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NV-015OT-23-PREP-CNU-COMUM
Cód.: 7908428806606
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Obra
Autores
LÍNGUA PORTUGUESA • Ana Cátia Collares, Giselli Neves, Isabella Ramiro e Monalisa Costa
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO (ON-LINE) • Aline Costa, Caroline Matos, Fernando Zantedeschi,
Jonatas Albino, Kamila Gomes, Leandro Campos, Márcio Ferreira Neves, Ricardo Reis e Samara
Kich
ISBN: 978-65-5451-239-8
Edição: Outubro/2023
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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................11
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS................................ 11
CONJUNÇÕES....................................................................................................................................................47
CONCORDÂNCIA ...............................................................................................................................................57
LÍNGUA ESPANHOL...........................................................................................................83
COMPREENSÃO DE TEXTOS ESCRITOS EM LÍNGUA ESPANHOLA............................................... 83
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ITENS GRAMATICAIS RELEVANTES PARA COMPREENSÃO DE CONTEÚDOS SEMÂNTICOS
E DOMÍNIO DO VOCABULÁRIO E DA MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA ESPANHOLA...................... 89
TABELAS VERDADE.........................................................................................................................................167
EQUIVALÊNCIAS..............................................................................................................................................170
LEIS DE MORGAN............................................................................................................................................173
DIAGRAMAS LÓGICOS....................................................................................................................................176
INFORMÁTICA.................................................................................................................. 225
CONCEITOS BÁSICOS DE HARDWARE E SOFTWARE: FUNCIONAMENTO DO
COMPUTADOR; CONHECIMENTOS DOS COMPONENTES PRINCIPAIS.....................................225
WORD................................................................................................................................................................254
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ÍNDICES............................................................................................................................................................264
EXCEL...............................................................................................................................................................267
POWER POINT..................................................................................................................................................283
TEAMS..............................................................................................................................................................297
CONCEITO........................................................................................................................................................325
CLASSIFICAÇÕES............................................................................................................................................325
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS........................................................................................................................326
DIREITOS SOCIAIS...........................................................................................................................................337
NACIONALIDADE.............................................................................................................................................343
PARTIDOS POLÍTICOS.....................................................................................................................................347
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA...............................................................................351
UNIÃO...............................................................................................................................................................351
ESTADOS..........................................................................................................................................................353
MUNICÍPIOS ....................................................................................................................................................354
DISTRITO FEDERAL.........................................................................................................................................355
TERRITÓRIOS...................................................................................................................................................355
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.............................................................................................................355
DISPOSIÇÕES GERAIS.....................................................................................................................................355
SERVIDORES PÚBLICOS.................................................................................................................................363
PODER LEGISLATIVO........................................................................................................................368
CONGRESSO NACIONAL.................................................................................................................................368
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CÂMARA DOS DEPUTADOS............................................................................................................................369
SENADO FEDERAL...........................................................................................................................................370
DEPUTADOS E SENADORES...........................................................................................................................370
PODER EXECUTIVO...........................................................................................................................372
PODER JUDICIÁRIO..........................................................................................................................374
DISPOSIÇÕES GERAIS.....................................................................................................................................374
MINISTÉRIO PÚBLICO.....................................................................................................................................381
ADVOCACIA PÚBLICA.....................................................................................................................................382
DEFENSORIA PÚBLICA....................................................................................................................................382
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TEMAS TRANSVERSAIS, PROJETOS INTERDISCIPLINARES E EDUCAÇÃO EM DIREITOS
HUMANOS.........................................................................................................................................418
DIREITOS ÉTNICO-RACIAIS.............................................................................................................427
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Dica
Interpretar é buscar ideias e pistas do autor do
texto nas linhas apresentadas.
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa conhecimento linguístico;
espécie de animal. O que observei neles, no tempo conhecimento textual;
em que estive na redação do O Globo, foi o bastante conhecimento de mundo.
para não os amar, nem os imitar. São em geral de
uma lastimável limitação de ideias, cheios de fór- O conhecimento de mundo, por tratar-se de um
mulas, de receitas, só capazes de colher fatos assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.
detalhados e impotentes para generalizar, cur- Os demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.
vados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas,
adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guia- z Conhecimento Linguístico
dos por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo
critério de beleza. (Barreto, 2010, p. 21)
Esse é o conhecimento basilar para compreensão
e decodificação do texto, envolve o reconhecimento
O trecho em destaque na citação do escritor Lima das formas linguísticas estabelecidas socialmente por
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías uma comunidade linguística, ou seja, envolve o reco-
Caminha” (1917), identifica bem como o pensamento nhecimento das regras de uma língua.
indutivo compõe a interpretação e decodificação de É importante salientar que as regras de reconhe-
um texto. Para deixar ainda mais evidentes as estraté- cimento sobre o funcionamento da língua não são,
gias usadas para identificar essa forma de interpretar, necessariamente, as regras gramaticais, mas as regras
deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza- que estabelecem, por exemplo, no caso da língua por-
ção cronológica de um texto. tuguesa, que o feminino é marcado pela desinência -a,
que a ordem de escrita respeita o sistema sujeito-ver-
A propriedade vocabular leva bo-objeto (SVO) etc.
o cérebro a aproximar as pa- Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento
PROCURE SINÔNIMOS linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento
lavras que têm maior asso-
ciação com o tema do texto sobre como pronunciar português, passando pelo conheci-
mento de vocabulário e regras da língua, chegando até o
Os conectivos (conjunções,
preposições, pronomes) conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).
ATENÇÃO AOS Um exemplo em que a interpretação textual é preju-
são marcadores claros de
CONECTIVOS dicada pelo conhecimento linguístico é o texto a seguir:
opiniões, espaços físicos e
localizadores textuais
A Dedução
O tipo textual descritivo é marcado pelas formas nominais que dominam o texto. Os gêneros que utilizam esse
tipo textual geralmente utilizam a sequência descritiva como suporte para um propósito maior. São exemplos de
textos cujo tipo textual predominante é a descrição: relato de viagem, currículo, anúncio, classificados, lista de
compras.
Veja um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha, que relata, no ano de 1500, suas impressões a respeito de
alguns aspectos do território que viria a ser chamado de Brasil.
Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo,
assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam
mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta;
e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos
dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha
nenhuma.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/carta-de-pero-vaz-de-caminha/. Acesso em: 30 ago. 2021.
Note que apesar da presença pontual da sequência narrativa, há predominância da descrição do cenário e dos
personagens, evidenciada pela presença de adjetivos (galantes, preto, vermelho, nuas, tingida, descobertas etc.).
A carta de Pero Vaz constitui uma espécie de relato descritivo utilizado para manter a comunicação entre a Corte
Portuguesa e os navegadores.
Considerando as emergências comunicativas do mundo moderno, a carta tornou-se um gênero menos usual e,
aos poucos, substituído por outros gêneros, como, por exemplo, o e-mail.
A sequência descritiva também pode se apresentar de forma esquemática em alguns gêneros, como podemos
ver no cardápio a seguir:
LÍNGUA PORTUGUESA
Note que há a presença de muitos adjetivos, locuções, substantivos, que buscam levar o leitor a imaginar o
objeto descrito. O gênero mostrado apresenta a descrição das refeições (pão, croissant, feijão, carne etc.) com uso
de adjetivos ou locuções adjetivas (de queijo, doce, salgado, com calabresa, moída etc.). Ele está organizado de
forma esquematizada em seções (salgados, lanches, caldos e panquecas) de maneira a facilitar a leitura (o pedido,
no caso) do cliente. 15
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Expositivo Marcas linguísticas do texto expositivo:
O texto expositivo visa apresentar fatos e ideias a z apresenta informações sobre algo ou alguém, pre-
fim de deixar claro o tema principal do texto. Nesse tipo sença de verbos de estado;
textual, é muito comum a presença de dados, informa- z presença de adjetivos, locuções e substantivos que
organizam a informação;
ções científicas, citações diretas e indiretas, que servem
z desenvolve-se mediante uso de recursos enumerativos;
para embasar o assunto do qual o texto trata. Para ilus-
z presença de figuras de linguagem como metáfora
trar essa explicação, veja o exemplo a seguir:
e comparação;
z pode apresentar um pensamento contrastivo ao
final do texto.
Instrucional ou Injuntivo
comunicação.”
18
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É importante relembrarmos que o tipo textual
Um casal suspeito de realizar assaltos foi
argumentativo é organizado em três macro partes:
preso após capotar um carro ao dirigir na
tese, desenvolvimento e conclusão. Por manter esse
contramão enquanto fugia da polícia na
tarde deste domingo (13), no Bairro Henri- padrão, a reportagem aprofunda-se em temas sociais
que Jorge, em Fortaleza. de ampla repercussão e interesse do público, algo que
Uma das vítimas, que preferiu não se iden- Corpo não é o foco da notícia, tendo em vista que a notícia
tificar, disse que os assaltantes dirigiam da notícia busca apenas a divulgação da informação.
em alta velocidade pelas ruas após abor- Diante disso, o suporte de veiculação das repor-
dar de forma fria os pertences. “A mulher tagens é, quase sempre, aquele que faz uso do vídeo,
estava conduzindo o carro e o comparsa como a televisão, o computador, o tablet, o celular.
dela abordava as pessoas colocando a As reportagens têm um caráter de “matérias espe-
arma na cabeça”, afirmou. ciais” em jornais de ampla repercussão, mas também
podem ser veiculadas em suportes escritos, como
Fonte: https://glo.bo/35KM591. Acesso em: 14 set. 2020. revistas e jornais, apesar de, com o avanço do uso das
redes sociais, estas são os principais meios de divulga-
Na formulação de uma notícia, para que ela atinja ção desse gênero atualmente.
seu propósito de informar, é fundamental que o autor Conforme a Academia Jornalística (2019), a repor-
do texto seja guiado por essas perguntas a fim de tor- tagem apresenta informações mais detalhadas sobre
nar seu texto imparcial e objetivo: um fato e/ou fenômeno de grande relevância social.
Isso significa que o repórter deve demonstrar os lados
O quê? que compõem a matéria, a fim de que o leitor cons-
Onde?
trua sua própria opinião sobre o tema.
MANCHETE
A despeito dessas diferenças na construção dos
gêneros mencionados, a reportagem e a notícia guar-
Quando? dam semelhanças, como a busca pelas respostas às
perguntas O quê? Como? Por quê? Onde? Quando?
CORPO DA Como? Quem? Essas perguntas norteiam a escrita tanto da
NOTÍCIA reportagem quanto da notícia, que se diferencia da
Por quê?
primeira por seu caráter essencialmente informativo.
NOTÍCIA REPORTAGEM
O artigo de opinião é um gênero de discurso em que se busca convencer o outro de uma determinada ideia, influen-
ciá-lo, transformar os seus valores por meio de um processo de argumentação a favor de uma determinada posição
assumida pelo produtor e de refutação de possíveis opiniões divergentes. É um processo que prevê uma operação
constante de sustentação das afirmações realizadas, por meio da apresentação de dados consistentes que possam
convencer o interlocutor (2011, p. 305).
Dessa forma, para alcançar o objetivo do gênero, o escritor deverá usar diversos conhecimentos, como: enci-
clopédicos, interacionais, textuais e linguísticos. É por meio da escolha de determinados recursos linguísticos que
percebemos que nada é por acaso, pois, a cada escolha há uma intenção: “[...] toda atividade de interpretação pre-
sente no cotidiano da linguagem fundamenta-se na suposição de quem fala tem certas intenções ao comunicar-se”
(KOCH, 2011, p. 22).
Quando queremos dar uma opinião sobre determinado tema, é necessário que tenhamos conhecimento sobre
ele. Por isso, normalmente, os autores de artigos de opinião são especialistas no assunto por eles abordado. Ao
escolherem um assunto, os autores devem considerar as diversas “vozes” já existentes sobre ele. E, dependendo
da intenção, apoiar ou negar determinadas vozes.
Por isso, a linguagem utilizada pelo articulista de um texto de opinião deve ser simples, direta, convincente.
Utiliza-se a terceira pessoa, apesar de a primeira ser adequada para um artigo de opinião pessoal; porém, ao esco-
lher a terceira pessoa do singular, o articulista consegue dar um tom impessoal ao seu texto, fazendo com que sua
produção textual não fique centrada só em suas próprias opiniões.
Quanto à composição estrutural, Kaufman e Rodriguez (1995) apud Pereira (2008) propõem a seguinte
estruturação:
z identificação do tema, acompanhada de seus antecedentes e alcance para situar a questão polêmica;
z tomada de posição, exposição de argumentos de modo a justificar a tese;
z reafirmação da posição adotada no início da produção, ao mesmo tempo em que as ideias são articuladas e o
texto é concluído.
No processo de escrita de qualquer texto, é preciso estar atento aos elementos de coesão que ligam as ideias do
autor aos seus argumentos, porém, nos textos argumentativos, é fundamental prestar ainda mais atenção a esse
processo; por isso, muito cuidado com a coesão na escrita e na leitura de textos opinativos.
A fim de mantermos a linha de pensamento nos estudos de textos argumentativos, seguimos nossa abordagem
apresentando outro gênero sempre presente nas provas de língua portuguesa em concursos públicos: o editorial.
EDITORIAL
Até aqui, estudamos dois gêneros com predominância de sequência argumentativa. O terceiro será o editorial,
gênero muito marcante no âmbito jornalístico e que expressa a opinião de um veículo de comunicação.
Como já debatemos muito sobre a estrutura dos textos argumentativos de uma forma geral, iremos nos aten-
tar aqui para as principais características do gênero editorial e no que ele se diferencia do artigo de opinião, por
exemplo.
EDITORIAL — CARACTERÍSTICAS
z Expressa opinião de um jornal ou revista a respeito de um tema atual
z O objetivo desse gênero é esclarecer ou alertar os leitores sobre alguma temática importante
z Busca persuadir os leitores, mobilizando-os a favor de uma causa de interesse coletivo
z Sua estrutura também é baseada em: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão
O início de um editorial é bem semelhante ao de um artigo de opinião: apresenta-se a ideia central ou proble-
ma social a ser debatido no texto, posteriormente segue-se a apresentação do ponto de vista defendido e conclui-
-se com a retomada da opinião apresentada inicialmente. A principal diferença entre editorial e artigo de opinião
20 é que aquele representa a opinião de uma corporação, empresa ou instituição.
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EDITORIAL — MARCAS LINGUÍSTICAS
z Verbos na 3ª pessoa do singular ou plural
z Uso do modo indicativo nas formas verbais predominante
z Linguagem clara, objetiva e impessoal
O editorial, além de ser um gênero muito comum nas provas de interpretação textual em concursos públicos,
também é, recorrentemente, cobrado por muitas bancas em provas de redação. Por isso, a seguir, apresentamos
um breve esquema para facilitar a escrita desse gênero, especialmente em certames que cobrem redação.
A seguir, apresentamos nosso último gênero textual abordado neste material. Lembramos que o universo de
gêneros textuais é imenso, por isso, é impossível apresentar uma compilação de estudos com todos os gêneros;
apesar disso, trazemos aqui os principais gêneros cobrados em avaliações de língua portuguesa. Seguindo esse
critério, o próximo gênero estudado é a crônica.
CRÔNICA
O gênero crônica é muito conhecido no meio literário no Brasil. Podemos citar ilustres autores que se tornaram
famosos pelo uso do gênero, como Luís Fernando Veríssimo e Marina Colasanti. Também por ser um gênero curto
de cunho social voltado para temas atuais, é muito usado em provas de concurso para ilustrar questões de inter-
pretação textual e também para contextualizar questões que avaliam a competência gramatical dos candidatos.
As crônicas apresentam uma abordagem cotidiana sobre um assunto atual e podem ser narrativas ou
argumentativas.
Apesar de as formas de texto verbais serem o formato mais comum na construção de uma crônica, atualmen-
te, podemos encontrar crônicas veiculadas em outros formatos, como vídeo, muito divulgados nas redes sociais.
No tocante ao estilo da crônica argumentativa, trata-se de um texto com estrutura argumentativa padrão
(introdução, desenvolvimento, conclusão), muito veiculado em jornais e revistas, e, por isso, é um gênero que
passeia pelos ambientes literários e jornalísticos; apresenta um teor opinativo forte, com observação dos fatos
sociais mais atuais. Outra característica presente nesse gênero é o uso de figuras de linguagem, como a ironia e a
metáfora, que auxiliam na presença do tom sarcástico que a crônica pode ter.
A seguir, apresentamos um trecho da crônica “O que é um livro?” da escritora Marina Colasanti em que pode-
mos identificar as principais características desse gênero:
O que é um livro?
O que é um livro? A pergunta se impõe neste momento em que a isenção de impostos sobre o objeto primeiro da cultura e do
conhecimento está em risco. Uma contribuição tributária de 12% afastaria ainda mais a leitura de quem tanto precisa dela.
LÍNGUA PORTUGUESA
Um livro é:
– A casa das palavras. Acabei de gravar um vídeo para jovens estudantes e disse a eles que o ofício de um escritor é cuidar
dessa casa, varrê-la, fazer a cama das palavras, providenciar sua comida, vesti-las com harmonia.
– A nave espacial que nos permite viajar no tempo para a frente e para trás. Habitar o passado ao tempo em que foi escrito.
Ou revisitá-lo de outro ponto de vista, inalcançável quando o passado aconteceu: o do presente, com todos os conhecimentos
adquiridos e as novas maneiras de viver. […]
- Ao mesmo tempo, espelho da realidade e ponte que nos liga aos sonhos. Crítica e fantasia. Palavra e música, prosa e poesia. Luz
e sombra. Metáfora da vida e dos sentimentos. Lugar de preservação do alheio e ponto de encontro com nosso núcleo mais profundo.
Onde muitas portas estão disponíveis, para que cada um possa abrir a sua.
– A selva na qual, entre rugidos e labaredas, dragões enfrentam centauros. O pântano onde as hidras agitam suas múltiplas
cabeças.
– Todas as palavras do sagrado, todas elas foram postas nos livros que deram origem às religiões e neles conservadas.
As regras de ortografia são muitas e, na maioria Palavras que designam nacionalidade ou títu-
los de nobreza e terminam em -ês e -esa devem
dos casos, contraproducentes, tendo em vista que a
ser grafadas com S. Ex.: norueguesa; inglês;
lógica da grafia e da acentuação das palavras, muitas
marquesa; duquesa;
vezes, é derivada de processos históricos de evolução Palavras que designam qualidade, cuja ter-
da língua. minação seja -ez ou -eza, são grafadas com Z:
Por isso, vale lembrar a dica de ouro do aluno cra- embriaguez; lucidez; acidez.
que em ortografia: leia sempre! Somente a prática de
leitura irá lhe garantir segurança no processo de gra- Essas regras para correção ortográfica das pala-
fia das palavras. vras, em geral, apresentam muitas exceções; por isso é
Em relação à acentuação, por outro lado, a maior importante ficar atento e manter uma rotina de leitu-
parte das regras não são efêmeras, porém, são em ra, pois esse aprendizado é consolidado com a prática.
Sua capacidade ortográfica ficará melhor a partir
grande número.
da leitura e da escrita de textos, por isso, recomenda-
Ainda sobre aspectos ortográficos da língua portu-
mos que se mantenha atualizado e leia fontes confiá-
guesa, é importante estarmos atentos ao uso de letras veis de informação, pois, além de contribuir para seu
cujos sons são semelhantes e geram confusão quanto conhecimento geral, sua habilidade em língua portu-
à escrita correta. Veja: guesa também aumentará.
confere sentido ao que lê. (Cavalcante, 2013, p. 31) z Uso de Pronomes ou Pronominalização
A seguir iremos nos deter aos processos de coesão Utilizar pronomes para manter a coesão de um
importantes para uma boa compreensão e elaboração texto é essencial, evitando-se repetições desnecessá-
textual. É importante destacar que esses processos rias que tornam o texto cansativo para o leitor. Como
de coesão não podem ser dissociados da construção a classe de pronomes é vasta, vamos enfatizar neste
de sentidos implícita no processo de organização da estudo os principais pronomes utilizados em recursos
coerência. No entanto, como nossa finalidade é tornar textuais para manter a coesão.
seu aprendizado mais fácil, separamos esses conceitos A pronominalização é a base de recursos anafó-
com fins estritamente didáticos. ricos que recuperam porções textuais ou ainda um
nome específico a que o autor faz referência no texto.
Vejamos dois exemplos: 23
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Ex.: Foram deixados dois avisos sobre a mesa: o pri-
O primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden
foi quente, com diversas interrupções e acusações meiro era para os professores, o segundo para os alunos.
pesadas. […] O primeiro ponto discutido foi a indica- As formas destacadas são numerais ordinais que
ção de Trump da juíza conservadora Amy Barrett para recuperam informação no texto, evitando a repetição
a Suprema Corte, depois da morte de Ruth Bader Gins- de termos e auxiliando no desenvolvimento textual.
burg. O presidente defendeu que tem esse direito, pois
os republicanos têm maioria no Senado [Casa que ratifi- z Uso de Advérbios
ca essa escolha] e criticou os democratas, dizendo “que
eles ainda não aceitaram que perderam a eleição”. […]. Muitos advérbios auxiliam no processo de recupe-
O segundo ponto discutido foi a covid-19. Os EUA ração e instauração de ideias no texto, auxiliando o
são o país mais atingido pela pandemia - são 7 milhões processo de coesão. As formas adverbias que marcam
de casos e mais de 200 mil mortos. O âncora Chris Wal- tempo e espaço podem também ser denominadas de
lace perguntou aos dois o que eles fariam até que uma marcadores dêiticos, caso dos seguintes elementos:
vacina aparecesse. Biden atacou o republicano dizendo Hoje, aqui, acolá, amanhã, ontem...
que Trump “não tem um plano para essa tragédia”. Já Perceba que esses advérbios só podem ser associa-
Trump começou sua resposta atacando a China - “deve- dos a um referente se forem instaurados no discurso,
riam ter fechado suas fronteiras no começo” -, colocou isto é, se mantiverem associação com as pessoas que
em dúvida as estatísticas da Rússia e da própria China produzem as falas. Assim, uma pessoa que lê “hoje
e, com pouca modéstia, disse que fez um “excelente tra- não haverá aula” em um cartaz na porta de uma sala
balho” nesse momento dos EUA.
compreenderá que a marcação temporal refere-se
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/eleicoes-eua- ao momento em que a leitura foi realizada. Por isso,
debate-025314998.html. Acesso em: 30 set. 2020. Adaptado. esses elementos são conhecidos como dêiticos.
Independentemente de como são chamados, esses
Após a leitura do texto, é possível notar que a recu- elementos colaboram para a ligação de ideias no tex-
peração da informação apresentada é feita a partir de to, auxiliando também a construção da coesão textual.
muitos processos de coesão, porém, o uso dos prono-
mes destacados recupera o assunto informado e ajuda z Uso de Nominalização
o leitor a construir seu posicionamento. É importante
buscar sempre o elemento a que o pronome faz refe- As expressões que retomam ideias e nomes, já apre-
rência; por exemplo, o primeiro pronome pessoal sentados no texto, mediante outras formas de expressão,
destacado no texto refere-se ao termo “democratas”, podem ser analisadas como processos nominalizado-
já o segundo, faz referência aos presidenciáveis que res, incluindo substantivos, adjetivos e outras classes
participavam do debate. Nota-se, com isso, que esses nominais.
pronomes apontam para uma parcela objetiva do tex- Essas expressões recuperam informações median-
to, diferente do pronome “essa”, associado ao subs- te novos nomes inseridos no texto, ou ainda, com o
tantivo “tragédia”, que recupera uma parcela textual uso de pronomes, conforme vimos anteriormente.
maior, fazendo referência ao momento de pandemia Vejamos um exemplo:
pelo qual o mundo passa.
O uso de pronomes pode ser um aliado na construção
da coesão, porém, o uso inadequado pode gerar ambi- Antonio Carlos Belchior, mais conhecido como Belchior
guidades, ocasionando o efeito oposto e prejudicando a foi um cantor, compositor, músico, produtor, artista plásti-
coesão. Ex.: Encontrei Matheus, Pedro e sua mulher. co e professor brasileiro. Um dos membros do chamado
Não é possível saber qual dos homens estava Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Amelinha e
acompanhado. outros. Bel foi um dos primeiros cantores de MPB do nor-
Por fim, destacamos que as classes de palavras deste brasileiro a fazer sucesso internacional, em meados
relacionadas neste capítulo com os processos de coe- da década de 1970.
são não podem ser vistas apenas sob a ótica descriti- Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Belchior. Acesso em: 30 set.
va-normativa, amplamente estudada nas gramáticas 2020. Adaptado.
escolares. O interesse das principais bancas de con-
cursos públicos é avaliar a capacidade interpreta- Todas as marcações em negrito fazem referência ao
tiva e racional dos candidatos, desta feita, a análise nome inicial Antônio Carlos Belchior; os termos que se
de processos coesivos visa analisar a capacidade do referem a esse nome inicial são expressões nominaliza-
candidato de reconhecer a que e qual elemento está doras que servem para ligar ideias e construir o texto.
construindo as referências textuais.
z Uso de Adjetivos
z Uso de Numerais
Os adjetivos também são considerados expressões
Conforme mencionamos anteriormente, o uso de nominalizadoras que fazem referência a uma porção
categorias gramaticais concorre para a progressão tex- textual ou a uma ideia referida no texto. No exemplo
tual; uma das classes gramaticais que auxilia esse pro-
acima, a oração “Belchior foi um cantor, compositor,
cesso é o uso de numerais.
músico, produtor, artista plástico e professor” apre-
Neste subtópico, iremos focar no valor coesivo que
essa classe promove, auxiliando na ligação de ideias senta seis nomes que funcionam como adjetivos de
em um texto. Dessa forma, as expressões quantitati- Belchior e, ao mesmo tempo, acrescentam informações
vas, em algumas circunstâncias, retomam dados ante- sobre essa personalidade, referida anteriormente.
riores numa relação de coesão.
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É importante recordar que não podemos identifi- z Conjunções Coordenativas
car uma classe de palavra sem avaliar o contexto em
que ela está inserida. No exemplo mencionado, as As conjunções coordenativas são aquelas que
palavras cantor, compositor, músico, produtor, artis- ligam orações coordenadas, ou seja, orações de valor
ta, professor são substantivos que funcionam como semântico independente. Na construção textual, elas
adjetivos e colaboram na construção textual. são importantes, pois, com seus valores, adicionam
informações relevantes ao texto.
z Uso de Verbos Vicários Exemplos de conjunções coordenativas atuando
na coesão:
O vocábulo vicário é oriundo do latim vicarius e
significa “fazer as vezes”; assim, os verbos vicários Não apenas conversava com
são verbos usados em substituição de outros que já ADITIVA os demais alunos como tam-
foram muito utilizados no texto. bém atrapalhava o professor
Ex.: A disputa aconteceu, mas não foi como nós
esperávamos. Eram ideias interessantes, po-
O verbo “acontecer” foi substituído na segunda ADVERSATIVA rém ninguém concordou com
oração pelo verbo “foi”. elas
Superou o estigma que pregava
ALGUNS VERBOS VICÁRIOS IMPORTANTES ALTERNATIVAS “ou estuda, ou trabalha” e conse-
guiu ser aprovada
Ser: “Ele trabalha, porém não é tanto assim”
Fazer: “Poderíamos concordar plenamente, mas não o Ao final, faça os exercícios,
fizemos” EXPLICATIVA pois é uma forma de praticar o
Aceitar: “Se ele não acatar a promoção não aceita por que aprendeu
falta de interesse” O candidato não cumpriu sua
Foi: “Se desistiu da vaga, foi por motivos pessoais” CONCLUSIVA promessa. Ficamos, portanto,
desapontados com ele
z Uso de Elipse
Perceba que as ideias ligadas pelas conjunções
A elipse é uma forma de omissão de uma informa- precisam manter uma relação contextual, estabeleci-
ção já mencionada no texto. Geralmente, estudamos da pela coerência e demonstrada pela coesão. Por isso,
a elipse mais detalhadamente na seção de figuras de orações como esta: “Não gosto de festas de aniversá-
linguagem de uma gramática. Neste material, iremos rio, mas não vou à sua” estão equivocadas, pois as
nos deter a maiores aspectos da elipse também nes- ideias ligadas não estabelecem uma relação de adver-
sa seção. Aqui é importante salientar as propriedades sidade, como demonstra a conjunção “mas”.
recategorizadoras e referenciais da elipse, com o pro-
pósito de manter a coesão textual. z Conjunções Subordinativas
Conforme Antunes (2005, p. 118), a elipse como
recurso coesivo “corresponde à estratégia de se omitir Tais quais as conjunções coordenativas, as subor-
um termo, uma expressão ou até mesmo uma sequência dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias
maior (uma frase inteira, por exemplo) já introduzidos apresentadas num texto, porém, diferentemente
anteriormente em outro segmento do texto, mas recu- daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
perável por marcas do próprio contexto verbal”. Veja- subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
mos como ocorre, a partir do segmento abaixo: para terem o sentido apreendido.
Exemplos de conjunções subordinativas atuando
“O Brasil evoluiu bastante desde o início do sé- na coesão:
culo XXI. O país proporcionou a inclusão social
Sem
de muitas pessoas. A nação obteve notorie- Como não havia estudado su-
Elipse
dade internacional por causa disso. A pátria, CAUSAL ficiente, resolvi não fazer essa
porém, ainda enfrenta certas adversidades...” prova
“O Brasil evoluiu bastante desde o início do sé-
culo XXI e proporcionou a inclusão social de Falaram tão mal do filme que ele
Com CONSECUTIVA
muitas pessoas, por causa disso obteve notorie- nem entrou em cartaz
Elipse
dade internacional, porém ainda enfrenta certas COMPARATIVA Trabalhou como um escravo
adversidades...”
Conforme o Ministro da Eco-
LÍNGUA PORTUGUESA
As locuções adjetivas também desempenham fun- z Grau superlativo: em relação ao grau superlati-
ção de adjetivo e modificam substantivos, pronomes, vo, é importante considerar que o valor semântico
numerais e orações substantivas. desse grau apresenta variações, podendo indicar:
Ex.: Amor de mãe; Café com açúcar.
Subst. — loc. adj. / subst. — loc. adj. Característica de um ser elevada ao último
Já as locuções adverbiais desempenham função de grau: superlativo absoluto, que pode ser analí-
advérbio. Modificam advérbios, verbos, adjetivos e tico (associado ao advérbio) ou sintético (asso-
orações adjetivas com esses valores. ciação de prefixo ou sufixo ao adjetivo).
Ex.: Morreu de fome; Agiu com rapidez. Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo
Verbo — loc. adv. / verbo — loc. adv. absoluto analítico).
O candidato é humílimo (Superlativo absoluto
sintético); 31
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Característica de um ser relacionada com outros indivíduos da mesma classe: superlativo relativo,
que pode ser de superioridade (o mais) ou de inferioridade (o menos).
Ex.: O candidato é o mais humilde dos concorrentes? (Superlativo relativo de superioridade).
O candidato é o menos preparado entre os concorrentes à prefeitura (Superlativo relativo de inferioridade).
Importante! Ao compararmos duas qualidades de um mesmo ser, devemos empregar a forma analítica (mais
alta, mais magra, mais bonito etc.).
Porém, se uma mesma característica referir-se a seres diferentes, empregamos a forma sintética (melhor,
pior, menor etc.).
z Primitivos: adjetivos que não derivam de outras palavras. A partir deles, é possível formar novos termos. Ex.:
útil, forte, bom, triste, mau etc.;
z Derivados: são palavras que derivam de verbos ou substantivos. Ex.: bondade, lealdade, mulherengo etc.;
z Simples: apresentam um único radical. Ex.: português, escuro, honesto etc.;
z Compostos: formados a partir da união de dois ou mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-brasileiro, amarelo-
-ouro etc.
Dica
O plural dos adjetivos simples é realizado da mesma forma que o plural dos substantivos.
z Invariável:
Adjetivos Pátrios
Os adjetivos pátrios, também conhecidos como gentílicos, designam a naturalidade ou nacionalidade de seres
e objetos.
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: amazonense,
fluminense, cearense.
z Curiosidade: o adjetivo pátrio “brasileiro” é formado com o sufixo -eiro, que é costumeiramente usado para
designar profissões. O gentílico que designa nossa nacionalidade teve origem com as pessoas que comercia-
lizavam o pau-brasil; esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo que passou a indicar os nascidos
em nosso país.
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Veja a seguir alguns dos adjetivos pátrios de nosso país:
Advérbios
Advérbios são palavras invariáveis que modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Em alguns casos, os
advérbios também podem modificar uma frase inteira, indicando circunstância.
As gramáticas da língua portuguesa apresentam listas extensas com as funções dos advérbios. Porém, decorar as
funções dos advérbios, além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões de concurso.
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às principais funções designadas aos advérbios para, a partir
delas, conseguir interpretar a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:
LÍNGUA PORTUGUESA
Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio, por isso, para identificar com mais pro-
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
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Vejamos como podemos identificar a classificação/função adequada dos advérbios:
z O homem morreu... de fome (causa) com sua família (companhia) em casa (lugar) envergonhado (modo);
z A criança comeu... demais (intensidade) ontem (tempo) com garfo e faca (instrumento) às claras (modo).
Locuções Adverbiais
Conjunto de duas ou mais palavras que pode desempenhar a função de advérbio, alterando o sentido de um
verbo, adjetivo ou advérbio.
A maioria das locuções adverbiais é formada por uma preposição e um substantivo. Há também as que são
formadas por preposição + adjetivos ou advérbios. Veja alguns exemplos:
z Preposição + substantivo: de novo. Ex.: Você poderia me explicar de novo? (de novo = novamente);
z Preposição + adjetivo: em breve. Ex.: Em breve, o filme estará em cartaz (em breve = brevemente);
z Preposição + advérbio: por ali. Ex.: Acho que ele foi por ali.
As locuções adverbiais são bem semelhantes às locuções adjetivas. É importante saber que as locuções adver-
biais apresentam um valor passivo.
Ex.: Ameaça de colapso.
Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se inver-
temos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Veja:
Ex.: Colapso foi ameaçado.
Essa frase faz sentido e apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destacada anteriormente é adverbial.
Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”, o termo destacado
não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:
Nação foi característica*. Essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa, que não admite voz
passiva em termos com função de posse (caso das locuções adjetivas). Isso torna tal estrutura agramatical; por
isso, inserimos um asterisco para indicar essa característica.
Dica
Locuções adverbiais apresentam valor passivo.
Locuções adjetivas apresentam valor de posse.
Com essas dicas, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões. Buscamos desen-
volver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu tempo decorando listas de locuções adverbiais.
Lembre-se: o sentido está no texto.
Advérbios Interrogativos
Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.
Ex.: Como foi a prova?
Quando será a prova?
Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.
Grau do Advérbio
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:
34 Obs.: as formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.
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ABSOLUTO ABSOLUTO
NORMAL RELATIVO
SINTÉTICO ANALÍTICO
Inferioridade
Bem Otimamente Muito bem
-
GRAU
SUPERLATIVO Superioridade
Mal Pessimamente Muito mal
-
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
Superioridade: o
Pouco Pouquíssimo -
menos
Advérbios e Adjetivos
O adjetivo é uma classe de palavras variável. Porém, quando se refere a um verbo, ele fica invariável, confun-
dindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é a classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural;
caso a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.
Ex.: O homem respondeu feliz à esposa.
Os homens responderam felizes às esposas.
Como “feliz” aceitou a flexão para o plural, trata-se de um adjetivo.
Agora, acompanhe o seguinte exemplo:
Ex.: A cerveja que desce redondo.
As cervejas que descem redondo.
Nesse caso, como a palavra continua invariável, trata-se de um advérbio.
Palavras Denotativas
São termos que apresentam semelhança com os advérbios; em alguns casos, são até classificados como tal, mas
não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
Sobre as palavras denotativas, é fundamental saber identificar o sentido a elas atribuído, pois, geralmente, é
isso que as bancas de concurso cobram.
Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma
ser + que (é que). A principal característica dessas palavras é que elas podem ser retiradas sem causar prejuízo
sintático ou semântico à frase.
Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.
z O adjunto adverbial sempre deve vir posicionado após o verbo ou complemento verbal. Caso venha deslocado,
em geral, separamos por vírgulas. Ex.: Na reunião de ontem, o pedido foi aprovado (O pedido foi aprovado
na reunião de ontem);
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada. Ex.: A questão precisa ser pensada política e socialmente.
Pronomes
LÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes são palavras que representam ou acompanham um termo substantivo. Dessa forma, a função dos
pronomes é substituir ou determinar uma palavra. Eles indicam pessoas, relações de posse, indefinição, quanti-
dade, localização no tempo, no espaço e no meio textual, entre outras funções.
Os pronomes exercem papel importante na análise sintática e também na interpretação textual, pois colabo-
ram para a complementação de sentido de termos essenciais da oração, além de estruturar a organização textual,
contribuindo para a coesão e também para a coerência de um texto.
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais designam as pessoas do discurso. Acompanhe a tabela a seguir, com mais informações
sobre eles: 35
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PESSOAS PRONOMES DO CASO RETO PRONOMES DO CASO OBLÍQUO
1ª pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
Se, si, consigo
3ª pessoa do singular Ele/Ela
o, a, lhe
1ª pessoa do plural Nós Nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós Vos, convosco
Se, si, consigo
3ª pessoa do plural Eles/Elas
os, as, lhes
z Os pronomes que estarão relacionados ao objeto direto são: o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.: Informei-o
sobre todas as questões;
z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos — complementados por pre-
posição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo a ele).
Não devemos usar pronomes do caso reto como objeto ou complemento verbal, como em “mate ele”. Contudo,
o gramático Celso Cunha destaca que é possível usar os pronomes do caso reto como complemento verbal, desde
que antecedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”.
Ex.: Encontrei todos eles na festa. Encontrei apenas ela na festa.
Após a preposição “entre”, em estrutura de reciprocidade, devemos usar os pronomes oblíquos tônicos.
Ex.: Entre mim e ele não há segredos.
Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são formas que expressam uma hierarquia social institucionalizada linguistica-
mente. As formas de pronomes de tratamento apresentam algumas peculiaridades importantes:
z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo à 2ª pessoa). Apesar disso, os verbos relacionados a esse pro-
nome devem ser flexionados na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Vossa Excelência deve conhecer a Constituição;
z Sua: designa a pessoa de quem se fala (relativo à 3ª pessoa).
Ex.: Sua Excelência, o presidente do Supremo Tribunal, fará um pronunciamento hoje à noite.
Os pronomes de tratamento estabelecem uma hierarquia social na linguagem, ou seja, a partir das formas
usadas, podemos reconhecer o nível de discurso e o tipo de poder instituídos pelos falantes.
Por isso, alguns pronomes de tratamento só devem ser utilizados em contextos cujos interlocutores sejam
reconhecidos socialmente por suas funções, como juízes, reis, clérigos, entre outras.
Dessa forma, apresentamos alguns pronomes de tratamento, seguidos de sua abreviatura e das funções sociais
que designam:
z Vossa Alteza (V. A.): príncipes, duques, arquiduques e seus respectivos femininos;
z Vossa Eminência (V. Ema.): cardeais;
z Vossa Excelência (V. Exa.): autoridades do governo e das Forças Armadas membros do alto escalão;
z Vossa Majestade (V. M.): reis, imperadores e seus respectivos femininos;
z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): sacerdotes;
z Vossa Senhoria (V. Sa.): funcionários públicos graduados, oficiais até o posto de coronel, tratamento cerimo-
nioso a comerciantes importantes;
z Vossa Santidade (V. S.): papa;
36 z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.): bispos.
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Os exemplos apresentados fazem referência a pro- Ex.: A comida e a bebida não foram bastantes para
nomes de tratamento e suas respectivas designações a festa;
sociais conforme indica o Manual de Redação oficial z Bastante (pronome indefinido): concorda com
da Presidência da República. Portanto, essas designa- o substantivo, indicando grande, porém incerta,
ções devem ser seguidas com atenção quando o gêne- quantidade de algo.
ro textual abordado for um gênero oficial. Ex.: Bastantes bancos aumentaram os juros.
Ainda sobre o assunto, veja algumas observações:
Pronomes Demonstrativos
z Sobre o uso das abreviaturas das formas de tra-
tamento é importante destacar que o plural de Os pronomes demonstrativos indicam a posição e
algumas abreviaturas é feito com letras dobradas, apontam elementos a que se referem as pessoas do dis-
como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Porém, na curso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designada por
maioria das abreviaturas terminadas com a letra eles no tempo, no espaço físico ou no espaço textual.
a, o plural é feito com o acréscimo do s: V. Exa. / V.
Exas.; V. Ema. / V.Emas.; z 1ª pessoa: este, estes / esta, estas;
z O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- z 2ª pessoa: esse, esses / essa, essas;
tíssimo Juiz; z 3ª pessoa: aquele, aqueles / aquela, aquelas;
z O tratamento dispensado ao Presidente da Repú- z Invariáveis: isto, isso, aquilo.
blica nunca deve ser abreviado.
Usamos este, esta, isto para indicar:
Pronomes Indefinidos
� Referência ao espaço físico, indicando a proximi-
dade de algo ao falante.
Os pronomes indefinidos indicam quantidade de
Ex.: Esta caneta aqui é minha. Entreguei-lhe isto
maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª pes-
como prova;
soa do discurso. Os pronomes indefinidos podem variar
� Referência ao tempo presente.
e podem ser invariáveis. Observe a seguinte tabela:
Ex.: Esta semana começarei a dieta. Neste mês,
pagarei a última prestação da casa;
PRONOMES INDEFINIDOS2 � Referência ao espaço textual.
Variáveis Invariáveis Ex.: Encontrei Joana e Carla no shopping; esta pro-
curava um presente para o marido (o pronome
Algum, alguma, alguns, algumas Alguém
refere-se ao último termo mencionado).
Nenhum, nenhuma, nenhuns,
Ninguém
nenhumas Este artigo científico pretende analisar... (o prono-
Todo, toda, todos, todas Quem me “este” refere-se ao próprio texto).
Usamos esse, essa, isso para indicar:
Outro, outra, outros, outras Outrem
Muito, muita, muitos, muitas Algo z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-
Pouco, pouca, poucos, poucas Tudo mento de algo de quem fala.
Ex.: Essa sua gravata combinou muito com você;
Certo, certa, certos, certas Nada z Indicar distância que se deseja manter.
Vários, várias Cada Ex.: Não me fale mais nisso. A população não con-
Quanto, quanta, quantos, quantas Que fia nesses políticos;
z Referência ao tempo passado.
Tanto, tanta, tantos, tantas - Ex.: Nessa semana, eu estava doente. Esses dias
Qualquer, quaisquer - estive em São Paulo;
z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala.
Qual, quais -
Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter
Um, uma, uns, umas - falado sobre isso. Sinto uma energia negativa nes-
sa expressão utilizada.
As palavras certo e bastante serão pronomes
indefinidos quando vierem antes do substantivo, e Usamos aquele, aquela, aquilo para indicar:
serão adjetivos quando vierem depois.
� Referência ao espaço físico, indicando afastamen-
Ex.: Busco certo modelo de carro (pronome
to de quem fala e de quem ouve.
indefinido).
Ex.: Margarete, quem é aquele ali perto da porta?
LÍNGUA PORTUGUESA
Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me mui- Pode expressar não apenas um fato atual, como
to honrada com esse título. também uma ação habitual. Ex.: Estudo todos os dias
Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por no mesmo horário.
favor. Uma ação passada. Ex.: Vargas assume o cargo e
Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o instala uma ditadura.
quanto sou importante. Uma ação futura. Ex.: Amanhã, estudo mais!
(equivalente a estudarei).
Casos proibidos:
z Passado:
Início de frase: Me dá esse caderno! (errado) /
Dá-me esse caderno! (certo). Pretérito perfeito: ação realizada plenamente
Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lem- no passado.
brou de nada (errado) / Falou pouco; lembrou- Ex.: Estudei até ser aprovado.
-se de nada (correto). Pretérito imperfeito: ação inacabada, que
Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato pode indicar uma ação frequentativa, vaga ou
(errado) / Tinha se lembrado do fato (correto). durativa.
Ex.: Estudava todos os dias.
Verbos Pretérito mais-que-perfeito: ação anterior à
LÍNGUA PORTUGUESA
z Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: ter (presente do indicativo) + verbo principal particípio.
Ex.: Tenho estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: ter (pretérito imperfeito do indicativo) + verbo prin-
cipal no particípio.
Ex.: Tinha passado.
� Futuro composto: verbo auxiliar: ter (futuro do indicativo) + verbo principal no particípio.
Ex.: Terei saído.
� Futuro do pretérito composto: verbo auxiliar: ter (futuro do pretérito simples) + verbo principal no particípio.
Ex.: Teria estudado.
� Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: ter (presente do subjuntivo) + verbo principal particípio.
Ex.: (que eu) Tenha estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: ter (pretérito imperfeito do subjuntivo) + verbo prin-
cipal no particípio.
Ex.: (se eu) Tivesse estudado
� Futuro composto: verbo auxiliar: ter (futuro simples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
Ex.: (quando eu) Tiver estudado.
As formas nominais do verbo são as formas no infinitivo, particípio e gerúndio que eles assumem em determi-
nados contextos. São chamadas nominais pois funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.
z Gerúndio: marcado pela terminação -ndo. Seu valor indica duração de uma ação e, por vezes, pode funcionar
como um advérbio ou um adjetivo.
Ex.: Olhando para seu povo, o presidente se compadeceu.
z Particípio: marcado pelas terminações mais comuns -ado, -ido, podendo terminar também em -do, -to, -go,
-so, -gue. Corresponde nominalmente ao adjetivo; pode flexionar-se, em alguns casos, em número e gênero.
Ex.: A Índia foi colonizada pelos ingleses.
Quando cheguei, ela já tinha partido.
Ele tinha aberto a janela.
Ela tinha pago a conta.
z Infinitivo: forma verbal que indica a própria ação do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno designado.
Pode ser pessoal ou impessoal:
Pessoal: o infinitivo pessoal é passível de conjugação, pois está ligado às pessoas do discurso. É usado na
formação de orações reduzidas. Ex.: comer eu. Comermos nós. É para aprenderem que ele ensina;
Impessoal: não é passível de flexão. É o nome do verbo, servindo para indicar apenas a conjugação. Ex.:
estudar — 1ª conjugação; comer — 2ª conjugação; partir — 3ª conjugação.
z Regulares: os verbos regulares são os mais fáceis z Abundantes: são formas verbais abundantes os ver-
de compreender, pois apresentam regularidade no bos que apresentam mais de uma forma de particí-
uso das desinências, ou seja, das terminações ver- pio aceitas pela norma culta gramatical. Geralmente,
bais. Da mesma forma, os verbos regulares man- apresentam uma forma de particípio regular e outra
têm o paradigma morfológico com o radical, que irregular. Vejamos alguns verbos abundantes:
permanece inalterado. Ex.: verbo cantar:
PARTICÍPIO PARTICÍPIO
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO INFINITIVO
REGULAR IRREGULAR
— INDICATIVO — INDICATIVO
Absolver Absolvido Absolto
Eu canto Cantei
Abstrair Abstraído Abstrato
Tu cantas Cantaste
Aceitar Aceitado Aceito
Ele/ você canta Cantou
Benzer Benzido Bento
Nós cantamos Cantamos
Cobrir Cobrido Coberto
Vós cantais Cantastes
Completar Completado Completo
Eles/ vocês cantam Cantaram
Confundir Confundido Confuso
Demitir Demitido Demisso
z Irregulares: os verbos irregulares apresentam
alteração no radical e nas desinências verbais. Despertar Despertado Desperto
Por isso, recebem esse nome, pois sua conjugação Dispersar Dispersado Disperso
ocorre irregularmente, seguindo um paradigma
Eleger Elegido Eleito
próprio para cada grupo verbal.
Encher Enchido Cheio
Perceba a seguir como ocorre uma sutil diferença na Entregar Entregado Entregue
conjugação do verbo estar, que utilizamos como exem- Morrer Morrido Morto
plo. Isso é importante para não confundir os verbos irre-
gulares com os verbos anômalos. Ex.: verbo estar: Expelir Expelido Expulso
Enxugar Enxugado Enxuto
PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO Findar Findado Findo
— INDICATIVO — INDICATIVO
Fritar Fritado Frito
Eu estou Estive
Ganhar Ganhado Ganho
LÍNGUA PORTUGUESA
Tu estás Estiveste
Gastar Gastado Gasto
Ele/ você está Esteve
Imprimir Imprimido Impresso
Nós estamos Estivemos
Inserir Inserido Inserto
Vós estais Estivestes
Isentar Isentado Isento
Eles/ vocês estão Estiveram
Juntar Juntado Junto
lhada entre dois ou mais indivíduos que praticam o sujeito da frase poderá estar explícito ou
e sofrem a ação. implícito.
Ex.: Os bandidos se olharam antes do julga-
mento. / Apesar do ódio mútuo, os candidatos se Ex.: Ele se via no espelho (explícito). Deu-se um
cumprimentaram. presente de aniversário (implícito).
A voz passiva é realizada a partir da troca de fun- z Parte integrante do verbo: nesses casos, o “se”
ções entre sujeito e objeto da voz ativa. Só podemos será parte integrante dos verbos pronominais,
transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva acompanhando-o em todas as suas flexões. Quan-
se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e do o “se” exerce essa função, jamais terá uma fun-
indireto. Logo, só há voz passiva com a presença do ção sintática. Além disso, o sujeito da frase poderá
objeto direto. estar explícito ou implícito. 43
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Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da mãe, quando olhou a Conjugação de Alguns Verbos
filha;
z Partícula de realce: será partícula de realce o “se” Vamos agora conhecer algumas conjugações de
que puder ser retirado do contexto sem prejuízo verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
no sentido e na compreensão global do texto. A to de questões em concursos.
partícula de realce não exerce função sintática, Observe o verbo “aderir” no presente do indicativo:
pois é desnecessária.
Ex.: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos; PRESENTE — INDICATIVO
z Conjunção: o “se” será conjunção condicional
Eu Adiro
quando sugerir a ideia de condição. A conjunção
“se” exerce função de conjunção integrante, ape- Tu Aderes
nas ligando as orações, e poderá ser substituído Ele/Você Adere
pela conjunção “caso”.
Nós Aderimos
Ex.: Se ele estudar, será aprovado. (Caso ele estu-
dar, será aprovado). Vós Aderis
Eles/Vocês Aderem
Conjugação de Verbos Derivados
A seguir, acompanhe a conjugação do verbo “por”.
Verbo derivado é aquele que deriva de um ver-
São conjugados da mesma forma os verbos dispor,
bo primitivo; para trabalhar a conjugação desses
interpor, sobrepor, compor, opor, repor, transpor,
verbos, é importante ter clara a conjugação de seus
entrepor, supor.
“originários”.
Atente-se à lista de verbos irregulares e de algu-
PRESENTE — INDICATIVO
mas de suas derivações a seguir, pois são assuntos
relevantes em provas diversas: Eu Ponho
Tu Pões
z Pôr: repor, propor, supor, depor, compor, expor;
Ele/Você Põe
z Ter: manter, conter, reter, deter, obter, abster-se;
z Ver: antever, rever, prever; Nós Pomos
z Vir: intervir, provir, convir, advir, sobrevir. Vós Pondes
Eles/Vocês Põem
Vamos conhecer agora alguns verbos cuja conju-
gação apresenta paradigma derivado, auxiliando a
compreensão dessas conjugações verbais. Preposições
O verbo criar é conjugado da mesma forma que os
verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais z Conceito
que terminam em -iar. Os verbos com essa termina-
ção são, predominantemente, regulares. São palavras invariáveis que ligam orações ou
outras palavras. As preposições apresentam funções
PRESENTE — INDICATIVO importantes tanto no aspecto semântico quanto no
aspecto sintático, pois complementam o sentido de
Eu Crio
verbos e/ou palavras cujo sentido pode ser alterado
Tu Crias sem a presença da preposição, modificando a transi-
Ele/Você Cria tividade verbal e colaborando para o preenchimento
de sentido de palavras deverbais4.
Nós Criamos
As preposições essenciais são: a, ante, até, após,
Vós Criais com, contra, de, desde, em, entre, para, per, peran-
Eles/Vocês Criam te, por, sem, sob, trás.
Existem, ainda, as preposições acidentais, assim
chamadas pois pertencem a outras classes grama-
Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral- ticais, mas funcionam, ocasionalmente, como pre-
mente são irregulares e apresentam alguma modifi- posições. Eis algumas: afora, conforme (quando
cação no radical ou nas desinências. Acompanhe a equivaler a “de acordo com”), consoante, durante,
conjugação do verbo “passear”: exceto, salvo, segundo, senão, mediante, que, visto
(quando equivaler a “por causa de”).
PRESENTE — INDICATIVO Acompanhe a seguir algumas preposições e exem-
Eu Passeio plos de uso em diferentes situações:
Tu Passeias
“A”
Ele/Você Passeia
Nós Passeamos z Causa ou motivo: Acordar aos gritos das crianças;
Vós Passeais z Conformidade: Escrever ao modo clássico;
z Destino (em correlação com a preposição de): De
Eles/Vocês Passeiam Santos à Bahia;
4 Palavras deverbais são substantivos que expressam, de forma nominal e abstrata, o sentido de um verbo com o qual mantêm relação. Exemplo:
a filmagem, o pagamento, a falência etc. Geralmente, os nomes deverbais são acompanhados por preposições e, sintaticamente, o termo que
44 completa o sentido desses nomes é conhecido como complemento nominal.
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z Meio: Voltarei a andar a cavalo; z Limitação: Aquele aluno em Química nunca foi
z Preço: Vendemos o armário a R$ 300,00; bom;
z Direção: Levantar as mãos aos céus; z Forma ou semelhança: As crianças juntaram as
z Distância: Cair a poucos metros da namorada; mãos em concha;
z Exposição: Ficar ao sol por um longo tempo; z Transformação ou alteração: Transformou dóla-
z Lugar: Ir a Santa Catarina; res em reais;
z Modo: Falar aos gritos; z Estado ou qualidade: Foto em preto e branco;
z Sucessão: Dia a dia; z Fim: Pedir em casamento;
z Tempo: Nasci a três de maio; z Lugar: Ficou muito tempo em Sorocaba;
z Proximidade: Estar à janela. z Modo: Escrever em francês;
z Sucessão: De grão em grão;
“Após” z Tempo: O fogo destruiu o edifício em minutos;
z Especialidade: João formou-se em Engenharia.
z Lugar: Permaneça na fila após o décimo lugar;
z Tempo: Logo após o almoço descansamos. “Entre”
z
corajosa.
“Sob”
“Desde”
z Tempo: Houve muito progresso no Brasil sob D.
z Distância: Dormiu desde o acampamento até aqui; Pedro II;
z Tempo: Desde ontem ele não aparece. z Lugar: Ficar sob o viaduto;
z Modo: Saiu da reunião sob pretexto não convincente.
“Em”
“Sobre”
z Preço: Avaliou a propriedade em milhares de
dólares; z Assunto: Não gosto de falar sobre política;
z Meio: Pagou a dívida em cheque; z Direção: Ir sobre o adversário; 45
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z Lugar: Cair sobre o inimigo. Veja a lista a seguir6, que apresenta as preposições
que se contraem e suas devidas formas:
Locuções Prepositivas
z Preposição “a”:
São grupos de palavras que equivalem a uma
preposição. Com o artigo definido ou pronome demonstra-
Ex.: Falei sobre o tema da prova. (preposição) / tivo feminino:
Falei acerca do tema da prova. (locução prepositiva) a + a= à
A locução prepositiva na segunda frase substitui a + as= às
perfeitamente a preposição “sobre”. As locuções pre- Com o pronome demonstrativo:
positivas sempre terminam em uma preposição (há a + aquele = àquele
apenas uma exceção: a locução prepositiva com senti- a + aqueles = àqueles
do concessivo “não obstante”). a + aquela = àquela
a + aquelas = àquelas
Veja alguns exemplos:
a + aquilo = àquilo
z Apesar de. Ex.: Apesar de terem sumido, volta-
z Preposição “de”:
ram logo;
z A respeito de. Ex.: Nossa reunião foi a respeito
Com artigo definido masculino e feminino:
de finanças;
de + o/os = do/dos
z Graças a. Ex.: Graças ao bom Deus, não aconteceu
de + a/as = da/das
nada grave;
� Com artigo indefinido:
z De acordo com. Ex.: De acordo com W. Hamboldt,
de + um= dum
a língua é indispensável para que possamos pen-
de + uns = duns
sar, mesmo que estivéssemos sempre sozinhos; de + uma = duma
z Por causa de. Ex.: Por causa de poucos pontos, de + umas = dumas
não passei no exame; � Com pronome demonstrativo:
z Para com. Ex.: Minha mãe me ensinou ter respeito de + este(s)= deste, destes
para com os mais velhos; de + esta(s)= desta, destas
z Por baixo de. Ex.: Por baixo do vestido, ela usa de + isto= disto
um short. de + esse(s) = desse, desses
de + essa(s)= dessa, dessas
Outros exemplos de locuções prepositivas: abai- de + isso = disso
xo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito de; de + aquele(s) = daquele, daqueles
adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de; de + aquela(s) = daquela, daquelas
junto de; perto de; por entre; por trás de; quanto a; a de + aquilo= daquilo
fim de; por meio de; em virtude de. � Com o pronome pessoal:
de + ele(s) = dele, deles
de + ela(s) = dela, delas
Importante! � Com o pronome indefinido:
Algumas locuções prepositivas apresentam seme- de + outro(s)= doutro, doutros
de + outra(s) = doutra, doutras
lhanças morfológicas, mas significados completa-
� Com advérbio:
mente diferentes. Observe estes exemplos5:
de + aqui= daqui
A opinião dos diretores vai ao encontro do plane- de + aí= daí
jamento inicial = Concordância. de + ali= dali
As decisões do público foram de encontro à pro-
posta do programa = Discordância. z Preposição “em”:
Em vez de comer lanches gordurosos, coma fru-
tas = Substituição. Com artigo definido:
Ao invés de chegar molhado, chegou cedo = em + a(s)= na, nas
Oposição. em + o(s)= no, nos
� Com pronome demonstrativo:
em + esse(s)= nesse, nesses
Combinações e Contrações em + essa(s)= nessa, nessas
em + isso = nisso
As preposições podem se ligar a outras palavras de em + este(s) = neste, nestes
outras classes gramaticais por meio de dois processos: em + esta(s) = nesta, nestas
combinação e contração. em + isto = nisto
em + aquele(s) = naquele, naqueles
z Combinação: quando se ligam sem sofrer nenhu- em + aquela(s) = naquelas
ma redução. em + aquilo = naquilo
a + o = ao � Com pronome pessoal:
a + os = aos em + ele(s) = nele, neles
z Contração: quando, ao se ligarem, sofrem redução. em + ela(s) = nela, nelas
5 Disponível em: instagram.com/academiadotexto. Acesso em: 20 nov. 2020.
46 6 Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/combinacao-contracao-das-preposicoes.htm. Acesso em: 20 nov. 2020.
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z Preposição “per”: CONJUNÇÕES
Com as formas antigas do artigo definido (lo, Assim como as preposições, as conjunções também
la): são invariáveis e também auxiliam na organização
per + lo(s) = pelo, pelos das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora-
per + la(s) = pela, pelas ções. Por manterem relação direta com a organização
das orações nas sentenças, as conjunções podem ser
z Preposição “para” (pra): coordenativas ou subordinativas.
Lugar saudades.
mesa
“Pois” conclusivo fica após o verbo, deslocado
Votar em branco / Chegar
Modo entre vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará,
aos gritos
pois, a subir.
Causa Preso por agressão
Assunto Falar sobre política z Conclusivas: ligam duas ideias, de forma que a
Descende de família segunda conclui o que foi dito na primeira. Logo,
Origem portanto, então, por isso, assim, por conseguinte,
simples
destarte, pois (deslocado na frase).
Olhe para frente! / Iremos Ex.: Estava despreparado, por isso, não fui aprovado.
Destino
a Paris Está na hora da decolagem; deve, então, apressar-se.
47
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Dica
Importante!
As conjunções “e”, “nem” não devem ser empre-
gadas juntas (“e nem”). Tendo em vista que Os valores semânticos das conjunções não se
ambas indicam a mesma relação aditiva, o uso prendem às formas morfológicas desses elemen-
concomitante acarreta em redundância. tos. O valor das conjunções é construído contex-
tualmente, por isso, é fundamental estar atento
Conjunções Subordinativas aos sentidos estabelecidos no texto.
Ex.: Se Mariana gosta de você, por que você não a
Tais quais as conjunções coordenativas, as subor- procura? (Se = causal = já que)
dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias Por que ficar preso na cidade, quando existe tanto
apresentadas em um texto. Porém, diferentemente ar puro no campo? (Quando = causal = já que).
daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra
para terem o sentido apreendido. Conjunções Integrantes
� Causal: iniciam a oração dando ideia de causa. As conjunções integrantes fazem parte das orações
Haja vista, que, porque, pois, porquanto, visto que, subordinadas; na realidade, elas apenas integram uma
uma vez que, como (equivale a porque) etc. oração principal à outra, subordinada. Existem apenas
Ex.: Como não choveu, a represa secou. dois tipos de conjunções integrantes: “que” e “se”.
� Consecutiva: iniciam a oração expressando ideia
de consequência. Que (depois de tal, tanto, tão), de � Quando é possível substituir o “que” pelo pro-
modo que, de forma que, de sorte que etc. nome “isso”, estamos diante de uma conjunção
Ex.: Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça. integrante.
� Comparativa: iniciam orações comparando ações Ex.: Quero que a prova esteja fácil. (Quero. O quê?
e, em geral, o verbo fica subentendido. Como, que Isso).
nem, que (depois de mais, menos, melhor, pior, � Sempre haverá conjunção integrante em orações
maior), tanto... quanto etc. substantivas e, consequentemente, em períodos
Ex.: Corria como um touro. compostos.
Ela dança tanto quanto Carlos. Ex.: Perguntei se ele estava em casa. (Perguntei. O
� Conformativa: expressam a conformidade de quê? Isso).
uma ideia com a da oração principal. Conforme, � Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver-
como, segundo, de acordo com, consoante etc.
bo e uma conjunção integrante.
Ex.: Tudo ocorreu conforme o planejado.
Ex.: Sabe-se, que o Brasil é um país desigual
Amanhã chove, segundo informa a previsão do
(errado).
tempo.
Sabe-se que o Brasil é um país desigual (certo).
� Concessiva: iniciam uma oração com uma ideia
contrária à da oração principal. Embora, conquan-
Interjeições
to, ainda que, mesmo que, em que pese, posto que
etc.
As interjeições também fazem parte do grupo de
Ex.: Teve que aceitar a crítica, conquanto não
palavras invariáveis, tal como as preposições e as
tivesse gostado.
conjunções. Sua função é expressar estado de espíri-
Trabalhava, por mais que a perna doesse.
� Condicional: iniciam uma oração com ideia de to e emoções; por isso, apresentam forte conotação
hipótese, condição. Se, caso, desde que, contanto semântica. Uma interjeição sozinha pode equivaler a
que, a menos que, somente se etc. uma frase. Ex.: Tchau!
Ex.: Se eu quisesse falar com você, teria respondi- As interjeições indicam relações de sentido diversas.
do sua mensagem. A seguir, apresentamos um quadro com os sentimentos
Posso lhe ajudar, caso necessite. e sensações mais expressos pelo uso de interjeições:
� Proporcional: ideia de proporcionalidade. À pro-
porção que, à medida que, quanto mais...mais, VALOR SEMÂNTICO INTERJEIÇÃO
quanto menos...menos etc. Advertência Cuidado! Devagar! Calma!
Ex.: Quanto mais estudo, mais chances tenho de Alívio Arre! Ufa! Ah!
ser aprovado.
Ia aprendendo, à medida que convivia com ela. Alegria/Satisfação Eba! Oba! Viva!
� Final: expressam ideia de finalidade. Final, para Desejo Oh! Tomara! Oxalá!
que, a fim de que etc. Repulsa Irra! Fora! Abaixo!
Ex.: A professora dá exemplos para que você aprenda!
Comprou um computador a fim de que pudesse Dor/Tristeza Ai! Ui! Que pena!
trabalhar tranquilamente. Espanto Oh! Ah! Opa! Putz!
� Temporal: iniciam a oração expressando ideia de Saudação Salve! Viva! Adeus! Tchau!
tempo. Quando, enquanto, assim que, até que, mal,
Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh!
logo que, desde que etc.
Ex.: Quando viajei para Fortaleza, estive na Praia
do Futuro. É salutar lembrar que o sentido exato de cada inter-
48 Mal cheguei à cidade, fui assaltado. jeição só poderá ser apreendido diante do contexto.
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Por isso, em questões que abordem essa classe de Termos Essenciais da Oração
palavras, o candidato deve reler o trecho em que a
interjeição aparece, a fim de se certificar do sentido São aqueles indispensáveis para a estrutura básica
expresso no texto. da oração. Costuma-se associar esses termos a situa-
Isso acontece pois qualquer expressão exclamati- ções analógicas, como um almoço tradicional brasi-
va que expresse sentimento ou emoção pode funcio- leiro constituído basicamente de arroz e feijão, por
nar como uma interjeição. Lembre-se dos palavrões, exemplo. São eles: sujeito e predicado. Veremos a
por exemplo, que são interjeições por excelência, mas seguir cada um deles.
que, dependendo do contexto, podem ter seu sentido
alterado. Sujeito
Antes de concluirmos, é importante ressaltar o
papel das locuções interjetivas, conjunto de palavras É o elemento que faz ou sofre a ação determinada
que funciona como uma interjeição, como: Meu Deus! pelo verbo.
Ora bolas! Valha-me Deus! O sujeito pode ser:
Conceitos Básicos Da Sintaxe � o termo sobre o qual o restante da oração diz algo;
� o elemento que pratica ou recebe a ação expressa
Ao selecionar palavras, nós as escolhemos entre pelo verbo;
os grandes grupos de palavras existentes na língua, � o termo que pode ser substituído por um pronome
como verbos, substantivos ou adjetivos. Esses são gru- do caso reto;
pos morfológicos. Ao combinar as palavras em frases, � o termo com o qual o verbo concorda.
nós construímos um painel morfológico. Ex.: A população implorou pela compra da vacina
As palavras normalmente recebem uma dupla da covid-19.
classificação: a morfológica, que está relacionada à
classe gramatical a que pertence, e a sintática, rela- No exemplo anterior a população é:
cionada à função específica que assumem em deter-
minada frase.
z o elemento sobre o qual se declarou algo (implo-
rou pela compra da vacina);
Frase
z o elemento que pratica a ação de implorar;
z o termo com o qual o verbo concorda (o verbo
Frase é todo enunciado com sentido completo.
implorar está flexionado na 3ª pessoa do singular);
Pode ser formada por apenas uma palavra ou por um
z o termo que pode ser substituído por um pronome
conjunto de palavras.
do caso reto.
Ex.: Fogo!
(Ela implorou pela compra da vacina da Covid-19.)
Silêncio!
“A igreja, com este calor, é fornalha...” (Graciliano
Núcleo do Sujeito
Ramos).
O núcleo é a palavra base do sujeito. É a principal
Oração
porque é a respeito dela que o predicado diz algo. O
núcleo indica a palavra que realmente está exercen-
Enunciado que se estrutura em torno de um verbo
do determinada função sintática, que atua ou sofre a
(explícito, implícito ou subentendido) ou de uma locu-
ação. O núcleo do sujeito apresentará um substantivo,
ção verbal. Quanto ao sentido, a oração pode apresen-
ou uma palavra com valor de substantivo, ou pronome.
tá-lo completo ou incompleto.
Ex.: Você é um dos que se preocupam com a poluição.
“A roda de samba acabou” (Chico Buarque). z O sujeito simples contém apenas um núcleo.
Ex.: O povo pediu providências ao governador.
Período Sujeito: O povo
Núcleo do sujeito: povo
Período é o enunciado constituído de uma ou mais z Já no sujeito composto, o núcleo será constituído
orações. de dois ou mais termos.
Classifica-se em: As luzes e as cores são bem visíveis.
Sujeito: As luzes e as cores
� Simples: possui apenas uma oração. Núcleo do sujeito: luzes/cores
Ex.: O sol surgiu radiante.
Dica
LÍNGUA PORTUGUESA
Quanto à função na oração, o sujeito classifica-se em: z Voz ativa (sujeito agente)
Ex.: Cláudia corta cabelos de terça a sábado.
Simples Nesse caso, o termo “Cláudia” é a pessoa que exer-
ce a ação na frase;
DETERMINADO Composto
z Voz passiva sintética (sujeito paciente)
Elíptico Ex.: Corta-se cabelo.
Com verbos flexionados na 3ª Pode-se ler “Cabelo é cortado”, ou seja, o sujeito
pessoa do plural “cabelo” sofre uma ação, diferente do exemplo do
item anterior. O “-se” é a partícula apassivadora da
INDETERMINADO Com verbos acompanhados do oração.
se (índice de indeterminação do
sujeito) Importante notar que não há preposição entre
Usado para fenômenos da o verbo e o substantivo. Se houvesse, por exemplo,
INEXISTENTE natureza ou com verbos “de” no meio da frase, o termo “cabelo” não seria mais
impessoais sujeito, seria objeto indireto, um complemento verbal.
Precisa-se de cabelo.
Assim, “de cabelo” seria um complemento verbal,
z Determinado: quando se identifica a pessoa, o
e não um sujeito da oração. Nesse caso, o sujeito é
lugar ou o objeto na oração. Classifica-se em:
indeterminado, marcado pelo índice de indetermina-
ção “-se”.
Simples: quando há apenas um núcleo.
Ex.: O [aluguel] da casa é caro. z Voz passiva analítica (sujeito paciente)
Núcleo: aluguel Ex.: A minha saia azul está rasgada.
Sujeito simples: O aluguel da casa; O sujeito está sofrendo uma ação, e não há presen-
Composto: quando há dois núcleos ou mais. ça da partícula -se.
Ex.: Os [sons] e as [cores] ficaram perfeitos.
Núcleos: sons, cores. Predicado
Sujeito composto: Os sons e as cores;
Elíptico, oculto ou desinencial: quando não É o termo que contém o verbo e informa algo sobre
aparece na oração, mas é possível de ser identifi- o sujeito. Apesar de o sujeito e o predicado serem ter-
cado devido à flexão do verbo ao qual se refere. mos essenciais na oração, há casos em que a oração
Ex.: Vi o noticiário hoje de manhã. Sujeito: (Eu) não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em
torno de um verbo e ele está contido no predicado, é
z Indeterminado: quando não é possível identificar impossível existir uma oração sem sujeito.
O predicado pode ser:
o sujeito na oração, mas ainda sim está presente.
Encontra-se na 3ª pessoa do plural ou representa-
z Aquilo que se declara a respeito do sujeito.
do por um índice de indeterminação do sujeito, a
Ex.: “A esposa e o amigo seguem sua marcha.”
partícula “se”.
(José de Alencar);
Predicado: seguem sua marcha;
colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural, z Uma declaração que não se refere a nenhum sujei-
não se referindo a nenhuma palavra determi- to (oração sem sujeito):
nada no contexto. Ex.: Chove pouco nesta época do ano;
Ex.: Passaram cedo por aqui, hoje. Predicado: Chove pouco nesta época do ano.
Entende-se que alguém passou cedo;
colocando-se verbos (intransitivos, transitivos Para determinar o predicado, basta separar o
diretos ou de ligação) sem complemento dire- sujeito. Ocorrendo uma oração sem sujeito, o predica-
to na 3ª pessoa do singular acompanhados do do abrangerá toda a declaração. A presença do verbo
pronome se, pronome que atua como índice de é obrigatória, seja de forma explícita ou implícita:
indeterminação do sujeito. Ex.: “Nossos bosques têm mais vidas.” (Gonçalves
Ex.: Não se vê com a neblina. Dias)
Entende-se que ninguém consegue ver nessa Sujeito: Nossos bosques. Predicado: têm mais vida.
condição. Ex.: “Nossa vida mais amores”. (Gonçalves Dias)
Sujeito: Nossa vida. Predicado: mais amores.
Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito
Classificação do Predicado
Esse tipo de situação ocorre quando uma oração
A classificação do predicado depende do significa-
não tem sujeito mas tem sentido completo. Os verbos do e do tipo de verbo que apresenta.
são impessoais e normalmente representam fenôme-
nos da natureza. Pode ocorrer também o verbo fazer z Predicado nominal: ocorre quando o núcleo sig-
ou haver no sentido de existir. nificativo se concentra em um nome (corresponde
Geia no Paraná. a um predicativo do sujeito).
Fazia um mês que tinha sumido. O verbo deste tipo de oração é sempre de ligação.
Basta de confusão. O predicado nominal tem por núcleo um nome
50 Há dois anos esse restaurante abriu. (substantivo, adjetivo ou pronome).
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Ex.: “Nossas flores são mais bonitas.” (Murilo Mendes) Ex.: Escrevia tanto que os dedos adormeciam.
Predicado: são mais bonitas. Verbo intransitivo: adormeciam.
Ex.: “As estrelas estão cheias de calafrios.” (Olavo
Bilac) Predicado Verbo-Nominal
Predicado: estão cheias de calafrios.
Ocorre quando há dois núcleos significativos:
É importante não confundir: um verbo nocional (intransitivo ou transitivo) e um
nome (predicativo do sujeito ou, em caso de verbo
z Verbo de ligação: quando não exprime uma ação, transitivo, predicativo do objeto).
mas um estado momentâneo ou permanente que Ex.: “O homem parou atento.” (Murilo Mendes)
relaciona o sujeito ao restante do predicado, que é Verbo intransitivo: parou
o predicativo do sujeito; Predicativo do sujeito: atento
z Predicativo do sujeito: função exercida por subs- Repare que no primeiro exemplo o termo “atento”
tantivo, adjetivo, pronomes e locuções que atri- está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é
buem uma condição ou qualidade ao sujeito. considerado predicativo do sujeito.
Ex.: O garoto está bastante feliz. Ex.: “Fabiano marchou desorientado.” (Olavo Bilac)
Verbo de ligação: está. Verbo intransitivo: marchou
Predicativo do sujeito: bastante feliz. Predicativo do sujeito: desorientado
Ex.: Seu batom é muito forte. No segundo exemplo, o termo “desorientado”
Verbo de ligação: é. indica um estado do termo “Fabiano”, que também é
Predicativo do sujeito: muito forte. sujeito. Temos mais um caso de predicativo do sujeito.
Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
Predicado Verbal do de Assis)
Verbo transitivo direto: achou
Ocorre quando há dois núcleos significativos: um Objeto direto: o raciocínio
verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predi- Predicativo do objeto: exato
cativo do sujeito ou, em caso transitivo, predicativo do No terceiro exemplo, o termo “exato” caracteriza um
objeto). Da natureza desse verbo é que decorrem os julgamento relacionado ao termo “o raciocínio”, que é o
demais termos do predicado. objeto direto dessa oração. Com isso, podemos concluir
O verbo do predicado pode ser classificado em que temos um caso de predicativo do objeto, visto que
transitivo direto, transitivo indireto, verbo transi- “exato” não se liga a “Ptolomeu”, que é o sujeito.
tivo direto e indireto ou verbo intransitivo. O que é o predicativo do objeto?
É o termo que confere uma característica, uma
z Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que exige qualidade, ao que se refere.
um complemento não preposicionado, o objeto direto. A formação do predicativo do objeto se dá por um
Ex.: “Fazer sambas lá na vila é um brinquedo.” adjetivo ou por um substantivo.
Noel Rosa Ex.: Consideramos o filme proveitoso.
Verbo Transitivo Direto: Fazer. Predicativo do objeto: proveitoso
Ex.: Ele trouxe os livros ontem. Ex.: Chamavam-lhe vitoriosa, pelas conquistas.
Verbo Transitivo Direto: trouxe; Predicativo do objeto: vitoriosa
z Verbo transitivo indireto (VTI): o verbo transiti- Para facilitar a identificação do predicativo do
vo indireto tem como necessidade o complemento objeto, o recomendável é desdobrar a oração, acres-
acompanhado de uma preposição para fazer sentido. centando-lhe um verbo de ligação, cuja função especí-
Ex.: Nós acreditamos em você. fica é relacionar o predicativo ao nome.
Verbo transitivo indireto: acreditamos O filme foi proveitoso.
Preposição: em Ela era vitoriosa.
Ex.: Frida obedeceu aos seus pais. Nessas duas últimas formas, os termos seriam pre-
Verbo transitivo indireto: obedeceu dicativos do sujeito, pois são precedidos de verbos de
Preposição: a (a + os) ligação (foi e era, respectivamente).
Ex.: Os professores concordaram com isso.
Verbo transitivo indireto: concordaram Termos Integrantes da Oração
Preposição: com;
z Verbo transitivo direto e indireto (VTDI): é o São vocábulos que se agregam a determinadas
verbo de sentido incompleto que exige dois com- estruturas para torná-las completas. De acordo com
plementos: objeto direto (sem preposição) e objeto a gramática da língua portuguesa, esses termos são
divididos em:
LÍNGUA PORTUGUESA
z Objeto direto preposicionado Ex.: Mostre-lhe onde fica o banheiro, por favor.
Todos os pronomes oblíquos tônicos (me, mim,
Mesmo que o verbo transitivo direto não exija comigo, te, ti, contigo) podem funcionar como objeto
preposição no seu complemento, algumas palavras indireto, já que sempre ocorrem com preposição.
requerem o uso da preposição para não perder o sen- Ex.: Você escreveu esta carta para mim?
tido de “alvo” do sujeito.
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros z Objeto indireto pleonástico: ocorrência repetida
dessa função sintática com o objetivo de enfatizar
facultativos.
uma mensagem.
Ex.: A ele, sem reservas, supliquei-lhe ajuda.
Exemplos com ocorrência obrigatória de
preposição:
Complemento Nominal
Não entendo nem a ele nem a ti.
Completa o sentido de substantivos, adjetivos e
Respeitava-se aos mais antigos.
advérbios. É uma função sintática regida de preposição e
Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava.
com objetivo de completar o sentido de nomes. A presen-
Amavam-se um ao outro. ça de um complemento nominal nos contextos de uso é
“Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher fundamental para o esclarecimento do sentido do nome.
feita.” (Ciro dos Anjos). Ex.: Tenho certeza de que tu serás aprovado.
Estou longe de casa e tão perto do paraíso.
Exemplos com ocorrência facultativa de Para melhor identificar um complemento nomi-
preposição: nal, siga a instrução:
Nome + preposição + quem ou quê
Eles amam a Deus, assim diziam as pessoas daque- Como diferenciar complemento nominal de com-
le templo. plemento verbal?
A escultura atrai a todos os visitantes. Ex.: Naquela época, só obedecia ao meu coração.
Não admito que coloquem a Sua Excelência num (complemento verbal, pois “ao meu coração” liga-se
pedestal. diretamente ao verbo “obedecia”)
Ao povo ninguém engana. Naquela época, a obediência ao meu coração pre-
Eu detesto mais a estes filmes do que àqueles. valecia. (complemento nominal, pois “ao meu cora-
No caso “Você bebeu dessa água?”, a forma “des- ção” liga-se diretamente ao nome “obediência”).
sa” (preposição de + pronome essa) precisa estar pre-
sente para indicar parte de um todo, quando assim Agente da Passiva
for o contexto de uso. Logo, a pergunta é se a pessoa
bebeu uma porção da água, e não ela toda. É o complemento de um verbo na voz passiva ana-
lítica. Sempre é precedido da preposição por, e, mais
z Objeto direto pleonástico: é a dupla ocorrência raramente, da preposição de.
dessa função sintática na mesma oração, a fim de Forma-se essencialmente pelos verbos auxiliares
enfatizar um único significado. ser, estar, viver, andar, ficar.
Ex.: “Eu não te engano a ti”. (Carlos Drummond de
Andrade) Termos Acessórios da Oração
z Objeto direto interno: representado por palavra
que tem o mesmo radical do verbo ou apresenta Há termos que, apesar de dispensáveis na estrutu-
mesmo significado. ra básica da oração, são importantes para compreen-
Ex.: Riu um riso aterrador. são do enunciado porque trazem informações novas.
52 Dormiu o sono dos justos. Esses termos são chamados acessórios da oração.
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z Adjunto Adnominal z Assunto: Falávamos sobre o aluguel;
z Negação: Não permitirei que permaneça aqui;
São termos que acompanham o substantivo, z Afirmação: Sairia sim naquela manhã;
núcleo de outra função, para qualificar, quantificar, z Origem: Descendia de nobres.
especificar o elemento representado pelo substantivo.
Categorias morfológicas que podem funcionar Não confunda!
como adjunto adnominal: Para conseguir distinguir adjunto adverbial de
adjunto adnominal, basta saber se o termo relacio-
artigos; nado ao adjunto é um verbo ou um nome, mesmo que
adjetivos; o sentido seja parecido.
numerais; Ex.: Descendência de nobres. (O “de nobres” aqui
pronomes; é um adjunto adnominal)
locuções adjetivas. Descendia de nobres. (O “de nobres” aqui é um
adjunto adverbial)
Ex.: Aqueles dois antigos soldadinhos de chumbo
ficaram esquecidos no quarto. z Aposto
Iam cheios de si.
Estava conquistando o respeito dos seus. Estruturas relacionadas a substantivos, pronomes
O novo regulamento originou a revolta dos ou orações. O aposto tem como propósito explicar,
funcionários. identificar, esclarecer, especificar, comentar ou apon-
O doutor possuía mil lembranças de suas viagens. tar algo, alguém ou um fato.
Ex.: Renata, filha de D. Raimunda, comprou uma
Pronomes oblíquos átonos e a função de ajun- bicicleta.
to adnominal: os pronomes me, te, lhe, nos, Aposto: filha de D. Raimunda
vos, lhes exercem essa função sintática quando Ex.: O escritor Machado de Assis escreveu gran-
assumem valor de pronomes possessivos. des obras.
Aposto: Machado de Assis.
Ex.: Puxaram-me o cabelo (Puxam meu cabelo). Classifica-se nas seguintes categorias:
Como diferenciar adjunto adnominal de com-
plemento nominal?
z Explicativo: usado para explicar o termo anterior.
Separa-se do substantivo a que se refere por uma
Quando o adjunto adnominal for representado
pausa, marcada na escrita por vírgulas, travessões
por uma locução adjetiva, ele pode ser confundido
ou dois-pontos.
com complemento nominal. Para diferenciá-los, siga
Ex.: As filhas gêmeas de Ana, que aniversariaram
a dica:
ontem, acabaram de voltar de férias.
Jéssica, uma ótima pessoa, conseguiu apoio de todos;
Será adjunto adnominal: se o substantivo ao
� Enumerativo: usado para desenvolver ideias que
qual se liga for concreto.
foram resumidas ou abreviadas em um termo ante-
Ex.: A casa da idosa desapareceu.
rior. Mostra os elementos contidos em um só termo.
Se indicar posse ou o agente daquilo que
expressa o substantivo abstrato. Ex.: Víamos somente isto: vales, montanhas e
Ex.: A preferência do grupo não foi respeitada; riachos.
Será complemento nominal: se indicar o alvo Apenas três coisas me tiravam do sério, a saber,
daquilo que expressa o substantivo. preconceito, antipatia e arrogância;
Ex.: A preferência pelos novos alojamentos não z Recapitulativo ou resumidor: é o termo usado
foi respeitada. para resumir termos anteriores. É expresso, nor-
Notava-se o amor pelo seu trabalho. malmente, por um pronome indefinido.
Se vier ligado a um adjetivo ou a um advérbio: Ex.: Os professores, coordenadores, alunos, todos
Ex.: Manteve-se firme em seus objetivos. estavam empolgados com a feira.
Irei a Moçambique, Cabo Verde, Angola e Guiné-
z Adjunto Adverbial -Bissau, países africanos onde se fala português;
� Comparativo: estabelece uma comparação implícita.
Termo representado por advérbios, locuções Ex.: Meu coração, uma nau ao vento, está sem
adverbiais ou adjetivos com valor adverbial. Relacio- rumo;
na-se ao verbo ou a toda oração para indicar variadas � Circunstancial: exprime uma característica
circunstancial.
LÍNGUA PORTUGUESA
circunstâncias.
Ex.: No inverno, busquemos sair com roupas
z Tempo: Quero que ele venha logo; apropriadas;
z Lugar: A dança alegre se espalhou na avenida; � Especificativo: é o aposto que aparece junto a um
z Modo: O dia começou alegremente; substantivo de sentido genérico, sem pausa, para
z Intensidade: Almoçou pouco; especificá-lo ou individualizá-lo. É constituído por
z Causa: Ela tremia de frio; substantivos próprios.
z Companhia: Venha jantar comigo; Exs.: O mês de abril.
z Instrumento: Com a máquina, conseguiu lavar as O rio Amazonas.
roupas; Meu primo José;
z Dúvida: Talvez ele chegue mais cedo; z Aposto da oração: é um comentário sobre o
z Finalidade: Vivia para o trabalho; fato expresso pela oração, ou uma palavra que
z Meio: Viajou de avião devido à rapidez; condensa. 53
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Ex.: Após a notícia, ficou calado, sinal de sua Período Composto
preocupação.
O noticiário disse que amanhã fará muito calor — Observe os exemplos a seguir:
ideia que não me agrada; A apostila de Português está completa.
� Distributivo: dispõe os elementos equitativamente. Um verbo: Uma oração = período simples
Ex.: Separe duas folhas: uma para o texto e outra Português e Matemática são disciplinas essen-
para as perguntas. ciais para ser aprovado em concursos.
Sua presença era inesperada, o que causou surpresa. Dois verbos: duas orações = período composto
O período composto é formado por duas ou mais
Dica orações. Num parágrafo, podem aparecer misturado
períodos simples e período compostos.
� O aposto pode aparecer antes do termo a que
se refere, normalmente antes do sujeito.
PERÍODO SIMPLES PERÍODO COMPOSTO
Ex.: Maior piloto de todos os tempos, Ayrton Sen-
na marcou uma geração. O povo levantou-se cedo para evitar
Era dia de eleição
� Segundo o gramático Cegalla, quando o apos- aglomeração
to se refere a um termo preposicionado, pode ele
vir igualmente preposicionado. Para não esquecer:
Ex.: De cobras, (de) morcegos, (de) bichos, de Período simples é aquele formado por uma só
tudo ele tinha medo. oração.
� O aposto pode ter núcleo adjetivo ou adverbial. Período composto é aquele formado por duas ou
Ex.: Tuas pestanas eram assim: frias e curvas. mais orações.
(adjetivos, apostos do predicativo do sujeito) Classifica-se nas seguintes categorias:
Falou comigo deste modo: calma e maliciosa-
z Por coordenação: orações coordenadas assindéticas;
mente. (advérbios, aposto do adjunto adverbial
de modo).
Orações coordenadas sindéticas: aditivas, adver-
sativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
z Diferença de aposto especificativo e adjunto
adnominal: normalmente, é possível retirar a pre- z Por subordinação:
posição que precede o aposto. Caso seja um adjun-
to, se for retirada a preposição, a estrutura fica Orações subordinadas substantivas: subjeti-
prejudicada. vas, objetivas diretas, objetivas indiretas, com-
Ex.: A cidade Fortaleza é quente. pletivas nominais, predicativas, apositivas;
(aposto especificativo / Fortaleza é uma cidade) Orações subordinadas adjetivas: restritivas,
O clima de Fortaleza é quente. explicativas;
(adjunto adnominal / Fortaleza é um clima?); Orações subordinadas adverbiais: causais, com-
z Diferença de aposto e predicativo do sujeito: o parativas, concessivas, condicionais, conformati-
aposto não pode ser um adjetivo nem ter núcleo vas, consecutivas, finais, proporcionais, temporais.
adjetivo.
Ex.: Muito desesperado, João perdeu o controle. z Por coordenação e subordinação: orações for-
(predicativo do sujeito; núcleo: desesperado — ad- madas por períodos mistos;
jetivo) z Orações reduzidas: de gerúndio e de infinitivo.
Homem desesperado, João sempre perde o con-
trole. RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E
(aposto; núcleo: homem — substantivo). ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO
z Vocativo
As orações são sintaticamente independentes. Isso
O vocativo é um termo que não mantém relação significa que uma não possui relação sintática com ver-
sintática com outro termo dentro da oração. Não per- bos, nomes ou pronomes das demais orações no período.
tence nem ao sujeito, nem ao predicado. É usado para Ex.: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
chamar ou interpelar a pessoa que o enunciador dese- (Fernando Pessoa)
ja se comunicar. É um termo independente, pois Oração coordenada 1: Deus quer
não faz parte da estrutura da oração. Oração coordenada 2: o homem sonha
Ex.: Recepcionista, por favor, agende minha Oração coordenada 3: a obra nasce.
consulta. Ex.: “Subi devagarinho, colei o ouvido à porta da
Ela te diz isso desde ontem, Fábio. sala de Damasceno, mas nada ouvi.” (M. de Assis)
Oração coordenada assindética: Subi devagarinho
Oração coordenada assindética: colei o ouvido à
z Para distinguir vocativo de aposto: o vocati-
porta da sala de Damasceno
vo não se relaciona sintaticamente com nenhum
Oração coordenada sindética: mas nada ouvi
outro termo da oração.
Conjunção adversativa: mas nada
Ex.: Lufe, faz um almoço gostoso para as crianças.
O aposto se relaciona sintaticamente com outro
Orações Coordenadas Sindéticas
termo da oração.
A cozinha de Lufe, cozinheiro da família, é impe-
As orações coordenadas podem aparecer ligadas
cável.
às outras através de um conectivo (elo), ou seja, atra-
Sujeito: a cozinha de Lufe. vés de um síndeto, de uma conjunção, por isso o nome
Aposto: cozinheiro da família (relaciona-se ao sujeito). sindética. Veremos agora cada uma delas:
54
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z Aditivas: exprimem ideia de sucessibilidade ou z Orações subordinadas substantivas reduzidas:
simultaneidade. não são introduzidas por conectivo, e o verbo fica
Conjunções constitutivas: e, nem, mas, mas tam- no infinitivo.
bém, mas ainda, bem como, como também, se- Ex.: Ele afirmou desconhecer estas regras;
não também, que (= e). z Orações subordinadas substantivas subjetivas:
Ex.: Pedro casou-se e teve quatro filhos. exercem a função de sujeito. O verbo da oração
Os convidados não compareceram nem explica- principal deve vir na voz ativa, passiva analítica
ram o motivo; ou sintética. Em 3ª pessoa do singular, sem se refe-
z Adversativas: exprimem ideia de oposição, con- rir a nenhum termo na oração.
traste ou ressalva em relação ao fato anterior. Ex.: Foi importante o seu regresso. (sujeito)
Conjunções constitutivas: mas, porém, todavia, Foi importante que você regressasse. (sujeito ora-
contudo, entretanto, no entanto, senão, não obs- cional) (or. sub. subst. subje.);
tante, ao passo que, apesar disso, em todo caso. z Orações subordinadas substantivas objetivas
Ex.: Ele é rico, mas não paga as dívidas.
diretas: exercem a função de objeto direto de um
“A morte é dura, porém longe da pátria é dupla a
verbo transitivo direto ou transitivo direto e indi-
morte.” (Laurindo Rabelo);
z Alternativas: exprimem fatos que se alternam ou reto da oração principal.
se excluem. Ex.: Desejo o seu regresso. (OD)
Conjunções constitutivas: (ou), (ou ... ou), (ora ... Desejo que você regresse. (OD oracional) (or. sub.
ora), (que ... quer), (seja ... seja), (já ... já), (talvez subst. obj. dir.);
... talvez). z Orações subordinadas substantivas completi-
Ex.: Ora responde, ora fica calado. vas nominais: exercem a função de complemento
Você quer suco de laranja ou refrigerante? nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio
z Conclusivas: exprimem uma conclusão lógica da oração principal.
sobre um raciocínio. Ex.: Tenho necessidade de seu apoio. (comple-
Conjunções constitutivas: logo, portanto, por con- mento nominal)
seguinte, pois isso, pois (o “pois” sem ser no início Tenho necessidade de que você me apoie. (com-
de frase). plemento nominal oracional) (or. sub. subst. com-
Ex.: Estou recuperada, portanto viajarei próxima pl. nom.);
semana. z Orações subordinadas substantivas predicati-
“Era domingo; eu nada tinha, pois, a fazer.” (Paulo vas: funcionam como predicativos do sujeito da
Mendes Campos);
oração principal. Sempre figuram após o verbo de
z Explicativas: justificam uma opinião ou ordem
ligação ser.
expressa. Conjunções constitutivas: que, porque,
Ex.: Meu desejo é a sua felicidade. (predicativo do
porquanto, pois.
Ex.: Vamos dormir, que é tarde. (o “que” equivale sujeito)
a “pois”) Meu desejo é que você seja feliz. (predicativo do
Vamos almoçar de novo porque ainda estamos sujeito oracional) (or. sub. subst. predic.);
com fome. z Orações subordinadas substantivas apositivas:
funcionam como aposto. Geralmente vêm depois
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E de dois-pontos ou entre vírgulas.
ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO Ex.: Só quero uma coisa: a sua volta imediata. (aposto)
Só quero uma coisa: que você volte imediata-
Formado por orações sintaticamente dependentes, mente. (aposto oracional) (or. sub. aposi.);
considerando a função sintática em relação a um ver-
bo, nome ou pronome de outra oração. Orações Subordinadas Adjetivas
Tipos de orações subordinadas:
Desempenham função de adjetivo (adjunto adno-
z substantivas; minal ou, mais raramente, aposto explicativo). São
z adjetivas; introduzidas por pronomes relativos (que, o qual, a
z adverbiais. qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas etc.)
As orações subordinadas adjetivas classificam-se em:
Orações Subordinadas Substantivas explicativas e restritivas.
z Orações subordinadas substantivas conectivas: tam uma explicação sobre o termo antecedente.
são introduzidas pelas conjunções subordinativas
São consideradas termo acessório no período,
integrantes que e se.
podendo ser suprimidas. Sempre aparecem isola-
Ex.: Dizem que haverá novos aumentos de
das por vírgulas.
impostos.
Não sei se poderei sair hoje à noite; Ex.: Minha mãe, que é apaixonada por bichos,
z Orações subordinadas substantivas justapos- cria trinta gatos;
tas: introduzidas por advérbios ou pronomes z Orações subordinadas adjetivas restritivas:
interrogativos (onde, como, quando, quanto, especificam ou limitam a significação do termo
quem etc.); antecedente, acrescentando-lhe um elemento indis-
z Ex.: Ignora-se onde eles esconderam as joias pensável ao sentido. Não são isoladas por vírgulas.
roubadas. Ex.: A doença que surgiu recentemente ainda é
Não sei quem lhe disse tamanha mentira; incurável. 55
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Dica Para separar as orações de um período composto, é
necessário atentar-se para dois elementos fundamen-
Como diferenciar as orações subordinadas adje- tais: os verbos (ou locuções verbais) e os conectivos
tivas restritivas das orações subordinadas adjeti- (conjunções ou pronomes relativos). Após assinalar
vas explicativas? esses elementos, deve-se contar quantas orações ele
Ele visitará o irmão que mora em Recife. representa, a partir da quantidade de verbos ou locu-
(restritiva, pois ele tem mais de um irmão e vai ções verbais. Exs.:
visitar apenas o que mora em Recife) [“A recordação de uns simples olhos basta] — 1ª
Ele visitará o irmão, que mora em Recife. oração
(explicativa, pois ele tem apenas um irmão que [para fixar outros] — 2ª oração
mora em Recife) [que os rodeiam] — 3ª oração
[e se deleitem com a imaginação deles]. — 4ª ora-
Orações Subordinadas Adverbiais ção (M. de Assis)
Nesse período, a 2ª oração subordina-se ao verbo
basta, pertencente à 1ª (oração principal).
Exprimem uma circunstância relativa a um fato
A 3ª e a 4ª são orações coordenadas entre si, porém
expresso em outra oração. Têm função de adjunto
ambas dependentes do pronome outros, da 2ª oração.
adverbial. São introduzidas por conjunções subor-
dinativas (exceto as integrantes) e se enquadram nos
Orações Reduzidas
seguintes grupos:
z Apresentam o mesmo verbo em uma das formas
� Orações subordinadas adverbiais causais: são
nominais (gerúndio, particípio e infinitivo);
introduzidas por: como, já que, uma vez que, por-
z As que são substantivas e adverbiais: nunca são
que, visto que etc.
iniciadas por conjunções;
Ex.: Caminhamos o restante do caminho a pé por-
z As que são adjetivas: nunca podem ser iniciadas
que ficamos sem gasolina;
por pronomes relativos;
� Orações subordinadas adverbiais comparati-
z Podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses
vas: são introduzidas por: como, assim como, tal
conectivos;
qual, como, mais etc. z Podem ser iniciadas por preposição ou locução
Ex.: A cerveja nacional é menos concentrada (do) prepositiva.
que a importada; Ex.: Terminada a prova, fomos ao restaurante.
� Orações subordinadas adverbiais concessivas: O. S. Adv. reduzida de particípio: não começa com
indica certo obstáculo em relação ao fato expres- conjunção.
so na outra oração, sem, contudo, impedi-lo. São Ex.: Quando terminou a prova, fomos ao restau-
introduzidas por: embora, ainda que, mesmo que, rante. (desenvolvida).
por mais que, se bem que etc. O. S. Adv. Desenvolvida: começa com conjunção.
Ex.: Mesmo que chova, iremos à praia amanhã;
� Orações subordinadas adverbiais condicionais: Orações Reduzidas de Infinitivo
são introduzidas por: se, caso, desde que, salvo se,
contanto que, a menos que etc. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
Ex.: Você terá sucesso desde que se esforce para tal; Se o infinitivo for pessoal, irá flexionar normalmente.
� Orações subordinadas adverbiais conformati-
vas: são introduzidas por: como, conforme, segun- z Substantivas: Ex.: É preciso trabalhar muito. (O.
do, consoante. S. substantiva subjetiva reduzida de infinitivo)
Ex.: Ele deverá agir conforme combinamos; Deixe o aluno pensar. (O. S. substantiva objetiva
� Orações subordinadas adverbiais consecutivas: direta reduzida de infinitivo)
são introduzidas por: que (precedido na oração A melhor política é ser honesto. (O. S. substantiva
anterior de termos intensivos como tão, tanto, predicativa reduzida de infinitivo)
tamanho etc.) de sorte que, de modo que, de forma Este é um difícil livro de se ler. (O. S. substantiva
que, sem que. completiva nominal reduzida de infinitivo)
Ex.: A garota riu tanto, que se engasgou; Temos uma missão: subir aquela escada. (O. S.
“Achei as rosas mais belas do que nunca, e tão per- substantiva apositiva reduzida de infinitivo);
fumadas que me estontearam.” (Cecília Meireles); z Adjetivas: Ex.: João não é homem de meter os pés
� Orações subordinadas adverbiais finais: indicam pelas mãos.
um objetivo a ser alcançado. São introduzidas por: O meu manual para fazer bolos certamente vai
para que, a fim de que, porque e que (= para que) agradar a todos;
Ex.: O pai sempre trabalhou para que os filhos z Adverbiais: Ex.: Apesar de estar machucado,
tivessem bom estudo; continua jogando bola.
� Orações subordinadas adverbiais proporcio- Sem estudar, não passarão.
nais: são introduzidas por: à medida que, à pro- Ele passou mal, de tanto comer doces.
porção que, quanto mais, quanto menos etc.
Ex.: Quanto mais ouço essa música, mas a Orações Reduzidas de Gerúndio
aprecio;
� Orações subordinadas adverbiais temporais: Podem ser coordenadas aditivas, substantivas apo-
são introduzidas por: quando, enquanto, logo que, sitivas, adjetivas, adverbiais.
depois que, assim que, sempre que, cada vez que,
agora que etc. z Coordenada aditiva: Ex.: Pagou a conta, ficando
56 Ex.: Assim que você sair, feche a porta, por favor. livre dos juros;
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z Substantiva apositiva: Ex.: Não mais se vê amigo � Orações subordinadas adjetivas coordenadas
ajudando um ao outro. (subjetiva) entre si
z Agora ouvimos artistas cantando no shopping. Ex.: A mulher que é compreensiva, mas que é
(objetiva direta); cautelosa, não faz tudo sozinha.
z Adjetiva: Ex.: Criança pedindo esmola dói o Oração subordinada adjetiva 1: que é compreensiva
coração; Oração subordinada adjetiva 2: mas que é
z Adverbial: Ex.: Temendo a reação do pai, não cautelosa;
contou a verdade. � Orações subordinadas adverbiais coordenadas
entre si
Orações Reduzidas de Particípio Ex.: Não só quando estou presente, mas também
quando não estou, sou discriminado.
Podem ser adjetivas ou adverbiais. Oração subordinada adverbial 1: quando estou
presente
� Adjetiva: Ex.: A notícia divulgada pela mídia era falsa. Oração subordinada adverbial 2: quando não
Nosso planeta, ameaçado constantemente por estou;
nós mesmos, ainda resiste; � Orações coordenadas ou subordinadas no mes-
� Adverbiais: Ex.: Aceitas as condições, não have- mo período
ria problemas. (condicional) Ex.: Presume-se que as penitenciárias cumpram
Dada a notícia da herança, as brigas começaram. seu papel, no entanto a realidade não é assim.
(causal/temporal) Oração principal: Presume-se
Comprada a casa, a família se mudou logo. Oração subordinada subjetiva da principal: as
(temporal). penitenciárias cumpram seu papel
Oração coordenada sindética adversativa da ante-
O particípio concorda em gênero e número com os rior: no entanto a realidade não é assim.
termos referentes.
Essas orações reduzidas adverbiais são bem fre- CONCORDÂNCIA
quentes em provas de concurso.
Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se
Períodos Mistos umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede-
cem a alguns princípios: um deles é a concordância.
São períodos que apresentam estruturas oracio- Observe o exemplo:
nais de coordenação e subordinação. A pequena garota andava sozinha pela cidade.
Assim, às vezes aparecem orações coordenadas A: artigo, feminino, singular;
dentro de um conjunto de orações que são subordina- Pequena: adjetivo, feminino, singular;
das a uma oração principal. Garota: substantivo, feminino, singular.
Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos
adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o
1ª oração 2ª oração 3ª oração número (singular) do substantivo.
Na língua portuguesa, há dois tipos de concordân-
O homem entrou na que todos
e pediu cia: verbal e nominal.
sala calassem.
elemento-chave — elementos-chave.
Plural de Compostos Nestes substantivos também é possível a flexão
dos dois elementos: decretos-leis, cidades-satélites,
z Substantivos públicos-alvos, elementos-chaves;
Nos substantivos compostos formados por Pronome reflexivo recíproco com a função sin-
tema verbal ou palavra invariável + substan- tática do objeto direto
tivo ou adjetivo:
Ex.: Admiravam-se de longe;
bate-papo — bate-papos;
quebra-cabeça — quebra-cabeças; Pronome reflexivo recíproco com a função sin-
arranha-céu — arranha-céus; tática do objeto indireto
ex-namorado — ex-namorados;
vice-presidente — vice-presidentes; Ex.: Eles retribuíram-se as respectivas
malvadezas;
Nos substantivos compostos em que há repe-
tição do primeiro elemento: Pronome reflexivo com a função de sujeito de
um infinitivo
zum-zum — zum-zuns;
tico-tico — tico-ticos; Ex.: Ela deixou-se ir;
lufa-lufa — lufa-lufas;
reco-reco — reco-recos; Pronome apassivador
Em alguns casos, não ocorre a flexão dos ele- Conjunção subordinativa integrante
mentos formadores, que se mantêm invariá-
veis. Isso ocorre em frases substantivadas Ex.: Ela queria ver se conseguiria;
e em substantivos compostos por um tema
verbal e uma palavra invariável ou outro
Conjunção subordinativa condicional
tema verbal oposto:
Ex.: Se eles vierem, serão bem-vindos.
o disse me disse — os disse me disse;
o leva e traz — os leva e traz;
Funções do Que
o cola-tudo — os cola-tudo.
z Funções Morfológicas:
Funções Do Se
pronome;
Embora já tenhamos abordado esse tema anterior-
substantivo;
mente, deixamos aqui uma síntese das funções mais
preposição;
cobradas desse vocábulo.
advérbio;
interjeição;
z Funções Morfológicas
conjunção.
Pronome;
Funções Sintáticas
Conjunção.
� Pronome relativo (igual a “o qual”, “a qual”)
z Funções Sintáticas
Ex.: A curiosidade é um vício que desconhece
termos;
Pronome reflexivo com a função sintática de
objeto direto � Pronome substantivo indefinido (igual a “que coi-
sa”) ligado ao verbo
Ex.: Elas não se encontram na redação; Ex.: Elas não sabiam o que fazer;
� Pronome adjetivo indefinido (igual a “quanto”,
Pronome reflexivo com a função sintática do “quanta”) ligado ao substantivo
62 objeto indireto Ex.: Que alegria!
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� Pronome interrogativo (no final de frase é EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
acentuado)
Ex.: Por que não vai conosco? Uso de Vírgula
Não vai conosco por quê?
� Substantivo (quando é antecedido de artigo) (é A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três
acentuado) funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da
Ex.: Havia em seus olhos um quê de curiosidade; voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e
� Preposição (a depender do contexto, pode ser subs- orações; e esclarecer o significado da frase, afastando
tituído por “de”) qualquer ambiguidade.
Ex.: A gente tem que explicar com franqueza cer- Quando se trata de separar termos de uma mesma
tas coisas; oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
� Advérbio de intensidade (igual a “muito”, ligado ao
adjetivo) � Para separar os termos de mesma função:
Ex.: Que bela tarde! Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta;
� Interjeição (sempre acentuado) z Usa-se a vírgula para separar os elementos de
Ex.: Quê! Você tem coragem? enumeração:
� Partícula expletiva Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi
Ex.: Que experto que é teu irmão! arrastado pelo tsunami;
� Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que
� Faz parte da locução expletiva
já apareceu na frase) do verbo:
Ex.: Ele é que sabe das coisas!
Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate.
� Conjunção causal (igual a “porque”)
Ela prefere filmes de ficção científica; o namorado,
Ex.: Disse que não iria, que não tinha roupas
filmes de terror;
adequadas;
� Para separar palavras ou locuções explicativas,
� Conjunção integrante retificativas:
Ex.: Suponhamos que elas viessem; Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15
� Conjunção comparativa anos;
Ex.: Uma era mais esperta que a outra; � Para separar datas e nomes de lugar:
� Conjunção concessiva (igual a “embora”) Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985;
Ex.: Que não seja rico, sempre me casarei com ele; � Para separar as conjunções coordenativas, exceto
� Conjunção condicional (igual a “se”) e, nem, ou:
Ex.: Que você pague a promissória, hão de entre- Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem.
gar a mercadoria;
� Conjunção conformativa (igual a “conforme”) A vírgula também é facultativa quando o termo
Ex.: Aos que dizem, os exames serão dificílimos; que exprime ideia de tempo, modo e lugar não for
� Conjunção temporal uma locução adverbial, mas um advérbio. Exemplos:
Ex.: Chegados que foram à cabana, reviraram Antes vamos conversar. / Antes, vamos conversar.
tudo; Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço
� Conjunção final em casa.
Ex.: Fiz-lhe sinal que se calasse; Ontem choveu o esperado para o mês todo. /
� Conjunção consecutiva Ontem, choveu o esperado para o mês todo.
Ex.: Falou tanto que ficou rouco;
� Conjunção aditiva Não se Usa Vírgula nas Seguintes Situações
Ex.: Anda que anda e nada encontra;
� Conjunção explicativa � Entre o sujeito e o verbo:
Ex.: Fique quieto, que eu quero dormir. Ex.: Todos os alunos daquele professor, entende-
ram a explicação. (errado)
Funções do Sem Que Muitas coisas que quebraram meu coração, con-
sertaram minha visão. (errado);
Locução conjuntiva com valor de condição, con- � Entre o verbo e seu complemento, ou mesmo pre-
dicativo do sujeito:
cessão, consequência, negação de consequência,
Ex.: Os alunos ficaram, satisfeitos com a explica-
negação de causa, modo. Essa locução pode ser subs-
ção. (errado)
tituída para formar orações subordinadas reduzidas
Os alunos precisam de, que os professores os aju-
de infinitivo.
dem. (errado)
Ex.: “Empurrava a cadeira sem que a mãe corres-
LÍNGUA PORTUGUESA
É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto Têm função semelhante à dos travessões e das
e vírgula (;): vírgulas no sentido que colocam em relevo certos ter-
mos, expressões ou orações.
� Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas: Ex.: Os professores (amigos meus do curso carioca)
Ex.: Ela, quando viu, ficou feliz; ele, quando a viu, vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
ficou triste; Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos
� No lugar das conjunções coordenativas deslocadas: jantar. (oração intercalada)
Ex.: O maratonista correu bastante; ficou, portan-
to, exausto; PONTO-FINAL
� No lugar do e seguido de elipse do verbo (=
zeugma): É o sinal que denota maior pausa. Usa-se:
Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o
ouvinte. � Para indicar o fim de oração absoluta ou de período.
Prefiro brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai, Ex.: “Itabira é apenas uma fotografia na parede.”
sorvete; Carlos Drummond de Andrade;
� Em enumerações, portarias, sequências: � Nas abreviaturas
Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal: Ex.: apart. ou apto. = apartamento.
O Procurador-Geral da República; sec. = secretário.
O Colégio de Procuradores da República; a.C. = antes de Cristo.
O Conselho Superior do Ministério Público Federal.
Dica
DOIS-PONTOS
Símbolos do sistema métrico decimal e elemen-
Marcam uma supressão de voz em frase que ainda tos químicos não vêm com ponto final:
não foi concluída. Servem para: Exemplos: km, m, cm, He, K, C.
Ex.: Estamos quites com o banco. nome é um termo regente, e seu complemento é um
Seguem anexas as certidões negativas. termo regido, pois há uma relação de dependência
Inclusos, enviamos os documentos solicitados; entre o nome e seu complemento.
� Meio O nome exige um complemento nominal sempre ini-
Quando significar “metade”: concordará com o ciado por preposição, exceto se o complemento vier em
elemento referente. forma de pronome oblíquo átono.
Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa. Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe
Quando significar “um pouco”: será invariável. foram leais.
Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora); Observação: Complemento de “lhe”: predicativo
� Grama do sujeito (desprovido de preposição)
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan- Pronome oblíquo átono: lhe
do significar unidade de medida, é masculino. Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha. sujeito (desprovido de preposição). 69
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Regência Verbal Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de
“prestar assistência”
Relação de dependência entre um verbo e seu O médico assistia os acidentados.
complemento. As relações podem ser diretas ou indi- O médico assistia aos acidentados.
retas, isto é, com ou sem preposição. - Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar”
Há verbos que admitem mais de uma regência sem Não assisti ao final da série;
que o sentido seja alterado.
Ex.: Aquela moça não esquecia os favores recebidos. O verbo assistir não pode ser empregado no particípio.
V. T. D: esquecia É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha-
Objeto direto: os favores recebidos. res de pessoas.”
Aquela moça não se esquecia dos favores recebidos.
V. T. I.: se esquecia � Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo
Objeto indireto: dos favores recebidos. direto e indireto
No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos que, Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo)
mudando-se a regência, mudam de sentido, alterando A jovem não queria casar com ninguém. (transiti-
seu significado. vo indireto)
Ex.: Neste país aspiramos ar poluídos. O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire-
(aspiramos = sorvemos) to e indireto);
V. T. D.: aspiramos � Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
Objeto direto: ar poluídos. predicativo do objeto
Os funcionários aspiram a um mês de férias. Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
(aspiram = almejam) to com sentido de “convocar”);
V. T. I.: aspiram Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre-
Objeto indireto: a um mês de férias dicativo do objeto com sentido de “denominar,
A seguir, uma lista dos principais verbos que qualificar”);
geram dúvidas quanto à regência: � Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi-
reto; intransitivo
� Abraçar: transitivo direto Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo
Ex.: Abraçou a namorada com ternura. indireto com sentido de “ser difícil”)
O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço; A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti-
� Agradar: transitivo direto; transitivo indireto vo direto e indireto: sentido de “acarretar”)
Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire- Este vinho custou trinta reais. (intransitivo);
to com sentido de “acariciar”) � Esquecer: admite três possibilidades
A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto Ex.: Esqueci os acontecimentos.
no sentido de “ser agradável a”); Esqueci-me dos acontecimentos.
� Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto; Esqueceram-me os acontecimentos;
transitivo direto e indireto � Implicar: transitivo direto; transitivo indireto;
Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não transitivo direto e indireto
personificado) Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria.
Agradeceu ao noivo. (transitivo indireto: objeto (transitivo direto com sentido de “acarretar”)
personificado) Mamãe sempre implicou com meus hábitos.
Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi- (transitivo indireto com sentido de “mostrar má
reto: refere-se a coisas e pessoas); disposição”)
� Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo
Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da direto e indireto com sentido de envolver-se”);
preposição a, rege indiferentemente objeto direto � Informar: transitivo direto e indireto
e objeto indireto. Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo direto) coisa: objeto indireto, com as preposições de ou
Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo sobre
indireto) Informaram o réu de sua condenação.
Se o infinitivo preposicionado for intransitivo, Informaram o réu sobre sua condenação.
rege apenas objeto direto: Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-
Ajudaram o ladrão a fugir. sa: objeto indireto, com a preposição a
Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto Informaram a condenação ao réu;
� Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
direto:
reto, com as preposições em e por
Ajudei-o muito à noite;
Ex.: Ela interessou-se por minha companhia;
� Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto
Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- � Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi-
sitivo direto com sentido de “angustiar”) tivo direto e indireto
Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran-
sentido de “desejar muito” — não admite “lhe” sitivo com sentido de “cortejar”)
como complemento); Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo
� Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto indireto com sentido de “desejar muito”)
Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti- “Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar-
vo direto com sentido de “respirar”) ret) (transitivo direto e indireto com sentido de
Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo “encantar-se”);
indireto no sentido de “desejar”); � Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos
70 � Assistir: transitivo direto; transitivo indireto Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.
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Não desobedeçam à sinalização de trânsito; junção da preposição a + os pronomes relativos aque-
� Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi- le, aquela ou aquilo. Representa-se graficamente pela
tivo direto e indireto marcação (`) + (a) = (à).
Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo Ex.: Entregue o relatório à diretoria.
direto) Refiro-me àquele vestido que está na vitrine.
Você pagou ao dono do armazém? (transitivo Regra geral: haverá crase sempre que o termo
indireto). antecedente exija a preposição a e o termo conse-
Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo quente aceite o artigo a.
direto e indireto); Ex.: Fui à cidade (a + a = preposição + artigo)
� Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto; Conheço a cidade (verbo transitivo direto: não exi-
transitivo direto e indireto ge preposição).
Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto) Vou a Brasília (verbo que exige preposição a +
A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto) palavra que não aceita artigo).
Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e Essas dicas são facilitadoras quanto à orientação
indireto); no uso da crase, mas existem especificidades que aju-
� Suceder: intransitivo; transitivo direto dam no momento de identificação:
Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no
sentido de “ocorrer”). Casos Convencionados
A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido
de “vir depois”). z Locuções adverbiais formadas por palavras
femininas:
Regência Nominal Ex.: Ela foi às pressas para o camarim.
Entregou o dinheiro às ocultas para o ministro.
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér- Espero vocês à noite na estação de metrô.
bios) exigem complementos preposicionados, exceto Estou à beira-mar desde cedo;
quando vêm em forma de pronome oblíquo átono. z Locuções prepositivas formadas por palavras
femininas:
Advérbios Terminados em “Mente” Ex.: Ficaram à frente do projeto;
z Locuções conjuntivas formadas por palavras
Os advérbios derivados de adjetivos seguem a femininas:
regência dos adjetivos: Ex.: À medida que o prédio é erguido, os gastos vão
análoga / analogicamente a aumentando;
contrária / contrariamente a � Quando indicar marcação de horário, no plural
compatível / compativelmente com Ex.: Pegaremos o ônibus às oito horas.
diferente / diferentemente de Fique atento ao seguinte: entre números teremos
favorável / favoravelmente a que de = a / da = à, portanto:
paralela / paralelamente a Ex.: De 7 as 16 h. De quinta a sexta. (sem crase)
próxima / proximamente a/de Das 7 às 16 h. Da quinta à sexta. (com crase);
relativa / relativamente a � Com os pronomes relativos aquele, aquela ou
aquilo:
Proposições Semelhantes a Primeira Sílaba dos Ex.: A lembrança de boas-vindas foi reservada
Nomes a que se Referem àquele outono.
Por favor, entregue as flores àquela moça que está
Alguns nomes regem preposições semelhantes a sentada.
sua primeira sílaba. Vejamos: Dedique-se àquilo que lhe faz bem;
dependente, dependência de
inclusão, inserção em � Com o pronome demonstrativo a antes de que ou
inerente em/a de:
descrente de/em Ex.: Referimo-nos à que está de preto.
desiludido de/com Referimo-nos à de preto;
desesperançado de � Com o pronome relativo a qual, as quais:
desapego de/a Ex.: A secretária à qual entreguei o ofício acabou
convívio com de sair.
convivência com As alunas às quais atribuí tais atividades estão de
demissão, demitido de férias.
encerrado em
LÍNGUA PORTUGUESA
O homem estava nervoso e inquieto/O senhor Adição: e, também, além disso, mas também;
não estava calmo. Oposição: mas, porém, contudo, entretanto, no
entanto;
z Locução Verbal Causa: por isso, portanto, certamente;
Tempo: atualmente, nos dias de hoje, na socie-
LÍNGUA PORTUGUESA
Deslocamento
Este tema da reescrita de textos pode ser aplicado
Deslocamento é o recurso utilizado para reescre- tanto a questões de concursos quanto à produção de
ver determinado trecho, que se baseia em modificar de redações e textos diversos.
lugar determinados termos. Ou seja: um termo que esta- Nas questões, é necessário analisar as opções
va no início pode ir para o final do texto e vice-versa. dadas para encontrar aquela na qual a escrita esteja
Podemos citar como exemplo os períodos a seguir: gramaticalmente correta e o sentido original do tex-
to esteja presente, sem mudanças na compreensão.
Faleceu, em São Paulo, o jornalista Ricardo Já nas redações, a reescrita é essencial para corri-
Boechat; gir erros e escrever de forma mais clara. Ela auxilia,
O jornalista Ricardo Boechat faleceu em São também, para poder utilizar o texto-base como sub-
Paulo. sídio para a escrita, fazendo modificações de alguns
trechos e adaptando-os para a sua escrita.
Para reescrever frases utilizando o deslocamen-
to, é necessário observar se há mudança de sentido NÍVEIS DE LINGUAGEM E VARIAÇÕES
e se a correção gramatical foi mantida. Do mesmo LINGUÍSTICAS
modo, para analisar uma questão de reescritura, é
necessário observar qual elemento foi deslocado e A língua não é uma, ou seja, não é indivisível; ela
se esse deslocamento provocou mudança de sentido pode ser considerada um conjunto de dialetos. Alguém
ou inadequação gramatical. já disse que em país algum se fala uma língua só, há
É possível deslocar os seguintes termos em uma várias línguas dentro da língua oficial. E no Brasil não
oração: é diferente: pode-se até afirmar que cada cidadão tem
a sua. A essa característica da língua damos o nome
de variação linguística. De forma sintética, podemos
z Adjunto Adverbial
dividir de duas formas a língua “brasileira”: padrão for-
mal e padrão informal; cada um desses tipos apresenta
Ex.: Na semana passada, participei de todas as suas peculiaridades e espécies derivadas. Vejamos:
aulas da faculdade. Participei de todas as aulas da
faculdade na semana passada.
Padrão Formal
Observando os pontos anteriormente mencio-
nados, é possível perceber que neste caso não há
z Norma Culta
mudança de sentido, e que a correção gramatical foi
mantida, já que o adjunto adverbial de tempo no final
A norma culta da língua portuguesa é estabelecida
da oração não precisa de vírgula.
pelos padrões definidos conforme a classe social mais
abastada, detentora de poder político e cultural. As
z Adjetivo pessoas cujo padrão social lhe permite gozar de pri-
vilégios na sociedade têm o poder de ditar, inclusive,
Ex.: Meu novo namorado trabalha com vendas; as regras da língua, direcionando o que é considerado
Meu namorado novo trabalha com vendas. permitido e aquilo que não é.
Na frase original, o adjetivo “novo” está antes do
substantivo, e na segunda frase aparece depois. No z Norma Padrão
entanto, é possível perceber que não há mudança de
sentido e que a correção gramatical foi mantida, já A norma padrão diz respeito às regras organizadas
que essa mudança não implica necessidade de vírgula nas gramáticas, estabelecendo um conjunto de regras
nem provoca erro gramatical. e preceitos que devem ser respeitados na utilização
da língua. Essa norma apresenta um caráter mais abs-
z Pronome Indefinido trato, tendo em vista que também considera fatores
sociais, como a norma culta.
Ex.: Não quero que alguma situação tire nossa paz;
Não quero que situação alguma tire nossa paz. z Língua Formal
Neste caso, não há mudança de sentido e a correção
gramatical foi mantida, pois essa mudança não implica A língua formal não está, diretamente, associada
necessidade de vírgula nem provoca erro gramatical. a padrões sociais; embora saibamos que a influência
Observe o quadro a seguir para sanar suas dúvidas social exerce grande poder na língua, a língua formal
74 sobre as diferenças entre os recursos: busca formalizar em regras e padrões as suas normas
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a fim de estabelecer um preceito mais concreto sobre
VARIAÇÃO DIAFÁSICA
a linguagem.
Mudança no som, como veio
Padrão Informal (pronúncia com E aberto) e more
Diafásica fonética
(pronúncia com E fechado, asseme-
z Coloquialismo lhando-se quase a pronúncia de i)
Ocorre em contextos de informalida-
Diz respeito a qualquer traço de linguagem (foné- de, em que há mais liberdade para
Diafásica lexical
tico, lexical, morfológico, sintático ou semântico) que usar gírias e expressões lexicais
apresenta formas informais no falar e/ou escrever. diferentes
Ocorre com a alteração dos elemen-
z Oralidade Diafásica sintática
tos sintáticos, ocasionando erros
ano, no qual ao menos quatro pessoas foram mortas lixo e ir embora, e também moradores de apartamen-
ou feridas, segundo a ONG Gun Violence Archive. tos de luxo que têm funcionários para realizar a tarefa.
O fato de Gendron ter sido submetido a uma avaliação Ainda assim, as pessoas dizem que poder ver rostos
mental há pouco menos de um ano, em razão de uma familiares tem sido uma fonte de satisfação.
ameaça de ataque suicida feita quando era estudante, Recentemente em Taipei2, Kusmi, de 52 anos, recebeu de
e ainda assim conseguir comprar legalmente um rifle uma amiga um recipiente com espaguete e laranjas. Lin
de altíssima letalidade, exemplifica bem a permissivi- Yu-wen, de 78, ajudou sua vizinha e amiga de longa data,
dade da legislação do país. Yu Tzu-tsu, de 91, a jogar fora uma pilha de jornais velhos.
Calcula-se que existam em solo americano cerca de Lin e Yu têm idade para se lembrar dos dias em que as
120 armas para cada 100 habitantes, fazendo dos ruas de Taipei ficavam cheias de lixo e os aterros da
EUA, de longe, o líder mundial em número per capita. ilha transbordavam. A situação tornou-se tão insupor-
Apesar do firme compromisso do presidente Joe Biden tável que, a partir da década de 1990, o poder público
com a reforma das leis sobre o tema, as principais resolveu agir. 79
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Em Taipei, os moradores foram obrigados a comprar Na evolução estrutural dos parágrafos, há sempre
sacos de lixo azuis emitidos pelo governo, criando um palavras que se prendem aos anteriores – exceção
imposto sobre o lixo a fim de diminuir a quantidade de evidente feita ao parágrafo inicial –, produzindo o que
resíduos; mais de quatro mil pontos de coleta foram chamamos de coesão.
instalados; a maioria das lixeiras públicas foi removi-
da; e multas foram aplicadas. Tudo isso faz parte de Os parágrafos do texto 1 que são totalmente inde-
uma política de gestão de resíduos segundo a qual “o pendentes dos anteriores, em termos formais, são os
lixo não pode tocar o chão”. As medidas funcionaram. parágrafos
Em 2017, Taiwan teve uma taxa de reciclagem domés-
tica de mais de 50%, perdendo apenas para a Alema- a) 1 e 2.
nha, segundo a empresa de consultoria Eunomia. b) 2 e 3.
O jingle tornou-se definitivamente parte integrante da trilha c) 1 e 3.
sonora de Taiwan, visto que atrai uma multidão de forma d) 4 e 5.
tão confiável que, quando a cidade de Tainan se atreveu e) 3 e 5.
a mudar e transmitir aulas de inglês, ninguém apareceu.
17. (FGV — 2022) As palavras no texto podem apresentar
(Amy Qin e Amy Chang Chien. https://www.estadao.com.br/ um sentido denotativo ou um sentido conotativo; no
internacional. Tradução de Lívia Bueloni Gonçalves. Acesso em:
discurso parlamentar abaixo há uma série de exem-
26.05.2022. Adaptado)
plos de linguagem figurada.
“Senhores deputados: o projeto que nos foi apresenta-
1. jingle: mensagem publicitária musicada de curta
do é uma colcha de retalhos feita a partir de projetos
duração
anteriores e, portanto, sem nada que nos leve a apro-
2. Taipei: capital de Taiwan
vá-lo. Um desses retalhos propõe a criação de um fun-
do para combater a fome, mas não indica como obter
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de
o dinheiro para isso; outro retalho mostra uma infinida-
concordância verbal e nominal.
de de problemas no interior do Brasil, que existem há
milênios, mas que estão sendo enfrentados pela admi-
a) Décadas atrás, ia de mal a pior os serviços de gestão
nistração atual; a verdade é que há muitos problemas,
de resíduos em Taiwan.
mas as soluções são difíceis...”.
b) Basta os primeiros acordes de “Pour Elise”, e velhos
e jovens surgem trazendo os sacos de lixo para os
O segmento destacado que exemplifica uma metoní-
caminhões.
mia, é:
c) São exemplares a participação dos habitantes no pro-
jeto “o lixo não pode tocar o chão”.
a) “...o projeto que nos foi apresentado é uma colcha de
d) Existem pessoas que entregam o lixo e vão embora, o
retalhos feita a partir de projetos anteriores...”.
que as torna menos simpáticas para alguns vizinhos.
b) “...mas não indica como obter o dinheiro para isso”.
e) Tratam-se de questões públicas de saúde e bem-estar
c) “...mas que estão sendo enfrentados pela administra-
saber administrar adequadamente o descarte do lixo.
ção atual”.
d) “Um desses retalhos propõe a criação de um fundo...”.
16. (FGV — 2022) Texto 1
e) “...a verdade é que há muitos problemas, mas as solu-
ções são difíceis...”.
Índio
18. (FGV — 2022) A questão desta prova é elaborada a
Uma das consequências das Cruzadas (séculos XI a
partir de pequenos textos e pretendem avaliar sua
XIII) foi a descoberta das riquezas do Oriente: tecidos,
capacidade em interpretar e compreender textos,
pedras e metais preciosos, especiarias.
assim como em redigir de forma correta e adequada.
Tudo isso passou a ter um valor extraordinário para os
europeus do século XV (a canela chegou a valer mais
“As pessoas não param de confundir com notícias o
do que o ouro!). E assim as grandes navegações para
que leem nos jornais.”
a Ásia se tornaram financeiramente atrativas.
O genovês Cristóvão Colombo, o que botou o ovo em
Essa frase critica um aspecto dos jornais, que é
pé (como se fosse uma grande coisa: as galinhas já
faziam isso muito antes dele), consegue, na Espanha,
a) o apelo às fake news.
em 1492, o patrocínio dos reis Fernando II e Isabel I
b) o desinteresse por temas nacionais importantes.
para uma viagem à Índia.
c) a ausência de critério na seleção de notícias.
Para chegar lá, os portugueses desciam até o final da
d) a falta de credibilidade das fontes.
África e dobravam à esquerda. Colombo, que sempre
e) o despreparo dos jornalistas em geral.
adorou viver na contramão da História, sai da Espanha,
no dia 3 de agosto, e dobra à direita, convencido de
que a Terra era redonda. 19. (FGV — 2022) Há diferentes exemplos de intertextuali-
Acertou na forma, mas errou no cálculo do diâmetro. dade. Todas as frases abaixo mostram intertextualida-
Colombo chega às Bahamas, em 12 de outubro, e de; a opção em que é exemplificada uma alusão, é:
acha que alcançou a Índia. Por isso, ao ver uns selva-
gens locais, Colombo os chama de índios. Pronto, o a) Minha terra tinha palmeiras, mas já mataram todos os
nome ficou e o erro se consagrou: a partir daí, todo sel- sabiás;
vagem, nu ou seminu, passou a ser chamado de índio. b) Já que todos devem trabalhar e meus netos vão ficar
sozinhos, digam a todos eles que fico;
(PIMENTA, R. Casa da Mãe Joana, curiosidade na origem das c) É o que dizia meu pai: “Problema que se resolve com
80 palavras, frases e marcas. Ed. Campus. Rio de Janeiro-RJ. 2002) dinheiro, não é problema”;
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d) O lema da campanha já era conhecido: “Senta a pua!”;
e) A nova cozinheira fazia pratos horríveis, mas dizia
como o famoso chefe francês “Marravilha!”.
9 GABARITO
1 C
2 E
3 D
4 A
5 E
6 C
7 C
8 D
9 D
10 E
11 B
12 A
13 C
14 B
15 D
16 C
17 C
18 A
19 B
20 A
LÍNGUA PORTUGUESA
ANOTAÇÕES
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ANOTAÇÕES
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Análise do exemplo:
A notícia apresenta várias “partes”, que devem ser
levadas em conta para a interpretação. O título “La
primera escuela pública secundaria argentina con
LÍNGUA ESPANHOL el nombre ‘Quino’” é a primeira delas. A seguir, em
itálico, temos o lide (resumo antes da notícia), e depois
o texto propriamente dito. Além de todos os aspectos
presentes no texto, como diferentes tempos verbais,
vocabulário e conectores, é importante observar tam-
COMPREENSÃO DE TEXTOS ESCRITOS
bém a fonte do texto, que, nesse caso, é um site dedi-
EM LÍNGUA ESPANHOLA cado a informações sobre Quino.
z Notícias
PELO TAZA
50 PALAVRAS MAIS USADAS EM ESPANHOL
Parece: pelo Parece: taça
Pero: porém Sino: senão
Significado: cabelo Significado: xícara
POLVO VASO Sus: seus Hecho: feito
Por se tratar de uma temática tão atual e relevante, Hay: há Decir: dizer
destacaremos alguns termos relacionados à internet e
Ni: nem Entonces: então
tecnologia que podem aparecer em suas questões:
Tiene: tem Luego: logo
Email: Correo Electrónico;
Desktop (Área de Trabalho): Escritorio; Mismo: mesmo Va: vai
Download: Descargar; Ahora: agora Tenía: tinha
Link: Enlace;
Pendrive: Lápiz de memoria; Embargo: no entanto,
Después: depois
Memory Card: Tarjeta de memoria; contudo
Mouse: Ratón;
Aunque: ainda que Personas: pessoas
Website: Página Web;
Anexar: Adjuntar; Otro: outro Cuenta: conta
Anexar Arquivos: Archivos adjuntos;
Copiar: Copiar; Gobierno: governo Mujer: mulher
Colar: Pegar; Tan: tão Frente: testa ou diante de
Excluir: Borrar / Eliminar;
Desfazer: Deshacer; Según: segundo Punto: ponto
Imprimir: Imprimir;
Impressora: Impresora; Año: ano Dice: diz
Salvar: Guardar; Hoy: hoje Aún: ainda
Enviar: Enviar;
Escanear: Escanear; Ayer: ontem Fuera: fora
Scanner: Escáner;
General: geral Nadie: ninguém
88 Encaminhar: Adelante;
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Echar de menos: Sentir falta/saudade;
50 PALAVRAS MAIS USADAS EM ESPANHOL
Echar una mano: Dar uma mãozinha (ajudar
Desarrollo: alguém, fazer um favor);
Ante: diante Echar una cabezada: Tirar uma soneca;
desenvolvimento
Empinar el codo: Encher a cara, beber muito;
Hacia: na direção de Siglo: século En menos que canta un gallo / En un dos por tres:
Num piscar de olhos, rapidamente;
Fonte: https://www.clarin.com/sociedad/palabras-mas-usadas-
espanol-comunes-frecuentes-diccionario-real_academia_
Estar a dos velas: Estar sem dinheiro, estar
espanola_0_ByLqjSFvmg.html “duro”(a);
Estar pez: Estar por fora, não conhecer a
Expressões Idiomáticas situação;
Estar em la luna: Estar no mundo da lua
São expressões utilizadas no cotidiano e que, geral- (distraído);
mente, só fazem sentido para os nativos da língua, Estar hecho um ají: Estar com muita raiva;
porque geralmente têm um significado que não faz Hablar por los codos: Falar pelos cotovelos,
sentido se traduzido ao “pé da letra”. Nessas expres- falar muito;
sões, prevalece o uso da linguagem figurada. Meter la pata: Pisar no tomate, dar um fora;
No comerse un rosco: Levar um fora;
No dar pie com bola: Não dar uma dentro (não
Importante! acertar);
Rascarse la barriga/ Rasgarse la barriga: Não
Essas expressões são utilizadas tanto oralmen- fazer nada (não trabalhar ou estudar).
te quanto em diferentes gêneros textuais. Assim,
elas podem ser essenciais para responder uma Não há como destacar todo o vocabulário de dife-
questão. É importante conhecê-las para identifi- rentes temáticas, como saúde, alimentação, economia,
car seu significado no contexto. política, medicina, dentre outros, por serem muito
extensos, e quase “impossíveis” de serem decorados.
No entanto, quanto mais você buscar leituras em
¿A santo de qué?: Por que cargas d’água?; espanhol de diferentes temas e gêneros textuais, mais
A cada dos por tres: Vira e mexe (com vocabulário acumulará e mais fácil se tornará a prova
frequência); para você!
A grande rasgos: Sem entrar em detalhes, a
grosso modo;
A lo mejor: Se calar;
A pierna suelta: Dormir à vontade;
ITENS GRAMATICAIS RELEVANTES
A simple vista: À primeira vista; PARA COMPREENSÃO DE CONTEÚDOS
A buenas horas mangas verdes: Tarde demais SEMÂNTICOS E DOMÍNIO DO
(para fazer alguma coisa ou tarefa);
A las tantas: Muito tarde;
VOCABULÁRIO E DA MORFOSSINTAXE
Al dedillo: De cor e salteado (quando se tem DA LÍNGUA ESPANHOLA
conhecimento de um assunto);
Andar de capa caída: Andar desanimado; COMPREENSÃO DA FUNÇÃO DE ELEMENTOS
Andar com pies de plomo: Ficar com o pé atrás LINGUÍSTICOS ESPECÍFICOS NA PRODUÇÃO DE
(suspeitar de alguém ou de alguma coisa); SENTIDO NO CONTEXTO EM QUE SÃO UTILIZADOS
Arrojar por la Borba: Abrir mão, perder;
Atar la lengua: Morder a língua; Heterossemânticos
Buscarle cinco pies al gato: Procurar chifre em
cabeça de cavalo; Neste tópico, vamos falar sobre os “heterosemán-
Cabeza de chorlito: Cabeça de vento; ticos”, que também são conhecidos como falsos ami-
Caer bien: Causar boa impressão; gos ou falsos cognatos. Mas, afinal, o que são palavras
Chapar: Estudar muito; heterossemânticas?
Comer la sopa boba: Viver às custas de alguém; Entenda que o sufixo hetero-, segundo o dicio-
Como Dios manda: Como manda o figurino; nário, significa algo distinto, diferente e oposto. Por
Como una cabra: Louco; outro lado, a palavra “semântico” é relativa à “semân-
Con pelos y señales: Em todos os detalhes, tin- tica”, ou seja, os sentidos e significados das unidades
tim por tintim; linguísticas. Deste modo, entende-se que as palavras
Contar faroles: Contar mentiras; heterossemânticas têm um significado distinto quan-
LÍNGUA ESPANHOL
Correr con los gastos: Pagar a conta; do comparadas com as de outra língua.
Cuando las gallinas meen: No dia de São Nunca;
Dar coba: Puxar o saco; HETERO + SEMÂNTICO = DIFERENTES
Dar ganas de: Sentir desejo/vontade de; SIGNIFICADOS
Dar gato por liebre: Vender gato por lebre;
Dar una mano: Ajudar; As palavras heterossemânticas existem entre o
De tal palo, tal astilla: Tal pai, tal filho (os filhos português e o inglês, assim como existem entre as
puxam aos pais); línguas espanhola e portuguesa. A imagem, a seguir,
Decirle a uno cuantas son cinco: Botar os pingos exemplifica, de forma lúdica, situações de fala em que
nos “i”s; ocorrem equívocos derivados da semântica diferente
Dejar plantado: Dar o cano; entre palavras portuguesas e espanholas. Veja: 89
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de espalda, estaba borrando algo en una hoja, sentada
frente al escritorio. Con espanto vieron que bajo su
saco asomaba una cola peluda. El hombre agarró una
escoba y le pegó a la presunta abuela partiéndole una
muela. La niña, al verse engañada por el lobo, quiso
desquitarse aplicándole distintos golpes.
Entre tanto, la abuela que estaba amordazada,
empezó a golpear la tapa del sótano para que la saca-
ran de allí. Al descubrir de dónde venían los golpes,
consiguieron unas tenazas para poder abrir el cerro-
jo que estaba todo herrumbrado. Cuando la abuela
salió, con la ropa toda sucia de polvo, llamaron a los
guardas del bosque para contarles todo lo que había
sucedido.
Referencia: http://dumarti.com/habla/la-presunta-abuelita-falsos-
cognatos/
robusto, assim como para se comunicar, minimamen- Mujeres tienen las caderas anchas. (Mulheres
te, na modalidade oral. Os adjetivos são classes de têm os quadris largos.)
palavras que qualificam os substantivos, que, por sua La moda de los 90 eran camisetas muy anchas.
(A moda dos anos 90 eram camisetas muito
vez, são os nomes.
largas.)
Adjetivos podem compreender qualidades positi-
vas, negativas, de aspecto físico ou psicológico. Aten- Veja outros exemplos de adjetivos que são utiliza-
te-se aos exemplos apresentados a seguir, buscando dos para descrever aspectos físicos. Repare que estão
compreender os contextos em que serão utilizados. colocados frente a frente com seus antônimos.
Essa expressão vem de muito séculos atrás e carre- (Eu sou o tipo de pessoa que sempre fica vermelha
ga o significado de “gastar muito dinheiro”. No entan- quando tem vergonha.)
to, não há expressão equivalente no Português.
Incluso Jesus convirtió agua em vino.
z Papá me pidió si le podía echar una mano.
(Inclusive Jesus transformou água em vinho.)
Hacer el trabajo;
Tomar algo en las manos;
Ayudarle con algo.
Importante!
Nesse contexto, a expressão “echar una mano” tem Ao utilizarmos os verbos de cambio para a comu-
o mesmo sentido de “dar uma mãozinha”, como dize- nicação oral e escrita, devemos estar atentos a
mos em Português. Portanto, está relacionada a ofere- algumas regras sobre qual verbo utilizar, confor-
cer ajuda a alguém. me as mudanças, a permanência e o tempo. No
entanto, lembre-se de que a interpretação, para
Expressões que Indicam Mudanças
a língua portuguesa, quando encontramos esses
Em espanhol, existem cinco verbos que podem verbos em um texto, não muda.
indicar mudanças. São os chamados verbos de cambio
(verbos de mudança). Preste atenção nos exemplos
REFERÊNCIAS
dispostos a seguir:
ALONSO, R. CATAÑEDA, A. MARTÍNES, P. MIQUEL,
LÍNGUA ESPANHOL
SINGULAR
1ª persona Yo
2ª persona Tú
3ª persona Él / Ella / Usted
PLURAL
1ª persona Nosotros / Nosotras
2ª persona Vosotros / Vosotras
3ª persona Ellos / Ellas / Ustedes
Inicialmente, vamos aprender sobre os pronomes pessoais e como funcionam quando são sujeitos na frase.
Usamos os pronomes para substituir pessoas ou coisas que são os sujeitos atuantes na oração. Assim, a frase fica
mais objetiva e mais concisa. Em espanhol, é comum que se omita o sujeito em algumas situações que vamos ver
mais adiante. Observe:
z Vosotros X Ustedes
Os pronomes vosotros/vosotras e ustedes possuem o mesmo significado e são usados para falar com outras
pessoas no plural, como “vocês”. A diferença é apenas geográfica, ou seja, vosotros é usado pelos falantes na
Espanha, enquanto ustedes é usado pelos falantes em toda América Latina.
z Tú X Usted
Os dois pronomes são usados para referir-se a uma pessoa no singular. Porém, neste caso, vamos relacionar
os pronomes a depender da situação de fala. O pronome tú é usado em situações informais de fala, enquanto o
pronome usted é utilizado para formalidades.
Exemplo: Se estamos falando com alguém de nossa família, utilizamos “tú”; ao falarmos com um chefe no tra-
balho, em uma situação mais formal, usamos “usted”.
Como vimos anteriormente, os pronomes sujeito indicam quem é o agente dessa ação, e por isso, estão sempre
concordando com o verbo. No entanto, nem sempre o pronome estará visível em situações de fala e também de escrita.
Como saberemos quem é o sujeito dessa ação? É preciso estar atento ao verbo e as suas desinências – as termi-
nações dos verbos. A tabela a seguir mostra alguns exemplos de conjugação verbal e de como podemos identificar
o pronome quando ele não aparece ou está oculto.
z Verbos Terminados em AR
cados e se relacionam com a personalidade e com o Ariana: Me levanto a las 7 horas, hago los
estado físico e psicológico de Amalia. Algumas podem quehaceres y cocino el desayuno mientras los
parecer difíceis de entender, outras nem tanto. Antes niños se bañan. ¿Qué haces por la tarde?
de verificar os seus significados em espanhol, tente Marcus: Vuelvo del trabajo a las 5 horas, veo
inferir, por meio da leitura do texto e do contexto, televisión un rato y luego ceno con la familia.
quais são os significados para essas palavras. Depois, ¿Qué haces?
confira a seguir. Ariana: En la tarde trabajo por unas horas y
cuando llegan los niños del colegio, los ayudo
z Significados con las tareas. Ellos almuerzan y juegan un
rato también. Por la noche, cenamos y nos
Rasgos: características, marcas; acostamos a las 10 horas. 95
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Os verbos em negrito expressam ações que são z Irse x Ir: verbos com significados diferentes.
reflexivas, ou seja, que recaem sobre aqueles que as
praticam. Yo me voy a vivir en España – (verbo reflexivo
Perceba que não aparece o pronome pessoal, pois irse) significa ir embora de/para algum lugar
está oculto. No entanto, aparecem outros pronomes (Eu vou embora para morar na Espanha);
Vamos a tu casa porque necesitamos estudiar –
que chamamos em espanhol como pronombres refle-
verbo ir com sentido de movimento, deslocamen-
xivos. No quadro representado a seguir, estão desta-
to (Vamos a sua casa porque precisamos estudar).
cados os pronomes reflexivos que vão acompanhar os
verbos pronominais. z Cepillarse x Peinarse x Escobar: signicados diferentes.
(Yo) me ducho;
(Yo) me cepillo (los dientes);
Los niños (ellos) se bañan;
(Nosotros) nos acostamos;
(Yo) me visto y me voy al trabajo.
Dica
Referência: https://spanishplans.org/2013/04/23/resources-for-la-
Rato x ratón rutina-diaria/
A palavra rato em espanhol possui uma gra-
A personagem discute com o gato sobre uma ativi-
fia semelhante ao português, porém não tem o
dade essencial e importante que deve ser feita todas
mesmo significado. Rato é espaço de tempo, um as manhãs antes de ir ao colégio. Refletem sobre
momento, um “tempinho”. “lavarse los dientes” (escovar os dentes) e também
Já a palavra ratón é usada para o animal, o roe- sobre “peinarse” (pentear o cabelo), pois são ativida-
dor: rato. des rotineiras.
No último quadro, a personagem deixa claro que o
Confira a seguir algumas dicas de verbos pronomi- mais importante é “leer los chistes del diário”. A pala-
nais que têm mudança de significado ou que podem vra “diário” também faz referência aos jornais que
são publicados “a diário”, ou seja, todos os dias. Além
significar a mesma coisa:
das notícias recentes, os jornais costumam publicar
nas páginas finais algumas tirinhas e histórias cómi-
z Acordarse x Olvidarse: os verbos significam coi- cas e engraçadas, que são os chamados “chistes”.
sas opostas, são antônimos. A seguir, apresentamos um texto denominado
“Como comen los españoles” para enfatizar e exem-
Me acuerdo que cuando era niña, no comía plificar as expressões relacionadas ao cotidiano. Exis-
mucho (Me lembro de quando eu era pequena, tem atividades comuns que fazemos com frequência
não comia muito); durante o dia, ou seja, estamos acostumados a fazê-las.
Ellos se olvidaron de coger las llaves sobre la Por isso, leia com atenção para refletir sobre o tema.
mesa (Eles se esqueceram de pegar as chaves
sobre a mesa). z Texto 2
z Despertarse x Acostarse: são verbos com signifi- Como comen los españoles
cados opostos, antônimos.
El desayuno de un día normal suele consistir tan
sólo en una taza de café, aunque es también habitual
Ella se despierta temprano para ir a trabajar acompañar el caliente café con leche con un cruasán
(Ela acorda muito cedo para ir trabalhar); u otra pasta. Mientras que el desayuno tradicional
Cuando estamos de vacaciones, nos acostamos americano incluye panqueques, panceta y huevos,
muy tarde (Quando estamos de férias, dormi- el español suele incluir los popularisimos churros,
96 mos muito tarde). espolvoreados con azúcar o mojados en chocolate.
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Los españoles suelen comer su almuerzo entre las
Yo Me
2 y las 4 de la tarde. Por ser la comida principal del
día, suele ser más abundante que la cena. Una comida Tú Te
típica tiene varios platos. El primer plato es la parte
Nosotros Nos
más ligera de la comida, consistente en una ensalada
o una sopa, mientras que el segundo plato suele ser
carne o pescado. El postre puede ser una pieza de fru- Não há diferença entre complemento direto e
ta, un típico flan español, o una tarta dulce. indireto para essas três pessoas. Destacamos que os
Aunque mucha gente come una comida completa, pronomes complemento são usados para fazer uma
la cena española suele ser mucho menos abundante referência a algo que já foi dito anteriormente, ou
que el almuerzo. Suele consistir en algo ligero como seja, retomar algum termo sem precisar repetir deter-
una ensalada, un sándwich o una selección de tapas. minada palavra. Exemplos:
Los españoles no suelen cenar temprano – aún más
z ¿Me llamó mi jefe? (Meu chefe me ligou?).
en los fines de semana o en verano –, entre las 9 y las
11 de la noche.
Sí, te llamó hace unos 10 minutos (Sim, ele te ligou
No, no es un mito. Sí, la famosa siesta existe en la faz 10 minutos).
realidad. Comenzó hace tiempo pues, tras comer la Temos alguém que pratica a ação, no caso, “el jefe”,
copiosa comida al mediodía, los campesinos necesita- e temos alguém que recebe essa ação, que, neste caso,
ban descansar y digerir antes de volver a los campos está expresso por “me” e por “te”.
a trabajar. Aunque este paro diario no incluye necesa-
riamente acostarse en una cama o sofá, los negocios y z Renata nos invitó a cenar en su casa (Renata nos
las tiendas cierran durante un par de horas y mucha convidou para jantar em sua casa).
gente vuelve a comer a su casa en familia.
Referência: adaptado de https://www.enforex.com/espanol/cultura/
Neste caso, temos alguém que pratica a ação de
costumbres-culinarias-espanolas.html “invitar” e alguém que a recebe, que está expresso na
frase por “nos”.
O verbo soler, como na frase “los españoles suelen Quando essa ação é recebida por pessoas ou por coisas,
é necessário diferenciar se é um complemento direto ou
comer el almuerzo...” aparece várias vezes no texto.
indireto. Observe o quadro de pronomes complemento:
Esse verbo significa “ter o costume” de fazer algo; no
caso do texto, refere-se aos costumes alimentares dos
PRONOME C. D. PRONOME C. I.
espanhóis. Outros exemplos:
Él / Ella Lo/ La Él / Ella Le
Cuando estamos com frío, solemos usar abrigo
Ellos / Ellas
o chaqueta (Quando estamos com frio, costu- Ellos / Ellas Los / Las Les
/ Ustedes
mamos usar moletom ou jaqueta);
El año pasado él solía ir a la iglesia todos los
Agora, atente-se aos exemplos para entender
miércoles (No ano passado ele costumava ir a quando o complemento se refere a pessoas ou a coisas
igreja todas as quartas-feiras). e quando se utiliza cada um deles.
z Texto 3
Importante!
Sino x Campana
Sino é um conector que expressa concessão.
As campanas são o que fazem barulho, os que tocam nas igrejas, em português, os sinos.
z Aunque
Logo na primeira frase do texto, podemos encontrar a palavra “aunque”, que também é um conector. Ela pode
ter um significado tanto adversativo como concessivo.
Exemplo: Aunque parezca algo del pasado, el diario personal vive su mejor momento (Embora pareça algo do
passado, o diário pessoal vive seu melhor momento).
Nessa frase, logo no início podemos verificar que há uma quebra de expectativa lógica, pois algo que pare-
ce, não é na realidade como se imagina. O conector aunque, quando assim usado, tem uma carga parecida com
“pero”, assim como nas frases a seguir:
Me gusta el arroz, aunque prefiero la pasta (Eu gosto de arroz, embora prefira macarrão);
Era muy joven, aunque con mucho conocimiento (Era muito jovem, embora com muito conhecimento).
Todavia, também pode carregar um significado concessivo, que está muito relacionado a um esforço para
realizar alguma ação:
Voy a viajar a España aunque tenga que vender todas mis cosas (Vou viajar para Espanha ainda que eu
tenha que vender todas as minhas coisas);
Aunque haya estudiado mucho, Ana no sacó buenas notas en los exámenes (Ainda que tenha estudado mui-
to, Ana não tirou boas notas nas provas).
z Texto 4
Aunque parezca algo del pasado, el diario personal vive su mejor momento. Si lo piensas, redes sociales como
Facebook, Twitter e Instagram actúan como diario personal público, visible por todos.
Ahí publicamos fotografías y vídeos de nuestros mejores momentos, nos quejamos de un mal día o presumi-
mos de dónde estamos o qué vamos a hacer el fin de semana.
Pero el diario personal clásico, el que guardamos celosamente para nuestra propia lectura, ese sí que parece
vivir en el olvido, si bien siempre ha permanecido vivo gracias a un nutrido grupo de fieles, que como no podía
ser de otra manera, son discretos.
Por otra parte, el clásico diario personal en papel se puede iniciar a partir de cualquier libreta o bloc de notas
e incluso a través de aplicaciones online o apps móviles. Es más, cualquier app de escritura sirve para escribir
nuestro día a día. […]
Disponível em: https://blogthinkbig.com/. Acesso: 28 mai. 2020. [Fragmento]
Atenção! No texto, aparece a palavra “olvido” que tem relação com “olvidarse”. Lembre-se de que “olvidarse”
é esquecer e, então, associe que “olvido” é o substantivo: esquecimento.
Comparativos Irregulares
z Texto 5
La Covid-19 marcará un antes y un después en el devenir de las residencias de mayores. Por una parte, porque
los mayores han sido el segmento poblacional que más se ha visto afectado, tanto a nivel de contagios como de
fallecimientos. La causa ha sido, básicamente, su mayor vulnerabilidad, y, también, el rápido contagio registrado
en muchas residencias por no estar éstas preparadas para hacer frente a una pandemia como la que hemos vivido.
Referência: https://www.geriatricarea.com/2021/03/10/los-mayores-los-mas-afectados-por-la-covid-19/
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Para fazer comparações, podemos usar termos comparativos e expressões como “más que” ou “menos que”.
Há, no entanto, uma diferença entre comparações usando as palavras “mayor” e “más grande”, que, em espanhol,
são utilizadas em outros contextos. No quadro a seguir, é possível diferenciar esses diferentes usos:
z Además Y Aparte De
Esses dois conectores têm como função adicionar uma outra informação, agregar algo mais a frase. Os exem-
plos a seguir ilustram duas situações em que podem ser usados:
no exemplo 1, además tem como função adicionar a informação de que, além de brasileiros, eles são
argentinos.
já no exemplo 2, aparte de agrega a informação de que além de ser enfermeiro, também é músico.
z Texto 6
[...] En sus numerosos viajes por América Latina recogió los deseos de cambio y de justicia de los pueblos oprimi-
dos. “Ese vagar sin rumbo por nuestra Mayúscula América me ha cambiado más de lo que creí”, relató en una de las
crónicas posteriores a su segundo viaje.
El Che veía la injusticia. Además, era un marxista autodidacta que luchó por el socialismo para reemplazar
al capitalismo. “El deber de todo revolucionario es hacer la revolución”. Es el ícono de la izquierda en América
Latina y el mundo, rechazó las injusticias ante un sistema que generaba y aún genera profundas desigualdades
sociales.
Disponível em: https://www.telesurtv.net/. Acesso: 9 mai. 2020.
O verbo “reemplazar” carrega o mesmo significado de “sustituir”, ou seja, Che queria substituir o capitalismo
pelo socialismo na América Latina.
Quando o texto usa o verbo “rechazar”, quer dizer que recusa algo. Neste caso, Che recusava a injustiça social
e as desigualdades.
“Aún genera profundas desigualdades sociales”, ou seja, como o objetivo de Che não foi alcançado, as desigual-
dades persistem ainda hoje.
Preposicões
As preposições na língua espanhola acompanham os verbos em muitos sentidos e também tem poder de dar
sentido às frases. Porém, muitas vezes são utilizadas de forma distintas e acabam por provocar alguns equívocos.
Focaremos principalmente nos usos das preposições hasta e hacia.
O título de uma matéria de jornal destaca um dos possíveis usos da preposição hacia:
Referência: https://www.ruil.cl/2018/02/10/los-graves-prejuicios-hacia-pueblos-indigenas/
Agora, compare com as regras de uso destas duas preposições. Embora sejam parecidas, são usadas em situa-
100 ções diferentes:
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HASTA HACIA
Consigo ir hasta la otra ciudad, caminando (Consigo ir até Ellos están mirando hacia el cielo (Eles estão olhando para
a outra cidade caminhando) o céu)
Voy contigo hasta el paradero de autobuses (Vou contigo Empuje con fuerza hacia dentro (Empurre com força para
até o ponto de ônibus) dentro)
Tengo que despertarme hasta las 10:00 (Tenho que levan- La televisión llegó a Brasil hacia los años 50 (A televisão
tar até as 10:00) chegou ao Brasil por volta dos anos 50)
¿Hasta tú estás saliendo de casa? (Até você está saindo
de casa?)
Outro exemplo é a manchete de um jornal argentino que recentemente noticiou mudanças no censo demográ-
fico feito no país. A manchete dizia:
“Por la pandemia y el proceso electoral, analizan postergar hasta 2022 el Censo Nacional de Población”.
Ou seja, um novo prazo foi estabelecido para a realização desse censo, e agora o país tem até 2022 para
realizá-lo.
Advérbios
z Indicam Lugar
Para exemplificar melhor, vamos olhar para esta imagem e, a partir da localização dos objetos, aprender como
fazer referências de localidade:
Referência: https://www.profedeele.es/actividad/gramatica/preposiciones-adverbios-lugar/
Paco está fuera de la tienda, basicamente está delante de ella. Él está viendo que hay una tarta dentro de
la tienda;
Un poco lejos de Paco está la casa. Sobre la casa hay un pájaro que está debajo de un paraguas. La basura se
encuentra a la izquierda de la casa y luego, delante de la casa hay un gato;
La nube está arriba de la tienda y el avión está detrás de la nube. En el suelo, hay un árbol que se encuentra
entre Paco y el coche. La verdad, el coche está muy cerca del árbol.
Neste quadro, estão listadas palavras que utilizamos para localizar objetos e pessoas:
z Indicam Tempo
Os advérbios de lugar também podem ser chamados de marcadores temporais. A partir deles, podemos espe-
cificar quando acontece determinada ação. Por isso, é importante estar atento a esses marcadores, que farão total
diferença na hora de entender quando está acontecendo, aconteceu ou acontecerá algo.
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Leia o texto a seguir e atente-se às palavras que aparecem destacadas:
z Texto 7
¿Qué es la fenología y por qué nos debería importar? La fenología es el estudio del momento en que los even-
tos biológicos como la floración, la caída de las hojas, la hibernación y la migración suceden en relación con la
estación y el clima. A medida que el clima global se calienta, la fenología cambia: por ejemplo, los eventos como
la floración pueden ocurrir más temprano en el año. El análisis de la fenología es una gran manera de estudiar
algunos de los impactos medibles del cambio climático.
Disponível em: https://www.nature.org/. Acesso: 28 mai. 2020.
Os exemplos destacados são palavras importantes para expressar quando no tempo acontecem as ações. No
título, “ya” significa que a ação da mudança climática está acontecendo muito perto do presente. A palavra “tem-
prano” indica um adiantamento dos eventos de mudança climática e que afetarão as estações do ano mais “cedo”.
Na tabela a seguir, estão listados alguns advérbios de tempo:
Alguns exemplos:
Ir a fiestas era algo que Juliana hacía muy a menudo (Ir a festas era algo que Juliama fazia muito
frequentemente);
Tenemos que lavarnos las manos siempre que llegamos a casa (Temos que lavar as mãos sempre que che-
gamos em casa);
Es posible verlo frecuentemente sentado delante de la casa (É possível vê-lo frequentemente sentado diante
da casa).
Esses três marcadores de tempo utilizados nos exemplos acima indicam que as ações acontecem repetida-
mente, com certa frequência. Ao contrário, podemos dizer que algo não acontece com tanta facilidade utilizando
“nunca” ou “casi nunca”.
La verdad es que nunca he leído la Biblia por completo (A verdade é que nunca li a Bíblia por completo);
No salgo de casa casi nunca, básicamente (Não saio de casa quase nunca, basicamente).
Os advérbios que marcam o tempo e indicam que determinada ação ocorreu no passado aparecem exemplifi-
cados nas seguintes frases:
No pude ir a la escuela ayer porque estaba enferma (Não pude ir a escola ontem porque estava doente);
Mi madre trasnochó anoche porque no conseguía dormir (Minha mãe passou a noite passada em claro por-
que não conseguia dormir);
Hace cosas ahora que no las hacía antes (Ele faz coisas agora que não fazia antes).
Lembre-se: ayer refere-se ao dia anterior, ou seja, ontem. Anoche é uma junção das palavras ayer + noche que
formam anoche e se refere à noite passada.
z Texto 8
Las madres y abuelas de Plaza de Mayo son un grupo de mujeres que desde 1977 demandan el retorno de
sus familiares desaparecidos durante la dictadura militar en Argentina. El grupo está compuesto sobre todo por
madres y abuelas de personas secuestradas, torturadas y desaparecidas, y recibe su nombre del lugar donde cele-
bran sus protestas: la plaza de Mayo de Buenos Aires, frente a la Casa Rosada, sede de la presidencia argentina.
Frecuentemente se juntan más personas a las protestas y del grupo inicial ya nacieron las asociaciones de
Madres y Abuelas de Plaza de Mayo, cuyos objetivos son recuperar a sus familiares desaparecidos y llevar ante la
justicia a los responsables de los crímenes de la dictadura.
Referencia: Adaptado de https://elordenmundial.com/quienes-son-las-madres-y-abuelas-de-plaza-de-mayo/
Tratando-se de comunicação em qualquer idioma, seja de maneira oral ou escrita, é essencial que haja clareza,
coerência e coesão. Na linguagem escrita, para que o texto seja claro e cumpra sua função comunicativa, é essen-
cial o uso de alguns tipos de marcadores textuais, como conjunções e preposições.
102
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A coesão se dá por meio desses elementos e de Afirmação: Sí (sim), certamente (certamente),
alguns outros que citaremos a seguir. Além disso, seguramente (seguramente);
do ponto de vista da interpretação, que é a atividade Negação: No (não), jamás (jamais);
que será desenvolvida pelos candidatos, é importante Dúvida: Talvez (talvez), probablemente (prova-
conhecer esses conectores e compreender sua função velmente), posiblemente (possivelmente);
e seu significado dentro do contexto, já que estes têm Intensidade: Mucho, muy (muito), poco
função essencial na compreensão final. (pouco).
Definidos: usados quando queremos dar a O advérbio “no”, no segundo exemplo, mudou
ideia de definição ou especificidade. Os artigos completamente o sentido da oração, negando-a e tor-
definidos são: el/ los (masculino) – la/ las (femi- nando a afirmativa uma negativa. Exs.:
nino) – lo (neutro).
Vamos al cine juntos (Vamos ao cinema juntos);
Ex: El hombre está en casa (O homem está em Mañana, vamos al cine juntos.
casa).
Indefinidos: usados para expressar generali- No segundo exemplo, o advérbio de tempo “maña-
dade, passar a ideia de “qualquer um”. Os arti- na” apenas adicionou informações ao enunciado, sem
gos indefinidos são: un/ unos (masculino) – una/ modificar o sentido final.
unas (feminino)
Conjunções
Ex: Una mujer me ha llamado (Uma mulher me
ligou). As conjunções conectam palavras e orações, como
você já aprendeu em língua portuguesa. Algumas con-
junções são bem parecidas às que temos em português,
Advérbios
mas outras têm sentido completamente diferente.
Atente-se: as conjunções que apresentam sentido
Os advérbios expressam circunstâncias como afir- diferente podem comprometer sua compreensão e, con-
mação, negação, dúvida, lugar, modo, intensidade, sequentemente, a interpretação e a resposta da questão.
ordem e tempo, a fim de modificar ou acrescentar sen-
tido aos verbos, adjetivos ou a outros advérbios. Essa z Classificação das Conjunções
classe de palavras é invariável, ou seja, não concorda
com o termo a que ela se refere. Em espanhol, assim como em português, as con-
Exemplo: Ayer, trabajé mucho (Ontem, trabalhei junções são classificadas em dois grandes grupos e
muito). subdivididas de acordo com o sentido que expressam.
Os advérbios destacados, ayer e mucho, trazem,
respectivamente, uma informação adicional (ayer = Coordinantes: conjunções que unem orações
ontem) e uma intensidade (mucho = muito). independentes entre si; nesse caso, sua posi-
LÍNGUA ESPANHOL
Algumas expressões nos chamam atenção nesse trecho; além das conjunções e dos advérbios, podemos
destacar:
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais são usados para substituir os substantivos e funcionam como pessoas do discurso. É
importante saber que pronomes diferentes dos utilizados no português e que essa diferença pode causar dificuldade
de compreensão. Acompanhe a tabela a seguir:
ESPANHOL PORTUGUÊS
yo eu
tú tu
él ele
ella ela
nosotros(as) nós
vosotros(as) vós
ellos eles
ellas elas
lo o
la a
los os
las as
le lhe (a ele)
le lhe (a ela)
les lhes
Verbos
No geral, a conjugação dos verbos em Português é parecida a do Espanhol; entretanto, alguns verbos têm gra-
fias bem diferentes. Seguem alguns verbos traduzidos para o espanhol:
PORTUGUÊS ESPAÑOL
Falar Hablar
Escrever Escribir
Dizer Decir
Assinar Firmar
Fazer um acordo Acordar
Datar Fechar
Acordar Despertarse/Levantarse
LÍNGUA ESPANHOL
Regulares: mantêm o mesmo radical quando conjugados. Ex: amar. Yo amo, tu amas, él ama, nosotros
amamos, vosotros amáis, ellos aman;
Irregulares: há mudança no radical a depender da conjugação. Ex: hacer (fazer). Yo hago, tu haces, él hace,
nosotros hacemos, vosotros haceis, ellos hacen.
A tabela a seguir mostra a diferença entre a conjugação dos dois verbos anteriores em três tempos verbais:
PRETÉRITO PERFEITO
PRESENTE FUTURO
PESSOAS DO DISCURSO SIMPLES
(DO INDICATIVO) (DO INDICATIVO)
(DO INDICATIVO)
AMAR HACER AMAR HACER AMAR HACER
Yo amo hago amé hice amaré haré
Tu amas haces amaste hiciste amarás harás
Él / ella / usted ama hace amó hizo amará hará
Nostros amamos hacemos amamos hicimos amaremos haremos
Vosotros amáis hacéis améis hicisteis amaréis haréis
Ellos / ellas /
aman hacen amarón hicieron amarán harán
ustedes
Na tabela comparativa, é possível observar que, enquanto o radical de amar “am” permanece o mesmo em
todos os tempos verbais mencionados, o radical de hacer, que originalmente é hac, muda para hag, hic e hiz a
depender do tempo verbal.
Os principais verbos irregulares em espanhol são:
Caber (caber);
Agradecer (agradecer);
Caer (cair);
Decir (dizer);
Dormir (dormir);
Salir (sair);
Conducir (dirigir).
z Reflexivos: expressam uma ação praticada e recebida pelo sujeito. Conjugam-se com os pronomes reflexi-
vos me, te, se, nos, os, se; no infinitivo, aparecem sempre acompanhados do pronome se. Ex: despertarse,
levantarse.
Além dessas classificações, há também as formas nominais dos verbos. Elas são denominadas assim porque
não apresentam flexão de número, modo ou pessoa. São elas:
Infinitivo: expressa o significado do verbo. Terminado em ar, er e ir. Ex: Estudiar es muy importante (Estu-
dar é muito importante);
Gerúndio: é o advérbio verbal e se caracteriza por expressar sempre ação anterior ou simultânea. Termi-
nado em ndo. Ex: Estaba caminando (Estava caminhando);
Particípio: junto com o auxiliar haber, forma os tempos compostos das conjunções. Funciona também
como adjetivo quando modifica um substantivo. Ex: He comprado una alfombra (Comprei um tapete); el
106 café fue hervido (O café foi fervido).
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z Modos Verbais
desde desde
A partir dos modos verbais, há a conjugação dos durante durante
verbos dentro dos tempos verbais e de acordo com a en em
desinência de número e pessoa. Acompanhe a seguir:
entre entre
z Indicativo: expressa ações reais, concretas, obje- hacia em direção a
tivas e efetivas. Ex: Trabajo en casa (trabalho em hasta até
casa). Os tempos do modo indicativo são:
mediante mediante; por meio de
Presente: Yo estudio mucho (Eu estudo muito) para para
Pretérito imperfeito: Yo estudiaba mucho (Eu por por
estudava muito);
Pretérito indefinido: Yo estudié mucho (Eu según segundo
estudei muito); sin sem
Futuro imperfeito: Yo estudiaré mucho (Eu
so sob
estudarei muito);
Condicional imperfeito: Yo estudiaria mucho sobre sobre
(Eu estudaria muito); tras depois
Pretérito Perfeito composto: Yo he estudiado
em casa (Eu estudei em casa); versus versus; contra
Pretérito mais-que-perfeito composto: Yo vía via
había estudiado (Eu havia estudado);
Futuro perfeito composto: Ya habré estudiado z A
(Já terei estudado);
Condicional composto: Yo habría estudiado Pode expressar direção, finalidade, lugar, modo,
(Eu haveria estudado). objetivo, movimento e tempo. A preposição a significa
à/a/ao e pode estar posicionada antes de substantivo,
z Subjuntivo: esse modo expressa ações possíveis artigo, verbo no infinitivo, pronome demonstrativo,
de desejo, dúvida, suposição, ou seja, ações não pronome possessivo, objeto indireto e objeto direto.
concretas ou não reais. Os tempos do modo sub-
Exemplos:
juntivo são:
Mañana voy a la playa con Juan (Amanhã vou à
Presente: Que yo estudie (Que eu estude);
praia com Juan): antes de substantivo;
Pretérito Imperfeito: Yo estudiara (Eu estudara);
Hoy, vamos a salir de compras (Hoje, vamos sair
Pretérito Perfecto Compuesto: Es mejor que
às compras): antes de verbo no infinitivo;
yo haya estudiado (É melhor que eu tenha
Di los libros a mis sobrinos (Dei os livros aos
estudado);
meus sobrinhos): antes de pronome possessivo.
Pretérito Pluscuamperfecto Compuesto: Si
yo hubiera estudiado, sería mejor (Se eu tivesse
estudado, seria melhor). z Ante
z Imperativo: expressa ordem, desejo, conselho. Pode ser traduzida por: diante de; perante.
Não é conjugado em tempos, mas possui duas for- Exemplo:
mas: afirmativo e negativo.
Ellos pelearón ante todos (Eles brigaram diante
Afirmativo: Estaciona acá (Estacione aqui); de todos).
Negativo: No estaciones acá (Não estacione
aqui). z Bajo
z Con
ESPANHOL PORTUGUÊS
De acordo com o contexto de uso, pode indicar
a à
modo, companhia, instrumento ou conteúdo, assim
ante diante como ocorre na língua portuguesa.
bajo sob Exemplos:
con com
Salimos de casa con prisa (Saímos de casa com
contra contra pressa.): modo;
de de Fui a la playa con Lucas (Fui à praia com
Lucas.): companhia; 107
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Me he cortado con una tijera en el trabajo Exemplos:
(Cortei-me com uma tesoura no trabalho):
instrumento; Ana vive en Madrid (Ana mora em Madri.):
Quiero una gaseosa con hielo (Quero um refri- lugar;
gerante com gelo): conteúdo. Me gusta quedarme en silencio (Gosto de ficar
em silêncio.): modo;
z Contra En verano, los días son más largos (No verão, os
dias são mais longo.): tempo;
Pode apresentar sentido de limite, contrariedade Tengo miedo a viajar en avión (Tenho medo de
ou ainda de oposição. viajar de avião.): meio de transporte.
Exemplos:
z Entre
Hice el trabajo contra mi voluntad (Fiz o traba-
lho contra minha vontade): contrariedade;
Pode expressar situação, estado ou coletividade.
La lucha contra el coronavírus es muy dura
Exemplos:
(A luta contra o corona vírus é muito dura):
oposição.
Creo que la fiesta termina entre las 10 y las 11 de
z De la noche (Acredito que a festa termina entre 10
e 11 da noite);
Há muitas indicações de uso para essa preposição, No hay problemas entre el maestro y los alum-
o sentido dela depende basicamente do contexto em nos (Não há problemas entre o professor e os
que está inserida. Podemos indicar como principais alunos).
sentidos: posse, qualidade, material, modo, motivo,
origem, assunto, tempo e profissão. z Hacia
Exemplos:
Essa preposição é usada para expressar direção ou
Vivo en España pero soy de Portugal (Vivo na
tempo/lugar aproximado.
Espanha, mas sou de Portugal): origem;
Exemplo:
Estoy buscando una película de terror (Estou
procurando um filme de terror): assunto;
Viajaremos hacia el nordeste de Brasil (Viajare-
Me gusta ir al gimnasio de día (Gosto de ir a aca-
mos para o nordeste do Brasil): direção.
demia de dia): tempo;
Yo trabaja de abogada (Eu trabalho como advo-
z Hasta
gada): profissão;
Este plato es de vidrio (Este prato é de vidro):
material; No geral, é usada para expressar término ou limite
El amigo de mi padre murió de un cancer (O ami- de lugares, ações, quantidades e tempo, mas também
go do meu pai morreu de câncer): motivo; pode indicar inclusão.
Estas ollas son de mi madre (Estas panelas são Exemplos:
da minha mãe): posse.
Ana fue caminando hasta la playa (Ana foi cami-
z Desde nhando até a praia): limite de lugar;
Puedo comer chocolate hasta 2 veces a la sema-
Expressa um ponto do qual se inicia a contagem de na (Posso comer chocolate até 2 vezes por
algo ou de um espaço físico. semana): limite de ações;
Exemplos: Tengo hasta 100 reales para comprar una falda
(Tenho até 100 reais para comprar uma saia):
Conduci desde Rio de Janeiro hasta São Paulo limite de quantidade;
(Dirigi do Rio de Janeiro até São Paulo); Hasta los amigos han percibido (Até os amigos
A causa de la pandemia, no salgo de casa desde perceberam): inclusão.
Enero (Por causa da pandemia, não saio de casa
desde janeiro).
z Mediante
z Durante
Traduzida para o português, tem como significado
Assim como em português, esta preposição indica mediante, por meio de ou através.
período de duração. Exemplo:
Exemplo:
Entregaré el objeto mediante el pago (Entregarei
Durante 5 años, trabajé con marketing (Durante o objeto mediante o pagamento).
5 anos, trabalhei com marketing).
z Para
z En
Assim como em português, essa preposição pode Utilizada em várias situações; as principais são
ser utilizada para expressar lugar, modo, tempo. expressar direção e finalidade.
Entretanto, diferentemente do português, em espa- Exemplos:
nhol é usada também para meios de transporte.
Mañana voy para la casa de mis padres (Ama-
nhã, vou para a casa dos meus pais): direção;
108
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Estoy estudiando para la selección de maestría A tirinha exemplifica bem que a diferença de
(Estou estudando para a seleção do mestrado): compreensão entre “proposición” e “preposición”
finalidade. pode causar confusão, assim como outras pequenas
mudanças na língua podem ser essenciais para a com-
z Por preensão geral do texto.
Com as classes gramaticais e os pontos destacados
Essa preposição pode ser utilizada para indicar ao longo deste material, é possível compreender gran-
meio, lugar, modo, objetivo ou tempo. de parte dos textos em língua espanhola. E, através
Exemplos: das técnicas aqui abordadas, torna-se mais fácil iden-
tificar as informações solicitadas nas questões.
No sé cuando mi madre viene por acá (Não sei
quando minha mãe vem por aqui): lugar;
No me gusta hablar por teléfono, sólo hago en
el trabajo (Não gosto de falar pelo telefone, só HORA DE PRATICAR!
faço isso no trabalho): meio;
Llegaré en casa por las cinco (Chegarei em casa Leia o texto para responder às questões 1 a 3.
pelas cinco): tempo.
Los niños son uno de los principales grupos de riesgo
z Según por accidentes de tráfico. Por este motivo, la educación
vial dirigida a los menores resulta de gran importancia.
Na tradução, significa segundo ou de acordo com e De hecho, la edad temprana es el mejor momento para
expressa conformidade. interiorizar valores y adquirir hábitos y comportamientos
Exemplos: adecuados con los demás peatones, pasajeros y con-
ductores de nuestro entorno. Asimismo, niños y adoles-
Hice el trabajo según el profesor pidió (Fiz o tra- centes aprenden con mayor facilidad y absorben más
balho segundo o professor pediu); rápidamente conocimientos que les ayudan a forjarse
Según el maestro, haremos exámen la próxima una visión de mundo. De este modo, incluir las normas
semana (Segundo o professor, faremos prova de tráfico y de seguridad vial como parte de su formación
na próxima semana). puede ser una gran idea para promoverlas e inculcarlas
desde bien pequeños.
z Sobre El objetivo es sembrar en los menores la semilla del
respeto a la vida, con el fin de provocar un cambio en la
Pode ser utilizada para indicar altura, apoio, cultura cívica en cuanto a su comportamiento ciudada-
assunto (como em língua portuguesa) e aproximação no, generando en ellos habilidades de autocuidado en su
(com esse sentido, não utilizamos em português). calidad de peatones, que es el primer rol que adoptarán
Exemplos: en la vía pública.
El hecho de que los menores descubran la educación
La comida está sobre la mesa (A comida está vial conlleva una serie de ventajas. Una muy relevante
sobre a mesa): apoio; es que aprenden a identificar las principales señales de
Charlamos sobre la crisis de COVID en el mundo tráfico, ya que con esto interiorizan las normas viales
(Conversamos sobre a crise de COVID no mun- desde pequeños, adquiriendo así habilidades y valores
do): assunto; que luego normalizan. Sin duda, esto les ayuda también
El evento comenzará sobre las cinco de la tarde a saber cómo desenvolverse en las vías públicas y evitar
(O evento começará por volta das cinco da tar- accidentes como atropellos (hacer uso de los semáforos,
de): aproximação. los pasos de cebra, a no cruzar sin mirar a izquierda y a
derecha, destreza para moverse por la ciudad sin peligro,
z Tras entre otras). Actualmente, algunos establecimientos edu-
cacionales ya dedican tiempo a enseñar nociones bási-
Essa preposição pode ser traduzida como depois. cas de educación vial.
Exemplo: La idea es recrear situaciones reales que el menor pueda
encontrar tanto en un entorno rural como urbano para que
Hoy, cenaré tras las clases (Hoje, jantarei depois de esta forma sepa lo que debe y no debe hacer en cada
das aulas). situación, cuál es el significado principal de las señales de
tráfico con las que se encontrará en el camino, cuáles son
las actitudes más seguras que podemos llevar a la prácti-
ca y, por supuesto, fomentar el respeto a los demás, uno
de los valores que muchas veces tanto peatones como
LÍNGUA ESPANHOL
(www.iso-39001.cl. Adaptado.)
Cuando se publicó El nervio óptico de la crítica de arte 13. (CEBRASPE-CESPE — 2019) De acuerdo con el texto
María Gainza, ocurrió lo que pocas veces sucede con una CB1A4-I, para la amiga de la crítica de arte de La luz negra,
primera novela de alguien a priori ajeno al mundo literario:
la crítica cayó rendida de forma unánime ante aquel bre- a) las falsificaciones ya no son grandes obras de arte.
ve libro que entrelazaba retazos de historia del arte con b) las obras de arte les garantizan un determinado esta-
la crónica íntima de una familia bonaerense, bien pero tus a sus compradores.
venida a menos. Gainza vuelve ahora con una segunda c) las obras de arte suelen comprarlas quienes ya cuen-
novela, La luz negra, que no se aparta de su hábitat natu- tan con un elevado nivel de aprecio artístico.
ral, el mundo del arte. Más bien se adentra en su zona d) las falsificaciones no son tan auténticas como las
oscura, sus márgenes extraoficiales, ese terreno que se obras de arte originales.
mueve entre la leyenda y la pura ilegalidad: el mundo de e) las obras de arte originales son más auténticas que
la falsificación. las falsificadas.
La protagonista de La luz negra también es crítica de arte
en un diario. Está de vuelta de todo y se dedica a vagar 14. (CEBRASPE-CESPE — 2019) El enunciado «la echa
por el pasado, recordando tiempos mejores y alimentán- muchísimo de menos», presente en el texto CB1A4-I,
dose de la memoria. Recuerda sobre todo a su queridísi- puede sustituirse, sin comprometer su coherencia
ma amiga Enriqueta, una eminencia de la tasación que, semántica por
en sus ratos libres, participaba en una banda de falsifica-
dores. Y para recordarla mejor, porque la echa muchísimo a) la extraña muchísimo.
de menos, intenta reconstruir los recuerdos que le dejó la b) la quiere muchísimo.
c) la admira muchísimo.
propia Enriqueta.
d) la valora muchísimo.
Decía el santo patrón de los mentirosos con encanto, Tom
e) la desprecia muchísimo.
Ripley, que «el artista hace las cosas de modo natural, sin
esfuerzo. Alguna fuerza sobrenatural guía su mano. El fal-
Leia o texto a seguir para responder às questões 15 a 17.
sificador tiene que forcejear, y si tiene éxito, su logro es
auténtico», algo que suscribiría a pies juntillas Enriqueta.
El presidente de la República, Martín Vizcarra, pidió a
Esta última seguramente haría suya esta otra reflexión
las autoridades regionales tomar la educación como el
que aparece en La máscara de Ripley: «Si uno pintaba
estandarte de su Gobierno para realmente transformar
más falsificaciones que cuadros propios, ¿no se converti-
nuestro país.
rían las primeras en algo más natural, más real y auténti-
“No hay otra forma de transformación de un país, de una
co, incluso para uno mismo, que las propias obras?».
sociedad, si no es a través de la educación”, apuntó en la
Porque, ¿acaso no puede lo falso dar tanto placer como
primera sesión ampliada del Directorio de Alta Dirección
un original? ¿No es lo falso a veces más verdadero que lo de Educación 2019. Subrayó que una de las prioridades
auténtico? «¿Y en el fondo, no es el mercado el verdadero del Gobierno es la mejora de la calidad educativa en el
escándalo?», se pregunta Enriqueta, el corazón que hace país; por ello, expresó que las autoridades regionales
latir toda la novela, un personaje delicioso y memorable son un buen complemento para lograr este objetivo.
cuyas reflexiones sobre el mundo del arte atraviesan todo Remarcó que este año se ha priorizado este sector con
el libro como flechas: «Cuando un coleccionista compra un incremento del 11% en su presupuesto, y explicó que
no está comprando arte, está comprando una confirma- durante el período 2012- 2019 la inversión en educación
ción social de su inversión. Paga para estar seguro, y se duplicó.
estar seguro es caro». O esta otra: «A veces me pregunto “Hay mayores recursos, pero tienen que gastarse bien.
si la falsificación no es la única gran obra del siglo XX». Una parte y un porcentaje importante de ellos estarán
dirigidos al factor principal de la educación: el docente”.
Internet: <elmundo.es> (con adaptaciones)
Recordó que una de las principales decisiones del Gobier-
no ha sido luchar de manera firme contra la corrupción,
11. (CEBRASPE-CESPE — 2019) De acuerdo con el texto para lo cual se vienen tomando medidas concretas. No
CB1A4-I, El nervio óptico de María Gainza obstante, enfatizó que para lograr cambios a largo plazo
se debe empezar desde la educación.
a) es una obra de relatos cortos. “Si queremos luchar contra la corrupción es a través de
b) fue un fracaso de crítica. la educación porque no solo debemos ser reactivos. Si
c) aborda la ilegalidad en el mundo de las obras de arte. logramos tener mejores ciudadanos, está asegurado
d) representa una historia familiar bastante común en nuestro futuro”.
sus novelas anteriores.
112 e) narra la historia de una familia de Buenos Aires. (https://elperuano.pe. Adaptado)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para GABRIEL FREITAS - 064.255.671-71, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a
sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
15. (VUNESP — 2019) Cuando se afirma que “no solo 18. (VUNESP — 2019) El título más apropiado para el texto
debemos ser reactivos” se está destacando la necesi- sería:
dad de
a) El suculento negocio de la comida chatarra en México.
a) trabajar con los mejores ciudadanos. b) La mitología mexicana en el imaginario cultural de su
b) aumentar el sueldo de los docentes. pueblo.
c) participar en el Directorio de Alta Dirección. c) El Tratado de Libre Comercio y sus consecuencias
d) duplicar el 11% de inversión en educación. para la economía mexicana.
e) planificar bien las políticas educativas. d) La dura competencia entre México y Brasil en la indus-
tria alimenticia.
16. (VUNESP — 2019) En el segundo párrafo, el “presu- e) Las campañas informativas en la era de la mala ali-
puesto” que menciona el texto se entiende como mentación mundial
a) una idea preconcebida que existe sobre educación.
19. (VUNESP — 2019) Por lo expuesto en el texto, se
b) el monto que el Estado destina a un fin determinado.
entiende que la comida basura
c) el beneficio que trae consigo la buena educación.
d) la valoración del docente como base de la sociedad.
a) forma parte de la base piramidal de la nutrición.
e) el prejuicio que enfrenta el gobierno por corrupción.
b) tiene una estrecha conexión con la mitología maya.
17. (VUNESP — 2019) Observe el siguiente pasaje del segundo c) tiene un valor nutricional que se asemeja al de los
párrafo: “por ello, expresó que las autoridades regionales frijoles.
son un buen complemento para lograr este objetivo”. El pro- d) es de fácil acceso para las familias de menores
nombre “ello” que preside el segmento hace referencia a recursos.
e) ha perjudicado a la economía mexicana.
a) la exclusividad de las autoridades regionales en la apli-
cación de políticas de estado.
b) la cantidad de recursos que se han orientado a educa- 20. (VUNESP — 2019) En el segmento contenido en el pri-
ción entre 2012 y 2019. mer párrafo: “Sin embargo, México se sitúa en los pri-
c) el plazo necesario para que se perciba una mejora en meros puestos en las listas de obesidad y muertes por
la educación del país. diabetes”, la locución “sin embargo” podría ser reem-
d) la importancia que tiene para el gobierno el mejora- plazada por
miento de la educación.
e) las medidas que se han impartido para combatir efec- a) tampoco.
tivamente la corrupción. b) aunque.
c) no obstante.
Leia o texto a seguir para responder às questões 18 a 20. d) por ende.
e) a lo sumo.
La comida está enraizada en lo más profundo de la iden-
tidad mexicana. Tanto, que el maíz aparece en el centro
de las explicaciones mitológicas mayas sobre el origen 9 GABARITO
del hombre. El cultivo de la milpa, la sagrada trinidad for-
mada por el maíz, el frijol y el chile, es la base ancestral 1 B
de una pirámide alimenticia saludable y nutritiva. Sin
embargo, México se sitúa en los primeros puestos en 2 D
las listas de obesidad y muertes por diabetes. La comi-
da chatarra, alimentos prefabricados que rebosan grasa, 3 C
azúcar, sal y componentes químicos, ha ido desplazando 4 A
en los últimos años a los cereales, las legumbres o las
verduras frescas. El Gobierno está intentando cambiar 5 E
los hábitos alimenticos desde campañas informativas al
arma disuasoria de los impuestos. Pero se enfrenta a un 6 D
duro contrincante, la industria de alimentos procesados. 7 E
México es una de las 10 potencias mundiales en comi-
da preparada. Es el primer productor de Latinoamérica, 8 A
por encima de Brasil. El sector en México se embolsó
unos beneficios de 28.300 millones de dólares en 2012, 9 E
doblando la cifra de sus homólogos cariocas. Como cau-
LÍNGUA ESPANHOL
10 B
sa primera de este vigoroso músculo industrial, el estu-
dio apunta al Tratado de Libre Comercio firmado entre EE 11 E
UU y México en 1994.
(...) 12 A
“La comida basura representó el 30% del gasto de una 13 B
familia mexicana durante 2014. Los lugares donde más
se venden este tipo de productos son las pequeñas tien- 14 A
das de ultramarinos o abarrotes, y los consumidores
más afectados los de niveles económicos medio y bajo. 15 E
16 B
(https://elpais.com. Adaptado) 113
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17 D
18 A
19 D
20 C
ANOTAÇÕES
114
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Entre outros elementos, os citados anteriormente
podem auxiliar o leitor a identificar o sentido do texto
com mais precisão, são estes conhecimentos exercita-
dos a partir do estudo do idioma, seja ele de forma
LÍNGUA INGLESA
técnica e instrumental a fim de realizar uma prova ou
em estudos mais aprofundados que têm como objeti-
vo promover a fluência.
O objetivo, ou o propósito, do texto se encontra
em meio à leitura e é possível de se identificar e com-
preender apenas a partir de uma leitura atenta que
COMPREENSÃO DE TEXTOS ESCRITOS
vai além do que está escrito. Bem como mencionado
EM LÍNGUA INGLESA anteriormente, a identificação de quem é o autor e o
narrador, a quem se destina o texto, o contexto nele
IDEIAS PRINCIPAIS E SECUNDÁRIAS, EXPLÍCITAS presente, o assunto tratado e a linguagem empregada,
E IMPLÍCITAS, RELAÇÕES INTRATEXTUAIS E são elementos cruciais para o entendimento do servi-
INTERTEXTUAIS ço a que se presta o texto.
O propósito pode ser relatar um fato, contar novi-
Para realizar uma leitura bem-sucedida em outro dades, listar ou enumerar itens, reportar um crime,
idioma, é preciso estar atento a alguns métodos e expor uma opinião, entre muitas outras possibilida-
recursos capazes de auxiliar a interpretação textual. des que deverão ser observadas no decorrer da lei-
tura. Alguns marcadores como nomes, datas, locais,
Compreensão dados, estatísticas, números em geral, pronomes de
tratamento, podem servir como indicativos do propó-
Compreender é a capacidade de assimilar, inter- sito do texto a partir da percepção do conteúdo pre-
pretar e perceber o significado de algo. Compreender sente e do teor da mensagem encontrada no texto.
um idioma significa entender a coerência das infor-
mações de sua comunicação. O objeto da compreensão z Compreensão Escrita
da língua inglesa pode estar situado em diferentes for- Quando se trata de compreender o sentido lexical,
mas de comunicação, para cada qual existem manei- semântico e gramatical de um texto na língua inglesa,
ras mais apropriadas e adequadas de identificar o utilizamos recursos que partem de princípios simples:
sentido, o propósito, o contexto, o estilo, a técnica e as identificação dos principais elementos do idioma,
informações presentes na mensagem. ainda que partindo de um panorama básico de com-
Ao buscar compreender o sentido e o propósito preensão e fluência no idioma. São eles:
de um texto na língua inglesa, faz-se necessário iden-
tificar elementos chave capazes de sintetizar infor- gramática básica (tempos verbais, adjetivos,
mações, decodificar signos linguísticos, entender a advérbios e pronomes);
semântica, ou seja, o sentido do texto, bem como seu vocabulário básico (substantivos);
propósito. Estes elementos podem estar presentes nos expressões idiomáticas (contexto cultural);
aspectos gramaticais do texto, um dos tópicos essen-
ciais para o estudo da interpretação textual, mas A partir de um breve conhecimento dos itens
podem também ser percebidos no contexto, no recor- mencionados, de maneira geral e simplista, é possí-
te, no tipo de linguagem (formal, informal, técnica vel partir para uma leitura geral do que está escrito e
etc.), no vocabulário utilizado, entre outros elementos compreender a mensagem. É, no entanto, importante
estratégicos para a interpretação correta do texto. ler nas entrelinhas enquanto se decodifica uma men-
Para que o leitor compreenda o sentido do texto, sagem escrita, isso significa ser capaz de identificar o
antes de qualquer leitura direta, é primordial que se gênero textual, o tipo do narrador, o objetivo da men-
faça um processo de escaneamento do texto em bus- sagem e o contexto em que ela está inserida.
ca de palavras-chave e informações que indiquem a z Compreensão Oral
quem o texto se direciona, quem é o autor e seu nar-
rador, a qual categoria textual ele pertence (artigo, Além dos elementos citados anteriormente quanto
crônica, conto, carta, bilhete etc.) e qual o assunto tra- à compreensão escrita, a compreensão oral tem suas
tado. A partir desta coleta de informações, é possível peculiaridades e particularidades dignas de serem enfa-
iniciar a leitura inicial, que irá buscar identificar o tizadas, pois se diferenciam do padrão escrito. Diferente-
sentido do texto. O sentido indica o que o interlocutor mente da comunicação escrita, a fala é uma ação fluida
quer dizer com que propôs escrever. A capacidade de e em constante mudança. A percepção da comunicação
identificar o sentido está intrinsecamente ligada ao oral não apenas de elementos linguísticos, mas do con-
LÍNGUA INGLESA
fect continuous etc..), além do uso correto dos núncia é parte importante da comunicação,
pronomes pessoais, relativos e possessivos, de quando realizada de maneira errada pode con-
conjunções, conectivos, advérbios, adjetivos, fundir o ouvinte e atrapalhar o curso de um
artigos, enfim, de gramática em geral, além de diálogo; diversas palavras da língua inglesa
conteúdo vocabular, auxiliará o autor na cons- possuem similaridades quando escritas, mas
trução do texto no idioma. possuem significados totalmente diferentes
que só são identificados a partir de uma pro-
Além disso, saber escrever em um idioma requer núncia correta. Ex.: sheep (ovelha), ship (navio)
níveis de conhecimento elevados. É, no entanto, pos- e cheap (barato) — são palavras de grafia seme-
sível produzir em diferentes níveis. Um indivíduo lhante, mas são pronunciadas de maneiras
com conhecimento básico do idioma será capaz de diferentes entre si. 117
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Dica Conversas Formais E Informais
A audição está intrinsecamente ligada à fala. Uma das maiores vantagens da comunicação é sua
Bebês, por exemplo, assimilam os sons emiti- fluidez, ela se adapta, se transforma e é utilizada de
dos pelos pais desde o ventre, quando nascem e diferentes maneiras em cada contexto a qual é inse-
começam a emitir seus primeiros sons não ver- rida. Quando em ambientes mais formais, como no
bais é a influência da audição, ou seja, do que meio acadêmico, profissional ou literário, a etiqueta
ouvem a mãe ou o pai falando que conseguem exige certo grau de formalidade para que a comuni-
reproduzir pequenas palavras. O mesmo ocorre cação seja efetiva e as conversas devem seguir um
com o aprendizado de outro idioma, a audição padrão, o padrão da norma culta da língua. Na língua
auxilia a fala e vice-versa. inglesa, alguns indicadores expressam formalida-
de com mais clareza ou evitam que a conversa seja
Adequação Vocabular caracterizada como informal, são eles:
Pronomes de tratamentos adequados: no
Em diversos momentos, na língua inglesa, será ambiente escolar nos EUA, por exemplo, os alunos
necessário adaptar o discurso, a fim de otimizar a for- se referem aos professores como Mr. (senhor), Mrs.
ma de comunicar uma mensagem. A seleção correta (senhora) ou Ms. (senhorita) junto com os seus sobre-
de palavras e expressões que se encaixem melhor no nomes; diferentemente do Brasil, lá a relação entre
contexto da mensagem é primordial e faz parte do alunos e professores exige certo grau de distancia-
processo de adequação vocabular. mento que é estabelecido ao utilizar o pronome de
tratamento adequado.
As mesmas palavras podem expressar diferentes
ideias diante do contexto em que são usadas. A esco-
Ex.: Is Mr. Jones in the principal’s office? (O senhor
lha do vocabulário deve ser definida diante do con-
Jones está na sala do diretor?);
texto proposto, pois cada qual tem a capacidade de
Não utilização de gírias ou expressões colo-
modificar o sentido original ou usual de uma palavra
quiais: algumas expressões indicam o grau
ou expressão. Observe alguns exemplos a seguir:
de intimidade entre dois indivíduos; apelidos,
gírias e expressões coloquiais podem atrapa-
“She was not doing it the right way. She was
lhar a comunicação durante uma conversa cujo
supposed to cook the onions first” (Ela não esta-
contexto é formal e requer um distanciamento.
va fazendo do jeito certo. Ela deveria cozinhar as
Confira a diferença:
cebolas primeiro);
“That was the right way, you just missed the
Ex.: Hey, Luke. What’s up? How’s it going? (Ei,
roundabout!” (Aquele era o caminho certo,
Luke. E aí? Como estão as coisas?) – informal.
você acabou de ultrapassar a rotatória);
Good morning, Mr Hudson. How are you? (Bom
“He had a way with kids, he loved baby-sitting”
dia, senhor Hudson. Como vai você?) – formal.
(Ele era bom com crianças, ele amava ficar de
babá).
Em conversas informais, a comunicação se torna
mais próxima da fala, diferentemente da comunica-
Observe que a palavra way, encaixada em dife- ção formal que se aproxima mais da escrita. O uso
rentes contextos, ganhou diferentes significados. No de expressões, gírias, contrações de palavras, entre
primeiro trecho sobre culinária, way significa “jeito” outros elementos, podem tornar a conversa muito
ou “maneira”; no segundo sobre direção e trânsito, menos complexa e relaxada, pois não exige que as
way adquire o significado de “caminho”; já na terceira regras gramaticais sejam seguidas com tanto afin-
oração, sobre crianças, a expressão to have a way with co, nem mesmo sejam prioridade. As conversas que
(something/someone) significa “ser bom em algo”, “ter temos com nossos amigos, família e pessoas próximas
aptidão para fazer algo”. é sempre marcada por certo grau de intimidade e é
O correto uso vocabular para cada contexto permeada de simplicidade. Ela pode apresentar:
expressa o conhecimento do autor diante daquilo que
se propõe tratar em seu texto. A interlocução preten- Gírias e expressões: muitas delas são construções
dida na produção, por sua vez, trata-se da relação do grupo social em que o indivíduo vive e podem
entre o interlocutor e receptor da mensagem. O públi- estar muito, moderadamente ou pouco presen-
co em questão, ou seja, a quem se destina a mensa- tes na forma de comunicar uma mensagem; elas
gem, deve ser capaz de entender o assunto recortado surgem da oralidade e fazem parte de conversas
pelo autor. De nada adianta ter pleno conhecimento cotidianas; a internet, hoje, também tem um papel
de um assunto e não saber adaptar o discurso em prol importante no surgimento e propagação de novas
do público-alvo da mensagem. gírias e expressões que são incorporadas no voca-
Esta prática muito se assemelha ao trabalho dos bulário, em especial da juventude.
jornalistas que, por vezes, coletam dados completos Ex.: She was all, like, nervous about it so I told
sobre economia e política e precisam adaptar a comu- her to chill and call me asap (Ela estava toda,
nicação e a linguagem, modificando ou substituindo tipo assim, nervosa sobre isso então eu disse
termos difíceis, a fim de transmitir uma notícia para pra ela relaxar e me ligar assim que possível);
uma população leiga no assunto. Este tipo de recur- Apelidos: os apelidos fazem parte da relação
so, faz com que o autor ou emissor da mensagem seja entre as pessoas e podem marcar a forma como
sensato na escolha de palavras e obtenha sucesso na um indivíduo se dirige ao outro, indicando o
comunicação da mensagem que pretende passar. grau de proximidade entre eles; muito comum
entre amigos e familiares, os apelidos são sem-
118 pre informais.
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Ex.: Sis was telling me all about her trip. (Minha — Well... My pants, the ones that go under my trou-
irmã estava me contando tudo sobre sua via- sers. — he explained
gem / Sis – abreviação ou gíria provinda da — Oh, you mean, your underwear? Gosh, that’s em-
palavra sister); barrasing. — she flushed.
Contrações: as contrações de palavras e ver-
bos são muito comumente utilizadas e tem até Tradução:
mesmo sido incorporadas na linguagem for-
mal, por serem muito recorrentes na comuni- — Uau, eu amei suas cuecas novas! Elas são lindas.
cação; mas é sugerido que elas sejam aplicadas Onde você as comprou? — disse a garota americana.
apenas em ambientes informais. — O quê???? — o homem inglês respondeu com
Ex.: They would’ve loved to meet you, I’d bet on uma expressão de surpresa em seu rosto.
it. (Eles teriam amado te conhecer, eu aposto). — Suas cuecas... Por quê? O que há de errado? —
Importante! ela estava de olhos arregalados.
— Ah, você quer dizer minhas calças? Sim, elas são
Entender o ambiente em que se está inserido é ótimas. Eu as comprei na loja no centro da cidade. —
ele finalmente entendeu o que ela quis dizer.
fundamental para adequar aspectos da fala liga-
— Do que você achou que eu estava falando antes?
dos à norma culta ou à informalidade, no entanto,
— ela, por outro lado, ainda estava confusa com a con-
é cada vez mais notável a mesclagem de ambas
versa toda.
as formas de comunicação em determinados — Bem... minhas cuecas, aquelas que vão por
meios, como em igrejas contemporâneas, em reu- debaixo de minhas calças. — ele explicou.
niões de trabalho e em encontros parlamentares; — Ah, você quer dizer sua roupa de baixo? Meu
é, porém, necessário aprender ambas as formas Deus, isso é tão constrangedor. — ela corou.
de comunicação, suas variações e ter bom senso
para saber quando e como usar cada uma delas. No diálogo anterior, há uma clara confusão e difi-
culdade de comunicação por causa de sinônimos que
em outros países possuem diferentes significados para
Sinônimos em Inglês a palavra calças. No inglês britânico, calças é trousers
e roupa íntima é pants; já no inglês americano calças é
O estudo dos sinônimos na língua inglesa requer pants, e underwear é roupa íntima. A confusão reside
muita atenção e cuidado. Por vezes, como na língua na ideia de que os sinônimos dependem inteiramente
portuguesa, os sinônimos podem ser diferentes pala- do contexto em que a palavra se encontra, dependen-
vras que realmente possuem exatamente o mesmo do da cultura, do país, do contexto social, uma palavra
significado, em outros momentos, é possível identifi- será mais adequada para aquela situação ou não.
car diferentes intenções em palavras que se apresen-
tam como sinônimos. Alguns verbos ou phrasal verbs Cognatos
possuem sinônimos que, se utilizados em detrimen-
Cognatos são palavras que possuem a mesma gra-
to de outra palavra, são capazes de modificar a ideia
fia (ou grafia semelhante) e o mesmo significado em
geral de uma oração. É, portanto, primordial ter mui-
dois idiomas. Algumas palavras no inglês são exata-
ta cautela e saber como e quando utilizar este recurso.
mente iguais no português e possuem o mesmo signi-
Um dos recursos ideias para entender essas similari-
ficado, ainda que a sua pronúncia seja diferente. Estas
dades e diferenças é o tesauro (thesaurus), um dicio-
palavras podem facilitar a leitura e a interpretação de
nário desenvolvido para definir a tradução e conceito
texto, pois são exatamente as mesmas.
dos sinônimos de palavras.
Existem, porém, falsos cognatos, palavras que pos-
Apesar de partilharem de um mesmo idioma prin-
suem a mesma grafia ou grafia semelhante a palavras
cipal, os EUA, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, entre
de outro idioma, mas que possuem significados com-
outros falantes da língua inglesa, são países comple- pletamente diferentes. Sendo assim, é preciso ter mui-
tamente diferentes, com sua própria cultura, história to cuidado durante a leitura e examinar o contexto em
e costumes que moldam também sua língua, isso sig- que a palavra está inserida para que se possa inter-
nifica que o inglês de cada país possui suas peculiari- pretar corretamente seu significado. Confira a seguir
dades, diferentes significados, expressões, pronúncias alguns exemplos de cognatos e falsos cognatos.
etc.. Sendo assim, em cada um deles é possível identi-
ficar palavras que são sinônimos entre si, mas que no z Palavras Cognatas
contexto de cada país possui outro significado. Confi-
ra alguns exemplos de sinônimos no diálogo a seguir:
ENGLISH PORTUGUÊS
— Wow, I love your new pants! They are beautiful.
Chocolate Chocolate
LÍNGUA INGLESA
Os substantivos são responsáveis por nomear seres, objetos, lugares, emoções, fenômenos da natureza etc.
Quando vamos aprender outro idioma, os substantivos compõem uma classe de palavras crucial para a cons-
trução de um bom aprendizado, pois, a partir do conhecimento destes, pode-se constituir um vasto vocabulário.
Podemos classificar os substantivos simples em dois grupos: proper nouns (substantivos próprios) e com-
mon nouns (substantivos comuns).
Tipos de Substantivos
z Proper Nouns
Os proper nouns referem-se ao que conhecemos na língua portuguesa como “nomes próprios” ou “substantivos
próprios”. Desse modo, nomeiam, de modo específico, pessoas, pontos turísticos, instituições, marcas e organiza-
ções. Entretanto, há uma diferença interessante entre os substantivos próprios das línguas inglesa e portuguesa:
a primeira também considera nome de dias, meses, nacionalidades, idiomas e títulos como proper nouns.
EXEMPLOS: SIGINIFICADOS:
z Common Nouns
Os common nouns, como o próprio nome indica, nomeiam as coisas e os objetos em geral. Além disso, podem
fazer referência a objetos físicos, subjetivos, abstratos, contáveis, incontáveis, compostos ou não. Observe os
exemplos em suas diferentes categorias:
Tree Árvore
Leaf Folha
Flower Flor
Grass Grama
Dirt Terra
Chair Cadeira
Fantasy Fantasia
LÍNGUA INGLESA
Armor Armadura
Bee Abelha
Dream Sonho
Kennel Canil
People Pessoas
Shoal Cardume
Herd Manada
Grove Arvoredo
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ABSTRACT (ABSTRATOS) SIGNIFICADO
Love Amor
Hate Ódio
Encouragement Encorajamento
Kindness Bondade
Spirit Espírito
Table Mesa
Pencil Lápis
Pillow Travesseiro
Door Porta
Pen Caneta
Bread Pão
Water Água
Advice Conselho
Information Informação
Rice Arroz
Scuba-diving Mergulho
Stepson Enteado
Newsstand Banca de jornal
Train station Estação de trem
Rollercoaster Montanha Russa
z Compound Nouns
Os compound nouns, por sua vez, são ‘’substantivos que se formam através da junção de duas ou mais palavras
diferentes, envolvendo diferentes classes morfológicas ou não’’ (Campos, 2010, p.33). Por exemplo:
Diferentemente da língua portuguesa, na qual as terminações dos substantivos podem indicar o gênero a que
se referem na oração (rico/rica, estressado/estressada, ocupado/ocupada), em inglês, os substantivos não possuem
gênero gramatical. Porém, vale ressaltar que, em alguns casos, existem algumas mudanças nos substantivos para
indicar o gênero em.
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Confira:
Há, também, substantivos diferentes que serão usados para representar uma pessoa do sexo feminino e uma
pessoa do sexo masculino:
Os demais substantivos da língua inglesa são neutros, ou seja, podem representar qualquer sexo ou gênero:
MALE/FEMALE MASCULINO/FEMININO
Lawyer Advogado(a)
Doctor Médico(a)
Employee Funcionário(a)
Teacher Professor(a)
Importante!
Note que, nem sempre, haverá substantivos com formas distintas para cada gênero. Portanto saiba que a
língua inglesa age, muitas vezes, de forma neutra com relação à questões linguísticas de gênero, ou seja, não
faz distinção entre gêneros (masculino, feminino etc.).
Quanto ao plural dos substantivos em inglês, é preciso observar algumas regras e exceções com relação ao
sufixo ou às terminações de cada palavra.
Como regra geral, da mesma forma que na Língua Portuguesa, deve-se acrescentar -s ao final da palavra:
Acrescenta-se -es ao fim da palavra, no caso de palavras terminadas em –s/ss, –ch, –sh, –x, –z e –o, para que ela
se torne plural.
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SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO
No caso de substantivos terminados em -y precedido por uma vogal, basta acrescentar -s.
No entanto, no caso de substantivos terminados em -y precedido por uma consoante, é preciso retirar o -y e
substituí-lo por -ies.
Quanto à palavras terminadas em -f ou -fe, é necessário tirar -f ou -fe e substituí-los por –ves.
Importante!
Há exceções para essa regra!
As palavras roof (telhado), chief (chefe) e handkerchief (lenço) ganham somente -s no plural (Campos, 2010).
Em outros casos, os substantivos são irregulares, ou seja, tornam-se outra palavra ao serem passados para o
plural.
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Veja alguns exemplos:
Ox Oxen Boi/bois
Também são considerados substantivos irregulares aqueles que se mantêm da mesma forma independente-
mente de sua colocação no singular ou plural. São alguns exemplos:
SINGULAR/PLURAL TRADUÇÃO
Sheep Ovelha/ovelhas
Fish Peixe/peixes
Species Espécie/espécies
Deer Alce/alces
Glasses Óculos
News Notícia
O plural de substantivos compostos varia de acordo com o tipo de nome que os compõe. Se o segundo nome
for contável, ele passa para o plural. Ex.: health centers (centros de saúde), police stations (postos policiais), post
offices (agência de correios) (Collins, 2017).
No caso de substantivos compostos relativos a phrasal verbs (verbos frasais), deve-se acrescentar -s ao final.
Ex.: cover-ups (encobrimentos) e show-offs (exibicionistas).
No caso de substantivos compostos por um nome contável e um advérbio, o nome contável passará ao plural.
Ex.: passers-by (transeuntes) e runners-up (vice-campeões).
Por fim, no caso de compostos ligados por preposições in, of ou seguidos por to-be, o primeiro substantivo pas-
sa ao plural. Ex.: birds of prey (aves de rapina), sons-in-law (enteados), mothers-to-be (futuras mães) (Collins, 2017).
REFERÊNCIAS
CAMPOS, T. G. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 2010. Disponível em: https://middleware-
-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
COBUILD, C. English Grammar. 4. ed. Glasgow: Harper Collins Publishers, 2017.
PRONOMES
LÍNGUA INGLESA
Os pronomes são palavras que podem substituir o nome de um lugar, uma pessoa, um objeto, um animal etc.
em orações. Na língua inglesa, temos algumas classificações específicas para cada grupo. Confira a seguir.
Os subject pronouns podem ser definidos como palavras que indicam pessoas, lugares, objetos, animais, entre
outros. São pronomes que representam os sujeitos (que realizam a ação) nas orações.
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Na tabela abaixo, observe seu uso e exemplos:
a primeira pessoa do singular “I” (eu) deve ser escrita sempre em letra maiúscula, seja no início de uma
frase ou não (Campos, 2010);
“You” (tu, você, vós, vocês) é o pronome que utilizamos na intenção de dirigir a palavra a alguém, formal
ou informalmente, não há essa diferenciação (Campos, 2010);
“He”(ele) e “she”(ela) podem ser utilizados para se dirigir a animais de estimação, porém, trata-se de um
caso facultativo (Campos, 2010);
“It” é um pronome neutro utilizado para se referir a objetos, animais, indivíduos de sexualidade não biná-
ria e bebês de sexo ainda indefinido na barriga da mãe. Não existe tabu na língua inglesa ao se referir a
uma pessoa ou a um bebê como “it”.
São pronomes que sofrem a ação expressa na oração, atuando como um objeto, de modo a evitar repetições
desnecessárias. Geralmente são utilizados logo após o verbo ou uma preposição (Campos, 2010).
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Possessive Pronouns (Pronomes Possessivos)
Os pronomes possessivos expressam pertencimento de algo a alguém. No caso da língua inglesa, existem dois
grupos de possessivos, os possessive adjectives e os possessive pronouns. Vejamos, por ora, o caso dos pronomes
possessivos cuja função é substituir o nome próprio ao final da oração, como objeto da oração, sem qualquer
flexão de número ou grau.
São pronomes empregados quando o próprio sujeito sofre ação da oração, a ação que ele produz “reflete” de
volta ao sujeito.
I checked it myself.
MYSELF A mim, a mim mesmo, -me
Eu mesmo chequei.
para demonstrar que a ação executada pelo verbo reflete para o próprio sujeito;
para dar ênfase a quem executou determinada ação, conforme vimos no exemplo da 1ª pessoa do singular:
“I checked it myself.” (Eu mesmo chequei);
para demonstrar que o sujeito executou uma ação sozinho, sem ajuda de terceiros, conforme o exemplo
exposto na 3ª pessoa do singular masculina: “He learned how to play the guitar by himself.” (Ele aprendeu
como tocar violão sozinho.). 127
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Importante!
Note que para expressar a ação realizada “sozinho(a)”, empregamos a preposição “by” (por).
“She did the homework all by herself.” (Ela fez a tarefa de casa toda sozinha.)
Os pronomes demonstrativos são usados para localizar o objeto de uma oração no espaço ou tempo, esteja
ele próximo ou não. São eles:
PRONOME PRONOME
DEMONSTRATIVO SIGNIFICADO DEMONSTRATIVO SIGNIFICADO
(SINGULAR) (PLURAL)
•We really need this money! (Nós realmente precisamos deste dinheiro!);
They should see these flowers. (Eles deveriam ver estas flores).
Note que, em ambos os casos, os pronomes mencionam objetos mais próximos ao locutor.
Helen will show us that beautiful painting. (Helen vai nos mostrar aquela linda pintura);
How much for those pants? (Quanto custam aquelas calças?).
Os pronomes relativos são usados para indicar relação entre partes da oração.
Relativos a pessoas: who (quem – sujeito), whom (quem – objeto), whose (cujo(a), cujos(as)) e that (que) (CAM-
POS, 2010, p.87). Veja exemplos:
He is the teacher who got arrested. (Ele é o professor que foi preso);
The man whom you called is my husband. (O homem a quem você ligou é meu marido);
Is this the girl whose house was robbed? (Esta é a garota cuja casa foi roubada?);
I never knew that you sang. (Eu nunca soube que você cantava).
Relativos a coisas e animais: which (que, qual, quais) e whose + substantivo (de quem) (CAMPOS, 2010, p.87).
Veja exemplos:
This is the bus which takes me home. (Este é o ônibus que me leva para a casa);
The image at which you are looking was photographed by a friend of mine. (A imagem para a qual você está
olhando foi fotografada por um amigo meu);
Whose coat is that? (De quem é aquele casaco?).
Relativos a lugar: where (onde). Veja um exemplo:
This is the place where I found my puppy. (Este é o lugar que encontrei meu filhote).
Os pronomes indefinidos, por sua vez, são usados para identificar um substantivo em um sentido não especí-
fico. São frequentemente usados para descrever um substantivo com um elemento de incerteza, ou seja, sem, de
128 fato, especificar a qualidade do pronome ou substantivo a que se refere. Observe a tabela com alguns exemplos:
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ANY SOME EVERY NO
Do you have any There should be some She knows every single
I have no idea.
advice? information here. room.
Exemplos: (Eu não tenho [ne-
(Você tem algum (Deve haver alguma in- (Ela conhece todos os
nhuma] ideia.)
conselho?) formação aqui.) quartos.)
Nada, nenhuma
Qualquer coisa, nada Alguma coisa Tudo, todas as coisas
coisa
I have nothing to
Didn’t you buy any- There is something
Everthing is going to be talk with you. (Eu
thing for dinner? wrong with my cellphone.
Exemplos: alright. (Tudo vai ficar não tenho nada
(Você não comprou (Há algo de errado com
bem.) para falar com
nada para o jantar?) meu celular.)
você.)
Any é um prefixo utilizado em orações interrogativas quando se espera uma resposta negativa, orações
negativas (na presença de outra estrutura negativa) e afirmativas com o significado de “qualquer”;
Some é um prefixo utilizado somente em orações afirmativas e interrogativas, expressando convites e
oferecimentos;
No é um prefixo estritamente negativo e não deve NUNCA ser utilizado se já houver uma negação na frase.
LÍNGUA INGLESA
Exemplo: “I don’t have no money to buy food.” (Eu não tenho nenhum dinheiro para comprar comida.)
O correto seria: “I have no money to buy food.” Ou “I don’t have any money to buy food.”
Os pronomes interrogativos são elementos linguísticos usados em perguntas mais amplas, conhecidas como
elementos de “WH-questions”, quando se espera por respostas que não se restrinjam a “sim” ou “não” e/ou respos-
tas com substantivos. Observe a seguir:
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PRONOME INTERROGATIVO PERGUNTA RESPOSTA
Where have you been? I’ve been jogging at the park. (Estive
Where (onde, aonde)
(Onde você esteve?) correndo no parque?)
Whose car is that? (De quem é aque- That is John’s car. (Aquele carro é do
Whose (de quem)
le carro?) John.)
When did you go there? I went there last week. (Eu fui lá se-
When (quando)
(Quando você foi lá?) mana passada)
Which ice cream flavour do you like? I like vanilla ice cream! (Eu gosto de
Which (qual)
(Qual sabor de sorvete você gosta?) sorvete de baunilha!)
A partir dos exemplos, é possível observar que, no caso dos pronomes interrogativos, a resposta sempre envol-
ve um nome/substantivo, ainda que de modo oculto ou subentendido. Os pronomes interrogativos jamais refe-
rem-se às circunstâncias ou razões.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, T. G. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa, 2010. Disponível em: https://middleware-
-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
TEMPOS VERBAIS
O estudo dos tempos verbais na língua inglesa é um dos mais importantes tópicos a se abordar, para uma
maior compreensão técnica do idioma. Diferentemente da língua portuguesa, o inglês possui poucos tempos ver-
bais que, em suma, possuem características e conjugações simples e semelhantes, o que facilita os estudos.
Cada tempo verbal possui usos específicos e características únicas que devem ser exploradas durante o apro-
fundamento no conhecimento sobre a língua.
Dica: quando se utiliza da palavra “simples” em um tempo verbal, é importante saber que essa conjugação
envolverá somente um verbo principal.
O presente simples é utilizado para expressar ações que acontecem no momento presente, tais como ações
habituais, referência a eventos futuros, declarações e verdades universais (CAMPOS, 2010, p. 143). Exemplos:
130
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Affirmative Forms (Formas Afirmativas)
O presente simples em inglês possui uma divisão simples entre os pronomes: os pronomes da terceira pessoa
do singular se enquadram em uma categoria e os demais, em outra.
No geral, o padrão de conjugação no presente simples se estabelece retirando o to do verbo no infinitivo em
todos os casos. Exemplo:
To eat (comer):
I eat bread (Eu como pão).
Observe que o to atua para colocar o verbo no infinitivo. Ou seja, ele remete aos sufixos ar, er, ir e or (andar,
correr, sorrir, compor) e foi removido para realizar a conjugação de acordo com o pronome em questão. Se não
removêssemos o to, nosso exemplo ficaria, em português: “Eu comer pão”. Agora observe o seguinte exemplo:
To love (amar):
I love to eat bread (Eu amo comer pão).
Quando utilizarmos mais de um verbo na oração, o to aparecerá a partir do segundo verbo exposto, pois ele
entrará no infinitivo. Sem ele, nossa frase ficaria “eu amo como pão”, o que não faz sentido algum em nenhum
dos idiomas.
Esta regra se aplica a seguinte lista de pronomes (veja como exemplo a conjugação do verbo citado
anteriormente):
TO EAT SIGNIFICADO
He eats bread.
Ele come pão;
He/She/It (ele, ela) She eats bread.
Ela come pão.
It eats bread.
Observe que, no caso dos pronomes na terceira pessoa do singular — he, she e it —, a conjugação ocorrerá de
modo diferenciado. Aos verbos que acompanham estes pronomes, acrescenta-se os sufixos -s, -es ou -ies.
Verbos terminados em consoantes, de forma geral, apresentam terminação padrão s, como é o caso do verbo
to drink (beber), to play (jogar) e to speak (falar). Veja:
TO DRINK SIGNIFICADO
No caso de verbos terminados em x, ch, s, ss, sh, o e z, acrescentamos -es, como no caso do verbo to finish
(terminar). Considere the homework como “lição de casa”:
TO FINISH SIGNIFICADO
LÍNGUA INGLESA
She (ela) She finishes the homework. Ela termina a lição de casa.
It (ele, ela, neutro) It finishes the homework. Ele(a) termina a lição de casa.
Dica
Mnemônico para auxiliar:
O SHampoo aZul da Xuxa é CHeiroSo. 131
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Já no caso de verbos com terminados em y e precedidos por uma consoante, como em to study (estudar), to
fly (voar) e to cry (chorar), removemos o y e acrescentamos o -ies. Veja o exemplo:
TO STUDY SIGNIFICADO
Há também uma regra determinada para o verbo to have (ter). Na terceira pessoa do singular, ele deixa de ser
have e passa a ser conjugado como has. Exemplo:
TO HAVE SIGNIFICADO
She (ela) She has to study math. Ela tem que estudar matemática.
It (ele, ela, neutro) It has to study math. Ele(a) tem que estudar matemática.
Note, mais uma vez, que o to apareceu entre os verbos has e study, pois a intenção foi expressar o segundo no
infinitivo: “Ela tem que estudar matemática”.
Observe a frase:
“I have to study math.” (Eu tenho que estudar matemática.).
Através da conceituação de forma verbal enfática, sabemos que, se o sujeito da oração precisasse enfatizar o
quanto precisa estudar matemática, ele poderia fazer uso do verbo auxiliar do, derivado de to do, que significa
“fazer, executar”. Ficaria então:
“I do not have to study math.” (Eu não tenho que estudar matemática.).
Contraindo essa soma do+not, temos don’t. Portanto, “I don’t have to study math”.
Veja mais exemplos para os demais sujeitos:
Conforme vimos anteriormente, verbos terminados em o, na terceira pessoa do singular, ganham -es ao final,
o que aconteceu com o verbo do no início da frase. Como esse verbo auxiliar apareceu primeiro na oração, que
é negativa, e já sofreu a alteração que indica 3ª pessoa do singular, o verbo to have não precisa ser alterado
novamente.
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Interrogative Forms (Formas Interrogativas)
Quando há intenção de se fazer uma pergunta na língua inglesa — com exceção do verbo to be, que veremos
logo mais —, o auxiliar sempre virá antes do sujeito e do verbo principal da frase. Além disso, a formulação de
perguntas em inglês sem utilização de pronomes interrogativos (what, when etc.), culminam em respostas afirma-
tivas ou negativas. Observe:
Interrogative (Interrogativa):
“Do you have to study math?” (Você tem que estudar matemática?);
Answer (Resposta):
“Yes, I have to study math.”; ou “No, I don’t have to study math.” (Sim, eu tenho que estudar matemática.;
Não, eu não tenho que estudar matemática.).
É quando há necessidade de conferir uma negação prévia ou quando já se sugere que virá uma resposta nega-
tiva para a pergunta. Veja alguns exemplos:
Observe que, para concordar que a ação não é realizada, fazemos uso do no e do don’t/doesn’t. “Yes, I don’t eat
bread” configura erro.
O mais temido e conhecido verbo de todos que já se introduziram no aprendizado da língua inglesa: o verbo to
be, que expressa em inglês “ser” e “estar”. Neste caso, abandonaremos por completo o uso dos auxiliares do e does,
LÍNGUA INGLESA
pois o sentido de to be no presente simples não “executa” algo, apenas “é” ou “está” de algum modo.
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z Affirmative and Negative + Contractions (Afirmativos e Negativos + Contrações)
You are – You’re Você é/está You are not – You aren’t Você não é/está
She is – She’s Ela é/está She is not – She isn’t Ela não é/está
We are – We’re Nós somos/estamos We are not – We aren’t Nós não somos/estamos
You are – You’re Vocês são/estão You are not – You aren’t Vocês não são/estão
They are – They’re Eles são/estão They are not – They aren’t Eles não são/estão
Muitos já viram, na literatura, a conjugação negativa do verbo to be como, por exemplo, “He’s not”, “You’re
not” ou “They’re not”. Desta forma também está correto. Porém, esse not isolado acontece para enfatizar a negação
daquele estado. Por exemplo:
“She isn’t hungry” (ela não está com fome) transmite uma mensagem um sutilmente diferente de “She’s not
hungry” (ela não está com fome).
Agora, note como ocorre a inversão entre o sujeito e o verbo na conjugação interrogativa. Considere a como
“um(a)” e student como “estudante”:
Ele não é um
Is he a student? Ele é um estudante? Is not he a student? Isn’t he a student?
estudante?
*Note que a conjugação para a primeira pessoa do singular é diferente das demais quando se trata de uma
interrogativa negativa. O segundo caso, “aren’t I”, é usado em contextos mais informais ou como question tags.
O uso do presente contínuo, também conhecido por presente progressivo (present progressive), é utilizado
para expressar ações que se iniciam no presente e seguem continuamente, ações temporárias, ações planejadas
e certas para o futuro e ações repetidas (Campos, 2010). Orações no presente contínuo normalmente contam com
advérbios como now (agora), at this moment (neste momento), today (hoje), etc.
Sua estrutura, obrigatoriamente, necessita do conhecimento do verbo to be. Somado a ele, adiciona-se um ver-
bo de ação no gerúndio, caracterizado na língua inglesa pelo sufixo -ing, a fim de expressar uma ação contínua.
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Observe:
He is working
Acrescenta-se -ing ao verbo principal sem alterar sua grafia na maioria das vezes. Contudo, há exceções (Cam-
pos, 2010):
verbos terminados em e, substitui-se a vogal por -ing: to make — making (fazer — fazendo); com exceção
do verbo to be, ficando apenas being;
verbos terminados em consoante + vogal + consoante, cuja última sílaba seja tônica, duplicamos a última
consoante e acrescentamos -ing: to travel — travelling (viajar — viajando);
porém, verbos terminados em w ou x, somente recebem o -ing: to snow — snowing (nevar — nevando); to
relax — relaxing (relaxar — relaxando);
e caso a sílaba tônica não seja a última, apenas acrescentamos -ing: to open – opening (abrir – abrindo);
verbos terminados em ie, substitui-se por -ying: to lie — lying (mentir — mentindo).
O presente perfeito é um tempo verbal da língua inglesa que não encontra equivalente em português, sendo
assim um dos tempos verbais mais complexos de se entender do idioma. Porém, entender sua estrutura e propó-
sito facilitam a compreensão de quem estuda inglês. Apesar de ser similar ao passado simples quando traduzido
literalmente, o presente perfeito serve para expressar ações no tempo passado de modo indeterminado, ou seja,
que não precisam necessariamente ter menção de tempo.
No passado simples, as ações ocorrem e terminam no passado e isto é comumente expresso com alguns advér-
bios de tempo e palavras e expressões de tempo como last week (semana passada), yesterday (ontem), at 3 o’clock
(às 3 horas), before lunch (antes do almoço), two months ago (há dois meses), entre outros.
O presente perfeito, por outro lado, é utilizado quando a ação a ser reportada é mais importante do que quan-
do ela ocorreu no passado, ou seja, sem indicação temporal. Além disso, para expressar acontecimentos passados
por esse tempo verbal, devem haver consequências ou repercussões no tempo presente. Sua estrutura se baseia
no verbo auxiliar have, seguido de um verbo no particípio. Confira:
No caso dos sujeitos I, you, we e they utilizamos o verbo auxiliar have, e, no caso dos sujeitos he, she e it, usamos has,
que é sua conjugação base no presente. E é por este motivo que este tempo verbal leva o nome de presente perfeito.
Observe que o verbo no particípio no exemplo anterior é o verbo irregular to be. Os verbos irregulares no
passado, também serão irregulares no particípio. Os verbos regulares mantêm a sua estrutura do passado
simples mesmo quando conjugadas no particípio. Veja:
LÍNGUA INGLESA
O verbo to talk (conversar) é um verbo regular e, portanto, assume sua forma no particípio de maneira idên-
tica à sua forma no passado simples: talked.
Em frases negativas no presente perfeito, é o verbo auxiliar que fica negativo. Soma-se o not ao have ou ao
has, podendo vir contraído como haven’t ou hasn’t. 135
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She hasn’t called me to explain it (Ela não me ligou para explicar);
They haven’t started the monthly planning (Eles não começaram o planejamento mensal);
It hasn’t made any sense to me (Isso não fez nenhum sentido para mim).
Haven’t you considered joining the army? (Você não considerou se juntar ao exército?);
Has he lost his mind? (Ele perdeu a cabeça/ficou louco?);
Has Jenna commented anything? (Jenna comentou alguma coisa?).
Alguns advérbios de frequência são utilizados juntamente ao presente perfeito para indicar ações que já ocor-
reram ou não em algum momento na vida, sem a necessidade da incidência de tempo. São eles: ever (já), already
(já), never (nunca) e yet (ainda, já). Eles são colocados logo após o verbo auxiliar, salvo pelo yet que deve sempre
estar ao fim da oração. Observe alguns exemplos:
She has never been to another country (Ela nunca esteve em outro país);
I have already made many mistakes (Eu já cometi muitos erros);
Have you ever had alcohol? (Você já ingeriu álcool?);
They haven’t decided anything yet (Eles não decidiram nada ainda).
Quando nos referimos ao presente perfeito contínuo da língua inglesa, falamos de um tempo verbal usado
para expressar ações que se iniciaram no tempo passado (sem incidência de tempo exata) que continuam e reper-
cutem até o tempo presente, também podendo indicar mudanças de estado e comportamento. Observe a seguir:
VERBO TO BE VERBO
SUJEITO COMPLEMENTO TEMPO
AUXILIAR (PARTICÍPIO) (GERÚNDIO)
Note que é necessário acrescentar o verbo to be no particípio e complementar com um verbo no gerúndio, que
é o verbo responsável pela ideia de continuidade temporal na oração, marcado pelo sufixo -ing (work — working).
Como você pode observar, o presente perfeito contínuo não pode ser traduzido de forma literal pois não pos-
suímos um equivalente a ele na língua portuguesa. Isso porque, quando queremos dizer que alguém ainda hoje
realiza uma ação que realizava no passado, usamos o presente simples. Exemplo: ele joga tênis desde os 12 anos.
No inglês, isto se dá de forma diferente por conta da compreensão de que a ação de jogar o esporte se iniciou
no passado, mas segue ocorrendo até o presente como uma ação contínua (ele ainda está jogando). Observe como
esta mesma oração ficaria em inglês:
Apesar de não existir incidência de tempo de modo exato, como dia da semana ou a hora, no presente perfeito
contínuo há, sim, incidência de tempo de modo mais amplo, como idade, ano, mês ou alguns advérbios de tempo
e frequência (recently — recentemente; lately — atualmente; etc.).
Dica
Diferença entre Present Perfect e Present Perfect Continuous:
� Present Perfect: demonstra uma ação que se iniciou no passado, durou por algum tempo e se encerrou
ainda no passado, mesmo que algumas consequências dessa ação ainda repercutam no presente;
� Present Perfect Continuous: demonstra uma ação que se iniciou no passado e continua acontecendo até
o tempo presente.
O passado simples da língua inglesa é utilizado para expressar ações e hábitos realizados e finalizados no tempo
passado. Ao utilizarmos este tempo verbal, devemos ter em mente dois conceitos importantes: o uso do verbo auxiliar
did (passado do verbo auxiliar do) e a existência de dois grupos de verbos no passado (regulares e irregulares).
Os verbos regulares no passado possuem uma terminação padrão, veja as regras e alterações:
I studied at a public Eu estudei em uma esco- Didn’t she finish high Ela não terminou o ensi-
school. la pública. school in January? no médio em janeiro?
You worked really hard! Você trabalhou duro! Didn’t we start a new Nós não começamos um
business course? novo curso de negócios?
She finished high school Ela terminou o ensino
in January. médio em janeiro. Didn’t you cry the whole Vocês não choraram
movie? durante o filme todo?
We started a new busi- Nós começamos um
ness course. novo curso de negócios. Didn’t they try to convince Eles não tentaram con-
her of the truth? vencê-la da verdade?
You cried the whole Vocês choraram durante
movie. o filme todo. Quando nos referimos aos verbos irregulares do
They tried to convince her Eles tentaram convencê- passado, não podemos definir nenhuma regra espe-
of the truth -la da verdade. cífica para identificá-los, mas podemos memorizar as
exceções para melhor nos comunicarmos em inglês.
Observe agora as mesmas frases negativas, quando Confira a seguir uma tabela de verbos irregulares
se faz necessário o uso do verbo auxiliar do passado para exemplificar:
did + not, costumeiramente contraído para didn’t. Note
que o verbo retorna ao seu estado original infinitivo. VERBO
VERBO NO
IRREGULAR TRADUÇÃO
INFINITIVO
I didn’t study at a public Eu não estudei em uma NO PASSADO
school! escola pública. To eat Ate Comer/comeu
You didn’t work really To come Came Vir/veio
Você não trabalhou duro!
hard!
Partir, sair, dei-
She didn’t finish high Ela não terminou o ensi- To leave Left xar/Partiu, saiu,
school in January. no médio em janeiro. deixou
We didn’t start a new Nós não começamos um Entender/
business course. novo curso de negócios. To understand Understood
entendeu
You didn’t cry the whole Vocês não choraram To say Said Dizer/disse
movie. durante o filme todo.
To send Sent Enviar/enviou
They didn’t try to convin- Eles não tentaram con-
LÍNGUA INGLESA
Emprestar (a)/
To lend Lent
Did I study at a public Eu estudei em uma esco- emprestou (a)
school? la pública?
Colocar, pôr/
To put Put
Did you work really hard? Você trabalhou duro? Colocou, pôs
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VERBO She was
VERBO NO
IRREGULAR TRADUÇÃO not sick. / Wasn’t she
INFINITIVO
NO PASSADO She was She wasn’t Was she sick?
sick. sick. sick?
To drive Drove Dirigir/dirigiu
Ela estava Ela estava Ela não
To take Took Levar/levou
doente. Ela não doente? estava
Manter, guar- estava doente?
To keep Kept dar/Manteve, doente.
guardou
It was not Wasn’t it
Was it
Acordar/ It was sick. sick. / It sick?
To wake up Woke up sick?
acordou wasn’t sick.
Ele(a)/
Pegar, conse- Ele(a)/
isso estava Ele(a)/isso Ele(a)/isso
To get Got guir/Pegou, isso estava
doente. não estava não estava
conseguiu doente?
doente. doente?
To bring Brought Trazer/trouxe We were
We were not sick. / Were we Weren’t we
Comprar/
To buy Bought sick. We weren’t sick? sick?
comprou
sick.
To sell Sold Vender/vendeu Nós es- Nós es- Nós não
távamos Nós não távamos estávamos
doentes. estávamos doentes? doentes?
Sendo assim, quando a intenção for trazer nos- doentes.
so exemplo do presente simples ao passado simples,
temos: You were
You were not sick. / Were you Weren’t you
sick. You weren’t sick? sick?
I eat bread (Eu como pão);
sick.
I ate bread (Eu comi pão). Vocês Vocês Vocês não
estavam Vocês não estavam estavam
Verbo “To Be” — Past (Passado) doentes. estavam doentes? doentes?
doentes.
Considere sick como “doente” para compreender
They were
nossos exemplos: not sick. / Weren’t
They were Were they
They we- they sick?
sick. sick?
z Affirmative, Negative, Interrogative and Inter- ren’t sick.
rogative Negative Forms (Formas Afirmativa, Eles(as)
Eles es- Eles es-
Negativa, Interrogativa e Interrogativa Negativa) Eles(as) não es-
tavam tavam
não es- tavam
doentes. doentes?
tavam doentes?
doentes.
I was not
Wasn’t I
sick. / I
I was sick. Was I sick? sick? Past Continuous (Passado Contínuo)
wasn’t sick.
Eu estava Eu estava Eu não O uso do passado contínuo é utilizado para expres-
Eu não
doente. doente? estava sar ações que se iniciam no passado e seguiram con-
estava
doente? tinuamente nele ou que aconteceram enquanto outro
doente.
fato ocorria, paralelamente no passado.
Para utilizar o passado contínuo é preciso utilizar
You were
not sick. / Weren’t you o to be, também no tempo passado. Separaremos os
You were Were you sujeitos em dois grupos para conjugarmos o verbo ser
You weren’t sick?
sick. sick? e estar no tempo passado na afirmativa:
sick.
Você não
Você esta- Você esta-
Você não estava
va doente. va doente? VERBO PRIN-
estava doente?
SUJEITO VERBO TO BE CIPAL + COM-
doente.
PLEMENTO
He was not
Wasn’t he I was working
He was sick. / He Was he
sick?
sick. wasn’t sick. sick?
Ele não She was working
Ele estava Ele não Ele estava
estava
doente. estava doente?
doente? We are working
doente.
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Veja exemplos:
Luke was playing with Jimmy. (Luke estava brincando com Jimmy);
You weren’t doing it correctly. (Você não estava fazendo corretamente);
Were they working abroad? (Eles estavam trabalhando no exterior?);
Wasn’t she travelling with you? (Ela não estava viajando com você?).
O passado perfeito é utilizado para expressar a ordem cronológica de ações ocorridas no passado. Em uma
linha do tempo, a frase expressa neste tempo verbal pode ser entendida como a primeira ação realizada no
passado, ou seja, a mais antiga. A ação em questão é mais importante do que o tempo exato em que ela ocorreu
no passado, ou seja, não há indicação temporal específica, apenas uma indicação de uma ordem cronológica de
acontecimentos relevantes para a narrativa do interlocutor.
Sua estrutura se baseia no verbo auxiliar had seguido de um verbo no particípio e seu respectivo complemen-
to. Confira:
É possível que a oração no passado perfeito venha seguida de uma oração complementar no passado simples,
para indicar a ação que ocorreria a seguir, a partir da palavra when (quando). Por vezes, a oração no passado
perfeito acompanha o advérbio already (já). Confira:
She had already eaten when we arrived home with pizza (Ela já tinha comido quando nós chegamos em casa
com pizza).
Observe que, na oração anterior, a primeira parte, identificada como passado perfeito, expressa uma ação que
já havia acontecido antes da oração em passado simples.
Ainda que as ações na oração estejam invertidas, o tempo verbal marca a ordem cronológica dos acontecimen-
tos e o past perfect sempre será a ação mais antiga:
When we arrived home with pizza, she had already eaten (Quando nós chegamos em casa com pizza, ela já
tinha comido).
Note que, assim como no presente perfeito, alguns advérbios de frequência são utilizados no passado perfeito
para indicar ações que já ocorreram ou não em algum momento na vida. São eles: ever, already, never e yet. Eles
são colocados logo após o verbo auxiliar, salvo pelo yet que, como já vimos, deve sempre estar ao fim da oração.
Observe alguns exemplos:
She had never been to another country (Ela nunca tinha estado em outro país);
I had already made that mistakes (Eu já tinha cometido aquele erro);
Had you ever had Thai food before this? (Você já tinha comido comida tailandesa antes disso?);
They hadn’t decided anything yet (Eles não tinham decidido nada ainda).
Importante!
O Past Perfect expressa ações no pretérito, que não são contínuas, ou seja, foram eventos únicos, que se ini-
ciaram e se finalizaram, antes de um determinado momento ou de uma segunda ação também no passado.
Veja uma linha do tempo:
LÍNGUA INGLESA
When our grandpa decided to order pizza (2), we had already had dinner (1).
(Quando nosso avô decidiu pedir pizza, nós já tínhamos jantado).
Observe que, ainda que a ordem da oração se altere e a oração no tempo do passado perfeito em inglês esteja
posta após a oração no passado simples, ainda assim, a oração no past perfect sempre irá expressar a ação
mais antiga. 139
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Past Perfect Continuous (Passado Perfeito Contínuo)
O passado perfeito contínuo da língua inglesa é um tempo verbal usado para expressar ações que se iniciaram
no tempo passado, antes de outra ação também no passado, e que continuaram ocorrendo dentro de um deter-
minado tempo de forma contínua, repercutindo até um determinado momento ainda no pretérito. Esse tempo
verbal também pode indicar mudanças de estado e de comportamento. Observe a seguir:
VERBO TO BE VERBO
SUJEITO COMPLEMENTO TEMPO
AUXILIAR (PARTICÍPIO) GERÚNDIO
Note que é necessário acrescentar o verbo to be no particípio e complementar com um verbo no gerúndio, que é o
verbo responsável pela ideia de continuidade temporal na oração, marcado pelo sufixo -ing (work — working). Como
você pode observar, o passado perfeito contínuo não pode ser traduzido de forma literal, pois não possuímos um equi-
valente a ele na língua portuguesa. Quando queremos dizer que alguém estava fazendo uma ação contínua no pas-
sado, usamos o passado simples. Exemplo: Ele estava investigando o caso há meses quando finalmente o resolveram.
No inglês, isto se dá de forma diferente, pela compreensão: a ação se inicia no passado e segue ocorrendo até
outra ação interferir nela, também no passado, como em uma linha cronológica de ações. Observe como essa
mesma oração ficaria em inglês:
He had been investigating the case for months when they finally cracked it.
Considere as marcações apresentadas na oração em relação à linha do tempo a seguir: He had been investiga-
ting the case for months (1) when they finally cracked it (2) (Ele estava investigando o caso há meses quando eles
finalmente o resolveram).
Observe que, ainda que ambas as ações estejam no passado, há uma ordem específica na oração sobre qual ação
aconteceu primeiro devido uso do passado perfeito contínuo. Neste caso, “ele estava investigando” (had been inves-
tigating) refere-se à ação mais antiga no passado, por ser marcada pelo passado perfeito em sua estrutura; a oração
“quando eles finalmente o resolveram” (when they finally cracked it), expressa outra ação no passado simples, que
é a interferência na primeira oração, indicando que ela ocorreu após a mais antiga da linha cronológica de tempo.
O futuro simples no inglês é o tempo verbal usado para expressar ações que poderão ou não acontecer em uma
data futura, indicar previsões ou expressar desejos e esperanças (Campos, 2010. p. 172).
Considere sleep como “dormir”:
z Affirmative, Negative, Interrogative and Interrogative Negative Forms (Formas Afirmativas, Negativas,
Interrogativas e Interrogativas Negativas)
z To Be + Going To
Outro desdobramento do tempo verbal futuro, é a junção do verbo to be com a estrutura going to que, grosso
modo, significa “indo a”. É utilizado para expressar intenções e previsões. A conjugação das orações com going to
no futuro simples se dá do mesmo modo que as orações com verb to be no presente simples.
A estrutura ficará da seguinte forma:
I am going to work
z Intenção:
She is going to spend Christmas with her family (Ela vai passar o Natal com a família dela);
Aren’t we going to travel next month? (Nos não vamos viajar mês que vem?);
z Previsão:
They aren’t going to believe my story (Eles não vão acreditar na minha história);
LÍNGUA INGLESA
Are you going to spend vacation in Bahamas? (Você vai passar as férias nas Bahamas?).
z Will x To Be Going To
Em orações cuja intenção é expressar um futuro incerto, uma decisão tomada repentinamente ou previsões
sem embasamento, usamos o will.
Exemplos:
We are without bread! I’ll buy more in the afternoon (Nós estamos sem pão! Eu vou comprar mais à tarde);
Look how dark the sky is... It’ll rain (Olha como o céu está escuro... Vai chover); 141
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They won’t last together, look how much they fight (Eles não vão durar juntos, olha o tanto que brigam).
I’m going to get married next month (Eu vou me casar no mês que vem);
I saw on the news that is going to rain this weekend (Eu vi no noticiário que irá chover neste fim de semana);
I’m not going to give you my password (Eu não vou te dar minha senha).
para descrever uma ação futura que ocorrerá durante um período específico de tempo;
para descrever ações futuras que ocorrerão em simultaneidade;
para descrever uma ação que será interrompida por outra;
para descrever ações que são prováveis de acontecer ou que o falante deseja que aconteçam (qualquer
tempo verbal do futuro pode expressar essa ideia, no entanto).
VERBO PRINCIPAL
SUJEITO MODAL WILL VERBO TO BE COMPLEMENTO
+ ING
É importante ter em mente que, em português, os falantes não estão acostumados a utilizar o gerúndio para
expressar ideia de continuidade no futuro. Por exemplo, é considerado gerundismo falar “ele estará conversando
com vocês”. O correto, na verdade, na língua portuguesa, seria “ele conversará com vocês”, na forma simples do
tempo verbal. Portanto, talvez não seja interessante comparar ou tentar forçar a tradução desse tempo verbal nas
duas línguas, uma vez que elas funcionam de formas diferentes.
Confira alguns exemplos de uso desse tempo verbal:
The cinema will be selling tickets for a special film exhibition today (o cinema estará vendendo ingressos
para uma exibição especial de filmes hoje);
My sister will be shoping while I’m at college (minha irmã estará fazendo compras enquanto eu estarei na
faculdade);
I will be driving to the party when the guests arrive (eu estarei dirigindo para a festa quando os convidados
chegarem);
We’ll be living in greek any day now (nós estaremos morando na Grécia a qualquer momento).
Este tempo verbal pode ser um pouco diferente para falantes da língua portuguesa, mas, quando bem estuda-
do, é passível de ser completamente compreendido e totalmente usual.
O futuro perfeito expressa ações que serão terminadas em algum tempo no futuro, ou seja, incluem uma ideia
de passado dentro do tempo verbal futuro em sua estrutura.
By — utiliza-se quando nos referimos They will have delivered the project Eles terão entregado o projeto até o
a prazos e tempo limite by noon. meio-dia.
For — refere-se ao tempo total, à John will have been home for a whole
John estará em casa há um ano.
duração de uma atividade year.
Quanto ao seu uso na negativa, apenas coloca-se o not depois do verbo auxiliar do futuro will (também apre-
sentado com a contração — won’t):
Este tempo verbal nos lembra daqueles atendimentos do telemarketing, onde a vendedora coloca sua ação
futura no gerúndio, expressando que “vai estar fazendo” algo por você. O futuro perfeito contínuo expressa ações
que serão continuadas e terminadas em algum tempo no futuro, ou seja, incluem uma ideia de passado dentro do
tempo verbal futuro em sua estrutura.
Confira a seguir sua estrutura na afirmativa:
Aqui também contaremos com complementos que expressam tempo específico no futuro através do uso de
by (até), for (por, há) ou since (desde) + expressão de tempo (next week, next month, next year, next holiday, noon,
5 o’clock, 2025, etc.).
Assim como no futuro perfeito, em seu uso na negativa, apenas coloca-se o not depois do verbo auxiliar do
futuro will (também apresentado com a contração — won’t):
HAVE TO BE
SUJEITO WILL + NOT VERBO + ING COMPLEMENTO
(AUXILIAR) (PARTICÍPIO)
HAVE TO BE
WILL SUJEITO VERBO + ING COMPLEMENTO
(AUXILAR) (PARTICÍPIO)
CAMPOS, G. T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
ADJETIVOS
Os adjetivos são palavras que atribuem qualidades e características aos substantivos que os acompanham.
Podem se referir à cor, ao tamanho, à textura, ao sabor, ao material, à emoção, ao sentimento, entre muitas outras
possíveis atribuições de qualidades.
Podem apresentar variação quanto ao grau, estabelecendo-se relações comparativas ou superlativas. Adje-
tivos, na língua inglesa, não possuem variação quanto ao gênero (masculino e feminino) e número (singular e
plural), como ocorre na língua portuguesa.
Sendo assim, um adjetivo é usado de maneira imutável para referir-se a qualquer substantivo, seja ele no
masculino ou no feminino, no singular ou no plural. Veja a seguir alguns exemplos:
Those lazy boys don’t help at home (Aqueles meninos preguiçosos não ajudam em casa).
Tipos de Adjetivos
Podemos classificar os diferentes tipos de adjetivos em alguns grupos específicos, conforme a ideia que expres-
sam em uma oração. Observe alguns exemplos na tabela a seguir:
TIPOS EXEMPLO
Adjetivos de tamanho big (grande), small (pequeno), huge (enorme), tiny (minúsculo)
Adjetivos de cor green (verde), orange (laranja), blue (azul), silver (prateado)
Adjetivos de material plastic (plástico), metal (metal), cotton (algodão), wood (madeira)
Adjetivos de opinião beautiful (bonito), weird (estranho), awful (horrível), good (bom)
Adjetivos de religião atheist (ateu), catholic (católico), jewish (judeu), buddist (budista)
Adjetivos de idade old (velho), young (jovem), teenager (adolescente), adult (adulto)
Antes de mais nada, deve-se ter bem claro que a posição e ordem dos adjetivos em inglês funciona de forma
diferente do uso que fazemos em português. Os adjetivos em inglês devem vir antes do substantivo, como dito
anteriormente, veja mais alguns exemplos:
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Além disso, quando a oração apresenta mais de um adjetivo, é preciso seguir uma ordem específica, veja:
propósito nome
That was a pretty (1) little (2) Baptist (3) church (4).
Those were some really ugly-looking (1) brown (2) leather (3) horseback-riding (4) pants (5).
� I lost my heart-shaped (1) yellow (2) Indian (3) cotton (4) pillow (5) on our trip to Bali!
Eu perdi minha almofada amarela de formato de coração de algodão indiano na nossa viagem para Bali!
Os adjetivos possessivos no inglês são parecidos com os pronomes possessivos e seus usos. Em uma oração,
eles pedem que um substantivo os acompanhe logo em seguida. Observe os adjetivos possessivos junto ao prono-
me ao qual se referem:
You Your Are these your kids? Estes são seus filhos?
They Their Their car is very noisy. O carro deles é muito barulhento.
É comum ao falante da língua portuguesa se confundir e traduzir his and her para “seu, sua”, pois no portu-
guês é possível a construção de uma frase como “ela ama seus pais”, considerando que “seu” é pronome possessi-
vo referente ao sujeito ela. Também configura erro utilizar o adjetivo possessivo your (seu, sua) para caracterizar
possessivamente qualquer sujeito da oração que não seja you.
LÍNGUA INGLESA
Dica
Portanto, para não esquecer:
� his: dele;
� her: dela;
� your: seu, sua.
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Grau dos Adjetivos Adjetivos terminados em e, acrescenta-se -r,
como em wise – wiser (sábio – mais sábio);
Quando falamos em grau de adjetivos em inglês, Adjetivos, de modo geral, acrescenta-se -er ao
referimo-nos a dois tipos: aos adjetivos comparativos final, como é o caso de fast – faster (veloz – mais
e aos adjetivos superlativos, se referindo aos adjetivos veloz);
relativos da língua portuguesa. Adjetivos terminados em y precedido por
consoante, a última consoante é removida e
z Comparatives (Comparativos) é acrescentado -ier, como é o caso de busy –
busier (ocupado – mais ocupado);
Usamos os adjetivos comparativos para estabele- Adjetivos terminados em consoante + vogal +
cer comparação entre dois ou mais seres (substan- consoante, dobra-se a última consoante antes
tivos), podendo esta comparação ser de igualdade, da adição de -er, como é o caso de hot – hotter
superioridade ou inferioridade. (quente – mais quente).
Quando é negativa, utiliza-se not so (não tão) + The more people they bring, the merrier
adjetivo + as (quanto/como) (Campos, 2010, p. 99). (Quanto mais pessoas eles trouxerem, melhor).
Observe:
z Comparative of Inferiority (Comparativo de
He is not so good as you think (Ele não é tão Inferioridade)
bom quanto você pensa);
Life is not so difficult in the beach as in the city É utilizado para expressar que um nome executa
(A vida não é tão difícil na praia como é na algo “a menos” que o outro. Para isso, podemos uti-
cidade). lizar a estrutura less (menos) + adjetivo + than (do
que), muito semelhante ao comparativo de superio-
z Comparative of Superiority (Comparativo de ridade, mas sem acarretar mudanças ao adjetivo em
Superioridade) si. Veja:
É utilizado para expressar que um nome executa My brother can read less words than I can
algo “a mais” que o outro. Para isso, podemos utili- (Meu irmão consegue ler menos palavras que
zar a estrutura more (mais) + adjetivo + than (do eu consigo);
que) ou adicionar intensidade ao próprio adjetivo, de He seems to be less happy with his new gir-
modo a dispensar o uso do more, o que implica em lfriend than with the other one (Ele parece
algumas regrinhas a serem seguidas. Veja o exemplo estar menos feliz com a nova namorada dele
para compreender: do que com a outra).
Jenna was more competitive than the rest of the Superlatives (Superlativos)
group (Jenna era mais competititva que o resto
do grupo). Usamos os adjetivos superlativos para intensificar
o grau de superioridade ou inferioridade de um ser
Observe que a palavra competitive possui mais de (substantivo) em detrimento de outros.
duas sílabas, portanto, é indispensável o uso da estru-
tura more […] than. Agora observe: z De inferioridade (o menos, o pior):
They run faster than their cousins (Eles correm He is my least favorite character in the movie
mais rápido que os primos deles). (Ele é o meu personagem menos favorito do
filme);
Este segundo caso envolve um adjetivo com duas Was it the worst party you’ve ever been to?
sílabas. Sempre que houver um adjetivo com duas (Essa foi a pior festa a que você já foi?).
ou menos sílabas, há regras gramaticais específicas a
serem utilizadas (Campos, 2010): z De superioridade (o(a) mais, o(a) melhor):
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Adjetivos com mais de duas sílabas, devemos colocar the most (o/a mais) antes dele, como o exemplo abaixo:
They have the most profitable business in Dubai (Eles têm o negócio mais rentável de Dubai).
Observe que profitable tem mais que duas sílabas e, portanto, necessita do emprego de the most para intensi-
ficar a ideia.
This is the busiest avenue in the city (Esta é a avenida mais movimentada da cidade).
As regras gramaticais importantes a serem estabelecidas quanto ao emprego de adjetivos superlativos monos-
sílabos ou dissílabos são:
z adjetivos, de modo geral, acrescenta-se -est, como em rich - richest (rico – mais rico) e tall – tallest (alto – mais alto);
z adjetivos terminados em y precedido por consoante, substitui-se a consoante por -iest, como em dry – driest
(seco – mais seco) e crazy – craziest (louco – mais louco);
z adjetivos terminados em consoante + vogal + consoante, dobra-se a última consoante antes de acrescentar
-est, como em fat – fattest gordo – mais gordo) e sad – saddest (triste – mais triste).
Contudo, há algumas exceções. Alguns adjetivos possuem formas irregulares nos modos comparativo e super-
lativo. São exemplos deles:
Menor/menos que/O(a)
Little Less than The least
menor
Importante!
Um dos erros mais comuns do estudante de língua inglesa é confundir o superlativo com o comparativo. Para
evitar este problema, lembre-se que o comparativo sempre expressa a ideia de adjetivos que comparam dois
ou mais seres. Já o superlativo qualifica superior ou inferior apenas um ser em relação a todos os outros.
Os adjetivos interrogativos são também conhecidos na língua inglesa como Wh- questions. No entanto, não são
todos que se qualificam como adjetivos. Os adjetivos interrogativos são utilizados em perguntas acompanhando os
substantivos, ou seja, quantificando e qualificando-os de algum modo. Observe a tabela e seus respectivos exemplos:
WHAT O quê, o que, que, qual, quais What route should we take? Que rota devemos tomar?
LÍNGUA INGLESA
WHICH Qual, quais, que Which one do you prefer? Qual deles você prefere?
How many years have you spent Quantos anos você passou no
HOW MANY Quantos, quantos
abroad? exterior?
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Determiners Adjectives (Adjetivos Determinantes)
Quando falamos em adjetivos determinantes, nos referimos aos adjetivos que usamos para determinar sobre
qual substantivo estamos falando em uma oração. Confira na tabela a seguir os principais adjetivos determinan-
tes e seus usos em exemplos.
This (este, esta, isto) This cake is huge. Este bolo é enorme.
These (estes, estas) These shoes are ugly. Estes sapatos são feios.
That (aquele, aquela) That book was old. Aquele livro era velho.
Those (aqueles, aquelas) Those kids can’t swim. Aquelas crianças não sabem nadar.
Neither (nenhum, nenhuma) Neither car is for sale. Nenhum dos carros está à venda.
Every (cada, todo, toda) Every girl in town knows him. Toda garota da cidade o conhece.
Both (ambos, os dois) Both my parents love musicals. Ambos meus pais amam musicais.
Each (cada, cada um) Each one of you can learn. Cada um de vocês pode aprender.
Either (qualquer um, ambos, nenhum) We can chose either book. Podemos escolher qualquer livro.
Other (outro, outra, outros, outras) She has other problems. Ela tem outros problemas.
Another (um outro, uma outra) Can I have another slice of pie? Eu poderia comer uma outra fatia de torta?
É utilizado com a finalidade de adicionar uma informação a um objeto ou pessoa a que nos referimos utilizan-
do verbos conjugados no particípio (Campos, 2010).
Quando tratamos de objeto, lugar ou pessoa que provocam o sentimento ao qual o adjetivo se refere, adicionamos o
sufixo -ing (particípio presente/gerúndio). Para compreender melhor, veja os exemplos (Campos, 2010, p. 105):
Quando tratamos de pessoas cujo sentimento ao qual o adjetivo se refere é provocado, adicionamos o sufixo
-ed (particípio passado) (Campos, 2010). Veja:
She got surprised by the party we threw (Ela ficou surpresa com a festa que promovemos);
I get relaxed when he gives me a massage (Eu fico relaxada quando ele me faz uma massagem).
São adjetivos que caracterizam os habitantes de diferentes nações, podendo variar o sufixo quanto a -an, -ish,
-ese entre outros irregulares. Lembrando que essa categoria de adjetivos deve sempre aparecer com a primeira
letra maiúscula, independente de sua posição no texto. Veja alguns exemplos:
China Chinese
CAMPOS, G. T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
CONJUNÇÕES
Seja em inglês ou em português, as conjunções são responsáveis por conectar palavras e orações, completas ou
não, estabelecendo relação entre elas, acrescentado informações, contrapondo ou explicando ideias.
Veja a seguir de que forma uma conjunção é capaz de unir ideias de orações separadas.
John was very frustrated. John got fired (John estava muito frustrado. John foi demitido);
John was very frustrated because he got fired (John estava muito frustrado porque ele foi demitido).
A conjunção because conectou as orações de maneira natural, organizando as ideias sem que houvesse quebra
na narrativa da oração.
Confira, na tabela a seguir, algumas das conjunções mais usadas na língua inglesa seguidas de exemplo.
E: une ideias e acrescenta She went to the store and Ela foi ao mercado e comprou
And
informações bought some fruits. algumas frutas.
Mas, porém: indica contraste, He loved talking but he felt Ele amava conversar, mas se
But
contraponto shy. sentiu tímido.
Embora, apesar de: indica contrapo- Although she was tired, she Embora ela estivesse cansa-
Although
sição, contraste went for a walk. da, ela foi caminhar.
Ainda assim, contudo: He studied a lot, yet he Ele estudou muito, ainda as-
Yet
contraposição didn’t pass the exams. sim não passou nas provas.
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CONJUNÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO TRADUÇÃO
A menos que: expressa condição, Unless she apologizes, I’m A menos que ela se desculpe,
Unless
exceção not talking to her anymore. eu não falo com ela mais.
I won’t go out until the rain Eu não vou sair até a chuva
Until Até: conecta a um ponto no tempo
stops. parar.
Apesar de: contraposição, It’s very hot in spite of the Está muito quente apesar da
In spite of
contraste winter season. estação de inverno.
As coordinating conjunctions são utilizadas para conectar itens da mesma classe gramatical, sejam frases, pala-
vras ou cláusulas independentes, com sentido completo, mas que juntas se complementam em uma ideia objetiva
e direta, sem a pausa de um ponto final (Campos, 2010). As mais comuns são and (e), or (ou) e but (mas). Exemplos:
The day was hot (O dia estava quente) — uma frase que por si só expressa um sentido completo;
I wanted to have a cold drink (Eu queria tomar uma bebida gelada) — outra frase que expressa um sentido
completo;
The day was hot and I wanted to have a cold drink (O dia estava quente e eu queria tomar uma bebida
gelada);
The day was hot, but I wanted to have a hot drink (O dia estava quente, mas eu queria tomar uma bebida
quente). Observação: alteramos a temperatura da bebida para condizer com a contraposição trazida pelo
but;
The day is hot. Do you want to have a cold or hot drink? (O dia está quente. Você quer tomar uma bebida
gelada ou quente?) — a conjunção or conecta opções dentro de uma sentença.
Orações subordinadas são aquelas que não expressam sentido por si só. A conjunção subordinativa atuará
justamente conectando esse tipo de oração a outra que a complemente. As mais utilizadas neste contexto são after
(depois), although (embora), as long as (contanto que), once (uma vez que), entre outras. Veja os exemplos:
After she called me with the information, I put it all on paper (Depois que ela me ligou com a informação,
eu coloquei tudo no papel).
Cláusula principal: I put it all on paper. Cláusula subordinada: After she called me with the information;
“She called me with the information” não faz sentido sozinha. A conjunção after indicou que ela tem cone-
xão com outra cláusula, que se apresentou por I put it all on paper.
As long as the rain stops, we can go surfing (Contanto que a chuva apareça, nós podemos ir surfar).
Cláusula principal: We can go surfing. Cláusula subordinada: As long as the rain stops.
São conjunções que trabalham pares dentro das frases, conectando ideias que se complementam. São elas:
both [...] and (ambos... e), not only [...] but also (não só..., mas também), either [...] or (ou... ou), neither [...] nor (nem...
nem) (Campos, 2010).
Vejamos os seguintes exemplos.
Both my girlfriend and my sister are dancing in the living room (Tanto minha namorada quanto minha irmã
estão dançando na sala de estar);
Not only he’s beautiful, but also he’s polite (Ele não só é bonito, mas também é educado);
Either I go or she goes. We are not going together (Ou eu vou ou ela vai. Nós não iremos juntos).
Neither chocolate nor vanilla ice cream for you. You don’t deserve it! (Nem sorvete de chocolate nem de
baunilha pra você. Você não merece!).
REFERÊNCIAS
CAMPOS, G. T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
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ADVÉRBIOS
Advérbios são uma classe de palavras cuja característica principal é a capacidade de alterar o sentido do ver-
bo. Dependendo do sentido que conferem à oração, os advérbios podem ser classificados em advérbios de tempo,
modo, lugar, grau, afirmação, negação, ordem, dúvida, intensidade, frequência e interrogativos.
Em uma oração na língua inglesa, geralmente, os advérbios aparecem depois do verbo principal da frase. Caso
este verbo tenha um complemento, o advérbio deve aparecer depois do complemento.
Exemplo:
She speaks Portuguese well. (Como Portuguese é um complemento do verbo speak, o advérbio deve ser
posicionado depois deste termo).
Advérbios com mais de uma palavra formam o que chamamos de locuções adverbiais.
Tipos de Advérbios
Os advérbios de tempo são palavras que indicam o momento em que a ação ocorre. São palavras como today
(hoje), tonight (hoje à noite), yesterday (ontem), early (cedo), before (antes), now (agora), entre outras. Além disso,
estes são divididos entre definidos e indefinidos (Campos, 2010).
Os definidos (definite) são, em sua maioria, locuções adverbiais, e, geralmente, são posicionados após o verbo
ou ao final da oração.
Vejamos a tabela abaixo.
AFTER TOMORROW My friends are coming after tomorrow. Meus amigos estão vindo depois de amanhã.
SOME TIME AGO They got divorced some time ago. Eles se divorciaram há algum tempo.
EVER SINCE I haven’t seen him ever since. Eu não o vejo desde então.
IN THE MORNING We ate pizza in the morning. Nós comemos pizza de manhã.
IN THE AFTERNOON They love to take a walk in the afternoon. Eles amam caminhar à tarde.
Os advérbios indefinidos (indefinite), por sua vez, costumam aparecer entre o sujeito e o verbo, mas também
podem aparecer ao final da oração (Campos, 2010).
AFTER We went to the movies after dinner. Nós fomos ao cinema depois do jantar.
ALREADY He already knows the big news. Ele já sabe da grande notícia.
TOMORROW Walter isn’t coming to the party tomorrow. Walter não vem à festa amanhã.
Essa categoria de advérbios é responsável por expressar o modo/a maneira como a ação é realizada.
LÍNGUA INGLESA
Quando os adverbs of manner são utilizados após um verbo intransitivo (isto é, que não precisa de complemen-
to para que seu sentido seja compreendido), devem ser posicionados logo após o verbo (Campos, 2010).
No caso de orações com verbos transitivos, por sua vez, os advérbios devem aparecer após o complemento.
Além disso, em inglês, os advérbios de modo são formados a partir de adjetivos, em sua maioria, acrescidos do
sufixo -ly (correspondem, em português, às palavras terminadas em -mente). 151
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Existem algumas regras que devem ser observadas:
quando o adjetivo termina em y, troca-se o y por i antes de adicionar o sufixo -ly. Exemplos: easy/easily
(fácil/facilmente); happy/ happily (feliz/felizmente);
quando o adjetivo termina em le, troca-se o le por ly. Exemplos: simple /simply (simples/simplesmente);
horrible/horribly (horrível/horrivelmente);
quando o adjetivo termina em e (sem o l antes), mantem-se o e e acrescenta-se ly. Exemplo: brave/bravely (cora-
gem/corajosamente). Exceções: true/truly (verdade/verdadeiramente); due/duly (devido/devidamente);
quando o adjetivo termina em ic, acrescenta-se ally depois de ic. Exemplos: romantic/romantically (român-
tico/romanticamente); automatic/automatically (automático/automaticamente);
quando o adjetivo termina em ly, não se acrescenta nada. Exemplos: daily/daily (diário/diariamente).
SLOWLY He walked slowly to the door. Ele andou lentamente até a porta.
CAREFULLY The doctor carefully examined the patient. O médico examinou o paciente cuidadosamente.
GLADLY They gladly received our gift. Eles alegremente receberam nosso presente.
SINCERELY She speaks sincerely about loving you. Ela fala sinceramente sobre amar você.
QUICKLY Gaby was getting nervous quickly. Gaby estava ficando nervosa rapidamente.
KINDLY He kindly led me into his room. Ele gentilmente me guiou à sua sala.
Os adverbs of place expressam o lugar em que a ação é realizada, mesmo que de maneira empírica.
WHEREVER We can go wherever you want. Nós podemos ir a qualquer lugar que você quiser.
BEHIND The shoes were behind the door. Os sapatos estavam atrás da porta
UNDER He left the book under his desk. Ele deixou o livro debaixo da mesa dele.
NEAR There’s an excelent pizza place near here. Há uma ótima pizzaria perto daqui.
WITHIN Within my memories, she’s always alive. Dentro de minhas memórias, ela está sempre viva.
ABROAD I want to live abroad someday. Eu quero morar no exterior algum dia.
Os adverbs of degree or intensity expressam a intensidade da ação realizada. As medidas podem ser abstratas,
como no caso de o “quanto” e “até que ponto” (Campos, 2010).
EXACTLY He knew exactly what I wanted. Ele sabia exatamente o que eu queria.
STRONGLY She strongly agrees with them. Ela concorda veementemente com eles.
BARELY She barely looked at me. Ela mal olhou para mim.
Vale ressaltar que o termo too altera um adjetivo no sentido de “demasia”, sugerindo excesso. O termo very,
por sua vez, não sugere excesso, apenas expressa a ideia de “bastante” (Campos, 2010).
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z Focusing Adverbs (Advérbios de Foco)
Expressam abrangência.
JUST They just think about themselves. Eles só pensam neles mesmos.
GENERALLY She talked generally about the task. Ela falou de maneira geral sobre a tarefa.
ONLY She only eats healthy food. Ela só come comidas saudáveis.
SURELY She surely knows how to dance. Ela certamente sabe dançar.
CERTAINLY John certainly didn’t mean no harm. John certamente não quis fazer mal algum.
EVIDENTLY The kids evidently love their parents. As crianças evidentemente amam seus pais.
I definitely love to stay home on Eu definitivamente amo ficar em casa aos finais de
DEFINITELY
weekends. semana.
BY ALL MEANS By all means, I’m going to your party. Sem dúvidas eu irei à sua festa.
NOT He is not the guy for you. Ele não é o cara para você.
Thirdly, they didn’t even understand what I Em terceiro lugar, eles nem mesmo entenderam o
THIRDLY
LÍNGUA INGLESA
AT LAST At last, they played my favorite song. Por último, eles tocaram minha música favorita.
FIRST OF ALL First of all, let’s take a picture of the group. Primeiro de tudo, vamos tirar uma foto do grupo.
MAYBE Maybe she doesn’t like cats. Talvez ela não goste de gatos.
PROBABLY They probably had too much to drink. Eles provavelmente beberam demais.
Lucas will likely get a good job, he’s very Lucas provavelmente conseguirá um bom empre-
LIKELY
qualified. go, ele é muito qualificado.
NEVER Mom never says how much she cares. Mamãe nunca diz o quanto ela se importa.
OFTEN Ian often visits his grandparents. Ian frequentemente visita os avós dele.
HARDLY EVER My baby hardly ever cries. Meu bebê quase nunca chora.
Mudam, de forma interrogativa, a maneira como a ação é realizada e, geralmente, aparecem ao início da ora-
ção, como na língua portuguesa.
WHERE Did you see where she went? Você viu onde ela foi?
HOW How much do you feed your dog? Quanto você alimenta o seu cachorro?
WHY Why didn’t they come? Por que eles não vieram?
HOW OFTEN How often do you read a book? Com que frequência você lê um livro?
WHAT What did you buy at the supermarket? O que você comprou no supermercado?
REFERÊNCIAS
CAMPOS, G. T. Manual Compacto de Gramática da Língua Inglesa. 1ª ed. São Paulo: Editora Rideel. Disponí-
vel em: https://middleware-bv.am4.com.br/SSO/unifalmg/9788533948815. Acesso em: 1 set. 2022.
HORA DE PRATICAR!
1. (FGV — 2023) Text II
Most people don’t think about climate change when they lift a café latte to their lips or nibble on a square of chocolate
— but this could soon change.
Based on current trajectories, around a quarter of Brazil’s coffee farms and 37% of Indonesia’s are likely to be lost to
climate change. Swathes of Ghana and Côte d’Ivoire
154 — where most of the world’s chocolate is sourced — will become too hot to grow cocoa by 2050.
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Climate-related droughts and deadly heatwaves across the world have coincided with severe storms, cyclones, hurricanes, and, of
course, a pandemic. As a consequence of these shocks, millions of people have been left without homes, and a growing number
of people now face starvation and a total collapse of livelihoods as growing and exporting staple crops becomes untenable.
We must immediately rethink the shape of our economies, agricultural systems and consumption patterns. Our priority
is to manufacture climate resilience in global economies and societies — and we must do it quickly.
Trade can kickstart the emergence of climate-resilient economies, especially in the poorest countries. Trade has a mul-
tiplier effect on economies by driving production growth and fostering the expansion of export industries. By shifting
focus to production and exports that increase climate resilience, there is potential to exponentially increase the land
surface and trade processes prepared to withstand the climate crisis.
2. (VUNESP — 2023)
Typography is the art of arranging letters and text in a way that makes the copy legible, clear, and visually appealing to
the reader. It involves font style, appearance, and structure, which aims to elicit certain emotions and convey specific
messages. In short, typography is what brings the text to life.
Typography can be dated back to the 11th century. Before the digital age, it was a specialized craft associated with
books and magazines, and eventually public works. The first example of typography can be seen in the Gutenberg Bible,
which stimulated a typography revolution in the west. Fun fact: the style of type used in the Gutenberg Bible is now
known as Textura, and you’ll find it in the font dropdown menu on major desktop applications today!
There’s some confusion surrounding the difference between typefaces and fonts, with many treating the two as synony-
mous. There are differences, though. Put simply, a typeface is a family of related fonts, while fonts refer to the weights,
widths, and styles that constitute a typeface.
It’s important that your website is visually stimulating and memorable, and typography plays a huge role in this process.
It is so much more than just choosing beautiful fonts: it’s a vital component of user interface design. Good typography
will establish a strong visual hierarchy and provide a graphic balance to the website. It should guide and inform the
users, optimize readability and accessibility, and ensure an excellent user experience. It could be the difference bet-
ween someone staying on your website for one minute or half an hour.
(https://careerfoundry.com/en/blog/ui-design/. Adaptado)
No excerto do terceiro parágrafo “Put simply, a typeface is a family of related fonts, while fonts refer to the weights,
widths, and styles that constitute a typeface”, a palavra em negrito indica a ideia de
a) conclusão.
b) adição.
c) exemplificação.
d) tempo.
e) contraste.
3. (VUNESP — 2023)
European companies dealing with the most alarming energy crisis and inflation in four decades are bracing for a fresh
shock: wage inflation and the increasing threat of worker actions. The theme has emerged this earnings season, with
many of Europe’s most prominent companies warning that prices may rise further in 2023 amid tough wage negotia-
tions in a tight labor market. A season of strike action is already in full swing across Europe as workers – who now
suffer the most dramatic real income decline in years – push for higher pay.
With productivity almost flat and a number of countries in the euro area, as well as Britain, entering recession, the
wage demands could put additional pressure on company’s bottom lines. “We’re watching this very closely,” Nestlé SA
chief Executive Officer told Bloomberg Television. “In most industrial European countries those negotiations for ’23 will
LÍNGUA INGLESA
(Dasha Afanasieva et alii. Europe’s Wageflation hangover. Bloomberg Businessweek, 14.11.2022. Adaptado) 155
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In the fragment from the second paragraph “We’re watching this very closely”, the highlighted term refers to
English spelling is ridiculous. Sew and new don’t rhyme. Kernel and colonel do. When you see an ough, you might need
to read it out as ‘aw’ (thought), ‘ow’ (drought) ‘uff’ (tough), ‘off’ (cough), ‘oo’ (through), or ‘oh’ (though). The ea vowel is
usually pronounced ‘ee’ (weak, please, seal, beam) but can also be ‘eh’ (bread, head, wealth, feather). Those two options
cover most of it – except for a handful of cases, where it’s ‘ay’ (break, steak, great). Oh wait, one more… there’s earth.
No wait, there’s also heart.
The English spelling system, if you can even call it a system, is full of this kind of thing. Yet ...I... do most people raised
with English learn to read and write it; millions o people who weren’t raised with English learn to use it too, to a very high
level of accuracy.
Admittedly, for a non-native speaker, such mastery usually involves a great deal of confusion and frustration. Part of the
problem is that English spelling looks deceptively similar to other languages that use the same alphabet but in a much
more consistent way. You can...II... an afternoon familiarising yourself with the pronunciation rules of Italian, Spanish,
German, Swedish, Hungarian, Lithuanian, Polish and many others, and credibly read out a text in that language, even if
you ...III... it. Your pronunciation might be terrible, and the pace, stress and rhythm would be completely off, and no one
would mistake you for a native speaker – but you ...IV... it.
a) able to do
b) could do
c) be able do
d) can to do
e) is able to do
5. (CEBRASPE-CESPE — 2021)
Text 3A1-I
In text 3A1-I, following the process which he himself describes, Calvin transforms an adjective into the following verb
form:
a) “verbing”.
b) “got”.
c) “complete”.
d) “weirds”.
e) “understanding”.
156
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6. (FGV — 2023) Read the text and answer the question model, with the potential to revolutionize how we learn
that follow it: and interact with machines. As the Chinese idiom says,
“Water can carry a boat but can also overturn it.” This
expression is a reminder that everything has its pros
and cons, and it’s therefore important to remain aware
of potential risks and take the necessary precautions.
With this in mind, it’s of the utmost importance to use
this tool in a responsible and ethical manner, to ensure
that the output aligns with the desired use cases.
From: https://elearningindustry.com/a-new-buzz-in-teaching-and-
learning-chatgpt4
The data harvested from our personal devices, along with Read the text and answer the questions 12 and 13 that
our trail of electronic transactions and data from other follow it.
sources, now provides the foundation for some of the
world’s largest companies. […] For the past two decades, Implications of the humanistic approach
the commercial use of personal data has grown in wild-
-west fashion. But now, because of consumer mistrust, Hamachek (1977) provides some useful examples of the
government actions, and competition for customers, tho- kind of educational implications that follow from taking
se days are quickly coming to an end. a humanistic approach. First, every learning experience
For most of its existence, the data economy was struc- should be seen within the context of helping learners to
tured around a “digital curtain” designed to obscure the develop a sense of personal identity. This is in keeping
industry’s practices from lawmakers and the public. Data with the view that one important task for the teacher is
was considered company property and a proprietary differentiation, i.e. identifying and seeking to meet the
secret, even though the data originated from customers’ individual learner’s needs within the context of the clas-
private behavior. That curtain has since been lifted and sroom group. Second, learners should be encouraged to
a convergence of consumer, government, and market make choices for themselves in what and how they learn.
forces are now giving users more control over the data
This again is in sharp contrast to the view that the curricu-
they generate. Instead of serving as a resource that can
lum content for every learner of a similar age should be
be freely harvested, countries in every region of the world
set in ‘tablets of stone’. Third, it is important for teachers
have begun to treat personal data as an asset owned by
individuals and held in trust by firms. to empathise with their learners by seeking to understand
This will be a far better organizing principle for the data the ways in which they make sense of the world, rather
economy. Giving individuals more control has the poten- than always seeking to impose their own viewpoints.
tial to curtail the sector’s worst excesses while generating Fourth, it is important to provide optimum conditions for
a new wave of customer-driven innovation, as custo- individualised and group learning of an authentic nature
mers begin to express what sort of personalization and to take place. Thus, from a humanistic perspective, a lear-
opportunity they want their data to enable. And while ning experience of personal consequence occurs when
Adtech firms in particular will be hardest hit, any firm with the learner assumes the responsibility of evaluating the
substantial troves of customer data will have to make degree to which he or she is personally moving toward
sweeping changes to its practices, particularly large firms knowledge rather than looking to an external source for
such as financial institutions, healthcare firms, utilities, such evaluation.
and major manufacturers and retailers.
LÍNGUA INGLESA
Leading firms are already adapting to the new reality as (Williams, M.; Burden, R.L. Psychology for Language Teachers: A
it unfolds. The key to this transition — based upon our Social Constructivist Approach. Cambridge:CUP, 1999. Adaptado)
research on data and trust, and our experience working
on this issue with a wide variety of firms— is for compa- 12. (VUNESP — 2022) According to the excerpt, the huma-
nies to reorganize their data operations around the new nistic approach to language learning implies
fundamental rules of consent, insight, and flow.
[…] a) downright teacher control over learning process.
Federal lawmakers are moving to curtail the power of big b) increased student agency.
tech. Meanwhile, in 2021 state legislatures proposed or c) continuing teacher update to face a changing world.
passed at least 27 online privacy bills regulating data mar- d) reduced teacher burden.
kets and protecting personal digital rights. Lawmakers e) teaching-learning ideal conditions. 159
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13. (VUNESP — 2022) The highlighted idiom in the frag- a) priorizar as habilidades listening e speaking, visto que
ment “This is in keeping with the view that” can be o inglês como língua franca manifesta-se na oralidade.
adequately rephrased as b) insistir com questões de correção linguística, já que
a gramática do inglês é universal, independentemente
a) departs from the view that. da situação.
b) emphasizes the consequences of. c) selecionar uma determinada variedade do inglês, qual-
c) maintains the viewpoint that. quer que seja, e coerentementemente privilegiá-la ao
d) is consistent with the idea that. longo de um curso.
e) applauds the perspective about. d) privilegiar a inteligibilidade e não preocupações quan-
to a uma produção equivalente àquela de um falante
14. (VUNESP — 2021) nativo.
e) selecionar a variedade da língua inglesa de maior cir-
Text 3A2-I culação no meio em que os alunos vivem.
“Millions of children, every year, start school excited about 16. (FGV — 2023)
what they will learn, but quickly become disillusioned when
they get the idea they are not as ‘smart’ as others,” writes Text I
Jo Boaler. That’s because parents and teachers inadver-
tently give out the message that talent is inborn — you Trust and audit
either have it or you don’t.
As a math professor, Boaler has seen this firsthand. Many Trust is what auditors sell. They review the accuracy,
young adults enter her class anxious about math, and their adequacy or propriety of other people’s work. Finan-
fear about learning impacts their ability to learn. cial statement audits are prepared for the owners of a
“The myth that our brains are fixed and that we simply company and presented publically to provide assuran-
don’t have the aptitude for certain topics is not only scienti- ce to the market and the wider public. Public service
fically inaccurate; it is omnipresent and negatively impacts audits are presented to governing bodies and, in some
not only education, but many other events in our everyday cases, directly to parliament.
lives,” she writes. Even though the science of neuroplas- It is the independent scepticism of the auditor that
ticity — how our brains change in response to learning — allows shareholders and the public to be confident
suggests learning can take place at any age, this news has that they are being given a true and fair account of the
not made it into classrooms, she argues. organisation in question. The auditor’s signature pled-
Some of our misguided visions of talent have led to racist ges his or her reputational capital so that the audited
and sexist attitudes, she writes. For example, many girls body’s public statements can be trusted. […]
get the message early on that math is for boys and that Given the fundamental importance of trust, should
boys are better at it, interfering with their ability to succeed auditors not then feel immensely valuable in the con-
and leading to gender disparities in fields of study related text of declining trust? Not so. Among our intervie-
to math. Similarly, people of color may also have to overco- wees, a consensus emerged that the audit profession
me stereotypes about fixed intelligence in order to thrive. is under-producing trust at a critical time. One aspect
of the problem is the quietness of audit: it is a profes-
How understanding your brain can help you learn sion that literally goes about its work behind the sce-
Internet: <greatergood.berkeley.edu> (adapted)
nes. The face and processes of the auditor are rarely
seen in the organisations they scrutinise, and relati-
In text 3A2-I, “misguided visions of talent” (in the fourth
vely rarely in the outside world. Yet, if we listen to the
paragraph) refers to the idea that
mounting evidence of the importance of social capital,
we know that frequent and reliable contacts between
a) people’s skills are tied to their race and gender.
groups are important to strengthening and expanding
b) certain skills are innate.
trust.
c) teachers cannot identify students’ natural skills.
So what can be done? Our research suggests that
d) educators are not well trained in evaluating abilities.
more frequent dialogue with audit committees and a
e) students cannot see their own capacities.
more ambitious outward facing role for the sector’s
leadership would be welcome. But we think more is
15. (VUNESP — 2021)
needed. Audit for the 21st century should be unders-
tood and designed as primarily a confidence building
Although English is not the language with the largest
number of native or ‘first’ language speakers, it has process within the audited organisation and across
become a lingua franca. A lingua franca can be defined its stakeholders. If the audit is a way of ensuring the
as a language widely adopted for communication bet- client’s accountability, much more needs to be done
ween two speakers whose native languages are diffe- to make the audit itself exemplary in its openness and
rent from each other’s and where one or both speakers inclusiveness.
are using it as a ‘second’ language. Instead of an audit report being a trust-producing
product, the audit process could become a trust-pro-
(HARMER, J. The practice of English language teaching. 4th ed. ducing practice in which the auditor uses his or her
Longman, 2007. p.1. Adaptado) position as a trusted intermediary to broker rigorous
learning across all dimensions of the organisation
No que concerne ao ensino da língua Inglesa, crescem and its stakeholders. The views of investors, staff,
os desafios para priorizar seu status como lingua franca, suppliers and customers could routinely be conside-
especialmente quando questões de política educacional red, as could questions from the general public; online
linguística estão envolvidas. Assim, o ensino de inglês technologies offer numerous opportunities to inform,
160 como língua franca ou língua internacional implica involve and invite.
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From being a service that consists almost exclusively activities, signaling certain changes regarding its cha-
of external investigation by a warranted professional, racteristics and contents, as previously shared.
auditing needs to become more co-productive, with The increasing importance of the new literacy and
the auditor’s role expanding to include that of an expert multiliteracies studies and their fruitful theoretical
convenor who is willing to share the tools of enquiry. insight for the rethinking of pedagogical issues invite
Audit could move from ‘black box’ to ‘glass box’. us to review our foreign language teaching practices in
But the profession will still struggle to secure trust a different perspective. By sharing some of our local
unless it can stake a stronger claim to supporting findings, we attempt to corroborate the collaborative
improvement. Does it increase the economic, social or and distributed knowledge discussed by the literacies
environmental value of the organisations it reviews? It theory itself and hope to be contributing to the new
is one thing to believe in the accuracy of a financial educational demands of the emerging epistemologi-
statement audit, but it is another thing to believe in its cal basis.
utility.
From: DUBOC, A.P.M. Language Assessment and the new Literacy
Adapted from: https://auditfutures.net/pdf/AuditFutures-RSA- Studies. Lenguaje 37 (1), 2009. pp. 159-178, p. 175-176.
EnlighteningProfessions.pdf
When the author uses the word “glance” (2nd paragra-
The opposite of quietness (3rd paragraph) is ph), she implies the approach has been
a) deafness. a) deep.
b) loudness. b) hasty.
c) kindliness. c) intense.
d) dampness. d) careful.
e) shrewdness. e) ominous.
17. (FGV — 2023) Read the text and answer the question 18. (VUNESP — 2023)
that follow it.
English as a Lingua Franca
Language Assessment and the new Literacy Studies
Some Final Remarks A number of researchers have studied conversations
in English as a Lingua Franca and have noted a number
Planning language assessment from a structuralist of somewhat surprising characteristics, including:
view of language has been a fairly easy task, since it
aims at testing the correct use of grammar and lexi- � Non-use of third person present simple tense -s (She
cal structures. This has been a very comfortable way look very sad).
to evaluate students’ performance in many regular � Interchangeable use of the relative pronouns who and
schools or language institutes due to the stability of which (a book who, a boy which).
standardized answers. From the perspective of the � Omission of articles where they are mandatory in nati-
new literacy studies, the comfort of teaching and ve-speaker English.
assessing objective and homogeneous linguistic con- � Increasing of redundancy by adding “inexistent” pre-
tents is replaced by a wider spectrum of language tea- positions (We have to study about…, The article treats
ching and assessing possibilities, whose key elements of…).
turn to be difference and critique. Typical activities � Pluralisation of nouns which are considered uncounta-
based on this new approach would enable students to ble in native-speaker English (informations, staffs).
make and negotiate meanings in a much more flexible
way, corroborating the novel notion of unstable, dyna- The evidence suggests that non-native speakers are
mic, collaborative and distributed knowledge. not conforming to a native English standard. Indeed
The inclusion of contents of such nature in language they seem to get along perfectly well despite the fact
assessments may be, at a first glance, a very laborious that they miss things out and put things in which they
process due to the fact we are simply not accustomed ‘should not do’. Not only this, but they are actually bet-
to that. Actually, we sometimes find ourselves depri- ter at ‘accommodating’ - that is, negotiating shared
ved from the teaching skills necessary to apply a more meaning through helping each other in a more coope-
critical teaching approach, a fact that is much the rative way - than, it is suggested, native speakers are
results of our positivist educational background. when talking to second language speakers (Jenkins
Nonetheless, since the emergent digital epistemolo- 2004). In other words, non- native speakers seem to be
gy will require subject more capable of designing and better at ELF communication than native speakers are.
redesigning meaning critically towards a great deal of
LÍNGUA INGLESA
representational modes, we need to reconsider our (Jeremy Harmer, The practice of English language teaching.
teaching approaches, go further and seek theories Adaptado)
that take such issues into account. By redefining the
notions of language and knowledge, we, thus, assume Comment and viewpoint adverbs express the author’s
that the new literacy studies from the last decades position about the statement made, modifying entire
may offer very good insights to the field of foreign lan- sentences rather than individual elements within them.
guage teaching. The viewpoint adverbs “indeed” and “actually” mean, in
The re-conceptualization of language assessment the context of paragraph,
according to the new literacies project presented in
this paper does not intend to suggest prompt fixed a) luckily.
answers, but it takes the risk of outlining possible b) presently. 161
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c) definitely. These professionals should also ensure that electronic
d) promptly. social work services can be kept confidential. For exam-
e) possibly. ple, the information provided by the client should only
be accessible by those who require access and that the
19. (VUNESP — 2023) host of the server used for electronic communication
agrees to abide by the privacy policies of the social wor-
The teaching of English as a Lingua Franca ker. It is important to respect clear professional boun-
daries – for example, social workers should be mindful
An inexorable trend in the use of global English is that of boundary confusion that may result if they disclose
fewer interactions now involve a native speaker. Pro- personal information about themselves or others in an
ponents of teaching English as a Lingua Franca (ELF) online setting to which clients have access.
suggest that the way English is taught and assessed Besides, they should confirm the identity of the client
should reflect the needs and aspirations of the ever-gro- to whom services are provided electronically at the
beginning of each contact with the client (examples
wing number of non-native speakers who use English to
include confirming a client’s online consent with a tele-
communicate with other nonnatives. Understanding how
phone call; providing the client with a password, pass-
non-native speakers use English among themselves has
code, or image that is specifically for the client’s use
now become a serious research area.
when providing consent electronically).
Different priorities in teaching English pronunciation, for
example, have been defined. Teaching certain pronuncia-
(NASW, ASWB, CSWE, & CS WA Standards for Technology in Social
tion features, such as the articulation of ‘th’ as an inter-
Work Parctice. www.socialworkers.org, 2017. Pp 11-12. Adaptado)
dental fricative, appears to be a waste of time whereas
other common pronunciation problems (such as sim-
Considerando-se o contexto do segundo parágrafo, o termo
plifying consonant clusters) contribute to problems of sublinhado no trecho “It is important to respect clear profes-
understanding. Such an approach is allowing researchers sional boundaries” pode ser corretamente traduzido como
to identify a ‘Lingua Franca Core’ (LFC) which provides
guiding principles in creating syllabuses and assessment a) fronteiras.
materials. b) competências.
Unlike traditional ESL (English as Second Language), ELF c) limitações.
focuses also on pragmatic strategies required in intercul- d) diretrizes.
tural communication. The target model of English, within e) sigilos.
the ELF framework, is not a native speaker but a fluent
bilingual speaker, who retains a national identity in terms
of accent, and who also has the special skills required to 9 GABARITO
negotiate understanding with another non-native speaker.
Research is also beginning to show how bad some native 1 D
speakers are at using English for international communi-
cation. It may be that elements of an ELF syllabus could 2 E
usefully be taught within a mother tongue curriculum.
3 D
(David Graddol, English Next. Adaptado)
4 B
12 B
20. (VUNESP — 2022) Read the text and answer the ques-
tion that follow it. 13 D
p → q.
p ^ q. ( ) CERTO ( ) ERRADO
DISJUNÇÃO INCLUSIVA (CONECTIVO OU) Veja que temos uma proposição condicional (se
então) e a representação simbólica apresentada é
Representação simbólica: v. Exemplos: de uma bicondicional. Representação da condicio-
z Na linguagem natural: nal (). Resposta: Errado.
Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta. A representação simbólica apresentada para julgar-
mos é de uma conjunção e na questão foi apresen-
z Na linguagem simbólica: tada uma proposição composta pela condicional na
forma “camuflada” dentro de uma relação de causa
p ⊻ q. e consequência “Dado que...”. Resposta: Errado.
A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado Observe que os exemplos acima seguem as condi-
é (verbo de ligação) consequência da radicaliza- ções essenciais que uma proposição deve seguir, isto
ção da sociedade civil em suas posições políticas. é, dois axiomas fundamentais da lógica:
Temos apenas um verbo e por esse motivo é uma
proposição simples. Cuidado com o uso da pala- z o princípio da não contradição;
vra “consequência” em proposições como esta. Em z o princípio do terceiro excluído.
determinadas situações, de fato, teremos uma pro-
posição condicional, vejamos: O princípio da não contradição afirma que uma
Passar (verbo no infinitivo) é consequência de estu- proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mes-
dar (verbo no infinitivo) mo tempo, enquanto o princípio do terceiro excluído
Nesse caso, temos uma proposição composta pela afirma que toda proposição ou é verdadeira ou é falsa,
condicional. Resposta: Errado. jamais uma terceira opção.
Após essa pequena revisão de conceitos, que
5. (CEBRASPE-CESPE — 2016) Considerando os símbo- representam os tipos de argumentos chamados váli-
los normalmente usados para representar os conecti- dos, vamos especificar os conceitos para construir
vos lógicos, julgue o item seguinte, relativos a lógica argumentos inválidos, falaciosos ou sofismas.
proposicional e à lógica de argumentação. Nesse sen-
tido, considere, ainda, que as proposições lógicas sim- PREMISSAS, PRESSUPOSTOS E CONCLUSÕES
ples sejam representadas por letras maiúsculas.
A sentença A fiscalização federal é imprescindível
O argumento é uma relação que pode associar de uma
para manter a qualidade tanto dos alimentos quanto
a muitas proposições, as premissas do argumento, e uma
dos medicamentos que a população consome pode
proposição final, chamada de conclusão do argumento.
ser representada simbolicamente por P∧Q.
Para facilitar a visualização e resumir as palavras, vamos
designar as premissas por p e e conclusão por c.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Em algumas terminologias, como nas ciências exa-
tas, as premissas são chamadas de hipóteses e a con-
Para ser proposição composta, haveria mais de um ver-
bo na frase, por isso, a frase em questão é considerada clusão, de tese, principalmente nas demonstrações.
uma proposição simples. Procure o verbo na oração. Em alguns casos, pode-se usar uma premissa auxiliar
A fiscalização federal é imprescindível para manter nas demonstrações matemáticas, chamadas de lemas.
a qualidade tanto dos alimentos quanto dos medica- Veja um exemplo de prova matemática simples:
mentos que a população consome. Resposta: Certo.
Seja a propriedade das potências am · an = am+n.
Lema 1 (p1): am = a · a · a · a · a · a · a · a · a · ..., m
vezes, ` = am.
O mesmo vale para (lema 2 ou p2) , an = a · a · a · a ·
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: a · ..., n vezes, ` = an.
ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES Hipótese (p3): se am e an são obtidos pela multipli-
cação de fatores iguais a a m vezes e a a n vezes, então
E CONCLUSÕES ...
Conclusão (c): [am = a · a · a · a · a · a · a · a · a · ...] · [an
No livro “Discurso do Método”, de René Descartes,
= a · a · a · a · a · ...] = (a · a · a · a · a · a · a · a · a · ...) + (a ·
encontramos a afirmação:
164 a · a · a · a · ...) = am · an = am+n.
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Alguns exemplos de argumentos escritos e mais ou mesmo um companheiro de conversa. Estudar é
simples que os matemáticos estão mostrados a seguir: essencial para organizar argumentos e não ter que
usar subterfúgios como mostrado nos argumentos
z Argumento com 1 premissa e 1 conclusão: falaciosos informais mostrados acima.
Como escrito acima, do início para o fim, a conclu- A analogia é uma relação de semelhança entre dois
são deve ser a última sentença num argumento lógico. ou mais casos particulares. Por exemplo: “O frio é para
Desse modo, devemos organizar o raciocínio. O sábio o inverno o que o calor é para o verão”. Nessa oração
matemático francês, Jules Henri Poincaré, disse uma os casos particulares são “o frio e o inverno” e “o calor e
frase que representa o trabalho de quem estuda, pro- o verão”, e a analogia liga esses dois casos particulares.
fessores, cientistas e profissionais, em geral:
INFERÊNCIA
O sábio deve organizar; fazemos ciência com fatos
assim como construímos uma casa com pedras, A inferência consiste em se afirmar que algo
mas uma acumulação de fatos não é ciência assim é verdadeiro com base em outras informações já
como não é uma casa um monte de pedras. conhecidas e verdadeiras. Por exemplo, se todos os
computadores são brancos e eu tenho um computa-
Vejamos alguns exemplos de organização de dor, logo o meu computador é branco.
ideias.
p1: a nota 6,0 é a menor nota para ser aprovado PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS
na disciplina de lógica;
p2: um aluno não obteve nota mínima 6,0; Proposições Lógicas Simples
c: portanto, esse aluno foi reprovado na disci-
plina de cálculo. Vamos começar nosso estudo falando sobre o que
é uma proposição lógica. Observe a frase a seguir:
Neste momento, você já percebeu a ideia geral do Ex.: Paula vai à praia.
que é um argumento e como elaborá-lo. A organiza- Para saber se temos ou não uma proposição, preci-
ção do pensamento em premissas (bases de raciocí- samos de três requisitos fundamentais:
nio) e depois conclusão é algo que os seres humanos
RACIOCÍNIO LÓGICO
exigem em suas conversas, aulas, palestras e, princi- z Ser uma oração: ou seja, são frases com verbos;
palmente, nos textos escritos. Você já deve ter ouvido z Oração declarativa: a frase precisa estar apresen-
pessoas reclamarem que um locutor (quem fala) não tando uma situação, um fato;
chegou à conclusão alguma, numa conversa formal z Pode ser classificada como verdadeira ou falsa:
ou informal. ou seja, podemos atribuir o valor lógico verdadei-
Imagine, então, que quem corrige suas provas são ro ou o valor lógico falso para a declaração.
pessoas com uma longa experiência de leitura. Assim,
uma escrita, com raciocínio baseado em premissas e Tendo isso em vista, podemos afirmar claramen-
conclusões, deixará essas pessoas mais satisfeitas. te que a frase “Paula vai à praia” é uma proposição
Isso te parece lógico? lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma
Logo, treinar a organização de ideias e argumen- informação completa (temos o sujeito claro na oração)
tos te tornará um melhor estudante, profissional e podemos afirmar se é verdadeira ou falsa. 165
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Perceba que sempre que valoramos a frase ela nos
Importante! resulta um valor contrário, ou seja, estamos diante de
Proposição Lógica é uma oração declarativa que uma frase que é contraditória em si mesma. Isso é a
definição de um paradoxo.
admite apenas um valor lógico: V ou F.
Sentença Aberta
Ou então podemos também esquematizar o que é
uma proposição lógica assim: Dizemos que uma sentença é aberta quando não
Chama-se proposição toda sentença declarativa conseguimos ter a informação completa que a oração
que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só nos mostra. Veja o exemplo a seguir:
como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta- Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.
mente com o sentido completo (caráter informativo). Perceba que há presença do verbo e que consegui-
mos parcialmente entender o que a frase quer dizer.
Todavia, logo surge a pergunta: ele quem? Aqui nos-
Verdadeira sa informação não consegue ser completa e por isso
temos mais um caso que não é proposição lógica.
Sentença Observe outros exemplos:
ou Sentido
Declarativa
completo
X + 5 = 10
Falsa Aquele carro é amarelo.
Obrigatório
5+5
X – Y = 20
Verbo
Todos os exemplos acima são sentenças abertas,
Toda proposição pode ser representada simbolica- então podemos resumir da seguinte forma:
mente pelas letras do alfabeto. Veja no exemplo: As variáveis: ele, aquele ou variáveis matemáti-
cas (X ou Y) tornam a sentença aberta.
z p: Sabino é um pintor esperto; Sempre será uma proposição lógica na escrita
z r: Kate é uma mulher alta. matemática e podemos notar que há verbos nos casos
a seguir:
Na situação temos duas proposições sendo repre-
sentadas pelas letras p e r. z = (é igual);
Agora que já sabemos o que são proposições lógi- z ≠ (é diferente);
cas, fica tranquilo distinguir o que não são propo- z > (é maior);
z < (é menor);
sições. Isto é fundamental, pois várias questões de
z ≥ (é maior ou igual);
prova perguntam exatamente isso — são apresen-
z ≤ (é menor ou igual).
tadas algumas frases e você precisa identificar qual
delas não é uma proposição. Vejamos os casos em que
Esquematizando o que não são proposições lógicas:
mais aparecem:
z Na linguagem simbólica:
p ^ q;
p v q; z 3º passo: dispor os valores “V” e “F” na primeira
p v q; coluna fazendo o agrupamento pela metade do
p → q; número de linhas da tabela.
p ⟷ q.
Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas = (agrupamento da
Agora que conhecemos os conectivos lógicos, primeira coluna de 2 em 2 – V V / F F).
vamos ver algumas camuflagens dos operadores lógi-
cos que podem aparecer na prova. Veja: P Q PVQ
V
� Conectivos “e” usando “mas”:
Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor; V
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não F
ambos”: F
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas
não ambos;
� Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso, z 4º passo: preencher as demais colunas com agru-
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”: pamento de valores lógicos (V ou F) sempre pela
Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à metade do agrupamento anterior.
RACIOCÍNIO LÓGICO
praia;
Caso você estude, irá passar no concurso; Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima
Basta Ana comer massas, e engordará; será de 1 em 1).
Quem joga bola é rápido;
Todos os médicos sabem operar; P Q PVQ
Qualquer criança anda de bicicleta;
V V
Toda vez que chove, não vou à praia.
V F
É importante saber que na condicional a primeira F V
proposição é o termo antecedente e a segunda é o
F F
termo consequente. 167
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Pronto! A nossa tabela já está montada, agora Conectivo Bicondicional “Se e Somente Se” ()
precisamos aprender qual o resultado que teremos
quando combinamos os valores lógicos usando os Teremos resposta verdadeira quando os valores
conectivos lógicos. lógicos envolvidos forem iguais.
Número de linhas da tabela verdade:
2n = 2proposições (onde n é o número de proposições).
P Q PQ
Vamos caminhar mais um pouco e aprender todas as
combinações lógicas possíveis para cada conectivo lógico. V V V
V F F
Negação (~P)
F V F
Uma proposição, quando negada, recebe valores F F V
lógicos opostos ao da proposição original. O símbolo
que iremos utilizar é ¬ p ou ~p. Conectivo Condicional “Se..., Então” (→)
z Tautologia: uma proposição que é sempre verda- Basta perceber que o conectivo em questão é o “E”
deira; (conjunção), que só é verdadeiro quando as duas
z Contradição: uma proposição que é sempre falsa; são verdadeiras. Sendo assim, se P for falso, já irá
z Contingência: uma proposição que pode assumir invalidar o argumento. Resposta: Errado.
valores lógicos V e F, conforme o caso.
5. (VUNESP — 2018) Seja M a afirmação: “Marília gosta
A seguir, revise seus conhecimentos com alguns de dançar”. Seja J a afirmação “Jean gosta de estu-
exercícios comentados. dar”. Considere a composição dessas duas afirma-
ções: “Ou Marília gosta de dançar ou Jean gosta de
1. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Acerca da lógica senten- estudar”. A tabela verdade que representa corretamen-
cial, julgue o item que segue. te os valores lógicos envolvidos nessa situação é:
Se uma proposição na estrutura condicional — isto é,
na forma P→Q, em que P e Q são proposições simples TABELA VERDADE
— for falsa, então o precedente será, necessariamente, M J Ou M ou J
falso.
V V 1
V F 2
( ) CERTO ( ) ERRADO
F V 3
Veja que P→Q foi considerado falso pelo enunciado F F 4
da questão. Assim, na condicional, para ser falso,
a regra é que o precedente (antecedente) seja ver- Os valores 1, 2, 3 e 4 da coluna “Ou M ou J” devem ser
dadeiro e o seguinte (consequente), falso. Lembre-se preenchidos, correta e respectivamente, por:
da dica: Vai Ficar Falso = V F. Resposta: Errado.
a) V, F, V e F.
2. (AOCP — 2019) Considere a proposição: “O contingen- b) F, V, V e F.
te de policiais aumenta ou o índice de criminalidade c) F, F, V e V.
d) V, F, F e V.
irá aumentar”. Nesse caso, a quantidade de linhas da
e) V, V, V e F.
tabela verdade é igual a
Veja que precisamos saber quando o resultado das
a) 2.
combinações lógicas do conectivo “ou...ou” dá ver-
b) 4. dade. Lembrando da nossa parte teórica, sempre
RACIOCÍNIO LÓGICO
F F V V F F F F
P P P∧P
F F F F F F F F
V V V
z p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) F F F
P (P ∨ Q) z p ⇔ (p ∨ p)
P Q R Q∧R ∨ P∨Q P∨R ∧
(Q ∧ R) (P ∨ R) P P P∨P
V V V V V V V V V V V
V V F F V V V V F F F
V F V F V V V V
Pela Exportação-Importação
V F F F V V V V
F V V V V V V V z [(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
F V F F F V F F
F F V F F F V F (P ∧ Q) P→
P Q R P∧Q Q→R
→R (Q → R)
F F F F F F F F
V V V V V V V
Associação (Equivalência pela Associativa) V V F V F F F
V F V F V V V
z p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
V F F F V V V
P (P ∧ Q) F V V F V V V
P Q R Q∧R ∧ P∧Q P∧R ∧ F V F F V F V
(Q ∧ R) (P ∧ R)
F F V F V V V
V V V V V V V V F F F F V V V
V V F F F V F F
Proposições Associadas a uma Condicional (Se,
V F V F F F V F
Então)
V F F F F F F F
F V V V F F F F Podemos dizer que as três proposições condicio-
nais que contêm p e q são associadas a p → q. Veja a
F V F F F F F F seguir:
F F V F F F F F
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z Proposições recíprocas: p → q: q → p; “se…então” em outra proposição composta pelo “se…
z Proposição contrária: p → q: ~p → ~q; então”. A outra ensina como transformar uma propo-
sição composta pelo “se…então” em uma composta
pelo conectivo “ou” (e vice-versa). Vamos lá!
~P → ~Q →
P Q ~P ~Q P→Q Q→P
~Q ~P
z Contrapositiva
V V F F V V V V
V V F V F V V F Para fazermos essa equivalência, devemos inver-
ter as proposições e depois negar todas as proposições.
V F V F V F F V
Inverte e nega tudo mantendo o se então.
V F V V V V V V Exemplo: A → B ⇔ ~B → ~A
Se Marcos estuda, então ele passa. ⇔ Se Marcos
z Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p. não passa, então ele não estuda.
Estas duas proposições são equivalentes. Percebeu
Vale ressaltar que, olhando para a tabela, a condi- o processo de construção da segunda a partir da pri-
cional p → q e a sua recíproca q → p ou a sua contrária meira? Você deve inverter a ordem das proposições e
~p → ~q não são equivalentes. negar ambas.
Na lógica proposicional, temos uma regra de subs- Essa equivalência é feita negando a primeira pro-
tituição que diz que é válido que uma sentença con- posição, trocando o conectivo “se...então” pelo conec-
dicional seja substituída por uma disjunção em que tivo “ou”, repetindo a segunda proposição.
o antecedente é negado; essa é a implicação material. Nega ou repete.
A regra determina que P implica Q é logicamente Exemplo:
equivalente a não ~P ou Q e pode substituir o outro
em provas lógicas: P → Q ⟺ ~P v Q, onde “⟺” é um A → B ⇔ ~A v B.
símbolo que representa “pode ser substituído em uma
prova com.” Se o urso é ovíparo, então o macaco voa. ⇔ O urso
Ou seja, sempre que uma instância de “P → Q” é não é ovíparo ou o macaco voa.
exibida em uma linha de uma prova, ela pode ser Observe a tabela a seguir e veja que os resultados
substituída por «~P v Q”. são iguais, ou seja, equivalentes:
Exemplo: Se ele é um tigre P, então ele pode correr
Q. A B ~A ~B A→B ~B → ~A ~A V B
Assim, ele não é um tigre ~P ou ele pode correr Q.
Se for descoberto que o tigre não podia correr, V V F F V V V
escrito simbolicamente como P v ~Q, ambas as sen- V F F V F F F
tenças são falsas, mas caso contrário, elas são ambas
F V V F V V V
verdadeiras.
F F V V V V V
Transposição
Equivalência Bicondicional
A transposição é uma regra de substituição válida
para “P → Q” em que é permitido trocar o antecedente Geralmente aprendemos somente a equivalência bási-
P pelo consequente Q de um enunciado condicional ca desse conectivo (a comutação), mas precisamos ficar
em uma prova lógica se eles estão ambos negados. É atentos para os casos especiais. O conectivo “se e somente
a inferência verdadeira de “A implica B”, a verdade se” tem mais duas equivalências lógicas quando interpre-
do “não B implica não A”, e vice-versa. É a regra que: tamos de maneira mais minuciosa o seu significado e sua
tabela verdade. A seguir veremos esses detalhes que estão
P→Q⟺~Q→~P aparecendo cada vez mais nas provas. Vamos lá!
a) Fulano não está realizando essa prova ou não preten- ( ) CERTO ( ) ERRADO
de ser um técnico em informática.
b) Fulano não está realizando essa prova. Para responder a essa questão, bastava lembra de
c) Fulano não está realizando essa prova e não pretende que para negar a conjunção “e” você deve trocar
ser um técnico em informática. pela disjunção “ou” e negar tudo. Veja que isso não
d) Fulano não pretende ser um técnico em informática. aconteceu. Logo, questão errada. Resposta: Errado.
e) Fulano não está realizando essa prova, mas pretende
ser um técnico em informática. 4. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Argumento CB1A5-II
No argumento seguinte, as proposições P1, P2 e P3
Para negar a conjunção, devemos trocar pela dis- são as premissas, e C é a conclusão.
junção e negar todas as proposições envolvidas.
Sendo assim, P1: Se os recursos foram aplicados em finalidade diver-
“Fulano está realizando essa prova e pretende ser sa da prevista ou se a obra foi superfaturada, então
um técnico em informática”. a prestação de contas da prefeitura não foi aprovada.
Negação: P2: Se a prestação de contas da prefeitura não foi apro-
“Fulano não está realizando essa prova ou não pre- vada, então a prefeitura ficou impedida de celebrar
tende ser um técnico em informática”. Resposta: novos convênios ou a prefeitura devolveu o dinheiro
Letra A. ao governo estadual.
P3: A obra não foi superfaturada, e a prefeitura não devol-
veu o dinheiro ao governo estadual.
2. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Assinale a opção que
C: A prefeitura ficou impedida de celebrar novos convênios.
corresponde a uma negativa da seguinte proposição:
Com relação ao argumento CB1A5-II, assinale a opção
“Se nas cidades medievais não havia lugares próprios
correspondente à proposição equivalente à negação
para o teatro e as apresentações eram realizadas em
da proposição P1.
igrejas e castelos, então a maior parte da população
não era excluída dos espetáculos teatrais”.
a) “Os recursos foram aplicados em finalidade diversa da
prevista ou a obra foi superfaturada, mas a prestação
a) Nas cidades medievais havia lugares próprios para o
de contas da prefeitura foi aprovada”.
teatro ou as apresentações eram realizadas em igre-
b) “Os recursos foram aplicados em finalidade diversa da
jas e castelos e a maior parte da população era excluí-
prevista e a obra foi superfaturada, mas a prestação
da dos espetáculos teatrais. de contas da prefeitura foi aprovada”.
b) Se a maior parte da população das cidades medievais c) “Os recursos não foram aplicados em finalidade diver-
era excluída dos espetáculos teatrais, então havia sa da prevista e a obra não foi superfaturada, mas a
lugares próprios para o teatro e as apresentações prestação de contas da prefeitura foi aprovada”.
eram realizadas em igrejas e castelos. d) “Se os recursos não foram aplicados em finalida-
c) Se nas cidades medievais havia lugares próprios para de diversa da prevista e a obra não foi superfatu-
o teatro e as apresentações não eram realizadas em rada, então a prestação de contas da prefeitura foi
igrejas e castelos, então a maior parte da população aprovada”.
era excluída dos espetáculos teatrais. e) “Se a prestação de contas da prefeitura foi aprovada,
d) Se nas cidades medievais havia lugares próprios para então os recursos não foram aplicados em finalidade
o teatro ou as apresentações eram realizadas em igre- diversa da prevista e a obra não foi superfaturada”.
jas e castelos, então a maior parte da população era
excluída dos espetáculos teatrais. Negação do “se então”: Repete E Nega
e) Nas cidades medievais não havia lugares próprios P1: “Se os recursos foram aplicados em finalidade
para o teatro, as apresentações eram realizadas em diversa da prevista OU se a obra foi superfaturada,
igrejas e castelos e a maior parte da população era então a prestação de contas da prefeitura NÃO foi
excluída dos espetáculos teatrais. aprovada.”
RACIOCÍNIO LÓGICO
Negação:
Para negar a condicional, você deve Repetir E Negar. Os recursos foram aplicados em finalidade diversa
Veja: ~(A → B) = A ∧ ~B da prevista ou a obra foi superfaturada (Repete a
A = nas cidades medievais não havia lugares pró- primeira) MAS a prestação de contas da prefeitura
prios para o teatro e as apresentações eram realiza- foi aprovada (nega a segunda). Resposta: Letra A.
das em igrejas e castelos
B = a maior parte da população não era excluída 5. (CEBRASPE-CESPE — 2018) A respeito de lógica pro-
dos espetáculos teatrais. Fica: posicional, julgue o item que se segue.
Nas cidades medievais não havia lugares próprios A negação da proposição “Se o fogo for desencadea-
para o teatro, as apresentações eram realizadas em do por curto-circuito no sistema elétrico, será reco-
igrejas e castelos e a maior parte da população era mendável iniciar o combate às chamas com extintor à
excluída dos espetáculos teatrais. Resposta: Letra E. base de espuma.” é equivalente à proposição “O fogo 175
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foi desencadeado por curto-circuito no sistema elétri- Quantificador Universal “Nenhum” (Negativo)
co e não será recomendável iniciar o combate às cha-
mas com extintor à base de espuma.” Exemplos:
DIAGRAMAS LÓGICOS
z Todo A é B: é indeterminada;
O conjunto A dentro do conjunto B z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é indeterminada.
Quando Todo A é B é verdadeira, os valores lógi-
cos das outras proposições categóricas, interpretando Quantificador Particular (Negativo): Algum/Pelo
os diagramas, serão os seguintes: Menos Um/Existe + a Partícula Não
z negação;
z equivalência; Não há intersecção entre o conjunto A e o conjunto B
z representação por diagramas.
Quando “Nenhum A é B” é verdadeira, os valores
Quantificadores Lógicos ou Proposições Categó- lógicos das outras proposições categóricas, interpre-
ricas são elementos que especificam a extensão da tando o diagrama, serão os seguintes:
validade de um predicado sobre um conjunto de cons-
tantes individuais, ou seja, são palavras ou expressões z Todo A é B: é falsa;
que indicam que houve quantificação. São exemplos z Algum A é B: é falsa;
de quantificadores as expressões: “existe”, “algum”, z Algum A não é B: é verdadeira.
“todo”, “pelo menos um” e “nenhum”.
QUANTIFICADOR PARTICULAR (AFIRMATIVO):
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES “ALGUM” / “PELO MENOS UM” / “EXISTE”
CATEGÓRICAS
Exemplo:
Estes quantificadores podem ser classificados em Algum A é B;
dois tipos: Algum homem joga bola.
Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no
z Quantificador Universal: “todo” e “nenhum”; exemplo, o do homem e o de jogar bola. Vale lembrar
z Quantificador Existencial (particulares): “pelo que “Algum A é B” significa que o conjunto A tem pelo
menos um”, “existe um” e o “algum”. menos um elemento em comum com o conjunto B, ou
seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, pode-
RACIOCÍNIO LÓGICO
Esquematizando tudo:
Você vai aprender de uma vez por todas como negar Olhando para as iniciais de cada quantificador
proposições quantificadas, ou seja, proposições que utili- lógico particular (Pelo menos / Existe / Algum), pode-
zam expressões como “todo”, “algum” e “nenhum”. Pode- mos escrever o lembrete abaixo para negação:
mos, então, dizer que negar uma proposição significa
trocar o seu valor lógico. Em outras palavras, a negação de
uma proposição verdadeira é uma proposição falsa; a nega- Todo Negação PEA + Não
ção de uma proposição falsa é uma proposição verdadeira.
Tudo que você precisa para negar uma proposição
quantificada é saber como classificá-la, então, veja Nenhum Negação PEA
alguns exemplos:
Veja que a questão pede a negação do quantificador a) Nenhum cantor é músico e não existe advogado que
“nenhum”, e como já aprendemos, nunca devemos seja cantor.
negar o “nenhum” usando o quantificado “todo” e b) Pelo menos um cantor não é músico ou não existe
vice-versa. Sabendo disso, podemos eliminar estra- advogado que seja cantor.
tegicamente as alternativas C, D e E. Como temos c) Há cantores que são músicos e existe advogado que
um quantificador universal negativo e sabemos que não é cantor.
para negar precisamos de um particular afirmativo, d) Nenhum cantor é músico ou não existe advogado que
só nos resta a letra A como resposta, pois a letra B seja cantor.
não está de acordo com a regra. Você também pode- e) Pelo menos um cantor não é músico ou existe advoga-
ria usar o lembrete “nenhum nega com PEA”. do que é cantor.
Resposta: Letra A. Só podemos negar um Quantificador Universal (“Todo”
RACIOCÍNIO LÓGICO
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4 · 4 = 16 maneiras. 5! 5·4·3! = 5·4
= = 10
3!·2! 3!·2·1 2
E se o problema dissesse que você não pode voltar
no mesmo transporte que viajou na ida. Qual seria a Temos, então, 10 anagramas na palavra ARARA.
resolução? O desenvolvimento é o mesmo, apenas vai
mudar na quantidade de possibilidades de escolhas Lembre-se: na permutação com repetição deve-
para voltar. Veja: mos descontar os anagramas iguais, por isso dividi-
Resolução: usando o lembrete: mos pelo fatorial do número de letras repetidas.
CUAJ CJAU AUCJ ... Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
soas nas cadeiras de uma praça, mas tínhamos apenas
3 cadeiras à disposição. De quantas formas podería-
Desta maneira, o número de anagramas é 4! = mos fazer isso?
4·3·2·1 = 24 anagramas. Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponí-
veis, isto é, 5 possibilidades. Já para a segunda cadei-
Dica ra, restam-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi
utilizada na primeira cadeira. Por último, na terceira
Anagrama é a ordenação de maneira distinta das
cadeira, poderemos colocar qualquer das 3 pessoas
letras que compõem uma determinada palavra.
restantes. Observe que sempre sobrarão duas pessoas
RACIOCÍNIO LÓGICO
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A(n, p) =
n! Lembre-se:
(n - p) ! No arranjo a ordem importa.
Na combinação a ordem não importa.
Lembre-se de que pretendemos posicionar “n” ele-
mentos em “p” posições (p sendo menor que n), e onde Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
a ordem dos elementos diferencia uma possibilidade ria com exercícios comentados de diversas bancas.
da outra. Vamos lá!
Observe a resolução do nosso exemplo usando a
fórmula: 1. (VUNESP — 2016) Um Grupamento de Operações
Especiais trabalha na elucidação de um crime. Para
A(5, 3) =
5!
=
5!
= 5·4·3·2·1 = 60 investigações de campo, 6 pistas diferentes devem
(5 - 3) ! 2! 2·1 ser distribuídas entre 2 equipes, de modo que cada
equipe receba 3 pistas. O número de formas diferen-
Uma outra informação muito importante é que tes de se fazer essa distribuição é
nos problemas envolvendo arranjo simples a ordem
dos elementos importa, ou seja, a ordem é diferente a) 6.
de uma possibilidade para outra. Vamos supor que as b) 10.
5 pessoas sejam: Ana, Bianca, Clara, Daniele e Esme- c) 12.
ralda. Agora observe uma maneira de posicionar as d) 18.
pessoas na praça: e) 20.
CADEIRA 1ª 2ª 3ª C(6, 3) = 6!
= 6 · 5 · 4 · 3! =
6·5·4
=
6·5·4
=
(6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
OCUPANTE Clara Bianca Ana
5 · 4 = 20.
A Daniele e a Esmeralda continuam de fora e a Resposta: Letra E.
Bianca permaneceu no mesmo lugar. O que mudou
foi a posição da Ana em relação à Clara. Assim, uma 2. (IDECAN — 2016) Felipe é uma criança muito bagun-
simples mudança na posição da ordem gera uma nova ceira e sempre espalha seus brinquedos pela casa.
possibilidade de posicionamento. Quando vai brincar na casa da sua avó, ele só pode
levar 3 brinquedos. Felipe sempre escolhe 1 carrinho,
Combinação 1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carri-
nhos, 5 bonecos e 4 aviões diferentes, quantas vezes
Para entendermos esse tema, vamos imaginar Felipe pode visitar a sua avó sem levar o mesmo con-
que queremos fazer uma salada de frutas e precisa- junto de brinquedos já levados antes?
mos usar 3 frutas das 4 que temos disponíveis: maçã,
banana, mamão e morango. Cortando as frutas maçã, a) 100 vezes.
banana e morango e depois colocando em um prato. b) 115 vezes.
Agora cortando as frutas banana, morango e maçã c) 130 vezes.
para colocar em um outro prato. d) 140 vezes.
Você percebeu que a ordem aqui não importou?
É exatamente isso, a ordem não importa e estamos Perceba que Felipe tem 7 carrinhos para escolher 1,
diante de um problema de Combinação. Será preciso 5 bonecos para escolher 1 e 4 aviões para escolher
calcular quantas combinações de 4 frutas, 3 a 3, é pos- 1, queremos formar grupos de 3 brinquedos, sendo
sível formar. um de cada tipo. O total de possibilidades será dado
Para resolvermos é necessário usar a fórmula: por: 7 · 5 · 4 = 140 possibilidades (conjuntos de brin-
quedos diferentes).
n! Resposta: Letra D.
C(n, p) = (n - p) !p!
Neste tópico, vamos falar sobre um tema bem PROBABILIDADE DA UNIÃO DE DOIS EVENTOS
recorrente em questões de concursos. Imagine que
vamos lançar um dado, e estamos analisando 2 even- Dados dois eventos A e B, chamamos de A ∪ B
tos distintos: quando queremos a probabilidade de ocorrer o even-
A – sair um resultado ímpar to A ou o evento B. Podemos usar a fórmula:
B – sair um número inferior a 4
Para o evento A ser atendido, os resultados favo- P (A ∪ B) = P (A) + P (B) - P (A∩B)
ráveis são 1, 3 e 5. Para o evento B ser atendido, os
resultados favoráveis são 1, 2 e 3. Vamos calcular rapi- A fórmula pode ser traduzida como a probabilida-
damente a probabilidade de cada um desses eventos: de da união de dois eventos é igual a soma das pro-
babilidades de ocorrência de cada um dos eventos,
P(A) =
3
=
1
0,5 = 50% subtraída da probabilidade da ocorrência dos dois
6 2 eventos simultaneamente.
3 1 Neste caso, quando temos A ∩ B = ϴ, ou seja, even-
P(B) = = 0,5 = 50% tos mutuamente exclusivos, tem-se que P (A ∪ B) = P
6 2
(A) + P (B).
Imagine que você tem uma urna contendo 20 bolas
E se caso tivéssemos o seguinte questionamento:
numeradas de 1 a 20. Quando uma bola é retirada ao
no lançamento de um dado, qual é a probabilidade
acaso, qual é a probabilidade de o número ser múlti-
de obter um resultado ímpar, dado que foi obtido um
plo de 3 ou de 5?
resultado inferior a 4? Em outras palavras, essa per-
Ora, veja que temos a palavra “ou” na pergunta e
gunta é: qual a probabilidade do evento A, dado que o
isso nos remete à ideia de “união” dos eventos. Sen-
evento B ocorreu? Matematicamente, podemos escre-
do assim, podemos extrair os dados para aplicar na
ver P(A/B) – leia “probabilidade de A, dado B”.
fórmula:
Aqui, já sabemos de antemão que B ocorreu. Por-
tanto, o resultado do lançamento do dado foi 1, 2 ou 3
z P(A) = probabilidade de o número ser múltiplo de 3
(três resultados possíveis). Destes resultados, apenas
dois deles (o resultado 1 e 3) atendem o evento A. Por-
Múltiplos de 3 (3, 6, 9, 12, 15, 18) = 6 possibilidades
tanto, a probabilidade de A ocorrer, dado que B ocor-
reu, é simplesmente:
6
P(A) =
2 20
P (A\B) = = 66,6%
3
z P(B) = probabilidade de o número ser múltiplo de 5
Uma outra forma de calculá-la é por meio da
seguinte divisão: Múltiplos de 3 (5, 10, 15, 20) = 4 possibilidades
4
P (A\B) =
P (A k B) P(B) =
20
P (B)
X Y
Podemos afirmar que no interior do círculo há todos
os elementos que pertencem (compõem) ao conjunto X,
já na parte externa do círculo estão todos os elementos
que não fazem parte de X, ou seja, “y” não pertence ao
conjunto X. X–Y X∩Y Y–X
No gráfico acima podemos dizer que o elemento “x”
pertence ao conjunto X e o elemento “y” não pertence.
Matematicamente, usamos o símbolo Є para indicar
essa relação de pertinência. Isto é: x Є X, já o elemento
“y” não pertence ao conjunto X, onde usamos o símbolo ∉
para essa relação de não pertinência. Matematicamente:
186
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Nesta representação, podemos interpretar a Representação de Conjunto usando Chaves
região X – Y (diferença de conjuntos) como sendo a
região formada pelos elementos de X que não fazem Geralmente usamos letras maiúsculas para repre-
parte do conjunto Y. Veja o exemplo: sentar os nomes de conjuntos e minúsculas para
representar elementos. Ex.: A = {4, 6, 7, 9}; B = {a, b,
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} c, d} etc. Ainda podemos utilizar notações matemáti-
Y = {5, 6, 7, 9, 10} cas para representar os conjuntos. Veja o exemplo a
seguir:
X – Y = basta tirar de X os elementos que estão nele
e também em Y, ou seja, X – Y = {2, 3, 4, 8} A = {∀ x Є Z | x ≥ 0}
Já no caso da região Y – X, temos:
Podemos entender e fazer a leitura do conjunto
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} anterior da seguinte maneira: o conjunto A é compos-
Y = {5, 6, 7, 9, 10} to por todo x pertencente ao conjunto dos números
Y – X = {9, 10} inteiros, tal que x é maior ou igual a zero.
Agora, veja um outro exemplo:
Podemos falar, também, da região de interseção
dos conjuntos X ∩ Y. B = {∃ x Є Z | x > 5}
Indica relação de
∉ não pertence não pertinência de
elementos
Y Indica relação de
∃ existe
existência
187
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SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO z preencha as demais informações no diagrama:
união de
A∪B Lê-se como “X união Y”
conjuntos
20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
interseção Lê-se como “X intersec-
A∩B
de conjuntos ção Y”
z identifique os conjuntos; 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
z represente em forma de diagramas;
z preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
z preencha as demais informações no diagrama; 5
z some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos. 10+10+20+5 = X
X = 45 alunos é o total dessa sala.
Vamos à resolução:
Também seria possível resolver esse tipo de ques-
z identifique os conjuntos; tão usando a seguinte fórmula:
z represente em forma de diagramas:
n(X ∪ Y) = n(X) + n(Y) – n(X ∩ Y)
Matemática Português
z preencha as informações de dentro para fora (da n(M ∪ P) = n(M) + n(P) – n(M ∩ P)
interseção para as demais informações): n(M ∪ P) = 20 + 30 – 10
n(M ∪ P) = 40
Matemática Português
Temos 40 alunos que gostam de Matemática ou
Português (aqui já está incluso quem gosta das duas
matérias). Para finalizar a resolução, devemos apenas
somar os 5 alunos que não gostam das duas matérias.
Assim, 40 + 5 = 45 alunos no total dessa sala.
10
188
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Assim como nos problemas com 2 conjuntos, quan- z preencha as demais informações no diagrama:
do nós tivermos 3 conjuntos será possível resolver
o problema por meio de Diagramas de Venn ou por André Bernardo
meio de fórmula. Acompanhe a resolução do exemplo:
André, Bernardo e Carol ouviram certa quantidade
de músicas. Nenhum deles gostaram de seis músicas
e os três gostaram de dez músicas. Além disso, hou-
ve doze músicas que só André e Bernardo gostaram,
nove músicas que só André e Carol gostaram e quatro 0 12 0
músicas que só Bernardo e Carol gostaram. Não houve
música alguma que somente um deles tenha gostado.
10
O número de músicas que eles ouviram foi?
Siga os passos a seguir: 9 4
z identifique os conjuntos;
0 Carol
z represente em forma de diagramas;
z preencha as informações de dentro para fora (da
6
interseção para as demais informações);
z preencha as demais informações no diagrama;
z some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos. Colocamos o número 10 bem no centro, pois sabe-
mos que os três gostaram de dez músicas, depois
Vamos à resolução: preenchemos com as demais informações:
Total = X
6+0+12+10+9+0+4+0=X
Carol X = 41 músicas
50 100 X
X 6 25 – 6 – x =
19 – x
0
150 100
200 Suína
C 5
� Somas Externas:
a c a+c
RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO b
=
d
=
b+d
PROBLEMAS ARITMÉTICOS,
GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS Vamos entender um pouco melhor resolvendo
uma questão-exemplo:
PROBLEMAS ARITMÉTICOS Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê-
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos
Vamos relembrar alguns conceitos e fórmulas e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro-
sobre aritmética para que possamos resolvermos porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos
questões sobre esse tópico. Como o próprio nome já está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos. Quan-
diz “Problemas de Raciocínio Lógico envolvendo Arit- to cada um vai receber?
mética”. Então, vamos fazer várias questões ao longo Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C
da teoria para entender e praticar mais ainda sobre a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que
esse assunto. Diego vai receber, então temos:
C D
RAZÃO E PROPORÇÃO COM APLICAÇÕES =
3 2
A razão entre duas grandezas é igual à divisão
entre elas, veja: Utilizando a propriedade das somas externas:
2 C D C+D
= =
5 3 2 3+2
RACIOCÍNIO LÓGICO
Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se “2 está Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas),
para 5”). então podemos substituir na proporção:
Já a proporção é a igualdade entre razões, veja:
C D C+D
= = = 10.000 = 2.000
2 4 3 2 3+2 5
=
3 6
Aqui cabe uma observação importante: esse valor
Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 2.000, que chamamos de “Constante de Proporcionali-
(Lê-se “2 está para 3 assim como 4 está para 6”). dade”, é que nos mostra o valor real das partes dentro
da proporção. Veja:
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C 2A + 3B = 13.000
= 2.000
3
Agora, multiplicando em cima e embaixo de um
C = 2000 · 3 lado por 2 e do outro lado por 3, temos:
C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
2A 3B
D =
= 2.000 4 9
2
Aplicando a propriedade das somas externas,
D = 2.000 · 2 podemos escrever o seguinte:
D = 4.000 (esse é o valor de Diego) 2A 3B 2A + 3B
= =
4 9 4+9
Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
ber R$4.000; Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro-
porção, temos:
z Somas Internas: 2A 3B 2A + 3B 13.000
= = = = 1.000
4 9 4+9 13
a c a+b c+d
= = =
b d b d Logo,
2A
É possível, ainda, trocar o numerador pelo deno- = 1.000
4
minador ao efetuar essa soma interna, desde que
o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
2A = 4 · 1.000
proporção.
2A = 4.000
a c a+b = c+d
= =
b d a c
A = 2.000
Vejamos um exemplo:
Fazendo a mesma resolução em B:
x 2 3B
= = 1.000
14 - x 5 9
3B = 9 · 1.000
x + 14 - x 2+5
=
x 2 3B = 9.000
14 7 B = 3.000
=
x 2
Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa
7 · x = 2 · 14 receberão R$2.000 de bônus. Já os funcionários com 3
14 · 2 anos de casa receberão R$3.000 de bônus.
x= =4 O total pago pela empresa será:
7
Observação: vale lembrar que essa propriedade Agora vamos estudar um tipo de problema que
também serve para subtrações internas; aparece frequentemente em provas de concursos
envolvendo razão e proporção.
z Soma com Produto por Escalar:
REGRA DA SOCIEDADE
a c a + 2b c + 2d
= = = Diretamente Proporcional
b d b d
Vejamos um exemplo para melhor entendimento: Um dos tópicos mais comuns em questões de prova é
Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000 dividir uma determinada quantia em partes proporcio-
proporcionalmente ao número de anos trabalhados. nais a determinados números. Vejamos um exemplo para
São dois funcionários que trabalham há 2 anos na entendermos melhor como esse assunto é cobrado.
empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos. Exemplo:
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em
o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa, partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor
temos: dessas partes corresponde a:
A B Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro-
= porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X
2 3
é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é propor-
Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3 cional a 6, ou seja, podemos representar na forma de
funcionários na categoria B, podemos escrever que a razão. Veja:
soma total dos prêmios é igual a R$13.000.
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X Y Z x 1.200.000
= = = constante de proporcionalidade = = 200.000
4 5 6 6 6
Usando uma das propriedades da proporção, Logo, as partes dividas inversamente propor-
somas externas, temos: cionais aos números 4, 5 e 6 são, respectivamente
300.000, 240.000 e 200.000.
X+Y+Z 900.000
= 60.000
4+5+6 15 A seguir, analise alguns exercícios comentados
sobre o assunto.
A menor dessas partes é aquela que é proporcional
a 4, logo: 1. (FAEPESUL — 2016) Em uma turma de graduação
em Matemática Licenciatura, de forma fictícia, temos
X que a razão entre o número de mulheres e o número
= 60.000
4 total de alunos é de 5/8. Determine a quantidade de
homens desta sala, sabendo que esta turma tem 120
X = 60.000 · 4 alunos.
X = 240.000
a) 43 homens.
Inversamente Proporcional b) 45 homens.
c) 44 homens.
É um tipo de questão menos recorrente, mas, não d) 46 homens.
menos importante. Consiste em distribuir uma quan- e) 47 homens.
tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um
quinhão inversamente proporcional a três números. A razão entre o número de mulheres e o número
Vejamos um exemplo: total de alunos é de 5/8:
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes M 5
inversamente proporcionais a 4, 5 e 6. =
T 8
Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis-
tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res- A turma tem 120 alunos, então: T = 120
pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao Fazendo os cálculos:
total que dever ser distribuído para facilitar o nosso
cálculo, veja: M
=
5
T 8
X X X
+ + = 740.000 M
=
5
4 5 6 120 8
2–5–3|2 M = 75
b) 29.
X = 1.200.000 c) 28.
Agora basta substituir o valor de X nas razões para d) 27.
achar cada parte da divisão inversa. e) 26.
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No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão 6x
+
9x
+
8x
= 7.900
aniversário, assim como uma pessoa com 21 anos, e 1 2 3
a razão em questão passará a ser de 5/8.
Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos:
120 4x - 2
= = 5 36x 27x 16x
121 5x + 2 - 1 8 6
+
6
+ 6
= 7.900
4x - 2 5 79x
=
5x + 1 8 = 7.900
6
8 · (4x - 2) = 5 · (5x + 1) x = 600
32x – 16 = 25x + 5 Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio-
7x = 21 nal a:
9x
x=3
2
Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o
valor de X na primeira equação: Basta substituirmos o valor de X na proporção.
9x 9 x 600
9x = 9 · 3 = 27 é o número total de pessoas nesse = = 2.700
grupo. Resposta: Letra D. 2 2
(Valor que Sandra irá receber é MAIOR que 2.500).
3. (IBADE — 2018) Três agentes penitenciários de um
país qualquer, Darlan, Arley e Wanderson, recebem Resposta: Errado.
juntos, por dia, R$ 721,00. Arley recebe R$ 36,00 mais
que o Darlan, Wanderson recebe R$ 44,00 menos que 5. (IESES — 2019) Uma escola possui 396 alunos matri-
o Arley. Assinale a alternativa que representa a diária culados. Se a razão entre meninos e meninas foi de
de cada um, em ordem crescente de valores. 5/7, determine o número de meninos matriculados.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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z Grandezas Diretamente Proporcionais: o Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos
aumento de uma grandeza implica o aumento da montar a relação e analisar:
outra;
z Grandezas Inversamente Proporcionais: o 5 (prof.) --------- 12 (dias)
aumento de uma grandeza implica a redução da 30 (prof.) -------- X (dias)
outra.
Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um
Vamos esquematizar para sabermos quando será aumento (+), mas como agora estamos com uma equi-
direta ou inversamente proporcionais: pe maior o trabalho será realizado mais rapidamente.
Logo, a quantidade de dias deverá diminuir (-). Des-
DIRETAMENTE sa forma, as grandezas são inversamente proporcio-
PROPORCIONAL + / + OU - / - nais e vamos resolver multiplicando na horizontal.
Observe:
Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
5 (prof.) 12 (dias)
(sinais iguais)
30 (prof.) X (dias)
PROPORCIONAL + / - OU - / + 30 · X = 5 · 12
30X = 60
DIRETAMENTE
Exercite seus conhecimentos através dos exercí-
PROPORCIONAL
Multiplica cruzado cios comentados a seguir.
40
=
3
#
1000 O número de páginas a serem ocupadas pelo texto
X 6 2000 respeitando as novas condições é igual a 18.
Agora basta resolver a proporção para acharmos Exercite seus conhecimentos através dos exercí-
o valor de X. cios comentados a seguir.
Dessa maneira, 1000 é o todo, enquanto 100 é a Exercite seus conhecimentos através dos exercí-
parte que corresponde a 10% de 1000. cios comentados a seguir.
Quando o todo varia, a porcentagem também
varia, veja um exemplo: 1. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Em determinada loja, uma
Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira. bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista ou em duas
Sabendo que o curso que ele comprou possui um total vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma parcela de R$
de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas 920 com vencimento para o mês seguinte. Caso queira
por Roberto? antecipar o crédito correspondente ao valor da parcela,
O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual, a lojista paga para a financeira uma taxa de antecipação
devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração. correspondente a 5% do valor da parcela.
Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
2 1 Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de finan-
=
8 4 ciamento pago pelo cliente será inferior a 14% ao mês.
É relevante também você saber que no regime de no regime de juros simples, rendeu R$ 65,00 de juros.
juros simples, taxas de juros proporcionais são, tam- Sabendo-se que a taxa de juros contratada foi de 2,5%
bém, taxas de juros equivalentes. ao ano, é correto afirmar que o período da aplicação
foi de
Exercite seus conhecimentos através dos exercí-
cios comentados a seguir. a) 20 meses.
b) 22 meses.
1. (FEPESE — 2018) Uma TV é anunciada pelo preço c) 24 meses.
de R$ 1.908,00 para pagamento em 12 parcelas de d) 26 meses.
159,00. A mesma TV custa R$ 1.410,00 para paga- e) 30 meses.
mento à vista. Portanto o juro simples mensal incluído
na opção parcelada é: 201
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J = c · i · t/100 M = 10000 · (1 + 0,10)4
65 = 1.200 · 2,5 · t/100 M = 10000 · (1,10)4
65 = 30t
t = 65/30 · 12 M = 10000 · 1,4641
t = 26 meses M = 14.641,00 reais
Resposta: Letra D.
Podemos fazer a comparação entre juros simples e
5. (IBADE — 2019) Juliana investiu R$ 5.000,00, a juros compostos. Observe a tabela abaixo:
simples, em uma aplicação que rende 3% ao mês,
durante 8 meses. Passados 8 meses, Juliana retirou
todo o dinheiro e investiu somente metade em uma JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS
outra aplicação, a juros simples, a uma taxa de 5% ao Mais onerosos se t < 1 Mais onerosos se t > 1
mês por mais 4 meses. O total de juros arrecadado por
Juliana após os 12 meses foi: Mesmo valor se t = 1 Mesmo valor se t = 1
Juros capitalizados no final Juros capitalizados periodi-
a) R$ 1.200,00. do prazo camente (“juros sobre juros”)
b) R$ 1440,00. Crescimento linear (reta) Crescimento exponencial
c) R$ 620,00.
d) R$ 1820,00. Valores similares para pra- Valores similares para pra-
e) R$ 240,00. zos e taxas curtos zos e taxas curtos
Imagine que você pegou um empréstimo de Isto é, o logaritmo de uma divisão entre A e B é
R$10.000,00 no banco, cujo pagamento deve ser rea- igual à subtração dos logaritmos de cada número.
lizado após 4 meses, à taxa de juros de 10% ao mês. Também, é importante ter em mente que “logA”
Ficou combinado que o cálculo de juros de cada mês significa “logaritmo do número A na base 10”.
será feito sobre o total da dívida no mês anterior, e Observe um exemplo:
não somente sobre o valor inicialmente emprestado. No regime de juros compostos com capitalização
Neste caso, estamos diante da cobrança de juros com- mensal à taxa de juros de 1% ao mês, a quantidade de
postos. Podemos montar a seguinte tabela: meses que o capital de R$100.000 deverá ficar investi-
do para produzir o montante de R$120.000 é expressa
por:
MÊS DO EMPRÉSTIMO 10.000,00
1º MÊS 11.000,00 log2, 1
2º MÊS 12.100,00 log1, 01
3º MÊS 13.310,00
Temos a taxa j=1%am, capital C=100.000 e montan-
4º MÊS 14.641,00
te M=120.000. Na fórmula de juros compostos:
Logo, ao final de 4 meses você deverá devolver
M = C · (1+j)t
ao banco R$14.641,00 que é a soma da dívida inicial
(R$10.000,00) e de juros de R$4.641,00. 120000 = 100000 · (1+1%)t
Fórmula utilizada em juros compostos:
12 = 10 · (1,01)t
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Para que a proporção álcool/gasolina no tanque A GEOMETRIA
fique igual à do tanque B é suficiente acrescentar no
tanque A uma quantidade de álcool que é inferior a 25 Ponto, Reta e Plano
L.
Quando falamos sobre ponto, reta e plano, deve-
( ) CERTO ( ) ERRADO mos ficar atentos que a parte mais importante é em
relação à sua representação geométrica e espacial.
A proporção álcool/gasolina do tanque B é de 50/150
= 1/3. z Representação Simbólica:
Suponha que precisamos acrescentar uma quanti-
dade X de álcool no tanque A para ele chegar nesta os pontos são representados por letras maiús-
mesma proporção. A quantidade de álcool passará culas do nosso alfabeto, ou seja, A, B, C etc.;
a ser de 60 + X e a de gasolina será 240, de modo que as retas são representadas pelas letras minús-
ficaremos com a razão: culas do nosso alfabeto, ou seja, a, b, c etc.;
1/3 = (60+X) / 240 os planos são representados pelas letras gregas
Como o 240 está dividindo o lado direito, vamos minúsculas, ou seja, β, ∞, α etc.
passá-lo para o lado esquerdo multiplicando:
240 · 1/3 = 60 + X z Representação Gráfica:
80 = 60 + X
60 + X = 80 r
X = 80 - 60 P
X = 20 litros. α
Resposta: Certo ponto
( ) CERTO ( ) ERRADO A
P
S3 tem 40 anos em 2020. S1 é 8 anos mais novo que
S3, ou seja, em 2020 sabemos que S1 terá 32 anos de
B
idade. Como S2 é 2 anos mais velho que S4, podemos
dizer que:
Idade de S2 = Idade de S4 + 2
Usando X1, X2, X3 e X4 para designar as respectivas
idades no ano de 2020, podemos escrever que: Pontos colineares são aqueles que pertencem à
X2 = X4 + 2 mesma reta.
Sabemos que a soma das idades, em 2020, é igual a
140 anos:
C
X1 + X2 + X3 + X4 = 140
32 + (X4+2) + 40 + X4 = 140 B
A B
74 + 2X4 = 140
2. X4 = 66 A c
X4 = 33 r
Logo, X2 = X4 + 2 = 33 + 2 = 35 anos em 2020. COLINEARES
r
E S2 deve ter nascido em 2020 – 35 = 1985. Não NÃO COLINEARES
RACIOCÍNIO LÓGICO
C α a
B c
A
d
r A B s t
A D a
Por duas retas concorrentes:
B E
b
α C F
c
S C G
D
d
r A B
Ângulos
S
Ângulo é a medida de uma abertura delimitada por
duas semirretas. Veja na figura a seguir o ângulo A, que é
r a abertura delimitada pelas duas semirretas desenhadas:
Reta s
s O ponto desenhado acima no encontro entre as
duas semirretas é denominado “Vértice do ângulo”.
Segmento de Reta AB Um ângulo é medido de acordo com a sua abertura.
A B t Dizemos que uma abertura completa mede 360 graus
(360º). Veja:
Semirreta AB
A B u
Polígonos
Os ângulos podem ser classificados quanto ao
valor do ângulo em relação à 90°: Polígono é qualquer figura geométrica fechada for-
mada por uma série de segmentos de reta. Observe:
z Ângulos agudos: são aqueles ângulos inferiores à
90°. Ex.: 30o, 42o, 63o;
z Ângulos obtusos: são aqueles ângulos superiores
à 90o. Ex.: 100o, 125o e 155o.
B E
A/2
A/2
C D
RACIOCÍNIO LÓGICO
207
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z a soma do ângulo interno e do ângulo externo de Veja que podemos colocar o ângulo “a” como suple-
um mesmo vértice é igual a 180º; mentar de 115°, pois os segmentos KL e DE são
z a soma dos ângulos internos de um polígono de n paralelos. Assim como o ângulo 55° é suplementar
lados é: do ângulo “x”. Assim,
a + 115 = 180
S = (n – 2) · 180°
a = 65º
------------------
Dica x + 55 = 180
A soma dos ângulos internos de um triângulo (n x = 125º
Logo, x + a = 190º.
= 3) é 180º e nos quadriláteros (polígonos de 4
Resposta: Letra D.
lados) esta soma é 360º.
2. (CONSULPLAN — 2018) A soma dos ângulos internos
Os polígonos que possuem todos os lados iguais
de um polígono regular que tem 20 diagonais é
e todos os ângulos internos iguais (congruentes) são
chamados de polígonos regulares. Conheça algumas
a) 495.
nomenclaturas dos principais polígonos regulares e
b) 720.
os seus números de lados.
c) 990.
d) 1080.
Nº DE Nº DE
NOME NOME
LADOS LADOS Vamos aplicar a fórmula das diagonais de um polí-
3 Triângulo 9 Eneágono gono para descobrir o número de lados:
4 Quadrilátero 10 Decágono n # (n - 3)
D=
5 Pentágono 11 Undecágono 2
6 Hexágono 12 Dodecágono 2
n - 3n
7 Heptágono ... ... 20 =
2
8 Octógono 20 Icoságono
40 = n2 - 3n
Exercite seus conhecimentos através dos exercí- n2 – 3n - 40 = 0
cios comentados a seguir.
Vamos achar as raízes da equação do 2° grau:
1. (IDECAN — 2013) No triângulo a seguir, o lado KL é
paralelo ao segmento DE. - (-3) ± √(-3)2 -4 · 1 · (- 40)
n=
J 2·1
3 ± √9 + 160
x n=
D E 2
115°
3 ± 13
n=
a 55°
2
K L
Como “n” é o número de diagonais, precisamos ape-
A soma dos valores dos ângulos “x” e “a” é nas pegar o resultado positivo. Logo,
a) 170°. 3 + 13
n= = 8 lados
b) 180°.
2
c) 185°.
d) 190°.
Aplicando a fórmula da soma dos ângulos internos
e) 195°.
de um polígono, temos:
J S = (n – 2) · 180°
S = (8 – 2) · 180°
55° x S = 1080°.
a
D Resposta: Letra D.
E
115°
3. (FEPESE — 2019) Na figura abaixo, as retas r e s são
paralelas.
a 55°
K L
208
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r Medidas de Comprimento
α
A unidade principal tomada como referência é o
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife-
rentes que servem para medir dimensões maiores ou
β menores. A conversão de unidades de comprimento
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo:
θ
s
Km hm dam m dm cm mm
(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)
Se o ângulo α mede 44°30’ e o ângulo θ mede 55°30’,
então a medida do ângulo β é:
×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10
a) 100°.
b) 55°30’. Km hm dam m dm cm mm
c) 60°.
d) 44°30”.
e) 80°. :10 :10 :10 :10 :10 :10
b) 70°.
c) 75°. ×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100
d) 80°.
e) 90°.
Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Se os ângulos do triângulo se encontram na razão
2:3:4, podemos chamá-los de 2x, 3x e 4x e a soma :100 :100 :100 :100 :100 :100
dos ângulos de um triângulo qualquer é sempre
180º.
Exemplo: converter 5,3 m2 para cm2:
Assim, 2x + 3x + 4x = 180°
Para sair do metro quadrado e chegar no cen-
9x = 180°
tímetro quadrado devemos multiplicar por 10000
x = 20°
(100·100), pois “andamos” duas casas até chegar em
O maior ângulo é 4x = 4 ∙ 20° = 80°
centímetro quadrado. Logo, 5,3m2 = 5,3 · 10000 =
Resposta: Letra D.
53000 cm2.
MÉTRICA, ÁREAS E VOLUMES, ESTIMATIVAS,
Medidas de Volume (Capacidade)
APLICAÇÕES
A unidade principal tomada como referência é o
Sistema de Unidades de Medidas
RACIOCÍNIO LÓGICO
209
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A conversão de unidades de superfície segue Os nomes são semelhantes, mas os símbolos que os
potências de 1000. Veja o esquema a seguir indicam são diferentes, veja:
:1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 Chamamos de retângulo um paralelogramo (polí-
gono que tem 4 lados opostos paralelos) com todos os
ângulos internos iguais à 90°.
Exemplo: converter 5,3 m3 para cm3:
Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro b
cúbico devemos multiplicar por 1000000 (1000·1000),
pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
cúbico. Logo,
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3) Para calcularmos a área, vamos fazer a multipli-
cação de sua base (b) pela sua altura (h), conforme a
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3) fórmula:
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
A=b·h
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
Exemplo: um retângulo com 10 centímetros de
Medidas de Tempo lado e 5 centímetros de altura, a área será:
A = L2
b
Trapézio
A área do paralelogramo também é dada pela mul-
Temos um polígono com 4 lados, sendo 2 deles tiplicação da base pela altura:
paralelos entre si, e chamados de base maior (B) e
base menor (b). Temos, também, a sua altura (h) que A=b·h
é a distância entre a base menor e a base maior. Veja
na figura a seguir Triângulo
b
Trata-se de uma figura geométrica com 3 lados.
Veja-a a seguir:
a c
B
(B + b) # h
A= Para calcular a área do triângulo, é preciso conhe-
2
cer a sua altura (h):
Losango
L h
L
b
L L
O lado “b”, em relação ao qual a altura foi dada, é
chamado de base. Assim, calcula-se a área do triângu-
Para calcular a área de um losango, vamos preci- lo utilizando a seguinte fórmula:
sar das suas duas diagonais: maior (D) e menor (d) de
b#h
acordo com a figura a seguir: A=
2
D#d a a
A=
2 c
Paralelogramo
b h c
a B c
n m
C A C H B
b a
z Triângulo equilátero: é o triângulo que tem todos Devemos nos atentar em relação à algumas fórmu-
os lados iguais. Consequentemente, ele terá todos las que são extraídas do triângulo acima que poderão
os ângulos internos iguais: nos ajudar com a resolução de algumas questões. Veja
quais são:
h2 = m·n
b2 = m·a
A c2 = n·a
a a
b×c = a·h
h
Essas fórmulas são chamadas de relações métricas
A A do triângulo retângulo.
a Círculo
Podemos calcular a altura usando a seguinte Todos os pontos estão a uma mesma distância em
fórmula: relação ao centro do círculo ou circunferência. Cha-
mamos de raio e geralmente é representada por “r”.
Veja na figura a seguir:
a 3
h=
2
A A = π · r2
b A = π · (10)2
A = π · 100
Temos as seguintes nomenclaturas para cada lado
do triângulo. Veja: Substituindo π por 3,14, temos:
O ângulo marcado com um ponto é o ângulo reto
(90º). Oposto a ele temos o lado “c” do triângulo, que A = 3,14·100 = 314cm2
chamaremos de hipotenusa. Já os lados “a” e “b”,
que são adjacentes ao ângulo reto, são chamados de O perímetro de uma circunferência que é a mes-
catetos. ma coisa que o comprimento da circunferência é dado
O Teorema de Pitágoras nos dá uma relação entre por:
a hipotenusa e os catetos, dizendo que a soma dos
quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipote- C=2·π·r
nusa: a2 = b2 + c2.
212
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Para exemplificar, vamos calcular o perímetro Logo, comprimento do setor circular =
daquela circunferência com 10cm de raio:
a # 2rr
C = 2 · 3,14 · 10 360c
C = 6,28 · 10 = 62,8 cm
GEOMETRIA ESPACIAL
O diâmetro (D) de uma circunferência é um seg-
mento de reta que liga um lado ao outro da circun- Poliedros
ferência, passando pelo centro. Veja que o diâmetro
mede o dobro do raio, ou seja, 2r. São figuras espaciais formadas por diversas faces,
cada uma delas sendo um polígono regular. Vamos
conhecer os principais poliedros, destacando alguns
pontos importantes como área e volumes.
c a
b
a a
V = a · a · = a3
360° --------------------- 2 πr
α -------------------------- Comprimento do setor circular
Prisma triangular Prisma Prisma Prisma
Pentagonal Hexagonal Quadrangular 213
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O volume para qualquer tipo de prisma será sem- O raio é simplesmente a distância do centro da es-
pre o produto da área da base pela altura. Veja: fera até qualquer ponto da sua superfície.
O volume da esfera é calculado usando a seguinte
V = Ab · h
fórmula:
A área total de um prisma será a soma da área late- 4 3
V = 3 # rr
ral com duas bases.
Cilindro A = 4 · πr2
Altura
Base (círculo)
Geratriz
Geratriz
H H
R C
R
R
A área da superfície lateral do cilindro é igual a
2πℎ e o volume do cilindro é o produto da área da
base pela altura: V = πr2 · ℎ. Temos, também, a área lateral que é dada pela fór-
mula πrg , onde “g” é o comprimento da geratriz do cone.
Esfera Para calcularmos o volume de um cone, basta
sabermos que equivale a 1/3 do produto entre a área
Quando estamos estudando a esfera, precisamos
da base pela altura. Veja:
lembrar que tudo depende e gira em torno do seu raio,
ou seja, é o sólido geométrico mais fácil de trabalhar.
2
rr h
V=
3
Pirâmides
a) 450 m2.
b) 500 m2.
c) 400 m2.
d) 350 m2.
e) 550 m2.
Pirâmide Pirâmide
Hexagonal Heptagonal Foi dado o perímetro dessa praça, que corresponde
à soma de todos os lados. Logo:
O segmento de reta que liga o centro da base a um 2x + 2 · (x + 20) = 160
ponto médio da aresta da base é denominado “apó- 2x + 2x + 40 = 160
tema da base”. Por sua vez, indicaremos por “m” 4x = 120
o apótema da base. E o segmento que liga o vértice x = 30 m
da pirâmide ao ponto médio de uma aresta da base A área, portanto, será:
é denominado “apótema da pirâmide”. Indicaremos Área = 30 · (30 + 20)
por m′ o apótema da pirâmide. Veja: Área = 30 · 50 = 1500 m²
Como 70% está recoberta por grama, 100 – 70 = 30%
não é recoberta. Logo:
Área não recoberta = 0,3 · 1500 = 450 m². Resposta:
Letra A.
a) 20 m².
b) 100 m².
m c) 1.000 m².
d) 1.900 m².
e) 2.000 m².
A área lateral da pirâmide é dada por:
A área de um quadrado é L². Inicialmente os lados
do quadrado deveriam medir L = 100 m, portanto a
Aℓ = pm′
área seria A = 100² = 10000 m². Porém, L foi regis-
trado com 10% a menos, ou seja, 100 – 10% · 100 =
A área total da pirâmide é dada por: 90 m. Logo, a área passou a ser 90² = 8100 m².
Então, a área que deixou de ser registrada foi de:
AT = Ab + Aℓ 10000 – 8100 = 1900 m². Resposta: Letra D.
O volume da pirâmide é calculado da mesma for- 3. (IDECAN — 2018) A figura a seguir é composta por
ma que o volume do cone: 1/3 do produto da área da
RACIOCÍNIO LÓGICO
4. (IBFC — 2017) A alternativa que apresenta o número O volume total do reservatório é de 4 + 3,5 = 7,5m3.
total de faces, vértices e arestas de um tetraedro é: Usando a fórmula para calcular o volume, ou seja,
Volume = comprimento x largura x altura
a) 4 faces triangulares, 5 vértices e 6 arestas. 7,5 = 2,5 · 2 · h
b) 5 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas. 3=2·h
c) 4 faces triangulares, 4 vértices e 7 arestas. h = 1,5m
d) 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas. Resposta: Letra B.
e) 4 faces triangulares, 4 vértices e 5 arestas.
MATRIZES E DETERMINANTES
Um tetraedro é uma figura formada por 4 faces ape-
nas, veja: Matrizes
< 3 7F
5 1
5. (VUNESP — 2018) Em um reservatório com a forma AT =
de paralelepípedo reto retângulo, com 2,5 m de com- -
primento e 2 m de largura, inicialmente vazio, foram
despejados 4 m³ de água, e o nível da água nesse
reservatório atingiu uma altura de x metros, conforme Uma matriz é quadrada quando possui o mesmo
mostra a figura. número de linhas e colunas. Foi o que aconteceu no
nosso exemplo.
Uma matriz possui uma diagonal principal, que no
nosso exemplo da matriz A2x2 é formada pelos núme-
ros 5 e 7. A outra diagonal é dita secundária, formada
pelos números -3 e 1.
; E
× 5 -3
A=
1 7
h Secundária Principal
2
Falamos que há uma matriz de identidade de
ordem “n” quando a matriz quadrada possui todos
2,5 os termos da diagonal principal iguais a 1 e todos os
demais termos iguais a zero. Veja a matriz identidade
de ordem 3:
216
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RS1 0 0V
W [(1 · 3 · (-1) + 1 · 5 · 0 + 2 · (-2) · 7)] - [(2 · 3 · 0 + 1 · 5 · 7 + 1
SS W
I3 = S 0W
WW · (-2) · (-1))]
SS0 1
W
S0 0 1W (-3 + 0 – 28) – (0 + 35 + 2) =
T X
-31 – 37 = -68.
JK1 2 1 0N
; E
5 -3
KK O O
Se A =
3 1 0O
Se A = K O
1 7 2
KK O
KK2 -3 2 1O
OO
Então det(A) = 5 · 7 – (-3) · 1 = 38.
K2 1 1 4O
L P
z Matriz de ordem 3
Então, devemos seguir os passos apresentados
Em uma matriz quadrada de ordem 3, o determi-
acima:
nante é calculado da seguinte forma:
RS 1 1 2V
W escolher uma linha ou coluna da matriz (dê
S W preferência para a que tiver mais zeros);
Se A = SSS- 2 3 5WWW
SS 0 W
7 - 1W
T X JK1 2 1 0N
O
KK O
KK2 3 1 0O
O
Então, veja o passo a passo como calcular o det(A). KK2 O
3 2 1O
OO
KK
Repetir as duas primeiras colunas: 2 1 1 4O
L P
1 1 2 1 1
calcular o cofator relativo a cada termo da
-2 3 5 -2 3 linha ou coluna escolhida;
0 7 -1 0 7
RACIOCÍNIO LÓGICO
Calculando o determinante 3x3 que restou, temos: 2. (FCC — 2017) Um terreno tem a forma de um trapézio.
Os lados não paralelos têm a mesma medida.
Determinante = 1·3·2 + 2·1·2 + 2·(-3)·1 – 1·3·2 – 1·(-
A base maior desse trapézio mede 12 m, a base menor
3)·1 – 2·2·2
mede 6 m e a altura mede 4 m. A área e o perímetro
Determinante = -7
desse terreno são, respectivamente, iguais a
Assim, o cofator A44 é:
a) 32 m² e 28 m.
A44 = (-1)4+4 · determinante b) 36 m² e 28 m.
A44 = (-1)8 · (-7) c) 36 m² e 24 m.
d) 32 m² e 24 m.
A44 = 1 · (-7) e) 36 m² e 26 m.
A44 = -7.
Extraindo os dados temos B = 12 m, b = 6 m e H =
Agora, podemos calcular o determinante da matriz 4m. Vamos chamar os lados não paralelos de “L”.
original: Veja como fica esse trapézio:
Determinante = a14· A14 + a24· A24 + a34 · A34 + a44· A44 6m
Determinante = 0A14 + 0A24 + 1 · 2 + 4 (-7)
Determinante = 0 + 0 + 2 - 28 L L
Determinante = -26 4m
12 m
z o determinante de A é igual ao de sua transposta A T
A= ;
3 -2
E e B = < 1 2F
1 4
HORA DE PRATICAR!
1 2 -
1. (CEBRASPE-CESPE — 2023) O lema apresentado em nos-
sa bandeira — Ordem e Progresso — é a diretriz escolhida
Então, o resultado da expressão para nortear a conduta da sociedade brasileira, e a expres-
são desse lema pela sociedade é consequência de sua
detA maturidade social e de seu desenvolvimento econômico.
detB
O texto precedente pode ser expresso corretamente
É igual a: pela proposição lógica
a) 4/3. a) P.
b) -2. b) P˄Q.
c) 3/4. c) P → (Q˄R).
d) (P˄Q) → R.
RACIOCÍNIO LÓGICO
d) 2.
e) ½.
2. (CEBRASPE-CESPE — 2022) A Democracia e a Justiça
Para encontra a resposta da questão, você precisa Social estão sempre lado a lado, e a Justiça Social é
achar o determinante de cada matriz. Sendo assim: consequência direta do nível de maturidade da socie-
dade e do aprendizado do significado de ser humano.
3 2
det A = = 3 · 2 – (-2 · 1) = 6 + 2 = 8 Considerando-se os conectivos lógicos usuais e assu-
1 2
mindo-se que as letras maiúsculas P, Q, R e S repre-
1 4 sentem proposições lógicas, o texto precedente pode
det B = = 1 · 2 – 4 · (-1) = 6 ser expresso corretamente pela seguinte proposição
1 2
lógica:
219
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a) P. 6. (VUNESP — 2023) Considere a afirmação:
b) P∧Q
c) P∧(Q ⇒ R) Animais são bípedes ou são quadrúpedes e árvores
d) (P∧Q) ⇒ R tem folhas verdes.
e) (P∧Q) ⇒ (R∧S)
Uma afirmação que corresponda à negação lógica
3. (CEBRASPE-CESPE — 2023) Texto dessa afirmação é:
O diálogo a seguir apresenta uma discussão sobre a) Árvores não tem folhas verdes e animais são bípedes
e são quadrúpedes.
futebol.
b) Animais não são bípedes ou não são quadrúpedes e
árvores não têm folhas verdes.
Alvin: Seu time é muito ruim...
c) Animais não são bípedes ou não são quadrúpedes, ou
Bruno: Você está errado, pois meu time é multicam- árvores não têm folhas verdes.
peão de inúmeros torneios. Alvin: [seu time] nunca foi d) Árvores têm folhas verdes e animais não são bípedes
campeão da Champions League. ou são quadrúpedes.
Bruno: [meu time] foi campeão da Champions League e) Árvores não têm folhas verdes ou animais não são
todas as vezes que disputou esse campeonato. bípedes e não são quadrúpedes.
A partir do texto e sabendo-se que o time de Bruno 7. (VUNESP — 2022) Uma afirmação que corresponde à
nunca disputou a Champions League, assinale a negação lógica da afirmação: “Troveja e chove muito,
opção correta. ou o dia está lindo”, é:
a) A segunda afirmação de Alvin é verdadeira, mas a a) Não troveja e não chove muito, ou o dia não está lindo.
segunda afirmação de Bruno é falsa. b) Não troveja ou chove muito, ou o dia está lindo.
b) A segunda afirmação de Alvin é falsa, mas a segunda c) Não troveja ou não chove muito, e o dia não está lindo.
afirmação de Bruno é verdadeira. d) Troveja ou chove muito, e o dia não está lindo.
c) A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação e) Troveja ou não chove muito, e o dia está lindo.
de Bruno são ambas falsas.
d) Não é possível determinar o valor lógico de pelo 8. (VUNESP — 2020) Considere a seguinte afirmação:
menos uma dentre as segundas afirmações de Alvin e
Bruno. O técnico em análises clínicas realiza testes laborato-
riais e faz análises microscópicas.
e) A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação
de Bruno são ambas verdadeiras.
Uma negação lógica para a afirmação apresentada
está contida na alternativa:
4. (VUNESP — 2022) Considere falsidade a seguinte pro-
posição: “Se eu dormi bem na noite passada, então a) O técnico em análises clínicas não realiza testes labo-
estou descansado e feliz”. ratoriais e não faz análises microscópicas.
b) O técnico em análises clínicas não realiza testes labo-
Com base na informação apresentada, é necessaria- ratoriais ou não faz análises microscópicas.
mente verdade que eu c) O técnico em análises clínicas não realiza testes labo-
ratoriais, mas faz análises microscópicas.
a) não estou feliz. d) Quem realiza testes laboratoriais e faz análises
b) estou descansado. microscópicas não é técnico em análises clínicas.
c) não estou descansado. e) Quem não realiza testes laboratoriais e não faz análi-
d) dormi bem na noite passada. ses microscópicas é técnico em análises clínicas.
e) não dormi bem na noite passada.
9. (FGV — 2022) Considere as sentenças a seguir.
5. (VUNESP — 2019) Considere as afirmações e seus
respectivos valores lógicos. Paulo é carioca ou Bernardo é paulista.
Se Sérgio é amazonense, então Paulo é carioca.
I. Maria é uma excelente enfermeira. FALSA. Sabe-se que a primeira sentença é verdadeira e a
segunda é falsa. É correto concluir que
II. Joel não é um carpinteiro. VERDADEIRA.
III. Paulo é um cantor de pagode. VERDADEIRA.
a) Paulo é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é
IV. Sandra não é uma analista competente. FALSA.
amazonense.
b) Paulo é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é
A alternativa que apresenta uma proposição compos- amazonense.
ta verdadeira é c) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é
amazonense.
a) Se Paulo é um cantor de pagode, então Maria é uma d) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio não é
excelente enfermeira. amazonense.
b) Joel não é um carpinteiro e Sandra não é uma analista e) Paulo não é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é
competente. amazonense.
c) Paulo não é um cantor de pagode ou Sandra é uma
analista competente. 10. (FCC — 2022) Toda vez que viaja ao interior, Luciano
d) Se Maria não é uma excelente enfermeira, então San- não vai à feira. Quando está em férias e não é dia útil,
dra não é uma analista competente. Luciano viaja ao interior. Se hoje Luciano foi à feira,
220 e) Joel é um carpinteiro ou Paulo não é cantor de pagode. então, necessariamente,
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) é dia útil. 14. (FCC — 2021) Independentemente de sua inserção
b) Luciano está em férias. num complexo social de mudança, a crise da palavra
c) Luciano não está em férias. escrita em face da imagem explica- -se, igualmente,
d) não é dia útil. por motivos psicológicos. [...] a palavra escrita é um
e) Luciano não viajou ao interior. sinal, isto é, uma convenção que, para ser compreen-
dida, deve antes provocar todo um sistema de esfor-
11. (VUNESP — 2020) Considere as afirmações e a atribui- ço intelectual. A imagem, ao contrário, oferece-se por
ção de seus respectivos valores lógicos. assim dizer diretamente à consciência: ela dispensa,
em grande parte, o exercício crítico e “reconstrutor”
I. Tiago foi à escola ou Denise ficou dormindo. Afirma- exigido pelo sinal. Na diferença psicológica entre o
ção VERDADEIRA. sinal e a imagem reside todo o segredo do enorme
II. Fernando praticou natação, e Juliana fez a lição de prestígio desta última, do seu poder sugestivo infini-
casa. Afirmação FALSA. tamente maior. A imagem não requer quase nada de
III. Caio não foi trabalhar ou Tiago não foi à escola. Afir- colaboração por parte do homem: ela traz em si mes-
mação VERDADEIRA. ma o seu significado.
IV. Se Marcos estava doente, então Denise ficou dormin-
(MARTINS, Wilson. A palavra escrita. 2. ed. São Paulo: Ática, 1996,
do. Afirmação FALSA. p. 427)
V. Ou Caio não foi trabalhar ou Juliana não fez a lição de
casa. Afirmação VERDADEIRA. A hipótese principal do texto está presente na seguin-
te afirmação:
A partir dessas informações, é correto concluir que
a) Intelectualmente, a palavra escrita requer um exercício
a) Juliana não fez a lição de casa ou Fernando praticou menos crítico em relação à imagem, porque se trata
natação. de mera convenção.
b) Tiago foi à escola, e Marcos não estava doente. b) A imagem, porque carrega em si seu próprio signifi-
c) Ou Denise não ficou dormindo ou Fernando não prati- cado, requer um esforço psicológico maior para ser
cou natação. apreendida pela consciência.
d) Juliana fez a lição de casa ou Denise ficou dormindo. c) Por conta de um contexto social complexo, a palavra
e) Se Tiago foi à escola, então Caio foi trabalhar. escrita tende a se assemelhar psicologicamente à
imagem.
12. (VUNESP — 2019) Considere verdadeiras as afirma- d) A crise da palavra escrita é motivada tanto por ques-
ções a seguir. tões sociais como por motivos psicológicos em rela-
ção à imagem.
I. Todos os funcionários são economistas. e) A imagem traz em si mesma o seu significado, ins-
II. Há economista que também é administrador. taurando a crise da palavra escrita, psicologicamente
semelhante a ela.
A partir dessas afirmações, assinale a alternativa
correta. GV — 2021) Nos textos gregos e romanos, a injunção
para conhecer-se a si mesmo está sempre associada
a) Os administradores que não são economistas são àquele outro princípio que é o cuidado de si, e é essa
funcionários. necessidade de tomar conta de si que torna possível a
b) Qualquer economista é funcionário. aplicação da máxima délfica. Essa ideia, implícita em
c) É possível que haja funcionário que não seja toda a cultura grega e romana, torna-se explícita a par-
economista. tir do Alcibíades I de Platão. Nos diálogos socráticos,
d) Os administradores que são economistas são em Xenofonte, Hipócrates, e em toda a tradição neo-
funcionários. platônica que começa com Albino, o indivíduo deve
e) Os funcionários que são administradores são tomar conta de si mesmo. Deve ocupar-se de si antes
economistas. de colocar em prática o princípio délfico. O segundo
princípio se subordina ao primeiro.
13. (FGV — 2019) Considere a sentença:
(FOUCAULT, Michel. As técnicas de si. Traduzido por Karla Neves e
Wanderson Flor do Nascimento a partir de FOUCAULT, Michel. Dits et
“Todo estudante que gosta de Matemática também écrits. Paris: Gallimard, 1994, v. IV, p. 783-813)
gosta de Ciências Biológicas”.
Segundo o raciocínio presente no texto, a subordina-
Considerando que essa sentença é falsa, é correto ção dos princípios corresponde à seguinte ordem:
RACIOCÍNIO LÓGICO
concluir que:
a) Cuidar de si para conhecer-se a si mesmo.
a) “Todo estudante que não gosta de Matemática gosta b) Conhecer-se a si mesmo para ocupar-se.
de Ciências Biológicas”. c) Cuidar de si para tomar conta de si mesmo.
b) “Nenhum estudante que gosta de Matemática tam- d) Conhecer-se a si mesmo para tomar conta de si.
bém gosta de Ciências Biológicas”. e) Tomar conta de si mesmo para ocupar-se de si.
c) “Todo estudante que gosta de Matemática não gosta
de Ciências Biológicas”. 16. (FCC — 2021) Nos textos gregos e romanos, a injunção
d) “Algum estudante que gosta de Matemática não gosta para conhecer-se a si mesmo está sempre associada
de Ciências Biológicas”. àquele outro princípio que é o cuidado de si, e é essa
e) “Algum estudante que não gosta de Matemática gosta necessidade de tomar conta de si que torna possível a
de Ciências Biológicas”. aplicação da máxima délfica. Essa ideia, implícita em 221
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toda a cultura grega e romana, torna-se explícita a par- 19. (VUNESP — 2019) A ronda policial em um bairro é
tir do Alcibíades I de Platão. Nos diálogos socráticos, sempre feita com quatro pessoas: um sargento e três
em Xenofonte, Hipócrates, e em toda a tradição neo- soldados. Segue a descrição dos componentes de
platônica que começa com Albino, o indivíduo deve quatro rondas:
tomar conta de si mesmo. Deve ocupar-se de si antes
de colocar em prática o princípio délfico. O segundo 1ª ronda: Manoel, Gilberto, Francisco e Arruda. 2ª ronda:
princípio se subordina ao primeiro. João, Rafael, Gilberto e Manoel.
3ª ronda: Roberson, Arruda, Gilberto e Rafael. 4ª ronda:
(FOUCAULT, Michel. As técnicas de si. Traduzido por Karla Neves e Francisco, João, Rafael e Gilberto.
Wanderson Flor do Nascimento a partir de FOUCAULT, Michel. Dits et
écrits. Paris: Gallimard, 1994, v. IV, p. 783-813)
Sabe-se que, das sete pessoas que participaram des-
sas rondas, exatamente duas são sargentos e um
A referência ao diálogo Alcibíades I de Platão é um deles é o
argumento
a) Arruda.
a) de exemplo, que se confirma na ilação sucedida na referên- b) Manoel.
cia aos diálogos socráticos, a Xenofonte e a Hipócrates. c) Rafael.
b) sofístico, porque a estrutura de diálogo contribui para d) Roberson.
o efeito teatral e falso da injunção referida por Michel e) Francisco.
Foucault.
c) de autoridade, confirmado pela existência de uma tra-
20. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considere a seguinte
dição neoplatônica, segundo Michel Foucault.
proposição categórica O.
d) silogístico, porque a lógica do raciocínio de Michel Fou-
cault constrói-se por premissas e síntese conclusiva.
� O: “Nem todo carneiro é dócil”.
e) histórico, porque especifica o modo como os gregos e
romanos cuidavam de si cotidianamente.
Considerando que x pertença ao conjunto T de todos
os animais do mundo, que C(x) represente simbolica-
17. (FCC — 2019) Os irmãos Aldo, Bento e Caio saíram para mente a propriedade “x é carneiro” e que D(x) represen-
passear. Os três usavam bonés, porém de cores dife- te simbolicamente a propriedade “x é dócil”, assinale
rentes: um usou um boné azul, outro, vermelho, e outro, a opção que apresenta uma representação simbólica
branco. Ainda, cada um dos irmãos saiu em um perío- correta da proposição O na linguagem da lógica de pri-
do diferente do dia: um de manhã, outro ao meio-dia e meira ordem.
outro à tarde. Finalmente, um deles saiu de patinete,
outro, de bicicleta, e outro, de skate. Sabe-se que
a) ∀x(C(x) → ¬D(x))
b) ∀x(C(x) → D(x))
− o boné de Aldo não era vermelho;
c) ¬∃x(C(x)ΛD(x))
− Caio saiu de bicicleta de manhã;
d) ∃x(C(x)Λ¬D(x))
− o que usou boné azul saiu mais cedo do que o que
e) ∃x(C(x)ΛD(x))
usou boné branco;
− Bento saiu à tarde;
− o que saiu de patinete usou boné vermelho. 9 GABARITO
Logo,
1 B
a) Aldo saiu de skate e Caio usou boné azul. 2 B
b) o irmão que saiu ao meio-dia usou boné branco e o
que saiu à tarde, boné azul. 3 E
c) o irmão que saiu de skate saiu à tarde e o que saiu de
4 D
patinete saiu ao meio-dia.
d) Bento usou boné azul e Caio saiu de manhã. 5 C
e) Aldo saiu à tarde e Bento usou boné vermelho.
6 E
18. (VUNESP — 2019) Três amigos, Pedro, José e Caio 7 C
marcaram de se encontrar na frente de um estádio de
futebol, para assistirem a um jogo. Sabe-se que: 8 B
13 D
a) Caio, Pedro e José.
b) José, Pedro e Caio. 14 D
c) Pedro, Caio e José.
d) Pedro, José e Caio. 15 A
e) Caio, José e Pedro.
222
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16 C
17 A
18 A
19 A
20 D
ANOTAÇÕES
RACIOCÍNIO LÓGICO
223
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ANOTAÇÕES
224
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Os equipamentos computacionais são apresen-
tados em diferentes construções, como desktop,
notebook, tablet e smartphone, porém mantendo os
princípios de funcionamento fundamentais.
Importante!
A arquitetura de von Neumann é o padrão atual para os dispositivos computacionais. Já existem estudos e
projetos de computadores quânticos, utilizados por grandes empresas, como a Google, mas que estão longe
de nossas residências por questões de preços proibitivos.
De acordo com as características tecnológicas dos computadores, foram organizadas as “gerações” dos dispo-
sitivos computacionais, listadas na tabela.
Transistores
Transistores são miniatu- Surgem os
Constru- Utilizavam válvulas para substituem as
rizados e agrupados em microprocessa- Redes e internet
ção realizar computação válvulas nos
Circuitos Integrados (CIs) dores
circuitos
Interfaces gráfi-
Interação com monitor e
Interação cas e mouse são Multimídia
teclado
usados
A CPU do com-
Dimen- Máquinas enormes, ocupa-
putador toda em Mobilidade
sões vam salas inteiras
um único chip
Utilizavam car-
tões perfurados Magnético e
Armaze- Tambores magnéticos para Mainframe da UFPB usou Eletrônico e
para entrada de ótico, sequencial
namento memória cartão perfurado até 1987 remoto
dados e impres- e aleatório
soras para saída
Consu-
Consumo
mo de Consumiam muita energia Consumo alto Consumo alto Consumo baixo
mediano
energia
Preço do compu-
tador despenca
Utilizados apenas para Automatização de Computação Inteligência
Aplicação
cálculos processos embarcada artificial
(carros, mísseis
etc.)
Programados em lingua-
Progra- Programação em Surgem os sistemas Softwares de
gem de máquina, em Apps pessoais
mação Assembly operacionais alto nível
binário
Primeiras lingua-
gens de alto nível
Lingua- Instaladas e
surgem: Fortran Programação gráfica Nanotecnologia
gens remotas
(56), Cobol (59) e
Algol (58)
ENIAC, EDVAC, UNIVAC e MIT TX0, PDP-1 e IBM/360, Guia da Apolo Apple II, IBM-PC, Internet das
Exemplos
Colossus IBM 1401 11 Z-80, Xerox Alto coisas
226
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Atenção! A evolução do hardware impulsiona o desenvolvimento de novos softwares, e o desenvolvimento de
novos softwares impulsiona a criação de novos hardwares. A informática está em constante atualização.
As gerações possuem características tecnológicas bem definidas, mas como o usuário viu esta evolução? Na
tabela a seguir, veja um comparativo das gerações de dispositivos computacionais e sua operação, sob a ótica do
utilizador.
Atualmente, estamos utilizando equipamentos de quinta geração, com foco em mobilidade e destaque para as
câmeras dos smartphones, cada vez mais potentes.
Você saberia dizer o que todas estas gerações possuem em comum? Elas seguem a arquitetura de von Neumann,
que se caracteriza por um dispositivo que armazena, no mesmo espaço de memória, os programas e os dados. Seja um
desktop no escritório da empresa ou o smartphone do funcionário, passando pelo notebook do aluno na escola on-line
ou pelo tablet de coleta de dados do censo do IBGE, todos eles seguem a arquitetura de von Neumann.
Ela utiliza bits com valores declarados de zero ou um.
Uma nova tendência, que vem de encontro à inteligência artificial, são os computadores quânticos, que assu-
mem valores além dos bits zero e um.
Os computadores quânticos estão sendo desenvolvidos para executar cálculos por meio da superposição e
interferência, que são propriedades da mecânica quântica. Enquanto o computador convencional da arquitetura
de von Neumann tem os valores de bits definidos como zero ou um, nos computadores quânticos a medida é o
qubit, que poderá assumir vários valores de zero ou vários valores de um, acelerando exponencialmente a velo-
cidade de processamento. A seguir, veja a arquitetura de von Neumann.
Unidade de Endereços
ULA
controle
227
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Vamos conhecer o funcionamento desta arquitetura. Algumas bancas organizadoras de concursos cos-
O usuário introduz dados no dispositivo computa- tumam pedir a identificação de um dos componentes
cional por meio do sistema de entrada e saída, como o listados no anúncio.
teclado e o mouse. “Computador Intel Core I5 8 GB 240 GB SSD” indica
Os dados são armazenados na memória, em endere- um computador com processador “Intel Core i5”, que
ços que identificam a localização da informação. possui 8 GB de memória RAM, com 240 GB de armaze-
Quando o processador (UCP ou CPU) precisa reali- namento de massa no modelo SSD (Solid State Disk).
zar um cálculo, busca na memória principal os dados e “Computador ICC IV2361KM19 Intel Core I3 3.20
instruções. A unidade de controle comanda o que será GHz 6GB HD 500 GB” indica um computador com
calculado. Os valores calculados pela Unidade Lógico processador Intel Core i3 de 3,20 GHz de velocidade
Aritmética (ULA) são armazenados nos registradores, máxima (sem overclock), 6 GB de memória RAM e dis-
que guardam os resultados até o final do processamento. co rígido com 500 GB de capacidade.
Com o cálculo realizado, os resultados são armazena-
dos na memória e/ou apresentados em um dispositivo de NOTEBOOK
saída.
Parece até um computador desktop, certo? Pois é. Com alto nível de integração dos componentes, um
Computador desktop, portátil como notebook, tablet e notebook reúne em um conjunto fabril os componen-
smartphone são construções fabricadas com o modelo tes de entrada de dados (teclado e touch pad) com a
da arquitetura de von Neumann. tela de saída de dados, que também poderá ser do tipo
O computador pessoal surgiu na década de 1970, ofe- touchscreen.
recido pela IBM, com o sistema operacional MS-DOS da
Possui bateria para garantir mobilidade, além de
Microsoft.
recursos de conectividade para qualquer tipo de tra-
Na década de 1980, o computador pessoal ganhou o
balho, seja estudantil, corporativo ou para lazer.
mundo, quando diversos fabricantes passaram a ofere-
Atenção! As unidades de disco óptico (CD, DVD,
cer equipamentos compatíveis com o padrão PC. A Apple
BD) caíram em desuso por conta do armazenamen-
desenvolveu uma interface gráfica, a IBM e Microsoft
to removível via USB (pen drives), que, por sua vez,
também.
caíram em desuso por causa do armazenamento de
No começo dos anos 1990, com a abertura do mer-
dados na nuvem. Entretanto, mesmo sendo consi-
cado realizada pelo então presidente Fernando Collor,
deradas tecnologias ultrapassadas para os dias de
o Brasil passou a adquirir equipamentos de primeiro
mundo e acessar a rede mundial de computadores (a hoje, continuam sendo questionadas em provas de
Internet). concursos.
De lá para cá, o nível de integração dos equipamentos
só cresceu, e hoje podemos ter um computador inteiro TABLETS E SMARTPHONES
na palma da mão (tablets), ou com peso reduzido (note-
books), assim como os tradicionais desktops em nossas Os tablets são computadores completos com recur-
mesas. sos específicos (conexão 3G, expansão de memória
com memory card), teclado virtual, câmera fotográfi-
ca, câmera de vídeo conferência, sensor de luminosi-
Dica
dade etc.
O modelo de construção amplamente questiona- A Apple tem o seu próprio modelo iPad, a Samsung
do em provas de concursos é o desktop (compu- tem a linha Galaxy Tab e Galaxy Note, a Acer tem o
tador de mesa). Iconia, a Lenovo tem o Yoga Tablet, e os demais fabri-
cantes também oferecem suas opções.
COMPUTADOR DESKTOP Os smartphones, em relação aos computadores
desktop, apresentam a vantagem da conectividade
Observemos a gravura de um computador desktop móvel para acesso às redes de telefonia.
com impressora: Veja, a seguir, uma gravura de um tablet iPad e de
um smartphone iPhone, ambos da Apple.
Existem várias formas de classificação do hardware, seja por meio da conexão, da natureza do componente,
da utilização etc. Veja a seguir uma tabela, item por item, com os componentes de um computador, focando na
conexão do componente e dicas relacionadas.
Lembre-se: o processador do computador é o item mais questionado de hardware por todas as bancas
organizadoras.
COMPONENTE
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
INTERNO
Cache L2 Memória rápida nível 2 (level 2) Na borda do processador, próximo à memória RAM4
Processador
Memória RAM
Unidade de registradores
Cache L1
Unidade
Unidade de Discos de
Lógico- Cache L2
Controle armazenamento
Aritmética
Cache L3
COMPONENTE
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
INTERNO
Recebe os componentes internos instala- Motherboard. A velocidade do barramento determina quais com-
Placa-Mãe
dos no computador ponentes podem ser adicionados
Chip com informações para o funciona- Northbridge — ponte norte, memórias e processador (componen-
mento da placa mãe. Controlam o tráfego tes eletrônicos);
Chipset
de dados entre os componentes internos Southbridge — ponte sul, periféricos e dispositivos mecânicos.
e externos Responsável pelo barramento (BUS) do computador
Memória RAM
Processador
Chipset
Northbridge
Memória ROM
BIOS
Chipset
Southbridge
COMPONENTE
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
INTERNO
Responsável por construir as imagens. Poderá VGA, SVGA, XGA, conector DB15, via PCI/AGP são os pa-
Placa de vídeo
ser onboard ou off-board drões antigos
Responsável por construir as imagens. Possui As aceleradores de vídeo oferecem HDMI, DVI e RCA como
Aceleradora de
mais memória e é mais rápida que a placa de conexão
vídeo
vídeo padrão HDMI vídeo/áudio e S/PDIF para áudio
Importante!
Em breve a tecnologia 5G será a opção para a comunicação móvel em nosso país, substituindo a tecnologia 4G.
Os periféricos de entrada e saída de dados, com interação direta do usuário, são os mais conhecidos e mais
questionados em provas.
COMPONENTE
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
EXTERNO
Responsável por exibir as imagens. É um periférico de CRT (tubo), LCD, LED, Plasma. Podem utilizar cone-
Monitor de vídeo
saída de dados xões DB15 (VGA) até HDMI (mais moderna)
6 USB — Universal Serial Bus — Barramento serial universal. Padrão atual de conexões para periféricos.
7 Na tela capacitiva, utilizada no iPhone e iPad, por exemplo, uma película é alimentada por uma tensão e reage com a energia presente no corpo
humano; a troca de elétrons produz um distúrbio de capacitância no local, sendo rápida e corretamente identificado. Tecnologia mais cara e difícil
de ser construída, presente em modelos topo de linha.
8 A tela resistiva, presente em modelos de baixo custo de celulares, smartphones e tablets, com precisão em torno de 85%, resiste melhor a que-
das e variações de temperatura, necessitam de contato físico para determinar a posição do toque, ao coincidir os pontos de diferentes camadas
230 sobrepostas.
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COMPONENTE
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
EXTERNO
Teclado Principal periférico de entrada de dados Layout ABNT2 via conexão USB ou Bluetooth
Matricial (impacto), jato de tinta, laser (toner), cera ou Conexão LPT (paralela), COM (serial), USB, RJ-45,
Impressora
térmica. Periférico de saída de dados wireless9 (Wi-Fi10)
Atenção! As impressoras possuem diferentes modelos de impressão de acordo com a tecnologia utilizada.
Confira no capítulo sobre dispositivos de entrada e saída detalhes sobre cada um dos modelos de impressoras
disponíveis no mercado.
Conforme estudado em arquitetura de computadores, o modelo von Neumann indica que o computador
moderno utiliza o armazenamento para guardar os programas (instruções) e os dados. Vejamos algumas formas
de armazenamento permanente de dados.
COMPONENTE DE
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
ARMAZENAMENTO
Memória portátil, e os pendrives Conexão USB é expansível por hub USB para até 127
Discos removíveis são memória flash com conexão conexões
USB Pen drive, cartão de memória, HD externo
O fornecimento de energia para o dispositivo computacional precisa ser contínuo e estável. Quando o dis-
positivo não possui bateria própria, alguns equipamentos externos de apoio são altamente recomendados na
instalação.
COMPONENTE EX-
DESCRIÇÃO CONEXÃO E DICA
TERNO DE APOIO
Atenção! Os dispositivos de apoio já foram questionados no passado. Atualmente, não têm aparecido em
provas de concursos, mas fica a recomendação: tenha pelo menos um filtro de linha para ligar o seu dispositivo
computacional.
INFORMÁTICA
9 Wireless — toda conexão sem fio é uma conexão wireless, incluindo o Wi-Fi, infravermelho, rádio, via satélite etc.
10 Wi-Fi — Wireless Fidelity — conexão confiável sem fios.
11 Existem modelos de disco rígido sem disco, como os SSD (Solid State Drive), que é uma memória flash, armazenamento eletrônico.
12 A memória flash permite que a troca de informação seja mais rápida, e, quando o dispositivo é desligado, poderá voltar rapidamente para onde
estava antes. 231
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z CAN (Campus Area Network): rede de área cam-
REDES DE COMPUTADORES: pus é uma rede de computadores feita da interco-
CONCEITOS BÁSICOS nexão de redes de área local (LANs) dentro de uma
área geográfica limitada. Os equipamentos de rede
TERMINOLOGIA E APLICAÇÕES (computadores, roteadores) e meios de transmis-
são (fibra óptica, cabos pares trançados) são quase
inteiramente pertencentes ao inquilino/proprietá-
Classificação quanto à Privacidade
rio do campus: seja uma empresa, universidade,
governo etc.;
Podemos classificar a rede em Internet, Intranet e
z MAN (Metropolitan Area Network): rede de
Extranet:
área metropolitana interliga computadores em
uma região de uma cidade, chegando, às vezes, a
z Internet: é um conglomerado de redes públicas,
interligar até computadores de cidades vizinhas
interconectadas e espalhadas pelo mundo inteiro
próximas. São usadas para interligação de com-
por meio do protocolo de internet, o que facilita o
putadores dispersos numa área geográfica mais
fluxo de informações espalhadas por todo o globo
ampla, em que não seja possível ser interligada
terrestre;
usando tecnologia para redes locais;
z Intranet: é uma rede de computadores privada
z RAN (Regional Area Network): rede de área
que assenta sobre a suíte de protocolos da Inter-
regional é uma rede de computadores de uma
net, porém, é de uso exclusivo de um determinado
local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, região geográfica específica, caracterizadas pelas
que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou conexões de alta velocidade utilizando cabos de
colaboradores internos; fibra óptica e RANs. São maiores que as redes de
z Extranet: permite-se o acesso externo às bases cor- área local (LAN) e as redes de área metropolitana
porativas, disponibilizando somente dados para (MAN), mas menores que as redes de longa distân-
fins específicos para representantes, fornecedores cia (WAN);
ou clientes de uma empresa. Outro uso comum z WAN (Wide Area Network): rede de Longa Dis-
do termo extranet ocorre na designação da “parte tância são redes que usam linhas de comunicação
privada” de um site, onde apenas os utilizadores das empresas de telecomunicação. É usada para
registados (previamente autenticados com o seu interligação de computadores localizados em dife-
login e senha) podem navegar; rentes cidades, estados ou países.
z VPN: a Rede Privada Virtual (Virtual Private Net-
work) é uma rede de comunicações privada cons- Podemos fazer interligações entre redes, de forma
truída sobre uma rede de comunicações pública que uma rede distinta possa se comunicar com uma
(como por exemplo, a Internet). Uma VPN é uma outra rede. Entre as formas de interligações de rede
conexão estabelecida sobre uma infraestrutura destacamos a Internet, Extranet e Intranet.
pública ou compartilhada, usando tecnologias de
tunelamento e criptografia para manter seguros os Classificação segundo a Arquitetura de Rede
dados trafegados.
Exemplos de Arquiteturas: Arcnet (Attached Re-
Classificação Segundo a Extensão Geográfica source Computer Network); Ethernet; Token ring; FD-
DI (Fiber Distributed Data Interface); ISDN (Integra-
Agora trataremos sobre a classificação das redes ted Service Digital Network); Frame Relay; ATM (Asyn-
de computadores. É importante saber que as redes de chronous Transfer Mode); X.25 e DSL (Digital Subscri-
computadores podem ser classificadas de duas for- ber Line).
mas: pela sua dispersão geográfica e pelo seu tipo de
topologia de interconexão. Classificação Segundo a Topologia
Em relação à dispersão geográfica, podemos clas-
sificá-las como: Mais um detalhe sobre a classificação das redes. As
redes podem ser classificadas segundo sua topologia
z PAN (Personal Area Network): rede de área lógica e física. São Exemplos de topologia física:
pessoal é uma rede utilizada para interligar dis-
positivos centrados na área de uma pessoa indi- z Rede ponto a ponto (Peer-to-peer);
vidualmente. Um exemplo disso é a conexão sem z Rede em barramento (Bus);
fio chamada WPAN que é baseada no padrão IEEE z Rede em anel (Ring);
802.15, que usa o Bluetooth e o Infrared Data Asso- z Rede em estrela (Star);
ciation, e a conexão com fio, caso do cabo USB z Rede em árvore (Hierárquica);
(ligando o celular há um computador); z Rede em malha (Mesh);
z LAN (Local Area Network): rede de área local são z Rede Híbrida.
redes de pequena dispersão geográfica como os
computadores interligados em uma mesma sala, Rede Ponto a Ponto (P2P)
prédio ou campus, com a finalidade de compartilhar
recursos associados aos computadores ou permitir a Peer-to-peer ou Ad-Hoc é uma arquitetura de redes
comunicação entre os usuários destes equipamentos; de computadores onde cada um dos pontos, ou nós da
z VAN (Vertical Area Network): rede de área ver- rede, funciona tanto como cliente quanto como ser-
tical é utilizada em redes prediais, tendo a neces- vidor, permitindo compartilhamentos de serviços e
sidade de uma distribuição vertical dos pontos de dados sem a necessidade de um servidor central usan-
232 rede; do cabo par trançado Cross-Over.
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Rede em Barramento (Bus)
É uma topologia de rede em que todos os computadores são ligados em um mesmo barramento físico de dados,
também chamado de backbone. Neste tipo de topologia, quando um computador transmite, ele ocupa toda rede e
os dados são “escutados” por todos os nós. Caso haja duas ou mais máquinas transmitindo um sinal, haverá uma
colisão de dados e será, então, preciso reiniciar a transmissão.
z Vantagens: facilidade de instalação; a mídia é barata, fácil de trabalhar e instalar; impressoras podem ser
compartilhadas; minimiza-se a quantidade de cabo utilizado nas ligações à rede; e ser mais eficiente e rápida
do que as demais;
z Desvantagens: limitação de conexão; problemas são difíceis de isolar; uma falha ao longo da linha de comu-
nicação comum afeta todas as transmissões na rede; se o cabo principal falhar (Backbone), toda a estrutura
colapsa; e a rede pode ficar extremamente lenta em situações de tráfego pesado.
Consiste em estações conectadas por meio de um circuito fechado, em série. Consiste de uma série de repeti-
dores ligados por um meio físico, de modo que o anel não interliga as estações diretamente, sendo cada estação
ligada a estes repetidores.
z Vantagens: todos os computadores acessam a rede igualmente e a performance não é impactada com o
aumento de usuários;
z Desvantagens: a falha de um computador pode afetar o restante da rede e os problemas são difíceis de isolar.
A mais comum atualmente, a topologia em estrela utiliza cabos par trançados e um concentrador como ponto
central da rede. O concentrador se encarrega de retransmitir todos os dados para a estação de destino.
Usa-se a topologia em estrela para ser criada. Ela une as estrelas individuais vinculando os hubs/switches. Isso
estenderá o comprimento e o tamanho da rede.
z Vantagens: igual a topologia estrela normal. Apenas estende os domínios de colisão e de Broadcast; sempre que uma
pequena rede precisa ser interligada, a facilidade é grande, devido à simplicidade da manutenção das redes;
z Desvantagens: domínios de colisão e broadcast podem ficar muito grandes, prejudicando o desempenho da
rede; se houver falha em um equipamento que interconecta duas ou mais pequenas redes, todas elas podem
ficam incomunicáveis.
São barras interconectadas em que ramos menores são conectados a uma barra central, por um ou mais Hubs,
switch e repetidores que interconectam outras redes. No geral, as redes em árvore irão trabalhar com uma taxa
de transmissão menor do que as redes em barra comum.
z Vantagem: o monitoramento da rede é melhor, tendo em vista que existe um computador controlando o trá-
fego da rede. Isto pode otimizar o fluxo, diminuindo o consumo de banda e aumentando a velocidade da rede;
z Desvantagens: as redes podem se tornar muito grandes, aumentando o domínio de colisão; podem ocorrer
falhas na rede devido a erros humanos, uma vez que o tráfego é controlado por um computador.
Quando não puder ocorrer nenhuma interrupção nas comunicações, as redes em malha são utilizadas. Cada
INFORMÁTICA
host tem suas próprias conexões com todos os outros hosts. Isso também reflete o projeto da Internet, que possui
vários caminhos para qualquer lugar.
É a topologia mais utilizada em grandes redes. Adequa-se a topologia de rede em função do ambiente, com-
pensando os custos, expansibilidade, flexibilidade e funcionalidade de cada segmento de rede. São as que utili-
zam mais de uma topologia ao mesmo tempo, podendo existir várias configurações que criamos utilizando uma
variação de outras topologias. 233
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Comparação entre as Principais Topologias
Performance equilibrada Baixa tolerância a falhas. A queda de um ponto paralisa toda a rede
Anel
para todos os usuários Dificuldade de localização do ponto de falha.
Topologia Lógica
Refere-se ao modo como os dados são transmitidos através da rede a partir de um dispositivo para o outro,
sem levar em conta a interligação física dos dispositivos.
Broadcast e passagem de token (Token Ring) são os dois tipos mais comuns de topologias lógicas.
A topologia lógica mais comum em redes locais é a Broadcast.
z Broadcast: o tipo de topologia de broadcast significa que cada host envia seus dados a todos os outros hosts no
meio da rede. As estações não seguem nenhuma ordem para usar a rede, a primeira a solicitar é a atendida:
essa é a maneira como a Ethernet funciona. Posteriormente, aprenderemos um pouco mais;
z Token Ring: a passagem de token controla o acesso à rede, passando um token eletrônico sequencialmente
para cada host. Quando um host recebe o token, significa que esse host pode enviar dados na rede. Se o host
não tiver dados a serem enviados, ele vai passar o token para o próximo host e o processo será repetido.
No início, quando as redes de computadores surgiram, as tecnologias eram do tipo proprietárias, isto é, só
eram suportadas pelos seus próprios fabricantes, não havendo a possibilidade de misturar as tecnologias dos
fabricantes.
O Modelo OSI (Open System Interconnection) é um modelo de rede de computador referência da ISO, sendo
dividido em camadas de funções, criado em 1971 e formalizado em 1983, com objetivo de ser um padrão para pro-
tocolos de comunicação entre os mais diversos sistemas em uma rede local (Ethernet), garantindo a comunicação
entre dois sistemas computacionais (end-to-end).
O modelo divide as redes de computadores em 7 camadas, de forma a se obter camadas de abstração. Cada
protocolo implementa uma funcionalidade atrelada a uma determinada camada.
Segundo Tanenbaum, o Modelo OSI não é uma arquitetura de redes, pois ele não especifica os serviços e proto-
colos exatos que devem ser usados em cada camada. O modelo OSI apenas informa o que cada camada deve fazer.
O OSI permite comunicação entre máquinas heterogêneas e define diretivas genéricas para a construção de
redes de computadores (seja de curta, média ou longa distância), independente da tecnologia utilizada.
Vamos conhecer o modelo de protocolos OSI. Trata-se de um modelo de sete camadas, divididas da seguinte
forma:
6 - APRESENTAÇÃO Formatos/Criptografia
234 Esse modelo é estruturado de forma que cada camada tem sua própria característica.
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Cada camada pode comunicar-se apenas com a sua camada inferior ou superior e somente com a sua camada
correspondente em outra máquina.
Camada 7: Aplicação
A camada de Aplicação faz a interface entre o protocolo de comunicação e o aplicativo que pediu ou que rece-
berá a informação por meio da rede. Por exemplo, se você quiser baixar o seu e-mail com seu aplicativo de e-mail,
ele entrará em contato com a Camada de Aplicação do protocolo de rede, efetuando este pedido.
Camada 6: Apresentação
A camada de Apresentação converte os dados recebidos pela camada de Aplicação em um formato a ser usado
na transmissão desse dado, ou seja, um formato entendido pelo protocolo. Ele funciona como um tradutor se esti-
ver enviando os dados da camada de Aplicação para a camada de Sessão e se está recebendo os dados da camada
de Sessão para a Aplicação.
Camada 5: Sessão
A camada de Sessão permite que dois computadores diferentes estabeleçam uma sessão de comunicação. Com
esta camada, os dados são marcados de forma que, se houver uma falha na rede, quando a rede se tornar dispo-
nível novamente, a comunicação pode reiniciar de onde parou.
Camada 4: Transporte
A camada 4, chamada de camada de Transporte é responsável por pegar os dados vindos da camada de Sessão
e dividi-los em pacotes que serão transmitidos pela rede. Trata-se de uma camada responsável por pegar os paco-
tes recebidos da camada de Rede e remontar o dado original para enviá-lo à camada de Sessão. Nesse processo,
inclui-se o controle de fluxo, correção de erros, confirmação de recebimento (acknowledge), informando o sucesso
da transmissão. A camada de Transporte divide as camadas de nível de aplicação (de 5 a 7 preocupadas com os
dados contidos no pacote) das de nível físico (de 1 a 3 preocupadas com a maneira que os dados serão transmiti-
dos). A camada de Transporte faz a ligação entre esses dois grupos.
Camada 3: Rede
A camada de Rede é responsável pelo endereçamento dos pacotes, convertendo endereços lógicos em endere-
ços físicos, de forma que os pacotes consigam chegar corretamente ao destino. Essa camada também determina
a rota que os pacotes irão seguir para atingir o destino, baseada em fatores como condições de tráfego da rede e
prioridades. Rotas são os caminhos seguidos pelos pacotes na rede.
A camada 2 é chamada de Link de Dados. A camada de Link de Dados (conhecida também como Conexão de
Dados ou Enlace) pega os pacotes de dados vindos da camada de Rede e os transforma em quadros que serão tra-
fegados pela rede, adicionando informações como endereço físico da placa de rede de origem e destino, dados de
controle, dados em si, e os controle de erros. Esse pacote de dados é enviado para a camada Física, que converte
esse quadro em sinais elétricos enviados pelo cabo da rede.
Camada 1: Física
A camada Física pega os quadros enviados pela camada de Link de Dados e os converte em sinais compatíveis
com o meio onde os dados deverão ser transmitidos. A camada física é quem especifica a maneira com que os
quadros de bits serão enviados para a rede. A camada Física não inclui o meio onde os dados trafegam, isto é,
o cabo de rede. Quem faz o seu papel é a placa de rede. A camada Física pega os dados que vem do meio (sinais
elétricos, luz etc.) converte em bits e repassa à camada de Link de dados, que montará o pacote e verificará se ele
foi recebido corretamente.
Em sua prova pode aparecer as camadas, protocolos e suas funções. Vejamos no quadro abaixo:
O TCP/IP (também chamado de pilha de protocolos TCP/IP) é um conjunto de protocolos de comunicação entre
computadores em rede. Seu nome é proveniente de dois protocolos: o TCP (Transmission Control Protocol, em
português Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP (Internet Protocol, ou Protocolo de Internet, ou ainda,
protocolo de interconexão).
O protocolo mais usado atualmente nas redes locais é o protocolo TCP/IP, isso graças a Internet, pois esse é o
tipo por ela utilizado, praticamente obrigando todos os fabricantes de sistemas operacionais de rede a suporta-
rem esse protocolo. Uma das grandes vantagens deste protocolo é a possibilidade de ser roteável, ou seja, ele foi
desenvolvido para redes de grande porte, o que permite que os dados possam seguir vários caminhos distintos
até o seu destinatário.
Diferentemente do modelo OSI, que possui sete camadas, o modelo TCP/IP possui quatro camadas. São elas:
A camada de aplicação corresponde às camadas 5, 6 e 7 do modelo OSI. Ela é responsável por fazer a comuni-
cação entre os aplicativos e o protocolo de transporte. Entre os principais protocolos que operam nesta camada
destacam-se o HTTP (Hyper Text Transfer Protocol), SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), FTP (File Transfer Pro-
tocol) e o Telnet. Ela se comunica com a camada de transporte por meio de uma porta. As portas são numeradas
e as aplicações padrão usam sempre uma mesma porta. Por exemplo, o protocolo SMTP utiliza sempre a porta
25, o HTTP a porta 80 e o FTP as portas 20 (para transmissão de dados) e 21 (para transmissão de informações de
controle). Por meio das portas é possível saber para qual protocolo serão enviados os dados de uma determinada
aplicação. É importante que se saiba que é possível configurar cada porta de cada aplicação.
A camada de transporte equivale à camada de transporte do modelo OSI. Esta camada é responsável por pegar
os dados enviados pela camada de aplicação e transformá-los em pacotes a serem repassados para a camada de
Internet. Trata-se de uma camada que utiliza uma forma de multiplexação, onde é possível transmitir simulta-
neamente dados de diferentes aplicações. Nela operam dois protocolos: o TCP (Transport Control Protocol) e o
UDP (User Datagrama Protocol). Ao contrário do TCP, este segundo protocolo não verifica se o dado chegou ao seu
destino, já com o TCP, para todo pacote enviado sempre há uma confirmação se este chegou ou não.
Corresponde à camada de redes no modelo OSI. Existem vários protocolos que podem operar nesta camada: IP
(Internet Protocol), ICMP (Internet Control Message Protocol) e ARP (Address Resolution Protocol).
Na transmissão de um dado de programa, o pacote de dados recebido da camada TCP é dividido em pacotes
chamados datagramas, que são enviados para a camada de interface com a rede, onde são transmitidos pelo
cabeamento da rede a partir de quadros.
Essa camada é responsável pelo roteamento de pacotes, isto é, adiciona ao datagrama informações sobre o
caminho que ele deverá percorrer.
z ICMP (Internet Control Message Protocol, ou Protocolo de Controle de Mensagens da Internet): o ICMP
é um protocolo suplementar que não torna o protocolo IP confiável, mas é um protocolo de mensagem de
controle, cujo princípio é fazer um “feedback” sobre os problemas no ambiente de comunicação. Também não
há garantia de envio do pacote ICMP ou que uma mensagem de controle seja retornada. Este protocolo é o
responsável por gerar o controle e mensagens em caso de erro.
As mensagens são geradas quando: o destino está inacessível, não existe rota para o destino, destino restrito
(restrito por um firewall, por exemplo), endereço inacessível, porta inacessível, o pacote é muito grande, tempo
da transferência excedeu e erro no pacote.
A Camada de Rede corresponde às camadas 1 e 2 do modelo OSI. Ela é responsável por enviar o pacote recebi-
236 do pela camada de Internet em forma de quadro (frame ou datagrama) através da rede.
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PROTOCOLOS IP (Protocolo de Internet)
Protocolo é uma convenção que controla e possi- Protocolo de Internet (Internet Protocol, IP) é
bilita uma conexão, comunicação, transferência de um protocolo de comunicação usado entre todas as
dados entre dois sistemas computacionais. máquinas em rede para encaminhamento dos dados.
Protocolo é um conjunto de regras e normas que Endereço IP, de forma genérica, é uma identifica-
permitem a comunicação e a troca de informações ção de um dispositivo (computador, impressora etc.)
entre computadores e também é um conjunto de em uma rede local ou pública. Cada computador na
regras padronizadas que especifica um formato, a sin- internet possui um IP único, que é o meio em que as
cronização, o sequenciamento e a verificação de erros máquinas usam para se comunicarem na Internet.
em comunicação de dados. Para um melhor uso dos endereços de equipa-
Em resumo, um protocolo pode ser definido como mentos em rede pelas pessoas, utiliza-se a forma de
“as regras que governam” a sintaxe, semântica e sin- endereços de domínio, tal como “https://www.nova-
cronização da comunicação. Os protocolos podem ser concursos.com.br/”. Cada endereço de domínio é con-
implementados pelo hardware, software ou por uma vertido em um endereço IP pelo DNS (Domain Name
combinação dos dois. System, servidor de nome de domínio). Este processo
de conversão é conhecido como “resolução de nomes”.
TCP/IP
Atribuição de Endereço IP
TransmissionControl Protocol/Internet Pro-
tocol, ou Protocolo de Controle de Transmissão/ Os endereços IP dinâmicos são mais frequente-
Protocolo de Inter-redes: refere-se ao principal con- mente atribuídos em redes locais (LANs) e redes de
junto de protocolos utilizados na Internet. É impor- banda larga pelo serviço denominado Dynamic Host
tante saber que ele inclui uma série de padrões que Configuration Protocol (DHCP). Este serviço é utilizado
especificam como os computadores vão se comunicar
para evitar a sobrecarga administrativa de atribuição
e criar ajustes para conectar redes, além de servir
de endereços estáticos específicos para cada dispositi-
para o roteamento a partir dessas conexões. O TCP
vo de uma rede. Em sistemas operacionais mais atuais
e o IP são apenas dois membros da família TCP/IP e
de desktop, a configuração de IP dinâmica é ativada
por serem os mais utilizados ou mais conhecidos, tor-
por padrão.
nou-se comum usar o termo TCP/IP para referir-se ao
conjunto todo.
IPv4
No que se refere ao TCP e IP, os protocolos pos-
suem mecanismos para que os dados saiam da origem
e cheguem ao destino em forma de pacotes. O endereço IP, na versão 4 do IP (IPv4), é um núme-
Independentemente do tamanho do arquivo, seja ro de 32 bits oficialmente escrito com quatro octetos
uma conversa em bate-papo, e-mail, imagens, músi- de bits (4 bytes) representados no formato decimal
cas ou vídeos, nenhuma informação que trafega na como, por exemplo, “192.168.1.2”. A primeira parte do
Internet trafega de maneira inteira. Tais informações, endereço identifica uma rede específica na Internet,
para trafegarem na rede, passam por um processo a segunda parte identifica um host dentro dessa rede.
chamado particionamento, que consiste em dividir a Devemos notar que um endereço IP não identifica
mensagem em pequenos pacotes ou lotes. uma máquina individual, mas uma conexão à rede.
O TCP é um protocolo confiável, sendo orientado Originalmente, o espaço do endereço IP foi dividi-
à conexão, garante a entrega e assegura o sequen- do em poucas estruturas de tamanho fixo chamados
ciamento dos pacotes. Caso a rede perca ou corrom- de “classes de endereço”.
pa um pacote TCP durante a transmissão, é tarefa do
TCP retransmitir o pacote faltoso ou incorreto. Lem-
GAMA DE Nº DE ENDEREÇOS
bre-se, apenas o pacote perdido (faltoso) ou incorreto CLASSE
ENDEREÇOS POR REDE
(corrompido) é reenviado. Porém, essa confiabilidade
tem um preço. Os cabeçalhos dos pacotes TCP reque- 0.0.0.0 até
A 16 777 216
rem o uso de bits adicionais para assegurar o corre- 127.0.0.0
to sequenciamento da informação. Para garantir a
entrega dos pacotes, o protocolo também requer que 128.0.0.0 até
B 65 536
o destinatário informe o recebimento do pacote. 191.255.0.0
O IP é um protocolo que providencia a entrega 192.0.0.0 até
de pacotes para todos os outros protocolos da famí- C 256
223.255.255.0
lia TCP/IP, endereçando os pacotes. O IP oferece um
sistema de entrega de dados sem conexão. Isto é, os 224.0.0.0 até
D Multicast
pacotes TCP não são garantidos de chegarem ao seu 239.255.255.255
destino nem de serem recebidos na ordem em que
INFORMÁTICA
foram enviados. O TCP é quem tem a tarefa de rece- Uso futuro; atualmente
240.0.0.0 até
ber, organizar, abrir os pacotes recebidos e “montar” E reservada a testes
255.255.255.254
a mensagem. pela IETF.
As principais limitações do IP, que está na versão
4 (quatro), são: não garantir a entrega dos pacotes, Três faixas são reservadas para redes privadas,
esgotamento dos endereços de IP (aprox. 4 bilhões de dos mais de 4 mil milhões de endereços disponíveis.
endereços) e não possuir mecanismo de segurança. Os endereços IP contidos nestas faixas não podem ser
roteadas para fora da rede privada e não são roteá-
veis nas redes públicas. 237
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CLASSE A
z Cabeçalho IPv6
FAIXA DE ENDEREÇO DE IP 172.16.0.0 – 172.31.255.255 O IPv6 oferece suporte a uma grande variedade de
opções que vão desde:
NOTAÇÃO CIDR 172.16.0.0/12
text Transfer Protocol, HTTP) é um protocolo de comu- vos. Basicamente, ele é o protocolo FTP com uma
nicação utilizado para sistemas de informação de hi- camada de proteção a mais aos arquivos transferidos.
permídia, distribuídos e colaborativos. Ele é a base pa- O que diferencia o protocolo SFTP do protocolo
ra a comunicação de dados da World Wide Web. A por- FTP é que o primeiro utiliza a tecnologia SSH (Secu-
ta TCP usada por norma é a 80. re Shell) para autenticar e proteger a conexão entre
Hipertexto é o texto estruturado que utiliza liga- cliente e servidor. A porta TCP usada por norma para
ções lógicas (hiperlinks) entre nós contendo texto. O o protocolo SFTP é a 22.
HTTP é o protocolo para a troca ou transferência de
hipertexto. 239
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Telnet VoIP
Telnet é um protocolo de rede utilizado na Inter- Voz sobre IP (Voice over Internet Protocol, VoIP),
net ou redes locais para proporcionar uma facilidade telefonia IP, telefonia Internet, telefonia em banda
de comunicação baseada em texto interativo bidire- larga ou voz sobre banda larga é o roteamento de
cional, usando uma conexão de terminal virtual. Esse conversação humana usando a Internet ou qualquer
serviço permite a um usuário acessar outra máquina outra rede de computadores baseada no Protocolo de
ligada à Rede e manipulá-la ou controlá-la como se Internet, tornando a transmissão de voz mais um dos
estivesse na própria máquina. serviços suportados pela rede de dados.
É um protocolo que permite o acesso remoto. Utili-
zado frequentemente em redes de computadores para POP
agilizar o processo de gerenciamento e manutenção.
O usuário distante pode apagar e incluir arquivos, Post Office Protocol, POP ou POP3 é o Protocolo dos
instalar e desinstalar programas, além de alterar as correios. Trata-se de um protocolo utilizado no aces-
configurações do sistema. Utilizado, também, para so remoto a uma caixa de correio eletrônico. Permite
assistência técnica online. A porta TCP 23 é a porta que todas as mensagens contidas numa caixa de cor-
usada por norma para o protocolo Telnet. reio eletrônico possam ser transferidas sequencial-
mente para um computador local. Dessa maneira, o
SSH utilizador pode ler as mensagens recebidas, apagá-las,
respondê-las, armazená-las etc. Este protocolo utili-
Secure Shell (SSH) é um protocolo de rede cripto- za as portas TCP 110 (padrão) ou TCP 995 (conexão
gráfico para operação de serviços de rede de forma criptografada).
segura sobre uma rede insegura. Trata-se da melhor
aplicação de exemplo conhecida para login remoto a IMAP
sistemas de computadores pelos usuários. A porta TCP
usada por norma para o protocolo SSH é a 22. Protocolo de acesso à mensagem da internet (Inter-
net Message Access Protocol, IMAP) é um protocolo de
IRC gerenciamento de correio eletrônico. Utiliza, por padrão,
as portas TCP 143 ou 993 (conexão criptografada via SSL).
Internet Relay Chat (IRC) é um protocolo de comu- O mais interessante é que as mensagens ficam armaze-
nicação utilizado na Internet. Ele é utilizado basica- nadas no servidor e o utilizador pode ter acesso à suas
mente como bate-papo (chat) e troca de arquivos, pastas e mensagens em qualquer computador, tanto por
permitindo a conversa em grupo ou privada. O siste- webmail como por cliente de correio eletrônico (como o
ma IRC mais conhecido é o Microsoft Internet Relay Mozilla Thunderbird, Microsoft Outlook).
Chat (mIRC).
A porta TCP usada por norma para o protocolo IRC SMTP
é a 194.
Simple Mail Transfer Protocol (SMTP) é o Protocolo
SNMP de transferência de correio simples, isto é, o protocolo
padrão para envio de e-mails através da Internet.
Simple Network Management Protocol (SNMP), em Esse protocolo usa por padrão a porta TCP 25 (ou
português Protocolo Simples de Gerência de Rede, é 465 para conexão criptografada via SSL).
um protocolo padrão da Internet para gerenciamen-
to de dispositivos em redes IP. Os dispositivos que WAP
suportam SNMP incluem roteadores, computadores,
servidores, estações de trabalho, impressoras, racks O Wireless Application Protocol, ou Protocolo de
modernos etc. SNMP é usado na maioria das vezes em Aplicações sem-fio, é um protocolo que permite a
sistemas de gerenciamento de rede para monitorar comunicação com a Internet por meio da telefonia
dispositivos ligados a rede para condições que garan- celular. Uma linguagem chamada WML (WAP Markup
tem atenção administrativa. Language), permite a elaboração de páginas a serem
A porta TCP usada por norma para o protocolo visualizadas nos navegadores desenvolvidos para a
SNMP é a 161. telefonia celular.
NNTP
z Fixar itens: em cada ícone, ao clicar com o botão System) armazena os dados dos arquivos em locali-
direito (secundário) do mouse, será mostrado o zações dos discos de armazenamento. Por sua vez, os
menu rápido, que permite fixar arquivos abertos arquivos possuem nome e podem ter extensões.
recentemente e fixar o ícone do programa na bar- O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de
ra de acesso rápido; armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de
z Central de Ações: centraliza as mensagens de bytes).
segurança e manutenção do Windows, como as O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.
atualizações do sistema operacional. Atalho de Antes de prosseguir, vamos conhecer estes
teclado: Windows+A (Action). A Central de Ações conceitos. 241
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A palavra “Nova”, quando armazenada no disposi-
TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO tivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação grava-
Unidade de disco de armazena- da na memória.
Disco de mento permanente, que possui um A palavra “Concursos” ocupará 9 bytes, que são 72
armazenamento sistema de arquivos e mantém os bits de informação.
dados gravados Os bits e bytes estão presentes em diversos momen-
tos do cotidiano. Um plano de dados de celular ofere-
Estruturas lógicas que endereçam ce um pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até
as partes físicas do disco de arma- 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão
Sistema de
zenamento. NTFS, FAT32, FAT são Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps,
Arquivos
alguns exemplos de sistemas de ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por
arquivos do Windows segundo, e um arquivo com 75 MB de tamanho leva-
rá 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo
Circunferência do disco físico
para o roteador wireless.
Trilhas (como um hard disk HD ou unida-
des removíveis ópticas)
Exabyte
No Windows 10, a organização segue a seguinte
Petabyte (EB)
(PB)
definição:
Terabyte
Gigabyte (TB)
trilhão
z Pastas
Megabyte (GB)
Kilobyte (MB) bilhão
(KB) mil milhão Estruturas do sistema operacional: Arquivos
Byte
de Programas (Program Files), Usuários (Users),
(B)
Windows. A primeira pasta da unidade é cha-
Ainda não temos discos com capacidade na ordem mada raiz (da árvore de diretórios), represen-
de Petabytes (PB — quatrilhão de bytes) vendidos tada pela barra invertida: Documentos (Meus
comercialmente, mas quem sabe um dia... Hoje estas Documentos), Imagens (Minhas Imagens),
Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músi-
medidas muito altas são usadas para identificar gran-
cas) — bibliotecas;
des volumes de dados na nuvem, em servidores de
Estruturas do Usuário: Documentos (Meus
redes, em empresas de dados etc. Documentos), Imagens (Minhas Imagens),
Vamos falar um pouco sobre bytes: 1 byte repre- Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músi-
senta uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é forma- cas) — bibliotecas;
do por 8 bits, que são sinais elétricos (que valem zero Área de Trabalho: desktop, que permite aces-
ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema so à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos,
242 binário para representação de informações. programas e atalhos;
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Lixeira do Windows: armazena os arquivos de A área de trabalho do Windows 10, também conhe-
discos rígidos que foram excluídos, permitindo cida como Desktop, é reconhecida pela presença do
a recuperação dos dados. papel de parede ilustrando o fundo da tela. É uma
imagem, que pode ser um bitmap (extensão BMP),
z Atalhos uma foto (extensão JPG), além de outros formatos grá-
ficos. Ao ver o papel de parede em exibição, sabemos
Arquivos que indicam outro local: extensão
que o computador está pronto para executar tarefas.
LNK, podem ser criados arrastando o item com
ALT ou CTRL+SHIFT pressionado.
Arrastar com o botão O item será movido, quando a Rich Text Format – formato de
principal pressionado um tecla SHIFT for liberada, in- texto rico. Padrão do acessório
item com a tecla SHIFT dependente da origem ou do RTF WordPad, este documento de
pressionada destino da ação texto possui alguma formatação,
como estilos de fontes
Arrastar com o botão prin-
Será criado um atalho para o Formato de vídeo. Quando o Win-
cipal pressionado um item
item, independente da origem dows efetua a leitura do conteúdo,
com a tecla ALT pressionada
ou do destino da ação MP4, AVI, exibe no ícone a miniatura do
(ou CTRL+SHIFT)
MPG primeiro quadro. No Windows 10,
Clique em itens com o botão Filmes e TV reproduzem os arqui-
principal, enquanto mantém Seleção individual de itens vos de vídeo
a tecla CTRL pressionada
Seleção de vários itens. O Formato de áudio. O Gravador
Clique em itens com o botão primeiro item clicado será o de Som pode gravar o áudio. O
MP3
principal, enquanto mantém início, e o último item será o Windows Media Player e o Groove
a tecla SHIFT pressionada final, de uma região contínua Music podem reproduzir o som
de seleção Formato de imagem. Quando o
Windows efetua a leitura do con-
BMP, GIF,
Extensões de Arquivos teúdo, exibe no ícone a miniatura
JPG, PCX,
da imagem. No Windows 10, o
PNG, TIF
O Windows 10 apresenta ícones que representam acessório Paint visualiza e edita
os arquivos de imagens
arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão
caracteriza o tipo de informação que o arquivo arma-
zena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é
atribuída para ele, de acordo com o programa que o
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EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
Modos de Exibição do Windows 10
Arquivos executáveis, que não z Ícones extras grandes: ícones extra grandes com
EXE, COM,
necessitam de outros programas nome (e extensão);
BAT
para serem executados z Ícones grandes: ícones grandes com nome (e
extensão);
z Ícones médios: ícones médios com nome (e exten-
são) organizados da esquerda para a direita;
Uma das extensões menos conhecidas e mais ques- z Ícones pequenos: ícones pequenos com nome (e
tionadas das bancas é a extensão RTF. Rich Text For- extensão) organizados da esq. para a direita;
mat, uma tentativa da Microsoft em criar um padrão z Listas: ícones pequenos com nome (e extensão)
de documento de texto com alguma formatação para organizados de cima para baixo;
múltiplas plataformas. A extensão RTF pode ser aberta z Detalhes: ícones pequenos com nome, data de
pelos programas editores de textos, como o Microsoft modificação, tipo e tamanho;
Word e LibreOffice Writer, e é padrão do acessório do z Blocos: ícones médios com nome, tipo e tamanho,
Windows WordPad. organizados da esq. para a direita;
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações z Conteúdo: ícones médios com nome, autores, data
(atalho de teclado Windows+I) e modificar o progra- de modificação, marcas e tamanho.
ma padrão. Alterando esta configuração, o arquivo
será visualizado e editado por outro programa de Um dos temas mais questionados em provas são os
escolha do usuário. modos de exibição do Windows. Se tem um computador
As Configurações do Windows e dos programas com Windows 10, procure visualizar os modos de exibi-
instalados estão armazenadas no Registro do Windo- ção no seu Explorador de Arquivos. Praticar a disciplina
ws. O arquivo do registro do Windows pode ser edi- no computador ajuda na memorização dos recursos.
tado pelo comando regedit.exe, acionado na caixa de
2. Barra ou linha de título
diálogo “Executar”. Entretanto, não devemos alterar
3. Minimizar 4. Maximizar 5. fechar
suas hives (chaves de registro) sem o devido conheci-
mento, pois poderá inutilizar o sistema operacional.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Con-
trole. A troca do nome alterou a organização dos itens
de ajustes do Windows, tornando-se mais simples e
intuitivo. Área de trabalho do aplicativo
Através deste item o usuário poderá instalar e
desinstalar programas e dispositivos, configurar o
Windows, além de outros recursos administrativos. 1. Barra de menus
6. Barra de Rolagem
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10,
acessado pela opção Configurações, localizada na lista
Elementos de uma janela do Windows 10.
exibida a partir do botão Iniciar, é possível configu-
rar VPN, Wi-Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/
Modo avião/ Status da rede/ Ethernet/ Conexão disca- 1. Barra de menus: são apresentados os menus com
da/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy. os respectivos serviços que podem ser executados
Modo Avião é uma configuração comum em smar- no aplicativo;
tphones e tablets que permite desativar, de maneira 2. Barra ou linha de título: mostra o nome do arqui-
rápida, a comunicação sem fio do aparelho — que vo e o nome do aplicativo que está sendo execu-
inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, tado na janela. Através dessa barra, conseguimos
NFC e todos os demais tipos de uso da rede sem fio. mover a janela quando a mesma não está maximi-
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao zada. Para isso, clique na barra de título, mante-
exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar nha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você
informações, como, por exemplo, a data de modifica- estará movendo a janela para a posição desejada.
Depois é só soltar o clique;
INFORMÁTICA
13 Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
248 14 Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster.
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No menu Iniciar, em Ferramentas Administrativas do Windows, encontraremos os outros programas, como
por exemplo: Agendador de Tarefas, Gerenciamento do Computador, Limpeza de Disco etc. Na parte de segurança
encontramos o Firewall do Windows, um filtro das portas TCP do computador, que autoriza ou bloqueia o acesso
para a rede de computadores, e de acesso externo ao computador.
Firewall do Windows
Painel de controle
WINDOWS 10 O QUE
Win+S Pesquisar
Xbox (Games, músicas = Groove) Integração com Xbox, modo multiplayer gratuito, streaming de jogos do Xbox One
Windows Hello Autenticação biométrica permite logar no sistema sem precisar de senhas
Desktops virtuais O recurso permite visualizar dados de vários computadores em uma única tela
O modo tablet deixa o Windows mais fácil e intuitivo de usar com touch em
Modo tablet
dispositivos tipo conversíveis
melhorados
Compartilhar Wi-Fi Compartilhar sua rede Wi-Fi com os amigos sem revelar a senha
Complemento para Telefone Sincronizar dados entre seu PC e smartphone ou tablete, seja iOs ou Android.
Cortana Assistente pessoal semelhante a Siri da Apple, que já está disponível em português
Quando você clica duas vezes em um arquivo, como por exemplo, uma imagem ou documento, o arquivo
é aberto no programa que está definido como o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no Windows 10.
Porém, se você gosta de usar outro programa para abrir o arquivo, você pode defini-lo como padrão. Disponível
em Configurações, Sistema, Aplicativos Padrão.
O Bloco de Notas (notepad.exe) é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto sem formatação,
com extensão TXT.
O WordPad (wordpad.exe) é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto com alguma formata-
ção, com extensão RTF e DOCX.
O WordPad assemelha-se ao Microsoft Word, com recursos simplificados.
O Paint (mspaint.exe) é o acessório do Windows para edição de imagens BMP, GIF, JPG, PNG e TIF.
250
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A Ferramenta de Captura é um aplicativo da área de trabalho do Windows 10, que permite copiar parte de
alguma tela em exibição.
Notas Autoadesivas (que agora se chama Stick Notes) é um aplicativo do Windows 10, que permite a inserção
de pequenas notas de texto na área de trabalho do Windows, como recados do tipo Post-It.
As Anotações podem ser vinculadas ao Microsoft Bing e à assistente virtual Cortana. Assim, ao anotar um
endereço, o mapa é exibido. Ao anotar um número de voo, as informações serão mostradas sobre a partida.
O aplicativo “Filmes e TV” pode ser usado para visualização de vídeos, assim como o “Windows Media Player”.
O Prompt de Comandos (cmd.exe) é usado para digitar comandos em um terminal de comandos.
O Microsoft Edge é o navegador de Internet padrão do Windows 10 . Podemos usar outros navegadores, como
o Internet Explorer 11 , Mozilla Firefox , Google Chrome , Apple Safari, Opera Browser etc.
O Windows Update (verificar se há atualizações) é o recurso do Windows para manter ele sempre atualizado.
Está em Configurações (atalho de teclado Windows+I), Atualização e segurança.
z Os documentos de texto produzidos pelo Microsoft Word 2010 possuem a extensão DOCX;
z Os documentos de texto habilitados para macros15, possuem a extensão DOCM;
z Um modelo16 de documento é um arquivo que pode ser usado para criar novos arquivos a partir de uma for-
INFORMÁTICA
15 Macros são pequenos programas desenvolvidos dentro de arquivos do Office, para automatização de tarefas. Os códigos dos programas são
escritos em linguagem VBA – Visual Basic for Applications. Arquivos com macros podem conter vírus, e no momento da abertura, o programa
perguntará se o usuário deseja ativar ou não as macros.
16 Template = modelo de documento, planilha ou apresentação, com a formatação básica a ser usada no novo arquivo. 251
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z As pastas de trabalho habilitadas para macros pos-
suem a extensão XLSM; ATALHO AÇÃO
z As pastas de trabalho do tipo modelo, possuem a Desfaz a última ação. Se acabou de
extensão XLTX; renomear um arquivo, ele volta ao
z As pastas de trabalho do tipo modelo habilitadas Ctrl+Z nome original. Se acabou de apagar
para macros possuem a extensão XLTM; um arquivo, ele restaura para o local
z O arquivo do Excel que contém os dados de uma onde estava antes de ser deletado
planilha que não foi salva, que pode ser recupera-
da pelo usuário, possui a extensão XLSB (binário); Move o item para a Lixeira do
Del
z O arquivo com extensão CSV (Comma Separated Windows
Values) contém textos separados por vírgula, que F1 Exibe a ajuda
podem ser importados pelo Excel, podem ser usa-
dos em mala direta do Word, incorporados a um F11 Tela Inteira
banco de dados etc.;
Renomear, trocar o nome: dois
z Um arquivo com a extensão. contact é um contato,
arquivos com mesmo nome e
que pode ser usado no Outlook 2016;
mesma extensão não podem estar
z Arquivos compactados com extensão ZIP podem
na mesma pasta, se já existir ou-
armazenar outros arquivos e pastas; F2
tro arquivo com o mesmo nome,
z Os arquivos compactados podem ser criados
o Windows espera confirmação,
pelo menu de contexto, opção Enviar para, Pasta símbolos especiais não podem ser
Compactada; usados, como / | \ ? * “ < > :
z Os arquivos de Internet, como páginas salvas,
recebem a extensão HTML e uma pasta será criada Pesquisar, quando acionado no Ex-
para os arquivos auxiliares (imagens, vídeos etc.); F3
plorador de Arquivos. Win+S fora dele
z O conteúdo de arquivos do Office pode ser trans-
ferido para outros arquivos do próprio Office atra-
F5 Atualizar
vés da Área de Transferência do Windows;
z O conteúdo formatado do Office poderá ser trans- Exclui definitivamente, sem arma-
Shift+Del
ferido para outros arquivos do Windows, mas a zenar na Lixeira
formatação poderá ser perdida.
Win Abre o menu Início
Atalhos de Teclado — Windows 10 Acessa o primeiro programa da
Win+1
barra de tarefas
Dica Acessa o segundo programa da
Win+2
barra de tarefas
Os atalhos de teclado do Windows são de ter-
mos originais em inglês. Por serem atalhos de Win+B Acessa a Área de Notificação
teclado do sistema operacional, são válidos para Mostra o desktop (área de
os programas que estiverem sendo executados Win+D
trabalho)
no Windows.
Win+E Abre o Explorador de Arquivos
Windows + T Barra de Tarefas (Task Bar) z Processador: 1 GHz (gigahertz) ou mais rápido,
com dois ou mais núcleos de 64 bits;
Primeiro aplicativo da Barra de z Memória RAM: 4 GB (gigabytes);
Windows + 1
Tarefas z Armazenamento: 64 GB ou mais de armazenamen-
to de massa;
Segundo aplicativo da Barra de z Firmware do sistema: UEFI (Unified Extensible Fir-
Windows + 2
Tarefas mware Interface), compatível com Inicialização
Windows + 3, 4, 5, Demais aplicativos da Barra de Segura.
etc. Tarefas, respectivamente
Inicialização Segura é um recurso de segurança
Windows + B Área de notificação importante projetado para impedir o carregamen-
to de software mal-intencionado quando o compu-
Central de ações (Action tador é iniciado (inicializado). (MICROSOFT, s.d.);
Windows + A
Center)
z TPM (Trusted Platform Module): versão 2.0.
Mostrar área de trabalho
Windows + D
(desktop)
O TPM 2.0 é necessário para executar Windo-
Mostrar área de trabalho (mini- ws 11, como um importante bloco de construção
Windows + M mizar todas as janelas e visuali- para recursos relacionados à segurança. O TPM
zar a área de trabalho) 2.0 é usado em Windows 11 para vários recursos,
incluindo Windows Hello para proteção de identi-
dade e BitLocker para proteção de dados.(MICRO-
Recursos Aprimorados no Windows 11 SOFT, n/d);
Além das novas funcionalidades e atalhos de z Placa gráfica: possui compatibilidade com DirectX
teclado, recursos nativos do Windows foram apri- 12 ou posterior;
morados na nova versão. Conheça alguns destes z Tela: com alta definição (720p) e mais de nove pole-
aprimoramentos: gadas no sentido diagonal, 8 bits por canal de cor;
z Conexão com a internet e conta Microsoft: para todas
z Pesquisa Universal: ferramenta de pesquisa inte- as versões do Windows 11, é preciso ter acesso à
grada que permite pesquisar arquivos, aplicativos e internet para realização de atualizações, downloads
conteúdo da web diretamente do menu Iniciar. Você e aproveitamento de alguns recursos. Além disso, é
pode acessar a Pesquisa Universal clicando no ícone importante que se tenha uma conta Microsoft para
da lupa na barra de tarefas ou pressionando as teclas utilização de algumas funcionalidades.
Windows + S. A Pesquisa Universal também pode ser
usada para pesquisar configurações do sistema, como
opções de energia e gerenciamento de dispositivos. MSOFFICE M365
Além disso, a Pesquisa Universal apresenta resulta-
dos em tempo real à medida que você digita, tornan- WORD
do mais fácil encontrar o que se está procurando;
z Recursos de acessibilidade: navegar usando reco- Estrutura Básica dos Documentos
nhecimento de voz, legendas ao vivo e leitura de tela
com o narrador, usando voz natural e humana; Os documentos produzidos com o editor de textos
z Fácil configuração e personalização: personali- Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica:
zar o tema da Área de Trabalho, cores, textos, tela
de fundo e espaços de trabalho; z Documentos: arquivos DOCX criados pelo Microsoft
z Desempenho e segurança: camadas adicionais de Word 2007 e superiores. Os documentos são arquivos
proteção para manter aplicativos, informações e editáveis pelo usuário, que podem ser compartilha-
254 privacidade em segurança; dos com outros usuários para edição colaborativa;
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z Os Modelos (Template): com extensão DOTX, contêm formatações que serão aplicadas aos novos documentos
criados a partir deles. O modelo é usado para a padronização de documentos;
z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM (Document Template Macros — modelo de documento com
macros): as macros são códigos desenvolvidos em Visual Basic for Applications (VBA) para a automatização
de tarefas;
z Páginas: unidades de organização do texto, segundo a orientação, o tamanho do papel e margens. As principais
definições estão na guia Layout, mas também encontrará algumas definições na guia Design;
z Seção: divisão de formatação do documento, onde cada parte tem a sua configuração. Sempre que forem usa-
das configurações diferentes, como margens, colunas, tamanho da página, orientação, cabeçalhos, numeração
de páginas, entre outras, as seções serão usadas;
z Parágrafos: formado por palavras e marcas de formatação. Finalizado com Enter, contém formatação inde-
pendente do parágrafo anterior e do parágrafo seguinte;
z Linhas: sequência de palavras que pode ser um parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for finalizado com
Quebra de Linha, a configuração atual permanece na próxima linha;
z Palavras: formado por letras, números, símbolos, caracteres de formatação etc.
Os arquivos produzidos nas versões anteriores do Word são abertos e editados nas versões atuais. Arquivos de
formato DOC são abertos em Modo de Compatibilidade, todavia alguns recursos são suspensos. Para usar todos os
recursos da versão atual, é necessário “Salvar como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão ser editados pelas versões antigas do Office, desde que ins-
tale um pacote de compatibilidade, disponível para download no site da Microsoft.
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft Word, desde a
versão 2013, possui o recurso “Refuse PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fosse um documento do
Word.
Durante a edição de um documento, o Microsoft Word:
z faz a gravação automática dos dados editados enquanto o arquivo não tem um nome ou local de armazena-
mento definidos. Depois, se necessário, o usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;
z faz a gravação automática de auto recuperação dos arquivos em edição que tenham nome e local definidos,
permitindo recuperar as alterações que não tenham sido salvas;
z as versões do Office 365 oferecem o recurso de “Salvamento automático”, associado à conta Microsoft, para
armazenamento na nuvem Microsoft OneDrive. Como na versão on-line, a cada alteração, o salvamento será
realizado;
z o formato de documento RTF (Rich Text Format) é padrão do acessório do Windows chamado WordPad, e por
ser portável, também poderá ser editado pelo Microsoft Word.
Em questões de informática, as extensões dos arquivos produzidos pelo usuário costumam ser questionadas
com regularidade.
Acompanhe ainda os pontos a seguir:
z ao iniciar a edição de um documento, o modo de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de Impressão”.
O documento será mostrado na tela da mesma forma que será impresso no papel;
z o Modo de Leitura permite visualizar o documento sem outras distrações, como, por exemplo, a Faixa de
Opções com os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a barra de título continua sendo exibida;
z o modo de exibição “Layout da Web” é usado para visualizar o documento como ele seria exibido se estivesse
publicado na Internet como página web;
z em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de Títulos serão mostrados, auxiliando na organização dos blocos
de conteúdo;
z o modo “Rascunho”, que antes era modo “Normal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os elementos
gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) existentes nele;
z os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemento da
interface do Microsoft Office;
z para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado;
z a Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos, como será mostrado na tabela a seguir: 255
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GUIA GRUPO ITEM ÍCONE BOTÃO/GUIA DICA
Recortar Tarefas secundárias: adicionar
um objeto que ainda não existe no
Inserir
Copiar documento, tabela, ilustrações e
Área de instantâneos
Transferência
Colar Configuração da página: formata-
Layout da Página ção global do documento e forma-
Pincel de tação da página
Página
Formatação
Inicial
Nome da Reúne formatação da página e
Calibri (Corp Design
fonte plano de fundo
Tamanho da Índices e acessórios: notas de
fonte Referências rodapé, notas de fim, índices, sumá-
Fonte
Aumentar rios etc.
fonte
Diminuir Mala direta: cartas, envelopes,
fonte Correspondências etiquetas, e-mails e diretório de
contatos
Folha de
Rosto Correção do documento: ele
está ficando pronto... Ortografia
Página em Revisão e gramática, idioma, controle de
Páginas
Branco alterações, comentários, comparar,
proteger etc.
Quebra de
Página Visualização: podemos ver o resul-
Exibir tado de nosso trabalho. Será que
Inserir Tabelas Tabela ficou bom?
Imagem
Edição e Formatação de Textos
Imagens
Online
A edição e formatação de textos consiste em apli-
Ilustrações
car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos
parágrafos e nas páginas.
Formas Os estilos fornecem configurações padronizadas
para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formata-
ções envolvem as definições de fontes e parágrafos,
sendo úteis para a criação dos índices ao final da edi-
ção do documento. Os índices são gerenciados por
Importante! meio das opções da guia referências, que estão dispo-
níveis, na Microsoft Word, na guia Página Inicial.
As bancas priorizam o conhecimento do candi- Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuário
dato acerca do uso dos recursos para a produ- poderá copiar a formatação de um local e aplicar em
ção de arquivos (parte prática dos programas). outro local no mesmo documento, ou em outro arqui-
Nas questões de editores de textos, a produção vo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o “mode-
de documentos formatados com imagens ilus- lo de formatação no texto”, clique no ícone da guia
trativas no formato antes/depois são os assun- Página Inicial e clique no local onde deseja aplicar a
tos mais abordados. formatação. O conteúdo não será copiado, somente a
formatação. Se efetuar duplo clique no ícone, poderá
z As guias possuem uma organização lógica sequen- aplicar a formatação em vários locais até pressionar a
cial das tarefas que serão realizadas no documen- tecla Esc ou iniciar uma digitação.
to, desde o início até a visualização do resultado
final, como veremos na tabela a seguir: Seleção
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MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO
Botão principal
Ctrl+Alt Seleção bloco Seleção vertical
pressionado
Dica
Teclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia a dia. Experimen-
te praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no início de um documento em
branco e apertar Enter, ele criará um texto “aleatório” com 10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você
pode praticar à vontade.
Cabeçalhos
Localizado na margem superior da página, poderá ser configurado em Inserir, grupo Cabeçalho e Rodapé17.
Poderá ser igual em toda a extensão do documento, diferente nas páginas pares e ímpares (para frente e verso),
mesmo que a seção anterior, diferente para cada seção do documento, não aparecer na primeira página, entre
várias opções de personalização.
Os cabeçalhos aceitam elementos gráficos, como tabelas e ilustrações.
A formatação de cabeçalho e rodapé, é diferente entre os programas do Microsoft Office. No Microsoft Word o
cabeçalho tem 1 coluna. No Excel, são 3 colunas. No Microsoft PowerPoint... depende, podendo ter 2 ou 3 colunas.
A numeração de páginas poderá ser inserida no cabeçalho e/ou rodapé.
INFORMÁTICA
17 O grupo Cabeçalho e Rodapé permite a inserção de um Cabeçalho (na margem superior), Rodapé (na margem inferior) e Número de Página
(no local do cursor, na margem superior, na margem inferior, na margem direita/esquerda) 257
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(Digite aqui)
Parágrafos
Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter. Um parágrafo poderá ter diferentes for-
matações. Confira:
2 2 4 6 8 10 12 14 16
Os editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
exemplos:
Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os carac-
teres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar
tudo).
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CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD
Tecla(s) Ícone Ação Visualização
Quebra de Linha: muda de linha e mantém a forma-
Shift+Enter -
tação atual
Quebra de página: muda de página, no local atual
do cursor. Disponível na guia Inserir, grupo Páginas,
Ctrl+Enter ou Ctrl+Return Quebra de página
ícone Quebra de Página, e na guia Layout, grupo
Configurar Página, ícone Quebras
Quebra de coluna: indica que o texto continua na
Ctrl+Shift+ Enter próxima coluna. Disponível na guia Layout, grupo Quebra de coluna
Configurar Página, ícone Quebras
Separador de Estilo: usado para modificar o estilo
Ctrl+Alt+ Enter -
no documento
Insere uma marca de tabulação (1,25cm). Se esti-
TAB
ver no início de um texto, aumenta o recuo
- - Âncoras de objetos
Fontes
As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
As formatações de fontes estão disponíveis no grupo Fonte, da guia Página Inicial.
PÁGINA INICIAL
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana, são os
mais comuns. Para facilitar o acesso a essas fontes, o atalho de teclado é: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Vejamos, agora, alguns atalhos de teclado:
z Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo teclado com Ctrl+Shift+<
INFORMÁTICA
A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-sublinhado,
negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.
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Concorrentes entre si, significa que você escolhe o
efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simul- Biblioteca de Marcadores
taneamente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCU-
LAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito.
Por sua vez, Sombra é um efeito independente, Nenhum
que pode ser combinado com outros. Já as opções de
efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devendo
ser individuais.
Para finalizar esse assunto, temos o sublinhado. Ele é
um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro
de si mesmo. Temos, então, Sublinhado simples, Subli- Marcadores de Documento
nhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras
(sem considerar os espaços entre as palavras) etc. São os
estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.
Lembre-se: as questões sobre Fontes são práticas.
Portanto, se puder praticar no seu computador, será
melhor para a memorização do tema. As questões
são independentes da versão, portanto poderá usar o
Word 2007 ou Word 365, para testar as questões de
Word 2016.
Alterar Nível de Lista
Colunas
Definir Novo Marcador...
NÚMEROS LETRAS
1. Exemplo a. Exemplo
2. Exemplo b. Exemplo
3. Exemplo c. Exemplo
4. Exemplo d. Exemplo
i. Exemplo 1) Exemplo
ii. Exemplo a) Exemplo
iii. Exemplo 2) Exemplo
iv. Exemplo a) Exemplo
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As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, têm linhas, colunas, é formada por
células, podendo conter, também, fórmulas simples.
Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma
planilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de
Opções.
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-
matação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.
Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma
única), Dividir células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando
elementos horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.
O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-
lizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente esses
itens são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo “extrapola” os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
WORD EXCEL
Somente o conteúdo da primeira célula será
Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos
mantido
Em inglês, com referências direcionais Em português, com referências posicionais
Tabela, Fórmulas
=SUM(ABOVe) =SOMA(A1:A5)
Recalcula automaticamente e manualmente
Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente
(F9)
Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5
Quebra de linha manual Shift+Enter Alt+Enter
Copia apenas a primeira formatação da
Pincel de Formatação Copia várias formatações diferentes
origem
Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte Duplica a informação da célula acima
INFORMÁTICA
261
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
WORD EXCEL
Finaliza a entrada na célula e mantém o
Ctrl+Enter Quebra de página manual
cursor na célula atual
Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual
Finaliza a entrada na célula e posiciona o
Shift+Enter Quebra de linha manual
cursor na célula acima da atual, se houver
Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função
Impressão
Disponível no menu Arquivo e pelo atalho Ctrl+P (e também pelo Ctrl+Alt+I, Visualizar Impressão), a impressão
permite o envio do arquivo em edição para a impressora. A impressora listada vem do Windows, do Painel de Controle.
Podemos escolher a impressora, definir como será a impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Imprimir Sele-
ção, Imprimir Página Atual, imprimir as Propriedades), quais serão as páginas (números separados com ponto e
vírgula/vírgula indicam páginas individuais, separadas por traço uma sequência de páginas, com a letra s uma
seção específica, e com a letra p uma página específica).
Havendo a possibilidade, serão impressas de um lado da página, ou frente e verso automático, ou manual.
O agrupamento das páginas permite que várias cópias sejam impressas uma a uma, enquanto Desagrupado, as
páginas são impressas em blocos.
As configurações de Orientação (Retrato ou Paisagem), Tamanho do Papel e Margens, podem ser escolhidas no
momento da impressão, ou antes, na guia Layout da Página. A última opção em Imprimir possibilita a impressão
de miniaturas de páginas (várias páginas por folha) em uma única folha de papel.
Imprimir
EPSON8D025B(L5190 SERIES)
Pronto
Imprimir
Imprimir em Um Lado
Apenas imprimir um lado d..
Agrupado
1;2;3 1;2;3; 1;2;3;
Orientação Retrato
A4
21cm x 29,7 cm
Margens Personalizadas
Configurar Página
Dica
Numeração de Páginas
Disponível na guia Inserir permite que um número seja apresentado na página, informando a sua numeração
em relação ao documento.
Combinado com o uso das seções, a numeração de página pode ser diferente em formatação a cada seção do
documento, como no caso de um TCC.
INFORMÁTICA
Conforme observado na imagem acima, o número de página poderá ser inserido no Início da Página (cabeça-
lho), ou no Fim da página (rodapé), ou nas margens da página, e na posição atual do cursor.
Legendas
Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo de um objeto para descrevê-lo. Podem ser usadas em Figuras
(que inclui Ilustrações) ou Tabelas. 263
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Disponível na guia Referências (índices), as legendas podem ser inseridas na configuração padrão ou persona-
lizadas. Depois, podemos criar um índice específico para elas, que será o Índice de Ilustrações.
No final do grupo Legendas, da guia Referências, no Word, encontramos o ícone “Referência Cruzada”. Em
alguns textos, é preciso citar o conteúdo de outro local do documento. Assim, ao criar uma referência cruzada, o
usuário poderá ir para o local desejado pelo autor e a seguir retornar ao ponto em que estava antes.
Inserir
Legenda
Legenda
Legenda
Figura 1
Opção
Rótulo: Figura
Posição: Abaixo do item selecionado
ÍNDICES
Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por
diante. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá “Adicionar Texto” no índice principal (Sumário),
Marcar Entrada (para inserir um índice) e até remover depois de inserido.
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem o usuário navegar entre os links do documento de
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
local, retorna para o local de origem.
Lembre-se: a guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos:
envolvem conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na
formatação de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
Inserção De Objetos
Disponíveis na guia Inserir, os objetos que poderiam ser inseridos no documento estão organizados em
categorias:
z Páginas: objetos em forma de página, como a capa (Folha de Rosto), uma Página em Branco ou uma Quebra
de Página (divisão forçada, quebra de página manual, atalho Ctrl+Enter);
z Tabela: conforme comentado anteriormente, organizam os textos em células, linhas e colunas;
z Ilustrações: Imagem (arquivos do computador), ClipArt (imagens simples do Office), Formas (geométricas),
SmartArt (diagramas), Gráfico e Instantâneo (cópia de tela ou parte da janela).
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Na sequência dos objetos para serem inseridos em um documento, encontramos:
z Links: indicado para acessar a Internet via navegador ou acionar o programa de e-mail ou criação de referên-
cia cruzada;
z Cabeçalho e Rodapé;
z Texto: elementos gráficos como Caixa de Texto, Partes Rápidas (com organizador de elementos do documen-
to), WordArt (que são palavras com efeitos), Letra Capitular (a primeira letra de um parágrafo com destaque),
Linha de Assinatura (que não é uma assinatura digital válida, dependendo de compra via Office Marketplace),
Data e Hora, ou qualquer outro Objeto, desde que instalado no computador;
z Símbolos: inserção de Equações ou Símbolos especiais.
Campos Predefinidos
Estes campos são objetos disponíveis na guia Inserir que são predefinidos. Após a configuração inicial, são
inseridos no documento.
Além da configuração da Linha de Assinatura, existem outras opções, como Data e Hora, Objeto e dentro do
item Partes Rápidas, no grupo Texto, da guia Inserir, a opção Campo.
Entre as categorias disponíveis, encontramos campos para automação de documento, data e hora, equações e
fórmulas, índices, informação sobre o documento, informações sobre o usuário, mala direta, numeração, vínculos
e referências.
INFORMÁTICA
Caixas de Texto
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Uma nova guia de opções será apresentada após a última, denominada Ferramentas de Caixa de Texto, permi-
tindo Formatar os elementos de Texto e do conteúdo da Caixa de Texto.
Nas opções disponibilizadas, será possível controlar o texto (direção do texto), definir estilos de caixa de texto
(preenchimento da forma, contorno da forma, alterar forma, estilos predefinidos), efeitos de sombra e efeitos 3D.
ATALHO AÇÃO
Salvar: grava o documento com o nome atual, substituindo o anterior. Caso não tenha nome, será
Ctrl+B
mostrado “Salvar como”
Ctrl+J Justificar: alinhamento do texto distribuído uniformemente entre as margens esquerda e direita.
Ctrl+R Refazer
Pincel de Formatação: para copiar a formatação de um local e aplicá-la a outro, seja no mesmo
Ctrl+Shift+C
documento ou outro aberto. Para colar a formatação copiada, use Ctrl+Shift+V
Ctrl+Z Desfazer
F1 Ajuda
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ATALHO AÇÃO
EXCEL
A planilha em Excel, ou folha de dados, poderá ser impressa em sua totalidade, ou apenas áreas definidas pela
Área de Impressão, ou a seleção de uma área de dados, ou uma seleção de planilhas do arquivo, ou toda a pasta
de trabalho.
Ao contrário do Microsoft Word, o Excel trabalha com duas informações em cada célula: dados reais e dados
formatados.
Por exemplo, se uma célula mostra o valor 5, poderá ser o número 5 ou uma função/fórmula que calculou e
resultou em 5 (como =10/2)
z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com
a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra;
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas com números;
Barra de Fórmulas
Faixa
de Opções
INFORMÁTICA
Célula
Linha
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z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão Microsoft Office 365
(2022) são 16.384 colunas (nomeadas de A até XFD) e 1.048.576 linhas (numeradas de 1 a 1.048.576).
A quantidade de linhas e colunas podem variar, de acordo com o software e a versão. Existem planilhas com
256, 1.024, 16.384 ou 65.536 colunas. Existem planilhas com 65.536 ou 1.048.576 linhas;
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
criada. Se for um texto, é copiado, mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
datas são sempre criadas as continuações (sequências);
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante.
E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.
Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, disponível na guia Página Inicial:
z Mesclar e Centralizar: une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célula;
Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas;
z Mesclar através: mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior;
z Mesclar células: mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar;
z Desfazer Mesclagem de Células: desfaz o procedimento realizado para a união de células.
A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de dados, é o conjunto de valores armazenados nas células.
Estes dados poderão ser organizados (classificação), separados (filtro), manipulados (fórmulas e funções), além de
apresentar em forma de gráfico (uma imagem que representa os valores informados).
Para a elaboração, poderemos:
z digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido na célula;
z digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponível na área superior do aplicativo, a linha de fórmulas é o
conteúdo da célula. Se a célula possui um valor constante, além de mostrar na célula, este aparecerá na barra
de fórmulas. Se a célula possui um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mostrada na barra de fórmulas;
z o preenchimento dos dados poderá ser agilizado através da Alça de Preenchimento ou pelas opções automá-
ticas do Excel;
z os dados inseridos nas células poderão ser formatados, ou seja, continuam com o valor original (na linha de
fórmulas) mas são apresentados com uma formatação específica;
z todas as formatações estão disponíveis no atalho de teclado Ctrl+1 (Formatar Células);
z também na caixa de diálogo Formatar Células, encontraremos o item Personalizado, para criação de máscaras
de entrada de valores na célula.
Geral
123 Sem formato específico
Número
12 4,00
Moeda
R$4,00
Contábil
R$4,00
Data Abreviada
04/01/1900
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Data Completa
quarta-feira, 4 de janeiro de 1900
Hora
00:00:00
Porcentagem
400,00%
1 Fração
2 4
Científico
102 4,00E+00
Texto
ab 4
Dica
As informações existentes nas células poderão ser exibidas com formatos diferentes. Uma data, por exem-
plo, na verdade é um número formatado como data. Por isto conseguimos calcular a diferença entre datas.
Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre si, mas possuem exibição diferenciada. No formato de Moe-
da, o alinhamento da célula é respeitado e o símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, o alinhamento
é ‘justificado’ e o símbolo de R$ fica posicionado na esquerda, alinhando os valores pela vírgula decimal.
Moeda Contábil
R$4,00 R$4,00
Moeda CONTÁBIL
R$ 150,00 R$ 150,00
R$ 170,00 R$ 170,00
R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
R$ 10,54 R$ 10,54
O ícone é para mostrar um valor com o formato de porcentagem. Ou seja, o número é multiplicado por 100.
Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%)
1 100% 100,00%
2 200% 200,00%
0,004 0% 0,40%
O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o valor da célula com um separador de milhar. Este comando
alterará o formato da célula para Contábil sem um símbolo de moeda.
1 R$1,00 1,00
Simbologia Específica
Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
alguns exemplos de aplicação.
z ( ) – parênteses;
z ^ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração.
Importante!
Como resolver as questões de planilhas de cálculos?
Leitura atenta do enunciado (português e interpretação de textos);
Identificar a simbologia básica do Excel (informática);
Respeitar as regras matemáticas básicas (matemática);
Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso (raciocínio lógico).
z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo;
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio;
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>;
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=;
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=.
OPERADORES DE REFERÊNCIA
z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 );
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2.
Importante!
O símbolo de cifrão é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.
Identifica uma
= HOJE ( ) Retorna a data atual do computador
função ou os valo-
( )parênteses = SOMA (A1;B1) Faz a soma de A1 e B1
res de uma opera-
= (3+5) / 2 Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir por 2
ção prioritária
As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel substi-
tuirá pelo sinal de igual.
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SÍMBOLOS PARA TEXTOS
O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Pode-
remos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.
=A1&A2&A3 é igual a
& (E comercial) CONCATENAR Juntar textos
=CONCATENAR(A1;A2;A3)
Erros
Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem mensa-
gens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de digitação,
entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fór-
mulas. Com este recurso, muito questionado em concursos, o usuário poderá ver setas na planilha indicando a
relação entre as células, e identificar a origem das mensagens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:
Funções Básicas
No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se
existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3;
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5;
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3;
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’, operando
apenas áreas quadrangulares;
=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3;
=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.
z SOMASE(valores;condição): realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for
272 atendida.
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A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para Esta função é muito solicitada em todas as bancas.
que seja somado): A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na
primeira parte, o que fazer caso seja verdadeiro na
=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valo- segunda parte, e o que fazer caso seja falso na última
res de A1 até A5 que sejam maiores que 15; parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais se-
rão realizadas as duas operações, somente uma delas,
=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valo- segundo o resultado do teste.
res de A1 até A10 que forem iguais a 10.
A função SE usa operadores relacionais (maior,
z MÉDIA(valores): realiza a operação de média menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen-
nas células selecionadas e exibe o valor médio te) para construção do teste. As aspas são usadas para
encontrado. textos literais.
=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples =SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor
dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valo- da célula A1 não é 10”)
res, serão somados e divididos por 5. Se existir uma =SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O
célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células valor não é negativo”)
vazias não entram no cálculo da média. =SE(A1>0;”O valor da célula A1 é positivo”;”O
valor não é positivo”)
z MED(valores): informa a mediana de uma série
de valores. É possível encadear funções, ampliando as áreas
de atuação. Por exemplo, um número pode ser negati-
Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequên-
vo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis.
cia de valores com quantidade ímpar, eles serão orde-
nados e o valor no meio é a sua mediana. Por exemplo,
=SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor
para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e
é negativo”;”Valor é positivo”))
a mediana é 5.
Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste),
Se temos uma sequência de valores com quantida-
exibe a mensagem e finaliza a função, mas se não for
de par, a mediana será a média dos valores que estão
igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo
no meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1),
teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer-
ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A
rando a função. Por fim, se não é igual a zero, e não é
média de 4 e 8 é 6 ((4+8)/2).
menor que zero, só poderia ser maior do que zero, e a
mensagem final “Valor é positivo” será mostrada.
z MÁXIMO(valores): exibe o maior valor das célu-
las selecionadas. Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é
usado somente no início da digitação da célula.
=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na As funções CONT são usadas para informar a
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape- quantidade de células, que atendem às condições
nas um será mostrado. especificadas.
z MAIOR(valores;posição): exibe o maior valor de z CONT.NÚM: para contar quantas células possuem
uma série, segundo o argumento apresentado. números;
z CONT.VALORES: quantidade de células que estão
Valores iguais ocupam posições diferentes. preenchidas;
z CONTAR.VAZIO: quantidade de células que não
=MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas célu- estão preenchidas;
las A1 até D6. z CONT.SE: quantidade de células que atendem à
uma condição específica;
z MÍNIMO(valores): exibe o menor valor das célu- z CONT.SES: quantidade de células que atendem a
las selecionadas. várias condições simultaneamente.
=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas cé- CONT.NÚM (células): conta todas as células
lulas A1 até D6. em um intervalo, exceto células vazias e célu-
las com texto.
z SE(teste;verdadeiro;falso): avalia um teste e
retorna um valor caso o teste seja verdadeiro ou =CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no
outro caso seja falso. intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos. 273
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CONT.SE(células;condição): esta função conta quantas vezes aparece um determinado valor (número ou
texto) em um intervalo de células (o usuário tem que indicar qual é o critério a ser contado)
=CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quantas células existem no intervalo de A1 até A10 contendo o
valor 5.
=CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a contagem de quantas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
do o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas células existem no intervalo de B1 até B10 contendo o valor 7.
Efetua um teste nas células especificadas, e soma as correspondentes nas células para somar.
Os intervalos de teste e de soma podem ser os mesmos.
=SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem meno-
res que 3.
Efetua um teste nas células especificadas, e calcula a média das células correspondentes.
Os intervalos de teste e de média podem ser os mesmos.
A função PROCV é utilizada para localizar o valor_procurado dentro da matriz_tabela, e quando encontrar, retor-
nar a enésima coluna informada em núm_índice_coluna. A última opção, que será VERDADEIRO ou FALSO, é usada
para identificar se precisa ser o valor exato (F) ou pode ser valor aproximado (V).
A função PROCV é um membro das funções de pesquisa e Referência, que incluem a função PROCH.
Use a função TIRAR ou a função ARRUMAR para remover os espaços à esquerda nos valores da tabela.
ESQUERDA(texto;quantidade)
Extrai de uma sequência de texto, uma quantidade de caracteres especificados, a partir do início (esquerda).
DIREITA(texto;quantidade)
Extrai de uma sequência de texto, uma quantidade de caracteres especificados, a partir do final.
CONCATENAR(texto1;texto2; ... )
Esta função foi mantida por compatibilidade com as versões anteriores. Ela concatena apenas células individuais.
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=CONCATENAR(“Apostila “;”Nova “;”Concursos”) exibe “Apostila Nova Concursos”.
CONCAT(intervalo)
=CONCAT(A1:A5) junta o conteúdo das células A1 até A5 em uma nova célula. Esta função não funciona nas
versões antigas do Office.
NÚM.CARACT(célula)
INT(valor)
TRUNCAR(valor;casas decimais)
=TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas decimais – valor 3,14159 exibe 3,141.
ARRED(valor;casas decimais)
Exibe um número com a quantidade de casas decimais, arredondando para cima ou para baixo.
=ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas decimais – valor 3,14159 exibe 3,142.
FUNÇÕES LÓGICAS
Retornará um valor que você especifica se uma fórmula for avaliada para
SEERRO (Função SEERRO)
um erro; do contrário, retornará o resultado da fórmula
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Importante!
Foram apresentadas muitas funções neste material, não é verdade? Existem milhares de funções no Micro-
soft Excel e LibreOffice Calc. Em concursos públicos, estas são as mais questionadas.
IMPRESSÃO
A impressão no Excel é semelhante ao Word. Difere-se ao oferecer o item Área de Impressão, que permite ao
usuário escolher uma área de uma planilha para ser impressa.
Outro item que o Excel oferece que é exclusivo, corresponde a possibilidade de imprimir os títulos das colunas
e linhas, fazendo com que a impressão seja muito parecida com a tela que está sendo visualizada.
Ambos estão na guia Layout da Página.
E na caixa de diálogo de impressão (Ctrl+P) temos o ajuste da impressão (zoom), permitindo ajustar para caber
em uma página, ajustar apenas as linhas, apenas as colunas, e mudar as quebras de páginas arrastando a divisão
na tela.
Inserção de Objetos
A inserção de objetos contém os mesmos itens do Microsoft Word, mas o destaque são os Gráficos.
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A tabela e o gráfico dinâmico possibilitam resumir os dados rapidamente, a partir de critérios padronizados
no Excel.
Os gráficos são representações visuais de dados da planilha. De acordo com a opção escolhida, teremos uma
forma de apresentação. Alguns gráficos são indicados para situações específicas. Outros gráficos são generalistas.
Gráficos
Além da produção de planilhas de cálculos, o Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos com os
dados existentes nas células.
Gráficos são a representação visual de dados numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como gráficos
‘comuns’ ou gráficos dinâmicos.
Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâmicas, são construídos com dados existentes em uma ou
várias pastas de trabalho, associando e agrupando informações para a produção de relatórios completos.
z Os gráficos de Colunas representam valores em colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colunas: Agrupada,
Empilhada, 100% Empilhada, 3D Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada, e 3D.
z Os gráficos de Linhas representam valores com linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de Linhas:
Linha, Linha Empilhada, 100% Empilhada, com Marcadores, Empilhada com Marcadores, 100% Empilhada
com Marcadores, e 3D.
z Os gráficos de Pizza representam valores proporcionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza, Pizza 3D,
Pizza de Pizza, Barra de Pizza, e Rosca.
z Os gráficos de Barras representam dados de forma semelhante ao gráfico de Colunas, mas na horizontal. São
opções dos gráficos de Barras: Agrupadas, Empilhadas, 100% Empilhadas, 3D Agrupadas, 3D Empilhadas, e 3D
100% Empilhadas.
INFORMÁTICA
z Os gráficos de Área representam dados de forma semelhante ao gráfico de Linhas, mas com preenchimento
até a base (eixo X). São opções dos gráficos de Área: Área, Área Empilhada, Área 100% Empilhada, Área 3D,
Área 3D Empilhada, e Área 3D 100% Empilhada.
277
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z Os gráficos de Dispersão representam duas séries de valores em seus eixos. São opções dos gráficos de Disper-
são: Dispersão, com Linhas Suaves e Marcadores, com Linhas Suaves, com Linhas Retas e Marcadores, com
Linhas Retas, Bolhas e Bolhas 3D.
z O gráfico do tipo Mapa exibe a informação de acordo com cada região. Sua única opção é o Mapa Coroplético.
z Os gráficos de Ações necessitam que os dados estejam organizados em preço na alta, preço na baixa e
preço no fechamento. Datas ou nomes das ações serão usados como rótulos. São exemplos de gráficos
de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-Baixa-Fechamento, Volume-Alta-Baixa-Fechamento, e
Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.
z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos de Linhas, e preenchem a superfície com cores. São exem-
plos de gráficos de Superfície: 3D, 3D Delineada, Contorno e Contorno Delineado.
z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a evolução de itens. São exemplos de gráficos de Radar: Radar,
Radar com Marcadores, e Radar Preenchido.
z O gráfico do tipo Mapa de Árvore é usado para mostrar proporcionalmente a hierarquia dos valores.
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z O gráfico do tipo Explosão Solar se assemelha ao gráfico de Rosca, mas o maior valor será o primeiro da série
de dados.
z Os gráficos do tipo Histograma são usados para séries de valores com evolução, como idades da população. São
exemplos de gráficos do tipo Histograma: Histograma e Pareto.
z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.
z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados.
São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no
Eixo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação
Personalizada.
CAMPOS PREDEFINIDOS
Semelhante ao Word, o Excel poderá operar com os mesmos campos. Campos são variáveis inseridas na plani-
lha de dados, que serão atualizadas segundo a necessidade.
Data e Hora, Linha de Assinatura, Cabeçalho e Rodapé, entre muitos.
Uma das principais diferenças entre o editor de textos e o editor de planilhas, é o Cabeçalho e Rodapé. Enquan-
to no editor de textos eles são únicos, no Excel estão divididos em 3 partes.
INFORMÁTICA
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CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS
O Excel poderá trabalhar com as informações inseridas pelo usuário na planilha, e com dados provenientes
de outros locais. Disponível na guia Dados, o grupo ‘Obter Dados Externos’, apesar de figurar no edital de alguns
280 concursos, nunca foi questionado em provas de Noções de Informática, tanto nível médio como nível superior.
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De Arquivo
De banco de dados
INFORMÁTICA
Do Azure
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De serviços online
De outras fontes
Classificação de Dados
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CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
Se houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para a mais nova’
Classificar datas ou horas
ou ‘Classificar da mais nova para a mais antiga’
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida
Classificar por uma lista
pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais você
personalizada
deseja classificar, como Alta, Média e Baixa
POWER POINT
O Microsoft PowerPoint é um programa que dispõe de recursos para a criação de apresentações em slides,
compostas de textos, imagens, vídeos e artes de modo geral.
As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint são arquivos de extensão .PPTX. Caso conte-
INFORMÁTICA
nham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. E ainda podemos tra-
balhar com os modelos (extensão .POTX) e modelos com macros (extensão .POTM).
As macros são códigos desenvolvidos em Visual Basic for Applications (VBA) em documentos, planilhas e apre-
sentações do Microsoft Office para a automatização de tarefas.
Os modelos são arquivos desenvolvidos no editor de textos, no editor de planilhas de cálculos e no editor de
apresentações para a padronização dos recursos visuais dos novos arquivos desenvolvidos pelo usuário.
O Microsoft PowerPoint, apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, possui mui-
tas semelhanças nos recursos e conceitos, facilitando o aprendizado e os estudos sobre o tópico.
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EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS
GUIAS
BOTÃO/GUIA LEMBRETE...
Arquivo Comandos para a apresentação atual: salvar, Salvar como, Imprimir e Enviar
Tarefas iniciais: o início do trabalho, acesso à Área de Transferência, formatação de slides, fon-
Página Inicial
tes, parágrafos, desenho e edição
Tarefas secundárias: adicionar um objeto que ainda não existe. Tabelas, Imagens, Ilustrações,
Inserir
Links, Textos, Símbolos e Mídia (Vídeo e/ou Áudio)
Configuração da página: temas para toda a apresentação, ou apenas slides selecionados, e Plano
Design
de Fundo
Animação entre os slides: permitem visualizar, atribuir e configurar intervalo para a mudança de
Transições
slides
Efeitos de animação para os objetos: permitem visualizar, atribuir, configurar animação avançada
Animação
e definir seus intervalos
Apresentações
Iniciar apresentação de slides, configurar, definir resolução e escolha de monitores
de Slides
Correção da apresentação: ela está ficando pronta... Revisão de Texto, Idioma, Comentários,
Revisão
Comparar e Compartilhar
Visualização: Modos de Exibição de Apresentação, Modos de Exibição Mestres, Mostrar (na jane-
Exibição
la do PowerPoint), Zoom, Cor/Escala de Cinza, Janela e Macros
Dica
As guias de opções do Microsoft PowerPoint são semelhantes às guias dos demais programas do Microsoft
Office. As guias Apresentações de Slides, Transições e Animações são as mais questionadas em provas de
concursos, por apresentarem recursos exclusivos do aplicativo.
Atalhos de Teclado
Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctrl+I para itálico, entre outros) são iguais aos do Word 2016.
ATALHO AÇÃO
P, clicar com o botão esquerdo, enter, page down, seta Executar a próxima animação ou avançar para o próximo
para a direita, seta para baixo ou barra de espaços slide
As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-
formadas em vídeo (extensão MP4). Os recursos do PowerPoint, tais como animações, transições e narrações, serão
inseridos no vídeo, que poderá ser reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.
Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.
Vamos conhecer alguns termos usados no aplicativo de edição de apresentações de slides.
slide;
z Layout: disposição dos elementos dentro do slide. Quando a apresentação é iniciada, o slide de slide de título
é apresentado. O usuário poderá alterar para outro layout. Cada slide da apresentação poderá ter um layout
diferente;
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Layout de slide
z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter
“duas apresentações” dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público;
z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar algum efeito de animação entre os slides (guia Transições,
grupo Transição para este slide), será disponibilizada a opção para configuração do Intervalo;
z Animação: animação dentro do slide, em um objeto do slide. Um objeto poderá ter diversas animações simul-
taneamente, enquanto a transição do slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída ou Trajetórias de
Animação.
Conceitos de Slides
Conforme observado no item anterior, os slides são as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as
páginas de um documento do Microsoft Word, os slides possuem configurações como margens, orientações,
números de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés etc.
O PowerPoint trabalha com quatro conceitos principais de slides:
z Slide (modo de exibição Normal): cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;
z Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;
z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;
z Anotações Mestras: para alterar o design e layout das folhas de anotações.
O slide mestre é o item mais questionado entre os modos de slides, seguido de Anotações (modo de apresenta-
ção do Narrador).
z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo, o
slide atual aparecerá no centro (sendo possível sua edição) e na área inferior da tela aparecerá a área de ano-
tações. Ajustar à janela encaixa o slide na área;
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para editar e alternar entre slides no painel de estrutura de
tópicos. Útil para a criação de uma apresentação a partir dos tópicos de um documento do Microsoft Word;
z Classificação dos Slides: no modo de exibição Classificação de Slides, apenas miniaturas dos slides serão
mostradas. Essas miniaturas poderão ser organizadas, arrastando-as. As operações de slides estão disponíveis,
como Excluir slide, Ocultar slide etc. Mas não é possível editar o conteúdo. Somente após duplo clique será
possível a edição do conteúdo;
z Anotações: exibir a página de anotações para editar as anotações do orador da forma como ficarão quando
forem impressas;
z Modo de Exibição de Leitura: exibir a apresentação como uma apresentação de slides que cabe na janela. A
barra de título do PowerPoint continuará sendo exibida.
Anotações
Durante uma apresentação de slides em um projetor, o narrador poderá acessar as suas anotações enquanto
a imagem do slide aparece para o público.
Anotações do orador poderão ser inseridas no slide enquanto estiver em modo de edição Normal. Estarão
disponíveis na parte inferior da janela de edição.
O modo de exibição Anotações serve para visualizar como serão impressos os slides e as anotações. É possível
editar o conteúdo das anotações no modo de exibição Anotações.
Para modificar o layout ou design, é preciso acessar Anotações Mestras (na guia Exibição), e as configurações
aplicadas serão válidas para toda a apresentação.
INFORMÁTICA
Anotações poderão ser adicionadas nos slides, que serão exibidos em tela somente para o apresentador ou
impressos. Todavia, os elementos de uma anotação não aparecem no slide exibido para o público.
Cabeçalhos e Rodapés
O PowerPoint é diferente dos demais aplicativos com relação ao cabeçalho e rodapé, por oferecer diferentes
configurações de acordo com o tipo de exibição ou formato utilizado.
O slide possui apenas Rodapé. Na área inferior do slide poderá ser apresentada a Data e Hora (no lado esquer-
do), um texto de Rodapé (na área central) e o número do slide (no lado direito). Opcionalmente, poderá não ser
mostrado no primeiro slide da apresentação (que seria como uma folha de rosto, uma capa).
As Anotações e folhetos (que são impressos) possuem cabeçalho e rodapé. No cabeçalho poderá ser mostrada
a Data e Hora (lado direito) ou um texto (lado esquerdo). No rodapé poderá ser mostrado o número da página
impressa (no lado direito) ou um texto (lado esquerdo).
A Data e Hora é uma informação que pode ser adicionada pelo ícone Data e Hora, do grupo Texto, da guia
Inserir, e também pelo ícone Cabeçalho e Rodapé, pertencente ao mesmo grupo.
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Noções de Edição e Formatação de Apresentações
A preparação de uma apresentação de slides segue uma série de recomendações, quanto à quantidade de
texto, quantidade de slides, ao tempo da apresentação etc. Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro. O
questionamento é sobre como fazer, onde configurar, como apresentar etc.
Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o ícone
“Do Começo” na guia Apresentações de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides, e ainda clicar no ícone corres-
pondente na barra de status, ao lado do zoom. A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de exibição Leitura
em Tela Inteira, a barra de títulos não será mostrada.
A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou clican-
do no ícone da guia Apresentação de Slides.
Durante a apresentação de slides, as setas de direção permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para
o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides. Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão principal (esquer-
do) do mouse exibirá um “laser pointer” na apresentação. Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela em branco
(clara). Pressionar E ou ponto final deixará a tela preta (escura).
A edição dos elementos textuais e parágrafos segue os princípios do editor de textos Word. Nesse viés, os
comandos também são os mesmos, como por exemplo, o Salvar em formato PDF.
INFORMÁTICA
PPSX X X X X X
PDF – – – – X
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FORMATO ANIMAÇÕES TRANSIÇÕES ÁUDIO VÍDEO HIPERLINKS
MP4 X X X X X
JPG/PNG – – – – –
Importante!
O formato PDF é portável, e poderá ser usado em qualquer plataforma. Praticamente todos os programas
disponíveis no mercado reconhecem o formato PDF.
z A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides;
z Apresentar on-line: transmitir a apresentação de slides para visualizadores remotos que possam
assisti-la em um navegador da Web;
z Configurar Apresentação de Slides: configurar opções avançadas para a apresentação de slides, como
o modo de quiosque (em que a apresentação reinicia após o último slide, e continua em loop até pressionar
ESC), apresentação sem narração, vários monitores, avançar slides etc.;
z Ocultar Slide: ocultar o slide atual da apresentação. Ele não será mostrado durante a apresentação de
slides de tela inteira;
z Testar Intervalos: iniciar uma apresentação de slides em tela inteira na qual você possa testar sua
apresentação. A quantidade de tempo utilizada em cada slide é registrada e você pode salvar esses intervalos
para executar a apresentação automaticamente no futuro;
z Gravar Apresentação de Slides: gravar narrações de áudio, gestos do apontador laser ou intervalos de
slide e animação para reprodução durante a apresentação de slides;
z Álbum de Fotografias: criar ou editar uma apresentação com base em uma série de imagens. Cada
imagem será colocada em um slide individual;
z Ação: adicionar uma ação ao objeto selecionado para especificar o que deve acontecer quando você
clicar nele ou passar o mouse sobre ele;
z Gravação de tela: gravar o que está sendo exibido na tela e inserir no slide;
z Formas: linhas, retângulos, formas básicas, setas largas, formas de equação, fluxograma, estrelas e
faixas, textos explicativos e botões de ação.
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Dica: o slide oculto existe na apresentação, aparece na edição, mas não é mostrado em modo de apresentação
de slides para o público.
Inserção de Objetos
Os objetos poderão ser inseridos no PowerPoint de diferentes maneiras. A mais simples e óbvia é através da
guia Inserir. Mas podemos adicionar também no slide, na guia Revisão (Comentários) e até converter o que já
existe na apresentação.
Lembre-se: objetos comuns, presentes em todos os programas do Microsoft Office, as Ilustrações (Imagem,
SmartArt, Caixa de Texto) são itens pouco questionados em provas. Quando aparecem em uma questão de Power-
Point, basta lembrar do ícone no Word, pois são iguais.
Álbum de Fotografias
Novo Álbum de Fotografias permite criar ou editar uma apresentação com base em uma série de imagens.
Cada imagem será colocada em um slide individual.
Será possível selecionar fotografias de pastas, discos, inserir caixa de texto, mudar todas as fotografias para
preto e branco, acrescentar legendas abaixo das fotografias, ajustar ao slide, ajustar a imagem (brilho, contraste,
rotação) e associar um tema para a apresentação.
Ação
Adiciona-se uma ação ao objeto selecionado para especificar o que deve acontecer quando você clicar nele ou
passar o mouse sobre ele.
Destarte, faz-se possível associar um hiperlink para o próximo slide, slide anterior, primeiro slide, último slide,
último slide exibido e finalizar a apresentação, tanto ao clicar como ao passar o mouse sobre o objeto.
É factível relacionar um programa para ser aberto, uma macro (pequeno programa) para ser executado ou
outra ação do objeto. Dessa forma, associa-se um som para ser tocado (ou interromper o som que estiver em exe-
cução) ao clicar no objeto ou passar o mouse sobre o objeto.
As ações estão disponíveis na guia Inserir, grupo Links, ícone Ação.
INFORMÁTICA
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Ademais, pode-se inserir uma ação no ícone Formas, tanto em Página Inicial, grupo Desenho como em Inserir,
Ilustrações, de maneira que apenas os ícones serão apresentados. Veja a descrição de cada um a seguir.
z Botões de Ação: Voltar ou Anterior; Avançar ou Próximo; Início; Final; Página Inicial;
Disponível na guia Inserir, grupo Texto, esse comando permite Inserir o número do slide. O número do slide
reflete sua posição na apresentação.
Disponível na guia Inserir, grupo Mídia, permite inserir um videoclipe no slide. Poderá ser um vídeo do arqui-
vo (armazenado no computador), vídeo do site ou vídeo de Clipart.
Disponível na guia Inserir, grupo Mídia, permite inserir um clipe de áudio no slide. Nesse caso poderá ser um
áudio do arquivo (armazenado no computador), áudio de Clipart ou Gravar áudio.
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Inserir Formas
Disponível em Página Inicial, grupo Desenho, assim como em Inserir, Ilustrações, em Formas poderemos inse-
rir Linhas, Retângulos, Formas Básicas, Setas largas, Formas de Equação, Fluxograma, Estrelas e faixas, Textos
explicativos e Botões de Ação.
Além do mais, todas as formas/objetos do slide poderão ser organizados, pode-se aplicar estilos rápidos, defi-
nir a cor de preenchimento, contorno da forma e efeitos da forma (sombra, reflexo, brilho, bordas suaves, bisel,
rotação 3D).
Organizar
z Trazer para a Frente: trazer o objeto selecionado para frente de todos os outros objetos, a fim de que nenhu-
ma parte dele seja ocultada por outro objeto;
z Enviar para Trás: enviar o objeto selecionado para trás de todos os outros objetos;
z Avançar: trazer o objeto selecionado para a frente para que menos objetos fiquem à frente dele;
z Recuar: enviar o objeto selecionado para trás para que ele fique oculto atrás dos objetos à frente dele;
z Agrupar: unir dois ou mais objetos selecionados para que sejam tratados como um único objeto;
z Desagrupar: separar um conjunto de objetos agrupados para que se tornem novamente objetos individuais;
z Reagrupar: se executarmos o Desagrupar, o item Reagrupar se torna disponível, voltando o Agrupamento;
z Alinhar: posiciona o objeto em relação às margens ou à grade do slide;
INFORMÁTICA
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z Girar: permite alterar a posição do objeto, rotacionando em torno de seu próprio eixo;
z Painel de Seleção...: mostrar o Painel de Seleção para ajudar a selecionar objetos individuais e para alterar a
ordem e a visibilidade desses objetos.
Lembre-se: os gráficos são representações visuais de dados numéricos. Todos os programas do Microsoft Offi-
ce permitem a inserção de gráficos. Assim, é possível vincular uma planilha de cálculos do Excel para exibição em
uma apresentação de slides.
As animações são aplicadas aos objetos do slide. Possuem uma guia própria, mas no Painel de Animação é que
encontramos as opções de como eles estão configurados.
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Em Animações, grupo Visualização, ícone Visualizar, podemos visualizar as animações neste slide, ou desati-
var a AutoVisualização das animações.
Já em Animações, grupo Animação, encontramos as opções de efeitos de entrada, saída e ênfase, além das tra-
jetórias de animação. As opções de Efeito permitem escolher a direção que o efeito usará.
Por outro lado, em Animações, grupo Animação Avançada, encontramos Adicionar Animação, em que pode-
mos escolher um efeito de animação para adicionar aos objetos selecionados. A nova animação será aplicada após
qualquer animação já existente no slide.
O Painel de Animação permite visualizar e organizar as animações no slide, possibilitando definir animações
personalizadas.
Em Disparar podemos definir uma condição inicial especial para uma animação. Você pode definir uma ani-
mação para iniciar depois de clicar em uma forma ou quando a reprodução da mídia alcançar um indicador.
No Word temos o Pincel de Formatação (assim como no PowerPoint, guia Página Inicial) com o objetivo de
copiar a formatação de um local e aplicar em outro. No PowerPoint temos o Pincel de Animação (Alt+Shift+C), que
pode Copiar a animação de um objeto e aplicá-la a outro objeto.
Todos os itens comentados neste tópico estão no Painel de Animação (que apresenta a Linha do tempo
avançada).
z Como vimos, no PowerPoint temos o Pincel de Animação (Alt+Shift+C), que pode Copiar a animação de um
objeto e aplicá-la a outro objeto;
z Ícone do mouse no Painel de Animação: a animação será executada ao clicar;
z Ícone de relógio no Painel de Animação: a animação será executada após a anterior;
z Ausência de ícones no Painel de Animação: a animação será executada com a anterior.
Sequência de
animação
Dica
O Painel de Animações é um dos itens mais questionados em questões de PowerPoint. Através dele você
poderá controlar cada um dos efeitos de animação de cada um dos objetos existentes no slide.
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Em Animações, grupo Intervalo, tem-se o ícone Iniciar “ao clicar”; nele, pode ser definido o Intervalo de Tempo
da Animação, que pode escolher quando uma animação iniciará a execução. As animações podem começar após
um clique do mouse, ao mesmo tempo em que a animação anterior, ou após a conclusão da animação anterior.
Além disso, ainda em Animações, grupo Intervalo, existe o ícone Duração da Animação, para especificar a
duração de uma animação.
Já em Animações, grupo Intervalo, temos o ícone Atraso da Animação, para executar a animação após um
determinado número de segundos. E finalmente, em Reordenar animação, pode-se “Mover Antes” — mover a ani-
mação atual para executá-la mais cedo ou “Mover Depois” — mover a animação atual para executá-la mais tarde.
Em Opções do Efeito, o usuário pode associar um som para a animação, configurar para que um áudio seja
executado durante toda a apresentação, entre outros.
Se existir uma animação, ela aparecerá no Painel de Animação. O número na frente indica a ordem da animação. No
exemplo acima, encontram-se 7 objetos com animação de entrada, em 4 momentos de animação “ao clicar”.
Observe que na animação, antes e depois da animação, 4 dos objetos possuem um “relógio”, e isso quer dizer
que elas acontecem “após o anterior”. A quinta animação na lista está alinhada com o término da quarta anima-
ção, este é o padrão. Enquanto isso, a última animação na lista está “distante” do término da penúltima animação,
o que significa que ela tem Atraso.
A animação depois da animação 3 não possui ícone. Isso significa que ela acontecerá ‘com o anterior’, simul-
taneamente à animação 3. O traço vertical nas duas últimas animações mostra que elas estão associadas entre si.
Um traço vertical durante o comando Visualizar mostra em que momento está a sequência das animações.
De forma semelhante ao item Animações, as Transições também possuem uma guia específica. As transições
são efeitos de animação aplicados na mudança dos slides, quando avançamos a apresentação.
A principal diferença para a guia Animações é a possibilidade de criar apresentações com passagem automáti-
ca de slides, após um determinado tempo. Para fazer isso, basta atribuir um valor em Após, no item Avançar Slide,
grupo Intervalo, da guia Transições.
A seguir, uma imagem com todas as opções de Transição para este slide, disponível no PowerPoint.
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z Transições: grupo Sutil = Recortar, Esmaecer,
Empurrão, Revelar, Dividir, Revelar, Barras Alea-
tórias, Forma, Descobrir, Cobrir, Piscar;
z Transições = grupo Empolgante: Dissolver,
Xadrez, Persianas, Relógio, Ondulação, Colmeia,
Brilho, Vórtex, Rasgar, Alternar, Inverter, Galeria,
Cubo, Portas, Caixa, Zoom;
z Transições: grupo Conteúdo Dinâmico = Panorâ-
mica, Roda Gigante, Transportadora, Girar, Janela,
órbita, Voar Através.
Componente do Microsoft 365 (Office 365) edições
corporativas, o Microsoft Teams possui recursos para
TEAMS conversação por texto (Chat), chamadas de áudio,
chamadas de vídeo, videoconferências, organização
Os comunicadores instantâneos dos anos 90 e 2000 em equipes, armazenamento das gravações no Micro-
evoluíram. Certamente alguns usaram o ICQ nos anos soft Stream/SharePoint e arquivos no OneDrive, entre
90 e outros usaram o MSN Messenger nos anos 2000. outros recursos.
Substituindo o MSN Messenger, a Microsoft lan- Voltado para o mercado corporativo e educacional,
çou o Skype (na verdade, comprou de outra empresa assim como o Google Meet, teve suas funcionalidades
desenvolvedora). Com ele, o usuário poderia realizar liberadas por um período para todos os usuários,
conversas por chat e até ligações de áudio/videocon- devido à pandemia de COVID-19 no ano de 2020.
ferências entre os usuários do programa. Se com- Atualmente (agosto/2021) existem duas versões
prassem créditos de telefonia, poderia ligar para um disponíveis. O Microsoft Teams para uso pessoal, dis-
telefone fixo convencional. ponível para qualquer pessoa que tenha uma conta
Para o mercado corporativo, a Microsoft desen- Microsoft (Hotmail, Live, xBox), e a versão corporativa
volveu o software de comunicação Lync. O Lync, inte- integrante do pacote Office 365 “empresarial”.
grante das versões corporativas do Office se tornou o Na versão pessoal, o OneDrive é usado para arma-
Lync for Business. E o Skype virou Skype for Business, zenar arquivos compartilhados. Na versão empresa-
para pequenos negócios. rial o SharePoint é usado para compartilhar arquivos
Nos últimos anos, com a redução do portifólio de com a equipe (dentro do domínio da empresa) e o
produtos, ela reuniu as funcionalidades do Skype for OneDrive para compartilhar com usuários de fora da
Desktop, do Skype for Business e do Microsoft Lync for equipe, na Internet. A versão gratuita não possui o
Business em uma nova ferramenta de colaboração. recurso Microsoft SharePoint, mas o usuário poderá
compartilhar arquivos pelo Microsoft OneDrive.
Com o Teams, você pode conversar por meio de
texto, realizar videoconferências (com webcam) e
trocar arquivos. Você pode utilizá-lo via navegador
de Internet ou instalar o app no smartphone e ter os
mesmos recursos de conversação e troca de arquivos.
Outras funcionalidades incluem:
297
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Para montar um grupo de conversa no Teams, siga os passos descritos a seguir.
Em chat, clique em novo chat
Depois que o grupo estiver montado, você poderá adicionar participantes. Clique no canto superior direito e
adicione os novos participantes da conversa
z não incluir o histórico de chats (igual ao WhatsApp, a pessoa não saberá o que foi conversado antes de seu
ingresso no grupo);
z incluir histórico do número de dias anteriores: define a quantidade de dias das conversas do grupo, que o novo
participante terá acesso;
z incluir todo o histórico de chats (igual ao Telegram, quem for adicionado no grupo saberá tudo que foi conver-
sado desde o início).
298 Para excluir participantes do grupo, abra a lista e clique no “X” à frente do nome
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Conversas e grupos importantes poderão ser fixados, mantidos no topo da listagem. Clique em Opções e mar-
que fixar
Para Enviar Arquivos para outros Colaboradores da Equipe (usando Microsoft Teams)
299
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Para Enviar Arquivos para Outras Pessoas (Usando Microsoft OneDrive)
Compartilhar
Compartilhamento de tela
Adicionar participantes ao chat
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Ao receber um chat ou chamada de alguém que não tenha conversado anteriormente, será apresentada a tela
de boas-vindas em que você poderá visualizar a mensagem, e então aceitar ou bloquear.
Na conversa, é possível realizar chamada de áudio, chamada de vídeo, compartilhar a tela de algum programa
aberto ou de todo o dispositivo, adicionar novos participantes ao chat ou exibir a conversa em nova janela.
Quando o anfitrião cria uma reunião e adiciona os participantes, o chat se torna uma reunião. Assim como em
outros locais, é possível trocar mensagens de texto, compartilhar arquivos, imagens, adicionar novos participan-
tes e compartilhar o link para acesso externo.
Ao iniciarmos a nossa participação no chat, é possível definir como ela será (somente texto, com áudio, com
vídeo). Ao clicar no botão Entrar, a janela de acesso ao chat/reunião será exibida.
Arquivos da conversa
Mensagens de texto e avisos
Imagens da conversa
Participantes
Link do chat
Quando o anfitrião cria uma reunião e adiciona os participantes, o chat se torna uma reunião. Assim como em
outros locais, é possível trocar mensagens de texto, compartilhar arquivos, imagens, adicionar novos participan-
tes e compartilhar o link para acesso externo.
Ao iniciarmos a nossa participação no chat, é possível definir como ela será (somente texto, com áudio, com
vídeo). Ao clicar no botão Entrar, a janela de acesso ao chat/reunião será exibida.
INFORMÁTICA
Estas configurações poderão ser ajustadas durante a reunião, acessando o item “Mais opções” ou “Mais ações”
(reticências na barra de ferramentas da reunião) e “Configurações do dispositivo”.
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Chamadas de Áudio
Durante uma chamada de áudio, após as definições das configurações na tela inicial, serão apresentados novos
controles, para deixar mudo o seu microfone e encerrar a chamada (Sair).
A chamada de áudio é realizada utilizando a tecnologia VoIP (Voice over Internet Protocol), sem qualquer
custo adicional para quem realiza a ligação. As ligações de áudio são realizadas entre os usuários da organização,
ou para externos se eles possuem o Microsoft Teams.
Para iniciar um chat, clique no ícone “Chamada de áudio” (atalho de teclado Ctrl+Shift+C) e aguarde o usuário
atender sua ligação.
Importante!
É possível realizar chamadas telefônicas para números externos por meio do Microsoft Teams. Para tanto, o
usuário precisará ter um pacote de minutos de telefonia contratado junto à Microsoft. O recurso de discagem
está disponível em “Configurações e mais ações”, ao lado do seu nome de usuário.
As chamadas de vídeo apresentam outros recursos, como compartilhamento de tela por exemplo, em que o
usuário pode compartilhar com outro aquilo que está sendo visualizado na tela escolhida por ele.
Chamadas de Vídeo
Durante uma chamada de vídeo, feitas as definições das configurações na tela inicial, serão apresentados
novos controles na janela, que permitem:
Tempo decorrido
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Em “Mais opções” ou “Mais ações” iremos encontrar:
Utilizando-se do botão Sair, quando for o anfitrião, o usuário poderá sair da reunião (e ela seguirá com os
outros participantes e anfitriões) ou Encerrar a reunião, desconectando todos.
Os aplicativos do Microsoft Office 365 estão disponíveis no Microsoft Teams, para compartilhamento de con-
INFORMÁTICA
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O carregamento do arquivo, se este se encontrar no PC, poderá ser feito por meio da opção Enviar (Upload).
Você pode arrastar e soltar os arquivos que estiverem sendo exibidos em uma janela do Explorador de Arquivos.
Arquivos vazios (tamanho 0 KB) não podem ser compartilhados.
“Obter link” pode ser utilizado para compartilhar o item com outros usuários: será criado um link de acesso ao
arquivo que será armazenado no OneDrive ou SharePoint.
Coeditando um Arquivo
Os arquivos que foram carregados no Microsoft Teams e compartilhados com a equipe, podem ser acessados
e editados simultaneamente.
Para fazer isso, basta abrir o arquivo e iniciar a edição, que as alterações serão mescladas. Cada usuário faz a
sua parte e o Microsoft Teams/Office se encarrega de manter todos atualizados.
Apenas pessoas da organização com o link de acesso, podem exibir e editar. Usuários externos podem apenas
visualizar. Ao compartilhar um documento, planilha ou apresentação, informe o endereço do e-mail do usuário,
uma mensagem (opcional) e envie. É possível apenas copiar o link do compartilhamento e enviar por outros
canais, como o chat do Teams ou conversa no WhatsApp.
Se o arquivo não ultrapassar 25MB de tamanho, poderá ser enviado como anexo por e-mail. Se for maior,
permanecerá no OneDrive e um link é enviado para o convidado. O convidado precisará usar a versão desktop do
Office instalada no seu computador para acessar o arquivo.
A coautoria só é suportada em formatos de arquivo modernos, incluindo: .docx (Word ), .pptx (PowerPoint ) e
.xlsx (Excel ).
Os aplicativos que aceitam a coautoria são o Word e PowerPoint em suas versões mais recentes (Office 2010
ou superior). O Microsoft Excel app móvel e a versão mais recente do Excel do Microsoft 365 também aceitam
coautoria.
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O Microsoft PowerPoint, dentro do Microsoft Teams, compartilhado para coautoria com outros editores, apre-
senta controle de versões “avançado” em relação aos outros programas.
A apresentação é aberta pelo Microsoft Teams no navegador de Internet, podendo ser editada localmente
Após ter sido compartilhada com outros editores, via OneDrive ou SharePoint, eles poderão editar o conteúdo
da apresentação de slides.
Durante a edição, será mostrada na parte superior da Faixa de Opções do PowerPoint os avatares dos usuários
que estão editando a apresentação simultaneamente. Um balão colorido com o nome do usuário poderá acompa-
nhar o que cada um está fazendo nos slides da apresentação. Ative esta funcionalidade em Arquivo > Opções >
Avançado > Exibir > Mostrar sinalizadores de presença para itens selecionados.
Como proprietário da apresentação compartilhada, você será notificado das alterações realizadas quando
você não estava online.
Se o controle de alterações estiver ativado, cada modificação será sinalizada para ser aprovada ou rejeitada
pelo dono do arquivo. Esse recurso funciona em documentos compartilhados armazenados no OneDrive e no
SharePoint.
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O Histórico de Versões estará disponível para os itens, bastando clicar no nome do arquivo na barra de título
do aplicativo. E caso existam alterações conflitantes, que alteram a apresentação, ao Salvar, será oferecida a com-
paração entre elas.
Microsoft SharePoint
O armazenamento de arquivos na nuvem por usuários “comuns” é realizado pelo Microsoft OneDrive. Nas
edições corporativas e estudantis, é pelo SharePoint (além do OneDrive).
Nas edições corporativas e estudantis, o OneDrive é usado para arquivos em geral que serão compartilhados
com outros usuários externos, e o SharePoint é usado para arquivos compartilhados com os membros da equipe
(que devem pertencer à mesma instituição). Ele não está disponível na edição Office 365 doméstica.
OneDrive é voltado para o compartilhamento de arquivos via Internet, enquanto o SharePoint é voltado para o
compartilhamento de arquivos via Intranet (e Internet). O SharePoint utiliza de tecnologia de nuvem híbrida, para
permitir este compartilhamento em todas as redes.
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A Biblioteca de Documentos é o local de armazenamento de arquivos do SharePoint, que poderá ser acessada
por outros usuários da instituição.
Compartilhar um documento é gerar um link para acesso de outros usuários aos recursos armazenados. O
SharePoint compartilha apenas com usuários da mesma instituição.
Sincronizar arquivos com o computador é possível. Os dados armazenados no SharePoint estão em servidores
da Microsoft, em nuvens híbridas distribuídas em toda a Internet. O usuário poderá manter uma cópia de todos
os seus arquivos em seu disco rígido local. Ele deverá instalar o OneDrive e configurar com o login e senha que
usa na instituição.
Enquanto a versão doméstica do Office 365 oferece o Microsoft Sway para a criação de sites, nas versões corpo-
rativas a criação de sites é realizada pelo SharePoint. O site poderá ser compartilhado com outros usuários da ins-
tituição e com usuários externos, desde que as permissões de acesso da assinatura Office da empresa permitam.
As páginas web desenvolvidas com o SharePoint utilizam o conceito de Web Parts, para que sejam sites respon-
sivos. Um site responsivo é aquele que se adapta às diferentes telas. As Web Parts modernas são projetadas para
serem mais fáceis de usar, serem mais rápidas e ter uma ótima aparência. Com web parts modernas, não é neces-
sário empregar nenhum código. É importante observar que, por motivos de segurança, as Web Parts modernas
não permitem a inserção de código como JScript.
Todas as informações armazenadas no SharePoint poderão ser editadas, compartilhadas e acompanhadas.
Acompanhar significa que as alterações ou atualizações do arquivo serão notificadas para quem pediu o acom-
panhamento. E também é possível definir Alertas, que são notificações sobre alterações e exclusões específicas
em um item. Você pode especificar se pretende receber os alertas por e-mail ou por mensagem de texto, e com
que frequência.
Microsoft OneNote
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O Microsoft OneNote é um sistema de compartilhamento de mensagens (páginas) do usuário, que são anota-
ções com textos formatados. São lembretes, que via Microsoft Teams poderão ser compartilhados com a equipe
para a realização de tarefas sincronizadas.
Nos lembretes podemos adicionar:
z Marcas: sinalizadores que definem o tipo de anotação realizada, como Tarefa, Contato, Crítico, Ideia, Senha
etc.;
z Feed: histórico de anotações realizadas no OneNote;
z Nova página: nova anotação;
z Nova seção: nova seção, ou divisão, ou grupo, para separação das anotações;
z Inserir Impressão do Arquivo: adicionar na nota um arquivo PDF ou documento de impressora;
z Áudio: adicionar áudio na anotação;
z Matemática: desenho de fórmulas matemáticas na tela, que poderão ser convertidas em fórmulas como se
tivessem sido digitadas;
z Cor da página: cor da anotação;
z Mostrar autores: visualizar os autores das anotações que aparecem em seu Bloco de Anotações.
O arquivo do OneNote é um “Bloco de Anotações”, as divisões do arquivo são as “Seções” e o conteúdo ou ano-
tações são as “Páginas”.
As páginas com anotações são gravadas na conta Microsoft (OneDrive) e compartilhada com os dispositivos
que estão com o aplicativo OneNote e a mesma conta de acesso.
Os demais recursos são semelhantes aos encontrados no Word, Excel e PowerPoint.
A reunião pode ser definida como uma comunicação entre duas ou mais pessoas (participantes), com textos,
vídeo, áudio, arquivos e compartilhamentos de tela.
Uma reunião poderá ser realizada imediatamente ou agendada no Calendário. Ao acessar o item Calendário,
no lado esquerdo da tela do Teams, clique no botão correspondente na barra de ferramentas.
Para realizar o agendamento, basta localizar a data e horário no Calendário e seguir o passo a passo para adi-
cionar um evento. Ou clicar no botão “Nova reunião” e preencher as informações essenciais.
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Preencha os campos solicitados, e ao clicar em “Salvar”, você terá o link de acesso para ser compartilhado com
os participantes.
A repetição do evento poderá ser “Não se repete” (evento único), “Todos os dias de semana (Segundo a Sexta)”,
Diariamente, Semanalmente, Mensalmente, Anualmente ou Personalizada. Em “Personalizada” é possível definir
o início, a frequência (por exemplo, a cada 10 dias) e a data de encerramento da repetição.
A mensagem para os participantes da reunião é uma composição semelhante ao e-mail do Microsoft Outlook,
com formatação, links, tabelas, imagens etc. Reunião criada, link disponível.
Agora o usuário poderá copiar o link e enviar por e-mail ou chat (até no WhatsApp, Facebook Messenger etc.)
para os participantes, ou ainda adicionar no Google Agenda. Quem tem smartphone Android ou usa o Google Agen-
da no iOS, poderá adicionar o evento em seu calendário por meio das opções personalizáveis do Google Agenda.
INFORMÁTICA
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Ingressando em uma Reunião (pelo Teams)
Ao acessar o Teams e localizar o chat da reunião, o participante poderá ingressar pelo botão “Ingressar agora”.
Na tela inicial, os ajustes preliminares serão apresentados.
É possível ingressar na reunião com a imagem da câmera, ou câmera desligada. É possível também ingressar
na reunião com o áudio do microfone, ou mutado (sem áudio). Em ambos, as Configurações permitem ajustes dos
dispositivos conectados.
O link da reunião será enviado por e-mail para o endereço de correio eletrônico do participante. O participante
pode ingressar na reunião por meio do aplicativo (na área de chat, do lado esquerdo), ou pela tela do navegador
de Internet, ou ainda pelo link de acesso contido na mensagem de e-mail do convite.
Na mensagem também são adicionados links de acesso por e-mail e ID da conferência de VTC (Virtual Teams
Conference). São usados em conexões por telefone convencional, especialmente entre operadoras de telefonia nos
Estados Unidos.
Gravação da Reunião
O organizador (anfitrião) da reunião pode iniciar e parar uma gravação. Outros usuários que pertencem à
mesma organização do anfitrião também poderão iniciar a gravação, que continua mesmo que a pessoa que ini-
ciou a gravação tenha saído da reunião. Os participantes serão informados que a gravação está sendo realizada e
ela para automaticamente quando todos saem da reunião.
Pessoas de fora da organização, convidados e anônimos não podem iniciar ou parar uma gravação de reunião.
Para iniciar a gravação, acesse “Mais ações” ou “Mais opções” e clique em “Iniciar gravação e transcrição” e para
finalizar acesse “Mais ações” ou “Mais opções” e clique em “Parar gravação e transcrição”.
Se uma pessoa começar a gravar uma reunião, essa gravação será armazenada na nuvem e estará disponível
para todos os participantes no OneDrive. A gravação não expira, ou seja, não é apagada automaticamente após
um período de tempo, por exemplo.
No começo, eram armazenadas no Microsoft Stream. O motivo da mudança para o OneDrive ou SharePoint
se deu foi por conta do processamento lento do Stream, tornando a gravação disponível apenas depois de certo
tempo, o que não ocorre nos dois aplicativos mais modernos. Vale notar que apenas o proprietário da gravação
pode deletá-la.
No OneDrive, a gravação poderá ser compartilhada com qualquer usuário, mediante link de acesso e permis-
sões. No SharePoint, a gravação poderá ser acessada diretamente por qualquer usuário da organização que tenha
o link de acesso ou participou da reunião.
INFORMÁTICA
O que determina o local da gravação da reunião? Se a reunião foi realizada por um canal (entre membros da
instituição), ela estará salva no SharePoint. Se for uma simples reunião, ela será armazenada no OneDrive.
A gravação da reunião poderá ser acessada nas guias da reunião, exibidas na parte superior da janela, que
contém o chat de conversas, Arquivos, Detalhes, Anotações, Quadros de Avisos, e Gravações.
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Teclas de Atalhos
No aplicativo Desktop instalado no computador e no acesso por meio do navegador de Internet, alguns atalhos
de teclado poderão ser usados durante a operação do Microsoft Teams.
Confira as principais (todas as teclas de atalhos estão disponíveis na página da Microsoft):
No item “Configurações e muito mais”, localizado no canto superior da barra de títulos do Microsoft Teams,
você poderá ver os atalhos de teclado na tela do aplicativo, para consulta rápida.
Configurações
Zoom (100%)
Atalhos do teclado
Sobre
Verificar atualizações
Baixar o aplicativo móvel
Importante!
O Microsoft Teams é um tema novo em concursos públicos e também é um recurso extremamente prático
semelhante ao WhatsApp, em que muitas pessoas aprendem usando. Portanto, fica a sugestão: instale e use
um pouco o Microsoft Teams para se familiarizar com o aplicativo.
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CONCEITO USO COMENTÁRIOS
CONCEITOS DE INTERNET E INTRANET
Conexão remota segura, prote-
A Internet é a rede mundial de computadores que Conexão entre gida com criptografia, entre dois
surgiu nos Estados Unidos com propósitos militares, Extranet dispositivos dispositivos, ou duas redes. O
para proteger os sistemas de comunicação em caso de ou redes acesso remoto é geralmente su-
portado por uma VPN
ataque nuclear durante a Guerra Fria.
Na corrida atrás de tecnologias e inovações, Esta-
dos Unidos e União Soviética lançavam projetos que Os editais costumam explicitar Internet e Intranet,
procuravam proteger as informações secretas de mas também questionam Extranet. A conexão remota
ambos os países e seus blocos de influência. segura que conecta Intranets através de um ambiente
ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced inseguro que é a Internet é naturalmente um resulta-
Research Projects Agency, era um modelo de troca e do das redes de computadores.
compartilhamento de informações que permitia a
descentralização das mesmas, sem um “nó central”,
garantindo a continuidade da rede mesmo que um nó INTERNET, INTRANET E EXTRANET
fosse desligado.
Redes de
A troca de mensagens começou antes da própria computadores
Internet. Logo, o e-mail surgiu primeiro, e depois veio
a Internet como a conhecemos e a usamos.
Ela passou a ser usada também pelo meio educa- Internet Intranet Extranet
cional (universidades) para fomentar a pesquisa aca- Rede mundial de Acesso remoto
Rede local de
dêmica. No início dos anos 90, ela se tornou aberta e computadores acesso restrito seguro
comercial, permitindo o acesso de todos.
Utiliza os mesmos
Protocolos TCP/IP protocolos da Protocolos seguros
Internet
Padrão de Criptografia em
Família TCP/IP
comunicação VPN
Usuário Modem
Internet
Provedor de Acesso
A Internet é transparente para o usuário. Qual-
Figura 1. Para acessar a Internet, o usuário utiliza um modem que se quer usuário poderá acessá-la sem ter conhecimento
conecta a um provedor de acesso através de uma linha telefônica técnico dos equipamentos que existem para possibili-
tar a conexão.
A navegação na Internet é possível através da com-
binação de protocolos, linguagens e serviços, operan-
do nas camadas do modelo OSI (7 camadas) ou TCP (5
camadas ou 4 camadas). CONCEITOS GERAIS DE SEGURANÇA
A Internet conecta diversos países e grandes cen-
tros urbanos através de estruturas físicas chamadas DA INFORMAÇÃO
de backbones. São conexões de alta velocidade que
permitem a troca de dados entre as redes conectadas. NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS
O usuário não consegue se conectar diretamente no
backbone. Ele deve acessar um provedor de acesso ou Sabe-se que ameaças e riscos de segurança estão
uma operadora de telefonia através de um modem e a presentes no mundo virtual. Assim como existem pes-
empresa se conecta na “espinha dorsal”. soas boas e más no mundo real, existem usuários com
Após a conexão na rede mundial, o usuário deve boas ou más intenções no mundo virtual.
utilizar programas específicos para realizar a navega- Os criminosos virtuais são genericamente deno-
ção e o acesso ao conteúdo oferecido pelos servidores. minados como hackers, porém o termo mais adequa-
do seria cracker. Um hacker é um usuário que possui
muitos conhecimentos sobre tecnologia, podendo ser
CONCEITO USO COMENTÁRIOS
nomeado como White Hat – hacker ético que usa suas
Conhecida como nuvem e tam- habilidades com propósitos éticos e legais –, Gray Hat
bém como World Wide Web, ou – aquele que comete crimes, mas sem ganho pessoal
WWW, a Internet é um ambiente (geralmente, para exposição de falhas nos sistemas)
Conexão entre
Internet inseguro, que utiliza o protoco- – e Black Hat – aquele que viola a segurança dos siste-
computadores
lo TCP para conexão em con- mas para obtenção de ganhos pessoais.
junto a outros para aplicações
específicas
Amadores ou inexperientes, profissionais ou expe-
rientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes
INFORMÁTICA
Ambiente seguro que exige iden- ao uso dos recursos computacionais. São riscos de
tificação, podendo estar restrito segurança digital:
Conexão com a um local, que poderá acessar a
Intranet
autenticação Internet ou não. A Intranet utiliza z Ameaças: vulnerabilidades que existem e podem
o mesmo protocolo da Internet, o
TCP, podendo usar o UDP também
ser exploradas por usuários;
z Falhas: vulnerabilidades existentes nos sistemas,
sejam elas propositais ou acidentais;
z Ataques: ação que procura denegrir ou suspender
a operação de sistemas.
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Devido à crescente integração entre as redes de Quando identificadas, as falhas são corrigidas pelas
comunicação, conexão com novos e inusitados dis- empresas que desenvolveram o sistema por meio da
positivos (IoT – Internet das Coisas) e criminosos distribuição de notificações e correções de segurança. O
com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de Windows Update, serviço da Microsoft para atualização
informações tornaram-se particularmente difíceis de do Windows, distribui, mensalmente, os patches (paco-
se proteger. Profissionais altamente qualificados são tes) de correções de falhas de segurança.
formados e contratados pelas empresas com a única
função de proteger os sistemas informatizados. Ataques
Em concursos públicos, as ameaças e os ataques
são os itens mais questionados. Sem dúvidas, o assunto de maior destaque, tanto em
concursos como no mundo real, são os ataques. Coorde-
Dica nados ou isolados, os ataques procuram romper as bar-
reiras de segurança definidas na Política de Segurança,
com o objetivo de anular o sistema ou capturar dados.
Você conhece a Cartilha de Segurança CERT?
Os ataques podem ser classificados como:
Disponível gratuitamente na Internet, ela é a fon-
te oficial de informações sobre ameaças, ata- z Baixa complexidade: exploram falhas de segu-
ques, defesas e segurança digital. Ela pode ser rança de forma isolada e são facilmente identifica-
acessada pelo link: <https://cartilha.cert.br/>. dos e anulados;
(Acesso em: 13 nov. 2020). z Média complexidade: combinam duas ou mais
ferramentas e técnicas, para obter acesso aos
Ameaças dados, sendo de média complexidade para a solu-
ção, gerando impactos na operação dos sistemas,
As ameaças são identificadas como aquelas que como a indisponibilidade;
possuem potencial para comprometer a oferta ou exis- z Alta complexidade: refinados e avançados, os
tência dos ativos computacionais, tais como: informa- ataques combinam o acesso às falhas do sistema,
ções, processos e sistemas. Um ransomware – software novos códigos maliciosos desconhecidos e a dis-
que sequestra dados, utilizando-se de criptografia e tribuição do ataque com redes zumbis, tornando
solicita o pagamento de resgate para a liberação das difícil a resolução do problema.
informações sequestradas – é um exemplo de ameaça.
É importante entender que, apesar de a ameaça Lembre-se:
existir, se não ocorrer uma ação deliberada para sua
execução ou se medidas de proteção forem implemen- z ameaças existem e podem afetar ou não os siste-
tadas, ela é eliminada e não se torna um ataque. As mas computacionais;
ameaças à segurança da informação podem ser clas- z falhas existem e podem ser exploradas ou não
sificadas como: pelos invasores;
z ataques são realizados todo o tempo contra todos
� Tecnológicas: quando ocorre mudança no padrão os tipos de sistemas.
ou tecnologia, sem a devida atualização ou
upgrade; Vírus de Computador
z Humanas: intencionais ou acidentais, que explo-
ram vulnerabilidades nos sistemas; O vírus de computador é a ameaça digital mais
z Naturais: não intencionais, relacionadas ao popular. Tem esse nome por se assemelhar a um vírus
ambiente, como as catástrofes naturais. orgânico ou biológico. O vírus biológico é um organis-
mo que possui um código viral que infecta uma célu-
As empresas precisam fazer uma avaliação das la de outro organismo. Quando a célula infectada é
ameaças que possam causar danos ao ambiente com- acionada, o código viral é duplicado e se propaga para
putacional dela mesma (Gerenciamento de Risco), outras células saudáveis do corpo. Quanto mais vírus
implementar sistemas de autenticação (Controlar o existirem no organismo, menor será o seu desempe-
Acesso), definir os requisitos de senha forte (Políti- nho, fazendo com que recursos vitais sejam consumi-
ca de Segurança), manter um inventário e realizar o dos, podendo levar o hospedeiro à morte.
rastreamento de todos os ativos (Gerenciamento de O vírus de computador é um código malicioso que
infecta arquivos em um dispositivo. Quando o arquivo
Recursos), além de utilizar sistemas de backup e res-
é executado, o código do vírus é duplicado, propagan-
tauração de dados (Gerenciamento de Continuidade
do-se para outros arquivos do computador. Quanto
de Negócios).
mais vírus existirem no dispositivo, menor será o seu
desempenho, fazendo com que recursos computacio-
Falhas
nais sejam consumidos, podendo levar o hospedeiro a
uma falha catastrófica.
As falhas de segurança nos sistemas de informação
poderão ser propositais ou involuntárias. Se o programa- 1. E-mail com vírus de computador é enviado pa ra o usuário
dor insere, no código do sistema, uma falha que produza
danos ou permita o acesso sem autenticação, temos um
exemplo de falha proposital. Já se uma falha for desco-
berta após a implantação do sistema, sem que tenha sido
uma falha proposital, e tenha sido explorada por invaso-
res, temos um exemplo de falha involuntária, inerente
314 ao sistema. E-mail com vírus Usuário Arquivo
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
2. E-mail é abe rto e o arquivo anexo infectado é executado.
VÍRUS DE
CARACTERÍSTICAS
COMPUTADOR
� O vírus Nimda explora as falhas de
segurança do sistema operacional
� Ele se propaga pelo correio eletrô-
Vírus Nimda nico e, também, pela web, em diretó-
E-mail com vírus Usuário Arquivo rios compartilhados, pelas falhas de
servidor Microsoft IIS e nas trocas
3. O código do vírus é copiado para arquivos do computador de arquivos
315
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1. Dispositivo inf
infectado se conecta na rede do usuário Pragas Virtuais
2. Roteador infectado envia o worm para a impressora É um código malicioso que realiza operações mal-
-intencionadas enquanto realiza uma operação dese-
jada pelo usuário, como um jogo on-line ou reprodução
de um vídeo. Ele é enviado com o conteúdo desejado e,
ao ser executado, desativa as proteções do dispositivo,
para que o invasor tenha acesso aos arquivos e dados.
Esse nome está, justamente, relacionado com a his-
tória do presente dado pelos gregos aos troianos, con-
Smartphone Roteador do Impressora sistindo em um cavalo de madeira, com soldados em
com worm Usuário seu interior. Após entrar nas fortificações de Troia, os
gregos desativaram as defesas e permitiram o acesso
3. Impressora infectada demora muito para imprimir do seu exército.
O Trojan ou Cavalo de Troia é apresentado, no
enunciado de algumas questões de concursos, como
um tipo de vírus de computador.
316
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z Spyware
CÓDIGO
CARACTERÍSTICAS
MALICIOSO
É um programa malicioso que procura monitorar
as atividades do sistema e enviar os dados capturados Gatilho para a execução de outros
durante a espionagem para terceiros. Existem softwa- códigos maliciosos que permanece
Bomba lógica
res espiões considerados legítimos (instalados com o inativa até que um evento acionador
consentimento do usuário) e maliciosos (que execu- seja executado
tam ações prejudiciais à privacidade do usuário).
Sequestrador de dados que criptogra-
Os softwares espiões podem ser especializados na
fa pastas, arquivos e discos inteiros,
captura de teclas digitadas (keylogger), nas telas e cli- Ransomware
solicitando o pagamento de resgate
ques efetuados (screenlogger) ou para apresentação
para liberação
de propagandas alinhadas com os hábitos do usuário
(adware). Eles, geralmente, são instalados por outros � Simulam janelas do sistema opera-
programas maliciosos, para aumentar a quantidade cional, induzindo o usuário a acionar
de dados capturados. um comando, fazendo a operação
Scareware
continuar normalmente
z Bot � O comando iniciará a instalação de
códigos maliciosos
É um programa malicioso que mantém contato
com o invasor, permitindo que comandos sejam exe- Fraude que engana o usuário, induzin-
cutados remotamente. Phishing do-o a informar seus dados pessoais
O dispositivo controlado por um bot poderá inte- em páginas de captura de dados falsas
grar uma rede de dispositivos zumbis, a chamada
Ataque aos servidores de DNS para
botnet.
Pharming alteração das tabelas de sites, direcio-
Quando o invasor deseja atacar sites para provo-
nando a navegação para sites falsos
car Negação de Serviço, ele aciona os bots que estão
distribuídos nos dispositivos do usuário, para que Ataques na rede que simulam tráfego
façam a ação danosa. Além de esconder os rastros da acima do normal com pacotes de
identidade do verdadeiro atacante, os bots poderão Negação de dados formatados incorretamente,
continuar sua propagação através do envio de cópias Serviço fazendo o servidor remoto ocupar-se
para outros contatos do usuário afetado. com os pedidos e erros, negando
acesso para outros usuários
z Backdoor
� Código que analisa ou modifica o
É um código malicioso semelhante ao bot, mas que, tráfego de dados na rede, em busca
além de executar comandos recebidos do invasor, rea- de informações relevantes como
Sniffing
liza ações para desativação de proteções e aberturas de login e senha
portas de conexão. O invasor, ciente das portas TCP que � Enquanto o spyware não modifica
estão disponíveis, consegue acesso ao dispositivo para o conteúdo, o sniffing pode alterar
a instalação de outros códigos maliciosos e roubo de
Falsifica dados de identificação, seja
informações.
do remetente de um e-mail (e-mail
Assim como os spywares, existem backdoors legíti-
Spoofing Spoofing), do endereço IP, dos servi-
mos (adicionados pelo desenvolvedor do software para
ços ARP e DNS, escondendo a real
funcionalidades administrativas) e ilegítimos (para ope-
identidade do atacante
rarem independente do consentimento do usuário).
Intercepta as comunicações da rede
Man-In-The-
z Rootkit para roubar os dados que trafegam
-Midle
na conexão.
É um código malicioso especializado em esconder
e assegurar a presença de outros códigos maliciosos Intercepta as comunicações do apa-
para o invasor acessar o sistema. Essas pragas virtuais Man-In-The- relho móvel, para roubar os dados
podem ser incorporadas em outras pragas, para que o -Mobile que trafegam na conexão do apare-
código que camufla a presença seja executado, escon- lho smartphone
dendo os rastros do software malicioso. Enquanto uma falha não é corrigida
Após a remoção de um rootkit, o sistema afetado pelo desenvolvedor do software, inva-
não se recupera dos dados apagados, sendo necessá- Ataque de dia
sores podem explorar a vulnerabilida-
ria uma cópia segura (backup) para restauração dos zero
de identificada antes da implantação
arquivos. da proteção
INFORMÁTICA
Usuário
Usuário
Usuário
Usuário
Outra ação mais elaborada tecnicamente é o Pharming. O invasor ataca um servidor DNS, modificando as
tabelas que direcionam o tráfego de dados e o usuário acessa uma página falsa. Da mesma forma que o Phishing,
esse ataque procura capturar dados bancários do usuário e roubar o seu dinheiro.
Usuário
318
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2. O link alterado direciona o usuário par a um site falso 1. O usuário tem um vírus de computador instalado
3. Ele informa os seus dados pessoais 2. Um software antivírus é acionado para detecção
Usuário
Usuário Arquivo
4. Seus dados são enviados pa ra o invasor, que
rouba $$$ das contas bancárias ou fa z 3. Ele compara o código com sua base de assinaturas
compras no seu cartão de crédito
=
Usuário Arquivo
Usuário
4. Ele poderá eliminar o vírus, isolar ou excluir o arquivo
PROTEÇÃO CONTRA VÍRUS E OUTRAS FORMAS DE
SOFTWARES OU AÇÕES INTRUSIVAS
Da mesma forma que existe a solução antivírus Quando o ataque é direcionado ao e-mail e navegador
contra vírus de computadores, existe uma solução de Internet, os filtros antispam e filtros antiphishing aten-
que procura detectar, impedir a propagação e remo- dem aos requisitos de proteção. Se o ataque chega disfar-
ver os códigos maliciosos que não necessitam de um çado, medidas de prevenção devem ser adotadas, como:
hospedeiro.
Em geral, malware é um software malicioso. Generi- nunca fornecer informações confidenciais ou
camente, spyware é um software espião. Assim, quando secretas por e-mail;
os softwares maliciosos ganharam destaque e relevância resistir à tentação de cliques em links das
para os usuários dos sistemas operacionais, os spywares mensagens;
ganharam destaque. Comercialmente, tornou-se interes- observar os downloads automáticos ou não
sante nomear a solução como antispyware. iniciados;
Na prática, um antispyware, ou um antimalware, dentro das políticas de segurança para os funcio-
detecta e remove vários tipos de pragas digitais. nários, destacar que não se deve submeter à pres-
são de pessoas desconhecidas.
HORA DE PRATICAR!
1. (FCC — 2019) Os dispositivos multicore possuem
mais de um núcleo em um único chip. Um exemplo de
Usuário
multicore é o Intel Core i9-9900K de 9ª geração com 8
núcleos. Intel Core i9-9900K é um tipo de
a) HD.
b) ROM.
Firewall Antivírus Antispyware Atualizações Senha forte
c) SSD.
d) RAM.
Figura 17. Para proteção: firewall ativado, antivírus atualizado e
ativado, antispyware atualizado e ativado, atualizações de softwares
e) processador.
instaladas e uso de senha forte.
2. (VUNESP — 2023) Em uma pasta do Microsoft Windo-
z UTM ws 11, em sua configuração original, existem 4 arqui-
vos, chamados arquivo1.txt, arquivo2.txt, arquivo3.
Unified Threat Management (UTM), ou “Gerencia- txt e arquivo4.txt. Um usuário selecionou o arquivo
mento Unificado de Ameaças”, são soluções abrangen- arquivo1.txt, apenas, e pressionou as teclas CTRL+C.
Em seguida, selecionou o arquivo arquivo2. txt, ape-
INFORMÁTICA
a) Configurações.
b) Expandir.
c) Info.
d) Propriedades.
e) Recolher.
Considere que a planilha acima esteja sendo editada
5. (CEBRASPE-CESPE — 2022) No Explorador de Arqui-
no Microsoft Excel, em português, com sistema Win-
vos do Windows, a opção que permite disponibilizar
dows, e que na célula A4 contenha a seguinte fórmula
um arquivo na nuvem para um usuário, seja por meio
=SOMA
do seu endereço de email ou envio do link de acesso
$A1+A2+A$3).
ao arquivo, é
Considere, ainda, que um usuário tenha selecionado a
célula A4 e clicado simultaneamente as teclas CTRL
a) Exibir online.
e C e, em seguida, selecionado a célula B4 e clicado
b) Compartilhar.
simultaneamente as teclas CTRL e V, Nesse caso, o
c) Conceder acesso a.
resultado a ser apresentado na célula B4 será
d) Abrir com.
e) Enviar para.
a) 6.
b) 7.
6. (FCC — 2023) Após concluir a digitação de um texto
c) 8.
no Word, da suíte de aplicativos do Office 365, em por-
d) 5.
tuguês, um policial precisa gerar o documento no for-
e) 4.
mato PDF ou XPS, preservando o layout, formatação
e fontes. Para isso ele terá que acessar a opção Criar
10. (VUNESP — 2022) A imagem a seguir mostra 3 formas
documento PDF/XPS, disponível após clicar no menu
em um slide do MS-PowerPoint 2016, em sua configu-
ração padrão, um triângulo, um retângulo e um círculo.
a) Arquivo e na opção Exportar.
b) Página Inicial e na opção Converter para.
c) Arquivo e na opção Formatos.
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13. (VUNESP — 2022) O URL (Uniform Resource Locator)
possui algumas partes, como a que indica o protocolo
utilizado.
a) Esquema.
b) Programa.
c) Parâmetros.
d) Caminho.
O usuário selecionou uma das formas e escolheu uma e) Domínio.
ação (ícone) dentre as disponíveis no ícone Organizar,
do grupo Desenho, da guia Pagina Inicial, cujo resulta- 14. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Um endereço web é com-
do se vê na imagem a seguir: posto por uma sequência de nomes que caracterizam
o protocolo, o serviço, o domínio e o arquivo acessado.
Esse endereço também é chamado de
a) HTTP.
b) WWW.
c) TCP/IP.
d) URL.
e) domínio.
a) confidencialidade.
e) b) integridade.
c) disponibilidade.
d) autenticidade.
e) responsabilização.
11. (VUNESP — 2022) A camada de aplicação da arquite-
tura TCP/IP utiliza alguns protocolos, dentre eles: 17. (CEBRASPE-CESPE — 2021) A Segurança da Infor-
mação é uma preocupação permanente dos agentes
a) FTP e TCP comerciais, principalmente em relação a assuntos
b) HTTP e UDP contratuais e financeiros e às facilidades advindas
c) ICMP e IPsec dos meios digitais.
d) IP e TELNET
e) SMTP e DNS Os recursos providos pelas áreas de TI das empresas,
no que se refere à segurança da informação, incluem
12. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Uma rede no padrão a irretratabilidade, que deve garantir a
Ethernet transmite dados em uma taxa de 40 Gbps,
que é equivalente a a) manutenção exata e completa do conteúdo das men-
INFORMÁTICA
a) RAT.
b) ransomware.
c) bot.
d) zumbi.
e) adware.
a) antivírus.
b) cópia de segurança.
c) bloqueador de pop-up.
d) modem.
e) firewall
a) Lixeira
b) antivírus
c) Limpeza de Disco
d) Explorador de Arquivos
9 GABARITO
1 E
2 C
3 E
4 D
5 B
6 A
7 C
8 C
9 B
10 C
11 E
12 D
13 A
14 D
15 D
16 D
17 B
18 A
19 E
20 B
324
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Quanto à forma — em quais formatos podem sur-
gir uma constituição:
CONSTITUCIONAL
tal de uma sociedade.” (Moraes, 2018, p. 43);
z Não escrita: não estabelecida em um documento
único e solene, mas é costumeira, baseada e con-
substanciada nos costumes, convenções, jurispru-
dências e práticas sociais preestabelecidas.
CONSTITUIÇÃO
Dica
CONCEITO Arábia Saudita, Líbia, Nova Zelândia e Reino Uni-
do são alguns exemplos de países que não pos-
Constituição vem do ato de constituir, de estabelecer, suem uma constituição escrita.
de firmar; ou, ainda, o modo pelo qual se constitui uma
coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; organização,
Quanto ao modo de elaboração — como a consti-
formação. Juridicamente, no entanto, constituição deve
tuição é elaborada:
ser entendida como a lei fundamental e suprema de um
Estado, que contém normas referentes à estruturação
z Dogmática: também chamada de sistemática, é
do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de
sempre escrita e estrutural e surge a partir de dog-
governo e aquisição do poder de governar, distribuição
mas políticos ou sistemas ideológicos prévios;
de competências, direitos, garantias e deveres dos cida-
z Histórica: fruto da lenta e contínua síntese da
dãos. Além disso, é a constituição que individualiza os
história e tradições de um povo, como é o caso da
órgãos competentes para a edição de normas jurídicas,
constituição inglesa.
legislativas ou administrativas (Moraes, 2018).
A constituição é, em síntese, a lei máxima e fun-
Quanto à origem — como se origina:
damental de um país, que geralmente determina a
sua organização social, política, jurídica e econômica.
z Promulgada: também chamada de democrática,
Conjunto de normas jurídicas, normalmente escritas
votada ou popular, é fruto do trabalho de uma assem-
em um texto unitário, que regulam a organização e
bleia nacional constituinte, eleita direta e legitima-
atuação do Estado nas relações sociais.
mente pelo povo, para, em nome dele atuar;
z Outorgada: é a constituição imposta de maneira uni-
A Constituição é, assim, uma norma jurídica e, para
a maior parte dos sistemas, norma jurídica dotada lateral por governante que não recebeu do povo a
de superioridade hierárquica em relação às demais. legitimidade para em nome dele atuar (Lenza, 2019).
Para Hans Kelsen, a Constituição define quem elabo-
ra as normas e como elas vão ser elaboradas, cons- Quanto à estabilidade ou alterabilidade — se pode
tituindo, assim, o ponto de partida e de validade de ou não ser alterada:
todo o sistema jurídico. (Barcellos, 2018, p. 28)
z Imutável: é vedada qualquer alteração;
CLASSIFICAÇÕES z Rígida: exige para a sua alteração um processo
legislativo solene, mais complexo e árduo do que o
Toda tipologia ou classificação depende dos cri- empregado para a modificação das normas infra-
térios adotados por seus estudiosos. É importante constitucionais. Para Alexandre de Moraes (2018), a
esclarecer que existem diferentes classificações entre Constituição Federal, de 1988, pode ser considerada
os juristas mais renomeados. Não se trata, portanto, super-rígida, porque, em regra, pode ser alterada
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
de uma classificação ser mais acertada que outra, por um processo legislativo diferenciado, mas, excep-
mas sim, mais adequada à sua finalidade didática. cionalmente é imutável quanto às suas cláusulas
Segundo Alexandre de Moraes (2018), a tipologia ou a pétreas, previstas em seu § 4º, art. 60. Esta classifica-
classificação das constituições pode ser delimitada de ção, contudo, não tem sido adotada pelo STF;
acordo com diversos princípios. z Semirrígida: algumas regras poderão ser altera-
Quanto ao conteúdo — qual o teor, o que compõe das pelo processo legislativo ordinário, enquanto
a constituição: outras, somente por um processo legislativo especial
e complexo;
z Material: conjunto de regras materialmente cons- z Flexível: não exige um processo legislativo de alte-
titucionais, ou seja, que contém as normas funda- ração mais dificultoso do que as normas infracons-
mentais e estruturais do Estado, a organização de titucionais. Logo, pode ser alterada por processo
seus órgãos, os direitos e garantias fundamentais, legislativo ordinário.
independentemente da forma em que estejam
organizadas tais disposições; Quanto à extensão e finalidade — qual a sua
z Formal: consubstanciada em um documento sole- amplitude e a que se destina:
ne estabelecido pelo poder constituinte originário.
É levado em consideração o processo de sua for- z Analítica: também chamada de dirigente, é ampla
mação, e não necessariamente a materialidade de e detalhada, trazendo todos os assuntos que podem
suas normas ou conteúdo. ser considerados fundamentais e relevantes à 325
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formação, destinação e funcionamento do Estado. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
É minuciosa e normalmente estabelece regras que
poderiam ser matéria de leis infraconstitucionais; Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada
z Sintética: é concisa, breve e sucinta, tratando ape- pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Demo-
nas de princípios fundamentais e estruturais do
crático de Direito e tem como fundamentos:
Estado. Geralmente são mais duradouras — um
I - a soberania;
exemplo é a constituição dos Estados Unidos. II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
Além desta classificação básica, alguns doutrina- IV - os valores sociais do trabalho e da livre inicia-
dores as dividem em outros tipos, de acordo com o tiva; (Vide Lei nº 13.874, de 2019).
que acreditam ser mais adequado para os seus estu- V - o pluralismo político.
dos. Existem ainda as constituições: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que
o exerce por meio de representantes eleitos ou dire-
z Normativas, nominalistas ou semânticas: as cons- tamente, nos termos desta Constituição.
tituições normativas são aquelas que conseguem
estar plenamente conformes com a realidade polí- São, portanto, princípios fundamentais da
tico-social do Estado que regula. Por sua vez, as Constituição:
nominalistas são as que buscam regular plenamen-
te a vida política de seu Estado, mas que ainda não z A soberania: consiste num poder político supre-
alcançam esse objetivo, por não serem totalmente mo, independente na ordem internacional e não
consonantes à sua realidade social; e, por fim, as limitado a nenhum outro na esfera interna. É a
semânticas são as características de poderes autori- capacidade, do país, de editar e reger suas pró-
tários, criadas apenas com a finalidade de legitimar prias normas e ordenamento jurídico;
o poder de quem já o exerce; z A cidadania: condição da pessoa pertencente a
z As dualistas e pactuadas: são oriundas de um pacto um Estado, dotada de direitos e deveres. É o status
entre o Rei e o Poder Legislativo, vinculam o monar- de cidadão inerente a todo jurisdicionado que tem
ca às normas estabelecidas na constituição e, conse- direito de votar e ser votado;
quentemente, limitam seu poder, antes absoluto; z A dignidade da pessoa humana: valor moral per-
z As principiológicas: reúnem mais princípios (abs- sonalíssimo, inerente à própria condição humana.
tratos) do que regras (concretas); e as preceituais, Fundamento consistente no respeito pela vida e
que contêm mais regras que princípios; integridade do ser humano e a garantia de condi-
z As provisórias e definitivas: como o próprio nome ções mínimas de existência com liberdade, autono-
aduz, as provisórias são temporárias e, em regra, mia e igualdade de direitos;
regulam períodos de transição ou visam definir as z Os valores sociais do trabalho e da livre inicia-
regras de elaboração de uma constituição definitiva; tiva: é através do trabalho que o homem garante
z As heterônomas: são aquelas constituições elabora- sua subsistência e o crescimento do país. Por isso,
das e decretadas por outro Estado que não o próprio a necessidade de se estabelecer a proteção deste
a ser regido, ou, ainda, por organizações internacio- importante direito social. Por sua vez, a livre ini-
nais; e as autônomas, que são as elaboradas dentro ciativa consiste numa doutrina que defende a total
do próprio Estado, sem interferências externas; liberdade para o exercício de atividades econômi-
z As constituições-garantia: visam assegurar direitos cas, sem qualquer interferência do Estado;
fundamentais, balanço, que reflete um degrau de z O pluralismo político: decorre do Estado demo-
crático de direito e permite a coexistência de
evolução socialista; e a dirigente, que estabelecem
várias ideias políticas, consubstanciadas na exis-
um plano de direção, um projeto de Estado através
tência multipartidária e não apenas dualista. O
de normas programáticas, objetivando uma evolu-
Brasil é, portanto, um país de uma política plural,
ção política (Lenza, 2019);
multipartidária e diversificada e não apenas pau-
z As liberais (negativas) ou sociais (dirigentes): levam
tada nos ideais dualistas de esquerda e direita ou
em conta o seu conteúdo ideológico. As liberais refle-
democratas e republicanos.
tem os direitos humanos de primeira dimensão, a
não intervenção do Estado e a proteção das liberda-
des individuais. As sociais refletem a necessidade de Importante mencionar que união indissolúvel dos
atuação estatal e proteção dos direitos sociais (direi- estados, municípios e do Distrito Federal é caracteri-
tos humanos de segunda dimensão) (Lenza, 2019); zada pela impossibilidade de secessão, característi-
z As expansivas: apresentam um “[...] conteúdo ana- ca essencial do princípio federativo ou Federalismo.
tômico e estrutural, destacando-se a estruturação do Em outras palavras, podemos dizer que a indisso-
texto e sua divisão em títulos, capítulos, seções, subse- lubilidade da República Federativa do Brasil decorre
ções, artigos da parte permanente e do ADCT” (Lenza, da impossibilidade de separação de seus entes fede-
2019, p. 189), além de manifestarem dilatação de sua rativos do território brasileiro, pois o vínculo entre
matéria constitucional, se comparadas com as cons- União, estados, Distrito Federal e municípios é indis-
tituições brasileiras precedentes ou com constitui- solúvel e nenhum deles pode abandonar o restante
ções estrangeiras. para se transformar em um novo país.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção De acordo com o inciso acima, o direito de respos-
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei- ta, associado à indenização por dano material, moral
ros e aos estrangeiros residentes no País a inviola- ou à imagem, é assegurado às pessoas físicas e jurídi-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, cas quando estas, por meio dos canais midiáticos de
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: comunicação, recebem ofensas a:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
De acordo com o inciso acima, para que determinada ação se configure como crime, esta deve encontrar-se
expressamente prevista na lei penal. Portanto, se a conduta não está prescrita no Código Penal, não é crime e,
consequentemente, não há pena.
Ademais, uma nova lei penal não retroage, isto é, não pode ser aplicada a condutas praticadas antes de sua
entrada em vigor, mas, se a nova lei for mais benéfica, esta poderá retroagir para beneficiar o réu.
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
O princípio da não discriminação garante tratamento igualitário a todas as pessoas em situações iguais e
envolve a existência de normas que estabeleçam tal igualdade, com punição aos atos que resultem em discrimi-
nação atentatória dos direitos e garantias fundamentais.
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os man-
dantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento).
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático.
A tabela abaixo sintetiza o conteúdo dos incisos. Por isso, a título de compreensão destes, vamos estudá-la.
Atenção:
z Crimes inafiançáveis: são aqueles que não admitem fiança, ou seja, que não dão, ao acusado, o direito de res-
ponder seu processo em liberdade até a sentença condenatória mediante pagamento de determinada quantia
pecuniária ou cumprimento de determinadas obrigações;
z Crimes imprescritíveis: são aqueles que não prescrevem e que podem ser julgados e punidos em qualquer
tempo, independentemente da data em que foram cometidos;
z Crimes insuscetíveis de graça e anistia: são aqueles que não permitem a exclusão do crime com a rescisão
da condenação e extinção total da punibilidade (anistia), nem a extinção da punibilidade, ainda que parcial
(graça). A graça e a anistia, são, portanto, em linhas gerais, formas de extinção da punibilidade. Estas possuem
as seguintes características:
ANISTIA GRAÇA
Exclusiva do Presidente da
Competência Poder Legislativo
República
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do con- XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integri-
denado, podendo a obrigação de reparar o dano dade física e moral;
e a decretação do perdimento de bens ser, nos ter-
mos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles É direito do apenado o respeito à sua integridade
executadas, até o limite do valor do patrimônio física e moral. É dever do Estado, por sua vez, garantir
transferido; a sua segurança e proteção.
XLVII - não haverá penas: z Ativa — quando o Brasil solicita, a outro país, a
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos entrega de um indivíduo para julgá-lo e condená-
termos do art. 84, -lo pela prática de um crime praticado em territó-
XIX; rio brasileiro; ou
b) de caráter perpétuo; z Passiva — quando qualquer Estado estrangeiro
c) de trabalhos forçados; solicita, ao Brasil, a entrega de um indivíduo que
d) de banimento; tenha cometido crime no exterior e se encontra em
e) cruéis.
território brasileiro.
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
bens sem o devido processo legal; atos processuais quando a defesa da intimidade ou
o interesse social o exigirem;
Contraditório e a Ampla Defesa
Em regra, todos os atos processuais são públicos,
LV - aos litigantes, em processo judicial ou adminis- salvo o segredo de justiça, que pode ser determinado
trativo, e aos acusados em geral são assegurados o de ofício pelo juiz da causa para:
contraditório e ampla defesa, com os meios e recur-
sos a ela inerentes; z segurança jurídica das partes;
z proteção dos interesses de indivíduos menores de
Ninguém poderá ser punido ou condenado sem o idade;
devido processo legal, onde deverá ser assegurado, z interesse social ou demanda de grande
sob pena de nulidade absoluta, o direito de resposta repercussão;
e ampla defesa, com sentença transitada em julgado z a requerimento justificado das partes do processo.
(que não cabe mais recurso) prolatada pelo juízo ou
autoridade judiciária competente. Legalidade da Prisão
Provas ilícitas são aquelas obtidas por meio ilegal, Salvo flagrante delito, o cidadão só pode ser levado
fraudulento, ou que infrinja as normas e princípios preso por autoridade policial mediante ordem judi-
básicos de direito, motivo pelo qual não são aceitas no cial escrita e devidamente fundamentada.
processo judicial. São, em regra, vedadas pela Consti-
tuição e inadmissíveis dentro de um processo, ainda Comunicabilidade da Prisão
que comprovem fato de direito ou cooperem para o
julgamento do feito processual. LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
Presunção de Inocência competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trân-
sito em julgado de sentença penal condenatória; Informação ao Preso
Todo cidadão é considerado inocente até que se LXIII - o preso será informado de seus direitos,
prove o contrário com o trânsito em julgado da sen- entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
tença condenatória. assegurada a assistência da família e de advogado;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido LXIV - o preso tem direito à identificação dos res-
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previs- ponsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
tas em lei; (Regulamento). policial;
A identificação criminal será feita diante de fun- Na ocasião de prisão, são direitos do preso a comu-
dada suspeita da validade e veracidade dos documen- nicação (a sua família e ao juízo competente) de sua
tos cíveis apresentados ou quando já se tem notícias prisão e do local onde se encontra, bem como o conhe-
reputadas a pessoa civilmente identificada sobre uso cimento das autoridades policiais responsáveis por
de diversos nomes e fraude em registros policiais. sua prisão e interrogatório.
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada
pública, se esta não for intentada no prazo legal; pela autoridade judiciária;
A ação penal privada subsidiária da pública é admiti- O relaxamento da prisão ocorre quando o acusado
da nos casos em que a lei não prevê a ação como privada, é posto em liberdade pela incidência de alguma ilega-
mas, sim, como pública (condicionada ou incondicio- lidade no ato de sua prisão.
nada). Entretanto, o Ministério Público, titular da ação
penal, permanece inerte e não apresenta a denúncia no Garantia da Liberdade Provisória
prazo legal, abrindo-se a possibilidade para que o ofendi-
do, seu representante legal ou seus sucessores ingressem LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela man-
com a ação penal privada subsidiária da pública. tido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;
334
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A liberdade provisória é o instituto processual que internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo
garante ao acusado o direito de aguardar em liber- Brasil antes das alterações trazidas pela Emenda Cons-
dade o transcorrer do processo criminal até o trân- titucional nº 45, de 2004, ou seja, sem passar pelo
sito em julgado de sua sentença penal condenatória processo de aprovação previsto no § 3º, do art. 5º, deve-
mediante o estabelecimento ou não de determinadas riam ter status supralegal, hierarquicamente inferior
condições, podendo ser revogado a qualquer tempo, às normas constitucionais, mas superior às normas
diante do descumprimento das condições impostas, infraconstitucionais.
da não colaboração com as investigações ou se a auto- Assim, a prisão do depositário infiel não foi consi-
ridade entender que a liberdade pode colocar em ris- derada inconstitucional, pois sua previsão segue na
co o julgamento do processo. Constituição, mas, na prática, passou a ser ilegal, uma
vez que as leis que regulam tal medida coercitiva estão
Prisão Civil abaixo dos tratados internacionais de direitos humanos.
Esse entendimento do caráter supralegal dos tratados
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a devidamente ratificados e internalizados na ordem jurí-
do responsável pelo inadimplemento voluntário e dica brasileira, sem submeter-se ao processo legislativo
inescusável de obrigação alimentícia e a do depo- estipulado pelo § 3º, art. 5º, da CF, de 1988, foi reafirmado
sitário infiel; pela edição da Súmula Vinculante nº 25, STF, em 2009.
336 1 BARBOSA, R. Oração aos Moços. Senado Federal, 2022. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/564016. Acesso em: 25 out. 2022.
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Tratados e Convenções Internacionais de Direitos Do Direito ao Trabalho
Humanos
Os direitos relativos aos trabalhadores podem ser
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre de duas ordens:
direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por z direitos individuais, previstos no art. 7º, da CF;
três quintos dos votos dos respectivos membros, z direitos coletivos dos trabalhadores, previstos nos
serão equivalentes às emendas constitucionais. arts. 9º a 11, da CF.
Sanando discussões sobre a hierarquia desses Os direitos individuais dos trabalhadores desti-
dispositivos, com a Emenda Constitucional n° 45, de nam-se a proteger a relação de trabalho contra uma
2004, as normas de tratados internacionais sobre profunda desigualdade resultante da não observân-
direitos humanos passaram a ser reconhecidas como cia de preceitos mínimos destinados a compatibili-
normas de hierarquia constitucional, porém, somente zar a função laboral com a dignidade e o bem-estar
se aprovadas pelas duas casas do Congresso por 3/5 de do trabalhador, este, parte hipossuficiente da relação
seus membros em dois turnos de votação. trabalhista.
Após longo período de exploração do trabalho
Submissão à Jurisdição do Tribunal Penal escravo e a posterior propagação do trabalho livre,
Internacional passou-se, cada vez mais, de acordo com as circuns-
tâncias dos novos modelos econômicos, a surgir uma
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal certa preocupação com a proteção do trabalho. Nesse
Penal Internacional a cuja criação tenha manifes- ínterim, desenvolveram-se movimentos classistas que
tado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional culminaram, por exemplo, na luta pela liberdade de
nº 45, de 2004). associação e criação de algumas normas trabalhistas.
À vista disso, em 1930, Getúlio Vargas criou o
O Brasil se submeteu expressamente à jurisdição Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, promo-
do Tribunal Penal Internacional (TPI), também conhe- vendo, nos anos seguintes, a edição de vários decretos
cido por Corte ou Tribunal de Haia, instituído pelo de caráter trabalhista que, dentre outros, deram início
Estatuto de Roma e ratificado em 20 de junho de 2002 ao chamado “constitucionalismo social’’. Atualmente,
pelo Brasil. A Emenda Constitucional n° 45, de 2004, em nossa Constituição, são contemplados todos os
deu a esta adesão força constitucional. O objetivo do principais direitos e garantias trabalhistas que, dada
TPI é identificar e punir autores de crimes contra a sua importância, não podem ser abolidos nem por
a humanidade. meio de Emendas Constitucionais.
É através do trabalho que o homem pode contri-
DIREITOS SOCIAIS buir para com a sociedade. O direito ao trabalho é,
portanto, o maior mecanismo de inclusão social da
Os chamados direitos sociais são aqueles que pessoa humana, inserindo o homem na vida social de
visam garantir qualidade de vida ou, pelo menos, a maneira participativa. O trabalho faz com que a pes-
melhoria de suas condições por meio do bem-estar soa seja vista pelo que produz e tem sido a forma mais
social e do pleno desenvolvimento da personalidade. eficaz de assegurar à pessoa humana não apenas a
À vista disso, pode-se dizer que são formas de se aten- sua subsistência, mas, também, a manutenção de sua
der ao princípio basilar da dignidade humana. dignidade. Daí, a importância da proteção dos direitos
trabalhistas.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saú-
de, a alimentação, o trabalho, a moradia, o Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
transporte, o lazer, a segurança, a previdência rurais, além de outros que visem à melhoria de
social, a proteção à maternidade e à infância, sua condição social:
2 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Quem tem direito ao FGTS? FGTS, 2022. Disponível em: https://www.fgts.gov.br/Pages/sobre-fgts/regras.aspx.
338 Acesso em: 25 out. 2022.
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À vista disso, podemos dizer que o FGTS é uma Remuneração Superior por Trabalho Noturno
espécie de conta poupança compulsória do trabalha-
dor, regida pela Lei nº 8.036, de 1990. IX - remuneração do trabalho noturno superior à
do diurno;
Salário Mínimo
Por questões biológicas, sabe-se que o desempe-
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente nho do corpo humano para atividades laborais pode
unificado, capaz de atender a suas necessidades ser reduzido no período noturno, bem como que a
vitais básicas e às de sua família com moradia, ali- redução do sono regular pode comprometer a saúde.
mentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higie- Assim, é garantido, ao trabalhador, a remuneração do
ne, transporte e previdência social, com reajustes trabalho noturno superior à do diurno.
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, Para tais fins, considera-se trabalho noturno:
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
z o desempenhado entre as 22h de um dia até às 5h
O salário mínimo é uma importante garantia do dia seguinte para trabalhadores urbanos;
constitucional. Seu valor, em 2020, correspondia a R$ z o desempenhado entre as 21h de um dia e às 5h
1.045. Importante mencionar que esse valor mínimo é do dia seguinte, para os trabalhadores rurais, das
o estabelecido para jornada padrão de 44 horas sema- atividades de plantio, colheita;
nais, podendo ser proporcional, em caso de jornada z o desempenhado entre as 20h de um dia e às 4h do
inferior. dia seguinte, para os trabalhadores rurais da ativi-
dade pecuária.
Piso Salarial
Nos termos da CLT, o adicional noturno corresponde
V - piso salarial proporcional à extensão e à com- a 20% a mais sobre a hora diurna trabalhada para os tra-
plexidade do trabalho; balhadores urbanos e 25%, para os trabalhadores rurais.
O piso salarial corresponde ao menor salário que Proteção do Salário Contra Retenção Dolosa
determinada categoria profissional pode receber pela
sua jornada de trabalho, considerando a extensão e X - proteção do salário na forma da lei, constituin-
complexidade do trabalho desenvolvido e devendo do crime sua retenção dolosa;
ser sempre superior ao salário mínimo nacional.
É vedada a retenção salarial dolosa. Assim, só são
Irredutibilidade do Salário permitidos descontos salariais autorizados em lei.
O 13º salário é a garantia do recebimento de um XIII - duração do trabalho normal não superior a
salário integral (ou proporcional ao período trabalha- oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
do, se for o caso) por ocasião das comemorações de facultada a compensação de horários e a redução
final de ano a todos os trabalhadores, aposentados e da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva
pensionistas do INSS. de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943). 339
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A Constituição Federal garante ao trabalhador jor- Licença à Gestante
nada de trabalho não superior a oito horas diárias
ou quarenta e quatro horas semanais, facultada a XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego
compensação e a redução. e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Jornada Especial para Turnos Ininterruptos de Também chamada de Licença maternidade, cor-
Revezamento responde ao período em que a mulher está prestes a
ter um filho, acabou de ganhar um bebê ou adotou
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realiza- uma criança. Nesse contexto, a mulher tem direito
do em turnos ininterruptos de revezamento, salvo a permanecer afastada do seu trabalho e receber o
negociação coletiva; salário maternidade, benefício previdenciário pago à
pessoa nessas condições. Em regra, a licença mater-
Caracteriza-se trabalho em turno ininterrupto de nidade é de 120 dias, podendo ser ampliado para 180
revezamento aquele prestado por trabalhadores que dias, nos casos em que a empregadora for aderente
se revezam nos postos de trabalho nos horários diur- ao Programa Empresa Cidadã, instituído pela Lei n°
no e noturno. Esse tipo de jornada trabalhista é bas- 11.770, de 2008, e regulamentado pelo Decreto n°
tante comum em empresas que funcionam em tempo 7.052, de 2009.
integral, sem pausas. A jornada do trabalhador de tur-
nos ininterruptos deve ser de seis horas diárias.
Licença-Paternidade
Repouso (ou Descanso) Semanal Remunerado (DSR)
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em
lei;
XV - repouso semanal remunerado, preferencial-
mente aos domingos;
A licença-paternidade é período de 5 dias, que
se inicia no primeiro dia útil após o nascimento da
O Descanso ou Repouso Semanal Remunerado
corresponde a um dia de folga semanal remunerado criança em que o pai tem direito a afastar-se de suas
ao trabalhador. Deve ser concedido preferencialmen- atividades laborais, sem prejuízo de seu salário. Nos
te aos domingos, dado seu objetivo social e de lazer casos em que a empresa esteja cadastrada no progra-
e recreação, mas nada impede que seja gozado nos ma Empresa Cidadã, o prazo poderá ser estendido por
outros dias da semana. No caso de empresas que fun- mais 15 dias, totalizando 20 dias.
cionem aos domingos e feriados, devem ser adotadas
regras de escala para seus funcionários, de forma que Proteção da Mulher no Mercado de Trabalho
o trabalhador tenha ao menos um domingo livre no
mês como descanso semanal remunerado e usufrua XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,
os demais em outro dia da semana. mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
Adicional por Atividades Penosas, Insalubres ou Mais do que o sonho da maioria dos brasileiros,
Perigosas a aposentadoria é um benefício garantido constitu-
cionalmente e concedido pela Previdência Social ao
XXIII - adicional de remuneração para as ativida- trabalhador segurado da previdência que preencher
des penosas, insalubres ou perigosas, na forma da os requisitos legais para sua concessão. De forma bre-
lei; ve, a aposentadoria consiste na prestação pecuniária
recebida mensalmente pelo aposentado, calculada
O trabalho penoso é aquele considerado extrema- conforme suas contribuições à previdência ao longo
mente desgastante para a pessoa humana porque o de toda a sua vida laboral.
trabalhador depreende um esforço além do normal
para o desempenho de suas atividades, as quais, por Assistência aos Filhos Pequenos
sua própria natureza ou em razão de fatores ambien-
tais, provocam acentuado desgaste, com sobrecarga XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes
física e psíquica para o trabalhador. São exemplos de desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
atividades penosas: creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006).
z cortar cana;
z colher café A Constituição Federal, com vistas à proteção do
z carregar e descarregar objetos; trabalho dos genitores de filhos e dependentes peque-
z esforços repetitivos, etc. nos, garante assistência gratuita para o cuidado com
os últimos. Entretanto, tal dispositivo ainda depende
Apesar de sua previsão na Constituição Federal, a de regulamentação para o seu pleno exercício.
percepção de um adicional pelo trabalho penoso não
está regulamentada e quase não ocorre na prática Reconhecimento das Convenções e Acordos
laboral, podendo ser reconhecida em caso de deman- Coletivos de Trabalho
da judicial.
O trabalho insalubre, por sua vez, define-se como XXVI - reconhecimento das convenções e acordos
aquele no qual o empregado, no exercício de suas ati- coletivos de trabalho;
vidades, expõe-se a qualquer agente físico, químico
ou biológico, nocivo à saúde, e que, com o passar do Por esse inciso, a Constituição Federal reconheceu
tempo, pode ocasionar uma doença ocupacional. as convenções e acordos coletivos feitos conforme o
O adicional de insalubridade pode variar entre: texto constitucional como instrumentos com força de
lei entre as partes. A Reforma Trabalhista reforçou a
z 10% em grau mínimo; regra do “negociado sobre o legislado”, isto é, a con-
z 20% em grau médio; cepção de que a negociação pode estar acima da lei
z 40% em grau máximo de exposição, calculado em determinadas situações.
sobre o salário mínimo, nos termos da lei.
Proteção em Face da Automação
São exemplos de atividades insalubres as exerci-
das por profissionais da saúde, radiologistas, minera- XXVII - proteção em face da automação, na forma
dores, entre outros.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
da lei;
Por fim, o trabalho perigoso é aquele que envol-
ve constante risco à integridade física do trabalhador. A proteção em face da automação consiste na salva-
São exemplos as atividades profissionais com: guarda da classe trabalhadora do desemprego pela auto-
mação abusiva, bem como da garantia efetiva à saúde e à
z inflamáveis; segurança no meio ambiente de trabalho automatizado.
z explosivos;
z energia elétrica; Seguro Contra Acidentes de Trabalho
z segurança pessoal ou patrimonial com o uso de
motocicleta, entre outros. XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indenização a
O adicional de periculosidade é correspondente a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
30% (trinta por cento) do salário-base. culpa;
Lembre-se: a insalubridade é diferente da peri-
culosidade e os adicionais não são cumulativos. Em O seguro contra acidentes de trabalho é uma
síntese, na insalubridade, a saúde do trabalhador é garantia ao empregado, às expensas do empregador,
constantemente afetada por agentes físicos, químicos que assume os riscos da atividade laboral mediante
ou biológicos. Na periculosidade, por sua vez, o ris- pagamento de um adicional sobre folha de salários de
co à vida é acentuado em virtude da exposição per- seus empregados, com administração atribuída à Pre-
manente do trabalhador a situações de perigo. Em vidência Social. Tal seguro tem função de seguridade 341
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por ser destinado a beneficiários atingidos por doença Pela não discriminação, proibição de distinção do
ou acidente que estejam associados ao sistema previ- trabalho e igualdade ao trabalhador avulso, são veda-
denciário. O Seguro contra acidentes de trabalho está das quaisquer discriminações arbitrárias entre tra-
regulamentado pela Lei nº 8.212, de 1991. balhadores por motivo de sexo, idade, cor ou estado
civil, bem como entre o exercício de trabalho manual,
Ação Trabalhista nos Prazos Prescricionais técnico e intelectual, avulso ou permanente, consubs-
tanciado na isonomia de todos os trabalhadores urba-
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das nos e rurais.
relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, Empregados Domésticos
até o limite de dois anos após a extinção do contra-
to de trabalho; (Redação dada pela Emenda Consti- Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
tucional nº 28, de 2000). trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII,
A todo trabalhador é garantido o direito de pro- XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e
por Reclamatória (ou Reclamação) Trabalhista dentro XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em
dos prazos processuais legais para reaver os créditos lei e observada a simplificação do cumprimento
resultantes da relação laboral. das obrigações tributárias, principais e acessórias,
Atenção! O prazo prescricional de uma reclamação decorrentes da relação de trabalho e suas peculiari-
trabalhista é de dois anos a partir da rescisão do contrato dades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV
de trabalho! Esse é o prazo para que o trabalhador possa e XXVIII, bem como a sua integração à previdência
social (Redação dada pela Emenda Constitucional
ingressar com a Ação Trabalhista. O prazo prescricional de
nº 72, de 2013).
cinco anos, previsto no mesmo inciso da Constituição, refe-
re-se ao período cujos direitos podem ser questionados, ou
O trabalho doméstico, predominantemente rea-
seja, o funcionário pode reclamar apenas dos direitos cor-
lizado por mulheres, é uma das ocupações mais anti-
respondentes aos últimos cinco anos trabalhados.
gas do mundo. Além disso, a diferenciação entre o
trabalhador doméstico e os demais tem raízes na
Não Discriminação
cultura escravocrata. No caso do Brasil, consideran-
do uma série de problemáticas históricas profunda-
XXX - proibição de diferença de salários, de exercí-
mente enraizadas em nossa sociedade, mesmo com
cio de funções e de critério de admissão por motivo
de sexo, idade, cor ou estado civil; a promulgação da Constituição Cidadã, em 1988, e
XXXI - proibição de qualquer discriminação no com a consequente criação de uma série de direitos
tocante a salário e critérios de admissão do traba- para a classe trabalhista, havia, ainda, uma imensa
lhador portador de deficiência; lacuna entre os direitos dos domésticos e dos demais
trabalhadores.
Proibição de Distinção do Trabalho À vista disso, foi a Emenda Constitucional nº 72,
de 2013, que, mesmo fruto de calorosas discussões no
XXXII - proibição de distinção entre trabalho Congresso Nacional, buscou igualar os direitos dos
manual, técnico e intelectual ou entre os profissio- trabalhadores domésticos aos dos demais trabalhado-
nais respectivos; res, diminuindo, então, a lacuna entre ambos.
Além desta, a Lei Complementar nº 150, de 1º de
Trabalho do Menor junho de 2015, apresentou uma proposta de igualação
jurídica, positivando direitos e garantias dos domés-
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou ticos que, até então, dependiam de regulamentação.
insalubre a menores de dezoito e de qualquer traba- Tais mudanças apresentaram grandes reflexos sociais
lho a menores de dezesseis anos, salvo na condição à classe trabalhadora. O reconhecimento e equipara-
de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação ção desses direitos foi uma grande conquista legis-
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998). lativa, pautada na igualdade e dignidade da pessoa
humana.
Com vias a combater a exploração infantil e pro- Assim, após a EC nº 72, de 2013, e a LC nº 150, de
mover o acesso à educação, é vedado o exercício de 2015, restaram assegurados e devidamente regula-
atividade laboral ao menor de 14 anos. mentados aos domésticos os seguintes direitos:
z salário mínimo;
DE 14 A 16 Só pode trabalhar na condição de z irredutibilidade do salário;
ANOS aprendiz z garantia de salário nunca inferior ao mínimo;
DE 16 A 18 É vedado o exercício de trabalho no- z décimo terceiro salário com base na remuneração
ANOS turno, perigoso ou insalubre integral;
z proteção do salário na forma da lei;
A PARTIR z duração normal do trabalho não superior a oito
Trabalho normal
DE 18 ANOS horas diárias e quarenta e quatro semanais;
z repouso semanal remunerado;
Igualdade ao Trabalhador Avulso z horas extras;
z férias anuais remuneradas acrescidas de 1/3;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador z licença maternidade e paternidade;
com vínculo empregatício permanente e o trabalha- z aviso prévio proporcional ao tempo de serviço;
342 dor avulso. z redução dos riscos inerentes ao trabalho;
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z aposentadoria; O Brasil adota, em regra, o critério do jus solis,
z reconhecimento das convenções e acordos coleti- entretanto, mitigado por critérios do jus sanguinis. O
vos de trabalho; art. 12, da Constituição Federal, elenca os direitos da
z proibição de diferença de salários, de exercício de nacionalidade dividindo os brasileiros em dois gran-
funções e de critério de admissão por motivo de des grupos: os brasileiros natos e os naturalizados.
sexo, idade, cor ou estado civil; Vejamos.
z proibição de qualquer discriminação no tocante a
salário e critérios de admissão do trabalhador por- Art. 12 São brasileiros:
tador de deficiência; I - natos:
z proibição de trabalho noturno, perigoso ou insa- a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
lubre a menores de dezoito anos e de qualquer ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
Os Direitos Coletivos dos Trabalhadores “são aque- c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
les exercidos por estes, coletivamente ou no interesse de de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
uma coletividade” (Lenza, 2019, p. 2.038) e compreendem: repartição brasileira competente ou venham a resi-
dir na República Federativa do Brasil e optem, em
z Liberdade de Associação Profissional Sindical: qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
prerrogativa dos trabalhadores para defesa de pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
seus interesses profissionais e econômicos; Emenda Constitucional nº 54, de 2007).
z Direito de Greve: direito de abstenção coletiva e II - naturalizados:
simultânea do trabalho, de modo organizado para a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionali-
defesa de interesses dos trabalhadores; dade brasileira, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, resi-
Importante!
dentes na República Federativa do Brasil há mais
Serviços considerados essenciais e inadiáveis à de quinze anos ininterruptos e sem condenação
sociedade não podem ser totalmente paralisados penal, desde que requeiram a nacionalidade brasi-
para o exercício do direito de greve. Ademais, o leira (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994).
STF (2017) entende que servidores que atuam
diretamente na área de segurança pública não
Lembre-se: filho de brasileiro (ainda que natura-
podem entrar em greve em nenhuma hipótese,
lizado) nascido no exterior e que venha a optar pela
pois desempenham atividade essencial à manu- nacionalidade brasileira será brasileiro nato, pois a
tenção da ordem e a conservação da segurança e legislação não diferencia brasileiros natos de naturali-
da paz social deve estar acima dos interesses de zados, e, assim, não os especifica, nos termos da alínea
determinadas categorias de servidores públicos. “c”, inciso I, art. 12, da CF.
NACIONALIDADE Naturalização
z Perda dos direitos políticos — definitiva; O art. 17 correlaciona a importância dos partidos
z Suspensão dos direitos políticos — temporária; políticos à soberania nacional, ou seja, ao poder do
z Cassação de direitos políticos — vedada. Estado, visto como uma unidade de decisão em um
território, de estabelecer o que é de sua competência
Art. 15 É vedada a cassação de direitos políticos, e o que não lhe cabe decidir.
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença
transitada em julgado; Importante!
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, A soberania pode ser concebida sob duas óti-
enquanto durarem seus efeitos; cas: a soberania interna representa o poder do
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta Estado em relação às pessoas e coisas em seu
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, interior (isto é, ao direito de impor suas regras
VIII; dentro do seu território). A soberania externa,
V - improbidade administrativa, nos termos do art. por sua vez, representa a igualdade jurídica con-
37, § 4º. ferida aos Estados (todos os países são juridica-
mente iguais e possuem direitos e obrigações).
Ademais, vejamos o que dispõe o art. 16, bastante z De forma direta: pelo próprio povo;
discutido quando da propositura do projeto de lei que z De forma indireta: pelos representantes do povo;
dispunha sobre o voto impresso. A discussão girava z De forma semidireta ou participativa: pela com-
em torno da aplicação ou não das disposições em caso binação dos dois critérios.
de aprovação.
Caso fosse aprovado antes de um ano das eleições, O regime democrático brasileiro possui traços da
seriam aplicadas às eleições de 2022; do contrário, democracia indireta e da direta. O voto (universal, direto
não poderiam ser utilizadas mesmo que aprovado. e secreto, com igual valor e realizado na localidade do 347
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
domicílio eleitoral), por exemplo, é uma característica do se encontra condicionada aos princípios do sistema
regime democrático indireto, pois o povo, a partir de seu democrático-representativo e do pluripartidarismo.
poder de sufrágio, escolhe chefes legislativos e executi- Como consequência, são consideradas constitucionais
vos em âmbito municipal, estadual e federal. as normas que fortalecem o controle quantitativo e
A democracia direta, por sua vez, encontra-se, qualitativo dos partidos, desde que não haja afronta
no território brasileiro, nos plebiscitos, referendos ao princípio da igualdade ou que não causem qual-
e iniciativas populares (I, II e III, art. 14, da CF, de quer ingerência em seu funcionamento interno.
1988), bem como em iniciativas compartilhadas Nos termos da lei:
(XXXVIII e LXXIII, art. 5º; XII e XIII, art. 29; § 3º, art. 37;
§ 2º, art. 74; art. 187; VII, parágrafo único, art. 194; II,
Art. 17 [...]
art. 204; VI, art. 206 e art. 224, da CF, de 1988).
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia
Importante! A diferença entre o plebiscito e o para definir sua estrutura interna e estabelecer
referendo encontra-se no fato de que, no plebiscito, regras sobre escolha, formação e duração de seus
a população é chamada para se manifestar antes de o órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
Estado elaborar a lei. Exemplo: no plebiscito de 1993, organização e funcionamento e para adotar os cri-
a população escolheu entre monarquia e república e térios de escolha e o regime de suas coligações nas
entre parlamentarismo e presidencialismo. eleições majoritárias, vedada a sua celebração
Por outro lado, no referendo, o Estado faz a legis- nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade
lação e depois a submete à população. Exemplo: Esta- de vinculação entre as candidaturas em âmbito
tuto do Desarmamento. nacional, estadual, distrital ou municipal, deven-
No fluxograma abaixo, encontram-se as princi- do seus estatutos estabelecer normas de disciplina
pais características do regime democrático. Vamos e fidelidade partidária.
observá-las?
Se o caput, do art. 17, assegura a liberdade para cria-
Direto ção dos partidos políticos, o parágrafo 1º traz a cláusula
Secreto de barreira, também chamada de cláusula de desempe-
Indireta nho, que se refere à necessidade de desempenho mínimo
Voto
do partido para que ele continue existindo.
DEMOCRACIA
Universal
Neste ponto, faz-se necessário realizarmos algu-
Periódico
mas observações. A princípio, o art. 13, da Lei nº
Plebiscito 9.096, de 1995, disciplinava a cláusula de barreira
nos seguintes termos:
Direta Referendo
Exemplo: ilhas, rios, mar territorial, entre outros, com exceção das terras de aldeamentos extintos, ainda que
ocupadas por indígenas em passado remoto, conforme dispõe a Súmula nº 650, do STF.
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
As terras devolutas são terras que não têm destinação pública e, também, não integram o patrimônio de um particular.
Exemplo: as terras devolutas situadas na Amazônia.
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sir-
vam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais;
Exemplo: o Rio Uruguai, que banha o Estado de Santa Catarina e o Estado do Rio Grande do Sul.
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as
costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço públi-
co e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
Exemplo: a ilha do Bananal, situada no Estado de Tocantins, considerada a maior ilha fluvial do Brasil, com
25.000 km2.
VI - o mar territorial;
352
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Exemplo: os navios estrangeiros no mar territo- z Autolegislação: tem competência de elaborar sua
rial brasileiro estão sujeitos aos regulamentos estabe- própria Constituição, ou seja, cada Estado tem
lecidos pelo Brasil. autonomia de criar a sua própria constituição esta-
dual, entretanto, esta deve sempre obedecer à lei
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; maior (CF, de 1988).
Exemplo: os imóveis situados à beira-mar (até 33 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Consti-
metros para a parte da terra). tuições e leis que adotarem. Ainda, o art. 25, da CF,
consagra aos Estados federados autonomia política e
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
administrativa, com capacidade de elaborar suas pró-
prias Constituições estaduais, obedecendo às diretri-
Para efeito de exploração, os potenciais hidráuli-
cos dos rios pertencem à União, por exemplo, a Usina zes da Constituição Federal, de 1988.
Hidrelétrica de Santo Antônio, localizada na cidade de
Porto Velho, Estado de Rondônia. AUTOGOVERNO
a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do
Estado originário;
b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com dez
anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição;
Caso o novo Estado seja proveniente de Território Federal, os cinco primeiros desembargadores poderão ser esco-
lhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do país. Em cada Comarca, o primeiro juiz de direito, promotor de
Justiça e defensor público serão nomeados, pelo governador eleito, após concurso público de provas e títulos.
É possível a incorporação, a subdivisão e o desmembramento de Estado, veja:
z Incorporação: quando dois ou mais Estados se unem com outro nome, perdendo sua personalidade por integra-
rem um novo Estado. Por exemplo, se houvesse a incorporação do Estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
passando a ser um só Estado;
z Subdivisão: quando um Estado se divide em novos vários Estados, todos estes com personalidades diferentes. Por
exemplo, o Estado do Rio Grande do Sul deixa de existir, ou seja, o Estado foi dividido em dois ou mais Estados, cada
um com personalidades distintas;
z Desmembramento: hipótese de separar uma ou mais partes de um Estado sem que este perca sua identidade. Por
exemplo, como ocorreu com o Estado de Goiás, formando o Estado de Tocantins.
Veja os requisitos e procedimentos para a incorporação, a subdivisão e o desmembramento do Estado (§ 3º, art. 18,
da CF):
Oitiva das assembleias legislativas dos Estados interessados Aprovação de lei complementar pelo Congresso Nacional
Atenção! Mesmo que a assembleia seja desfavorável, pode Congresso Nacional não é obrigado a aprovar, mas caso assim
continuar o processo de formação do novo Estado, não é decida, deverá ser conforme determina o art. 69, da CF, de 1988,
vinculativo pelo quórum de maioria absoluta
Observação: abordamos o tema sanção e veto presidencial em título específico no tópico em que estudamos o
processo legislativo, mais adiante neste material.
MUNICÍPIOS
No Brasil, não só os Estados-Membros, mas também os Municípios têm autonomia política, ou seja, o nosso
pacto federativo é formado pela União, Estados, Distrito Federal e municípios. Tal autonomia está prevista no
caput, do art. 18, da CF, de 1988, veja.
Como exemplo da autonomia municipal, podemos citar a capacidade de normatização, que consiste na capa-
cidade do Município de elaborar a sua própria lei orgânica e demais legislações municipais.
Conforme art. 30, do texto constitucional, os Municípios têm competência legislativa local, ou seja, podem
legislar sobre assuntos de interesse local, suplementando a legislação federal e estadual no que couber. Por exem-
plo, é de competência do Município a fixação do horário de funcionamento do comércio local (Súmula n° 645, do
STF).
Ainda, os Municípios também têm autonomia política, por exemplo, têm a capacidade de eleger Prefeito, Vice-
-Prefeito e Vereadores sem a intervenção do Estado ou da União. Além de autonomia administrativa, ou seja, têm
capacidade de atuar sobre assuntos de interesse local, por exemplo, cabe ao Município promover a proteção do
354 patrimônio histórico-cultural local.
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Formação de Novos Municípios Sendo que os territórios, a partir da CF, de 1988,
não são considerados entes federativos, servem para
Existe, ainda, a autorização constitucional para que a União administre áreas que não possuem um
criação, incorporação, fusão e desmembramento de governo estadual, ou seja, trata-se apenas de uma
Municípios. Veja os requisitos e procedimentos para mera autarquia em regime especial que é designada
a incorporação, a subdivisão e o desmembramento de para administrar parcela de território do país.
Município (§ 4º, art. 18, da CF): Atualmente não existem mais territórios federais
no Brasil, inclusive a própria Constituição Federal, de
1° 2° 1988, no Ato das Disposições Gerais Transitórias, art.
14, transformou os Territórios Federais de Roraima e
Lei Complementar Plebiscito + Estudo de do Amapá em Estados Federados.
viabilidade Como vimos, atualmente no Brasil não existem
Aprovação de lei
complementar, fixando Consulta prévia, mediante mais territórios federais. Entretanto, conforme o § 2º,
o período dentro do qual plebiscito, às populações art. 18, da CF, há uma autorização constitucional para
poderá ocorrer a criação, dos municípios envolvidos, sua criação, a qual deve ser regulada em lei comple-
incorporação, fusão e o após divulgação dos
mentar, veja:
desmembramento estudos de viabilidade
municipal, apresentados e
publicados na forma da lei Art. 18 A organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil compreende a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
3° § 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União,
Lei Estadual e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão regu-
Aprovação de lei ordinária
estadual formalizando a ladas em lei complementar.
criação, incorporação, fusão
ou desmembramento do
município
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DISTRITO FEDERAL
DISPOSIÇÕES GERAIS
A Constituição Federal, de 1988, conferiu ao Dis-
trito Federal natureza de ente federativo autônomo, A Administração Pública tem suas regras discipli-
com capacidade de auto-organização, autogoverno nadas nos arts. 37 a 41, da CF, de 1988.
e autoadministração, sendo proibida a possibilidade
de subdivisão em Municípios (caput, art. 32). Como Art. 37 A administração pública direta e indi-
exemplo de autonomia do Distrito Federal, podemos reta de qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
citar sua capacidade para criar a sua lei orgânica, bem dos, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
como a capacidade de eleger seu Governador e Vice- aos princípios de legalidade, impessoalidade,
-Governador, sem interferência da União nas eleições. moralidade, publicidade e eficiência e, também,
A sede do governo do Distrito Federal é Brasília, ao seguinte:
conforme consagra a Lei Orgânica do DF, no seu art.
6º. Conforme se observa do caput, do art. 37, a Admi-
Conforme § 1º, art. 32, da CF, ao Distrito Federal nistração Pública divide-se em Administração
são atribuídas as competências legislativas reservadas Pública Direta, que é composta pelos quatro entes
aos Estados e Municípios, cumulativamente. Entretan- federativos (União, Estados, Municípios e Distrito
Federal), e Administração Pública Indireta, compos-
to, conforme o § 4º, do dispositivo em comento, a lei
ta pelas autarquias, fundações públicas, sociedades de
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do
economia mista e empresas públicas.
DF, da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Mili-
Via de regra, a Administração Pública submete-se
tar e do Corpo de Bombeiros Militar, ou seja, estes são
a um regime jurídico de direito público, ou seja, a sua
mantidos diretamente pela União.
atuação independe da concordância dos administra-
dos, pois se funda na própria soberania estatal.
TERRITÓRIOS O regime jurídico de direito público faz com que a
Administração se sujeite a limites, que, por vezes, são
Os territórios federais são divisões administrativas mais estritos do que aqueles a que estão submetidos
da União, sem pertencer a qualquer Estado; podem os particulares. Como exemplo, pode-se citar o dever
surgir da divisão de um Estado-Membro ou desmem- de observância da finalidade pública.
bramento, existindo autonomia administrativa, mas Esse regime de prerrogativas e sujeições para a
não política, ou seja, os Estados podem subdividir-se Administração Pública encontra-se expresso em for-
ou desmembrar-se para formarem territórios fede- ma de princípios. De acordo com o dispositivo, são
rais, mediante aprovação da população diretamente princípios que regem a Administração Pública direta
interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso e indireta: legalidade, impessoalidade, moralidade,
Nacional, por intermédio de lei complementar. publicidade e eficiência.
Entretanto, no caso de criação de um território, o O Princípio da Legalidade estabelece a sujeição
texto constitucional não exige a realização de plebisci- da Administração Pública aos mandamentos da lei. A
to, porém nada impede que possa ocorrer. legalidade traduz o sentido de que a Administração 355
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Pública somente pode fazer o que a lei manda ou Art. 37 [...]
permite, bem como somente pode proibir o que a lei II - a investidura em cargo ou emprego públi-
expressamente proíbe. co depende de aprovação prévia em concurso
O Princípio da Impessoalidade traz a neutrali- público de provas ou de provas e títulos, de
dade necessária para o exercício da atividade admi- acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
nistrativa. Destinado tanto ao administrador como ao
as nomeações para cargo em comissão declarado
administrado, esse princípio impõe a objetividade e a
em lei de livre nomeação e exoneração;
isonomia da conduta administrativa.
O Princípio da Moralidade diz respeito à moral
O inciso II estabelece a necessidade de procedimento
administrativa. Segundo ele, os atos da administra-
administrativo destinado à seleção das pessoas que irão
ção pública devem ser balizados nas matrizes éticas ocupar empregos públicos ou cargos públicos de provi-
dominantes. A finalidade do princípio é fixar limites mento efetivo ou vitalício. Trata-se, portanto, de uma for-
à atuação da Administração, evitando, por exemplo, o ma de escolha para atender aos princípios da igualdade
excesso de poder ou desvio de finalidade. e da moralidade administrativa, evitando-se, com isso,
O Princípio da Publicidade exige a divulgação dos que o ingresso no serviço público se dê por critérios de
atos da Administração Pública com o objetivo de permitir favorecimento pessoal ou nepotismo.
o conhecimento e o controle por toda a sociedade, pois ao Os concursos públicos devem ser abertos a todos
administrador compete agir com transparência. os interessados. Portanto, não se admite que a seleção
Por fim, o Princípio da Eficiência impõe à Adminis- ocorra de forma interna (concursos internos).
tração a obrigação de realizar suas atribuições com rapi- Cabe consignar que os concursos públicos podem
dez, perfeição e rendimento, pois quem administra gere ser de provas ou de provas e títulos. Deste modo,
algo que pertence à sociedade. Assim, cabe ao administra- não se admite concurso apenas de títulos nem admis-
dor zelar pelos interesses públicos com plena satisfação são sem concurso público. Observa-se, no entanto,
do administrado e com o menor custo para a sociedade. que existem exceções à regra relativa aos concur-
sos públicos para os seguintes casos:
Dica
z cargos de mandato eletivo;
Para memorizar os princípios, utilize o mnemô- z cargo comissionado;
nico LIMPE: z contratação temporária por excepcional interesse
Legalidade público;
Impessoalidade z ex-combatente que tenha efetivamente participa-
Moralidade do de operações bélicas durante a Segunda Guerra
Publicidade Mundial (inciso I, art. 53, ADCT);
Eficiência z outras hipóteses: Ministros ou Conselheiros dos
Tribunais de Contas; Ministros do STF, do STJ, TSE,
Art. 37 [...] TST e STM; integrantes do quinto Constitucional
I - os cargos, empregos e funções públicas são dos Tribunais Judiciários.
acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos Art. 37 [...]
estrangeiros, na forma da lei; III - o prazo de validade do concurso público será
de até dois anos, prorrogável uma vez, por
No que se refere à forma de acesso por brasileiro igual período;
naturalizado, há de se esclarecer, inicialmente, que se
trata dos cargos não privativos de brasileiros natos, O inciso III traz o prazo de validade do concurso
uma vez que os cargos privativos de brasileiro nato público, que é de até dois anos. Assim sendo, cabe ao
constam expressamente no § 3º, art. 12, da CF, de 1988. edital definir qual o prazo do concurso, não podendo,
Observa-se que os cargos não privativos de brasilei- no entanto, ser superior a dois anos.
ros natos podem ser preenchidos por brasileiros (natos Além disso, é possível a prorrogação do prazo de vali-
ou naturalizados) de forma ampla. Vale frisar que pode dade por uma única vez e por igual período, ou seja, se
a lei estabelecer requisitos limitadores, tais como forma- o prazo de validade do edital é de um ano, ele somente
ção escolar, idade, entre outros. Em contrapartida, para poderá ser prorrogado por 1 (um) ano. Aqui, cabe uma
que o estrangeiro possa ter acesso a tais cargos, a lei deve observação importante: a prorrogação só é possível ser
feita enquanto não expirado o prazo inicial.
especificar as hipóteses de admissibilidade.
O candidato que for aprovado em concurso público
Há que se fazer, aqui, duas observações quanto à
dentro do número de vagas previstas no edital, estando
aplicabilidade da norma. Com relação aos brasileiros, a
tal concurso dentro do prazo de validade, possui o direito
norma constitucional é de eficácia contida, ou seja, todos
subjetivo de ser nomeado, assim como a prioridade na
os brasileiros têm acesso aos cargos, empregos e funções
nomeação. Em contrapartida, o candidato aprovado fora
públicas. A norma infraconstitucional pode conter tais
do número de vagas possui mera expectativa de direito à
efeitos, estabelecendo critérios diferenciados. Portanto,
nomeação, devendo submeter-se ao juízo de conveniên-
todos os brasileiros têm acesso a todos os cargos, empre-
cia e oportunidade da Administração.
gos e funções desde que a norma não restrinja.
Já para os estrangeiros, a norma constitucional é Art. 37 [...]
de eficácia limitada, ou seja, para que o estrangeiro IV - durante o prazo improrrogável previsto no edi-
tenha acesso, faz-se necessária norma infraconstitu- tal de convocação, aquele aprovado em concurso
cional regulando a hipótese. Deste modo, os estran- público de provas ou de provas e títulos será con-
geiros têm acesso somente aos cargos, empregos e vocado com prioridade sobre novos concursa-
356 funções públicos que a lei autorizar. dos para assumir cargo ou emprego, na carreira;
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O inciso IV regula a hipótese de novo concurso em julgado, processo administrativo disciplinar ou
para o mesmo cargo enquanto os candidatos aprova- processo de avaliação periódica de desempenho;
dos em certame anterior e com prazo de validade não z Cargo em comissão: é aquele preenchido de
expirado ainda não foram convocados. Assim, estabe- acordo com a confiança. Como regra, ele deve ser
lece a prioridade de convocação destes em face dos preenchido preferencialmente por servidores de
novos aprovados. carreira. Portanto, para os demais casos (pessoal
Atenção! Segundo entendimento do STF, para de fora da Administração), a nomeação deve ser
gozar da prioridade na nomeação, não basta ao can- exceção.
didato a mera aprovação, sendo necessário que ele
tenha sido classificado dentro do número de vagas Além disso, é importante frisar que a nomeação
disponibilizadas no concurso, ou seja, se o edital pre- aos cargos em comissão somente é possível para os
viu uma vaga e foram aprovados dois candidatos, cargos de chefia, direção ou assessoramento. Portan-
somente o primeiro tem prioridade de nomeação. to, para as atribuições de execução e, não, para as
atribuições técnicas e operacionais. Exemplo: cabe a
Art. 37 [...] nomeação para cargo em comissão de Secretário de
V - as funções de confiança, exercidas exclusiva- Transportes, por demandar conhecimento específico
mente por servidores ocupantes de cargo efeti- e confiança. Já para o motorista, isso não é cabível,
vo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos pois, diferentemente do Secretário, sua atribuição é
por servidores de carreira nos casos, condições meramente operacional e não demanda a relação de
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam- confiança.
-se apenas às atribuições de direção, chefia e Como regra, os cargos em comissão são de livre
assessoramento;
nomeação e exoneração (ad nutum). A exceção a essa
regra é o que se intitula nepotismo (favorecimento
O inciso V trata de duas situações distintas: a fun- de parentes em detrimento de pessoas mais qualifi-
ção de confiança e o cargo de confiança (em comissão). cadas). Importante salientar que essa prática também
Cargo público é a unidade estrutural e funcional em pode ocorrer de forma cruzada. Por exemplo: quando
que o servidor exerce suas atribuições e responsabili- autoridades, a fim de omitir o nepotismo, nomeiam
dades, ou seja, é o local dentro da estrutura organiza- para determinado cargo parentes um do outro de
cional que deve ser atribuído a um servidor. Já função maneira recíproca.
pública é a própria atribuição e responsabilidade. Vejamos, a seguir, o texto da Súmula Vinculante nº
Em regra, os cargos públicos somente podem ser 13, do STF, relativa ao tema:
criados, transformados ou extintos por lei. Assim,
cabe ao Poder Legislativo, com a sanção do chefe do Súmula Vinculante nº 13 A nomeação de cônju-
Poder Executivo, dispor sobre a criação, transforma- ge, companheiro, ou parente, em linha reta, cola-
ção e extinção de cargos, empregos e funções públicas. teral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da
A iniciativa da lei que cria, extingue ou transforma autoridade nomeante ou de servidor da mesma pes-
cargos, varia conforme o caso. Por exemplo, no caso soa jurídica, investido em cargo de direção, chefia
dos cargos do Poder Judiciário, dos Tribunais de Con- ou assessoramento, para o exercício de cargo em
tas e do Ministério Público, a lei será de iniciativa dos comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gra-
respectivos Tribunais ou Procuradores-Gerais. tificada na administração pública direta e indireta,
Excepciona a regra quando os cargos ou funções se em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
encontrarem vagos, uma vez que a Emenda Constitu- Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o
cional nº 32, de 2001, possibilitou a extinção por meio ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF.
de decreto do presidente da República. Com relação
aos governadores e prefeitos, a extinção do cargo A Súmula Vinculante nº 13 aplica-se apenas aos
vago é possível se houver semelhante previsão nas cargos de natureza administrativa, estando de
respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas fora do seu âmbito as nomeações para cargos políti-
(princípio da simetria). cos. Exemplo: o STF considerou válida a nomeação
Com relação ao teto do funcionalismo público, a O inciso XIV trata da vedação ao efeito repicão ou
CF, de 1988, estabeleceu duas regras. A primeira é a efeito cascata, ou seja, veda-se que a mesma vanta-
do teto geral, ou seja, o limite máximo de remune- gem seja repetidamente computada para o cálculo das
ração, que é o valor dos subsídios dos Ministros do demais vantagens. A finalidade do dispositivo é evitar
Supremo Tribunal Federal. Já a segunda regra trata que, na base de cálculo de uma vantagem remunera-
do denominado subteto, ou seja, o teto para os Esta- tória, seja acrescida outra vantagem. Por exemplo: se
dos, Municípios e Distrito Federal. o servidor faz jus e recebe um adicional por tempo
Vale destacar que o dispositivo previu duas hipóte- de serviço, não é possível inseri-lo na base de cálcu-
ses de subtetos: o teto único e o teto por Poder. O teto lo para a concessão de outra gratificação, como, por
único tem, como base, a fixação de um valor máximo exemplo, uma gratificação de produtividade.
estabelecido para fins remuneratórios. Já o teto por
Poderes faz com que cada ente político adote um sub- Art. 37 [...]
teto próprio para a fixação dos subsídios. XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de
O Executivo tem, como subteto, os subsídios do Gover- cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressal-
nador. O Legislativo tem, como subteto, os subsídios dos vado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos
deputados estaduais, que, por sua vez, não poderão exce- arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
der 75% dos subsídios dos deputados federais. Por fim,
o Judiciário adota, como subteto, o valor de 90,25% dos A irredutibilidade dos subsídios e dos venci-
subsídios do Supremo Tribunal Federal, ressaltando que mentos dos ocupantes de cargos, funções e empregos
esse subteto se aplica tão somente aos seus servidores e, públicos encontra-se estabelecida no inciso XV. Trata-
não, aos membros da Magistratura, pois a estes é aplica- -se da impossibilidade de redução do valor nominal,
do o teto do Supremo Tribunal Federal. ou seja, se a remuneração é de R$ 5.000,00, não pode-
rá reduzi-lo para valor inferior. No entanto, é possível
Em síntese:
Art. 37 [...]
XX - depende de autorização legislativa, em
z Regra: não acumulação de cargos públicos
cada caso, a criação de subsidiárias das enti-
remunerados;
dades mencionadas no inciso anterior, assim
z Exceção: acumulação de cargos públicos remune-
como a participação de qualquer delas em empresa
rados, quando há compatibilidade de horários e
privada;
nas seguintes hipóteses:
Veja que em relação às subsidiárias e à participa-
dois cargos de professor;
ção em empresa privada há a necessidade de autori-
um cargo de professor com outro técnico ou
científico; zação legislativa, independente da vinculação, ou seja,
dois cargos privativos de profissionais de saú- não importa se é vinculada à entidade que é criada
de, com profissões regulamentadas. por lei. Para exemplificar, imaginemos uma subsidiá-
ria XY da autarquia X. A autarquia foi criada por lei, e
Art. 37 [...] sua subsidiária foi criada por autorização legislativa.
XVII - a proibição de acumular estende-se a empre-
gos e funções e abrange autarquias, fundações, Art. 37 [...]
empresas públicas, sociedades de economia mis- XXI - ressalvados os casos especificados na legisla-
ta, suas subsidiárias, e sociedades controladas, ção, as obras, serviços, compras e alienações
direta ou indiretamente, pelo poder público; serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a
O inciso XVII estende a regra da não acumulação todos os concorrentes, com cláusulas que esta-
para a Administração Indireta. Portanto, a proibição beleçam obrigações de pagamento, mantidas as
aplica-se às autarquias, fundações e empresas públi- condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o
cas, sociedades de economia mista, bem como às suas qual somente permitirá as exigências de qualifica-
subsidiárias, além das sociedades controladas direta ção técnica e econômica indispensáveis à garantia
ou indiretamente pelo poder público. do cumprimento das obrigações.
Art. 37 [...]
§ 10 É vedada a percepção simultânea de pro-
Entende-se por pessoa jurídica de direito privado
ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
prestadora de serviços públicos as empresas públicas, ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de car-
sociedades de economia mista e as concessionárias e go, emprego ou função pública, ressalvados os
permissionárias, isto é, aquelas empresas seleciona- cargos acumuláveis na forma desta Constitui-
das por procedimento licitatório para desempenhar ção, os cargos eletivos e os cargos em comissão
serviço público. Por exemplo: serviço de transporte declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
público urbano.
O § 10 veda a percepção simultânea de proventos
Art. 37 [...] de aposentadoria com remuneração de cargo, empre-
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restri- go ou função pública, ressalvada a hipótese de cargos
ções ao ocupante de cargo ou emprego da adminis- acumuláveis, na forma da Constituição, cargos eleti-
tração direta e indireta que possibilite o acesso a vos e cargos em comissão. Esse dispositivo foi acres-
informações privilegiadas. centado pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998,
que também resguardou o direito daqueles servidores
O § 7º pressupõe a existência de regras éticas de aposentados que, até a data da promulgação da Emen-
conduta das autoridades da Administração Pública, da, retornaram à atividade antes da proibição.
de modo a tentar minimizar a possibilidade de con- A proibição aplica-se aos servidores públicos efe-
flito entre o interesse privado e o dever funcional. tivos e aos militares, tanto das Forças Armadas como
Ainda, objetiva-se a criação de mecanismos, a fim de das polícias militares e corpos de bombeiros militares.
regulamentar o acesso às informações. Vejamos a repercussão geral reconhecida com
mérito julgado pelo STF:
Art. 37 [...]
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e Há remansosa jurisprudência desta Corte nesse sen-
financeira dos órgãos e entidades da admi- tido, afirmando a impossibilidade da acumulação
nistração direta e indireta poderá ser amplia- tríplice de cargos públicos, ainda que os provimen-
da mediante contrato, a ser firmado entre seus tos nestes tenham ocorrido antes da vigência da EC
administradores e o poder público, que tenha por 20/1998. [...] o art. 11 da EC 20/1998 possibilita a acu-
objeto a fixação de metas de desempenho para o mulação, apenas, de um provento de aposentadoria
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: com a remuneração de um cargo na ativa, no qual se
I - o prazo de duração do contrato; tenha ingressado por concurso público antes da edi-
II - os controles e critérios de avaliação de desem- ção da referida emenda, ainda que inacumuláveis os
penho, direitos, obrigações e responsabilidade dos cargos. Em qualquer hipótese, é vedada a acumula-
dirigentes; ção tríplice de remunerações, sejam proventos, sejam
III - a remuneração do pessoal. vencimentos. (ARE 848.993 RG)
A faculdade conferida aos Estados para a regulação O § 16 foi acrescido pela Emenda Constitucional nº
do teto aplicável a seus servidores (art. 37, § 12, da 109, de 2021, e tem como objetivo aprimorar o meca-
CF) não permite que a regulamentação editada com nismo de participação da sociedade na Administração
fundamento nesse permissivo inove no tratamento Pública.
do teto dos servidores municipais, para quem o art.
37, XI, da CF, já estabelece um teto único. SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 37 [...] Art. 38 Ao servidor público da administração
§ 13 O servidor público titular de cargo efetivo direta, autárquica e fundacional, no exercício
poderá ser readaptado para exercício de cargo
de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatí-
disposições:
veis com a limitação que tenha sofrido em sua capa-
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
cidade física ou mental, enquanto permanecer nesta
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
condição, desde que possua a habilitação e o nível
ou função;
de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado
mantida a remuneração do cargo de origem.
do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
O § 13 trata da possibilidade de readaptação do ser- III - investido no mandato de Vereador, havendo
vidor público. A readaptação é o provimento derivado compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
que consiste na investidura do servidor em cargo de atri- gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo
buições e responsabilidades compatíveis com a limi- da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
tação que tenha sofrido em sua capacidade física ou compatibilidade, será aplicada a norma do inciso
mental verificada em inspeção médica. Deste modo, o anterior;
servidor será efetivado em cargo com atribuições seme- IV - em qualquer caso que exija o afastamento para
lhantes, respeitando-se a habilitação exigida, assim como o exercício de mandato eletivo, seu tempo de servi-
o nível de escolaridade e a equivalência de vencimentos. ço será contado para todos os efeitos legais, exceto
No caso de inexistir cargo vago, o servidor exercerá para promoção por merecimento;
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
suas atribuições como excedente, permanecendo nessa
situação até a ocorrência de vaga no cargo compatível. de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem.
Art. 37 [...]
§ 14 A aposentadoria concedida com a utiliza- O art. 38 estabelece regras relativas ao servidor
ção de tempo de contribuição decorrente de público da Administração direta, autárquica e funda-
cargo, emprego ou função pública, inclusive do cional que passar a desempenhar cargo eletivo, ou
Regime Geral de Previdência Social, acarretará o seja, for eleito para o Poder Executivo ou Legislativo.
rompimento do vínculo que gerou o referido Ao servidor público estadual, quando eleito para
tempo de contribuição. cargo eletivo federal, estadual e distrital, aplica-
-se a seguinte regra: afastamento do cargo público
O § 14 disciplina o rompimento do vínculo quan- estadual para se dedicar exclusivamente ao man-
do o agente público solicita aposentadoria e utiliza-se dato, recebendo obrigatoriamente a remuneração
do tempo de contribuição decorrente daquele cargo, do cargo para o qual foi eleito. Em contrapartida,
emprego ou função pública. Assim, o servidor será quando o servidor público estadual é eleito para car-
desligado da Administração Pública. go eletivo municipal, podem ocorrer duas situações
Neste sentido, o agente público que pretende se distintas. Se o cargo é de prefeito, ele será afastado
aposentar não poderá mais continuar a trabalhar no para dedicação exclusiva do cargo e pode escolher
local em que utilizou o tempo para comprovação de entre a remuneração do cargo público ou do cargo
contribuição. eletivo. 363
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Já se o cargo é de vereador, é necessário saber z Empregados públicos: possuem emprego público
se há ou não compatibilidade de horário. Se houver e vinculam-se às regras da Consolidação das Leis
compatibilidade de horários, ele não precisa se do Trabalho (CLT);
afastar, podendo exercer as duas atividades ao mes- z Servidores temporários: categoria à parte, por-
mo tempo, recebendo pelos dois. Se não houver com- que não titularizam cargo público nem possuem
patibilidade, aplica-se a mesma regra do prefeito, qualquer vínculo trabalhista regido pela CLT, como
ou seja, será afastado para dedicação exclusiva do os empregados públicos. São contratados por tem-
cargo, podendo escolher entre a remuneração do po determinado para atender à necessidade tem-
cargo público ou do cargo eletivo. porária de excepcional interesse público por meio
de um processo de seleção simplificado. Exercem
funções públicas sem ocupar cargos ou empregos
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL
públicos e são regidos por regime especial, veicu-
Eleito para cargo federal,
Eleito para cargo municipal
lado por meio de lei específica.
estadual ou distrital
Importante! O art. 54, por sua vez, aborda sobre o que os Depu-
tados e Senadores não poderão realizar desde a expe-
A diplomação ocorre antes da posse, pois é um dição do diploma, bem como desde a posse, sendo, a
ato que comprova que o candidato foi eleito e certo modo, restringidos.
está apto para tomar a posse da carreira. É neste
ato que ocorre a entrega do documento (diplo- Art. 55 Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
ma) pela justiça eleitoral. I - que infringir qualquer das proibições estabeleci-
Os arts. 85 e 86, da Constituição Federal, tratam sobre os atos do presidente da República que consistem em
crimes de responsabilidade.
Art. 85 São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Fede-
ral e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais
das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
Art. 86 Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará
sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.
Condenação (por
Pena
maioria)
Julgamento
CRIME COMUM
(STF)
Absolvição
Pena de perda do
cargo, com
Julgamento Condenação (por inabilitação, por até
no Senado pelo 2/3)
CRIME DE cinco anos, para o
presidente do STF
RESPONSABILIDADE exercício de qualquer
(parágrafo único,
Absolvição função pública
art. 52, CF)
Os ministros de Estado são membros auxiliares do Executivo livremente nomeados pelo presidente, desde que
maiores de 21 anos e em pleno exercício de seus direitos políticos.
Compete aos ministros a direção do Ministério ou da seção administrativa que lhe houver sido confiada. Podem tam-
bém referendar atos presidenciais, expedir instruções para a boa execução de leis, decretos e regulamentos e, inclusive,
receber delegação do presidente da República para a realização de atos próprios da chefia do Poder Executivo.
Art. 87 Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos
direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua
competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República. 373
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Os ministros de Estado são auxiliares do presi- Órgãos do Poder Judiciário
dente da República, escolhidos e nomeados por este,
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
podendo ser exonerados a qualquer momento.
Os requisitos para assumir as funções de ministro são STF CNJ
estabelecidas no caput, do art. 87, sendo eles a naciona-
lidade brasileira (nato ou naturalizado), ser maior de 21
anos e estar no exercício dos direitos políticos. JUSTIÇA COMUM
Suas atribuições estão previstas no parágrafo úni-
co, do art. 87, da CF, de 1988. STF JUSTIÇA ESPECIALIZADA
Art. 88 A lei disporá sobre a criação e extinção de ESTADUAL FEDERAL TST TSE STM
Ministérios e órgãos da administração pública.
TJ TRF TRT TRE JUÍZES
O Ministério é órgão administrativo, integrante da
MILITARES
administração pública direta. Sua criação e extinção
dependerão de lei.
Juízes Juízes Juízes do Juiz
Estaduais Federais Trabalho Eleitoral
Art. 118 São órgãos da Justiça Eleitoral: O presidente e o vice-presidente do TSE serão elei-
I - o Tribunal Superior Eleitoral; tos entre os ministros que vêm do STF. Por sua vez, o
II - os Tribunais Regionais Eleitorais; corregedor eleitoral será um dos ministros que vêm
III - os Juízes Eleitorais; do STJ. No TSE não se fala em idade mínima ou máxi-
IV - as Juntas Eleitorais. ma de seus ministros.
Art. 119 O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, A organização e a competência dos tribunais, juí-
no mínimo, de sete membros, escolhidos: zes e juntas eleitorais devem se dar por meio de lei
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
complementar (LC).
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tri-
Em regra, as decisões do TSE são irrecorríveis,
bunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tri- salvo as que contrariarem a Constituição Federal e
bunal de Justiça; as denegatórias de mandado de segurança ou habeas
II - por nomeação do Presidente da República, dois corpus. O prazo para interposição de recurso extraor-
juízes dentre seis advogados de notável saber jurí- dinário contra decisão do TSE é de três dias (Súmula
dico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo nº 728, STF).
Tribunal Federal. Nos TREs, mesmo diante de alegada violação à
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral ele- Constituição, não caberá recurso extraordinário dire-
gerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os tamente para o STF, mas, primeiramente, ao TSE —
Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Cor- uma exceção no Judiciário, dada a especialidade da
regedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior matéria eleitoral.
Tribunal de Justiça.
Art. 120 Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na
Dos Tribunais e Juízes Militares
Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
Art. 122 São órgãos da Justiça Militar:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
I - o Superior Tribunal Militar;
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tri-
bunal de Justiça; II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos lei.
pelo Tribunal de Justiça; Art. 123 O Superior Tribunal Militar compor-se-á
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presi-
a) solução pacífica dos conflitos. a) apenas Anthony e Maria Clara, desde que ela seja regis-
b) independência nacional. trada em repartição brasileira competente ou venha a
c) a dignidade da pessoa humana. residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de
d) promover o bem de todos, sem preconceitos de ori- atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
gem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas b) apenas Maria Clara, desde que seja registrada em
de discriminação. repartição brasileira competente ou venha a residir no
e) repúdio ao terrorismo e ao racismo. Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
2. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Relativamente aos direi- c) apenas Juan.
tos e deveres individuais e coletivos, assinale a opção d) apenas Anthony.
correta. e) Juan; Anthony; e Maria Clara, desde que ela seja regis-
trada em repartição brasileira competente ou venha a
a) Pessoas jurídicas de direito público são obrigadas a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de
respeitar os direitos fundamentais, de modo que não atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
podem ser titulares deles.
b) Prevalece o entendimento de que as pessoas jurídicas 5. (FCC — 2022) A Constituição Federal prevê que são
podem ser titulares de direitos fundamentais, mesmo privativos de brasileiros natos os cargos
na falta de atribuição expressa na CF, desde que esses
direitos sejam compatíveis com a condição dos referi- a) de Governador.
dos entes. b) da mesa diretora da Câmara dos Deputados.
c) Direitos fundamentais somente podem sofrer as limita- c) de Ministro de Estado.
ções expressamente previstas no texto constitucional. d) de carreira diplomática.
d) Como desdobramento do direito fundamental à priva- e) de Ministro dos Tribunais Superiores.
cidade, o sigilo de dados fiscais e bancários somente
pode ser afastado por ordem judicial. 6. (FGV — 2023) Ana, nascida no território brasileiro, filha de
e) Locais não destinados à residência de pessoas não pais franceses que se encontravam no Brasil por traba-
são abrangidos pela proteção constitucional da invio- lharem em uma sociedade empresária privada francesa,
labilidade de domicílio. foi levada para a Europa logo após o nascimento.
Ana, após atingir a maioridade, decidiu livremente,
3. (FCC — 2023) Ana é trabalhadora rural. Em conformi- considerando os laços afetivos que criara, se tornar
dade com a Constituição Federal, além de outros que nacional de determinado país da América Central. Ao
visem à melhoria de sua condição social, são direitos ser acusada da prática de crime neste último país,
de Ana decidiu fugir para o Brasil. 383
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À luz dessa narrativa, é correto afirmar que, caso seja b) inelegível, mas a inelegibilidade seria afastada apenas
solicitada a extradição de Ana, ela se ocorresse a ruptura do vínculo conjugal com Maria
no curso do mandato, qualquer que fosse a causa;
a) deve ser negada, considerando que Ana é brasileira nata. c) elegível, já que Maria exercia as funções afetas ao
b) pode ser admitida, já que Ana jamais teve a nacionali- mandato eletivo no plano estadual, enquanto João
dade brasileira. pretendia concorrer a cargo eletivo no plano federal;
c) somente pode ser admitida caso Ana não tenha opta- d) elegível, já que Maria tinha um mandato eletivo no
do pela nacionalidade brasileira após residir no territó- âmbito do Poder Executivo, enquanto João pretendia
rio nacional. concorrer a cargo do Poder Legislativo;
d) pode ser admitida, porque tanto o brasileiro nato e) inelegível, mas a inelegibilidade seria afastada apenas
como o naturalizado pode ser extraditado, desde que se Maria renunciasse até seis meses antes do término
o crime que lhe foi atribuído seja o de tráfico ilícito de do seu mandato.
entorpecentes.
e) pode ser admitida, considerando que Ana perdeu a 10. (FCC — 2022) A Constituição Federal veda a cassação
nacionalidade brasileira, o que deve ser declarado pela de direitos políticos, porém admite sua perda ou sus-
autoridade competente. pensão em determinados casos, dentre os quais,
7. (VUNESP — 2022) Rômulo se tornou brasileiro natura- a) improbidade administrativa e cancelamento da natu-
lizado no ano de 2012 e cometeu crime de estupro no ralização, por decisão administrativa definitiva.
ano de 2013 quando residia na Itália. E Remo é cidadão b) condenação criminal transitada em julgado, enquanto
chileno, residente no Brasil, mas que havia sido conde- durarem seus efeitos, e cancelamento da naturaliza-
nado no ano de 2015 em seu país por crime político. No ção, por sentença judicial transitada em julgado.
ano de 2021, a Itália e o Chile apresentaram ao Estado c) incapacidade civil absoluta e recusa de cumprir obri-
brasileiro, pelas vias adequadas, os respectivos pedi- gação legal a todos imposta, por motivo de convicção
dos de extradição de Rômulo e Remo. Considerando o científica ou política.
disposto na Constituição Federal sobre a extradição, é d) cancelamento da naturalização, por sentença judicial
correto afirmar, nessa situação hipotética, que transitada em julgado, e incapacidade civil relativa,
enquanto durarem os seus efeitos.
a) ambos poderão ser extraditados. e) cancelamento da naturalização, por decisão adminis-
b) nenhum deles poderá ser extraditado. trativa definitiva, e recusa de cumprir obrigação legal
c) Rômulo não poderá ser extraditado, mas Remo, sim. a todos imposta, por motivo de convicção religiosa ou
d) Rômulo poderá ser extraditado, mas Remo, não. filosófica.
e) Rômulo não poderá ser extraditado, mas Remo, sim,
se a decisão condenatória for homologada no Brasil. 11. (FGV — 2022) O Partido Político Alfa, pela primeira vez
em sua história, teve filiados eleitos para cargos eleti-
8. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Acerca de democracia, vos do Congresso Nacional.
representação e participação social no Brasil, assinale
a opção correta. Para que esse partido faça jus aos recursos do fundo
partidário, preenchidos os demais requisitos exigidos,
a) No Brasil, o exercício da democracia efetiva-se unica- é necessário que, nas eleições para:
mente por meio do voto nas eleições.
b) Plebiscito é a convocação do povo para ratificar ou a) o Senado Federal, tenha elegido pelo menos três
rejeitar ato legislativo ou administrativo previamente senadores;
aprovado pelo Poder Legislativo. b) a Câmara dos Deputados, tenha elegido pelo menos
c) No caso de alteração territorial relativa à divisão de quinze deputados federais;
estado para originar novos estados, o respectivo pro- c) o Congresso Nacional, considerado em sua inteireza,
jeto de lei proposto no Congresso Nacional deverá ser, tenha elegido pelo menos quinze parlamentares;
depois de aprovado, submetido a referendo da popula- d) a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal,
ção interessada. tenha elegido pelos menos três parlamentares em
d) A iniciativa popular é uma forma de democracia cada Casa;
indireta. e) a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal,
e) No Brasil, é possível a participação da população em tenha elegido pelos menos cinco parlamentares em
decisões relativas a formulação, deliberação, moni- cada Casa.
toramento, avaliação e financiamento de políticas
públicas. 12. (FGV — 2023) O Estado Alfa, a partir de uma união de
esforços dos setores público e privado, logrou êxito
9. (FGV — 2022) João pretendia iniciar sua carreira políti- em instalar um grande polo industrial em seu território.
ca como deputado federal pelo Estado Alfa, mas tinha A medida era particularmente necessária em razão do
dúvida sobre a possível incidência de alguma causa elevado nível de desemprego, sensivelmente superior
de inelegibilidade por ser marido de Maria, atual gover- àquele verificado nos demais Estados da federação.
nadora desse Estado. Ocorre que, mesmo após o início da plena operação
das indústrias que ali se instalaram, o nível de desem-
Após consultar um advogado, foi informado a João prego não foi reduzido, já que os postos de trabalho
que ele estava: estavam sendo preenchidos com pessoas oriundas de
outras regiões do país, que migraram para esse local.
a) inelegível, mas a inelegibilidade seria afastada se Maria Para obstar a sedimentação desse quadro, o Estado
falecesse ou renunciasse até seis meses antes da elei- Alfa aprovou a Lei nº X, segundo a qual as indústrias
384 ção, mas não se ocorresse o divórcio entre João e Maria; situadas no referido polo somente poderiam contratar
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trabalhadores brasileiros que fossem naturais de c) independentemente de qualquer especificidade, sem-
outros Estados caso nenhum trabalhador natural de pre pertencem ao Município.
Alfa se apresentasse por ocasião da divulgação da d) pertencem ao Estado, excluídas apenas aquelas que,
vaga existente. por imperativo constitucional e legal, pertencem à
União.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, e) pertencem ao Município, excluídas apenas aquelas
sob a perspectiva do conteúdo veiculado, que a Lei nº que, por imperativo constitucional e legal, pertencem
X é: à União ou ao Estado.
a) constitucional, pois é dever do Estado Alfa conferir 15. (CEBRASPE-CESPE — 2023) No que se refere aos
posições preferentes àqueles que sejam naturais do municípios, assinale a opção correta.
seu território;
b) inconstitucional, pois é vedado ao Estado Alfa conferir a) É permitido aos municípios aprovar lei que atribua
posição preferente aos brasileiros nascidos em seu uma de suas secretarias a representante de denomi-
território; nação religiosa com predominância local.
c) constitucional, pois o Estado Alfa tem a faculdade de b) Embora a CF preveja a competência do tribunal de
conferir posições preferentes àqueles que sejam natu- justiça estadual para julgar crimes de prefeitos muni-
rais do seu território; cipais, o julgamento de crime de competência federal
d) inconstitucional, salvo se a medida for proporcional, praticado por agente com foro por prerrogativa de fun-
considerando o nível de desemprego verificado nas ção cabe ao tribunal regional federal correspondente.
demais regiões do país; c) Os municípios não podem promover ação direta de
e) inconstitucional, salvo se a União tiver editado lei com- inconstitucionalidade perante o STF, mas têm legitimi-
plementar autorizando que os demais entes federati- dade para provocá-lo diretamente, por meio de argui-
vos adotem esse critério de preferência. ção de descumprimento de preceito fundamental.
d) Apesar do princípio da simetria, o processo legislativo
13. (FGV — 2022) A Constituição da República de 1988, municipal não admite a iniciativa popular para projetos
em matéria de competência material e legislativa rela- de lei.
cionada, de alguma forma, ao Direito Ambiental, dis- e) A prerrogativa de membros de guarda municipal porta-
põe que rem arma não letal em serviço é exclusiva das guardas
dos municípios com mais de cinquenta mil habitantes.
a) compete privativamente à União legislar sobre jazidas,
minas, outros recursos minerais e metalurgia. 16. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Relativamente aos ter-
b) é competência material privativa da União fomentar a ritórios federais, assinale a opção correta, de acordo
produção agropecuária e organizar o abastecimento com a Constituição Federal de 1988 (CF).
alimentar.
c) compete privativamente à União legislar sobre flo- a) É necessária emenda à CF para a criação de territórios
restas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, federais.
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do b) As contas do governo do território devem ser submeti-
meio ambiente e controle da poluição. das ao Congresso Nacional.
d) compete à União e aos Municípios legislar concor- c) Cada território federal constitui um ente federativo.
rentemente sobre responsabilidade por dano ao meio d) É permitida a criação de territórios federais a partir do
ambiente, a bens e direitos de valor artístico, estéti- desmembramento de município.
co, histórico, turístico e paisagístico e sobre recursos e) Os territórios federais gozam de autonomia política.
minerais.
e) é competência material privativa da União proteger os 17. (VUNESP — 2023) O tratamento imparcial dado aos
documentos, as obras e outros bens de valor históri- cidadãos pelos agentes políticos e públicos observa
co, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens os seguintes princípios constitucionais da Administra-
naturais notáveis e os sítios arqueológicos. ção Pública:
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
14. (FGV — 2023) O Deputado Estadual João constatou a) impessoalidade e transparência.
que determinada faixa de terras situada na área terri- b) moralidade e publicidade.
torial do Município Beta e, por via reflexa, no território c) impessoalidade e eficiência.
do Estado Alfa, no qual Beta estava inserido, jamais d) legalidade e eficiência.
integrou o patrimônio de um particular e, além disso, e) legalidade e impessoalidade.
jamais teve qualquer destinação atribuída pelo Poder
Público. 18. (FCC — 2022) Assinale com V (verdadeiro) ou com F
(falso) as seguintes afirmações sobre o regime jurídi-
Com o intuito de saber se essas terras efetivamente co constitucional dos servidores públicos:
pertenciam ao Estado Alfa, de modo que pudessem
ser objeto de alguma política pública, João consultou ( ) A incorporação de vantagens de caráter temporário ou
sua assessoria, que respondeu corretamente no senti- vinculadas ao exercício de função de confiança ou de
do de que terras dessa natureza, cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo
é permitida pela Constituição Federal desde 2019 e
a) independentemente de qualquer especificidade, sem- deve ser disciplinada por lei complementar.
pre pertencem à União. ( ) São estáveis após três anos de efetivo exercício os
b) independentemente de qualquer especificidade, sem- servidores nomeados para cargo de provimento efeti-
pre pertencem ao Estado. vo em virtude de concurso público. 385
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
( ) A aquisição da estabilidade do servidor público inde- c) sujeito a controle pelo Poder Legislativo, que poderá
pende de avaliação especial de desempenho por sustar os atos normativos do Poder Executivo que
comissão instituída para essa finalidade. A sequência sejam considerados exorbitantes.
correta de preenchimento dos parênteses, de cima d) concedido exclusivamente ao Senado Federal, que o
para baixo, é: exerce por meio de suas comissões.
e) a faculdade conferida ao Supremo Tribunal Federal para
a) F – F – V. complementar as leis por meio de Súmulas Vinculantes.
b) V – F – V.
c) F – V – V. 23. (FCC — 2022) Para responder à questão abaixo, conside-
d) V – V – F. re a Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do
e) F – V – F. Supremo Tribunal Federal (STF).
19. (FCC — 2019) Considerando os dispositivos constitu- Considere os seguintes processos administrativos,
cionais a respeito do Poder Legislativo, relativos a apurações disciplinares no âmbito do Poder
Judiciário:
a) o Senado Federal compõe-se de representantes dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Territórios, eleitos segundo I. Em trâmite perante o órgão correicional competente,
o princípio majoritário. visando à apuração de infração disciplinar de servidor de
b) cada unidade da Federação com representação no Sena- Judiciário estadual sujeita à penalidade de demissão.
do Federal elegerá 3 Senadores, com mandato de 8 anos. II. Instaurado para apuração de conduta de magistrado
c) a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes sujeita à penalidade de aposentadoria compulsória, julga-
do povo, eleitos, pelo sistema majoritário, em cada Esta- do e arquivado pelo Tribunal Regional Federal de origem,
do, em cada Território e no Distrito Federal. sem que tenha havido a imposição de penalidade.
d) o número de representantes de cada unidade da Fede-
ração na Câmara dos Deputados será estabelecido de O Conselho Nacional de Justiça possui competência
forma paritária, por meio de lei complementar, no ano para
anterior às eleições, a fim de garantir o equilíbrio da
Federação.
a) avocar os processos I e II, desde que instaurado o pri-
e) cada Senador será eleito com 3 suplentes.
meiro e encerrado o segundo há menos de um ano, bem
como para imposição das penalidades respectivas.
20. (CEBRASPE-CESPE — 2023) Conforme o texto consti-
b) avocar o processo I, desde que instaurado há menos de
tucional, a sustação de atos normativos editados pelo
um ano, e rever, a qualquer tempo, de ofício ou mediante
Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
provocação, o processo II, bem como para imposição das
é competência
penalidades respectivas.
c) avocar, antes de seu término, o processo I, bem como
a) exclusiva do Poder Judiciário.
para imposição da penalidade respectiva, não possuindo,
b) exclusiva do Senado Federal.
no entanto, competência, revisional ou originária, relativa-
c) privativa do Congresso Nacional, podendo haver
mente ao processo II e à penalidade respectiva.
delegação.
d) rever, de ofício ou mediante provocação, o processo II,
d) exclusiva do Congresso Nacional.
desde que julgado há menos de um ano, bem como para
e) privativa da Câmara dos Deputados, podendo haver
a penalidade respectiva, não possuindo, no entanto, com-
delegação.
petência, revisional ou originária, relativamente ao pro-
cesso I e à penalidade respectiva.
21. (VUNESP — 2023) Compete privativamente ao Senado
Federal e) avocar, antes de seu término, o processo I, e rever, de
ofício ou mediante provocação, o processo II, desde que
julgado há menos de um ano, bem como para imposição
a) resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou com- das penalidades respectivas.
promissos gravosos ao patrimônio nacional.
b) aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, 24. (CEBRASPE-CESPE — 2019) De acordo com a Constitui-
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer ção Federal de 1988, exercem função essencial à justiça
uma dessas medidas.
c) sustar os atos normativos do Poder Executivo que a) os órgãos integrantes do sistema de controle interno.
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de b) os tribunais de contas estaduais.
delegação legislativa. c) as procuradorias dos estados.
d) dispor sobre limites e condições para a concessão de d) os juízes de paz.
garantia da União em operações de crédito externo e e) os órgãos da administração fazendária.
interno.
e) escolher dois terços dos membros do Tribunal de Con- 25. (FCC — 2022) A Defensoria Pública é tratada na Constitui-
tas da União. ção Federal de 1988 como
22. (FCC — 2021) Nos termos da Constituição Federal de a) órgão autônomo, integrante do Poder Judiciário e incum-
1988, o poder regulamentar é bido da prestação jurisdicional aos necessitados.
b) função essencial à Justiça, integrante da Advoca-
a) conferido ao Chefe do Poder Executivo para sancionar cia Pública e incumbida da prestação de assistência
ou vetar as leis. social aos necessitados.
b) a competência que os Estados e Municípios têm para c) órgão autônomo, equivalente à Secretaria de Estado e
386 suplementar a legislação nacional. incumbido da prestação jurisdicional aos necessitados.
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d) função essencial à Justiça, desvinculada da Advocacia e
incumbida da prestação de assistência jurídica integral e
gratuita aos necessitados.
e) órgão autônomo, vinculado ao Poder Judiciário e incum-
bido da defesa da ordem jurídica, do regime democrático
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
9 GABARITO
1 D
2 B
3 A
4 E
5 D
6 E
7 B
8 E
9 A
10 B
11 B
12 B
13 A
14 D
15 B
16 B
17 E
18 E
19 B
20 D
21 D
22 C
23 E
24 C
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
25 D
ANOTAÇÕES
387
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ANOTAÇÕES
388
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ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
ÉTICA E MORAL
O ponto inicial desta matéria precisa de uma distinção que comumente passa desapercebida: a diferença entre
ética e moral. Você precisa de certezas firmes e objetivas para realizar a sua prova.
Ética é uma área da filosofia. É um estudo amplo, universal e atemporal. Seu objeto de estudo são princípios
fundamentais das ações e do comportamento humano, englobando um conjunto de teorias e conceitos que visam
definir as condições ideais para as ações humanas e as escolhas que devem ser feitas para alcançar referidas con-
dições. A moral, por sua vez, é uma construção social. Sendo assim, está condicionada à sociedade que a cerca,
que a contém. A moral, que pode ser transmitida por meio de religião, família e outras instituições sociais, tem um
aspecto muito mais objetivo e é baseada em valores, crenças e costumes, que são compartilhados por um grupo
de pessoas.
A ética, como parte da filosofia, alcança locais mais distantes e discute temas mais relevantes. Além disso, a
ética é uma matéria de uma ciência por excelência. A dialética da filosofia busca a verdade final das coisas. A dis-
cussão e a oposição de ideias estabilizam os conceitos para que não mudem mais. A ética é estável, pois alcançou
verdades que superam o tempo. A ética é estável, ou seja, é atemporal.
Já a moral possui grande valor social e é uma ferramenta importante, todavia tem uma aplicação temporal e
muda no desenrolar dos eventos históricos. Portanto, ela é mutável, restrita a determinadas localizações geográ-
ficas e sociais. Ou seja, diferentes contextos históricos, sociais, culturais e econômicos podem variar o entendi-
mento moral de um determinado grupo. Por exemplo, para praticantes de religiões como judaísmo e islamismo
é imoral comer carne de porco, contudo, para grande parte da população é algo totalmente comum e aceitável. A
moral respeita a continência, ou seja, está contida pela sociedade que a cerca.
Atenção! Alguns autores frequentemente trazem ética e moral como sinônimos, mas cuidado, as bancas dos
concursos frequentemente estabelecem distinções entre esses termos.
Veja uma distinção um pouco mais clara:
A ética tem um caráter científico, por isto suas mudanças e aplicações ocorrem de outra forma. Sua estabilidade é
muito maior e suas aplicações alcançam uma universalidade. Em algum momento, espera-se que mudanças em concei-
tos éticos ocorram, mas, para execução de provas de concurso, o conceito de universalidade e estabilidade é adequado.
Agora que já conseguimos separar algumas caraterísticas de moral e ética, vamos aprofundar um pouco nos
seus conceitos. Para fazer isso, vamos usar a etimologia.
É conveniente analisar no estudo da ética a sua etimologia. Assim, ética é uma palavra que vem do termo grego “ethos”,
ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
que quer dizer “modo de ser”, “costume” ou “hábito”. O termo “ethos” era usado pelos antigos gregos para descrever as
características distintivas de um grupo ou comunidade, incluindo seus costumes, tradições e valores. A origem da palavra
nos remete instantaneamente para o cerne de seu conceito que, apesar da dificuldade de estabelecer um significado único,
nos envia a um conjunto de princípios morais ou valores que dão condição à convivência humana em sociedade.
Em seguida, temos a origem do termo “moral”, que advém do latim, da palavra “moralis”. Os antigos romanos utiliza-
vam esse termo para descrever os costumes e comportamentos que eram considerados aceitáveis ou corretos na sociedade.
Nota-se que, apesar de etimologicamente as palavras terem significados parecidos, o termo “moralis” desde
sua origem se restringe ao que é aceitável ou correto em uma determinada sociedade, já incorporando essa
restrição a um espaço seja geográfico, social ou temporal.
É importante ressaltar que a moral varia no tempo, a depender da conjuntura social. Até o século XIX, por
exemplo, considerava-se normal que crianças trabalhassem em fábricas. Hoje, além de termos uma legislação
especial (Estatuto da Criança e do Adolescente) que protege essas crianças, a sociedade entendeu a necessidade
de tratamento diferenciado a esse grupo vulnerável.
Feitas essas distinções e estabelecidos alguns conceitos simples, preparamos uma tabela bastante objetiva que
vai ajudar nas revisões sobre este assunto cobrado em provas. 389
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ÉTICA MORAL
Não encontra limitações no tempo ou no espaço. É um Seu alcance está contido ao local em
estudo filosófico e científico. Partindo da dialética, a que se aplica e ao período cultural em
Alcance
ética pretende comparar verdades até que se alcance que é observada. A moral, portanto,
um conceito final e estável continuamente mudará
As provas de concurso costumam cobrar esta matéria com questões que trazem expressões como: “bom com-
portamento”, “boa conduta” ou “o bem”, e que acabam confundindo o candidato na hora de definir se estão tra-
tando de ética ou moral, pois, apesar das distinções que já estudamos, o limiar de diferenças é tênue.
Assim, certifique-se de qual concepção está sendo cobrada com base nos fundamentos apresentados nas ques-
tões, lembrando que a moral se funda nos costumes e tradições, enquanto a ética se baseia na razão e na reflexão.
Lembre-se: a moral muda, já a ética, enquanto ciência, permanece.
ÉTICA MORAL
OS PRINCÍPIOS
Princípios são preceitos, normas ou valores fundamentais que orientam o comportamento humano em deter-
minado contexto. Eles são considerados universais e atemporais, sendo aplicáveis em diversas situações e cultu-
ras. Em síntese, os princípios podem ser entendidos como regras básicas que regem o comportamento humano
em determinado contexto, estabelecendo limites e orientando as ações dos indivíduos.
Apesar de os princípios serem conceitos abstratos, eles têm por característica orientar a interpretação da
regra. Vejamos um exemplo que a Constituição apresenta:
Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
390
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A Constituição, no caput, do art. 37, elenca princípios, mas não apresenta uma medida para cumprimento de
cada princípio. Lembre-se: princípios são vetores de interpretação, ou seja, determinam sentido e direção. A nor-
ma, neste momento, não define quais os limites da legalidade, impessoalidade, publicidade ou eficiência. Por isso,
os princípios são abstratos. Esse papel de definir “os limites de aplicação” dos princípios e de apresentá-los como
valores será exercido em um nível seguinte, por meio das regras ou normas a serem estabelecidas.
Confira a definição de princípios nas palavras de Francisco Amaral (2017):
[...] são pensamentos diretores de uma regulamentação jurídica, critérios para a ação e para a constituição de nor-
mas e de institutos jurídicos [...] Como diretrizes gerais e básicas, servem também para fundamentar e dar unidade
a um sistema ou a uma instituição.
Importante!
Regras são prescrições de conduta claras e objetivas. Já os princípios são juízos abstratos de valor que orien-
tam a interpretação e a aplicação das regras. A distinção entre princípios e regras traduz uma diferenciação
entre dois tipos de norma.
OS VALORES
O direito recepciona em nosso ordenamento jurídico os valores éticos e morais, apontando-os como diretri-
zes importantes e como meios de aplicação das normas. Assim, o direito deve ser interpretado muito além das
chamadas “normas jurídicas”, devendo incorporar a moral em voga naquele momento ao ordenamento jurídico.
Na ótica do direito, valores são princípios fundamentais que orientam e regem a conduta humana, tanto no
âmbito individual como no coletivo. São exemplos de valores: a liberdade, a igualdade, a justiça, a solidariedade,
a dignidade da pessoa humana, a democracia, entre outros.
Lembre-se: valores são objeto de uma escolha moral!
Veja um exemplo desse processo: inicialmente, estabelecemos um princípio, como a impessoalidade. Em
seguida, temos que a impessoalidade é a igualdade no tratamento dos cidadãos. A igualdade é um valor, e vamos
respeitá-la. Nesse momento, só nos faltaria determinar uma norma de conduta, uma regra para seguirmos. Essa
definição de valor é feita informando às pessoas dos riscos em descumprir a impessoalidade. Ou seja, trazendo
esses conceitos para a prática, desrespeitar a impessoalidade é uma improbidade administrativa, que con-
figura crime e possui pena. Nesse momento, temos um princípio consistente, um valor definido e uma norma
apresentada. Segue esquema ilustrado:
Impessoalidade é um princípio
Igualdade é um valor
Descumprir a impessoalidade é
improbidade administrativa
ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
LEI DE
IMPROBIDADE
IMPESSOALIDADE:
ADMINISTRATIVA:
PRINCÍPIOS
GARANTIA DE
PRINCÍPIO
Regra Valor
Princípio
O papel de definir e Valores são ideias abstratas
Os princípios são juízos de
determinar será exercido em que indicam aquilo que é
valor. Ou seja, são abstratos
um nível seguinte por meio importante ou desejável em
e possuem indefinição
das regras determinado contexto
391
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Definimos os conceitos de princípios e valores e z Cidadania: conjunto de direitos e deveres que
relacionamos esses pontos ao direito, que é o cam- uma pessoa possui em relação à sociedade em que
po onde vamos aplicá-los. Posteriormente, teremos vive. É um status jurídico-político que confere ao
outras oportunidades para aplicar os conceitos de éti- indivíduo a condição de membro ativo e partici-
ca, moral, princípios, valores, regras jurídicas, regras pante da comunidade política.
morais e regras deontológicas, dentre outros.
O exercício da cidadania plena acontece quando o
cidadão tem direitos civis, políticos e sociais. Ou seja, é
a capacidade do cidadão de exercer o conjunto de direi-
ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA tos e liberdades políticas e socioeconômicas de seu país.
O exercício da cidadania é um complexo que abrange
CIDADANIA direitos e deveres de forma constante. O cidadão recebe
benesses1 por fazer parte de uma comunidade, mas se
Neste tópico, iniciaremos um ponto importante, sujeita a mandamentos impostos por essa comunidade.
que é a aplicação dos conceitos de ética e democracia Segundo afirma Nelson Dacio Tomazi (2010):
de forma conjunta. Primeiramente, cumpre salientar
que a união de ética com democracia se afirma como [...] o conceito de cidadania foi gerado nas lutas que
o exercício da cidadania. estruturaram os direitos universais do cidadão. Des-
de o século XVIII, muitas ações e movimentos foram
ÉTICA necessários para que se ampliassem o conceito e a
prática de cidadania. Nesse sentido, pode-se afirmar
A ética é uma área da filosofia, sendo esta um estu- que defender a cidadania é lutar pelos direitos e, por-
do amplo, universal e atemporal. Seu objeto de estudo tanto, pelo exercício da democracia, que é a constante
são os princípios fundamentais das ações e do com- criação de novos direitos. (Tomazi, 2010, p. 139)
portamento humano. Finalmente, podemos inferir
que a ética é uma ciência. Se pudéssemos esquematizar esses conceitos,
Atente-se: a filosofia deve ser entendida como a teríamos que montar um fluxo de eventos que dar-se-
ciência por definição, justamente por se ocupar dos -ia da seguinte forma:
temas mais relevantes.
Dentre suas muitas áreas de atuação, a ética se
debruça sobre a moral, ou seja, a moral é um dos cam- Democracia (povo
Cidadania:
pos de estudo da ética. Entendamos que: ética e moral Ética: área da qualidade que o
+ poder): regime de
filosofia homem ostenta em
são conceitos distintos, mas a ética estuda a moral. E governo
sua comunidade
a moral é uma aplicação prática, pessoal, temporal e
limitada de princípios éticos.
De posse desse conceito mais complexo, podemos
iniciar um entendimento sobre a aplicação do termo
Cidadão: pessoa
“democracia” neste ponto de estudo. que faz parte de
Moral: conceito
Democracia é uma palavra de origem grega for- temporal, limitado
Exercício: prática uma comunidade,
e correspondente
mada por dois vocábulos: demos + kratos, que signi- reiterada possuindo
a uma realidade —
ficam respectivamente “povo” e “poder”. Ou seja, a direitos e deveres
define valores
concomitantes
tradução literal da palavra é “governo do povo” ou
“poder do povo”. Desta forma, o nosso ponto de estu-
do é o conjunto da ética, do povo e de seu poder como
forma de exercer a cidadania. Valores: oriundos Regras jurídicas:
Regras morais:
Lembre-se do que preconiza o parágrafo único, do da moral, são são as leis,
definições de certo
usados para positivadas por
art. 1º, da Constituição Federal, de 1988: “Todo o poder construir regras meio do sistema
ou errado que não
emana do povo, que o exerce por meio de representan- são leis no seu
jurídicas, morais ou legislativo ou dos
sentido formal
tes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constitui- de costume decretos executivos
ção”. Deste modo, o poder é único e emana sempre
do povo.
Para fixar o entendimento, reveja os conceitos a Atenção! Immanuel Kant diferencia o direito da
seguir. moral de forma bastante objetiva:
z Ética: a ética é a parte da filosofia que estuda a z a moral relaciona-se com as condutas internas, que
moral, ou seja, temos uma ciência — a filosofia — definem regras que respeitam o dever, o amor e o bem;
e, dentro dela, uma grande área — a ética. A moral z o direito preocupa-se com a conduta e com seus
é um campo de estudo dentro da ética. Este campo aspectos exteriores, que definem as regras e as ins-
reflete e questiona sobre as regras morais. Uma tituições que garantem a convivência pacífica e a
ação ética pode ser um tipo de comportamento proteção dos direitos individuais na sociedade.
regrado por princípios e valores morais;
z Democracia: palavra de origem grega formada DEMOCRACIA — ORIGEM
por dois vocábulos (demos + kratos ou “povo” +
“poder”). Podemos inferir, então, que, neste regi- Podemos usar como marco inicial da democra-
me governamental, o poder de governar emana do cia as cidades-estado: Esparta, Atenas e Tebas. Estas
e é exercido pelo povo; cidades exerciam uma espécie de democracia direta,
392 1 Vantagem recebida sem trabalho nem empenho; benefício.
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primitiva. Considerando que apenas uma pequena
parcela dos habitantes ostentava o status de cidadão,
era viável a discussão e a tomada de decisões com a Povo Elege o representante
participação de todos dessa minoria.
Tal regime de governo garante a soberania popu-
lar. Esta soberania visa extrair o melhor de cada
cidadão e, por meio dessa reunião, buscar a máxima
qualidade nas decisões. Leis são aprovadas
Representante
O regime democrático pode se instalar em um sis- exerce o poder
pelos representantes
emanado do povo
tema presidencialista, parlamentarista, republicano
ou monárquico. Entretanto, deverá ser conferido aos
cidadãos o poder de tomar decisões políticas, seja na
forma de uma monarquia constitucional, na forma
direta (como nas pólis da Grécia Antiga) ou na forma
Representante
indireta (por meio de representantes eleitos, como
cria leis
ocorre no Brasil).
Por outro lado, temos ainda momentos em que o
z Democracia direta: Grécia Antiga;
exercício direto da democracia irá ocorrer. São eles:
z Democracia indireta: por meio de representantes
lei de iniciativa popular, ação popular, plebiscito
eleitos.
e referendo. Em todas estas situações, a população
poderá, de forma individual, manifestar-se de acordo
A organização política brasileira é de suma impor- com seus interesses.
tância. Acerca disso, atente-se ao quadro a seguir: Compreendamos que a democracia indireta é pre-
dominantemente adotada no Brasil e colocada em
ORGANIZAÇÃO BRASILEIRA prática por meio do sufrágio universal (direito de
todos de votarem e de serem votados) e do voto
Forma de governo República direto e secreto com igual valor para todos.
Sistema de governo Presidencialista A respeito da democracia brasileira, expõe Pedro
Lenza (2011) que ela constitui um “sistema híbri-
Regime de governo Democrático do”, atuando como democracia semidireta ou, ainda,
participativa. Estamos diante de uma democracia
Forma de Estado Federação representativa, com peculiaridades e atributos da
democracia direta.
A Democracia Brasileira Acerca da ação popular, é importante saber que
qualquer cidadão é parte legítima para propor uma
O Brasil adota um regime democrático e presiden- ação popular que vise anular qualquer ato lesivo
cialista. Todavia, sua democracia é direta ou indireta ao patrimônio público ou de entidade de que o Esta-
a depender do caso. Como isso é possível? Da seguinte do participe, à moralidade administrativa, ao meio
maneira: geralmente, seguimos um plano de demo- ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Nesse
cracia indireta, ou seja, efetivamos nossa participação tipo de ação, o cidadão que se manifesta como autor
como cidadãos por meio de nossos representantes fica liberado dos custos da ação, desde que comprove
eleitos. Porém, em alguns momentos, exercemos par- não estar agindo de má-fé.
ticipação direta. Nesses momentos (de participa-
ção direta), o povo é consultado sobre a tomada de Dica
decisões.
Como exemplo do exercício da democracia de Democracia indireta: regra;
forma indireta, temos, em nosso país, o seguinte: Democracia direta: exceção.
eleições para representantes do Poder Legislativo,
vereadores, deputados estaduais e federais e sena-
dores. Os representantes eleitos vão, então, propor
projetos de lei em suas respectivas esferas de atuação: ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA
municipal, estadual ou federal. Assim, os represen-
ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
tantes eleitos, a partir dessa representação indireta, A ética é uma área ampla, atemporal e universal
votam e aprovam as leis que se adaptam aos anseios da filosofia. Seu objeto de estudo são os princípios fun-
de suas comunidades. damentais das ações e do comportamento humano. A
De forma simples e resumida, esse é o processo moral é uma construção social e, por isso, está condi-
de construção da maioria das leis no Brasil. O poder cionada aos comportamentos e às ideologias de cada
legislativo recebe projetos de lei de seus represen- sociedade. A última, portanto, tem um aspecto mais
tantes e, por meio de seus membros, aprova ou não objetivo e representa um momento, uma cultura.
as temáticas propostas. Entendamos o seguinte: os A função pública, por sua vez, é o termo utilizado
vereadores, deputados e senadores representam a para se referir às atividades e responsabilidades exer-
população; por isso, sendo as leis aprovadas por eles, cidas pelos servidores públicos em nome do Estado.
indiretamente foram aprovadas pela população, ou Isso inclui todas as funções e cargos desempenhados
seja, pelos cidadãos. pelos funcionários públicos em diferentes setores,
como administração pública, segurança pública, saú-
de pública, educação pública, entre outros. 393
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A ética é um elemento fundamental no exercício
da função pública, pois os servidores públicos são ÉTICA NO SETOR PÚBLICO
responsáveis por prestar serviços à sociedade, gerir
recursos públicos e tomar decisões que afetam dire- Neste material, abordaremos a ética no serviço
tamente a vida dos cidadãos. Desta forma, é funda- público. Este conteúdo é bastante importante e tem
mental que os servidores públicos sempre ajam com grande incidência em provas de concurso.
transparência, integridade e responsabilidade, colo- A ética, como sabemos, é uma área da filosofia.
cando o interesse público acima dos seus interesses Desta forma, apresenta-se como uma ciência e possui
pessoais. as seguintes características:
A ideia de ética no setor público tem elementos
específicos, dentre os quais, sem dúvida, a moralidade z atemporal;
é um dos principais. Quando pensamos em um ser- z universal;
vidor público, temos uma construção diversa de um z estável.
funcionário de setores privados, pois o setor público
Dentro das áreas de estudo da ética, especifica-
estabelece normas de conduta para seus servidores e,
mente dentro de seu campo de análise, encontramos
não bastasse isto, determina, também, valores e prin-
a moral. A moral, por sua vez, apresenta outras carac-
cípios que deverão ser cumpridos com força de lei,
terísticas, quais sejam:
conforme apontamos a seguir.
z vinculada ao local;
z Um servidor público tem o dever de ser, entre
z influenciada pela época;
outros aspectos: z mutável.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com A conduta de greve é mencionada e defendida pelo
a estrutura organizacional, respeitando seus cole- Código de Ética. A greve é um direito constitucional
gas e cada concidadão, colabora e de todos pode a ser exercido, entretanto, procura-se um equilíbrio
receber colaboração, pois sua atividade pública entre a busca de direitos e a manutenção de serviços
é a grande oportunidade para o crescimento e o essenciais, tais como saúde e segurança.
engrandecimento da Nação.
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de
O artigo acima destaca que o servidor público deve que sua ausência provoca danos ao trabalho orde-
trabalhar em harmonia com a estrutura organizacio- nado, refletindo negativamente em todo o sistema;
ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
O sistema de gestão da ética do Poder Executivo público, órgão ou setor específico do ente estatal.
federal é composto de três grandes grupos:
Dica
z a comissão de ética pública (CEP), instituída pelo
Definição de “agente público” do Decreto nº
decreto de 26 de maio de 1999;
6.029, de 2007, que consta no parágrafo único,
z as comissões de ética de que trata o Decreto nº
art. 11.
1.171, de 22 de junho de 1994;
z as demais comissões de ética, que são equivalentes “Entende-se por agente público, todo aquele
nas entidades e órgãos do Poder Executivo federal. que, por força de lei, contrato ou qualquer ato
jurídico, preste serviços de natureza permanen-
Cada uma dessas instâncias tem um papel especí- te, temporária, excepcional ou eventual, ainda
fico na implementação do sistema, visando garantir a que sem retribuição financeira, a órgão ou enti-
observância dos princípios éticos no desempenho das dade da administração pública federal, direta e
funções públicas. indireta.” 399
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Da Apuração dos Atos O artigo supracitado estabelece uma importante
responsabilidade das comissões de ética no serviço
O decreto organiza procedimento de apuração dos público, que, além de realizarem seu dever, deverão
atos praticados em seu desacordo. Desta forma, privi- estar atentas aos possíveis desdobramentos que pode-
legia o contraditório e a ampla defesa. As apurações rão ocorrer em função das condutas praticadas.
poderão ser praticadas de ofício (sem provocação) ou Os trabalhos nas comissões de ética que são dispos-
por meio de denúncias. tas nos incisos II e III, do art. 2º, do Decreto nº 6.029,
É importante frisar que o processo inicia com um de 2007, são considerados relevantes e têm priorida-
prazo de defesa prévia, fato importante, posto que de sobre as atribuições próprias dos cargos dos seus
acusações com pouca fundamentação poderão ser membros, quando estes não atuarem com exclusivi-
combatidas desde logo. dade na comissão.
Nos termos do decreto, atentemo-nos: Atenção! Lembre-se, o Código de Conduta da Alta
Administração Federal, o Código de Ética Profissional
Art. 12 O processo de apuração de prática de ato do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
em desrespeito ao preceituado no Código de Con- e o Código de Ética do órgão ou entidade serão aplica-
duta da Alta Administração Federal e no Código dos ao servidor ainda que essas autoridades e agentes
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do públicos estejam em gozo de licença.
Poder Executivo Federal será instaurado, de ofí-
cio ou em razão de denúncia fundamentada,
respeitando-se, sempre, as garantias do contraditó-
rio e da ampla defesa [...]. HORA DE PRATICAR!
As apurações serão feitas pela comissão de ética 1. (FGV — 2021) Com base nas características utilizadas
pública ou pelas demais comissões de ética. Em todos usualmente para a conceituação dos termos ética e
os casos, será notificado o investigado para manifes- moral, assinale a afirmativa correta.
tar-se, por escrito, no prazo de 10 dias. Além dis-
so, o investigado poderá produzir prova documental a) A ética é uma normatização de comportamentos,
necessária à sua defesa, e as comissões de ética terão enquanto a moral é uma disciplina filosófica.
o poder de requisitar os documentos que entenderem b) A ética possui caráter científico, enquanto a moral tem
necessários à instrução probatória e, também, de pro- caráter prático.
mover diligências e solicitar parecer de especialista. c) A ética possui caráter temporal, enquanto a moral tem
Após a conclusão do processo, poderão ser adota- caráter permanente.
das as seguintes medidas: d) A ética está relacionada ao costume, enquanto a moral
à qualidade do ser.
z encaminhamento de sugestão de exoneração de e) A ética é cultural, enquanto a moral é teórica.
cargo ou função de confiança à autoridade hie-
rarquicamente superior ou devolução ao órgão de 2. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considerando a doutrina
origem, conforme o caso; de Kant acerca da ética, assinale a opção correta.
z encaminhamento, conforme o caso, para a Con-
troladoria-Geral da União ou unidade específica a) A ética é limitada a determinado grupo social.
do Sistema de Correição do Poder Executivo Fede- b) A ética independe da razão.
ral de que trata o Decreto nº 5.480, de 30 de junho c) A ética está relacionada à religião e ao divino.
de 2005, para exame de eventuais transgressões d) A ética é impessoal, no sentido de ser aplicável para
disciplinares; todos de forma uniforme.
z recomendação de abertura de procedimento e) A ética é variável de acordo com as consequências da
administrativo, se a gravidade da conduta assim o conduta.
exigir.
3. (VUNESP — 2020) Um dos objetos de estudo da ética
Fica assegurado a todos os investigados, em respei- e que tem um caráter normativo é
to ao contraditório e ampla defesa, o conhecimento do
teor das acusações e o acesso integral aos autos (ainda a) a percepção.
que no recinto das comissões de ética). Por fim, fica b) a moral.
garantido o acesso à cópias integrais dos processos e c) a intuição.
de certidão do seu teor. d) o comportamento.
As comissões de ética têm por dever proferir deci- e) o costume.
são sobre os temas de sua competência, independen-
temente de omissão do Código de Conduta da Alta 4. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Todas as posturas éticas,
Administração Pública. Eventuais omissões poderão sejam quais forem suas orientações, suas premissas,
ser supridas por uso da analogia ou dos princípios da seus engajamentos e suas preocupações, sempre ele-
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade gem “o melhor” como a finalidade do comportamento
e eficiência. Confira-se in verbis: humano e para o direcionamento da ação humana.
Art. 17 As Comissões de Ética, sempre que consta- Eduardo C. B. Bittar. Curso de ética geral e profissional. 15.ª ed. São
tarem a possível ocorrência de ilícitos penais, civis, Paulo, 2017, p. 52 (com adaptações)
de improbidade administrativa ou de infração dis-
ciplinar, encaminharão cópia dos autos às auto- Considerando o fragmento de texto apresentado aci-
ridades competentes para apuração de tais fatos, ma como referência inicial, é correto afirmar que a éti-
400 sem prejuízo das medidas de sua competência. ca e a moral
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a) subordinam a validade da lei na busca do que é ‘o d) ao engessamento da norma jurídica, que limita o aces-
melhor’. so à Justiça;
b) exteriorizam as melhores normas de conduta dos e) à universalização, generalização ou normalização
seres humanos que convivem em sociedade. como mecanismo de dominação simbólica.
c) são normas jurídicas ideais à evolução da sociedade.
d) têm por atributo serem cogentes e heterônomas. 9. (FGV — 2022) João, pessoa muito popular em cer-
e) são subordinadas entre si, com prevalência da moral tos círculos sociais, decidiu promover uma profunda
sobre a ética, de modo que o que for moralmente acei- mudança de rumo em seus ideais e aspirações. Pas-
tável será ético. sou a adotar, em sua vida pessoal e profissional, pos-
tura diametralmente oposto àquela que caracterizava
5. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Considerando a doutrina sua conduta no passado, que, não raro, se mostrava
de Kant, julgue os itens a seguir. francamente contrária à base de valores do ambiente
social, não raro caracterizando a prática de infrações
I. Existe uma lei moral universal. penais. Apesar do decurso de algumas décadas des-
II. O imperativo categórico representa uma ação objeti- de a ocorrência dos fatos, João constatou que ainda
vamente necessária dada pela razão. era possível identificar a veiculação, na internet, de
III. O conceito moral de boa vontade está obrigatoriamen- notícias da época, o que lhe causava grande cons-
te interligado ao resultado da ação. trangimento. Por tal razão, procurou um advogado e
o questionou a respeito desse conflito de interesses,
Assinale a opção correta. que opunha a sua esfera jurídica à dos provedores.
a) Apenas o item II está certo. À luz dessa narrativa e dos balizamentos oferecidos
b) Apenas o item III está certo. pela ordem jurídica, é correto afirmar que
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens I e III estão certos. a) os direitos individuais de João, por serem a forma de
e) Todos os itens estão certos. exteriorização de sua personalidade, sempre deverão
preponderar em caráter abstrato.
6. (CEBRASPE-CESPE — 2023) Em relação à ética e b) os aspectos jurídicos e circunstanciais afetos ao caso
democracia no exercício da cidadania, assinale a evidenciam que a esfera jurídica de João, concebida
opção correta. em abstrato, está sendo aviltada de maneira ilícita.
c) no conflito entre direitos transindividuais e os direitos
a) A necessidade de prestar contas do emprego de individuais de João, os primeiros sempre deverão pre-
recursos públicos caracteriza costume administrati- ponderar, sobre os últimos, em caráter abstrato.
vo desassociado de qualquer preceito ético ou norma d) os aspectos circunstanciais afetos ao caso concreto
legal. apontam para a veracidade da informação e a licitude
b) Ética e democracia são valores que se complementam de sua obtenção, o que forma uma posição definitiva
mutuamente e contribuem para a formação de uma favorável aos provedores, ainda que, prima facie, o
sociedade mais justa e transparente. interesse de João seja desatendido.
c) O combate à corrupção é tarefa própria dos órgãos e e) os direitos envolvidos apresentam contornos pri-
entidades destinados a esse fim, não cabendo ao cida- ma facie, mas só será possível delinear o seu exato
dão qualquer ação nesse âmbito. alcance a partir das peculiaridades do caso concreto,
d) As decisões políticas em um regime democrático pres- quando assumirão contornos definitivos, com prepon-
cindem do julgamento de seus fundamentos éticos. derância da esfera individual.
e) Democracia e ética não se relacionam, pois estão
colocadas em dimensões opostas 10. (CEBRASPE-CESPE — 2019) Acerca do exercício da
cidadania, assinale a opção correta.
7. (FGV — 2022) A universalização do acesso a direi-
tos básicos, como saúde, educação e assistência, de a) Cidadania substantiva é a capacidade que o nacional
modo a fazer dos direitos uma via para a equidade e a detém para participar da vida política, seja como eleitor
justiça social, está relacionada ao conceito de: ou como eleito, observando as regras descritas pela legis-
lação eleitoral.
a) cidadania; b) Cidadania democrática é a capacidade de se exercer,
b) democracia; ativamente, influência na vida política, seja formal, seja
ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
12. (CEBRASPE-CESPE — 2023) Os deveres fundamen- 16. (FGV — 2022) A comissão de ética, prevista no Decre-
tais do servidor público incluem to Federal nº 1171/1994, deve ser, obrigatoriamente,
criada em qualquer órgão ou entidade que exerça atri-
a) escolher sempre, quando estiver diante de duas buições delegadas pelo Poder Público, competindo a
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem essa comissão a orientação sobre a ética profissional
pessoal. do servidor, no tratamento com as pessoas e com o
b) guardar segredo sobre atos contrários ao interesse patrimônio público.
público, a fim de preservar a integridade administrativa.
c) ter consciência de que seu trabalho é regido unica- A comissão de ética, tem capacidade punitiva de apli-
mente por preceitos legais. car pena de
d) respeitar incondicionalmente a hierarquia.
e) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências
a) demissão a servidores.
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva.
b) declaração de inidoneidade.
c) suspensão.
13. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Assinale a alternativa que
d) advertência.
indica corretamente uma conduta ética a ser observa-
e) censura a servidores.
da por um funcionário da Administração Pública.
17. (FGV — 2021) A função pública deve ser exercida
a) Responsabilizar terceiros por possíveis erros cometi-
segundo os preceitos estabelecidos pela Adminis-
dos em suas atividades.
tração Pública, tendo, como parâmetro, o Código de
b) Utilizar sua função em situações que configurem práti-
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
cas autoritárias.
Executivo Federal, materializado por meio do Decreto
c) Exigir os motivos de solicitação de informações de
interesse público. nº 1171/94.
d) Retardar deliberadamente ou fornecer de forma incor-
reta uma informação requerida. Com base no Decreto nº 1171/94, assinale a opção
e) Evitar ações ou relações conflitantes com suas res- que indica um dever fundamental do servidor público.
ponsabilidades profissionais.
a) Postergar a prestação de contas, quando for necessá-
14. (VUNESP — 2021) A ética é um aspecto fundamen- rio ao interesse social.
tal às relações sociais, sendo relevante sobretudo no b) Respeitar à igualdade, afastando-se de comportamen-
setor público. Nesse sentido, é correto afirmar que se tos que podem favorecer a hierarquia funcional.
coaduna com a expectativa de comportamento ético c) Apresentar-se ao trabalho com vestimentas que consi-
de um servidor público: dere mais confortáveis.
d) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços
a) a realização, em horário de expediente, de atividades por quem de direito.
de interesse particular e não relacionadas ao cargo e) Exercer suas atribuições com calma e tranquilidade,
público ocupado. sem apressar-se diante de imprevistos.
b) o patrocínio de interesses privados junto à Administra-
ção Pública, aproveitando-se do cargo ocupado. 18. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considerando as rela-
c) a abstenção da prática de atos discriminatórios no ções entre ética, democracia e exercício da cidadania,
ambiente de trabalho, seja em razão de cor, gênero, assinale a opção correta.
raça, idade ou doença.
d) a realização de ato político-eleitoral no ambiente da a) Ofende o princípio da proporcionalidade lei que isen-
repartição pública. te os reconhecidamente pobres de pagamento de
e) a utilização de recursos humanos e materiais do emolumentos devidos pela expedição dos registros
órgão público para a realização de pequenos trabalhos civis de nascimento e de óbito, e da primeira certidão
402 particulares. respectiva.
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
b) Na democracia constitucional deve ser observado 9 GABARITO
estritamente o princípio majoritário, de modo que as
minorias têm de se curvar às maiorias.
c) É inconstitucional norma estadual que assegure, no 1 B
âmbito da educação superior de instituições esta-
2 D
duais públicas, a livre criação e a auto-organização de
centros e diretórios acadêmicos, seu funcionamento 3 B
no espaço físico da faculdade, a livre circulação das
ideias por eles produzidas, o acesso dos seus mem- 4 B
bros às salas de aula e a participação em órgãos
5 C
colegiados.
d) Entre as regras deontológicas previstas no Código de 6 B
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal consta que deixar o servidor público 7 B
qualquer pessoa à espera de solução que compete ao
8 A
setor em que exerça suas funções, permitindo a for-
mação de longas filas, ou qualquer outra espécie de 9 D
atraso na prestação do serviço, não caracteriza ape-
nas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, 10 B
mas principalmente grave dano moral aos usuários
11 C
dos serviços públicos.
12 E
19. (FGV — 2021) De acordo com as regras dispostas no
Código de Ética do Servidor Público, é correto afirmar 13 E
que a função pública
14 C
a) integra-se à vida particular do servidor público. 15 C
b) deve restringir-se às atividades exercidas dentro da
repartição. 16 E
c) concede ao servidor a omissão da verdade, quando
17 D
contrária aos interesses da Administração Pública.
d) permite tratar mal um cidadão que esteja inadimplente. 18 D
e) estimula a formação de filas, desde que em prol da
moralidade. 19 A
20 B
20. (VUNESP — 2019) A ética no serviço público deve ser
observada pelos funcionários que atuam na área públi-
ca. Nesse contexto, são vedados ao servidor público o
exposto na alternativa:
ANOTAÇÕES
a) filiar-se a partidos políticos e disseminar suas convic-
ções ideológicas; vender produtos de quaisquer ativi-
dade ou setor econômico no mesmo horário e local
de trabalho; realizar trabalho voluntário em atividades
que se relacionam às atividades exercidas no serviço
público.
b) usar do cargo ou função, facilidades, amizades, tem-
po, posição e influências, para obter qualquer favoreci-
mento, para si ou para outrem; desviar servidor público
para atendimento a interesse particular; apresentar-se
habitualmente embriagado no serviço ou fora dele.
c) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
encaminhar para providências; agir em benefício pró-
ÉTICA E CONDUTA PÚBLICA
404
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também constam nas normas de direito interno dos
estados. Dentre tais direitos, temos: o direito à vida; à
liberdade; à educação, e à saúde. No Brasil, estão elen-
cados na Constituição Federal. São os direitos funda-
tante para sua aprovação: é possível dizer que os ser resultado da vontade das divindades, ou seja, de
direitos humanos são inerentes à condição humana um Deus ou de diversos deuses. Já com a formação
dos indivíduos. São os chamados “direitos naturais”. dos Estados absolutistas, o poder de impor as regras
Quando estes mesmos direitos passam a ser previstos passou a ser dos reis. Assim, foi apenas com a forma-
em uma lei escrita devidamente aprovada por meio ção dos Estados Modernos que as pessoas passaram a
do processo legislativo de cada estado, dizemos que ser tidas como possuidoras de direitos, uma vez que o
estão positivados. poder dos Estados passou a ser limitado.
Quando falamos em direitos humanos, estamos Como consequência, os direitos humanos passa-
mencionando um rol de direitos pertencentes ao indi- ram a ser reconhecidos por categorias.
víduo. São reconhecidos internacionalmente, mas
1 https://nacoesunidas.org/conheca/. 405
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Lembre-se: a denominação “gerações” dos direi- Assim sendo, não é possível efetuar gradações da
tos humanos foi o termo original criado por Vasak e, dignidade humana, uma vez que a dignidade não
posteriormente, passou a ser denominado de dimen- pode ser retirada ou desprezada pela prática de con-
são dos direitos humanos. Isto ocorreu porque grande dutas tidas como reprováveis pela sociedade.
parte da doutrina passou a entender que essa classifi- Outro desdobramento do direito à vida é o direi-
cação correspondia a uma visão histórica infundada, to à vida privada, que corresponde ao poder que as
pois os direitos humanos não se sucedem ou se substi- pessoas têm de decidir quais informações, condutas,
tuem. Assim, a utilização do termo “gerações” poderia escolhas, preferências, entre outros, querem levar ao
levar à conclusão de que os direitos de primeira gera- conhecimento público e quais querem manter como
ção foram substituídos pelos de segunda e, assim por exclusivamente suas, ou seja, privadas.
diante; o que não é o correto, uma vez que os direitos
O direito à igualdade também faz parte da pri-
se expandem e se acumulam, de modo que um fortale-
meira categoria de direitos reconhecidos. Trata-se,
ce o outro. É por este motivo que a doutrina optou por
portanto, da garantia de que a norma não será aplica-
utilizar o termo “dimensões”, pois este traz a ideia de
da de modo discriminatório, negando direitos básicos
que os direitos se complementam.
aos indivíduos em razão de qualquer condição pes-
A primeira categoria de direitos reconhecidos
foi aquela ligada à proteção das pessoas contra o soal, como sexo, cor, origem, entre outros.
poder do Estado, ou seja, os direitos individuais e
políticos. Trata-se, portanto, dos direitos ligados à pró- Dica
pria pessoa, como, por exemplo, o direito de viver, de
ter bens, de se locomover.
O direito à igualdade reconhecido nesta catego-
Cumpre esclarecer, entretanto, que somente os ria não se refere à igualdade de fato perante a
direitos mínimos foram reconhecidos. Consequente- lei. Esta faz parte da segunda categoria de direi-
mente, esta primeira fase refere-se à defesa das pes- tos reconhecidos.
soas contra o abuso do poder do Estado, de modo a
abranger tanto as liberdades dos indivíduos, ou seja, Outro direito reconhecido foi o direito à seguran-
seus direitos civis e individuais, como os direitos de ça, ou seja, o direito de exercer com tranquilidade os
participação popular na administração do Estado, ou demais direitos humanos. Assim, segurança abrange
seja, os direitos políticos. os direitos relativos à segurança do indivíduo, como,
O direito à liberdade é um destes direitos. A por exemplo, a que veda prisão arbitrária ou abusiva
Declaração Universal dos Direitos Humanos, por
e estabelece que a restrição da liberdade só será legí-
exemplo, iniciou seu rol de direitos estipulando que
tima quando respeitados os parâmetros da lei, como
todos os indivíduos nascem com a possibilidade de
fazer escolhas, de dar rumo à própria vida de acor- também os direitos ligados à segurança das relações
do com a própria inteligência e consciência e não por jurídicas, como, por exemplo, as garantias proces-
estipulações alheias, sendo que, ainda que o meio suais decorrentes dos princípios da duração razoável
social possa influenciar em suas escolhas, a pessoa é do processo, do devido processo legal, do contraditó-
livre para mudar o rumo dado pela sociedade. rio e da ampla defesa, entre outros.
Atenção! Nascer igual significa poder gozar de Há de se mencionar, também, o direito à proprie-
todos os direitos, independentemente de qualquer dade, ou seja, o direito que as pessoas têm de usar,
condição, ou seja, de ser homem ou mulher, de ser gozar e dispor da coisa, assim como retomá-la de
rico ou pobre, do país, da religião, entre outros. Assim quem injustamente a detenha.
sendo, direitos e liberdades independem de qualquer O direito à nacionalidade também foi um dos pri-
condição pessoal ou de distinções fundadas em condi- meiros direitos reconhecidos. Trata-se do direito que
ção política ou jurídica. todos possuem de se vincular política e juridicamente
Além da liberdade de fazer escolhas, o direito à a um Estado soberano para que este possa lhe assegu-
liberdade envolve o direito de locomoção, o direito de rar a proteção aos seus direitos fundamentais.
ter convicções religiosas, filosóficas, políticas, entre Finalizando este primeiro rol de direitos, tem-se os
outros, o direito de expressar livremente seus pensa- direitos políticos, que são os direitos de participação
mentos e o direito de reunião e associação.
diretamente no governo ou indiretamente por meio
O direito à vida também é um dos direitos garan-
de seus representantes escolhidos pelo voto. Portanto,
tidos nesta primeira categoria. Ele engloba não só a
refere-se ao direito de votar e ser votado.
garantia do indivíduo de não ter interrompido o seu
Atenção! Observe que estes direitos, indepen-
processo vital, salvo pela morte espontânea e inevi-
dentemente de serem tidos como civis ou políticos,
tável, mas o direito de não ter sua integridade física e
moral violada, assim como o direito de ter uma vida exigem postura negativa do Estado, isto é, de não
digna e justa. Como consequência, tanto a escravidão interferência.
como a tortura violam o direito à vida. A segunda categoria de direitos reconhecidos
Neste ponto, é importante consignar que o direi- foram aqueles ligados aos direitos sociais, de modo a
to à vida envolve, ainda, o reconhecimento da perso- incluir os direitos voltados ao trabalho, à educação, à
nalidade humana. Isto significa dizer que os Estados saúde, entre outros. Parte-se, portanto, da ideia de que
devem reconhecer a todos os direitos e deveres sem os Estados têm o dever não só de conceder e respeitar
qualquer valoração, pois todas as pessoas merecem as liberdades, mas também proporcionar a igualdade
proteção. entre as pessoas para reequilibrar os desníveis sociais.
406
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Para compreender esta categoria, é preciso ter em Lembre-se: as regras no que tange à educação
mente que as pessoas não são iguais, seja em termos brasileira encontram-se previstas nos arts. 205 a 214,
econômico, sociais ou culturais. Como consequên- da Constituição Federal, de 1988.
cia, de nada adiantaria garantir o direito à vida, por Há de se mencionar, ainda, o direito cultural, tanto
exemplo, se a pessoa não tiver acesso à saúde. Assim, no que diz respeito ao direito de ter acesso aos meios
os direitos reconhecidos nesta segunda categoria são de cultura e artes, bem como aos meios científicos,
voltados a estabelecer a igualdade entre os indivíduos. assim como a proteção do direito do autor, quer em
Portanto, se em um primeiro momento houve um seu aspecto material, quer em seu aspecto moral. Em
olhar para o indivíduo para reconhecer as suas liber- suma, a cultura encontra-se disciplinada nos arts.
dades, agora o Estado passa a visualizá-lo como mem- 215 e 216 da Constituição Federal de 1988.
bro de uma sociedade. Consequentemente, é dever A terceira categoria de direitos reconhecidos
do Estado reconhecer que as pessoas são diferentes e são aqueles atrelados ao ideal de fraternidade, por
ter um papel mais ativo para garantir oportunidades dizerem respeito a toda coletividade. Neste ponto,
iguais aos indivíduos por meio de políticas públicas. observe que a primeira categoria se refere à proteção
Atente-se: atualmente, é exigida uma ação do individual, enquanto os segundos à proteção da socie-
Estado e não mais uma omissão, ou seja, as liberdades dade. Assim, a terceira categoria é voltada à coletivi-
positivas ou prestacionais. dade como um todo.
Nesta categoria são englobados os direitos ao tra- Estes direitos são constituídos por interesses indi-
balho e os direitos dos trabalhadores, a assistência visíveis, que podem abranger um número indeter-
e proteção econômica em determinados momen- minado de pessoas, com sujeitos indeterminados e
tos, tais como incapacidade temporária ou definitiva, indetermináveis, denominados de direitos difusos,
como, por exemplo, o direito ao meio ambiente eco-
velhice, maternidade, entre outros; o direito à educa-
logicamente equilibrado, o direito à autodetermina-
ção, o direito à cultura e ao lazer, o direito à saúde,
ção dos povos, o direito à comunicação, entre outros.
entre outros.
Podem também abranger um grupo ou categoria
Atente-se: o direito à educação faz parte desta
determinada de pessoas determináveis unidas pelo
categoria (segunda geração/dimensão) dos direitos
mesmo interesse jurídico, denominados de direito
fundamentais. coletivo, como, por exemplo, a proteção de determi-
No que diz respeito ao direito à educação, obser- nados grupos sociais tidos como vulneráveis.
ve que uma instrução de qualidade é essencial à for- Observe que tais direitos refletem na vida de todas
mação integral dos indivíduos, uma vez que somente as pessoas e tem como objetivo evitar a deteriora-
com uma educação adequada as pessoas podem exer- ção da qualidade de vida humana. É por este motivo
cer seus demais direitos, tais como a liberdade de que são chamados de direitos de solidariedade, pois
expressão, a liberdade de associação, os direitos polí- demandam a participação do conjunto e não de um só
ticos, entre outros. indivíduo ou grupo.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, por Salienta-se, por necessário, que existem outras
exemplo, estabelece que cabe aos Estados assegurar subdivisões em categorias, como, por exemplo, a pro-
o acesso à educação e garantir que esta será gratui- posta por Paulo Bonavides que acrescenta uma quarta
ta ao menos nos níveis elementares e fundamentais. e quinta dimensão aos direitos, referindo-se ao direito
Quanto à obrigatoriedade, estabelece que a educação à informação, à democracia e ao pluralismo político e
deve ser apenas da instrução elementar, assegurando, ao direito à paz.
porém, o acesso aos demais níveis de instrução. Neste
ponto é importante observar que, embora o dispositi-
vo estabeleça o direito prioritário dos pais na escolha
do gênero de instrução, ele também limita sua liber-
dade de escolha ao dar caráter obrigatório à instrução
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
elementar, uma vez que os pais não poderão privar DIREITOS HUMANOS
seus filhos do ensino elementar formal.
Já, a Constituição Federal, de 1988, ao disciplinar o Direitos Humanos são os direitos inerentes aos
dever do Estado brasileiro com a educação, estabele- seres humanos como um todo, independentemente de
ce a obrigatoriedade e gratuidade da educação básica, qualquer condição, tais como sexo, idade, nacionali-
que segundo a norma constitucional é aquela oferta- dade, religião, entre outros. No entanto, tais direitos
da para os alunos entre quatro e 17 (dezessete) anos são constantemente relativizados, por ser objeto de
de idade, assegurada, ainda, sua oferta gratuita para interpretações equivocadas, normalmente ligados à
proteção de grupos específicos, como, por exemplo,
aqueles que não puderam ter acesso à ela na idade
a proteção de criminosos. Todavia, não é possível
própria.
reduzi-lo dessa forma, uma vez que sua proteção é
DIREITOS HUMANOS
A quinta consideração remete a um dos propósitos A estrutura bipartite da DUDH decorre da ideia de
da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). progressividade dos direitos humanos, contida, inclu-
Com o final da Segunda Guerra Mundial e criação da sive, em sua proclamação.
ONU, uma organização internacional, com o objetivo de É importante lembrar de que os direitos não sur-
manter a paz e a segurança internacional, foi observado giram de uma vez só. Eles são frutos de um desen-
pelos Estados-membros que não existia, no âmbito inter- volvimento histórico. Se, no início, os seres humanos
nacional, um documento que pudesse tutelar os direitos
não tinham direitos, com o decorrer dos tempos, eles
inerentes a todos os seres humanos. Assim, a Carta da
começaram a ser firmados.
ONU deu respaldo à proteção dos direitos humanos.
Os primeiros direitos reconhecidos foram aque-
A Carta da ONU trouxe, pela primeira vez, a expres-
les ligados ao próprio indivíduo, como, por exemplo,
são direitos humanos. No entanto, a Carta prestou-se
o direito de viver, de possuir bens, de se locomover.
somente a mencionar a expressão em seus dispositi-
É como se fosse um primeiro olhar do Estado para
vos, sem dar sentido ou definição a ela.
o indivíduo. Um olhar que reconheceu que os seres
Por conseguinte, para dar interpretação à expres-
humanos possuem direitos mínimos e que o poder do
são direitos humanos contida na Carta, foi elaborada
Estado não é ilimitado. Tratou-se, portanto, da defe-
a Resolução nº 217 A III, da Assembleia Geral, a qual
sa do indivíduo diante do abuso do poder do Esta-
proclamou a DUDH.
do. Neste primeiro momento, foram reconhecidas as
Considerando que os Países-Membros se com- liberdades dos indivíduos, ou seja, seus direitos civis
prometeram a promover, em cooperação com e individuais, que abrangem todas as pessoas, sem
as Nações Unidas, o respeito universal aos direi- qualquer distinção. Também foram reconhecidos os
tos e liberdades fundamentais do ser humano e a direitos de participação popular na administração do
410 observância desses direitos e liberdades, [...]. Estado, isto é, os direitos políticos. No entanto, esses
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direitos de cidadania eram bem limitados, pois esta- Vamos, então, estudar cada um desses direitos.
vam restritos a quem detinha a qualidade de cidadão
e, por isso, atingiam somente os eleitores. As mulhe- Direitos Civis e Políticos
res, por exemplo, não eram consideradas cidadãs,
assim como os estrangeiros e, consequentemente, não Englobam os arts. 1º ao 21, da DUDH. Vejamos cada
possuíam os direitos políticos, embora fossem titula- um deles:
res dos direitos civis mínimos garantidos pelo Estado.
A esses direitos dá-se o nome de direitos de primei- Art. 1º Todas as pessoas nascem livres e iguais em
ra geração/dimensão, por serem os primeiros direitos dignidade e direitos. São dotadas de razão e cons-
tutelados pelo Estado. ciência e devem agir em relação umas às outras
Usa-se tanto a expressão geração como dimensão. com espírito de fraternidade.
Trata-se de uma classificação elaborada por Karel
Vasak para classificar os direitos em categorias, con- Pela leitura desse artigo, depreende-se que os indi-
forme o contexto histórico do qual surgiram. Dida- víduos nascem com direitos iguais e com todas as
liberdades inerentes aos seres humanos. Nascer livre
ticamente, o jurista atrelou as três categorias dos
significa nascer com a possibilidade de fazer escolhas,
direitos humanos aos princípios da Revolução Fran-
de dar rumo à própria vida de acordo com a pró-
cesa: liberdade, igualdade e fraternidade. Assim, os pria inteligência e consciência e, não, por estipulações
direitos de primeira geração/dimensão são os direitos alheias.
de liberdade; os de segunda, igualdade e, os de tercei- É saber que, por mais que o meio social possa
ra, fraternidade. influenciar nas escolhas, a pessoa é livre para mudar
Os segundos direitos reconhecidos foram aqueles o rumo dado a ela por aquela sociedade. Só que de
voltados a estabelecer a igualdade entre os indivíduos. nada adiantaria nascer com liberdade se os direitos
Depois do olhar inicial para o indivíduo, reconhecendo fossem diferentes. Portanto, nascer igual significa
suas liberdades, o Estado passou a visualizá-lo como poder gozar de todos os direitos, independente de ser
membro da sociedade. Assim, foi possível reconhecer
homem ou mulher, rico ou pobre, religioso ou não, da
as diferenças entre as pessoas. Como consequência,
cor da pele, da nacionalidade, entre outros fatores.
passou-se a exigir um papel mais ativo do Estado para
Lembre-se: a menção “espírito de fraternidade”
garantir direitos de oportunidade iguais aos indiví-
não guarda relação com os direitos de terceira dimen-
duos, por meio de políticas públicas, como, por exem-
são/geração. A expressão é no sentido de evitar condu-
plo, o acesso à educação e à saúde, o voto feminino, a
tas individualistas.
regulamentação das regras trabalhistas e previdenciá-
rias, entre outros. Por conseguinte, passa-se a exigir
Art. 2º 1. Todo ser humano tem capacidade para
uma ação e, não mais, uma omissão do Estado3.
gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta
A esses direitos dá-se o nome de direitos de segun-
Declaração, sem distinção de qualquer espécie,
da geração/dimensão, estando ligados ao poder de
seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião políti-
exigir do Estado a consecução dos direitos econô-
ca ou de outra natureza, origem nacional ou social,
micos, sociais e culturais. riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Por fim, os terceiros direitos reconhecidos encon- 2. Não será também feita nenhuma distinção fun-
tram-se atrelados ao ideal de fraternidade, por dize- dada na condição política, jurídica ou inter-
rem respeito à coletividade. O olhar é mais amplo, nacional do país ou território a que pertença
visualizando direitos que transcendem os indivíduos, uma pessoa, quer se trate de um território inde-
ou seja, direitos transindividuais. Esses direitos são pendente, sob tutela, sem governo próprio, quer
constituídos por interesses indivisíveis, que podem sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
abranger um número indeterminado de pessoas,
sujeitos indeterminados e indetermináveis, denomi- Esse artigo é composto de dois itens. O primeiro
nados de direitos difusos, como, por exemplo, o direi- item estabelece que os direitos e liberdades contidos
to ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, na DUDH podem ser invocados por todos os indiví-
o direito à autodeterminação dos povos, o direito à duos independentemente de qualquer condição pes-
comunicação, entre outros. Podem, também, abran- soal, tais como sexo, raça, nacionalidade, condição
ger um grupo ou categoria determinada de pessoas social, entre outros. Trata-se, portanto, da não distin-
determináveis unidas pelo mesmo interesse jurídico,
ção fundada em atributo pessoal. Em contrapartida,
denominados de direito coletivo, como, por exem-
o segundo item amplia a abrangência do dispositivo,
plo, a proteção de determinados grupos sociais, tidos
para vedar as distinções fundadas em condições polí-
como vulneráveis.
tica, jurídica ou internacional do país ou território
Assim sendo, a DUDH inicia seus dispositivos com
a que pertença o indivíduo. Deste modo, os posicio-
os direitos de primeira geração/dimensão, ou seja,
namentos políticos e jurídicos adotados pelo Estado,
os direitos civis e políticos, que exigem uma postura
interna ou externamente, não podem servir de moti-
DIREITOS HUMANOS
A DUDH não traz os direitos de terceira geração/ Art. 3º Todo ser humano tem direito à vida, à
dimensão. liberdade e à segurança pessoal.
4 Conforme art. 6º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica).
412 5 Conforme art. 2º da Convenção Interamericana, para prevenir e punir a tortura.
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Em termos simples, ser reconhecido como pessoa Art. 10 Todo ser humano tem direito, em plena
é pressuposto para ter direito a possuir direitos, inde- igualdade, a uma justa e pública audiência por
pendentemente de qualquer análise de suas condutas. parte de um tribunal independente e imparcial,
para decidir seus direitos e deveres ou fundamento
Art. 7º Todos são iguais perante a lei e têm direi- de qualquer acusação criminal contra ele.
to, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção contra qualquer O art. 10 também estabelece uma garantia processual,
discriminação que viole a presente Declaração e ou seja, o direito que todas as pessoas têm de serem julga-
contra qualquer incitamento a tal discriminação. das por um tribunal independente e imparcial. Trata-se,
portanto, do desdobramento do direito à segurança (jurí-
O art. 7º traz o direito à igualdade. Trata-se da dica) somado ao direito à igualdade. Isso significa dizer
necessidade da lei reconhecer que todos os seres que a prestação jurisdicional não deve estar atrelada a
humanos possuem os mesmos direitos e as mesmas
outros interesses que não os amparados e tutelados pela
proteções. Além disso, a lei não pode ser aplicada de
lei. E mais além, que ela seja prestada igualmente a todas
modo discriminatório, de modo a negar direitos bási-
as pessoas, de forma independente e imparcial.
cos aos indivíduos em razão de qualquer condição
Por mais que a interpretação do artigo conduza à
pessoal, como sexo, cor, origem, entre outros.
Atenção! A ideia de igualdade possui duas esfera penal, sua abrangência não pode estar limitada
acepções: a essa área do direito. Isso porque a prestação jurisdi-
cional igualitária não se restringe a questões penais.
z Igualdade formal: todos são iguais perante a lei. Ela pode envolver outros âmbitos do direito, como, por
Tratar a todos de forma igual; exemplo, a garantia de acesso de todos os indivíduos
z Igualdade material: igualdade, de fato, perante a à Justiça, independentemente de sua condição econô-
lei (tratar igualmente os iguais e, desigualmente, mica. Assim, a possibilidade de pessoas sem condições
os desiguais. econômicas pleitearem a tutela do Estado por intermé-
dio da Defensoria Pública (Estado prestando assistên-
Art. 8º Todo ser humano tem direito a receber dos cia jurídica) é um exemplo de prestação igualitária.
tribunais nacionais competentes remédio efetivo
para os atos que violem os direitos fundamentais que Art. 11
lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso
tem o direito de ser presumido inocente até que a
O art. 8º estabelece que a prestação jurisdicional sua culpabilidade tenha sido provada de acordo
dada pelo Estado aos indivíduos deve ser efetiva. Tra- com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham
ta-se de um dos desdobramentos do direito à seguran- sido asseguradas todas as garantias necessárias à
ça, por trazer a ideia de segurança jurídica. Envolve as sua defesa.
garantias processuais, tais como os princípios da dura- 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação
ção razoável do processo, do devido processo legal, do ou omissão que, no momento, não constituíam
contraditório e da ampla defesa, entre outros, além de delito perante o direito nacional ou interna-
seu reconhecimento pelas constituições ou pelas leis. cional. Também não será imposta pena mais forte
A expressão “remédio efetivo” não tem relação de que aquela que, no momento da prática, era apli-
direta com os remédios constitucionais previstos na CF,
cável ao ato delituoso.
de 1988 (habeas corpus, habeas data, mandado de segu-
rança, mandado de injunção, e ação popular). O senti-
O art. 11 é composto de dois itens. O primeiro item
do dado pelo artigo diz respeito à efetividade da tutela
traz o princípio da presunção de que todos os seres
jurisdicional, para evitar, por exemplo, a justiça tardia
ou a não apreciação da demanda por parte do Estado. humanos acusados de práticas delituosas são inocen-
tes até que a culpabilidade tenha sido provada. Isso
Art. 9º Ninguém será arbitrariamente preso, significa dizer que não é o acusado que tem que pro-
detido ou exilado. var que é inocente, mas o Estado que tem a responsa-
bilidade de demonstrar a responsabilidade criminal
A liberdade é a regra e a sua restrição só é legítima deste. Portanto, por essa garantia processual, decor-
quando efetuada nos estritos limites legais. Assim, o rente do direito à segurança, compete ao Estado o
art. 9º protege os indivíduos da força do Estado, uma ônus de provar a culpa do indivíduo.
vez que veda a prisão arbitrária ou abusiva e esta-
belece que a restrição da liberdade só será legítima z Presunção de inocência = ônus da prova do Estado
quando respeitados os parâmetros da lei. Trata-se,
também, de um dos desdobramentos do direito à A inocência é presumida, porque quem deve pro-
DIREITOS HUMANOS
O art. 21 encerra o rol dos direitos civis e políticos O art. 23 assegura às pessoas o direito ao trabalho
previstos na DUDH. Na realidade, o dispositivo é o úni- e à livre escolha do emprego, ou seja, a liberdade de
co que disciplina os direitos políticos, sendo dividido escolha profissional. Para tanto, deve o Estado estipu-
em três itens. O primeiro item dá ênfase ao regime lar as condições necessárias para a realização do tra-
democrático de governo, ao estabelecer os indivíduos balho e adotar medidas de proteção ao trabalhador
como titulares da soberania. Desse modo, os seres contra o desemprego.
humanos podem participar diretamente do governo Considerando-se que todo trabalho tem direito
(democracia direta) ou indiretamente, por meio de a uma contraprestação, essa remuneração deve ser
seus representantes escolhidos pelo voto (democracia pautada pelo princípio da igualdade, evitando que
indireta). Trata-se, também, do direito de votar e ser pessoas que exerçam as mesmas funções e nos mes-
votado. mos locais recebam valores diferentes de acordo com
O segundo item refere-se aos serviços prestados suas características pessoais, como sexo, cor, naciona-
pelo Estado, os quais devem respeitar o direito à igual- lidade, religião, entre outros. Assim sendo, também é
dade, ou seja, todos os indivíduos tem acesso aos mes- dever do Estado adotar medidas de proteção ao traba-
mos serviços prestados.
lhador contra tratamentos discriminatórios.
Por fim, o terceiro item trata do direito de voto,
O dispositivo garante, ainda, que a remuneração
que deve ser periódico, legítimo, universal e secreto.
seja justa e suficiente para assegurar ao trabalhador
É importante frisar que, no Brasil, não é possível
e à sua família uma vida digna. Por fim, estabelece
alterar as regras com relação ao voto direto, secreto,
o direito à livre criação de sindicatos, para que estes
universal e periódico (são cláusulas pétreas). A obri-
possam garantir os meios de proteção aos direitos dos
gatoriedade do voto, por sua vez, pode ser alterada
trabalhadores.
(tornar-se facultativo).
Sobre isso, vale ressaltar que a CF, de 1988, disci-
plina os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
em seu art. 7º.
Conforme visto, esta segunda parte engloba os direi-
Art. 24 Todo ser humano tem direito a repouso e
tos de segunda geração/dimensão, ou seja, aqueles que
lazer, inclusive a limitação razoável das horas
demandam a atuação e proteção do Estado para assegu-
de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
rar a todas as pessoas a igualdade. Eles estão previstos
nos arts. 22 ao 28 da DUDH. Vejamos cada um deles:
O art. 24 também assegura um direito dos traba-
lhadores. Trata-se de duas regras para evitar que o
Art. 22 Todo ser humano, como membro da socie-
dade, tem direito à segurança social, à reali- trabalhador seja levado à exaustão. A primeira é a
zação pelo esforço nacional, pela cooperação estipulação de períodos de descanso, ou seja, da pro-
internacional e de acordo com a organização teção do repouso e do lazer, assim como a garantia de
e recursos de cada Estado, dos direitos econômi- gozo de férias remuneradas e periódicas. A segunda é
cos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignida- a limitação da jornada do trabalho.
de e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Art. 25
O art. 22 assegura aos indivíduos um sistema de 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida
assistência e proteção econômica em determinados capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-
momentos, tais como incapacidade temporária ou defi- -estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
nitiva, velhice, maternidade, entre outros, ou seja, um cuidados médicos e os serviços sociais indispensá-
programa de proteção social para amparar as pessoas veis e direito à segurança em caso de desemprego,
em determinados eventos. Também garante a consecu- doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de
ção de esforços nacionais, de cooperação internacional perda dos meios de subsistência em circunstâncias
e de organização e gerenciamento dos recursos dispo- fora de seu controle.
níveis pelos Estados com o objetivo de garantir as con- 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados
e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas
dições indispensáveis a uma vida com dignidade.
dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma
Desse artigo, advém a ideia de “reserva do possí-
proteção social.
vel”, pois o Estado deve garantir os direitos em confor-
midade com seus recursos.
O art. 25 traz a ideia de mínimo existencial, ou
Art. 23
seja, de um padrão mínimo de condições materiais
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre aceitáveis para uma vida com dignidade. Nestes ter-
escolha de emprego, a condições justas e favorá- mos, deve-se assegurar que a quantidade de alimen-
veis de trabalho e à proteção contra o desemprego. tos deve ser suficiente para o indivíduo e sua família,
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem que ele possa se vestir, ter moradia, acesso aos servi-
direito a igual remuneração por igual trabalho. ços médicos, sociais e segurança em caso de impre-
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a vistos, tais como desemprego, incapacidade, velhice
416 uma remuneração justa e satisfatória que lhe etc. Além disso, devem-se assegurar os cuidados e
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assistência devidos à maternidade e à infância, sem Art. 28 Todo ser humano tem direito a uma ordem
qualquer distinção entre os filhos. social e internacional em que os direitos e liberda-
É importante saber que, antes da CF, de 1988, a des estabelecidos na presente Declaração possam
proteção aos filhos concebidos no casamento era dife- ser plenamente realizados.
rente dos gerados fora do matrimônio. Por exemplo,
uma pessoa casada não poderia registrar filho havido Finalizando os direitos econômicos, sociais e cul-
fora deste casamento. turais, o art. 28 reafirma os direitos elencados na
DUDH e estabelece que uma ordem social condizente
Art. 26 com os valores da dignidade humana somente poderá
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A ins- ser efetivada com a consecução de todos os direitos
trução será gratuita, pelo menos nos graus elemen- previstos na declaração. Portanto, os Estados devem
tares e fundamentais. A instrução elementar será se comprometer a adotar a Declaração, tanto em seu
obrigatória. A instrução técnico-profissional será âmbito interno como em seu âmbito externo.
acessível a todos, bem como a instrução superior,
esta baseada no mérito. Outros Dispositivos
2. A instrução será orientada no sentido do pleno
desenvolvimento da personalidade humana e do Os arts. 29 e 30 da DUDH não se enquadram como
fortalecimento do respeito pelos direitos do ser direitos civis e políticos nem como direitos econômi-
humano e pelas liberdades fundamentais. A ins- cos, sociais e culturais. A eles compete fazer o fecha-
trução promoverá a compreensão, a tolerância e a mento da Declaração.
amizade entre todas as nações e grupos raciais ou
religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Art. 29
Unidas em prol da manutenção da paz. 1. Todo ser humano tem deveres para com a comu-
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do nidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento
gênero de instrução que será ministrada a seus de sua personalidade é possível.
filhos. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo
ser humano estará sujeito apenas às limitações
O art. 26 assegura aos seres humanos o direito à determinadas pela lei, exclusivamente com o fim
educação. O dispositivo traz a ideia de que a formação de assegurar o devido reconhecimento e respeito
integral da pessoa depende de instrução, pois somente dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer
com uma instrução adequada o indivíduo pode exer- as justas exigências da moral, da ordem pública e
cer outros direitos, tais como a liberdade de expres- do bem-estar de uma sociedade democrática.
são, a liberdade de associação, os direitos políticos, 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipó-
entre outros. Deste modo, cabe ao Estado assegurar o tese alguma, ser exercidos contrariamente aos
acesso à instrução e garantir sua gratuidade ao menos objetivos e princípios das Nações Unidas.
nos níveis elementares e fundamentais.
Quanto à obrigatoriedade, esta deve ser apenas Depois de vinte e oito artigos estabelecendo os
da instrução elementar, assegurando o acesso nos direitos inerentes aos seres humanos, o art. 29 é o
demais níveis de instrução. Nesse ponto é importante único que traz os deveres. Assim, cabe ao indivíduo
observar que, embora o dispositivo estabeleça o direi- contribuir para o desenvolvimento da comunidade, o
to prioritário dos pais na escolha do gênero de instru- que significa dizer que, se por um lado a sociedade se
ção, ele também limita sua liberdade de escolha ao compromete a garantir a consecução dos direitos das
estipular caráter obrigatório à instrução elementar, pessoas, por outro, essas pessoas também se compro-
uma vez que os pais não poderão privar seus filhos do metem com a sociedade.
ensino elementar formal. Além disso, o dispositivo estabelece que os direitos
e liberdades somente podem ser limitados pela lei, de
modo a evitar, por exemplo, o abuso do direito. Por
Importante! fim, o artigo estabelece a relação entre a DUDH e a
Carta das Nações Unidas, de maneira que nenhum
A DUDH não define o que é ensino elementar. direito tutelado possa ser exercido contrariando os
objetivos e princípios da outra.
A título de conhecimento, os propósitos e princí-
Art. 27 pios da ONU são:
1. Todo ser humano tem o direito de participar
livremente da vida cultural da comunidade, de fruir
Art. 1º
as artes e de participar do progresso científico e de 1. Manter a paz e a segurança internacionais e,
seus benefícios. para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efe-
DIREITOS HUMANOS
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos tivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos
interesses morais e materiais decorrentes de qual- de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e
quer produção científica literária ou artística da chegar, por meios pacíficos e de conformidade com
qual seja autor. os princípios da justiça e do direito internacional,
a um ajuste ou solução das controvérsias ou situa-
O art. 27 busca assegurar o acesso dos indivíduos ções que possam levar a uma perturbação da paz;
ao direito cultural. O primeiro item do artigo refere- 2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, basea-
das no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de
-se ao direito de participar, ou seja, de ter acesso aos
autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas
meios de cultura e artes, bem como aos meios cientí- apropriadas ao fortalecimento da paz universal;
ficos. Já o segundo item estabelece os meios de prote- 3. Conseguir uma cooperação internacional para
ção ao direito do autor, quer em seu aspecto material, resolver os problemas internacionais de caráter
quer em seu aspecto moral. econômico, social, cultural ou humanitário, e para 417
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promover e estimular o respeito aos direitos huma- Deste modo, para que os alunos tenham acesso a
nos e às liberdades fundamentais para todos, sem uma educação integral e de qualidade, há a necessida-
distinção de raça, sexo, língua ou religião; e de de as escolas proporcionarem não só o ensino básico,
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das mas também ensino complementar à formação humana
nações para a consecução desses objetivos comuns.
e social. É por esse motivo que o Ministério da Educação
Art. 2º
1. A Organização é baseada no princípio da igual- (MEC) estipulou que as instituições de ensino de todo o
dade de todos os seus Membros. país têm o dever de incorporar em seus planos pedagó-
2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para gicos os chamados “temas transversais”.
todos em geral os direitos e vantagens resultantes De acordo com o MEC, temas transversais na educa-
de sua qualidade de Membros, deverão cumprir de ção são aqueles voltados à compreensão e construção
boa fé as obrigações por eles assumidas de acordo da realidade social, dos direitos e das responsabilidades
com a presente Carta. relacionas à vida pessoal e coletiva e na afirmação do
3. Todos os Membros deverão resolver suas contro-
princípio da participação política, tais como ética, saúde,
vérsias internacionais por meios pacíficos, de modo
que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a meio ambiente, orientação sexual, trabalho, consumo,
justiça internacionais. pluralidade e cultura.
4. Todos os Membros deverão evitar em suas rela- Tais temas são denominados de transversais por
ções internacionais a ameaça ou o uso da força serem trabalhados nas áreas e disciplinas já existentes,
contra a integridade territorial ou a dependência ou seja, são temas que não pertencem a nenhuma disci-
política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação plina específica, porém são pertinentes a todas elas.
incompatível com os Propósitos das Nações Unidas. Os temas transversais fazem parte dos Parâmetros
5. Todos os Membros darão às Nações toda assis-
tência em qualquer ação a que elas recorrerem de
Curriculares Nacionais (PCNs) como propostas para que
acordo com a presente Carta e se absterão de dar as Secretarias e Unidades Escolares elaborem os pró-
auxílio a qual Estado contra o qual as Nações Uni- prios planos de ensino. Trata-se, portanto, de questões
das agirem de modo preventivo ou coercitivo. presentes na vida cotidiana que passaram a compor o
6. A Organização fará com que os Estados que não currículo nas áreas convencionais, porém de forma
são Membros das Nações Unidas ajam de acordo transversal, de modo a relacionar as questões da atua-
com esses Princípios em tudo quanto for necessário lidade à disciplina.
à manutenção da paz e da segurança internacionais.
Como exemplo, é possível citar que o estudo do cor-
7. Nenhum dispositivo da presente Carta autoriza-
rá as Nações Unidas a intervirem em assuntos que
po humano não se restringe à sua dimensão biológica,
dependam essencialmente da jurisdição de qualquer mas também ao comportamento de meninos e meninas
Estado ou obrigará os Membros a submeterem tais na puberdade (compreensão de gênero — conteúdo de
assuntos a uma solução, nos termos da presente Car- orientação sexual) e do respeito às diferenças (conteúdo
ta; este princípio, porém, não prejudicará a aplicação de ética).
das medidas coercitivas constantes do Capitulo VII. Importante esclarecer que os temas transversais não
são temas trabalhados de forma paralela ao conteúdo
Vejamos, agora, o art. 30, o qual encerra a DUDH. didático, uma vez que não representam pontos isolados.
Trata-se de questões sociais que possibilitam aos alunos
Art. 30 Nenhuma disposição da presente Declara- que o conhecimento escolar seja utilizado em sua vida
ção poder ser interpretada como o reconhecimento
fora da escola. É por esse motivo que tais temas devem
a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de
exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ser incluídos pelos professores de forma articulada ao
ato destinado à destruição de quaisquer dos direi- conteúdo e área disciplinada, pois agregam ao exercício
tos e liberdades aqui estabelecidos. da cidadania.
De acordo com o Conselho Nacional de Educação
O art. 30 traz a regra de interpretação da Decla- (CNE):
ração para garantir a adequação entre os direitos
estabelecidos e a consecução da dignidade da pessoa A transversalidade orienta para a necessidade
humana. Consequentemente, não é possível a redu- de se instituir, na prática educativa, uma analo-
ção da proteção, a exclusão do direito, a distorção de gia entre aprender conhecimentos teoricamente
acesso a algum direito baseado em uma interpretação sistematizados (aprender sobre a realidade) e as
errônea do conteúdo e estrutura. Portanto, a interpre- questões da vida real (aprender na realidade e da
tação deve respeitar a própria DUDH. realidade). Dentro de uma compreensão interdis-
ciplinar do conhecimento, a transversalidade tem
significado, sendo uma proposta didática que possi-
bilita o tratamento dos conhecimentos escolares de
forma integrada. Assim, nessa abordagem, a ges-
TEMAS TRANSVERSAIS, PROJETOS tão do conhecimento parte do pressuposto de que
INTERDISCIPLINARES E EDUCAÇÃO os sujeitos são agentes da arte de problematizar e
EM DIREITOS HUMANOS interrogar, e buscam procedimentos interdiscipli-
nares capazes de acender a chama do diálogo entre
diferentes sujeitos, ciências, saberes e temas.
O art. 1º, da Lei nº 9.394, de 1996 (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional — LDB) assim estabelece:
Trata-se, portanto, de temas que aparecem trans-
Art. 1º A educação abrange os processos formativos versalizados nas diversas áreas do conhecimento, e
que se desenvolvem na vida familiar, na convivência que por esse motivo devem ser trabalhados de forma
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e significativa e expressiva nas temáticas curriculares,
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da por constituírem temas que envolvem um aprender
418 sociedade civil e nas manifestações culturais. sobre a realidade.
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sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No que tange aos temas transversais constituídos nos Parâmetros Curriculares Nacionais, verifica-se seis áreas:
Atenção! Cada escola possui autonomia para incluir dentro da proposta do PCN outros assuntos tidos como
relevantes para o aprendizado dos estudantes. No entanto, os seis temas transversais previstos no PCN devem
estar presentes no plano de ensino da educação básica.
Observe que são temas que expressam conceitos e valores básicos à democracia e à cidadania e, embora não
constituam disciplinas autônomas, permeiam todas as áreas do conhecimento.
Memorize:
OBJETIVOS
GERAIS
Enquanto os PCNs abordavam seis temas, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aponta seis macroáreas
temáticas (Cidadania e Civismo, Ciência e Tecnologia, Economia, Meio Ambiente, Multiculturalismo e Saúde), de
modo a englobar 15 temas contemporâneos que afetam a vida humana, quer em escala nacional, regional ou local.
Memorize:
O titular dos direitos e ga- Até então, o que vigorava em relação aos trata-
rantias fundamentais não dos era o § 2º, do art. 5º, da Constituição Federal, que
pode deles renunciar. Po- determina o seguinte:
IRRENUNCIÁVEL
derá, contudo, não exercer
o direito, mas jamais dele Art. 5º [...]
abrir mão § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Cons-
tituição não excluem outros decorrentes do regime
Ainda como consequência e dos princípios por ele adotados, ou dos tratados
da característica acima, internacionais em que a República Federativa do
o titular de um direito fun- Brasil seja parte.
damental também não po-
INALIENABILIDADE derá aliená-lo, ou seja, não Não restam dúvidas que, a partir desse dispositivo, já
pode realizar qualquer tipo estava expresso na Constituição que os tratados vigoram
de transação abrindo mão sem qualquer problema no ordenamento jurídico. Mas
de seu direito, pois não há havia certa discussão se teriam ou não status de uma nor-
conteúdo econômico ma constitucional ou infraconstitucional, ou seja, que não
Esses direitos são impres- está prevista no texto constitucional. Entretanto, após a
DIREITOS HUMANOS
Também são previstas nos editais de concursos Assim, também decorrem da liberdade o direito de
públicos vagas destinadas exclusivamente para pes- manifestação do pensamento e de qualquer atividade
soas que tenham alguma deficiência. Ou seja, em intelectual, artística, científica e de comunicação. Por-
razão de uma desigualdade em relação aos demais tanto, não pode ser estabelecida qualquer forma de
ocasionada pela deficiência, aquele que pleitear uma censura pelo Poder Público. Ademais, todos os indiví-
vaga em concurso público deverá concorrer conforme duos podem expor sua atividade intelectual ou artísti-
suas condições. ca de forma livre, sem necessitar de eventual aval dos
Diante disso, verifica-se que a igualdade está pre- governantes. Destaca-se que é em razão disso que são
sente ainda que em situações que aparentam uma livres quaisquer manifestações.
possível desigualdade, pois, em verdade, deve ser Ainda sobre o direito à liberdade, cabe mencionar,
observado todo o contexto ao redor desses direitos, de ainda que brevemente, um fato notório ocorrido há
forma a garantir efetivamente que todos sejam trata- pouco tempo. Atente-se, pois há grande chance deste
dos da mesma forma perante a lei, consoante prevê o assunto ser cobrado em sua prova:
art. 5º, da Constituição Federal. Uma associação de artistas ingressou com uma ação
no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de
impedir que fossem publicadas biografias não auto-
z Direito à liberdade: a liberdade também é uma
rizadas. A alegação deles era de que essas biografias
decorrência do direito à vida.
ofendiam a integridade moral dos biografados, visto
que expunham fatos desconhecidos pelas pessoas ou
O direito à liberdade, previsto no art. 5º, manifes-
mesmo situações que poderiam causar-lhes constran-
ta-se em diversos pontos da Constituição Federal, e gimentos se viessem ao conhecimento público.
em muitos aspectos: liberdade de locomoção (inciso Contudo, a Corte entendeu que eles não tinham
XV); liberdade de pensamento (inciso IV); liberdade razão pois, ao necessitar de autorização para a publi-
de expressão (inciso IX); liberdade de associação (inci- cação das biografias, os escritores teriam violado seu
so XVII); liberdade religiosa (inciso VI), liberdade de direito à liberdade de manifestação e à liberdade inte-
exercício de trabalho (inciso XIII). lectual e artística.
Alguns aspectos devem ser destacados em relação Finalmente, é necessário dizer que, diante da
à liberdade: garantia de liberdade, o indivíduo apenas poderá ser
424 preso em situação de flagrante delito ou por meio de
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ordem escrita e fundamentada da autoridade compe- Ademais, a função social também inclui um impor-
tente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime tante elemento subjetivo daqueles que estão relacio-
propriamente militar, conforme estabelece o inciso nados à propriedade, qual seja: devem ser respeitadas
LXI, do art. 5º: as relações trabalhistas daqueles que trabalham na
propriedade, bem como seu bem-estar, além do bem-
Art. 5º [...] -estar do proprietário.
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito Finalmente, o direito de propriedade pode ser rela-
ou por ordem escrita e fundamentada de autorida-
tivizado pela desapropriação. Prevista no inciso XXIV,
de judiciária competente, salvo nos casos de trans-
do art. 5º, a desapropriação poderá ser ordenada pelo
gressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei. Poder Público em razão de necessidade, utilidade
pública e interesse social. Nesses casos, será determi-
z Direito à propriedade: o direito à propriedade, nada a perda da propriedade da pessoa em favor do
embora previsto na Constituição Federal, não é Poder Público mediante o pagamento de uma indeni-
absoluto, em primeiro lugar, porque o direito está zação justa e prévia, que deverá ser paga em dinheiro.
condicionado ao atendimento da função social.
Art. 5º [...]
A Constituição Federal, em dois dispositivos —§ 2º, XXIV- a lei estabelecerá o procedimento para desa-
art. 182, e art. 186 —, fala sobre o tema: propriação por necessidade ou utilidade pública,
ou por interesse social, mediante justa e prévia
Art. 182 A política de desenvolvimento urbano, indenização em dinheiro, ressalvados os casos pre-
executada pelo Poder Público municipal, confor- vistos nesta Constituição.
me diretrizes gerais fixadas em lei, tem por obje-
tivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções Dos Direitos Sociais
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes. [...] O art. 6º, da Constituição Federal, preceitua os
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função direitos sociais.
social quando atende às exigências fundamentais
da ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
[...]
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
Art. 186 A função social é cumprida quando a pro-
o lazer, a segurança, a previdência social, a prote-
priedade rural atende, simultaneamente, segundo
ção à maternidade e à infância, a assistência aos
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos: desamparados, na forma desta Constituição.
I- aproveitamento racional e adequado;
II- utilização adequada dos recursos naturais dis- Conforme verifica-se, tratam-se dos direitos míni-
poníveis e preservação do meio ambiente; mos necessários para que a pessoa viva com dignida-
III- observância das disposições que regulam as de em um Estado de Direito. Esses direitos constituem
relações de trabalho; prestações positivas que o Estado deve garantir a
IV- exploração que favoreça o bem-estar dos pro- todos os cidadãos. Terão eficácia imediata, à medida
prietários e dos trabalhadores. que não podem depender de outra norma para sua
implementação pelo Poder Público.
Segundo previsto nesses dois dispositivos, em rela- Destaca-se o direito à saúde, por meio do qual o
ção à propriedade urbana, a função social é cumprida Poder Público deverá promover ações de promoção,
quando as exigências de ordenação da cidade cons-
proteção e recuperação da saúde:
tantes no plano diretor estiverem sendo observadas.
Quanto à propriedade rural, a função social será
Art. 196 Constituição Federal. A saúde é direito de
preenchida quando os seguintes requisitos estiverem
todos e dever do Estado, garantido mediante polí-
sendo cumpridos: aproveitamento racional e adequa-
ticas sociais e econômicas que visem à redução do
do da área; utilização adequada dos recursos naturais
risco de doença e de outros agravos e ao acesso
disponíveis e preservação do meio ambiente; obser- universal e igualitário às ações e serviços para sua
vância das disposições que regulam as relações de promoção, proteção e recuperação.
trabalho, ou seja, daqueles que estiverem prestando
serviços na propriedade; exploração que favoreça o
Ou seja, a obrigação do Estado com a população,
bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
em princípio, é de manter políticas públicas que
Assim, embora o direito de propriedade seja
previnam e protejam de doenças. Em um segundo
DIREITOS HUMANOS
ma estrangeira, como condição para permanência referências trazidas por ele. Note, por exemplo, que
em seu território ou exercício de direitos civis. como a Europa no século XIX era tida como centro de
qualquer desenvolvimento humano, era plenamente
Finalmente, é necessário dizer que a lei não pode- aceitável a colonização e a escravidão dos povos nati-
rá fazer qualquer distinção entre o brasileiro nato e vos da África, Ásia, América e Oceania, assim como
o naturalizado. A Constituição Federal, no § 2º, do art. ocorreu com algumas culturas e religiões, que eram
12, porém, determina que alguns cargos são privativos tidas como inferiores.
de brasileiros natos, quais sejam: Presidente e Vice- Assim sendo, o termo etnia expressa a realidade
-Presidente da República; Presidente da Câmara dos cultural das pessoas em grupos, tendo como base as
Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro do percepções comuns e as experiências compartilhadas,
Supremo Tribunal Federal; carreira diplomática; oficial enquanto raça refere-se aos traços biológicos comuns e
das Forças Armadas e Ministro do Estado de Defesa. as áreas continentais ocupadas desde tempos remotos. 427
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Observa-se que do etnocentrismo adveio o racis- estabelecidas no Artigo 1.1, ou as coloca em des-
mo, que é uma ideologia baseada na superioridade de vantagem, a menos que esse dispositivo, prática ou
determinadas pessoas em decorrência de característi- critério tenha um objetivo ou justificativa razoável e
cas fenotípicas ou genotípicas. legítima à luz do Direito Internacional dos Direitos
Humanos.
3) Discriminação múltipla ou agravada é qualquer
preferência, distinção, exclusão ou restrição basea-
Importante! da, de modo concomitante, em dois ou mais crité-
O termo racismo é decorrente do biopoder e da rios dispostos no Artigo 1.1, ou outros reconhecidos
denominada “guerra de raças”, ou seja, a supe- em instrumentos internacionais, cujo objetivo ou
rioridade da denominada “raça branca”, ligando resultado seja anular ou restringir o reconhecimen-
to, gozo ou exercício, em condições de igualdade,
as demais “raças” à barbárie e selvageria (raças
de um ou mais direitos humanos e liberdades fun-
tidas como inferiores). O racismo pode abarcar damentais consagrados nos instrumentos interna-
tanto as diferenças de cor, tipo físico e intelec- cionais aplicáveis aos Estados Partes, em qualquer
tual, bem como aquelas decorrentes de exclu- área da vida pública ou privada.
são, desigualdade social, encarceramento e 4) Racismo consiste em qualquer teoria, doutrina,
abandono. ideologia ou conjunto de ideias que enunciam um
vínculo causal entre as características fenotípicas
ou genotípicas de indivíduos ou grupos e seus traços
Deste modo, tanto o etnocentrismo como o racis- intelectuais, culturais e de personalidade, inclusive
mo, são ideologias baseadas na falsa concepção de o falso conceito de superioridade racial. O racismo
superioridade e hierarquização de pessoas. Para ocasiona desigualdades raciais e a noção de que as
tanto, a fim de eliminar as distorções criadas pelo relações discriminatórias entre grupos são moral
etnocentrismo e pelo racismo foram implementadas e cientificamente justificadas. Toda teoria, doutri-
na, ideologia e conjunto de ideias racistas descritas
políticas para resguardar a igualdade de todas as pes-
neste Artigo são cientificamente falsas, moralmen-
soas por meio de um sistema normativo de proteção
te censuráveis, socialmente injustas e contrárias
dos direitos humanos. aos princípios fundamentais do Direito Interna-
Este processo de proteção teve início após a Segun- cional e, portanto, perturbam gravemente a paz e
da Guerra Mundial com o movimento de reconstrução a segurança internacional, sendo, dessa maneira,
dos direitos humanos. Tal movimento decorreu da con- condenadas pelos Estados Partes.
cepção de que todos os Estados têm a obrigação de res- 5) As medidas especiais ou de ação afirmativa
peitar os direitos humanos. Seu marco foi a Declaração adotadas com a finalidade de assegurar o gozo
Universal dos Direitos Humanos (DUDH), em 1948. ou exercício, em condições de igualdade, de um ou
Com o decorrer dos anos, este sistema foi aperfei- mais direitos humanos e liberdades fundamentais
çoado para abarcar a proteção de pessoas, ou grupos de grupos que requeiram essa proteção não consti-
de pessoas particularmente vulneráveis, como no tuirão discriminação racial, desde que essas medi-
caso das vítimas de discriminação por etnia e raça. das não levem à manutenção de direitos separados
Para tanto, foi aprovado em 1965, a Convenção Inter- para grupos diferentes e não se perpetuem uma vez
alcançados seus objetivos.
nacional sobre Eliminação de Todas as Formas de
6) Intolerância é um ato ou conjunto de atos ou
Discriminação Racial, de modo a proibir não só a dis-
manifestações que denotam desrespeito, rejeição ou
criminação racial como também qualquer distinção, desprezo à dignidade, características, convicções ou
exclusão, restrição ou preferência fundada na raça, opiniões de pessoas por serem diferentes ou contrá-
cor descendência ou origem nacional ou étnica. rias. Pode manifestar-se como a marginalização e a
Já no âmbito regional, o Sistema Interamericano de exclusão de grupos em condições de vulnerabilidade
Proteção dos Direitos Humanos firmou a Convenção da participação em qualquer esfera da vida pública
Interamericana Contra o Racismo, a Discriminação ou privada ou como violência contra esses grupos.
Racial e Formas Correlatas de Intolerância em 2013.
Este tratado foi ratificado pelo Brasil neste mesmo ano A primeira das seis definições contidas no artigo é
e incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro por a de discriminação racial, que se baseia no tratamento
meio do Decreto nº 10.932, de 10 de janeiro de 2022. desigual entre pessoas e que tem como objetivo man-
Alguns pontos importantes desta Convenção. ter tais desigualdades, de modo a evitar o reconheci-
mento dos direitos destas pessoas. Salienta-se que a
Art. 1 Para os efeitos desta Convenção: Convenção considera como discriminação racial qual-
1) Discriminação racial é qualquer distinção, exclu- quer distinção, exclusão, restrição ou preferência fun-
são, restrição ou preferência, em qualquer área da dada na raça, cor descendência ou origem nacional ou
vida pública ou privada, cujo propósito ou efeito étnica, que tenha como objetivo anular ou comprome-
seja anular ou restringir o reconhecimento, gozo ter o reconhecimento, o gozo ou o exercício no mesmo
ou exercício, em condições de igualdade, de um ou plano a todos os direitos e liberdades humanas, tan-
mais direitos humanos e liberdades fundamentais to no domínio político, econômico ou social, como na
consagrados nos instrumentos internacionais apli- esfera da vida privada.
cáveis aos Estados Partes. A discriminação racial A discriminação pode ser direta ou indireta. Diz-se
pode basear-se em raça, cor, ascendência ou origem discriminação direta aquela que contém em si a inten-
nacional ou étnica. ção de discriminar, ou seja, o tratamento desigual é
2) Discriminação racial indireta é aquela que ocor- resultado de conduta intencional do agente. Exemplo:
re, em qualquer esfera da vida pública ou privada, negar emprego ou atendimento a uma determinada
quando um dispositivo, prática ou critério aparen- pessoa em decorrência da coloração de sua pele ou
temente neutro tem a capacidade de acarretar nacionalidade. Por outro lado, considera-se discrimina-
uma desvantagem particular para pessoas perten- ção indireta o tratamento que aparece de forma indi-
428 centes a um grupo específico, com base nas razões reta, dissimulada ou desprovida de intenção. Trata-se
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de uma prática ou política ou critério tido como apa- coletivo, de todos os direitos humanos e liberdades
rentemente neutro, porém, que coloca a pessoa com fundamentais consagrados na legislação interna
características em relação de desvantagem às demais, e nos instrumentos internacionais aplicáveis aos
sem que exista um motivo justo para isso. Por exemplo, Estados Partes.
a proibição de determinados trajes para entradas em
alguns estabelecimentos comerciais, como chinelo, ou O art. 3º baseia-se no direito à igualdade e reafirma
a contratação de pessoas de uma única faculdade. os direitos de não discriminação contidos tanto nos
A discriminação múltipla ou agravada é aquela que tratados internacionais como nos regionais. A come-
acrescenta outros critérios à conduta de restringir ou çar pela Carta da Organização das Nações Unidas de
anular direitos, tais como gênero, religião, orientação 1945, que estabeleceu em seu preâmbulo a igualdade
sexual, deficiência e idade. Trata-se, portanto, de um de direitos entre homens e mulheres, assim como o
fenômeno múltiplo e complexo cuja discriminação art. 1º, que ao prever o respeito aos direitos humanos,
abrange mais de um fator de discriminação. Exemplo: acrescentou a expressão “sem distinção de raça, sexo,
mulheres pretas sofrem mais discriminação do que língua ou religião”. Na sequência, em 1948, a Declara-
homens pretos ou mulheres brancas. ção Universal dos Direitos Humanos trouxe a ideia de
O racismo é um dos diversos tipos de preconceito, universalidade dos direitos humanos, ou seja, eles são
baseando-se na pré-concepção a respeito de uma etnia inerentes a todas as pessoas, sejam homens ou mulhe-
ou grupo social. Por racismo depreende-se a ideologia res. Já, no que se refere à proteção interamericana
que exalta a superioridade de determinadas pessoas em dos direitos humanos, tem-se a Convenção Americana
decorrência de características fenotípicas ou genotípicas. sobre Direitos Humanos, mais conhecida como Pacto
Atenção! O termo racismo é decorrente do bio- de São José da Costa Rica, estabelecendo a igualdade
poder e da denominada “guerra de raças”, ou seja, a de direitos entre as pessoas.
superioridade da denominada “raça branca”, ligando Atente-se: as duas acepções de igualdade são
as demais “raças” à barbárie e selvageria (raças tidas igualdade formal e igualdade material. A igualdade
como inferiores). O racismo pode abarcar tanto as formal corresponde ao tratamento de todos em igual
diferenças de cor, tipo físico e intelectual, bem como forma, enquanto a igualdade material conduz tratar
aquelas decorrentes de exclusão, desigualdade social, igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na
encarceramento e abandono. medida de sua desigualdade.
Destarte, as medidas especiais ou ações afirmativas
correspondem ao conjunto de ações voltadas a grupos Art. 4 Os Estados comprometem-se a prevenir, eli-
discriminados ou vitimados pela exclusão racial, tendo minar, proibir e punir, de acordo com suas normas
como objetivo eliminar as desigualdades e segregações. constitucionais e com as disposições desta Con-
Tratam-se, portanto, de medidas públicas que propiciem venção, todos os atos e manifestações de racismo,
uma maior participação de determinados grupos (gru- discriminação racial e formas correlatas de intole-
pos discriminados) na educação, emprego, saúde, entre rância, inclusive:
outros. São exemplos: o acesso aos cargos públicos e uni- i. apoio público ou privado a atividades racialmen-
versidades por meio do sistema de cotas raciais. te discriminatórias e racistas ou que promovam a
A intolerância é uma atitude de violência, física ou intolerância, incluindo seu financiamento;
moral, baseada na negação de que a pessoa é titular ii. publicação, circulação ou difusão, por qualquer
de direitos por pertencer a um grupo étnico-racial. forma e/ou meio de comunicação, inclusive a inter-
net, de qualquer material racista ou racialmente
Assim, ela está fundamentada na construção ideoló-
discriminatório que:
gica do racismo, de modo a justificar ações violentas
a) defenda, promova ou incite o ódio, a discrimina-
de não aceitação das diferenças sob a justificativa de ção e a intolerância; e
subordinação, objetificação ou exclusão dos direitos b) tolere, justifique ou defenda atos que constituam
de determinadas pessoas por serem consideradas ou tenham constituído genocídio ou crimes contra
como “raças” menos desenvolvidas. Exemplo: negar a humanidade, conforme definidos pelo Direito
ser atendido por uma pessoa preta. Internacional, ou promova ou incite a prática des-
ses atos;
Art. 2 Todo ser humano é igual perante a lei e tem iii. violência motivada por qualquer um dos crité-
direito à igual proteção contra o racismo, a discri- rios estabelecidos no Artigo 1.1;
minação racial e formas correlatas de intolerância, iv. atividade criminosa em que os bens da vítima
em qualquer esfera da vida pública ou privada. sejam alvos intencionais, com base em qualquer um
dos critérios estabelecidos no Artigo 1.1;
O art. 2º decorre do princípio da isonomia ou da v. qualquer ação repressiva fundamentada em qual-
igualdade. Tal princípio tem como fundamento o fato quer dos critérios enunciados no Artigo 1.1, em vez
de que todos nascem e vivem com os mesmos direitos e de basear-se no comportamento da pessoa ou em
obrigações. Portanto, são destinatários do princípio da informações objetivas que identifiquem seu envol-
DIREITOS HUMANOS
O art. 9º estabelece a necessidade de os Estados Por fim, art. 14 incentiva a promoção de coope-
membros da Convenção compreenderem as diversida- ração internacional, com a finalidade de que as tro-
des da sociedade e, em razão disso, comprometem-se cas de ideias e experiências possam contribuir para
em ter sistemas políticos e jurídicos que reconheçam melhor efetividade do sistema de proteção.
que, embora as pessoas sejam diferentes, o tratamento
prestado a eles deve ser igual, haja vista que os direitos
humanos são inerentes a todos indistintamente.
HORA DE PRATICAR!
Art. 10 Os Estados Partes comprometem-se a
garantir às vítimas do racismo, discriminação
1. (FGV — 2023) O Art. XXII da Declaração dos Direitos
racial e formas correlatas de intolerância um tra-
do Homem de 1793 afirma que:
tamento equitativo e não discriminatório, acesso
igualitário ao sistema de justiça, processo ágeis e
eficazes e reparação justa nos âmbitos civil e crimi- “A instrução é a necessidade de todos. A sociedade
nal, conforme pertinente. deve favorecer com todo o seu poder o progresso da
inteligência pública e colocar a instrução ao alcance
O art. 10 traz outra responsabilidade dos Estados de todos os cidadãos.”
partes, que é a de garantir às vítimas de racismo, dis- Com o amadurecimento da ideia da educação como
criminação e intolerância, acesso à Justiça, proces- direito humano universal, muitos avanços foram feitos
so célere e indenização justa, uma vez que de nada no sentido de aprofundar o que declara o artigo aci-
adiantaria fixar compromissos se o Estado não adotar ma. As opções abaixo listam alguns desses avanços,
postura para reprimir estas modalidades de violência. à exceção de uma. Assinale-a.
Art. 11 Os Estados Partes comprometem-se a con- a) Inclusão de uma educação em direitos humanos nos
siderar agravantes os atos que resultem em discri- sistemas nacionais de ensino.
minação múltipla ou atos de intolerância, ou seja, b) Determinação de um nível elementar obrigatório de
qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada educação para todas as crianças.
em dois ou mais critérios enunciados nos Artigos c) Proclamação do direito à educação nas constituições
1.1 e 1.3 desta Convenção. nacionais de países democráticos.
d) Responsabilização do Estado e da família na promo-
Outro compromisso para repressão da prática de ção e incentivo à educação.
racismo, discriminação e intolerância é o estabelecido e) Definição de que o Estado abdicará da transmissão de
no art. 11. Neste dispositivo, os Estados signatários da valores éticos específicos na educação.
convenção comprometem-se em considerar a discri-
minação múltipla e a intolerância de forma mais rigo- 2. (VUNESP — 2022) Leia um trecho da Carta de São
rosa na docimetria da pena. Francisco, de 26 de junho de 1945, que deu origem à
Organização das Nações Unidas.
Art. 12 Os Estados Partes comprometem-se a rea-
lizar pesquisas sobre a natureza, as causas e as Desenvolver relações entre as nações, baseadas no
manifestações do racismo, da discriminação racial
respeito ao princípio da igualdade de direitos e da auto-
e formas correlatas de intolerância em seus respec-
determinação dos povos, e tomar outras medidas apro-
tivos países, em âmbito local, regional e nacional,
bem como coletar, compilar e divulgar dados sobre priadas ao fortalecimento da paz universal; conseguir
a situação de grupos ou indivíduos que sejam víti- uma cooperação internacional para resolver os proble-
mas do racismo, da discriminação racial e formas mas internacionais de caráter econômico, social, cultural
correlatas de intolerância. ou humanitário, e para promover e estimular o respeito
aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para
DIREITOS HUMANOS
O art. 12 traz um compromisso para a prevenção todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião…
da prática de racismo, discriminação racial e intole-
rância, que é a realização de pesquisas sobre o tema, (José Damião de Lima Trindade. História social dos direitos
humanos, 2002.)
com coleta de dados e divulgação, com o objetivo de
poder atuar nestas causas para a solução do problema.
A Carta de São Francisco almejava
Art. 13 Os Estados Partes comprometem-se a
estabelecer ou designar, de acordo com sua legis- a) protestar contra a forma como os governos totalitá-
lação interna, uma instituição nacional que será rios europeus lidavam com as questões humanas.
responsável por monitorar o cumprimento desta b) cunhar um sentido abstrato de direitos difundidos glo-
Convenção, devendo informar essa instituição à balmente a despeito das condições de desigualdade
Secretaria-Geral da OEA. extrema dos povos. 431
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c) barrar a participação de regimes políticos antidemo- b) ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento
cráticos nas reuniões periódicas de assembleias para ou castigo cruel, desumano ou degradante, salvo em
a promoção da paz. período de guerra declarada de acordo com as leis de
d) encerrar a bipolarização mundial do período gerada caráter nacional e internacional.
pelas potências capitalistas e soviéticas. c) todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito
e) garantir o cumprimento de preceitos comuns aos indi- de procurar e de gozar asilo em outros países, ainda
víduos e nações com a finalidade de evitar novos con- que a perseguição seja motivada por crimes de direito
flitos bélicos. comum ou por atos contrários aos objetivos e princí-
pios das Nações Unidas.
3. (FCC — 2019) Considere o seguinte excerto da obra d) ninguém será mantido em escravidão ou servidão,
doutrinária ao final identificada: sendo a escravidão e o tráfico de escravos proibidos
em todas as suas formas.
“Outra característica associada aos direitos funda- e) ninguém poderá ser culpado por ação ou omissão que,
mentais diz com o fato de estarem consagrados em no momento, não constituíam delito, admitindo-se
preceitos da ordem jurídica. Essa característica serve apenas a imposição de pena mais grave do que aquela
de traço divisor entre as expressões direitos funda- que, no momento da prática, era aplicável ao ato deli-
mentais e direitos humanos. tuoso, se previsto em norma de direito internacional.
A expressão direitos humanos, ou direitos do homem,
é reservada para aquelas reivindicações de perene 5. (VUNESP — 2023) A Declaração Universal dos Direi-
respeito a certas posições essenciais ao homem. São tos Humanos marcou uma nova etapa do sistema de
direitos postulados em bases jusnaturalistas, contam valores no âmbito internacional, situando no mesmo
índole filosófica e não possuem como característica plano os direitos civis, políticos, econômicos, sociais
básica a positivação numa ordem jurídica particular. e culturais. Assim é que o artigo 22 da Declaração faz
A expressão direitos humanos, ainda, e até por con- expressa menção ao direito a que todo ser humano
ta da sua vocação universalista, supranacional, é tem, como membro da sociedade, à segurança social,
empregada para designar pretensões de respeito à à realização pelo esforço nacional, pela cooperação
pessoa humana inseridas em documentos de direito internacional e de acordo com a organização e recur-
internacional. sos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais
Já a locução direitos fundamentais é reservada aos e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre
direitos relacionados com posições básicas das desenvolvimento
pessoas, inscritos em diplomas normativos de cada
Estado. São direitos que vigem numa ordem jurídica a) comunitário.
concreta, sendo, por isso, garantidos e limitados no b) de seu pensamento ético.
espaço e no tempo, pois são assegurados na medida c) de seu arbítrio.
em que cada Estado os consagra.” d) laboral.
e) da sua personalidade.
(MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso
de Direito Constitucional, 13.ed., São Paulo: Saraiva Educação, 2018,
p. 147) 6. (FGV — 2022) Após a Segunda Guerra Mundial, mais
precisamente em 10 de dezembro de 1948, foi procla-
Com base no texto transcrito, mada a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
reconhecendo a dignidade como direito a toda catego-
a) não há como distinguir doutrinariamente as expres- ria humana, além de outros direitos iguais e inaliená-
sões direitos fundamentais e direitos humanos, dada a veis cujo fundamento é a liberdade e a justiça. Assim
vocação universalista da proteção da pessoa humana, sendo, tendo por norte a aludida Declaração e a nossa
reconhecida nos documentos do direito internacional. Constituição da República de 1988, analise os tópicos
b) a expressão direitos humanos possui natureza univer- a seguir.
salista, oriunda de uma concepção filosófica derivada
do Direito Natural. I. Segundo prescreve a Declaração Universal dos Direi-
c) a expressão direitos humanos diz respeito ao direi- tos Humanos, de 1948, todos os homens nascem
to positivado por cada Estado soberano e, por essa livres e iguais em dignidade e direito. Dotados de razão
razão, se afasta das concepções jusnaturalistas. e consciência, devem agir uns para com os outros em
d) a expressão direitos humanos, dado o caráter nacional espírito de fraternidade.
da positivação jurídica, não constitui objeto do Direito II. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em
Internacional Público. determinado dispositivo, estabelece que ninguém
e) por se tratar de concepção filosófica jusnaturalista, pode ser exilado.
não limitada ao tempo e ao espaço, os direitos funda- III. No ordenamento constitucional brasileiro vigente, o
mentais não possuem conteúdo jurídico. princípio do primado do trabalho é a base da ordem
social. A falta de trabalho (direito social) afeta a igual-
4. (FCC — 2023) Nos termos da Declaração Universal dade entre os homens, dando azo às desigualdades
dos Direitos Humanos, de 1948, sociais.
IV. A Declaração Universal prevê a possibilidade de que
a) todo ser humano tem capacidade para gozar os direi- toda pessoa tem o direito de abandonar o país em que
tos e as liberdades estabelecidos na Declaração, sem se encontra e o direito de retornar ao seu país.
distinção, salvo se fundada na condição política, jurídi- V. Toda pessoa individual tem direito à propriedade, a
ca ou internacional do país ou território a que pertença coletiva não, conforme consta da Declaração Univer-
432 a pessoa. sal dos Direitos Humanos.
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Está correto somente o que se afirma em: 9. (CEBRASPE-CESPE — 2021) Considerando que a
Declaração Universal dos Direitos Humanos tem como
a) I, II e IV; ideal a prática costumeira entre os povos e as nações
b) I, II e V; de importantes valores para a sociedade, é correto
c) I, III e IV; afirmar que o documento, no Brasil, tem natureza
d) II, III e IV;
e) II, III e V. a) de recomendação a respeito da aceitação e promoção
de suas deliberações.
7. (FGV — 2022) Maria e Joana, estudiosas da Declara- b) inderrogável, podendo ser revogada somente por outra
ção Universal dos Direitos Humanos (DUDH), busca- norma de igual valor.
ram identificar os traços estruturais desse importante c) de tratado internacional, valendo como norma interna-
ato de direito internacional. lizada pelo ordenamento jurídico.
Maria afirmava que a DUDH consagrava exclusivamen- d) de direito positivo, conforme prescreve a Constituição
te o discurso liberal, não amparando a tese da existên- da República.
cia e exigibilidade de direitos prestacionais perante o e) vinculativa, acarretando sanção internacional o seu
Estado. Joana, por sua vez, defendia que a DUDH tam- descumprimento.
bém se harmonizava com o discurso social, necessá-
rio à construção da igualdade, embora as dimensões 10. (FGV — 2019) Após a II Guerra Mundial, foi criada a
da liberdade e da igualdade sejam vistas de maneira Organização das Nações Unidas, e uma de suas pri-
separada e dividida. meiras atividades foi aprovar uma Declaração de
Direitos Humanos que vinculasse o conceito e a ideia
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa desses direitos a valores fundamentais afirmados na
correta. modernidade.
a) Maria está totalmente certa e Joana, totalmente errada. Isso fica expresso no próprio preâmbulo da Declara-
b) Joana está totalmente certa e Maria, totalmente errada. ção de 1948 ao afirmar que:
c) Joana está totalmente errada, enquanto Maria está erra-
da apenas ao negar a exigibilidade de direitos prestacio- a) os direitos humanitários limitam os efeitos de confli-
nais perante o Estado.
tos armados para proteger pessoas que não partici-
d) Maria está totalmente certa, enquanto Joana está errada
pam ou que deixaram de participar das hostilidades da
apenas ao afirmar que o discurso social é necessário à
guerra;
construção da igualdade.
b) o reconhecimento da dignidade inerente a todos os
e) Maria está totalmente errada, enquanto Joana está erra-
membros da família humana e de seus direitos iguais
da apenas ao afirmar que as dimensões da liberdade e da
e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça
igualdade são vistas de maneira separada e dividida.
e da paz no mundo;
c) os direitos humanos devem ser reconhecidos e expres-
8. (VUNESP — 2022) Assinale a alternativa que está
sos pelo lema “o amor por princípio, a ordem por base
expressamente de acordo com a Declaração Univer-
e o progresso por fim”;
sal dos Direitos Humanos da Organização das Nações
d) os estados nacionais somente poderão viver em paz
Unidas.
e apreço mútuo de seus cidadãos na medida em que
respeitem os princípios de liberdade, igualdade e
a) Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o
fraternidade;
direito de ser presumido inocente até que a sua culpa-
bilidade tenha sido provada de acordo com a lei, não e) a soberania é o valor maior a ser protegido nas rela-
podendo ser encarcerado antes do trânsito em julgado ções internacionais, pois é ela que permite a verdadei-
da sentença condenatória. ra autodeterminação de povos livres.
b) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou
omissão que, no momento, não constituíam delito 11. (VUNESP — 2019) Com relação à Declaração Universal
perante o direito nacional ou internacional. Também dos Direitos Humanos, assinale a alternativa correta.
não será imposta pena mais benéfica que aquela que,
no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. a) Todo ser humano tem capacidade para gozar os
c) Todo ser humano tem direito à instrução, que será gratui- direitos e as liberdades estabelecidos na Declaração
ta, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A Universal dos Direitos Humanos, com as distinções
instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico- previstas nas legislações de cada Estado.
-profissional será acessível a todos, bem como a instru- b) Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os
DIREITOS HUMANOS
ção superior, esta baseada no mérito. lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
d) No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser huma- c) Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento
no estará sujeito apenas às limitações determinadas ou castigo cruel, desumano ou degradante, exceto nas
pelo Poder Executivo, com o fim de assegurar o respeito situações de acusação por terrorismo.
dos direitos e liberdades e de satisfazer as exigências da d) Ninguém será mantido em escravidão ou servidão,
moral, da ordem pública e do bem- -estar da sociedade. exceto se já estiver nessa condição quando da publi-
e) Todo ser humano que trabalha tem direito a uma cação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
remuneração justa e satisfatória que lhe assegure e) Todo ser humano tem o dever de receber dos tribunais
uma existência compatível com a dignidade humana, nacionais e internacionais competentes remédio efe-
bem como repouso e lazer, inclusive direito a férias tivo para os atos que violem os direitos fundamentais
remuneradas com um terço a mais e décimo terceiro que lhe sejam reconhecidos pela Constituição ou pela
salário. lei. 433
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12. (VUNESP — 2019) A Declaração Universal dos Direi- Defensoria Pública ajuizou ação civil pública em face
tos Humanos foi elaborada sob o impacto das atro- do Estado Alfa, ressaltando na inicial que, conforme
cidades cometidas durante a 2a Guerra Mundial, se entendimento do Supremo Tribunal Federal e previsão
apresentando como o ideal comum a ser atingido por na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é
todos os povos e todas as nações. O artigo 16 decla- lícito ao Judiciário impor à Administração Pública obri-
ra que a família é o núcleo natural e fundamental da gação de fazer, consistente na promoção de medidas
sociedade e tem direito à proteção da sociedade e ou na execução de obras emergenciais em estabele-
cimentos prisionais para dar efetividade ao postula-
a) do Estado. do da dignidade da pessoa humana e assegurar aos
b) das entidades. detentos o respeito à sua integridade física e moral,
c) do seu responsável legal. nos termos do que preceitua o Art. 5º, XLIX, da Consti-
d) do município. tuição da República de 1988:
e) dos órgãos de segurança.
a) não sendo oponível à decisão o argumento da reserva do
13. (FGV — 2022) Maria foi nomeada e empossada no cargo possível nem o princípio da separação dos poderes, no
de professora municipal, após aprovação em concurso entanto, não se decidirá com base em valores jurídicos
público. Durante seu estágio probatório, Maria foi desig- abstratos sem considerar as consequências práticas da
nada para lecionar em diversas turmas, uma delas com decisão;
aula em dia e horário em que sua crença religiosa a impe- b) sendo oponível à decisão o argumento da reserva do pos-
dia de trabalhar. Maria comunicou formalmente o fato à sível e o princípio da separação dos poderes, mas deverá
direção da escola e à Secretaria Municipal de Educação o Judiciário privilegiar a dignidade da pessoa humana,
que, além de não lhe oportunizarem atividade diversa, sem adentrar as consequências administrativas práticas
alegaram violação do dever funcional de assiduidade e da decisão, que é matéria de mérito administrativo;
c) sendo oponível à decisão o argumento da reserva do
determinaram a instauração de processo administrativo
possível e o princípio da separação dos poderes, mas
disciplinar (PAD), que foi determinante para a reprovação
deverá o Judiciário decidir com base principiológica e
da servidora no estágio probatório.
levando em conta valores jurídicos abstratos, sem juí-
Inconformada, Maria buscou assistência jurídica na
zo de valor sobre consequências práticas da decisão,
Defensoria Pública, que impetrou mandado de segu-
que é matéria de mérito administrativo;
rança, alegando que, com base no Pacto de São José
d) não sendo oponível à decisão o argumento da reserva
da Costa Rica e na jurisprudência do Supremo Tribunal
do possível nem o princípio da separação dos pode-
Federal, é possível a Administração Pública estabelecer
res, e deverá o Judiciário decidir com base em valores
critérios alternativos para o regular exercício dos deveres
jurídicos abstratos sem necessidade de considerar as
funcionais inerentes aos cargos públicos, em face de ser- consequências práticas da decisão, desde que haja a
vidores que invoquem escusa de consciência por moti- devida fundamentação principiológica.
vos de crença religiosa:
15. (CEBRASPE-CESPE — 2022) Acerca da Constituição
a) para eximir-se de obrigação legal imposta a todos ser- brasileira e dos tratados internacionais de direitos
vidores, podendo Maria recusar-se a cumprir prestação humanos, assinale a opção correta.
alternativa, para evitar violação ao princípio da isono-
mia com os demais servidores aprovados no mesmo a) Todos os tratados de direitos humanos promulgados
concurso; após a Emenda Constitucional n.º 45/2004 têm status
b) desde que presente a razoabilidade da alteração, não se de lei ordinária.
caracterize o desvirtuamento no exercício de suas fun-
b) O STF definiu, por unanimidade, que os tratados inter-
ções e não acarrete ônus desproporcional à Administra-
nacionais de direitos humanos promulgados antes de
ção Pública, que deverá decidir de maneira fundamentada;
2004 possuem caráter supralegal.
c) desde que o servidor já tenha adquirido a estabilidade
c) A Emenda Constitucional n.º 45/2004 institui uma
após estágio probatório, mas que, no caso em tela, Maria
dupla hierarquia para os tratados internacionais de
não pode ser duplamente sancionada pelo mesmo fato,
direitos humanos.
devendo incidir somente falta funcional leve, e não repro-
d) O caso do depositário infiel demonstra a supremacia
vação no estágio probatório;
d) pois o princípio da laicidade se confunde com laicismo, das normas internacionais de direitos humanos em
de maneira que, em ponderação de interesses, o direito qualquer circunstância.
à liberdade religiosa deve prevalecer sobre o princípio da e) Os tratados internacionais que versam sobre direitos
laicidade estatal, e Maria não está obrigada a aceitar as humanos, aprovados em cada casa do Congresso
atividades alternativas que lhe forem ofertadas. Nacional, em dois turnos, por maioria simples dos
votos dos respectivos membros, são equivalentes às
14. (FGV — 2022) Defensores públicos do Núcleo de Direi- emendas constitucionais.
tos Humanos da Defensoria Pública do Estado Alfa
realizaram vistoria em certa Cadeia Pública estadual 16. (FGV — 2022) Maria, presidente da Associação das
e constataram uma série de violações ao Art. 5º, XLIX, Pessoas com Deficiência do Estado Alfa, travou inten-
da Constituição da República de 1988, que dispõe que so debate com um representante do governo federal
é assegurado aos presos o respeito à integridade físi- a respeito da existência de uma faculdade ou de um
ca e moral. Além da superlotação da unidade prisional, dever jurídico na promoção de medidas de conscien-
os defensores constataram irregularidades sanitárias, tização da sociedade a respeito dessa camada da
ambientais e nas instalações físicas do prédio, como população, estimulando a observância aos seus direi-
pane da rede elétrica, com risco de incêndio, rachadu- tos, combatendo estereótipos e ressaltando suas con-
ras em paredes e tetos, falta de circulação de ar etc. tribuições e capacidades.
Após tentativa frustrada de solução consensual com a
434 Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, a Ao final, concluíram corretamente que se está perante
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a) um dever jurídico previsto em norma internacional e e) pelas duas Casas do Congresso Nacional, em reunião
que foi incorporado à ordem jurídica interna com o conjunta, pelo voto de três quintos dos respectivos
status de norma legal, incluindo ainda o dever de lan- membros, com a sanção do Presidente da República.
çar e dar continuidade a campanhas publicitárias de
conscientização. 20. (CEBRASPE-CESPE — 2020) Nas hipóteses de grave
b) um dever jurídico previsto em norma internacional e violação de direitos humanos, a fim de se assegurar
que foi incorporado à ordem jurídica interna com o sta- o cumprimento de obrigações decorrentes de tratado
tus de norma constitucional, incluindo ainda o dever internacional, o incidente de deslocamento de compe-
de fomentar o respeito a essas pessoas em todos os tência para a justiça federal poderá ser suscitado ao
níveis de educação.
c) um dever jurídico previsto em norma internacional e a) STF pelo procurador-geral da República ou pelo advo-
que foi incorporado à ordem jurídica interna com o gado-geral da União.
status de norma supralegal, mas infraconstitucional, b) STJ pelo procurador-geral da República ou pelo advo-
incluindo ainda o dever de favorecer atitudes recepti- gado-geral da União.
vas em relação a essas pessoas. c) STJ pelo procurador-geral da República.
d) uma faculdade jurídica sujeita à avaliação política das d) STF pelo procurador-geral da República.
maiorias ocasionais, que não decorre de compromis- e) STF pelo procurador-geral da República, pelo advo-
sos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro, gado-geral da União ou pelo presidente do Senado
mas, sim, da necessidade mais ampla de proteção da Federal.
dignidade humana.
e) uma faculdade jurídica contemplada em norma inter-
nacional, que deve ser implementada em conjunto
9 GABARITO
pelos Estados-partes, de modo que possam alcançar
padrões universais uniformes de proteção às pessoas 1 E
com deficiência.
2 E
17. (CEBRASPE-CESPE — 2022) De acordo com o Supre- 3 B
mo Tribunal Federal, a proibição de discriminação em
razão de orientação sexual encontra amparo no princí- 4 D
pio constitucional da
5 E
a) cidadania. 6 C
b) dignidade da pessoa humana.
c) solidariedade. 7 E
d) independência.
e) moralidade. 8 C
9 A
18. (FCC — 2022) A ratificação de tratados internacionais
de direitos humanos na forma do artigo 5º, § 3º, da 10 B
Constituição Federal, implica a recepção do respectivo
tratado com status: 11 B
12 A
a) de emenda constitucional.
b) infraconstitucional. 13 B
c) supraconstitucional.
d) supralegal. 14 A
e) infralegal. 15 C
436
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