentos financeiros derivativos de hedge de moeda para
cobertura de sua exposição cambial. Apesar de enquadrar- se na condição para contabilização pelo método de
hedge accounting não o aplica. Dessa forma, deve o auditor externo
(A) verificar se o procedimento está divulgado em nota explicativa e emitir relatório de auditoria sem ressalva, uma
vez que esse procedimento é opcional.
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(B) avaliar o impacto e verificar se o procedimento afeta representativamente o resultado, ressalvando o relatório
de auditoria.
(C) emitir relatório de auditoria, condicionando sua avaliação aos reflexos que o referido procedimento causaria às
demonstrações contábeis.
(D) abster-se de emitir opinião em virtude da relevância que o procedimento causa nas demonstrações contábeis
das empresas de forma geral.
(E) ressalvar e enfatizar, no relatório de auditoria, os efeitos que o referido procedimento causa às demonstrações
financeiras auditadas.

46. FCC – Copergás - Analista Contador/2016

A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando à renovação da frota, no exercício de


2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações contábeis da empresa, o Auditor ao examinar a
transação de compra dos ônibus, segundo as Normas Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento
de auditoria denominado

a) observação.

b) revisão.

c) materialidade.

d) avaliação.

e) inspeção.

47. FCC – DPE-SP – Contador/2010

No processo de revisão da conta de Despesas Antecipadas, relativa as demonstrações contábeis de dezembro de


2008, o auditor percebeu que uma apólice de seguro, contratada com vigência para 01 de julho de 2008 a 01 de
julho de 2009, com pagamento a vista não tinha sido apropriada. Dessa forma, pode-se afirmar que a conta de
(A) Seguros a Pagar está superavaliada.
(B) Despesa de Seguros está superavaliada.
(C) Despesa Antecipada está subavaliada.
(D) Despesa de Seguros está subavaliada.
(E) Seguros a Pagar está subavaliada.

48. FCC-COPERGAS-Analista contador/2010

A confirmação de terceiros é um procedimento que deve ser utilizado na auditoria da conta


(A) Tributos a Recolher.
(B) Fornecedores.
(C) Despesas Antecipadas.
(D) Depreciação Acumulada.
(E) Estoques.

49. FCC – DPE-SP – Contador/2013


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Em um teste para avaliar se há superavaliação, o Auditor deve


(A) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro razão.
(B) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis referentes ao registro inicial.
(C) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros intermediários.
(D) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final.
(E) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o documento-suporte da transação.

50. FCC-AFTE-PE/2014
Na realização de auditoria das Contas a Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a administração não
permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação externa de saldos, para obtenção de evidência de
auditoria. Nestas condições, entre outras medidas previstas nas normas de auditoria, deve o auditor
(A) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando providências para obtenção das informações
desejadas.
(B) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações de confirmações externas não foi
executado.
(C) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a confirmação dos saldos das duplicatas a receber
junto aos devedores.
(D) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e
confiável.
(E) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à solicitação de confirmação externa não foi
realizado.

51. FCC-TRT 19 - Analista Jud. /2013

A empresa Wiinfo S.A. elabora projetos de implementação de softwares fiscais. Os projetos são controlados por
sistema de acompanhamento de projetos, que controla as fases e as horas aplicadas. O sistema foi construído de
forma a dar a situação atual do projeto, não guardando as posições diárias. As receitas são apropriadas de acordo
com o percentual de conclusão das fases. Para confirmar a veracidade da contabilização das receitas, deve o
auditor externo:

(A) aceitar a posição apresentada pela empresa, visto não ter como verificar a veracidade da apropriação da
receita.
(B) solicitar à empresa a retenção das informações para sua revisão ou efetuar a revisão no período em que as
informações estiverem disponíveis.
(C) invalidar a auditoria dos valores registrados em receita, em função de não ter como evidenciar a veracidade.
(D) limitar o escopo do trabalho, uma vez que não são possíveis trabalhos alternativos para validação, nem
procedimentos alternativos.
(E) recusar os trabalhos de auditoria, exigindo a mudança nos controles internos e o arquivamento da posição
diária de todos os projetos, independente do custo proporcionado.

52. FCC- AFTM São Paulo/2012


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O auditor, ao avaliar os ativos financeiros da empresa ManagerRisk S.A., constata que uma aplicação financeira
que seria mantida até o vencimento foi resgatada parcialmente durante a vigência. O auditor verifica a forma de
valoração do ativo efetuada pela empresa e evidencia que a empresa está apropriando o valor dos rendimentos
pelo custo amortizado. Nessa situação, o auditor deve

(A) determinar que o valor da baixa parcial seja feito pelo valor de custo e alterar o critério para valor justo para o
valor residual da aplicação.

(B) validar o registro, uma vez que o reconhecimento do valor dos ativos financeiros mantidos até o vencimento
deve ser efetuado pelo custo amortizado.

(C) aceitar o registro, uma vez que o reconhecimento do valor dos ativos financeiros, ainda que resgatado
antecipadamente, deve ser efetuado pelo valor justo representado pelo valor do custo amortizado.

(D) recomendar o ajuste na contabilidade, em decorrência da mudança das intenções com relação ao ativo,
reconhecendo-o pelo valor justo.

(E) estabelecer que o valor da baixa parcial seja feito pelo valor justo e manter o critério de custo amortizado para
o valor residual da aplicação.

53. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa Control Service S.A. foi constituída em novembro de 2011. Como é uma empresa de alta tecnologia
imediatamente fechou dez contratos para pagamentos em três parcelas, com vencimento da primeira parcela
para 30 de janeiro de 2012, no valor de R$ 24.000.000,00. Seus contratantes, com o objetivo de prestar contas a
matriz, da utilização do orçamento previsto para 2011 solicitaram que a empresa Control faturasse 100% das
parcelas em dezembro de 2011. O cronograma da prestação dos serviços estava previsto para ser executado em
12 meses, a iniciar em 01 de janeiro de 2012. Dessa forma, para que o auditor externo valide as demonstrações
financeiras de 2011, a empresa deverá registrar o fato a:
A) D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Receitas de Vendas R$ 24.000.000,00
B) D: Banco R$ 24.000.000,00
C: Ajustes Patrimoniais R$ 24.000.000,00
C)D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Receitas de Vendas R$ 1.000.000,00
C: Receitas de Vendas Diferidas R$ 23.000.000,00
D)D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Adiantamento de Clientes R$ 24.000.000,00
E)D: Bancos R$ 24.000.000,00
C: Receitas de Vendas R$ 8.000.000,00
C: Receitas de Vendas Diferidas R$ 16.000.000,00

54. FCC- AFTM-São Paulo/2007

O lucro líquido do exercício de 2005 da Cia. Belo Horizonte foi de R$ 300.000,00. O patrimônio líquido da
companhia, já computado esse resultado, era de R$ 1.100.000,00. Ao ser efetuada a auditoria externa, constatou-
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se que a sociedade tinha deixado de constituir a reserva legal no exercício em curso. Em 31.12.2004, o saldo credor
dessa reserva era de R$ 215.000,00. Após o lançamento do ajuste sugerido pelo auditor, de acordo com normas
vigentes, a reserva legal foi acrescida da importância correspondente a, em R$:

(A) 15.000,00

(B) 12.500,00

(C) 10.000,00

(D) 7.500,00

(E) 5.000,00

55. FCC- AFTM-São Paulo/2007

No curso de auditoria externa realizada na Cia. Novo Hamburgo foram constatadas as seguintes irregularidades:

(1) − Registro incorreto de gastos de manutenção do Ativo Imobilizado (Ativo não circulante) de R$ 30.000,00
como despesas, em vez de acréscimo ao valor dos bens.

(2) − Insuficiência na constituição da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa no valor de R$ 17.000,00.

(3) − Falta de registro contábil de duplicatas já pagas, mantidas incorretamente no Passivo Circulante, no valor de
R$ 28.000,00.

(4) − Falta de registro de adiantamento a empregados no valor de R$ 6.000,00.

Efetuados os lançamentos de ajuste para sanar tais irregularidades, recomendados pelo auditor, o resultado da
companhia

(A) diminuiu R$ 21.000,00.

(B) diminuiu R$ 15.000,00.

(C) permaneceu inalterado.

(D) aumentou R$ 13.000,00.

(E) aumentou R$ 7.000,00.

56. FCC-TJ-PI-Analista Jud-adaptada/2009

De acordo com as NBC TAs do Conselho Federal de Contabilidade, que trata das normas da auditoria
independente das demonstrações contábeis, é correto afirmar:

(A) A continuidade normal das atividades da entidade deve ser pressuposta pelo auditor em função do princípio
contábil da continuidade, tornando desnecessária a análise de fatores de risco que possam comprometer essa
premissa.

(B) As estimativas contábeis são de responsabilidade exclusiva do auditor e baseiam-se em fatores objetivos e
subjetivos, devendo a administração da entidade acatar integralmente o julgamento do auditor, sob pena deste
emitir parecer com abstenção de opinião ou adverso.

(C) A carta de responsabilidade da administração quanto às informações e dados e à preparação e apresentação


das demonstrações contábeis submetidas aos exames de auditoria deve ser emitida com a data mais próxima
quanto possível do relatório do auditor sobre as referidas demonstrações.
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(D) O auditor deve adotar procedimentos para assegurar- se que todas as contingências passivas foram
identificadas e adequadamente mensuradas pela administração da entidade na elaboração das demonstrações
contábeis, sendo desnecessário o mesmo procedimento em relação às contingências ativas.

(E) No programa de trabalho para exame dos sistemas de processamento eletrônico de dados (PED), não há
necessidade de o auditor incluir o exame da segurança dos sistemas adotados pela entidade, já que estes são de
exclusiva responsabilidade da administração.

57. FCC – ICMS-SC/2018

Considerando os procedimentos a serem utilizados por um Auditor Fiscal de ICMS do Estado de Santa Catarina,
visando à auditoria do grupo de contas de Fornecedores no Passivo, pode-se mencionar:

I. Obter a relação de fornecedores.

II . Obter a confirmação de saldos da conta contábil de fornecedores junto a estes (especialmente, se forem os
fornecedores localizados em Santa Catarina).

III . Contagem física do caixa em um determinado dia.

IV. Obter a relação de clientes.

Está correto o que se afirma APENAS em

A. I e II .

B. II e III .

C. I e IV.

D. I, III e IV.

E. II , III e IV.

58. A FCC – ICMS-SC/2018

A auditoria contábil oferece um conjunto de técnicas de extrema relevância e com aplicação prática para as
fiscalizações tributárias promovidas pelos Fiscos, não só no âmbito do Imposto de Renda, mas também na esfera
da tributação estadual, notadamente na fiscalização do ICMS. Nesse sentido, considere as seguintes contas:

I. Estoques.

II . Caixa.

III . Ativo Imobilizado.

IV. Devolução de vendas.

V. Devolução de compras.

VI. Fornecedores.

Para a auditoria fiscal de ICMS, deveriam ser analisadas as contas

A. I, IV e V, apenas.

B. II , V e VI, apenas.

C. II e III , apenas.

D. I, III , IV, V e VI, apenas.


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E. I, II , III , IV, V e VI.

59. FCC-SEFAZ-SC/2018

Dentre as técnicas mais usuais de auditoria contábil e fiscal, pode-se mencionar o Exame e Contagem Física. É um
procedimento de auditoria utilizado para as contas do

A. Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em identificar fisicamente (in loco) o bem
declarado no Balanço Patrimonial.

B. Ativo (por exemplo: dinheiro, estoques, ativo imobilizado), que consiste em identificar fisicamente (in loco) o
bem declarado no Balanço Patrimonial.

C. Passivo (por exemplo: fornecedores e empréstimos), que consiste em realizar a confirmação de contas a pagar
e proceder a exames de pagamentos subsequentes.

D. Ativo (especificamente da Conta de Investimentos), que consiste em auditar o cálculo do resultado da


equivalência patrimonial.

E. Ativo relativos a bens intangíveis (por exemplo: marcas e patentes). que consiste em identificar apenas
documentalmente os bens declarados no Balanço Patrimonial.

60. FCC-SEFAZ-SP/2010

Na auditoria das contas de resultados, NÃO se aplica a diagramação da trilha de auditoria para as operações de
A. acumulação por centro de custo.
B. apropriação dos custos diretos.
C. transferências de despesas.
D. rateios por produto.
E. ajustes dos ativos.

61. FCC – DPE-SP – Contador/2010


No processo de realização dos trabalhos de auditoria, o auditor externo constatou que a empresa estava com o
Patrimônio Líquido Negativo, perda do principal fornecedor durante o ano e incapacidade de obtenção de
financiamentos para o negócio. Pode-se afirmar que esses indicadores de continuidade são, respectivamente,
classificados com indicadores:
(A) financeiro, financeiro e financeiro.
(B) financeiro, operacional e financeiro.
(C) financeiro, operacional e operacional.
(D) operacional, financeiro e operacional.
(E) operacional, operacional e operacional.

62. FCC- AFTM São Paulo/2012

A empresa Delta Petróleo S.A. está encerrando, em fevereiro de 2012, o processo de auditoria de suas
demonstrações financeiras pertinentes ao ano de 2011. Os trabalhos da auditoria estão em fase de finalização e a
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empresa informa ao mercado a ocorrência de um grande vazamento que afetará a continuidade de suas operações
no Brasil, uma vez que a multa recebida inviabiliza a empresa.
Nesse caso, o auditor deve
(A) emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião por não ter tempo hábil para reconduzir a auditoria para
uma demonstração financeira pelos critérios de realização dos ativos e passivos.
(B) manter o seu relatório de auditoria, evidenciando em notas explicativas a descontinuidade.
(C) abster-se de emitir opinião, uma vez que conjunturalmente a situação da empresa se modificou, alterando todo
o planejamento da auditoria.
(D) ressalvar o parecer, evidenciando a possibilidade de descontinuidade e mantendo as demonstrações
financeiras.
(E) exigir da empresa a elaboração de demonstrações contábeis específicas para atender às demonstrações
exigidas nessa situação de descontinuidade.

63. FCC- AFTM-São Paulo/2007

No exame das demonstrações contábeis de uma entidade, o risco de continuidade normal das atividades desta
deve ser objeto de atenção dos auditores independentes. É um dos indicadores desse risco:

a) passivo exigível em valor superior ao do patrimônio líquido.

b) existência de empréstimos e financiamentos de curto prazo para financiar o giro.

c) índices financeiros adversos de forma contínua.

d) investimento operacional em giro negativo.

e) flutuações cíclicas do resultado em função de sazonalidade das vendas.

64. FCC-TRT 19-Analista Jud/2013


A empresa Union S.A. após ter publicado suas demonstrações contábeis e o relatório de auditoria externa
percebeu que o inventário físico de bens patrimoniais, encerrado após a publicação das demonstrações, constatou
a necessidade de contabilizar a baixa de R$ 4.500.000,00 de bens que já não tinham mais utilidade ou condições
de uso e estavam registrados no Ativo Imobilizado. A direção determinou a abertura das demonstrações e a
contabilização dos ajustes. O ajuste, representa do lucro líquido 50%. Nestas condições, deve o auditor externo

(A) divulgar ao mercado que seus trabalhos foram realizados até data anterior aos novos fatos e as demonstrações
contábeis, juntamente com o respectivo relatório foram emitidos com os fatos apresenta dos até esta data.
(B) executar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações e emitir relatório restrito
à Administração sobre potenciais reflexos, cabendo a Administração decidir se deve republicar as demonstrações
e o novo relatório de auditoria.
(C) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações, revisar as providências
tomadas pela Administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente
com o respectivo relatório foram informados da situação e, se necessário, apresentar novo relatório de auditoria.
(D) restringir-se aos trabalhos executados no período entre o início dos trabalhos e a divulgação das
demonstrações contábeis, sendo de responsabilidade da Administração da Empresa o não reconhecimento dos
fatos tempestivamente.
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(E) emitir comunicado ao mercado que os trabalhos foram executados conforme informações apresentadas pela
empresa e que não foi possível refazer os trabalhos em função da empresa não ter concordado com a
complementação de honorários para execução do trabalho complementar.

65. FCC -TRT 15-Analista Jud/2013

A empresa Solution S.A. tem faturado nos últimos três anos, R$ 3.000.000,00 por mês. Em dezembro de 2012
perdeu o cliente Evolution S.A., que mantinha compras anuais de R$ 4.500.000,00. Divulgou para o mercado, em
dezembro de 2012, em suas projeções, que terá crescimento nos próximos 5 anos de 15%. O departamento
comercial apresentou informações para os usuários internos da empresa Solution, afirmando que não há
expectativas de mudança nas vendas. Diante dos fatos apresentados as demonstrações contábeis de:

(A) 2012 estão afetadas de forma material.

(B) 2013 estão afetadas de forma material.

(C) 2012 estão afetadas pela relevância.

(D) 2012 e 2013 não sofrem influência ou impacto.

(E) 2012 e 2013 estão afetadas pela materialidade dos fatos.

66. FCC-TJ-PI-Analista Jud-adaptada/2009

Após a data de emissão de seu parecer sem ressalva, mas antes da divulgação das demonstrações contábeis, o
auditor toma conhecimento de um fato que possa afetar de maneira relevante as demonstrações contábeis e ele
decide que estas devam ser revisadas pela administração. Então,
(A) caso a administração concorde em revisar as demonstrações contábeis em consonância com a opinião do
auditor, ele está dispensado de emitir um novo parecer de auditoria sobre as demonstrações contábeis revisadas.
(B) caso a administração decida não alterar as demonstrações contábeis, ele deve emitir um novo parecer
descrevendo o fato no parágrafo de opinião, mas esse novo parecer continuará sendo considerado sem ressalva.
(C) ele deve comunicar aos órgãos reguladores que o parecer emitido naquela data não tem validade legal,
independentemente ou não de a administração decidir modificar as demonstrações contábeis.
(D) ele deve emitir um comunicado público externando que, exceto pelo fato mencionado, sua opinião está
correta.
(E) caso a administração concorde em revisar as demonstrações contábeis em consonância com a opinião do
auditor, ele poderá emitir um novo parecer com dupla data.

67. FCC- SEFAZ-PI – Auditor/2015

Suponha que a Organização XYZ S.A. teve a data das demonstrações contábeis em 31/12/2013, a data da
aprovação dessas demonstrações em 25/01/2014, a data de relatório do auditor em 25/02/2014 e a data
programada para a divulgação das demonstrações em 25/03/2014 e que, no segundo período de eventos
subsequentes, uma ocorrência que se tivesse chegado a conhecimento dos auditores após a data do relatório
poderia levar o auditor a modificar seu parecer e que, diante da relevância do evento, os membros da governança
decidissem alterar as Demonstrações Contábeis. Neste caso,
(A) não se espera que o auditor execute procedimentos adicionais de auditoria para assuntos para os quais os
procedimentos de auditoria anteriormente aplicados tenham fornecido conclusões insatisfatórias.
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(B) o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes do primeiro período, caso a
legislação não proíba a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento
ou eventos subsequentes que causaram essa alteração e que os responsáveis pela aprovação das demonstrações
contábeis não estejam proibidos de restringir a aprovação a essa alteração.
(C) o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração, estender os
procedimentos até a data do novo relatório e fornecer novo relatório sobre as demonstrações contábeis alteradas.
(D) o auditor deve solicitar à administração ou membros da governança, uma representação formal de que todos
os eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis que requerem ajuste ou divulgação sejam ajustados
e divulgados, intempestivamente.
(E) o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às
demonstrações contábeis após a data do seu relatório.

68. FCC- AFTM-São Paulo/2007


Considere as afirmações a seguir, relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a
que se referem as demonstrações contábeis auditadas:
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente relevante.
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo
auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo parecer.
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-
los, como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer.
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.

69. FCC-ISS São José do Rio Preto – SP/2019

Pelas normas de auditoria, os chamados "eventos subsequentes",


A. caracterizados por sucederem a data das demonstrações contábeis sujeitas à auditoria, não devem produzir
qualquer resultado no parecer de auditoria.
B. se chegarem ao conhecimento do auditor antes da divulgação das demonstrações contábeis, reclamam que ele
determine se as demonstrações precisam ser alteradas.
C. não possuem normas a eles dedicadas embora a doutrina os tenha estudado,
D. caracterizados por sucederem a data da emissão do parecer de auditoria, não conduzem a qualquer ação do
auditor.
E. se verificados, reclamam a anulação das demonstrações contábeis.

70. FCC-TRT 15-Analista Jud/2013


Prof. Arthur Leone
Auditoria

NÃO é um indicador de possível tendenciosidade da Administração, com relação a estimativas contábeis:


(A) mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração da demonstração contábil, quando a
Administração fez uma avaliação subjetiva de que houve mudança nas circunstâncias.
(B) utilização das premissas da própria entidade para estimativas contábeis do valor justo, quando eles são
inconsistentes com premissas do mercado observáveis.
(C) seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma estimativa pontual favorável para os
objetivos da Administração.
(D) dimensionamento da provisão para contingências tributárias fundamentada na posição de probabilidade de
sucesso dos processos apresentada pelos advogados da empresa.
(E) seleção de estimativa pontual, que pode indicar um padrão de otimismo ou pessimismo.
Prof. Arthur Leone
Auditoria

Gabarito
1. B 36. B
2. D 37. C
3. C 38. C
4. D 39. D
5. A 40. C
6. C 41. B
7. A 42. B
8. C 43. B
9. D 44. A
10. D 45. B
11. A 46. E
12. B 47. D
13. D 48. B
14. B 49. E
15. A 50. D
16. A 51. B
17. D 52. D
18. B 53. D
19. A 54. E
20. A 55. D
21. C 56. C
22. A 57. A
23. C 58. E
24. C 59. B
25. E 60. E
26. C 61. B
27. A 62. E
28. E 63. C
29. A 64. C
30. D 65. D
31. D 66. E
32. D 67. C
33. E 68. E
34. E 69. B
35. D 70. D

@profarthurleone

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