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EXAME DE QUALIFICAÇÃO

TÉCNICA
AUDITOR INDEPENDENTE

Prof. Fábio Vasconcelos

NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL PARA


TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Rodrigo Nascimento Ramos - rodrigon146@gmail.com - CPF: 363.285.498-06


NBC TA Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração
Prof. Fábio Vasconcelos

Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................ 3
NBC TA Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração........................................................................................... 4
Trabalhos de asseguração ................................................................................................................................................. 4
Trabalho de asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada ...................................................................... 4
Abrangência da estrutura conceitual ................................................................................................................................ 5
Relatório de trabalho que não é de asseguração ............................................................................................................. 7
Precondições para trabalho de asseguração .................................................................................................................... 7
Elementos do trabalho de asseguração .......................................................................................................................... 10
Relacionamento entre três partes .............................................................................................................................. 10
Auditor Independente............................................................................................................................................. 10
Parte Responsável ................................................................................................................................................... 10
Usuários previstos ................................................................................................................................................... 11
Objeto ......................................................................................................................................................................... 11
Critérios ....................................................................................................................................................................... 12
Evidências.................................................................................................................................................................... 13
Evidência suficiente e apropriada ........................................................................................................................... 13
Ceticismo profissional ............................................................................................................................................. 14
Julgamento profissional .......................................................................................................................................... 14
Materialidade .......................................................................................................................................................... 15
Risco do trabalho .................................................................................................................................................... 15
Natureza, época e extensão dos procedimentos.................................................................................................... 16
Relatório de asseguração ............................................................................................................................................ 18
Trabalho de atestação e trabalho direto ........................................................................................................................ 20
Código de ética e normas profissionais do cfc ................................................................................................................ 21
Questão dissertativa para treino .................................................................................................................................... 26
Principais pontos abordados em aula ............................................................................................................................. 27
Considerações finais ....................................................................................................................................................... 31
Questões resolvidas na aula ........................................................................................................................................... 32
Gabarito das questões resolvidas na aula ...................................................................................................................... 36

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NBC TA Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração
Prof. Fábio Vasconcelos

Apresentação
Salve, salve, amigos da Contabilidade! Tudo tranquilo com vocês?
Professor Fábio Vasconcelos na área para darmos início a nossa PRIMEIRA aula do curso para o Exame de Auditor
Independente aqui no Passei EQT! É com enorme satisfação que inicio o nosso módulo de Auditoria, tão importante
quanto as demais disciplinas aqui do curso.
Na aula de hoje, falarei sobre a NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO. A Estrutura
Conceitual é importante e por isso peço o máximo da sua atenção.
O material em PDF será o mais explicativo possível. A ideia é SEMPRE trazer a LITERALIDADE DAS NORMAS e explicá-
las quando necessário, visto que, de acordo com um estudo das provas anteriores do CNAI, a banca adora fazer um
control+c e control+v da norma na prova. Então, além de saber o conteúdo, é interessante que você fique também
atento(a) à "lei seca".

Sem mais delongas... vamos nessa!

Bons estudos.
Prof. Fábio Vasconcelos

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NBC TA Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração
Prof. Fábio Vasconcelos

NBC TA Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração


Bom, futuro(a) Auditor(a), a primeira coisa que você precisa saber sobre a Estrutura Conceitual é que ela foi emitida
apenas com o intuito de facilitar o entendimento dos elementos e objetivos dos trabalhos de asseguração e dos
trabalhos aos quais as NBCs TA, NBCs TR e NBCs TO (doravante referidas como Normas de Asseguração) se aplicam.
Tenha em mente também que a Estrutura Conceitual não é uma norma e, por conseguinte, não estabelece nenhum
requisito (nem princípios básicos ou procedimentos essenciais) para a realização de auditorias, revisões ou outros
trabalhos de asseguração. Um relatório de asseguração não pode, portanto, afirmar que o trabalho foi conduzido de
acordo com a Estrutura Conceitual, devendo se referir às normas de asseguração aplicáveis. As normas de asseguração
possuem objetivos, requerimentos, aplicações e outros materiais explicativos, introduções e definições que são
consistentes com esta estrutura e devem ser aplicados em auditorias, revisões e outros trabalhos de asseguração.
Feita essa breve introdução, vamos aos pontos mais importantes da Estrutura Conceitual e que são, de uma maneira
ou de outra, cobrados em prova.

Trabalhos de asseguração
Mais acima falei que o intuito da Estrutura Conceitual é facilitar o entendimento dos ELEMENTOS e OBJETIVOS dos
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO. Mas afinal... o que são TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO? A própria Estrutura Conceitual
nos diz. Vejamos:

“Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente visa obter evidências apropriadas e
suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de confiança dos usuários previstos sobre o
resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis.”

Repare bem em três pontos importantes no conceito de trabalho de asseguração:


1. É um trabalho onde o auditor visa obter EVIDÊNCIAS apropriadas e suficientes;
2. Com as evidências, o auditor EXPRESSA UMA OPINIÃO;
3. A opinião do auditor serve de base para TOMADA DE DECISÃO dos usuários.

Trabalho de asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada


Nesse ponto da aula, vamos entender as diferenças entre os dois tipos de trabalhos de asseguração cuja execução é
permitida ao auditor independente, a saber, trabalho de asseguração RAZOÁVEL e trabalho de asseguração
LIMITADA.
O objetivo do trabalho de asseguração RAZOÁVEL é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível
ACEITAVELMENTE BAIXO, considerando as circunstâncias do trabalho como base para forma positiva de expressão
da conclusão do auditor independente. Por exemplo: a própria auditoria. No trabalho de asseguração razoável,
conforme dito, a conclusão que o auditor formula no seu relatório é chamada de conclusão positiva. Isso significa que
o auditor afirma, de forma positiva, que as demonstrações financeiras refletem razoavelmente, em todos os seus
aspectos relevantes, a situação patrimonial, financeira etc., ou que aquelas demonstrações foram elaboradas em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro estabelecida pelas normas brasileiras ou internacionais.
Exemplo de conclusão POSITIVA: “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da entidade em 31/12/X1, o desempenho de suas
operações e seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data de acordo com a estrutura XYZ.”

Já o trabalho de asseguração LIMITADA objetiva reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível que possa ser
considerado aceitável, levando em conta as circunstâncias do trabalho, mas em que o risco seja maior que no trabalho
de asseguração razoável, como princípio para uma forma negativa de expressão da conclusão do auditor
independente.
Chamo a sua atenção para dois pontos importantes sobre o trabalho de asseguração LIMITADA. O primeiro é que
nesse tipo de trabalho de asseguração o auditor busca reduzir o risco a um nível aceitável (diferente do trabalho de
asseguração razoável, no qual o auditor busca reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente BAIXO). O
segundo ponto é que, no trabalho de asseguração limitada, o auditor expressa uma conclusão de forma negativa.
Um exemplo de trabalho de asseguração limitada são as execuções de procedimentos nas demonstrações contábeis
trimestrais, nas quais o auditor faz um trabalho de REVISÃO, não se aplicando todas as normas de auditoria. Nesse
caso, o propósito não é realizar um parecer sobre as demonstrações contábeis, mas apenas elaborar um relatório

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contendo uma opinião negativa, em que o auditor afirma não ter tomado conhecimento de alguma modificação
relevante, que seria necessária nessas demonstrações contábeis trimestrais.
Exemplo de conclusão NEGATIVA: “Com base nos procedimentos realizados e nas evidências obtidas, não temos
conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que a entidade não tenha cumprido, em todos os aspectos
relevantes, com a lei XYZ.”

Dessa forma, para fins do nosso curso, estaremos interessados no trabalho de asseguração razoável, visto que nosso
objeto de estudo é a Auditoria. Desse item, além do que já foi falado, temos de entender que Auditoria é espécie do
gênero Asseguração (a outra espécie desse gênero é a REVISÃO, que também chamamos de trabalho de asseguração
limitada). Além disso, é necessário lembrar que o auditor independente não faz apenas trabalhos de asseguração,
mas também trabalhos que não se encaixam nesse conceito, como serviços de consultoria, declarações de imposto de
renda, etc.

1. (CFC/EQT-QTG/21ª edição) De acordo com a norma sobre estrutura conceitual para trabalhos de asseguração
existem dois tipos de trabalhos de asseguração cuja execução é permitida ao auditor independente: trabalho de
asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada. Analise as afirmações abaixo, que descrevem o objetivo do
trabalho do auditor independente e assinale a opção CORRETA.
a) Asseguração razoável é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo,
considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma positiva de expressão da conclusão do
auditor independente.
b) Asseguração razoável representa a eliminação do risco do trabalho de asseguração a um nível adequado,
considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma razoável da opinião para a base de
conclusão do auditor independente.
c) Asseguração limitada refere-se à aplicação de procedimentos visando eliminar o risco de erro no trabalho de
asseguração, atingindo um nível que seja aceitável, considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que
o risco seja maior do que no trabalho de asseguração razoável, como base para uma forma positiva de
expressão da conclusão do auditor independente.
d) Asseguração limitada refere-se à aplicação de procedimentos visando reduzir o risco de erro no trabalho de
asseguração, atingindo um nível que seja aceitável, considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que
o risco seja menor àquele executado no trabalho de asseguração razoável, como base para uma forma positiva
de expressão da conclusão do auditor independente.

Comentários: questão fresquinha do EQT que rolou recentemente! Conforme vimos, no trabalho de asseguração
razoável, o auditor independente reduz o risco do trabalho para um NÍVEL ACEITAVELMENTE BAIXO nas
circunstâncias do trabalho como base para a sua conclusão. A conclusão do auditor independente é expressa de
forma que transmita a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo
com os critérios aplicáveis.

GABARITO: A.

Abrangência da estrutura conceitual


Conforme dito mais acima, nem todos os trabalhos realizados por auditores independentes são trabalhos de
asseguração. Outros trabalhos frequentemente realizados que não são de asseguração, não são abrangidos por esta
estrutura. Esses outros trabalhos incluem:
• trabalhos abrangidos pelas Normas de Serviços Correlatos (NBCs TSC, tais como procedimentos previamente
acordados e trabalhos de compilação);
• elaboração de declarações de imposto de renda em que nenhuma conclusão de asseguração é expressa;
• trabalhos de consultoria (ou assessoria), tais como gerenciamento e consultorias tributárias.
Nos trabalhos de consultoria, o profissional aplica suas habilidades, seu conhecimento obtido em treinamentos,
observações, experiências e conhecimentos técnicos sobre o processo de consultoria. Trabalhos de consultoria
envolvem um processo analítico que tipicamente inclui alguma combinação das atividades relacionadas com a
definição de objetivos, a descoberta de fatos, as definições dos problemas ou das oportunidades, a avaliação de
alternativas, o desenvolvimento ou as recomendações, incluindo ações, comunicação de resultados e, em alguns
casos, a implementação do que foi recomendado e o seu acompanhamento. Os relatórios (caso emitidos) geralmente

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são escritos em estilo narrativo (ou “formato longo”). Geralmente o trabalho realizado é apenas para uso e benefício
do cliente. A natureza e o alcance do trabalho são determinados mediante acordo entre o profissional e o cliente.
Qualquer serviço que atenda às definições de trabalho de asseguração não é trabalho de consultoria, mas, sim,
trabalho de asseguração.

O trabalho de asseguração pode ser parte de um trabalho maior, por exemplo, quando o trabalho de consultoria para
a aquisição de negócios inclui requerimento para obter asseguração acerca da informação financeira histórica ou
prospectiva (quando a firma de auditoria é contratada para uma consultoria + trabalho de asseguração). Em tais
circunstâncias, a Estrutura Conceitual é aplicável apenas na parte do trabalho relacionada à asseguração.
Os trabalhos mencionados a seguir não são considerados trabalhos de asseguração nos termos desta estrutura:
a) trabalhos para prestar declarações em processos judiciais sobre contabilidade, auditoria, tributação ou outros
assuntos; e
b) trabalhos que incluem opiniões, pontos de vista ou declarações profissionais dos quais o usuário pode extrair
alguma segurança, se todos os seguintes itens forem aplicáveis:
i. essas opiniões, pontos de vistas ou declarações são meramente fortuitos (que acontece por acaso,
eventual) para o trabalho como um todo;
ii. qualquer relatório por escrito deve ser emitido com uso expressamente restrito aos usuários
previstos especificados no relatório;
iii. mediante acordo formal com os usuários previstos especificados, não se pretendendo que seja
trabalho de asseguração; e
iv. o trabalho não seja relatado como trabalho de asseguração no relatório do auditor independente.

Esquematizando...

2. (CFC/EQT-QTG/19ª edição) Os trabalhos que não são considerados trabalhos de asseguração nos termos da
estrutura conceitual de auditoria, podem ser:
I. trabalhos para prestar declarações em processos judiciais sobre contabilidade, auditoria, tributação ou outros
assuntos; e
II. trabalhos que incluem opiniões, pontos de vista ou declarações profissionais dos quais o usuário pode extrair
alguma segurança.
Com relação ao caso II, assinale a opção que apresenta a condição CORRETA.
a) Essas opiniões, pontos de vistas ou declarações são fundamentais para o trabalho como um todo.
b) Qualquer relatório por escrito deve ser emitido com uso expressamente restrito aos usuários previstos
especificados no relatório.
c) Mediante acordo formal com os usuários previstos especificados, pode ser considerado um trabalho de
asseguração.

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d) O trabalho pode ser denominado como trabalho de asseguração no relatório do auditor independente, desde
que essa condição tenha sido acordada com o cliente.

Comentários: falei para você, futuro(a) Auditor(a), que, de acordo com a NBC TA Estrutura Conceitual, há situações
que mesmo parecendo ser trabalho de asseguração, NÃO SÃO. Importante isso, pois as bancas adoram cobrar. Pois
bem...
O erro da letra A está em dizer que as opiniões, pontos de vistas ou declarações devam ser FUNDAMENTAIS para o
trabalho como um todo. A Estrutura Conceitual menciona que as opiniões, pontos de vistas ou declarações são
MERAMENTE FORTUITOS para o trabalho como um todo. Por fortuito, lembre-se de algo eventual, não planejado,
imprevisto e que não seja FUNDAMENTAL.
Já o erro da alternativa C está em dizer que o trabalho pode ser considerado de asseguração, o que é uma mentira
descarada kkkk... Sobre a letra D, a mesma coisa. O CFC diz que o trabalho pode ser denominado de trabalho de
asseguração. Mentiu de novo.

GABARITO: B.

Relatório de trabalho que não é de asseguração


O auditor independente ao reportar sobre trabalho que não é de asseguração, deve claramente DISTINGUIR esse
relatório de relatório de asseguração (ou seja, o relatório do trabalho de não asseguração versus o relatório do
trabalho de asseguração). Para não confundir os usuários, o relatório que NÃO É DE ASSEGURAÇÃO evita, por
exemplo:
• mencionar adequação com a Estrutura Conceitual ou norma de asseguração;
• usar inapropriadamente as palavras “asseguração,” “auditoria” ou “revisão”;
• incluir declaração que possa ser confundida com conclusão com base em evidências apropriadas e suficientes
que tenham sido desenvolvidas para aumentar o nível de confiança dos usuários previstos sobre o resultado
da mensuração ou avaliação do objeto de acordo com os critérios aplicáveis.
O auditor independente e a parte responsável (o cliente da auditoria, por exemplo) podem concordar sobre a aplicação
dos princípios da Estrutura Conceitual para o trabalho quando não existirem outros usuários previstos além da parte
responsável, desde que todos os outros requisitos aplicáveis das normas de asseguração sejam atendidos. Em tais
casos, o relatório do auditor independente inclui declaração restringindo o uso do relatório à parte responsável.
Perceba que a ideia é que o relatório de não asseguração seja “apenas” para uso da parte responsável e não para um
propósito maior e geral. Se você, já Auditor(a), é contrato(a) para uma consultoria tributária, por exemplo, o relatório
que porventura seja emitido é de uso do seu cliente, que é quem o(a) contrata. É evitar que esse relatório seja
confundido com uma auditoria propriamente dita. Essa é a ideia, beleza?

Precondições para trabalho de asseguração


Etimologicamente, precondições são requisitos que devem ser atendidos ANTES da realização de algo. Alguma
exigência antecipada, por exemplo. Ter a ficha limpa, por exemplo, é uma precondição para a candidatura a cargo
eletivo. Na auditoria, existem precondições que são relevantes para a ACEITAÇÃO e CONTINUIDADE dos trabalhos
de asseguração (grifos nossos). São situações que merecem a sua atenção, pois são cobradas em prova. São elas:
a) as funções e as responsabilidades das partes apropriadas devem estar adequadas às circunstâncias (ou seja,
a parte responsável ou contratante, conforme apropriado, deve saber das suas atribuições e
responsabilidades); e
b) o trabalho apresenta TODAS (e não algumas) as seguintes características:
i. o objeto é apropriado;
ii. os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação do
objeto são apropriados às circunstâncias do trabalho;
iii. os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação do
objeto estarão disponíveis aos usuários previstos;
iv. o auditor independente espera ser capaz de obter a evidência necessária para fundamentar a sua
conclusão;
v. a conclusão do auditor independente, na forma apropriada tanto para o trabalho de asseguração
razoável quanto para o trabalho de asseguração limitada, será incluída no relatório; e

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vi. um propósito racional incluindo, no caso de trabalho de asseguração limitada, que o auditor
independente espera ser capaz de obter nível apropriado de segurança.

Como esse professor que vos fala é gente fina (rsrs), trago um esquema para ilustrar o que foi dito em relação às
precondições a um trabalho de asseguração.

Objeto apropriado

critérios do auditor
apropriados às
funções das partes
circunstâncias
adequadas às
circunstâncias
Precondições aos
trabalhos de critérios do auditor
asseguração disponíveis aos usuários
o trabalho deve ter
TODAS as
características auditor espera ser capaz de
obter evidência e emitir
opinião

opinião do auditor incluída


no relatório

auditor deva obter nível


apropriado de segurança

Os objetos (o que será avaliado pelo auditor, como por exemplo, demonstrações contábeis ou relatório de
sustentabilidade) de diferentes tipos de trabalhos de asseguração podem variar muito. Alguns objetos podem
requerer conhecimentos e habilidades especializados, além daqueles que o auditor independente normalmente
possui. É importante, contudo, que o auditor esteja convencido que a equipe que irá realizar o trabalho possua
capacidade e competências apropriadas. A regra é que o trabalho não deva ser aceito se o conhecimento preliminar
do auditor sobre as circunstâncias do trabalho indicar que ele não tem competência para cumprir tal serviço. Em
alguns casos, esses requisitos podem ser cumpridos pelo auditor independente ao utilizar o trabalho de especialista.

3. (CFC/EQT-QTG/20ª edição) Com base na NBC de Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração, existem
algumas precondições (elencadas abaixo) que são relevantes para a aceitação e a continuidade de trabalhos de
asseguração. Acerca desse assunto, assinale a opção CORRETA.
a) As funções e as responsabilidades das partes apropriadas (ou seja, parte responsável, mensurador ou
avaliador e contratante, conforme apropriado) são adequadas às circunstâncias.
b) Os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação do objeto
não deverão estar disponíveis aos usuários previstos.
c) Antes de iniciar o trabalho, o auditor independente não tem certeza se poderá obter a evidência necessária
para fundamentar a sua conclusão.

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d) A conclusão do auditor independente, na forma apropriada tanto para o trabalho de asseguração razoável
quanto para o trabalho de asseguração limitada, não poderá ser incluída no relatório.

Comentários: questão relativamente simples e você vai observar o motivo. A alternativa A fala que uma condição
prévia para que o auditor aceite e continue com o trabalho de asseguração é que as funções e responsabilidades das
partes sejam adequados às circunstâncias. Perfeito! É o nosso gabarito. Você sabendo disso, já marcaria e partiria para
a próxima questão. Maaaasss... vamos ver agora os erros das demais.
A letra B diz que os critérios que o auditor espera utilizar na elaboração da informação do objeto não devem estar
disponíveis aos usuários, e isso não é verdadeiro. O auditor deve disponibilizar os meios que utilizou ao elaborar as
informações sobre o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem
registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a
legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais.
A letra C erra ao dizer que, antes de iniciar o trabalho, o auditor não tem certeza se poderá obter evidência para emitir
uma opinião. Pelo contrário! O auditor deve SIM ter certeza que obterá evidência necessária para fundamentar a sua
opinião.
Por fim, a letra D peca ao dizer que a conclusão do auditor não poderá ser incluída no relatório. Chega a ser estranha
essa questão, rsrs. É claro que o auditor deve incluir a sua conclusão no relatório de auditoria! Estamos entendidos?

GABARITO: A

Ainda em relação ao tema, a NBC TO 3000 – Trabalhos de Asseguração diferente de auditoria e revisão nos diz que
o auditor independente deve ACEITAR ou CONTINUAR o trabalho de asseguração SOMENTE quando:
a) ele não tiver motivos para acreditar que as exigências éticas aplicáveis, incluindo a independência, não serão
cumpridas;
b) ele estiver convencido que a equipe que realizará o trabalho possui a capacidade e as competências
apropriadas; e
c) a base na qual o trabalho deverá ser executado for aceita, por meio de:
i. estabelecimento de que as precondições para o trabalho de asseguração estão presentes; e
ii. confirmação de que existe entendimento comum entre o auditor independente e a parte
contratante (que geralmente é a administração da empresa ou os responsáveis pela governança) dos
termos do trabalho, incluindo as responsabilidades relacionadas com o relatório a ser emitido pelo
auditor.

ATENÇÃO: se o sócio responsável pelo trabalho obtiver informações que teriam levado a firma a recusar o trabalho,
caso a informação estivesse disponível anteriormente, o sócio responsável pelo trabalho deve comunicar
imediatamente essa informação para a gerência da sua firma (principal executivo ou presidente da firma de
auditoria), de forma que a firma e o sócio responsável pelo trabalho possam tomar a ação necessária (grifos nossos).
É bastante semelhante ao que a NBC TA Estrutura Conceitual diz. Mas, caiu uma questão dessa no Exame de
Qualificação Técnica e por isso deve ser alvo de nossas atenções. Vejamos a questão:

4. (CFC/EQT-QTG/20ª edição) Conforme a norma sobre trabalhos de asseguração diferente de auditoria e revisão, o
auditor independente deve aceitar ou continuar o trabalho em algumas situações. Acerca desse assunto, analise os
itens abaixo e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
I. Quando ele tiver motivos para acreditar que as exigências éticas aplicáveis, incluindo a independência, serão
cumpridas.
II. Quando a administração da entidade contratante estiver convencida de que a equipe que realizará o trabalho
já fez trabalhos de natureza semelhante.
III. Quando a base na qual o trabalho deverá ser executado for aceita, por meio de estabelecimento de que as
precondições para o trabalho de asseguração estão presentes.
IV. Quando a base na qual o trabalho deverá ser executado for aceita, por meio de confirmação de que existe
entendimento comum dos termos do trabalho entre o auditor e a parte contratante, incluindo as
responsabilidades relacionadas com o relatório a ser emitido pelo auditor.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):
a) I e II, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) III, apenas.

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d) II e IV, apenas.

Comentários: o auditor independente deve aceitar ou continuar o trabalho quando, resumidamente:


• Acreditar que a ética e a independência do seu trabalho serão cumpridas;
• Estiver convencido que a equipe que realizará o trabalho possui a capacidade e as competências apropriadas;
• As precondições para o trabalho de asseguração estarão presentes; e
• Houver entendimento comum dos termos de trabalho entre o auditor e a parte contratante.
Já o fato de a administração da entidade contratante estar convencida de que a equipe que realizará o trabalho de
asseguração já fez trabalhos de natureza semelhante não é uma condição para o auditor aceitar e continuar a
auditoria. Logo...

GABARITO: B.

Elementos do trabalho de asseguração


Chegamos num ponto importante de nossa aula e que merece atenção redobrada. O CFC gosta de cobrar esse tema
nas provas. Vamos falar um pouco dos elementos do trabalho de asseguração.
São elementos do trabalho de asseguração:
a) relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;
b) objeto apropriado;
c) critérios aplicáveis;
d) evidências apropriadas e suficientes; e
e) relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de
asseguração limitada.
Vamos falar um pouco sobre cada um desses elementos. Preparado(a)? Total atenção aqui, pois, foi tema de
DISCURSIVA!

Relacionamento entre três partes


TODOS os trabalhos de asseguração possuem pelo menos três partes: o AUDITOR independente, a PARTE
RESPONSÁVEL e os USUÁRIOS previstos.
A PARTE RESPONSÁVEL e os USUÁRIOS previstos podem ser de entidades diferentes ou da mesma entidade. Como
exemplo do último caso, na estrutura de administração de dois níveis, o conselho de administração pode buscar a
asseguração sobre uma informação fornecida pela diretoria executiva da entidade. O relacionamento entre a parte
responsável e os usuários previstos deve ser visto dentro do contexto de trabalho específico e pode variar das linhas
tradicionalmente mais bem definidas de responsabilidade. Por exemplo, a alta administração (usuário previsto) pode
contratar o auditor independente para realizar o trabalho de asseguração em aspecto específico das atividades da
entidade que são de responsabilidade imediata de nível mais baixo da administração (parte responsável), mas pela
qual a alta administração é, no fim, responsável.

Auditor Independente
O “auditor independente” (pessoa física ou jurídica) é aquele que conduz o trabalho (geralmente o sócio responsável
pelo trabalho ou outros membros da equipe, ou, conforme adequado, a firma), aplicando habilidades e técnicas de
asseguração para obter segurança razoável ou limitada, conforme adequado, sobre se a informação do objeto está
livre de distorções relevantes.
O auditor independente é o único responsável pela conclusão de asseguração emitida, e essa responsabilidade não
é reduzida pelo uso que ele faça de seu especialista ou de outros auditores. No entanto, se o auditor independente,
ao usar o trabalho de especialista, tendo seguido as normas aplicáveis, concluir que o seu trabalho é adequado para
os propósitos do auditor, este pode aceitar as constatações ou conclusões do especialista como evidências adequadas.

Parte Responsável
Parte responsável é a parte responsável pelo objeto a ser auditado (falaremos do objeto mais na frente). No trabalho
de atestação, a parte responsável geralmente também é o mensurador ou avaliador. A parte responsável pode ser, ou
não, a parte que contrata o auditor independente para realizar o trabalho de asseguração (parte contratante).

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Usuários previstos
Os usuários previstos são os indivíduos, organizações ou grupos que o auditor independente espera que utilizem o
relatório de asseguração. A parte responsável pode ser um dos usuários previstos, mas não o único (grifos nossos).
Em alguns casos, pode haver usuários previstos além daqueles para quem o relatório de asseguração é destinado. O
auditor independente pode não ser capaz de identificar todos aqueles que lerão o relatório de asseguração,
especialmente se grande número de pessoas tiver acesso a ele. Em tais casos, especialmente em que os possíveis
usuários são propensos a possuir vasta gama de interesses no objeto, os usuários previstos podem ser limitados aos
principais interessados com interesses relevantes e comuns. Os usuários previstos podem ser identificados de
diferentes formas, por exemplo, mediante acordo entre o auditor independente e a parte responsável ou a parte
contratante, ou por lei ou regulamento.

5. (FCC/COPERGÁS/2011) De acordo com as disposições constantes da NBC TA Estrutura Conceitual para Trabalhos
de Asseguração, é correto afirmar que:
a) os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor independente, a parte responsável e os
usuários previstos;
b) o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é denominado auditoria;
c) os trabalhos de consultoria representam uma das espécies dos trabalhos de asseguração;
d) o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é denominado revisão;
e) a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a usuária das informações a serem fornecidas pelo
auditor em seu relatório.

Comentários: conforme dito mais acima, o trabalho de asseguração envolve três partes: o auditor (buscando
evidências), a parte responsável (que submete as demonstrações ao trabalho do auditor) e o usuário da demonstração
(que obtém segurança com a opinião do auditor). Letra A é o nosso gabarito. Alternativa B está incorreta, visto que
trabalho de asseguração limitada é denominado revisão. Letra C peca, pois, consultoria não é trabalho de asseguração.
Letra D também peca, pois, trabalho de asseguração razoável é denominado auditoria. Por fim, letra E está
parcialmente correta. Erra, pois, a parte responsável também pode ser usuária das informações e não é A (única)
usuária.

GABARITO: A.

Objeto
O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais
compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a
legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais (grifos
nossos). A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles
que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrado, cujas informações mereçam confiança desde
que possam ser admitidas como seguras pela evidência ou por indícios convincentes (CREPALDI 2019).
Pode a auditoria, inclusive, basear-se em informações obtidas fora da empresa, tais como as relativas à confirmação
de contas de terceiros e de saldos bancários, por exemplo. As confirmações obtidas de fontes externas geralmente
oferecem melhores características de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da própria entidade auditada.
O objeto e a informação sobre o objeto de trabalho de asseguração podem tomar várias formas, como:
• desempenho ou condições financeiras (por exemplo, posição patrimonial e financeira histórica ou
prospectiva, desempenho das operações e fluxos de caixa) para os quais a informação sobre o objeto pode
ser o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulgação nas demonstrações contábeis;
• desempenho ou condições não financeiras (por exemplo, desempenho da entidade) para os quais a
informação sobre o objeto pode ser o principal indicador de eficiência e eficácia;
• características físicas (por exemplo, capacidade de instalação) para as quais a informação sobre o objeto pode
ser um documento de especificações;
• sistemas e processos (por exemplo, o controle interno da entidade ou o sistema de tecnologia da informação)
para os quais a informação sobre o objeto pode ser uma afirmação acerca da sua eficácia;
• o comportamento (por exemplo, governança corporativa da entidade, conformidade com regulamentação,
práticas de recursos humanos) para o qual a informação sobre o objeto pode ser uma declaração de
conformidade ou uma declaração de eficácia.

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6. (CFC/EQT-QTG/21ª edição) De acordo com a ‘Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração’, o objeto do
trabalho de asseguração pode ter várias formas, tais como as exemplificadas abaixo. Acerca desse assunto, assinale a
opção que apresenta essa forma.
a) Histórico de desempenho ou condição financeira (por exemplo, histórico deposição financeira, desempenho
financeiro e fluxos de caixa) para o qual a informação do objeto pode ser o reconhecimento, a mensuração, a
apresentação e a divulgação representada nas demonstrações contábeis.
b) Condições ou desempenhos não financeiros (por exemplo, desempenho da entidade), sendo vedado que as
informações do objeto sejam indicadores de eficácia e eficiência.
c) Comportamento (desde que não seja incluída a conformidade da governança corporativa com
regulamentações, políticas de recursos humanos).
d) Características físicas dos estabelecimentos dos principais fornecedores (por exemplo, capacidade máxima de
ocupação do prédio) para o qual a informação do objeto pode ser documento de especificações.

Comentários: questão que copiou e colou da Estrutura Conceitual e fez algumas alterações. Vejamos:
• desempenho ou condições financeiras (por exemplo, posição patrimonial e financeira histórica ou
prospectiva, desempenho das operações e fluxos de caixa) para os quais a informação sobre o objeto pode
ser o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulgação nas demonstrações contábeis (nosso
gabarito).
• desempenho ou condições não financeiras (por exemplo, desempenho da entidade) para os quais a
informação sobre o objeto pode ser o PRINCIPAL INDICADOR de eficiência e eficácia.
• o comportamento (por exemplo, GOVERNANÇA CORPORATIVA da entidade, conformidade com
regulamentação, práticas de recursos humanos) para o qual a informação sobre o objeto pode ser uma
declaração de conformidade ou uma declaração de eficácia.
• características físicas (por exemplo, capacidade de instalação) para as quais a informação sobre o objeto pode
ser um documento de especificações.

GABARITO: A.

Critérios
Os critérios são os pontos de referência (benchmarks) usados para avaliar ou mensurar o objeto, incluindo, sempre
que relevante, referências para a apresentação e a divulgação. Os critérios podem ser formais. Exemplo: na
elaboração de demonstrações contábeis, os critérios podem ser as práticas contábeis adotadas no Brasil (CREPALDI
2019).
A Estrutura Conceitual nos diz que os critérios utilizados devem ser ADEQUADOS às circunstâncias da auditoria.
Critérios adequados apresentam as seguintes características:
a) Relevância: Critérios relevantes resultam na informação do objeto que auxilia a tomada de decisões dos
usuários previstos.
b) Integralidade: Critérios são plenos quando a informação do objeto preparada de acordo com eles não omite
fatores relevantes que poderiam se esperar, razoavelmente, que afetem decisões dos usuários previstos feitas
com base nessa informação. Critérios plenos incluem, quando relevantes, referências para apresentação e
divulgação.
c) Confiabilidade: Critérios confiáveis permitem a mensuração ou avaliação consistente de determinado objeto,
incluindo, se relevante, apresentação e divulgação, quando usadas em circunstâncias similares por auditores
independentes diferentes.
d) Neutralidade: Critérios neutros resultam em informação do objeto que está livre de tendências como
apropriado nas circunstâncias do trabalho.
e) Compreensibilidade: Critérios compreensíveis resultam em informação do objeto que pode ser
compreendida pelos usuários previstos.

Os critérios precisam estar disponíveis para os usuários previstos para permitir que compreendam como o objeto
foi mensurado ou avaliado. Os critérios podem ser disponibilizados aos usuários previstos em uma ou mais das
seguintes formas:
a) publicamente;
b) por meio da inclusão, de forma clara, na apresentação da informação do objeto;
c) por meio da inclusão, de forma clara, no relatório de asseguração;

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d) por entendimento geral, por exemplo, o critério de mensurar o tempo em horas e minutos.
Os critérios podem também ser disponibilizados apenas aos usuários previstos específicos, por exemplo, os termos do
contrato ou os critérios emitidos por associação setorial que esteja disponível apenas aos seus membros por serem
relevantes para propósitos específicos. Como parte do trabalho, o auditor independente estabelece se os critérios
são adequados.

Evidências
Aqui não é a música de Chitãozinho e Xororó, certo? Evidências, no contexto da auditoria, são as informações
utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões e dar base à sua opinião.
Os trabalhos de asseguração são planejados e realizados com postura de ceticismo profissional para obter evidências
apropriadas e suficientes no contexto do trabalho sobre o resultado obtido da mensuração ou avaliação do objeto de
acordo com os critérios. O julgamento profissional deve ser exercido ao considerar a materialidade, o risco do
trabalho, bem como a quantidade e a qualidade das evidências disponíveis ao planejar e realizar o trabalho,
especialmente, ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.

Evidência suficiente e apropriada


A evidência suficiente e apropriada está correlacionada. A suficiência é a mensuração da QUANTIDADE de evidências.
A quantidade de evidência necessária é INFLUENCIADA pelos riscos de a informação do objeto ser distorcida de forma
relevante (quanto maior forem os riscos, mais evidência será necessária) e também pela qualidade dessas evidências
(quanto melhor a qualidade, menos será necessária). Obter mais evidências, contudo, pode não compensar a sua
baixa qualidade.
Já a adequação (ou evidência apropriada) é a mensuração da QUALIDADE da evidência, ou seja, sua relevância e
confiabilidade em fornecer fundamentação para a conclusão do auditor independente. A confiabilidade da evidência
é influenciada por sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias particulares sob as quais são obtidas.
Generalizações sobre a confiabilidade de vários tipos de evidências podem ser feitas; contudo, tais generalizações
estão sujeitas a exceções importantes. Mesmo quando a evidência é obtida de fontes externas, podem existir
circunstâncias que poderiam afetar sua confiabilidade. Por exemplo, evidência obtida de fonte externa pode não ser
confiável se a fonte não for conhecida ou objetiva. Enquanto se reconhece que possam existir exceções, as seguintes
generalizações sobre a confiabilidade da evidência podem ser úteis:
• a evidência é mais confiável quando é obtida de fontes externas às partes apropriadas;
• a evidência que é gerada internamente é mais confiável quando os controles relacionados são efetivos;
• a evidência obtida diretamente pelo auditor independente (por exemplo, na observação da efetividade de
controle) é mais confiável do que a evidência obtida indiretamente ou por dedução (por exemplo, indagação
sobre a efetividade do controle);

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• a evidência formal é mais confiável, seja em papel, de forma eletrônica ou outra mídia (por exemplo, a ata de
reunião geralmente é mais confiável do que a representação verbal do que foi discutido).

Segurança maior é geralmente obtida de evidências consistentes de fontes ou de natureza diferentes do que
evidências consideradas individualmente. Adicionalmente, obter evidências de fontes ou de natureza diferente pode
tanto corroborar outras evidências quanto indicar que um item particular da evidência não é confiável. Quando a
evidência obtida de uma fonte é inconsistente com aquela obtida de outra, será necessário determinar quais
procedimentos adicionais devem ser executados para eliminar a inconsistência.
É uma questão de julgamento profissional se evidências apropriadas e suficientes foram obtidas para suportar a
conclusão do auditor independente, o que envolve considerar a relação entre o custo e o benefício da obtenção das
evidências. O auditor utiliza o julgamento e exerce o ceticismo profissional ao avaliar a quantidade e a qualidade
das evidências e, portanto, sua suficiência e adequação para suportar o relatório de asseguração.

Ceticismo profissional
O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências. Isso inclui questionar as evidências
inconsistentes e a confiabilidade de documentos e repostas a indagações. Também inclui a consideração da
suficiência e a adequação das evidências obtidas à luz das circunstâncias.
O ceticismo profissional é a postura que inclui estar alerta a, por exemplo:
a) evidência inconsistente com outras evidências obtidas;
b) informações que geram dúvidas quanto à confiabilidade de documentos e respostas a indagações que serão
usadas como evidências;
c) circunstâncias que sugerem a necessidade de procedimentos adicionais àqueles requeridos pelas normas de
asseguração; e
d) condições que podem indicar distorções.
Manter o ceticismo profissional durante o trabalho é necessário, por exemplo, para reduzir o risco de:
• negligenciar circunstâncias incomuns;
• generalização excessiva ao tirar conclusões a partir das observações; e
• usar premissas inapropriadas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos e avaliar os
seus resultados.
Em resumo, o auditor deve se manter cético na condução do trabalho de asseguração. Ser cético é estar sempre alerta
às informações auditadas e manter uma mente questionadora às evidências.

Julgamento profissional
A Estrutura Conceitual nos diz que o julgamento profissional é essencial para a condução apropriada do trabalho de
asseguração. Isso porque a interpretação de requerimentos éticos e normas de asseguração relevantes e as decisões
necessárias durante o trabalho não podem ser tomadas sem a aplicação de treinamento, conhecimento e
experiência necessária aos fatos e circunstâncias. O julgamento profissional é necessário, particularmente, para
decisões sobre:
• a materialidade e o risco do trabalho;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos usados para atender aos requerimentos das normas de
asseguração relevantes e obter evidências;
• avaliar se foram obtidas evidências apropriadas e suficientes e se algo mais precisa ser feito para alcançar os
objetivos das normas de asseguração aplicáveis. Especificamente, no caso de trabalho de asseguração
limitada, o julgamento profissional é requerido ao avaliar se um nível significativo de asseguração foi obtido;
• as conclusões apropriadas com base nas evidências obtidas.
A principal característica do julgamento profissional esperada do auditor independente é que ele seja exercido por
auditor cujo treinamento, conhecimento e experiência auxiliaram no desenvolvimento das competências necessárias
para alcançar julgamentos razoáveis.
O exercício do julgamento profissional, em qualquer caso particular, é com base nos fatos e circunstâncias que são
conhecidos pelo auditor independente. A consulta em questões difíceis ou controversas durante o curso do trabalho,
quer dentro da equipe de trabalho, quer entre a equipe de trabalho e outros com nível apropriado, dentro ou fora da
firma, auxiliam o auditor independente a exercer julgamentos razoáveis.
O julgamento profissional pode ser avaliado com base se o julgamento alcançado reflete a aplicação competente da
asseguração e princípios de mensuração ou avaliação e se é adequado à luz dos, e consistente com, fatos e
circunstâncias que eram conhecidos pelo auditor independente até a data do relatório do auditor.

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O julgamento profissional deve ser exercido durante todo o trabalho. O julgamento profissional não deve ser usado
como justificativa para decisões que não são, de outra forma, suportadas pelos fatos e circunstâncias do trabalho ou
por evidências apropriadas e suficientes.

Materialidade
A materialidade é relevante ao planejar e realizar o trabalho de asseguração para determinar a natureza, a época e a
extensão dos procedimentos, bem como para avaliar se a informação do objeto está livre de distorções. Os
julgamentos profissionais sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias, mas não são influenciadas pelo nível
de asseguração, ou seja, para os mesmos usuários e propósitos previstos, a materialidade do trabalho de asseguração
razoável é a mesma utilizada em trabalho de asseguração limitada, considerando que ela é determinada com base nas
necessidades de informação dos usuários previstos.
Fazendo um paralelo com a NBC TG Estrutura Conceitual (CPC 00), a MATERIALIDADE é um aspecto da relevância.
Imagine você enquanto auditor(a) buscando uma diferença de R$ 0,20 numa conta com milhões? É uma baita dor de
cabeça, concorda? No contexto da auditoria, é importante que você, futuro(a) auditor(a), dite o que é material na
execução dos trabalhos de asseguração. Essa informação de R$ 0,20 numa conta de milhões certamente não é,
quantitativamente falando, algo material, né?!
Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes se elas, individualmente ou em conjunto, puderem,
razoavelmente, influenciar as decisões relevantes dos usuários previstos tomadas com base na informação do
objeto. A consideração do auditor independente sobre a materialidade é um assunto de julgamento profissional, e
é influenciada pela percepção que o auditor possui sobre as necessidades comuns de informação dos usuários
previstos como um grupo. A menos que o trabalho tenha sido desenvolvido para atender às necessidades de
informações de usuários específicos, os possíveis efeitos das distorções para os usuários específicos, cuja necessidade
de informação possa variar amplamente, não são geralmente considerados.
A materialidade é considerada no contexto dos fatores qualitativos (se uma determinada informação é ou não capaz
de fazer a diferença na decisão do usuário) e, quando aplicável, a fatores quantitativos (valores das contas, por
exemplo). Ao considerar a materialidade em trabalho específico, a importância relativa de fatores quantitativos e
qualitativos é assunto de julgamento profissional.

Risco do trabalho
Risco do trabalho é o risco de o auditor independente expressar uma conclusão inadequada quando a informação
do objeto estiver distorcida de forma relevante. O risco do trabalho não se refere nem inclui os riscos de negócio do
auditor independente, tais como perdas em litígios, publicidade adversa, ou outros eventos que surjam em conexão
com a informação específica do objeto.
Eliminar totalmente o risco do trabalho é raramente alcançável ou possui um custo altíssimo em relação ao
benefício. Por isso, você enquanto auditor(a) deve buscar minimizar esse risco ao máximo, pois, como dito, eliminar
o risco é algo quase sempre inalcançável.
No geral, os riscos do trabalho podem estar representados pelos seguintes componentes, apesar de que nem todos
esses componentes estarão necessariamente presentes ou serão significativos para todos os trabalhos de
asseguração:
a) RISCOS, que não dependem diretamente do auditor, consistem em:
i. risco inerente – a suscetibilidade da informação do objeto conter distorção relevante antes da
consideração de quaisquer controles aplicados pelas partes apropriadas. É o risco de haver distorção
relevante nas demonstrações antes mesmo do auditor iniciar seus trabalhos; e
ii. risco de controle – o risco de ocorrer distorção relevante na informação do objeto não seja evitado
por controle preventivo ou, detectado e corrigido, em tempo hábil, pelo controle interno
implementado pelas partes apropriadas. É o risco de os controles internos não atuarem a tempo na
prevenção, detecção e correção de distorções; e
b) RISCOS, que o auditor influencia diretamente, consistem em:
i. risco de detecção – o risco de os procedimentos realizados pelo auditor independente não detectarem
distorção relevante; e
ii. risco de mensuração ou avaliação – no caso de trabalho direto, o risco associado com a mensuração
ou avaliação que o auditor independente fizer do objeto pelos critérios.

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Falaremos sobre riscos em auditoria nas nossas aulas vindouras. É um assunto que vale a pena ter atenção, portanto,
habitue-se a entender de agora. Vamos em frente!

Natureza, época e extensão dos procedimentos


A combinação de procedimentos é tipicamente utilizada para obter tanto a asseguração razoável como a asseguração
limitada. Os procedimentos podem incluir:
• inspeção;
• observação;
• confirmação;
• recálculo;
• reexecução;
• procedimentos analíticos; e
• indagação.
A exata natureza (qual), a época (quando) e a extensão (quanto) dos procedimentos variam de um trabalho para outro.
Em teoria, para muitos trabalhos de asseguração, são possíveis variações infinitas dos procedimentos. Na prática,
contudo, elas são difíceis de comunicar de forma clara e inequívoca.
Para a compreensão do objeto (a ser auditado) e de outras circunstâncias, tanto os trabalhos de asseguração razoável
como de asseguração limitada requerem a aplicação de habilidades e técnicas, bem como a obtenção de evidências
apropriadas e suficientes como parte do processo de trabalho.
O trabalho de asseguração razoável (auditoria propriamente dita) deve considerar:
a) identificar e avaliar o risco de distorção relevante na informação do objeto a ser auditado, com base na
compreensão da informação do objeto e de outras circunstâncias do trabalho;
b) desenvolver e realizar procedimentos para responder aos ricos avaliados e obter asseguração razoável para
suportar a conclusão do auditor independente; e
c) avaliar a suficiência e a adequação das evidências obtidas no contexto do trabalho e, se necessário nas
circunstâncias, tentar obter evidências adicionais.

A natureza (qual), a época (quando) e a extensão (quanto) dos procedimentos a serem aplicados pelo auditor para
obterem evidências apropriadas e suficientes em trabalho de asseguração limitada (revisão), são, por definição,
limitadas se comparados com os necessários para o trabalho de asseguração razoável. Uma norma de asseguração
específica para um objeto pode estabelecer que, por exemplo, as evidências apropriadas e suficientes para um tipo
específico de trabalho de asseguração limitada são obtidas primariamente por meio de procedimentos analíticos e
indagações. Na ausência de normas de asseguração para objetos específicos para outros tipos de asseguração limitada,
os procedimentos analíticos e indagações podem variar com as circunstâncias do trabalho, em particular, com o objeto
e a necessidade de informações dos usuários previstos e da contratante, incluindo restrições relevantes de tempo e

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custo. A determinação da natureza, da época e da extensão dos procedimentos a serem aplicados pelo auditor
depende de julgamento profissional e varia de um trabalho para outro.
O trabalho de asseguração limitada (uma revisão num determinado ponto das demonstrações, por exemplo) deve
considerar:
a) identificar as áreas em que uma distorção relevante da informação do objeto é capaz de surgir, com base na
compreensão do objeto e outras circunstâncias do trabalho;
b) desenvolver e realizar procedimentos para abordar essas áreas e obter a asseguração limitada para suportar
a conclusão do auditor independente; e
c) desenvolver e executar procedimentos adicionais para obter evidências, se o auditor independente tomar
conhecimento de assuntos que o levem a acreditar que a informação do objeto possa estar distorcida de forma
relevante.

7. (CESPE/TCE-PR/2016) As normas brasileiras de auditoria definem e descrevem elementos, objetivos e outros


aspectos dos trabalhos de asseguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Ao conduzir os trabalhos de auditoria, o auditor deve procurar obter asseguração razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes e em conformidade com a estrutura do
relatório financeiro, bem como deve apresentar o relatório de auditoria em conformidade com as suas
constatações.
b) As normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asseguração: razoável e limitado. O
objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível aceitável e o do segundo tipo
é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.
c) No planejamento da auditoria, devem-se considerar aspectos como: procedimentos analíticos a serem
aplicados, como, por exemplo, os de avaliação de risco; entendimento global da estrutura jurídica e do
ambiente regulatório da entidade e como ela cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a determinação
da materialidade, independentemente da relevância, bem como o envolvimento de especialistas e a aplicação
de outros procedimentos de avaliação de risco.
d) A estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a procedimentos para a execução de
trabalhos de asseguração.
e) A documentação de auditoria deve fornecer evidências do cumprimento dos objetivos específicos para os
quais a auditoria foi contratada. Entre esses objetivos inclui-se evitar fraudes nas informações contábeis
decorrentes da gestão.

Comentários: de cara, vemos que a alternativa A está correta. O auditor deve sim assegurar de que as demonstrações
auditadas estão livres de distorções relevantes e assim manifestar a sua opinião, por meio do relatório, de acordo com
o que foi constatado.
O erro da B é que ela inverteu os conceitos. No trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o
risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como base para a sua conclusão.
A conclusão do auditor independente é expressa de forma que transmita a sua opinião sobre o resultado da
mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. No trabalho de asseguração
limitada, o auditor independente reduz o risco do trabalho para um nível que é aceitável nas circunstâncias do
trabalho, mas que ainda é maior do que para um trabalho de asseguração razoável.
A C erra ao dizer que a materialidade não tem relação com a relevância. Vimos que entre as duas há uma relação
direta. A letra D erra, pois a estrutura conceitual não estabelece normas próprias. Ela é emitida apenas com o intuito
de facilitar o entendimento dos elementos e objetivos dos trabalhos de asseguração e dos trabalhos aos quais as NBCs
TA, NBCs TR e NBCs TO (doravante referidas como Normas de Asseguração) se aplicam. Por fim, a letra E peca, pois
evitar fraude não é um dos objetivos da documentação de auditoria e nem o auditor é responsável por detectá-las.

GABARITO: A.

8. (FGV/TCM-SP/2015) De acordo com a NBC TA que trata da estrutura conceitual para trabalhos de asseguração,
nesses trabalhos o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança
dos outros usuários previstos acerca do resultado de avaliações ou mensurações efetuadas. O trabalho de asseguração
requer a consideração de alguns elementos. Das opções a seguir, a que NÃO constitui um dos elementos do trabalho
de asseguração é:
a) critérios adequados;
b) evidências apropriadas e suficientes;

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c) objeto apropriado;
d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada;
e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

Comentários: pela NBC TA Estrutura Conceitual, os elementos do trabalho de asseguração são: (a) relação de três
partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos; (b) objeto apropriado; (c)
critérios aplicáveis; (d) evidências apropriadas e suficientes; e (e) relatório de asseguração escrito no formato
apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de asseguração limitada.

GABARITO: E.

9. (CFC/EQT-QTG/2015) A NBC TA - Estrutura Conceitual identifica o relacionamento entre três partes (auditor
independente, a parte responsável e os usuários previstos) e estabelece mais quatro elementos que necessariamente
devem estar presentes em um trabalho de asseguração executado por um auditor independente, que são:
a) objeto apropriado; procedimentos adequados; exames apropriados e suficientes; parecer de asseguração
escrito de forma apropriada.
b) objeto apropriado; critérios adequados; evidências apropriadas e suficientes; relatório de asseguração escrito
de forma apropriada.
c) julgamento apropriado; procedimentos adequados; evidências apropriadas e suficientes; parecer de
asseguração escrito de forma apropriada.
d) julgamento apropriado; métodos adequados; exames apropriados e suficientes; relatório de asseguração
escrito de forma apropriada.

Comentários: vimos nessa aula que, além do relacionamento entre três partes, temos que os elementos do trabalho
de asseguração são: objeto apropriado, critérios aplicáveis, evidências apropriadas e suficientes, e relatório de
asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de asseguração limitada.

GABARITO: B.

Relatório de asseguração
O auditor independente forma sua conclusão com base nas evidências obtidas e emite o relatório escrito contendo
uma expressão clara dessa conclusão de asseguração. As normas de asseguração estabelecem elementos básicos para
os relatórios de asseguração. No trabalho de asseguração razoável, conforme já explicado, a conclusão do auditor
independente é expressa na forma positiva para transmitir a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou
avaliação do objeto.
Exemplos de conclusões emitidas de forma apropriada em trabalhos de asseguração razoável incluem:
• quando expressas nos termos de determinado assunto e das normas, leis ou regulamentos aplicáveis, “Em
nossa opinião, a entidade cumpriu, em todos os aspectos relevantes, a lei XYZ”;
• quando expressas nos termos da informação do objeto e dos critérios aplicáveis “Em nossa opinião, as
demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição
patrimonial e financeira da entidade em [data], o desempenho de suas operações e seus fluxos de caixa para
o exercício findo naquela data de acordo com a estrutura XYZ”; ou
• quando expressa nos termos de uma declaração feita pela parte responsável, “Em nossa opinião, a declaração
da [parte responsável] de que a entidade cumpriu com a lei XYZ está, em todos os aspectos relevantes,
adequadamente apresentada” ou “Em nossa opinião, a declaração da [parte responsável] de que os principais
indicadores de desempenho estão apresentados de acordo com os critérios XYZ está, em todos os aspectos
relevantes, adequadamente apresentada.” Por outro lado, no trabalho direto, a conclusão do auditor
independente é escrita nos termos de determinado objeto e critérios.

No trabalho de asseguração limitada, a conclusão do auditor independente é expressa de forma negativa, com o
intuito de transmitir se, com base no trabalho realizado, algum fato chegou ao seu conhecimento que o levasse a
acreditar que a informação do objeto esteja distorcida de forma relevante, como por exemplo, “Com base nos
procedimentos realizados e nas evidências obtidas, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a
acreditar que a entidade não tenha cumprido, em todos os aspectos relevantes, com a lei XYZ.”.

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O auditor independente pode escolher o modelo de relatório de “forma curta” ou de “forma longa” para facilitar a
efetividade da comunicação com os usuários previstos. Relatórios de “forma curta” geralmente incluem apenas os
elementos básicos. Os relatórios de “forma longa” incluem outras informações e explicações que não afetam a
conclusão do auditor independente. Os relatórios em forma longa podem descrever com detalhe os termos do
trabalho, os critérios usados, as constatações relativas aos aspectos específicos do trabalho, os detalhes sobre as
qualificações e a experiência do auditor independente e de outros envolvidos com o trabalho, a divulgação dos níveis
de materialidade e, em alguns casos, as recomendações. A inclusão de qualquer dessas informações depende da sua
relevância para os usuários previstos.
A conclusão do auditor independente é claramente separada das outras informações ou explicações que não
pretendem afetar a sua conclusão, incluindo quaisquer Ênfases, Outros Assuntos, constatações relativas a aspectos
específicos do trabalho, recomendações ou informações adicionais incluídas no relatório de asseguração. A redação
utilizada deixa bem claro que uma Ênfase, Outros Assuntos, constatações, recomendações ou informações adicionais
não pretendem afetar a conclusão do auditor.

A Estrutura Conceitual ainda nos diz que o auditor deve expressar uma conclusão modificada nas seguintes
circunstâncias (esse assunto vai ser mais bem detalhado na aula sobre a NBC TA 705):
a) quando, no julgamento profissional do auditor independente, existe uma limitação de escopo, cujo efeito do
assunto pode ser relevante. Em tais casos, o auditor independente expressa uma conclusão com ressalva, ou
se abstém de uma conclusão. Em alguns casos, o auditor pode considerar se retirar do trabalho;
b) quando, no julgamento profissional do auditor independente, a informação do objeto está relevantemente
distorcida. Em tais casos, o auditor expressa uma conclusão com ressalva ou adversa.

A conclusão com ressalvas é expressa quando os efeitos, ou possíveis efeitos, de um assunto das distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizados a ponto de requerer uma conclusão adversa
ou a abstenção de conclusão.
Ainda, se após o trabalho ter sido aceito, for descoberto que uma ou mais precondições para o trabalho de
asseguração não estão presentes, o auditor independente discute a questão com as partes apropriadas e estabelece:
a) e o assunto pode ser resolvido de modo a satisfazer o auditor independente;
b) se é apropriado dar continuidade ao trabalho; e
c) em caso afirmativo, como comunicar o assunto no relatório de asseguração.

Por fim, se após a aceitação do trabalho, for descoberto que parte ou todos os critérios são inadequados ou que
parte ou todos os objetos não são apropriados para o trabalho de asseguração, o auditor independente pode
considerar retirar-se do trabalho, caso seja possível de acordo com lei ou regulamento. Se o auditor der continuidade
ao trabalho, ele expressa:
a) conclusão com ressalvas ou adversa dependendo de quanto o assunto for relevante e generalizado, quando,
no julgamento profissional do auditor, o critério inadequado ou objeto inapropriado estiver propenso a induzir
os usuários previstos ao erro; ou
b) conclusão com ressalvas ou abstenção da conclusão, dependendo do julgamento profissional do auditor
independente de quanto o assunto for relevante e generalizado, em outros casos.

10. (CESPE/CGE-PI/2015) Com relação a elaboração, divulgação, auditoria de relatórios contábil-financeiros e


trabalhos de auditoria independente em geral, julgue o item que se segue.
Se um auditor independente constatar que, após o trabalho ter sido aceito, o objeto não é apropriado para o trabalho
de asseguração, ele deverá emitir uma conclusão com ressalvas, independentemente de quão relevante lhe parecer
o fato. CERTO ou ERRADO?

Comentário: acabei de falar que se, após a aceitação do trabalho, for descoberto que parte ou todos os critérios são
inadequados ou que parte ou todos os objetos não são apropriados para o trabalho de asseguração, o auditor
independente pode considerar retirar-se do trabalho, caso seja possível de acordo com lei ou regulamento.
Maaaassss... se o auditor der continuidade ao trabalho, ele expressa:
a) conclusão com ressalvas ou adversa dependendo de quanto o assunto for RELEVANTE e GENERALIZADO,
quando, no julgamento profissional do auditor, o critério inadequado ou objeto inapropriado estiver propenso
a induzir os usuários previstos ao erro; ou
b) conclusão com ressalvas ou abstenção da conclusão, dependendo do julgamento profissional do auditor
independente de quanto o assunto for relevante e generalizado, em outros casos.

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NBC TA Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração
Prof. Fábio Vasconcelos

GABARITO: ERRADO.

11. (PASSEI EQT/INÉDITA) Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA de acordo com a NBC TA Estrutura
Conceitual.
A conclusão com ressalva é expressa quando os efeitos, ou possíveis efeitos, de um assunto das distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizados a ponto de requerer uma conclusão adversa
ou a abstenção de conclusão.

Comentários: perfeito! A conclusão com ressalva (ou opinião com ressalva, como veremos na nossa aula de NBC TA
705) é expressa pelo auditor quando as distorções nas demonstrações são RELEVANTES, maaaaaassss NÃO
GENERALIZADAS (ou seja, mais pontuais). Um exemplo é quando a entidade auditada “esconde” que não está
conseguindo dar liquidez a um empréstimo obtido. O auditor obtém essa evidência, que é relevante (pois tem a ver
com o fluxo de caixa da entidade), mas não é generalizada. Acontecendo isso, não haveria necessidade de se emitir
uma conclusão adversa (opinião adversa) ou se abster de conclusão (abster de opinar).

GABARITO: CERTO.

12. (PASSEI EQT/INÉDITA) Se, após o trabalho ter sido aceito, for descoberto que uma ou mais precondições para o
trabalho de asseguração não estão presentes, o auditor independente discute a questão com as partes apropriadas e
estabelece, EXCETO:
a) se o assunto pode ser resolvido de modo a satisfazer o auditor independente.
b) se é apropriado dar continuidade ao trabalho.
c) que deve emitir uma opinião não modificada.
d) em caso afirmativo, como comunicar o assunto no relatório de asseguração.

Comentários: questão legal para treinarmos um pouco. Vimos que há certas precondições para que o auditor aceite
e continue o trabalho de asseguração. Caso, após a aceitação do trabalho, ficar explícito que uma ou mais dessas
precondições não estão presentes, o auditor deve trocar um papo com as partes apropriadas (ou seja, parte
responsável, mensurador ou avaliador e contratante, conforme apropriado) e estabelecer (1) se o assunto pode ser
resolvido de maneira que satisfaça o auditor, (2) se tem como dar continuidade ao trabalho, e (3) como comunicar o
assunto no seu relatório de asseguração. Agora perceba que, emitir uma opinião não modificada não condiz com o
tema, né?! Portanto...

GABARITO: C.

Trabalho de atestação e trabalho direto


No TRABALHO DE ATESTAÇÃO, o profissional, que não seja o auditor independente, deve mensurar ou avaliar o
objeto de acordo com os critérios aplicáveis. Um exemplo aqui é quando a própria entidade mensura o seu passivo
atuarial.
O referido profissional também deve apresentar, frequentemente, a informação resultante do objeto no relatório ou
afirmação. Em alguns casos, contudo, a informação do objeto pode ser apresentada pelo auditor independente no
relatório de asseguração. A conclusão do auditor deve mencionar se a informação do objeto está livre de distorções
relevantes.
No TRABALHO DIRETO, o auditor (diretamente) deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os critérios
aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar as habilidades e técnicas de asseguração para obter evidências
apropriadas e suficientes sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios
aplicáveis. O auditor independente pode obter essa evidência simultaneamente com a mensuração ou avaliação do
objeto, mas também pode obtê-la antes ou após tal mensuração ou avaliação. No trabalho direto, a conclusão do
auditor independente deve mencionar se o resultado reportado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo
com os critérios, é redigido nos termos do objeto e dos critérios. Em alguns trabalhos diretos, a conclusão do auditor
independente é a informação do objeto ou é parte da informação do objeto.

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NBC TA Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração
Prof. Fábio Vasconcelos

Código de ética e normas profissionais do cfc


A NBC PG 100 estabelece os seguintes princípios éticos que o auditor independente é requerido a cumprir:
• integridade;
• objetividade;
• competência e zelo profissionais;
• sigilo profissional; e
• comportamento profissional.

A Estrutura Conceitual traz no seu texto os princípios éticos que o auditor independente deve seguir. Esses princípios
estão expressos na NBC PG 100, que ainda fornece uma estrutura conceitual para ser aplicada pelos profissionais da
contabilidade para identificar ameaças ao cumprimento dos princípios éticos, avaliar a significância das ameaças
identificadas e, quando necessário, aplicar salvaguardas para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

13. (AOCP/Prefeitura de Cariacica – ES/2020) Em consonância com a


Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração, o auditor independente é requerido a cumprir os
seguintes princípios éticos:
a) integridade, objetividade, competência, zelo profissional, sigilo profissional e comportamento profissional.
b) integridade, apreço, objetividade, competência, honestidade, sigilo profissional e comportamento
profissional.
c) integridade, apreço, imparcialidade, honestidade, competência, solidariedade, harmonia com a classe.
d) integridade, objetividade, competência, tempestividade, probidade profissional e sigilo profissional.

Comentários: questão simples, né? Vimos que os princípios éticos que o auditor deve cumprir são: integridade,
objetividade, competência, zelo profissional, sigilo profissional e comportamento profissional.

GABARITO: A.

14. (CFC/EQT-QTG/2015) Na condução de auditoria de demonstrações contábeis, o auditor considera relevante os


seguintes princípios fundamentais de ética:
a) integridade, caráter, responsabilidade e ceticismo.
b) integridade, independência, ceticismo e objetividade.
c) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade e comportamento (ou conduta)
profissional.
d) integridade, ceticismo, competência, discrição e zelo profissional.

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Comentários: veja que, mesmo a alternativa C mencionando confidencialidade em vez de sigilo profissional, as duas
situações são sinônimas. Apesar de na época haver algumas tentativas de recursos, o CFC considerou correto. Fique
atento a isso!

GABARITO: C.

15. (CFC/EQT-QTG/21ª edição) De acordo com a Seção 110 da norma NBC PG 100 (R1), Código de Ética, existem cinco
princípios fundamentais de ética para os profissionais da contabilidade. Identifique esses princípios e, em seguida,
assinale a opção CORRETA.
a) integridade; objetividade; competência profissional e devido zelo; confidencialidade; e comportamento
profissional.
b) integridade; assertividade; competência profissional e devido zelo; confidencialidade; e comportamento
profissional.
c) integridade; objetividade; competência profissional e devido zelo; seriedade; e comportamento profissional.
d) conhecimento técnico; objetividade; competência profissional e devido zelo; confidencialidade; e
comportamento profissional.

Comentários: veja que a questão é recente e foi cobrada na edição do EQT online. De acordo com a NBC PG 100 (R1),
existem cinco princípios fundamentais de ética para os profissionais da contabilidade:
a. Integridade – ser direto e honesto em todas as relações profissionais e comerciais.
b. Objetividade – não comprometer julgamentos profissionais ou comerciais devido a comportamento
tendencioso, a conflito de interesses ou à influência indevida de outros.
c. Competência profissional e devido zelo – para:
i. obter e manter conhecimento profissional e habilidade no nível necessário para assegurar que o
cliente ou a organização empregadora receba serviço profissional competente, com base em padrões
técnicos e profissionais atuais e legislação relevante; e
ii. atuar de forma diligente e de acordo com os padrões técnicos e profissionais aplicáveis.
d. Confidencialidade – respeitar a confidencialidade das informações obtidas em decorrência de relações
profissionais e comerciais.
e. Comportamento profissional – cumprir com as leis e os regulamentos pertinentes e evitar qualquer conduta
da qual o profissional da contabilidade tenha conhecimento ou deva ter conhecimento que possa desacreditar
a profissão.
O profissional da contabilidade deve cumprir com cada um dos princípios fundamentais.

GABARITO: A.

16. (20º EQT AUDITOR / CFC / 2019) Com base na norma “Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração”,
enumere os cinco elementos essenciais para trabalhos desta natureza e discorra brevemente sobre a essência de cada
um deles.
Comentários:

A NBC TA Estrutura Conceitual foi emitida apenas com o intuito de facilitar o entendimento dos
Introdução elementos e objetivos dos trabalhos de asseguração e dos trabalhos aos quais as NBCs TA, NBCs
TR e NBCs TO se aplicam.
Os 5 cinco elementos essenciais para a relaização de trabalhos de asseguração são:
1 - relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários
Desenvolvimento
previstos;
(opcional)
2 - objeto apropriado;
3 - critérios aplicáveis;

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4 - evidências apropriadas e suficientes; e


5 - relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável
ou de asseguração limitada.
Todos os trabalhos de asseguração possuem pelo menos três partes: o auditor independente,
a parte responsável e os usuários previstos. Dependendo das circunstâncias do trabalho, pode
haver também a função separada de mensurador ou avaliador, ou a parte contratante. O
relacionamento entre a parte responsável e os usuários previstos deve ser visto dentro do
Quesito I contexto de trabalho específico e pode variar das linhas tradicionalmente melhor definidas de
responsabilidade. Por exemplo, a alta administração (usuário previsto) pode contratar o auditor
independente para realizar o trabalho de asseguração em aspecto específico das atividades da
entidade que são de responsabilidade imediata de nível mais baixo da administração (parte
responsável), mas pela qual a alta administração é, no fim, responsável.
Os objetos possuem diferentes características, incluindo o grau ao qual a informação sobre eles
Quesito II é qualitativa versus quantitativa, objetiva versus subjetiva, histórica versus prospectiva e se
relacionam a uma determinada data-base ou abrangem um período.
Critérios são referências usadas para mensurar ou avaliar o objeto. Os critérios podem ser
formais, por exemplo, na elaboração das demonstrações contábeis, os critérios podem ser as
normas internacionais de relatórios financeiros ou as normas internacionais de contabilidade
do setor público; ao emitir relatório sobre a efetividade operacional dos controles internos, os
critérios podem ser baseados na estrutura estabelecida de controle interno ou objetivos de
Quesito III
controles individuais, especialmente desenvolvidos para o propósito; e ao emitir o relatório
sobre a conformidade, os critérios podem ser estabelecidos por leis e regulamentos ou
contratos. Um exemplo de critério menos formal seria o código de conduta desenvolvido
internamente ou o nível de desempenho acordado (tal como o número de vezes que se espera
que um comitê específico se reúna no ano).
Os trabalhos de asseguração são planejados e realizados com postura de ceticismo profissional
para obter evidências apropriadas e suficientes no contexto do trabalho sobre o resultado
obtido da mensuração ou avaliação do objeto de acordo com os critérios. O julgamento
Quesito IV
profissional deve ser exercido ao considerar a materialidade, o risco do trabalho, bem como a
quantidade e a qualidade das evidências disponíveis ao planejar e realizar o trabalho,
especialmente, ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos.
O auditor independente forma sua conclusão com base nas evidências obtidas e emite o
Quesito V relatório escrito contendo uma expressão clara dessa conclusão de asseguração. As Normas de
Asseguração estabelecem elementos básicos para os relatórios de asseguração.

O auditor independente pode escolher o modelo de relatório de “forma curta” ou de “forma


longa” para facilitar a efetividade da comunicação com os usuários previstos. Relatórios de
“forma curta” geralmente incluem apenas os elementos básicos. Os relatórios de “forma longa”
incluem outras informações e explicações que não afetam a conclusão do auditor
independente. Os relatórios em forma longa podem descrever com detalhe os termos do
conclusão
trabalho, os critérios usados, as constações relativas a aspectos específicos do trabalho, os
detalhes sobre as qualificações e experiência do auditor independente e de outros envolvidos
com o trabalho, a divulgação dos níveis de materialidade e, em alguns casos, as recomendações.
A inclusão de qualquer dessas informações depende da sua relevância para os usuários
previstos.

17. (21º EQT AUDITOR / CFC / 2020) De acordo com a ‘Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, o objeto
do trabalho de asseguração pode ter várias formas, tais como as exemplificadas abaixo. Acerca desse assunto, assinale
a opção que apresenta essa forma.

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a) Condições ou desempenhos não financeiros (por exemplo, desempenho da entidade), sendo vedado que as
informações do objeto sejam indicadores de eficácia e eficiência.
b) Comportamento (desde que não seja incluída a conformidade da governança corporativa com regulamentações,
políticas de recursos humanos).
c) Histórico de desempenho ou condição financeira (por exemplo, histórico de posição financeira, desempenho
financeiro e fluxos de caixa) para o qual a informação do objeto pode ser o reconhecimento, a mensuração, a
apresentação e a divulgação representada nas demonstrações contábeis.
d) Características físicas dos estabelecimentos dos principais fornecedores (por exemplo, capacidade máxima de
ocupação do prédio) para o qual a informação do objeto pode ser documento de especificações.
Comentários:
A questão cobra a Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, vamos ver o que diz a norma:
39. O objeto do trabalho de asseguração pode ter várias formas, tais como:
• histórico de desempenho ou condição financeira (por exemplo, histórico de posição financeira, desempenho
financeiro e fluxos de caixa) para o qual a informação do objeto pode ser o reconhecimento, a mensuração, a
apresentação e a divulgação representada nas demonstrações contábeis;
• condição ou desempenho financeiro futuro (por exemplo, posição financeira, desempenho financeiro e fluxos
de caixa prospectivos) para o qual a informação do objeto pode ser o reconhecimento, a mensuração, a
apresentação e a divulgação representada na projeção ou previsão financeira;
• condições ou desempenhos não financeiros (por exemplo, desempenho da entidade) para o qual as
informações do objeto podem ser os indicadores principais de eficácia e eficiência;
• características físicas (por exemplo, capacidade máxima de ocupação do prédio) para o qual a informação do
objeto pode ser documento de especificações;
• sistemas e processos (por exemplo, o controle interno ou o sistema de TI da entidade) para o qual a informação
do objeto deve ser declaração sobre sua efetividade;
• comportamento (por exemplo, governança corporativa, conformidade com regulamentações, políticas de
recursos humanos) para o qual a informação do objeto pode ser uma declaração de conformidade ou
declaração de efetividade.
• O Apêndice 4 apresenta uma categorização da gama de possíveis objetos com alguns exemplos.
40. Os objetos possuem diferentes características, incluindo o grau ao qual a informação sobre eles é qualitativa versus
quantitativa, objetiva versus subjetiva, histórica versus prospectiva e se relacionam a uma determinada data-base ou
abrangem um período. Tais características afetam: (a) a precisão na qual o objeto pode ser mensurado ou avaliado
com base em critérios identificáveis; e (b) a persuasão da evidência disponível. O relatório de asseguração pode
apresentar características que são de relevância específica aos usuários previstos.
41. A adequação do objeto independe do nível de asseguração, ou seja, se o objeto não for apropriado para trabalho
de asseguração razoável, ele também não é apropriado para trabalho de asseguração limitada e vice-versa. Um objeto
apropriado é identificável e capaz de mensuração ou avaliação consistente com base em critérios identificados de
forma que a informação do objeto resultante possa ser sujeita a procedimentos para obter evidências 12 apropriadas
e suficientes para apoiar uma conclusão de asseguração razoável ou limitada, conforme apropriado.
GABARITO: C
18. (21º EQT AUDITOR / CFC / 2020) Tomando como base a norma sobre estrutura conceitual para trabalhos de
asseguração, descreva brevemente as características de um trabalho (i) de asseguração razoável e (ii) de asseguração
limitada, mencionando, para ambos os casos, o tratamento dos riscos identificados e a forma em que é expressa a
conclusão do auditor independente.
Comentários:

Introdução O trabalho de asseguração razoável é aquele no qual o auditor independente visa obter
evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão , de forma a aumentar o grau

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de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto,


de acordo com os critérios que sejam aplicáveis.

Desenvolvimento ainda dentro deste escopo podemos definir os elentos do trabalho se asseguração: as
partes(auditor, partes responsáveis, usuários); o objeto da auditoria; os critérios; as evidências
(opcional) e os relatórios.
No trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o risco do trabalho para
Quesito i um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como base para a sua conclusão,
que sera positiva, ou seja, uma afirmativa se as demonstrações contém ou não distorções.
Já no trabalho de asseguração limitada a natureza, epóca e extenção dos procedimentos são
mais restritos, neste tipo de trabalho o auditor independente reduz o risco do trabalho para um
Quesito ii
nível que é aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que ainda é maior do que para um
trabalho de asseguração razoável.
Neste relatório a conclusão do auditor será de forma negativa, ou seja, uma afirmação de que
conclusão não chegou ao seu conhecimento nada que levasse a acreditar que as demonstrações contábeis
contenham distorções ou erros.

19. (23º EQT AUDITOR / 2022) O Apêndice 3 (Partes do trabalho de asseguração) da NBC TA Estrutura Conceitual, de
novembro de 2015, que dispõe sobre a estrutura conceitual para os trabalhos de asseguração, estabelece, em relação
às partes do trabalho de asseguração, que:
Todos os trabalhos de asseguração possuem, pelo menos, três partes: a parte responsável, o auditor independente e
os usuários previstos. Dependendo das circunstâncias do trabalho, pode haver também uma função separada de
mensurador ou avaliador, ou de parte contratante.
Nesse contexto, das diversas funções relacionadas com o trabalho de asseguração, o uso de critérios para mensurar o
objeto, resultando na informação do objeto, é adotado pela seguinte função:
a) Auditor independente
b) Avaliador
c) Parte contratante
d) Parte responsável
e) Usuários previstos
Comentários:
A questão cobra conceitos da NBC TA – Estrutura conceitual onde as seguintes funções se relacionam ao trabalho de
asseguração: (a) a parte responsável é responsável pelo objeto; (b) o mensurador ou o avaliador usa os critérios para
mensurar ou avaliar o objeto, resultando na informação do
objeto; (c) a parte contratante contrata os termos do trabalho com o auditor independente; (d) o auditor
independente obtém evidências apropriadas e suficientes de forma a poder expressar uma conclusão desenvolvida
para aumentar o grau de confiança dos usuários previstos, que não se referem à parte responsável, sobre a
informação do objeto; (e) os usuários previstos tomam decisões com base na informação do objeto. Os
usuários previstos são indivíduos, organizações ou grupo de
indivíduos e organizações que o auditor espera que utilizem o relatório de asseguração.
GABARITO: B

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Questão dissertativa para treino


Como forma de fazer com que você treine para as questões dissertativas, deixo aqui um tema. Infelizmente não
conseguirei corrigir a discursiva de cada aluno, mas veja a aula que fiz aqui no curso sobre como elaborar uma boa
questão dissertativa.

“Tomando como base a norma sobre estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, descreva brevemente as
características de um trabalho (i) de asseguração razoável e (ii) de asseguração limitada, mencionando, para ambos
os casos, o tratamento dos riscos identificados e a forma em que é expressa a conclusão do auditor independente.”

Bom treino!

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Principais pontos abordados em aula


1) A NBC TA Estrutura Conceitual não é uma norma propriamente dita e não estabelece nenhum requisito (nem
princípios básicos ou procedimentos essenciais) para a realização de auditorias, revisões ou outros trabalhos de
asseguração;

2) Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente visa obter evidências apropriadas e suficientes
para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da
mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis.

3) Trabalho de asseguração RAZOÁVEL, objetivo de:


3.1) reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível ACEITAVELMENTE BAIXO;
3.2) forma POSITIVA de expressão da conclusão do auditor independente;
3.3) exemplo é a própria AUDITORIA.

4) Trabalho de asseguração LIMITADA, objetiva:


4.1) reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível que possa ser CONSIDERADO ACEITÁVEL;
4.2) o risco ainda é maior que no trabalho de asseguração razoável;
4.3) forma NEGATIVA de expressão da conclusão do auditor independente;
4.4) exemplo é um trabalho de REVISÃO.

5) Asseguração é GÊNERO, auditoria e revisão são ESPÉCIES de asseguração;

6) O auditor independente não faz apenas trabalhos de asseguração, mas também trabalhos que não se encaixam
nesse conceito, como serviços de consultoria, declarações de imposto de renda, etc;

7)

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8)

9) O auditor deve ACEITAR ou CONTINUAR o trabalho de asseguração SOMENTE quando:


9.1) ele não tiver motivos para acreditar que as exigências éticas aplicáveis e sua independência não serão
cumpridas;
9.2) ele estiver convencido que a equipe que realizará o trabalho possui a capacidade e as competências
apropriadas;
9.3) precondições para o trabalho de asseguração estão presentes; e
9.4) confirmação de que existe entendimento comum entre o auditor independente e a parte contratante.

10) Se o sócio responsável pelo trabalho obtiver informações que teriam levado a firma a recusar o trabalho, caso a
informação estivesse disponível anteriormente, ele deve comunicar imediatamente essa informação para a gerência
da sua firma (principal executivo ou presidente da firma de auditoria), de forma que a firma e o sócio responsável pelo
trabalho possam tomar a ação necessária.

11) São elementos do trabalho de asseguração:


11.1) relação de TRÊS PARTES envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos;
11.2) OBJETO apropriado;
11.3) CRITÉRIOS aplicáveis;
11.4) EVIDÊNCIAS apropriadas e suficientes; e
11.5) RELATÓRIO de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração razoável ou de
asseguração limitada.

12) TODOS os trabalhos de asseguração possuem pelo menos três partes: o AUDITOR, a PARTE RESPONSÁVEL e os
USUÁRIOS previstos.
12.1) O auditor deve conduzir a auditoria e é o único responsável pela conclusão de asseguração emitida (essa
responsabilidade não é reduzida pelo uso que ele faça de seu especialista ou de outros auditores);

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12.2) Parte responsável é a parte responsável pelo objeto a ser auditado;


12.3) Usuários previstos são os indivíduos, organizações ou grupos que o auditor espera que utilizem o
relatório de asseguração.

13) O OBJETO da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais
compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a legitimidade
dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais;

14) Os CRITÉRIOS são os pontos de referência usados para avaliar ou mensurar o objeto, incluindo, sempre que
relevante, referências para a apresentação e a divulgação. Os critérios podem ser formais.
14.1) a elaboração de demonstrações contábeis, os critérios podem ser as práticas contábeis adotadas no
Brasil.
14.2)

15) EVIDÊNCIAS são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões e dar base à sua opinião.
15.1) A evidência suficiente e apropriada está correlacionada. A suficiência é a mensuração da QUANTIDADE
de evidências. Já a adequação (ou evidência apropriada) é a mensuração da QUALIDADE da evidência;
15.2) O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica das evidências. Isso inclui questionar as
evidências inconsistentes e a confiabilidade de documentos e repostas a indagações;
15.3) Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência para auxiliar no
desenvolvimento das competências necessárias à auditoria.

16) A materialidade é relevante ao planejar e realizar o trabalho de asseguração para determinar a natureza, a época
e a extensão dos procedimentos, bem como para avaliar se a informação do objeto está livre de distorções;

17) Risco do trabalho é o risco de o auditor expressar uma conclusão inadequada quando a informação do objeto
estiver distorcida de forma relevante;

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17.1)

18) O auditor forma sua conclusão com base nas evidências obtidas e emite o RELATÓRIO escrito contendo uma
expressão clara dessa conclusão de asseguração.

19) No TRABALHO DE ATESTAÇÃO, o profissional, que não seja o auditor, deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo
com os critérios aplicáveis.

20) No TRABALHO DIRETO, o auditor (DIRETAMENTE) deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os critérios
aplicáveis.

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Considerações finais
Bom... chegamos ao fim da nossa aula sobre a NBC TA Estrutura Conceitual. Espero que você tenha curtido e, acima
de tudo, ENTENDIDO! Mais uma vez, a literalidade às vezes é bem importante, pois, analisando as provas, o CFC vem
com uma postura de trazer nas questões um recorte das normas. Fique atento(a)!

Dúvidas, fico à disposição no fórum!

Bons estudos!

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Questões resolvidas na aula


1. (CFC/EQT-QTG/21ª edição) De acordo com a norma sobre estrutura conceitual para trabalhos de asseguração
existem dois tipos de trabalhos de asseguração cuja execução é permitida ao auditor independente: trabalho de
asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada. Analise as afirmações abaixo, que descrevem o objetivo do
trabalho do auditor independente e assinale a opção CORRETA.
a) Asseguração razoável é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo,
considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma positiva de expressão da conclusão do
auditor independente.
b) Asseguração razoável representa a eliminação do risco do trabalho de asseguração a um nível adequado,
considerando as circunstâncias do trabalho como base para uma forma razoável da opinião para a base de
conclusão do auditor independente.
c) Asseguração limitada refere-se à aplicação de procedimentos visando eliminar o risco de erro no trabalho de
asseguração, atingindo um nível que seja aceitável, considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que
o risco seja maior do que no trabalho de asseguração razoável, como base para uma forma positiva de
expressão da conclusão do auditor independente.
d) Asseguração limitada refere-se à aplicação de procedimentos visando reduzir o risco de erro no trabalho de
asseguração, atingindo um nível que seja aceitável, considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que
o risco seja menor àquele executado no trabalho de asseguração razoável, como base para uma forma positiva
de expressão da conclusão do auditor independente.

2. (CFC/EQT-QTG/19ª edição) Os trabalhos que não são considerados trabalhos de asseguração nos termos da
estrutura conceitual de auditoria, podem ser:
I. trabalhos para prestar declarações em processos judiciais sobre contabilidade, auditoria, tributação ou outros
assuntos; e
II. trabalhos que incluem opiniões, pontos de vista ou declarações profissionais dos quais o usuário pode extrair
alguma segurança.
Com relação ao caso II, assinale a opção que apresenta a condição CORRETA.
a) Essas opiniões, pontos de vistas ou declarações são fundamentais para o trabalho como um todo.
b) Qualquer relatório por escrito deve ser emitido com uso expressamente restrito aos usuários previstos
especificados no relatório.
c) Mediante acordo formal com os usuários previstos especificados, pode ser considerado um trabalho de
asseguração.
d) O trabalho pode ser denominado como trabalho de asseguração no relatório do auditor independente, desde
que essa condição tenha sido acordada com o cliente.

3. (CFC/EQT-QTG/20ª edição) Com base na NBC de Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração, existem
algumas precondições (elencadas abaixo) que são relevantes para a aceitação e a continuidade de trabalhos de
asseguração. Acerca desse assunto, assinale a opção CORRETA.
a) As funções e as responsabilidades das partes apropriadas (ou seja, parte responsável, mensurador ou
avaliador e contratante, conforme apropriado) são adequadas às circunstâncias.
b) Os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação do objeto
não deverão estar disponíveis aos usuários previstos.
c) Antes de iniciar o trabalho, o auditor independente não tem certeza se poderá obter a evidência necessária
para fundamentar a sua conclusão.
d) A conclusão do auditor independente, na forma apropriada tanto para o trabalho de asseguração razoável
quanto para o trabalho de asseguração limitada, não poderá ser incluída no relatório.

4. (CFC/EQT-QTG/20ª edição) Conforme a norma sobre trabalhos de asseguração diferente de auditoria e revisão, o
auditor independente deve aceitar ou continuar o trabalho em algumas situações. Acerca desse assunto, analise os
itens abaixo e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
I. Quando ele tiver motivos para acreditar que as exigências éticas aplicáveis, incluindo a independência, serão
cumpridas.
II. Quando a administração da entidade contratante estiver convencida de que a equipe que realizará o trabalho
já fez trabalhos de natureza semelhante.

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III. Quando a base na qual o trabalho deverá ser executado for aceita, por meio de estabelecimento de que as
precondições para o trabalho de asseguração estão presentes.
IV. Quando a base na qual o trabalho deverá ser executado for aceita, por meio de confirmação de que existe
entendimento comum dos termos do trabalho entre o auditor e a parte contratante, incluindo as
responsabilidades relacionadas com o relatório a ser emitido pelo auditor.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):
a) I e II, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) III, apenas.
d) II e IV, apenas.

5. (FCC/COPERGÁS/2011) De acordo com as disposições constantes da NBC TA Estrutura Conceitual para Trabalhos
de Asseguração, é correto afirmar que:
a) os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor independente, a parte responsável e os
usuários previstos;
b) o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é denominado auditoria;
c) os trabalhos de consultoria representam uma das espécies dos trabalhos de asseguração;
d) o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é denominado revisão;
e) a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a usuária das informações a serem fornecidas pelo
auditor em seu relatório.

6. (CFC/EQT-QTG/21ª edição) De acordo com a ‘Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração’, o objeto do
trabalho de asseguração pode ter várias formas, tais como as exemplificadas abaixo. Acerca desse assunto, assinale a
opção que apresenta essa forma.
a) Histórico de desempenho ou condição financeira (por exemplo, histórico deposição financeira, desempenho
financeiro e fluxos de caixa) para o qual a informação do objeto pode ser o reconhecimento, a mensuração, a
apresentação e a divulgação representada nas demonstrações contábeis.
b) Condições ou desempenhos não financeiros (por exemplo, desempenho da entidade), sendo vedado que as
informações do objeto sejam indicadores de eficácia e eficiência.
c) Comportamento (desde que não seja incluída a conformidade da governança corporativa com
regulamentações, políticas de recursos humanos).
d) Características físicas dos estabelecimentos dos principais fornecedores (por exemplo, capacidade máxima de
ocupação do prédio) para o qual a informação do objeto pode ser documento de especificações.

7. (CESPE/TCE-PR/2016) As normas brasileiras de auditoria definem e descrevem elementos, objetivos e outros


aspectos dos trabalhos de asseguração. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Ao conduzir os trabalhos de auditoria, o auditor deve procurar obter asseguração razoável de que as
demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes e em conformidade com a estrutura do
relatório financeiro, bem como deve apresentar o relatório de auditoria em conformidade com as suas
constatações.
b) As normas brasileiras de auditoria estabelecem dois tipos de trabalhos de asseguração: razoável e limitado. O
objetivo do primeiro tipo é reduzir o risco de trabalho de asseguração a um nível aceitável e o do segundo tipo
é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo.
c) No planejamento da auditoria, devem-se considerar aspectos como: procedimentos analíticos a serem
aplicados, como, por exemplo, os de avaliação de risco; entendimento global da estrutura jurídica e do
ambiente regulatório da entidade e como ela cumpre com os requerimentos dessa estrutura; a determinação
da materialidade, independentemente da relevância, bem como o envolvimento de especialistas e a aplicação
de outros procedimentos de avaliação de risco.
d) A estrutura conceitual estabelece normas próprias e exigências relativas a procedimentos para a execução de
trabalhos de asseguração.
e) A documentação de auditoria deve fornecer evidências do cumprimento dos objetivos específicos para os
quais a auditoria foi contratada. Entre esses objetivos inclui-se evitar fraudes nas informações contábeis
decorrentes da gestão.

8. (FGV/TCM-SP/2015) De acordo com a NBC TA que trata da estrutura conceitual para trabalhos de asseguração,
nesses trabalhos o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança

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dos outros usuários previstos acerca do resultado de avaliações ou mensurações efetuadas. O trabalho de asseguração
requer a consideração de alguns elementos. Das opções a seguir, a que NÃO constitui um dos elementos do trabalho
de asseguração é:
a) critérios adequados;
b) evidências apropriadas e suficientes;
c) objeto apropriado;
d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada;
e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

9. (CFC/EQT-QTG/2015) A NBC TA - Estrutura Conceitual identifica o relacionamento entre três partes (auditor
independente, a parte responsável e os usuários previstos) e estabelece mais quatro elementos que necessariamente
devem estar presentes em um trabalho de asseguração executado por um auditor independente, que são:
a) objeto apropriado; procedimentos adequados; exames apropriados e suficientes; parecer de asseguração
escrito de forma apropriada.
b) objeto apropriado; critérios adequados; evidências apropriadas e suficientes; relatório de asseguração escrito
de forma apropriada.
c) julgamento apropriado; procedimentos adequados; evidências apropriadas e suficientes; parecer de
asseguração escrito de forma apropriada.
d) julgamento apropriado; métodos adequados; exames apropriados e suficientes; relatório de asseguração
escrito de forma apropriada.

10. (CESPE/CGE-PI/2015) Com relação a elaboração, divulgação, auditoria de relatórios contábil-financeiros e


trabalhos de auditoria independente em geral, julgue o item que se segue.
Se um auditor independente constatar que, após o trabalho ter sido aceito, o objeto não é apropriado para o trabalho
de asseguração, ele deverá emitir uma conclusão com ressalvas, independentemente de quão relevante lhe parecer
o fato. CERTO ou ERRADO?

11. (PASSEI EQT/INÉDITA) Julgue a afirmativa a seguir como CERTA ou ERRADA de acordo com a NBC TA Estrutura
Conceitual.
A conclusão com ressalva é expressa quando os efeitos, ou possíveis efeitos, de um assunto das distorções,
individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizados a ponto de requerer uma conclusão adversa
ou a abstenção de conclusão.

12. (PASSEI EQT/INÉDITA) Se, após o trabalho ter sido aceito, for descoberto que uma ou mais precondições para o
trabalho de asseguração não estão presentes, o auditor independente discute a questão com as partes apropriadas e
estabelece, EXCETO:
a) se o assunto pode ser resolvido de modo a satisfazer o auditor independente.
b) se é apropriado dar continuidade ao trabalho.
c) que deve emitir uma opinião não modificada.
d) em caso afirmativo, como comunicar o assunto no relatório de asseguração.

13. (AOCP/Prefeitura de Cariacica – ES/2020) Em consonância com a


Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração, o auditor independente é requerido a cumprir os
seguintes princípios éticos:
a) integridade, objetividade, competência, zelo profissional, sigilo profissional e comportamento profissional.
b) integridade, apreço, objetividade, competência, honestidade, sigilo profissional e comportamento
profissional.
c) integridade, apreço, imparcialidade, honestidade, competência, solidariedade, harmonia com a classe.
d) integridade, objetividade, competência, tempestividade, probidade profissional e sigilo profissional.

14. (CFC/EQT-QTG/2015) Na condução de auditoria de demonstrações contábeis, o auditor considera relevante os


seguintes princípios fundamentais de ética:
a) integridade, caráter, responsabilidade e ceticismo.
b) integridade, independência, ceticismo e objetividade.
c) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade e comportamento (ou conduta)
profissional.

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d) integridade, ceticismo, competência, discrição e zelo profissional.

15. (CFC/EQT-QTG/21ª edição) De acordo com a Seção 110 da norma NBC PG 100 (R1), Código de Ética, existem cinco
princípios fundamentais de ética para os profissionais da contabilidade. Identifique esses princípios e, em seguida,
assinale a opção CORRETA.
a) integridade; objetividade; competência profissional e devido zelo; confidencialidade; e comportamento
profissional.
b) integridade; assertividade; competência profissional e devido zelo; confidencialidade; e comportamento
profissional.
c) integridade; objetividade; competência profissional e devido zelo; seriedade; e comportamento profissional.
d) conhecimento técnico; objetividade; competência profissional e devido zelo; confidencialidade; e
comportamento profissional.

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Gabarito das questões resolvidas na aula


1. A
2. B
3. A
4. B
5. A
6. A
7. A
8. E
9. B
10. ERRADO
11. CERTO
12. C
13. A
14. C
15. A

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