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Resoluções das atividades GEOGRAFIA 1

M
Ó 1 Ciência geográfica; O espaço – Revolução Técnico-Científica » 1
D 2 Orientação e movimentos da Terra; Coordenadas geográficas e fusos horários » 3
U 3 Cartografia e elementos de um mapa; Projeções cartográficas » 5
L Atividades discursivas » 6
O
S

surgem correntes críticas mais comprometidas com mudan-


MÓDULO 1 Ciência geográfica; O espaço – ças e propostas de transformações sociais, que passam a pro-
Revolução Técnico-Científica por uma Geografia mais atuante, a qual possa oferecer ins-

PARA SALA
trumentos para a compreensão e a intervenção na realidade
ATIVIDADES social. É a chamada Geografia Marxista ou Crítica.

01 D 07 C
a) (F) A introdução de tecnologia não foi capaz de equili-
O texto-base da questão descreve o conceito de paisa-
brar o desenvolvimento econômico entre o campo
gem como aquilo que é possível perceber por meio dos
e a cidade.
sentidos físicos do corpo. Isso fica evidente em trechos
b) (F) A tecnificação do espaço geográfico pretende inte-
como: “[…] Vemos a natureza vendo o relevo, as rochas,
grar gradativamente o espaço industrial ao espaço
os climas, a vegetação, os rios etc.” e “[…] a natureza que
rural-agrário.
concebemos é a da experiência sensível [...]”.
c) (V) O desenvolvimento científico e tecnológico cria uma
infraestrutura que gera novas integrações socioes-
02 C paciais entre o campo e a cidade.
O trecho reflete as justificativas da expansão neocolonialista d) (F) A produtividade do campo está subordinada às
europeia, reforçando o papel que a ciência geográfica tinha inovações tecnológicas das unidades industriais.
nesse contexto para o Estado: o de fornecer informações e) (F) A cadeia produtiva da indústria produz transforma-
que permitissem conhecer e conquistar terras, facilitando o ções nas atividades rurais, subordinando o campo
domínio e o controle dos novos espaços conquistados. à cidade.

03 D 08 D

No fragmento extraído da obra Sentimento do mundo, O mundo globalizado organiza-se sobre a interdependên-
o poeta Carlos Drummond de Andrade traz na memó- cia existente entre todas as nações do planeta que têm seu
ria elementos que revelam o sentimento de saudade da embasamento caracterizado sobre uma constante evolução
pequena Itabira, cidade onde nasceu. dos meios de comunicação e transporte, caracterizando
uma rede global por meio da tecnologia da informação.
04 C
09 C
Para a corrente possibilista, pode haver influências recípro-
cas entre o ser humano e o meio natural, pois determi- A Revolução Tecnológica que surgiu na década de 1970
nado povo transforma o meio no decurso histórico a fim provocou uma profunda reestruturação econômica, criando
de garantir a sobrevivência. um novo mundo. A sociedade informacional flexibilizou as
empresas, aumentou a concorrência e diversificou as relações
05 A de trabalho, em uma nova forma de organização do espaço
global. Tais processos, em combinação e correlação, reper-
Para os geógrafos da corrente da Geografia Humanística, a
cutiram na conectividade dos agentes econômicos, fazendo
análise das mudanças espaciais não se prende apenas aos
com que, em um curto tempo, novas tecnologias e novos pro-
fatores físicos e sociais que incidem sobre a produção da pai-
dutos sejam criados.
sagem humana, mas inclui a percepção, a conduta e o senti-
mento das pessoas em relação às paisagens e aos lugares.

06 B
ATIVIDADES
PROPOSTAS
A segunda metade do século XX foi marcada por confrontos, 01 C
movimentos de libertação e questionamentos do sistema
mundial de dominação. A desigualdade na distribuição de Para a Geografia, o território é a dimensão política do espaço
riqueza entre os países do mundo, e no interior deles, e o e é determinado com base nas relações de poder.
atraso econômico em que vivem várias nações subdesenvol-
02 C
vidas do planeta foram fatos analisados historicamente e rela-
cionados com os conflitos que ocorriam no interior das classes a) (F) Na representação do espaço, a Geografia se utiliza
sociais e com a dominação colonialista. Buscando questio- dos diversos elementos da Cartografia (símbolos,
nar o papel assumido até então pela Geografia Tradicional, escalas, projeções etc.).

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b) (F) A estrutura espacial revela as diferentes formas de pro- 08 D


dução do espaço, constituindo a essência do pensa-
mento geográfico. No texto, está descrita a corrente do pensamento geográfico
c) (V) Um dos objetivos do estudo da Geografia é justificar a do Determinismo Ambiental, formulada no final do século XIX
organização do espaço como resultado das modifica- por Friedrich Ratzel que, influenciado pela ­Teoria da Evolução
ções impostas pela ação antrópica sobre a natureza. de Charles Darwin, passa a defender que a natureza exerce
d) (F) O estudo geográfico não se contenta com a simples forte influência sobre o ser humano e que as condições natu-
descrição ou memorização dos acidentes geográfi- rais definiriam até a fisiologia e a psicologia humanas.
cos. Dessa forma, a Geografia se caracteriza como
uma ciência analítica, que busca ir além dos aspectos 09 B
superficiais que compõem o espaço. Analisando os conceitos: Lugar: representação simbólica do
e) (F) A simples observação da paisagem não permite espaço vivido e, por isso, é dotado de significados. Território:
à Geografia caracterizar o espaço e identificar os definido pelas relações de poder em determinado ambiente.
mecanismos que promovem as alterações impostas Paisagem: representação construída do espaço em dado ins-
pelo ser humano. tante pela percepção dos sentidos físicos. Região: percepção
da ideia da divisão do espaço em partes que possuam carac-
03 E terísticas homogêneas, cuja finalidade é facilitar o processo
No fragmento extraído do livro, o autor descreve a repre- de gestão.
sentação visível dos subúrbios do Rio de Janeiro, desta-
10 D
cando a topografia, a morfologia das edificações que se
encontram na cidade. A dimensão do que se é perceptível, Para a Geografia Crítica, que se baseia na dialética marxista,
ou seja, do que os sentidos são capazes de compreender, o espaço geográfico pode ser entendido como o lugar
refere-se à categoria paisagem. em que se materializam as relações sociais de produção.
O espaço geográfico reflete a inter-relação sociedade ×
04 A natureza, apresentando-se como uma singularidade perti-
nente à apropriação e ao uso de técnicas.
O trecho possui um cunho bastante descritivo na cena per-
cebida pelo narrador observador, tratando-se de todos os 11 B
componentes visíveis e palpáveis do espaço. Desta forma,
O conhecimento geográfico não se limita a um conjunto de
o fragmento descreve uma paisagem.
técnicas cujos objetivos são cartografar os espaços. Com-
postas por conceitos e categorias próprias, o pensamento
05 A científico geográfico busca compreender a relação ser
Na música “Serra da Boa Esperança”, o compositor L­ amartine humano–natureza, considerando as dinâmicas naturais, as
Babo revela o sentimento de saudade, permitindo a análise características sociopolíticas de determinadas sociedades
interpretativa do conceito de lugar, que envolve os sentimen- etc.
tos de pertencimento, afetividade e emotividade relaciona-
dos com o espaço vivido. 12 E
A questão envolve a análise das condições de pobreza e
06 E desigualdade social no Semiárido nordestino diante das
concepções do pensamento geográfico.
No Princípio da Extensão, o estudo dos fatos é feito com
base na localização e na delimitação de uma área, consi- a) (F) Para o Determinismo Geográfico, os rigores climá-
derando os recursos da Cartografia. ticos do Semiárido, definido por regime de chuvas
torrenciais, concentradas no espaço e no tempo,
07 B sujeito a longos períodos de estiagem, são fatores
determinantes para indicadores sociais.
Para Vidal de La Blache, o principal organizador da escola
b) (F) Para a Geografia Cultural, a racionalidade humana
possibilista, as relações entre o ser humano e a natureza eram
bastante complexas. A natureza foi considerada como forne- permite a criação e a produção do espaço humano.
cedora de possibilidades para que fosse modificada: o ser c) (F) Para o Possibilismo, os rigores do clima não deter-
humano é o principal agente geográfico. La Blache definiu minam a pobreza do Semiárido, e sim a inter-relação
o objeto da Geografia como a relação ser humano–natureza, das ações humanas sobre a natureza.
na perspectiva da paisagem. Colocou aquele humano como d) (F) Para a Geografia Crítica, o desequilíbrio social e o
um ser ativo, que sofre a influência do meio, porém, que atua subdesenvolvimento do Semiárido resultam do pro-
sobre este, transformando-o de acordo com suas necessida- cesso de ocupação, portanto, deve ser explicado
des. Também chegou à conclusão de que as necessidades com base no materialismo histórico.
humanas são condicionadas pela natureza e de que o ser e) (V) Para a Geografia Quantitativa ou Estatística, a aná-
humano transforma a matéria natural, criando formas sobre a lise dos indicadores socioeconômicos, representada
superfície terrestre. Para Vidal, é aí que começa a “obra geo- por métodos matemáticos, orienta os programas de
gráfica do ser humano“. combate à seca.

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13 E 02 B
A questão trata do processo de desterritorialização produ- A diferença de iluminação é causada pelo movimento que a
tiva de refinarias, cuja instalação deve priorizar a facilidade Terra executa em torno do seu eixo (rotação), originando a
de circulação do petróleo para diversos centros de con- sucessão dos dias e das noites. O movimento ocorre de oeste
sumo, necessitando de investimentos em tecnologia de para leste, o que justifica o Sol “se deitar” primeiro na França.
transportes e comunicações.
03 B
14 D
A interpretação do fragmento revela uma ordem de ilumi-
A agricultura de precisão consiste na aplicação de técnicas nação da Terra que se dá em consequência do movimento
e tecnologias a fim de se obter um aumento na qualidade de rotação. A Terra gira de oeste para leste, justificando o
da produção. A automação da produção possibilita um nascer do Sol primeiro na cidade que se encontra a leste.
ganho de produtividade para a agricultura, reduzindo a
competitividade do pequeno produtor. 04 C

15 A O sistema de mapeamento da Terra, por meio de coorde-


nadas geográficas, expressa a posição correta de qualquer
As mudanças tecnológicas impostas pelo sistema produ- ponto ou acidente geográfico por meio de linhas imaginárias
tivo e os mecanismos modernos de comunicação estrei- – paralelos e meridianos – que indicam, respecti­vamente, as
tam a fronteira que separa o espaço do trabalho e o latitudes e longitudes.
tempo dedicado ao descanso diário, implicando o prolon-
gamento da jornada de trabalho e proporcionando uma 05 C
maior exploração da mão de obra.
Porto Alegre (9h):
16 B A Nova York encontra-se dois fusos a oeste, assim: 9h – 2h =
7 horas.
O texto faz referências a imigrantes que saem de seus paí- A Londres encontra-se três fusos a leste, assim: 9h + 3h =
ses de origem para trabalhar em outros países, mas que 12 horas.
enviam recursos para pessoas em seu local de origem. Das A Pequim está 13 fusos a oeste, assim: 9h – 13h = –4 horas,
alternativas presentes, o avanço técnico das comunicações ou seja, –4h + 24h = 20 horas. Nesse caso, a região é
possibilitou essa realidade atualmente. atravessada pela Linha Internacional de Data e, assim, a
ordem para se verificar a bolsa de valores seria: Pequim,
17 A
Londres e Nova York.
O texto retrata o papel articulado pelo estado chinês para
se tornar uma das mais importantes potências econômi- 06 A
cas da atualidade, com base na aplicação da ciência e da O horário de verão ocorre em alguns estados das regiões Sul,
tecnologia no desenvolvimento produtivo, como medida Sudeste e Centro-Oeste, pois essas áreas, por estarem próxi-
para ampliar seu potencial inventivo.
mas ao Trópico de Capricórnio, apresentam “dias curtos“ –
períodos de menor luminosidade natural – durante o outono e
18 D o inverno, e “dias longos“ – períodos de maior luminosidade
O texto faz referência à importância do fator locacional – na primavera e no verão. Dessa forma, adianta-se o relógio
no período da Primeira Revolução Industrial. Essa carac- em uma hora, pois, assim, todas as atividades cotidianas serão
terística explica a instalação das unidades fabris próximas antecipadas, diminuindo-se a utilização da luminosidade artifi-
à matéria-prima, visando reduzir custos e tempo de pro- cial, acarretando uma economia no consumo de energia.
dução, resultando na concentração da produção industrial

PROPOSTAS
em determinadas regiões.
ATIVIDADES

MÓDULO 2 Orientação e movimentos da Terra; 01 C


Coordenadas geográficas e fusos horários
a) (F) As estações do ano se sucedem em consequência do

PARA SALA
ATIVIDADES movimento de translação da Terra em torno do Sol.
b) (F) As estações do ano destacadas na ilustração ocor-
rem durante o solstício de 21 de junho.
01 B c) (V) O início das estações de verão no Hemisfério Norte
O dia 21 de junho é a data de início do solstício de verão no e de inverno no Hemisfério Sul ocorre no ponto de
Hemisfério Norte, quando o Sol incide perpendicu­larmente maior afastamento da Terra em relação ao Sol ­(afélio).
ao Trópico de Câncer, e de início do solstício de inverno no d) (F) No período do ano considerado, o Sol incide per-
Hemisfério Sul. Considerando que o avião se encontra no pendicularmente à faixa atravessada pelo Trópico
meio da trajetória às 12h (horário de ­Brasília) na rota São de Câncer.
Paulo (SP) – Maringá (PR), no solstício de inverno, os raios e) (F) No período indicado, o Hemisfério Norte recebe
solares incidirão com ângulo oblíquo no lado direito do avião. maior quantidade de luz do que o Hemisfério Sul.

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02 A 07 D
Na data do voo, o Hemisfério Sul da Terra se encontra no É preciso partir da afirmação de que o Rio de Janeiro (Brasil)
solstício de verão, que inicia em 21 de dezembro, momento é o fuso de referência e lá são 17 horas. Feito isso, é preciso
em que o Sol incide perpendicularmente ao Trópico de
atentar-se apenas para as duas últimas colunas da tabela e
Capricórnio. A viagem foi realizada no sentido sul-norte
(Brasília-Belém) no período da manhã, logo, pode-se afir- perceber que Londres (Reino Unido) está localizada a +3h do
mar que nessa época do ano os raios solares incidirão ao fuso de referência (17 + 3) = 20 horas. San Francisco (EUA) está
longo de todo o tempo atrás e à direita da aeronave. localizada a −5h do fuso de referência (17 – 5) = 12 horas.
E por fim, Cairo (Egito) está localizado a +5h do fuso de
03 E referência (17+ 5) = 22 horas.
I. Devido à incidência dos raios solares, a superfície do pla-
neta se aquece durante o dia. A ausência dos raios solares 08 B
resfria a superfície durante a noite.
O Brasil possui 4 fusos horários. São Paulo (SP) fica no 2o fuso,
II. O ângulo de incidência da radiação solar é o máximo
com uma diferença de −3 h em relação a Greenwich. Já o
na Linha do Equador (ângulos de 90º) e diminui em
direção às regiões polares (áreas de alta latitude). estado do Mato Grosso do Sul fica no 3o fuso, com uma dife-
III. Por conta do movimento de translação e do eixo de rença de −4 h em relação a Greenwich. Logo, entre São Paulo
inclinação do planeta, a incidência da radiação solar e Mato Grosso do Sul, há uma diferença de 1 hora. Então, um
varia muito ao longo do ano nas regiões temperadas. avião que sai de São Paulo (SP) às 9h para Campo Grande (MS)
em uma viagem de uma hora pousa na capital sul-mato-gros-
04 B sense às 9h no horário local.
Quando em Porto Alegre (RS) são 8h do dia 1o de janeiro de
2010 (horário de verão), em Belém (PA), são 7h do mesmo dia,
09 B
pois se encontram no mesmo fuso e a capital paraense não
adota o horário de verão. Considerando que a viagem tem Utilizando os conhecimentos sobre coordenadas cartográfi-
duração de 2 dias e 8h, a família deve chegar a Belém às 15h cas, é preciso considerar que o primeiro número faz referência
do dia 3 de janeiro de 2010. à latitude, e, o segundo, à longitude. Logo, a alternativa A é
falsa, pois a latitude é zero. As alternativas C e D são falsas,
05 A pois a longitude é 120º Leste. O Meridiano de Greenwich
A diferença entre Manaus e Pequim é de 180º, que corres- corta o continente africano, que pouco ultrapassa os 50° L.
ponde a 12 horas. Quando João recebeu a ligação tele-
fônica às 9h da manhã da segunda-feira, em Manaus, os
relógios registravam 21h do dia anterior (domingo). 10 B
A Copa do Mundo de Futebol da FIFA de 2014 aconteceu
Domingo Segunda-feira
21h 22h 23h 24h 01h 02h 03h 04h 05h 06h 07h 08h 09h
no Brasil, quando o país estava entrando no inverno. Com
Maria João
base nessa informação, os países do Hemisfério Norte
Manaus Pequim (Rússia, Alemanha e Croácia) entravam no verão no mesmo
período citado.
60° W 45° 30° 15° 0 15° 30° 45° 60° 75° 95° 105° 120° E

Meridiano de
Greenwich
11 E
06 C
Considerando o movimento do Sol no céu, a melhor opção é
A disputa da medalha de ouro nas Olimpíadas Rio 2016 entre inserir a entrada de raios a leste, para aproveitar a incidência
Brasil e Alemanha foi realizada às 17h30 do dia 20 de agosto
solar no período da manhã, tanto no inverno quanto no verão.
de 2016. Considerando que o jogo foi realizado no Rio de
Janeiro (45° W.Gr.) e transmitido em tempo real para a capital
da Alemanha, Berlim (150° E.Gr.), a diferença horária é de 4 12 B
horas. Sabendo-se que, na ocasião, Berlim seguia o horário
de verão com o acréscimo de 1 hora, o jogo foi, portanto, Em razão da inclinação do eixo da Terra (23°27'30"), no pri-
transmitido às 22h30, conforme o esquema a seguir. meiro dia de inverno do Hemisfério Sul, os raios solares inci-
dem perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer. Dessa
18:30' 19:30' 20:30'
Berlim 21h30 forma, as sombras do Brasil estarão para o sul. No Brasil,
Rio de Janeiro
com horário de quanto maior o afastamento da cidade em relação ao Equa-
17h30
verão 22h30
dor, maior será o comprimento das sombras. A cidade de
45° W 30° W 15° W 0° 15° E
Macapá, cortada pela Linha do Equador, apresenta menor
Meridiano de
Greenwich comprimento de sombra projetada pela vareta.

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MÓDULO 3 Cartografia e elementos de um mapa;


Projeções cartográficas
ATIVIDADES
PROPOSTAS
01 E
ATIVIDADES
PARA SALA Na escala apresentada, 1 cm no mapa representa 615 km
no real. Logo, 615 km convertidos em centímetros equiva-
01 D lem a 61 500 000 cm.

O Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia objetiva o 02 D


processo de construção da autocartografia desenvolvida Na produção de mapas temáticos, a cartografia faz uso de
pelas comunidades tradicionais da Amazônia, incentivando imagens de satélite e de fotografias aéreas no planejamento
a valorização de uma identidade cultural coletiva, por meio de áreas agrícolas e urbanas. Para o planejamento agrícola, os
do ensino de técnicas modernas aplicadas à cartografia. recursos fornecidos pelos dados matriciais permitem definir
Outros projetos de mapeamento social como esse já foram o tipo de cultura, o tamanho da área cultivada e os setores
prioritários para a conservação ambiental. Contudo, essas
desenvolvidos no passado, servindo, inclusive, como base
informações não possibilitam a obtenção de dados como a
para criação dos atuais, como o Programa Grande Carajás.
profundidade do solo nem a pluviometria do local.
No planejamento urbano, as imagens permitem definir o
02 B
tecido urbano, os eixos viários e as obras de mobilidade
Durante as duas grandes guerras, a cartografia investiu no urbana, o que é de grande subsídio às políticas públicas. No
aperfeiçoamento das imagens obtidas do avanço da aviação entanto, as bases matriciais não permitem detalhar informa-
e da aerofotogrametria, com o intuito de se beneficiar do seu ções sobre os equipamentos urbanos existentes no subsolo.
potencial estratégico e militar. A
­ tualmente, a aquisição das 03 C
imagens pode ser realizada por veículos aéreos não tripula-
E = 1:25 000 000
dos (VANTs), auxiliando o planejamento urbano, as pesquisas
agrícolas, o monitoramento de impactos ambientais etc. d = 9 cm
D= ?
03 A D = 25 000 000 ∙ 9 = 225 000 000 cm = 2 250 km.

A riqueza de detalhes de um mapa está ligada ao tamanho 04 A


da escala. Quanto menor for o denominador da fração (em Considerando a situação hipotética, o pintor Volpi deveria
uma escala), maior será a escala. Por consequências, maior a estar posicionado no ponto P1, portanto, a uma altitude em
riqueza de detalhes. Sendo assim, a alternativa A é a correta. que pudesse visualizar primeiro a casa e, ao fundo da ima-
gem, o mar. Na posição do ponto P2, a primeira vista é o mar;
04 B no ponto P3, localizado na linha da costa, não é possível visua-
lizar primeiro a casa e, posteriormente, o mar; e os pontos P4 e
A projeção de Mercator é uma projeção cartográfica cilín-
P5 se encontram por trás da elevação.
drica do tipo conforme, isto é, conserva a forma, mas dis-
torce as superfícies das massas continentais, alterando 05 D
a dimensão das áreas. Os paralelos e os meridianos são I. (F) O relevo representado é uma cuesta, todavia, o front é
igualmente espaçados, formando ângulos retos. voltado para sudeste.
II. (V) O indivíduo B está em um ponto mais íngreme que
05 A C, posto que as linhas que representam as curvas
O mapa faz referência à Organização das Nações Unidas de níveis em B estão mais próximas, o que indica o
grau de inclinação.
(ONU), criada em 1945, em um momento geopolítico da
III. (V) As formas de relevo representadas assemelham-se
Guerra Fria, em que se mostra uma neutralidade diante do quanto à altitude.
cenário mundial. A projeção cartográfica que viabilizou o
processo foi a azimutal do tipo plana, caracterizada pela 06 C
formação de paralelos em círculos e meridianos em linhas O item II é falso, pois a tecnologia que permitiu a cria-
retas partindo do centro da imagem. ção do GPS remete à década de 1970, bem anterior à
criação dos aparelhos smartphones.
06 E
07 C
A representação cartográfica confeccionada no século XVI A representação cartográfica utilizada demonstrou interesses
consiste em uma projeção cilíndrica conforme, traçada em ideológicos da época das Cruzadas, campanhas militares que
um plano cujos paralelos e meridianos cruzam-se formando partiram da Europa Ocidental objetivando conquistar, ocupar
ângulos retos, preservando as formas dos continentes, o que e manter sob domínio cristão a Terra Santa (nome pelo qual os
a torna ideal para as regiões de baixa latitude. cristãos chamavam a Palestina) e a cidade de Jerusalém.

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08 D 03 A escola do pensamento geográfico abordado no texto é o


A charge foi publicada no período em que o mundo se Possibilismo, que teve como precursor o geógrafo francês
encontrava em profunda transformação. Em dezembro de Paul Vidal de La Blache.
1991, ocorreu a dissolução da União Soviética e a indepen-
dência de diversas nações, como o Cazaquistão, acarretando 04 A ilustração mostra como, atualmente, é possível encontrar
mudanças no recorte do mapa da região, o que justifica a símbolos de empresas multinacionais até em áreas remotas,
situação da charge. como florestas, o que caracteriza a “mundialização” da eco-
nomia. Alguns fatores têm contribuído para esse fenômeno,
09 E como a multipolaridade, a globalização, a expansão de capi-
A imagem apresenta as principais formas de projeção car- tal transnacional, entre outros.
tográficas.
1. Plana ou azimutal: ideal para mapear áreas de elevada Módulo 2
latitude. Os paralelos aparecem no formato de círculos 01 a) Um observador na Terra não percebe o movimento do pla-
concêntricos em volta de um ponto central.
neta ao redor do Sol. O que se tem é, aparentemente, o
2. Cilíndrica: ideal para mapear as baixas latitudes, pois movimento do astro ao redor da Terra.
deforma à medida que se afasta de linha equatorial. Meri- b) Estações do ano.
dianos e paralelos cruzam-se formando ângulos de 90º. c) Nos locais indicados pelos trópicos, haverá um zênite
3. Cônica: ideal para mapear as médias latitudes. Os meri- completo ao menos um dia no ano. Isso ocorrerá no sols-
dianos convergem para o polo e os paralelos formam tício de verão do respectivo hemisfério (Norte ou Sul).
arcos concêntricos.
02 Londrina (51° oeste) está localizada a 167° de longitude
10 D da China (116° leste). Sabe-se que a cada 15° corresponde
Entre os tipos de projeções apresentadas, a projeção plana um fuso horário, portanto deve-se dividir 167° por 15° para
ou azimutal é que melhor evidencia os temas geopolíticos encontrar a discrepância de horários entre essas duas cidades,
e regionais, posto que nesse tipo de representação os cír- o que resulta em 11 horas. Localizando-se a oeste da China,
Londrina tem horários atrasados com relação a Pequim, de
culos concêntricos permitem colocar qualquer lugar como
modo que devem ser diminuídas 11 horas de 16h30, horário
centro de referência.
de Pequim. Desse modo, a reunião foi encerrada às 5h30 e o
11 E comunicado, feito duas horas após o término da reunião, foi
recebido pelo representante, em Londrina, às 7h30.
Tanto a projeção de Mercator quanto a projeção de Peters
são representações cilíndricas, nas quais paralelos e meridia-
03 a) P
 ara calcular a escala de um mapa, utiliza-se a regra de
nos se cruzam formando ângulos de 90°. Todavia, a projeção
três. Assim, tem-se:
de Peters se caracteriza por ser uma projeção do tipo equiva-
lente, e a de Mercator, do tipo conforme. 1 escala x
2 cm 1 112 km (111 200 000 cm)
12 B
2x = 111 200 000
A projeção cilíndrica é ideal para mapear áreas nas proximi- x = 55 600 000
dades da faixa equatorial e apresenta distorções cada vez Dessa forma, a escala em que o mapa se encontra é de
maiores à medida que se afasta em direção às zonas polares. 1:55 600 000.
b) As coordenadas geográficas do ponto C são:
Latitude: 5° S
ATIVIDADES Longitude: 40° O
E as coordenadas geográficas do ponto D são:
Latitude: 15° S
Longitude: 50° O
c) Sabendo-se que, em relação ao Rio de Janeiro, o fuso
Módulo 1 horário de Rondônia tem uma hora a menos, calcula-se:
14 – 1 = 13. Portanto, quando são 14 horas no Rio, são
01 Considerando as modificações provocadas pelo ser humano 13 horas em Porto Velho.
no espaço natural, pode-se afirmar que o principal agente d) Pela escala representada, 2 cm = 1 112 km, então 1 cm
transformador da natureza é a ação antrópica. = 556 km. De acordo com o mapa, 556 km = 5 graus.
Sabendo-se que uma volta completa na Terra tem 360°,
360
02 A Geografia assume um papel importante na condução tem-se: = 72 (intervalos de 5°). Desse modo, 72 ∙
5
dos processos de interação entre o ser humano e o espaço 556 = 40 032 km. Portanto, a circunferência equatorial
que habita. da Terra é 40 032 km.

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GEOGRAFI A 1

Módulo 3

01 Os cartógrafos do século XIX não contavam com as imagens


de satélite nem com os computadores, dois recursos tecno-
lógicos importantes utilizados na confecção de mapas atual-
mente. O Império Britânico recebia essa denominação por ter
colônias distribuídas tanto no Hemisfério Ocidental quanto
no Oriental, como Guiana, Canadá, Austrália, África do Sul e
Índia. Desse modo, pelo menos um território britânico, em
alguma parte da Terra, encontrava­-­se exposto à luz do Sol.

02 a) A
 alteração de tamanho nas áreas continentais, na pro-
jeção de Mercator, ocorre de forma que há, no Equador,
distorções pequenas que vão se ampliando conforme
se dá a aproximação dos polos. Já na projeção de Peters,
independentemente da latitude, as proporções entre
os tamanhos das áreas dos continentes permanecem as
mesmas.
b) As formas continentais, na projeção de Mercator, possuem
deformações menores em latitudes baixas, havendo uma
ampliação dessas deformidades nas latitudes médias e
altas. Na projeção de Peters, por sua vez, há mais distor-
ções nas representações das formas devido aos contornos
dos continentes com alongamentos norte-sul, em latitu-
des baixas, e com achatamento longitudinal em latitudes
médias e altas.

03 a) A
 projeção cilíndrica é realizada de modo que são projeta-
dos em um cilindro os pontos que formam a Terra, tornan-
do-se um plano, o mapa, quando essa forma é aberta. Essa
projeção apresenta distorções polares e, usualmente, é uti-
lizada para representar planisférios. Já na projeção cônica,
os pontos que formam a Terra se projetam em um cone
que, ao ser aberto, se torna o mapa. Essa projeção é pro-
pícia para representar áreas de latitudes médias e médias
altas. Na projeção plana (também chamada de azimutal),
por sua vez, parte-se de um ponto central (o azimute) para
representar áreas do planeta sobre um plano. Costuma-se
utilizar essa projeção para confeccionar mapas polares;
contudo, por meio dela, pode-se representar a Terra par-
tindo-se de um ponto qualquer.
b) Na projeção de Peters, destaca-se a área proporcional
dos continentes, havendo a distorção de suas formas,
enquanto, na de Mercator, evidencia-se a forma, ocor-
rendo a distorção das áreas continentais.

Pré-Vestibular – Livro 1
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