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História 9º ano SEMANA 9

ESCOLA/COLÉGIO:
ESTUDANTE:

Olá, estudante!
Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos das aulas 22 e 23. Bons Estudos!

INDÍGENAS NA PRIMEIRA REPÚBLICA E ERA VARGAS


Com a proclamação da República em 1889 ocorreu uma mudança importante na abordagem da
questão indígena. O indianismo típico do século XIX e da literatura romântica que via o indígena como “bom
selvagem”, foi deixado de lado. A República não olhou para o indígena e sim para figuras como Tiradentes e os
bandeirantes paulistas que foram elevados à condição de heróis.
Muitos hábitos indígenas incorporados pelos “bandeirantes” foram esquecidos, a língua tupi, muito usada
nos primeiros séculos da colonização, também foi deixada de lado. No campo econômico com o avanço da
cafeicultura, muitos indígenas foram expulsos de suas terras. Na época, inclusive alguns homens públicos
chegaram a defender o extermínio dos povos indígenas para que a civilização pudesse triunfar. Mas para a
maioria dos pensadores do início do século XX, a questão indígena era um problema nacional e precisava ser
resolvida. Nos debates que se seguiram, surgiram diferentes propostas para resolvê-la. Em 1910 foi criado o
Serviço de Proteção ao Índio (SPI), cuja função era prestar assistência aos indígenas. Era a primeira vez que o
governo brasileiro interferia na questão indígena.
Um dos principais dirigentes da SPI foi Marechal Cândido Rondon (1865-1910). Rondon propunha os
seguintes passos para a questão indígena: atração, pacificação e civilização. Essa visão esteve presente no Código
Civil de 1916 que definia o indígena como incapaz. Mas o marco legal da questão indígena na Primeira República
foi a Lei nº 5.484, de 1928, que colocava os indígenas sob tutela do Estado. Os indígenas foram classificados por
essa lei em: nômades, aldeados, incorporados aos centros agrícolas e reunidos em povoações diversas. Os
nômades e os aldeados eram vistos como incapazes de responder por seus atos. E, por isso, se cometessem
alguma infração, só poderiam ser presos com a permissão do SPI.
Nos anos 1930 e 1940 uma onda de nacionalismo atravessou o continente americano e levou a
revalorização da figura do indígena em vários países como o Brasil e o México.
Esse novo olhar sobre a população indígena se fez presente na Constituição de 1934 que foi a primeira
constituição brasileira a tratar de seu direito à terra. O artigo 129 dessa constituição colocava que “será
respeitada a posse da terra de silvícolas que nelas se achem permanentemente localizados, sendo, no entanto,
vedado aliená-las”. As duas constituições seguintes (1937-1946) mantiveram a mesma posição quanto à posse da
terra pelos indígenas.
Apesar do trabalho de visibilidade dado pelo SPI à questão indígena é preciso reconhecer que a sua política
indigenista que defendia a ideia de que os índios deveriam ser integrados à nação, teve um resultado desastroso
pois resultou na perda de muitas vidas e terras indígenas. Por volta de 1955 a população indígena era de apenas
100 mil a 150 mil pessoas, e muitos povos que começaram a ser contatados pelo SPI foram reduzidos a uns
poucos indivíduos ou extintos.
O SPI também não conseguiu impedir a tomada de terras indígenas no noroeste de São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Mato Grosso. E nem evitar agressões aos povos indígenas por parte de castanheiros e
seringalistas na Amazônia.

Atividade

Responda em uma folha a parte (não esqueça de colocar seu nome, turma e nome da escola) e entregue na
sua escola.
1. Cite ao menos uma consequência positiva e outra negativa da criação do Serviço Nacional de Proteção
aos Índios (SNI).

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