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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA

CÓDIGO NOME JULIANA SANTANA SANTOS MORAES DEPARTAMENTO OU EQUIVALENTE


FCH001 Introdução à Filosofia Departamento de Filosofia/ FFCH

PRIMEIRA AVALIAÇÃO

1 - Platão analisa, em seu texto sobre o Sofista, as noções de Ser e Não-Ser, Verdade, Falsidade e
Alteridade. Valendo-se destas noções, comente sobre as implicações de suas conclusões para o
discurso.

O ser é tudo aquilo que existe se diferenciando do não ser que é o oposto, tudo aquilo que não existe,
tudo aquilo que não é. Verdade e falsidade também termos opostos onde a verdadeiro é tudo aquilo que diz
as coisas como elas são e o falso é tudo aquilo que diz o que as coisas não são, sendo todos termos
alternos. As implicações disso para o discurso são diversas, os sofistas por exemplo, utilizavam essas
noções de forma errônea, misturando noções de verdade e falsidade, de ser e não ser. Todavia essas noções
guiam o discurso para que se torne um meio para que sejam apuradas as opiniões e se tornem mais livres de
preconceitos, erros, para evitar os erros nas posições.

2 - Utilizando-se da dúvida com método para encontrar a evidência da verdade, Descartes rejeita as
noções de Deus, as certezas matemáticas e as informações do mundo externo dadas pelos sentidos.
Apresente as razões pelas quais o filósofo as rejeita, apontando o resultado ao qual ele chega em sua
busca por um critério indubitável de verdade.

Descartes acreditava na ideia solipsista, onde não se poderia ter certeza de nada externo a si próprio,
mais precisamente externo a suas ideias inatas. Descartes se afronta com a ideia de Deus quando ele
começa a refletir sobre o que garante a habilidade de possuir conhecimento que são mais centrais, todavia,
ele impõe a Deus o método da dúvida e assim ele começa a se questionar sobre a onipotência divina, já que
Deus é perfeito, por que erramos? Assim ele tem duas ideias: 1- Deus é bom mas não é onipotente e 2 – ele
pode me criar perfeito mas ele não é bom.
Assim, surge a ideia do gênio enganador, onde a figura de Deus estaria manipulando a todos em uma
grande ficção, onde tudo que se sabe seria uma grande mentira, dessa forma, mantendo a todos numa
ilusão. Entretanto, Descarte que é solipsista, que acredita no “ penso longo existo”, possui a única certeza
que ele não pode ser controlado pois ele duvida, a dúvida é a maior arma dele quanto ao controle que esse
gênio enganador tem, mesmo os sentindo que possuímos, para Descarte não são totalmente confiáveis
afinal podem ser alterados, nos texto ele cita o exemplo do sol, onde a nossa vista ( sentido) parece ser bem
pequeno, porém, racionalmente ( pelos estudos matemáticos , que para ele era um critério da verdade) o sol
é maior que a terra, demostrando assim a falta de eficácia dos sentidos. Sendo assim, para Descarte a
forma de encontramos a verdade é através da dúvida, onde se peneira as “certezas” já impostas, onde tudo
que vem do externo está a mercê de ser duvidado, inclusive as ideias adventistas, que são ideias que vem
do mundo exterior, que para Descarte, poderia ser fruto do gênio enganador querendo o manipular,
tornando a única forma de ideia confiável, a ideia inata, essa que nos acompanha sem ser influenciada por
meios externos.

3 - Para o filósofo David Hume qual é a única fonte legítima do conhecimento, e qual a consequência
de sua proposta para todas as noções que possuímos que não provêm desta fonte? Comente ainda
sobre o tipo de conhecimento que podemos ter a partir desta fonte: é indubitável, evidente e distinto,
como vimos em Descartes, ou tem outras características?

A experiencia é a única fonte legitima de conhecimento, para as noções que possuímos que não provém
dessa forma, está à mercê de ser um conhecimento nulo, que não pode ser comprovado como verdadeiro.
Hume trabalha a teoria de impressões e ideias que são contrarias as teorias trabalhadas por Descarte.
Impressões é uma percepção do presente, sendo uma impressão viva e forte, Já a ideia, é a reflexão da
experiencia/impressão, possuindo uma percepção fraca, contudo, essas teorias vão de encontro as teorias de
Descarte pois para Hume, tanto a impressão como a ideia advém da experiencia e Descarte não aceita
ideias que não sejam natas, para Descarte, tudo que viesse de forma externa estava sucessível a dúvida,
enquanto para Hume, mesmo que o mesmo não der certeza a nada, apenas deixando no campo da
probabilidade, para ele só teríamos conhecimento através das experiencias que teríamos externamente,
Possuindo sentindo além daqueles que já são “ inatos” no corpo, como por exemplo o sentido de
moralidade.

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