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DIREITO ADMINISTRATIVO

⦁ Administração Direta: conjunto de órgãos e agentes públicos que compõem os entes


federativos (União, Estados, DF e Municípios).

⦁ Administração Indireta: conjunto de pessoas jurídicas, especialmente criada pelos entes


federativos para a realização de atividades administrativas específicas, ou ainda para
explorarem atividades econômicas, mediante processo de descentralização (Autarquias,
Fundações Públicas, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública).

⦁ O prazo para o Presidente da República prestar contas ao Congresso Nacional,


anualmente, é de 60 dias após a abertura da sessão legislativa. Trata-se de competência
privativa do presidente da República, cuja omissão acarreta crime de responsabilidade e a
obrigação de a Câmara dos Deputados instaurar a tomada de contas. A prestação de contas
deve estar em acordo com as instruções básicas do Tribunal de Contas da União, órgão que
auxilia o Congresso Nacional (Poder Legislativo) na fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e da Administração Pública.

⦁ Compete privativamente ao Presidente da República: sancionar, promulgar e fazer


publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução. NOMEAR
E EXONERAR os Ministros de Estado; EXERCER, com o auxílio dos Ministros de Estado, a
direção superior da administração federal; INICIAR O PROCESSO LEGISLATIVO, na forma e
nos casos previstos nesta Constituição ; SANCIONAR, PROMULGAR E FAZER PUBLICAR
AS LEIS, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; VETAR
PROJETOS DE LEI, total ou parcialmente; DISPOR sobre a organização e o funcionamento
da administração federal, na forma da lei; DISPOR, MEDIANTE DECRETO, SOBRE:
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; extinção de funções ou cargos públicos,
quando vagos (decreto autônomo); MANTER RELAÇÕES com Estados estrangeiros e
acreditar seus representantes diplomáticos; CELEBRAR tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; DECRETAR o estado de defesa e
o estado de sítio; DECRETAR E EXECUTAR a intervenção federal; REMETER MENSAGEM E
PLANO DE GOVERNO ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa,
expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; CONCEDER
INDULTO E COMUTAR PENAS, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
EXERCER o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; EXERCER o comando supremo das Forças
Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; NOMEAR ministros do
STF, Tribunais Superiores, Governadores de Territórios, Procurador-Geral da República,
Presidente e Diretores do Banco Central e outros servidores; Ministros do Tribunal de Contas
da União; Magitrados, nos casos previstos nessa Constituição; Advogado-Geral da União;
Membros do Conselho da República. CONVOCAR E PRESIDIR o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional; DECLARAR guerra; CELEBRAR a paz; CONFERIR
condecorações e distinções honoríficas; PERMITIR que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente; ENVIAR ao Congresso Nacional o
plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento
previstos nesta Constituição; PRESTAR, ANUALMENTE, ao Congresso Nacional, dentro de
60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
PROVER E EXTINGUIR os cargos públicos federais, na forma da lei; EDITAR Medidas
Provisórias com força de lei; PROPOR ao Congresso Nacional a decretação do estado de
calamidade pública de âmbito nacional.

⦁ TUTELA: A Administração exerce controle sobre outra pessoa jurídica por ela mesma
instituída.

⦁ AUTOTUTELA: O controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular


ou convalidar os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de
recurso ao Poder Judiciário.

⦁ A própria Constituição dá uma consequência expressa ao PRINCÍPIO DA


IMPESSOALIDADE, quando proíbe que constem nome, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos.

⦁ É inconstitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e aprovação


da Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os dirigentes das
autarquias e fundações públicas, os presidentes das empresas de economia mista e
assemelhados, os interventores de Municípios, bem como os titulares da Defensoria Pública e
da Procuradoria-Geral do Estado. STF.

⦁ Órgãos independentes são aqueles originários da Constituição e representativos dos três


Poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas
aos controles constitucionais de um sobre o outro.

⦁ É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do


exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em
sanção política em matéria tributária.

⦁ ANULAÇÃO: SEMPRE RECAI SOBRE ATO ILEGAL OU ILEGÍTIMO. PODE ANULAR O ATO
ADMINISTRATIVO: A PROPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU JUDICIÁRIO. TEM EFEITO
EX TUNC (RETROAGE).

⦁ REVOGAÇÃO: ATO LEGAL, PORÉM, INCONVENIENTE OU INOPORTUNO. PODE


REVOGAR O ATO ADMINISTRATIVO: APENAS A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. TEM EFEITO
EX NUNC (NÃO RETROAGE). Não se revoga ato consumado e nem ato vinculado
(requisitos previstos em lei).

⦁ TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA (UNIÃO, ESTADOS, DF e MUNICÍPIOS) E


INDIRETA (ENTES) DE QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DF E
DOS MUNICÍPIOS OBEDECERÁ AOS PINCÍPIOS DA: LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE,
MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA (LIMPE).
⦁ Princípios administração Pública expressos na Constituição: Legalidade,
impessoalidade, eficiência, publicidade e moralidade.

⦁ Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos ESTRANGEIROS, NA


FORMA DA LEI.

⦁ O PRAZO DE VALIDADE PARA CONCURSO PÚBLICO É DE ATÉ 2 ANOS,


PRORROGÁVEL UMA ÚNICA VEZ POR IGUAL PERÍODO.

⦁ RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA: A responsabilidade do Estado frente ao particular.


O ofendido não precisa comprovar dolo ou culpa.

⦁ RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A responsabilidade do servidor em frente ao Estado é


SUBJETIVA: Tem que ser comprovado o dolo ou culpa do servidor para que o mesmo
devolva aos cofres públicos o valor que teve que ser pago ao particular.

⦁ PRESCRIÇÃO para as ações de reparação civil contra o Estado ocorre em 5 anos.

⦁ TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO: "As pessoas jurídicas de direito público e as de


direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa." O simples fato do particular propor a ação não
significa que ele vai receber a indenização, pois o Estado (servidor) pode se valer de algumas
circunstâncias para justificar a ação e não pagar a indenização. A jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, em consonância com a doutrina majoritária, entende que a teoria adotada
por nosso ordenamento jurídico, como regra, foi a do risco administrativo, a qual,
conforme sobredito, admite que o Estado demonstre em sua defesa a presença de causa
excludente de responsabilidade. A teoria do risco administrativo vem sendo dominantemente
adotada pela doutrina, tendo em vista que se mostra a mais adequada para a compreensão
da responsabilidade civil do Estado, acrescentando-se que, na legislação brasileira, a
Administração Pública pode ser responsabilizada na forma de risco integral apenas
quando praticar dano ambiental ou dano nuclear.

⦁ A teoria do risco administrativo, embora dispense a vítima da prova da culpa, permite ao


Estado afastar a sua responsabilidade nos casos de exclusão do nexo causal (relação de
causa e efeito entre a conduta do agente e o resultado do crime). Circunstâncias que
excluem a obrigatoriedade indenizatória (exclui o nexo causal): quando há culpa exclusiva
do particular; em caso fortuito ou quando terceiro que causou o dano.

⦁ TEORIA DO RISCO INTEGRAL: É a modalidade extremada da doutrina do risco para


justificar o dever de indenizar do Estado mesmo nos casos de culpa exclusiva da vítima, fato
de terceiro, caso fortuito ou de força maior quando houver dano ambiental ou dano nuclear.

⦁ As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo


efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento. (agentes públicos e Lei 8112/1990)
⦁ A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

⦁ ESTÁGIO PROBATÓRIO: Art. 41 da CF que são estáveis após 3 anos de efetivo exercício
os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

⦁ A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a
justiça sociais.

⦁ O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma


da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de
controle e de avaliação dessas políticas.

⦁ A Lei nº 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão
de atos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal, pode ser aplicada,
de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que
regule a matéria.

⦁ Direito Administrativo - Polícia Administrativa: função da administração destinada a


assegurar o bem-estar geral, impedindo através de ordens, proibições e apreensões, o
exercício antissocial dos direitos individuais, o uso abusivo da propriedade ou a prática de
atividades prejudiciais à sociedade e ao meio ambiente. Incidência sobre direitos, bens e
atividades. Ex: órgãos fiscalizatórios de caráter administrativo. Lembrem-se da atuação da
vigilância sanitária restringindo certas atividades e direitos durante a pandemia.

⦁ Direito Penal/Constitucional - Polícia Ostensiva: patrulhamento, busca prevenir o crime e


reprimi-lo de forma imediata. Ex: Polícia Militar e PRF. Polícia judiciária: não se confunde
com polícia de segurança ou administrativa, já que esta tem caráter preventivo, pois atua para
impedir que infrações penais sejam praticadas. A polícia judiciária tem caráter repressivo, pois
atua após a prática delitiva, tendo por finalidade apurá-la. Investigação de fatos já ocorridos e
auxiliar o Poder Judiciário. Ex: Polícia Civil (Estadual) e Polícia Federal (Federal).

⦁ PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: vinculado, discricionário, hierárquico,


disciplinar, normativo ou regulamentar e poder de polícia.

⦁ PODER VINCULADO: é aquele cuja atuação é predefinida por alguma legislação,


portaria ou regra formal. Nos casos administrativos de poder vinculado, todo o procedimento
a ser realizado já é determinado com todos os fatores envolvidos, sem espaço legítimo para
soluções alternativas ou redefinições do que deve ser feito.

⦁ PODER DISCRICIONÁRIO: é aquele onde, de acordo com os limites legais estabelecidos, a


Administração Pública tem capacidade de atuação e “vontade própria”, de acordo com a
conveniência de sua ação em relação ao interesse público e estatal. É importante destacar
que “vontade”, neste caso, não é um desejo arbitrário, mas uma escolha feita em
circunstâncias nas quais deve haver uma decisão, baseada no conteúdo daquela situação.
⦁ PODER HIERÁRQUICO: caracteriza um poder de estruturação interna da atividade pública.
Sendo assim, não há manifestação de hierarquia externa, isto é, entre pessoas jurídicas
diversas. É aquele que garante que a Administração Pública possa gerenciar, ordenar e
fiscalizar seus órgãos e agentes de maneira subordinada, de acordo com a previsão legal
para essa atuação. É, também, o poder que garante que haja uma relação de subordinação
entre o Estado e os servidores públicos, através do qual pode-se definir suas atividades
profissionais de maneira legítima.

⦁ PODER DISCIPLINAR: o poder disciplinar é, de forma simplificada, a versão punitiva do


poder hierárquico. É o poder de aplicação de sanções por parte do Poder Público, sendo que
essas sanções decorrem de vinculação especial entre o sancionado e o Estado,
notadamente, a relação hierárquica (quando vai punir um servidor) e a relação
contratual(quando vai punir um particular com vínculo). A Administração Pública não tem a
opção de não aplicar seu poder disciplinar – ele é um dever. Deixar de aplicar a punição
prevista em lei para determinada infração é um crime contra a Administração Pública,
previsto no código penal.

⦁ PODER REGULAMENTAR ou NORMATIVO: é a prerrogativa conferida à Administração


Pública para editar atos gerais para complementar as leis e permitir a sua efetiva
aplicação. A prerrogativa é apenas para complementar a lei; pois a Administração não
pode alterá-la a pretexto de estar regulamentando. Com ele é possível que a
Administração Pública atue de maneira complementar ao poder legislativo, desde que
seja justificado dentro dos critérios previstos para isso. Ressalta-se que esse é o conceito
amplo que retrata, na realidade, o poder normativo. Entretanto, o conceito restrito afirma que
o poder regulamentar trata do poder conferido ao chefe do Poder Executivo (presidente,
governadores e prefeitos) para a edição de normas complementares à lei, permitindo a sua
fiel execução. Ou seja, o poder regulamentar está inserido no poder normativo.

• PODER DE POLÍCIA: limita ou disciplina direitos, interesses ou liberdades individuais; regula


a prática do ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público. É aplicado aos
particulares em detrimento do interesse público geral. (chamado de poder negativo).
atributos do Poder de Polícia como sendo: autoexecutoriedade, discricionariedade,
imperatividade e exigibilidade/coercibilidade.

⦁ ATO ADMINISTRATIVO: é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública


que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato resguardar, adquirir, modificar, extinguir e
declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. Somente o agente
público competente pode praticá-lo, sendo prerrogativa exclusiva deste. Ou seja, a declaração
do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com
observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e sujeita ao controle de Poder
Público.

⦁ Para o Ato Administrativo ter validade, é necessário os seguintes ATRIBUTOS: Presunção


de legitimidade e veracidade; Autoexecutoriedade; Tipicidade; Imperatividade.(PATI).
Presunção de legitimidade e veracidade: É presumir que o ato foi praticado de acordo com a
lei. Cabe ao administrador impugnar o ato. Autoexecutoriedade: É a possibilidade de a
própria administração executar seus atos, sem se valer do Poder Judiciário. Tipicidade:
previsão em lei. Imperatividade: Não precisa de anuência dos administrados para praticar
seus atos. (há exceções: atos negociais como a licença e autorização).

⦁ EXIGIBILIDADE: é a qualidade do ato administrativo que impele o destinatário à obediência


das obrigações por ele impostas, sem necessidade de qualquer apoio judicial. Em razão disso,
o Estado pode exigir e obter dos destinatários do ato administrativo o cumprimento da
obrigação ou do dever imposto, sem auxílio de ordem judicial. Ou seja, é a possibilidade de a
administração fixar a sanção pelo descumprimento do ato.

⦁ Consoante a Teoria dos Motivos Determinantes, os motivos apresentados como


justificadores da prática do ato administrativo vinculam esse ato e, caso os motivos
apresentados sejam viciados, o ato será ilegal.

⦁ REQUISITOS DE VALIDADE OU ELEMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:


competência, finalidade, forma, motivo e objeto. (CoFiFoMoOb).

⦁ COMPETÊNCIA: poder legal/jurídico conferido ao agente para desempenhar suas


atribuições específicas. Então, de forma mais informal, seria o sujeito da realização do ato.
Elementos vinculados são aqueles previstos em lei, então, a competência é um elemento
vinculado. A titularidade da competência é intransferível, mas o exercício de parte das
atribuições pode ser transferido em caráter temporário. E o meio de realizar essa
transferência é por delegação ou por avocação. A delegação é a atribuição para terceiro, com
ou sem hierarquia, do exercício de atribuição do delegante. Pode ser realizada, exceto se
houver vedação legal. Por exemplo, não pode haver delegação de: ato de competência
exclusiva, atos normativos e recursos administrativos. Já a avocação é atrair para si
competência de subordinado. Logo, existe hierarquia. Além disso, em regra, não pode ser
realizado, exceto se for excepcional, por motivos relevantes e justificados e for
temporária. ** Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada,
contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.

⦁ FINALIDADE: A finalidade geral do ato administrativo é satisfazer ao interesse público. Já a


finalidade específica, por sua vez, é aquela que a lei elegeu para o ato em específico. Como
não se concebe que o ato não satisfaça ao interesse público ou da finalidade prevista em lei, é
um elemento vinculado.

⦁ FORMA: é o modo de exteriorização do ato, a maneira de se manifestar no mundo externo.


Por exemplo, o edital é a forma de se tornar pública a realização do concurso público. Em
sentido amplo, também se incluem como forma as exigências procedimentais para realização
do ato. Já que as formalidades estão previstas em lei e devem ser seguidas, também se
considera a forma como elemento vinculado dos atos administrativos.

⦁ MOTIVO: é a situação de fato e de direito que gera a vontade do agente que pratica o ato.
Mas não o confunda com motivação, já que esta é definida como a exposição desse motivo.
Logo, todo ato deve ter um motivo, mas nem todo ato precisa da exposição dele. Por
exemplo, a exoneração de ocupante de cargo de provimento em comissão não precisa de
motivação, mas precisa de motivo. Vale ressaltar também que a teoria dos motivos
determinantes afirma que uma vez motivado o ato, o motivo se vincula a ele. Então em caso
de inexistente ou falho, o ato é nulo, independentemente de a motivação ser obrigatória
ou não.

⦁ OBJETO ou CONTEÚDO: considerando que a finalidade é o resultado mediato desejado


para o ato, considera-se que o objeto é o fim imediato do ato. Assim sendo, representa o
resultado prático a que determinado ato administrativo conduz.)

⦁ O administrador fica vnculado aos fundamentos (teoria dos motivos determinantes) de


seus atos discricionários. Os motivos/fundamentos alegados, vinculam a validade do ato, ou
seja, mesmo quando ele pratica um ato discricionário os motivos/fundamentos devem ser
verdadeiros e existentes, senão o ato é ilegal.

⦁ VÍCIOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: o vício mais conhecido de competência é o


excesso de poder (vício na competência). O sujeito tem a competência legal para prática de
alguns atos, mas excede os limites dessa competência. Ainda assim é possível a
convalidação do ato, se a autoridade competente ratificar o ato da autoridade incompetente.
Entretanto não é possível a convalidação no caso de competência exclusiva. Já o desvio
de poder (vício principal da finalidade), é quando o agente é competente para praticar o ato,
mas o ato não atende a finalidade do interesse público (diversa da preista em lei), e muitas
vezes atende a necessidades particulares. Os dois vícios, o excesso de poder
(competência) e o desvio de poder (finalidade), são espécies do Gênero abuso de poder.
( Excedeu é Competência, Desviou é Finalidade!)

⦁ VÍCIO NO ELEMENTO FORMA: há o vício quando não é atendida a forma prevista em lei ou
o procedimento necessário para o cumprimento do ato, ou seja, quando o ato é praticado em
decorrência de situação fática verdadeira e prevista em lei como ensejadora da conduta
estatal, contudo o agente público não realiza a motivação do ato. VÍCIO NO ELEMENTO
MOTIVO: há vício quando este é falso, inexistente ou juridicamente inadequado. NO
ELEMENTO OBJETO: pode-se invalidar um ato quando o mesmo for proibido ou não previsto
em lei ou ainda ser imoral, impossível ou incerto.

⦁ Os atos praticados com excesso ou desvio de poder serão NULOS e serão discutidos na
esfera administrativa, por meio de impugnação administrativa do ato ou mediante provocação
do Judiciário.

⦁ Vícios do elemento forma, como regra, são sanáveis.Não é possível o exame do puro
mérito administrativo pelo Poder Judiciário, pois o Judiciário não analisa o mérito,
analisa, apenas, a legalidade.
⦁ Extinção dos atos administrativos: Caducidade, contraposição, cassação, anulação e
revogação. A caducidade (lei posterior) acontece quando o ato está baseado em uma
legislação e uma lei superveniente revoga a lei anterior. Por isso, pela nova lei, aquele ato já
não faz mais sentido no mundo jurídico.E a contraposição também ocorre com a mudança no
mundo jurídico, mas através de um novo ato que se contrapõe ao ato anterior. Assim sendo, a
diferença entre a caducidade e a contraposição é que a caducidade é com base em nova lei e
a contraposição com base em novo ato. A cassação (ato legal que se tornou ilegal -
descumprimento) é a forma de extinção do ato por culpa do beneficiário, já que ele descumpriu
condições que deveria manter. A anulação é o desfazimento de ato ilegal (ilegalidade, efeito ex
tunc - retroagem. Anulação pode ser feita pela própria administração pela autotutela ou pelo
Judiciário - se for provocado - pelo princípio da inafastabilidade de jurisdição)e a revogação é
a extinção de ato válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno ( efeitos ex nunc, não
etroagem). Súmula 473 do STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.”

⦁ A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que

os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos.

⦁ Nem todo ato administrativo é passível de revogação, a exemplo os atos

vinculados.

⦁ A Convalidação representa a possibilidade de "corrigir" ou "regularizar" um ato


administrativo, tem por objetivo manter os efeitos já produzidos pelo ato e permitir que ele
permaneça no mundo jurídico. A convalidação é um ato discricionário, ela convalida se quiser,
não pode causar lesão ao interesse público e nem prejuizo a terceiros. São convalidáveis os
atos que tenham vício de competência e de forma, nesta incluindo-se os aspectos formais dos
procedimentos administrativos.

⦁ Classificação dos atos: Quanto à liberdade de ação: discricionário ou vinculado.


Quando há uma margem de liberdade (o administrador faz um juízo de oportunidade e
conveniência), o ato é discricionário. Mas, esta liberdade é limitada, já que os elementos
competência, finalidade e forma são definidos de forma vinculada sem margem para alteração.
Assim, há liberdade apenas nos elementos motivo e objeto. Em contraponto, o ato vinculado
tem todos os elementos do ato administrativo definidos em lei, sem margem de liberdade.
Quanto à formação da vontade administrativa: simples, complexo ou composto. O ato
simples tem a manifestação de vontade de apenas um órgão (unipessoal ou colegiado/ agente
da adm pública) formando apenas um ato. Já o complexo, tem a manifestação de vontade de
dois ou mais órgãos/agente e se forma apenas um ato. E o composto tem a formação da
vontade por meio de dois atos, um principal e o outro acessório (nasce da manifestação de
vontade de um órgão/agente, mas depende da ratificação de outro para produzir efeitos).
Quanto ao destinatário: gerais ou individuais. Gerais: destinado à coletividade, por isso não
pode ser impugnado por particular. Individuais: destinado a pessoa certa, situação jurídica
individual. Quanto ao alcance: interno ou externo. Interno: praticado internamente na
Administração Pública, para seus órgãos e agentes. Externo: praticado externamente pela
Administração Pública, para administrados e contratados. É obrigatório após publicação.
Quanto ao objeto: de império, de gestão ou de expediente. De império: praticado mediante
a supremacia que prevalece em relação ao particular. Ele é superior, sendo obrigatório seu
cumprimento. De gestão: praticado em igualdade de condição com o particular, pois são para
sua organização, regido pelo Código Civil. De expediente: atos de rotina administrativa, para
dar andamento a processos e etc.

⦁ No que concerne ao controle dos atos de regulamentação, compete exclusivamente ao


Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. (art 49,V da CF).

⦁ Os atos administrativos, como regra, possuem autoexecutoriedade, e excepcionalmente


eles não são autoexecutórios, dependendo do Judiciário, como por exemplo, no caso de multa.

⦁ Atos enunciativos: certidões, atestados, pareceres e apostilas. (CAPA).

⦁ Atos negociais NÃO são imperativos. (Licença, autorização).

⦁ Ato Administrativo Interno da Administração Pública, relacionado às rotinas de andamento


dos variados serviços executados por seus órgãos e entidades administrativos denomina-se
Ato de EXPEDIENTE.

⦁ Atos de império: Atos que a Administração Pública pratica fazendo uso da sua

Supremacia.

⦁ Ato vinculado ou ato regrado: é aquele em que o administrador não pode atuar com o juízo
de valor acerca da conduta exigida legalmente. Ou seja, a conduta do administrador está
limitada por lei, não tendo qualquer liberdade na sua atuação. Nesse sentido, se preenchidos
os requisitos impostos pela lei para a constituição dedeterminado ato administrativo, o
administrador estará obrigado praticá-lo. Exemplos: Licença, homologação e concessão.

⦁ Ato Discricionário: O administrador também deve agir nos limites previamente definidos
pela lei, todavia neste é concedido ao administrador margem de escolha para buscar a solução
mais adequada para o caso concreto. A atuação do administrador no ato discricionário deve se
pautar pelo juízo de conveniência e oportunidade, além da obediência dos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade quando da análise do caso concreto. Esta liberdade de
atuação é concedida pelo legislador ao administrador em razão da Lei Administrativa não
conseguir determinar todos os casos em que atuará. Ex: autorização e permissão.

⦁ Atos gerais: são os expedidos sem destinatário determinado e que possuem finalidade
normativa ou ordinatória; alcançam todos os sujeitos que se encontram na mesma situação e
fato abrangida por seus preceitos. São atos de comando abstrato e prevalecem sobre os atos
individuais, mesmo que oriundos da mesma autoridade.

⦁ Atos individuais ou especiais: são todos aqueles que se dirigem a destinatários certos com
situação jurídica particular.

⦁ Atos internos: são aqueles destinados a produzir efeitos no recesso das repartições
administrativas e por isso incidem sobre órgãos e agentes da Administração que os expediu.
Não produzem efeitos a estranhos. Não dependem de publicação e não produzem efeitos a
terceiros. Podem ser gerais ou especiais, normativos, ordinatórios, punitivos e outros conforme
necessite a Administração. São sujeitos ao controle judiciário e à revisão hierárquica.

⦁ Atos externos: são aqueles que alcançam os administrados, os contratos, e, em certos


casos, os próprios servidores, provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta
perante a Administração. Só vigoram após a publicação em órgão oficial, pois tem interesse
público.

⦁ Atos de expediente: são os atos que se destinam a dar andamento aos processos e papéis
que tramitam nas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferido
pela autoridade competente. São atos internos. Atos do dia a dia administrativo. São aqueles
praticados como forma de dar andamento à atividade administrativa, sem configurar uma
manifestação de vontade do Estado, mas sim a execução de condutas previamente definidas.

⦁ Atos normativos: são os atos administrativos marcados pela existência concomitante e


abstração quanto ao conteúdo e generalidade quanto aos seus destinatários. São aqueles que
contém comandos, em regra, gerais e abstratos para viabilizar o cumprimento da lei. Para
alguns autores, tais atos seriam leis em sentido material. Ex. Decretos, deliberações. incluem-
se, nessa moldura, os seguintes atos normativos: a) regimentos; b) instruções ministeriais; c)
decretos regulamentares; d) instruções normativas; e) resoluções. São atos normativos os
regulamentos, as instruções, as portarias, as resoluções, os regimentos etc. Os atos
normativos precisam de uma lei prévia. Logo, o poder normativo é derivado da lei, do ato
normativo originário.

⦁ Atos negociais: são atos destituídos de imperatividade, eis que seus efeitos são desejados
pelo administrado. Manifestam a vontade da Administração em concordância com o interesse
de particulares. Exemplos: a) licença; b) autorização; c) admissão; d) permissão; e) nomeação;
f) exoneração a pedido.

⦁ Atos ordinários: são atos internos que, baseando-se no poder hierárquico, são direcionados
aos próprios servidores públicos. São manifestações internas da Administração decorrentes do
poder hierárquico disciplinando o funcionamento de órgãos e a conduta de agentes públicos.
Assim, não podem disciplinar o comportamento de particulares por constituírem determinações
internas. Exemplos: a) circulares; b) avisos; c) portarias; d) instruções; e) provimentos; f)
ordens de serviço; g) ofícios e h) despachos.

⦁ Atos enunciativos: são atos por meio dos quais a Administração atesta ou reconhece uma
situação de fato ou de direito. Também chamados atos de pronúncia, certificam ou atestam
uma situação existente, não contendo manifestação de vontade da Administração Pública.
Exemplos: a) certidões; b) atestados; c) informações; d) pareceres; e) apostilas.

⦁ Atos punitivos: são aqueles que, lastreados no poder disciplinar ou poder de polícia,
impõem sanções sobre os servidores e particulares. Aplicam sanções a particulares ou
servidores que pratiquem condutas irregulares. Atos punitivos externos: multas, interdição de
atividade, destruição de coisas. Atos punitivos internos: advertência, suspensão, demissão,
cassação de aposentadoria, etc.

⦁ Os atos de gestão - Administração na qualidade de particular. Os atos de gestão são


praticados sem que a Administração utilize sua supremacia sobre os particulares. São atos
típicos de administração, assemelhando-se aos atos praticados pelas pessoas privadas. São
exemplos de gestão a alienação ou aquisição de bens pela Administração, o aluguel de imóvel
de propriedade de uma autarquia. Atos que a Administração Pública pratica sem uso da sua
Supremacia.

⦁ No que se refere ao controle judicial dos atos administrativos discricionários, o controle


não se estende ao mérito do ato administrativo, não podendo interferir nos aspectos de
oportunidade e conveniência. O controle judicial pode ser realizado sobre o aspecto
legal do ato administrativo discricionário.

⦁ Os atos administrativos vinculados estão sujeitos ao controle judicial de seus


elementos característicos.

⦁ O controle judicial dos atos praticados pela administração pública não incide sobre o
mérito administrativo, mas sobre seus aspectos legais.

⦁ O controle interno exterior é um termo utilizado pela doutrina para se referir ao


controle efetuado pela administração pública direta sobre a indireta.

⦁ A licença é o ato VINCULADO - Via de regra, o que vem com " L" é vinculado. Licença é o
ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o
interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a
realização de fatos materiais antes vedados ao particular, como, por exemplo, o exercício de
uma profissão, a construção de um edifício em terreno próprio.

⦁ A administração pública não tem função exclusivamente administrativa.

⦁ LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: lesão ao erário, enriquecimento ilícito e atos que


atentam contra a administração pública.

⦁ A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 anos, contados
a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a
permanência.

⦁ O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem

comprovação do ato doloso com fim ilícito, AFASTA a responsabilidade por ato

de improbidade administrativa. precisa de dolo!

⦁ As ENTIDADES TEM PERONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA, já os ÓRGÃOS NÃO TEM


PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA. Mas de acordo com a SÚMULA 525 do STJ: Alguns
ÓRGÃOS podem estar no polo ativo de uma ação, para defender seus direitos institucionais,
ou seja, tem PERSONALIDADE JUDICIÁRIA, capacidade processual ativa. Pode ajuizar ação
para defender seus direitos institucionais, exemplo: CÂMARA DOS VEREADORES.

⦁ Não existe hierarquia nem subordinação entre a administração direta e indireta, MAS
há entre elas a fiscalização, tutela, supervisão ministerial, controle finalístico e vinculação. O
controle que a Administração DIRETA faz sobre a Administração INDIRETA é o
CONTROLE EXTERNO.

⦁ ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: DIRETA (União, Estados, Distrito Federal


e Municípios) e INDIRETA (Autarquia, Fundações Públicas, Empresa Pública e Sociedade de
Economia Mista). Autarquia pode ser: Agência reguladora (espécie de autarquia com regime
especial); Consórcio Público com personalidade jurídica de direito público (associação pública);
ou Agência executiva. Fundações Públicas podem ser de direito: Público ou Privado.

⦁ Fundação Pública goza de privilégios tributários.

⦁ Agencia reguladora é uma autarquia em regime especial, regida pelo direito público.

⦁ Agência executiva é uma fundação pública ou uma autarquia.

⦁ Entidades Paraestatais: São pessoas jurídicas privadas que não integram a Administração
Pública, mas colaboram com o Estado desempenhando atividades de interesse público, sem
fins lucrativos. Ex: Serviços Sociais Autônomos (SESI, SENAI, SENAC, SESC, SEBRAE, etc),
Organizações Sociais e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.

⦁ NENHUMA DAS ENTIDADES É CRIADA POR LEI COMPLEMENTAR, MAS A ÁREA DE


ATUAÇÃO DAS FUNDAÇÕES SERÁ DEFINIDA MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR.
(Autarquias, Fundações Públicas de direito público, Fundações Públicas de direito privado,
Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista).

⦁ AUTARQUIAS: LEI CRIA (lei específica/ordinária); Pessoa jurídica de direito PÚBLICO;


Serviços públicos de atividades típicas do Estado, sem fins lucrativos; bens IMPENHORÁVEIS;
capital Público; com isenção de impostos; Responsabilidade objetiva e direta; servidores
estatutários (ESTATUTO); Gestão DESCENTRALIZADA, capital público descentralizado;
privilégios em juízo, Autonomia administrativa e financeira; contratos através de licitação.

⦁ FUNDAÇÕES PÚBLICAS: de direito público (LEI CRIA - lei específica/ordinária), de direito


privado (LEI ESPECÍFICA/ORDINÁRIA AUTORIZA A CRIAÇÃO + REGISTRO na junta
competente); pessoa jurídica de direito privado OU de direito público (essas equivalem as
autarquias fundacionais, também chamadas de fundações autárquicas); Atividade de natureza
SOCIAL de interesse do Estado, sem fins lucrativos; bens IMPENHORÁVEIS; capital Público;
com isenção de impostos; Responsabilidade objetiva e direta; servidores estatutários quando
for de direito PUBLICO (ESTATUTO) E servidores celetistas quando for de direito PRIVADO
(CLT); Gestão DESCENTRALIZADA, capital público descentralizado; Autonomia administrativa
e financeira; contratos através de licitação.

⦁ EMPRESA PÚBLICA: LEI ESPECÍFICA/ORDINÁRIA AUTORIZA A CRIAÇÃO + REGISTRO


na junta competente; pessoa jurídica de direito PRIVADO; Presta serviço público lucrativo ou
explora atividade econômica, sem fins lucrativos; bens PENHORÁVEIS;capital Público; SEM
isenção de impostos; Responsabilidade subjetiva (exploração de atividade econômica) e
responsabilidade objetiva (prestar serviço público); servidores celetistas (CLT); Gestão
DESCENTRALIZADA com capital 100% Público; Autonomia administrativa e financeira;
contratos através de licitação; FORMA JURÍDICA É QUALQUER MODALIDADE SOCIETÁRIA;
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM FEDERAL E ESTADUAL. A empresa pública é pessoa
jurídica de direito privado com capital inteiramente público (com possibilidade de participação
das entidades da Administração Indireta) e organização sob qualquer das formas admitidas em
direito.

⦁ SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: LEI ESPECÍFICA/ORDINÁRIA AUTORIZA A CRIAÇÃO


+ REGISTRO na junta competente; pessoa jurídica de direito PRIVADO; Presta serviço público
lucrativo ou explora atividade econômica, sem fins lucrativos; bens PENHORÁVEIS; capital
Público + Privado (a Administração Pública tem o controle da sociedade). SEM isenção de
impostos; Responsabilidade subjetiva (exploração de atividade econômica) e responsabilidade
objetiva (prestar serviço público); servidores celetistas (CLT); Gestão DESCENTRALIZADA
com capital público 50% +1; Autonomia administrativa e financeira; contratos através de
licitação; FORMA JURÍDICA É APENAS S/A; COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM
ESTADUAL.

⦁ O CONSÓRCIO PÚBLICO: É uma pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da


Federação para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de
objetivos de interesse comum. Os consórcios públicos possuem natureza jurídica de contrato
Inter federativo, NÃO SENDO UMA NOVA ESPÉCIE DE PESSOA JURÍDICA. O consórcio
pode ter personalidade jurídica: De Direito Público: Será considerado associação pública
composta pelos entes federados instituidores, com natureza jurídica de autarquia e integrará a
Administração Pública indireta de todos os entes federados consorciados. De Direito privado
sem fins lucrativos: Pode ser instituído sob a forma de empresa pública ou associação civil, de
acordo com a escolha dos entes federados instituidores.

⦁ É dispensável a autorização legislativa para a criação de empresas subsidiárias, desde


que haja previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa de economia mista
matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida autorizadora.

⦁ É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de


serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial.

_______________________________________________________________

⦁ A atividade administrativa pode ser prestada de duas formas: Centralizada (adm


DIRETA) e Descentralizada (adm INDIRETA).

⦁ No âmbito da Administração Pública Direta, a reunião da competência de um órgão público


para um número menor de órgãos públicos, em razão da extinção daquele órgão, refere-se ao
fenômeno da CONCENTRAÇÃO. Já a DESCONCENTRAÇÃO é a distribuição de
competências para a mesma pessoa jurídica.

⦁ Administração Direta (União, Estados, DF e Municípios) quando descentraliza passa para


outra pessoa, que pode ser um ente da Indireta (por meio de Lei, chamada descentralização
por Serviços ou Outorga Legal) ou um ente Particular (por meio de Contrato Administrativo ou
de um Ato Administrativo, chamada descentralização por Delegação ou por Colaboração).

⦁ DESCENTRALIZAÇÃO: CRIAÇÃO DE ENTIDADES (AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES,


EMPRESA PÚBLICA, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA). Descentralização é o
desempenho indireto da atividade, ou seja, as entidades são especializadas na prestação de
determinados serviços. NÃO HÁ HIERARQUIA/SUBORDINAÇÃO. Transfere (para outra
pessoa jurídica) o desempenho de alguma atividade da administração direta (União, Estados,
DF e Municípios) para um particular ou para a administração indireta (Autarquia, Fundações
Públicas, Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista).

⦁ CENTRALIZAÇÃO: É quando o Estado executa suas tarefas por meio dos órgãos e agentes
integrantes da Administração Direta. Nesse caso, os serviços são prestados pelos órgãos do
Estado, despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa política (União, DF, estados ou
municípios), sem outra pessoa jurídica interposta.

⦁ CONCENTRAÇÃO: No âmbito da Administração Pública Direta, a reunião da competência de


um órgão público para um número menor de órgãos públicos, em razão da extinção daquele
órgão, dentro da mesma pessoa jurídica.

⦁ DESCONCETRAÇÃO: CRIAÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS, SEJA NA ADMINISTRAÇÃO


DIRETA OU INDIRETA. Divisão INTERNA das competências. É a distribuição do serviço dentro
da mesma Pessoa Jurídica, no mesmo núcleo, razão pela qual será feita uma transferência
COM HIERARQUIA/SUBORDINAÇÃO. Feita por meio de LEI. LEMBRANDO QUE: ÓRGÃO
PÚBLICO NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA.

⦁ Quando a Administração Pública realiza a distribuição do serviço dentro da mesma pessoa


jurídica, no mesmo núcleo, é correto afirmar que estamos diante de uma prestação de serviço
de tipo/forma: CENTRALIZADA - DESCONCENTRAÇÃO.

⦁ Regimento: atos normativos internos que, baseados no poder hierárquico, destinam-se a


reger órgãos colegiados ou corporações legislativas.

⦁ A lei é o ato normativo originário. Ela decorre da atividade legislativa do Estado (do Poder
Legislativo). É geral e abstrata e inova o ordenamento jurídico (possuindo, portanto,
originalidade). Ademais, a lei não depende de uma lei antecedente para ser criada. Já o ato
normativo regulamentar não é originário, é derivado.

⦁ Os ilícitos administrativos admitem os tipos abertos, isto é, se afastam do sistema da


rígida tipicidade que vigora no Direito Penal.

⦁ Súmula 510 do STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada,
contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.

⦁ Segundo a corrente formalista, a atividade legislativa está excluída do conceito de serviço


público, pois não confere uma utilidade ou comodidade à coletividade.

⦁ O fato de a obra pública ser executada diretamente pela administração é irrelevante para
considerá-la serviço público, tendo como fator determinante a ausência de uma utilidade ou
comodidade na obra em si mesmo considerada. Importante dizer que a obra não representa
uma utilidade, mas sim, o seu resultado.

⦁ Dentro de uma perspectiva formalista, todas as atividades que impliquem imposição de


sanções, condicionamentos, proibições ou restrições não serão enquadradas como serviço
público.

⦁ Para corrente formalista, a identificação de uma atividade como serviço público depende de
um elemento material como pressuposto (análise da atividade), e, atendido esse requisito,
utiliza-se o critério formal, ou seja, a atividade deve ser prestada sob o regime jurídico de
direito público. Por tal razão, o fornecimento de água se enquadra nesse conceito.

⦁ O fomento em geral tem como objeto “dar algo” e não um “fazer”. Por isso, não pode ser
considerado serviço público.

⦁ Na Lei 14.133/21, a escolha da modalidade da licitação não ocorre mais pelo valor
estimado do objeto a ser contratado, mas em razão do objeto a ser contratado. Vamos ver,
de forma resumida, quando deve ser aplicada cada modalidade:

1) Concorrência: contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços comuns e


especiais de engenharia;

2) Leilão: antes o valor estava convencionado ao oferecimento de maior lance, igual ou


superior ao valor da avaliação. Contudo, a nova lei não estabelece limite e torna possível a
alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente apreendidos a quem
oferecer o maior lance;

3) Concurso: escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, cujo critério de julgamento


será o de melhor técnica ou conteúdo artístico, e para concessão de prêmio ou remuneração
ao vencedor;

4) Pregão: era facultativo, atualmente tornou-se obrigatório para aquisição de bens e serviços
comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto;
5) Diálogo competitivo: é uma novidade e é destinada para contratação de obras, serviços e
compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais
alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar
proposta final após o encerramento dos diálogos.

⦁ O processo administrativo visa à proteção dos direitos dos administrados e o melhor


cumprimento dos fins da Administração.

⦁ Não é possível a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens


para admissibilidade de recurso administrativo pois ofende o direito de petição assegurado
constitucionalmente. Súmula Vinculante 21, STF: É inconstitucional a exigência de depósito
ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

⦁ Em processo administrativo, a notificação por edital reserva-se exclusivamente para as


hipóteses de interessado indeterminado, interessado desconhecido ou interessado com
domicílio indefinido.

⦁ Conforme a Súmula 641, STJ: A portaria de instauração do processo administrativo


disciplinar prescinde (independe) da exposição detalhada dos fatos a serem apurados.

⦁ A presença de advogado em PAD é facultativa. O acusado pode ser acompanhado por


advogado se assim desejar. No entanto, não é obrigatório que o processado tenha a
assistência jurídica, nos termos da jurisprudência do STF: “Súmula Vinculante n° 5: A falta
de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.”

⦁ É possível a aplicação, por analogia, do prazo decadencial de 5 anos previsto na Lei do


processo administrativo federal para Estados e Municípios que não tiverem leis
próprias.

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