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Biografia de Marechal Rondon

Marechal Rondon

Nome: Cândido Mariano da silva.

Nascimento: 05 .05.1865

Morte: 19.01.1958
Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu na
cidade de Santo Antônio de Leverger, no
estado do Mato Grosso, em 5 de maio de
1865.Descendente de três povos indígenas
(bororo,terena e guaná),Rondon era órfão.
Seus pai, Cândido Mariano da Silva,morreu
antes de nascimento do filho, e a mãe,
chamada Claudina Lucas Evangelista,faleceu
em 1867.
Exploração do interior do Brasil

Depois de se formar, Rondon tornou-se professor substituto da


Escola Militar, mas optou por trocar de função para trabalhar
como assistente do major Antônio Carneiro no trabalho de
construir uma linha telegráfica que ligaria Mato Grosso e Goiás.

A partir de 1892, Rondon tornou-se capitão no Exército e assumiu


a chefia da comissão responsável pela construção das linhas
telegráficas, a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas.

Até o começo do século XX, o deslocamento até Cuiabá ocorria


pela navegação fluvial, mas como as relações diplomáticas entre
Brasil e Argentina não estavam boas, foi necessário construir uma
estrada. Entretanto, essa obra não chegou a ser construída.
As obras realizadas para conectar o Mato Grosso à capital do
Brasil estenderam-se de 1891 a 1906. Depois disso, Rondon seguiu
sua carreira como sertanista e foi convidado pelo governo para
construir linhas telegráficas até o vale amazônico.

Para isso, ele formou, em 1907, a expedição Comissão Rondon, na


qual esteve à frente de uma equipe que promoveu uma série de
estudos no território amazônico. Essa expedição de reconhecimento
da floresta amazônica existiu até 1910.

Outra ação realizada por Rondon foi a conhecida Expedição


Rondon-Roosevelt, entre 1913 e 1914. A empreitada ocorreu com o
ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt e contou com a
presença de cientistas brasileiros e norte-americanos, que
exploraram e estudaram regiões do vale dos rios Paraguai e
Amazonas.
Na década de 1920, Rondon engrossou as fileiras dos tenentistas
e participou da Revolução Paulista de 1924, tornando-se general.
No governo de Washington Luís, foi nomeado para supervisionar as
fronteiras do Brasil de norte a sul. Negou-se a apoiar a Revolu-
ção de 1930 e foi brevemente preso por isso, sendo depois libera-
do e nomeado para continuar na vistoria das fronteiras do país.
Entre 1934 e 1938, atuou em uma missão diplomática que mediou a
solução de um desentendimento entre Peru e Colômbia, em razão da
ocupação ilegal, por cidadãos peruanos, de uma cidade colombiana
fronteiriça. A mediação de Rondon teve sucesso, e o conflito aca-
bou. O sertanista foi homenageado no governo por sua atuação.
Em 1939, assumiu o Conselho Nacional de Proteção ao Índio, ins-
tituição que surgiu para substituir o artigo Serviço de Proteção ao
Índio. Na década de 1940, Rondon manifestava-se publicamente
contra o facismo e atuou para que o governo brasileiro se juntas-
se aos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. No final de sua
vida, ele ainda lutou pela criação do Parque Nacional de Xingu.

titui x
Atuação com os Índios
Enquanto sertanistas, Rondon passou a sua vida explorando regi-
ões mais remotas do Brasil. Em todas as expedições que realizou
ficou conhecido pelo respeito aos indígenas e pela luta para que
os direitos deles fossem garantidos. Larry Rohter entendeu que a
relação de Rondon com os indígenas mudou ao longo do tempo.
A primeira postura de Rondon a respeito dos indígenas foi a de
defender a integração desses povos com a sociedade brasileira,
mas apenas se fosse realizada pacífica e voluntariamente. Essa
posição foi sendo abandonada nos últimos anos de vida de Rondon
porque ele passou a questionar a forma como as autoridades tra-
tavam os índios e também a acreditar no direito deles permanece-
rem isolados.
Como mencionado, Rondon sempre manteve contato pacífico com di-

ferentes povos indígenas. Essa posição rendeu-lhe sucesso em suas


relações. Alguns povos indígenas, como os bororos, chegaram até a

auxiliar Rondon durante uma de suas expedições.

Ele também se relacionou com outros povos, como os terenas e


quiniqueus, e conseguiu aproximar-se até mesmo dos povos hostis,

como os nhambiquaras. Lutou junto aos governos para que fossem


demarcadas zonas de proteção com vistas a garantir a sobrevivên-

cia e o modo de vista dos indígenas, uma vez que percebia que fa-

zendeiros agiam com grande violência contra esses povos.


Ele também assumiu instituições de proteção aos índios que foram
importantes na história do Brasil. Essas instituições foram os
mencionados Serviço de Proteção ao Índio e o Conselho Nacional de
Proteção ao Índio. A frente do SPI, ele sustenta o seguinte
lema:”morrer se preciso for, matar nunca “. Esse lema demonstrava
a disposição de Rondon a nunca agir com violência contra os
indígenas, mesmo se ele fosse tratado violentamente.

Durante o segundo governo de Vargas, na década de 1950, foi um


dos defensores da criação do Parque Nacional de Xingu. A demarca-

ção de terras indígenas, conforme ele acreditava, era uma forma


de proteger os índios da cobiça daqueles que invadiam suas
terras, cometendo todo tipo de violência.
Morte
Nos últimos anos de sua vida, Rondon ainda trabalhava na defesa
dos indígenas. Sinal disso é sua atuação para que os presidentes
Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek tomassem medidas que garan-

tissem os direitos dos índios. Ele faleceu no dia 19 de fevereiro

de 1958, em sua residência no Rio de Janeiro.

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