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As demonstrações contábeis no processo

de tomar decisões
AULA 5:
“Auditoria Contábil”
Profº Diógenes Lima de
Mello
• Professor de ensino superior, pesquisador e conteudista.

• 16 anos em Auditoria Externa, Interna, Controladoria e


Contabilidade. Trabalhei em empresas como Banco HSBC,
E&Y, PwC, CCEE, Grupo Portobelo S/A e Klabin S/A.

• Sócio e proprietário da Atleta Smart.

• Mestre (2020) e Bacharel (2005) em Ciências Contábeis –


FECAP e em fase de conclusão do MBA Executivo em
Gestão e Marketing Esportivo (2022) – Trevisan Escola de
Negócios.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
– NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL, DE 20
DE NOVEMBRO DE 2015.
NBC TA ESTURUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

• Princípios éticos e normas de controle de qualidade


• Descrição dos trabalhos de asseguração
• Trabalho de atestação e trabalho direto
• Trabalho de asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada
• Abrangência da estrutura conceitual
• Relatório de trabalho que não é de asseguração
• Precondições para trabalho de asseguração
• Elementos do trabalho de asseguração
• Relacionamento entre três partes
NBC TA ESTURUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL
PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Esta Estrutura Conceitual é emitida apenas com o intuito de facilitar o


entendimento dos elementos e objetivos dos trabalhos de asseguração e
dos trabalhos aos quais as NBCs TA, NBCs TR e NBCs TO (doravante
referidas como Normas de Asseguração) se aplicam.
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PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Esta estrutura não é uma norma e, por conseguinte, não estabelece nenhum requisito
(nem princípios básicos ou procedimentos essenciais) para a realização de auditorias,
revisões ou outros trabalhos de asseguração.

Um relatório de asseguração não pode, portanto, afirmar que o trabalho foi conduzido
de acordo com esta estrutura, devendo se referir às normas de asseguração aplicáveis.

As normas de asseguração possuem objetivos, requerimentos, aplicações e outros


materiais explicativos, introduções e definições que são consistentes com esta
estrutura e devem ser aplicados em auditorias, revisões e outros trabalhos de
asseguração.
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PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

• Esta estrutura fornece quadro de referência para:

(a) auditores independentes;


(b) outras pessoas envolvidas com trabalhos de asseguração,
incluindo os usuários previstos de relatório de asseguração e aqueles
que contratam o auditor independente (parte contratante); e
(c) CFC ao emitir normas de asseguração e outras normas técnicas.
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PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Princípios éticos e normas de controle de qualidade

O controle de qualidade em firmas que executam trabalhos de


asseguração e a conformidade com os princípios éticos, incluindo
requerimentos de independência, é amplamente reconhecido como
sendo de interesse público e parte integrante dos trabalhos de
asseguração de alta qualidade.
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PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Código de ética e normas profissionais do CFC

A NBC PG 100 estabelece os seguintes princípios éticos que o auditor independente é


requerido a cumprir:

(a) integridade;
(b) objetividade;
(c) competência e zelo profissionais;
(d) sigilo profissional; e
(e) comportamento profissional.
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PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
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TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Trabalho de Asseguração

Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente visa obter


evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o
grau de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do
objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis.

• Demonstrações contábeis (resultado) resultam da mensuração da posição patrimonial e


financeira da entidade, do desempenho e dos fluxos de caixa (objeto) ao aplicar a estrutura
de relatórios financeiros aplicáveis (critério).
• Conclusão sobre a eficácia do controle interno (resultado) decorre da avaliação da eficácia
do processo de controle interno da entidade (objeto) ao aplicar os critérios aplicáveis.
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PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

• Mensurações de desempenho específicas à entidade (resultado) decorrem da


mensuração de vários aspectos de desempenho (objeto) ao aplicar as metodologias
de mensuração aplicáveis (critério).
• Declaração de gases de efeito estufa (resultado) decorre da mensuração das
emissões de gases de efeito estufa da entidade (objeto) ao aplicar o
reconhecimento, mensuração e apresentação de protocolos (critério).

• Declaração sobre o cumprimento (resultado) decorre da avaliação do


cumprimento da entidade (objeto) com, por exemplo, lei ou regulamento
(critério).
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TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Trabalho de atestação
No trabalho de atestação, o profissional, que não seja o auditor
independente, deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os critérios
aplicáveis.
O referido profissional também deve apresentar, frequentemente, a
informação resultante do objeto no relatório ou afirmação.
Em alguns casos, contudo, a informação do objeto pode ser apresentada pelo
auditor independente no relatório de asseguração. A conclusão do auditor
deve mencionar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes
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Trabalho direto
No trabalho direto, o auditor deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os
critérios aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar as habilidades e técnicas
de asseguração para obter evidências apropriadas e suficientes sobre o resultado da
mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios aplicáveis.
O auditor independente pode obter essa evidência simultaneamente com a
mensuração ou avaliação do objeto, mas também pode obtê-la antes ou após tal
mensuração ou avaliação.
No trabalho direto, a conclusão do auditor independente deve mencionar se o
resultado reportado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os
critérios, é redigido nos termos do objeto e dos critérios. Em alguns trabalhos diretos,
a conclusão do auditor independente é a informação do objeto ou é parte da
informação do objeto.
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TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Nem todos os trabalhos realizados por auditores independentes são trabalhos


de asseguração. Outros trabalhos frequentemente realizados que não são de
asseguração, como definido no item 10, não são abrangidos por esta estrutura.
Esses outros trabalhos incluem:

• trabalhos abrangidos pelas Normas de Serviços Correlatos (NBCs TSC, tais


como procedimentos previamente acordados e trabalhos de compilação);
• elaboração de declarações de imposto de renda em que nenhuma conclusão
de asseguração é expressa;
• trabalhos de consultoria (ou assessoria), tais como gerenciamento e
consultorias tributárias.
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Trabalho de asseguração razoável

No trabalho de asseguração razoável, o auditor independente reduz o


risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias
do trabalho como base para a sua conclusão.

A conclusão do auditor independente é expressa de forma que transmita


a sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de
determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis.
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Trabalho asseguração limitada

No trabalho de asseguração limitada, o auditor independente reduz o risco do trabalho para um


nível que é aceitável nas circunstâncias do trabalho, mas que ainda é maior do que para um
trabalho de asseguração razoável. Dessa forma, sua conclusão deve transmitir se, com base nos
procedimentos realizados e evidências obtidas, algum assunto chegou ao seu conhecimento de
forma a levá-lo a acreditar que a informação do objeto está relevantemente distorcida.

A natureza, a época e a extensão dos procedimentos executados no trabalho de asseguração


limitada são restritos (menos extensos), quando comparados com os que são necessários no
trabalho de asseguração razoável, mas são planejados para obter um nível de segurança que
seja, no julgamento profissional do auditor independente, significativo. Para que seja
significativo, o nível de segurança obtido pelo auditor deve ser capaz de aumentar a confiança
dos usuários previstos sobre a informação do objeto em nível que seja mais do que irrelevante.
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Abrangência da estrutura conceitual

Nem todos os trabalhos realizados por auditores independentes são trabalhos de


asseguração. Outros trabalhos frequentemente realizados que não são de asseguração,
como definido no item 10, não são abrangidos por esta estrutura. Esses outros trabalhos
incluem:

• trabalhos abrangidos pelas Normas de Serviços Correlatos (NBCs TSC, tais como
procedimentos previamente acordados e trabalhos de compilação);
• elaboração de declarações de imposto de renda em que nenhuma conclusão de
asseguração é expressa;
• trabalhos de consultoria (ou assessoria), tais como gerenciamento e consultorias
tributárias
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TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Relatório de trabalho que não é de asseguração

O auditor independente ao reportar sobre trabalho, que não é de asseguração no âmbito


desta estrutura, deve claramente distinguir esse relatório de relatório de asseguração.
Para não confundir os usuários, o relatório que não é de asseguração evita, por exemplo:

• mencionar adequação com esta estrutura ou norma de asseguração;


• usar inapropriadamente as palavras “asseguração,” “auditoria” ou “revisão”;
• incluir declaração que possa ser confundida com conclusão com base em evidências
apropriadas e suficientes que tenham sido desenvolvidas para aumentar o nível de
confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do
objeto de acordo com os critérios aplicáveis
NBC TA ESTURUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
Precondições para trabalho de asseguração

As seguintes precondições para trabalho de asseguração são relevantes para aceitação e continuidade:

(a) as funções e as responsabilidades das partes apropriadas (ou seja, parte responsável, mensurador ou avaliador e
contratante, conforme apropriado) são adequadas às circunstâncias; e
(b) o trabalho apresenta todas as seguintes características:
(i) o objeto é apropriado;
(ii) os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação do objeto são
apropriados às circunstâncias do trabalho. Os critérios devem apresentar as características descritas no item 44;
(iii) os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da informação do objeto estarão
disponíveis aos usuários previstos;
(iv) o auditor independente espera ser capaz de obter a evidência necessária para fundamentar a sua conclusão;
(v) a conclusão do auditor independente, na forma apropriada tanto para o trabalho de asseguração razoável quanto para
o trabalho de asseguração limitada, será incluída no relatório; e
(vi) um propósito racional incluindo, no caso de trabalho de asseguração limitada, que o auditor independente espera ser
capaz de obter nível apropriado de segurança.
NBC TA ESTURUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
Elementos do trabalho de asseguração

26. Os seguintes elementos do trabalho de asseguração são discutidos nesta


parte:

(a) relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte


responsável e os usuários previstos;
(b) objeto apropriado;
(c) critérios aplicáveis;
(d) evidências apropriadas e suficientes; e
(e) relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de
asseguração.
NBC TA ESTURUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA
TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO
Relacionamento entre três partes

Todos os trabalhos de asseguração possuem pelo menos três partes: o auditor independente,
a parte responsável e os usuários previstos. Dependendo das circunstâncias do trabalho,
pode haver também a função separada de mensurador ou avaliador, ou a parte contratante.

A parte responsável e os usuários previstos podem ser de entidades diferentes ou da mesma


entidade. Como exemplo do último caso, na estrutura de administração de dois níveis, o
conselho de administração pode buscar a asseguração sobre uma informação fornecida pela
diretoria executiva da entidade. O relacionamento entre a parte responsável e os usuários
previstos deve ser visto dentro do contexto de trabalho específico e pode variar das linhas
tradicionalmente mais bem definidas de responsabilidade. Por exemplo, a alta administração
(usuário previsto) pode contratar o auditor independente para realizar o trabalho de
asseguração em aspecto específico das atividades da entidade que são de responsabilidade
imediata de nível mais baixo da administração (parte responsável), mas pela qual a alta
administração é, no fim, responsável
NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS
TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA
(R1) – CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA

Alcance
Data de vigência
Objetivo
Definições
Requisitos
Condições prévias para uma auditoria
Acordo sobre termos do trabalho de auditoria
Auditoria recorrente
Aceitação de mudança nos termos do trabalho de auditoria
Considerações adicionais na aceitação do trabalho
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DO
TRABALHO DE AUDITORIA

Esta Norma trata da responsabilidade do auditor independente em estabelecer os termos de um trabalho de


auditoria com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança. Isso inclui
considerar que existem certas condições prévias a um trabalho de auditoria, que são de responsabilidade da
administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança. A NBC TA 220 – Controle de
Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis trata dos aspectos de aceitação do trabalho de
auditoria pelo auditor.

Esta Norma é aplicável a auditoria de demonstrações contábeis para períodos iniciados em ou após 1º de
janeiro de 2010.

O objetivo do auditor independente é aceitar ou continuar um trabalho de auditoria somente quando as


condições em que esse trabalho deve ser realizado foram estabelecidas por meio de:

(a) determinação da existência das condições prévias a um trabalho de auditoria; e

(b) confirmação de que há um entendimento comum entre o auditor independente e a administração e,


quando apropriado, com os responsáveis pela governança sobre os termos do trabalho de auditoria.
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS
TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA

(i) elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório


financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua adequada apresentação.
(ii) pelo controle interno que a administração determinou como necessário para permitir a
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorções relevantes, independentemente
se causadas por fraude ou erro (ver itens A16 a A19); e
(iii) fornecer ao auditor:
a. acesso a todas as informações relevantes de que a administração tem conhecimento para
a elaboração das demonstrações contábeis, como registros, documentação e outros
assuntos;
b. informações adicionais que o auditor pode solicitar da administração para fins da
auditoria; e
c. acesso irrestrito a pessoas da entidade que o auditor determina ser necessário para obter
evidência de auditoria.
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS
TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA
Limitação no alcance da auditoria antes da aceitação do trabalho
Se a administração ou os responsáveis pela governança impõem uma limitação no alcance
do trabalho do auditor, nos termos de um trabalho de auditoria proposto, de modo que o
auditor entenda que a limitação resultará na emissão de relatório com abstenção de opinião
sobre as demonstrações contábeis, o auditor não deve aceitar esse trabalho de natureza
limitada como um trabalho de auditoria, a menos que exigido por lei ou regulamento.

Se não existirem as condições prévias para o trabalho de auditoria, o auditor independente


deve discutir o assunto com a administração. A menos que exigido por lei ou regulamento, o
auditor não deve aceitar o trabalho de auditoria proposto:

(a) se o auditor determinou que a estrutura de relatório financeiro a ser aplicada na


elaboração das demonstrações contábeis é inaceitável, exceto pelo previsto no item 19;
ou
(b) se não for obtida a concordância mencionada no item 6(b).
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS
TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA
Acordo sobre termos do trabalho de auditoria
(a) o objetivo e o alcance da auditoria das demonstrações contábeis;
(b) as responsabilidades do auditor;
(c) as responsabilidades da administração;
(d) a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável para a
elaboração das demonstrações contábeis;
(e) referência à forma e ao conteúdo esperados de quaisquer relatórios a
serem emitidos pelo auditor; e
(f) declaração de que existem circunstâncias em que o relatório pode ter
forma e conteúdo diferente do esperado.
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS
TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA

Auditoria recorrente
Em auditorias recorrentes, o auditor deve avaliar se as circunstâncias
requerem que os termos do trabalho de auditoria sejam revistos e se há
necessidade de lembrar a entidade sobre os termos existentes do trabalho
de auditoria.
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS
TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA
Aceitação de mudança nos termos do trabalho de auditoria
O auditor não deve concordar com uma mudança nos termos do trabalho de auditoria
quando não há justificativa razoável para essa mudança.
Se, antes de concluir o trabalho de auditoria, o auditor for solicitado a mudar o alcance
para um trabalho que forneça um menor nível de asseguração, o auditor deve
determinar se há justificativa razoável para essa mudança.
Se o auditor não concordar com a mudança dos termos do trabalho de auditoria e a
administração não permitir que ele continue o trabalho de auditoria original, o auditor
deve:
(a) retirar-se do trabalho de auditoria, quando permitido por lei ou regulamento
aplicável; e
(b) determinar se há alguma obrigação, contratual ou de outra forma, de relatar as
circunstâncias a outras partes, como os responsáveis pela governança, proprietários
ou reguladores.
NBC TA 210 NBC TA 210 (R1) – CONCORDÂNCIA COM OS
TERMOS DO TRABALHO DE AUDITORIA
Considerações adicionais na aceitação do trabalho
Se as normas de contabilidade estabelecidas por organização normatizadora
autorizada ou reconhecida são complementadas por lei ou regulamento, o
auditor deve determinar se há conflito entre as normas de contabilidade e os
requisitos adicionais. No caso de haver conflito, o auditor deve discutir com a
administração a natureza dos requisitos adicionais e deve chegar a um acordo se:
(a) os requisitos adicionais podem ser cumpridos por meio de divulgações
adicionais nas demonstrações contábeis; ou
(b) a descrição da estrutura de relatório financeiro aplicável nas demonstrações
contábeis pode ser alterada nesse caso. Se nenhuma das opções acima é
possível, o auditor deve determinar se é necessário modificar a sua opinião de
acordo com a NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor
Independente (ver item A34).
NBC TA 220 (R3) – DOCUMENTAÇÃO DE
AUDITORIA
NBC TA 220 (R3) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

A documentação de auditoria, que atende às exigências desta Norma e às


exigências específicas de documentação de outras normas de auditoria
relevantes, fornece:

(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento


do objetivo global do auditor (NBC TA 200); e

(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade


com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
NBC TA 220(R3) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:


• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em conformidade
com a NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis;
• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
• manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com a
NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores
Independentes que executam exames de auditoria e revisões de informação financeira histórica,
e outros trabalhos de asseguração e de serviços correlatos (NBC TA 220, item 2);
• permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.
NBC TA 220 (R3) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

(a) Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da


evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente
também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”).
(b) Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de
armazenamento, em forma física ou eletrônica que contêm os registros que constituem a
documentação de trabalho específico.
(c) Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui
experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:
(i) processos de auditoria;
(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e
(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.
NBC TA 220 (R3) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Elaboração tempestiva da documentação de auditoria


O auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria.
Documentação dos procedimentos de auditoria executados e da evidência de
auditoria obtida.
O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para
permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com
a auditoria, entenda
NBC TA 220 (R3) – DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Elaboração tempestiva da documentação de auditoria


(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria
executados para cumprir com as normas de auditoria e exigências legais e
regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência
de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as
conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais
significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO
AUDITOR EM RELAÇÃO A FRAUDE, NO
CONTEXTO DA AUDITORIA DE
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM
RELAÇÃO A FRAUDE

Características da fraude
As distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O
fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a
ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis.

Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de
auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas
demonstrações contábeis.

Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções


decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos.
Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de
fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM
RELAÇÃO A FRAUDE

Responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude


A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
Responsabilidade do auditor
O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por
fraude ou erro.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM
RELAÇÃO A FRAUDE

Responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude


A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
Responsabilidade do auditor
O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é
responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por
fraude ou erro.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM
RELAÇÃO A FRAUDE

Os objetivos do auditor são:

(a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações


contábeis decorrente de fraude;

(b) obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre os riscos


identificados de distorção relevante decorrente de fraude, por meio da
definição e implantação de respostas apropriadas; e

(c) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes


identificada durante a auditoria.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM
RELAÇÃO A FRAUDE

Os objetivos do auditor são:

Embora o auditor possa ser capaz de identificar oportunidades potenciais de


perpetração de fraude, é difícil para ele determinar se as distorções em áreas
de julgamento como estimativas contábeis foram causadas por fraude ou
erro.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM
RELAÇÃO A FRAUDE

Nos termos da NBC TA 200, item 15, o auditor deve manter postura de
ceticismo profissional durante a auditoria, reconhecendo a possibilidade
de existir distorção relevante decorrente de fraude, não obstante a
experiência passada do auditor em relação à honestidade e integridade da
administração e dos responsáveis pela governança da entidade.

A não ser que existam razões para crer o contrário, o auditor deve aceitar
os registros e os documentos como legítimos. Caso as condições
identificadas durante e auditoria levem o auditor a acreditar que um
documento pode não ser autêntico ou que os termos no documento foram
modificados sem que o fato fosse revelado ao auditor, este deve investigar o
caso.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM
RELAÇÃO A FRAUDE

Quando as respostas às indagações junto à administração ou aos


responsáveis pela governança são inconsistentes, o auditor deve investigar
as inconsistências.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

O auditor dever fazer indagações à administração relacionadas com:

(a) avaliação pela administração do risco de que as demonstrações contábeis contenham distorções
relevantes decorrente de fraudes, inclusive a natureza, extensão e freqüência de tais avaliações.

(b) o processo da administração para identificar e responder aos riscos de fraude na entidade,
inclusive quaisquer riscos de fraude específicos identificados pela administração ou que foram
levados ao seu conhecimento, ou tipos de operações, saldos contábeis ou divulgações para os quais
é provável existir risco de fraude;

(c) comunicação da administração, se houver, aos responsáveis pela governança em relação aos
processos de identificação e resposta aos riscos de fraude na entidade; e

(d) comunicação da administração, se houver, aos empregados em relação às suas visões sobre
práticas de negócios e comportamento ético.
NBC TA ESTURUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL
PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO

Responsáveis pela Governança

A não ser que os responsáveis pela governança estejam envolvidos na


administração da entidade (NBC TA 260 – Comunicação com os
Responsáveis pela Governança, item 13), o auditor deve obter
entendimento de como esses responsáveis fazem a supervisão geral dos
processos da administração para identificar e responder aos riscos de
fraudes na entidade e do controle interno que a administração implantou
para mitigar esses riscos.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Variação inesperada ou não usual identificada

O auditor deve avaliar se variações inesperadas ou não usuais que foram


identificadas durante a aplicação dos procedimentos de revisão analítica,
inclusive aqueles relacionados com as receitas, podem indicar riscos de
distorção relevante decorrente de fraude.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Ao determinar respostas globais para enfrentar os riscos avaliados de distorção relevante nas
demonstrações contábeis, o auditor deve:

(a) alocar e supervisionar o pessoal, levando em conta o conhecimento, a aptidão e a capacidade dos
indivíduos que assumirão responsabilidades significativas pelo trabalho, e avaliar os riscos de
distorção relevante decorrente de fraude.

(b) avaliar se a seleção e a aplicação de políticas contábeis pela entidade, em especial as relacionadas
com medições subjetivas e transações complexas, podem ser indicadores de informação financeira
fraudulenta decorrente de tentativa da administração de manipular os resultados; e

(c) incorporar elemento de imprevisibilidade na seleção da natureza, época e extensão dos


procedimentos de auditoria.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Avaliação da evidência de auditoria

O auditor deve avaliar se os procedimentos analíticos aplicados perto do


final do período, na formação da conclusão global de que as
demonstrações contábeis, como um todo, estão consistentes com o
entendimento sobre a entidade e do seu ambiente obtido pelo auditor
indicam um risco anteriormente não reconhecido de distorção relevante
decorrente de fraude.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Avaliação da evidência de auditoria

Se o auditor identifica uma distorção, ele deve avaliar se a distorção é


indicadora de fraude. Caso exista tal indicador, o auditor deve avaliar as
implicações da distorção relativamente a outros aspectos da auditoria,
em especial a confiabilidade das representações da administração,
reconhecendo que dificilmente um caso de fraude será uma ocorrência
isolada
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Auditor sem condições de continuar o trabalho

Se, como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude, o


auditor encontrar circunstâncias excepcionais que coloquem em dúvida sua
capacidade de continuar a realizar a auditoria, este deve:
(a) determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação,
inclusive se é necessário ou não o auditor informar à pessoa ou pessoas que
aprovaram a contratação da auditoria ou, em alguns casos, às autoridades reguladoras.
No Brasil, existem obrigações determinadas pelas autoridades reguladoras;
(b) considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando essa saída
for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável; e
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Auditor sem condições de continuar o trabalho

(c) caso o auditor se retire:


(i) discutir com pessoa no nível apropriado da administração e com os
responsáveis pela governança a saída do auditor do trabalho e as razões
para a interrupção; e
(ii) determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar a
retirada do auditor do trabalho e as razões da saída à pessoa ou pessoas
que contrataram a auditoria ou, em alguns casos, às autoridades reguladora
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Representações da administração
O auditor deve obter representações da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela
governança.
(a) eles reconhecem sua responsabilidade pelo desenho, implementação e manutenção do controle
interno de prevenção e detecção de fraude;
(b) eles revelaram ao auditor os resultados da avaliação do risco da administração de que as
demonstrações contábeis podem ter distorções relevantes decorrentes de fraude;
(c) eles revelaram ao auditor seu conhecimento sobre a suspeita ou ocorrência de fraude afetando a
entidade;
(d) eles revelaram ao auditor seu conhecimento de quaisquer suspeitas ou indícios de fraude que
afetassem as demonstrações contábeis da entidade, comunicadas por empregados, ex-empregados,
analistas, órgãos reguladores ou outros
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Comunicações à administração e aos responsáveis pela governança


Caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que
indiquem a possibilidade de fraude, o auditor deve comunicar esses
assuntos tempestivamente, salvo se proibido por lei ou regulamento, à
pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade
primordial de prevenir e detectar fraude em assuntos relevantes no
âmbito de suas responsabilidades.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

Em caso de todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos


na administração da entidade, se o auditor tiver identificado ou suspeitar
de fraude envolvendo a administração, empregados, ou outros da
empresa o auditor deve comunicar ao Órgão Regulador.
NBC TA 240 (R1) – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A
FRAUDE

11- Considere a alternativa correta em relação as partes envolvidas na Revisão


pelos Pares são as seguintes:

(a) O CRE que é o responsável pela realização da revisão


(b) O Revisado que que é o responsável pela administração do Programa de
Revisão;
(c) CRE, composto por contadores funcionários do Conselho Federal de
Contabilidade, designados para auxiliar os trabalhos do Comitê, em especial
no levantamento de informações oriundas dos Revisores e Revisados.
(d) Revisado, que é a firma ou o auditor independente pessoa física, que será
submetido à revisão; e
“O conhecimento lhe dará a oportunidade de
fazer a diferença.”.
Claire Fagin

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