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Os sinais de pontuação são recursos da língua escrita que visam substituir certos componentes específicos
da língua oral, tais como entonação, pausa, gestos e expressão facial, permitindo que a linguagem escrita seja
veiculada com maior clareza e eficácia.
A vírgula
O emprego da vírgula, na linguagem escrita, não corresponde necessariamente a uma pausa na linguagem
oral, e vice-versa. A vírgula é um sinal que liga orações, separa termos das orações e indica a ocorrência de
certos fenômenos, tais como inversão, omissão ou intercalação de termos em uma oração.
Emprega-se a vírgula para marcar:
Inversão: de complementos verbais: A vida, eu compro com as mãos.
de adjuntos adverbiais. À noite, faço um curso de inglês.
de orações subord.s adverbiais: Embora não pensassem assim, era a mesma coisa.
Coordenação: entre termos da oração com o mesmo valor sintático:
Deu-me de presente, livros, revistas de arte e discos.
entre orações assindéticas: Foi à porta, espiou, correu para dentro assustada.
entre orações sindéticas, com exceção das aditivas: Talvez seja engano meu, mas acho-a agora mais serena.
A vírgula deve ser empregada antes da conjunção aditiva e apenas quando esta aparecer repetida várias vezes
e quando ligar orações com sujeitos diferente: Queria ver, e abaixava os olhos, e tampava-os com as mãos.
Intercalação: de termos da oração: A aniversariante, meiga, atenciosa com todos, parecia realmente feliz.
de orações subordinadas adverbiais: Antigamente, quando eu era menino, ouvia histórias deste lugar.
Supressão de termos: elipse: Nós moramos no campo, e vocês, na cidade. (elipse do verbo morar)
O ponto-e-vírgula
para isolar orações da mesma natureza: “Este é o dia de todos os santos; amanhã é o de todos os mortos”.
(Machado de Assis)
para organizar enumerações relativamente longas, principalmente quando a vírgula já foi utilizada: São estes
os poetas líricos do Arcadismo brasileiro: Gonzaga, o Dirceu; Cláudio Manuel da Costa, o cantor de Nise; e
Silva Alvarenga.
para separar orações quando houver zeugma na segunda: Vocês anseiam pela violência; nós, pela paz.
O ponto
O ponto de interrogação
O ponto de exclamação
Emprega-se o ponto de exclamação no final de frases exclamativas, com a finalidade de indicar estados
emocionais, de espanto, surpresa, alegria, dor, súplica:
O dois-pontos
O dois-pontos introduz palavras, expressões, orações ou citações que servem para enumerar ou esclarecer o
que se afirmou anteriormente:
“Lembrei-me do nome e do tipo: era João Francisco Gregório, caboclo, robusto, desconfiado...” (Graciliano
Ramos)
As aspas
O emprego das aspas ocorre: no início e no final da citações; para destacar palavras estrangeiras,
neologismos, gírias; para indicar mudança de interlocutor nos diálogos, etc.:
Os parênteses
Os parênteses são empregados normalmente para separar palavras ou frases explicativas dentro do período e
nas indicações bibliográficas:
“Depois do jantar (mal servido) Seu Dagoberto saiu do Grande Hotel e Pensão do Sol (Familiar) palitando os
dentes caninos”. (Antônio de Alcântara Machado)
O travessão
O travessão é utilizado:
“Grande futuro? Talvez naturalista, literato, arqueólogo, banqueiro político, ou até bispo – bispo que fosse –,
uma vez que fosse um cargo...” (Machado de Assis)
As reticências
“Com os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI, os portugueses ampliam enormemente o império
de sua língua (...). (Celso Cunha)