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Seu Lar - Guardas 01

Mary Calmes
Julian Nash deveria estar animado: ele acaba de ganhar uma enorme
promoção no trabalho e está saindo para comemorar. Mas sua felicidade
desaparece quando ele descobre que seu encontro o enganou, uma hora antes.
De repente, sozinho, quando todos sabem que ele deveria ter um
acompanhante, Julian está resignado a uma longa noite, até que um
conhecido de longa data, Ryan Dean, o socorre para sair da situação
embaraçosa. Durante o jantar, eles descobrem que há mais do que apenas
amizade entre eles: há admiração mútua e atração quente. Mas conhecer
Ryan melhor e encontrar um lugar em sua vida, trará para Julian surpresas e
perigos, que ele nunca esperou ou sonhou que existissem.
Capítulo 1
Era para ser a minha noite. Bem, talvez minha noite e do meu melhor
amigo, mas definitivamente eu estava ferrado. Quando as estrelas se alinham
e você tem o seu sonho, nada deveria ficar confuso. Mas já que não havia tal
coisa como a perfeição, eu não devia ter contado sobre isso.

─ Julian ─ disse ela antes de envolver os seus braços em volta do meu


pescoço. ─ Querido, onde está Channing?

Aqui estava o cerne da questão. Virei-me na banqueta e olhei para a


esposa do meu melhor amigo. Phoebe Vega era uma criatura impressionante,
estava esperando ansiosamente, sem fôlego pele dança, os olhos de jade
pálido focados em mim, e ela estava tão perto de uma deusa quanto eu nunca
a vi.

─ Deus, você é linda ─ eu suspirei.

A carranca veio rápida. ─ O que está errado?

─ Eu não posso apenas lhe fazer um elogio?

─ Não.

Não pude conter o meu sorriso; era demasiado estúpido para ainda ter
que explicar. ─ Eu preciso de uma bebida.

─ Oh não, o que aconteceu?

Este é o problema ao ter bons amigos; eles conhecem você bem o


suficiente para interpretar o seu humor a partir da expressão em seu rosto
com um simples olhar.
─ Jules, onde está o seu encontro? ─ ela perguntou, levantando a voz.

Eu esvaziei o copo de cerveja na minha frente, ajustei minha visão, uma


vez que era já o terceiro que eu bebia, e olhei para ela.

─ Tendo sexo com Peyton Wilson em seu escritório.

Ela ficou em silêncio, esteve ali apenas olhando para mim por vários
momentos, piscando, absorvendo o que eu tinha dito.

─ Desculpe-me, o que?

Limpei a garganta. ─ Meu encontro, o cara com quem eu saí pelas


últimas seis semanas, bem, a última vez que o vi, ele estava cuidando de
Peyton Wilson, no escritório da produção.

E eu poderia ter sido muito mais gráfico, ainda mais grosseiro, mas esta
era a minha menina, a mulher do meu melhor amigo, e ela estava grávida de
sete meses. Eu não queria perturbá-la mais do que eu tinha que fazer. Então,
eu só olhei para seu rosto doce.

Houve uma longa pausa. Talvez nós estávamos tendo um momento de


silêncio para lamentar.

─ Oh meu Deus! ─ ela gritou, assustando as pessoas ao nosso redor, sua


voz alta e estridente. ─ Você está brincando comigo?

─ Oh. ─ Eu quase engasguei com a minha cerveja, tentando não rir. ─


Estamos falando em voz alta.

─ Isso não é engraçado!

Eu realmente tinha muito álcool em mim para não ser engraçado. Meu
encontro dando um boquete em outro cara, quando ele deveria estar comigo
quando o CEO da empresa veio para me oferecer suas felicitações para a
minha promoção... oh inferno sim, era engraçado! E sim, era mais um
engraçado triste do que um engraçado divertido, mas ainda assim...
engraçado.

─ Julian Nash, do que diabos você está falando?

─ Vinte minutos atrás, Channing estava de joelhos no...

─ Meu Deus!

─ Desculpe.

Ela golpeou-me com força.

─ Não você. Oh meu Deus! Channing, Oh meu Deus!

─ Oh, ─ Eu resmunguei, antes de levantar os meus óculos,


estabelecendo-os em cima da minha cabeça por um momento, enquanto eu
esfregava os olhos.

─ Julian!

Ela estava chateada o suficiente por nós dois.

─ Meu Deus!

─ Você pode parar de dizer isso? ─ Eu ri, esfregando a ponte do meu


nariz antes de colocar os óculos sem aro de volta confortavelmente no meu
rosto. Eles eram o meu par favorito e me faziam olhar muito mais inteligente
do que eu era na vida real.

─ O que você... Como você...? ─ Ela abriu a boca, mas não saiu nada. ─
Julian, pelo amor de Deus, o que você fez?

Dei de ombros. ─ Parecia rude interromper.

─ Julian!
A mulher estava grávida e hormonal de maneira assustadora, e como
resultado, ela era muito mais emocional do que eu. Eu era pragmático porque
fazia sentido. Channing Isner tinha, obviamente, necessitado ter relações
sexuais, e Peyton Wilson era o mais quente cara, correção, mais quente
cara gay, em nosso escritório ele mesmo. Cash, Carlos Vega, meu melhor
amigo e marido de Phoebe era mais quente do que os dois, mas o homem era
casado e hetero, então ele realmente não contava quando Channing estava
querendo ficar com alguém.

─ Está tudo bem, Phoeb, ─ eu a acalmei.

─ Não, não está! ─ ela rosnou para mim, pegando um dos copos de
bebidas vazios em minha frente quando eu levantei meu dedo para pedir
outro.

─ Quantos desses você já bebeu?

─ Somente três.

─ Oh meu Deus ─, disse ela, mais uma vez, puxando o meu braço até
que eu deslizei para fora da banqueta, puxando-me atrás dela no meio da
multidão. Fui arrastado pelo chão até onde Cash estava com um grupo de
pessoas. Quando ele me viu, suas sobrancelhas franziram instantaneamente.

Eu coloquei a mão para acalmá-lo. ─ Estou bem.

Ele desculpou-se com aqueles ao seu redor, agarrou meu bíceps, e deu
ao braço um puxão sólido para me mover. Quando estávamos fora do alcance
da voz, ele me girou para encará-lo. Normalmente, quando eu não estava
tonto, teria sido impossível para ele me maltratar, desde que tínhamos quase
a mesma altura e construção, mas então eu estava um pouco fora de mim e ele
era avantajado.
─ Qual é o problema? ─ perguntou ele.

─ Nada. Está tudo bem ─ eu o acalmei. ─ Quando vamos comer? Sua


esposa tem fome.

─ Eu não estou morrendo de fome ─ Phoebe entrou na conversa,


chegando ao lado dele, esfregando seu estomago de gravida de sete meses. ─
Eu não estou sempre morrendo de fome, você sabe.

─ Jules ─ Cash virou-se para mim. ─ Que diabos esta acontecendo?

─ Ele não tem nenhum encontro ─ sua esposa respondeu por mim.

Cash olhou para mim. ─ Do que você está falando? Isner não vem?

Então eu expliquei-lhe que eu tinha ido ao escritório de Channing cedo


para pegá-lo e passei pelo escritório de produção no caminho.

─ Espere agora ─ disse Cash, olhando para mim, ─ você está me


dizendo que seu namorado e um dos meus contadores estavam fazendo sexo
na sala de produção?

─ Ele não é meu namorado, ─ eu o corrigi.

─ Eles estavam namorando, ─ Phoebe insistiu, olhando para seu


marido, desafiando-o a contradizê-la, ─ mas ele não era o namorado de
Julian. O namorado de Julian nunca iria traí-lo.

Eu virei minha cabeça para Phoebe. ─ Esperançosamente.

Ela repreendeu a minha falta de fé. ─ Julian Nash!

─ Você está brincando? ─ Cash meio que gritou.

Qual seria a finalidade disso? ─ Não, eu não estou brincando. Por que
eu estaria brincando?
─ Será que você chutou a bunda dele?

Eu atirei-lhe um olhar.

─ Você quer que eu faça isso?

─ Em quem você iria bater? Channing ou Peyton?

─ Ambos ─ disse ele, e eu ouvi a irritação em sua voz. ─ Droga, Jules, é


por isso que eu lhe disse para não fazer merda onde come. Agora como diabos
você deveria ser capaz de trabalhar com qualquer um desses burros?

─ Facilmente, ─ eu assegurei a ele. ─ Eu prometo que não haverá


qualquer estranheza da minha parte.

─ Merda.

─ Está bem. Eu prometo.

─ Deus, você é tão calmo, ─ Phoebe resmungou. ─ Eu digo que vamos


golpear na cadela do Channing até ele chorar.

Nós dois olhamos para ela.

─ O que?

Agarrei-a e a abracei com força. ─ Está tudo bem, amor. Apenas deixe-
me pegar outra bebida, e eu vou encontrar vocês lá no quarto grande.

─ Ah, Jules ─ ela suspirou profundamente. ─ Que maneira de celebrar


sua grande noite.

E essa era a parte que fedia. Era o culminar de cinco anos de trabalho, e
eu queria compartilhar isso com alguém especial.

Ambos tínhamos sidos promovidos, meu parceiro e eu, Cash para


diretor de comercialização, e eu para diretor criativo da nossa divisão. Era um
grande passo na escada corporativa, especialmente desde que aos vinte e oito
e vinte e nove anos, respectivamente, éramos os chefes de divisão mais jovens
da empresa. Em comemoração a promoção, o nosso CEO tinha feito uma
viagem especial para nos dar os parabéns.

Kelly Davis, que tinha tomado a decisão de nos recompensar com base
no volume dos negócios que nosso escritório tinha gerado e a qualidade das
nossas ideias, havia dito a Cash em uma conferência por telefone uma semana
antes que ele estava realmente ansioso para falar em pessoa. Vídeo
conferências e conversas telefônicas de lado, ele queria apertar nossas mãos e
nos encontrar frente a frente. Era muito lisonjeiro, como o homem parecia
estar tomando um interesse especial em ambas as nossas carreiras. Ele
também estava ansioso para conhecer as pessoas com que nós
compartilhamos nossas vidas. Era provavelmente sorte que Channing tinha
decidido me mostrar qual era o meu verdadeiro valor para ele tão cedo. Eu
teria odiado ter meu coração envolvido, juntamente com o meu orgulho.
Como seria, eu iria sobreviver a este golpe para o meu ego. O momento era o
único horror.

─ Ele não sabe o que está perdendo ─ disse Phoebe, interrompendo


meus pensamentos.

─ Ah, sim? ─ Eu suspirei, encontrando seu olhar amoroso. Ela estava


louca por mim, e isso estava lá em sua expressão suave.

Ela respirou fundo. ─ Sim. Você tem o melhor coração, você nunca se
leva muito a sério, e você sempre, sempre mantem sua palavra.

─ Ah, querida, ─ eu brinquei com ela.


Cash apertou sua esposa alegremente. ─ Pare, querida, você vai fazer o
menino corar.

Eu sorri para ela.

─ Hummm, consegui amar aquele sorriso ─ ela suspirou. ─ Você o tem


aperfeiçoando.

─ Pare de flertar com o meu parceiro, ─ Cash a repreendeu, e então ele


olhou para mim. ─ Vá pegar uma bebida e nos encontre à mesa. Vou guardar
uma cadeira.

Quando me virei de volta para o bar, eu tive que questionar o meu


julgamento.

Eu tinha pensado que Channing Isner e eu estávamos se dando bem


grande. Após seis semanas falando e rindo, ouvir jazz no parque, e dirigir para
Napa, as coisas pareciam estar indo bem. Nós tivemos alguns jantares
durante a semana e longas conversas telefônicas onde partilhei as armadilhas
do seu dia de trabalho enquanto comprador de mídia júnior na nossa
empresa. Em que maneira tínhamos ido a partir de um romance em
progressão para ele fazendo sexo no escritório da produção com outra
pessoa? O que eu tinha perdido?

─ Jules.

Olhei por cima do meu ombro para Cash.

─ Apresse-se!

O homem vivia para me dar ordens. Eu ainda estava rindo quando


cheguei ao bar. Eu estava esperando por minha bebida quando senti uma mão
no meu ombro. Virando-me, eu estava atordoado ao encontrar o meu
encontro, meu ex-encontro, o cara que eu tinha pensado que ia ser o meu
encontro, o cara que tinha acabado de ficar suando e ofegando com outra
pessoa, levantado na minha frente. Era surreal.

─ Julian, onde você estava? Você deveria me pegar no meu escritório, e


nós estávamos indo para tomar um táxi até aqui, juntos.

Eu só olhava para ele. Sério, as bolas do homem... Cristo.

─ Eu procurei em todos os lugares por você.

Mas eu não tinha estado na calça de Peyton Wilson, então o que ele
estava fazendo procurando por mim lá? O pensamento, porque eu tenho um
sentido hiperativo do ridículo, me fez segurar uma risada.

─ Julian?

Ele estava lá, perto de mim, e era difícil embrulhar meu cérebro ao
redor disso.

─ Você está bem?

Eu me inclinei ao redor dele para pegar mais um copo de Patron e a


garrafa de Corona que o barman tinha acabado de colocar para mim.

─ Jules? ─ ele disse, levantando a voz.

Eu engoli a bebida antes de tomar um gole de cerveja. Se ele não tivesse


impedido o meu caminho quando me movi, eu teria saído. Como estava, ele
tinha me encurralado.

─ Julian? O que está acontecendo? ─ perguntou rapidamente, de


repente preocupado, sua mão sobre meu peito.

─ Mova sua mão, ─ eu pedi, virando-se para ele, minha voz oca e fria.
─ Por quê? Por que não posso tocar em você, de repente? ─ Ele parecia
assustado.

Eu respirei fundo. ─ Eu vi você no escritório com Peyton.

Os olhos azuis brilhantes que eu tinha encontrado tão adoráveis se


tornaram enormes e redondos. ─ O que?

Tomei outro gole da minha cerveja.

─ Julian?

Olhando para ele, percebi que ele estava tremendo.

─ Vá para casa, Chan, ou vá encontrar Peyton, ou faça o que diabos você


queira... Eu não me importo.

─ Você está brincando? ─ ele perguntou sem fôlego.

Por que todo mundo fica me perguntando isso?

─ Quem disse que eu estava no escritório com Peyton? Foi Cash?

Eu olhei para ele. ─ Ninguém me disse, Chan. Eu mesmo vi você.

─ Jules, preciso explicar.

─ Não, não, apenas... vá. Nós não tínhamos um tão grande


relacionamento. Nós não estivemos juntos o tempo suficiente. Você pode
simplesmente ir embora, então vá em frente.

─ Eu não quero ir embora.

─ Tudo bem, então eu vou ─ eu disse, deslizando por ele.

Antes que eu pudesse dar mais de um passo, ele estava de volta na


minha frente, com o rosto angelical de repente uma bagunça, como se eu o
houvesse ferido.
─ É tudo culpa sua, você sabe. Que tipo de homem não tem sexo?

Claro que a culpa era minha; por que não seria? A acusação só veio mais
rápida do que eu pensava que seria.

─ Julian? Diga-me, explique isso para mim.

─ Eu fiz ─ eu assegurei a ele.

─ Faça isso novamente. Por que você não fez sexo comigo? ─ Sua voz
era aguda, atacando.

Suspiro pesado.

─ Porque eu queria ter mais uma conexão, do que apenas uma coisa
física ─ eu lhe disse. ─ E, para que conste, eu pensei que você gostou do
tempo que passamos juntos.

─ Eu gostei ─ ele disse ofegante. ─ Mas, estar ao seu redor e não ter
relações sexuais é... porque o jeito que você beija deveria ser seguido por sexo.
Você é o maior maldito sedutor que eu já conheci.

─ Tudo bem ─ eu disse, sem rodeios, colocando a cerveja meio vazia


sobre o balcão antes de passar por ele para ir me juntar aos meus amigos para
o jantar.

─ Julian! ─ Ele quase gritou. Eu teria me mantido andando, mas eu


estava com medo que seu tom só iria aumentar. Eu tinha sido humilhado uma
vez já. Eu não estava pronto para uma segunda rodada. Girando, fiquei
surpreso que ele estava bem ali na minha frente.

─ Sinto muito, está bem? Apenas me perdoe.

Já? Toda a confusão não tinha sequer uma hora que aconteceu. E além
disso, eu não tinha ideia do que havia com o olhar torturado em seu rosto. Eu
não era o único que tinha terminado uma relação de quase dois meses, de
joelhos no escritório da produção.

─ Você não vai dizer não a mim, não é?

O raciocínio estava lá, em sua voz. Ele era jovem e quente e eu estava
louco para sequer pensar em terminar com ele. Quem diabos eu pensava que
eu era?

─ Julian?

─ Vejo você no trabalho ─ eu disse, dando um passo à sua volta,


tornando claros os novos parâmetros do nosso relacionamento.

Ele entrou no meu caminho, as mãos na minha camisa, fechadas em


punhos lá, segurando-se. ─ Deus, Jules, só... não faça isso.

─ Não fazer o quê?

Nós dois viramos para olhar para o homem que estava ao nosso
lado. Levei apenas um segundo para processar quem eu estava olhando.

─ Ryan Dean ─ Channing soprou o nome para fora mais rápido do que
eu poderia. ─ Puta merda.

Todo mundo sempre reagiu dessa maneira, e eu entendi o porquê.

Ryan Dean era um nome familiar na área da baía. Seu espetáculo,


Relato de Ryan, estava no Canal 5 e veio a cada noite logo após a notícia local.
Ele tinha sido procurado para levá-lo nacional, para fazer o próximo grande
mergulho no Bravo1, mas, tanto quanto eu sabia, ele não tinha assinado um
contrato para a TV a cabo.

1
Rede de TV dos Estados Unidos.
Pelo menos, ele não tinha feito nenhum anúncio em seu espetáculo. E
eu teria sabido porque eu nunca faltava de assisti-lo se eu estava em casa. Era
puro prazer só de olhar para ele. O homem era para morrer, para parar o
tráfico, para tirar seu folego, lindo. Eu, como toda a gente, entendia porque
ele tinha feito um monte de dinheiro com o programa.

Ele costumava ser espantoso. Editoriais de revistas, passarelas de todo o


mundo, as campanhas de publicidade de alto perfil, ele era o cara que as
grandes casas de moda chamavam, aquele que fazia os agentes de reserva
perder a cabeça. Ele tinha trabalhado para todos os grandes nomes:
Valentino, Hugo Boss, Dior, Hermès, Calvin Klein, Gucci, Prada, Versace, e
muitos mais. Mesmo se seu nome era elusivo, seu rosto, corpo, abdominais
ondulantes e pele dourada estavam enraizados para sempre em sua mente.

─ Ei, ─ eu disse, minha voz baixa e rouca. ─ Como está?

Foi-me dado um olhar avaliador. ─ Eu estou bem, Sr. Nash, ─ ele disse
suavemente, sua voz baixa, sedutora, o sorriso insinuando o mal antes que ele
se virou para olhar para Channing. ─ Você está parado no meu lugar.

Channing se moveu rápido, afastando-se para que Ryan pudesse tomar


o seu lugar.

─ Obrigado ─ ele disse antes de pegar a bainha da minha camisa. ─


Você pode ir.

Quando Ryan Dean demitia, você ia, e Channing Isner não era
exceção. O homem era demasiado bonito para desobedecido.

─ Isso tem sido mau. ─ Eu ri, olhando para ele, incapaz de ver qualquer
coisa ou qualquer outra pessoa. Vestido como estava, o homem poderia ter
saído da capa de uma revista. De calça jeans preto apertado e uma camisa
verde limão de manga curta bem apertada sobre o peito cinzelado e bíceps,
parecia que ele estava pronto para ser o centro das atenções em uma sessão
de fotos.

─ Como se eu me importo. ─ Ele deu de ombros. ─ E se você se


importasse, você teria dito alguma coisa. É uma das muitas razões pelas quais
eu gosto de trabalhar com você. Você nunca tem medo de me dizer alguma
coisa, mesmo que seja para ir para o inferno.

─ Eu nunca lhe disse para ir para o inferno.

─ Não. ─ O olhar em seu rosto me fez sentir como presa. ─ Mas você
poderia.

Nós tínhamos trabalhado juntos muitas vezes ao longo dos últimos dois
anos desde que a minha empresa, Miller Freedman, fez todo o seu trabalho de
publicidade. E, assim como todos aqueles que já conheceram o homem, eu
tinha ficado hipnotizado.

Seja qual for a palavra que você queria usar não era suficiente. Ele era
mais. Ryan Dean era um pouco mais de um metro e oitenta, com o cabelo
louro que estava sempre artisticamente despenteado. Era grosso, com listras
bronze e trigo, e caia desde a nuca até os ombros. Ele tinha olhos castanhos
que mudavam de cor constantemente, e sua pele, que ele mostrava um pouco
a qualquer oportunidade, era suave perfeição dourada. Ele tinha um,
esculpido, musculoso, magro físico e se movia fluidamente como um
dançarino, com uma caminhada que era mais um se mostrar do que qualquer
outra coisa. O homem era, sem dúvida, um andando falando sonho molhado
vindo à vida. O restolho loiro da sua barba, a juba fulva de cabelo, os cílios
dourados longos e as sobrancelhas escuras grossas: você só iria pensar ao
sexo quando você o viu. Eu entendi porque ele tinha feito uma incrível vida
como um modelo, mas ainda mais atraente do que isso, para mim, era a
atitude do homem.

Durante a época em que haviam trabalhado juntos na publicidade para


seu reality espetáculo, Ryan tinha feito de todos os dias uma diversão. Um dos
meus momentos favoritos com ele tinha sido em um evento de caridade para
os desabrigados. Tinha sido uma grande festa, muito exclusiva e de grande
sucesso, levantou uma tonelada de dinheiro, e ele tinha mostrado a sua
felicidade pela forma em que tudo foi, que acabou convidando todos aqueles
que trabalharam no evento para assistir a ele também. Eu tinha visto ele fazer
o entretenimento, vi todos os homens lindos que o seguiram, e me senti
completamente intimidado. Eu tinha deixado cedo; não havia nenhuma
maneira de competir com outros modelos pela sua atenção.

Relato de Ryan tinha estado no ar por três anos e era sobre todas as
coisas que você poderia fazer em San Francisco com o seu parceiro para
manter a faísca em seu relacionamento, desde assistir as aulas de culinária em
conjunto para fazer um piquenique na praia, para vestir-se e bater a cidade
para uma noite de dança. Era divertido de assistir, e ele nunca se tomou
demasiado a sério. Sua audiência era tão viciada com sua personalidade o
quanto o eram para seu rosto. As pessoas, especialmente homens, atiraram-se
em seu caminho por onde passava. Suas conquistas eram lendárias, seu
apetite sexual abrasivo. Eu nunca tive uma chance de capturar seu interesse,
mas era sempre lisonjeiro que sempre que ele me viu, ele se lembrou do meu
nome.

─ Como você está? ─ ele perguntou, dando um passo mais perto de


mim, sua cabeça inclinada para trás apenas um pouco para olhar para o meu
rosto. Desde que eu tinha um metro e noventa de altura para o seu metro e
oitenta, ele teve que se inclinar para mim só um pouco.

─ Já estive melhor, ─ eu suspirei, observando os lábios sensuais, quão


cheios e escuros eram.

─ Por quê? O que está errado?

Eu percebi que eu estava olhando e parei, olhei para o lado, mas depois
teve que olhar para trás ou ser rude. Seus olhos eram tão bonitos, as cores
diferentes neles, salpicados de ouro, cobre, marrom, cinza, e uma constante
mudança verde, que às vezes captava a luz e quase brilhava. Engraçado que
Ryan Dean nunca deixava de trazer para fora o poeta em mim.

─ Nada. Como você esteve? Eu vi você em um monte de coisas, muitas


aparições, e você fez um dos seus programas de New York durante a semana
da moda, muito legal.

─ Sim, isso é ótimo ─ disse ele com desdém, seu olhar não se afastando
do meu. ─ Mas eu estava fazendo demais e o espetáculo me levou longe de
casa. Eu não quero isso.

─ Por que não? Você não quer que seu espetáculo seja exibido por uma
rede?

─ Não.

─ Não?

Ele me deu um levantar ímpio da sobrancelha. ─ Você parece surpreso.

─ Porque eu estou. Por que você não quer um programa de televisão


fora do sistema de rede?

─ Apenas não.
─ Por quê? ─ Eu o pressionei.

─ Não é o meu sonho.

─ Mas você poderia ser um nome familiar.

─ Não, obrigado.

─ Isso não faz nenhum sentido.

─ Não para você ─ disse ele. ─ Eu preciso que o meu espetáculo seja
grande o suficiente para manter mim e meus amigos empregados, ajudar a
estação, ainda ser atual, e realmente prestar um serviço público. Qualquer
mais do que isso é excessivo.

Ele poderia conquistar o mundo se quisesse. Não era isso o que queria?

─ Há coisas que eu espero ter a chance de ter.

─ Oh. ─ Eu não queria me intrometer. ─ Certo, então...

─ Mas nada disso importa esta noite ─ disse ele, e eu o assisti se morder
o lábio inferior. Eu me perguntei se ele mesmo percebeu que ele estava
fazendo isso. ─ Por que você não me ligou?

Levou-me um segundo. ─ Eu sinto muito?

─ Você deveria ter me chamado.

─ Quando? Nós terminamos todo o trabalho para seu...

─ Não ─ ele me cortou, colocando uma mão sobre o meu coração. ─


Eu disse a você para me chamar.

Eu tentei pensar de volta a última vez que o tinha visto. Nós tínhamos
estado envolvidos na campanha de primavera para o seu espetáculo, em
seguida, houve a liberação de imprensa e com o lançamento... o que eu estava
faltando? ─ Espere. Por que você precisava falar comigo?

─ Você realmente não tem ideia, não é?

─ Não ─ Quebrei a cabeça embriagado. ─ A única razão para eu chamar


teria sido se algo deu errado, e, tanto quanto eu sei o evento saiu bem...

─ Algo ficando confuso não era a única razão para me chamar, ─ ele me
assegurou, e eu o vi engolir em seco, vi os músculos da sua mandíbula se
apertar.

─ Sim, mas...

─ Você nem sequer apareceu para minha angariação de fundos, o baile


de primavera que você planejou.

Eu passei os dedos pelo meu cabelo. ─ Sim, bem, aconteceu que a minha
amiga Melina teve seu bebê naquela noite, e eu era o seu treinador.

Ele assentiu. ─ Bem, então eu acho que eu vou perdoá-lo.

─ Obrigado ─ eu disse, minha boca seca, minha voz falhando


comigo. Eu podia sentir o calor que irradiava do homem quando ele se
aproximou ainda mais, sua coxa tocando a minha, sua respiração tocando de
leve o meu rosto.

─ Você é um homem difícil de contatar. Toda vez que eu ligo para o


escritório, o seu assistente me diz que você está ocupado. Você nunca
responde a seu celular, e, aparentemente, os meus e-mails estão indo para o
cara errado.

Nota para mim mesmo: matar Conner. Meu assistente havia afastado
Ryan Dean? Ele era louco?
─ Eu não tinha ideia que estava tentando me contatar.

─ Bem, agora que temos tudo esclarecido, que tal se eu o trago de volta
para o meu lugar e vou fazer-lhe algum jantar?

Eu olhava para ele atrás dos meus óculos. ─ Na verdade, estou aqui para
jantar.

─ Oh? Com quem? Não é o cara do que eu acabei de me livrar?

─ Ele deveria ter sido meu par.

─ Deveria?

─ Sim ─, eu suspirei, ─ Eu o encontrei no trabalho fazendo um boquete


em outro cara.

Ao contrário de ambos os meus amigos que tinham ficado lívidos, sua


risada foi instantânea.

─ Não é engraçado, ─ eu o repreendei.

Sua risada baixa encheu-me de calor. ─ Não?

─ Claro que não ─ eu disse, sem convicção alguma.

Uma sobrancelha de ouro se arqueou enquanto ele me estudava.

Dei de ombros. ─ De qualquer forma, a culpa é minha, eu acho. Eu não


pareço ser muito interessante.

─ Não é assim, Sr. Nash ─ ele me prometeu.

─ O que você está fazendo aqui? ─ Eu ignorei o elogio, olhando em volta


para as pessoas que normalmente o seguiam. O homem nunca estava sozinho.

─ Eu vim sozinho.
─ Tem certeza disso? Você pode me dizer se você estiver em um
encontro. Prometo que não vou derramar tudo para os tabloides, ─ eu
brinquei com ele.

─ Eu não namoro.

─ Por que não?

─ Todo mundo me aborrece.

Eu ri baixinho. ─ Entendo.

─ Exceto você, Julian Nash. Você nunca me aborrece, nem um pouco.

Ele estava tentando me dar um ataque cardíaco. ─ Como você sabe? Nós
nunca estivemos em um encontro.

─ E eu gostaria de remediar isso, então... venha para casa comigo.

─ Como saindo em um encontro?

─ Não sei. Eu não me importo. Apenas venha para casa comigo.

Suspirei profundamente. ─ Deus, eu gostaria de poder.

─ Por que não pode? Basta desmarcar o seu jantar.

Mas eu não podia, e quando eu expliquei com quem o jantar era, seu
rosto se iluminou tão rápido que eu mal podia respirar. Ele era uma visão de
calor e sexo, e a maneira em que ele olhou para mim com seus olhos de gato
estreitados era o suficiente para me transformar em uma tocha humana. O
homem estava tentando me matar me esbanjando com toda a sua atenção.

─ Eu tenho uma ideia.

─ Vamos ouvir isso.


─ Eu vou ser o seu par para o jantar. Então depois você tem que vir para
casa comigo.

─ Você está falando sério? ─ Eu olhei para ele.

─ Muito.

─ Bem, tão boa quanto essa oferta é, você não tem...

─ Eu não estou aplacando você; meus motivos são completamente


egoístas, eu lhe garanto. Esperei mais que tempo suficiente.

Eu não acreditei nele por um segundo. Ele estava tendo piedade de


mim, porque eu devia ter parecido o inferno. ─ Você sabe que eu aprecio o
que...

─ Oh. ─ Sua voz se levantou. ─ Aquele cara indo enquanto seu amigo ou
seu...

Meu riso o cortou. ─ Todo mundo no trabalho sabe que eu sou gay, se é
isso que você está pensando. Não guardo segredos.

─ Bem, tudo bem, em seguida, você não tem nenhuma razão para não ir.

E ele estava certo, eu não o fazia.

─ Tudo bem, Dean, você está certo. O que eu sou, estúpido?

─ Devo responder? ─ Seus olhos brilhavam, com humor malvado. ─


Porque você não me ligou.

Eu grunhi, pegando sua mão e levando-o por entre a multidão para


trás. Quando ele parou de repente, eu olhei por cima do meu ombro para
ele. ─ O que? Mudou de ideia?
Ele balançou sua cabeça. ─ Não, eu só... ─ Ele levantou nossas mãos
unidas. ─ Isso é legal. Ninguém nunca apenas segura a minha mão.

─ Por quê?

─ Eu normalmente apenas faço sexo ─, disse ele com naturalidade.

Eu balancei a cabeça, sorrindo. ─ Bem, eu posso segurar sua mão


primeiro?

─ Burro esperto ─, ele murmurou.

Apertei o meu domínio sobre ele e o puxei atrás de mim.

Assim que entramos na sala privada de volta, todos os olhos caíram


sobre Ryan e eu, e eu senti uma onda de orgulho que não só tinha lá comigo
um homem inteligente, engraçado, e lindo, o mais importante, ele
aparentemente, tinha sido muito gentil comigo.

Não importa o que acontecia, Ryan Dean estava lá comigo e meu melhor
amigo e a esposa do meu melhor amigo em uma das noites mais importantes
da minha vida. Eu iria me lembrar para sempre.

A melhor parte da noite para mim era que o nosso grande jantar estava
ocorrendo em uma churrascaria de alta qualidade, mas com todos nós em
roupas casuais. Não haveria ternos e gravatas. Eu vestia calça jeans e um
suéter, Cash calça de veludo e mocassim, sua esposa vestia com elegância
simples, esses éramos nós.

Devido ao nível de casualidade que Cash e eu tínhamos pedido, fui


surpreendido pela forma em que muitas pessoas acabaram por se juntar a nós
para o jantar. Eu me senti um pouco desconfortável em ser o centro das
atenções e assim fez um caminho mais curto para o meu patrão, Miles Teruya,
o diretor-gerente do escritório de San Francisco. Depois que ele apertou
minha mão e apertou meu ombro, disse a Ryan quanto era bom vê-lo
novamente. Miles se lembrou do meu acompanhante tão bem quanto
qualquer um do resto de nós. Antes que eu pudesse dizer outra palavra, meu
chefe se virou para falar com o Sr. Davis, chamando a sua atenção.

O proprietário e CEO da empresa onde eu trabalhava se levantou da


cadeira e me ofereceu sua mão, assim como aconteceu todos os dias.

─ É um prazer ─ o homem se dirigiu a mim gentilmente.

Eu senti a sinceridade em sua voz. ─ Sr. Davis, este é Ryan Dean.

Ele estendeu a mão instantaneamente, sem hesitação, sem um segundo


de atraso. ─ Prazer, Ryan.

─ Senhor.

─ Julian, eu gostaria que você conhecesse Brian Santos, o nosso novo


chefe de marketing estratégico em Nova York. ─ Eu estendi minha mão para o
homem. ─ E este é Ryan Dean. Ryan, Brian Santos.

─ Oi. ─ Ryan apertou a sua mão também.

─ Por favor sente-se. Vamos pegar algo para beber para vocês dois ─ Sr.
Davis disse rapidamente.

Olhei para Cash, o viu levantar as sobrancelhas para mim. O prazer no


rosto de Phoebe era transparente, e vi Ryan responder ao canto de sereia que
era a esposa do meu melhor amigo. Ela era adorável demais para resistir. Ele
passou ao redor da mesa rapidamente. Cash observava sua esposa se mover
para oferecer a mão ao meu acompanhante.
─ É tão bom que você pôde se juntar a nós ─ ela emocionou-se. ─ Eu
nunca perco o seu espetáculo.

─ Obrigado. ─ Ele estendeu a mão para tocar seu rosto. ─ Deus, agora
eu entendo toda a coisa sobre a mulher grávida brilhar, não é?

Ela suspirou profundamente, olhando para ele. ─ Eu sabia que você ia


ser um sonho em pessoa.

Seus olhos cintilaram, e eu a vi derreter ali mesmo. ─ E posso dizer que


Cash é um homem de muita sorte por ter uma deusa em seu braço, ─ Ryan
disse a ela.

Olhei para Cash, e ele olhou para mim. Nós dois estávamos esperando
para ela rir ou dizer que ele estava cheio de merda ou bater nele ou algo
assim. Certamente ela não iria deixá-lo fugir com uma linha tão extravagante.

─ Oh, ─ ela ronronou quando ela chegou para ele. ─ Você não é
maravilhoso?

Olhei para Cash, e ele imitou a palavra “hormônios” para mim.

Suas mãos estavam entrelaçadas quando eles começaram a falar quase


freneticamente. Ela queria saber tudo sobre ele, até ao mais ínfimo
pormenor. Ele queria o mesmo dela. Você teria pensado que eles eram
gêmeos separados ao nascimento.

Nós comemos, bebemos e conversamos. Ryan teve uma borbulhante


cidra com Phoebe, o que eu achei encantador. Cash estava surpreso que Ryan
era um ávido jogador de futebol; Ryan não podia acreditar que Cash tinha
sido a Graceland nove vezes. Nós rimos e rimos e Ryan apostou com Phoebe
cinco dólares que ela não iria beber o copo pequeno de condimento que veio
com sua salada. Ela teve que beber com um canudo. Ele ordenou mais para
ela depois que ela o fez, e ele pagou.

Sr. Davis olhavam para todos com a expressão mais divertia no


rosto. Quando alguém tentou trazer o trabalho, ele os ignorou até que
deixavam de pressionar a questão. Ele só queria desfrutar; o negócio poderia
ser feito a qualquer hora. Rir era para o momento.

No meio do jantar, eu me inclinei e disse a Ryan quanto apreciava que


ele estivesse lá. Notei o tremor que o percorreu quando eu levantei meus
lábios soprando em sua orelha.

─ Não precisa me agradecer ─ ele sussurrou de volta, seus olhos


trancados em meu rosto enquanto sua mão se movia debaixo da mesa, seus
dedos atando-se com os meus. ─ Estou tendo um ótimo momento. Seus
amigos são surpreendentes.

─ Em que maneira?

─ Eles realmente querem o melhor para você. Cash e você trabalham no


mesmo lugar, mas eles não estão com ciúmes de você em tudo.

─ Ele é meu melhor amigo e meu parceiro; ele é o único observando


minhas costas.

─ E ele realmente vai ─ disse ele como se fosse estranho. ─ Você pode
contar com ele.

─ Você tem pessoas em sua vida em que você confia?

─ Para algumas coisas ─ ele respondeu vagamente, ─ não todos.

─ Sinto muito, querido.


Ele prendeu a respiração. ─ Tudo bem, ─ ele disse, ─ e você acabou de
me chamar de bebê.

Eu tinha chegado à maneira familiar muito rápido. Isso sempre


aconteceu quando eu gostava de alguém. ─ Merda. Sinto muito...

─ Não sinta ─, ele me interrompeu, apertando os dedos que estavam


entrelaçados com os meus, então eu não poderia puxar minha mão. ─ Você
falou como se eu pertenço a você... é bom para mim.

Essa era uma afirmação perigosa para fazer.

─ Julian? ─ Ele estava estudando meu rosto. ─ Você está bem?

─ Não sei.

Ele me bateu com o ombro e voltou sua atenção para Phoebe. Eu


percebi que eu queria ter seus olhos em mim. O fato que ele não tinha soltado
a minha mão, me forçando a comer com minha esquerda, encheu meu
estômago com borboletas. Quando tinha sido a última vez que eu tinha me
sentido assim?

─ Oh, olhe, ─ Christine Abrams, um dos gerentes de contas de Nova


York, engasgou na minha frente. ─ Este é Kevin Winters. Ele acabou de fechar
esse negócio com os militares para construir os circuitos electrônicos para isto
ou aquilo.

─ Isso mesmo, ─ Brian disse devagar para quem estava escutando. ─


Você viu no Forbes que eles estão chamando-o de homem de sessenta milhões
de dólares? ─ Parecia ser uma pergunta retórica, porque ele não esperou por
uma resposta. ─ Seu negócio seria bom.

─ Sim, seria, ─ Christine disse categoricamente.


─ Nós já temos isso ─, Miles garantiu para ela e Brian. ─ Cash e Julian
fizeram todo o PR para sua primeira fusão com Ramsey Software.

─ Sério? ─ Comentou Brian. ─ Bem, isso é excelente. Cash, por favor


convide o homem para se juntar.

─ Não eu ─ disse ele, inclinando-se sobre sua esposa e batendo na


minha perna duramente. ─ Ele não me conhece. Levante-se, Julie, para que
ele possa vê-lo.

Eu sugeri que talvez o Sr. Winters estava ocupado e não deveria ser
interrompido, mas Brian era insistente. Levantei-me e andei em volta da
mesa, ao mesmo tempo em que Sr. Winters olhou ao redor da sala. Seu rosto
se iluminou quando ele me viu, e ele imediatamente começou a se aproximar
dele.

─ Oh merda, ─ Brian ofegou, claramente surpreso com sua própria


reação, bem como o fato que o homem realmente me conhecia. A maneira em
que ele olhou para mim era engraçada.

Kevin Winters estava vestindo um terno Hugo Boss que estava ótimo
nele, o corte mostrava seus ombros largos e cintura estreita. Notei que o que
sempre me impressionou sobre ele, era a forma em que o homem parecia tão
confortável em sua própria pele.

─ Oi, ─ ele chamou.

Eu virei minha cabeça para ele quando ele se aproximou de mim,


estendendo a mão.

─ Como diabos você está? ─ perguntei quando ele pegou minha mão e
colocou a outra no meu ombro.
─ Eu estou fazendo muito bem, você não leu a notícia?

─ Eu vejo que o seu guarda-roupa está melhorando. ─ Eu o provoquei.

Seu rosto mostrou sua facilidade em minha empresa. ─ Sim, o que quer
que seja não odeio o jogador, odeio o jogo.

Alto e musculoso, ele não era o que a maioria das pessoas tinha em sua
mente enquanto desenvolvedor de software estereotipado. Ele havia me dito
que porque ele era Africano-Americano, e ainda, por vezes, ele se deparava
com o preconceito. Eu não tinha acreditado nele, e ele me deu um olhar
engraçado. Nós tivemos uma longa conversa sobre a natureza humana. Eu
gostava da sua companhia e o fato que ele era muito brilhante. Era bom
quando alguém poderia seguir a sua linha de pensamento.

─ O que você está fazendo aqui? ─ ele perguntou, olhando para todas as
pessoas a mesa. ─ Parece que você está comemorando alguma coisa.

─ Nós estamos. Cash e eu só fomos promovidos, e nosso CEO Kelly


Davis está aqui. Deixe-me apresentá-lo a todos.

Ele estendeu a mão e colocou uma mão de volta no meu ombro.

─ Você não está deixando certo? Quero dizer, agora que você está se
movendo para cima na cadeia alimentar, você não vai ser realocado ou algo
assim?

─ Não.

─ E você e Cash ainda vão lidar com meus eventos pessoalmente?

─ Claro. Não esta...


─ Oh, ei, Cash! ─ Sr. Winters caminhou ao redor dos outros para
estender a mão para o meu melhor amigo que se levantou e a sacudiu. ─ Bom
te ver.

─ Também você. ─ A voz de Cash estava quente, e eu sabia que ele


estava satisfeito que Kevin estava realmente feliz em vê-lo.

O Sr. Winters voltou-se para olhar para mim. ─ Então me diga, o que
acontece agora?

Eu o apresentei ao Sr. Davis e a Brian Santos, o acompanhei ao redor da


mesa de Miles, e depois o deixei apertar a mão de todos os representantes de
vendas, incluindo Christine Abrams. Finalmente, eu andei ao redor da mesa
para atender Phoebe e Ryan. Ele esteve muito contente em conhecer os dois,
elogiando Cash para sua esposa e eu para meu acompanhante. Tinha sido
legal da parte dele e me deixou saber o quanto ele realmente considerava
valiosas eu e meu parceiro.

─ Você tem muita sorte em ter Julian e Cash ─, disse ao Sr. Davis depois
de virar a sua atenção de Ryan ─ Eles são muito bons. Ninguém mais tinha a
menor ideia do que fazer com a minha conta quando eu estava fazendo
compras para uma empresa de relações públicas. E até mesmo em seu lugar
não parecia bom até que eu conheci seus meninos aqui. Todas essas pessoas
vieram de Nova York, e foi um desperdício desde a ideia vencedora esteve
aqui o tempo todo.

─ A campanha Moxie tem sido fenomenal ─, Sr. Davis disse para Cash e
eu, ─ mas o produto o exigia ─, completou, olhando para o Sr. Winters. ─ Nós
não poderíamos fazer menos para você.
Tinha sido uma grande campanha. Não a maior na história da Miller
Freedman, mas estava lá em cima, entre as dez primeiras.

Nós tínhamos sido encurralados, Cash e eu, a caminho de uma reunião


que uma centena de pessoas tinham frequentado. O Sr. Winters tinha
assistido apresentação após apresentação, claramente entediado até a
morte, comprometendo-se a nada, e por um capricho, nos chamou quando
nós saímos da enorme sala de reuniões em estilo anfiteatro.

─ O que vocês dois acham?

Eu olhei para ele, e Cash fez o seu estrabismo patenteado.

─ Nada, não é? ─ Ele nos provocou, rindo, pronto para nos despedir
com o resto, caminhando até a porta. “Grande surpresa”.

─ Na verdade, nós temos esta ideia. ─ Eu respirei, sorrindo


largamente.

Ele parou e pegou o bloco de desenho que eu lhe entreguei, aquele onde
eu tinha estado rabiscando nas últimas duas horas. Cash e eu tínhamos
passado isso para trás e para frente, enquanto todo mundo estava falando
antes, sobre os drones e o software que a empresa do Sr. Winters fabricava.

─ Nós ─, indiquei meu parceiro e eu, ─ ouvimos dizer repetidas vezes


que o software que estão sendo lançados presumiriam saber o que é o
melhor para todas as necessidades de inventário dos seus clientes.

─ E isso nos fez pensar, ─ Cash entrou na conversa, ─ que talvez o


software era como um cara sábio e teria a coragem de dizer-lhe, por vezes, o
que você não gostaria de ouvir. Então nós estávamos pensando, qual é uma
boa maneira para dizer espertinho?
Kevin Winters, que já não estava tentando sair, parecia ter parado de
respirar. Ele tinha basicamente congelado onde estava e estava olhando
para nós. Eu estava vagamente consciente que a sala tinha ficado tranquila
ao nosso redor.

─ Então nós pensamos, Moxie2 ─, expliquei.

O CEO olhou longe de mim, para alguém, e depois voltou seu olhar
para mim.

─ Moxie, certo. ─ A voz ressonante de Cash chamou a atenção do Sr.


Winters de mim, ─ como ‘aquele garoto tem moxie, grandes bolas'. Então
pensamos ─ disse ele, apontando para o meu bloco de notas nas mãos do
magnata do software, ─ de escrever a palavra com um M maiúsculo no
início, colocando um chapéu de feltro sobre ele, e chamar o software
“Moxie”. Moxie porque ele sabe o que é certo, e ele vai dizer-lhe. Seu sistema
de negócios está com Moxie, garoto.

─ Você tem que ter o sotaque de Edward G. Robinson3, ─ eu adicionei.


─ Muito, você sabe. ─ Eu limpei minha garganta. ─ “seu inventário é baixo
inventário, vê?”

─ Isso cansa ─ Cash me assegurou.

─ Sim, mas você estava pensando em Bogart.

Cash grunhiu, assentindo. ─ Eu estava, sim, mas você está certo. É


mais Edward G. Robinson.

Kevin Winters estava olhando de boca aberta para Cash.

2
Em Inglês : energia, desenvoltura, capacidade.
3
Ator americano de origem romena com uma inconfundível figura baixa e atarracada, com o rosto pisado e os olhos
forma vagamente orientais, alcançou a popularidade como intérprete de papéis de gângster na era da Lei Seca.
─ É simples e memorável ─ eu disse quando ele virou lentamente a
cabeça para olhar para mim, ─ e você pode ter todos os tipos de diversão
com os comerciais. ─ Eu balancei minhas sobrancelhas para ele. ─ Mas é
apenas um pensamento, já que você perguntou e tudo.

Ele balançou a cabeça lentamente, olhou para trás e para frente entre
mim e Cash antes que ele me ofereceu sua mão. ─ Isso está indo trabalhar,
senhores.

Tinha sido o início de uma parceria de negócios muito gratificante, que


tinha beneficiado Miller Freedman tanto financeiramente quanto
profissionalmente.

─ Eu aprecio o seu negócio, Sr. Winters ─ disse Davis, oferecendo sua


mão ao magnata do software.

─ Eu aprecio Julian e Cash, Sr. Davis ─ disse Winters ao CEO da nossa


empresa antes de tomar sua mão. Depois de um minuto, ele se virou para
olhar para mim. ─ E agora? Tudo é a mesma coisa com vocês, exceto os novos
títulos ou haverá qualquer outra coisa?

─ Sim, tudo a mesma coisa ─ eu lhe disse, apreciando o fato que ele
queria ter certeza que Cash e eu não estávamos indo em qualquer lugar.

─ Bom, porque eu preciso de você. Eu preciso dar uma festa para os


meus acionistas, e eu quero você e seu parceiro para fazer isso acontecer.

─ É claro ─ Cash assegurou. ─ Eu posso ligar...

─ Eu vou chamá-lo na próxima semana. Vou levar você e Jules para


Donatello. Eu estou morrendo para ver se a nova lasanha é tão boa quanto
todos dizem.
─ Parece ótimo ─ Cash concordou, oferecendo ao homem sua mão.

Ele deu a Cash um aperto e depois me levou alguns passos longe da


mesa.

─ Então, eu vou chamá-lo ─ disse ele, ─ o número é o mesmo?

─ Sim ─, eu respondi.

O Sr. Winters puxou o telefone do bolso de sua jaqueta. ─ E o seu


número de celular? Isso ainda é o mesmo também?

─ Sim.

Os olhos dele encontraram os meus. ─ Então eu o tenho já.

─ Bom.

─ Certo, eu tenho que ir. ─ Ele olhou ao redor antes de olhar para
mim. ─ A menos que você queira vir?

─ Oh não, estou bem aqui.

─ Você tem certeza?

Eu balancei a cabeça. ─ Sim, graças embora.

─ Tudo bem, eu vou te ver. Até mais tarde, Cash ─ ele chamou de volta
para o meu parceiro.

─ Mais tarde.

Eu recebi um tapa duro no ombro, e então ele se foi. Tomando o meu


assento ao lado de Ryan, ele se inclinou para mim. Eu não tinha ideia do que
eu tinha feito para merecer o gesto familiar, mas eu não estava prestes a
interrogá-lo.
─ Não me lembro dele ser tão quente ─ Phoebe estava dizendo. ─ Ele
não pareceu assim nas revistas... eu teria me lembrado.

Todo mundo riu.

─ O que elogio tem sido ─ Ryan sussurrou, sua mão deslizando desde as
costas para o meu ombro. ─ Esse homem realmente confia em você e sua
criatividade.

A atenção combinada com o tom sensual da sua voz, a maneira em que


seus dedos afundaram em meu cabelo, a pressão dele massageando a parte de
trás da minha cabeça... tudo isso me deixou tonto. Eu poderia me acostumar a
ter o homem ao redor muito rápido se eu não tivesse cuidado.

Uma meia hora mais tarde, o Sr. Davis levantou-se da mesa.

─ Tudo bem, todo mundo, precisamos encerrar a noite antes de chamar


táxis para todos vocês. Segunda de manhã vamos todos nos encontrar ás nove
em ponto para falar sobre o orçamento e a demonstração de resultados do
ano passado. Quero conhecer sua equipe, as estrelas brilhando e as pessoas
que estamos procurando para desenvolver. Eu quero um banco profundo,
especialmente aqui, porque com os números que os dois estão colocando-se,
eu sinto que, eventualmente, teremos de chamá-lo para Nova York. ─ Cash
tentou, sem sucesso, interrompê-lo. ─ Seus resultados em colocá-lo em um
clube muito exclusivo, Sr. Vega. Você e Nash são o futuro desta empresa, e eu
pretendo tornar impossível que vocês digam não a mim. ─ Nenhum de nós
disse uma palavra. ─ Nós vamos passar por cima de tudo na segunda-feira.

Nós dois lhe demos o acordo que ele estava procurando, o senhor
acenou em reconhecimento. Fora do restaurante, todos nós demos boa-
noite. Ryan e eu andamos com Cash e Phoebe para o estacionamento. Uma
vez que nós estávamos sozinhos.

─ Então ─ disse ele. ─ Você está pronto para voltar para casa comigo?

Limpei a garganta. ─ Ryan...

─ Obrigado por me apresentar Kevin Winters. Você não precisava. ─ Eu


olhava para ele.

─ Bem, você não fez. ─ Ele deu de ombros.

─ Mas você está aqui comigo e foi um grande negócio.

─ Eu sei. ─ Ele limpou a garganta. ─ Você me mostrou. Eu nunca fui


para uma função de trabalho com mais ninguém. Significa mais do que você
imagina.

─ Sério?

─ Sim, realmente. ─ Ele balançou a cabeça e fechou o resto da distância


entre nós, estendendo sua mão para mim, seus dedos deslizando sobre minha
mandíbula, em seguida, até a minha garganta. ─ E agora eu acredito que você
precisa voltar para casa comigo.

A forma como ele disse, o exalar da respiração, senti um nó em meu


estômago.

─ Por favor, Julian.

─ Por quê? ─ Perguntei sinceramente, querendo saber.

─ Porque ─ ele disse, com a voz rouca, molhando os lábios, ─ Eu quero


falar com você.
E eu percebi como eu olhava para aqueles olhos de gato lindos que eu
queria desesperadamente ir para casa com ele. Suas mãos se sentiam bem na
minha pele, sua respiração estava quente no meu rosto, e ele parecia contente
em pé perto de mim. Foi bom, e fiquei muito lisonjeado. Mas nada de bom
poderia vir de mim querendo Ryan Dean. Ele não era sério, e eu não era nada
além. Não havia nenhuma maneira de vencer.

─ O que você está pensando? ─ Ele perguntou, olhando nos meus olhos
antes que dele pegar e tirar meus óculos. ─ Você pode ver sem esses?

─ Sim. ─ Eu disse a ele quando ele os colocou-os em cima de sua cabeça.


─ Você está pensando em mantê-los?

─ Eu gosto do estilo: muito legal, o metal, os parafusos, muito elegante e


limpo, mas eu não sei. Agora me diga o que você está pensando?

─ Eu estou pensando que você está fora da minha liga. ─ Eu fui


honesto. ─ Você sabe que você está.

─ Eu acho que é o contrário ─ disse ele, agarrando as lapelas do meu


casaco de verde ervilha, certificando-se de que eu não podia andar longe dele.
Deus, ele ate mesmo cheirava bem. ─ Venha para casa comigo.

─ E fazer o que?

─ Deixe-me servi-lhe a sobremesa, ─ ele disse suavemente. ─ Por favor,


Jules.

Como eu poderia dizer não?

─ Julian?

Eu não tinha tido relações sexuais com Channing Isner, e agora Ryan
Dean o queria? O que ?
─ Venha comigo para casa. Vou fazer-lhe uma coisa incrível.

Mas o que eu esperava e o que ele queria tinha que ser duas coisas
completamente diferentes. E eu tinha um processo que eu passei: amigo para
amante, amante, noivo e parceiro. Eu não funcionava de qualquer outro
modo; eu nunca tive. ─ Eu não sou como você pensa que eu sou, ─ eu disse a
ele.

─ Como você sabe o que eu penso? ─ Ele perguntou, com as mãos


abrindo meu casaco e deslizando sobre meu abdômen. Só que muito contato
fez minha mandíbula apertar.

─ Você sabe, eu deveria apenas ir para casa, ─ Eu mal saí enquanto suas
mãos escorregaram de debaixo do meu casaco e camisa para tocar a pele nua.

─ Oh sim, eu sabia que seu corpo tinha que ser algo sob a roupa, o Sr.
Nash.

Ninguém tinha me tocado desde o meu último namorado, Mitch


Carmichael, e seis meses de celibato era difícil para qualquer libido. Aos vinte
e oito anos, eu tinha apenas uma saudável vida de sexo como qualquer cara.

─ Você está tremendo. ─ Eu fechei os olhos. Seus lábios roçaram minha


garganta. ─ Vem comigo para casa... por favor.

A ideia de sexo casual foi emocionante, a realidade simplesmente não


batendo. Eu respirei fundo, abri meus olhos, me desembaracei dele, e dei um
passo para trás. ─ Eu não posso. Eu apenas não fodo por ai.

─ Quem falou em foder?

Ele arqueou uma sobrancelha e seu sorriso, que fez faísca sair dos seus
olhos, me tirou o fôlego. O homem era realmente a coisa mais linda que eu já
vi na minha vida. Eu estava de modo algum preparado para trocar
brincadeiras vigorosas com ele.

─ Eu sei que você não fode, ─ Ryan respirava. ─ Mais mel? ─ ele poderia
ler minha mente? E o que era isso de ficar me chamando de “mel”?

─ É inteligente, você não ir para a cama, a menos que você queira isso ─
disse ele, estendendo a mão e deslizou um dedo por uma das presilhas da
minha calça, me aliviando perto dele, seus olhos nunca deixando os meus. ─
Bem, eu quero dizer isso, também, então vem para casa comigo.

─ Ryan, eu...

─ Apenas venha comigo ─ ele insistiu, e eu vi o quão sério ele falava. ─ E


vamos ver se consigo convencê-lo de que eu falo sério sobre isso.

Ele estava brincando comigo, pensei, um segundo antes que ele se


adiantou e colocou a sua coxa contra a minha virilha, a mão na parte de trás
do meu pescoço, ele me puxou para perto. Eu lentamente separei meus lábios
e boca de Ryan estava na minha, sua língua correndo para dentro, o beijo
duro e urgente. Suas mãos estavam em meu rosto, certificando-se de que não
me mexia. Ele não tinha ideia sobre o que o beijo poderia ser, como quente e
demorado. Eu mudei de posição, me endireitei, e decidi mostrar-lhe o que
estava faltando. Eu inclinei a cabeça para trás, acalmando-o completamente
em minhas mãos antes de exalar. Estremeceu apenas uma vez antes de selar
os meus lábios para baixo sobre os dele.

Sendo mais alto do que ele, mesmo por alguns centímetros, me deu a
vantagem que eu precisava. Enfiei minha língua sobre a dele, lenta e
deliberadamente, provando-o, aprofundando, e para trás, parando por apenas
um batimento cardíaco antes de começar novamente, tomando-o para baixo
quando ele se apertou a mim. Beijei-o como se ele me pertencesse, como tudo
o que eu tinha era tempo. Eu o senti tremer quando meus dentes tocaram seu
lábio inferior, puxando delicadamente, sugando-o dentro da minha boca
antes que eu recuasse para longe dele.

Os músculos de sua mandíbula cerrados e apertados, eu tinha toda a sua


atenção. Olhei para ele enquanto ele olhou para mim, seu peito subindo e
descendo, engolindo em seco. Uma coisa eu sabia: eu era um beijador de
classe mundial. Às vezes, quando eu estava realmente concentrado, lento,
deixando o acumulo de calor, brincalhão e dominante, ao mesmo tempo... às
vezes, os meus amantes, o beijo tinha sido suficiente.

─ Julian ─ ele sussurrou, levantando a mão, vindo para descansar


suavemente sobre minha garganta, acariciando a minha pele enquanto seus
olhos se estreitaram dessa forma antes de ir para a cama. Foi muito sexy e o
próprio homem irresistível. Inclinei-me, e ele me encontrou na metade. O
segundo beijo foi ainda melhor do que o primeiro.

Seus lábios se separaram instantaneamente quando ele apresentou para


mim. Eu coloquei minhas mãos em seu rosto, a boca inclinada sobre a dele,
beijando-o profundamente, tendo certeza que eu não perderia nada: o céu de
sua boca, seus dentes, o interior de suas bochechas e sua língua. Beijei-o até
que ouvi o gemido doce eu estava depois, o som revelador de rendição. Senti
suas mãos na minha cintura, as coxas dele contra a minha. Enfiei minha
língua ao redor dele, deixando-o sentir-me frente e para trás, o movimento
insinuando mais. E eu queria mais, porque se sentia tão bem apenas beijá-lo,
a forma como sua boca se ajustou a minha, sua desinibida resposta sensual,
eu só podia imaginar como ele seria na cama. Eu queria sentir sua pele nua
sob minhas mãos, estar enterrado dentro dele.
Eu não queria parar, ele tinha um gosto tão bom, mas eu me fiz antes
que eu fiz algo estúpido e deixe-me tocá-lo novamente. Quando eu me inclinei
para trás, ele veio comigo por um segundo, inclinando-se bem antes dele se
recuperou e se endireitou. Seus olhos eram verdes-oliva escuro, com cílios
pesados, e seus lábios estavam inchados. Eu encontrei-me apenas ali olhando
para ele, incapaz, sem vontade de me afastar. Eu realmente queria levá-lo em
sua oferta. Eu queria ir para casa com ele.

─ Que tal isso? ─ Ele perguntou em voz baixa, enquanto arrastava no


ar. ─ Que tal nós irmos ao lado de Dante e tomar uma bebida. ─ Eu esperei. ─
E então ─ disse ele com voz rouca, ─ quando estiver pronto, você me deixa
levá-lo para casa.

Ele estava sendo tão complacente, lento, em vez de me atacar. Sua


reputação era de que ele movia rápido, ele dormia com você e descartava
você, geralmente na mesma noite. Eu não queria ser mais um ponto em sua
cabeceira. Eu queria ter mais ou nunca ter qualquer coisa.

─ Tudo bem? ─ Ele me pressionou.

─ Você realmente acha que eu vou para casa com você? ─ Eu estava
observando-o atentamente, estudando-o, e assim não perder o tremor súbito,
a constrição rápida do peito, ou o comprimir dos seus lábios. O homem
parecia nervoso, e eu estava confuso.

─ Oh sim.

E a maneira como ele disse, assim que a matéria de fato, a forma como
ele estava segurando meu olhar, nada de glamour apenas honesto, foi
surpreendente.

Ele pegou minha mão, os dedos deslizando nos meus. ─ Vamos.


A maneira como ele estava me tocando era bom, como se ele se
importasse. A forma como seus olhos procuraram os meus, a forma como ele
mordeu os lábios, respirou rápido, era tudo muito revelador. Ele queria que
eu fosse com ele. Quando ele puxou suavemente sobre a minha mão, eu segui
atrás dele.

─ Merda.

─ Qual o problema? ─ Perguntei suavemente.

─ Ninguém me deixa nervoso assim ─ confessou, liberando uma


respiração rápida, mesmo quando ele apertou sua mão na minha.

Dentro de Dante, um clube de jazz latino que eu gostava, ele apontou


para uma mesa vazia em direção à saída, e eu caminhei em direção a ela,
enquanto ele continuou indo em direção ao bar para pegar as bebidas. Eu fui
relaxar, esperando por ele, minhas pernas esticadas para fora na minha
frente, quando um cara se aproximou de mim. Eu vi como o homem agachou-
se então ele estava no nível dos meus olhos.

─ Oi. ─ Cumprimentei-o.

─ Posso convidá-lo para sentar-se comigo?

─ Na verdade, estou aqui com alguém, ─ eu disse a ele. Homem


considerável, mais velho que eu, olhos castanhos, barba, bigode, alto, de
ombros largos, ele era o tipo de cara que eu teria adorado conversar. Eu não
tinha saído em um longo tempo. O timing foi engraçado.

─ Eu não vejo ninguém. ─ Ele abertamente olhou para mim quando ele
colocou a mão no meu joelho. Foi divertido. Eu não conseguia nem me
lembrar da última vez que alguém se aproximou de mim em um bar ou em
qualquer outro lugar para esse assunto. Eu não era o tipo de cara que a
maioria dos homens notava. Com o cabelo castanho-escuro, olhos azuis
escuros e óculos, era fácil perder-me em uma multidão. Minha mãe sempre
disse que eu tinha características marcantes, mas vivendo na minha própria
pele, eu sabia a verdade. Eu era simples, e isso era tudo. Eu era construído
longo e magro, músculo que nasceram sendo um atleta na escola e na
faculdade, e muita natação, desde que eu tinha oito anos e ainda fazia
diariamente. Eu corria e levantava pesos, mas meu corpo não era a peça
esculpida de arte como o de Ryan Dean.

─ Ele está bem aqui ─ eu disse, inclinando a cabeça para Ryan quando
ele fechou em mim, pegando o copo que ele estendeu uma vez que ele estava
lá. ─ Mas eu agradeço a oferta, é muito lisonjeiro.

─ Oh, ─ o cara disse, levantando-se, olhando para mim. ─ Bem, talvez


depois que você terminar aqui, você possa...

─ Ele não vai terminar ─ Ryan interrompeu, sentando na cadeira ao


meu lado, com as pernas esticadas sob as minhas.

O cara assentiu, me deu um último olhar, e saiu.

─ Não é possível deixá-lo sozinho por um segundo, hum? ─ Ryan disse


rapidamente, seu sorriso forçado. Eu poderia dizer a diferença entre seu rosto
e a falsidade não estava lá.

─ Será que não costuma acontecer, ─ eu assegurei a ele quando ele se


inclinou paraá frente.

─ Oh, eu acho que ele faz. Eu acho que você só não percebeu.

Mas eu realmente era um homem muito observador. Por exemplo, eu


observei tudo sobre Ryan Dean. ─ Sim?
─ Talvez você esteja apenas irradiando felicidade agora.

─ E por que eu estaria fazendo isso?

Ele parecia incerto, quase afundando. ─ Eu não sei, talvez eu esteja


fazendo você feliz agora?

Não havia dúvida de que estar em torno de Ryan Dean provavelmente


me fez brilhar.

A expressão dele mudou, ficou pensativo, como se ele estivesse tentando


me descobrir.

─ O que?

─ Você não tem ideia de como você se parece, não é?

Eu sabia exatamente o que eu parecia, e eu, a qualquer hora, em


qualquer dia, não teria feito qualquer homem parar e conversar. Eu era o cara
que você tem que saber e, em seguida, notou. Isso nunca funcionou de outra
maneira. Homens me viram depois que me conhecia, não antes.

─ Ei.

Meus olhos voltaram para os dele. Como eu tivesse perdido em


pensamentos por alguns momentos, quando minha mente se afastou do meu
foco. Mas Ryan queria a minha atenção e eu voltei para ele.

─ Você não está bebendo. ─ Ele apontou para o meu copo. ─ Eu quero
que você beba.

─ Desculpe, ─ eu disse, a resposta automática, olhando para o copo. ─ O


que é isso?

─ Suco de oxicoco.
─ O que tem nele? ─ Perguntei, tomando e saboreando.

─ Nada de álcool.

Sem álcool. ─ Por quê?

Ele apenas deu de ombros.

Eu tomei um gole do meu scotch com água. ─ Eu não deveria beber


mais. Já não sou tão lúcido como eu deveria estar.

─ Beba.

Eu ri, e ele balançou as sobrancelhas para mim. Ele era muito bonito, e
eu estava tendo problemas e não apenas inclinado para frente e degustando
ele. Os ímpios me deixaram saber que ele pudesse ler minha mente. Quando
alguns fãs vieram, reivindicando sua atenção, eu estava quase aliviado.

Um pouco mais tarde, quando eu estava ouvindo a música, percebi de


repente o quão relaxado eu estava. Isso nunca aconteceu quando eu estava
com alguém novo. Normalmente, ‘ansioso’ era a palavra para me descrever,
porque eu nunca estava realmente certo o que dizer ou fazer. Quando eu olhei
para Ryan, eu o encontrei olhando para mim.

─ O que?

─ Nada ─, ele suspirou, ─ apenas olhando o conteúdo.

O que era uma palavra assustadora. Havia um milhão de palavras


casuais para usar. “Conteúdo” não era uma delas. ─ Conteúdo ─ foi reservada
para esse sentimento de paz que vem com ter tudo o que quiser. Talvez sua
definição era diferente da minha.

─ Conteúdo?
Ele se inclinou e deu um tapinha na minha perna suavemente. ─ Sim. ─
Eu tive que sorrir.

Não. Ele e eu tínhamos o mesmo dicionário pessoal. Ele estava feliz ali
onde ele estava, assim como eu estava. Foi assustador como o inferno.

─ Você sabe, os olhos são surpreendentes ─, disse ele lentamente. ─ Eu


nunca vi esses olhos azuis escuros antes.

Olhei para ele.

─ O que?

A maioria das pessoas assume que meus olhos eram negros. Que Ryan
Dean tinha olhado o tempo suficiente para dizer que eles eram, de fato, azul
era incrível. Eu tinha que inclinar minha cabeça uma determinada maneira ou
a luz tinha que pegá-los para que todos possam ver que eles eram azuis meia-
noite. Ele tinha que estar realmente me estudando. O pensamento encheu
meu estômago com borboletas.

─ Julian?

─ Os seus são também, ─ eu disse rapidamente, porque a mudança de


cores marrom, verde e cinza foram realmente algo a ver. A sombra escura
profunda da azeitona claro que eles estavam no momento em que era
realmente bela.

─ Eles ficam verdes escuros quando estou feliz.

─ Realmente, ─ eu disse, me certificando que eu estava respirando.

Ele balançou a cabeça lentamente. Eu tive que tocar o meu coração.


─ Julian ─ ele exalou. Eu me levantei tão rápido que eu quase derramei
a minha bebida. Eu tinha esquecido por um segundo que ele não era uma
opção para mim.

─ Eu tenho que ir, eu...

─ Espere, ─ ele ordenou, levantando-se.

Virei-me para sair, e seu braço deslizou por cima do meu ombro direito,
sua palma da mão contra o meu peito. Ele me segurou firme contra ele,
mantendo-me lá. Senti seu nariz esfregar por cima do meu ombro. ─ Por que
você quer fugir de mim?

─ Vamos, Ry, eu...

─ Ry é bom ─ disse ele, seus lábios roçando a parte de trás do meu


pescoço antes dele respirar profundamente, me inspirando.

Sem sequer pensar que eu tinha reduzido o seu nome, como se fôssemos
amigos. O que estava errado comigo? Sua mão deslizou até meu peito assim
que seu braço estava em volta do meu pescoço, seu hálito quente em meu
ouvido.

─ Vem comigo a casa para que eu possa falar com você.

Mas quão inteligente era isso? Se eu estivesse sozinho com Ryan Dean,
eu poderia confiar?

─ Você precisa deixar-se ir, Julian. Você se preocupa muito com o que
poderia acontecer em vez de apenas viver o momento. Às vezes, é tudo que
você tem.

─ Como você me conhece, ─ eu murmurei, porque eu gostava de tê-lo ao


meu redor. Eu gostaria ainda mais se ele tirasse todas as suas roupas. Eu me
inclinei para trás um pouco, relaxei, e quando senti a mudança de peso, ouvi
meu exalar lento de ar, seu braço esquerdo passou pela minha cintura, sua
boca contra a minha orelha.

─ Você não tem ideia de quanto tempo eu esperei.

Eu sorri, porque o calor familiarizado foi deslizando para cima minhas


pernas à minha virilha. Nenhuma dúvida sobre isso, eu estava aquecendo
para a ideia de fazer todos os tipos de coisas carnais para ele.

─ Sim?

─ Sim. ─ Ele me segurou mais apertado, sua voz grave e profunda, os


lábios tocando o lado do meu pescoço antes que ele mordeu gentilmente,
ternamente, apenas uma mordidela, apenas o suficiente para provar a minha
pele. ─ Então, por favor, fique aqui comigo. ─ Ele apertou com força para dar
ênfase. ─ Por favor.

Deixei escapar um suspiro e fechei os olhos. Ele era sólido contra mim,
mais forte do que eu teria imaginado, e ele estava segurando-me perto.

─ Por que você quer me deixar?

Apenas me concentrei na respiração porque estava ficando mais difícil


de fazer.

─ Eu te faço sentir bem, certo? ─ Seus lábios estavam suaves atrás da


minha orelha.

Ele fez. Por que mentir? ─ Sim.

Sua mão deslizou sob minha camisa, no meu estômago. ─ Eu perguntei


ao redor sobre você, mas ninguém que eu conheço já esteve na cama com
você. A palavra é que você só se liga para noite.
─ Oh sim? É isso o que todo mundo diz?

─ Sim. Meu amigo Marcus diz que você o rejeitou em uma festa, mesmo
que estando bêbado, e ele estava nu.

Eu ri. ─ Marcus Grant é uma prostituta.

─ As pessoas dizem o mesmo sobre mim.

─ Sim, mas talvez eles simplesmente não conhecem você. Talvez você
durma ao redor porque você está procurando o cara certo, não porque você é
uma puta de pau.

─ Falou como um verdadeiro romântico.

─ Isso é ruim?

─ Não ─ ele respirou. ─ Eu apenas nunca conheci um antes. Agora


vamos lá.

Eu tentei virar minha cabeça para que eu pudesse vê-lo. ─ Você não
sabe nada sobre mim.

─ Eu sei o suficiente ─ ele murmurou, e eu senti-o mais do que eu


ouvi. O som deslizou através de mim. ─ E eu quero saber muito mais, o que é
novo para mim. Quer dizer, eu não gosto de ninguém. Ninguém me deixou
curioso, mas você... você, eu nunca fui capaz de tirar da minha cabeça. Eu
acho que há uma razão para isso, que eu quase me perdi. ─ Sua confissão
deixou os meus joelhos fracos. Ryan Dean estava pensando em mim. Como é
surpreendente que foi isso? ─ Eu sempre gostei de trabalhar com você em
todos os meus projetos. Você é grande com as pessoas, fresco sob pressão, e
assistindo você anda em torno com sua calça jeans é uma experiência
religiosa. ─ Ele suspirou, dando um beijo na curva do meu pescoço. ─ Como
você não sabe que você é lindo?

Mas eu não era, ele era. Eu sabia exatamente o que eu parecia, mas se
ele achava que eu era bonito, por que eu iria corrigi-lo?

─ Você sabe que quer dormir comigo. Todo mundo quer dormir comigo,
─ disse ele enquanto ele beijava meu queixo, então meu ouvido. Eu coloquei a
mão no braço que ele tinha em volta do meu pescoço.

─ Ah, é? ─ Eu provoquei. ─ Todo mundo?

O meio-gemido impaciente me fez gemer antes que ele me empurrou


para frente, então eu estava fora de seus braços. Virei-me para encará-lo e viu
o olhar de necessidade nua em seu rosto.

─ Nós podemos fazer o que quiser, Jules. Eu só quero a oportunidade de


passar algum tempo com você.

─ Por quê?

─ Porque eu quero ─ disse ele categoricamente.

Olhei para ele, e seu sorriso mudou, tornou-se mais íntimo, seu olhar
quente, definitivamente carnal.

─ E agora? ─ Eu perguntei a ele.

─ Oh, você está pedindo agora?

─ Sim.

─ Bem, agora você vem comigo ─ disse ele, movendo-se para frente,
colocando um braço em volta do meu pescoço e me levando para a porta.
Havia mais pessoas no clube para uma sexta-feira noite. À medida que
seguimos o nosso caminho através da multidão, eu percebi que não queria me
separar nem por um segundo. Quando nós seguimos e empurramos de todos
os lados, segurei a sua mão e o senti agarrá-la com força. De alguma forma, eu
acabei tendo que soltar para afastar dos corpos esmagados em conjunto na
borda da pista de dança. Ele soltou, mas em vez de deixar ir depois que ele se
firmou, ele embrulhou ambos os braços em volta de mim.

─ Julian ─ disse ele enquanto ele beijou o lado do meu pescoço, seu
hálito quente e úmido no meu ouvido, ─ venha comigo para casa, certo?

Eu não respondi quando ele me empurrou para fora do clube à frente


dele. Quando estávamos do lado de fora, eu me virei para olhar para ele.

─ O quê? ─ Ele riu suavemente, terminando com um suspiro.

Dei-lhe um olhar.

─ Vamos lá ─ ele me pressionou. ─ Você sabe que você está voltando


para casa comigo. Por que você está mesmo fingindo pensar sobre isso?

─ Eu tive um tempo muito bom com você esta noite, ─ eu disse,


deixando escapar um suspiro, sabendo muito bem a provocação tinha
acabado. Eu levava muito a sério sobre o sexo casual. Mesmo estando atraído
como eu estava com o homem, como excitado eu fiquei só de olhar para ele, e
quanto eu queria fazer coisas ruins com ele, eu não poderia mudar o fato de
que eu estava duro feito rocha por longo prazo. ─ Você deve voltar e pegar
alguém para noite.

Seu sorriso era lento e iluminou seus olhos. ─ Agradeço a oferta, mas
não. ─ Olhei para ele, e ele olhou de volta.

─ Você é diferente do que eu pensei que você seria, ─ eu disse.


─ E você é exatamente como eu sabia que você seria.

─ Isso, portanto, não pode ser bom. ─ Eu estava sendo sarcástico,


porque eu estava nervoso.

─ Oh, sim, podemos ─ ele disse, e sua voz era suave. Eu desviei o olhar,
porque toda a sua atenção foi um pouco excessiva. ─ Vamos lá ─ disse ele,
tomando conta da minha mão, me puxando atrás dele.

A direção que estávamos caminhando era estranha porque não havia


nada lá, que não fosse um jipe.

─ Espere.

─ O que?

─ Vamos em quer dizer...? ─ Eu apontei.

─ Sim ─ disse ele, olhando atentamente para mim. ─ Por quê? Você é
bom demais para andar no meu bebê?

─ Sério? Este é o seu Jeep? ─ Perguntei enquanto caminhávamos até


ele.

─ Sim, por quê? ─ Ele estava carrancudo agora.

─ Nada. ─ Eu estava satisfeito com seu passeio, na verdade, porque era


muito real. Nada pretensioso sobre um jipe de dez anos de idade, coberto de
arranhões. ─ O que tem meu Jeep?

Ele parecia desconfortável de repente. ─ Ele arranha muito, e eu vivia


pintando o tempo todo, então parei.

─ Por quê? Você é um motorista de merda? ─ Eu passei por ele. ─ Devo


ir com você?
─ Eu sou um grande piloto ─ ele disse rapidamente, ─ e você deve
definitivamente ir comigo.

─ Então qual é a história sobre o Jeep?

─ Ele sempre bate quando estou trabalhando. ─ Resposta vaga de um


homem normalmente tão próxima, mas era o carro dele. Quanto é que eu
realmente me importo? ─ Eu acho que vermelho cereja seria quente.

─ Vou pensar ─ disse ele lentamente, dando-me um sorriso perverso e


uma piscadela. Eu sorri de volta. Ele era irresistível. Então, descontraído, tão
consciente de quão sexy ele era com o seu sorriso deslumbrante, corpo lindo,
e, olhos claros brilhantes. Habituado a fazer o que quisesse, porque ele podia.

Eu balancei a cabeça, tentando me manter respirando. ─ Então, ─ eu


disse, ali de pé, olhando para o chão do Jeep. Eu não tinha certeza se entrar
foi o melhor curso de ação; parecia que pulou da frigideira para o fogo.

─ Você vai entrar?

Eu olhei para ele. ─ Estou pensando.

─ Por quê?

─ Porque eu quero.

─ Isso não faz sentido.

─ Se você me conhecesse melhor, ele o faria.

Ele assentiu. ─ Você pensa demais. Entre.

─ Você me conhece...

─ Eu só vou alimentá-lo ─ ele me disse. ─ Juro.

Eu entrei.
Capítulo 2
Apartamento de Ryan estava perto do Distrito Marina, em um edifício
de segurança com um porteiro. Ele cumprimentou o homem pelo nome, e eles
trocaram algumas pequenas palavras.

─ O quê? ─ Ele me perguntou quando ele me pegou sorrindo.

─ Nada, Sr. Dean.

Ele me bateu com o cotovelo. ─ Cale-se.

Eu o segui pelo corredor até a unidade final, e ele abriu a porta para
mim. Ele passou por mim para acender as luzes. Olhei ao redor rapidamente
quando eu o segui.

─ Oh, é bom aqui. ─ Ele olhou para mim engraçado.

─ Você pensou o quê? Que eu vivia em algum estúdio o tempo


todo? Você imagina que a vida de um ex-modelo é o que, fascinante por fora,
mas como um gueto por dentro?

─ Bem, sim ─, eu assegurei a ele. ─ É como o resto de nós lidamos com


tudo sobre as pessoas bonitas. Dizemos a nós mesmos que você deve ter
cascos vazios, desperdício de vida. ─ Ele revirou os olhos como se eu fosse
estúpido antes que ele saiu do quarto. Olhei em volta, verificando os títulos de
seus livros, sua coleção de DVD. A porta do pátio estava aberta e uma luz
estava acesa, então eu segui para o lado de fora. Fiquei surpreso ao encontrar
um grande jardim de ervas. Eu nunca teria imaginado que ele tinha um. ─ Há
uma enorme quantidade de plantas aqui fora em sua varanda, Sr. Dean, ─ Eu
gritei para ele.

─ Eu misturo coisas. ─ Sua voz soou das profundezas do apartamento.

─ Medicinalmente? ─ Eu levantei minha voz para que ele escutasse.

─ Mais ou menos ─ ele respondeu, caminhando de volta para a sala, ao


mesmo tempo que eu.

Estudei-o. ─ O que você é? Uma bruxa, um bruxo? Você faz poções?

─ Não. ─ Ele fez uma careta. ─ Eu não sou uma bruxa.

─ Tem certeza? ─ Eu insisti, porque ele realmente parecia irritado que


eu estava acusando-o de alguma trama nefasta com olho de salamandra.

─ Eu não sou uma bruxa. ─ Ele foi enfático.

─ Mas você faz poções? ─ Eu perguntei para ter certeza de que ele sabia
que eu estava ouvindo.

─ Sabe, para alguém que bebeu muito esta noite, você está muito lúcido
e curioso.

─ Isso foi há horas, e as bebida no clube tem mais água do que qualquer
outra coisa. ─ Ele resmungou.

─ São as plantas venenosas? Você está fabricando cerveja acima de


veneno em seu fogão?

Ele murmurou algo.

─ O que foi isso?

─ Nada.

─ Algo sobre caras que você acabou de transar? ─ Eu ri.


Ele rosnou para mim. ─ Eu disse que caras que eu levo para casa apenas
para transar nunca fazem turnê ou perguntas.

Eu ri com a forma como ele olhou descontente.

─ Merda.

─ Eu posso ir, ─ eu ofereci ânimo leve.

─ Você não vai a lugar nenhum ─ disse ele, me empurrando de volta


para a grande janela que dava para baía. ─ Veja a vista que tenho da cidade, é
boa.

Eu não tinha interesse na vista. Ele sendo evasivo sobre as plantas que
tinha em seu jardim de ervas era infinitamente mais interessante. O que
provou ser uma descoberta ainda maior era que não havia uma foto
emoldurada de qualquer pessoa em qualquer lugar em seu apartamento.

─ Olhe para todas as luzes brilhantes ─ ele disse, brincando, antes de


sair do quarto novamente.

─ O que plantou no seu jardim de ervas, Dean? ─ Eu perguntei a ele.

─ Me dê um tempo!

Eu podia ver sendo evasivo sobre algo ilegal, mas eu sabia o que eu
estava procurando, e não havia nada um membro da aplicação da lei teria um
problema com o crescimento em sua casa. Era engraçado que ele estava tão
espinhoso sobre ele. Também engraçado foi a falta de provas fotográficas de
família ou amigos. Descobri que era realmente estranho.

─ O quê? ─ Perguntou ele enquanto caminhava de volta, tirado sua


jaqueta de couro.

─ Sem fotos?
Ele me deu um olhar estranho. ─ Não.

Eu balancei a cabeça e caminhei até as paredes, olhando para o seu


trabalho artístico. ─ Estes são bons.

─ Sim... sim, eles são ótimos ─ disse ele, distraído, agarrando o meu
braço e me puxando para a banqueta. Sentei-me no banco do balcão da
cozinha enquanto ele ia até a geladeira.

─ Então, que tipo de sobremesa que você quer?

Meu cotovelo caiu sobre o balcão, então minha cabeça na minha mão. ─
Eu não sei, qualquer que seja, desde que você não polvilhe algo a partir do
jardim de ervas sobre ele.

─ Você é engraçado. ─ Sorri para o sarcasmo gotejamento.

Ele fez brownies4. Quem faz isso? Ele falou comigo enquanto
trabalhava, sorrindo, me contando histórias que eram engraçadas e tensas. A
vida do dia-a-dia de um modelo era fascinante.

─ Você deveria escrever um livro.

Ele resmungou enquanto preparava o prato para colocar os brownies.


Eu não tinha ideia de que em qualquer lugar, mas em um restaurante que as
pessoas se preocupam com a apresentação. E ele usou framboesa. Como é que
ele tinha em seu armário da cozinha?

─ O que? Uma framboesa e creme de queijo no brownie. Você tem que


colocar tudo junto.

4
─ Uh-huh ─ eu concordei. ─ Passe-o aqui. Eu só quero comê-lo.

Seu rosto relaxou como se eu fosse um pagão quando eu fiz um gesto


para ele se apressar e me dar a minha sobremesa. ─ Experimentou e saboreou
o sabor do... uh... ─ Ele terminou com um gemido.

─ O quê? ─ Eu perguntei com metade do brownie na minha boca.

Seu sorriso veio rápido quando ele limpou meu rosto. ─ Você quer um
pouco de leite?

Eu balancei a cabeça, porque eu estava mastigando.

Quando eu terminei com o segundo, eu lhe disse que estava apaixonado.

─ Não amole ─ disse ele, seus olhos passando rapidamente para o meu.

Eu teria lambido meu prato, mas ele fez uma cara sobre essa sugestão,
então eu lavei porque eu não passaria por mal-educado. Ele tinha preparado
toda a comida, enquanto os brownies assavam, falando comigo o tempo todo,
por isso a limpeza foi mínima. Enquanto eu estava lavando os pratos na pia,
ele veio atrás de mim e apertou um beijo para o lado do meu pescoço. Algo
sobre o constante contato físico era quase tão íntimo quanto o beijo que nós
compartilhamos anteriormente. Era como se ele tivesse me tocando, e eu
gostei muito.

Conversamos por um longo tempo mais na cozinha sobre tantas coisas


diferentes, finalmente, terminando com a forma como foi tudo e minha
promoção. Depois, quando ele olhou através de sua coleção de DVD para um
filme, eu notei um gabinete que eu tinha perdido no meu primeiro passo a
passo. Era grande, mas de madeira escura e metal, por isso, se você não
estava olhando, ele se misturou com a parede, escondido em um canto.
Estendi a mão para abri-lo.
─ Posso olhar aqui? ─ Eu olhei para ele pedindo licença.

─ Espere! ─ Ryan soltou um aviso, mas já era tarde demais.

A porta se abriu e eu me vi olhando para duas espadas lindamente


gravadas, uma longa, um curta. Elas pareciam que pertencia a algum filme
samurai que eu já tinha visto.

─ Merda ─, disse ele em voz baixa quando ele parou ao meu lado, tendo
quase saltado pela sala.

─ O que é isso? ─ Perguntei, como Vicki Vale no santuário interior de


Bruce Wayne.

Ele molhou os lábios nervosamente.

─ Eles são lindos, Ry. ─ Eu inclinei minha cabeça para as espadas. ─


Como elas chamam?

Ele empurrou seus dedos através de seu cabelo espesso. ─ A longa é


uma katana,5 a mais curta é uma wakizashi6.

Eu balancei a cabeça. ─ Você sabe usá-las, ou elas são apenas para


colecionar?

─ Não ─ ele tossiu. ─ Eu posso usá-las.

5
katana

6
wakizashi
─ Sério? ─ Fiquei surpreso. Era difícil imaginar o homem lindo com as
delicadas características, frágeis que eu vi antes de mim ser capaz de
empunhar as armas que eu estava olhando. ─ Você corta as pessoas em
pedacinhos com elas, Ry?

─ Não pessoas ─ ele disse rapidamente, empurrando na minha frente,


fechando as portas juntos e, em seguida, empurrando-os. Eles desapareceram
na madeira, flush, não uma chance para eu abri novamente sem ele, que foi,
talvez, a sua intenção. Era quase como se o gabinete tinha sido deixado aberto
acidentalmente.

─ Vá se sentar na sala de estar, por favor?

─ Pare de tomar a turnê? ─ Sugeri de brincadeira.

─ Só... eu estou tentando ser romântico, seduzi-lo, e você está matando


a minha vibração.

─ Desculpe. ─ Eu sorri para ele, caminhando de volta para a sala e me


jogando em seu sofá de couro vermelho. ─ Hã.

─ O quê? ─ Ele pareceu surpreso.

─ Dificilmente deu a todos.

─ Você não gosta?

Eu não sabia, mas que foi rude para dizer. Na verdade, eu gostei nada
sobre o seu lugar. Estava frio e estéril e não refletem o calor do homem.

─ Julian?

Olhei em volta e não senti nada. ─ Você sabe, se eu não soubesse


melhor, eu diria que você estava brincando comigo sobre este ser o seu
apartamento. ─ Eu terminei de olhar para ele. ─ Não parece com o se você
morasse aqui.

Seus olhos ficaram presos nos meus. ─ Não?

─ Não. ─ Ele tremia um pouco.

─ Como assim?

─ Você está quente, e este lugar é frio.

─ Quer dizer que eu estou quente ─ brincou ele, inclinando-se em


direção a mim.

Eu subi e peguei seu rosto em minhas mãos, acalmando-o. ─ Sim, você


está muito quente, mas isso não o que quero dizer é, ─ eu disse, traçando sua
bochecha com o polegar. ─ Você é como... casa.

Ele prendeu a respiração e se afastou de mim.

─ Desculpe, ─ eu disse suavemente, pronto para ficar de pé e sair do


apartamento. Poderíamos brincar e jogar, mas isso só funcionou até certo
ponto. Eu tinha o pior momento, às vezes, e as minhas palavras tem pesado
com significado. ─ Eu não queria dizer isso a você

─ Não ─ ele me cortou, com as mãos sobre os meus ombros, segurando-


se, o movimento em si, e não a potência exercida, mantendo-me no meu
lugar. ─ Eu amo o que você disse.

Meus olhos procuraram os dele. ─ Ry...

─ Como é que você nunca teve todo o divertimento? ─ Ele perguntou


quando ele se sentou ao meu lado.

Ele estava deliberadamente mudando de conversa. Nós tínhamos estado


dirigido por um caminho sério, mas ele queria manter as coisas leves,
arejados. Ele não estava me dando nenhuma razão para fugir dele. Ele não
queria arriscar. Mal sabia ele que quanto mais grave a conversa, mais
interessado eu ficava.

─ Jules?

─ Eu estou me divertido, ─ eu disse lentamente, mordendo a isca, não


querendo assustá-lo também. Eu queria a facilidade de quando estávamos
juntos na cozinha de volta.

─ Quando?

─ O tempo todo.

─ Você acha? ─ Ele perguntou, esticando os braços através do encosto


do sofá. ─ Porque eu acho que você está cheio de merda.

─ Você.

─ Sim. Quando você se divertiu? Eu nunca o vi fora, e acredite em mim,


eu olhei, e como eu disse anteriormente, os caras que te conhecem, nenhum
deles jamais dormiram aqui com você.

─ Então, ter muito sexo, é divertido? Eu devo dormir ao redor e mostrar


a todos que eu sei como ter um bom tempo?

─ Não. Não sei. Você é tão difícil de descobrir. Quero dizer, ele me levou
tanto tempo para sequer vê-lo. ─ Eu bufei uma risada enquanto ele gemia. ─
Merda, que não sai certo em tudo.

Mas eu entendi o que ele estava dizendo. Eu meio que desapareceu no


fundo, se você não estivesse olhando, e se você não estava olhando para
mim... nunca ninguém me notou imediatamente. Não era quem eu era. Eu
tendia a ser o cara tranquilo, rodeado por pessoas bonitas. Meu melhor amigo
era um excelente exemplo. Quente, magnético, lindo rosto, foi equilibrado por
mim e o silêncio que eu ofereci.

─ Julian.

─ Eu entendo ─ eu ri.

─ Não, você não entende. Por um lado, você é lindo, e eu, juntamente
com todos os outros, só quero ficar na cama, mas então você está tão frio e
reservado, é assustador até mesmo tentar falar com você.

Eu era um monte de coisas, mas frio não era um deles. ─ Ahhh, vamos
lá, frio? Sério?

─ Você não sabe o que você se parece, Jules, com seus olhos escuros
azuis e a maneira como você se comporta. Você é tão afetado por tudo e
todos. Eu pensei que você fosse um idiota presunçoso até que eu percebi que
você é apenas tímido em torno de novas pessoas, especialmente os homens. ─
Eu não sou um caso cabeça, você sabe. Eu...

─ Eu sei. Você só precisa soltar-se.

─ E ser uma vagabunda.

─ Isso não é o que eu disse, ─ ele corrigiu. ─ Mas você precisa transar.

Eu não podia discutir com isso.

─ Eu posso cuidar disso, se quiser.

─ Não ─, eu assegurei a ele, assim como eu deixei deslizar sua mão até a
volta do meu pescoço no meu cabelo. Algo sobre ele me acalmou, em vez de
me colocar em guarda.

─ Por que não? Pense na diversão. ─ Ele poderia ser mais bonito?
─ Posso fazer uma pergunta? ─ Ele perguntou, inclinando para perto de
mim, então ficamos perto, o joelho contra o meu.

─ Claro ─ eu disse a ele, virando minha cabeça de lado para olhar para o
seu perfil.

─ Você faz o teste?

─ Para quê?

─ Você sabe por quê ─ disse ele incisivamente, sério agora. ─ Não seja
idiota.

Eu ri. ─ Sim, você?

─ A cada seis meses. ─ Ele era a matéria de fato sobre ele.

─ E?

─ Limpo, é claro. Você?

─ Por favor, eu nunca tive nada.

─ Por que você está sorrindo para mim assim? ─ Ele sorriu de volta para
mim.

─ Porque eu aposto que você é o tipo de cara que carrega preservativos


no bolso quando ele sai, não é?

─ Sim, senhor. ─ Ele balançou a cabeça, olhando para mim, tocando a


ponta da minha camiseta. ─ Posso fazer outra pergunta rápida?

─ Sim. ─ Seu olhar era pesado sobre mim.

─ Posso ver seus óculos de novo?

Ele lhes havia retornado no jipe e estava agora pedindo de volta. Eu


balancei a cabeça. Estendendo a mão, ele foi muito gentil quando ele tomou
meus óculos e colocou com cuidado em sua mesa de café. Quando ele olhou
para mim, eu ouvi recuperar o fôlego.

─ Por que você não me ligou? ─ Deixei escapar uma respiração


profunda.

─ Eu não tinha ideia do que queria, juro por Deus. ─ Ele balançou a
cabeça e mordeu o lábio inferior.

─ Você é adorável. ─ Houve rápida agitação de cabeça.

─ Não, não... quente, sexy, lindo, o que quiser, mas não adorável. Isso
não é bom.

─ É bom, ─ eu assegurei a ele, minha mão na parte de trás do seu


pescoço, inclinando-me, puxando-o para perto, ao mesmo tempo. ─ Tudo
sobre você é muito bom.

No momento em que meus lábios tocaram os dele, ele abriu para mim,
me puxando para dentro, sugando minha língua em sua boca. Ele estava no
meu colo, as pernas envoltas em torno de meus quadris, sua virilha
empurrando em meu abdômen. Sua bunda, redonda, muscular foi deslizando
para trás e para frente sobre a protuberância em minha calça jeans enquanto
ele gemia baixo. Foi muito sexy, seu desejo, sua necessidade.

Ele respirava o meu nome antes de sua boca cobriu a minha vez, e ele
estava em cima de mim, pressionando, esforçando-se, com as mãos no meu
cinto. Parecia que ia ser rápido e frenético, e eu não queria isso.

Segurando, eu segurei seu rosto em minhas mãos e inclinei a boca sobre


a dele. Beijei-o profundamente e com força, a minha língua fazendo amor com
a dele, deixando-o saber sem o benefício de palavras que ele me tinha. Eu não
ia a lugar nenhum. Eu abaixei, chupei, lambi e mordisquei seus lábios,
minhas mãos nunca se deslocam de seu rosto. Houve um profundo gemido,
primal, antes que ele se afastou, com falta de ar.

─ Você tem um gosto bom ─ eu disse a ele, minha voz baixa e cheia de
calor.

Ele respirou fundo quando ele olhou para mim, seus olhos nublados,
pálpebras pesadas, os lábios inchados de minha atenção.

Estendi a mão para ele, mas ele se inclinou para trás, sua mandíbula
apertando ao mesmo tempo, sua mão achatada no meu peito.

─ O que está errado? ─ Ele balançou sua cabeça.

─ Eu sei que você não apenas fode, Julian. Todo mundo me disse como
você é. Você tem essa reputação de bom menino acontecendo.

─ Você faz parecer tão ruim.

─ Não, não é isso... Eu só quero dizer que, se você quiser, então talvez
você queira me ver e passar algum tempo comigo, porque você não apenas
pegar algum truque e segui-lo para casa.

─ Não, eu não ─ eu disse, minhas mãos deslizando até as coxas


musculosas em ambos os lados de mim. O homem era tonificado e duro, e eu
o queria nu debaixo de mim. ─ Eu não sou assim.

─ Mas eu sou ─ ele confessou infelizmente, sua voz engatando. ─ É tudo


o que eu sou.

─ Não, não é ─ eu assegurei a ele, olhando em seus magníficos olhos,


deslocando-o no meu colo. ─ E eu acho que é por isso que você me
queria. Talvez dormir em torno não é mais tão divertido.
─ Julian ─ ele engasgou, empurrando para baixo em mim quando ele
desabotoou a camisa de manga curta lentamente, nunca uma vez tirou os
olhos de meu quando ele me despiu. O peito esculpido, o abdômen
ondulando, toda a pele lisa de ouro implorando para ser tocado, era tudo que
eu podia fazer para não o atacar. Com a cabeça inclinada para trás, vi seus
olhos se fecharem.

─ Coloque suas mãos em mim. Você sabe que você quer.

E foi apenas estúpido a esse ponto de me negar nada. Eu o queria, ele


obviamente sentia o mesmo. Não fazia sentido dizer não. Eu sempre tinha
sido atraída por ele, e descobrir, ao longo do tempo, que ele não era o
materialista, sem cérebro, mas bela criatura que eu tinha pensado que ele era,
foi humilhante. Fiz julgamentos precipitados sobre as pessoas, e era uma
terrível falha. O homem era sarcástico, lindo, engraçado e sexy, e ele tinha a
boca mais doce... como eu poderia dizer não? Mas toda a cena pouco sedução
que ele tinha indo não iria trabalhar para mim. Ele não foi autorizado a
tratar-me como todos os outros.

─ Ryan. Você precisa olhar para mim ─ eu disse a ele suavemente, mas
com um fio de aviso, a minha voz caindo perigosamente baixa. Sua cabeça se
levantou, e seus olhos se arregalaram. Foi o tom da minha voz que exigia
atenção imediata. Ele ficou surpreso, eu poderia dizer, olhando
profundamente em meus olhos.

─ Eu não sou alguma foda que você pegou e você vai esquecer porra. ─
Ele prendeu a respiração, e eu vi os músculos de sua mandíbula travarem. ─
Não tire os olhos de mim, ─ eu pedi a ele, minha voz firme. Não haveria
nenhum argumento.
─ Não, Julian. ─ Ele tremia ligeiramente. ─ Eu não vou.

Eu deslizei minhas mãos da clavícula ao pescoço, ao longo de sua


mandíbula para o rosto, meus dedos delicadamente explorando, traçando as
sobrancelhas, as bochechas, deslizando sobre sua pele. ─ Você tem que
confiar em mim, ─ eu disse a ele, minha voz em um tom rouco. ─ Você?

─ Oh, sim. ─ Seus olhos estavam vidrados, as pupilas enormes. Sorri


preguiçosamente, em seguida, puxei para frente, corri minha língua
lentamente sobre a costura de seus lábios antes que ele abriu para
mim. Beijei-o profundamente, lentamente, a minha boca selada a sua. Eu o
suguei, uma forte sucção, o lábio inferior atacado antes que eu vi o quão longe
em sua garganta minha língua poderia ir. O barulho choramingando ele fez, a
rendição eu estava à espera de ouvir, foi para a direita através de mim. Eu
coloquei minhas mãos em sua pele e empurrei-o com força debaixo de mim
no sofá. Ele lutou por um segundo, testando a minha força, por que eu fui
áspero com ele e ouviu seu fôlego. Ele gemeu quando a minha boca tocou a
sua pele, tremendo quando eu o mordi.

─ Julian... eu te quero tanto. ─ O que era bom desde o sentimento era


mútuo.

─ Eu... ─ Ryan começou.

Levantei-me com ele ainda envolto em torno de mim e caminhei pelo


corredor curto para o seu quarto. Nós caímos juntos em sua cama, ele debaixo
de mim quando batemos o colchão. Levantando-se, peguei um pé, tirando
uma bota, em seguida, a outra antes de virar a minha atenção para a calça
jeans apertada quase como uma segunda pele. Eu abri o zíper segundos
depois, inclinando-me para colocar beijos molhados em seu abdômen para
distraí-lo do lento deslizar do tecido pelos seus quadris e jogado em um canto,
enquanto eu admirava as pernas musculosas. Não havia nenhuma parte dele
que não era digno de babar. Depois que eu tirei minha camiseta, eu percebi
que ele estava olhando para mim.

─ O que?

─ Você é tão bonito ─ ele respirou, todos os olhos sobre mim. ─ Por que
você esconde o seu corpo sob todas essas roupas?

─ As roupas são uma necessidade ─ eu disse a ele, inclinando-me para


tirar a sua cueca. Era muito sexy, mas sua pele era melhor. A primeira visão
de seu longo pau, bonito fez minha boca ficar seca. ─ Mas Cristo, eles não
devem ser para você. ─ Ele choramingou, e foi o som mais sexy, rolando
através de mim, fazendo-me recuperar o fôlego. Quando eu tomei seu pau na
mão, seu gemido saiu profundo e rouco. ─ Olhe para você precisando de mim.

─ Julian ─ ele ofegou, tremendo debaixo de mim, o abdômen esculpido,


seu pênis inchado empurrando na minha mão, as gotas de sêmen vazando a
partir da cabeça larga.

Eu sorri para ele. ─ Aposto que você tem gosto de sobremesa.

Ele apontou para a direita, para a sua mesa de cabeceira. ─ Eu fui


testado há duas semanas. Eu tenho os resultados se você quiser ver... oh,
Deus! ─ Parei seu divagar, quando me inclinei para frente e passei a minha
língua ao redor de seu pênis.

Só o meu nome escapou de seus lábios.

─ Oh, ele gosta disso.

─ Julian, eu... Julian.


Meu sorriso se abriu os olhos para vê-lo, era mau. Inclinando-me, eu
chupava o comprimento dele na minha garganta. Ele quase subiu fora da
cama.

─ Julian ─ ele engasgou, suas mãos no meu cabelo segurando firme. ─


O que você... eu... eu estou limpo, eu juro. Eu tenho o resultado certo foda-
me... você... eu tenho... Oh, Meu Deus!

Era a minha língua. Eu sabia que parecia como se o céu deslizasse sobre
a pele quente, sensível. Isso, combinado com a leve sucção, a forma como o
meu reflexo de vômito era inexistente, o quanto eu gostava de dar longas
chupadas na cabeça, estava deixando Ryan Dean louco. Ele estava à minha
mercê. Ele era meu.

─ Julian... Julian ─ ele cantou o meu nome, os dedos no meu cabelo


aperto e afrouxamento, seu corpo convulsionando, costas curvadas enquanto
ele arqueou-se para fora da cama. ─ Você tem que parar... eu vou gozar, e eu
não quero... Julian!

Eu rodei a minha língua sobre a cabeça larga, inchada, em seguida, de


cada lado, gentilmente, mas também usando os dentes, fazendo-o gritar meu
nome, agarrando minha cabeça, os dedos enterrados no meu cabelo,
espalhados no meu couro cabeludo. Eu tracei a veia grossa, lambi duro,
amando o cheiro dele, a sensação de sua pele, os sons que ele fez. Ele estava
ofegante quando eu o molhava com saliva, acariciando-o, finalmente,
bombeando seu pênis com a mão fechada em torno do longo, duro,
comprimento de veludo dele.

─ Julian... bebê... eu...


Mas eu não ia parar, eu queria saber qual gosto dele, sugar cada gota
dele, deixá-lo drenado e completamente à minha mercê. Seu corpo que era de
morrer seria meu para fazer o que eu quisesse. Enquanto empurrava para
cima na parte de trás da minha garganta, contorcendo-se debaixo de mim,
resistindo para fora da cama, eu o suguei duro.

Ele gritou meu nome quando seu orgasmo rompeu enquanto ele me
enchia, seu pênis inchado como o fluido correu dele para mim. Eu engoli para
baixo, segurando-o até que estava suave, nadando nas ondas de sua
felicidade, lambendo tudo, não deixando nada.

Quando o pau flácido finalmente escapou dos meus lábios, e eu levantei-


me sobre ele.

─ Deus ─ ele choramingou. ─ Você é incrível. ─ Eu arqueei uma


sobrancelha para ele. ─ Beije-me, foda-me... por favor... Julian... por favor.

Inclinei-me, e seus braços me envolveram quando ele se inclinou para o


meu beijo.

Nossas línguas em uma confusão, e ele provou-se em mim, apenas o


pensamento enviando uma onda de calor através de mim. Ele me empurrou
para trás, apontou para a mesa de cabeceira, e quando abri a gaveta, vi a
garrafa de lubrificante. Havia também a maior caixa de preservativos que eu
já vi na minha vida.

─ Não se aproxime desses preservativos ─ ele me avisou. ─ Tudo o que


eu quero sentir é você dentro de mim, e quando você gozar, eu quero sentir...
profundamente em mim. ─ Seus olhos estavam brilhantes quando ele os
prendeu nos meus.

─ Você já fez isso sem camisinha?


─ Não. Eu nunca fiz. ─ Fiquei impressionado, só eu, sempre, e minha
determinação vacilou.

─ Você não precisa.

─ Eu quero, eu nunca quis antes, mas agora... eu quero você enterrado


em mim agora ─ disse ele, arqueando-se para fora da cama. ─ Eu vou
implorar se quiser.

─ Você não precisa implorar por qualquer coisa.

─ Mas eu vou, se você precisa de pele nua. ─ Ele era o homem mais sexy
que eu já conheci, e eu nunca tinha esperado ouvi-lo dizer as coisas que tinha
acabado de sair de seus lábios. Eu queria mais do que qualquer coisa estar
dentro dele, sem nada entre nós, mas a realidade disso passou pela minha
cabeça. Para mim, era uma das grandes vantagens da monogamia e uma das
muitas razões pelas quais a ideia de uma relação de compromisso era tão
atraente. Você não tem que ter sexo seguro. Você poderia ter sexo inseguro,
sempre que você queria, no entanto queria. O fato de que ele me queria ainda
mais perto dele do que eu ficaria normalmente me tocou profundamente.

─ Julian.

─ Significa muito. Que você confie em mim... que você saiba que eu sou
um cara legal ─ eu falei francamente sobrecarregado.

─ Em seguida, pegue o lubrificante, Julian, e vem cá.

Quando me movi de volta para ele, ajoelhando-se acima dele na cama,


ele abriu as pernas, dobrando os joelhos, e levantou-se assim que eu fui
apresentado a sua entrada rosa, seu buraco vibrava.

─ Foda-me ─ ele sussurrou enquanto seus olhos se fecharam.


Eu olhei para ele.

Depois de um segundo, ele abriu os olhos e olhou para mim. ─ Julian?

─ Bebê, o que lhe dá a ideia de que qualquer parte de nós na cama


sempre vai ser apenas sobre mim? ─ Ele estava atordoado.

─ Mas isso foi incrível, minha espinha ainda está formigando, Oh meu
Deus eu tive o melhor boquete, foi tudo sobre mim.

Eu dei uma risada. ─ Eu gostei de fazê-lo gozar, observando queimar,


observando seus olhos, escutando os sons que você faz quando você está
prestes a explodir. Uh, sim, eu saí em um grande momento.

─ Mas...

Eu me arrastei para fora da cama rapidamente, e antes que ele pudesse


protestar, eu arranquei minha jaqueta e meias, minha calça jeans e cueca, até
que eu estava nu diante dele. Seus olhos fixos no meu pênis.

─ Jesus, Julian, você é enorme.

Mas não houve preocupação em sua voz, como tinha ouvido com os
outros, tinha apenas única admiração e gratidão genuína.

─ Você poderia... posso chupar isso, por favor?

─ Não ─ eu disse a ele, voltando para cama, agarrando o lubrificante e


abrindo. No momento que eu passei meus dedos ao redor de seu pênis
semiereto, ele sussurrou.

─ O que você está fazendo?

─ Sente-se bem, bebê?


─ Jules... ─ Seu gemido parecia estrangulado, e ele lentamente começou
a fechar as suas pernas.

Eu o parei. ─ Não, fique assim. Eu não posso tocá-lo de outra forma.

─ Tocar o quê? ─ Mas ele entendeu no segundo que eu coloquei um


dedo dentro dele. ─ Julian!─

Afastei os dedos, em seguida, girando em torno da entrada antes de


deslizar em águas profundas, passando o anel interno do músculo, mas não o
suficiente para bater sua próstata, interessado em tê-lo pronto para mim,
esticando-o, soltando-o.

─ Jules... por favor...

Quando eu adicionei um segundo dedo liso, ele gritou meu nome, sua
voz rouca e áspera. Toquei o seu pênis, da base à ponta deixando-o
louco. Combinado com os dedos, três agora, mergulhando dentro e para fora,
ele estava tremendo com a sua necessidade por mim.

─ Julian ─ ele ofegava. ─ Entendi. Você é um maldito santo. Você não é


egoísta de qualquer forma. Você me quer quente, latejante e implorando, por
isso estou implorando, por favor... se você não me foder, realmente... eu vou
morrer. ─ Eu retirei os dedos de sua bunda, mas continuei acariciando o pênis
duro feito rocha. ─ Jules ─ ele choramingou.

Inclinando-me para trás, eu lubrifiquei meu pau até que brilhavam na


luz fraca e depois me pressionou suavemente para sua entrada. ─ Você me diz
se...

Mas eu não tinha tempo para terminar antes que ele se inclinou até me
encontrar, penetrando a si mesmo, seu corpo aberto e me levando, engolindo
todo o meu tamanho. O calor inacreditável, seus músculos apertando em
torno de mim, me segurando, quão apertado ele estava... eu estava certo de
que o meu coração parou.

─ Mova-se ─ ele me implorou: ─ Por favor, se mova.

Eu deslizei um pouco para fora e, em seguida, bati de volta para ele,


duro e profundo ao máximo. ─ Você é tão quente por dentro, Ry. Você se
sente tão bem.

Ele gritou, as mãos segurando a cama, o corpo flexionando ele agarrou-


o, e suas pernas acondicionada em torno de meus quadris enquanto eu
empurrava para ele.

Normalmente eu ia lentamente. Eu chequei. Eu era gentil. Eu era ‘o


cara’. Mas, com Ryan e não fazia sentido, era como se eu quisesse reclamá-lo,
marcá-lo e me certificar de que ele nunca iria querer ou precisar de qualquer
outra pessoa. A forma como ele se levantou para me satisfazer quando eu o
penetrei, nós dois pressionamos juntos para que não houvesse fim e sem
começo, foi uma revelação.

─ Julian. ─ Sua voz era uma grossa rouca. ─ Por favor... não pare.

Eu estava envolto em seu canal quente, molhado, incrivelmente


apertado e enterrado com as bolas em sua bunda. Parar não era mesmo
possível. Eu mergulhei dentro e fora dele, acariciando profundo, os dedos
apertando minha pele deixando-me saber, sem palavras, que havia
encontrado o local perfeito, o ângulo perfeito, para fazê-lo gozar.

Quando seu orgasmo finalmente rugiu através dele, provocando o meu,


meu nome tornou-se uma oração quando ele molhou o meu abdômen. Sêmen
preso entre nós, quando eu caí em cima dele, prendendo-o debaixo de mim
para a cama quando eu gozei profunda dentro de seu corpo.
Eu tentei rolar para fora, mas ele me segurou firme, com o rosto
enterrado na minha garganta enquanto ele tremia.

─ Ry?

─ Eu não quero deixá-lo ir. ─ Ele estremeceu duro. Eu passei meus


braços em torno dele e rolei de modo que ele estava caído sobre mim, o sêmen
e suor nos colando. ─ Então, não deixe ─ eu disse com uma risada profunda.
─ Mantenha-me.

Ele levantou o rosto da minha garganta e olhou para mim. ─ Você não
pode... e... só não diga coisas se você não quer dizer isso.

─ Eu sempre quis dizer o que eu disse, ─ Eu disse honestamente,


levantando a mão para tocar seu rosto, envolver com as mãos, afastando o seu
cabelo para trás para que eu pudesse ver os seus olhos brilhando. ─ Agora vá
pegue um pouco de água.

Ele me deu um sorriso travesso quando ele levantou do meu pau saciado
antes de rolar para fora da cama. Eu tive um momento de perfeita paz, ainda
deitado na cama, olhando para o teto. Minha epifania veio naquele
momento. Eu queria ser o único homem dormindo com Ryan Dean pelo o
resto de sua vida.

─ O que você está pensando?

Eu não tinha percebido que ele estava de volta, de pé ao lado da cama,


um copo de água em cada mão. Ele tinha, obviamente, tomado um pouco
antes de retornar, porque havia gotas escorrendo em seu peito.

─ Que eu preciso da minha maldita água, ─ Eu provoquei, estendendo


minha mão para o copo.
Ele não se moveu. Eu apenas continuei olhando para ele.

─ O que você disse antes, você realmente quis dizer?

─ O que eu disse?

─ Que se eu quiser, eu posso mantê-lo?

Meu coração estava de repente na minha garganta. ─ Sim, senhor.

─ Tudo bem, então ─, disse ele, inclinando-se para mim. ─ Agora você
bebe a água.

Eu esvaziei o grande copo e ele me ofereceu o resto da sua água. Quando


fiquei satisfeito, ele tirou o copo da minha mão antes de rastejar de volta para
a cama. Moveu-se lentamente, com fluidez, movendo-se até que ele estava
pairando sobre mim, seus olhos brilhando na luz. Eu tive a impressão de que
eu era comida e percebi que eu estaria disposto a ser consumido por Ryan
Dean.

Eu respirei, infundindo a minha voz com calma. ─ Então você está


pensando que talvez você me queira?

─ Quero, necessito, tenho, mantenho. ─ Sua expressão mudou de


repente, escurecendo, sem mais brincar. ─ Deus, eu espero que eu possa.
Espero que eu possa mantê-lo.

─ Você pode, você vai ver ─ eu disse a ele. ─ Agora me monte, eu quero
te encher de novo.

O gemido de necessidade que saiu da sua garganta era muito sexy. Ele
subiu em cima de mim rápido, estudando meu rosto enquanto montou meus
quadris, seus olhos se estreitando quando se abaixou sobre o meu pênis,
centímetro a centímetro, para que eu pudesse sentir tudo, até que eu estava
enterrado nele. Ele parecia tão bonito acima de mim, e ele parecia como o
céu. Entre o lubrificante de mais cedo e meu sêmen ainda o revestindo por
dentro, eu deslizei facilmente.

─ Você é tão gostoso ─ confessei, pegando seu pênis, a mão acariciando-


o preguiçosamente.

Ele estremeceu duro, subindo e descendo. ─ Você também... Julian,


eu... você também.

Já tínhamos encontrado o nosso ritmo. Apenas em um curto espaço de


tempo, eu sabia onde empurrar, e ele sabia mover-se lentamente e deixar
tudo construir. Meu impulso para cima, meus dedos apertando no disco do
seu pau latejante, ao mesmo tempo foi demais para ele e sobrecarga sensorial
para mim. Quando eu gozei, ele me seguiu segundos depois, meu abdômen
mais uma vez foi revestido por ele. Quando ele exigiu que eu nunca, nunca o
deixasse, eu não adivinharia suas palavras.
Capítulo 3
Suas mãos estavam por toda parte, e eu sorri no travesseiro. Eu me
mexi, e não havia pressão exercida entre as minhas omoplatas, acariciando
gentilmente para me impedir de levantar-me.

─ Não se mova.

─ Sim, Ry, ─ Eu suspirei, amando o sussurro.

Ele limpou a garganta. ─ Como você está se sentindo?

─ Muito, muito bem. ─ Eu não pude conter meu sorriso. ─ E você?

─ Eu estou bem ─ ele disse distraidamente, ─ mas poderia você... está


tudo bem se eu acender a luz?

─ Por quê?

─ Por favor.

─ Se você deve, ─ Eu brinquei com ele, fechando os olhos, perguntando-


me vagamente por que era tão importante, mas não o suficiente para
realmente me importar.

Ouvi o clique da luz, senti as mãos correm sobre a minha pele,


pressionando, tocando, quase como se ele estivesse procurando por
ferimentos.

─ O que está fazendo? ─ Eu ri, rolando sobre minhas costas,


entreabrindo os olhos, apertando os olhos para ele.

Seus olhos eram enormes enquanto ele olhava para mim. ─ Julian, sua
pele é... seu cabelo... você está... você pode olhar para mim?
─ Eu estou olhando para você.

─ Não, você poderia...? ─ Ele parou, sua respiração presa, tremendo de


repente. ─ Julian, olhe para mim. Abra os olhos e olhe para mim.

Eu fiz como me pediu, quebrando em um sorriso segundos depois,


quando ele prendeu a respiração. ─ Não sou tão interessante, por sinal.

─ Oh. ─ Seus olhos se encheram enquanto ele olhava para os meus.

Merda. ─ Querido, o que há de errado? ─ Estendi a mão para ele,


preocupado de repente.

─ Julian ─ ele mal falou ─ você está bem. Você parece o mesmo.

─ Não brilhando na euforia pós-coito, você quer dizer?

─ Não, você só... ─ A forma como a sua voz engatou, como ele teve que
morder o lábio inferior tremendo era quase engraçado. ─ Você está bem. Você
está perfeitamente bem.

Ele não tinha notado nenhum sarcasmo; em vez disso, ele estava
completamente absorto em minha aparência. ─ O que está acontecendo, Ry?

Seu sorriso, um momento depois foi de tirar o fôlego. ─ Eu queria que


fosse assim... eu esperava. ─ Ele engoliu em seco.

Eu estava confuso, mas a pergunta morreu em meus lábios quando ele


se inclinou e apagou a luz, mergulhando o quarto de volta para a
escuridão. Sua cabeça pressionada contra o meu peito.

─ O que você está fazendo?

─ Estou ouvindo seu coração.

─ Por quê? ─ perguntei, inalando o cheiro do seu cabelo.


─ Fique parado.

Ele estava agindo de forma estranha, fora-do-gráfico estranho, mas sua


pele quente estava tão boa próxima da minha que a razão para o contato
pouco importava. Ele tinha de me tocar, tinha, e o conhecimento correu
através de mim aqueceu todos os locais de difícil acesso.

─ Eu sabia. Eu deveria ter escutado... mas eu não confiei em mim


mesmo ─ disse ele mais para si mesmo do que para mim.

─ Sabia o que?

Ele soltou uma respiração profunda, quase um suspiro, passando a


perna sobre a minha e se pressionando ao meu lado. ─ Julian, eu estou
mantendo-o ─ disse com naturalidade.

Eu bufei uma risada. ─ Eu pensei que você já estivesse.

─ Deus ─ disse ele, inclinando-se para mim, ─ você é tão incrível.


Qualquer outra pessoa, já estaria enlouquecendo. ─ Ele levantou-se,
movendo-se sobre mim para que ele pudesse escarranchar minhas coxas e
olhar para mim na semiescuridão. ─ Eu sabia que era você, Julian. Eu só
sabia disso.

O luar que entrava pela janela o iluminava acima de mim. Eu vi o jeito


que ele estava olhando para mim, possessivamente, observando suas próprias
mãos enquanto elas deslizavam sobre meu peito. Eu nunca tinha estado tão
fascinado por alguém assim antes.

Eu queria puxá-lo para baixo, porque eu estava ficando animado. Do


jeito que ele estava me tocando, lentamente, tão intimamente, como se ele me
possuísse, estava me aquecendo novamente.
─ Você é meu, você sabe ─ ele rosnou. A ousadia em seu tom, a forma
como ele tinha me marcado com mordidas, isso talvez devesse ter me
assustado, mas não fez.

─ Eu sou?

─ Oh, sim ─ ele me assegurou, apertando seu traseiro contra meu pau
que já estava se esforçando para ele.

─ E isso é em ambos os sentidos? ─ A expressão de espanto, como


grandes seus belos olhos ficaram, foi adorável.

─ Ry?

─ Eu só... eu pensei que eu tenho que...

─ O quê? ─ Eu o interrompi, deslocando debaixo dele, inclinando-me


para puxá-lo para perto. ─ Você pensou que teria que me convencer? ─ Eu
sorri enquanto o rolei sobre suas costas. ─ Por que você precisa fazer
isso? Você é um presente, Dean, uma porra de um presente.

─ Julian. ─ Sua voz engatou, e o gemido que escapou quando o meu pau
duro deslizou sobre sua própria dureza aveludada era muito sexy. ─ Só não
posso deixar você.

─ Eu não acho que posso fazer isso ainda, ─ eu disse, inclinando-me


para ele, enterrando minha língua em sua boca, provando-o novamente. Ele
esticou os braços, em seguida, deixou-os cair sobre a cama. Eu sorri e chupei
seu lábio inferior. ─ Você está ficando à minha mercê?

─ Pela primeira vez, sim, porque eu finalmente posso. Basta fazer o que
diabos você quiser de mim.
Olhei para baixo em seus belos olhos. Prometi-lhe que ia ser gentil
quando eu o desloquei na cama, de volta para sua mesa de cabeceira, onde ele
mantinha os preservativos e lubrificante.

─ Você está preocupado?

Sorri por cima do meu ombro para ele. ─ Sobre o que?

─ Que você me fodeu sem camisinha.

─ Não, você me disse que está limpo.

─ E você acredita em mim.

─ Por que você mentiria para mim?

─ Eu não faria isso... nunca. E eu não menti. ─ Ele respirou tremendo.

─ Eu sei. ─ Eu sorri para ele. ─ Então, não, eu não estou preocupado.


Você está preocupado sobre mim?

Ele fechou os olhos, seu sorriso largo. ─ Não. Você não dorme ao redor,
Julian.

─ Como você sabe?

─ Eu sei ─ ele respirou. ─ Venha aqui.

Quando eu deslizei meus dedos lisos dentro dele, ele gemeu baixo, o
som rasgado dele, e envolveu as pernas em torno de meus quadris. Eu fui
gentil com ele, abrindo-o e, em seguida, não conseguia parar e me enterrei
nele, duro e profundo. Ele era tão apertado e tão quente, e eu o senti tremer
debaixo de mim. Quando eu manuseei seu pênis em minha mão, ele arqueou
para fora da cama.
─ Julian ─ ele gritou e engasgou quando eu tirei apenas para bater de
volta para baixo para ele um momento depois. ─ Oh, bebê, por favor.

Tão sexy, a voz rouca profunda, com a cabeça jogada para trás, as costas
arqueadas, completamente consumido com o que eu estava fazendo com ele,
as pernas me apertando, mantendo-me perto. Eu me inclinei para beijá-lo, e
suas mãos foram para o meu rosto, me segurando lá, engolindo minha língua.

As horas passam rápido quando você não está prestando atenção a


qualquer coisa que não seja seu amante em seus braços. Eu rolei, e ele veio
comigo, embrulhado apertado, entrelaçado. A cama estava um desastre
pegajoso e suado, apenas o lençol ainda no lugar.

─ Eu não machuquei você? ─ perguntei-lhe suavemente.

─ Não. ─ Sua voz era suave, seu hálito quente contra a minha garganta,
a boca na minha pele.

─ Você gosta de uma vida difícil. ─ Eu sorri, meus olhos fechando.

─ Eu gosto de você.

─ Feito para mim ─, eu disse, inclinando minha bochecha contra sua


testa.

─ O quê? ─ ele perguntou, sonolento, e eu sabia que ele estava testando


para ver se eu diria novamente. Não era um jogo, apenas pescando.
Certificando-se de que era real.

─ Você me ouviu, ─ eu disse, minha voz rouca, deixando escapar um


suspiro de satisfação profunda. ─ Nós encaixamos, e você sabe disso. Como se
você fosse feito para mim.
Ele beijou a minha garganta. ─ Julian ─ ele sussurrou antes que seus
lábios cobriram os meus por um momento. ─ Somos muito mais do que você
poderia até mesmo saber.

─ Oh, sim?

─ Você não tem ideia ─ ele murmurou enquanto ele se moveu contra
mim, sobre mim. Eu coloquei a mão na parte de trás do seu pescoço e puxei-o
para baixo para que eu pudesse beijá-lo novamente. ─ Deixe-me explicar isso
para você.

Tudo o que ele quisesse.


Capítulo 4
Eu estava pensando sobre Cash a caminho de casa porque eu queria
dizer a ele sobre Ryan. O novo desenvolvimento impressionante em minha
vida amorosa não parecia real até que eu contasse para o meu melhor amigo e
ouvisse o que ele achava. Em algum momento ao longo de cinco anos, Cash
Vega havia se tornado a pessoa cuja opinião mais importava.

Não tinha havido nenhuma fanfarra. Na nossa reunião regular na


segunda-feira manhã, Miles Teruya, o diretor-gerente da Miller Freedman
San Francisco, havia anunciado que Vega estaria agora trabalhando com
Nash, e Reynolds e Tyge formariam a outra nova equipe. Tinha sido bom para
mim porque Eric Tyge e eu não tínhamos nos dado muito bem, e olhando
para Cash Vega durante todo o dia ia ser um deleite para mim. Eu teria sido
seu parceiro em qualquer dia da semana.

Com sua espessura, cabelos negros e olhos escuros cor de chocolate,


Carlos Vega, apelidado Cash por seu pai, era o tipo de cara que outros caras
odiavam só de vê-lo. Ele tinha um perfil que pertencia em moedas, com o
nariz aquilino, lábios cheios, e o queixo de corte quadrado. Suas sobrancelhas
eram espessas e parecia que tinham sido pintadas, tão perfeitamente
arqueadas, rápido para aumentar ou sulcar com o seu humor. O bronze do
seu bronzeado ficava durante todo o ano, e quando ele queria mostrar, ele
poderia usar tudo apertado para exibir seu amplo peito, barriga lisa, e bíceps
protuberantes. Ele parecia um deus asteca lindo voltando à vida. Mas o que
inspirou mais ciúme nos outros homens não era sua beleza, mas sua voz e
como ele a usava. Ele falava inglês com o calor de assombração espanhola, e o
tom de voz era tão suave que às vezes as pessoas o mantinham falando apenas
porque gostavam de ouvir. Mulheres e homens não poderiam ser confiáveis
para manter suas mãos para si mesmos quando ele estava olhando em seus
olhos e falando ao mesmo tempo.

No primeiro dia, Cash tinha entrado para o novo escritório que estaria
compartilhando e me perguntou o que eu estava fazendo.

─ Eu faço isso algumas vezes para obter o sangue correndo para a


minha cabeça, ─ Eu tinha explicado da minha posição. ─ Eu acho que ajuda
para fluir a criatividade.

─ Eu vejo, ─ Cash disse quando ele se agachou ao meu lado. ─ Você


quer que eu fique na minha cabeça também?

Esta foi uma das muitas coisas que eu tinha que para achar Eric Tyge
louco.

─ Só se você quiser.

─ Tudo bem ─ ele concordou, e eu sorri largamente. Eu fiquei animado


pensando que talvez a minha nova parceria estava indo para o trabalho. ─
Mas eu não cantar karaokê ou faço besteira Outward Bound ou faço
exercícios de confiança. Este é o máximo desta porcaria de ligação que
vamos fazer.

─ Eu concordo, ─ eu assegurei a ele.

Ele fez uma parada de mão ao meu lado, suas pontas das asas na parede
ao lado da minha.

─ Direito.

Eu sorri para ele, e ele sorriu de volta loucamente. ─ O que?


─ Você disse certo ─ ele esclareceu.

─ Eric, provavelmente, lhe disse que eu não estava bem.

─ Ele me desejou boa sorte ─ disse ele honestamente. ─ Ele acha que
você é maníaco.

─ Hã.

─ Como é que ninguém gosta de você por aqui, Nash?

─ Não sei. Eu acho que eles só não me entendem?

Um grunhido tranquilo cumprimentou minha declaração.

Eu sabia que eu estava recebendo uma reputação de difícil, mas eu não


tinha certeza de como proceder para corrigir isso. Eu só queria ideias que
fossem únicas e frescas. Novas rodadas sobre temas antigos pareciam como
fazer batota, e na minha opinião, era apenas preguiçoso. Eu queria pensar
fora da caixa, e toda mundo estava feliz por estar onde eles estavam lá
dentro. O outro lado do argumento foi que, enquanto eu estava buscando a
perfeição, eu também era o único que não estava trazendo nenhum
dinheiro. Nenhuma das minhas ideias foram transformadas em campanhas
reais, porque eu precisava de um parceiro, alguém para trocar pensamentos,
para levá-los a partir da fase de desenvolvimento para a fase de
apresentação. Alguém precisava me ajudar a traduzir o que estava na minha
cabeça.

─ Bem, ele está fazendo alguma coisa ─ Cash me disse após um


minuto. ─ Eu acho que sei porque esta é realmente uma forma de tortura em
algumas culturas.
Mas ele não se abaixou. Ele permaneceu em pé enquanto eu fiz e depois
me levou para almoçar. Naquela sexta-feira à noite eu encontrei ele e sua
esposa Phoebe para bebidas. Domingo ele tinha me convidado para um
churrasco com eles e alguns outros amigos. Na reunião seguinte, segunda-
feira pela manhã, eu coloquei um cappuccino fumegante na frente dele, e ele o
bebeu como era de se esperar. Trocamos notas e chegou até Mira Towne, o
sócio sênior, disse-nos para parar com isso. Uma semana mais tarde, a
empresa recebeu um tiro na conta Dunbar porque Crandall mídia perdeu o
prazo para a nova fragrância de Vapor de Veludo de Stella Verity.

Cash e eu ficamos acordados a noite toda, mas não havia nenhuma


maneira de fazer Vapor de Veludo não parecer estúpido. Às nove da manhã,
quando todos voltaram, ainda estávamos lá jogando aros em nosso escritório
com a bola Nerf e a lata de lixo.

─ Vocês dois estão indo para a reunião?

Nós viramos com a bola, Cash envolto por cima de mim quando ele
estava defendendo a sua meta. Stella Verity estava na nossa porta parecendo
tão impressionante como ela estava quando tinha aparecido no legado por
todos esses anos. Lembrei-me de minha mãe assistindo a novela noturna toda
quinta-feira.

─ Oi. ─ Eu sorri para ela.

─ Ei. ─ Cash sorriu, também, com a voz baixa.

─ Bem, ─ ela ronronou, deslizando em nosso escritório, sentando-se na


cadeira de Cash. ─ Você não é o mais bonito do grupo? ─ Nos endireitamos, e
seu sorriso se aprofundou. ─ Desgrenhado, sonolento, e barba por fazer.
Você sabia que é o meu favorito? ─ Nós dois apenas ficamos lá, sorrindo para
ela como idiotas. Ela olhou para mim com força. ─ Eu tenho um fraquinho
por meninos quentes e com a boca... adorável. ─ Eu só podia olhar. Meu
cérebro tinha realmente ligado. ─ E você, ─ ela ronronou, olhando para Cash.
─ Tem sempre essa cor linda? ─ Ela estava falando sobre o profundo bronze
de sua pele.

Ele acenou preguiçosamente. ─ Sim, senhora.

Ela sorriu e, em seguida, olhou para mim. ─ O que você está pensando,
querido?

─ O que você acha de apenas “Vapor”?

─ “Vapor”?

─ Para o nome da fragrância.

─ Sim, amor, eu tenho essa parte. ─ Ela sorriu timidamente. ─


Continue.

─ Isso pode significar muitas coisas. Há o ângulo do sexo, é claro, mas


também há raiva, calor ou...

─ Poder ─ Cash ofereceu, seguindo onde eu estava indo. ─ Poderíamos


ter mais de um anúncio, que iria apelar para as pessoas diferentes de
formas diferentes. O material de impressão seria incrível.

Essa tinha sido a primeira vez que estávamos em sincronia


criativa. Falamos aqui as nossas ideias em uma só voz, terminando a frase um
do outro, a construção de uma ideia em outro, a visão compartilhada
exatamente o mesmo. Era como se eu pudesse ler sua mente. Compreendi o
valor de um grande parceiro nesse momento e sabia que tinha encontrado o
meu.
Stella estava olhando para nós quando Miles enfiou a cabeça em nosso
escritório com Todd Joplin bem atrás dele.

─ O que está acontecendo aqui? ─ Ele perguntou incisivamente quando


Stella girou na cadeira para olhar para ele.

─ Eu gosto do que estes dois têm ─, ela informou-os e levantou a mão


quando eles começaram a discutir. ─ Eu não estou dizendo que não vou ouvir
os outros. Só estou dizendo que precisa ser excepcional para eu mudar de
ideia.

Ela era tão boa quanto sua palavra. Nós tínhamos ouvido falar mais
tarde que ela ainda ficou sentada e escutou os outros campos antes de se
levantar e anunciar que os dois homens bonitos no escritório de vidro pelo
refrigerador de água seriam os escolhidos. A empresa tinha a conta enquanto
Cash e eu estávamos na equipe criativa. Tinha sido a primeira conta que nós
dois havíamos trabalhado juntos e chegamos a Miller Freedman.

Tinha sido perfeito a partir daquele momento, de cinco anos uma outra
pessoa me ficando totalmente. Cash pode sempre seguir o meu trem de
pensamento, não importa quão longe fora dos trilhos estivesse, e fazer o
debate improvisado comigo em todas as horas da noite. Ele sabia como meu
cérebro trabalhava e queria manter o controle de mim, não só
profissionalmente, mas pessoalmente também. Por isso, não foi surpresa que
quando cheguei em casa às oito da manhã que eu encontrei-o esperando na
varanda do meu triplex bebendo uma xícara de café. Havia um copo de
tamanho semelhante para mim.

─ Ei. ─ Eu bocejei, me jogando ao lado dele.


Uma sobrancelha levantou-se intrigada. Eu já sabia: que ele precisava
saber o que estava acontecendo comigo e Ryan Dean. Ele tinha que saber
como isso me afetaria e, portanto, afetaria a ele.

─ Foda-se, Vega, ─ eu resmunguei, levantando-me, levando meu café


comigo, e caminhando em direção a minha porta da frente.

─ Eu só estou perguntando. ─ Ele riu atrás de mim. ─ Quero dizer,


vamos lá, não é todo dia que você descobre que o seu melhor amigo está
dormindo com um modelo quente. ─ Olhei para ele por cima do meu ombro.
─ Isso é o que diz minha esposa.

Eu resmunguei.

─ Então, ─ Cash disse enquanto ele me seguiu até meu apartamento, ─


qual o seu negócio com ele? Vocês vão ter encontros agora? Os homens
homossexuais têm encontros ou apenas transam no primeiro encontro e vão
morar juntos e viver felizes para sempre?

─ Esse mesmo. ─ Eu sorri para ele.

─ Eu imaginei ─, disse ele. ─ Oh, relógio agradável.

Olhei para o azul Rolex de Ryan no meu pulso. ─ Sim.

─ Sim ─, Cash me deu um olhar. ─ Muito bom.

Dei de ombros.

─ Então, qual o negócio do relógio? ─ Ele perguntou, sorrindo


maldosamente.

─ É Ryan.

─ É isso?
─ Jesus, quando é que você se transformou em uma garota?

─ Eu só estou perguntando.

─ Por quê?

─ Talvez pudéssemos ter o jantar hoje à noite, ─ ele sugeriu


casualmente. ─ Eu, você, Phoeb e Ryan.

─ Eu não sei se...

─ Por que não? Você já tem outros planos?

Eu não tinha ideia do que eu iria fazer, mas o que quer que fosse,
envolveria Ryan Dean.

Eu já havia tentado ficar em silêncio, naquela manhã, mas quando eu


estava vestido e andando ao lado da cama, Ryan estendeu a mão e me parou
segurando a minha. Eu o deixei me puxar para baixo ao lado dele na cama,
meus dedos passaram através de seu cabelo, empurrando-o para fora de seu
rosto para que eu pudesse ver seus olhos.

─ Volte a dormir, ─ Eu o acalmava. ─ Eu te vejo mais tarde. ─ Eu não


estava ansioso para pegar um táxi às sete da manhã, mas tinha mais do que
valido a pena.

─ Vou levá-lo ─, disse ele, não realmente acordado, sua voz rouca.

Seria mau deixá-lo fazer isso quando ele poderia ficar lá e dormir. ─
Não, pelo menos um de nós deve estar quente na cama.

─ Por que você está levantado?

─ Eu tenho que me encontrar com Cash e ir para o escritório por um


tempo.
Ele estendeu a mão para sua mesa de cabeceira, pegou o relógio e
passou para mim. ─ Aqui, leve isso com você, tudo bem?

─ Por quê?

─ Basta levá-lo, certo? Basta usá-lo.

─ Ry, tenho meu próprio relógio. Eu apenas esqueci que...

─ Eu quero ir com você.

─ Escute, eu vou te ver mais tarde se eu tenho algo seu ou não.

─ Tudo bem ─, ele disse, mas ele não pareceu convencido.

─ Ryan, eu...

─ Eu só quero que você use algo meu, certo? Qual é o problema?

─ Não é grande coisa, ─ eu assegurei a ele, coloquei o Rolex no meu


pulso. ─ Beije-me.

Ele se sentou e eu me inclinei para beijá-lo. Eu quis apenas dar-lhe um


beijo rápido, mas ele o gosto dele era muito bom e ficamos dispostos e
ofegantes, e antes que eu percebesse o que estava fazendo, eu o tinha deitado
de costas com a minha língua empurrada até a metade de sua
garganta. Quando eu me afastei, vi como nublado seus olhos estavam, como
pesadas estavam suas pálpebras.

─ Beije-me novamente.

Eu sorri lentamente. ─ Eu tenho que ir.

Ele agarrou um punhado da frente da minha camiseta. ─ Fique.

─ Eu tenho que ir. Se eu não vir Cash hoje, segunda-feira vai ser um
inferno.
Ele fez um barulho no fundo de sua garganta. Eu o beijei de novo, mais
lento, com mais da minha língua.

─ Deus ─, ele gemeu quando eu puxei para trás. Era óbvio que ele
estava animado.

─ Então, eu vou vê-lo mais tarde.

─ Tudo bem. ─ Ele assentiu. ─ Você vai me chamar, me dizer onde


encontrá-lo?

─ Sim.

─ Que horas?

─ Seis ─, eu disse sem hesitar.

Seu sorriso era preguiçoso. ─ Tudo bem. Ligue para mim e me dê a


direção.

─ Mas eu preciso do seu...

─ Eu programei o meu número no seu telefone na noite passada.

─ Oh sim?

─ Sim.

─ Quando?

─ Enquanto você dormia.

─ Quando eu estava dormindo? ─ Eu perguntei porque não poderia ter


sido por muito tempo.

Ele estendeu a mão e agarrou a minha camiseta de novo, segurando


firme. ─ Pelo pouco tempo que eu poderia deixá-lo.
─ Por que você não estava dormindo?

─ Eu estava assistindo você ─, ele disse, sorrindo timidamente. ─ Você


está bem perto de mim.

─ Sim?

─ Sim. ─ Ele engoliu em seco, tendo uma respiração rápida, seus olhos
procurando os meus, verificando se havia hesitação. ─ Então, com certeza, eu
vou te ver mais tarde, certo?

Eu ouvi a preocupação em sua voz; ele não tinha certeza de mim, como
se eu fosse sair de seu apartamento e nunca chamar. Como “o cara” que nunca
poderia ser eu.

Inclinei-me perto dele, minha boca pairando sobre a sua. ─ Você vai me
ver mais tarde ─, eu prometi a ele.

Seus olhos se fecharam por um segundo, e vi sua mandíbula apertar. ─


Julian, por favor, fique aqui e...

─ Você me quer de volta dentro de você?

Seu corpo estremeceu em reação à pergunta que eu tinha feito enquanto


lambia o lado de sua garganta.

─ Por favor...

Eu não o fiz implorar.

─ Ei!

Olhei para Cash, piscando para afastado as memórias.

─ O que há com você esta manhã?

Dei de ombros. ─ Eu não sei.


Ele atravessou a sala para ficar na minha frente. ─ Eu acho que vou ao
ginásio e depois trabalhar.

─ Tudo bem, eu acho que vai ajudar a limpar a cabeça de qualquer


maneira.

─ Por que não está limpa?

─ Não sei. Eu acho que preciso dormir.

─ Você não dormiu na noite passada?

Não, eu fiz sexo toda a noite com um homem que não conseguia obter o
suficiente de mim. ─ Deixe-me pegar minhas coisas, e nós vamos.

Ele me fez lembrar para não esquecer meu laptop.

Depois de me exercitar e tomar banho, Cash e eu estávamos almoçando


em um café ao ar livre que nós dois gostamos. Ele estava respondendo a um e-
mail em seu telefone, enquanto eu estava trabalhando em layouts no meu
laptop quando meu joelho foi empurrado para debaixo da mesa.

Eu olhei para Cash, e seus olhos foram atrás de mim.

Olhando para trás, fiquei chocado ao ver o meu ex, Mitch


Carmichael. Eu não o tinha visto em mais de seis meses e, de repente, lá
estava ele.

─ Julian ─ disse ele em voz baixa, aproximando-se da mesa.

Levantei-me, sorrindo para ele, empurrando minhas mãos nos bolsos da


minha calça jeans. Eu nunca soube o que fazer com as minhas mãos quando
eu não podia tocar as pessoas, e eu não podia tocar Mitch Carmichael... pelo
menos não em público. Isso foi o motivo que tinha quebrado. Desde que
éramos mais do que amigos, eu queria que as pessoas soubessem disso, e por
causa de sua família, isso estava fora de questão.

─ Eu ia ligar para você ─ ele disse defensivamente seus olhos se


movendo de mim para o meu melhor amigo. ─ Mas eu nunca conseguia me
acalmar. Ei, Cash como você está?

─ Estou ótimo. ─ Cash forçou um sorriso. ─ Você sabia que Julian está
namorando Ryan Dean, agora?

Eu olhei para Cash.

─ O que?

Revirei os olhos e caminhei ao redor de Mitch, movendo-me para dentro


rápido, fazendo meu caminho para o bar. Uma vez que ele se juntou a mim,
eu me virei para encará-lo.

─ Desculpe-me por Cash.

─ Ele me odeia ─ disse Mitch, os olhos de vagueando em cima de mim,


para cima e para baixo, não faltando nada. ─ Mas ele tem o direito disso. A
maneira como eu saí... eu não tinha escolha, Julian.

─ Certo.

Ele entrou em cena perto de mim, apoiando-se no bar. ─ Como eu disse,


eu ia ligar para você, mas eu só... e eu me lembrei que você sempre gostou de
vir aqui, então eu percebi que, mais cedo ou mais tarde, se eu estivesse aqui
que você iria aparecer. ─ É foi uma longa, desmedida, explicação nervosa. ─
Eu deveria ter chamado.

─ Está tudo bem, ─ eu assegurei a ele. ─ Está tudo bem.


Ele ergueu a mão como se fosse me tocar. Ele pairou perto de meu rosto,
mas então ele olhou em volta e deixou cair.

─ Então você foi para trás por um tempo? ─ perguntei educadamente,


sem me importar em tudo.

─ É... não, eu... Ryan Dean?

Eu descobri que eu não poderia suprimir o sorriso. ─ Sim.

Ele assentiu. ─ Então, é sério?

Fiz uma careta para ele. ─ O que você quer, Mitch?

Os músculos de sua mandíbula apertaram e ele se aproximou de mim. ─


Eu sinto sua falta.

Houve um tempo em que suas palavras teriam significado algo para


mim, mas parecia que anos haviam se passado, em vez de algumas
semanas. Cinco meses de ele ter ido antes de eu começar a namorar Channing
Isner, seis desde que eu tinha os olhos fixados sobre o homem.

─ Julian?

─ Eu sinto muito.

─ O que você sente muito?

─ Que você ainda se importe.

Seus olhos estavam presos nos meus. ─ Você está dizendo que você não
sente a minha falta?

─ Eu estou dizendo que se você quer sair... podemos tentar, mas mais
do que isso, eu não quero fazer. Você não quer que sejamos mais do que
amigos, e agora eu também não ─ eu terminei e me virei para ir.
─ Espere ─ disse ele, estendendo a mão para colocá-la no meu bíceps. ─
Eu nunca disse que não queria estar com você. O que eu disse foi que eu
precisava de tempo para minha família me aceitar sendo gay.

Mas o tempo não era o problema. Não havia nenhuma maneira que ele
sempre viveria como um homem gay, com um parceiro em vez de uma
mulher. Sua família não podia aceitá-lo dessa maneira, e eles não eram
apenas as pessoas que o amavam, mas também as pessoas com quem
trabalhava. Ele estava no negócio com seu pai em uma das maiores empresas
de construção comercial no norte da Califórnia. Ele havia se comprometido
seu coração para mim, ao mesmo tempo, como certificando-se de que nunca
fôssemos vistos juntos em público uma vez sequer. Eu me perguntava onde
minha autoestima tinha ido. Eu era muito saudável para ser o pequeno
segredo sujo de alguém. Eu queria estar no cartão de Natal com alguém. Eu
merecia estar.

─ Quer vir ao meu apartamento? ─ Ele perguntou em voz baixa.

─ Não. ─ Eu dei a ele um leve sorriso, levantando a cabeça, olhando


para aqueles olhos azuis. Eles eram tão grandes e expressivos. Foi a primeira
coisa que eu tinha notado sobre ele. Ele estava olhando para mim, mandíbula
apertada, com o corpo rígido.

─ Vamos, Jules, não me faça implorar.

─ Eu não vou ─ eu disse categoricamente. ─ Eu não estou indo.

─ Posso ir até a sua casa?

─ Não.

─ Mas eu quero falar com você em particular ─ disse ele, sua mão
apertando meu braço, segurando. ─ Eu poderia ficar a noite.
Eu movi o meu ombro e deu um passo atrás, ao mesmo tempo, de modo
que ele não tinha escolha a não ser me deixar ir. ─ Eu tenho que ir; eu e Cash
temos uma porrada de trabalho a fazer, antes de segunda-feira. Nós dois
fomos promovidos, por isso estamos animados, mas enterrados, sabe?

─ Ah, claro, eu só pensei...

─ Então, assim que eu subir para o ar, eu vou dar-lhe uma chamada. ─
Eu queria que ele me ouvisse, ouvisse a vibração amiga que eu estava dando a
ele, a abertura de amizade.

─ Julian ─ ele disse suavemente, ─ Eu só quero passar algum tempo


com você, eu preciso de...

─ Ei, ─ Cash disse enquanto entrava no meu lado. ─ Eu odeio cortar o


barato, mas nós temos uma porrada de trabalho para fazer hoje para que
possamos sair a tempo para o nosso duplo encontro.

─ Você sabe, Cash ─ Mitch começou, ─ você não tem que ser um idiota
o tempo todo.

Ele encolheu os ombros. ─ Para você eu tenho. Que tipo de amigo eu


seria se eu não fosse?

─ A coisa comigo e Julian é mais compli...

─ Não é complicado ─ eu o interrompi. ─ Entendi. Você não pode ser


gay, e você tem suas razões, e eu nunca iria julgá-lo por isso. Eu nunca iria
pedir-lhe para vir para mim, Mitch, mas você não pode me pedir para estar
em você. Você entende?

─ Babaca ─ Cash disse em voz baixa.

Eu olhei para ele. ─ Volte para a mesa.


─ Não, vamos lá ─ ele fez uma careta, apontando para Mitch. ─ Isto está
resolvido. Você não precisa fazer tudo melhor o tempo todo porra. Às vezes
merdas só terminam, e é ruim, e é assim que é, Jules.

─ Encantador.

─ Você me ama ─ Cash brincou, balançando as sobrancelhas. E eu


amava, mesmo que ele fosse uma espécie de burro.

─ Julian ─ disse Mitch, ─ podemos apenas falar?

Olhei novamente para ele. ─ Vamos esperar um pouco, talvez outro dia,
mas não agora. Eu ligo para você, tudo bem?

─ Ele vai chamar, ─ Cash fechou para mim. ─ Adeu, Mitch.

E, enquanto Cash e eu caminhávamos para a nossa mesa para recolher


as nossas coisas, tive a sensação esmagadora que eu nunca iria ver Mitch
Carmichael novamente. E foi triste, mas também inevitável. Mitch precisava
de alguém para estar no armário com ele, e eu nunca tinha visto o interior de
um.

Liguei para Ryan por volta das duas e disse-lhe para me encontrar no
meu escritório naquela noite. Ele não atendeu, mas eu deixei uma mensagem
no seu correio de voz. Eu recebi um texto de volta quinze minutos mais tarde
dizendo que ele estaria lá. Quando Cash e eu estávamos saindo às seis,
encontramos Ryan no lobby do nosso escritório sentado em um dos sofás,
com a cabeça para trás, os olhos fechados, parecendo que ele pertencia a uma
sessão de fotos em vez de esperar para jantar. Ele estava vestido com camisa
marrom escuro e calça xadrez com brilhantes botas marrons, um cinto, e uma
gola cashmere marrom e preto. A apertada jaqueta preta de couro completava
o traje. Eu respirei fundo quando o vi, esse sentimento possessivo me batendo
duro. Como: Ele é meu. Ele pertence a mim.

─ Ei, ─ eu disse, deliberadamente usando uma voz baixa, aproximando-


me dele.

Sua cabeça subiu, e eu percebi que ele estava dormindo. Demorou um


segundo para ele se concentrar. ─ Oh, ei. ─ Ele sorriu, e seus olhos brilhavam
quando se levantou. Ele passou os dedos pelo cabelo antes que ele se
aproximou de mim. Ele parou pouco antes de me tocar. Havia outras pessoas
caminhando ao redor, não apenas Cash e eu trabalhamos nos fins de semana,
e eu vi seus olhos observando os lados.

Eu me inclinei para frente, coloquei a mão na parte de trás do seu


pescoço, e o puxei para perto para dando-lhe um rápido beijo na
boca. Quando eu dei um passo para trás, vi o quão grande o seu sorriso
estava.

─ Então, nós vamos comer ─ eu disse simplesmente.

─ Tudo bem. ─ Cash sorriu largo, oferecendo a mão para Ryan.

─ Cash, ─ Ryan disse, limpando a garganta, tomando a mão de meu


parceiro, mas tendo problemas olhando para longe de mim. ─ É bom ver você
novamente.

─ E você.

─ Você está pronto para ir comer? ─ perguntei a Ryan. Ele balançou a


cabeça como se estivesse em transe. ─ Obrigado por estar aqui como você
disse que estaria.
─ Você não tem que me agradecer por isso ─ disse ele sério, me olhando
diretamente nos olhos. ─ Isso é um dado.

─ Então, ei, ─ Cash disse, agarrando Ryan e eu, um de seus braços sobre
cada um dos nossos ombros, ─ você gosta de comida mexicana, Ry?

Ele se virou para olhar para Cash. ─ Eu gosto.

─ Grande ─ disse ele, inclinando-se sobre mim ─, porque Jules e eu


temos um lugar favorito.

─ Bem, então, me leve. ─ Ele queria ser incluído, gostava de Cash,


significou muito. ─ Eu não posso esperar para ver Phoebe novamente. ─ E vi
o sorriso de Cash, o verdadeiro, porque Ryan estava louco sobre a pessoa que
Cash mais amava em tudo no mundo.

─ Eu acho que isso vai funcionar muito bem ─ disse Cash, dando-me a
sua bênção quando ele deixou cair o braço de cima de mim quando chegamos
ao elevador.

Ele não soltou Ryan e que foi bom. Quando Cash gostava de você, ele
tocava em você. Era a maneira que ele foi criado. Eu gostava de ele gostar de
Ryan.

Fiquei preso sentado na parte de trás do Jeep de Ryan, e quando


paramos no condomínio de Cash, tivemos que esperar lá fora para ele pegar a
esposa. Phoebe tinha proibido Cash pelo telefone de trazer Ryan. Uma vez
que o local fosse limpo, ele poderia visitar.

─ Você sabe que não tem que fazer isso hoje à noite, ─ eu disse a Ryan
no banco de trás.
Ele se virou para olhar para mim. ─ Você está de brincadeira? Seu
parceiro, sua esposa... você está alto?

Eu sorri para ele. ─ Eu não estou te seguindo.

─ Oh, cara, vamos, isso é molho. As mulheres gostam de mim. Quero


dizer amor, amor, amor, amor, amor por mim! Portanto, uma vez que Phoebe
estiver louca por mim e depois que a pequena exibição um segundo atrás,
estou de ouro.

Eu sorri para ele.

─ Não olhe para mim como se eu montei o ônibus curto à escola. Eu


tenho esse fio.

─ Eu ainda não...

─ Você acabou de me beijar onde você trabalha na frente de seu


amigo. Ninguém nunca fez isso antes. Eu nunca poderia estar em torno tempo
suficiente para... e você, você nem sequer pensar nisso; você só fez isso, como
se fosse a coisa mais natural.

Dei de ombros. ─ Eu acho que eu não estou entendendo.

─ Não, você não está, mas tudo bem.

─ Ry...

─ Na noite passada, quando eu estava com você e seus amigos e seu


chefe, e depois é só agora... por que eu estava mesmo preocupado?

─ Por que você estava preocupado?

Seus olhos estavam presos nos meus. ─ Você não entende agora, mas
você vai.
─ Afinal, o que isso quer dizer?

─ Nada. ─ Ele balançou a cabeça, seu lábio inferior tremendo. Seus


olhos estavam brilhando na luz. ─ Então você quer talvez me dar um
beijo? Eu senti sua falta hoje.

Bati minhas coxas. ─ Vem sentar no meu colo.

─ Não provoque. ─ Seus olhos se estreitaram.

Quando eu me inclinei para frente, ele me encontrou ansiosamente, os


lábios separando sob os meus, a minha língua varrendo dentro de sua boca,
provando-o. A saudação de Phoebe me fez voltar a soltá-lo, e eu sorri contra
sua boca quando ele se inclinou comigo, choramingando, querendo prolongar
o contato.

─ Julian ─ ele respirou, seus olhos desfocados como se ele estivesse


bêbado.

─ Eu senti sua falta também, ─ eu disse a ele.

Foi bom que apenas as minhas palavras o fez recuperar o fôlego. Eu


poderia me acostumar com Ryan Dean me querendo.

O passeio depois do jantar foi bom. Enquanto eu caminhava ao lado de


Cash para a sorveteria à meia-noite, nós olhamos em frente para Ryan e
Phoebe, de braços dados, sussurrando, apoiando-se um contra o outro
enquanto caminhavam. A maneira de Phoebe olhar para ele, a forma como ele
inclinou a cabeça para baixo para ouvi-la, foi bom. Eles tinham uma química
instantânea, e ambos gostavam de sorvete de chocolate com morangos. Foi
uma noite muito boa.
Ryan me levou para casa e saiu, agarrando minha bolsa de laptop do
banco de trás, jogando-a no ombro. Notei que ele tinha uma pequena mochila
também.

─ O que é isso?

─ Minhas roupas para a manhã.

─ Você acabou de assumir que você está ficando?

─ Ah, sim ─ ele disse rapidamente, com um sorriso perverso. ─ Eu estou


dormindo na sua cama hoje à noite.

Meu apartamento era uma bagunça desordenada em comparação com o


dele, mas de uma maneira boa, não era assustadora, tipo de reality show. E
com o trabalho de algumas horas, ele sempre parecia bom. Gostava que o piso
fosse de madeira, que eu tinha apenas um radiador de calor, que tinha uma
lâmpada de furacão na sala de estar, e que não foram enquadradas imagens
onde quer que observava. O sofá serapilheira preto na sala de estar, os
cartazes de touradas vintage nas paredes, a parede de tijolo vermelho exposta
pela porta da frente, o mural de sereia que eu tinha pintado no banheiro, a
lanterna chinesa na minha cozinha, a rede na minha escada de incêndio,
meus móveis de madeira de teca preto... ele me disse que gostava de todas as
minhas coisas. Ele se sentou na cadeira de balanço que pertenceu a minha
avó, uma cadeira de Adirondack7 que nunca deixou de olhar para fora de
lugar, e deu uma olhada no meu computador.

7
Depois de um momento, ele rendeu o seu veredicto. ─ É um Mac. Quem
possui um Mac?

─ Nós tipos criativos, ─ eu provoquei.

Ele olhou para todas as fotografias emolduradas nas prateleiras com


todos os meus livros, verificou dentro do meu refrigerador por alimentos e
fora para mais fotos. Eu tinha várias fotos do meu irmão Frank, meus pais,
Cash e Phoebe, e todos os filhos dos meus amigos, e cartão de meu ex-
namorado Evan que estava de mochila pela Europa. Havia recortes de meu
horóscopo e uma receita de carne assada que eu não tinha nem tentado, e
tudo estava seguro apenas mal com ímãs de letras. Se você batesse a porta
com muita força, as coisas cairiam.

─ Você sabe que você pode criar melodias e sonetos com estas palavras.
Você não deve apenas usá-las para segurar as coisas.

─ Como é um haicai de novo? ─ perguntei.

Ele riu e continuou sua caminhada. ─ Você tem mais coisas


enquadradas do que qualquer um que eu conheço. O que é isso?

Eu andei atrás dele, olhando por cima de seu ombro. ─ Oh, é um rabisco
que meu amigo Melina fez em um post-it.

─ E isso está enquadrado?

Eu o defendi. ─ É um bom rabisco.

─ O que é isso?

─ Você pode ver que é uma igreja.

─ Eu posso?

─ Certo.
Ele apontou para outra coisa. ─ E essa?

─ É a primeira folha que eu encontrei quando cheguei à cidade.

─ Uma folha? ─ Ele riu.

─ Sim. Eu pedi um sinal de que eu deveria ficar aqui, e uma folha verde
caiu na minha cabeça. ─ Ele só olhou para mim. “A folha verde” ─, eu repeti,
então ele pegaria o significado. ─ Por que uma folha verde cairia de uma
árvore?

Ele sorriu para mim. ─ Eu não sei, mas eu tenho certeza que você sabe.

─ Para me mostrar que supostamente minha vida era crescer aqui.

─ Não é verde mais.

─ Então, não é o ponto.

Ele assentiu. ─ Sim, você está louco.

─ Talvez. ─ Eu dei de ombros, bocejando, caminhando de volta para a


cozinha. ─ Você quer algo para beber?

Ele balançou a cabeça, olhando para todo o resto na minha parede. ─ Eu


amo toda essa porcaria.

─ Porcaria? ─ eu perguntei antes de beber suco de laranja da


embalagem.

─ Grosseiro, homem, pegue um copo ─, disse ele, caminhando para


sala.

Eu sorri atrás dele. Quando eu não o vi por um minuto, eu fui procurar e


encontrei-o em pé no meu quarto.

─ O que?
─ Agradável.

─ Cama de bronze antigo.

─ Eu sei ─ disse ele, e então ele virou-se para olhar para mim. ─ Uma
pergunta?

─ Certo.

Ele apontou para a cama. ─ Por quê?

─ Eu gosto de coisas que você não esperaria.

─ Tudo bem.

Dei de ombros. ─ Eu sei que meu lugar é meio estranho. Eu...

─ Eu amo o seu lugar ─ disse ele, interrompendo-me, respirando rápido


como se ele estivesse nervoso. ─ Tem uma sensação agradável aqui. Parece
com casa.

Bom que ele estava confortável, uma vez que o meu plano era para ele
passar muito tempo comigo. Disse-lhe isso, em seguida, cheguei para ele.

─ Sim? Quer passar um tempo comigo?

─ Eu quero.

Eu sorri para ele, e ele estremeceu uma vez quando eu o abracei a mim,
minhas mãos deslizando para cima e para baixo suas costas. ─ É isso que você
quer, Ry?

O barulho que ele fez na parte de trás da garganta, parte gemido, parte
suspiro, agarrando-me tão apertado, respondeu repetidamente que era tudo o
que queria. E o fato de que ele era honesto, sem reter nada, me fez querer
ainda mais.
Eu tinha pensado que talvez pela primeira vez foi um acaso. Que tanta
facilidade e química não era realmente possível com um novo
amante. Normalmente havia o desastrado e momentos embaraçosos no
processo de aprendizagem, para conhecer o que a outra pessoa gostava ou
não. Mas com ele, houve aliviar imediatamente, e muitas risadas e incentivo
entusiasmado. Senti-me livre para ser eu mesmo, deixá-lo ver que eu era um
narcótico grande, e dizer-lhe que tudo nele era o paraíso. E eu não apenas o
ouvi quando ele disse que se sentia bem em seus braços, eu realmente
ouvi. Porque quando ele olhava para mim, eu sabia que ele queria realmente
dizer isso.

Ele tinha que estar perto de mim. Minha pele ao lado dele, ele disse, era
uma coisa necessária. Suas palavras travaram, seus olhos procurando os
meus, e sua respiração parou quando eu o beijei. Não havia dúvida de que ele
me queria, suas mãos sobre mim constantemente apertando-me. Foi
assustador pensar de nós estamos no mesmo lugar exato, querendo as
mesmas coisas. Eu estava mais animado do que eu jamais tinha estado. Eu
não podia esperar para ver o que ia acontecer a seguir.
Capítulo 5
Quando eu rolei de costas no domingo de manhã, fiquei surpreso que eu
não fui atacado. Eu queria ser atacado, então eu abri meus olhos para
descobrir por que eu não fui. O pedaço de papel cortado em forma de coração
gravado para a lâmpada na mesa de cabeceira destacou-se de imediato. Ele
tinha ido comprar café, bagels, salmão defumado, ovos e maçãs. Tudo isso
sobre a nota em sua grande escrita, fluido, juntamente com uma promessa de
todos os tipos de prazeres carnais, logo que ele voltasse. Eu esperava que ele
já estivesse a caminho de casa. Eu estava ficando acostumado a tê-lo por
perto. Eu estava ansioso para uma longa manhã, vagaroso quando eu pensei
que eu ouvi algo quebrar.

─ Ry? ─ Gritei.

Nenhuma resposta.

Eu levantei a minha voz, ─ Ry?

O estrondo sacudiu minha parede, e eu fiquei ofegante. Soou como algo


pesado tinha batido nele. Um segundo depois, quadros sacudiram soltos de
seus ganchos quando algo bateu contra o outro lado. Fotos de família
atingiram o piso de madeira e racharam, enviando peças de metal, quadro, e
vidro em todas as direções possíveis.

Movendo-me rapidamente, cheguei debaixo da minha cama, peguei o


taco de beisebol lá, em seguida, levantei e corri para fora em minha sala de
estar. No segundo que me recuperei do meu choque, eu gritei, ─ Que diabos
está acontecendo?
Dois homens detinham Ryan contra a parede da cozinha, e mais dois
estavam agrupados em torno deles, mas isso não era o mais assustador,
estranho ou perturbador. A parte louca eram seus olhos quando se viraram
para olhar para mim.

Todos eles tinham olhos que pareciam que estavam cheios de sangue. E
não apenas as pupilas que estavam vermelhas como um personagem de
anime, mas o olho inteiro preenchido com molhado, jorrando sangue. Isso era
grosseiro, perturbador e torceu meu estômago em nós. Eu não tinha visto isso
vindo, eu nunca teria acreditado que fosse possível para pessoas vivas
parecerem com isso. Eu não tinha quadro de referência para o que eu estava
olhando.

Minha intrusão permitiu que Ryan torcesse livre, saltasse para o meu
contador e, em seguida, mergulhasse sobre as mãos que chegaram para
ele. Eu só estava ali, congelado, observando enquanto ele rolava a seus pés na
minha frente, pegou o bastão da minha mão, e virou-se sobre os homens.

Ele me empurrou para trás e girou. Eu nunca tinha visto nada parecido
com o borrão de velocidade que ele era. O salto pelo o ar e o chute giratório
que jogou o primeiro homem do outro lado da sala, colidindo com a mesa da
cozinha, ele foi a vários metros de distância. A forma como Ryan se moveu,
rápido, desumanamente rápido, como uma serpente enrolada, um borrão de
movimento perdido para o olho, era aterradora. E quando os homens caíram,
eles não paravam no chão, mas desapareciam, como se sugados, por um
segundo, se transformou em quase uma câmara aberta. Eu ouvi o vento
uivante, vi o quão rápido e duro que foram puxados, a feroz sucção, seus
gritos afogados.
O segundo quarto foi claro, Ryan estava na minha frente. Ele não estava
sequer respirando com dificuldade.

─ Jules.

Eu dei um passo para longe dele, levando-se em tudo o que eu tinha


acabado de ver, avaliando os meus sentidos, certificando-me que eu estava
acordado.

─ Julian. ─ Sua voz falhou quando ele deu um passo em frente.

Eu levantei minha mão, segurando-o onde ele estava.

─ Julian ─ ele repetiu o meu nome.

Meus olhos foram para os dele.

─ Eu tenho que ir agora, mas eu quero voltar. Eu posso voltar?

Eu não tinha ideia do que dizer a ele.

─ Por favor.

Depois de um momento, eu assenti.

Ele fez uma careta. ─ Eu não quero ir, mas eu tenho que avisá-los.

Eu queria fazer uma pergunta, a primeira de muitas, mas de repente


houve trovões na sala. O piso saiu de debaixo dos meus pés. Eu estava em pé
por alguns segundos antes de cair em um funil de vento. Eu estava cercado
por som, como um motor a jato, e o ar estava quente, escaldante, queimando
minha pele. Eu estava caindo, girando, girando, apavorado com o que ia
acontecer quando eu parasse.

Em seguida, os braços em volta de mim, quente, sólido, forte, e quando


eu concentrei meus olhos, havia Ryan. Lágrimas foram varridas de seu rosto,
seu cabelo soprado de volta no vendaval. Ele estava tentando falar, mas eu
não podia ouvi-lo.

─ Eu não entendo ─ eu gritei, nem mesmo ouvi minha própria voz no


vento.

Ele me soltou de repente, liberando-me rápido, e eu estava surpreso que


eu não apenas voei para longe, em vez permanecendo tão perto quando nós
despencamos juntos. O zumbido nos meus ouvidos se tornaram um pulso de
som esmagador que me bateu duro, levando-me à inconsciência.

Meus olhos se abriram, e quando virei minha cabeça, eu vi o homem...


homens. Havia cinco deles lá, um sentado na mesa de café perto de mim, os
outros quatro de pé.

─ Julian Nash, ─ o homem mais próximo a mim disse.

Levantei-me e sentei-me, olhando para todos eles, e tendo em ternos e


sapatos, bem como o fato de que nenhum deles estava usando gravatas. Eu
me senti estranho lá no meu sofá apenas de moletom.

─ Eu sou Jael, ─ o homem me disse: ─ sentinela da cidade. Os homens


comigo são Jaka, Marot, Malic e Leith, meus guardas.

Guardas. Eu não tinha ideia do que era. Mais ao ponto, eu estava


realmente acordado. Realmente, verdadeiramente, acordado.

Ficando de pé, eu andei para trás até que eu bati a porta da frente. A
madeira firme contra a minha volta era reconfortante.

─ Julian ─ Jael começou, ─ Eu...


─ Jesus Cristo ─ engoli em seco, tentando muito duro não ficar tenso. ─
Quando acordei antes, e eu sai do quarto e não se foram, essas coisas, e-e o
que diabos eram essas coisas?

─ Demônios verdejantes, ─ todos responderam ao mesmo tempo.

─ Demônios verdejantes, certo. ─ Eu respirei, passando os dedos pelo


meu cabelo ondulado curto. ─ Tudo bem, então como eu disse, a primeira vez
que eu percebi, mau frango ou algo assim, sabe? Eu estou sonhando ou tendo
o meu estômago bombeado algum lugar, ou Deus sabe o quê, mas agora... ─
Eu olhei para cima, meus olhos vagando pela sala, vendo Ryan em primeiro
lugar e, em seguida, os outros cinco homens ─ Agora eu estou pensando que
eu não estou sonhando, e eu estou acordado, e tinha demônios em minha
cozinha.

─ Você estar muito acordado ─ Jael acalmou. ─ E sua sanidade não


abandonou você, Julian Nash. Você não é louco. Sentinelas e guardas existem
para proteger o homem de todas as criaturas do poço. Nós ficamos entre você
e o abismo.

─ Dramático ─ tossi, ─ e eu sou normalmente até por isso, mas, por que
diabos demônios estavam em minha cozinha? ─ Eu terminei com um rugido.

─ Eles seguiram Rindahl para sua casa.

Rindahl.

─ Você o chama de Ryan.

Meus olhos foram para o homem que eu estava louco. Eu vi como ele
olhou ferido, os olhos molhados e suplicantes.

─ Olhe para mim.


Eu tive que voltar para Jael, que eu percebi agora era apenas enorme.
Com ele sentado, estávamos quase olhos nos olhos. De pé, ele teria se elevado
sobre mim. ─ O que é um demônio verdejante? ─ Perguntei.

Jael fez uma careta. ─ Eu não entendo. Que classe de demônio?

Fiz um ruído na parte de trás da minha garganta; eu não tinha ideia do


que estava mesmo perguntando.

─ Demônios verdejantes se agrupam em um só lugar. Eles têm uma


mentalidade quase colmeia. Eles são tão cruéis em batalha como eles são bem
treinados e sincronizados. ─ Ele me olhou atentamente. ─ O que mais você
gostaria de saber?

Eu tinha acabado de receber a resposta Wikipedia ao meu inquérito


demônio verdejante. Cristo, a coisa toda era absurda. ─ Não foi isso que eu
quis dizer, ─ eu zombei, oscilando entre gritar até que senti melhor e
pensando que eu estava sonhando. Tudo o que eu sabia tinha sido mudado
em um instante.

─ Julian...

─ Eu estou ficando louco ─ eu disse, fechando os olhos, concentrando-


se na respiração, contando. Eu precisava que as coisas voltassem ao normal
como eu tive um pressentimento de que eles nunca seriam novamente.

─ Ouça...

Meus olhos se abriram. ─ Quem diabos são vocês? Por que estão em
minha casa? E o que diabos é uma sentinela?

Os olhos de Jael brilharam, mas não havia mais nada. ─ Rindahl


escolheu bem.
Estendi meu braço, me preparei na parede à minha direita, e focado em
respirar fundo.

─ Sr. Nash?

─ Cada cidade tem uma sentinela? ─ Perguntei-lhe, a respiração


ofegante.

─ Sim ─ ele respondeu suavemente.

─ E cada sentinela tem cinco guardas?

─ Como os pontos fixos de um pentagrama, sim.

─ Guardas fazem o quê?

─ A mesma coisa que um sentinela. Todos nós lutamos contra criaturas,


demônios, mas a sentinela é o mais velho, viveu mais, portanto, está no
comando.

Eu absorvi o que ele disse, acrescentou que para as coisas que eu


conhecia, fatos, curiosidades, nomes. Cada cidade tinha uma sentinela; um
homem que se certificou de que criaturas como demônios verdejantes não me
peguem. Certo.

─ Jules? ─ Meus olhos foram para Ryan. ─ Posso falar com você agora?

─ Você está bem? ─ Perguntei, e até mesmo eu podia ouvir a


preocupação em minha voz.

Seus olhos estavam presos nos meus, mas ele não se mexeu. Parecia que
ele estava sentindo dor.

─ Venha aqui, ─ eu exigi.

─ Julian, eu...
─ Agora.

Ele correu através do quarto para mim. Quando ele estava perto o
suficiente, eu agarrei e puxei em meus braços. Abracei-o com força, deixando
escapar um suspiro profundo.

─ Cristo, eu pensei que esses caras iam matá-lo ─, eu disse, inclinando-


se para trás para olhar como seu rosto. ─ Por que você não me disse que é
como um ninja ou algo assim? ─ O suspiro de ar, o olhar atordoado no
rosto. Eu tinha que sorrir. ─ Agora eu entendo as espadas e as ervas estranhas
e seu jipe todo batido o tempo todo, não pode pintar o seu bebê se ele só vai se
arranhar.

─ Deus, Julian, você é incrível.

─ Eu preciso de um segundo para processar isso, tudo bem?

─ Você não está com medo?

─ Eu não sei o que eu estou ainda ─, confessei, sentindo as mãos


quentes de Ryan deslizar sobre minhas costas. ─ Você tem que me deixar
pensar.

─ Jules.

─ Espere.

─ Julian, você...

─ Espere ─ eu bati, antes rindo de quão absurdo foi tudo. ─ Vamos falar
assim que nós estivermos sozinhos.

Ouvi sua ingestão rápida de ar. ─ Você não está me mandando embora?

─ Por que eu iria querer fazer isso? ─ Eu fiz uma carranca


automaticamente, virando-se para os homens, colocando Ryan atrás de mim.
Foi estúpido considerando que ele tinha acabado de ter subjugado quatro
homens, mas ele trouxe a cada instinto protetor que eu tinha. Ele pertencia a
mim. ─ Coloque suas mãos para trás em mim, então eu sei que você está aqui.

Ele não apenas me tocou; ele se inclinou para mim, pressionando contra
as minhas costas, os braços envolvendo em torno apertado. Senti o rosto mal
barbeado entre as minhas omoplatas e o tremor que rasgou por meio dele.

─ Ouça-me, Julian Nash.

Meus olhos voltaram para o homem que se levantou de onde estava à


mesa de café, enormes facilmente 1.90, olhos verdes, escuros olhando para
mim.

─ Eu sou Jael Ezran, e como eu disse, estes são os meus homens. Nós
caçamos e matamos coisas que, se eu te falasse, você pensaria que eu estava
louco.

Eu o segui com os meus olhos, observando enquanto ele caminhava ao


redor do sofá só para parar uns metros de distância.

─ A sentinela ─ ele colocou a mão em seu coração ─ que eu, temos uma
equipe de cinco guardas que caçam com ele, ou às vezes por conta própria, em
equipes. Normalmente, coisas como as criaturas que você viu anteriormente
não viria para a casa de um guarda, como as nossas casas são selados, mas a
sua casa, pois não é uma casa interna, não está selado. Ele não deve
permanecer durante a noite em qualquer lugar, mas a sua própria casa, mas
eu suspeito que ele estava distraído com a descoberta do seu novo vínculo e
está negligenciado sua própria segurança, bem como a sua.

─ A nossa obrigação? Você me perdeu.


Ele balançou a cabeça, me deu um leve sorriso. ─ Cada sentinela, cada
guarda, tem que ter um lar: uma casa, um canal para a segurança, a paz, o
amor, o que você quiser chamá-lo. A guarda deve ter uma lareira ou,
eventualmente, morrem. Foram encontradas ao longo dos séculos que todo o
poder e nenhum coração vai matar um guarda. Tem de haver equilíbrio entre
o emocional e o físico. Sem equilíbrio, há caos dentro. Você entende?

─ Eu não penso assim ─ eu disse a ele honestamente.

─ Tudo bem ─ ele suspirou, ─ pense nisso como assim: eu luto contra o
mal. Eu mato coisas cruéis horríveis, mas para fazer isso, eu tenho que estar
preparado. Eu tenho que estar pronto fisicamente, emocionalmente e
mentalmente para tirar a vida a cada dia.

Percebi de repente como ele parecia cansado, mas determinado, ao


mesmo tempo.

─ Eu posso treinar-me, assim como os meus homens, para ser forte


fisicamente e ser focado mentalmente, mas o coração que não está em meu
poder para fazer por ninguém além de mim.

─ Claro ─ eu concordei. Eu fui principalmente seguinte. Eu não tinha


certeza por que eu estava recebendo a explicação, mas se ele sentia a
necessidade para isso, eu gostaria de ouvi-lo.

Ele balançou a cabeça, esfregando o cabelo loiro grosso. ─ Todos nós


protegemos um ao outro. Somos todos dependentes para nossa sobrevivência
um no outro. Se um de nós estiver distraído e seus pensamentos são sobre o
que eles querem ou precisam, em vez de sobre a luta... alguém poderia
morrer.
Fazia sentido. Homens em batalha tinha que ser focado na tarefa na
mão. ─ Eu não entendo por que você está me contando...

─ Meus homens me protegem e um ao outro, e para fazer isso, eles


precisam de um equilíbrio em suas vidas. Para um guarda, o seu coração-casa
é vital e necessário. ─ Eu fiquei tranquilo, não querendo interromper. ─ A
lareira faz uma casa para o guarda. Há muito poucos homens ou mulheres
que podem ser um lar para um guarda, como a energia do guarda drena a
força de vida da maioria dos seres humanos.

─ Então o que você está dizendo é que o mau tem de ser compensado
pelo bom, pelo amor do lar.

Seu sorriso fez suas linhas de riso enrugar e provocou um suspiro


pesado. ─ Normalmente, após a primeira vez que um guarda e uma quota
humana uma cama, o guarda acorda para encontrar o seu parceiro murcho,
anos queimado em um único momento de felicidade compartilhada.

─ É como entre pessoas, dormir, fazer sexo com um guarda.

─ Sim.

Foi por isso que Ryan tinha tão completamente me olhado após a
primeira noite que fizemos amor: ele estava verificando para se certificar de
que ele não tinha me machucado.

─ Se o guarda sai, em seguida, o parceiro irá recuperar os seus anos,


com o tempo, mas se o guarda permanece, mesmo por amor, a mulher ou o
homem, vai morrer.

─ Soa como um succubus.


─ Há Guardas femininos e masculinos, assim que as histórias de
incubus e succubus, uma bruxa da noite, todos esses mitos pode ser atribuído
em alguma maneira de Guardas.

─ E se o Guarda escolhe ficar com a pessoa que amam, mas eles nunca
ter sexo outra vez?

─ Só a sua presença por si só, drenar o seu parceiro uma vez que está se
juntar pela primeira vez.

Ele lhe deu um sorriso. ─ É uma desculpa e tanto para dormir em torno:
olhe eu tenho para o seu coração e tudo. Não é um caso de uma noite, é só
pesquisa. ─ Seus olhos se estreitaram, e eu ri. ─ Desculpe, vá em frente.

─ Você é muito estranho.

Recipiente a chaleira em minha opinião, mas eu calei a boca desde que


ele era muito maior do que eu e todo um inferno de muito mais assustador. ─
Mas o que isso tem a ver comigo?

─ Você não sabe?

Antes que eu pudesse responder, Ryan puxou minha mão, me


cutucando para segui-lo. ─ Vamos lá ─ ele insistiu, puxando-me atrás dele
para fora da sala de estar e para o meu quarto. Ele me empurrou com força na
cama.

Olhando para ele, vi todas as emoções nadando em seu rosto, e seus


músculos da mandíbula estavam tensas. ─ Assim? Eu acho que a outra noite
quando eu tinha você por baixo você realmente...

─ Não ─ ele me interrompeu, soando dolorido, seus olhos uma


bagunça. ─ Não olhe para mim como se eu fosse assustador.
─ Mas você é.

─ Não para você.

Eu estava tendo tanta dificuldade para envolver o meu cérebro em torno


dele como um assassino monstro. Ele parecia o mesmo, como Ryan.

─ Eu preciso, eu quero você tem que ser o... aquele que diz, que o faça.

Eu não era estúpido; ele só me levou um segundo, porque o meu dia


tinha sido um pouco estranho. ─ Por que você enviar para mim? Por que você
iria querer?

─ Porque então eu não tenho poder, e eu só posso ser. ─ Então ele não
tem que pensar se ele estava entregando-se todo o seu controle para mim. Ele
só tinha que sentir. ─ Não me mande embora ─ ele sussurrou. ─ Por favor,
Jules. Eu só... ─ ele respirou fundo ─ percebi que era você.

E eu entendi. Ele sempre gostou de mim, mas alguma coisa tinha


mudado, e ele realmente tinha me visto pela primeira vez.

─ Desculpe-me, eu fui estúpido. Meus instintos estavam errados antes, e


eu machuquei as pessoas. Eu não confio em mim como eu deveria. Jael odeia.

Ele tinha que estar pronto na observação de um momento para tomar


uma decisão de vida ou morte e não saber se o que ele estava fazendo era
certo ou errado. Se eu fosse Jael, eu teria ficado tão frustrado.

─ Por favor, não me mande embora.

Olhei em seus olhos bonitos. ─ Ry...

─ Eu quero ser o único que você toma. Eu preciso ser o cara que você
domina e solta, não, ─ ele quase gritou, e eu ouvi o pânico em sua voz. ─ Não
deixe ele ser outra pessoa.
Ele estava tremendo, e afundado em mim, então, que, para ele, isso foi
muito mais do que nós decidir se iriamos continuar a ver um ao outro. Ele
tinha preocupações maiores.

Os olhos feridos ficaram presos nos meus. ─ Eu sinto muito por tudo
isso. Eu nunca pensei que eu iria ser rastreado. Eu não sou tão valioso quanto
os outros.

Mas Jael não tinha mencionado nenhuma hierarquia; ele tinha


dito seus carcereiros, como se fossem todos iguais. Eu estava apostando que
os inimigos de Ryan viam todos da mesma maneira.

─ É realmente Ryan, ou você prefere Rindahl?

Ele limpou a garganta. ─ Quando eu me tornei um guarda aos quinze


anos e recebi esse nome. Eu odeio isso. Não é quem eu sou. Ryan, Ry... isso é
quem eu sou.

A idade ficou na minha cabeça. ─ Onde estão seus pais?

─ Eu nunca tive; minha mãe morreu no parto e não há nenhum pai


listado em qualquer lugar. Seu último nome foi Dean, e ela disse a uma
enfermeira que queria me chamar de Ryan antes que ela entrou em trabalho
de parto. Foi a história que me contaram. Eu nem mesmo sei se é verdade ou
não.

─ E os outros?

─ Somos toda a família que nós temos. Jael disse que é como isso
sempre foi.

─ É por isso que todos precisam de um lar para vir para casa.
Ele assentiu. ─ Eu quero voltar para casa com você, Julian, se você me
deixar.

Abri os braços para ele. ─ Venha aqui.

As lágrimas encheram rápido, brotando enquanto ele mergulhou em


meus braços, o rosto enterrado na minha garganta.

Meus dedos afundaram em seu cabelo loiro como eu senti a boca aberta
no lado do meu pescoço. ─ Então, como é que funciona, a realidade da
conversa por dia, assustador guarda por noite? Quando no inferno você
dorme?

Ele sorriu. Eu senti isso quando ele beijou a minha pele. ─ Eu não quero
dormir. Eu quero fazer amor com você. Por favor, Julian.

─ Diga-me.

─ Tudo bem, sim. ─ Ele mordiscou o lado do meu pescoço para minha
clavícula. ─ Eu moro duas vidas completas e separadas que precisam ser
conectados. Essa é a parte Jael deixado de fora, a ligação. Se você não está
fundamentada no mundo real, a existência do dia-a-dia de um homem
regular, você perder a cabeça. Eu já vi isso acontecer com um monte de
guardas ao longo dos anos.

─ Então, esta equipe não é a sua original.

─ Não.

─ Porque, às vezes, um guarda apenas enlouquece, ─ Eu esclareci.

─ Sim.
─ E você evita isso, por ter o seu coração montando uma casa para você,
proporcionar uma vida para você que não tem nada a ver com caçar e matar
criaturas da noite.

Ele riu da minha expressão. ─ Exatamente.

─ Então, você realmente precisa de um lar.

Ele se inclinou para trás para olhar para mim. ─ Eu preciso de você,
Julian.

─ É como Buffy.

A carranca foi instantânea e escura. ─ Como?

─ Você é como Buffy, a caçadora de vampiros, você sabe, Buffy, ela


patrulha. Ela mata as coisas. Ela é quente. Ela usa roupas bonitas... você é
Buffy.

Ele exalou rápido. ─ Vou dar-lhe um meio segundo para...

─ E os caras são como a gangue do Scooby, ─ Eu provoquei, batendo sua


bunda. ─ Hum, querido?

Seu grunhido era alto como eu dissolvido em um ataque de riso aliviado.


Ele sentou-se, puxou o travesseiro debaixo de minha cabeça e me deu um tapa
forte no rosto com ele.

─ Seu merda! ─ Ele gritou. ─ Aqui eu estou pensando que você está
fazendo uma decisão de vida ou morte para mim, e você já decidiu que você
vai me manter! Que porra é essa?

Eu não poderia ter parado de rir se minha vida dependesse disso.

Ele voltou em cima de mim, prendendo-me para a cama, a boca sobre a


minha, me inspirando e me beijando avidamente. Eu rolei-o a suas costas e
quebrei o beijo, sentando-se, abrangendo seus quadris. Seus olhos estavam
com as pálpebras pesadas quando ele olhou para mim.

─ Nós nos damos, eu acho.

Ele correu as mãos para cima e para baixo pelas minhas coxas. ─ Nós
mais do que nos damos bem.

─ Você percebe que, entre nós dois, você é o deus doméstico, certo? Eu
não.

─ Não se trata de cozinhar ou limpeza ou qualquer outra coisa, mas ter


uma casa, Jules. É estar com você, sabendo que você sabe tudo sobre mim e
me quer de qualquer maneira. É a aceitação e incondicional segurança, ─
completou hesitante.

Eu sorri para ele. ─ Agradável. Você pode disse “amor”. Eu não vou
pirar. ─ Ele tremeu debaixo de mim. ─ Eu acho que eu poderia me apaixonar
por você muito fácil.

─ Julian, Deus, meu corpo é... Eu preciso...

─ O que precisa? ─ Eu perguntei, inclinando-se para tocar os lábios


através dele.

Ele se contorceu debaixo de mim, o gemido de necessidade viajando em


calor para o meu pau duro. ─ Deus, você é gostoso demais.

─ Você também, ─ eu disse, deslocando sobre sua virilha até que ele
prendeu a respiração.

─ Suas pernas são duras ─ admirou-se, seus dedos cavando em minhas


coxas.
─ Então, há um aperto de mão secreto ou algum ritual assustador? Você
bebe o meu sangue ou algo assim? ─ Perguntei.

─ O que você está falando?

─ Tornar o seu coração, qual é o processo?

─ Você diz: Ryan concordou em ser o seu lar.

─ É isso aí? Isso é realmente decepcionante.

─ Você quer pompa?

─ Talvez não algo tão grande, mas alguma coisa.

Seu sorriso era radiante. ─ Você é tão grande. Você tem alguma ideia de
como você é grande?

Eu resmunguei. ─ Então ouça, eu quero ir com você. ─ Ele estava


distraído, mordendo o lábio inferior, atingindo-se no meu pescoço. Eu toquei
as mãos. ─ Prometo que pode vir. Eu quero ver você faça, então eu sei como é
para você. Eu quero saber.

─ Hummm ─ ele respirou, com as mãos nas minhas coxas novamente. ─


Beije-me.

─ Ry... juro.

Ele respirou tremendo. ─ Você sabe que você tem um monte de roupas.
─ Sua voz estava rouca e profunda. ─ Talvez você deva tirar algumas.

─ Você quer que eu seja seu coração, certo?

─ Sua pele me deixa louco.

─ Você?
─ Oh, sim ─ ele mal saiu. Seus olhos vidrados, pupilas dilatadas e
redondas.

A forma como ele estava olhando para mim, eu não seria capaz de ser
lógico por muito mais tempo. O homem me queimava, e nós estivemos juntos
um tempo demasiado curto para sentir saciado com o outro. Senti meu corpo
ficar quente de calor. ─ Ry...

─ Bom pedaço ─ disse uma voz atrás de mim.

Virando-se, eu me afastei de Ryan e fiquei de pé ao lado da cama. Eu


não tinha ouvido a porta abrir, então eu fiquei surpreso ao ver o homem de
terno Armani preto e as botas Prada em pé no meu quarto. Ele era alto, com
cabelos loiros e olhos azuis de gelo brancos. Ele parecia como se tivesse sido
esculpido em porcelana.

─ Saiam da minha casa! ─ Ryan gritou para ele, rolando para fora da
cama, rosnando.

─ Não é a sua casa ─, veio o sotaque nítido, não inglês, outra coisa. ─
Ele pertence à viga. Se fosse sua, eu, juntamente com todos os outros, não
teria sido capaz de chegar aqui, agora que eu iria? Jael estava certo; você está
agindo realmente estúpido.

─ Que porra você quer? ─ Ryan assobiou para ele, andando em minha
frente, me protegendo, embora eu fosse maior do que ele.

Ele sorriu, brincando com suas abotoaduras de prata. ─ Jael disse que
eu tinha que sair com você esta noite. Ele quer ter certeza de que você não vai
negligenciar seus deveres.

Ryan fez uma careta para ele. ─ Isso é treta. Você é o único que não
confia em mim. Eu deveria ter Jaka esta semana, não você.
─ Jaka é muito confiante. Ele só espera que você lhe dê apoio, e então
ele ia acabar morto.

Ryan se moveu rápido e tinha o outro homem preso à parede oposta


com um movimento espectral de velocidade. Em um momento ele estava ao
meu lado, o segundo teve seu companheiro guarda batendo contra o tijolo. ─
Eu nunca poria em causa qualquer uma das suas vidas, mesmo a sua, Malic!

Os olhos se levantaram para olhar no rosto de Ryan. ─ Mesmo a minha?

Ele recuou apenas para mover o homem maior fora da parede e de volta
para ele novamente. Malic sorriu em vez de gritar. Deve ter doído. A força que
exibiu, como a parede estremeceu com o impacto, teria rachado minhas
costelas, coisas quebraria dentro do meu corpo.

─ Você está pensando seriamente em tomar o seu coração com você


para matar demônios verdejantes hoje à noite? É isso sábio?

─ Eu não sou seu lar ainda, ─ eu o corrigi.

─ Oh, merda você não é. ─ Ele me descartou quando Ryan se afastou


dele, virando-lhe as costas para atravessar a sala. ─ Você está aceitando
sermos guardas, vendo criaturas sendo sugadas para pequenos buracos
negros não saindo, e você como foder Rindahl ainda podem sentir o calor
nesta sala. Diga-me, Julian Nash, como você está o seu coração?

Eu não tinha resposta. Ele era um imprestável babaca, sarcástico, e


também completamente correto. A ideia de perder o toque de Ryan Dean não
era boa. Eu gostava de ter importância. Eu queria ser importante, e eu tinha a
chance de realmente significar algo para um homem que achava intoxicante.
Eu queria muito lhe dar uma lareira.

─ Você está certo.


Ryan levantou a cabeça, e seus olhos encontraram os meus. ─ É isso
que você quer dizer?

Eu sorri para ele. ─ Sim, venha viver comigo. É o que Cash espera de
qualquer maneira.

Ele deu um passo para frente. ─ Mas toda a sua vida vai mudar.

─ Eu gosto de mudança, mantém sua vida fora de ficar estagnada. E,


além disso, depois que você morar aqui, você pode tornar o apartamento
seguro, certo? Eu próprio, então sele ou qualquer outra coisa. Mais tarde,
quando encontramos uma casa, você pode selar de novo também.

─ Julian, eu...

─ Ser um guarda é apenas uma parte de você. Não é tudo que você é. Eu
gosto muito do resto de você é, sempre tem. Podemos trabalhar o novo anjo
vingador da parte da noite.

Ele saltou para mim, e eu estava rindo quando o peguei. Ele não era
muito menor do que eu, e tentando segurá-lo e ainda manter o equilíbrio
provou demasiado difícil. Nós caímos de costas na cama, um emaranhado de
braços e pernas.

Eu levantei o rosto, curvado e beijei-o. O profundo gemido, rouco


rasgou através de mim quando eu inclinei a minha boca sobre a dele. Minha
língua deslizou entre os lábios quando eu tomei posse do beijo, deixando-o
saber que ele era meu.

Houve o som de um pigarro, e custou cada gota de força de vontade que


possuía para quebrar o beijo e olhar para o homem gelo elevando-se sobre a
cama. Mas ele não estava olhando para mim.
─ Pergunto novamente, ele vai com a gente para caçar demônios esta
noite?

─ Sim. ─ Ryan prendeu a respiração. ─ Ele vai.

─ E se ele estiver morto, o que vai fazer, então? Você acabou de


encontrar seu coração precioso. Se ele morrer, quem você vai foder, então? ─
O tom da pergunta era agressivo. Ele soou como uma amante rejeitada mais
que qualquer outra coisa.

─ Eu vou protegê-lo, ─ Ryan prometeu. ─ Vou pedir a Leith, ver se ele


pode vir comigo, Jaka ou Marot. Eu sei que você não vai vê-lo, mas um deles
vai.

─ Eu vou vê-lo. Eu não vou mais permitir que seu coração seja
prejudicado mais do que qualquer outro. Você me insulta, sugerindo que seria
qualquer coisa, mas vigilante.

Ryan grunhiu enquanto ele rolou levantando da cama em um


movimento contínuo. Era como se ele estivesse mole.

─ Este é o único homem que você encontrou que você pode foder e não
matar. Por que eu iria perdê-lo?

Eu vi Ryan decidir se ele ia se ofender com redação do outro


homem. Depois de vários momentos, ele assentiu. ─ Vou encontrá-lo à meia-
noite na marina.

─ Eu vou encontrá-lo lá ─ Malic concordou, saindo, batendo a porta do


quarto atrás dele.

─ Ei. ─ Ele se virou para me encarar. ─ O que tem com você e ele?
─ Tínhamos anos atrás ─ admitiu ele, nenhum jogo jogando entre nós,
não fazendo. ─ Malic e eu, não funcionou, e dois guardas juntos é muito mais
do que simplesmente uma má ideia.

Deixei escapar um suspiro profundo. ─ Eu não acho que ele é sobre


você.

─ Somos homens diferentes ─ ele me disse. ─ E nós queremos coisas


diferentes. Talvez com o passar mais tempo, Malic vai encontrar sua própria
casa e recuperador, mas por agora, não tem ninguém e não parece tão
interessado em encontrar um.

─ Eu pensei que era perigoso para guardas não ter lareiras?

─ É, portanto, todos nós vemos, mas mesmo Jael não pode forçar Malic
amar alguém, se ele não quer ou não pode. Nós podemos ser guerreiros
assustadores lutando contra forças sobrenaturais, mas ainda somos homens,
sabe? Se você não sentir isso, você não sentir isso.

Eu olhava para ele. ─ Então, comigo, ele está lá, certo?

Ele engoliu em seco, olhando sobrecarregado de repente.

Abri os braços, e ele moveu rápido para preenchê-los, com a cabeça


apoiada no meu ombro, me abraçando tão apertado. ─ Posso te pedir um
pequeno favor?

Era engraçado como ele se inclinou para trás lentamente e olhou para
mim.

─ Eu prometo que não é uma grande coisa.

A descrença era todo o seu rosto, e meu sorriso ajudou nada. ─ Oh,
Deus, o quê?
Eu suavizei o meu pedido beijando-o tão duro e por muito tempo que
ele tinha para me dar o fora dele para que ele pudesse respirar. Aproveitei o
momento, e ele concordou, antes que ele percebeu que ele tinha feito um
pacto com o diabo... bem, comigo.
Capítulo 6
─ Como é que eu não tenho uma espada? ─ Perguntou Cash, olhando de
Ryan para Malic e vice-versa. Malic olhou lentamente para Ryan, que soltou
uma respiração profunda antes de olhar para mim.

─ O que?

─ Lembre-me de matá-lo.

─ Por quê? ─ Eu ri, tentando não rir, mas o absurdo de toda a situação
era simplesmente demais para mim. Eu ia começar a rir a qualquer momento,
e eu nunca ria. Eu era um adulto, pelo amor de Deus.

Se Ryan me queria para o seu parceiro, ele ficava com Cash


também. Não havia maneira de contornar isso. Eu não iria manter escondido
o maior evento na minha vida do meu melhor amigo. Eu expliquei a Ryan que
era como ter uma maior rede de segurança, agora que ele tinha Cash, e
Phoebe, que não estava bem, mas morrendo de vontade de saber o que
aconteceu. Ela estava grávida; ela não consegue ver demônios sendo mortos.
Ryan e Malic ficaram surpresos com o quão fácil era para o meu melhor
amigo e sua esposa para envolver os seus cérebros em torno do fato de que
havia coisas reais que foram colisão na noite que tinha de ser destruído. E
Phoebe, como eu, que observava cada show único assustador na CWand FOX
e cada filme de terror que saia, estava muito animado para estar em todo o
seu grande segredo. Ela estava pronta para ajudar a tornar identidades falsas,
espalhar sal em torno de portas, ou banir os anjos de volta ao céu. Ela gostava
da maneira demasiado Supernatural .
─ Jules?

Eu me virei para olhar para Ryan.

─ Esta é a primeira e única vez que você e Cash serão permitidos vim
aqui com a gente. Você entende?

Eu já tinha feito a mesma promessa pelo menos dez vezes, mas eu


entendi que o arranjo estava lhe dando uma úlcera. Foi realmente muito
doce. ─ Sim, Ry.

─ Tudo o que podíamos voltar a porra do foco? ─ Malic rosnou ao meu


lado.

Meus olhos se moveram para ele. Estávamos todos agachado atrás de


alguns paletes empilhados no cais, olhando para o espaço vazio em frente a
nós através das ripas.

─ O quê? ─ Ele perguntou, irritado.

─ Jael chama Ryan “'Rindahl”, mas é como o seu indicativo de chamada


ou algo assim, não é o seu nome. Qual é o seu nome real, Malic?

─ É apenas Malic ─ disse ele com os dentes cerrados.

─ É. ─ Cash assentiu, batendo meu ombro. ─ Lembre-se, ele é dono do


clube de stripper que Ben e Carlene fizeram uma grande abertura há seis
meses. Eu pensei no momento que Malic era um nome legal.

Os olhos frios de Malic foram para Cash, mas em vez de olhar para
longe, Cash olhou de volta. Meu dinheiro estava no meu melhor amigo, e
descobriu-se que eu estava certo. Malic não conseguiu segurar o seu olhar por
muito tempo.

─ Não, ─ Ryan disse de repente, sua voz gutural e gelada.


Antes que eu pudesse advertir-lhe para ter cuidado, ele se levantou e, a
partir dessa posição de pé, dobrou os joelhos e saltou para cima no ar e sobre
a pilha que estavam escondidos atrás.

─ Jesus ─ Cash respirou quando Malic seguiu logo atrás dele.

Eu esperava, a partir de muitas estações do anjo e tudo o mais,


demônios com chifres, cabeças grandes, pele escamosa, ou presas. O que eu vi
eram homens, ou coisas que pareciam homens, tudo em preto, parecendo
mais do que assassinos criaturas do poço. Os olhos, porém, seus olhos
sangrando, sob o brilho dos postes, eram mortos.

Eu ouvi Ryan rosnar baixo, e em um borrão de movimento, ele puxou as


duas espadas das bainhas individuais nas costas e correu para os demônios.

Cash rugiu um aviso quando Ryan foi rapidamente cercado, mas ele já
estava em movimento. Enquanto eu olhava, eu fiquei com medo pelo o
homem que tinha se tornado mais importante a cada segundo que passei com
ele, mas era bonito ao mesmo tempo, a sincronização, mais uma dança de
guerra.

─ Eu vou cortar o seu coração ─ uma das criaturas rosnou para Ryan.

─ Tente, servo, tente, ─ Ryan avançou, as espadas girando em suas


mãos quando ele se lançou para frente.

Eu estava sem fôlego em observá-lo. Sua espada cortou o ar em arcos e


círculos, girando tão rápido, como um ventilador, varrendo de lado a lado,
movendo-se em etapas estudadas, intricada executado, cada manobra capaz
de causar morte instantânea se o contato fosse feito.

Olhei para Malic, encontrando-o, e vi quando ele rolou, pulou, congelou


imóvel como uma pedra, e, em seguida, mergulhou uma cambalhota e
aterrissou luz em seus pés mais uma vez. Espadas tocavam uma na outra, aço
tocando contra o aço, o único som na doca vazia. Malic e seu adversário
pararam de repente, congelado em conjunto em forma de estátua. O corpo de
Malic em um arco acima do chão, uma mão no banco dos réus, os dedos
segurando a madeira, a outra segurando sua espada para cima para afastar a
greve morte. Seu adversário estava posicionado acima dele, seguindo para
frente, suas pernas se preparou à parte, o outro lado preenchido agora com
um punhal ninguém mais tinha visto. Ele tinha pensado em entregar o último
golpe, mas o grito de Ryan virou a cabeça do demônio no último momento. O
momento de foco fraturado foi aproveitado. Malic desabou no chão e deu uma
cambalhota em pé em um movimento contínuo que era como assistir a um
dançarino.

Eu me virei para olhar para Ryan e vi como ele correu passado onde
Cash e eu estávamos e correu até o lado de um edifício com um demônio não
mais do que uma respiração atrás dele. Eu vi quando o demônio voou após
Ryan, ambos os braços estendidos como asas, cada um empunhando uma
navalha afiada a intenção de tirar a vida de meu amante.

Ryan girou no ar e decapitou o demônio instantaneamente. O chão se


abriu, e tal como tinha feito antes em meu apartamento, parecia haver um
bocejo, soprando buraco negro que sugou o cadáver sem cabeça para baixo
nele. E eu vi, de repente, onde Ryan iria completar seu salto bem como o que
ele não viu: os dois demônios lá.

Saído de trás do palete com Cash logo atrás de mim, eu corri em cima da
criatura quando Ryan encontrou-se no fim de sua greve. O demônio ajustou
sua postura e dirigiu para frente, a borda afiada da espada para baixo, pronto
para cortar através do coração de Ryan e cortar em dois.
Eu balancei duro com o bastão que eu tinha trazido, pegando o demônio
no peito, levando-o de volta. Antes que eu pudesse virar, ele se recuperou e
avançou. A espada teria empurrei através de meu abdômen, mas foi afastado
lateralmente por uma de três ferro. Cash tinha trazido uma com ele, que ele
salvou minha vida.

Eu vi quando ele varreu os pés do demônio para fora sob, mas antes que
eu pudesse ficar impressionado, Engoli em seco quando vi um machado
arqueando em direção pescoço do meu melhor amigo.

Apanhado rápido entre espadas gêmeas, o machado foi afastado da mão


do demônio com tanta força que eu ouvi um grito de dor. Ryan estava lá,
entre Cash e a morte, e eu instintivamente agarrei o seu braço e apertei com
força.

─ Corra para a rua, ─ ele rosnou para mim.

Virei a tempo de ver um flash de aço e assisti, fascinado, quando a borda


de um machado parou centímetros do meu estômago. O lado plano da espada
tinha interceptado a arma e, como eu segui seu comprimento até o rosto do
demônio, descobri que não havia nenhuma cabeça para ver como ele não
estava mais lá. Eu empurrei a carcaça para longe de mim antes que ele caiu
para frente, e um fluxo de líquido espesso evoluiu a partir do pescoço
salpicando a doca de madeira aos meus pés. Eu fui afastado acentuadamente
fora do caminho, e vi-me ao lado de outro vácuo de um buraco negro. Ryan
tinha me impedido de ser sugado para ele.

─ Agora corra ─ ordenou, agarrando o casaco de Cash e empurrando-o


para frente na minha frente.
Enquanto o caos continuou, Cash bateu atrás de mim, eu vi Malic ser
puxado de mim. A distância segura, e nós nos viramos para olhar. Malic
saltou bem alto no ar, girando ao mesmo tempo, e caiu facilmente no telhado
de um restaurante antes de atacar os demônios lá. Procurando por Ryan, eu o
vi cortar seu caminho através de um homem após o outro com suas espadas
empunhadas selvagemente, transformando os seres vivos aos cadáveres
diante dos meus olhos. Aqueles mais longe começaram a correr em vez de
estar perto, encantado de conhecer seu destino. Eu entendi seu estado de
transe, como eu próprio não conseguia tirar os olhos de Ryan Dean, voltando,
ao mesmo tempo, se revoltaram, testemunhando a carnificina.

Eu ouvi um som atrás de mim, e virando, vi um demônio, olhos


sangrentos antes que ele se lançou para frente. Eu não tive tempo de registrar
a presença de Ryan antes que de repente ele parou logo atrás da criatura,
parado e em silêncio, seu corpo congelado na posição. Ele pôs-se num passo
atacando, perna direita à frente, uma espada firme em ambas as mãos agora
contra o seu lado esquerdo, como se ele tivesse acabado de um arco de
movimento. Levei um momento para perceber que ele não tinha perdido
como eu tinha pensado a princípio.

Quando o demônio tentou falar, o sangue jorrou de sua boca, correndo


sobre os lábios e queixo em espasmos, manchando toda a frente de sua
camisa vermelho brilhante. Sua cabeça caiu para trás em uma lentidão
agonizante, abrindo uma ferida aberta antes de cair no pavimento com um
som molhado doentio. O corpo ficou de pé por um momento e, em seguida,
caiu para frente em um túnel de vento preto. Minha cabeça levantou, e meus
olhos encontraram os de Ryan quando Malic de repente apareceu ao seu lado.
─ Nunca mais ─ disse ele, soltando uma respiração profunda. ─ Mas
obrigado por interferir em meu nome. ─ A última parte foi falado, não só para
mim, mas Cash também.

─ Mesmo que você interrompeu um golpe mortal, ─ companheiro de


guarda de Ryan reclamou, encarando Cash e eu. ─ Nem Rindahl nem eu
nunca tiramos os olhos um do outro no campo de batalha.

Olhei de volta para Ryan.

─ É verdade ─ disse ele com a voz rouca. ─ Agora eu quero que você e
Cash vão para casa. Como tivemos de intervir aqui para te salvar, outros
escaparam, e nós temos que caçá-los. Vai demorar.

Malic rosnou, batendo meu ombro, duro quando ele correu atrás de
mim.

─ Sinto muito, Ry, ─ Eu respirei fundo, ─ Eu só queria saber o que você


fez, mas eu estando aqui o coloco em perigo.

Ele não discordou, mas eu recebi um sorriso antes que ele colocou a
mão brevemente na minha bochecha. ─ Eu te ligo amanhã. Vá para casa e
para a cama, Jules. Você tem que trabalhar na parte da manhã.

─ Assim como você ─ disse Cash.

─ Mas eu não tenho que estar no museu a noite até as nove ─, ele
suspirou, passando por mim, seguindo depois de Malic.

Observei-o a pé, sacudindo sua espada bruscamente assim que gotas de


sangue voaram dele antes que ele embainhou em frente do outro em suas
costas. Malic virou-se para olhar para ele antes que ele saiu correndo. Ryan
quebrou em uma corrida, e quando Malic saltou para o alto, em cima do
telhado do edifício tinha sido mais cedo, Ryan seguiu direito em seus
calcanhares.

─ Eles são incríveis ─ Cash falou meus pensamentos em voz alta.

Voltei-me para o meu melhor amigo. ─ Por que Ryan precisa de mim se
ele tem Malic?

Cash apontou para o meu rosto. ─ Você tem respingos de sangue em


seus óculos.

─ Perfeito, ─ eu gemi, tirando-os para limpar as lentes da minha


camisa.

Eu andei com Cash silenciosamente de volta para seu Lexus.


Inclinando-se sobre a porta aberta, uma mão no teto do carro, ele olhou para
mim.

─ O que?

─ Parece que Ryan está como apoio quando ele está lutando, certo?

Dei de ombros.

─ Pelo que você disse anteriormente sobre uma lareira e o que ele disse
quando eu perguntei a ele, parece que a parte que você vai fazer é recarregar
suas baterias. Assim como quando eu chegar em casa a partir de um dia ruim
no trabalho, e minha linda esposa está lá esperando por mim com a sua
própria história sobre o seu próprio dia, eu, merda me sinto melhor só de
olhar para ela. ─ Ele me encarou. ─ Não é sua parte para apenas amá-lo e
fazer tudo melhor?

Olhei para trás. ─ Você viu que... como você se sente melhor depois
disso?
─ Eu não sei como é com vocês, Jules, mas apenas segurando a minha
menina em meus braços corrige um inferno de coisas para mim.

E Ryan não tinha dito isso?

─ Vou pensar sobre isso.

─ Bem, isso é o que você faz, Jules, ─ Cash riu, entrando no carro,─
você pensa.

Agora o que diabos isso significa?

Ele soltou uma risada ao ver a expressão que eu dei a ele quando eu
estava no assento com cinto de segurança.
Capítulo 7
Eu não estava com sono, porque eu estava preocupado com Ryan. Não
conseguia me concentrar na nossa reunião de segunda-feira e, finalmente,
tive que me desculpar desde que eu estava subindo pelas paredes. Eu tinha
que ir e me certificar que ele estava bem.

Eu estava esperando no elevador para descer, e quando as portas foram


abertas, encontrei-me cara a cara com Peyton Wilson.

─ Julian. ─ Ele tossiu, seu rosto de um rubor rosa brilhante, suas


orelhas ficando vermelho. ─ Como você está? Sinto muito sobre sexta-feira à
noite e tudo. Foi uma bagunça.

Tanta coisa havia acontecido em três dias, e o cara que eu tinha visto
fazendo sexo com o homem na minha frente nem sequer era mais tão
importante. ─ Está tudo bem, ─ eu assegurei a ele, entrando no elevador
quando ele saiu. ─ Honestamente.

Ele respirou. ─ Sério? ─ O homem parecia tão confuso.

─ Sim, Peyton, estamos bem.

─ Jesus, Julian ─ disse ele, segurando as portas para que não pudessem
sair. ─ Você é seriamente o filho mais frio da puta que eu já conheci na minha
vida.

─ Você poderia soltar?

─ Cristo, se eu perdesse o pedaço quente de bunda como a de Channing


Isner, eu me sentiria uma merda.
Desde que eu nunca tinha tido um pedaço da referida bunda, eu não
tinha ideia do que estava faltando. Não que eu me importava. ─ Tudo bem,
você pode mover-se?

─ Julian, eu...

─ Que tal esta: não vamos falar mais uma vez, ─ Eu sugeri quando eu o
empurrei para trás e as portas se fecharam. Eu nunca tinha antecipado que
ele me dando uma porcaria. Eu o tinha figurado para medo e esperança de
que nossa relação de trabalho não sofreria. Mas no retrato grande, como ele
trabalhou para Cash, nem ele nem Channing fosse qualquer da minha
preocupação.

Só uma coisa importava: Ryan Dean.

Tomei um táxi para o apartamento dele, e quando o porteiro me viu,


lembrando-me de sexta-feira à noite, ele me deixou entrar imediatamente. Eu
levantei a minha mão para bater na sua porta quando abriu.

─ Ei. ─ Ryan sorriu para mim, os olhos brilhando com todas as cores do
caleidoscópio que eu amava, verde, marrom e ouro, segurando seu BlackBerry
para que eu pudesse vê-lo. ─ Eu estava te ligando e...

Corri para ele, com as mãos no rosto, beijando-o duro e profundo. Seu
gemido foi rouco, necessitado. ─ Eu estava tão preocupado.

─ Por quê? ─ Ele sorriu enquanto beijava seu pescoço, queixo,


bochechas, nariz, e, finalmente, a boca novamente, alegando que seus lábios,
sua língua. Suas mãos puxando nas lapelas do meu casaco de caxemira. ─
Você não tem que se preocupar comigo.

Chupei seu lábio inferior na minha boca, mordiscando-a suavemente.


─ Jules, eu... preciso... E quero estar em algum lugar, e você está
tornando-se realmente difícil você está me fazendo duro.

Eu não poderia obter o suficiente dele, sabendo que ele estava seguro, e
o calor de seu corpo através de suas roupas. Eu era áspero e deixava
hematomas quando eu prolonguei o beijo, devorando sua boca doce até que
eu o gemi alto. Seus braços estavam em volta do meu pescoço, e eu podia
sentir seu coração batendo debaixo da sua camisa. Ficamos juntos, em sua
porta, abraçados, beijando como adolescentes apaixonados até que eu
finalmente tive que respirar. Minha cabeça latejava quando eu afastei os meus
lábios dos dele.

─ Esqueça o que eu disse, ─ ele disse, ─ você vá em frente e se preocupe.

─ Eu quero que você se mude hoje. Contrate ajudantes, arrume as suas


coisas e volte para casa. Eu nunca mais quero dormir sem você de novo, não
que eu durma muito.

Ele mudou sua postura, facilitando para que ele pudesse olhar para o
meu rosto. ─ Sim, você está um pouco acabado ─ disse ele, empurrando meus
óculos no meu nariz. ─ Esses são quente, você sabe. Os indivíduos que usam
óculos, caras inteligentes, me deixam com um grande momento.

─ Isso está certo?

─ Oh, sim. ─ Ele sorriu, e eu senti seus dedos deslizando até a parte de
trás do meu pescoço no meu cabelo. ─ Então, como tal eu vou buscá-lo depois
do trabalho, vamos pegar um pouco de comida chinesa, venha aqui, e vamos
para cama. Como seria isso?

─ Eu quero que você se mude.


─ Eu vou fazer isso amanhã, com certeza. Hoje à noite, você dorme por
aqui comigo. Eu preciso ter certeza de que você está seguro.

─ Tudo bem ─ eu concordei, pressionando beijos molhados felizes para


a garganta e mandíbula.

─ Deus, eu precisava disso ─ ele suspirou, ─ Você vem aqui todo


preocupado e quente por mim.

─ Assistindo você e Malic na noite passada, eu não tinha certeza que


você...

─ Jules. ─ Ele envolveu o rosto entre as mãos, fazendo-me ainda. ─ Eu e


Malic, eu e todos os outros... nós trabalhamos muito bem juntos, a matança é
perfeita, mas essa parte é apenas a formação e habilidade. A sentinela pode
encontrar seus carcereiros, saber quando ele os vês, e quando ele nos treina,
ele aciona a velocidade, a força, o poder. Jael me encontrou e me fez um
guarda, mas isso é tudo o que é. A parte real, a verdadeira parte, é apenas
sobre ser um homem e ser amado. Ter um lar, uma casa, que é quem eu sou, o
que eu sou.

Toda dúvida que eu tinha desintegrou-se com suas palavras. Ser amado
foi a coisa mais importante para Ryan Dean; Eu não o faria dizer-me
novamente.

─ Você vai me amar, Julian, mais cedo do que você pensa.

Eu já o amava; eu simplesmente não estava pronto para dizer a


ele. Empurrando de volta através da porta, trancou-a atrás de mim.

─ Sr. Nash, você.

Agarrei-o, girei e empurrei de cara contra a porta da frente.


─ É isso aí... me empurre ao redor. ─ Isso, então, foi a necessidade de
Ryan, para sentir a minha força, minha força exercida sobre ele, para confiar
que eu seria duro, mas nunca fez mal a ele, meu amor a sua rede de
segurança. ─ Faça o que quiser para mim.

Eu o amava tremendo de desejo, a necessidade forte em sua voz, seu


rosto, seus olhos de pálpebras pesadas, e o lábio inferior tremendo. Seu
suspiro agudo de prazer me fez sorrir quando eu o imobilizei com o meu
corpo, sua incapacidade de formar palavras, apenas sons saindo dele, seu
perfil um estudo em antecipação.

─ Deus, eu amo pertencer a você ─ ele gemeu.

Eu amo, também. Ele era meu. ─ Eu não vou deixar você ir.

─ Promete?

─ Eu prometo.

─ Diga isso de novo.

Então, eu disse.

Fim

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