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CANÔNICO
Promulgado por S.S. O Papa João Paulo II em 1983
bilingue latim-português
Can. 2 - Codex plerumque non definit ritus, Cân. 2 - O Código geralmente não
qui in actionibus liturgicis celebrandis sunt determina os ritos que se devem observar
servandi; quare leges liturgicae hucusque na celebração das ações litúrgicas; por
vigentes vim suam retinent, nisi earum isso, as leis litúrgicas até agora vigentes
aliqua Codicis canonibus sit contraria. conservam sua força, a não ser que
alguma delas seja contrária aos cânones
do Código.
Can. 4 - Iura quaesita, itemque privilegia Cân. 4 - Os direitos adquiridos, bem como
quae, ab Apostolica Sede ad haec usque os privilégios concedidos até o presente
tempora personis sive physicis sive iuridicis pela Sé Apostólica a pessoas físicas ou
concessa, in usu sunt nec revocata, integra jurídicas, que estão em uso e não foram
manent, nisi huius Codicis canonibus revogados, continuam inalterados, a não
expresse revocentur. ser que sejam expressamente revogados
por cânones deste Código.
Can. 6 - § 1. Hoc Codice vim obtinente, Cân. 6 - § 1. Com a entrada em vigor deste
abrogantur: Código, são ab-rogados:
1° Codex Iuris Canonici anno 1917 1° o Código de Direito Canônico
promulgatus; promulgado em 1917;
2° aliae quoque leges, sive universales 2° igualmente as outras leis, universais
sive particulares, praescriptis huius Codicis ou particulares, contrárias às prescrições
contrariae, nisi de particularibus aliud deste Código, a não ser que a respeito das
expresse caveatur; leis particulares se disponha
expressamente outra coisa;
3° leges poenales quaelibet, sive 3° quaisquer leis penais, universais ou
universales sive particulares a Sede particulares, dadas pela Sé Apostólica, a
Apostolica latae, nisi in ipso hoc Codice não ser que sejam acolhidas neste Código;
recipiantur;
4° ceterae quoque leges disciplinares 4° também as outras leis disciplinares
universales materiam respicientes, quae universais referentes a uma matéria
hoc Codice ex integro ordinatur. inteiramente ordenada por este Código.
§ 2. Canones huius Codicis, quatenus ius § 2. Os cânones deste Código, enquanto
vetus referunt, aestimandi sunt ratione reproduzem o direito antigo, devem ser
etiam canonicae traditionis habita. apreciados levando-se em conta também a
tradição canônica.
Can. 9 - Leges respiciunt futura, non Cân. 9 - As leis visam o futuro, e não o
praeterita, nisi nominatim in eis de passado, a não ser que explicitamente
praeteritis caveatur. nelas se disponha algo sobre o passado.
Can. 10 - Irritantes aut inhabilitantes eae Cân. 10 - Devem ser consideradas
tantum leges habendae sunt, quibus actum irritantes ou inabilitantes unicamente as leis
esse nullum aut inhabilem esse personam pelas quais se estabelece expressamente
expresse statuitur. que um ato é nulo ou uma pessoa é inábil.
Can. 18 - Leges quae poenam statuunt aut Cân. 18 - As leis que estabelecem pena ou
liberum iurium exercitium coarctant aut limitam o livre exercício dos direitos ou
exceptionem a lege continent, strictae contém exceção à lei, devem ser
subsunt interpretationi. interpretadas estritamente.
Can. 20 - Lex posterior abrogat priorem aut Cân. 20 - A lei posterior ab-roga ou
eidem derogat, si id expresse edicat aut illi derroga a anterior, se expressamente o
sit directe contraria, aut totam de integro declara, se lhe é diretamente contrária, ou
ordinet legis prioris materiam; sed lex se reordena inteiramente toda a matéria da
universalis minime derogat iuri particulari lei anterior; a lei universal, porém, de
aut speciali, nisi aliud in iure expresse nenhum modo derroga o direito particular
caveatur. ou especial, salvo determinação expressa
em contrário no direito.
Can. 22 - Leges civiles ad quas ius Cân. 22 - As leis civis, às quais o direito da
Ecclesiae remittit, in iure canonico iisdem Igreja remete, sejam observadas no direito
cum effectibus serventur, quatenus iuri canônico com os mesmos efeitos, desde
divino non sint contrariae et nisi aliud iure que não sejam contrárias ao direito divino,
canonico caveatur. e não seja determinado o contrário pelo
direito canônico.
Can. 25 - Nulla consuetudo vim legis Cân. 25 - Nenhum costume alcança força
obtinet, nisi a communitate legis saltem de lei se não tiver sido observado, com
recipiendae capaci cum animo iuris intenção de introduzir lei, por uma
inducendi servata fuerit. comunidade capaz, ao menos, de receber
leis.
Can. 26 - Nisi a competenti legislatore Cân. 26 - A não ser que tenha sido
specialiter fuerit probata, consuetudo especialmente aprovado pelo legislador
vigenti iuri canonico contraria aut quae est competente, um costume contrário ao
praeter legem canonicam, vim legis obtinet direito canônico vigente, ou que está à
tantum, si legitime per annos triginta margem da lei canônica, só alcança força
continuos et completos servata fuerit; de lei, se tiver sido observado
contra legem vero canonicam, quae legitimamente por trinta anos contínuos e
clausulam contineat futuras consuetudines completos; mas, contra uma lei canônica
prohibentem, sola praevalere potest que contenha uma cláusula proibindo
consuetudo centenaria aut immemorabilis. costumes futuros, só pode prevalecer um
costume centenário ou imemorial.
Can. 30 - Qui potestate exsecutiva tantum Cân. 30 - Quem tem só poder executivo
gaudet, decretum generale, de quo in não pode dar o decreto geral mencionado
can. 29, ferre non valet, nisi in casibus no cân. 29, a não ser que, em casos
particularibus ad normam iuris id ipsi a particulares de acordo com o direito, isso
legislatore competenti expresse fuerit lhe tenha sido expressamente concedido
concessum et servatis condicionibus in pelo legislador competente e observadas
actu concessionis statutis. as condições estabelecidas no ato da
concessão.
Can. 46 - Actus administrativus non cessat Cân. 46 - O ato administrativo não cessa
resoluto iure statuentis, nisi aliud iure pela cessação do direito daquele que o
expresse caveatur. baixou, salvo expressa determinação
contrária do direito.
Can. 52 - Decretum singulare vim habet Cân. 52 - O decreto singular tem valor
tantum quoad res de quibus decernit et pro somente a respeito de coisas sobre as
personis quibus datum est; eas vero ubique quais dispõe e das pessoas para quem foi
obligat, nisi aliud constet. dado; obriga-as, porém, em toda a parte, a
não ser que conste o contrário.
Can. 55 - Firmo praescripto cann. 37 et 51, Cân. 55 - Salva a prescrição dos cân. 37 e
cum gravissima ratio obstet ne scriptus 51, quando uma gravíssima razão impede
decreti textus tradatur, decretum intimatum a entrega do texto do decreto, tem-se por
habetur si ei, cui destinatur, coram notario intimado esse decreto, se é lido à pessoa a
vel duobus testibus legatur, actis redactis, quem se destina, diante de notário ou de
ab omnibus praesentibus subscribendis. duas testemunhas. Redija-se uma ata que
deve ser assinada por todos os presentes.
Can. 56 - Decretum pro intimato habetur, si Cân. 56 - Tem-se por intimado o decreto,
is cui destinatur, rite vocatus ad decretum se aquele a quem se destina, devidamente
accipiendum vel audiendum, sine iusta convocado para receber ou ouvir o decreto,
causa non comparuerit vel subscribere sem justa causa não comparecer ou se
recusaverit. recusar a assinar.
Can. 57 - § 1. Quoties lex iubeat decretum Cân. 57 - § 1. Sempre que a lei impõe que
ferri vel ab eo, cuius interest, petitio vel um decreto seja baixado ou sempre que é
recursus ad decretum obtinendum legitime apresentado um pedido ou recurso para a
proponatur, auctoritas competens intra tres obtenção de um decreto, a autoridade
menses a recepta petitione vel recursu competente providencie, dentro de três
provideat, nisi alius terminus lege meses, a partir da recepção do pedido ou
praescribatur. do recurso, a não ser que por lei se
prescreva outro prazo.
§ 2. Hoc termino transacto, si decretum § 2. Transcorrido esse prazo, se o decreto
nondum datum fuerit, responsum ainda não tiver sido baixado, presume-se
praesumitur negativum, ad propositionem resposta negativa, no que se refere à
ulterioris recursus quod attinet. apresentação de um recurso ulterior.
§ 3. Responsum negativum praesumptum § 3. A presumida resposta negativa não
non eximit competentem auctoritatem ab exime a autoridade competente da
obligatione decretum ferendi, immo et obrigação de baixar o decreto e também de
damnum forte illatum, ad normam can. 128, reparar o dano eventualmente causado, de
reparandi. acordo com o cân.128.
Can. 62 - Rescriptum in quo nullus datur Cân. 62 - O rescrito para o qual não se
exsecutor, effectum habet a momento quo designa executor, tem efeito a partir do
datae sunt litterae; cetera, a momento instante em que é dado o documento; os
exsecutionis. outros, a partir do momento da execução.
Can. 66 - Rescriptum non fit irritum ob Cân. 66 - O rescrito não se torna inválido
errorem in nomine personae cui datur vel a por erro no nome da pessoa à qual é dado
qua editur, aut loci in quo ipsa residet, aut ou ela qual é concedido, do lugar em que
rei de qua agitur, dummodo iudicio ela reside, ou da coisa a que se refere,
Ordinarii nulla sit de ipsa persona vel de re contanto que, a juízo do Ordinário, não
dubitatio. haja dúvida a respeito da própria pessoa
ou coisa.
Can. 71 - Nemo uti tenetur rescripto in sui Cân. 71 - Ninguém está obrigado a usar de
dumtaxat favorem concesso, nisi aliunde um rescrito concedido unicamente em seu
obligatione canonica ad hoc teneatur. favor, a não ser que, por outro título, isso
lhe seja imposto por obrigação canônica.
Can. 73 - Per legem contrariam nulla Cân. 73 - Nenhum rescrito é revogado por
rescripta revocantur, nisi aliud in ipsa lege uma lei contrária, a não ser que na própria
caveatur. lei se determine o contrário.
Can. 74 - Quamvis gratia oretenus sibi Cân. 74 - Embora alguém possa usar no
concessa quis in foro interno uti possit, foro interno de uma graça que lhe foi
tenetur illam pro foro externo probare, concedida oralmente, deve prová-la no foro
quoties id legitime ab eo petatur. externo, sempre que isso lhe for
legitimamente solicitado.
Can. 82 - Per non usum vel per usum Cân. 82 - O privilégio não oneroso a outros
contrarium privilegium aliis haud onerosum não cessa pelo não-uso ou pelo uso
non cessat; quod vero in aliorum gravamen contrário; aquele, porém, que redundar em
cedit, amittitur, si accedat legitima ônus para outros, perde- se, havendo
praescriptio. prescrição legítima.
Can. 84 - Qui abutitur potestate sibi ex Cân. 84 - Quem abusa do poder que foi
privilegio data, privilegio ipso privari dado por um privilégio, merece ser privado
meretur; quare, Ordinarius, frustra monito dele; por isso, o Ordinário, tendo em vão
privilegiario, graviter abutentem privet admoestado o privilegiado, retire o
privilegio quod ipse concessit; quod si privilégio, que ele mesmo concedeu, de
privilegium concessum fuerit ab Apostolica quem dele abusa gravemente. Se o
Sede, eandem Ordinarius certiorem facere privilégio tiver sido concedido pela Sé
tenetur. Apostólica, o Ordinário está obrigado a
informá-la.
Can. 91 - Qui gaudet potestate dispensandi Cân. 91 - Quem tem poder de dispensar
eam exercere valet, etiam extra territorium pode exercê-lo, mesmo estando fora do
exsistens, in subditos, licet e territorio seu território, em favor de seus súditos,
absentes, atque, nisi contrarium expresse embora ausentes do território; e, salvo
statuatur, in peregrinos quoque in territorio determinação expressa em contrário, em
actu degentes, necnon erga seipsum. favor também dos forasteiros que se
encontram de fato no território, bem como
em favor de si mesmo.
Can. 92 - Strictae subest interpretationi non Cân. 92 - Deve ter interpretação estrita,
solum dispensatio ad normam can. 36, § 1, não só a dispensa de acordo com o cân.
sed ipsamet potestas dispensandi ad 36 § 1, mas também a própria faculdade de
certum casum concessa. dispensar concedida para um caso
determinado.
Can. 98 - § 1. Persona maior plenum habet Cân. 98 - § 1. A pessoa maior tem o pleno
suorum iurium exercitium. exercício de seus direitos.
§ 2. Persona minor in exercitio suorum § 2. A pessoa menor, no exercício de seus
iurium potestati obnoxia manet parentum direitos, permanece dependente do poder
vel tutorum, iis exceptis in quibus minores dos pais ou tutores, exceto naquilo em que
lege divina aut iure canonico ab eorum os menores estão isentos do poder deles
potestate exempti sunt; ad constitutionem por lei divina ou pelo direito canônico; no
tutorum eorumque potestatem quod attinet, que concerne à constituição de tutores e
serventur praescripta iuris civilis, nisi iure ao seu poder, observem-se as prescrições
canonico aliud caveatur, aut Episcopus do direito civil, a não ser que haja
dioecesanus in certis casibus iusta de determinação diversa do direito canônico,
causa per nominationem alius tutoris ou que o Bispo diocesano em
providendum aestimaverit. determinados casos tenha julgado, por
justa causa, dever-se providenciar pela
nomeação de outro tutor.
Can. 99 - Quicumque usu rationis habitu Cân. 99 - Todo aquele que carece
caret, censetur non sui compos et habitualmente do uso da razão é
infantibus assimilatur. considerado não senhor de si e equiparado
às crianças.
Can. 100 - Persona dicitur: incola, in loco Cân. 100 - A pessoa chama-se: morador,
ubi est eius domicilium; advena, in loco ubi no lugar onde tem seu domicílio;
quasi-domicilium habet; peregrinus, si adventício, no lugar onde tem quase-
versetur extra domicilium et quasi- domicílio; forasteiro, se se encontra fora do
domicilium quod adhuc retinet; vagus, si domicílio e quase domicílio que ainda
nullibi domicilium habeat vel quasi- conserva; vagante, se não tem domicílio ou
domicilium. quase-domicílio em nenhum lugar.
Can. 101 - § 1. Locus originis filii, etiam Cân. 101 - § 1. O lugar de origem do filho,
neophyti, est ille in quo cum filius natus est, mesmo neófito, é aquele onde os pais
domicilium, aut, eo deficiente, quasi- tinham domicílio ou, na falta deste, quase-
domicilium habuerunt parentes vel, si domicílio, quando o filho nasceu; ou, se os
parentes non habuerint idem domicilium vel pais não tinham o mesmo domicílio ou
quasi-domicilium, mater. quase-domicílio, onde a mãe o tem.
§ 2. Si agatur de filio vagorum, locus § 2. Tratando-se de filho de vagos, o lugar
originis est ipsemet nativitatis locus; si de de origem é o próprio lugar do nascimento;
exposito, est locus in quo inventus est. tratando-se de um exposto, é o lugar onde
foi encontrado.
Can. 104 - Coniuges commune habeant Cân. 104 - Os cônjuges tenham domicílio
domicilium vel quasi-domicilium; legitimae ou quase-domicílio comum; em razão de
separationis ratione vel alia iusta de causa, legítima separação ou de outra justa
uterque habere potest proprium domicilium causa, cada qual pode ter domicílio ou
vel quasi-domicilium. quase-domicílio próprio.
Can. 107 - § 1. Tum per domicilium tum per Cân. 107 - § 1. Tanto pelo domicílio, como
quasi-domicilium suum quisque parochum pelo quase-domicílio, cada um obtém seu
et Ordinarium sortitur. pároco e Ordinário.
§ 2. Proprius vagi parochus vel Ordinarius § 2. O pároco ou Ordinário próprios do
est parochus vel Ordinarius loci in quo vago é o pároco ou o Ordinário do lugar
vagus actu commoratur. onde o vago se encontra.
§ 3. Illius quoque qui non habet nisi § 3. O pároco próprio daquele que tem
domicilium vel quasi-domicilium domicílio ou quase-domicílio só diocesano
dioecesanum, parochus proprius est é o pároco do lugar onde ele se encontra.
parochus loci in quo actu commoratur.
Can. 108 - § 1. Consanguinitas computatur Cân. 108 - § 1. Conta-se a
per lineas et gradus. consangüinidade por linhas e graus.
§ 2. In linea recta tot sunt gradus quot § 2. Em linha reta, tantos são os graus
generationes, seu quot personae, stipite quantas as gerações, ou as pessoas,
dempto. omitindo o tronco.
§ 3. In linea obliqua tot sunt gradus quot § 3. Na linha colateral, tantos são os graus
personae in utraque simul linea, stipite quantas as pessoas em ambas as linhas,
dempto. omitindo o tronco.
Can. 110 - Filii, qui ad normam legis civilis Cân. 110 - Os filhos que tenham sido
adoptati sint, habentur ut filii eius vel eorum adotados de acordo com a lei civil são
qui eos adoptaverint. considerados filhos daquele ou daqueles
que os adotaram.
Can. 111 - § 1. Ecclesiae latinae per Cân. 111 - § 1. Pela receção do baptismo
receptum baptismum adscribitur filius fica adscrito à Igreja latina o filho de pais
parentum, qui ad eam pertinent vel, si que a ela pertençam ou, se um ou outro a
alteruter ad eam non pertineat, ambo esta não pertencer, ambos, de comum
concordi voluntate optaverint ut proles in acordo, tiverem optado por que a prole
Ecclesia latina baptizaretur; quodsi concors fosse batizada na Igreja latina; na falta de
voluntas desit, Ecclesiae sui iuris ad quam acordo, fica adscrito à Igreja de seu direito
pater pertinet adscribitur. a que o pai pertence.
§ 2. Si vero unus tantum ex parentibus sit § 2. Se apenas um dos progenitores for
catholicus, Ecclesiae ad quam hic parens católico, fica adscrito à Igreja a que
catholicus pertinet adscribitur. pertence este progenitor católico.
§ 3. Quilibet baptizandus qui quartum § 3. O batizando que tiver completado
decimum aetatis annum expleverit, libere catorze anos de idade pode livremente
potest eligere ut in Ecclesia latina vel in alia escolher batizar-se na Igreja latina ou em
Ecclesia sui iuris baptizetur; quo in casu, outra Igreja de seu direito; neste caso, ele
ipse ad eam Ecclesiam pertinet quam fica a pertencer à Igreja que tiver
elegerit. escolhido.
Can. 116 - § 1. Personae iuridicae publicae Cân. 116 - § 1. Pessoas jurídicas públicas
sunt universitates personarum aut rerum, são universalidades de pessoas ou de
quae ab ecclesiastica auctoritate coisas constituídas pela competente
competenti constituuntur ut intra fines sibi autoridade eclesiástica para, dentro dos
praestitutos nomine Ecclesiae, ad normam fins que lhe são prefixados,
praescriptorum iuris, munus proprium desempenharem, em nome da Igreja, de
intuitu boni publici ipsis commissum acordo com as prescrições do direito, o
expleant; ceterae personae iuridicae sunt próprio encargo a elas confiado em vista
privatae. do bem público; as demais pessoas
jurídicas são privadas.
§ 2. Personae iuridicae publicae hac § 2. As pessoas jurídicas públicas
personalitate donantur sive ipso iure sive adquirem essa personalidade pelo próprio
speciali competentis auctoritatis decreto direito ou por decreto especial da
eandem expresse concedenti; personae competente autoridade que expressamente
iuridicae privatae hac personalitate a concede; as pessoas jurídicas privadas
donantur tantum per speciale competentis adquirem essa personalidade somente por
auctoritatis decretum eandem decreto especial da competente autoridade
personalitatem expresse concedens. que expressamente concede essa
personalidade.
Can. 117 - Nulla personarum vel rerum Cân. 117 - Nenhuma universalidade de
universitas personalitatem iuridicam pessoa ou de coisa que pretenda adquirir
obtinere intendens, eandem consequi valet personalidade jurídica, pode consegui-la, a
nisi ipsius statuta a competenti auctoritate não ser que seus estatutos tenham sido
sint probata. aprovados pela autoridade competente.
Can. 118 - Personam iuridicam publicam Cân. 118 - Representam a pessoa jurídica
repraesentant, eius nomine agentes, ii pública, agindo em seu nome, aqueles a
quibus iure universali vel particulari aut quem é reconhecida essa competência
propriis statutis haec competentia pelo direito universal ou particular ou pelos
agnoscitur; personam iuridicam privatam, ii próprios estatutos; e a pessoa jurídica
quibus eadem competentia per statuta privada, aqueles a quem é conferida essa
tribuitur. competência pelos estatutos.
Can. 119 - Ad actus collegiales quod Cân. 119 - No que se refere aos atos
attinet, nisi iure vel statutis aliud caveatur: colegiais, salvo determinação contrária do
direito ou dos estatutos:
1° si agatur de electionibus, id vim 1°- tratando-se de eleições, tem força
habet iuris, quod, praesente quidem maiore de direito aquilo que, presente a maior
parte eorum qui convocari debent, placuerit parte dos que devem ser convocados, tiver
parti absolute maiori eorum qui sunt agradado à maioria absoluta dos
praesentes; post duo inefficacia scrutinia, presentes; depois de dois escrutínios
suffragatio fiat super duobus candidatis qui ineficazes, faça-se a votação entre os dois
maiorem suffragiorum partem obtinuerint, candidatos que tiverem conseguido a maior
vel, si sunt plures, super duobus aetate parte dos votos, ou se forem mais, entre os
senioribus; post tertium scrutinium, si dois mais velhos de idade; depois do
paritas maneat, ille electus habeatur qui terceiro escrutínio, persistindo a paridade,
senior sit aetate; considere-se eleito o mais velho de idade;
2° si agatur de aliis negotiis, id vim 2°- tratando-se de outros negócios, tem
habet iuris, quod, praesente quidem maiore força de direito aquilo que, presente a
parte eorum qui convocari debent, placuerit maior parte dos que devem ser
parti absolute maiori eorum qui sunt convocados, tiver agradado à maioria
praesentes; quod si post duo scrutinia absoluta dos presentes; se depois de dois
suffragia aequalia fuerint, praeses suo voto escrutínios os votos forem iguais, o
paritatem dirimere potest; presidente pode, com seu voto, dirimir a
paridade;
3° quod autem omnes uti singulos 3°- o que, porém, atinge
tangit, ab omnibus approbari debet. individualmente a todos, deve por todos ser
aprovado.
Can. 120 - § 1. Persona iuridica natura sua Cân. 120 - § 1. A pessoa jurídica, por sua
perpetua est; extinguitur tamen si a natureza, é perpétua; extingue-se, porém,
competenti auctoritate legitime supprimatur se for legitimamente surpresa pela
aut per centum annorum spatium agere autoridade competente ou se deixar de agir
desierit; persona iuridica privata insuper pelo espaço de cem anos; além disso, a
extinguitur, si ipsa consociatio ad normam pessoa jurídica privada, se extingue, se a
statutorum dissolvatur, aut si, de iudicio própria associação se dissolver de acordo
auctoritatis competentis, ipsa fundatio ad com os estatutos, ou se, a juízo da
normam statutorum esse desierit. autoridade competente, a própria fundação
tiver deixado de existir, de acordo com os
estatutos.
§ 2. Si vel unum ex personae iuridicae § 2. Se restar um só dos membros da
collegialis membris supersit, et personarum pessoa jurídica colegial, e a universalidade
universitas secundum statuta esse non de pessoas segundo os estatutos não tiver
desierit, exercitium omnium iurium deixado de existir, compete a esse membro
universitatis illi membro competit. o exercício de todos os direitos da
universalidade.
Can. 122 - Si universitas, quae gaudet Cân. 122 - Se uma universalidade, que tem
personalitate iuridica publica, ita dividatur personalidade jurídica pública, se dividir de
ut aut illius pars alii personae iuridicae tal modo que ou uma parte dela venha a
uniatur aut ex parte dismembrata distincta unir-se a outra pessoa jurídica, ou venha a
persona iuridica publica erigatur, auctoritas erigir-se com a parte desmembrada uma
ecclesiastica, cui divisio competat, curare nova pessoa jurídica pública, a autoridade
debet per se vel per exsecutorem, servatis eclesiástica, à qual compete fazer a
quidem in primis tum fundatorum ac divisão, deve cuidar pessoalmente ou por
oblatorum voluntate tum iuribus quaesitis um executor, respeitados em primeiro lugar
tum probatis statutis: a vontade dos fundadores e doadores, os
direitos adquiridos e os estatutos
aprovados:
1° ut communia, quae dividi possunt, 1°- que os bens comuns, susceptíveis
bona atque iura patrimonialia necnon aes de divisão, os direitos patrimoniais, as
alienum aliaque onera dividantur inter dívidas e os outros ônus sejam divididos
personas iuridicas, de quibus agitur, debita entre pessoas jurídicas em questão, na
cum proportione ex aequo et bono, ratione proporção devida ex aequo et bono,
habita omnium adiunctorum et levando em conta todas as circunstâncias
necessitatum utriusque; e as necessidades de ambas;
2° ut usus et ususfructus communium 2°- que o uso e usufruto dos bens
bonorum, quae divisioni obnoxia non sunt, comuns, não susceptíveis de divisão,
utrique personae iuridicae cedant, aproveitem a ambas as pessoas jurídicas,
oneraque iisdem propria utrique e os ônus próprios deles sejam impostos a
imponantur, servata item debita proportione ambas, respeitada também a devida
ex aequo et bono definienda. proporção determinada ex aequo et bono.
Can. 123 - Extincta persona iuridica Cân. 123 - Extinta uma pessoa jurídica
publica, destinatio eiusdem bonorum pública, o destino de seus bens, direitos
iuriumque patrimonialium itemque onerum patrimoniais e ônus rege-se pelo direito e
regitur iure et statutis, quae, si sileant, pelos estatutos; se estes silenciarem a
obveniunt personae iuridicae immediate respeito, serão adjudicados à pessoa
superiori, salvis semper fundatorum vel jurídica imediatamente superior, salvos
oblatorum voluntate necnon iuribus sempre a vontade dos fundadores e
quaesitis; extincta persona iuridica privata, doadores e os direitos adquiridos; extinta
eiusdem bonorum et onerum destinatio uma pessoa jurídica privada, o destino de
propriis statutis regitur. seus bens e ônus rege-se pelos próprios
estatutos.
Can. 126 - Actus positus ex ignorantia aut Cân. 126 - O ato praticado por ignorância
ex errore, qui versetur circa id quod eius ou erro, que verse sobre o constitui a sua
substantiam constituit, aut qui recidit in substância ou que redunde numa condição
condicionem sine qua non, irritus est; sine qua non, é nulo; caso contrário, vale,
secus valet, nisi aliud iure caveatur, sed salvo determinação contrária do direito;
actus ex ignorantia aut ex errore initus mas o ato praticado por ignorância ou por
locum dare potest actioni rescissoriae ad erro, pode dar lugar a uma ação rescisória,
normam iuris. de acordo com o direito.
Can. 127 - § 1. Cum iure statuatur ad actus Cân. 127 - § 1. Quando é estatuído pelo
ponendos Superiorem indigere consensu direito que, para praticar certos atos, o
aut consilio alicuius collegii vel personarum Superior necessita do consentimento ou
coetus, convocari debet collegium vel conselho de algum colégio ou grupo de
coetus ad normam can. 166, nisi, cum pessoas, o colégio ou grupo deve ser
agatur de consilio tantum exquirendo, aliter convocado de acordo com cân. 166, a não
iure particulari aut proprio cautum sit; ut ser que haja determinação contrária do
autem actus valeant requiritur ut obtineatur direito particular ou próprio, quando se
consensus partis absolute maioris eorum tratar unicamente de pedir conselho. Mas,
qui sunt praesentes aut omnium exquiratur para que os atos sejam válidos, requer-se
consilium. que se obtenha o consentimento da
maioria absoluta dos que estão presentes,
ou se peça o conselho de todos.
§ 2. Cum iure statuatur ad actus ponendos § 2. Quando é estatuído pelo direito que,
Superiorem indigere consensu aut consilio para praticar certos atos, o Superior
aliquarum personarum, uti singularum: necessita do consentimento ou conselho
de algumas pessoas tomadas
individualmente:
1° si consensus exigatur, invalidus est 1°- se for exigido consentimento, é
actus Superioris consensum earum inválido o ato do Superior que não pedir o
personarum non exquirentis aut contra consentimento dessas pessoas ou que agir
earum vel alicuius votum agentis; contra o voto de todas ou de algumas
delas;
2° si consilium exigatur, invalidus est 2°- se for exigido conselho, é inválido o
actus Superioris easdem personas non ato do Superior que não ouvir essas
audientis; Superior, licet nulla obligatione pessoas; o Superior, embora não tenha
teneatur accedendi ad earundem votum, nenhuma obrigação de ater-se ao voto
etsi concors, tamen sine praevalenti delas, mesmo unânime, todavia, sem uma
ratione, suo iudicio aestimanda, ab razão que seja superior, segundo o próprio
earundem voto, praesertim concordi, ne juízo, não se afaste do voto delas,
discedat. principalmente se unânime.
§ 3. Omnes quorum consensus aut § 3. Todos aqueles cujo consentimento ou
consilium requiritur, obligatione tenentur conselho é requerido devem manifestar
sententiam suam sincere proferendi atque, sinceramente a própria opinião e, se a
si negotiorum gravitas id postulat, secretum gravidade do negócio o exige, guardar
sedulo servandi; quae quidem obligatio a diligentemente o segredo; essa obrigação
Superiore urgeri potest. pode ser urgida pelo Superior.
Can. 128 - Quicumque illegitime actu Cân. 128 - Quem quer que prejudique a
iuridico, immo quovis alio actu dolo vel outros por um ato jurídico ilegítimo ou por
culpa posito, alteri damnum infert, qualquer ato doloso ou culposo, é obrigado
obligatione tenetur damnum illatum a reparar o dano causado.
reparandi.
Can. 133 - § 1. Delegatus qui sive circa res Cân. 133 - § 1. O delegado que ultrapassa
sive circa personas mandati sui fines os limites de seu mandato, no tocante às
excedit, nihil agit. coisas ou às pessoas, age invalidamente.
§ 2. Fines sui mandati excedere non § 2. Não se considera estar ultrapassando
intellegitur delegatus qui alio modo ac in os limites de seu mandato o delegado que
mandato determinatur, ea peragit ad quae efetuar, de modo diverso do que lhe foi
delegatus est, nisi modus ab ipso determinado, aquilo para que foi delegado,
delegante ad validitatem fuerit praescriptus. a não ser que para a validade o modo
tenha sido prescrito pelo próprio delegante.
Can. 134 - § 1. Nomine Ordinarii in iure Cân. 134 - § 1. Com o nome de Ordinário
intelleguntur, praeter Romanum Pontificem, se entendem, no direito, além do Romano
Episcopi dioecesani aliique qui, etsi ad Pontífice, os Bispos diocesanos e os outros
interim tantum, praepositi sunt alicui que, mesmo só interinamente, são
Ecclesiae particulari vel communitati eidem prepostos a alguma Igreja particular ou a
aequiparatae ad normam can. 368, necnon uma comunidade a ela equiparada, de
qui in iisdem generali gaudent potestate acordo como cân. 368; os que nelas têm
exsecutiva ordinaria, nempe Vicarii poder executivo ordinário geral, isto os
generales et episcopales; itemque, pro suis Vigários gerais e episcopais; igualmente,
sodalibus, Superiores maiores clericalium para os seus confrades, os Superiores
institutorum religiosorum iuris pontificii et maiores dos institutos religiosos clericais
clericalium societatum vitae apostolicae de direto pontifício e das sociedades
iuris pontificii, qui ordinaria saltem clericais de vida apostólica de direito
potestate exsecutiva pollent. pontifício, que têm pelo menos poder
executivo ordinário.
§ 2. Nomine Ordinarii loci intelleguntur § 2. Com o nome de Ordinário local se
omnes qui in § 1 recensentur, exceptis entendem todos os mencionados no § 1,
Superioribus institutorum religiosorum et exceto os Superiores dos institutos
societatum vitae apostolicae. religiosos e das sociedades de vida
apostólica.
§ 3. Quae in canonibus nominatim § 3. O que se atribui nominalmente ao
Episcopo dioecesano, in ambitu potestatis Bispo diocesano, no âmbito do poder
exsecutivae tribuuntur, intelleguntur executivo, entende-se competir somente
competere dumtaxat Episcopo dioecesano ao Bispo diocesano e aos outros a ele
aliisque ipsi in can. 381, § 2 aequiparatis, equiparados no cân. 381, § 2, excluídos o
exclusis Vicario generali et episcopali, nisi Vigário geral e o episcopal, a não ser por
de speciali mandato. mandato especial.
Can. 136 - Potestatem exsecutivam aliquis, Cân. 136 - Mesmo estando fora do
licet extra territorium exsistens, exercere território, pode alguém exercer o poder
valet in subditos, etiam a territorio executivo para com seus súditos, mesmo
absentes, nisi aliud ex rei natura aut ex que ausentes do território, a não ser que
iuris praescripto constet; in peregrinos in conste diversamente, pela natureza da
territorio actu degentes, si agatur de coisa ou por prescrição do direito; para
favoribus concedendis aut de exsecutioni com os forasteiros que se encontrem de
mandandis sive legibus universalibus sive fato no território, se se tratar de concessão
legibus particularibus, quibus ipsi ad de favores ou de execução de leis
normam can. 13, § 2, n. 2 tenentur. universais ou de leis particulares, às quais
eles estão obrigados, de acordo com cân.
13, § 2, n.2.
Can. 138 - Potestas exsecutiva ordinaria Cân. 138 - O poder executivo ordinário e o
necnon potestas ad universitatem casuum poder delegado para a universalidade dos
delegata, late interpretanda est, alia vero casos devem ser interpretados largamente;
quaelibet stricte; cui tamen delegata todos os outros, estritamente; mas, a quem
potestas est, ea quoque intelleguntur foi delegado um poder, entende-se
concessa sine quibus eadem potestas concedido também aquilo sem o que esse
exerceri nequit. poder não pode ser exercido.
Can. 139 - § 1. Nisi aliud iure statuatur, eo Cân. 139 - § 1. Salvo determinação
quod quis aliquam auctoritatem, etiam contrária do direito, pelo fato de alguém
superiorem, competentem adeat, non recorrer a alguma autoridade competente,
suspenditur alius auctoritatis competentis ainda que superior, não se suspende o
exsecutiva potestas, sive haec ordinaria est poder executivo da outra autoridade
sive delegata. competente, ordinário ou delegado.
§ 2. Causae tamen ad superiorem § 2. Não se imiscua, porém, o inferior na
auctoritatem delatae ne se immisceat causa levada à autoridade superior, a não
inferior, nisi ex gravi urgentique causa; quo ser por motivo grave e urgente; neste caso,
in casu statim superiorem de re moneat. porém, avise disso imediatamente ao
superior.
Can. 140 - § 1. Pluribus in solidum ad idem Cân. 140 - § 1. Sendo delegadas várias
negotium agendum delegatis, qui prius pessoas solidariamente para tratar do
negotium tractare inchoaverit alios ab mesmo negócio, quem por primeiro tiver
eodem agendo excludit, nisi postea começado a tratá-lo exclui os outros, a não
impeditus fuerit aut in negotio peragendo ser que depois tenha ficado impedido ou
ulterius procedere noluerit. não tenha mais querido prosseguir.
§ 2. Pluribus collegialiter ad negotium § 2. Sendo delegados vários colegialmente
agendum delegatis, omnes procedere para tratar de um negócio, devem todos
debent ad normam can. 119, nisi in proceder de acordo com o cân. 119, salvo
mandato aliud cautum sit. determinação contrária no mandato.
§ 3. Potestas exsecutiva pluribus delegata, § 3. O poder executivo delegado a vários
praesumitur iisdem delegata in solidum. presume-se delegado a eles
solidariamente.
Can. 141 - Pluribus successive delegatis, Cân. 141 - Sendo delegados vários
ille negotium expediat, cuius mandatum sucessivamente, encaminhará o negócio
anterius est, nec postea revocatum fuit. aquele cujo mandato é anterior e não foi
revogado.
Can. 144 - § 1. In errore communi de facto Cân. 144 - § 1. No erro comum de fato ou
aut de iure, itemque in dubio positivo et de direito, bem como na dúvida positiva e
probabili sive iuris sive facti, supplet provável, seja de direito, seja de fato, a
Ecclesia, pro foro tam externo quam Igreja supre, para o foro tanto externo
interno, potestatem regiminis exsecutivam. como interno, o poder executivo de regime.
§ 2. Eadem norma applicatur facultatibus § 2. A mesma norma se aplica às
de quibus in cann. 882, 883, 966, et 1111, faculdades de que se trata nos cânn. 882,
§ 1. 883, 966 e 1111, § 1.
Can. 147 - Provisio officii ecclesiastici fit: Cân. 147 - A provisão de um ofício
per liberam collationem ab auctoritate eclesiástico se faz: por livre colação da
ecclesiastica competenti; per institutionem competente autoridade eclesiástica; por
ab eadem datam, si praecesserit instituição feita por ela, se houve
praesentatio; per confirmationem vel apresentação; por confirmação ou por
admissionem ab eadem factam, si admissão feita por ela, se houve eleição ou
praecesserit electio vel postulatio; tandem postulação; finalmente, por simples eleição
per simplicem electionem et electi e aceitação do eleito, se a eleição não
acceptationem, si electio non egeat precisa de confirmação.
confirmatione.
Can. 148 - Auctoritati, cuius est officia Cân. 148 - A autoridade a quem cabe
erigere, innovare et supprimere, eorundem erigir, modificar e suprimir os ofícios,
provisio quoque competit, nisi aliud iure compete também a provisão deles, salvo
statuatur. determinação contrária do direito.
Can. 150 - Officium secumferens plenam Cân. 150 - O ofício que implica plena cura
animarum curam, ad quam adimplendam de almas, para cujo desempenho se requer
ordinis sacerdotalis exercitium requiritur, ei o exercício da ordem sacerdotal, não pode
qui sacerdotio nondum auctus est valide ser conferido validamente a quem ainda
conferri nequit. não foi promovido ao sacerdócio.
Can. 151 - Provisio officii animarum curam Cân. 151 - A provisão de ofício que implica
secumferentis, sine gravi causa ne cura de almas não seja protelada sem
differatur. causa grave.
Can. 152 - Nemini conferantur duo vel Cân. 152 - A ninguém sejam conferidos
plura officia incompatibilia, videlicet quae dois ou mais ofícios incompatíveis, isto é,
una simul ab eodem adimpleri nequeunt. que não podem ser desempenhados
simultaneamente pela mesma pessoa.
Can. 153 - § 1. Provisio officii de iure non Cân. 153 - § 1. A provisão de ofício não
vacantis est ipso facto irrita, nec vacante por direito é, ipso facto, nula e não
subsequenti vacatione convalescit. se convalida pela subseqüente vacância.
§ 2. Si tamen agatur de officio quod de iure § 2. Tratando-se porém e ofício que se
ad tempus determinatum confertur, provisio confere por direito para tempo
intra sex menses ante expletum hoc determinado, a provisão pode ser feita
tempus fieri potest, et effectum habet a die dentro de seis meses antes do término
officii vacationis. desse tempo; tem efeito a partir do dia da
vacância do ofício.
§ 3. Promissio alicuius officii, a quocumque § 3. A promessa de algum ofício, feita por
est facta, nullum parit iuridicum effectum. quem quer que seja, não produz nenhum
efeito jurídico.
Can. 154 - Officium de iure vacans, quod Cân. 154 - O ofício vacante por direito, que
forte adhuc ab aliquo illegitime possidetur, eventualmente ainda está na posse
conferri potest, dummodo rite declaratum ilegítima de algém, pode ser conferido,
fuerit eam possessionem non esse contanto que tenha sido devidamente
legitimam, et de hac declaratione mentio declarado que essa posse não é legítima, e
fiat in litteris collationis. se faça menção dessa declaração no
documento de provisão.
Can. 155 - Qui, vicem alterius neglegentis Cân. 155 - Quem, suprindo a negligência
vel impediti supplens, officium confert, ou impedimento de outros, confere um
nullam inde potestatem acquirit in ofício, não adquire com isso nenhum poder
personam cui collatum est, sed huius sobre a pessoa à qual foi conferido; pelo
condicio iuridica perinde constituitur, ac si contrário, a condição jurídica dessa pessoa
provisio ad ordinariam iuris normam se constitui como se a provisão tivesse
peracta fuisset. sido feita de acordo com a norma ordinária
do direito.
Can. 156 - Cuiuslibet officii provisio scripto Cân. 156 - A provisão de qualquer ofício
consignetur. seja consignada por escrito.
Can. 159 - Nemo invitus praesentetur; Cân. 159 - Ninguém seja apresentado
quare qui praesentandus proponitur, contra sua vontade; por isso, quem for
mentem suam rogatus, nisi intra octiduum proposto para ser apresentado e, solicitado
utile recuset, praesentari potest. a manifestar sua opinião, não se recusar
dentro de oito dias úteis, pode ser
apresentado.
Can. 160 - § 1. Qui iure praesentationis Cân. 160 - § 1. Quem tem direito de
gaudet, unum aut etiam plures, et quidem apresentação, pode apresentar um ou
tum una simul tum successive, praesentare mais, e isso simultânea ou
potest. sucessivamente.
§ 2. Nemo potest seipsum praesentare; § 2. Ninguém pode apresentar a si mesmo;
potest autem collegium aut coetus no entanto, um colégio ou grupo de
personarum aliquem suum sodalem pessoas pode apresentar um de seus
praesentare. membros.
Can. 161 - § 1. Nisi aliud iure statuatur, Cân. 161 - § 1. Salvo determinação
potest qui aliquem praesentaverit non contrária do direito, quem tiver apresentado
idoneum repertum, altera tantum vice, intra alguém reconhecido como não idôneo,
mensem, alium candidatum praesentare. pode só mais uma vez apresentar outro
candidato dentro de um mês.
§ 2. Si praesentatus ante institutionem § 2. Se o apresentado tiver renunciado ou
factam renuntiaverit aut de vita decesserit, morrido antes da instituição, quem tem
potest qui iure praesentandi pollet, intra direito de apresentação pode, dentro de
mensem ab habita renuntiationis aut mortis um mês após recebida a notícia da
notitia, ius suum rursus exercere. renúncia ou da morte, exercer novamente
seu direito.
Can. 162 - Qui intra tempus utile, ad Cân. 162 - Quem não tiver feito a
normam can. 158, § 1 et can. 161, apresentação dentro do tempo útil, de
praesentationem non fecerit, itemque qui acordo com o can. 158, § 1 e cân. 161, e
bis praesentaverit non idoneum repertum, também quem apresentar duas vezes
pro eo casu ius praesentationis amittit, alguém reconhecido como não idôneo,
atque auctoritati, cuius est institutionem perde para esse caso o direito de
dare, competit libere providere officio apresentação; cabe à autoridade, a quem
vacanti, assentiente tamen proprio provisi compete dar à instituição, prover
Ordinario. livremente ao ofício vacante, com o
consentimento, porém, do Ordinário próprio
daquele que recebe a provisão.
Can. 163 - Auctoritas, cui ad normam iuris Cân. 163 - A autoridade, à qual compete,
competit praesentatum instituere, instituat de acordo com o direito, instituir o
legitime praesentatum quem idoneum apresentado, institua quem tiver sido
reppererit et qui acceptaverit; quod si apresentado e que ela julgar idôneo e que
plures legitime praesentati idonei reperti aceitar; e se vários legitimamente
sint, eorundem unum instituere debet. apresentados tiverem sido julgados
idôneos, deve instituir um deles.
Can. 165 - Nisi aliud iure aut legitimis Cân. 165 - Salvo disposição contrária do
collegii vel coetus statutis cautum sit, si cui direito ou dos legítimos estatutos do
collegio aut coetui personarum sit ius colégio ou grupo, se couber a algum
eligendi ad officium, electio ne differatur colégio ou grupo de pessoas o direito de
ultra trimestre utile computandum ab habita eleger para um ofício, não se protele a
notitia vacationis officii; quo termino eleição por mais de um trimestre útil após
inutiliter elapso, auctoritas ecclesiastica, cui recebida a notícia da vacância do ofício;
ius confirmandae electionis vel ius passado inutilmente esse prazo, a
providendi successive competit, officio autoridade eclesiástica, à qual compete
vacanti libere provideat. sucessivamente o direito de confirmar a
eleição ou o direito de prover, dê
livremente provisão ao ofício vacante.
Can. 166 - § 1. Collegii aut coetus praeses Cân. 166 - § 1. O Presidente do colégio ou
convocet omnes ad collegium aut ad grupo que convoque todos os que
coetum pertinentes; convocatio autem, pertencem ao colégio ou grupo; a
quando personalis esse debet, valet, si fiat convocação, porém, quando deve ser
in loco domicilii vel quasi-domicilii aut in pessoal, vale se for feita no lugar do
loco commorationis. domicílio ou quase-domicílio, ou no lugar
de residência.
§ 2. Si quis ex vocandis neglectus et ideo § 2. Se algum dos que devem ser
absens fuerit, electio valet; attamen ad convocados tiver sido preterido e por esse
eiusdem instantiam, probata quidem motivo tiver estado ausente, a eleição é
praeteritione et absentia, electio, etiam si válida; mas, a requerimento dele, provada
confirmata fuerit, a competenti auctoritate a preterição e ausência, a eleição, mesmo
rescindi debet, dummodo iuridice constet já confirmada, deve ser anulada pela
recursum saltem intra triduum ab habita autoridade competente, contanto que
notitia electionis fuisse transmissum. conste juridicamente que o recurso foi
enviado, ao menos dentro de três dias
após recebida a notícia da eleição.
§ 3. Quod si plures quam tertia pars § 3. Se tiver sido preterida mais que a terça
electorum neglecti fuerint, electio est ipso parte dos eleitores, a eleição é nula ipso
iure nulla, nisi omnes neglecti reapse iure, a não ser que todos os preteridos
interfuerint. tenham de fato comparecido.
Can. 168 - Etsi quis plures ob titulos ius Cân. 168 - Embora alguém tenha, por
habeat ferendi nomine proprio suffragii, non diversos títulos, o direito de votar em nome
potest nisi unicum suffragium ferre. próprio, não pode dar mais do que um
voto.
Can. 169 - Ut valida sit electio, nemo ad Cân. 169 - Para que a eleição seja válida,
suffragium admitti potest, qui ad collegium quem não pertence ao colégio ou grupo,
vel coetum non pertineat. não pode ser admitido a votar.
Can. 170 - Electio, cuius libertas quoquo Cân. 170 - A eleição, cuja liberdade tiver
modo reapse impedita fuerit, ipso iure sido de qualquer modo realmente
invalida est. impedida, é ipso iure inválida.
Can. 171 - § 1. Inhabiles sunt ad Cân. 171 - § 1. São inábeis para votar:
suffragium ferendum:
1° incapax actus humani; 1°- que é incapaz de ato humano;
2° carens voce activa; 2°- quem não tem voz ativa;
3° poena excommunicationis innodatus 3°- quem está excomungado por
sive per sententiam iudicialem sive per sentença judicial ou por decreto com o qual
decretum quo poena irrogatur vel se inflige ou se declara a pena;
declaratur;
4° qui ab Ecclesiae communione 4°- quem se separou notoriamente da
notorie defecit. comunhão da Igreja.
§ 2. Si quis ex praedictis admittatur, eius § 2. Se algum dos mencionados for
suffragium est nullum, sed electio valet, nisi admitido, seu voto é nulo, mas a eleição é
constet, eo dempto, electum non rettulisse válida, salvo se constar que, excluído esse
requisitum suffragiorum numerum. voto, o eleito não obteve o número exigido
de votos.
Can. 172 - § 1. Suffragium, ut validum sit, Cân. 172 - § 1. O voto, para ser válido,
esse debet: deve ser:
1° liberum; ideoque invalidum est 1°- livre; conseqüentemente é inválido
suffragium eius, qui metu gravi aut dolo, o voto de quem, por medo grave ou por
directe vel indirecte, adactus fuerit ad dolo, tiver sido induzido direta ou
eligendam certam personam aut diversas indiretamente a eleger determinada pessoa
personas disiunctive; ou diversas pessoas disjuntivamente;
2° secretum, certum, absolutum, 2°- secreto, certo, absoluto,
determinatum. determinado.
§ 2. Condiciones ante electionem suffragio § 2. As condições apostas ao voto antes da
appositae tamquam non adiectae eleição consideram-se como não
habeantur. colocadas.
Can. 174 - § 1. Electio, nisi aliud iure aut Cân. 174 - § 1. A eleição, salvo
statutis caveatur, fieri etiam potest per determinação contrária do direito ou dos
compromissum, dummodo nempe estatutos, pode também ser feita por
electores, unanimi et scripto consensu, in compromisso, contanto que os eleitores,
unum vel plures idoneos sive de gremio com consenso unânime e escrito,
sive extraneos ius eligendi pro ea vice transfiram por essa vez o direito de eleger
transferant, qui nomine omnium ex recepta a uma ou mais pessoas idôneas, quer do
facultate eligant. grêmio, quer estranhas; estas, em virtude
da faculdade recebida, elejam em nome de
todos.
§ 2. Si agatur de collegio aut coetu ex solis § 2. Se se tratar de colégio ou grupo que
clericis constanti, compromissarii in sacris conste só de clérigos, os compromissários
debent esse constituti; secus electio est devem ser ordenados in sacris; do
invalida. contrário, a eleição é inválida.
§ 3. Compromissarii debent iuris § 3. Os compromissários devem ater-se às
praescripta de electione servare atque, ad prescrições do direito sobre a eleição e,
validitatem electionis, condiciones para a validade da eleição, observar as
compromisso appositas, iuri non contrarias, condições apostas ao compromisso, não
observare; condiciones autem iuri contrárias ao direito; condições, porém,
contrariae pro non appositis habeantur. contrárias ao direito consideram-se como
não colocadas.
Can. 176 - Nisi aliud iure aut statutis Cân. 176 - Salvo determinação contrária
caveatur, is electus habeatur et a collegii do direito ou dos estatutos, considere-se
aut coetus praeside proclametur, qui eleito e seja proclamado, pelo presidente
requisitum suffragiorum numerum rettulerit, do colégio ou grupo, quem tiver obtido o
ad normam can. 119, n. 1. número de votos requerido, de acordo com
o cân. 119, n.° 1.
Can. 177 - § 1. Electio illico intimanda est Cân. 177 - § 1. A eleição deve ser
electo, qui debet intra octiduum utile a imediatamente comunicada ao eleito, o
recepta intimatione significare collegii aut qual deve, dentro de oito dias úteis após
coetus praesidi utrum electionem acceptet recebida a comunicação, manifestar ao
necne; secus electio effectum non habet. presidente do colégio ou grupo se aceita
ou não a eleição; do contrário, a eleição
fica sem efeito.
§ 2. Si electus non acceptaverit, omne ius § 2. Se o eleito não tiver aceito, perde todo
ex electione amittit nec subsequenti o direito adquirido pela eleição; direito esse
acceptatione convalescit, sed rursus eligi que não revive mediante a aceitação
potest; collegium autem aut coetus intra subseqüente; ele, porém, pode novamente
mensem a cognita non-acceptatione ad ser eleito; o colégio ou grupo deve
novam electionem procedere debet. proceder a nova eleição dentro de um mês
após conhecida a não-aceitação.
Can. 178 - Electus, acceptata electione, Cân. 178 - Aceita a eleição que não
quae confirmatione non egeat, officium necessite de confirmação, o eleito obtém
pleno iure statim obtinet; secus non acquirit imediatamente de pleno direito o ofício; do
nisi ius ad rem. contrário, adquire só o direito à coisa.
Can. 181 - § 1. Ut postulatio vim habeat, Cân. 181 - § 1. Para que a postulação
requiruntur saltem duae tertiae partes tenha valor, requerem-se pelo menos dois
suffragiorum. terços dos votos.
§ 2. Suffragium pro postulatione exprimi § 2. O voto para a postulação se deve
debet per verbum: postulo, aut exprimir pela palavra: postulo, ou
aequivalens; formula: eligo vel postulo, aut equivalente; a formula: elejo ou postulo, ou
aequipollens, valet pro electione, si equivalente, vale para eleição, se não
impedimentum non exsistat, secus pro existe impedimento; caso contrário, para a
postulatione. postulação.
Can. 182 - § 1. Postulatio a praeside intra Cân. 182 - § 1. A postulação deve ser
octiduum utile mitti debet ad auctoritatem enviada pelo presidente, dentro de oito
competentem ad quam pertinet electionem dias úteis, à autoridade, à qual cabe
confirmare, cuius est dispensationem de confirmar a eleição. A ela compete
impedimento concedere, aut, si hanc conceder a dispensa do impedimento ou,
potestatem non habeat, eandem ab se não tiver esse poder, pedi-la à
auctoritate superiore petere; si non autoridade superior. Se não se requerer a
requiritur confirmatio, postulatio mitti debet confirmação, a postulação deve ser
ad auctoritatem competentem ut enviada à autoridade competente para a
dispensatio concedatur. concessão da dispensa.
§ 2. Si intra praescriptum tempus postulatio § 2. Se a postulação não tiver sido enviada
missa non fuerit, ipso facto nulla est, et dentro do tempo prescrito é ipso facto nula,
collegium vel coetus pro ea vice privatur e o colégio ou grupo, por essa vez, fica
iure eligendi aut postulandi, nisi probetur privado do direito de eleger ou de postular,
praesidem a mittenda postulatione iusto a não ser que se prove que o presidente foi
fuisse detentum impedimento aut dolo vel impedido, por justo motivo, de mandar a
neglegentia ab eadem tempore opportuno postulação, ou que deixou de enviá-la em
mittenda abstinuisse. tempo oportuno, por dolo ou negligência.
§ 3. Postulato nullum ius acquiritur ex § 3. A postulação não confere nenhum
postulatione; eam admittendi auctoritas direito ao postulado; a autoridade
competens obligatione non tenetur. competente não está obrigada a admiti-la.
§ 4. Factam auctoritati competenti § 4. Uma vez feita a postulação à
postulationem electores revocare non autoridade competente, os eleitores não
possunt, nisi auctoritate consentiente. podem revogá-la, a não ser com o
consentimento da autoridade.
Can. 183 - § 1. Non admissa ab auctoritate Cân. 183 - § 1. Não tendo sido admitida a
competenti postulatione, ius eligendi ad postulação pela autoridade competente, o
collegium vel coetum redit. direito de eleger retorna ao colégio ou
grupo.
§ 2. Quod si postulatio admissa fuerit, id § 2. Se a postulação tiver sido admitida,
significetur postulato, qui respondere debet informe-se disso o postulado, que deve
ad normam can. 177, § 1. responder, de acordo com o cân. 177, § 1.
§ 3. Qui admissam postulationem acceptat, § 3. Quem aceita a postulação admitida,
pleno iure statim officium obtinet. obtém imediatamente o ofício com pleno
direito.
Can. 185 - Ei, qui ob impletam aetatem aut Cân. 185 - Pode-se conferir o título de
renuntiationem acceptatam officium amittit, emérito a quem perde o ofício por idade ou
titulus emeriti conferri potest. por renúncia aceita.
Can. 186 - Lapsu temporis praefiniti vel Cân. 186 - Terminado o tempo prefixado
adimpleta aetate, amissio officii effectum ou completada a idade, a perda do ofício
habet tantum a momento, quo a competenti tem efeito somente a partir do momento
auctoritate scripto intimatur. em que for comunicada por escrito pela
autoridade competente.
Can. 188 - Renuntiatio ex metu gravi, Cân. 188 - A renúncia por medo grave,
iniuste incusso, dolo vel errore substantiali injustamente incutido, por dolo ou por erro
aut simoniace facta, ipso iure irrita est. substancial ou por simonia é ipso iure nula.
Can. 189 - § 1. Renuntiatio, ut valeat, sive Cân. 189 - § 1. A renúncia, para ser válida,
acceptatione eget sive non, auctoritati fieri necessite ou não de aceitação, deve ser
debet cui provisio ad officium de quo agitur feita à autoridade à qual compete a
pertinet, et quidem scripto vel oretenus provisão do ofício em questão, por escrito
coram duobus testibus. ou oralmente diante de duas testemunhas.
§ 2. Auctoritas renuntiationem iusta et § 2. A autoridade não aceite renúncia não
proportionata causa non innixam ne fundamentada em causa justa e
acceptet. proporcionada.
§ 3. Renuntiatio quae acceptatione indiget, § 3. A renúncia que necessita de
nisi intra tres menses acceptetur, omni vi aceitação, se não for aceita dentro de três
caret; quae acceptatione non indiget meses, não tem nenhum valor; a que não
effectum sortitur communicatione necessita de aceitação, produz efeito
renuntiantis ad normam iuris facta. mediante a comunicação do renunciante,
feita de acordo com o direito.
§ 4. Renuntiatio, quamdiu effectum sortita § 4. A renúncia, enquanto não tiver
non fuerit, a renuntiante revocari potest; produzido efeito, pode ser revogada pelo
effectu secuto revocari nequit, sed qui renunciante; uma vez produzido o efeito,
renuntiavit, officium alio ex titulo consequi não pode ser revogada, mas quem tiver
potest. renunciado pode conseguir o ofício por
outro título.
Can. 193 - § 1. Ab officio quod alicui Cân. 193 - § 1. Ninguém pode ser
confertur ad tempus indefinitum, non potest destituído de um ofício conferido por tempo
quis amoveri nisi ob graves causas atque indefinido, a não ser por causas graves e
servato procedendi modo iure definito. observando- se o modo de proceder
determinado pelo direito.
§ 2. Idem valet, ut quis ab officio, quod § 2. O mesmo vale para que alguém possa
alicui ad tempus determinatum confertur, ser destituído de um ofício conferido por
ante hoc tempus elapsum amoveri possit, tempo determinado, antes de transcorrido
firmo praescripto can. 624, § 3. esse tempo, salva a prescrição do cân.
624, § 3.
§ 3. Ab officio quod, secundum iuris § 3. De um ofício que, segundo as
praescripta, alicui confertur ad prudentem prescrições do direito, é conferido a
discretionem auctoritatis competentis, alguém por prudente discrição da
potest quis iusta ex causa, de iudicio autoridade competente, pode ele ser
eiusdem auctoritatis, amoveri. destituído por justa causa, a juízo dessa
autoridade.
§ 4. Decretum amotionis, ut effectum § 4. O decreto de destituição, para produzir
sortiatur, scripto intimandum est. efeito, deve ser comunicado por escrito.
Can. 194 - § 1. Ipso iure ab officio Cân. 194 - § 1. Fica ipso iure destituído de
ecclesiastico amovetur: um ofício eclesiástico:
1° qui statum clericalem amiserit; 1°- quem tiver perdido o estado clerical;
2° qui a fide catholica aut a 2°- quem tiver abandonado
communione Ecclesiae publice defecerit; publicamente a fé católica ou a comunhão
da Igreja;
3° clericus qui matrimonium etiam civile 3°- o clérigo que tiver tentado o
tantum attentaverit. matrimônio, mesmo só civilmente.
§ 2. Amotio, de qua in nn. 2 et 3, urgeri § 2. A destituição mencionada nos n° 2 e
tantum potest, si de eadem auctoritatis 3, só pode ser urgida, se constar dela por
competentis declaratione constet. declaração da autoridade competente.
Can. 195 - Si quis, non quidem ipso iure, Cân. 195 - Se alguém, não já ipso iure,
sed per decretum auctoritatis competentis mas por decreto da autoridade
ab officio amoveatur quo eiusdem competente, for destituído do ofício pelo
subsistentiae providetur, eadem auctoritas qual se provê à sua subsistência, cuide
curet ut ipsius subsistentiae per congruum essa autoridade que se providencie à
tempus prospiciatur, nisi aliter provisum sit. subsistência dele por um período
conveniente, a não ser que se tenha
providenciado de outro modo.
Can. 198 - Nulla valet praescriptio, nisi Cân. 198 - Nenhuma prescrição tem valor,
bona fide nitatur, non solum initio, sed toto se não se apóia na boa fé não só no início,
decursu temporis ad praescriptionem mas por todo o decurso de tempo
requisiti, salvo praescripto can. 1362. requerido para a prescrição, salva a
prescrição do cân. 1362.
Can. 199 - Praescriptioni obnoxia non sunt: Cân. 199 - Não são passíveis de
prescrição:
1° iura et obligationes quae sunt legis 1°- direitos e obrigações decorrentes de
divinae naturalis aut positivae; lei natural ou positiva;
2° iura quae obtineri possunt ex solo 2°- direitos que só se podem obter por
privilegio apostolico; privilégio apostólico;
3° iura et obligationes quae spiritualem 3°- direitos e obrigações referentes
christifidelium vitam directe respiciunt; diretamente à vida espiritual dos fiéis;
4° fines certi et indubii 4°- limites certos e incontestes de
circumscriptionum ecclesiasticarum; circunscrições eclesiásticas;
5° stipes et onera Missarum; 5°- espórtulas e ônus de missas;
6° provisio officii ecclesiastici quod ad 6°- a provisão de um ofício eclesiástico
normam iuris exercitium ordinis sacri que, de acordo com o direito, requer
requirit; exercício de ordem sacra;
7° ius visitationis et obligatio 7°- o direito de visita e a obrigação de
oboedientiae, ita ut christifideles a nulla obediência, de modo tal que os fiéis não
auctoritate ecclesiastica visitari possint et possam ser visitados por nenhuma
nulli auctoritati iam subsint. autoridade eclesiástica e já não dependam
de nenhuma autoridade.
Can. 202 - § 1. In iure, dies intellegitur Cân. 202 - § 1. No direito, o dia é o espaço
spatium constans 24 horis continuo que consta de 24 horas computadas de
supputandis, et incipit a media nocte, nisi modo contínuo; começa à meia-noite, salvo
aliud expresse caveatur; hebdomada determinação contrária; a semana é o
spatium 7 dierum; mensis spatium 30 et espaço de 7 dias; o mês, espaço de 30
annus spatium 365 dierum, nisi mensis et dias; o ano, espaço de 365 dias; a não ser
annus dicantur sumendi prout sunt in que se diga que o mês e o ano devem ser
calendario. tomados como estão no calendário.
§ 2. Prout sunt in calendario semper § 2. O mês e o ano sempre devem ser
sumendi sunt mensis et annus, si tempus tomados como estão no calendário, se o
est continuum. tempo é contínuo.
Can. 203 - § 1. Dies a quo non computatur Cân. 203 - § 1. O dia inicial não é
in termino, nisi huius initium coincidat cum computado no prazo, a não ser que seu
initio diei aut aliud expresse in iure início coincida com o início do dia, ou no
caveatur. direito se determine expressamente outra
coisa.
§ 2. Nisi contrarium statuatur, dies ad quem § 2. Salvo determinação contrária, o dia
computatur in termino, qui, si tempus final é computado no prazo; este, se
constet uno vel pluribus mensibus aut constar de um ou mais meses ou anos, de
annis, una vel pluribus hebdomadis, finitur uma ou mais semanas, termina, findo o
expleto ultimo die eiusdem numeri aut, si último dia do mesmo número; se o mês
mensis die eiusdem numeri careat, expleto carecer de tal dia, findo o último dia do
ultimo die mensis. mês.
Can. 205 - Plene in communione Ecclesiae Cân. 205 - Neste mundo, estão
catholicae his in terris sunt illi baptizati, qui plenamente na comunhão da Igreja
in eius compage visibili cum Christo católica os batizados que se unem a Cristo
iunguntur, vinculis nempe professionis fidei, na estrutura visível, ou seja, pelos vínculos
sacramentorum et ecclesiastici regiminis. da profissão da fé, dos sacramentos e do
regime eclesiástico.
Can. 206 - § 1. Speciali ratione cum Cân. 206 - § 1. Por razão especial, ligam-
Ecclesia conectuntur catechumeni, qui se à Igreja os catecúmenos, a saber, os
nempe, Spiritu Sancto movente, explicita que movidos pelo Espírito Santo, com
voluntate ut eidem incorporentur expetunt, vontade explícita desejam ser incorporados
ideoque hoc ipso voto, sicut et vita fidei, a ela e, por conseqüência, por esse próprio
spei et caritatis quam agunt, coniunguntur desejo, como também pela vida de fé,
cum Ecclesia, quae eos iam ut suos fovet. esperança e caridade, unem- se com a
Igreja, que cuida deles como já seus.
§ 2. Catechumenorum specialem curam § 2. A Igreja dedica cuidado especial aos
habet Ecclesia quae, dum eos ad vitam catecúmenos e, enquanto os convida a
ducendam evangelicam invitat eosque ad viverem uma vida evangélica e os introduz
sacros ritus celebrandos introducit, eisdem na celebração dos ritos sagrados, já lhes
varias iam largitur praerogativas, quae concede diversas prerrogativas, que são
christianorum sunt propriae. próprias dos cristãos.
Can. 207 - § 1. Ex divina institutione, inter Cân. 207 - § 1. Por instituição divina, entre
christifideles sunt in Ecclesia ministri sacri, os fiéis, há na Igreja os ministros sagrados,
qui in iure et clerici vocantur; ceteri autem que no direito são também chamados
et laici nuncupantur. clérigos; e os outros fiéis são também
denominados leigos.
§ 2. Ex utraque hac parte habentur § 2. Em ambas as categorias, há fiéis que,
christifideles, qui professione consiliorum pela profissão dos conselhos evangélicos,
evangelicorum per vota aut alia sacra mediante votos ou outros vínculos
ligamina, ab Ecclesia agnita et sancita, suo sagrados, reconhecidos e sancionados
peculiari modo Deo consecrantur et pela Igreja, consagram-se, no seu modo
Ecclesiae missioni salvificae prosunt; peculiar consagram-se a Deus e
quorum status, licet ad hierarchicam contribuem para missão salvífica da Igreja;
Ecclesiae structuram non spectet, ad eius seu estado, embora não faça parte da
tamen vitam et sanctitatem pertinet. estrutura hierárquica da Igreja, pertence,
contudo a sua vida e santidade.
Can. 210 - Omnes christifideles, secundum Cân. 210 - Todos os fiéis, de acordo com a
propriam condicionem, ad sanctam vitam condição que lhes é própria, devem
ducendam atque ad Ecclesiae empenhar suas forças a fim de levar uma
incrementum eiusque iugem vida santa e de promover o crescimento da
sanctificationem promovendam vires suas Igreja e sua contínua santificação.
conferre debent.
Can. 211 - Omnes christifideles officium Cân. 211 - Todos os fiéis têm o direito e o
habent et ius allaborandi ut divinum salutis dever de trabalhar, a fim de que o anúncio
nuntium ad universos homines omnium divino da salvação chegue sempre mais a
temporum ac totius orbis magis magisque todos os homens de todos os tempos e de
perveniat. todo o mundo.
Can. 212 - § 1. Quae sacri Pastores, utpote Cân. 212 - § 1. Os fiéis, conscientes da
Christum repraesentantes, tamquam fidei própria responsabilidade, estão obrigados
magistri declarant aut tamquam Ecclesiae a aceitar com obediência cristã o que os
rectores statuunt, christifideles, propriae sagrados Pastores, como representantes
responsabilitatis conscii, christiana de Cristo, declaram como mestres da fé ou
oboedientia prosequi tenentur. determinam como guias da Igreja.
§ 2. Christifidelibus integrum est, ut § 2. Os fiéis têm o direito de manifestar aos
necessitates suas, praesertim spirituales, Pastores da Igreja as próprias
suaque optata Ecclesiae Pastoribus necessidades, principalmente espirituais, e
patefaciant. os próprios anseios.
§ 3. Pro scientia, competentia et § 3. De acordo com a ciência, a
praestantia quibus pollent, ipsis ius est, competência e o prestígio de que gozam,
immo et aliquando officium, ut sententiam tem o direito e, às vezes, até o dever de
suam de his quae ad bonum Ecclesiae manifestar aos Pastores sagrados a
pertinent sacris Pastoribus manifestent própria opinião sobre o que afeta o bem da
eamque, salva fidei morumque integritate Igreja e, ressalvando a integridade da fé e
ac reverentia erga Pastores, attentisque dos costumes e a reverência para com os
communi utilitate et personarum dignitate, Pastores, e levando em conta a utilidade
ceteris christifidelibus notam faciant. comum e a dignidade das pessoas, dêem a
conhecer essa sua opinião também aos
outros fiéis.
Can. 213 - Ius est christifidelibus ut ex Cân. 213 - Os fiéis têm o direito de receber
spiritualibus Ecclesiae bonis, praesertim ex dos Pastores sagrados, dentre os bens
verbo Dei et sacramentis, adiumenta a espirituais da Igreja, principalmente os
sacris Pastoribus accipiant. auxílios da Palavra de Deus e dos
sacramentos.
Can. 214 - Ius est christifidelibus, ut cultum Cân. 214 - Os fiéis têm o direito de prestar
Deo persolvant iuxta praescripta proprii culto a Deus segundo as determinações do
ritus a legitimis Ecclesiae Pastoribus próprio rito aprovado pelos legítimos
approbati, utque propriam vitae spiritualis Pastores da Igreja e de seguir sua própria
formam sequantur, doctrinae quidem espiritualidade, conforme, porém, à
Ecclesiae consentaneam. doutrina da Igreja.
Can. 215 - Integrum est christifidelibus, ut Cân. 215 - Os fiéis têm o direito de fundar
libere condant atque moderentur e dirigir livremente associações para fins
consociationes ad fines caritatis vel de caridade e piedade, ou para favorecer a
pietatis, aut ad vocationem christianam in vocação cristã no mundo, e de se reunirem
mundo fovendam, utque conventus para a consecução comum dessas
habeant ad eosdem fines in communi finalidades.
persequendos.
Can. 216 - Christifideles cuncti, quippe qui Cân. 216 - Todos os fiéis, já que participam
Ecclesiae missionem participent, ius da missão da Igreja, têm o direito de
habent ut propriis quoque inceptis, promover e sustentar a atividade
secundum suum quisque statum et apostólica, segundo o próprio estado e
condicionem, apostolicam actionem condição, também com iniciativas próprias;
promoveant vel sustineant; nullum tamen nenhuma iniciativa, porém, reivindique para
inceptum nomen catholicum sibi vindicet, si o nome de católica, a não ser com o
nisi consensus accesserit competentis consentimento da autoridade eclesiástica
auctoritatis ecclesiasticae. competente.
Can. 217 - Christifideles, quippe qui Cân. 217 - Os fiéis, já que são chamados
baptismo ad vitam doctrinae evangelicae pelo batismo a levar uma vida de acordo
congruentem ducendam vocentur, ius com a doutrina evangélica, têm o direito à
habent ad educationem christianam, qua educação cristã, pela qual sejam
ad maturitatem humanae personae devidamente instruídos para a consecução
prosequendam atque simul ad mysterium da maturidade da pessoa humana e, ao
salutis cognoscendum et vivendum rite mesmo tempo, para o conhecimento e a
instruantur. vivência do mistério da salvação.
Can. 218 - Qui disciplinis sacris incumbunt Cân. 218 - Os que se dedicam ao estudo
iusta libertate fruuntur inquirendi necnon das ciências sagradas gozam da justa
mentem suam prudenter in iis aperiendi, in liberdade de pesquisar e de manifestar
quibus peritia gaudent, servato debito erga com prudência o próprio pensamento sobre
Ecclesiae magisterium obsequio. aquilo em que são peritos, conservando o
devido obséquio para com o magistério da
Igreja.
Can. 219 - Christifideles omnes iure Cân. 219 - Todos os fiéis têm o direito de
gaudent ut a quacumque coactione sint ser imunes de qualquer coação na escolha
immunes in statu vitae eligendo. do estado de vida.
Can. 220 - Nemini licet bonam famam, qua Cân. 220 - A ninguém é lícito lesar
quis gaudet, illegitime laedere, nec ius ilegitimamente a boa fama de que alguém
cuiusque personae ad propriam intimitatem goza, nem violar o direito de cada pessoa
tuendam violare. de defender a própria intimidade.
Can. 223 - § 1. In iuribus suis exercendis Cân. 223 - § 1. No exercício dos próprios
christifideles tum singuli tum in direitos, os fiéis, individualmente ou unidos
consociationibus adunati rationem habere em associações, devem levar em conta o
debent boni communis Ecclesiae necnon bem comum da Igreja, os direitos dos
iurium aliorum atque suorum erga alios outros e os próprios deveres para com os
officiorum. outros.
§ 2. Ecclesiasticae auctoritati competit, § 2. Compete à autoridade eclesiástica, em
intuitu boni communis, exercitium iurium, vista do bem comum, regular o exercício
quae christifidelibus sunt propria, moderari. dos direitos que são próprios dos fiéis.
Can. 225 - § 1. Laici, quippe qui uti omnes Cân. 225 - § 1. Uma vez que, como todos
christifideles ad apostolatum a Deo per os fiéis, através do batismo e da
baptismum et confirmationem deputentur, confirmação, são destinados por Deus ao
generali obligatione tenentur et iure apostolado, os leigos, individualmente ou
gaudent, sive singuli sive in reunidos em associações, têm obrigação
consociationibus coniuncti, allaborandi ut geral e gozam do direito de trabalhar para
divinum salutis nuntium ab universis que o anúncio divino da salvação seja
hominibus ubique terrarum cognoscatur et conhecido e aceito por todos os homens,
accipiatur; quae obligatio eo vel magis em todo o mundo; esta obrigação é tanto
urget iis in adiunctis, in quibus nonnisi per mais premente naquelas circunstâncias em
ipsos Evangelium audire et Christum que somente através deles os homens
cognoscere homines possunt. podem ouvir o Evangelho e conhecer o
Cristo.
§ 2. Hoc etiam peculiari adstringuntur § 2. Têm também o dever especial, cada
officio, unusquisque quidem secundum um segundo a própria condição, de animar
propriam condicionem, ut rerum e aperfeiçoar com o espírito evangélico a
temporalium ordinem spiritu evangelico ordem das realidades temporais, e assim
imbuant atque perficiant, et ita specialiter in dar testemunho de Cristo, especialmente
iisdem rebus gerendis atque in muneribus na gestão dessas realidades e no exercício
saecularibus exercendis Christi das atividades seculares.
testimonium reddant.
Can. 226 - § 1. Qui in statu coniugali Cân. 226 - § 1. Os que vivem no estado
vivunt, iuxta propriam vocationem, peculiari conjugal, segundo a própria vocação, têm
officio tenentur per matrimonium et o dever especial de trabalhar pelo
familiam ad aedificationem populi Dei matrimônio e pela família, na construção do
allaborandi. povo de Deus.
§ 2. Parentes, cum vitam filiis contulerint, § 2. Os pais, tendo dado a vida aos filhos,
gravissima obligatione tenentur et iure têm a gravíssima obrigação e gozam do
gaudent eos educandi; ideo parentum direito de educá- los; por isso, é obrigação
christianorum imprimis est christianam primordial dos pais cristãos cuidar da
filiorum educationem secundum doctrinam educação cristã dos filhos, segundo a
ab Ecclesia traditam curare. doutrina transmitida pela Igreja.
Can. 227 - Ius est christifidelibus laicis, ut Cân. 227 - É direito dos fiéis leigos que
ipsis agnoscatur ea in rebus civitatis lhes seja reconhecida, nas coisas da
terrenae libertas, quae omnibus civibus sociedade terrestre, aquela liberdade que
competit; eadem tamen libertate utentes, compete a todo os cidadãos usando dessa
curent ut suae actiones spiritu evangelico liberdade, procurem imbuir suas atividades
imbuantur, et ad doctrinam attendant ab com o espírito evangélico e atendam à
Ecclesiae magisterio propositam, caventes doutrina proposta pelo magistério da Igreja,
tamen ne in quaestionibus opinabilibus evitando, contudo, em questões opináveis,
propriam sententiam uti doctrinam apresentar o próprio parecer como doutrina
Ecclesiae proponant. da Igreja.
Can. 228 - § 1. Laici qui idonei reperiantur, Cân. 228 - § 1. Os leigos julgados idôneos
sunt habiles ut a sacris Pastoribus ad illa são hábeis para ser assumidos pelos
officia ecclesiastica et munera assumantur, Pastores sagrados para aqueles ofícios
quibus ipsi secundum iuris praescripta eclesiásticos e encargos que eles podem
fungi valent. desempenhar, segundo as prescrições do
direito.
§ 2. Laici debita scientia, prudentia et § 2. Os leigos que se distinguem pela
honestate praestantes, habiles sunt devida ciência, prudência e honestidade,
tamquam periti aut consiliarii, etiam in são hábeis para prestar ajuda aos Pastores
consiliis ad normam iuris, ad Ecclesiae da Igreja como peritos ou conselheiros,
Pastoribus adiutorium praebendum. também nos conselhos, regulados pelo
direito.
Can. 231 - § 1. Laici, qui permanenter aut Cân. 231 - § 1. Os leigos, que são
ad tempus speciali Ecclesiae servitio destinados permanente ou
addicuntur, obligatione tenentur ut aptam temporariamente a um serviço especial na
acquirant formationem ad munus suum Igreja, têm a obrigação de adquirir a
debite implendum requisitam, utque hoc formação adequada, requerida para o
munus conscie, impense et diligenter cumprimento do próprio encargo e para
adimpleant. exercê-lo consciente, dedicada e
diligentemente.
§ 2. Firmo praescripto can. 230, § 1, ius § 2. Salva a prescrição do cân. 230, § 1,
habent ad honestam remunerationem suae eles têm o direito a uma honesta
condicioni aptatam, qua decenter, servatis remuneração adequada à sua condição,
quoque iuris civilis praescriptis, com a qual possam prover decorosamente,
necessitatibus propriis ac familiae observadas também as prescrições do
providere valeant; itemque iis ius competit direito civil, as necessidades próprias e da
ut ipsorum praevidentiae et securitati família; cabe-lhes igualmente o direito de
sociali et assistentiae sanitariae, quam que se garantam devidamente sua
dicunt, debite prospiciatur. previdência, seguro social e assistência à
saúde.
TITULUS III. DE MINISTRIS SACRIS SEU TÍTULO III DOS MINISTROS SAGRADOS
DE CLERICIS OU CLÉRIGOS
CAPUT I. DE CLERICORUM Capítulo I DA FORMAÇÃO DOS
INSTITUTIONE CLÉRIGOS
Can. 232 - Ecclesiae officium est atque ius Cân. 232 - É dever e direito próprio e
proprium et exclusivum eos instituendi, qui exclusivo da Igreja, formar os que se
ad ministeria sacra deputantur. destinam aos ministérios sagrados.
Can. 237 - § 1. In singulis dioecesibus sit Cân. 237 - § 1. Onde for possível e
seminarium maius, ubi id fieri possit atque oportuno, haja em cada diocese o
expediat; secus concredantur alumni, qui seminário maior; caso contrário, os alunos
ad sacra ministeria sese praeparent, alieno que se preparam para o ministério sagrado
seminario aut erigatur seminarium sejam confiados a outro seminário, ou
interdioecesanum. então seja fundado um seminário
interdiocesano.
§ 2. Seminarium interdioecesanum ne § 2. Não se erija seminário interdiocesano
erigatur nisi prius confirmatio Apostolicae sem primeiro se obter a confirmação da Sé
Sedis, tum ipsius seminarii erectionis tum Apostólica, quer para a ereção, quer para
eiusdem statutorum, obtenta fuerit, et os estatutos, e ainda a da Conferência
quidem ab Episcoporum conferentia, si episcopal se se tratar de seminário para
agatur de seminario pro universo eius todo o seu território, ou, no caso contrário,
territorio, secus ab Episcopis quorum a dos bispos interessados.
interest.
Can. 242 - § 1. In singulis nationibus Cân. 242 - § 1. Em cada país haja Normas
habeatur institutionis sacerdotalis Ratio, ab para a formação sacerdotal, estabelecidas
Episcoporum conferentia, attentis quidem pela Conferência episcopal, tendo em
normis a suprema Ecclesiae auctoritate conta as normas dadas pela suprema
latis, statuenda et a Sancta Sede autoridade da Igreja; aquelas Normas
confirmanda, novis quoque adiunctis, devem ser confirmadas pela Santa Sé, e ir-
confirmante item Sancta Sede, se acomodando às circunstâncias, também
accommodanda, qua institutionis in com a confirmação da Santa Sé, e nelas
seminario tradendae definiantur summa definam-se os princípios mais importantes
principia atque normae generales e as orientações gerais para a formação a
necessitatibus pastoralibus uniuscuiusque ministrar no seminário, adaptadas às
regionis vel provinciae, aptatae. necessidades pastorais de cada região ou
província.
§ 2. Normae Rationis, de qua in § 1, § 2. As normas das Diretrizes,
serventur in omnibus seminariis, tum mencionadas no § 1, sejam observadas em
dioecesanis tum interdioecesanis. todos os seminários, diocesanos ou
interdiocesanos.
Can. 243 - Habeat insuper unumquodque Cân. 243 - Além disso, cada seminário
seminarium ordinationem propriam, ab tenha o próprio regulamento aprovado pelo
Episcopo dioecesano aut, si de seminario Bispo diocesano ou, se se tratar de
interdioecesano agatur, ab Episcopis seminário interdiocesano, pelos Bispos
quorum interest, probatam, qua normae interessados. Nele se adaptem as normas
institutionis sacerdotalis Rationis adiunctis das Diretrizes básicas para a formação
particularibus accommodentur, ac pressius sacerdotal às circunstâncias particulares, e
determinentur praesertim disciplinae capita se determinem mais exatamente sobretudo
quae ad alumnorum cotidianam vitam et os pontos disciplinares referentes à vida
totius seminarii ordinem spectant. cotidiana dos alunos e à organização de
todo o seminário.
Can. 247 - § 1. Ad servandum statum Cân. 247 - § 1. Sejam preparados, por uma
caelibatus congrua educatione adequada educação, para guardar o
praeparentur, eumque ut peculiare Dei estado do celibato, e aprendam a apreciá-
donum in honore habere discant. lo como dom especial de Deus.
§ 2. De officiis et oneribus quae ministris § 2. Sejam os alunos devidamente
sacris Ecclesiae propria sunt, alumni debite informados sobre as obrigações e
reddantur certiores, nulla vitae sacerdotalis responsabilidades próprias dos ministros
difficultate reticita. sagrados da Igreja, não se ocultando
nenhuma dificuldade da vida sacerdotal.
Can. 248 - Institutio doctrinalis tradenda eo Cân. 248 - A formação doutrinal a ser
spectat, ut alumni, una cum cultura generali ministrada tende a que os alunos,
necessitatibus loci ac temporis juntamente com a cultura geral
consentanea, amplam atque solidam consentânea com as necessidades de
acquirant in disciplinis sacris doctrinam, ita lugar e tempo, adquiram conhecimento
ut, propria fide ibi fundata et inde nutrita, amplo e sólido nas ciências sagradas, de
Evangelii doctrinam hominibus sui temporis modo que tendo a própria fé nelas fundada
apte, ratione eorundem ingenio e delas nutrida, possam convenientemente
accommodata, nuntiare valeant. anunciar a doutrina do Evangelho aos
homens de seu tempo, de forma adaptada
à mentalidade destes.
Can. 249 - Institutionis sacerdotalis Ratione Cân. 249 - Nas Diretrizes básicas para a
provideatur ut alumni non tantum accurate formação sacerdotal se providencie que os
linguam patriam edoceantur, sed etiam alunos não só aprendam cuidadosamente
linguam latinam bene calleant necnon a língua vernácula, mas também dominem
congruam habeant cognitionem alienarum a língua latina, e aprendam
linguarum, quarum scientia ad eorum convenientemente as línguas estrangeiras,
formationem aut ad ministerium pastorale cujo conhecimento pareça necessário ou
exercendum necessaria vel utilis videatur. útil para sua formação ou para o exercício
do ministério pastoral.
Can. 251 - Philosophica institutio, quae Cân. 251 - A formação filosófica, que deve
innixa sit oportet patrimonio philosophico estar baseada num patrimônio filosófico
perenniter valido, et rationem etiam habeat perenemente válido e também levar em
philosophicae investigationis progredientis conta a investigação filosófica no
aetatis, ita tradatur, ut alumnorum progresso do tempo, seja ministrada de tal
formationem humanam perficiat, mentis modo que complete a formação humana
aciem provehat, eosque ad studia dos alunos, lhes aguce a mente e os torne
theologica peragenda aptiores reddat. mais aptos para fazerem os estudos
teológicos.
Can. 255 - Licet universa alumnorum in Cân. 255 - Embora toda a formação dos
seminario formatio pastoralem finem alunos no seminário tenha em vista o fim
persequatur, institutio stricte pastoralis in pastoral, seja organizada nele uma
eodem ordinetur, qua alumni principia et preparação estritamente pastoral, com a
artes addiscant quae, attentis quoque loci qual os alunos aprendam os princípios e as
ac temporis necessitatibus, ad ministerium técnicas referentes ao exercício do
Dei populum docendi, sanctificandi et ministério de ensinar, santificar e governar
regendi exercendum pertineant. o povo de Deus, levando em conta também
as necessidades de tempo e lugar.
Can. 258 - Ut apostolatus exercendi artem Cân. 258 - Para que os alunos aprendam
in opere ipso etiam addiscant, alumni, também concretamente a técnica da ação
studiorum curriculo decurrente, praesertim apostólica, durante o currículo dos estudos
vero feriarum tempore, praxi pastorali e principalmente no tempo das férias,
initientur per opportunas, sub moderamine sejam iniciados, sempre sob a orientação
semper sacerdotis periti, exercitationes, de um sacerdote capacitado, na prática
alumnorum aetati et locorum condicioni pastoral, com oportunas experiências
aptatas, de iudicio Ordinarii determinandas. adaptadas à idade dos alunos e às
condições locais, a serem determinadas
segundo o juízo do Ordinário.
Can. 260 - Rectori, cuius est cotidianum Cân. 260 - No cumprimento dos próprios
moderamen curare seminarii, ad normam deveres, devem todos obedecer ao reitor, a
quidem institutionis sacerdotalis Rationis ac quem compete a direção cotidiana do
seminarii ordinationis, omnes in propriis seminário, de acordo com as Diretrizes
muneribus adimplendis obtemperare básicas para a formação sacerdotal e com
debent. o regulamento do seminário.
Can. 262 - Exemptum a regimine paroeciali Cân. 262 - O seminário seja isento do
seminarium esto: et pro omnibus qui in regime paroquial; e para todos os que
seminario sunt, parochi officium, excepta estão no seminário, o reitor do seminário
materia matrimoniali et firmo praescripto ou o seu delegado, desempenhe o ofício
can. 985, obeat seminarii rector eiusve de pároco, com exceção do que se refere
delegatus. ao matrimônio, salva a prescrição do
cân.985.
Can. 263 - Episcopus dioecesanus vel, si Cân. 263 - O Bispo diocesano ou, se se
de seminario interdioecesano agatur, trata de semináriointerdiocesano, os
Episcopi quorum interest, pro parte ab eis Bispos interessados, na medida por eles
communi consilio determinata, curare mesmos determinada de comum acordo,
debent ut provideatur seminarii constitutioni devem cuidar que se assegurem a
et conservationi, alumnorum sustentationi constituição e a conservação do seminário,
necnon magistrorum remunerationi aliisque o sustento dos alunos, a remuneração dos
seminarii necessitatibus. professores e as outras necessidades do
seminário.
Can. 266 - § 1. Per receptum diaconatum Cân. 266 - § 1. Pela ordenação diaconal,
aliquis fit clericus et incardinatur Ecclesiae alguém se torna clérigo e é incardinado na
particulari vel praelaturae personali pro Igreja particular ou prelazia pessoal, para
cuius servitio promotus est. cujo serviço foi promovido.
§ 2. Sodalis in instituto religioso a votis § 2. O membro professo com votos
perpetuis professus aut societati clericali perpétuos num instituto religioso ou
vitae apostolicae definitive incorporatus, incorporado definitivamente numa
per receptum diaconatum incardinatur sociedade clerical de vida apostólica, pela
tamquam clericus eidem instituto aut ordenação diaconal é incardinado como
societati, nisi ad societates quod attinet clérigo nesse instituto ou sociedade, a não
aliter ferant constitutiones. ser que, quanto às sociedades, as
constituições determinem diversamente.
§ 3. Sodalis instituti saecularis per § 3. Pela ordenação diaconal, o membro
receptum diaconatum incardinatur do instituto secular é incardinado na Igreja
Ecclesiae particulari pro cuius servitio particular para cujo serviço foi promovido, a
promotus est, nisi vi concessionis Sedis não ser que seja incardinado no próprio
Apostolicae ipsi instituto incardinetur. instituto em virtude de concessão da Sé
Apostólica.
Can. 267 - § 1. Ut clericus iam incardinatus Cân. 267 - § 1. A fim de que um clérigo já
alii Ecclesiae particulari valide incardinetur, incardinado seja validamente incardinado
ab Episcopo dioecesano obtinere debet em outra Igreja particular, deve obter do
litteras ab eodem subscriptas Bispo diocesano um documento de
excardinationis; et pariter ab Episcopo excardinação por ele assinado; e
dioecesano Ecclesiae particularis cui se igualmente do Bispo diocesano da Igreja
incardinari desiderat, litteras ab eodem particular, na qual deseja ser incardinado,
subscriptas incardinationis. um documento de incardinação por ele
assinado.
§ 2. Excardinatio ita concessa effectum non § 2. A excardinação assim concedida não
sortitur nisi incardinatione obtenta in alia produz efeito, a não ser após obtida a
Ecclesia particulari. incardinação em outra Igreja particular.
Can. 268 - § 1. Clericus qui a propria Cân. 268 - § 1. O clérigo que se tiver
Ecclesia particulari in aliam legitime transferido legitimamente da própria Igreja
transmigraverit, huic Ecclesiae particulari, particular para outra, decorridos cinco
transacto quinquennio, ipso iure anos, fica incardinado, pelo próprio direito,
incardinatur, si talem voluntatem in scriptis nesta Igreja particular, se tiver manifestado
manifestaverit tum Episcopo dioecesano por escrito tal vontade, tanto ao Bispo
Ecclesiae hospitis tum Episcopo diocesano da Igreja que o recebe como ao
dioecesano proprio, neque horum alteruter Bispo diocesano próprio, e se nenhum
ipsi contrariam scripto mentem intra deles lhe tiver declarado por escrito o
quattuor menses a receptis litteris parecer contrário, dentro de quatro meses
significaverit. após a recepção da carta.
§ 2. Per admissionem perpetuam aut § 2. É excardinado da própria Igreja
definitivam in institutum vitae consecratae particular o clérigo que, pela admissão
aut in societatem vitae apostolicae, clericus perpétua ou definitiva em instituto de vida
qui, ad normam can. 266, § 2, eidem consagrada ou em sociedade de vida
instituto aut societati incardinatur, a propria apostólica, se incardina nesse instituto ou
Ecclesia particulari excardinatur. sociedade, de acordo com o cân. 266 § 2.
Can. 269 - Ad incardinationem clerici Cân. 269 - O Bispo diocesano não proceda
Episcopus dioecesanus ne deveniat nisi: à incardinação de um clérigo, a não ser
que:
1° necessitas aut utilitas suae Ecclesiae 1°- a necessidade ou utilidade de sua
particularis id exigat, et salvis iuris Igreja particular o exija, salvas as
praescriptis honestam sustentationem prescrições do direito quanto ao honesto
clericorum respicientibus; sustento dos clérigos;
2° ex legitimo documento sibi constiterit 2°- conste-lhe por documento legítimo a
de concessa excardinatione, et habuerit concessão da excardinação, e tenha obtido
praeterea ab Episcopo dioecesano do Bispo diocesano excardinante, sob
excardinanti, sub secreto si opus sit, de segredo se necessário, as oportunas
clerici vita, moribus ac studiis opportuna informações relativas à vida, costumes e
testimonia; estudos do clérigo;
3° clericus eidem Episcopo dioecesano 3°- o clérigo tenha declarado por escrito
scripto declaraverit se novae Ecclesiae ao Bispo diocesano que deseja ser
particularis servitio velle addici ad normam destinado ao serviço da nova Igreja
iuris. particular, de acordo com o direito.
Can. 270 - Excardinatio licite concedi Cân. 270 - A excardinação só pode ser
potest iustis tantum de causis, quales sunt concedida licitamente por causas justas,
Ecclesiae utilitas aut bonum ipsius clerici; como a utilidade da Igreja ou o bem do
denegari autem non potest nisi exstantibus próprio clérigo; mas não pode ser negada,
gravibus causis; licet tamen clerico, qui se a não ser que haja causas graves; pode,
gravatum censuerit et Episcopum porém, o clérigo que se julgar prejudicado
receptorem invenerit, contra decisionem e que tiver encontrado um Bispo que o
recurrere. acolha, fazer recurso contra essa decisão.
Can. 274 - § 1. Soli clerici obtinere possunt Cân. 274 - § 1. Só os clérigos podem obter
officia ad quorum exercitium requiritur os ofícios para cujo exercício se requer
potestas ordinis aut potestas regiminis poder de ordem ou poder de regime
ecclesiastici. eclesiástico.
§ 2. Clerici, nisi legitimo impedimento § 2. A não ser que sejam escusados por
excusentur, munus, quod ipsis a suo legítimo impedimento, os clérigos devem
Ordinario commissum fuerit, suscipere ac assumir o encargo que lhes tiver sido
fideliter adimplere tenentur. confiado pelo próprio Ordinário e cumpri-lo
fielmente.
Can. 275 - § 1. Clerici, quippe qui omnes Cân. 275 - § 1. Os clérigos, por
ad unum conspirent opus, ad trabalharem juntos para o mesmo objetivo,
aedificationem nempe Corporis Christi, a saber, para a construção do Corpo de
vinculo fraternitatis et orationis inter se uniti Cristo, estejam unidos entre si pelo vínculo
sint, et cooperationem inter se da fraternidade e da oração e prestem
prosequantur, iuxta iuris particularis mútua ajuda, de acordo com as
praescripta. prescrições do direito particular.
§ 2. Clerici missionem agnoscant et § 2. Os clérigos devem reconhecer e
promoveant, quam pro sua quisque parte promover a missão que os leigos exercem
laici in Ecclesia et in mundo exercent. na Igreja e no mundo, cada um conforme a
parte que lhe cabe.
Can. 276 - § 1. In vita sua ducenda ad Cân. 276 - § 1. Em seu modo de viver, os
sanctitatem persequendam peculiari clérigos são obrigados por especial razão a
ratione tenentur clerici, quippe qui, Deo in procurar a santidade, já que, consagrados
ordinis receptione novo titulo consecrati, a Deus por novo título na recepção da
dispensatores sint mysteriorum Dei in ordem, são dispensadores dos mistérios de
servitium Eius populi. Deus a serviço de seu povo.
§ 2. Ut hanc perfectionem persequi valeant: § 2. Para se encaminharem a essa
perfeição:
1° imprimis ministerii pastoralis officia 1° - antes de tudo, cumpram fiel e
fideliter et indefesse adimpleant; incansavelme nte os deveres do ministério
pastoral;
2° duplici mensa sacrae Scripturae et 2° - a própria vida espiritual na mesa da
Eucharistiae vitam suam spiritualem sagrada Escritura e da Eucaristia; por isso,
nutriant; enixe igitur sacerdotes invitantur ut os sacerdotes são insistentemente
cotidie Sacrificium eucharisticum offerant, convidados a oferecer todos os dias o
diaconi vero ut eiusdem oblationem cotidie sacrifício eucarístico, e os diáconos a
participent; participar cotidianamente no seu
oferecimento;
3° obligatione tenentur sacerdotes 3° - os sacerdotes e os diáconos que
necnon diaconi ad presbyteratum aspiram ao presbiterado são obrigados a
aspirantes cotidie liturgiam horarum rezar todos os dias a liturgia das horas, de
persolvendi secundum proprios et probatos acordo com os livros litúrgicos próprios e
liturgicos libros; diaconi autem aprovados; os diáconos permanentes,
permanentes eandem persolvant pro parte porém, rezem a parte determinada pela
ab Episcoporum conferentia definita; Conferência dos Bispos;
4° pariter tenentur ad vacandum 4° - são igualmente obrigados a
recessibus spiritualibus, iuxta iuris participar dos retiros espirituais, de acordo
particularis praescripta; com as prescrições do direito particular;
5° sollicitantur ut orationi mentali 5° - são solicitados a se dedicarem
regulariter incumbant, frequenter ad regularmente à oração mental, a se
paenitentiae sacramentum accedant, aproximarem com freqüência do
Deiparam Virginem peculiari veneratione sacramento da penitência, a cultuarem
colant, aliisque mediis sanctificationis com especial veneração a Virgem Mãe de
utantur communibus et particularibus. Deus e a usarem de outros meios de
santificação, comuns e particulares.
Can. 277 - § 1. Clerici obligatione tenentur Cân. 277 - § 1. Os clérigos são obrigados a
servandi perfectam perpetuamque propter observar a continência perfeita e perpétua
Regnum coelorum continentiam, ideoque por causa do Reino dos céus; por isso, são
ad coelibatum adstringuntur, quod est obrigados ao celibato, que é um dom
peculiare Dei donum, quo quidem sacri especial de Deus, pelo qual os ministros
ministri indiviso corde Christo facilius sagrados podem mais facilmente unir-se a
adhaerere possunt atque Dei hominumque Cristo de coração indiviso e dedicar- se
servitio liberius sese dedicare valent. mais livremente ao serviço de Deus e dos
homens.
§ 2. Debita cum prudentia clerici se gerant § 2. Os clérigos procedam com a devida
cum personis, quarum frequentatio ipsorum prudência com as pessoas de cujo
obligationem ad continentiam servandam in relacionamento possa originar-se perigo
discrimen vocare aut in fidelium scandalum para sua obrigação de observar a
vertere possit. continência ou escândalo para os fiéis.
§ 3. Competit Episcopo dioecesano ut hac § 3. Compete ao Bispo diocesano
de re normas statuat magis determinatas estabelecer a esse respeito normas mais
utque de huius obligationis observantia in determinadas e julgar sobre a observância
casibus particularibus iudicium ferat. dessa obrigação em casos particulares.
Can. 278 - § 1. Ius est clericis saecularibus Cân. 278 - § 1. É direito dos clérigos
sese consociandi cum aliis ad fines statui seculares associar-se para finalidades
clericali congruentes prosequendos. conformes ao estado clerical.
§ 2. Magni habeant clerici saeculares § 2. Os clérigos seculares dêem
praesertim illas consociationes quae, importância principalmente às associações
statutis a competenti auctoritate recognitis, que, tendo estatutos aprovados pela
per aptam et convenienter approbatam autoridade competente, por uma
vitae ordinationem et fraternum iuvamen, organização de vida adequada e
sanctitatem suam in ministerii exercitio convenientemente aprovada e pela ajuda
fovent, quaeque clericorum inter se et cum fraterna, são de estímulo à santidade no
proprio Episcopo unioni favent. exercício do ministério e favorecem à união
dos clérigos entre si e com o Bispo.
§ 3. Clerici abstineant a constituendis aut § 3. Os clérigos se abstenham de organizar
participandis consociationibus, quarum finis ou participar de associações, cujo fim ou
aut actio cum obligationibus statui clericali atividade não são compatíveis com as
propriis componi nequeunt vel diligentem obrigações próprias do estado clerical, ou
muneris ipsis ab auctoritate ecclesiastica que podem impedir o diligente
competenti commissi adimpletionem desempenho do ofício a eles confiado pela
praepedire possunt. competente autoridade eclesiástica.
Can. 279 - § 1. Clerici studia sacra, recepto Cân. 279 - § 1. Os clérigos continuem os
etiam sacerdotio, prosequantur, et solidam estudos sagrados, mesmo depois de
illam doctrinam, in sacra Scriptura recebido o sacerdócio; sigam a sólida
fundatam, a maioribus traditam et doutrina fundada nas Sagradas Escrituras,
communiter ab Ecclesia receptam transmitida pelos antepassados e
sectentur, uti documentis praesertim comumente aceita pela Igreja, conforme
Conciliorum ac Romanorum Pontificum está fixada principalmente nos documentos
determinatur, devitantes profanas vocum dos Concílios e dos Romanos Pontífices,
novitates et falsi nominis scientiam. evitando profanas novidades de palavras e
falsa ciência.
§ 2. Sacerdotes, iuxta iuris particularis § 2. De acordo com as prescrições do
praescripta, praelectiones pastorales post direito particular, os sacerdotes freqüentem
ordinationem sacerdotalem instituendas as palestras de pastoral que devem ser
frequentent atque, statutis eodem iure programadas para depois da ordenação
temporibus, aliis quoque intersint sacerdotal e, nas datas determinadas por
praelectionibus, conventibus theologicis aut esse direito, participem de outras palestras,
conferentiis, quibus ipsis praebeatur encontros teológicos ou conferências nos
occasio pleniorem scientiarum sacrarum et quais tenham ocasião de adquirir
methodorum pastoralium cognitionem conhecimento mais profundo das ciências
acquirendi. sagradas e dos métodos pastorais.
§ 3. Aliarum quoque scientiarum, earum § 3. Continuem também o estudo de outras
praesertim quae cum sacris conectuntur, ciências, principalmente das que se
cognitionem prosequantur, quatenus relacionam com as ciências sagradas, de
praecipue ad ministerium pastorale modo todo especial enquanto podem ser
exercendum confert. úteis ao exercício do ministério pastoral.
Can. 280 - Clericis valde commendatur Cân. 280 - Recomenda-se vivamente aos
quaedam vitae communis consuetudo; clérigos certa prática de vida comunitária;
quae quidem, ubi viget, quantum fieri onde existe, seja conservada o quanto
potest, servanda est. possível.
Can. 282 - § 1. Clerici vitae simplicitatem Cân. 282 - § 1. Os clérigos levem vida
colant et ab omnibus quae vanitatem simples e se abstenham de tudo o que
sapiunt se abstineant. denote vaidade.
§ 2. Bona, quae occasione exercitii § 2. Os bens que lhes advêm por ocasião
ecclesiastici officii ipsis obveniunt, quaeque do exercício de ofício eclesiástico e que
supersunt, provisa ex eis honesta são supérfluos, uma vez assegurados com
sustentatione et omnium officiorum proprii eles o próprio sustento e o cumprimento de
status adimpletione, ad bonum Ecclesiae todos os deveres de estado, queiram
operaque caritatis impendere velint. empregá-los para o bem da Igreja e para
as obras de caridade.
Can. 283 - § 1. Clerici, licet officium Cân. 283 - § 1. Mesmo que não tenham
residentiale non habeant, a sua tamen ofício residencial, os clérigos não podem,
dioecesi per notabile tempus, iure todavia, ficar ausentes da própria diocese
particulari determinandum, sine licentia por tempo notável, a ser determinado pelo
saltem praesumpta Ordinarii proprii, ne direito particular, sem licença ao menos
discedant. presumida do próprio Ordinário.
§ 2. Ipsis autem competit ut debito et § 2. Contudo, eles têm o direito de gozar
sufficienti quotannis gaudeant feriarum cada ano do devido e suficiente período de
tempore, iure universali vel particulari férias, determinado pelo direito universal
determinato. ou particular.
Can. 284 - Clerici decentem habitum Cân. 284 - Os clérigos usem hábito
ecclesiasticum, iuxta normas ab eclesiástico conveniente, de acordo com as
Episcoporum conferentia editas atque normas dadas pela Conferência dos Bispos
legitimas locorum consuetudines, deferant. e com os legítimos costumes locais.
Can. 285 - § 1. Clerici ab iis omnibus, quae Cân. 285 - § 1. Os clérigos se abstenham
statum suum dedecent, prorsus abstineant, completamente de tudo o que não convém
iuxta iuris particularis praescripta. ao seu estado, de acordo com as
prescrições do direito particular.
§ 2. Ea quae, licet non indecora, a clericali § 2. Os clérigos evitem tudo o que, embora
tamen statu aliena sunt, clerici vitent. não inconveniente, é, no entanto, impróprio
ao estado clerical.
§ 3. Officia publica, quae participationem in § 3. Os clérigos são proibidos de assumir
exercitio civilis potestatis secumferunt, cargos públicos que implicam participação
clerici assumere vetantur. no exercício do poder civil.
§ 4. Sine licentia sui Ordinarii, ne ineant § 4. Sem a licença do próprio Ordinário,
gestiones bonorum ad laicos pertinentium não administrem bens pertencentes a
aut officia saecularia, quae secumferunt leigos, nem exerçam ofícios seculares que
onus reddendarum rationum; a implicam obrigação de prestar contas; é a
fideiubendo, etiam de bonis propriis, eles proibido dar fiança, mesmo com os
inconsulto proprio Ordinario, prohibentur; próprios bens, sem consultar o Ordinário;
item a subscribendis syngraphis, quibus abstenham-se também de assinar
nempe obligatio solvendae pecuniae, nulla obrigações, com as quais se assume
definita causa, suscipitur, abstineant. compromisso de pagamento, sem
nenhuma causa especificada.
Can. 286 - Prohibentur clerici per se vel per Cân. 286 - É proibido aos clérigos exercer,
alios, sive in propriam sive in aliorum por si ou por outros, para utilidade própria
utilitatem, negotiationem aut mercaturam ou alheia, negociação ou comércio, salvo
exercere, nisi de licentia legitimae com licença da legítima autoridade
auctoritatis ecclesiasticae. eclesiástica.
Can. 289 - § 1. Cum servitium militare Cân. 289 - § 1. Sendo o serviço militar
statui clericali minus congruat, clerici menos adequado ao estado clerical, os
itemque candidati ad sacros ordines clérigos e os candidatos às ordens sacras
militiam ne capessant voluntarii, nisi de sui não prestem serviço militar
Ordinarii licentia. voluntariamente, a não ser com licença do
próprio Ordinário.
§ 2. Clerici utantur exemptionibus, quas ab § 2. Os clérigos usem das isenções de
exercendis muneribus et publicis civilibus encargos e cargos públicos civis,
officiis a statu clericali alienis, in eorum impróprios ao estado clerical, que lhes
favorem leges et conventiones vel concedem leis, convênios ou costumes,
consuetudines concedunt, nisi in casibus salvo decisão contrária do próprio
particularibus aliter Ordinarius proprius Ordinário, em casos particulares.
decreverit.
Can. 291 - Praeter casus de quibus in Cân. 291 - Fora dos casos mencionados
can. 290, n. 1, amissio status clericalis non no cân. 290, n.1, a perda do estado clerical
secumfert dispensationem ab obligatione não implica dispensa da obrigação do
caelibatus, quae ab uno tantum Romano celibato, que só é concedida pelo Romano
Pontifice conceditur. Pontífice.
Can. 292 - Clericus qui statum clericalem Cân. 292 - O clérigo que perde o estado
ad normam iuris amittit, cum eo amittit iura clerical, de acordo com o direito, com ele
statui clericali propria, nec ullis iam perde os direitos próprios do estado
adstringitur obligationibus status clericalis, clerical, e não está mais sujeito às
firmo praescripto can. 291; potestatem obrigações desse estado, salva a
ordinis exercere prohibetur, salvo prescrição do cân.291; fica proibido de
praescripto can. 976; eo ipso privatur exercer o poder de ordem, salva a
omnibus officiis, muneribus et potestate prescrição do cân.976; fica privado, por
qualibet delegata. isso mesmo, de todos os ofícios, encargos
e de todo o poder delegado.
Can. 293 - Clericus qui statum clericalem Cân. 293 - O clérigo que perdeu o estado
amisit, nequit denuo inter clericos adscribi, clerical não pode ser novamente adscrito
nisi per Apostolicae Sedis rescriptum. entre os clérigos, a não ser por rescrito da
Sé Apostólica.
Can. 296 - Servatis can. 107 praescriptis, Cân. 296 – Observadas as prescrições do
conventionibus cum praelatura initis, laici cân. 107, através de convênios com a
operibus apostolicis praelaturae personalis prelazia, os leigos podem dedicar-se às
sese dedicare possunt; modus vero huius atividades apostólicas da prelazia pessoal;
organicae cooperationis atque praecipua o modo de tal cooperação orgânica, bem
officia et iura cum illa coniuncta in statutis como os respetivos deveres e direitos
apte determinentur. principais, sejam devidamente
determinados nos estatutos.
Can. 297 - Statuta pariter definiant rationes Cân. 297 - Os estatutos definam
praelaturae personalis cum Ordinariis igualmente as relações da prelazia pessoal
locorum, in quorum Ecclesiis particularibus com os Ordinários locais, em cujas Igrejas
ipsa praelatura sua opera pastoralia vel particulares a prelazia, com prévio
missionalia, praevio consensu Episcopi consentimento do Bispo diocesano, exerce
dioecesani, exercet vel exercere desiderat. ou deseja exercer suas atividades
pastorais ou missionárias.
Can. 299 - § 1. Integrum est christifidelibus, Cân. 299 - § 1. Por acordo privado, os fiéis
privata inter se conventione inita, têm o direito de constituir associações,
consociationes constituere ad fines de para a obtenção dos fins mencionados no
quibus in can. 298, § 1 persequendos, cân. 298, § 1, salva a prescrição do cân.
firmo praescripto can. 301, § 1. 301 § 1.
§ 2. Huiusmodi consociationes, etiamsi ab § 2. Essas associações, mesmo se
auctoritate ecclesiastica laudentur vel louvadas e recomendadas pela autoridade
commendentur, consociationes privatae eclesiástica, denominam-se associações
vocantur. privadas.
§ 3. Nulla christifidelium consociatio privata § 3. Nenhuma associação particular de
in Ecclesia agnoscitur, nisi eius statuta ab fiéis é reconhecida na Igreja, a não ser que
auctoritate competenti recognoscantur. seus estatutos sejam aprovados pela
autoridade competente.
Can. 300 - Nulla consociatio nomen Cân. 300 - Nenhuma associação assuma o
«catholicae» sibi assumat, nisi de consensu nome de "católica", sem o consentimento
competentis auctoritatis ecclesiasticae, ad da autoridade eclesiástica competente, de
normam can. 312. acordo com o cân. 312.
Can. 306 - Ut quis consociationis iuribus Cân. 306 - Para que alguém possa gozar
atque privilegiis, indulgentiis aliisque gratiis dos direitos e privilégios, das indulgências
spiritualibus eidem consociationi concessis e outras graças espirituais concedidas a
fruatur, necesse est et sufficit ut secundum uma associação, é necessário e suficiente
iuris praescripta et propria consociationis que, segundo as prescrições do direito e
statuta, in eandem valide receptus sit et ab dos estatutos da associação, seja nela
eadem non sit legitime dimissus. validamente recebido e dela não seja
legitimamente demitido.
Can. 307 - § 1. Membrorum receptio fiat ad Cân. 307 - § 1. A recepção dos membros
normam iuris ac statutorum uniuscuiusque será feita de acordo com o direito e os
consociationis. estatutos de cada associação.
§ 2. Eadem persona adscribi potest § 2. A mesma pessoa pode inscrever-se
pluribus consociationibus. em várias associações.
§ 3. Sodales institutorum religiosorum § 3. Os membros de institutos religiosos
possunt consociationibus, ad normam iuris podem inscrever-se em associações, de
proprii, de consensu sui Superioris nomen acordo com o direito próprio e com o
dare. consentimento do Superior.
Can. 310 - Consociatio privata quae uti Cân. 310 - Uma associação privada, não
persona iuridica non fuerit constituta, qua constituída em pessoa jurídica, não pode
talis subiectum esse non potest ser, enquanto tal, sujeito de obrigações e
obligationum et iurium; christifideles tamen de direitos; no entanto, os fiéis nela
in ea consociati coniunctim obligationes associados podem juntos contrair
contrahere atque uti condomini et obrigações, adquirir e possuir bens, como
compossessores iura et bona acquirere et condôminos e compossessores; podem
possidere possunt; quae iura et exercer esses direitos e obrigações por
obligationes per mandatarium seu mandatário ou procurador.
procuratorem exercere valent.
Can. 313 - Consociatio publica itemque Cân. 313 - Pelo mesmo decreto com que é
consociationum publicarum confoederatio, erigida pela autoridade eclesiástica
ipso decreto quo ab auctoritate competente, de acordo com cân. 312, uma
ecclesiastica ad normam can. 312 associação pública, bem como uma
competenti erigitur, persona iuridica confederação de associações públicas,
constituitur et missionem recipit, quatenus constitui- se pessoa jurídica e recebe,
requiritur, ad fines quos ipsa sibi nomine enquanto se requer, a missão para os fins
Ecclesiae persequendos proponit. que ela se propõe alcançar em nome da
Igreja.
Can. 315 - Consociationes publicae incepta Cân. 315 - As associações públicas podem
propriae indoli congrua sua sponte por própria iniciativa assumir atividades
suscipere valent, eaedemque reguntur ad condizentes com a sua índole, e se regem
normam statutorum, sub altiore tamen de acordo com seus estatutos, sob a alta
directione auctoritatis ecclesiasticae, de direção da autoridade eclesiástica
qua in can. 312, § 1. mencionada no cân. 312 § 1.
Can. 316 - § 1. Qui publice fidem Cân. 316 - § 1. Não pode ser recebido
catholicam abiecerit vel a communione validamente em associações públicas
ecclesiastica defecerit vel quem publicamente tiver abjurado a fé
excommunicatione irrogata aut declarata católica, ou abandonado a comunhão
irretitus sit, valide in consociationes eclesiástica, ou estiver sob excomunhão
publicas recipi nequit. irrogada ou declarada.
§ 2. Qui legitime adscripti in casum § 2. Aqueles que, legitimamente inscritos,
inciderint de quo in § 1, praemissa incorrerem nos casos mencionados no § 1,
monitione, a consociatione dimittantur, depois de advertência, sejam demitidos da
servatis eius statutis et salvo iure recursus associação, observados os estatutos e
ad auctoritatem ecclesiasticam, de qua in salvo o direito de recurso à autoridade
can. 312, § 1. eclesiástica mencionada no cân. 312 § 1.
Can. 319 - § 1. Consociatio publica legitime Cân. 319 - § 1. Uma associação pública
erecta, nisi aliud cautum sit, bona quae legitimamente erigida, se outra coisa não
possidet ad normam statutorum administrat for determinada administra os bens que
sub superiore directione auctoritatis possui, de acordo com os estatutos, sob a
ecclesiasticae de qua in can. 312, § 1, cui superior direção da autoridade eclesiástica
quotannis administrationis rationem mencionada no cân. 312 § 1, à qual ela
reddere debet. deve anualmente prestar contas da
administração.
§ 2. Oblationum quoque et § 2. Deve também fazer a essa autoridade
eleemosynarum, quas collegerit, eidem uma fiel prestação de contas da aplicação
auctoritati fidelem erogationis rationem das ofertas e óbolos recebidos.
reddere debet.
Can. 334 - In eius munere exercendo, Cân. 334 - No exercício de seu múnus, o
Romano Pontifici praesto sunt Episcopi, qui Romano Pontífice é assistido pelos Bispos,
eidem cooperatricem operam navare valent que podem cooperar com ele em diversos
variis rationibus, inter quas est synodus modos, entre os quais está o Sínodo dos
Episcoporum. Auxilio praeterea ei sunt Bispos. São ainda de ajuda para ele os
Patres Cardinales, necnon aliae personae Padres Cardeais e outras pessoas, bem
itemque varia secundum temporum como diversos organismos, segundo as
necessitates instituta; quae personae necessidades dos tempos; todas essas
omnes et instituta, nomine et auctoritate pessoas e organismos exercem o múnus
ipsius, munus sibi commissum explent in que lhes é confiado, em nome por
bonum omnium Ecclesiarum, iuxta normas autoridade dele, para o bem de todas as
iure definitas. Igrejas, de acordo com as normas
determinadas pelo direito.
Can. 335 - Sede romana vacante aut Cân. 335 - Estando vacante ou
prorsus impedita, nihil innovetur in completamente impedida a Sé Romana,
Ecclesiae universae regimine; serventur nada se modifique no regime da Igreja
autem leges speciales pro iisdem adiunctis Universal; mas observem-se as leis
latae. especiais dadas para essas circunstâncias.
Can. 338 - § 1. Unius Romani Pontificis est Cân. 338 - § 1. Compete unicamente ao
Concilium Oecumenicum convocare, eidem Romano Pontífice convocar o Concílio
per se vel per alios praesidere, item Ecumênico, presidi- lo por si ou por outros,
Concilium transferre, suspendere vel como também transferir, suspender ou
dissolvere, eiusque decreta approbare. dissolver o Concílio e aprovar seus
decretos.
§ 2. Eiusdem Romani Pontificis est res in § 2. Compete também ao Romano
Concilio tractandas determinare atque Pontífice determinar as questões a serem
ordinem in Concilio servandum constituere; tratadas no Concílio e estabelecer o
propositis a Romano Pontifice regimento a ser nele observado; às
quaestionibus Patres Concilii alias addere questões propostas pelo Romano
possunt, ab eodem Romano Pontifice Pontífice, os Padres Conciliares podem
probandas. acrescentar outras, que devem ser também
aprovadas pelo Romano Pontífice.
Can. 339 - § 1. Ius est et officium omnibus Cân. 339 - § 1. Todos e somente os Bispos
et solis Episcopis qui membra sint Collegii que são membros do Colégio dos Bispos
Episcoporum, ut Concilio Oecumenico cum têm o direito e o dever de participar do
suffragio deliberativo intersint. Concílio Ecumênico com voto deliberativo.
§ 2. Ad Concilium Oecumenicum insuper § 2. Também alguns outros, que não têm a
alii aliqui, qui episcopali dignitate non sint dignidade episcopal, podem ser
insigniti, vocari possunt a suprema convocados para o Concílio Ecumênico
Ecclesiae auctoritate, cuius est eorum pela autoridade suprema da Igreja, à qual
partes in Concilio determinare. cabe determinar a função deles no
Concílio.
Can. 343 - Synodi Episcoporum est de Cân. 343 - Compete ao Sínodo dos Bispos
quaestionibus pertractandis disceptare discutir sobre as questões em pauta e
atque expromere optata, non vero easdem manifestar desejos, e não sobre elas dar
dirimere de iisque ferre decreta, nisi certis decisões ou decretos, a não ser que em
in casibus potestate deliberativa eandem determinados casos lhe tenha sido
instruxerit Romanus Pontifex, cuius est in concedido poder deliberativo pelo Romano
hoc casu decisiones synodi ratas habere. Pontífice, a quem cabe, nesse caso,
ratificar as decisões do Sínodo.
Can. 344 - Synodus Episcoporum directe Cân. 344 - O Sínodo dos Bispos está
subest auctoritati Romani Pontificis, cuius sujeito diretamente à autoridade do
quidem est: Romano Pontífice, a quem compete:
1° synodum convocare, quotiescumque 1° - convocar o Sínodo, sempre que lhe
id ipsi opportunum videatur, locumque parecer oportuno, e designar o lugar onde
designare ubi coetus habendi sint; devam ser feitas as reuniões;
2° sodalium, qui ad normam iuris 2° - confirmar a eleição dos membros
peculiaris eligendi sunt, electionem ratam que, de acordo com o direito especial,
habere aliosque sodales designare et devem ser eleitos, bem como designar e
nominare; nomear outros membros;
3° argumenta quaestionum 3° - em tempo oportuno, antes da
pertractandarum statuere opportuno celebração do Sínodo, estabelecer os
tempore ad normam iuris peculiaris ante temas a serem tratados, de acordo com o
synodi celebrationem; direito especial;
4° rerum agendarum ordinem definire; 4° - determinar a ordem dos assuntos a
tratar;
5° synodo per se aut per alios 5° - presidir o Sínodo pessoalmente ou
praeesse; por outros;
6° synodum ipsam concludere, 6° - encerrar, transferir, suspender ou
transferre, suspendere et dissolvere. dissolver o Sínodo.
Can. 345 - Synodus Episcoporum Cân. 345 - O Sínodo dos Bispos pode
congregari potest aut in coetum generalem, reunir- se em assembléia geral, isto é, na
in quo scilicet res tractantur ad bonum qual são tratadas questões que se referem
Ecclesiae universae directe spectantes, qui diretamente ao bem da Igreja universal;
quidem coetus est sive ordinarius sive essa assembléia é ordinária ou
extraordinarius, aut etiam in coetum extraordinária; pode também reunir-se em
specialem, in quo nempe aguntur negotia assembléia especial, na qual são tratadas
quae directe ad determinatam questões que se referem diretamente a
determinatasve regiones attinent. uma ou mais regiões.
Can. 348 - § 1. Synodi Episcoporum Cân. 348 - § 1. O Sínodo dos Bispos tem
habetur secretaria generalis permanens, uma secretaria geral permanente, presidida
cui praeest Secretarius generalis, a pelo secretário geral, nomeado pelo
Romano Pontifice nominatus, cuique Romano Pontífice e auxiliado pelo
praesto est consilium secretariae, constans conselho da secretaria, que se compõe de
Episcopis, quorum alii, ad normam iuris Bispos, dentre os quais alguns são eleitos
peculiaris, ab ipsa synodo Episcoporum pelo próprio Sínodo dos Bispos, de acordo
eliguntur, alii a Romano Pontifice com o direito especial, e outros são
nominantur, quorum vero omnium munus nomeados pelo Romano Pontífice; a
explicit, ineunte novo coetu generali. função de todos eles, porém, cessa ao
começar a nova assembléia geral.
§ 2. Pro quolibet synodi Episcoporum coetu § 2. Para cada assembléia do Sínodo dos
praeterea unus aut plures secretarii Bispos, são constituídos ainda um ou mais
speciales constituuntur qui a Romano secretários especiais, nomeados pelo
Pontifice nominantur, atque in officio ipsis Romano Pontífice, que permanecem no
commisso permanent solum usque ad ofício a eles confiado só até o final da
expletum synodi coetum. assembléia do Sínodo.
Can. 354 - Patres Cardinales dicasteriis Cân. 354 - Os Padres Cardeais prepostos
aliisve institutis permanentibus Romanae aos decastéreos e outros organismos
Curiae et Civitatis Vaticanae praepositi, qui permanentes da Cúria romana e da Cidade
septuagesimum quintum aetatis annum do Vaticano, que tiverem completado
expleverint, rogantur ut renuntiationem ab setenta e cinco anos de idade, são
officio exhibeant Romano Pontifici qui, solicitados a apresentar a renúncia do
omnibus perpensis, providebit. ofício ao Romano Pontífice que, tudo bem
ponderado, tomará providências.
Can. 356 - Cardinales obligatione tenentur Cân. 356 - Os Cardeais têm o dever de
cum Romano Pontifice sedulo cooperandi; colaborar diligentemente com o Romano
Cardinales itaque quovis officio in Curia Pontífice; por isso, os Cardeais que
fungentes, qui non sint Episcopi exercem qualquer ofício na Cúria, se não
dioecesani, obligatione tenentur residendi forem Bispos diocesanos, estão obrigados
in Urbe; Cardinales qui alicuius dioecesis a residir em Roma; os Cardeais que têm o
curam habent ut Episcopi dioecesani, cuidado de alguma diocese como Bispos
Urbem petant quoties a Romano Pontifice diocesanos, devem ir a Roma sempre que
convocentur. forem convocados pelo Romano Pontífice.
Can. 357 - § 1. Cardinales, quibus Ecclesia Cân. 357 - § 1. Os Cardeais, a quem foi
suburbicaria aut ecclesia in Urbe in titulum confiada em título uma igreja suburbicária
est assignata, postquam in eiusdem ou uma igreja em Roma, depois que delas
venerunt possessionem, earundem tiverem tomado posse, promovam o bem
dioecesium et ecclesiarum bonum consilio dessas dioceses e igrejas, com seu
et patrocinio promoveant, nulla tamen in conselho e patrocínio, mas não têm
easdem potestate regiminis pollentes, ac nenhum poder de regime e não interferem
nulla ratione sese in iis interponentes, quae naquilo que se relaciona com a
ad earum bonorum administrationem, ad administração de seus bens, a disciplina ou
disciplinam aut ecclesiarum servitium o serviço das igrejas.
spectant.
§ 2. Cardinales extra Urbem et extra § 2. Os Cardeais que vivem fora de Roma
propriam dioecesim degentes, in iis quae e fora da própria diocese são isentos, no
ad sui personam pertinent exempti sunt a que se refere à sua pessoa, do poder de
potestate regiminis Episcopi dioecesis in regime do Bispo da diocese em que
qua commorantur. residem.
Can. 358 - Cardinali, cui a Romano Cân. 358 - Ao Cardeal, a quem o Romano
Pontifice hoc munus committitur ut in aliqua Pontífice confiar o encargo de fazer suas
sollemni celebratione vel personarum coetu vezes em alguma celebração solene ou
eius personam sustineat, uti Legatus a reunião de pessoas, como Legado a latere,
latere, scilicet tamquam eius alter ego, isto é, como seu outro eu, bem como ao
sicuti et illi cui adimplendum concreditur Cardeal a quem é confiado, como seu
tamquam ipsius misso speciali certum enviado especial, desempenhar
munus pastorale, ea tantum competunt determinado encargo pastoral, só compete
quae ab ipso Romano Pontifice eidem o que lhe é comissionado pelo Romano
demandantur. Pontífice.
Can. 363 - § 1. Legatis Romani Pontificis Cân. 363 - § 1. Aos Legados do Romano
officium committitur ipsius Romani Pontífice é confiado o encargo de
Pontificis stabili modo gerendi personam representar estavelmente o Romano
apud Ecclesias particulares aut etiam apud Pontífice, junto às Igrejas particulares ou
Civitates et publicas Auctoritates, ad quas também junto aos Estados e Autoridades
missi sunt. públicas, aos quais são enviados.
§ 2. Personam gerunt Apostolicae Sedis ii § 2. Representam também a Sé Apostólica
quoque, qui in pontificiam Missionem ut os que são encarregados de uma Missão
Delegati aut Observatores deputantur apud pontifícia, como Delegados ou
Consilia internationalia aut apud Observadores, junto aos Conselhos
Conferentias et Conventus. internacionais ou junto a Conferências e
Congressos.
Can. 364 - Praecipuum munus Legati Cân. 364 - O principal múnus do Legado
pontificii est ut firmiora et efficaciora in dies pontifício e tornar sempre mais firmes e
reddantur unitatis vincula, quae inter eficazes os vínculos de unidade que
Apostolicam Sedem et Ecclesias existem entre a Sé Apostólica e as Igrejas
particulares intercedunt. Ad pontificium particulares. Compete, por isso, ao Legado
ergo Legatum pertinet pro sua dicione: pontifício, no âmbito de sua jurisdição:
1° ad Apostolicam Sedem notitias 1° - informar a Sé Apostólica sobre as
mittere de condicionibus in quibus condições em que se encontram as Igrejas
versantur Ecclesiae particulares, deque particulares, e sobre o que diz respeito à
omnibus quae ipsam vitam Ecclesiae et própria vida da Igreja e ao bem das almas;
bonum animarum attingant;
2° Episcopis actione et consilio adesse, 2° - assistir, com sua atuação e
integro quidem manente eorundem conselho, aos Bispos, sem prejuízo do
legitimae potestatis exercitio; exercício do legítimo poder destes;
3° crebras fovere relationes cum 3° - estimular frequentes relações com
Episcoporum conferentia, eidem a Conferência dos Bispos, dando a ela
omnimodam operam praebendo; toda a ajuda possível;
4° ad nominationem Episcoporum quod 4° - quanto à nomeação de Bispos,
attinet, nomina candidatorum Apostolicae comunicar ou propor a Sé Apostólica os
Sedi transmittere vel proponere necnon nomes de candidatos, bem como instruir o
processum informativum de promovendis processo informativo sobre estes, de
instruere, secundum normas ab Apostolica acordo com as normas dadas pela Sé
Sede datas; Apostólica;
5° anniti ut promoveantur res quae ad 5° - esforçar-se para que se promova o
pacem, ad progressum et consociatam que diz respeito a paz, ao progresso e à
populorum operam spectant; cooperação entre os povos;
6° operam conferre cum Episcopis, ut 6° - cooperar, junto com os Bispos,
opportuna foveantur commercia inter para estimular oportuno relacionamento da
Ecclesiam catholicam et alias Ecclesias vel Igreja católica com as demais Igrejas ou
communitates ecclesiales, immo et comunidades eclesiais e com as religiões
religiones non christianas; não- cristãs;
7° ea quae pertinent ad Ecclesiae et 7° - em ação conjunta com os Bispos,
Apostolicae Sedis missionem, consociata defender, diante das Autoridades do
cum Episcopis actione, apud moderatores Estado, o que diz respeito a missão da
Civitatis tueri; Igreja e da Sé Apostólica;
8° exercere praeterea facultates et 8° - além disso, exercer as faculdades
cetera explere mandata quae ipsi ab e cumprir os outros mandatos que lhe
Apostolica Sede committantur. forem confiados pela Sé Apostólica.
Can. 365 - § 1. Legati pontificii, qui simul Cân. 365 - § 1. É, também, encargo
legationem apud Civitates iuxta iuris especial do Legado pontifício, que ao
internationalis normas exercet, munus mesmo tempo exerce legação junto aos
quoque peculiare est: Estados, de acordo com as normas do
direito internacional:
1° promovere et fovere necessitudines 1° - promover e estimular as relações
inter Apostolicam Sedem et Auctoritates entre a Sé Apostólica e as Autoridades do
Rei Publicae; Estado;
2° quaestiones pertractare quae ad 2° - tratar de questões concernentes às
relationes inter Ecclesiam et Civitatem relações entre a Igreja e o Estado e, de
pertinent; et peculiari modo agere de modo especial, preparar e pôr em prática
concordatis aliisque huiusmodi concordatas e outras convenções
conventionibus conficiendis et ad effectum similares;
deducendis.
§ 2. In negotiis, de quibus in § 1, § 2. No trato das questões mencionadas no
expediendis, prout adiuncta suadeant, § 1, conforme o aconselharem as
Legatus pontificius sententiam et consilium circunstâncias, o Legado pontifício não
Episcoporum dicionis ecclesiasticae deixe de pedir a opinião e conselho dos
exquirere ne omittat, eosque de negotiorum Bispos de sua jurisdição eclesiástica e de
cursu certiores faciat. informá-los sobre o andamento dos
negócios.
Can. 366 - Attenta peculiari Legati muneris Cân. 366 - Levando em conta a índole
indole: especial do ofício de Legado:
1° sedes Legationis pontificiae a 1°- a sede da Legação pontifícia é
potestate regiminis Ordinarii loci exempta isenta de poder de regime do Ordinário
est, nisi agatur de matrimoniis celebrandis; local, a não ser quanto à celebração de
matrimônios;
2° Legato pontificio fas est, praemonitis, 2°- avisando previamente, quanto
quantum fieri potest, locorum Ordinariis, in possível, aos Ordinários locais, é lícito ao
omnibus ecclesiis suae legationis liturgicas Legado pontifício fazer celebrações
celebrationes, etiam in pontificalibus, litúrgicas, mesmo pontificais, em todas as
peragere. igrejas de sua delegação.
Can. 367 - Pontificii Legati munus non Cân. 367 - O ofício de Legado não cessa
exspirat vacante Sede Apostolica, nisi aliud vagando a Sé Apostólica, a não ser que na
in litteris pontificiis statuatur; cessat autem carta pontifícia se determine diversamente;
expleto mandato, revocatione eidem cessa, porém, com o término do mandato,
intimata, renuntiatione a Romano Pontifice com a demissão intimada ao mesmo, com
acceptata. a renúncia aceita pelo Romano Pontífice.
Can. 369 - Dioecesis est populi Dei portio, Cân. 369 - A diocese é uma porção do
quae Episcopo cum cooperatione povo de Deus confiada ao pastoreio do
presbyterii pascenda concreditur, ita ut, Bispo com a cooperação do presbitério, de
pastori suo adhaerens ab eoque per modo tal que, unindo-se ela a seu pastor e,
Evangelium et Eucharistiam in Spiritu pelo Evangelho e pela Eucaristia, reunida
Sancto congregata, Ecclesiam particularem por ele no Espírito Santo, constitua uma
constituat, in qua vere inest et operatur una Igreja particular, na qual está
sancta catholica et apostolica Christi verdadeiramente presente e operante a
Ecclesia. Igreja de Cristo una, santa, católica e
apostólica.
Can. 370 - Praelatura territorialis aut Cân. 370 - A prelazia territorial ou a abadia
abbatia territorialis est certa populi Dei territorial são uma determinada porção do
portio, territorialiter quidem circumscripta, povo de Deus, territorialmente delimitada,
cuius cura, specialia ob adiuncta, cujo cuidado, por circunstâncias especiais,
committitur alicui Praelato aut Abbati, qui e confiado a um Prelado ou Abade, que a
eam, ad instar Episcopi dioecesani, governa como seu próprio pastor, à
tamquam proprius eius pastor regat. semelhança do Bispo diocesano.
Can. 372 - § 1. Pro regula habeatur ut Cân. 372 - § 1. Por via de regra, a porção
portio populi Dei quae dioecesim aliamve do povo de Deus, que constitui uma
Ecclesiam particularem constituat, certo diocese ou outra Igreja particular, seja
territorio circumscribatur, ita ut omnes delimitada por determinado território, de
comprehendat fideles in territorio modo a compreender todos os fiéis que
habitantes. nesse território habitam.
§ 2. Attamen, ubi de iudicio supremae § 2. Entretanto, onde a juízo da suprema
Ecclesiae auctoritatis, auditis Episcoporum autoridade da Igreja, ouvidas as
conferentiis quarum interest, utilitas id Conferências dos Bispos interessados, a
suadeat, in eodem territorio erigi possunt utilidade o aconselhar, podem-se erigir no
Ecclesiae particulares ritu fidelium aliave mesmo território Igrejas particulares,
simili ratione distinctae. distinta em razão do rito dos fiéis ou de
outra razão semelhante.
Can. 373 - Unius supremae auctoritatis est Cân. 373 - Compete exclusivamente à
Ecclesias particulares erigere; quae suprema autoridade da Igreja erigir Igrejas
legitime erectae, ipso iure personalitate particulares; e elas, legitimamente erigidas,
iuridica gaudent. gozam ipso iure de personalidade jurídica.
Can. 374 - § 1. Quaelibet dioecesis aliave Cân. 374 - § 1. Toda diocese ou outra
Ecclesia particularis dividatur in distinctas Igreja particular seja dividida em partes
partes seu paroecias. distintas ou paróquias.
§ 2. Ad curam pastoralem per communem § 2. Para promover o cuidado pastoral
actionem fovendam plures paroeciae mediante cooperação, diversas paróquias
viciniores coniungi possunt in peculiares mais próximas podem unir-se em
coetus, uti sunt vicariatus foranei. entidades especiais, como os vicariatos
forâneos.
CAPUT II. DE EPISCOPIS Capítulo II DOS BISPOS
Art. 1. DE EPISCOPIS IN GENERE Art. 1 Dos Bispos em Geral
Can. 375 - § 1. Episcopi, qui ex divina Cân. 375 - § 1. Os Bispos que, por divina
institutione in Apostolorum locum instituição, sucedem aos Apóstolos, são
succedunt per Spiritum Sanctum qui datus constituídos, pelo Espírito que lhes foi
est eis, in Ecclesia Pastores constituuntur, conferido, pastores na Igreja, a fim de
ut sint et ipsi doctrinae magistri, sacri cultus serem também eles mestres da doutrina,
sacerdotes et gubernationis ministri. sacerdotes do culto sagrado e ministros do
governo.
§ 2. Episcopi ipsa consecratione episcopali § 2. Pela própria consagração episcopal,
recipiunt cum munere sanctificandi munera os Bispos recebem, juntamente com o
quoque docendi et regendi, quae tamen múnus de santificar, também o múnus de
natura sua nonnisi in hierarchica ensinar e de governar, os quais, porém,
communione cum Collegii capite et por sua natureza não podem ser exercidos,
membris exercere possunt. a não ser em comunhão hierárquica com a
cabeça e com os membros do Colégio.
Can. 377 - § 1. Episcopos libere Summus Cân. 377 - § 1. O Sumo Pontífice nomeia
Pontifex nominat, aut legitime electos os Bispos livremente, ou confirma os que
confirmat. foram legitimamente eleitos.
§ 2. Singulis saltem trienniis Episcopi § 2. Pelo menos a cada três anos, os
provinciae ecclesiasticae vel, ubi adiuncta Bispos de uma província eclesiástica ou,
id suadeant, Episcoporum conferentiae, onde as circunstâncias o aconselhem, os
communi consilio et secreto elenchum Bispos de uma Conferência de Bispos, por
componant presbyterorum etiam sodalium meio de consulta comum e secreta, façam
institutorum vitae consecratae, ad uma lista de presbíteros, também dos que
episcopatum aptiorum, eumque são membros de institutos de vida
Apostolicae Sedi transmittant, firmo consagrada, mais aptos para o
manente iure uniuscuiusque Episcopi episcopado, e a enviem à Sé Apostólica,
Apostolicae Sedi nomina presbyterorum, mantendo-se o direito de cada Bispo
quos episcopali munere dignos et idoneos apresentar à Sé Apostólica os nomes de
putet, seorsim patefaciendi. presbíteros que julgar dignos e idôneos
para o múnus episcopal.
§ 3. Nisi aliter legitime statutum fuerit, § 3. Salvo legítima determinação em
quoties nominandus est Episcopus contrário, sempre que deva ser nomeado
dioecesanus aut Episcopus coadiutor, ad um Bispo diocesano ou Bispo coadjutor,
ternos, qui dicuntur, Apostolicae Sedi compete ao Legado pontifício, para formar
proponendos, pontificii Legati est singillatim os chamados ternos, fazer indagações
requirere et cum ipsa Apostolica Sede individualmente, e comunicar à Sé
communicare, una cum suo voto, quid Apostólica, junto com seu voto, o que
suggerant Metropolita et Suffraganei sugerirem o Metropolita e os Sufragâneos
provinciae, ad quam providenda dioecesis da província, à qual pertence ou está unida
pertinet vel quacum in coetum convenit, a diocese a ser provida, como também o
necnon conferentiae Episcoporum praeses; presidente da Conferência dos Bispos;
pontificius Legatus, insuper, quosdam e além disso, o Legado pontifício ouça
collegio consultorum et capitulo cathedrali alguns membros do colégio dos
audiat et, si id expedire iudicaverit, consultores e do cabido da catedral; se
sententiam quoque aliorum ex utroque julgar oportuno, indague, individualmente e
clero necnon laicorum sapientia em segredo, também a opinião de outros,
praestantium singillatim et secreto exquirat. de ambos os cleros, e também de leigos
eminentes em sabedoria.
§ 4. Nisi aliter legitime provisum fuerit, § 4. Salvo legítima determinação em
Episcopus dioecesanus, qui auxiliarem contrário, o Bispo diocesano que julgue ser
suae dioecesi dandum aestimet, elenchum necessário dar à sua diocese, um auxiliar,
trium saltem presbyterorum ad hoc officium proponha à Sé Apostólica uma lista de pelo
aptiorum Apostolicae Sedi proponat. menos três presbíteros mais idôneos para
esse ofício.
§ 5. Nulla in posterum iura et privilegia § 5. Doravante, não se concede às
electionis, nominationis, praesentationis vel autoridades civis nenhum direito ou
designationis Episcoporum civilibus privilégio de eleição, nomeação,
auctoritatibus conceduntur. apresentação ou designação de Bispos.
Can. 379 - Nisi legitimo detineatur Cân. 379 - A não ser que esteja
impedimento, quicumque ad Episcopatum legitimamente impedido, quem foi
promotus debet intra tres menses ab promovido ao Episcopado deve receber a
acceptis apostolicis litteris consecrationem consagração episcopal no prazo de três
episcopalem recipere, et quidem antequam meses após a recepção dos documentos
officii sui possessionem capiat. apostólicos e antes de tomar posse de seu
ofício.
Can. 380 - Antequam canonicam Cân. 380 - Antes de tomar posse de seu
possessionem sui officii capiat, promotus ofício, quem foi promovido faça a profissão
fidei professionem emittat atque de fé e o juramento de fidelidade à Sé
iusiurandum fidelitatis erga Apostolicam Apostólica, de acordo com a fórmula por
Sedem praestet secundum formulam ab ela aprovada.
eadem Apostolica Sede probatam.
Can. 387 - Episcopus dioecesanus, cum Cân. 387 - O Bispo diocesano, lembrando
memor sit se obligatione teneri exemplum que está obrigado a dar exemplo de
sanctitatis praebendi in caritate, humilitate santidade na caridade, na humildade e na
et vitae simplicitate, omni ope promovere simplicidade de vida, empenhe-se em
studeat sanctitatem christifidelium promover, com todos os meios, a
secundum uniuscuiusque propriam santidade dos fiéis, de acordo com a
vocationem atque, cum sit praecipuus vocação própria de cada um e, sendo o
mysteriorum Dei dispensator, iugiter principal dispensador dos mistérios de
annitatur ut christifideles suae curae Deus, se esforce continuamente para que
commissi sacramentorum celebratione in os fiéis confiados a seus cuidados cresçam
gratia crescant utque paschale mysterium na graça mediante a celebração dos
cognoscant et vivant. sacramentos, e conheçam e vivam o
mistério pascal.
Can. 393 - In omnibus negotiis iuridicis Cân. 393 - Em todos os negócios jurídicos
dioecesis, Episcopus dioecesanus eiusdem da diocese, o Bispo diocesano a
personam gerit. representa.
Can. 398 - Studeat Episcopus debita cum Cân. 398 - O Bispo se esforce para realizar
diligentia pastoralem visitationem a visita pastoral com a devida diligência;
absolvere; caveat ne superfluis sumptibus tome cuidado para não ser de peso a quem
cuiquam gravis onerosusve sit. quer que seja, com gastos supérfluos.
Can. 401 - § 1. Episcopus dioecesanus, qui Cân. 401 - § 1. O Bispo diocesano, que
septuagesimum quintum aetatis annum tiver completado setenta e cinco anos de
expleverit, rogatur ut renuntiationem ab idade, é solicitado a apresentar a renúncia
officio exhibeat Summo Pontifici, qui do ofício ao Sumo Pontífice, que,
omnibus inspectis adiunctis providebit. ponderando todas as circunstâncias,
tomará providências.
§ 2. Enixe rogatur Episcopus dioecesanus, § 2. O Bispo diocesano que, por doença ou
qui ob infirmam valetudinem aliamve por outra causa grave, se tiver tornado
gravem causam officio suo adimplendo menos capacitado para cumprir seu ofício,
minus aptus evaserit, ut renuntiationem ab é vivamente solicitado a apresentar a
officio exhibeat. renúncia do ofício.
Can. 404 - § 1. Episcopus coadiutor officii Cân. 404 - § 1. O Bispo coadjutor toma
sui possessionem capit, cum litteras posse de seu ofício quando apresenta,
apostolicas nominationis, per se vel per pessoalmente ou por procurador, o
procuratorem, ostenderit Episcopo documento apostólico de nomeação ao
dioecesano atque collegio consultorum, Bispo diocesano e ao colégio dos
praesente curiae cancellario, qui rem in consultores, estando presente o chanceler
acta referat. da cúria que deve lavrar o fato em ata.
§ 2. Episcopus auxiliaris officii sui § 2. O Bispo auxiliar toma posse de seu
possessionem capit, cum litteras ofício quando apresenta o documento
apostolicas nominationis ostenderit apostólico de nomeação ao Bispo
Episcopo dioecesano, praesente curiae diocesano, estando presente o chanceler
cancellario, qui rem in acta referat. da cúria que deve lavrar o fato em ata.
§ 3. Quod si Episcopus dioecesanus plene § 3. Se o Bispo diocesano estiver
sit impeditus, sufficit ut tum Episcopus totalmente impedido, é suficiente que o
coadiutor, tum Episcopus auxiliaris litteras Bispo coadjutor ou Bispo auxiliar apresente
apostolicas nominationis ostendant collegio o documento apostólico de nomeação
consultorum, praesente curiae cancellario. somente ao colégio dos consultores,
estando presente o chanceler da cúria.
Can. 407 - § 1. Ut quam maxime praesenti Cân. 407 - § 1. Para favorecer ao máximo
et futuro dioecesis bono faveatur, o bem presente e futuro da diocese, o
Episcopus dioecesanus, coadiutor atque Bispo diocesano, o Bispo coadjutor e o
Episcopus auxiliaris de quo in can. 403, Bispo auxiliar mencionado no cân. 403 § 2,
§ 2, in rebus maioris momenti sese invicem consultem-se reciprocamente nas questões
consulant. de maior importância
§ 2. Episcopus dioecesanus in § 2. O Bispo diocesano, na apreciação dos
perpendendis causis maioris momenti, assuntos de maior importância,
praesertim indolis pastoralis, Episcopos principalmente de índole pastoral, queira
auxiliares prae ceteris consulere velit. consultar os Bispos auxiliares, antes de
outros.
§ 3. Episcopus coadiutor et Episcopus § 3. O Bispo coadjutor ou o Bispo auxiliar,
auxiliaris, quippe qui in partem sollicitudinis enquanto chamados para participar da
Episcopi dioecesani vocati sint, munia sua solicitude do Bispo diocesano,
ita exerceant, ut concordi cum ipso opera desempenham seu múnus de modo a
et animo procedant. procederem concordes com ele em
trabalho e espírito.
Can. 411 - Episcopo coadiutori et auxiliari, Cân. 411 - Ao Bispo coadjutor e auxiliar, no
ad renuntiationem ab officio quod attinet, que se refere à renúncia ao ofício, aplicam-
applicantur praescripta cann. 401 et 402, se as prescrições dos cân. 401 e 402 § 2.
§ 2.
Can. 414 - Quilibet ad normam can. 413 Cân. 414 - Qualquer um que tenha sido
vocatus ut ad interim dioecesis curam chamado, de acordo com o cân. 413, a
pastoralem gerat pro tempore quo sedes assumir provisoriamente o cuidado pastoral
impeditur tantum, in cura pastorali da diocese somente durante o tempo em
dioecesis exercenda tenetur obligationibus que a sé está impedida, tem, no exercício
atque potestate gaudet, quae iure desse cuidado pastoral, os deveres e o
Administratori dioecesano competunt. poder que, pelo direito, competem ao
Administrador diocesano.
Can. 417 - Vim habent omnia quae gesta Cân. 417 - Tudo o que for feito pelo Vigário
sunt a Vicario generali aut Vicario geral ou pelo Vigário episcopal tem valor
episcopali, donec certam de obitu Episcopi enquanto eles não tiverem recebido notícia
dioecesani notitiam iidem acceperint, certa da morte do Bispo diocesano, como
itemque quae ab Episcopo dioecesano aut também tem valor tudo o que foi feito pelo
a Vicario generali vel episcopali gesta sunt, Bispo diocesano ou pelo Vigário geral ou
donec certam de memoratis actibus episcopal, enquanto não tenham recebido
pontificiis notitiam receperint. notícia certa dos mencionados atos
pontifícios.
Can. 418 - § 1. A certa translationis notitia, Cân. 418 - § 1. Dentro do prazo de dois
Episcopus intra duos menses debet meses após ter recebido notícia certa de
dioecesim ad quam petere eiusque sua transferência, o Bispo deve ir para a
canonicam possessionem capere; die diocese ad quam e tomar posse dela; no
autem captae possessionis dioecesis dia da tomada de posse na nova diocese, a
novae, dioecesis a qua vacat. diocese a qua se torna vacante.
§ 2. A certa translationis notitia usque ad § 2. Desde a notícia certa da transferência
canonicam novae dioecesis possessionem, até a tomada de posse na nova diocese, o
Episcopus translatus in dioecesi a qua: Bispo transferido, na diocese a qua:
1° Administratoris dioecesani 1° - tem o poder e as obrigações de
potestatem obtinet eiusdemque Administrador diocesano, cessando todo o
obligationibus tenetur, cessante qualibet poder do Vigário geral e do Vigário
Vicarii generalis et Vicarii episcopalis episcopal, salvo, porém, o cân. 409 § 2;
potestate, salvo tamen can. 409, § 2;
2° integram percipit remunerationem 2° - recebe integralmente a
officio propriam. remuneração própria do ofício.
Can. 419 - Sede vacante, regimen Cân. 419 - Ficando vacante a sé, o
dioecesis, usque ad constitutionem governo da diocese, até a constituição do
Administratoris dioecesani, ad Episcopum Administrador diocesano, e confiado ao
auxiliarem, et si plures sint, ad eum qui Bispo auxiliar e, se forem mais de um, ao
promotione sit antiquior devolvitur; mais antigo pela promoção; não havendo
deficiente autem Episcopo auxiliari, ad Bispo auxiliar, ao colégio dos consultores,
collegium consultorum, nisi a Sancta Sede a não ser que a Santa Sé tenha
aliter provisum fuerit. Qui ita regimen providenciado de outro modo. Quem assim
dioecesis assumit, sine mora convocet assumir o governo da diocese, deve
collegium competens ad deputandum convocar sem demora o colégio
Administratorem dioecesanum. competente para designar o Administrador
diocesano.
Can. 421 - § 1. Intra octo dies ab accepta Cân. 421 - § 1. No prazo de oito dias após
vacationis sedis episcopalis notitia, a notícia da vacância da sé episcopal, deve
Administrator dioecesanus, qui nempe ser eleito pelo colégio dos consultores o
dioecesim ad interim regat, eligendus est a Administrador diocesano, que governe
collegio consultorum, firmo praescripto provisoriamente a diocese, salva a
can. 502, § 3. prescrição do cân. 502 § 3.
§ 2. Si intra praescriptum tempus § 2. Se o Administrador diocesano, por
Administrator dioecesanus, quavis de qualquer motivo, não tiver sido eleito
causa, non fuerit legitime electus, eiusdem legitimamente dentro do tempo prescrito, a
deputatio devolvitur ad Metropolitam, et si sua nomeação se transfere para o
vacans sit ipsa Ecclesia metropolitana aut Metropolita, e se estiver vacante a própria
metropolitana simul et suffraganea, ad sé metropolitana, ou, ao mesmo tempo, a
Episcopum suffraganeum promotione sé metropolitana e a sufragânea transfere-
antiquiorem. se ao Bispo sufragâneo mais antigo pela
promoção.
Can. 422 - Episcopus auxiliaris et, si is Cân. 422 - O Bispo auxiliar ou, na falta
deficiat, collegium consultorum quantocius dele, o colégio dos consultores informe,
de morte Episcopi, itemque electus in quanto antes, a Sé Apostólica da morte do
Administratorem dioecesanum de sua Bispo; assim também, quem for eleito
electione Sedem Apostolicam certiorem Administrador diocesano informe-a de sua
faciant. eleição.
Can. 426 - Qui, sede vacante, ante Cân. 426 - Estando a sé vacante, quem
deputationem Administratoris dioecesani, governar a diocese antes da designação
dioecesim regat, potestate gaudet quam do Administrador diocesano tem o poder
ius Vicario generali agnoscit. que o direito reconhece ao Vigário geral.
Can. 428 - § 1. Sede vacante, nihil Cân. 428 - § 1. Durante a sé vacante, nada
innovetur. se modifique.
§ 2. Illi qui ad interim dioecesis regimen § 2. Os que cuidam do governo interino da
curant, vetantur quidpiam agere quod vel diocese são proibidos de fazer qualquer
dioecesi vel episcopalibus iuribus coisa que possa de algum modo prejudicar
praeiudicium aliquod afferre possit; a diocese ou os direitos episcopais; em
speciatim prohibentur ipsi, ac proinde alii particular, são proibidos ele próprios, e por
quicumque, quominus sive per se sive per isso qualquer outro, por si ou por outros, de
alium curiae dioecesanae documenta retirar ou destruir documentos da Cúria
quaelibet subtrahant vel destruant, aut in iis diocesana ou neles modificar qualquer
quidquam immutent. coisa.
Can. 429 - Administrator dioecesanus Cân. 429 - O administrador diocesano tem
obligatione tenetur residendi in dioecesi et obrigação de residir na diocese e de aplicar
applicandi Missam pro populo ad normam a missa pelo povo, de acordo com o cân.
can. 388. 388.
Can. 434 - Ad conventum Episcoporum Cân. 434 - Compete à reunião dos Bispos
regionis ecclesiasticae pertinet da região eclesiástica estimular a
cooperationem et actionem pastoralem cooperação e ação pastoral comum na
communem in regione fovere; quae tamen região; no entanto, no entanto, aqueles
in canonibus huius Codicis conferentiae poderes que nos cânones deste Código
Episcoporum tribuuntur potestates, eidem são atribuídos à Conferência dos Bispos
conventui non competunt, nisi quaedam não compete a tal reunião, a não ser que
specialiter a Sancta Sede ei concessa algumas coisas lhe tenham sido
fuerint. especialmente concedidas pela Santa Sé.
Can. 440 - § 1. Concilium provinciale, pro Cân. 440 - § 1. O Concílio provincial, para
diversis Ecclesiis particularibus eiusdem as diversas Igrejas particulares da mesma
provinciae ecclesiasticae, celebretur província eclesiástica, seja celebrado
quoties id, de iudicio maioris partis sempre que pareça oportuno, a juízo da
Episcoporum dioecesanorum provinciae, maioria dos Bispos diocesanos da
opportunum videatur, salvo can. 439, § 2. província, salvo o cân. 439 § 2.
§ 2. Sede metropolitana vacante, concilium § 2. Estando vacante a sé metropolitana,
provinciale ne convocetur. não se convoque o concílio provincial.
Can. 441 - Episcoporum conferentiae est: Cân. 441 - Cabe à Conferência dos Bispos:
1° convocare concilium plenarium; 1° - convocar o concílio plenário;
2° locum ad celebrandum concilium 2° - escolher, dentro do território da
intra territorium conferentiae Episcoporum Conferência dos Bispos, o lugar para a
eligere; celebração do concílio;
3° inter Episcopos dioecesanos concilii 3° - eleger, entre os Bispos diocesanos,
plenarii eligere praesidem, ab Apostolica o presidente do concílio plenário, a ser
Sede approbandum; aprovado pela Sé Apostólica;
4° ordinem agendi et quaestiones 4° - determinar o regimento e as
tractandas determinare, concilii plenarii questões a serem tratadas, marcar o início
initium ac periodum indicere, illud e a duração do concílio plenário, transferi-
transferre, prorogare et absolvere. lo, prorrogá-lo e encerrá-lo.
Can. 444 - § 1. Omnes qui ad concilia Cân. 444 - § 1. Todos os que são
particularia convocantur, eisdem interesse convocados para os concílios particulares
debent, nisi iusto detineantur impedimento, devem tomar parte neles, a não ser que
de quo concilii praesidem certiorem facere sejam detidos por justo impedimento, do
tenentur. qual são obrigados a informar o presidente
do concílio.
§ 2. Qui ad concilia particularia § 2. Os que são convocados para os
convocantur et in eis suffragium habent concílios particulares e neles têm voto
deliberativum, si iusto detineantur deliberativo, se estiverem detidos por justo
impedimento, procuratorem mittere impedimento, podem enviar um
possunt; qui procurator votum habet tantum procurador; esse procurador só tem voto
consultivum. consultivo.
Can. 445 - Concilium particulare pro suo Cân. 445 - O concílio particular cuide que
territorio curat ut necessitatibus se atenda, no seu território, às
pastoralibus populi Dei provideatur atque necessidades pastorais do povo de Deus;
potestate gaudet regiminis, praesertim e tem poder de regime, principalmente
legislativa, ita ut, salvo semper iure legislativo, de modo que pode determinar,
universali Ecclesiae, decernere valeat quae salvo sempre o direito universal da Igreja,
ad fidei incrementum, ad actionem tudo o que parecer oportuno para
pastoralem communem ordinandam et ad incrementar a fé, ordenar a ação pastoral
moderandos mores et disciplinam comum e moderar os costumes e preservar
ecclesiasticam communem servandam, a disciplina eclesiástica comum que se há-
inducendam aut tuendam opportuna de observar.
videantur.
Can. 446 - Absoluto concilio particulari, Cân. 446 - Encerrado o concílio particular,
praeses curet ut omnia acta concilii ad o presidente cuide que se enviem todas as
Apostolicam Sedem transmittantur; decreta atas à Sé Apostólica; os decretos baixados
a concilio edicta ne promulgentur, nisi pelo concílio não sejam promulgados, a
postquam ab Apostolica Sede recognita não ser depois de aprovados pela Sé
fuerint; ipsius concilii est definire modum Apostólica; os decretos baixados pelo
promulgationis decretorum et tempus quo concílio sejam promulgados, a não ser
decreta promulgata obligare incipiant. depois de aprovados pela Sé Apostólica;
compete ao próprio concílio determinar o
modo de promulgação dos decretos e o
tempo em que os decretos promulgados
começam a obrigar.
Can. 451 - Quaelibet Episcoporum Cân. 451 - Cada Conferência dos Bispos
conferentia sua conficiat statuta, ab faça os próprios estatutos, que devem ser
Apostolica Sede recognoscenda, in quibus, aprovados pela Sé Apostólica, nos quais,
praeter alia, ordinentur conferentiae além de outras coisas, sejam reguladas as
conventus plenarii habendi, et provideantur assembléias gerais da Conferência, e se
consilium Episcoporum permanens et providencie à constituição do conselho
secretaria generalis conferentiae, atque permanente dos Bispos, da secretaria geral
alia etiam officia et commissiones quae da Conferencia, e também dos outros
iudicio conferentiae fini consequendo ofícios e comissões que, a juízo da
efficacius consulant. Conferência, promovam mais eficazmente
a consecução da sua finalidade.
Can. 456 - Absoluto conventu plenario Cân. 456 - Encerrada a assembléia geral
Episcoporum conferentiae, relatio de actis da Conferência dos Bispos, sejam
conferentiae necnon eius decreta a enviados pelo presidente à Sé Apostólica
praeside ad Apostolicam Sedem um relatório sobre os atos da Conferência,
transmittantur, tum ut in eiusdem notitiam bem como os seus decretos, para que ela
acta perferantur, tum ut decreta, si quae tome conhecimento dos atos e para que os
sint, ab eadem recognosci possint. decretos, se houver, possam ser
aprovados.
Can. 458 - Secretariae generalis est: Cân. 458 - Cabe à secretaria geral:
1° relationem componere actorum et 1° - redigir o relatório dos atos e
decretorum conventus plenarii conferentiae decretos da assembléia geral da
necnon actorum consilii Episcoporum Conferência, como também dos atos do
permanentis, et eadem cum omnibus conselho permanente dos Bispos, e
conferentiae membris communicare comunicá-los a todos os membros da
itemque alia acta conscribere, quae ipsi a Conferência; redigir também os outros
conferentiae praeside aut a consilio atos, cuja redação lhe tenha sido confiada
permanenti componenda committuntur; pelo presidente da Conferência ou pelo
conselho permanente;
2° communicare cum Episcoporum 2° - comunicar às vizinhas
conferentiis finitimis acta et documenta Conferências dos Bispos os atos e
quae a conferentia in plenario conventu aut documentos que a Conferência, na
a consilio Episcoporum permanenti ipsis assembléia geral ou no conselho
transmitti statuuntur. permanente dos Bispos, determinou enviar
a elas.
Can. 463 - § 1. Ad synodum dioecesanam Cân. 463 - § 1. Devem ser chamados para
vocandi sunt uti synodi sodales eamque o sínodo diocesano como seus membros, e
participandi obligatione tenentur: têm obrigação de participar dele:
1° Episcopus coadiutor atque Episcopi 1° - o Bispo coadjutor e os Bispos
auxiliares; auxiliares;
2° Vicarii generales et Vicarii 2° - os Vigários gerais, os Vigários
episcopales, necnon Vicarius iudicialis; episcopais e o Vigário judicial;
3° canonici ecclesiae cathedralis; 3° - os cônegos da igreja catedral;
4° membra consilii presbyteralis; 4° - os membros do conselho dos
presbíteros;
5° christifideles laici, etiam sodales 5° - os fiéis leigos, mesmo membros de
institutorum vitae consecratae, a consilio institutos de vida consagrada, a serem
pastorali eligendi, modo et numero ab eleitos pelo conselho pastoral no modo e
Episcopo dioecesano determinandis, aut, número a serem determinados pelo Bispo
ubi hoc consilium non exstet, ratione ab diocesano, ou, onde não existe esse
Episcopo dioecesano determinata; conselho, no modo determinados pelo
Bispo diocesano;
6° rector seminarii dioecesani maioris; 6° - o reitor do seminário maior
diocesano;
7° vicarii foranei; 7° - os vigários forâneos;
8° unus saltem presbyter ex unoquoque 8° - pelo menos um presbítero de cada
vicariatu foraneo eligendus ab omnibus qui vicariato forâneo, a ser eleito por todos os
curam animarum inibi habeant; item que aí tenham cura de almas; deve-se
eligendus est alius presbyter qui, eodem também eleger outro presbítero que o
impedito, in eius locum substituatur; substitua, se estiver impedido;
9° aliqui Superiores institutorum 9° - alguns Superiores de institutos
religiosorum et societatum vitae religiosos e sociedades de vida apostólica
apostolicae, quae in dioecesi domum que têm casa na diocese, a serem eleitos
habent, eligendi numero et modo ab de acordo com o número e modo
Episcopo dioecesano determinatis. determinados pelo Bispo diocesano.
§ 2. Ad synodum dioecesanam ab § 2. Para o sínodo diocesano podem ser
Episcopo dioecesano vocari uti synodi convocados, como membros do sínodo,
sodales possunt alii quoque, sive clerici, ainda outros, tanto clérigos como membros
sive institutorum vitae consecratae sodales, de institutos de vida consagrada, como
sive christifideles laici. também fiéis leigos.
§ 3. Ad synodum dioecesanam Episcopus § 3. Para o sínodo diocesano, o Bispo
dioecesanus, si id opportunum duxerit, diocesano pode convidar como
invitare potest uti observatores aliquos observadores, se julgar oportuno, alguns
ministros aut sodales Ecclesiarum vel ministros ou membros de Igrejas ou
communitatum ecclesialium, quae non sunt comunidades eclesiais que não estão em
in plena cum Ecclesia catholica plena comunhão com a Igreja Católica.
communione.
Can. 464 - Synodi sodalis, si legitimo Cân. 464 - Se um membro do sínodo
detineatur impedimento, non potest mittere estiver detido por legítimo impedimento,
procuratorem qui ipsius nomine eidem não pode enviar procurador para participar
intersit; Episcopum vero dioecesanum de em seu nome; informe, porém, o Bispo
hoc impedimento certiorem faciat. diocesano sobre esse impedimento.
Can. 465 - Propositae quaestiones omnes Cân. 465 - Todas as questões propostas
liberae sodalium disceptationi in synodi sejam submetidas a livre discussão dos
sessionibus subiciantur. membros nas sessões do sínodo.
Can. 466 - Unus in synodo dioecesana Cân. 466 - O único legislador no sínodo
legislator est Episcopus dioecesanus, aliis diocesano é o Bispo diocesano, tendo os
synodi sodalibus voto tantummodo outros membros do sínodo voto somente
consultivo gaudentibus; unus ipse consultivo; só ele assina as declarações e
synodalibus declarationibus et decretis decretos sinodais, que só por sua
subscribit, quae eius auctoritate tantum autoridade podem ser publicados.
publici iuris fieri possunt.
Can. 467 - Episcopus dioecesanus textus Cân. 467 - O Bispo diocesano comunique
declarationum ac decretorum synodalium o texto das declarações e decretos
communicet cum Metropolita necnon cum sinodais ao Metropolita e a Conferência
Episcoporum conferentia. dos Bispos.
Can. 470 - Nominatio eorum, qui officia in Cân. 470 - A nomeação dos que exercem
curia dioecesana exercent, spectat ad ofícios na cúria diocesana compete ao
Episcopum dioecesanum. Bispo diocesano.
Can. 471 - Omnes qui ad officia in curia Cân. 471 - Todos os que são admitidos
admittuntur debent: para os ofícios na cúria devem:
1° promissionem emittere de munere 1° - prometer que cumprirão fielmente o
fideliter adimplendo, secundum rationem encargo, segundo o modo determinado
iure vel ab Episcopo determinatam; pelo direito ou pelo Bis po;
2° secretum servare intra fines et 2° - guardar segredo, dentro dos limites
secundum modum iure aut ab Episcopo e segundo o modo determinado pelo direito
determinatos. ou pelo Bispo.
Can. 472 - Circa causas atque personas Cân. 472 - Quanto às causas e pessoas
quae in curia ad exercitium potestatis que na cúria fazem parte do exercício do
iudicialis pertinent, serventur praescripta poder judiciário, observem-se as
Libri VII De processibus; de iis autem quae prescrições do livro VII Dos processos; no
ad administrationem dioecesis spectant, que se refere à administração da diocese
serventur praescripta canonum qui observem- se as prescrições dos cânones
sequuntur. seguintes.
Can. 474 - Acta curiae quae effectum Cân. 474 - Os atos da cúria, destinados a
iuridicum habere nata sunt, subscribi ter efeito jurídico, devem ser assinados
debent ab Ordinario a quo emanant, et pelo Ordinário do qual emanam, e isso
quidem ad validitatem, ac simul a curiae para a validade, e ao mesmo tempo pelo
cancellario vel notario; cancellarius vero chanceler ou notário da cúria; o chanceler,
Moderatorem curiae de actis certiorem porém, é obrigado a informar o
facere tenetur. Coordenador da cúria sobre os atos.
Art. 1. DE VICARIIS GENERALIBUS ET Art. 1 Dos Vigários Gerais e Episcopais
EPISCOPALIBUS
Can. 475 - § 1. In unaquaque dioecesi Cân. 475 - § 1. Em cada diocese deve ser
constituendus est ab Episcopo dioecesano constituído pelo Bispo diocesano o Vigário
Vicarius generalis, qui potestate ordinaria geral que, com poder ordinário, de acordo
ad normam canonum qui sequuntur com os cânones seguintes, o ajude no
instructus, ipsum in universae dioecesis governo de toda a diocese.
regimine adiuvet.
§ 2. Pro regula generali habeatur ut unus § 2. Tenha-se como regra geral que se
constituatur Vicarius generalis, nisi deve constituir um só Vigário geral a não
dioecesis amplitudo vel incolarum numerus ser que a extensão da diocese, o número
aut aliae rationes pastorales aliud de habitantes ou outras razões pastorais
suadeant. aconselhem diversamente.
Can. 476 - Quoties rectum dioecesis Cân. 476 - Sempre que o bom governo da
regimen id requirat, constitui etiam possunt diocese o exigir, podem ser constituídos
ab Episcopo dioecesano unus vel plures pelo Bispo diocesano um ou mais Vigários
Vicarii episcopales, qui nempe aut in episcopais que tenham, em determinada
determinata dioecesis parte aut in certo parte da diocese, ou em determinada
negotiorum genere aut quoad fideles espécie de questões, ou quanto aos fiéis
determinati ritus vel certi personarum de determinado rito ou de certa classe de
coetus, eadem gaudent potestate ordinaria, pessoas, de acordo com os cânones
quae iure universali Vicario generali seguintes, o mesmo poder ordinário que
competit, ad normam canonum qui compete ao Vigário geral por direito
sequuntur. universal.
Can. 479 - § 1. Vicario generali, vi officii, in Cân. 479 - § 1. Em virtude de seu ofício,
universa dioecesi competit potestas compete ao Vigário geral, na diocese toda,
exsecutiva quae ad Episcopum o poder executivo que, por direito, pertence
dioecesanum iure pertinet, ad ponendos ao Bispo diocesano, para praticar todos os
scilicet omnes actus administrativos, iis atos administrativos, exceto aqueles que o
tamen exceptis quos Episcopus sibi Bispo tenha reservado a si, ou que, pelo
reservaverit vel qui ex iure requirant direito, requeiram mandato especial do
speciale Episcopi mandatum. Bispo.
§ 2. Vicario episcopali ipso iure eadem § 2. Ao Vigário episcopal compete, ipso
competit potestas de qua in § 1, sed quoad iure, o mesmo poder mencionado no § 1,
determinatam territorii partem aut limitado, porém, somente a parte do
negotiorum genus aut fideles determinati território, à espécie de questões, aos fiéis
ritus vel coetus tantum pro quibus de determinado rito ou grupo, para os
constitutus est, iis causis exceptis quas quais foi constituído, exceto as causas que
Episcopus sibi aut Vicario generali o Bispo tenha reservado a si ou ao Vigário
reservaverit, aut quae ex iure requirunt Geral, ou que, pelo direito, exijam mandato
speciale Episcopi mandatum. especial do Bispo.
§ 3. Ad Vicarium generalem atque ad § 3. Ao Vigário geral e ao Vigário
Vicarium episcopalem, intra ambitum episcopal, dentro do âmbito de sua
eorum competentiae, pertinent etiam competência, cabem também as
facultates habituales ab Apostolica Sede faculdades habituais concedidas pela Sé
Episcopo concessae, necnon rescriptorum Apostólica ao Bispo e a execução dos
exsecutio, nisi aliud expresse cautum fuerit rescritos, salvo haja determinação
aut electa fuerit industria personae expressa em contrário ou tenha sido
Episcopi dioecesani. escolhida a própria competência pessoal
do Bispo diocesano.
Can. 480 - Vicarius generalis et Vicarius Cân. 480 - O Vigário geral e o Vigário
episcopalis de praecipuis negotiis et episcopal devem referir ao Bispo
gerendis et gestis Episcopo dioecesano diocesano as principais atividades já
referre debent, nec umquam contra realizadas ou por realizar; nunca procedam
voluntatem et mentem Episcopi dioecesani contra sua vontade e sua mente.
agant.
Can. 481 - § 1. Expirat potestas Vicarii Cân. 481 - § 1. O poder do Vigário geral e
generalis et Vicarii episcopalis expleto do Vigário episcopal expira por término do
tempore mandati, renuntiatione, itemque, tempo de mandato, por renúncia e também
salvis cann. 406 et 409, remotione eisdem salvos os cân. 406 e 409, por destituição a
ab Episcopo dioecesano intimata, atque eles intimada pelo Bispo diocesano, bem
sedis episcopalis vacatione. como pela vacância da sé episcopal.
§ 2. Suspenso munere Episcopi § 2. Suspenso o ofício do Bispo diocesano,
dioecesani, suspenditur potestas Vicarii suspende-se o poder do Vigário geral e do
generalis et Vicarii episcopalis, nisi Vigário episcopal, a não ser que tenham
episcopali dignitate aucti sint. dignidade episcopal.
Art. 2. DE CANCELLARIO ALIISQUE Art. 2 Do Chanceler, dos Outros Notários e
NOTARIIS ET DE ARCHIVIS dos Arquivos
Can. 482 - § 1. In qualibet curia Cân. 482 - § 1. Em toda a cúria constitua-
constituatur cancellarius, cuius praecipuum se um chanceler, cujo ofício principal, salvo
munus, nisi aliter iure particulari statuatur, determinação diversa do direito particular,
est curare ut acta curiae redigantur et é cuidar que os atos da cúria sejam
expediantur, atque eadem in curiae archivo redigidos e despachados, bem como sejam
custodiantur. guardados no arquivo da cúria.
§ 2. Si necesse videatur, cancellario dari § 2. Se parecer necessário, pode-se dar ao
potest adiutor, cui nomen sit vice- chanceler um auxiliar com o nome de vice-
cancellarii. chanceler.
§ 3. Cancellarius necnon vice-cancellarius § 3. O chanceler como também o vice-
sunt eo ipso notarii et secretarii curiae. chanceler são, por isso mesmo, notários e
secretários da cúria.
Can. 484 - Officium notariorum est: Cân. 484 - É dever dos notários:
1° conscribere acta et instrumenta circa 1° - redigir os atos e instrumentos
decreta, dispositiones, obligationes vel alia referentes aos decretos, disposições,
quae eorum operam requirunt; obrigações ou outros que requerem seu
trabalho;
2° in scriptis fideliter redigere quae 2° - exarar fielmente por escrito os atos
geruntur, eaque cum significatione loci, que se praticam, assiná-los, com a
diei, mensis et anni subsignare; indicação do lugar, dia, mês e ano.
3° acta vel instrumenta legitime petenti 3° - exibir, observado o que se deve
ex regesto, servatis servandis, exhibere et observar, os atos ou instrumentos
eorum exempla cum autographo conformia arquivados, a quem os pede
declarare. legitimamente, e declarar que suas cópias
estão conformes com o original.
Can. 487 - § 1. Archivum clausum sit Cân. 487 - § 1. É necessário que o arquivo
oportet eiusque clavem habeant solum seja fechado, e sua chave só a tenham o
Episcopus et cancellarius; nemini licet illud Bispo e o chanceler; a ninguém é lícito
ingredi nisi de Episcopi aut Moderatoris entrar nele, a não ser com licença do
curiae simul et cancellarii licentia. Bispo, ou então do Coordenador da cúria e
do chanceler juntos.
§ 2. Ius est iis quorum interest, § 2. É direito dos interessados receber, por
documentorum, quae natura sua sunt si ou por procurador, cópia autêntica
publica quaeque ad statum suae personae manuscrita ou fotostática dos documentos
pertinent, documentum authenticum que, por sua natureza, são públicos e se
scriptum vel photostaticum per se vel per referem ao seu próprio estado pessoal.
procuratorem recipere.
Can. 488 - Ex archivo non licet efferre Cân. 488 - Do arquivo não é lícito retirar
documenta, nisi ad breve tempus tantum documentos, a não ser por breve tempo
atque de Episcopi aut insimul Moderatoris somente e com o consentimento do Bispo
curiae et cancellarii consensu. ou do Moderador da cúria e do chanceler
juntos.
Can. 489 - § 1. Sit in curia dioecesana Cân. 489 - § 1. Haja também na cúria
archivum quoque secretum, aut saltem in diocesana um arquivo secreto, ou pelo
communi archivo armarium seu scrinium, menos haja no arquivo comum um armário
omnino clausum et obseratum, quod de ou cofre, inteiramente fechado à chave que
loco amoveri nequeat, in quo scilicet não possa ser removido do lugar; nele
documenta secreto servanda cautissime sejam guardados com a máxima cautela os
custodiantur. documentos que devem ser conservados
em segredo.
§ 2. Singulis annis destruantur documenta § 2. Cada ano sejam destruídos os
causarum criminalium in materia morum, documentos das causas criminais em
quarum rei vita cesserunt aut quae a matéria de costumes, cujos réus tenham
decennio sententia condemnatoria falecido, ou que já tenham sido concluídas
absolutae sunt, retento facti brevi há dez anos, com sentença condenatória,
summario cum textu sententiae definitivae. conservando-se breve resumo do fato
como texto da sentença definitiva.
Can. 490 - § 1. Archivi secreti clavem Cân. 490 - § 1. Somente o Bispo tenha a
habeat tantummodo Episcopus. chave do arquivo secreto.
§ 2. Sede vacante, archivum vel armarium § 2. Estando vacante a sé, o arquivo ou
secretum ne aperiatur, nisi in casu verae armário secreto não seja aberto, a não ser
necessitatis, ab ipso Administratore pelo próprio Administrador diocesano em
dioecesano. caso de verdadeira necessidade.
§ 3. Ex archivo vel armario secreto § 3. Não se retirem documentos do arquivo
documenta ne efferantur. ou armário secreto.
Can. 493 - Praeter munera ipsi commissa Cân. 493 - Além dos encargos que lhe são
in Libro V De bonis Ecclesiae temporalibus, confiados no livro V Dos bens temporais da
consilii a rebus oeconomicis est quotannis, Igreja, cabe ao conselho econômico
iuxta Episcopi dioecesani indicationes, preparar, cada ano, de acordo com as
rationem apparare quaestuum et indicações do Bispo diocesano, o
erogationum quae pro universo dioecesis orçamento das receitas e despesas,
regimine anno venturo praevidentur, previstas para toda a administração da
necnon, anno exeunte, rationem accepti et diocese no ano seguinte, assim como
expensi probare. aprovar o balanço, no fim do ano.
Can. 496 - Consilium presbyterale habeat Cân. 496 - O conselho presbiteral tenha os
propria statuta ab Episcopo dioecesano próprios estatutos aprovados pelo Bispo
approbata, attentis normis ab Episcoporum diocesano, respeitando-se as normas
conferentia prolatis. dadas pela Conferência dos Bispos.
Can. 497 - Ad designationem quod attinet Cân. 497 - No tocante à designação dos
sodalium consilii presbyteralis: membros do conselho presbiteral:
1° dimidia circiter pars libere eligatur a 1° - aproximadamente a metade seja
sacerdotibus ipsis, ad normam canonum eleita livremente pelos próprios sacerdotes,
qui sequuntur, necnon statutorum; de acordo com os cânones seguintes e
com os estatutos;
2° aliqui sacerdotes, ad normam 2° - alguns sacerdotes, de acordo com
statutorum, esse debent membra nata, qui os estatutos, devem ser membros natos,
scilicet ratione officii ipsis demandati ad isto é, pertençam ao conselho em razão do
consilium pertineant; ofício a eles confiado;
3° Episcopo dioecesano integrum est 3° - ao Bispo diocesano compete
aliquos libere nominare. nomear alguns livremente.
Can. 498 - § 1. Ius electionis tum activum Cân. 498 - § 1. Têm voz ativa e passiva
tum passivum ad consilium presbyterale para a constituição do conselho presbiteral:
constituendum habent:
1° omnes sacerdotes saeculares in 1° - todos os sacerdotes seculares
dioecesi incardinati; incardinados na diocese;
2° sacerdotes saeculares in dioecesi 2° - os sacerdotes seculares não
non incardinati, necnon sacerdotes sodales incardinados na diocese e os sacerdotes
alicuius instituti religiosi aut societatis vitae membros de instituto religioso ou de
apostolicae, qui in dioecesi commorantes, sociedade de vida apostólica que,
in eiusdem bonum aliquod officium residindo na diocese, exercem a se favor
exercent. algum ofício.
§ 2. Quatenus statuta id provideant, idem § 2. Na medida em que o determinarem os
ius electionis conferri potest aliis estatutos, pode- se dar voz ativa e passiva
sacerdotibus, qui domicilium aut quasi- a outros sacerdotes que tem domicílio ou
domicilium in dioecesi habent. quase domicílio na diocese.
Can. 499 - Modus eligendi membra consilii Cân. 499 - O modo de eleger os membros
presbyteralis statutis determinandus est, ita do conselho presbiteral deve ser
quidem ut, quatenus id fieri possit, determinado pelos estatutos, de tal modo,
sacerdotes presbyterii repraesententur, porém, que sejam representados,
ratione habita maxime diversorum enquanto possível, os sacerdotes do
ministeriorum variarumque dioecesis presbitério, levando-se em conta
regionum. principalmente os diversos ministérios e as
várias regiões da diocese.
Can. 505 - Unumquodque capitulum, sive Cân. 505 - Cada cabido, da catedral ou
cathedrale sive collegiale, sua habeat colegial, tenha seus estatutos
statuta, per legitimum actum capitularem estabelecidos por legítimo ato capitular e
condita atque ab Episcopo dioecesano aprovados pelo Bispo diocesano; esses
probata; quae statuta ne immutentur neve estatutos não sejam modificados ou ab-
abrogentur, nisi approbante eodem rogados, a não ser com a aprovação do
Episcopo dioecesano. Bispo diocesano.
Can. 507 - § 1. Inter canonicos habeatur Cân. 507 - § 1. Entre os cônegos haja um
qui capitulo praesit, atque alia etiam presidente do cabido; constituam-se
constituantur officia ad normam statutorum, também outros ofícios, de acordo com os
ratione quoque habita usus in regione estatutos, levando-se em conta também o
vigentis. costume vigente na região.
§ 2. Clericis ad capitulum non § 2. Aos clérigos que não pertencem ao
pertinentibus, committi possunt alia officia, cabido, podem ser confiados outros ofícios,
quibus ipsi, ad normam statutorum, pelos quais eles prestem ajuda aos
canonicis auxilium praebeant. cônegos, de acordo com os estatutos.
Can. 512 - § 1. Consilium pastorale constat Cân. 512 - § 1. O conselho pastoral consta
christifidelibus qui in plena communione de fiéis em plena comunhão com a Igreja
sint cum Ecclesia catholica, tum clericis, católica, clérigos, membros de institutos de
tum membris institutorum vitae vida consagrada, ou principalmente leigos
consecratae, tum praesertim laicis, quique designados de acordo com o modo
designantur modo ab Episcopo dioecesano indicado pelo Bispo diocesano.
determinato.
§ 2. Christifideles, qui deputantur ad § 2. Os fiéis designados para o conselho
consilium pastorale, ita seligantur ut per pastoral, sejam de tal modo escolhidos que
eos universa populi Dei portio, quae por eles se configurem realmente toda a
dioecesim constituat, revera configuretur, porção do povo de Deus que constitui a
ratione habita diversarum dioecesis diocese, levando-se em conta as div ersas
regionum, condicionum socialium et regiões da diocese, as condições sociais e
professionum, necnon partis quam sive as profissões, bem como a parte que eles
singuli sive cum aliis coniuncti in apostolatu tem no apostolado individualmente ou
habent. associados a outros.
§ 3. Ad consilium pastorale ne deputentur § 3. Para o conselho pastoral não sejam
nisi christifideles certa fide, bonis moribus designados senão fiéis que se distingam
et prudentia praestantes. por uma fé sólida, bons costumes e
prudência.
Can. 516 - § 1. Nisi aliud iure caveatur, Cân. 516 - § 1. Salvo determinação
paroeciae aequiparatur quasi-paroecia, contrária do direito, à paróquia se equipara
quae est certa in Ecclesia particulari a quase- paróquia, que é, na Igreja
communitas christifidelium, sacerdoti uti particular, uma determinada comunidade
pastori proprio commissa, ob peculiaria de fiéis confiada a um sacerdote como a
adiuncta in paroeciam nondum erecta. pastor próprio, ainda não erigida como
paróquia por circunstâncias especiais.
§ 2. Ubi quaedam communitates in § 2. Onde certas comunidades não possam
paroeciam vel quasi-paroeciam erigi non ser erigidas como paróquias ou quase-
possint, Episcopus dioecesanus alio modo paróquias, o Bispo diocesano assegure de
earundem pastorali curae prospiciat. outro modo o cuidado pastoral delas.
Can. 518 - Paroecia regula generali sit Cân. 518 - Por via de regra, a paróquia
territorialis, quae scilicet omnes seja territorial, isto é, seja tal que
complectatur christifideles certi territorii; ubi compreenda todos os fiéis de um
vero id expediat, constituantur paroeciae determinado território; onde, porém, for
personales, ratione ritus, linguae, nationis conveniente, constituam-se paróquias
christifidelium alicuius territorii atque alia pessoais, em razão de rito, língua,
etiam ratione determinatae. nacionalidade dos fiéis de um território, e
também por outra razão determinada.
Can. 519 - Parochus est pastor proprius Cân. 519 - O pároco e o pastor próprio da
paroeciae sibi commissae, cura pastorali paróquia a ele confiada; exerce o cuidado
communitatis sibi concreditae fungens sub pastoral da comunidade que lhe foi
auctoritate Episcopi dioecesani, cuius in entregue, sob a autoridade do bispo
partem ministerii Christi vocatus est, ut pro diocesano, em cujo ministério de Cristo é
eadem communitate munera exsequatur chamado a participar, a fim de exercer em
docendi, sanctificandi et regendi, favor dessa comunidade o múnus de
cooperantibus etiam aliis presbyteris vel ensinar santificar e governar, com a
diaconis atque operam conferentibus cooperação também de outros presbíteros
christifidelibus laicis, ad normam iuris. ou diáconos e com a colaboração dos fiéis
leigos, de acordo com o direito.
Can. 520 - § 1. Persona iuridica ne sit Cân. 520 - § 1. Uma pessoa jurídica não
parochus; Episcopus autem dioecesanus, seja pároco; no entanto, o Bispo
non vero Administrator dioecesanus, de diocesano, mas não o Administrador
consensu competentis Superioris, potest diocesano, pode, com o consentimento do
paroeciam committere instituto religioso Superior competente, confiar uma paróquia
clericali vel societati clericali vitae a um instituto religioso clerical ou a uma
apostolicae, eam erigendo etiam in sociedade clerical de vida apostólica,
ecclesia instituti aut societatis, hac tamen erigindo-a mesmo em igreja do instituto ou
lege ut unus presbyter sit paroeciae da sociedade, mas com a condição de que
parochus, aut, si cura pastoralis pluribus in um presbítero seja o pároco da paróquia
solidum committatur, moderator, de quo in ou o coordenador mencionado no can. 517
can. 517, § 1. § 1, se o cuidado pastoral for confiado a
vários solidariamente.
§ 2. Paroeciae commissio, de qua in § 1, § 2. O cuidado da paróquia, mencionado
fieri potest sive in perpetuum sive ad no § 1, pode ser confiado perpetuamente
certum praefinitum tempus; in utroque casu ou por tempo determinado; em ambos os
fiat mediante conventione scripta inter casos, faça-se mediante convênio escrito,
Episcopum dioecesanum et competentem celebrado entre o Bispo diocesano e o
Superiorem instituti vel societatis inita, qua Superior competente do instituto ou da
inter alia expresse et accurate definiantur, sociedade, no qual, entre outras coisas, se
quae ad opus explendum, ad personas determine explícita e cuidadosamente o
eidem addicendas et ad res oeconomicas que se refere ao trabalho a ser
spectent. desenvolvido, às pessoas que devem a ele
ser destinadas e às questões econômicas.
Can. 521 - § 1. Ut quis valide in parochum Cân. 521 - § 1. Para alguém ser assumido
assumatur, oportet sit in sacro validamente como pároco, requer-se que
presbyteratus ordine constitutus. seja constituído na ordem sacra do
presbiterato.
§ 2. Sit praeterea sana doctrina et morum § 2. Além disso, distinga-se pela sã
probitate praestans, animarum zelo aliisque doutrina e pela probidade de costumes,
virtutibus praeditus, atque insuper seja dotado de zelo pelas almas e de
qualitatibus gaudeat quae ad paroeciam, outras virtudes e tenha também as
de qua agitur, curandam iure sive universali qualidades requeridas para cuidar da
sive particulari requiruntur. paróquia em questão de acordo com o
direito universal e particular.
§ 3. Ad officium parochi alicui § 3. Para conferir a alguém o ofício de
conferendum, oportet de eius idoneitate, pároco, é necessário que com plena
modo ab Episcopo dioecesano certeza conste de sua idoneidade, da
determinato, etiam per examen, certo maneira determinada pelo Bispo
constet. diocesano, até mesmo por meio de exame.
Can. 522 - Parochus stabilitate gaudeat Cân. 522 - É necessário que o pároco
oportet ideoque ad tempus indefinitum tenha estabilidade e, portanto, seja
nominetur; ad certum tempus tantum ab nomeado por tempo indeterminado; só
Episcopo dioecesano nominari potest, si id pode ser nomeado pelo Bispo diocesano
ab Episcoporum conferentia per decretum por tempo determinado, se isto for admitido
admissum fuerit. por decreto pela Conferência dos Bispos.
Can. 523 - Firmo praescripto can. 682, § 1, Cân. 523 - Salva a prescrição do cân. 682
parochi officii provisio Episcopo dioecesano § 1, a provisão do ofício de pároco
competit et quidem libera collatione, nisi compete ao Bispo diocesano e, por livre
cuidam sit ius praesentationis aut colação, a não ser que alguém tenha o
electionis. direto de apresentação ou de eleição.
Can. 525 - Sede vacante aut impedita, ad Cân. 525 - Vacante ou impedida a sé,
Administratorem dioecesanum aliumve compete ao Administrador diocesano ou a
dioecesim ad interim regentem pertinet: outro que governe interinamente a diocese:
1° institutionem vel confirmationem 1° - dar instituição ou confirmação a
concedere presbyteris, qui ad paroeciam sacerdotes legitimamente apresentados ou
legitime praesentati aut electi fuerint; eleitos para uma paróquia;
2° parochos nominare, si sedes ab 2° - nomear os párocos, se a sé estiver
anno vacaverit aut impedita sit. vacante ou impedida há um ano.
Can. 526 - § 1. Parochus unius paroeciae Cân. 526 - § 1. O pároco tenha o cuidado
tantum curam paroecialem habeat; ob pastoral de uma só paróquia; todavia, por
penuriam tamen sacerdotum aut alia falta de sacerdotes ou por outras
adiuncta, plurium vicinarum paroeciarum circunstâncias, pode-se confiar ao mesmo
cura eidem parocho concredi potest. pároco o cuidado pastoral de várias
paróquias vizinhas.
§ 2. In eadem paroecia unus tantum § 2. Na mesma paróquia, haja só um
habeatur parochus aut moderator ad pároco ou coordenador, de acordo com o
normam can. 517, § 1, reprobata contraria can. 517 § 1, reprovando-se o costume
consuetudine et revocato quolibet contrario contrário e revogando-se qualquer
privilegio. privilégio contrário.
Can. 527 - § 1. Qui ad curam pastoralem Cân. 527 - § 1. Quem foi promovido para o
paroeciae gerendam promotus est, cuidado pastoral de uma paróquia, recebe-
eandem obtinet et exercere tenetur a o e está obrigado a exercer esse cuidado
momento captae possessionis. desde o momento da tomada de posse.
§ 2. Parochum in possessionem mittit loci § 2. O Ordinário local ou sacerdote por ele
Ordinarius aut sacerdos ab eodem delegado é quem dá posse ao pároco,
delegatus, servato modo lege particulari observando-se o modo aceito por lei
aut legitima consuetudine recepto; iusta particular ou por legítimo costume; todavia,
tamen de causa potest idem Ordinarius ab por justa causa, o Ordinário pode
eo modo dispensare; quo in casu dispensar essa forma; neste caso, a
dispensatio paroeciae notificata locum dispensa comunicada a paróquia substitui
tenet captae possessionis. a tomada de posse.
§ 3. Loci Ordinarius praefiniat tempus intra § 3. O Ordinário local determine o prazo
quod paroeciae possessio capi debeat; quo dentro do qual se deve tomar posse da
inutiliter praeterlapso, nisi iustum obstiterit paróquia; decorrido inutilmente esse prazo,
impedimentum, paroeciam vacare a não ser que justo impedimento tenha
declarare potest. obstado, pode declarar vacante a paróquia.
Can. 528 - § 1. Parochus obligatione Cân. 528 - § 1. O pároco tem a obrigação
tenetur providendi ut Dei verbum integre in de fazer com que a palavra de Deus seja
paroecia degentibus annuntietur; quare integralmente anunciada aos que vivem na
curet ut christifideles laici in fidei veritatibus paróquia; cuide, portanto, que os fiéis
edoceantur, praesertim homilia diebus sejam instruídos nas verdades da fé,
dominicis et festis de praecepto habenda principalmente através da homilia, que
necnon catechetica institutione tradenda, deve ser feita nos domingos e festas de
atque foveat opera quibus spiritus preceito, e mediante a instrução
evangelicus, etiam ad iustitiam socialem catequética que se deve dar. Estimule
quod attinet, promoveatur; peculiarem obras que promovam o espírito evangélico,
curam habeat de puerorum iuvenumque também no que se refere a justiça social.
educatione catholica; omni ope satagat, Tenha especial cuidado com a educação
associata etiam sibi christifidelium opera, ut católica das crianças e jovens. Procure
nuntius evangelicus ad eos quoque com todo o empenho, associando a si o
perveniat, qui a religione colenda trabalho dos fiéis, que o anúncio
recesserint aut veram fidem non evangélico chegue também aos que se
profiteantur. afastaram da prática da religião ou que não
professam a verdadeira fé.
§ 2. Consulat parochus ut sanctissima § 2. Cuide o pároco que a santíssima
Eucharistia centrum sit congregationis Eucaristia seja o centro da comunidade
fidelium paroecialis; allaboret ut paroquial dos fiéis; empenhe-se para que
christifideles, per devotam sacramentorum os fiéis se alimentem com a devota
celebrationem, pascantur, peculiarique celebração dos sacramentos e, de modo
modo ut frequenter ad sanctissimae especial, que se se aproximem
Eucharistiae et paenitentiae sacramenta freqüentemente do sacramento da
accedant; annitatur item ut iidem ad santíssima Eucaristia e da penitência.
orationem etiam in familiis peragendam Esforce- se também para que sejam
ducantur atque conscie et actuose partem levados a fazer oração em família, e
habeant in sacra liturgia, quam quidem, participem consciente e ativamente da
sub auctoritate Episcopi dioecesani, sagrada liturgia. Sob a autoridade do Bispo
parochus in sua paroecia moderari debet diocesano, o pároco deve dirigir a liturgia
et, ne abusus irrepant, invigilare tenetur. na sua paróquia e é obrigado a cuidar que
nela não se introduzam abusos.
Can. 531 - Licet paroeciale quoddam Cân. 531 - Mesmo que outro tenha
munus alius expleverit, oblationes quas hac exercido alguma função paroquial,
occasione a christifidelibus recipit ad entregue à caixa paroquial as ofertas
massam paroecialem deferat, nisi de recebidas dos fiéis nessa ocasião, salvo se
contraria offerentis voluntate constet quoad conste vontade contrária do ofertante
oblationes voluntarias; Episcopo quanto às ofertas voluntárias; compete ao
dioecesano, audito consilio presbyterali, Bispo diocesano, ouvido o conselho
competit statuere praescripta, quibus presbiteral, dar prescrições com que se
destinationi harum oblationum necnon proveja a destinação dessas ofertas e a
remunerationi clericorum idem munus remuneração dos clérigos que exercem
implentium provideatur. essa função.
Can. 532 - In omnibus negotiis iuridicis Cân. 532 - Em todos os negócios jurídicos,
parochus personam gerit paroeciae, ad o pároco representa a paróquia, de acordo
normam iuris; curet ut bona paroeciae com o direito; cuide que os bens da
administrentur ad normam cann. paróquia sejam administrados de acordo
1281-1288. com os cân. 1281- 1288.
Can. 534 - § 1. Parochus, post captam Cân. 534 - § 1. Depois de ter tomado
paroeciae possessionem, obligatione posse da paróquia, o pároco é obrigado a
tenetur singulis diebus dominicis atque aplicar a missa pelo povo que lhe é
festis in sua dioecesi de praecepto Missam confiado, todos os domingos e festas de
pro populo sibi commisso applicandi; qui preceito de sua diocese; mas, quem estiver
vero ab hac celebratione legitime legitimamente impedido de fazê- lo, aplique
impediatur, iisdem diebus per alium aut nesses mesmos dias por meio de outro, ou
aliis diebus per se ipse applicet. ele mesmo em outros dias.
§ 2. Parochus, qui plurium paroeciarum § 2. O pároco que cuida de várias
curam habet, diebus de quibus in § 1, paróquias é obrigado a aplicar, nos dias
unam tantum Missam pro universo sibi mencionados no § 1, uma só missa por
commisso populo applicare tenetur. todo o povo que lhe é confiado.
§ 3. Parochus qui obligationi de qua in §§ 1 § 3. O pároco que não tiver cumprido a
et 2 non satisfecerit, quam primum pro obrigação mencionada nos §§ 1 e 2,
populo tot Missas applicet, quot omiserit. aplique quanto antes tantas missas pelo
povo quanto as tiver omitido.
Can. 536 - § 1. Si, de iudicio Episcopi Cân. 536 - § 1. A juízo do Bispo diocesano,
dioecesani, audito consilio presbyterali, ouvido o conselho presbiteral, se for
opportunum sit, in unaquaque paroecia oportuno, seja constituído em cada
constituatur consilium pastorale, cui paróquia o conselho pastoral, presidido
parochus praeest et in quo christifideles pelo pároco, no qual os fiéis ajudem a
una cum illis qui curam pastoralem vi officii promover a ação pastoral, juntamente com
sui in paroecia participant, ad actionem os que participam do cuidado pastoral em
pastoralem fovendam suum adiutorium virtude do próprio ofício.
praestent.
§ 2. Consilium pastorale voto gaudet § 2. O conselho pastoral tem somente voto
tantum consultivo et regitur normis ab consultivo e se rege pelas normas
Episcopo dioecesano statutis. estatuídas pelo Bispo diocesano.
Can. 538 - § 1. Parochus ab officio cessat Cân. 538 - § 1. O pároco cessa de seu
amotione aut translatione ab Episcopo ofício por destituição ou por transferência,
dioecesano ad normam iuris peracta, dadas pelo Bispo diocesano de acordo
renuntiatione iusta de causa ab ipso com o direito; por renúncia apresentada
parocho facta et, ut valeat, ab eodem pelo próprio pároco por justa causa e, para
Episcopo acceptata, necnon lapsu temporis ter valor, aceita pelo Bispo; pela conclusão
si, iuxta iuris particularis de quo in can. 522 do tempo, se tiver sido constituído por
praescripta, ad tempus determinatum tempo determinado, de acordo com a
constitutus fuerit. prescrição do direito particular,
mencionado no cân. 522.
§ 2. Parochus, qui est sodalis instituti § 2. O pároco, membro de um instituto
religiosi aut in societate vitae apostolicae religioso ou incardinado numa sociedade
incardinatus, ad normam can. 682, § 2 de vida apostólica, é destituído de acordo
amovetur. com o cân. 682 § 2.
§ 3. Parochus, expleto septuagesimo § 3. Tendo completado setenta e cinco
quinto aetatis anno, rogatur ut anos de idade, o pároco é solicitado a
renuntiationem ab officio exhibeat Episcopo apresentar ao próprio Bispo diocesano sua
dioecesano, qui, omnibus personae et loci renúncia ao ofício; o Bispo, considerando
inspectis adiunctis, de eadem acceptanda todas as circunstâncias da pessoa e do
aut differenda decernat; renuntiantis lugar, decida se aceita ou adia; o Bispo
congruae sustentationi et habitationi ab diocesano deve assegurar o conveniente
Episcopo dioecesano providendum est, sustento e moradia do renunciante,
attentis normis ab Episcoporum conferentia levando em conta as normas estatuídas
statutis. pela Conferência dos Bispos.
Can. 539 - Cum vacat paroecia aut cum Cân. 539 - Ficando vacante a paróquia ou
parochus ratione captivitatis, exsilii vel impedido o pároco de exercer a função
relegationis, inhabilitatis vel infirmae pastoral na paróquia, por motivo de prisão,
valetudinis aliusve causae a munere exílio ou confinamento, incapacidade,
pastorali in paroecia exercendo doença ou qualquer outra causa, seja
praepeditur, ab Episcopo dioecesano quam quanto antes nomeado pelo Bispo
primum deputetur administrator paroecialis, diocesano um administrador paroquial, isto
sacerdos scilicet qui parochi vicem é, um sacerdote que substitua o pároco, de
suppleat ad normam can. 540. acordo com o cân. 540.
Can. 540 - § 1. Administrator paroecialis Cân. 540 - § 1. O administrador paroquial
iisdem adstringitur officiis iisdemque gaudet tem os mesmos deveres e os mesmos
iuribus ac parochus, nisi ab Episcopo direitos que o pároco, salvo determinação
dioecesano aliter statuatur. contrária do Bispo diocesano.
§ 2. Administratori paroeciali nihil agere § 2. Não é lícito ao administrador paroquial
licet, quod praeiudicium afferat iuribus fazer alguma coisa que prejudique os
parochi aut damno esse possit bonis direitos do pároco ou que possa causar
paroecialibus. dano aos bens paroquiais.
§ 3. Administrator paroecialis post § 3. Ao terminar sua função, o
expletum munus parocho rationem reddat. administrador paroquial preste contas ao
pároco.
Can. 541 - § 1. Vacante paroecia itemque Cân. 541 - § 1. Ficando vacante a paróquia
parocho a munere pastorali exercendo ou impedido o pároco de exercer a função
impedito, ante administratoris paroecialis pastoral, o vigário paroquial assuma
constitutionem, paroeciae regimen interim interinamente o governo da paróquia antes
assumat vicarius paroecialis; si plures sint, da constituição do administrador paroquial;
is qui sit nominatione antiquior, et si vicarii se forem vários, o mais antigo por
desint, parochus iure particulari definitus. nomeação; se não os houver, o pároco
determinado pelo direito particular.
§ 2. Qui paroeciae regimen ad normam § 1 § 2. Quem assumir o governo da paróquia
assumpserit, loci Ordinarium de paroeciae de acordo com o § 1, deve informar
vacatione statim certiorem faciat. imediatamente o Ordinário local da
vacância da paróquia.
Can. 542 - Sacerdotes quibus in solidum, Cân. 542 - Os sacerdotes, aos quais
ad normam can. 517, § 1, alicuius solidariamente de acordo com o cân. 517
paroeciae aut diversarum simul § 1, é confiado o cuidado pastoral de uma
paroeciarum cura pastoralis committitur: ou várias paróquias simultaneamente:
1° praediti sint oportet qualitatibus, de 1° - devem ser dotados das qualidades
quibus in can. 521; requeridas no cân. 521;
2° nominentur vel instituantur ad 2° - sejam nomeados ou instituídos de
normam praescriptorum cann. 522 et 524; acordo com as prescrições dos cânn. 522 e
524;
3° curam pastoralem obtinent tantum a 3° - obtém o cuidado pastoral só a
momento captae possessionis; eorundem partir do momento da tomada de posse; ao
moderator in possessionem mittitur ad seu coordenador se dá posse acordo com
normam praescriptorum can. 527, § 2; pro as prescrições do cân. 527 § 2; para os
ceteris vero sacerdotibus fidei professio sacerdotes, a profissão de fé legitimamente
legitime facta locum tenet captae feita substitui a tomada de posse.
possessionis.
Can. 544 - Cum cesset ab officio aliquis Cân. 544 - Quando cessa do ofício algum
sacerdos e coetu, de quo in can. 517, § 1, dos sacerdotes do grupo mencionado no
vel coetus moderator, itemque cum cân. 517 § 1, ou o coordenador da equipe,
eorundem aliquis inhabilis fiat ad munus ou quando algum deles se torna incapaz
pastorale exercendum, non vacat paroecia de exercer o múnus pastoral, não fica
vel paroeciae, quarum cura coetui vacante a paróquia ou paróquias, cujo
committitur; Episcopi autem dioecesani est cuidado pastoral está confiado ao grupo;
alium nominare moderatorem; antequam compete ao Bispo diocesano nomear outro
vero ab Episcopo alius nominetur, hoc coordenador; antes, porém, de ser
munus adimpleat sacerdos eiusdem coetus nomeado outro pelo Bispo diocesano,
nominatione antiquior. exerça esse ofício o sacerdote mais antigo
por nomeação no grupo.
Can. 547 - Vicarium paroecialem libere Cân. 547 - O Bispo diocesano nomeia
nominat Episcopus dioecesanus, auditis, si livremente o vigário paroquial, ouvindo, se
opportunum id iudicaverit, parocho aut julgar oportuno, o pároco ou párocos das
parochis paroeciarum pro quibus paróquias para as quais é constituído, bem
constituitur, necnon vicario foraneo, firmo c omo o vigário forâneo, salva a prescrição
praescripto can. 682, § 1. do cân. 682 § 1.
Can. 549 - Absente parocho, nisi aliter Cân. 549 - Na ausência do pároco, a não
Episcopus dioecesanus providerit ad ser que o Bispo diocesano tenha
normam can. 533, § 3, et nisi Administrator providenciado de outro modo, segundo o
paroecialis constitutus fuerit, serventur cân. 533 § 3, e a não ser que tenha sido
praescripta can. 541, § 1; vicarius hoc in constituído o Administrador paroquial,
casu omnibus etiam obligationibus tenetur observem-se as prescrições do cân.541
parochi, excepta obligatione applicandi § 1; em tal caso, o vigário terá também
Missam pro populo. todas as obrigações do pároco, exceto a
obrigação de aplicar a missa pelo povo.
Can. 551 - Ad oblationes quod attinet, quas Cân. 551 - Quanto às ofertas que os fiéis
occasione perfuncti ministerii pastoralis fazem ao vigário por ocasião do exercício
christifideles vicario faciunt, serventur do ministério pastoral, observem-se as
praescripta can. 531. prescrições do cân. 531.
Can. 552 - Vicarius paroecialis ab Cân. 552 - O Vigário paroquial pode ser
Episcopo dioecesano aut ab Administratore destituído pelo Bispo diocesano ou pelo
dioecesano amoveri potest, iusta de causa, Administrador diocesano por justa causa,
firmo praescripto can. 682, § 2. salva a prescrição do cân. 682 § 2.
Can. 554 - § 1. Ad officium vicarii foranei, Cân. 554 - § 1. Para o ofício de vigário
quod cum officio parochi certae paroeciae forâneo, que não está ligado ao ofício de
non ligatur, Episcopus seligat sacerdotem pároco em determinada paróquia, o Bispo
quem, inspectis loci ac temporis adiunctis, escolha o sacerdote que julgar idôneo,
idoneum iudicaverit. após ponderar as circunstâncias de lugar e
tempo.
§ 2. Vicarius foraneus nominetur ad certum § 2. O vigário forâneo seja nomeado por
tempus, iure particulari determinatum. tempo determinado, estabelecido pelo
direito particular.
§ 3. Vicarium foraneum iusta de causa, pro § 3. O Bispo diocesano pode livremente
suo prudenti arbitrio, Episcopus destituir o vigário forâneo, por justa causa,
dioecesanus ab officio libere amovere de acordo com seu prudente arbítrio.
potest.
Can. 555 - § 1. Vicario foraneo, praeter Cân. 555 - § 1. Além das faculdades que
facultates iure particulari ei legitime lhe são atribuídas legitimamente pelo
tributas, officium et ius est: direito particular, o vigário forâneo tem o
direito e o dever de:
1° actionem pastoralem in vicariatu 1° - promover e coordenar a atividade
communem promovendi et coordinandi; pastoral comum no vicariato;
2° prospiciendi ut clerici sui districtus 2° - velar para que os clérigos de sua
vitam ducant proprio statui congruam atque circunscrição levem vida coerente como o
officiis suis diligenter satisfaciant; próprio estado e cumpram diligentemente
seus deveres;
3° providendi ut religiosae functiones 3° - assegurar que se celebrem as
secundum sacrae liturgiae praescripta funções religiosas de acordo com as
celebrentur, ut decor et nitor ecclesiarum prescrições da sagrada liturgia, que se
sacraeque supellectilis, maxime in conserve diligentemente o decoro e a
celebratione eucharistica et custodia limpeza das igrejas e das alfaias sagradas,
sanctissimi Sacramenti, accurate serventur, principalmente na celebração eucarística e
ut recte conscribantur et debite na conservação do santíssimo
custodiantur libri paroeciales, ut bona Sacramento, que se escrevam exatamente
ecclesiastica sedulo administrentur; e se guardem devidamente os livros
denique ut domus paroecialis debita paroquiais, que se administrem
diligentia curetur. cuidadosamente os bens eclesiásticos e se
cuide da casa paroquial com a devida
diligência.
§ 2. In vicariatu sibi concredito vicarius § 2. O vigário forâneo, no vicariato que lhe
foraneus: foi confiado:
1° operam det ut clerici, iuxta iuris 1°- empenhe-se para que os clérigos,
particularis praescripta, statutis temporibus de acordo com as prescrições do direito
intersint praelectionibus, conventibus particular, em tempos determinados,
theologicis aut conferentiis, ad normam participem de cursos, encontros teológicos
can. 279, § 2; ou conferências, de acordo com o cân. 279
§ 2;
2° curet ut presbyteris sui districtus 2°- cuide que não faltem os auxílios
subsidia spiritualia praesto sint, itemque espirituais aos presbíteros de sua
maxime sollicitus sit de iis, qui in circunscrição, e tenha a máxima solicitude
difficilioribus versantur circumstantiis aut com os que se encontram em situações
problematibus anguntur. mais difíceis ou se afligem com problemas.
§ 3. Curet vicarius foraneus ut parochi sui § 3. O vigário forâneo cuide que não faltem
districtus, quos graviter aegrotantes os auxílios espirituais e materiais para os
noverit, spiritualibus ac materialibus auxiliis párocos de sua circunscrição, que souber
ne careant, utque eorum qui decesserint, gravemente enfermos, e que sejam
funera digne celebrentur; provideat quoque celebrados funerais dignos para os
ne, occasione aegrotationis vel mortis, libri, falecidos; porvidencie também que, por
documenta, sacra supellex aliaque, quae ocasião de sua doença ou morte, não se
ad Ecclesiam pertinent, depereant aut percam nem sejam retirados livros,
asportentur. documentos, alfaias sagradas ou qualquer
outra coisa pertencente a Igreja.
§ 4. Vicarius foraneus obligatione tenetur § 4. O vigário forâneo tem a obrigação de
secundum determinationem ab Episcopo visitar as paróquias de sua circunscrição,
dioecesano factam, sui districtus paroecias de acordo com a determinação do Bispo
visitare. diocesano.
Can. 558 - Salvo praescripto can. 262, Cân. 558 - Salvo o prescrito no cân. 262,
rectori non licet functiones paroeciales de ao reitor não é lícito realizar, na igreja a ele
quibus in can. 530, nn. 1-6, in ecclesia sibi confiada, as funções paroquiais
commissa peragere, nisi consentiente aut, mencionadas no cân. 530, n. 1-6, a não ser
si res ferat, delegante parocho. com o consentimento do pároco ou, se for
o caso, com sua delegação.
Can. 559 - Potest rector in ecclesia sibi Cân. 559 - Na igreja a ele confiada, o reitor
commissa liturgicas celebrationes etiam pode realizar as celebrações litúrgicas
sollemnes peragere, salvis legitimis mesmo solenes, salvo legítimas leis de
fundationis legibus, atque dummodo de fundação, e contanto que, a juízo do
iudicio loci Ordinarii nullo modo ministerio Ordinário local, não prejudiquem o
paroeciali noceant. ministério paroquial.
Can. 560 - Loci Ordinarius, ubi id Cân. 560 - Nos casos em que o julgar
opportunum censeat, potest rectori oportuno, o Ordinário local pode ordenar
praecipere ut determinatas in ecclesia sua ao reitor que celebre para o povo em sua
pro populo celebret functiones etiam igreja determinadas funções, mesmo
paroeciales, necnon ut ecclesia pateat paroquiais; pode também ordenar- lhe que
certis christifidelium coetibus ibidem abra a igreja a determinados grupos de
liturgicas celebrationes peracturis. fiéis para ai fazerem celebrações litúrgicas.
Can. 561 - Sine rectoris aliusve legitimi Cân. 561 - Sem a licença do reitor ou de
superioris licentia, nemini licet in ecclesia outro superior legítimo, a ninguém é lícito
Eucharistiam celebrare, sacramenta celebrar a Eucaristia, administrar os
administrare aliasve sacras functiones sacramentos ou realizar outras funções
peragere; quae licentia danda aut sagradas na igreja; essa licença deve ser
deneganda est ad normam iuris. dada ou negada de acordo com o direito.
Can. 562 - Ecclesiae rector, sub auctoritate Cân. 562 - Sob a autoridade do Ordinário
loci Ordinarii servatisque legitimis statutis local e respeitando os legítimos estatutos e
et iuribus quaesitis, obligatione tenetur os direitos adquiridos, o reitor de igreja é
prospiciendi ut sacrae functiones obrigado a velar para que as funções
secundum normas liturgicas et canonum sagradas sejam celebradas dignamente,
praescripta digne in ecclesia celebrentur, na igreja de acordo com as normas
onera fideliter adimpleantur, bona diligenter litúrgicas e as prescrições dos cânones,
administrentur, sacrae supellectilis atque para que se cumpram fielmente os
aedium sacrarum conservationi et decori encargos, para que se assegurem a
provideatur, neve quidpiam fiat quod conservação e o decoro das alfaias
sanctitati loci ac reverentiae domui Dei sagradas e das construções, e para que
debitae quoquo modo non congruat. nada se faça que não convenha de algum
modo à santidade do lugar e ao respeito
devido à casa de Deus.
Can. 563 - Rectorem ecclesiae, etsi ab aliis Cân. 563 - O Ordinário local, por justa
electum aut praesentatum, loci Ordinarius causa, pode destituir do ofício, de acordo
ex iusta causa, pro suo prudenti arbitrio ab com seu prudente juízo, o reitor da igreja,
officio amovere potest, firmo praescripto mesmo eleito ou apresentado por outros,
can. 682, § 2. salva a prescrição do cân. 682 § 2.
Can. 565 - Nisi iure aliud caveatur aut Cân. 565 - A não ser que o direito
cuidam specialia iura legitime competant, disponha o contrário ou alguém tenha
cappellanus nominatur ab Ordinario loci, direitos especiais, o capelão é nomeado
cui etiam pertinet praesentatum instituere pelo Ordinário local, ao qual também
aut electum confirmare. compete instituir quem foi apresentado ou
confirmar quem foi eleito.
Can. 568 - Pro iis qui ob vitae condicionem Cân. 568 - Na medida do possível, sejam
ordinaria parochorum cura frui non valent, constituídos capelães para aqueles que,
uti sunt migrantes, exsules, profugi, por sua condição de vida, não podem
nomades, navigantes, constituantur, usufruir do cuidado ordinário dos párocos,
quatenus fieri possit, cappellani. como os migrantes, exilados, fugitivos,
nômades, navegantes.
Can. 569 - Cappellani militum legibus Cân. 569 - Os Capelães militares regem-se
specialibus reguntur. por leis especiais.
Can. 570 - Si communitatis aut coetus sedi Cân. 570 - No exercício de seu múnus
adnexa est ecclesia non paroecialis, pastoral, o capelão deve manter o devido
cappellanus sit rector ipsius ecclesiae, nisi entendimento com o pároco.
cura communitatis aut ecclesiae aliud
exigat.
Can. 571 - In exercitio sui pastoralis Cân. 571 - No exercício de seu múnus
muneris, cappellanus debitam cum parocho pastoral, o capelão deve manter o devido
servet coniunctionem. entendimento com o pároco.
Can. 574 - § 1. Status eorum, qui in Cân. 574 - § 1. O estado dos que
huiusmodi institutis consilia evangelica professam os conselhos evangélicos
profitentur, ad vitam et sanctitatem nesses institutos pertencem à vida e
Ecclesiae pertinet, et ideo ab omnibus in santidade da Igreja e, por isso, deve ser
Ecclesia fovendus et promovendus est. incentivado e promovido por todos, na
Igreja.
§ 2. Ad hunc statum quidam christifideles § 2. Para esse estado, alguns fiéis são
specialiter a Deo vocantur, ut in vita especialmente chamados por Deus, a fim
Ecclesiae peculiari dono fruantur et, de usufruírem de um dom particular na vida
secundum finem et spiritum instituti, da Igreja e, segundo o fim e o espírito do
eiusdem missioni salvificae prosint. instituto, servirem à sua missão salvífica.
Can. 578 - Fundatorum mens atque Cân. 578 - A mente e os objetivos dos
proposita a competenti auctoritate fundadores, aprovados pela competente
ecclesiastica sancita circa naturam, finem, autoridade eclesiástica, no que se refere à
spiritum et indolem instituti, necnon eius natureza, à finalidade, ao espírito e à
sanae traditiones, quae omnia patrimonium índole do instituto, bem como suas sãs
eiusdem instituti constituunt, ab omnibus tradições, tudo isso constitui o patrimônio
fideliter servanda sunt. desse instituto e seja fielmente conservado
por todos.
Can. 579 - Episcopi dioecesani, in suo Cân. 579 - Os Bispos diocesanos podem,
quisque territorio, instituta vitae com decreto formal, validamente erigir
consecratae formali decreto valide erigere institutos de vida consagrada no seu
possunt, praevia licentia Sedis Apostolicae respectivo território, prévia licença escrita
scripto data. da Sé Apostólica.
Can. 580 - Aggregatio alicuius instituti vitae Cân. 580 - A agregação de algum instituto
consecratae ad aliud reservatur competenti de vida consagrada a outro é reservada à
auctoritati instituti aggregantis, salva competente autoridade do instituto
semper canonica autonomia instituti agregante, salva sempre a autonomia
aggregati. canônica do instituto agregado.
Can. 581 - Dividere institutum in partes, Cân. 581 - Cabe à competente autoridade
quocumque nomine veniant, novas erigere, do instituto, de acordo com as
erectas coniungere vel aliter circumscribere constituições, dividir o instituto em partes,
ad competentem instituti auctoritatem quaisquer que sejam os seus nomes, erigir
pertinet, ad normam constitutionum. novas partes, unir as erigidas ou dar-lhes
novos limites
Can. 583 - Immutationes in institutis vitae Cân. 583 - Mudanças no institutos de vida
consecratae ea afficientes, quae a Sede consagrada, que atinjam o que foi
Apostolica approbata fuerunt, absque aprovado pela Sé Apóstolica, não se
eiusdem licentia fieri nequeunt. podem fazer sem sua licença.
Can. 584 - Institutum supprimere ad unam Cân. 584 - Suprimir um instituto compete
Sedem Apostolicam spectat, cui etiam unicamente à Sé Apostólica, a quem se
reservatur de eius bonis temporalibus reserva também decidir quanto a seus
statuere. bens temporais.
Can. 589 - Institutum vitae consecratae Cân. 589 - Um instituto de vida consagrada
dicitur iuris pontificii, si a Sede Apostolica se diz de direito pontifício se foi erigido
erectum aut per eiusdem formale decretum pela Sé Apostólica ou aprovado por um
approbatum est; iuris vero dioecesani, si ab seu decreto formal; de direito diocesano,
Episcopo dioecesano erectum, se foi erigido pelo Bispo diocesano e não
approbationis decretum a Sede Apostolica obteve da Sé Apostólica o decreto de
non est consecutum. aprovação.
Can. 591 - Quo melius institutorum bono Cân. 591 - Para prover melhor ao bem do
atque apostolatus necessitatibus instituto e às necessidades do apostolado,
provideatur, Summus Pontifex, ratione sui o Sumo Pontífice, em virtude de seu
in universam Ecclesiam primatus, intuitu primado na Igreja universal tendo em vista
utilitatis communis, instituta vitae o bem comum, pode eximir os institutos de
consecratae ab Ordinariorum loci regimine vida consagrada do regime dos Ordinários
eximere potest sibique soli vel alii locais e submetê-los somente a ele próprio
ecclesiasticae auctoritati subicere. ou a outra autoridade eclesiástica.
Can. 592 - § 1. Quo melius institutorum Cân. 592 - § 1. Para melhor alimentar a
communio cum Sede Apostolica foveatur, comunhão dos institutos com a Sé
modo et tempore ab eadem statutis, Apostólica, no modo e tempo por ela
quilibet supremus Moderator brevem determinados, cada Moderador supremo
conspectum status et vitae instituti eidem envie à Sé Apostólica breve relatório do
Apostolicae Sedi mittat. estado e da vida do instituto.
§ 2. Cuiuslibet instituti Moderatores § 2. Os Moderadores de qualquer instituto
promoveant notitiam documentorum promovam o conhecimento dos
Sanctae Sedis, quae sodales sibi documentos da Santa Sé que afetam os
concreditos respiciunt, eorumque membros que são confiados a eles e
observantiam curent. cuidem que sejam observados.
Can. 593 - Firmo praescripto can. 586, Cân. 593 - Salva a prescrição do cân. 586,
instituta iuris pontificii quoad regimen os institutos de direito pontifício, quanto ao
internum et disciplinam immediate et regime interno e à disciplina, estão
exclusive potestati Sedis Apostolicae imediata e exclusivamente sujeitos ao
subiciuntur. poder da Sé Apostólica.
Can. 594 - Institutum iuris dioecesani, firmo Cân. 594 - O instituto de direito diocesano,
can. 586, permanet sub speciali cura salvo o cân. 586, permanece sob o cuidado
Episcopi dioecesani. especial do Bispo diocesano.
Can. 595 - § 1. Episcopi sedis principis est Cân. 595 - § 1. Compete ao Bispo da sede
constitutiones approbare et immutationes in principal aprovar as constituições e
eas legitime introductas confirmare, salvis confirmar as mudanças nelas
iis in quibus Apostolica Sedes manus legitimamente introduzidas, exceto aquilo
apposuerit, necnon negotia maiora totum em que a Sé Apostólica tenha tenham
institutum respicientia tractare, quae intervindo, bem como tratar das questões
potestatem internae auctoritatis superent, mais importantes referentes a todo o
consultis tamen ceteris Episcopis instituto e que superam o poder da
dioecesanis, si institutum ad plures autoridade interna, consultando, porém, os
dioeceses propagatum fuerit. outros Bispos diocesanos, caso o instituto
se tenha propagado por várias dioceses.
§ 2. Episcopus dioecesanus potest § 2. Em casos particulares, o Bispo
dispensationes a constitutionibus diocesano pode conceder dispensas das
concedere in casibus particularibus. constituições.
Can. 597 - § 1. In vitae consecratae Cân. 597 - § 1. Pode ser admitido num
institutum admitti potest quilibet catholicus, instituto de vida consagrada qualquer
recta intentione praeditus, qui qualitates católico, que tenha reta intenção, que
habeat iure universali et proprio requisitas possua as qualidades requeridas pelo
nulloque detineatur impedimento. direito universal e pelo direito próprio e que
não esteja detido por nenhum
impedimento.
§ 2. Nemo admitti potest sine congrua § 2. Ninguém pode ser admitido sem
praeparatione. preparação adequada.
Can. 602 - Vita fraterna, unicuique instituto Cân. 602 - A vida fraterna, própria de cada
propria, qua sodales omnes in peculiarem instituto, pela qual todos os membros se
veluti familiam in Christo coadunantur, ita unem como numa família especial em
definiatur ut cunctis mutuo adiutorio evadat Cristo, seja definida de tal modo, que se
ad suam cuiusque vocationem torne para todos auxílio mútuo para a
adimplendam. Fraterna autem vivência da própria vocação. Pela
communione, in caritate radicata et comunhão fraterna, porém, radicada e
fundata, sodales exemplo sint universalis in fundamentada na caridade, os membros
Christo reconciliationis. sirvam de exemplo da reconciliação
universal em Cristo.
Can. 603 - § 1. Praeter vitae consecratae Cân. 603 - § 1. Além dos institutos de vida
instituta, Ecclesia agnoscit vitam consagrada, a Igreja reconhece a vida
eremiticam seu anachoreticam, qua eremítica ou anacorética, com a qual os
christifideles arctiore a mundo secessu, fiéis, por uma separação mais rígida do
solitudinis silentio, assidua prece et mundo, pelo silêncio da solidão, pela
paenitentia, suam in laudem Dei et mundi assídua oração e penitência, consagram a
salutem vitam devovent. vida ao louvor de Deus e à salvação do
mundo.
§ 2. Eremita, uti Deo deditus in vita § 2. O eremita como dedicado a Deus na
consecrata, iure agnoscitur si tria vida consagrada, é reconhecido pelo
evangelica consilia, voto vel alio sacro direito, se professar publicamente os três
ligamine firmata, publice profiteatur in conselhos evangélicos, confirmados por
manu Episcopi dioecesani et propriam voto ou por outro vínculo sagrado, nas
vivendi rationem sub ductu eiusdem servet. mãos do Bispo diocesano, e se mantiver o
próprio modo de vida sob a orientação
dele.
Can. 604 - § 1. Hisce vitae consecratae Cân. 604 - § 1. A essas formas de vida
formis accedit ordo virginum quae, sanctum consagrada se acrescenta a ordem das
propositum emittentes Christum pressius virgens que, emitindo o santo propósito de
sequendi, ab Episcopo dioecesano iuxta seguir a Cristo mais de perto, são
probatum ritum liturgicum Deo consagradas a Deus, pelo Bispo
consecrantur, Christo Dei Filio mystice diocesano, de acordo com o rito litúrgico
desponsantur et Ecclesiae servitio aprovado, misticamente desposadas com
dedicantur. Cristo Filho de Deus e dedicadas ao
serviço da Igreja.
§ 2. Ad suum propositum fidelius § 2. Para cumprir mais fielmente seu
servandum et ad servitium Ecclesiae, objetivo e aprimorar o serviço a Igreja,
proprio statui consonum, mutuo adiutorio adequado a seu estado, mediante ajuda
perficiendum, virgines consociari possunt. mútua, as virgens podem se associar.
§ 3. Has consociationes recognoscere § 3. O reconhecimento e a ereção de tais
atque erigere est, pro consociationibus associações a nível diocesano compete ao
dioecesanis, Episcopi dioecesani, intra Bispo diocesano, no âmbito do seu
fines sui territorii, et, pro consociationibus território, a nível nacional compete à
nationalibus, Conferentiae Episcoporum, Conferência episcopal, no âmbito do
intra fines sui territorii. próprio território.
Can. 605 - Novas formas vitae consecratae Cân. 605 - Reserva-se unicamente à Sé
approbare uni Sedi Apostolicae reservatur. Apostólica aprovar novas formas de vida
Episcopi dioecesani autem nova vitae consagrada. Os Bispos diocesanos, porém,
consecratae dona a Spiritu Sancto se esforcem para discernir novos dons de
Ecclesiae concredita discernere satagant vida consagrada confiados pelo Espírito
iidemque adiuvent promotores ut proposita Santo à Igreja: ajudem seus promotores
meliore quo fieri potest modo exprimant para que expressem e protejam, do melhor
aptisque statutis protegant, adhibitis modo possível, seus objetivos, com
praesertim generalibus normis in hac parte estatutos adequados especialmente
contentis. usando as normas gerais contidas nesta
parte.
Can. 606 - Quae de institutis vitae Cân. 606 - O que se estabelece sobre os
consecratae eorumque sodalibus institutos de vida consagrada e seus
statuuntur, pari iure de utroque sexu valent, membros vale, com igual direito, para
nisi ex contextu sermonis vel ex rei natura ambos os sexos, a não ser que conste o
aliud constet. contrário pelo contexto das palavras ou
pela natureza da coisa.
Can. 610 - § 1. Domorum erectio fit prae Cân. 610 - § 1. A ereção das casas se faz
oculis habita utilitate Ecclesiae et instituti tendo em vista a utilidade da Igreja e do
atque in tuto positis iis quae ad vitam instituto, e garantindo o que se requer para
religiosam sodalium rite agendam que a vida religiosa dos membros seja
requiruntur, iuxta proprios instituti fines et devidamente vivida, de acordo com os fins
spiritum. próprios e o espírito do instituto.
§ 2. Nulla domus erigatur nisi iudicari § 2. Nenhuma casa seja erigida, a não ser
prudenter possit fore ut congrue sodalium que se possa com prudência julgar que se
necessitatibus provideatur. proverá devidamente às necessidades dos
membros.
Can. 612 - Ut domus religiosa ad opera Cân. 612 - Para uma casa religiosa ser
apostolica destinetur diversa ab illis pro destinada as atividades apostólicas
quibus constituta est, requiritur consensus diversas daquelas para que foi constituída,
Episcopi dioecesani; non vero, si agatur de requer- se o consentimento do Bispo
conversione, quae, salvis fundationis diocesano; não, porém, se se tratar de
legibus, ad internum regimen et disciplinam mudança que, salvas as leis de fundação,
dumtaxat referatur. se refira unicamente ao regime e à
disciplina interna.
Can. 615 - Monasterium sui iuris, quod Cân. 615 - O mosteiro sui iuris que, além
praeter proprium Moderatorem alium do próprio Moderador, não tem outro
Superiorem maiorem non habet, neque Superior maior nem está associado a
alicui religiosorum instituto ita consociatum algum instituto de religiosos, de tal modo
est ut eiusdem Superior vera potestate que sobre esse mosteiro seu Superior
constitutionibus determinata in tale tenha verdadeiro poder determinado pelas
monasterium gaudeat, ad normam iuris constituições, é confiado, de acordo com o
peculiari vigilantiae Episcopi dioecesani direito, à vigilância especial do Bispo.
committitur.
Can. 616 - § 1. Domus religiosa legitime Cân. 616 - § 1. Uma casa religiosa
erecta supprimi potest a supremo legitimamente erigida pode ser supressa
Moderatore ad normam constitutionum, pelo Moderador supremo, de acordo com
consulto Episcopo dioecesano. De bonis as constituições, consultando-se ao Bispo
domus suppressae provideat ius proprium diocesano. Quanto aos bens da casa
instituti, salvis fundatorum vel offerentium supressa, providencie o direito próprio do
voluntatibus et iuribus legitime quaesitis. instituto, respeitando-se a vontade dos
fundadores e doadores e os direitos
legitimamente adquiridos.
§ 2. Suppressio unicae domus instituti ad § 2. A supressão da única casa de um
Sanctam Sedem pertinet, cui etiam instituto compete à Santa Sé, à qual nesse
reservatur de bonis in casu statuere. caso, é reservado também dar disposições
a respeito dos bens.
§ 3. Supprimere domum sui iuris, de qua in § 3. Cabe ao capítulo geral suprimir uma
can. 613, est capituli generalis, nisi casa autônoma, mencionada no cân. 613,
constitutiones aliter ferant. salvo determinação contrária das
constituições.
§ 4. Monialium monasterium sui iuris § 4. Compete à Santa Sé suprimir um
supprimere ad Sedem Apostolicam mosteirosui iuris de monjas, observando-se
pertinet, servatis ad bona quod attinet as prescrições das constituições quanto
praescriptis constitutionum. aos bens.
Can. 619 - Superiores suo officio sedulo Cân. 619 - Os Superiores se dediquem
incumbant et una cum sodalibus sibi diligentemente a seu ofício e, juntamente
commissis studeant aedificare fraternam in com os membros que lhes estão confiados,
Christo communitatem, in qua Deus ante se esforcem para construir uma
omnia quaeratur et diligatur. Ipsi igitur comunidade fraterna em Cristo, na qual se
nutriant sodales frequenti verbi Dei pabulo busque e se ame a Deus antes de tudo.
eosque adducant ad sacrae liturgiae Nutram, pois, os membros com o alimento
celebrationem. Eis exemplo sint in freqüente da Palavra de Deus e os levem à
virtutibus colendis et in observantia legum celebração da sagrada liturgia. Sirvam-lhes
et traditionum proprii instituti; eorum de exemplo no cultivo das virtudes e na
necessitatibus personalibus convenienter observância das leis e tradições do próprio
subveniant, infirmos sollicite curent ac instituto; atendam convenientemente às
visitent, corripiant inquietos, consolentur suas necessidades pessoais; tratem com
pusillanimes, patientes sint erga omnes. solicitude e visitem os doentes, corrijam os
rebeldes, consolem os desanimados,
sejam pacientes com todos.
Can. 620 - Superiores maiores sunt, qui Cân. 620 - Superiores maiores são os que
totum regunt institutum, vel eius governam todo o instituto, uma sua
provinciam, vel partem eidem província, uma parte a ela equiparada, ou
aequiparatam, vel domum sui iuris, itemque uma casa autônoma, bem como seus
eorum vicarii. His accedunt Abbas Primas vigários. A estes acrescentam-se o Abade
et Superior congregationis monasticae, qui Primaz e o Superior de congregação
tamen non habent omnem potestatem, monástica que, todavia, não têm todo o
quam ius universale Superioribus poder que o direito universal confere aos
maioribus tribuit. Superiores maiores.
Can. 621 - Plurium domorum coniunctio Cân. 621 - Dá-se o nome de província a
quae sub eodem Superiore partem união de mais casas que, sob o mesmo
immediatam eiusdem instituti constituat et Superior, constitua uma parte imediata
ab auctoritate legitima canonice erecta sit, desse instituto e seja canonicamente
nomine venit provinciae. erigida pela legítima autoridade.
Can. 628 - § 1. Superiores qui iure proprio Cân. 628 - § 1. Os Superiores designados
instituti ad hoc munus designantur, statis pelo direito próprio para esse ofício visitem,
temporibus domos et sodales sibi nos tempos determinados, as casas e os
commissos iuxta normas eiusdem iuris membros que lhes estão confiados, de
proprii visitent. acordo com as normas do direito próprio.
§ 2. Episcopi dioecesani ius et officium est § 2. Os Bispos diocesanos têm o direito e o
visitare etiam quoad disciplinam religiosam: dever de visitar, mesmo no que se refere à
disciplina religiosa:
1° monasteria sui iuris de quibus in 1° - os mosteiros sui iuris mencionados no
can. 615; cân. 615;
2° singulas domos instituti iuris 2° - as casas de um instituto de direito
dioecesani in proprio territorio sitas. diocesano situadas no seu território.
§ 3. Sodales fiducialiter agant cum § 3. Os membros procedam com confiança
visitatore, cui legitime interroganti para com o visitador, a quem devem
respondere tenentur secundum veritatem in responder segundo a verdade na caridade,
caritate; nemini vero fas est quoquo modo quando os interrogar legitimamente; a
sodales ab hac obligatione avertere, aut ninguém é lícito desviar dessa obrigação
visitationis scopum aliter impedire. ou impedir, de outro modo, a finalidade da
visita.
Can. 629 - In sua quisque domo Cân. 629 - Os Superiores residam cada
Superiores commorentur, nec ab eadem qual em sua casa, e não se afastem dela, a
discedant, nisi ad normam iuris proprii. não ser de acordo com o direito próprio.
Can. 632 - Ius proprium accurate Cân. 632 - O direito próprio determine
determinet quae pertineant ad alia instituti cuidadosamente o que se refere a outros
capitula et ad alias similes coadunationes, capítulos do instituto e a outras reuniões
nempe ad eorum naturam, auctoritatem, semelhantes, isto é, sua natureza,
compositionem, modum procedendi et autoridade, composição, modo de proceder
tempus celebrationis. e tempo de celebração.
Can. 637 - Monasteria sui iuris, de quibus Cân. 637 - Os mosteiros sui iuris,
in can. 615, Ordinario loci rationem mencionados no cân. 615, devem prestar
administrationis reddere debent semel in contas da administração ao Ordinário local
anno; loci Ordinario insuper ius esto uma vez por ano; é também direito do
cognoscendi de rationibus oeconomicis Ordinário local examinar a administração
domus religiosae iuris dioecesani. econômica da casa religiosa de direito
diocesano.
Can. 638 - § 1. Ad ius proprium pertinet, Cân. 638 - § 1. Compete ao direito próprio,
intra ambitum iuris universalis, determinare dentro do âmbito do direito universal,
actus qui finem et modum ordinariae determinar os atos que excedam os limites
administrationis excedant, atque ea e o modo da administração ordinária e
statuere quae ad valide ponendum actum estabelecer o que é necessário para
extraordinariae administrationis necessaria praticar validamente um ato de
sunt. administração extraordinária.
§ 2. Expensas et actus iuridicos ordinariae § 2. Além dos Superiores, fazem
administrationis valide, praeter Superiores, validamente despesas e atos de
faciunt, intra fines sui muneris, officiales Administração ordinária, dentro dos limites
quoque, qui in iure proprio ad hoc de seu cargo, os oficiais para tanto
designantur. designados no direito próprio.
§ 3. Ad validitatem alienationis et cuiuslibet § 3. Para a validade de uma alienação e de
negotii in quo condicio patrimonialis qualquer negócio em que a condição
personae iuridicae peior fieri potest, patrimonial da pessoa jurídica pode tornar-
requiritur licentia in scripto data Superioris se pior, requer-se a licença escrita do
competentis cum consensu sui consilii. Si Superior competente com o consentimento
tamen agatur de negotio quod summam a de seu conselho. Tratando-se, porém, de
Sancta Sede pro cuiusque regione negócio que ultrapasse a soma
definitam superet, itemque de rebus ex determinada pela Santa Sé para cada
voto Ecclesiae donatis aut de rebus região, de ex- votos dados à Igreja ou de
pretiosis artis vel historiae causa, requiritur coisas preciosas por valor artístico ou
insuper ipsius Sanctae Sedis licentia. histórico, requer-se ainda a licença da
própria Santa Sé.
§ 4. Pro monasteriis sui iuris, de quibus in § 4. Para os mosteirossui iuri mencionados
can. 615, et institutis iuris dioecesani no cân. 615 e para os institutos de direito
accedat necesse est consensus Ordinarii diocesano, é necessário ainda o
loci in scriptis praestitus. consentimento escrito do Ordinário local.
Can. 639 - § 1. Si persona iuridica debita et Cân. 639 - § 1. Se uma pessoa jurídica
obligationes contraxerit etiam cum tiver contraído dívidas e obrigações,
Superiorum licentia, ipsa tenetur de eisdem mesmo com a licença dos Superiores, é
respondere. obrigada ela própria a responder por elas.
§ 2. Si sodalis cum licentia Superioris § 2. Se as tiver contraído um membro com
contraxerit de suis bonis, ipse respondere licença do Superior e com os próprios
debet, si vero de mandato Superioris bens, deve responder pessoalmente; mas
negotium instituti gesserit, institutum se tiver feito negócio por mandato do
respondere debet. Superior do instituto, o instituto deve
responder.
§ 3. Si contraxerit religiosus sine ulla § 3. O Superior maior pode permitir que o
Superiorum licentia, ipse respondere debet, grupo de noviços, em determinados
non autem persona iuridica. períodos de tempo, more em outra casa do
instituto por ele designada. § 3. Se as tiver
contraído um religioso sem nenhuma
licença do Superior, deve responder ele
mesmo e não a pessoa jurídica.
§ 4. Firmum tamen esto, contra eum, in § 4. Entretanto, fique sempre garantido que
cuius rem aliquid ex inito contractu versum se pode mover ação contra quem lucrou
est, semper posse actionem institui. em conseqüência do contrato feito.
§ 5. Caveant Superiores religiosi ne debita § 5. Cuidem os Superiores religiosos de
contrahenda permittant, nisi certo constet não permitir que se contraiam dívidas, a
ex consuetis reditibus posse debiti foenus não ser que conste com certeza que se
solvi et intra tempus non nimis longum per possam pagar, com as rendas ordinárias,
legitimam amortizationem reddi summam os juros da dívida e, em prazo não muito
capitalem. longo, devolver o capital por legítima
amortização.
Can. 640 - Instituta, ratione habita Cân. 640 - De acordo com as condições
singulorum locorum, testimonium caritatis locais, os institutos façam o possível para
et paupertatis quasi collectivum reddere dar um testemunho como que coletivo de
satagant et pro viribus ex propriis bonis caridade e pobreza, e, enquanto possível,
aliquid conferant ad Ecclesiae contribuam com alguma coisa dos próprios
necessitatibus et egenorum sustentationi bens para as necessidades da Igreja e o
subveniendum. sustento dos pobres.
Can. 642 - Superiores vigilanti cura eos Cân. 642 - Os Superiores, com atencioso
tantum admittant qui, praeter aetatem cuidado, admitam somente aqueles que,
requisitam, habeant valetudinem, aptam além da idade requerida, tenham saúde,
indolem et sufficientes maturitatis qualitates índole adequada e suficientes qualidades
ad vitam instituti propriam amplectendam; de maturidade para abraçar a vida própria
quae valetudo, indoles et maturitas do instituto; essa saúde, índole e
comprobentur adhibitis etiam, si opus fuerit, maturidade sejam comprovadas, se
peritis, firmo praescripto can. 220. necessário, por meio de peritos, salva a
prescrição do cân. 220.
Can. 643 - § 1. Invalide ad novitiatum Cân. 643 - § 1. Admite-se invalidamente
admittitur: para o noviciado:
1° qui decimum septimum aetatis 1° - quem não tenha completado ainda
annum nondum compleverit; dezessete anos de idade;
2° coniux, durante matrimonio; 2° - o cônjuge, enquanto perdurar o
matrimônio;
3° qui sacro vinculo cum aliquo instituto 3° - quem, por vínculo sagrado, esteja
vitae consecratae actu obstringitur vel in ligado a instituto de vida consagrada ou
aliqua societate vitae apostolicae incorporado a uma sociedade de vida
incorporatus est, salvo praescripto apostólica, salva a prescrição do cân. 684;
can. 684;
4° qui institutum ingreditur vi, metu 4° - quem ingressa no instituto, por
gravi aut dolo inductus, vel is quem violência, medo grave ou dolo, ou quem o
Superior eodem modo inductus recipit; Superior induzido pelo mesmo modo;
5° qui celaverit suam incorporationem 5° - quem tenha ocultado sua
in aliquo instituto vitae consecratae aut in incorporação a um instituto de vida
aliqua societate vitae apostolicae. consagrada ou a uma sociedade de vida
apostólica.
§ 2. Ius proprium potest alia impedimenta § 2. O direito próprio pode estabelecer
etiam ad validitatem admissionis outros impedimentos, mesmo para a
constituere vel condiciones apponere. validade da admissão, ou colocar
condições para ela.
Can. 648 - § 1. Novitiatus, ut validus sit, Cân. 648 - § 1. Para ser válido, o noviciado
duodecim menses in ipsa novitiatus deve compreender doze meses a serem
communitate peragendos complecti debet, passados na própria comunidade do
firmo praescripto can. 647, § 3. noviciado, salva a prescrição do cân. 647
§ 3.
§ 2. Ad novitiorum institutionem § 2. Para aperfeiçoar a formação dos
perficiendam, constitutiones, praeter noviços, as constituições, além do tempo
tempus de quo in § 1, unum vel plura mencionado no § 1, podem estabelecer um
exercitationis apostolicae tempora extra ou vários períodos de experiência
novitiatus communitatem peragenda apostólica a serem passados fora da
statuere possunt. comunidade do noviciado.
§ 3. Novitiatus ultra biennium ne § 3. O noviciado não pode prolongar-se por
extendatur. mais de dois anos.
Can. 651 - § 1. Novitiorum magister sit Cân. 651 - § 1. O mestre dos noviços seja
sodalis instituti qui vota perpetua professus membro do instituto, tenha professado os
sit et legitime designatus. votos perpétuos e seja legitimamente
designado.
§ 2. Magistro, si opus fuerit, cooperatores § 2. Se for necessário, podem- se dar ao
dari possunt, qui ei subsint quoad mestre colaboradores, que lhe estejam
moderamen novitiatus et institutionis sujeitos no que se refere à direção do
rationem. noviciado e às diretrizes da formação.
§ 3. Novitiorum institutioni praeficiantur § 3. A formação dos noviços sejam
sodales sedulo praeparati qui, aliis destinados membros diligentemente
oneribus non impediti, munus suum preparados que, livres de outros
fructuose et stabili modo absolvere possint. empenhos, possam cumprir seu ofício
frutuosa e estavelmente.
Can. 653 - § 1. Novitius institutum libere Cân. 653 - § 1. O noviço pode abandonar
deserere potest; competens autem instituti liv remente o instituto; a autoridade
auctoritas potest eum dimittere. competente do instituto pode demiti-lo.
§ 2. Exacto novitiatu, si idoneus iudicetur, § 2. Concluído o noviciado, o noviço seja
novitius ad professionem temporariam admitido à profissão temporária, se for
admittatur, secus dimittatur; si dubium julgado idôneo; caso contrário, seja
supersit de eius idoneitate, potest demitido; se ainda houver dúvida sobre sua
probationis tempus a Superiore maiore ad idoneidade, o tempo de prova pode ser
normam iuris proprii, non tamen ultra sex prorrogado pelo Superior maior, de acordo
menses prorogari. com o direito próprio, não porém mais de
seis meses.
Can. 655 - Professio temporaria ad tempus Cân. 655 - Faça-se profissão temporária
iure proprio definitum emittatur, quod pelo tempo definido pelo direito próprio;
neque triennio brevius neque sexennio esse tempo não seja menor do que três
longius sit. anos, nem maior do que seis
Can. 657 - § 1. Expleto tempore ad quod Cân. 657 - § 1. Decorrido o tempo para o
professio emissa fuerit, religiosus, qui qual foi feita a profissão, o religioso, que o
sponte petat et idoneus iudicetur, ad pedir espontaneamente e for julgado
renovationem professionis vel ad idôneo, seja admitido à renovação da
professionem perpetuam admittatur, secus profissão ou à profissão perpétua; caso
discedat. contrário, se retire.
§ 2. Si opportunum vero videatur, periodus § 2. Contudo, se parecer oportuno, o
professionis temporariae a competenti período da profissão temporária pode ser
Superiore, iuxta ius proprium, prorogari prorrogado pelo Superior competente, de
potest, ita tamen ut totum tempus, quo acordo com o direito próprio, de modo,
sodalis votis temporariis adstringitur, non porém, que todo o tempo em que membro
superet novennium. permanece vinculado pelos votos
temporários não ultrapasse nove anos.
§ 3. Professio perpetua anticipari potest ex § 3. A profissão perpétua pode ser
iusta causa, non tamen ultra trimestre. antecipada por justa causa, não porém
mais de três meses.
Can. 658 - Praeter condiciones de quibus Cân. 658 - Além das condições
in can. 656, nn. 3, 4 et 5 aliasque iure mencionadas no cân. 656, n.3, 4 e 5 e
proprio appositas, ad validitatem outras colocadas pelo direito próprio, para
professionis perpetuae requiritur: a validade da profissão perpétua requer-se:
1° vigesimus primus saltem aetatis 1° - ao menos vinte e um anos
annus completus; completos;
2° praevia professio temporaria saltem 2° - a profissão temporária prévia, ao
per triennium, salvo praescripto can. 657, menos por três anos, salva a prescrição do
§ 3. cân. 657 § 3.
Can. 661 - Per totam vitam religiosi Cân. 661 - Por toda a vida, os religiosos
formationem suam spiritualem, doctrinalem continuem diligentemente sua formação
et practicam sedulo prosequantur; espiritual, doutrinal e prática; os Superiores
Superiores autem eis adiumenta et tempus proporcionem a eles meios e tempo para
ad hoc procurent. isso.
Can. 669 - § 1. Religiosi habitum instituti Cân. 669 - § 1. Os religiosos usem o hábito
deferant, ad normam iuris proprii do instituto confeccionado de acordo com o
confectum, in signum suae consecrationis direito próprio, como sinal de sua
et in testimonium paupertatis. consagração e como testemunho de
pobreza.
§ 2. Religiosi clerici instituti, quod proprium § 2. Os religiosos clérigos de instituto que
non habet habitum, vestem clericalem ad não tem hábito próprio usem a veste
normam can. 284 assumant. clerical de acordo com o cân. 284.
Can. 670 - Institutum debet sodalibus Cân. 670 - O instituto deve proporcionar
suppeditare omnia quae ad normam aos membros tudo o que lhes é
constitutionum necessaria sunt ad suae necessário, de acordo com as
vocationis finem assequendum. constituições, para alcançar a finalidade de
sua vocação.
Can. 671 - Religiosus munera et officia Cân. 671 - Sem a licença do legítimo
extra proprium institutum ne recipiat Superior, o religioso não aceite encargos e
absque licentia legitimi Superioris. ofícios f ora do próprio instituto.
Can. 676 - Laicalia instituta, tum virorum Cân. 676 - Os institutos laicais, de homens
tum mulierum, per misericordiae opera e de mulheres, participam do múnus
spiritualia et corporalia munus pastorale pastoral da Igreja e prestam aos homens
Ecclesiae participant hominibusque muitíssimos serviços por meio de obras de
diversissima praestant servitia; quare in misericórdia espirituais e corporais;
suae vocationis gratia fideliter permaneant. permaneçam, pois, fielmente na graça da
própria vocação.
Can. 678 - § 1. Religiosi subsunt potestati Cân. 678 - § 1. Os religiosos estão sujeitos
Episcoporum, quos devoto obsequio ac ao poder dos Bispos, aos quais devem
reverentia prosequi tenentur, in iis quae obedecer, com devotado respeito e
curam animarum, exercitium publicum reverência, no que se refere à cura de
cultus divini et alia apostolatus opera almas, ao exercício público do culto divino
respiciunt. e às outras obras de apostolado.
§ 2. In apostolatu externo exercendo § 2. No exercício do apostolado externo, os
religiosi propriis quoque Superioribus religiosos estão sujeitos também aos
subsunt et disciplinae instituti fideles próprios Superiores e devem permanecer
permanere debent; quam obligationem ipsi fiéis à disciplina do instituto; os próprios
Episcopi, si casus ferat, urgere ne omittant. Bispos, se necessário, não deixem de urgir
essa obrigação.
§ 3. In operibus apostolatus religiosorum § 3. Na organização das atividades
ordinandis Episcopi dioecesani et apostólica dos religiosos, é necessário que
Superiores religiosi collatis consiliis os Bispos diocesanos e os Superiores
procedant oportet. religiosos procedam com mútuo
entendimento.
Can. 680 - Inter varia instituta, et etiam Cân. 680 - Entre os diversos institutos, e
inter eadem et clerum saecularem, ordinata também entre eles e o clero secular, seja
foveatur cooperatio necnon, sub promovida uma cooperação organizada e,
moderamine Episcopi dioecesani, omnium sob a direção do Bispo diocesano, uma
operum et actionum apostolicarum coordenação de todos os trabalhos e
coordinatio, salvis indole, fine singulorum atividades apostólicas, respeitando-se a
institutorum et legibus fundationis. índole, a finalidade de cada instituto e as
leis de fundação.
Can. 681 - § 1. Opera quae ab Episcopo Cân. 681 - § 1. As obras confiadas pelo
dioecesano committuntur religiosis, Bispo diocesano aos religiosos estão
eiusdem Episcopi auctoritati et directioni sujeitas a autoridade e direção do Bispo,
subsunt, firmo iure Superiorum mantendo-se o direito dos Superiores
religiosorum ad normam can. 678, §§ 2 et religiosos de acordo com o cân. 678 § 2 e
3. § 3.
§ 2. In his casibus ineatur conventio scripta § 2. Nesses casos, faça-se um convênio
inter Episcopum dioecesanum et escrito entre o Bispo diocesano e o
competentem instituti Superiorem, qua, Superior maior competente do instituto,
inter alia, expresse et accurate definiantur entre outras coisas, se defina expressa e
quae ad opus explendum, ad sodales cuidadosamente o que se refere ao
eidem addicendos et ad res oeconomicas trabalho a ser realizado, aos membros a
spectent. serem a ele destinados e às questões
econômicas.
Can. 688 - § 1. Qui expleto professionis Cân. 688 - § 1. Quem quiser sair do
tempore ab instituto egredi voluerit, illud instituto ao completar-se o tempo de
derelinquere potest. profissão pode fazê-lo.
§ 2. Qui perdurante professione § 2. Quem durante a profissão temporária,
temporaria, gravi de causa, petit ut por causa grave, pedir para deixar o
institutum derelinquat, indultum discedendi instituto, pode obter do Moderador
consequi potest a supremo Moderatore de supremo, com o consentimento do seu
consensu eius consilii; quoad monasterium conselho, o indulto de saída do instituto;
sui iuris, de quo in can. 615, indultum, ut num mosteiro autónomo, referido no cân.
valeat, confirmari debet ab Episcopo 615, para a validade do indulto requer-se a
domus assignationis. confirmação do Bispo do lugar da casa a
que o religioso pertence.
Can. 690 - § 1. Qui, expleto novitiatu vel Cân. 690 - § 1. Terminado o noviciado ou
post professionem, legitime ab instituto depois da profissão, quem tiver saído
egressus fuerit, a Moderatore supremo de legitimamente do instituto pode ser
consensu sui consilii rursus admitti potest readmitido pelo Moderador supremo com o
sine onere repetendi novitiatum; eiusdem consentimento de seu conselho, sem
autem Moderatoris erit determinare obrigação de repetir o noviciado; caberá a
congruam probationem praeviam esse Moderador determinar a prova prévia
professioni temporariae et tempus votorum conveniente, antes da profissão
ante professionem perpetuam temporária, e o tempo dos votos a ser
praemittendum, ad normam cann. 655 et anteposto à profissão perpétua, de acordo
657. com os cân. 655 e 657.
§ 2. Eadem facultate gaudet Superior § 2. Tem a mesma faculdade o Superior de
monasterii sui iuris cum consensu sui mosteiro sui iuris, com o consentimento de
consilii. seu conselho.
Can. 693 - Si sodalis sit clericus, indultum Cân. 693 - Se o membro é clérigo, não se
non conceditur priusquam inveniat concede o indulto antes que ele encontre
Episcopum qui eum in dioecesi incardinet um Bispo que o incardine na diocese ou
vel saltem ad experimentum recipiat. Si ad pelo menos o receba para experiência. Se
experimentum recipiatur, transacto é recebido para experiência, transcorrido
quinquennio, ipso iure dioecesi um qüinqüênio, fica ipso iure incardinado
incardinatur, nisi Episcopus eum na diocese, a não ser que o Bispo o tenha
recusaverit. recusado.
Can. 695 - § 1. Sodalis dimitti debet ob Cân. 695 - § 1. O membro deve ser
delicta de quibus in cann. 1395, 1397 et demitido pelos delitos mencionados nos
1398, nisi in delictis, de quibus in cann. cânn. 1395, 1397 e 1398, a não ser que,
1395 §§ 2-3, et 1398 § 1, Superior maior nos delitos mencionados nos cânn. 1395,
censeat dimissionem non esse omnino §§ 2-3 et 1398, § 1, o Superior maior julgue
necessariam et emendationi sodalis atque que a demissão não é absolutamente
restitutioni iustitiae et reparationi scandali necessária e que se pode, de outro modo,
satis alio modo consuli posse. assegurar suficientemente a correção da
pessoa, a restituição da justiça e a
reparação do escândalo.
§ 2. Hisce in casibus, Superior maior, § 2. Nesses casos, o Superior maior,
collectis probationibus circa facta et reunidas as provas referentes aos fatos e à
imputabilitatem, sodali dimittendo imputabilidade, revele àquele que deve ser
accusationem atque probationes significet, demitido a acusação e as provas, dando-
data eidem facultate sese defendendi. Acta lhe a faculdade de se defender. Todos os
omnia a Superiore maiore et a notario autos, assinados pelo Superior maior e
subscripta, una cum responsionibus sodalis pelo notário, juntamente com as respostas
scripto redactis et ab ipso sodale do membro, redigidas por escrito e
subscriptis, supremo Moderatori assinadas por ele, sejam enviadas ao
transmittantur. Moderador supremo.
Can. 696 - § 1. Sodalis dimitti etiam potest Cân. 696 - § 1. Alguém pode também ser
ob alias causas, dummodo sint graves, demitido por outras causas, contanto que
externae, imputabiles et iuridice sejam graves, externas, imputáveis e
comprobatae, uti sunt: habitualis neglectus juridicamente provadas, tais como:
obligationum vitae consecratae; iteratae negligência habitual nas obrigações da
violationes sacrorum vinculorum; pertinax vida consagrada; violações reit eradas dos
inoboedientia legitimis praescriptis vínculos sagrados; desobediência pertinaz
Superiorum in materia gravi; grave às prescrições legítimas dos Superiores em
scandalum ex culpabili modo agendi matéria grave; escândalo grave
sodalis ortum; pertinax sustentatio vel proveniente de procedimento culpável;
diffusio doctrinarum ab Ecclesiae defesa e difusão pertinaz de doutrinas
magisterio damnatarum; publica adhaesio condenadas pelo magistério da Igreja;
ideologiis materialismo vel atheismo adesão pública a ideologias eivadas de
infectis; illegitima absentia, de qua in materialismo ou ateísmo; ausência
can. 665, § 2, per semestre protracta; aliae ilegítima, mencionada no cân. 665, § 2,
causae similis gravitatis iure proprio instituti prolongada por um semestre; outras
forte determinatae. causas de gravidade semelhante, talvez
determinadas pelo direito próprio do
instituto.
§ 2. Ad dimissionem sodalis a votis § 2. Para a demissão de um professo de
temporariis, etiam causae minoris gravitatis votos temporários, são suficientes também
in iure proprio statutae sufficiunt. causas de menor gravidade, estabelecidas
no direito próprio.
Can. 701 - Legitima dimissione ipso facto Cân. 701 - Pela legítima demissão, cessam
cessant vota necnon iura et obligationes ex ipso-facto os votos, os direitos e as
professione promanantia. Si tamen sodalis obrigações que promanam da profissão.
sit clericus, sacros ordines exercere nequit, No entanto, se o demitido é clérigo, não
donec Episcopum inveniat qui eum post pode exercer as ordens sagradas até
congruam probationem in dioecesi, ad encontrar um Bispo que o receba após
normam can. 693, recipiat vel saltem conveniente prova na diocese, de acordo
exercitium sacrorum ordinum permittat. com o cân. 693, ou a menos lhe permita o
exercício das ordens sagradas.
Can. 703 - In casu gravis scandali Cân. 703 - Em caso de grave escândalo
exterioris vel gravissimi nocumenti instituto externo ou de gravíssimo perigo iminente
imminentis, sodalis statim a Superiore para o instituto, alguém pode ser
maiore vel, si periculum sit in mora, a imediatamente expulso da casa religiosa
Superiore locali cum consensu sui consilii e pelo Superior maior, ou, havendo perigo na
domo religiosa eici potest. Superior maior, demora, pelo Superior local com o
si opus sit, dimissionis processum ad consentimento de seu conselho. Se
normam iuris instituendum curet, aut rem necessário, o Superior maior cuide da
Sedi Apostolicae deferat. instrução do processo de demissão de
acordo com o direito, ou então leve a
questão à Sé Apostólica.
Can. 704 - De sodalibus, qui ab instituto Cân. 704 - No relatório a ser enviado à Sé
sunt quoquo modo separati, fiat mentio in Apostólica, mencionado no cân. 592 § 1,
relatione Sedi Apostolicae mittenda, de qua faça-se menção dos membros que, de
in can. 592, § 1. algum modo, se separaram do instituto.
Can. 712 - Firmis praescriptis cann. Cân. 712 - Salvas as prescrições dos cân.
598-601, constitutiones statuant vincula 598-601, as constituições determinem os
sacra, quibus evangelica consilia in vínculos sagrados pelos quais são
instituto assumuntur, et definiant assumidos os conselhos evangélicos no
obligationes quas eadem vincula inducunt, instituto e definam as obrigações que
servata tamen in vitae ratione semper esses vínculos impõem, mas conservando
propria instituti saecularitate. sempre, no modo de vida, a secularidade
própria do instituto.
Can. 714 - Sodales vitam in ordinariis Cân. 714 - Os membros vivam nas
mundi condicionibus vel soli, vel in sua condições ordinárias do mundo, sozinhos,
quisque familia, vel in vitae fraternae coetu, na própria família, ou num grupo de vida
ad normam constitutionum ducant. fraterna, de acordo com as constituições.
Can. 718 - Administratio bonorum instituti, Cân. 718 - A administração dos bens do
quae paupertatem evangelicam exprimere instituto, que deve manifestar e promover a
et fovere debet, regitur normis Libri V De pobreza evangélica, se rege pelas normas
bonis Ecclesiae temporalibus necnon iure do Livro V Dos bens temporais da Igreja, e
proprio instituti. Item ius proprium definiat pelo direito próprio do instituto. Igualmente,
obligationes praesertim oeconomicas o direito próprio determine as obrigações,
instituti erga sodales, qui pro ipso operam principalmente econômicas, do instituto
impendunt. para com os membros que para ele
trabalham.
Can. 720 - Ius admittendi in institutum, vel Cân. 720 - O direito de admitir no instituto
ad probationem vel ad sacra vincula sive para a prova ou para assumir os vínculos
temporaria sive perpetua aut definitiva sagrados, quer temporários quer perpétuos
assumenda, ad Moderatores maiores cum ou definitivos, compete aos Moderadores
suo consilio ad normam constitutionum maiores com seu conselho, de acordo com
pertinet. as constituições.
Can. 722 - § 1. Probatio initialis eo Cân. 722 - § 1. A prova inicial tenha como
ordinetur, ut candidati suam divinam finalidade que os candidatos conheçam
vocationem et quidem instituti propriam mais adequadamente sua vocação divina,
aptius cognoscant iidemque in spiritu et a vocação própria do instituto, e sejam
vivendi modo instituti exerceantur. exercitados no espírito e no modo de vida
do instituto.
§ 2. Ad vitam secundum evangelica § 2. Os candidatos sejam devidamente
consilia ducendam candidati rite formados para viver segundo os conselhos
instituantur atque ad eandem integre in evangélicos e instruídos a transformar
apostolatum convertendam edoceantur, inteiramente sua vida em apostolado,
eas adhibentes evangelizationis formas, usando das formas de evangelização que
quae instituti fini, spiritui et indoli magis melhor correspondam à finalidade, ao
respondeant. espírito e à índole do instituto.
§ 3. Huius probationis modus et tempus § 3. O modo e tempo dessa formação,
ante sacra vincula in instituto primum antes de se assumirem pela primeira vez
suscipienda, biennio non brevius, in os vínculos sagrados no instituto, por
constitutionibus definiantur. espaço não inferior a dois anos, sejam
determinados nas constituições.
Can. 723 - § 1. Elapso probationis initialis Cân. 723 - § 1. Decorrido o tempo da prova
tempore, candidatus qui idoneus iudicetur, inicial, o candidato que for julgado idôneo
tria consilia evangelica, sacro vinculo assuma os três conselhos evangélicos,
firmata, assumat vel ab instituto discedat. confirmados por um vínculo sagrado, ou
então deixe o instituto.
§ 2. Quae prima incorporatio, quinquennio § 2. Essa primeira incorporação, por não
non brevior, ad normam constitutionum menos de cinco anos, seja temporária, de
temporaria sit. acordo com as constituições.
§ 3. Huius incorporationis tempore elapso, § 3. Decorrido o tempo dessa
sodalis, qui idoneus iudicetur, admittatur ad incorporação, o membro que for julgado
incorporationem perpetuam vel definitivam, idôneo seja admitido à incorporação
vinculis scilicet temporariis semper perpétua ou a definitiva, isto é, com
renovandis. vínculos temporários a serem sempre
renovados.
§ 4. Incorporatio definitiva, quoad certos § 4. A incorporação definitiva, no que se
effectus iuridicos in constitutionibus refere a certos efeitos jurídicos a serem
statuendos, perpetuae aequiparatur. estabelecidos nas constituições, equipara-
se à perpétua.
Can. 724 - § 1. Institutio post vincula sacra Cân. 724 - § 1. A formação após os
primum assumpta iugiter secundum vínculos sagrados assumidos pela primeira
constitutiones est protrahenda. vez deve continuar sempre, segundo as
constituições.
§ 2. Sodales in rebus divinis et humanis § 2. Os membros sejam instruídos, ao
pari gressu instituantur; de continua vero mesmo tempo, nas coisas divinas e
eorum spirituali formatione seriam habeant humanas; os Moderadores do instituto,
curam instituti Moderatores. porém, tenham sério cuidado com a sua
contínua formação espiritual.
Can. 725 - Institutum sibi associare potest, Cân. 725 - O instituto pode associar a si,
aliquo vinculo in constitutionibus com algum vínculo determinado nas
determinato, alios christifideles, qui ad constituições, outros fiéis que tendam à
evangelicam perfectionem secundum perfeição segundo o espírito do instituto e
spiritum instituti contendant eiusdemque participem da sua missão.
missionem participent.
Can. 730 - Ut sodalis instituti saecularis ad Cân. 730 - Para que o membro de um
aliud institutum saeculare transeat, instituto secular passe para outro instituto
serventur praescripta cann. 684, §§ 1, 2, 4 secular, observem-se às prescrições dos
et 685; ut vero ad institutum religiosum vel cânn. 684 §§ 1, 2, 4 e 685; mas, para se
ad societatem vitae apostolicae aut ex illis fazer a passagem para outro ou de outro
ad institutum saeculare fiat transitus, instituto de vida consagrada, requer-se a
licentia requiritur Sedis Apostolicae, cuius licença da Sé Apostólica, a cujas
mandatis standum est. determinações se deve obedecer.
Can. 732 - Quae in cann. 578-597, et 606 Cân. 732 - O que se estabelece nos cân.
statuuntur, societatibus vitae apostolicae 578-597 e 606 aplica- se às sociedades de
applicantur, salva tamen uniuscuiusque vida apostólica, salva porém a natureza de
societatis natura; societatibus vero, de cada sociedade; e às sociedades
quibus in can. 731, § 2, etiam cann. mencionadas no cân. 731 § 2, aplicam-se
598-602 applicantur. também os cân. 598-602.
Can. 737 - Incorporatio secumfert ex parte Cân. 737 - A incorporação implica, por
sodalium obligationes et iura in parte dos membros, as obrigações e
constitutionibus definita, ex parte autem direitos determinados nas constituições e,
societatis, curam sodales ad finem propriae por parte da sociedade, o cuidado de levar
vocationis perducendi, iuxta constitutiones. os membros à finalidade da própria
vocação, de acordo com as constituições.
Can. 738 - § 1. Sodales omnes subsunt Cân. 738 - § 1. Todos os membros estão
propriis Moderatoribus ad normam sujeitos aos próprios Moderadores, de
constitutionum in iis quae vitam internam et acordo com as constituições, no que se
disciplinam societatis respiciunt. refere a vida interna e à disciplina da
sociedade.
§ 2. Subsunt quoque Episcopo dioecesano § 2. Estão sujeitos também ao Bispo
in iis quae cultum publicum, curam diocesano no que se refere ao culto
animarum aliaque apostolatus opera público, à cura de almas e a outras obras
respiciunt, attentis cann. 679-683. de apostolado, levando-se em conta os
cân. 679- 683.
§ 3. Relationes sodalis dioecesi incardinati § 3. As relações do membro incardinado na
cum Episcopo proprio constitutionibus vel diocese com o Bispo próprio sejam
particularibus conventionibus definiuntur. definidas pelas constituições e por
convênios particulares.
Can. 739 - Sodales, praeter obligationes Cân. 739 - Além das obrigações a que,
quibus, uti sodales, obnoxii sunt secundum como tais, estão sujeitos de acordo com as
constitutiones, communibus obligationibus constituições, os membros têm as
clericorum adstringuntur, nisi ex natura rei obrigações dos clérigos, a não ser que,
vel ex contextu sermonis aliud constet. pela natureza da coisa ou pelo contexto
das palavras, conste o contrário.
Can. 740 - Sodales habitare debent in Cân. 740 - Os membros devem residir
domo vel in communitate legitime numa casa ou comunidade legitimamente
constituta et servare vitam communem, ad constituída e observar vida comum, de
normam iuris proprii, quo quidem etiam acordo com o direito próprio, pelo qual
absentiae a domo vel communitate também se regem as ausências de casa ou
reguntur. da comunidade.
Can. 741 - § 1. Societates et, nisi aliter Cân. 741 - § 1. As sociedades e, salvo
ferant constitutiones, earum partes et determinação contrária das constituições,
domus, personae sunt iuridicae et, qua suas partes e casas, são pessoas jurídicas
tales, capaces bona temporalia acquirendi, e, como tais, capazes de adquirir, possuir,
possidendi, administrandi et alienandi, ad administrar e alienar bens temporais, de
normam praescriptorum Libri V De bonis acordo com as prescrições do Livro V Dos
Ecclesiae temporalibus, cann. 636, 638 et bens temporais da Igreja, cân. 636, 638 e
639, necnon iuris proprii. 639, e do direito próprio.
§ 2. Sodales capaces quoque sunt, ad § 2. De acordo com o direito próprio, os
normam iuris proprii, bona temporalia membros também são capazes de adquirir,
acquirendi, possidendi, administrandi de possuir e administrar bens temporais e
iisque disponendi, sed quidquid ipsis intuitu deles dispor; qualquer coisa, porém, que
societatis obveniat, societati acquiritur. lhes sobrevem em consideração à
sociedade é adquirida para a sociedade.
Can. 745 - Supremus Moderator cum Cân. 745 - O Moderador supremo, com o
consensu sui consilii sodali definitive consentimento de seu conselho, pode
incorporato concedere potest indultum conceder a alguém definitivamente
vivendi extra societatem, non tamen ultra incorporado o indulto de viver fora da
triennium, suspensis iuribus et sociedade, não porém por mais de três
obligationibus quae cum ipsius nova anos, ficando suspensos os direitos e
condicione componi non possunt; permanet obrigações que não se podem harmonizar
tamen sub cura Moderatorum. Si agitur de com a nova condição; permanece, porém,
clerico, requiritur praeterea consensus sob o cuidado dos Moderadores. Se se
Ordinarii loci in quo commorari debet, sub trata de clérigo, requer-se ainda o
cuius cura et dependentia etiam manet. consentimento do Ordinário do lugar onde
deve residir e sob cujo cuidado e
dependência também permanece.
Can. 748 - § 1. Omnes homines veritatem Cân. 748 - § 1. Todos os homens têm o
in iis, quae Deum eiusque Ecclesiam dever de procurar a verdade, naquilo que
respiciunt, quaerere tenentur eamque se refere a Deus e à sua Igreja, e, uma vez
cognitam amplectendi ac servandi conhecida, têm a obrigação e o direito, por
obligatione vi legis divinae adstringuntur et lei divina, de abraçá-la e segui-la.
iure gaudent.
§ 2. Homines ad amplectendam fidem § 2. Não é lícito jamais a ninguém levar os
catholicam contra ipsorum conscientiam homens a abraçarem a fé católica por
per coactionem adducere nemini umquam coação, contra a própria consciência.
fas est.
Can. 750 - § 1. Fide divina et catholica ea Cân. 750 - § 1. Deve-se crer com fé divina
omnia credenda sunt quae verbo Dei e católica em tudo o que está contido na
scripto vel tradito, uno scilicet fidei deposito palavra de Deus escrita ou transmitida, a
Ecclesiae commisso, continentur, et insimul saber, no único depósito da fé confiado à
ut divinitus revelata proponuntur, sive ab Igreja, e que ao mesmo tempo, é proposto
Ecclesiae magisterio sollemni, sive ab eius como divinamente revelado pelo magistério
magisterio ordinario et universali; quod solene da Igreja ou pelo seu magistério
quidem communi adhaesione ordinário e universal; isto se manifesta pela
christifidelium sub ductu sacri magisterii adesão comum dos fiéis sob a guia do
manifestatur; tenentur igitur omnes magistério sagrado; por isso, todos estão
quascumque devitare doctrinas iisdem obrigados a evitar quaisquer doutrinas
contrarias. contrárias.
§ 2. Firmiter etiam amplectenda ac § 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e
retinenda sunt omnia et singula quae circa acreditar também em tudo o que é
doctrinam de fide vel moribus ab Ecclesiae proposto de maneira definitiva pelo
magisterio definitive proponuntur, scilicet magistério da Igreja em matéria de fé e
quae ad idem fidei depositum sancte costumes, isto é, tudo o que se requer para
custodiendum et fideliter exponendum conservar santamente e expor fielmente o
requiruntur; ideoque doctrinae Ecclesiae depósito da fé; opõe-se, portanto, à
catholicae adversatur qui easdem doutrina da Igreja Católica quem rejeitar
propositiones definitive tenendas recusat. tais proposições consideradas definitivas.
Can. 751 - Dicitur haeresis, pertinax, post Cân. 751 - Chama-se heresia a negação
receptum baptismum, alicuius veritatis fide pertinaz, após a recepção do batismo, de
divina et catholica credendae denegatio, qualquer verdade que se deva crer com fé
aut de eadem pertinax dubitatio; apostasia, divina e católica, ou a dúvida pertinaz a
fidei christianae ex toto repudiatio; respeito dela; apostasia, o repúdio total da
schisma, subiectionis Summo Pontifici aut fé cristã; cisma, a recusa de sujeição ao
communionis cum Ecclesiae membris Sumo Pontífice ou de comunhão com os
eidem subditis detrectatio. membros da Igreja a ele sujeitos.
Can. 752 - Non quidem fidei assensus, Cân. 752 - Não assentimento de fé, mas
religiosum tamen intellectus et voluntatis religioso obséquio de inteligência e
obsequium praestandum est doctrinae, vontade deve ser prestado à doutrina que o
quam sive Summus Pontifex sive Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos,
Collegium Episcoporum de fide vel de ao exercerem o magistério autêntico,
moribus enuntiant, cum magisterium enunciam sobre a fé e os costumes,
authenticum exercent, etsi definitivo actu mesmo quando não tenham a intenção de
eandem proclamare non intendant; proclamá -la por ato definitivo; portanto os
christifideles ergo devitare curent quae cum fiéis procurem evitar tudo o que não esteja
eadem non congruant. de acordo com ela.
Can. 753 - Episcopi, qui sunt in Cân. 753 - Os Bispos, que se acham em
communione cum Collegii capite et comunhão com a cabeça e os membros do
membris, sive singuli sive in conferentiis Colégio, quer individualmente, quer
Episcoporum aut in conciliis particularibus reunidos nas Conferências dos Bispos ou
congregati, licet infallibilitate in docendo em concílios particulares, embora não
non polleant, christifidelium suae curae gozem de infalibilidade no ensinamento,
commissorum authentici sunt fidei doctores são autênticos doutores e mestres dos fiéis
et magistri; cui authentico magisterio confiados a seus cuidados; os fiéis estão
suorum Episcoporum christifideles religioso obrigados a aderir, com religioso obséquio
animi obsequio adhaerere tenentur. de espírito, a esse autêntico magistério de
seus Bispos.
Can. 754 - Omnes christifideles obligatione Cân. 754 - Todos os fiéis têm obrigação de
tenentur servandi constitutiones et decreta, observar as constituições e decretos que a
quae ad doctrinam proponendam et legítima autoridade da Igreja dá com o
erroneas opiniones proscribendas fert intuito de propor a doutrina e proscrever as
legitima Ecclesiae auctoritas, speciali vero opiniões errôneas e, de modo todo
ratione, quae edit Romanus Pontifex vel especial, quando dados pelo Romano
Collegium Episcoporum. Pontífice ou pelo Colégio dos Bispos.
Can. 757 - Presbyterorum, qui quidem Cân. 757 - É próprio dos presbíteros, que
Episcoporum cooperatores sunt, proprium são os cooperadores dos Bispos, anunciar
est Evangelium Dei annuntiare; praesertim o Evangelho de Deus; são obrigados a
hoc officio tenentur, quoad populum sibi isso, em relação ao povo a eles confiado,
commissum, parochi aliique quibus cura principalmente os párocos e outros a quem
animarum concreditur; diaconorum etiam esteja confiada a cura de almas; compete
est in ministerio verbi populo Dei, in também aos diáconos servir ao povo de
communione cum Episcopo eiusque Deus no ministério da palavra, em
presbyterio, inservire. comunhão com o Bispo e seu presbitério.
Can. 760 - In ministerio verbi, quod sacra Cân. 760 - No ministério da palavra, que
Scriptura, Traditione, liturgia, magisterio deve basear-se na sagrada Escritura, na
vitaque Ecclesiae innitatur oportet, Christi Tradição, na liturgia, no magistério e na
mysterium integre ac fideliter proponatur. vida da Igreja, seja proposto integral e
fielmente o mistério de Cristo.
Can. 761 - Varia media ad doctrinam Cân. 761 - Os diversos meios à disposição
christianam annuntiandam adhibeantur sejam utilizados para anunciar a doutrina
quae praesto sunt, imprimis praedicatio cristã, principalmente a pregação e a
atque catechetica institutio, quae quidem instrução catequética, que conservam
semper principem locum tenent, sed et sempre o primeiro lugar; empregue-se
propositio doctrinae in scholis, in ainda a exposição doutrinal nas escolas,
academiis, conferentiis et coadunationibus academias, conferências e reuniões de
omnis generis, necnon eiusdem diffusio per todo o gênero, bem como a sua difusão
declarationes publicas a legitima mediante declarações públicas feitas pela
auctoritate occasione quorundam legítima autoridade, por ocasião de certos
eventuum factas, prelo aliisque acontecimentos, através da imprensa e
instrumentis communicationis socialis. demais meios de comunicação social.
Can. 763 - Episcopis ius est ubique, non Cân. 763 - É direito dos Bispos pregar a
exclusis ecclesiis et oratoriis institutorum palavra de Deus em todos os lugares, sem
religiosorum iuris pontificii, Dei verbum excluir as igrejas e oratórios de institutos
praedicare, nisi Episcopus loci in casibus religiosos de direito pontifício, a não ser
particularibus expresse renuerit. que o Bispo local o tenha expressamente
proibido em caso particulares.
Can. 764 - Salvo praescripto can. 765, Cân. 764 - Salva a prescrição do cân. 765,
facultate ubique praedicandi, de consensu os presbíteros e diáconos, com o
saltem praesumpto rectoris ecclesiae consentimento ao menos presumido do
exercenda, gaudent presbyteri et diaconi, reitor da igreja, têm a faculdade de pregar
nisi ab Ordinario competenti eadem em qualquer lugar, a não ser que essa
facultas restricta fuerit aut sublata, aut lege faculdade tenha sido restringida pelo
particulari licentia expressa requiratur. Ordinário competente ou que, por lei
particular, se exija licença expressa.
Can. 765 - Ad praedicandum religiosis in Cân. 765 - Para pregar aos religiosos em
eorum ecclesiis vel oratoriis licentia suas igrejas ou oratórios, se requer a
requiritur Superioris ad normam licença do Superior que seja para isso
constitutionum competentis. competente, de acordo com as
constituições.
Can. 766 - Ad praedicandum in ecclesia vel Cân. 766 - Para pregar em igreja ou
oratorio admitti possunt laici, si certis in oratório, leigos podem ser admitidos, se a
adiunctis necessitas id requirat aut in necessidade o exigir, em determinadas
casibus particularibus utilitas id suadeat, circunstâncias, ou a utilidade o aconselhar,
iuxta Episcoporum conferentiae em casos particulares, de acordo com as
praescripta, et salvo can. 767, § 1. prescrições da Conferência dos Bispos e
salvo o cân. 767, § 1.
Can. 769 - Doctrina christiana proponatur Cân. 769 - A doutrina cristã seja
modo auditorum condicioni accommodato apresentada de modo apropriado à
atque ratione temporum necessitatibus condição dos ouvintes e, em razão dos
aptata. tempos, adaptada às necessidades.
Can. 770 - Parochi certis temporibus, iuxta Cân. 770 - Em épocas determinadas,
Episcopi dioecesani praescripta, illas segundo as prescrições do Bispo
ordinent praedicationes, quas exercitia diocesano os párocos organizem as
spiritualia et sacras missiones vocant, vel pregações, que se denominam exercícios
alias formas necessitatibus aptatas. espirituais e santas missões, ou ainda
outras formas adaptadas às necessidades.
Can. 776 - Parochus, vi sui muneris, Cân. 776 - Em virtude de seu ofício, o
catecheticam efformationem adultorum, pároco tem obrigação de cuidar da
iuvenum et puerorum curare tenetur, quem formação catequética de adultos, jovens e
in finem sociam sibi operam adhibeat crianças; para isto, sirva-se da colaboração
clericorum paroeciae addictorum, sodalium dos clérigos ligados à sua paróquia, dos
institutorum vitae consecratae necnon membros de institutos de vida consagrada
societatum vitae apostolicae, habita ratione ou de sociedades de vida apostólica,
indolis uniuscuiusque instituti, necnon levando em conta a índole de cada
christifidelium laicorum, praesertim instituto; sirva-se também da colaboração
catechistarum; hi omnes, nisi legitime dos leigos, sobretudo catequistas; todos
impediti, operam suam libenter praestare esses, a não ser que estejam
ne renuant. Munus parentum, in catechesi legitimamente impedidos, não deixem de
familiari, de quo in can. 774, § 2, prestar de boa vontade seu trabalho.
promoveat et foveat. Promova e favoreça a tarefa dos pais na
catequese familiar, mencionada no cân.
774, § 2.
Can. 777 - Peculiari modo parochus, Cân. 777 - Levando em conta as normas
attentis normis ab Episcopo dioecesano estabelecidas pelo Bispo diocesano, o
statutis, curet: pároco cuide de modo especial:
1° ut apta catechesis impertiatur pro 1° - que se dê catequese adequada
sacramentorum celebratione; para a celebração dos sacramentos;
2° ut pueri, ope catecheticae 2° - que as crianças, pela formação
institutionis per congruum tempus catequética ministrada durante tempo
impertitae, rite praeparentur ad primam conveniente, sejam devidamente
receptionem sacramentorum paenitentiae preparadas para a primeira recepção dos
et sanctissimae Eucharistiae necnon ad sacramentos da penitência e da santíssima
sacramentum confirmationis; Eucaristia e para o sacramento da
confirmação;
3° ut iidem, prima communione recepta, 3° - que elas, recebida a primeira
uberius ac profundius catechetica comunhão, tenham formação catequética
efformatione excolantur; mais extensa e mais profunda;
4° ut catechetica institutio iis etiam 4° - que se dê formação catequética
tradatur, quantum eorum condicio sinat, qui também aos deficientes mentais e físicos,
corpore vel mente sint praepediti; segundo o permita a condição deles;
5° ut iuvenum et adultorum fides, variis 5° - que a fé dos jovens e adultos seja
formis et inceptis, muniatur, illuminetur fortalecida, esclarecida e aperfeiçoada
atque evolvatur. mediante formas e iniciativas diversas.
Can. 779 - Institutio catechetica tradatur Cân. 779 - A formação catequética seja
omnibus adhibitis auxiliis, subsidiis ministrada com o emprego de meios,
didacticis et communicationis socialis subsídios didáticos e instrumentos de
instrumentis, quae efficaciora videantur ut comunicação que pareçam mais eficientes,
fideles, ratione eorum indoli, facultatibus et para que os fiéis, de modo adequado à sua
aetati necnon vitae condicionibus aptata, índole, capacidade, idade e condições de
plenius catholicam doctrinam ediscere vida, possam aprender mais plenamente a
eamque aptius in praxim deducere valeant. doutrina católica e melhor praticá-la.
Can. 780 - Curent locorum Ordinarii ut Cân. 780 - Cuidem os Ordinários locais
catechistae ad munus suum rite explendum que os catequistas sejam devidamente
debite praeparentur, ut nempe continua preparados para cumprirem com exatidão
formatio ipsis praebeatur, iidemque o próprio encargo, isto é, que lhes seja
Ecclesiae doctrinam apte cognoscant atque ministrada uma formação contínua, de
normas disciplinis paedagogicis proprias modo a conhecerem bem a doutrina da
theoretice ac practice addiscant. Igreja e aprenderem, teórica e
praticamente, as normas próprias das
disciplinas pedagógicas.
Can. 784 - Missionarii, qui scilicet a Cân. 784 - Missionários, isto é, aqueles
competenti auctoritate ecclesiastica ad que são enviados pela competente
opus missionale explendum mittuntur, eligi autoridade eclesiástica para realizar a obra
possunt autochthoni vel non, sive clerici das missões, como tais podem ser
saeculares, sive institutorum vitae escolhidos autóctones ou não, clérigos
consecratae vel societatis vitae apostolicae seculares ou membros de institutos de vida
sodales, sive alii christifideles laici. consagrada ou de sociedades devida
apostólica, ou outros fiéis leigos.
Can. 786 - Actio proprie missionalis, qua Cân. 786 - A atividade propriamente
Ecclesia implantatur in populis vel coetibus missionária, pela qual a Igreja é implantada
ubi nondum radicata est, ab Ecclesia entre os povos ou grupos onde ainda não
absolvitur praesertim mittendo Evangelii se tenha enraizado, a Igreja a cumpre
praecones donec novellae Ecclesiae plene especialmente enviando pregadores do
constituantur, cum scilicet instructae sint Evangelho, até que as novas Igrejas
propriis viribus et sufficientibus mediis, estejam plenamente constituídas, isto é,
quibus opus evangelizandi per se ipsae enquanto não estejam dotadas de forças
peragere valeant. próprias e de meios suficientes com que
possam realizar, por si mesmas, o trabalho
da evangelização.
Can. 788 - § 1. Qui voluntatem amplectendi Cân. 788 - § 1. Aqueles que tiverem
fidem in Christum manifestaverint, expleto manifestado vontade de abraçar a fé em
tempore praecatechumenatus, liturgicis Cristo, após terem concluído o tempo de
caerimoniis admittantur ad pré- catecumenato sejam admitidos ao
catechumenatum, atque eorum nomina catecumenato com cerimônias litúrgicas;
scribantur in libro ad hoc destinato. seus nomes sejam inscritos no livro para
isso destinado.
§ 2. Catechumeni, per vitae christianae § 2. Os catecúmenos, mediante a
institutionem et tirocinium, apte initientur formação e o aprendizado da vida cristã,
mysterio salutis atque introducantur in sejam adequadamente iniciados no
vitam fidei, liturgiae et caritatis populi Dei mistério da salvação e introduzidos na vida
atque apostolatus. da fé, da liturgia, da caridade do povo de
Deus e do apostolado.
§ 3. Conferentiae Episcoporum est statuta § 3. Compete à Conferência dos Bispos
edere quibus catechumenatus ordinetur, dar estatutos para a organização do
determinando quaenam a catechumenis catecumenato, determinando o que os
sint praestanda, atque definiendo quaenam catecúmenos precisam cumprir e definindo
eis agnoscantur praerogativae. as prerrogativas a serem atribuídas a eles.
Can. 789 - Neophyti, apta institutione ad Cân. 789 - Os neófitos sejam formados
veritatem evangelicam penitius com educação apropriada, para
cognoscendam et officia per baptismum conhecerem mais profundamente a
suscepta implenda efformentur; sincero verdade evangélica e cumprirem os
amore erga Christum eiusque Ecclesiam deveres assumidos no batismo; sejam
imbuantur. imbuídos de sincero amor a Cristo e à sua
Igreja.
Can. 794 - § 1. Singulari ratione officium et Cân. 794 - § 1. Por especial razão, o dever
ius educandi spectat ad Ecclesiam, cui e o direito de ensinar competem à Igreja, a
divinitus missio concredita est homines quem Deus confiou a missão de ajudar os
adiuvandi, ut ad christianae vitae homens a atingirem a plenitude da vida
plenitudinem pervenire valeant. cristã.
§ 2. Animarum pastoribus officium est § 2. É dever dos pastores de almas tudo
omnia disponendi, ut educatione catholica dispor para que todos os fiéis possam
omnes fideles fruantur. receber educação católica.
Can. 795 - Cum vera educatio integram Cân. 795 - Sendo que a verdadeira
persequi debeat personae humanae educação deve promover a formação
formationem, spectantem ad finem eius integral da pessoa humana, em vista de
ultimum et simul ad bonum commune seu fim último e, ao mesmo tempo, do bem
societatum, pueri et iuvenes ita excolantur comum da sociedade, as crianças e jovens
ut suas dotes physicas, morales et sejam educados de tal modo que possam
intellectuales harmonice evolvere valeant, desenvolver harmoniosamente seus dotes
perfectiorem responsabilitatis sensum físicos, morais e intelectuais, adquirir senso
libertatisque rectum usum acquirant et ad de responsabilidade mais perfeito e correto
vitam socialem active participandam uso da liberdade, e sejam formados para
conformentur. uma participação ativa na vida social.
Can. 797 - Parentes in scholis eligendis Cân. 797 - É necessário que os pais
vera libertate gaudeant oportet; quare tenham verdadeira liberdade na escolha
christifideles solliciti esse debent ut das escolas; por isso, os fiéis devem ser
societas civilis hanc libertatem parentibus solícitos para que a sociedade civil
agnoscat atque, servata iustitia distributiva, reconheça aos pais essa liberdade e a
etiam subsidiis tueatur. garantam também com subsídios,
respeitada a justiça distributiva.
Can. 798 - Parentes filios concredant illis Cân. 798 - Os pais confiem seus filhos às
scholis in quibus educationi catholicae escolas em que se cuide de uma educação
provideatur; quod si facere non valeant, católica; e se não o conseguirem, têm
obligatione tenentur curandi, ut extra obrigação de cuidar que a educação
scholas debitae eorundem educationi católica deles se faça fora das escolas.
catholicae prospiciatur.
Can. 799 - Christifideles enitantur ut in Cân. 799 - Os fiéis se esforcem para que,
societate civili leges quae iuvenum na sociedade civil, as leis que regulam a
formationem ordinant, educationi eorum formação dos jovens tenham nas escolas a
religiosae et morali quoque, iuxta parentum devida consideração também pela
conscientiam, in ipsis scholis prospiciant. educação religiosa e moral deles, de
acordo com a consciência dos pais.
Can. 800 - § 1. Ecclesiae ius est scholas Cân. 800 - § 1. É direito da Igreja criar e
cuiusvis disciplinae, generis et gradus dirigir escolas de qualquer disciplina,
condendi ac moderandi. ordem e grau.
§ 2. Christifideles scholas catholicas § 2. Os fiéis incentivem a criação e
foveant, pro viribus adiutricem operam manutenção das escolas católicas,
conferentes ad easdem condendas et colaborando com sua ajuda, na medida do
sustentandas. possível.
Can. 801 - Instituta religiosa quibus missio Cân. 801 - Os institutos religiosos, que têm
educationis propria est, fideliter hanc suam a educação como missão própria,
missionem retinentes, satagant educationi conservando fielmente esta sua missão,
catholicae etiam per suas scholas, procurem dedicar-se à educação católica,
consentiente Episcopo dioecesano também por suas escolas fundadas com o
conditas, sese impendere. consentimento do Bispo.
Can. 802 - § 1. Si praesto non sint scholae Cân. 802 - § 1. Se faltarem escolas onde
in quibus educatio tradatur christiano spiritu se ministre educação imbuída de espírito
imbuta, Episcopi dioecesani est curare ut cristão, compete ao Bispo diocesano cuidar
condantur. que sejam fundadas.
§ 2. Ubi id expediat, Episcopus § 2. Onde for oportuno, o Bispo diocesano
dioecesanus provideat ut scholae quoque providencie que sejam fundadas também
condantur professionales et technicae escolas profissionais e técnicas, e ainda
necnon aliae quae specialibus outras requeridas por necessidades
necessitatibus requirantur. especiais.
Can. 805 - Loci Ordinario pro sua dioecesi Cân. 805 - É direito do Ordinário local, em
ius est nominandi aut approbandi magistros sua diocese, nomear ou aprovar os
religionis, itemque, si religionis morumve professores de religião, como também
ratio id requirat, amovendi aut exigendi ut afastá- los ou exigir seu afastamento, caso
amoveantur. o requeira algum motivo de religião ou
moral.
Can. 808 - Nulla studiorum universitas, etsi Cân. 808 - Nenhuma universidade, embora
reapse catholica, titulum seu nomen de fato católica, use o título ou nome de
universitatis catholicae gerat, nisi de Universidade Católica, a não ser com o
consensu competentis auctoritatis consentimento da competente autoridade
ecclesiasticae. eclesiástica.
Can. 812 - Qui in studiorum superiorum Cân. 812 - Quem leciona disciplinas
institutis quibuslibet disciplinas tradunt teológicas em qualquer instituto de estudos
theologicas, auctoritatis ecclesiasticae superiores precisa ter mandato da
competentis mandatum habeant oportet. autoridade eclesiástica competente.
Can. 817 - Gradus academicos, qui Cân. 817 - Nenhuma universidade, que
effectus canonicos in Ecclesia habeant, não tenha sido erigida ou aprovada pela Sé
nulla universitas vel facultas conferre valet, Apostólica, pode conferir graus
quae non sit ab Apostolica Sede erecta vel acadêmicos com efeitos canônicos na
approbata. Igreja.
Can. 818 - Quae de universitatibus Cân. 818 - As prescrições estabelecidas
catholicis in cann. 810, 812 et 813 sobre as universidades católicas nos cân.
statuuntur praescripta, de universitatibus 810, 812 e 813 valem também para as
facultatibusque ecclesiasticis quoque universidades e faculdades eclesiásticas.
valent.
Can. 819 - Quatenus dioecesis aut instituti Cân. 819 - Na medida em que o exigir o
religiosi immo vel ipsius Ecclesiae bem da diocese ou de algum instituto
universae bonum id requirat, debent religioso, ou mesmo da Igreja universal,
Episcopi dioecesani aut institutorum devem os Bispos diocesanos ou os
Superiores competentes ad universitates competentes Superiores dos institutos
vel facultates ecclesiasticas mittere iuvenes encaminhar às universidades ou
et clericos et sodales indole, virtute et faculdades eclesiásticas os jovens, os
ingenio praestantes. clérigos e os membros do instituto que se
distingam pela índole, virtude e talento.
Can. 824 - § 1. Nisi aliud statuatur, loci Cân. 824 - § 1. Salvo determinação
Ordinarius, cuius licentia aut approbatio ad contrária, o Ordinário local, cuja licença ou
libros edendos iuxta canones huius tituli est aprovação deve ser pedida, segundo os
petenda, est loci Ordinarius proprius cânones do presente título, é o Ordinário
auctoris aut Ordinarius loci in quo libri local próprio do autor ou o Ordinário do
publici iuris fient. lugar onde os livros forem efetivamente
publicados.
§ 2. Quae in canonibus huius tituli § 2. O que nos cânones deste título se
statuuntur de libris, quibuslibet scriptis estabelece a respeito dos livros, deve-se
divulgationi publicae destinatis applicanda aplicar a qualquer escrito destinado à
sunt, nisi aliud constet. publicação, a não ser que conste o
contrário.
Can. 826 - § 1. Ad libros liturgicos quod Cân. 826 - § 1. Quanto aos livros litúrgicos,
attinet, serventur praescripta can. 838. observem-se as prescrições do cân. 838.
§ 2. Ut iterum edantur libri liturgici necnon § 2. Para se reeditarem livros litúrgicos,
eorum versiones in linguam vernaculam suas versões para o vernáculo ou suas
eorumve partes, constare debet de partes, deve constar, mediante declaração
concordantia cum editione approbata ex do Ordinário do lugar onde são publicados,
attestatione Ordinarii loci in quo publici iuris sua concordância com a edição aprovada.
fiunt.
§ 3. Libri precum pro publico vel privato § 3. Livros de oração, para uso público ou
fidelium usu ne edantur nisi de licentia loci particular dos fiéis, não se editem sem
Ordinarii. licença do Ordinário local.
Can. 829 - Approbatio vel licentia alicuius Cân. 829 - A aprovação ou licença para se
operis edendi pro textu originali valet, non publicar uma obra tem valor para o texto
vero pro eiusdem novis editionibus vel original, não porém para as novas edições
translationibus. ou traduções.
Can. 831 - § 1. In diariis, libellis aut foliis Cân. 831 - § 1. Nos jornais, opúsculos ou
periodicis quae religionem catholicam aut revistas periódicas que costumam atacar
bonos mores manifesto impetere solent, ne abertamente a religião católica ou os bons
quidpiam conscribant christifideles, nisi costumes, os fiéis não escrevam coisa
iusta et rationabili de causa; clerici autem alguma, a não ser por motivo justo e
et institutorum religiosorum sodales, razoável; clérigos, porém e membros de
tantummodo de licentia loci Ordinarii. institutos religiosos só o façam com licença
do Ordinário local.
§ 2. Episcoporum conferentiae est normas § 2. Compete à Conferência dos Bispos
statuere de requisitis ut clericis atque estabelecer normas quanto aos requisitos
sodalibus institutorum religiosorum partem para que clérigos e membros de instituto
habere liceat in tractandis via radiophonica religiosos possam participar de programas
aut televisifica quaestionibus, quae ad radiofônicos ou televisivos sobre assuntos
doctrinam catholicam aut mores attineant. referentes à doutrina católica e aos
costumes.
Can. 837 - § 1. Actiones liturgicae non sunt Cân. 837 - § 1. As ações litúrgicas não são
actiones privatae, sed celebrationes ações particulares, mas celebrações da
Ecclesiae ipsius, quae est «unitatis própria Igreja, a qual é "sacramento de
sacramentum», scilicet plebs sancta sub unidade", isto é, povo santo reunido e
Episcopis adunata et ordinata; quare ad ordenado sob a dependência dos Bispos;
universum corpus Ecclesiae pertinent por isso, essas ações pertencem a todo o
illudque manifestant et afficiunt; singula corpo da Igreja, e o manifestam e afetam;
vero membra ipsius attingunt diverso mas atingem a cada um de seus membros
modo, pro diversitate ordinum, munerum et de modo diverso, conforme a diversidade
actualis participationis. de ordens, encargos e participação atual.
§ 2. Actiones liturgicae, quatenus suapte § 2. As ações litúrgicas, uma vez que por
natura celebrationem communem sua própria natureza implicam a
secumferant, ubi id fieri potest, cum celebração comum, sejam celebradas,
frequentia et actuosa participatione onde for possível, com a presença e
christifidelium celebrentur. participação ativa dos fiéis.
Can. 838 - § 1. Sacrae liturgiae moderatio Cân. 838 - § 1. Regular a sagrada liturgia
ab Ecclesiae auctoritate unice pendet: depende unicamente da autoridade da
quae quidem est penes Apostolicam Igreja: isto compete propriamente à Sé
Sedem et, ad normam iuris, penes Apostólica e, por norma de direito, ao
Episcopum dioecesanum. Bispo diocesano.
§ 2. Apostolicae Sedis est sacram liturgiam § 2. É da competência da Sé Apostólica
Ecclesiae universae ordinare, libros ordenar a sagrada liturgia da Igreja
liturgicos edere, aptationes, ad normam universal, publicar os livros litúrgicos, rever
iuris a Conferentia Episcoporum [1] as adaptações aprovadas segundo a
approbatas, recognoscere, necnon norma do direito da Conferência Episcopal,
advigilare ut ordinationes liturgicae ubique assim como vigiar para que as normas
fideliter observentur. litúrgicas sejam fielmente observadas em
toda a parte.
§ 3. Ad Episcoporum Conferentias spectat § 3. Compete às Conferências Episcopais
versiones librorum liturgicorum in linguas preparar fielmente as versões dos livros
vernaculas fideliter et convenienter intra litúrgicos nas línguas correntes,
limites definitos accommodatas parare et convenientemente adaptadas dentro dos
approbare atque libros liturgicos, pro limites definidos, aprová-las e publicar os
regionibus ad quas pertinent, post livros litúrgicos, para as regiões de sua
confirmationem Apostolicae Sedis, edere. pertinência, depois da confirmação da Sé
Apostólica.
§ 4. Ad Episcopum dioecesanum in § 4. Ao Bispo diocesano na Igreja a ele
Ecclesia sibi commissa pertinet, intra confiada compete, dentro dos limites da
limites suae competentiae, normas de re sua competência, estabelecer normas em
liturgica dare, quibus omnes tenentur. matéria litúrgica, as quais todos devem
respeitar.
Can. 839 - § 1. Aliis quoque mediis munus Cân. 839 - § 1. Ainda com outros meios
sanctificationis peragit Ecclesia, sive exerce a Igreja o múnus de santificar, seja
orationibus, quibus Deum deprecatur ut com orações, com as quais roga a Deus
christifideles sanctificati sint in veritate, sive que os fiéis sejam santificados na verdade,
paenitentiae et caritatis operibus, quae e com obras de penitência e caridade, que
quidem magnopere ad Regnum Christi in muito ajudam a enraizar e fortalecer o
animis radicandum et roborandum adiuvant Reino de Cristo nas almas e concorrem
et ad mundi salutem conferunt. para a salvação do mundo.
§ 2. Curent locorum Ordinarii ut orationes § 2. Cuidem os Ordinários locais que as
necnon pia et sacra exercitia populi orações e os piedosos e sagrados
christiani normis Ecclesiae plene exercícios do povo cristão sejam
congruant. plenamente conformes c om as normas da
Igreja.
Can. 841 - Cum sacramenta eadem sint Cân. 841 - Já que os sacramentos são os
pro universa Ecclesia et ad divinum mesmos para toda a Igreja e pertencem ao
depositum pertineant, unius supremae depósito divino, compete unicamente à
Ecclesiae auctoritatis est probare vel suprema autoridade da Igreja aprovar ou
definire quae ad eorum validitatem sunt definir os requisitos para sua validade, e
requisita, atque eiusdem aliusve cabe a ela ou a outra autoridade
auctoritatis competentis, ad normam competente, de acordo com o cân. 838,
can. 838, §§ 3 et 4, est decernere quae ad §§ 3 e 4, determinar o que se refere à sua
eorum celebrationem, administrationem et celebração, administração e recepção
receptionem licitam necnon ad ordinem in lícita, e à ordem a ser observada em sua
eorum celebratione servandum spectant. celebração.
Can. 848 - Minister, praeter oblationes a Cân. 848 - Além das ofertas estabelecidas
competenti auctoritate definitas, pro pela autoridade competente, o ministro
sacramentorum administratione nihil petat, nada peça pela administração dos
cauto semper ne egentes priventur auxilio sacramentos, tomando sempre cuidado
sacramentorum ratione paupertatis. para que os necessitados não sejam
privados do auxílio dos sacramentos por
causa de sua pobreza.
Can. 851 - Baptismi celebratio debite Cân. 851 - A celebração do batismo deve
praeparetur oportet; itaque: ser devidamente preparada; assim:
1° adultus, qui baptismum recipere 1° - o adulto que pretende receber o
intendit, ad catechumenatum admittatur et, batismo seja admitido ao catecumenato e,
quatenus fieri potest, per varios gradus ad enquanto possível, percorra os vários
initiationem sacramentalem perducatur, graus até a iniciação sacramental, de
secundum ordinem initiationis ab acordo com o ritual de iniciação, adaptado
Episcoporum conferentia aptatum et pela Conferência dos Bispos, e segundo
peculiares normas ab eadem editas; normas especiais dadas por ela;
2° infantis baptizandi parentes, itemque 2° - os pais da criança a ser batizada, e
qui munus patrini sunt suscepturi, de também os que vão assumir o encargo de
significatione huius sacramenti deque padrinhos, sejam convenientemente
obligationibus cum eo cohaerentibus rite instruídos sobre o significado desse
edoceantur; parochus per se vel per alios sacramento e aos obrigações dele
curet ut ita pastoralibus monitionibus, immo decorrentes; o pároco, por si ou por outros,
et communi precatione, debite parentes cuide que os pais sejam devidamente
instruantur, plures adunando familias instruídos por meio de exortações
atque, ubi fieri possit, eas visitando. pastorais, e também mediante a oração
comunitária reunindo mais famílias e,
quando possível, visitando- as.
Can. 853 - Aqua in baptismo conferendo Cân. 853 - A água a ser utilizada na
adhibenda, extra casum necessitatis, administração do batismo, exceto em caso
benedicta sit oportet, secundum librorum de necessidade, deve ser benzida segundo
liturgicorum praescripta. as prescrições dos livros litúrgicos.
Can. 854 - Baptismus conferatur sive per Cân. 854 - O batismo seja conferido por
immersionem sive per infusionem, servatis imersão ou por infusão, observando-se as
Episcoporum conferentiae praescriptis. prescrições da Conferência dos Bispos.
Can. 855 - Curent parentes, patrini et Cân. 855 - Cuidem os pais, padrinhos e
parochus ne imponatur nomen a sensu pároco que não se imponham nomes
christiano alienum. alheios ao senso cristão.
Can. 856 - Licet baptismus quolibet die Cân. 856 - Embora o batismo possa ser
celebrari possit, commendatur tamen ut celebrado em qualquer dia, recomenda-se,
ordinarie die dominica aut, si fieri possit, in porém, que ordinariamente seja celebrado
vigilia Paschatis, celebretur. no domingo ou, se for possível, na vigília
da Páscoa.
Can. 863 - Baptismus adultorum, saltem Cân. 863 - O batismo dos adultos, pelo
eorum qui aetatem quattuordecim annorum menos daqueles que completaram catorze
expleverunt, ad Episcopum dioecesanum anos, seja comunicado ao Bispo
deferatur ut, si id expedire iudicaverit, ab diocesano, a fim de ser por ele mesmo
ipso administretur. administrado, se o julgar conveniente.
Can. 865 - § 1. Ut adultus baptizari possit, Cân. 865 - § 1. Para que o adulto possa
oportet voluntatem baptismum recipiendi ser batizado, requer-se que tenha
manifestaverit, de fidei veritatibus manifestado a vontade de receber o
obligationibusque christianis sufficienter sit batismo, que esteja suficientemente
instructus atque in vita christiana per instruído sobre as verdades da fé e as
catechumenatum sit probatus; admoneatur obrigações cristãs e que tenha sido
etiam ut de peccatis suis doleat. provado, por meio de catecumenato, na
vida cristã; seja também admoestado para
que se arrependa de seus pecados.
§ 2. Adultus, qui in periculo mortis versatur, § 2. O adulto, que se encontra em perigo
baptizari potest si, aliquam de praecipuis de morte, pode ser batizado se, possuindo
fidei veritatibus cognitionem habens, quovis algum conhecimento das principais
modo intentionem suam baptismum verdades da fé, manifesta de algum modo
recipiendi manifestaverit et promittat se sua intenção de receber o batismo e
christianae religionis mandata esse promete observar os mandamentos da
servaturum. religião cristã.
Can. 866 - Adultus qui baptizatur, nisi Cân. 866 - A não ser que uma razão grave
gravis obstet ratio, statim post baptismum o impeça, o adulto que é batizado seja
confirmetur atque celebrationem confirmado logo depois do batismo e
eucharisticam, communionem etiam participe da celebração eucarística,
recipiendo, participet. recebendo também a comunhão.
Can. 868 - § 1. Ut infans licite baptizetur, Cân. 868 - § 1. Para que uma criança seja
oportet: licitamente batizada, é necessário que:
1° parentes, saltem eorum unus aut qui 1° - os pais, ou ao menos um deles ou
legitime eorundem locum tenet, quem legitimamente faz as suas vezes,
consentiant; consintam;
2° spes habeatur fundata eum in 2.° Haja esperança fundada de que ela
religione catholica educatum iri, firma § 3; irá ser educada na religião católica, tendo-
quae si prorsus deficiat, baptismus se na devida conta o § 3; se tal esperança
secundum praescripta iuris particularis faltar totalmente, difira-se o baptismo,
differatur, monitis de ratione parentibus. segundo as prescrições do direito
particular, avisando-se os pais do motivo.
§ 2. Infans parentum catholicorum, immo et § 2. Em perigo de morte, a criança filha de
non catholicorum, in periculo mortis licite pais católicos, e mesmo não-católicos, é
baptizatur, etiam invitis parentibus. licitamente batizada mesmo contra a
vontade dos pais.
§ 3. Infans christianorum non catholicorum § 3. Uma criança filha de cristãos não
licite baptizatur, si parentes aut unus católicos é batizada licitamente, se os pais
saltem eorum aut is, qui legitime eorundem ou ao menos um eles, ou quem
locum tenet, id petunt et si eis physice aut legitimamente tem o lugar dos mesmos, o
moraliter impossibile sit accedere ad pedirem e se lhe for, física ou moralmente,
ministrum proprium. impossível aceder a um ministro próprio.
Can. 869 - § 1. Si dubitetur num quis Cân. 869 - § 1. Havendo dúvida se alguém
baptizatus fuerit, aut baptismus valide foi batizado ou se o batismo foi conferido
collatus fuerit, dubio quidem post seriam validamente, e a dúvida permanece depois
investigationem permanente, baptismus de séria investigação, o batismo lhe seja
eidem sub condicione conferatur. conferido sob condição.
§ 2. Baptizati in communitate ecclesiali non § 2. Aqueles que foram batizados em
catholica non sunt sub condicione comunidade eclesial não-católica não
baptizandi, nisi, inspecta materia et devem ser batizados sob condição, a não
verborum forma in baptismo collato ser que, examinada a matéria e a forma
adhibitis necnon attenta intentione baptizati das palavras usadas no batismo conferido,
adulti et ministri baptizantis, seria ratio adsit e atendendo-se à intenção do batizado
de baptismi validitate dubitandi. adulto e do ministro que o batizou, haja
séria razão para duvidar da validade do
batismo.
§ 3. Quod si, in casibus de quibus in §§ 1 § 3. Nos casos mencionados nos §§ 1 e 2,
et 2, dubia remaneat baptismi collatio aut se permanecerem duvidosas a celebração
validitas, baptismus ne conferatur nisi ou a validade do batismo, não seja este
postquam baptizando, si sit adultus, administrado, senão depois que for
doctrina de baptismi sacramento exposta ao batizando, se adulto, a doutrina
exponatur, atque eidem aut, si de infante sobre o sacramento do batismo; a ele, ou
agitur, eius parentibus rationes dubiae aos pais, tratando-se de crianças, sejam
validitatis baptismi celebrati declarentur. explicadas as razões da dúvida sobre a
validade do batismo.
Can. 870 - Infans expositus aut inventus, Cân. 870 - A criança exposta ou achada,
nisi re diligenter investigata de eius seja batizada, a não ser que, após
baptismo constet, baptizetur. cuidadosa investigação, conste de seu
batismo.
Can. 871 - Fetus abortivi, si vivant, Cân. 871 - Os fetos abortivos, se estiverem
quatenus fieri potest, baptizentur. vivos, sejam batizados, enquanto possível.
Can. 873 - Patrinus unus tantum vel Cân. 873 - Admite-se apenas um padrinho
matrina una vel etiam unus et una ou uma só madrinha, ou também um
assumantur. padrinho e uma madrinha.
Can. 874 - § 1. Ut quis ad munus patrini Cân. 874 - § 1. Para que alguém seja
suscipiendum admittatur, oportet: admitido para assumir o encargo de
padrinho, é necessário que:
1° ab ipso baptizando eiusve parentibus 1° - seja designado pelo batizando, por
aut ab eo qui eorum locum tenet aut, his seus pais ou por quem lhes faz as vezes,
deficientibus, a parocho vel ministro sit ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou
designatus atque aptitudinem et ministro, e tenha aptidão e intenção de
intentionem habeat hoc munus gerendi; cumprir esse encargo;
2° decimum sextum aetatis annum 2° - Tenha completado dezesseis anos
expleverit, nisi alia aetas ab Episcopo de idade, a não ser que outra idade tenha
dioecesano statuta fuerit vel exceptio iusta sido determinada pelo Bispo diocesano, ou
de causa parocho aut ministro admittenda pareça ao pároco ou ministro que se deva
videatur; admitir uma exceção por justa causa;
3° sit catholicus, confirmatus et 3° - seja católico, confirmado, já tenha
sanctissimum Eucharistiae sacramentum recebido o santíssimo sacramento da
iam receperit, idemque vitam ducat fidei et Eucaristia e leve uma vida de acordo com
muneri suscipiendo congruam; a fé e o encargo que vai assumir;
4° nulla poena canonica legitime 4° - não tenha sido atingido por
irrogata vel declarata sit innodatus; nenhuma pena canônica legitimamente
irrogada ou declarada;
5° non sit pater aut mater baptizandi. 5° - não seja pai ou mãe do batizando.
§ 2. Baptizatus ad communitatem § 2. O batizado pertencente a uma
ecclesialem non catholicam pertinens, comunidade eclesial nãocatólica só seja
nonnisi una cum patrino catholico, et admitido junto com um padrinho católico, o
quidem ut testis tantum baptismi, qual será apenas testemunha do batismo.
admittatur.
Can. 877 - § 1. Parochus loci, in quo Cân. 877 - § 1. O pároco do lugar em que
baptismus celebratur, debet nomina se celebra o batismo deve anotar
baptizatorum, mentione facta de ministro, cuidadosamente e sem demora os nomes
parentibus, patrinis necnon, si adsint, dos batizados, fazendo menção do
testibus, de loco ac die collati baptismi, in ministro, pais, padrinhos, testemunhas, se
baptizatorum libro sedulo et sine ulla mora as houver, do lugar e dia do batismo,
referre, simul indicatis die et loco nativitatis. indicando também o dia e o lugar do
nascimento
§ 2. Si de filio agatur e matre non nupta § 2. Tratando-se de filhos de mãe solteira,
nato, matris nomen inserendum est, si deve-se consignar o nome da mãe, se
publice de eius maternitate constet aut ipsa consta publicamente da maternidade ou
sponte sua, scripto vel coram duobus ela o pede espontaneamente por escrito
testibus, id petat; item nomen patris perante duas testemunhas; deve-se
inscribendum est, si eius paternitas também anotar o nome do pai, se sua
probatur aliquo publico documento aut paternidade se comprova por algum
ipsius declaratione coram parocho et documento público ou por declaração dele,
duobus testibus facta; in ceteris casibus, feita perante o pároco e duas testemunhas;
inscribatur baptizatus, nulla facta de patris nos outros casos, anote-se o nome do
aut parentum nomine indicatione. batizado, sem fazer menção do nome do
pai ou dos pais.
§ 3. Si de filio adoptivo agitur, inscribantur § 3. Tratando-se de filho adotivo, anotem-
nomina adoptantium necnon, saltem si ita se os nomes dos adotantes e pelo menos
fiat in actu civili regionis, parentum os nomes dos pais naturais, de acordo com
naturalium ad normam §§ 1 et 2, attentis o §§ 1 e 2, se assim se fizer também no
Episcoporum conferentiae praescriptis. registro civil da região, observando-se as
prescrições da Conferência dos Bispos.
Can. 878 - Si baptismus neque a parocho Cân. 878 - Se o batismo não for
neque eo praesente administratus fuerit, administrado pelo pároco ou não estando
minister baptismi, quicumque est, de ele presente, o ministro do batismo, quem
collato baptismo certiorem facere debet quer que seja, deve informar da celebração
parochum paroeciae in qua baptismus do batismo ao pároco da paróquia em que
administratus est, ut baptismum adnotet ad o batismo tiver sido administrado, para que
normam can. 877, § 1. este o anote, de acordo com o cân. 877,
§ 1.
Can. 883 - Ipso iure facultate Cân. 883 - Pelo próprio direito, têm a
confirmationem ministrandi gaudent: faculdade de administrar a confirmação:
1° intra fines suae dicionis, qui iure 1° - dentro dos limites de seu território,
Episcopo dioecesano aequiparantur; aqueles que pelo direito se equiparam ao
Bispo diocesano;
2° quoad personam de qua agitur, 2° - no que se refere à pessoa e,
presbyter qui, vi officii vel mandati Episcopi questão, o presbítero que, em razão de
dioecesani, infantia egressum baptizat aut ofício ou por mandato do Bispo diocesano,
iam baptizatum in plenam Ecclesiae batiza um adulto ou recebe alguém já
catholicae communionem admittit; batizado na plena comunhão da Igreja
católica;
3° quoad eos qui in periculo mortis 3° - no que se refere aos que se acham
versantur, parochus, immo quilibet em perigo de morte, o pároco, e até
presbyter. qualquer sacerdote.
Can. 886 - § 1. Episcopus in sua dioecesi Cân. 886 - § 1. Em sua diocese, o Bispo
sacramentum confirmationis legitime administra legitimamente o sacramento da
administrat etiam fidelibus non subditis, nisi confirmação também aos fiéis que não são
obstet expressa proprii ipsorum Ordinarii seus súditos, a não ser que haja proibição
prohibitio. expressa do Ordinário deles.
§ 2. Ut in aliena dioecesi confirmationem § 2. Para administrar licitamente a
licite administret, Episcopus indiget, nisi confirmação em outra diocese, o Bispo
agatur de suis subditis, licentia saltem precisa da licença do Bispo diocesano, ao
rationabiliter praesumpta Episcopi menos razoavelmente presumida, a não
dioecesani. ser que se trate de súditos seus.
Can. 888 - Intra territorium in quo Cân. 888 - Dentro do território em que
confirmationem conferre valent, ministri in podem administrar a confirmação, os
locis quoque exemptis eam ministrare ministros podem também administrá-la em
possunt. lugares isentos.
Can. 890 - Fideles tenentur obligatione hoc Cân. 890 - Os fiéis têm a obrigação de
sacramentum tempestive recipiendi; curent receber tempestivamente esse
parentes, animarum pastores, praesertim sacramento; os pais, os pastores de almas,
parochi, ut fideles ad illud recipiendum rite principalmente os párocos, cuidem que os
instruantur et opportuno tempore accedant. fiéis sejam devidamente instruídos para o
receberem e que se aproximem dele em
tempo oportuno.
Can. 891 - Sacramentum confirmationis Cân. 891 - O sacramento da confirmação
conferatur fidelibus circa aetatem seja conferido aos fiéis, mais ou menos na
discretionis, nisi Episcoporum conferentia idade da discrição, a não ser que a
aliam aetatem determinaverit, aut adsit Conferência dos Bispos tenha determinado
periculum mortis vel, de iudicio ministri, outra idade, ou haja perigo de morte, ou, a
gravis causa aliud suadeat. juízo do ministro, uma causa grave
aconselhe outra coisa.
Can. 893 - § 1. Ut quis patrini munere Cân. 893 - § 1. Para que alguém
fungatur, condiciones adimpleat oportet, de desempenhe o encargo de padrinho, é
quibus in can. 874. necessário que preencha as condições
mencionadas no cân. 874.
§ 2. Expedit ut tamquam patrinus § 2. Convém que se escolha para padrinho
assumatur qui idem munus in baptismo quem desempenhou essas funções no
suscepit. baptismo.
Can. 895 - Nomina confirmatorum, facta Cân. 895 - No livro de crismas da cúria
mentione ministri, parentum et patrinorum, diocesana ou onde isso tiver sido prescrito
loci et diei collatae confirmationis in librum pela Conferência dos Bispos ou pelo Bispo
confirmatorum Curiae dioecesanae diocesano, no livro a ser conservado no
adnotentur, vel, ubi id praescripserit arquivo paroquial, anotem-se os nomes
Episcoporum conferentia aut Episcopus dos confirmados, mencionando o ministro,
dioecesanus, in librum in archivo paroeciali os pais e padrinhos, o lugar e o dia da
conservandum; parochus debet de collata confirmação; o pároco deve informar da
confirmatione monere parochum loci confirmação ao pároco do lugar do
baptismi, ut adnotatio fiat in libro batismo, a fim de que se faça a anotação
baptizatorum, ad normam can. 535, § 2. no livro dos batizados, de acordo com o
cân. 535, § 2.
Can. 896 - Si parochus loci praesens non Cân. 896 - Se o pároco do lugar não tiver
fuerit, eundem de collata confirmatione estado presente, o ministro o informe,
minister per se vel per alium quam primum quanto antes, por si ou por outros, da
certiorem faciat. confirmação conferida.
Can. 898 - Christifideles maximo in honore Cân. 898 - Os fiéis tenham na máxima
sanctissimam Eucharistiam habeant, honra a santíssima Eucaristia, participando
actuosam in celebratione augustissimi ativamente na celebração do augustíssimo
Sacrificii partem habentes, devotissime et Sacrifício, recebendo devotíssima e
frequenter hoc sacramentum recipientes, frequentemente esse sacramento e
atque summa cum adoratione idem prestando-lhe culto com suprema
colentes; animarum pastores doctrinam de adoração; os pastores de almas,
hoc sacramento illustrantes, fideles hanc explicando a doutrina sobre esse
obligationem sedulo edoceant. sacramento, instruam diligentemente os
fiéis sobre essa obrigação.
Can. 901 - Integrum est sacerdoti Missam Cân. 901 - O sacerdote pode aplicar a
applicare pro quibusvis, tum vivis tum missa por quaisquer pessoas, vivas ou
defunctis. defuntas.
Can. 902 - Nisi utilitas christifidelium aliud Cân. 902 - A não ser que a utilidade dos
requirat aut suadeat, sacerdotes fiéis requeira ou aconselhe o contrário, os
Eucharistiam concelebrare possunt, integra sacerdotes podem concelebrar a
tamen pro singulis libertate manente Eucaristia; permanece, porém, a liberdade
Eucharistiam individuali modo celebrandi, de cada um celebrar a Eucaristia
non vero eo tempore, quo in eadem individualmente, não porém durante o
ecclesia aut oratorio concelebratio habetur. tempo em que na mesma igreja ou oratório
haja uma concelebração.
Can. 904 - Sacerdotes, memoria semper Cân. 904 - Lembrando-se sempre que no
tenentes in mysterio Sacrificii eucharistici ministério do sacrifício eucarístico se
opus redemptionis continuo exerceri, exerce continuamente a obra da redenção,
frequenter celebrent; immo enixe os sacerdotes celebrem freqüentemente; e
commendatur celebratio cotidiana, quae mais recomenda-se com insistência a
quidem, etiam si praesentia fidelium haberi celebração cotidiana, a qual, mesmo não
non possit, actus est Christi et Ecclesiae, in se podendo ter presença de fiéis, é um ato
quo peragendo munus suum praecipuum de Cristo e da Igreja, em cuja realização os
sacerdotes adimplent. sacerdotes desempenham seu múnus
principal.
Can. 905 - § 1. Exceptis casibus in quibus Cân. 905 - § 1. Não é lícito ao sacerdote
ad normam iuris licitum est pluries eadem celebrar mais de uma vez ao dia, exceto
die Eucharistiam celebrare aut nos casos em que, de acordo com o
concelebrare, non licet sacerdoti plus direito, é lícito celebrar ou concelebrar a
semel in die celebrare. Eucaristia mais vezes no mesmo dia.
§ 2. Si sacerdotum penuria habeatur, § 2. Se houver falta de sacerdotes, o
concedere potest loci Ordinarius ut Ordinário local pode permitir que, por justa
sacerdotes, iusta de causa, bis in die, causa, os sacerdotes celebrem duas vezes
immo, necessitate pastorali id postulante, ao dia e até mesmo três vezes nos
etiam ter in diebus dominicis et festis de domingos e festas de preceito, se as
praecepto, celebrent. necessidades pastorais o exigirem.
Can. 906 - Nisi iusta et rationabili de causa, Cân. 906 - Salvo por causa justa e
sacerdos Sacrificium eucharisticum ne razoável, o sacerdote não celebre o
celebret sine participatione alicuius saltem Sacrifício eucarístico sem a participação de
fidelis. pelo menos algum fiel.
Can. 908 - Sacerdotibus catholicis vetitum Cân. 908 - É proibido aos sacerdotes
est una cum sacerdotibus vel ministris católicos concelebrar a Eucaristia junto
Ecclesiarum communitatumve ecclesialium com sacerdotes ou ministros de Igrejas ou
plenam communionem cum Ecclesia comunidades que não estão em plena
catholica non habentium, Eucharistiam comunhão com a Igreja católica.
concelebrare.
Can. 914 - Parentum imprimis atque eorum Cân. 914 - É dever, primeiramente dos
qui parentum locum tenent necnon parochi pais ou de quem faz as suas vezes e do
officium est curandi ut pueri usum rationis pároco, cuidar que as crianças que
assecuti debite praeparentur et quam atingiram o uso da razão se preparem
primum, praemissa sacramentali convenientemente e sejam nutridas quanto
confessione, hoc divino cibo reficiantur; antes com esse divino alimento, após a
parochi etiam est advigilare ne ad sacram confissão sacramental; compete também
Synaxim accedant pueri, qui rationis usum ao pároco velar que não se aproximem do
non sint adepti aut quos non sufficienter sagrado Banquete às crianças que ainda
dispositos iudicaverit. não atingiram o uso da razão ou aquelas
que ele julgar não estarem suficientemente
dispostas.
Can. 915 - Ad sacram communionem ne Cân. 915 - Não sejam admitidos à sagrada
admittantur excommunicati et interdicti post comunhão os excomungados e os
irrogationem vel declarationem poenae interditados, depois da imposição ou
aliique in manifesto gravi peccato obstinate declaração da pena, e outros que
perseverantes. obstinadamene persistem no pecado grave
manifesto.
Can. 916 - Qui conscius est peccati gravis, Cân. 916 - Quem está consciente de
sine praemissa sacramentali confessione pecado grave não celebre a missa nem
Missam ne celebret neve Corpori Domini comungue o Corpo Senhor, sem fazer
communicet, nisi adsit gravis ratio et antes a confissão sacramental, a não ser
deficiat opportunitas confitendi; quo in casu que exista causa grave e não haja
meminerit se obligatione teneri ad oportunidade para se confessar; nesse
eliciendum actum perfectae contritionis, qui caso, porém, lembre-se que é obrigado a
includit propositum quam primum fazer um ato de contrição perfeita, que
confitendi. inclui o propósito de se confessar quanto
antes.
Can. 917 - Qui sanctissimam Eucharistiam Cân. 917 - Quem já recebeu a santíssima
iam recepit, potest eam iterum eadem die Eucaristia pode recebê-la novamente no
suscipere solummodo intra eucharisticam mesmo dia, somente dentro da celebração
celebrationem cui participat, salvo eucarística em que participa, salva a
praescripto can. 921, § 2. prescrição do can. 921, § 2.
Can. 918 - Maxime commendatur ut fideles Cân. 918 - Recomenda-se vivamente que
in ipsa eucharistica celebratione sacram os fiéis recebam a sagrada comunhão na
communionem recipiant; ipsis tamen iusta própria celebração eucarística; seja- lhes,
de causa petentibus extra Missam contudo, administrada fora da missa
ministretur, servatis liturgicis ritibus. quando a pedem por justa causa,
observando-se os ritos litúrgicos.
Can. 920 - § 1. Omnis fidelis, postquam ad Cân. 920 - § 1. Todo fiel, depois de ter
sanctissimam Eucharistiam initiatus sit, recebido a santíssima Eucaristia pela
obligatione tenetur semel saltem in anno, primeira vez, tem a obrigação de receber a
sacram communionem recipiendi. sagrada comunhão ao menos uma vez por
ano.
§ 2. Hoc praeceptum impleri debet tempore § 2. Esse preceito deve ser cumprido no
paschali, nisi iusta de causa alio tempore tempo pascal, a não ser que, por justa
intra annum adimpleatur. causa, se cumpra em outro tempo dentro
do ano.
Can. 925 - Sacra communio conferatur sub Cân. 925 - Distribua-se a sagrada
sola specie panis aut, ad normam legum comunhão só sob a espécie de pão ou, de
liturgicarum, sub utraque specie; in casu acordo com as leis litúrgicas, sob ambas as
autem necessitatis, etiam sub sola specie espécies; mas, em caso de necessidade,
vini. também apenas sob a espécie de vinho.
Can. 927 - Nefas est, urgente etiam Cân. 927 - Não é lícito, nem mesmo
extrema necessitate, alteram materiam urgindo extrema necessidade, consagrar
sine altera, aut etiam utramque extra uma matéria sem a outra, ou mesmo
eucharisticam celebrationem, consecrare. consagrá-las a ambas fora da celebração
eucarística.
Can. 933 - Iusta de causa et de licentia Cân. 933 - Por justa causa e com licença
expressa Ordinarii loci licet sacerdoti ex pressa do Ordinário local, é lícito ao
Eucharistiam celebrare in templo alicuius sacerdote, removido o escândalo, celebrar
Ecclesiae aut communitatis ecclesialis a Eucaristia em templo de alguma Igreja ou
plenam communionem cum Ecclesia comunidade eclesial que não tenha plena
catholica non habentium, remoto scandalo. comunhão com a Igreja católica.
Can. 935 - Nemini licet sanctissimam Cân. 935 - A ninguém é lícito conservar a
Eucharistiam apud se retinere aut secum in Eucaristia na própria casa ou levá-la
itinere deferre, nisi necessitate pastorali consigo em viagens, a não ser urgindo
urgente et servatis Episcopi dioecesani uma necessidade pastoral e observando-
praescriptis. se as prescrições do Bispo diocesano.
Can. 936 - In domo instituti religiosi aliave Cân. 936 - Na casa de um instituto
pia domo, sanctissima Eucharistia religioso ou em outra casa pia, conserve-se
asservetur tantummodo in ecclesia aut in a santíssima Eucaristia somente na igreja
oratorio principali domui adnexo; potest ou oratório principal anexo à casa;
tamen iusta de causa Ordinarius contudo, por justa causa, o Ordinário pode
permittere, ut etiam in alio oratorio eiusdem permitir que se conserve também noutro
domus asservetur. oratório dessa casa.
Can. 937 - Nisi gravis obstet ratio, ecclesia Cân. 937 - A não ser que obste motivo
in qua sanctissima Eucharistia asservatur, grave, a igreja em que se conserva a
per aliquot saltem horas cotidie fidelibus santíssima Eucaristia esteja aberta todos
pateat, ut coram sanctissimo Sacramento os dias aos fiéis, ao menos durante
orationi vacare possint. algumas horas, a fim de que eles possam
dedicar-se à oração diante do santíssimo
Sacramento.
Can. 940 - Coram tabernaculo, in quo Cân. 940 - Diante do tabernáculo em que
sanctissima Eucharistia asservatur, se conserva a santíssima Eucaristia, brilhe
peculiaris perenniter luceat lampas, qua continuamente uma lâmpada especial, com
indicetur et honoretur Christi praesentia. a qual se indique e se reverencie a
presença de Cristo.
Can. 941 - § 1. In ecclesiis aut oratoriis Cân. 941 - § 1. Nas igrejas e oratórios
quibus datum est asservare sanctissimam onde se conserva a santíssima Eucaristia,
Eucharistiam, fieri possunt expositiones podem- se fazer exposições com a píxide
sive cum pyxide sive cum ostensorio, ou com o ostensório, observando-se as
servatis normis in libris liturgicis normas prescritas nos livros litúrgicos.
praescriptis.
§ 2. Celebratione Missae durante, ne § 2. Durante a celebração da missa, não
habeatur in eadem ecclesiae vel oratorii haja exposição do santíssimo Sacramento
aula sanctissimi Sacramenti expositio. no mesmo recinto da igreja ou oratório.
Can. 944 - § 1. Ubi de iudicio Episcopi Cân. 944 - § 1. Onde for possível, a juízo
dioecesani fieri potest, in publicum erga do Bispo diocesano, em testemunho
sanctissimam Eucharistiam venerationis público de veneração para com a
testimonium, habeatur, praesertim in santíssima Eucaristia, principalmente na
sollemnitate Corporis et Sanguinis Christi, solenidade do Corpo e Sangue de Cristo,
processio per vias publicas ducta. haja procissão pelas vias públicas.
§ 2. Episcopi dioecesani est de § 2. Compete ao Bispo diocesano
processionibus statuere ordinationes, estabelecer normas sobre as procissões,
quibus earum participationi et dignitati assegurando a participação e dignidade
prospiciatur. delas.
Can. 946 - Christifideles stipem offerentes, Cân. 946 - Os fiéis que oferecem espórtula
ut ad suam intentionem Missa applicetur, para que a missa seja aplicada segundo
ad bonum conferunt Ecclesiae atque eius suas intenções concorrem, com essa
curam in ministris operibusque sustinendis oferta, para o bem da Igreja e participam
ea oblatione participant. de seu empenho no sustento de seus
ministros e obras.
Can. 947 - A stipe Missarum quaelibet Cân. 947 - Deve-se afastar completamente
etiam species negotiationis vel mercaturae das espórtulas de missas até mesmo
omnino arceatur. qualquer aparência de negócio ou
comércio.
Can. 948 - Distinctae applicandae sunt Cân. 948 - Devem aplicar-se missas
Missae ad eorum intentiones pro quibus distintas na intenção de cada um daqueles
singulis stips, licet exigua, oblata et pelos quais foi oferecida e aceita uma
acceptata est. espórtula, mesmo diminuta.
Can. 949 - Qui obligatione gravatur Missam Cân. 949 - Quem está obrigado a celebrar
celebrandi et applicandi ad intentionem e aplicar a missa segundo a intenção de
eorum qui stipem obtulerunt, eadem quem ofereceu a espórtula, continua com
obligatione tenetur, etiamsi sine ipsius tal obrigação, mesmo que, sem culpa sua,
culpa stipes perceptae perierint. se tenham perdido as espórtulas
recebidas.
Can. 950 - Si pecuniae summa offertur pro Cân. 950 - Oferecendo-se determinada
Missarum applicatione, non indicato soma para aplicação de missas, sem
Missarum celebrandarum numero, hic indicar o número de missas que se devem
supputetur attenta stipe statuta in loco in celebrar, este seja calculado segundo a
quo oblator commoratur, nisi aliam fuisse espórtula em vigor no lugar onde reside o
eius intentionem legitime praesumi debeat. ofertante, a não ser que se deva presumir
legitimamente que outra tenha sido a sua
intenção.
Can. 951 - § 1. Sacerdos plures eadem die Cân. 951 - § 1. O sacerdote que celebra
Missas celebrans, singulas applicare potest mais missas no mesmo dia pode aplicar
ad intentionem pro qua stips oblata est, ea cada uma delas segundo a intenção pela
tamen lege ut, praeterquam in die qual foi oferecida a espórtula, mas com a
Nativitatis Domini, stipem pro una tantum condição de reter para si a espórtula de
Missa faciat suam, ceteras vero in fines ab uma só missa, excetuando o dia do Natal
Ordinario praescriptos concredat, admissa do Senhor, e entregar as outras para os
quidem aliqua retributione ex titulo fins determinados pelo Ordinário, admitindo-
extrinseco. se alguma retribuição por título extrínseco.
§ 2. Sacerdos alteram Missam eadem die § 2. O sacerdote que concelebrar no
concelebrans, nullo titulo pro ea stipem mesmo dia uma segunda missa por
recipere potest. nenhum título pode receber espórtula por
ela.
Can. 953 - Nemini licet tot stipes Missarum Cân. 953 - A ninguém é lícito receber, para
per se applicandarum accipere, quibus aplicar pessoalmente, tantas espórtulas de
intra annum satisfacere non potest. missas que não possa satisfazer dentro de
um ano.
Can. 954 - Si certis in ecclesiis aut oratoriis Cân. 954 - Se em determinadas igrejas ou
Missae petuntur celebrandae numero oratórios se pede a celebração de missas
plures quam ut ibidem celebrari possint, em número superior às que aí se podem
earundem celebratio alibi fieri licet, nisi celebrar, é lícito celebrá-las em outro lugar,
contrariam voluntatem oblatores expresse salvo vontade contrária dos ofertantes
manifestaverint. expressamente manifestada.
Can. 957 - Officium et ius advigilandi ut Cân. 957 - O dever e o direito de velar pelo
Missarum onera adimpleantur, in ecclesiis cumprimento dos encargos de missas, nas
cleri saecularis pertinet ad loci Ordinarium, igrejas do clero secular, compete ao
in ecclesiis institutorum religiosorum aut Ordinário local, e nas igrejas de institutos
societatum vitae apostolicae ad eorum religiosos ou de sociedades de vida
Superiores. apostólica a seus Superiores.
Can. 961 - § 1. Absolutio pluribus insimul Cân. 961 - § 1. Não se pode dar a
paenitentibus sine praevia individuali absolvição ao mesmo tempo a vários
confessione, generali modo impertiri non penitentes sem prévia confissão individual,
potest, nisi: a não ser que:
1° immineat periculum mortis et tempus 1°- haja iminente perigo de morte e não
non suppetat sacerdoti vel sacerdotibus ad haja tempo para que o sacerdote ou
audiendas singulorum paenitentium sacerdotes ouçam a confissão de cada um
confessiones; dos penitentes;
2° adsit gravis necessitas, videlicet 2°- haja grave necessidade, isto é,
quando, attento paenitentium numero, quando por causa do número de
confessariorum copia praesto non est ad penitentes, não há número suficiente de
rite audiendas singulorum confessiones confessores para ouvirem as confissões de
intra congruum tempus, ita ut paenitentes, cada um, dentro de um espaço de tempo
sine propria culpa, gratia sacramentali aut razoável, de tal modo que os penitentes,
sacra communione diu carere cogantur; sem culpa própria, seriam forçados a ficar
necessitas vero non censetur sufficiens, muito tempo sem a graça sacramental ou
cum confessarii praesto esse non possunt, sem a sagrada comunhão; essa
ratione solius magni concursus necessidade, porém, não se considera
paenitentium, qualis haberi potest in magna suficiente, quando não é possível ter os
aliqua festivitate aut peregrinatione. confessores necessários só pelo fato de
grande concurso de penitentes, como pode
acontecer numa grande festividade ou
peregrinação.
§ 2. Iudicium ferre an dentur condiciones § 2. Julgar sobre a existência das
ad normam § 1, n. 2 requisitae, pertinet ad condições requeridas no § 1, n.2, compete
Episcopum dioecesanum, qui, attentis ao Bispo diocesano que, levando em conta
criteriis cum ceteris membris Episcoporum os critérios concordados com os outros
conferentiae concordatis, casus talis membros da Conferência dos Bispos, pode
necessitatis determinare potest. determinar os casos de tal necessidade.
Can. 962 - § 1. Ut christifidelis sacramentali Cân. 962 - § 1. Para que um fiel possa
absolutione una simul pluribus data valide receber validamente a absolvição dada
fruatur, requiritur non tantum ut sit apte simultaneamente a muitos, requer-se não
dispositus, sed ut insimul sibi proponat só que esteja devidamente disposto, mas
singillatim debito tempore confiteri peccata que ao mesmo tempo se proponha
gravia, quae in praesens ita confiteri nequit. também a confessar individualmente, no
tempo devido, os pecados graves que no
momento não pode assim confessar.
§ 2. Christifideles, quantum fieri potest § 2. Os fiéis, enquanto possível, também
etiam occasione absolutionis generalis no momento de receber a absolvição geral,
recipiendae, de requisitis ad normam § 1 sejam instruídos sobre os requisitos do § 1;
edoceantur et absolutioni generali, in casu à absolvição geral, mesmo em caso de
quoque periculi mortis, si tempus suppetat, perigo de morte, se houver tempo, preceda
praemittatur exhortatio ut actum contritionis uma exortação para que cada um cuide de
quisque elicere curet. fazer o ato de contrição.
Can. 963 - Firma manente obligatione de Cân. 963 - Salva a obrigação mencionada
qua in can. 989, is cui generali absolutione no cân. 989, aquele a quem são perdoados
gravia peccata remittuntur, ad pecados graves mediante absolvição geral,
confessionem individualem quam primum, ao surgir oportunidade, procure quanto
occasione data, accedat, antequam aliam antes, a confissão individual, antes de
recipiat absolutionem generalem, nisi iusta receber outra absolvição geral, a não ser
causa interveniat. que se interponha justa causa.
Can. 968 - § 1. Vi officii pro sua quisque Cân. 968 - § 1. Em virtude de seu ofício,
dicione facultate ad confessiones dentro de sua jurisdição, têm faculdade de
excipiendas gaudent loci Ordinarius, ouvir confissões o Ordinário local, o
canonicus paenitentiarius, itemque cônego penitenciário, o pároco e os outros
parochus aliique qui loco parochi sunt. que estão em lugar do pároco.
§ 2. Vi officii facultate gaudent § 2. Em virtude de seu ofício, têm
confessiones excipiendi suorum faculdade de ouvir confissões dos súditos e
subditorum aliorumque, in domo diu de outros que vivem dia e noite na casa os
noctuque degentium, Superiores instituti Superiores de instituto religioso ou de
religiosi aut societatis vitae apostolicae, si sociedade de vida apostólica, se forem
sint clericales iuris pontificii, ad normam clericais de direito pontifício, que tiverem,
constitutionum potestate regiminis de acordo com as constituições, poder
exsecutiva fruentes, firmo tamen executivo de regime, salva a prescrição do
praescripto can. 630, § 4. cân. 630, § 4.
Can. 971 - Facultatem ad excipiendas Cân. 971 - O Ordinário local não conceda a
habitualiter confessiones loci Ordinarius faculdade de ouvir confissões de forma
presbytero, etsi domicilium vel quasi- habitual a um presbítero, mesmo que tenha
domicilium in sua dicione habenti, ne domicílio ou quase-domicílio em sua
concedat, nisi prius, quantum fieri potest, jurisdição, sem antes ouvir, enquanto
audito eiusdem presbyteri Ordinario. possível, o Ordinário desse presbítero.
Can. 976 - Quilibet sacerdos, licet ad Cân. 976 - Qualquer sacerdote, mesmo
confessiones excipiendas facultate careat, que não tenha faculdade de ouvir
quoslibet paenitentes in periculo mortis confissões, absolve válida e licitamente de
versantes valide et licite absolvit a qualquer censura e de qualquer pecado
quibusvis censuris et peccatis, etiamsi qualquer penitente em perigo de morte,
praesens sit sacerdos approbatus. mesmo que esteja presente um sacerdote
aprovado.
Can. 977 - Absolutio complicis in peccato Cân. 977 - Exceto em perigo de morte, é
contra sextum Decalogi praeceptum inválida a absolvição do cúmplice em
invalida est, praeterquam in periculo mortis. pecado contra o sexto mandamento do
Decálogo.
Can. 980 - Si confessario dubium non est Cân. 980 - Se ao confessor não resta
de paenitentis dispositione et hic dúvida a respeito das disposições do
absolutionem petat, absolutio ne denegetur penitente, e este pede a absolvição, a
nec differatur. absolvição não seja negada nem diferida.
Can. 981 - Pro qualitate et numero Cân. 981 - De acordo com a gravidade e
peccatorum, habita tamen ratione número dos pecados, levando em conta,
paenitentis condicionis, salutares et porém, a condição do penitente, o
convenientes satisfactiones confessarius confessor imponha salutares e
iniungat; quas paenitens per se ipse convenientes satisfações, que o penitente
implendi obligatione tenetur. em pessoa tem obrigação de cumprir.
Can. 982 - Qui confitetur se falso Cân. 982 - Quem confessa ter denunciado
confessarium innocentem apud falsamente à autoridade eclesiástica um
auctoritatem ecclesiasticam denuntiasse de confessor inocente a respeito de crime de
crimine sollicitationis ad peccatum contra solicitação para pecado contra o sexto
sextum Decalogi praeceptum, ne mandamento do Decálogo não seja
absolvatur nisi prius falsam denuntiationem absolvido sem antes ter retratado
formaliter retractaverit et paratus sit ad formalmente a falsa denúncia e sem que
damna, si quae habeantur, reparanda. esteja disposto a reparar os danos, se
houver.
Can. 985 - Magister novitiorum eiusque Cân. 985 - O mestre de noviços e seu
socius, rector seminarii aliusve instituti sócio, o reitor do seminário ou de outro
educationis sacramentales confessiones instituto de educação não ouçam
suorum alumnorum in eadem domo confissões sacramentais dos alunos que
commorantium ne audiant, nisi alumni in residem na mesma casa, a não ser que
casibus particularibus sponte id petant. eles, em casos particulares, o solicitem
espontaneamente.
Can. 986 - § 1. Omnis cui animarum cura vi Cân. 986 - § 1. Todos aqueles que, em
muneris est demandata, obligatione tenetur razão de encargo, têm cura de almas, são
providendi ut audiantur confessiones obrigados a providenciar que sejam
fidelium sibi commissorum, qui rationabiliter ouvidas as confissões dos fiéis que lhes
audiri petant, utque iisdem opportunitas estão confiados e que o peçam
praebeatur ad confessionem individualem, razoavelmente, como também que se dê a
diebus ac horis in eorum commodum eles oportunidade de se confessarem
statutis, accedendi. individualmente em dias e horas marcadas
para sua conveniência.
§ 2. Urgente necessitate, quilibet § 2. Em caso de urgente necessidade,
confessarius obligatione tenetur qualquer confessor tem a obrigação de
confessiones christifidelium excipiendi, et in ouvir as confissões dos fiéis, e, em perigo
periculo mortis quilibet sacerdos. de morte, qualquer sacerdote.
Can. 989 - Omnis fidelis, postquam ad Cân. 989 - Todo fiel, depois de te chegado
annos discretionis pervenerit, obligatione à idade da discrição, é obrigado a
tenetur peccata sua gravia, saltem semel in confessar fielmente seus pecados graves,
anno, fideliter confitendi. pelo menos uma vez por ano.
Can. 990 - Nemo prohibetur quominus per Cân. 990 - Ninguém é proibido de se
interpretem confiteatur, vitatis quidem confessar por meio de intérprete, evitando-
abusibus et scandalis atque firmo se abuso e escândalos, e salva a
praescripto can. 983, § 2. prescrição do cân. 983, § 2.
Can. 991 - Cuivis christifideli integrum est Cân. 991 - Todo fiel é livre de se confessar
confessario legitime approbato etiam alius ao confessor legitimamente aprovado, que
ritus, cui maluerit, peccata confiteri. preferir, mesmo de outro rito.
Can. 993 - Indulgentia est partialis aut Cân. 993 - A indulgência é parcial ou
plenaria, prout a poena temporali pro plenária, conforme liberta, em parte ou no
peccatis debita liberat ex parte aut ex toto. todo, da pena temporal devida pelos
pecados.
Can. 994 - Quivis fidelis potest indulgentias Cân. 994 - Qualquer fiel pode lucrar
sive partiales sive plenarias, aut sibi ipsi indulgências parciais ou plenárias para si
lucrari, aut defunctis applicare ad modum mesmo ou aplicá- las aos defuntos como
suffragii. sufrágio.
Can. 996 - § 1. Ut quis capax sit lucrandi Cân. 996 - § 1. Para que alguém seja
indulgentias debet esse baptizatus, non capaz de lucrar indulgências, deve ser
excommunicatus, in statu gratiae saltem in batizado, não estar excomungado e
fine operum praescriptorum. encontrar-se em estado de graça, pelo
menos no fim das obras prescritas.
§ 2. Ut vero subiectum capax eas lucretur, § 2. Para que a pessoa capaz lucre de fato
habere debet intentionem saltem as indulgências, deve ter pelo menos a
generalem eas acquirendi et opera iniuncta intenção de as adquirir, e deve cumprir os
implere statuto tempore ac debito modo, atos prescritos no tempo estabelecido e no
secundum concessionis tenorem. modo devido, segundo o teor da
concessão.
Can. 1000 - § 1. Unctiones verbis, ordine et Cân. 1000 - § 1. A s unções sejam feitas
modo praescriptis in liturgicis libris, cuidadosamente, com as palavras, a
accurate peragantur; in casu tamen ordem e o modo prescritos nos livros
necessitatis, sufficit unctio unica in fronte litúrgicos; em caso de necessidade, porém,
vel etiam in alia corporis parte, integra basta uma só unção na fronte, ou mesmo
formula prolata. em outra parte do corpo, pronunciando-se
integralmente a fórmula.
§ 2. Unctiones peragat minister propria § 2. O ministro faça as unções com a
manu, nisi gravis ratio usum instrumenti própria mão, a não ser que uma razão
suadeat. grave aconselhe o uso de instrumento.
Can. 1001 - Curent animarum pastores et Cân. 1001 - Cuidem os pastores de almas
infirmorum propinqui, ut tempore opportuno e os parentes dos enfermos que estes
infirmi hoc sacramento subleventur. sejam confortados em tempo oportuno com
esse sacramento.
Can. 1002 - Celebratio communis unctionis Cân. 1002 - De acordo com as prescrições
infirmorum, pro pluribus infirmis simul, qui do Bispo diocesano, pode-se fazer a
apte sint praeparati et rite dispositi, iuxta celebração comunitária da unção dos
Episcopi dioecesani praescripta peragi enfermos, ao mesmo tempo para diversos
potest. doentes adequadamente preparados e
devidamente dispostos.
CAPUT III. DE IIS QUIBUS UNCTIO Capítulo III DAQUELES A QUEM SE DEVE
INFIRMORUM CONFERENDA SIT ADMINISTRAR A UNÇÃO DOS
ENFERMOS
Can. 1004 - § 1. Unctio infirmorum Cân. 1004 - § 1. A unção dos enfermos
ministrari potest fideli qui, adepto rationis pode ser administrada ao fiel que, tendo
usu, ob infirmitatem vel senium in periculo atingido o uso da razão, começa a estar
incipit versari. em perigo por motivo de doença ou
velhice.
§ 2. Hoc sacramentum iterari potest, si § 2. Pode-se repetir este sacramento se o
infirmus, postquam convaluerit, denuo in doente, depois de ter convalescido, recair
gravem infirmitatem inciderit aut si, eadem em doença grave, ou durante a mesma
infirmitate perdurante, discrimen factum enfermidade, se o perigo se agravar.
gravius sit.
Can. 1005 - In dubio utrum infirmus rationis Cân. 1005 - Na dúvida se o doente já
usum attigerit, an periculose aegrotet vel atingiu o uso da razão, se está
mortuus sit, hoc sacramentum ministretur. perigosamente doente, ou se já es tá
morto, administre-se este sacramento.
Can. 1006 - Infirmis qui, cum suae mentis Cân. 1006 - Administre-se este sacramento
compotes essent, hoc sacramentum aos doentes que ao menos implicitamente
implicite saltem petierint, conferatur. o pediram quando estavam no uso de suas
faculdades.
Can. 1007 - Unctio infirmorum ne Cân. 1007 - Não se administre a unção dos
conferatur illis, qui in manifesto gravi enfermos aos que perseverarem
peccato obstinate perseverent. obstinadamente em pecado grave
manifesto.
Can. 1013 - Nulli Episcopo licet quemquam Cân. 1013 - Não é lícito a nenhum Bispo
consecrare in Episcopum, nisi prius constet consagrar alguém como Bispo, a não ser
de pontificio mandato. que antes conste da existência do mandato
pontifício.
Can. 1016 - Episcopus proprius, quod Cân. 1016 - O Bispo próprio, quanto à
attinet ad ordinationem diaconalem eorum ordenação diaconal dos que pretendem
qui clero saeculari se adscribi intendant, agregar- se ao clero secular, é o Bispo da
est Episcopus dioecesis, in qua diocese em que o candidato tem domicílio,
promovendus habet domicilium, aut ou da diocese à qual o candidato decidiu
dioecesis cui promovendus sese devovere dedicar-se; quanto à ordenação prebiteral
statuit; quod attinet ad ordinationem dos clérigos seculares, é o Bispo da
presbyteralem clericorum saecularium, est diocese em que o candidato se incardinou
Episcopus dioecesis, cui promovendus per pelo diaconato.
diaconatum est incardinatus.
Can. 1017 - Episcopus extra propriam Cân. 1017 - Fora da própria jurisdição, o
dicionem nonnisi cum licentia Episcopi Bispo não pode conferir ordens, a não ser
dioecesani ordines conferre potest. com licença do Bispo diocesano.
Can. 1018 - § 1. Litteras dimissorias pro Cân. 1018 - § 1. Podem dar cartas
saecularibus dare possunt: dimissórias para os seculares:
1° Episcopus proprius, de quo in 1° - o Bispo próprio mencionado no c
can. 1016; ân. 1016;
2° Administrator apostolicus atque, de 2° - o Administrador apostólico e, com o
consensu collegii consultorum, consentimento do colégio dos consultores,
Administrator dioecesanus; de consensu o Administrador diocesano; com o
consilii, de quo in can. 495, § 2, Pro- consentimento do conselho mencionado no
vicarius et Pro-praefectus apostolicus. cân. 495, § 2, o Pró-vigário e o Pró-prefeito
apostólico.
§ 2. Administrator dioecesanus, Pro- § 2. O Administrador diocesano, o Pró-
vicarius et Pro-praefectus apostolicus vigário e o Pró-prefeito apostólico não
litteras dimissorias ne iis concedant, quibus concedam cartas dimissórias aqueles a
ab Episcopo dioecesano aut a Vicario vel quem tiver sido negado o acesso às ordens
Praefecto apostolico accessus ad ordines pelo Bispo diocesano ou pelo Vigário ou
denegatus fuerit. Prefeito apostólico.
Can. 1021 - Litterae dimissoriae mitti Cân. 1021 - As cartas dimissórias podem
possunt ad quemlibet Episcopum ser dadas a qualquer Bispo em comunhão
communionem cum Sede Apostolica com a Sé Apostólica, excetuado somente
habentem, excepto tantum, citra um Bispo de rito diverso do rito do
apostolicum indultum, Episcopo ritus ordenando, salvo indulto apostólico.
diversi a ritu promovendi.
Can. 1022 - Episcopus ordinans, acceptis Cân. 1022 - O Bispo ordenante, recebidas
legitimis litteris dimissoriis, ad ordinationem as legítimas cartas dimissórias, não
ne procedat, nisi de germana litterarum fide proceda à ordenação sem que conste
plane constet. plenamente da autenticidade do
documento.
Can. 1023 - Litterae dimissoriae possunt Cân. 1023 - As cartas dimissórias podem
ab ipso concedente aut ab eius successore ser limitadas ou revogadas por quem as
limitibus circumscribi aut revocari, sed concedeu ou por seu sucessor; mas, uma
semel concessae non extinguuntur resoluto vez concedidas, não caducam com a
iure concedentis. cessação do direito de quem as concedeu.
Can. 1028 - Curet Episcopus dioecesanus Cân. 1028 - Cuide o Bispo diocesano ou
aut Superior competens ut candidati, Superior competente que os candidatos,
antequam ad ordinem aliquem antes de serem promovidos a alguma
promoveantur, rite edoceantur de iis, quae ordem, sejam devidamente instruídos
ad ordinem eiusque obligationes pertinent. sobre essa ordem e as obrigações
inerentes.
Can. 1029 - Ad ordines ii soli promoveantur Cân. 1029 - Sejam promovidos às ordens
qui, prudenti iudicio Episcopi proprii aut somente aqueles que, segundo o prudente
Superioris maioris competentis, omnibus juízo do Bispo próprio ou do Superior maior
perpensis, integram habent fidem, recta competente, ponderadas todas as
moventur intentione, debita pollent scientia, circunstâncias, tenham fé integra, sejam
bona gaudent existimatione, integris movidos por reta intenção, possuam a
moribus probatisque virtutibus atque aliis ciência devida, gozem de boa reputação e
qualitatibus physicis et psychicis ordini sejam dotados de integridade de costumes
recipiendo congruentibus sunt praediti. virtudes comprovadas e outras qualidades
físicas e psíquicas correspondentes à
ordem a ser recebida.
Can. 1030 - Nonnisi ex causa canonica, Cân. 1030 - Somente por uma causa
licet occulta, proprius Episcopus vel canônica, embora oculta, pode o Bispo
Superior maior competens diaconis ad próprio ou o Superior maior competente
presbyteratum destinatis, sibi subditis, proibir aos diáconos destinados ao
ascensum ad presbyteratum interdicere presbiterato, súditos seus, o acesso ao
potest, salvo recursu ad normam iuris. presbiterato, salvo recurso, de acordo com
o direito.
Can. 1036 - Candidatus, ut ad ordinem Cân. 1036 - Para que possa ser promovido
diaconatus aut presbyteratus promoveri à ordem do diaconato ou presbiterato, o
possit, Episcopo proprio aut Superiori candidato entregue ao Bispo próprio ou ao
maiori competenti declarationem tradat Superior maior competente uma
propria manu exaratam et subscriptam, qua declaração escrita de próprio punho e
testificetur se sponte ac libere sacrum assinada, no qual ateste que vai receber
ordinem suscepturum atque se ministerio espontânea e livremente a ordem sagrada
ecclesiastico perpetuo mancipaturum esse, e que pretende dedicar-se perpetuamente
insimul petens ut ad ordinem recipiendum ao ministério eclesiástico e, ao mesmo
admittatur. tempo, pede para ser admitido a receber a
ordem.
Can. 1038 - Diaconus, qui ad Cân. 1038 - O diácono que se recusa a ser
presbyteratum promoveri renuat, ab ordinis promovido ao presbiterato não pode ser
recepti exercitio prohiberi non potest, nisi proibido de exercer a ordem recebida, a
impedimento detineatur canonico aliave não ser que tenha algum impedimento
gravi causa, de iudicio Episcopi dioecesani canônico, ou por outra grave causa que
aut Superioris maioris competentis deve ser ponderada a juízo do Bispo
aestimanda. diocesano ou do Superior maior
competente.
Can. 1039 - Omnes, qui ad aliquem Cân. 1039 - Todos os que vão ser
ordinem promovendi sunt, exercitiis promovidos às ordens dediquem-se aos
spiritualibus vacent per quinque saltem exercícios espirituais, ao menos por cinco
dies, loco et modo ab Ordinario dias, no lugar e modo determinados pelo
determinatis; Episcopus, antequam ad Ordinário; o Bispo, antes de proceder à
ordinationem procedat, certior factus sit ordenação, deve ser informado de que os
oportet candidatos rite iisdem exercitiis candidatos fizeram devidamente tais
vacasse. exercícios.
Can. 1041 - Ad recipiendos ordines sunt Cân. 1041 - São irregulares para receber
irregulares: ordens:
1° qui aliqua forma laborat amentiae 1° - quem sofre de alguma forma de
aliusve psychicae infirmitatis, qua, consultis amência ou de outra doença psíquica, pela
peritis, inhabilis iudicatur ad ministerium rite qual, ouvidos os peritos, seja considerado
implendum; inábil para desempenhar devidamente o
ministério;
2° qui delictum apostasiae, haeresis aut 2° - quem tiver cometido o delito de
schismatis commiserit; apostasia, heresia ou cisma;
3° qui matrimonium etiam civile tantum 3° - quem tiver tentado matrimônio,
attentaverit, vel ipsemet vinculo mesmo somente civil, quer seja ele próprio
matrimoniali aut ordine sacro aut voto impedido de contrair matrimônio em razão
publico perpetuo castitatis a matrimonio de vínculo matrimonial, de ordem sagrada
ineundo impeditus, vel cum muliere ou de voto público e perpétuo de
matrimonio valido coniuncta aut eodem castidade, quer o contraia com mulher
voto adstricta; ligada pelo mesmo voto ou unida em
matrimônio válido;
4° qui voluntarium homicidium 4° - quem tiver praticado homicídio
perpetraverit aut abortum procuraverit, voluntário, ou provocado aborto, tendo-se
effectu secuto, omnesque positive seguido o efeito, e todos os que tiverem
cooperantes; cooperado positivamente;
5° qui seipsum vel alium graviter et 5° - quem tiver mutilado a si próprio ou
dolose mutilaverit vel sibi vitam adimere a outrem grave e dolosamente, ou tenha
tentaverit; tentado suicidar-se;
6° qui actum ordinis posuerit constitutis 6° - quem tiver exercido um ato de
in ordine episcopatus vel presbyteratus ordem reservado aos que estão
reservatum, vel eodem carens, vel ab eius constituídos na ordem do episcopado ou
exercitio poena aliqua canonica declarata do presbiterato, não a tendo recebido ou
vel irrogata prohibitus. estando proibido de exercê-la devido a
pena canônica declarada ou infligida.
Can. 1042 - Sunt a recipiendis ordinibus Cân. 1042 - São simplesmente impedidos
simpliciter impediti: de receber as ordens:
1° vir uxorem habens, nisi ad 1° - o homem casado, a não ser que se
diaconatum permanentem legitime destine ao diaconato permanente;
destinetur;
2° qui officium vel administrationem 2° - aquele que desempenha um ofício
gerit clericis ad normam cann. 285 et 286 ou tenha uma administração proibida aos
vetitam cuius rationem reddere debet, clérigos, de acordo com os cân. 285 e 286,
donec, depositis officio et administratione da qual deve prestar contas, enquanto não
atque rationibus redditis, liber factus sit; esteja liberado após deixar o ofício ou a
administração;
3° neophytus, nisi, iudicio Ordinarii, 3° - o neófito, a não ser que já esteja
sufficienter probatus fuerit. suficientement e provado, a juízo do
Ordinário.
Can. 1044 - § 1. Ad exercendos ordines Cân. 1044 - São irregulares para exercer
receptos sunt irregulares: as ordens já recebidas:
1° qui irregularitate ad ordines 1° - aquele que, estando sob
recipiendos dum afficiebatur, illegitime irregularidade para receber ordens,
ordines recepit; recebeu-as ilegitimamente;
2° qui delictum commisit, de quo in 2° - aquele que cometeu o delito
can. 1041, n. 2, si delictum est publicum; mencionado no cân. 1041, n° 2, se o delito
é público;
3° qui delictum commisit, de quibus in 3° - aquele que cometeu o delito
can. 1041, nn. 3, 4, 5, 6. mencionado no cân. 1041, n° 3, 4, 5 e 6.
§ 2. Ab ordinibus exercendis impediuntur: § 2. São impedidos de exercer as ordens:
1° qui impedimento ad ordines 1° - aquele que recebeu ordens,
recipiendos detentus, illegitime ordines estando proibido de as receber por
recepit; impedimento;
2° qui amentia aliave infirmitate 2.° - aquele que sofre de amência ou
psychica de qua in can. 1041, n. 1 afficitur, de outra doença psíquica mencionada no
donec Ordinarius, consulto perito, eiusdem cân. 1041, n. 1, enquanto o Ordinário,
ordinis exercitium permiserit. consultando um perito, não lhe tenha
permitido o exercício da ordem.
Can. 1048 - In casibus occultis Cân. 1048 - Nos casos mais urgentes, se
urgentioribus, si adiri nequeat Ordinarius não for possível dirigir-se ao Ordinário, ou,
aut cum de irregularitatibus agatur de tratando-se de irregularidade mencionadas
quibus in can. 1041, nn. 3 et 4, no cân. 1041, n° 3 e 4, à Penitenciaria, e
Paenitentiaria, et si periculum immineat se houver perigo iminente de dano grave
gravis damni aut infamiae, potest qui ou infâmia, quem por irregularidade está
irregularitate ab ordine exercendo impeditur impedido de exercer uma ordem pode
eundem exercere, firmo tamen manente exercê-la, mantendo-se contudo firme a
onere quam primum recurrendi ad obrigação de recorrer quanto antes ao
Ordinarium aut Paenitentiariam, reticito Ordinário ou à Penitenciaria, sem menção
nomine et per confessarium. do nome e por meio do confessor.
Can. 1049 - § 1. In precibus ad obtinendam Cân. 1049 - § 1. Nos pedidos para se obter
irregularitatum et impedimentorum a dispensa das irregularidades e
dispensationem, omnes irregularitates et impedimentos, devem ser mencionadas
impedimenta indicanda sunt; attamen, todas as irregularidades e impedimentos;
dispensatio generalis valet etiam pro contudo, a dispensa geral vale também
reticitis bona fide, exceptis irregularitatibus para os que tiverem sido ocultos de boa fé,
de quibus in can. 1041, n. 4, aliisve ad excetuadas as irregularidades
forum iudiciale deductis, non autem pro mencionadas no cân. 1041, n. 4, ou outras
reticitis mala fide. levadas ao foro judicial; não vale porém
para as ocultas de má fé.
§ 2. Si agatur de irregularitate ex voluntario § 2. Tratando-se de irregularidade por
homicidio aut ex procurato abortu, etiam homicídio voluntário ou por aborto
numerus delictorum ad validitatem provocado, para a validade da dispensa
dispensationis exprimendus est. deve-se indicar também o número de
delitos.
§ 3. Dispensatio generalis ab § 3. A dispensa geral das irregularidades e
irregularitatibus et impedimentis ad ordines impedimentos para receber ordens vale
recipiendos valet pro omnibus ordinibus. para todas as ordens.
Can. 1054 - Loci Ordinarius, si agatur de Cân. 1054 - O Ordinário do lugar, tratando-
saecularibus, aut Superior maior se de seculares, ou o Superior maior
competens, si agatur de ipsius subditis, competente, tratando-se de seus súditos,
notitiam uniuscuiusque celebratae comunique cada uma das ordenações
ordinationis transmittat ad parochum loci realizadas ao pároco do lugar do batismo,
baptismi, qui id adnotet in suo baptizatorum para que este a registre no seu livro de
libro, ad normam can. 535, § 2. batizados, de acordo com o can. 535 § 2.
Can. 1058 - Omnes possunt matrimonium Cân. 1058 - Podem contrair matrimônio
contrahere, qui iure non prohibentur. todos os que não são proibidos pelo direito.
Can. 1060 - Matrimonium gaudet favore Cân. 1060 - O matrimônio goza do favor do
iuris; quare in dubio standum est pro valore direito; portanto, em caso de dúvida, deve-
matrimonii, donec contrarium probetur. se estar pela validade do matrimônio,
enquanto não se prova o contrário.
Can. 1064 - Ordinarii loci est curare ut Cân. 1064 - Compete ao Ordinário local
debite ordinetur eadem assistentia, auditis cuidar que essa assistência seja
etiam, si opportunum videatur, viris et devidamente organizada, ouvindo, se
mulieribus experientia et peritia probatis. parecer oportuno, homens e mulheres de
comprovada experiência e competência.
Can. 1065 - § 1. Catholici qui sacramentum Cân. 1065 - § 1. Os católicos, que ainda
confirmationis nondum receperint, illud, não receberam o sacramento da
antequam ad matrimonium admittantur, confirmação, recebam-no antes de serem
recipiant, si id fieri possit sine gravi admitidos ao matrimônio, se isto for
incommodo. possível fazer sem grave incômodo.
§ 2. Ut fructuose sacramentum matrimonii § 2. Para que o sacramento do matrimônio
recipiatur, enixe sponsis commendatur, ut seja recebido com fruto, recomenda-se
ad sacramenta paenitentiae et insistentemente aos noivos que se
sanctissimae Eucharistiae accedant. aproximem dos sacramentos da penitência
e da santíssima Eucaristia.
Can. 1068 - In periculo mortis, si aliae Cân. 1068 - Em perigo de morte, não
probationes haberi nequeant, sufficit, nisi sendo possível obter outras provas e não
contraria adsint indicia, affirmatio havendo indícios em contrário, basta a
contrahentium, si casus ferat etiam iurata, afirmação dos nubentes, mesmo sob
se baptizatos esse et nullo detineri juramento, se for o caso, de que são
impedimento. batizados e não existe nenhum
impedimento.
Can. 1069 - Omnes fideles obligatione Cân. 1069 - Todos os fiéis têm a obrigação
tenentur impedimenta, si quae norint, de manifestar ao pároco ou ao Ordinário
parocho aut loci Ordinario, ante matrimonii local, antes da celebração do matrimônio,
celebrationem, revelandi. os impedimentos de que tenham
conhecimento.
Can. 1070 - Si alius quam parochus, cuius Cân. 1070 - Se outro tiver feito as
est assistere matrimonio, investigationes investigações, e não o pároco a quem
peregerit, de harum exitu quam primum per compete assistir ao matrimônio, informe
authenticum documentum eundem quanto antes, por documento autêntico, o
parochum certiorem reddat. resultado ao pároco.
Can. 1078 - § 1. Ordinarius loci proprios Cân. 1078 - § 1. O Ordinário local pode
subditos ubique commorantes et omnes in dispensar os seus súditos, onde quer que
proprio territorio actu degentes ab omnibus se encontrem, e todos os que se acham no
impedimentis iuris ecclesiastici dispensare seu território, de todos os impedimentos de
potest, exceptis iis, quorum dispensatio direito eclesiástico, exceto aqueles cuja
Sedi Apostolicae reservatur. dispensa se reserva à Sé Apostólica.
§ 2. Impedimenta quorum dispensatio Sedi § 2. Os impedimentos cuja dispensa se
Apostolicae reservatur sunt: reserva à Sé Apostólica são:
1° impedimentum ortum ex sacris 1° - o impedimento proveniente de
ordinibus aut ex voto publico perpetuo ordens sagradas ou do voto público
castitatis in instituto religioso iuris pontificii; perpétuo de castidade num instituto
religioso de direito pontifício;
2° impedimentum criminis de quo in 2° - o impedimento de crime
can. 1090. mencionado no cân. 1090.
§ 3. Numquam datur dispensatio ab § 3. Nunca se dá dispensa do impedimento
impedimento consanguinitatis in linea recta de consangüinidade em linha reta ou no
aut in secundo gradu lineae collateralis. segundo grau da linha colateral.
Can. 1081 - Parochus aut sacerdos vel Cân. 1081 - O pároco, ou o sacerdote ou
diaconus, de quibus in can. 1079, § 2, de diácono mencionados no cân. 1079, § 2,
concessa dispensatione pro foro externo informe imediatamente o Ordinário local
Ordinarium loci statim certiorem faciat; sobre a dispensa concedida para o foro
eaque adnotetur in libro matrimoniorum. externo; seja ela anotada no livro de
casamento.
Can. 1082 - Nisi aliud ferat Paenitentiariae Cân. 1082 - A não ser que o rescrito da
rescriptum, dispensatio in foro interno non penitenciaria determine o contrário, a
sacramentali concessa super impedimento dispensa de impedimento oculto concedida
occulto, adnotetur in libro, qui in secreto no foro interno não sacramental seja
curiae archivo asservandus est, nec alia anotada no livro a ser guardado no arquivo
dispensatio pro foro externo est secreto da cúria; não será necessária outra
necessaria, si postea occultum dispensa no foro externo, se mais tarde o
impedimentum publicum evaserit. impedimento se tornar público.
Can. 1090 - § 1. Qui intuitu matrimonii cum Cân. 1090 - § 1. Quem, com o intuito de
certa persona ineundi, huius coniugi vel contrair matrimônio com determinada
proprio coniugi mortem intulerit, invalide pessoa, tiver causado a morte do cônjuge
hoc matrimonium attentat. desta, ou do próprio cônjuge, tenta
invalidamente este matrimônio.
§ 2. Invalide quoque matrimonium inter se § 2. Tentam invalidamente o matrimônio
attentant qui mutua opera physica vel entre si também aqueles que, por mútua
morali mortem coniugi intulerunt. cooperação física ou moral, causaram a
morte do cônjuge.
Can. 1092 - Affinitas in linea recta dirimit Cân. 1092 - A afinidade em linha reta torna
matrimonium in quolibet gradu. nulo o matrimônio em qualquer grau.
Can. 1094 - Matrimonium inter se valide Cân. 1094 - Não podem contrair
contrahere nequeunt qui cognatione legali validamente matrimônio os que estão
ex adoptione orta, in linea recta aut in ligados por parentesco legal surgido de
secundo gradu lineae collateralis, coniuncti adoção, em linha reta ou no segundo grau
sunt. da linha colateral.
CAPUT IV. DE CONSENSU Capítulo IV DO CONSENTIMENTO
MATRIMONIALI MATRIMONIAL
Can. 1095 - Sunt incapaces matrimonii Cân. 1095 - São incapazes de contrair
contrahendi: matrimônio:
1° qui sufficienti rationis usu carent; 1°- os que não têm suficiente uso da
razão;
2° qui laborant gravi defectu discretionis 2°- os que tem grave falta de discrição
iudicii circa iura et officia matrimonialia de juízo a respeito dos direitos e
essentialia mutuo tradenda et acceptanda; obrigações essenciais do matrimônio, que
se devem mutuamente dar e receber;
3° qui ob causas naturae psychicae 3°- Os que não são capazes de
obligationes matrimonii essentiales assumir as obrigações essenciais do
assumere non valent. matrimônio, por causas de natureza
psíquica.
Can. 1097 - § 1. Error in persona invalidum Cân. 1097 - § 1. O erro de pessoa torna
reddit matrimonium. inválido o matrimônio.
§ 2. Error in qualitate personae, etsi det § 2. O erro de qualidade da pessoa,
causam contractui, matrimonium irritum embora seja causa do contrato, não torna
non reddit, nisi haec qualitas directe et nulo o matrimônio, salvo se essa qualidade
principaliter intendatur. for direta e principalmente visada.
Can. 1098 - Qui matrimonium init deceptus Cân. 1098 - Quem contrai matrimônio,
dolo, ad obtinendum consensum patrato, enganado por dolo perpetrado para obter o
circa aliquam alterius partis qualitatem, consentimento matrimonial, a respeito de
quae suapte natura consortium vitae alguma qualidade da outra parte, e essa
coniugalis graviter perturbare potest, qualidade, por sua natureza, possa
invalide contrahit. perturbar gravemente o consórcio da vida
conjugal, contrai invalidamente.
Can. 1099 - Error circa matrimonii unitatem Cân. 1099 - O erro a respeito da unidade,
vel indissolubilitatem aut sacramentalem da indissolubilidade ou da dignidade
dignitatem, dummodo non determinet sacramental do matrimônio, contanto que
voluntatem, non vitiat consensum não determine a vontade, não vicia o
matrimonialem. consentimento matrimonial.
Can. 1100 - Scientia aut opinio nullitatis Cân. 1100 - A certeza ou opinião acerca da
matrimonii consensum matrimonialem non nulidade do matrimônio não exclui
necessario excludit. necessariamente o consentimento
matrimonial.
Can. 1106 - Matrimonium per interpretem Cân. 1106 - Pode-se contrair matrimônio
contrahi potest; cui tamen parochus ne por meio de intérprete; o pároco, porém,
assistat, nisi de interpretis fide sibi constet. não assista a esse matrimônio, a não ser
que lhe conste da fidelidade do intérprete.
Can. 1107 - Etsi matrimonium invalide Cân. 1107 - Embora o matrimônio tenha
ratione impedimenti vel defectus formae sido contraído invalidamente por causa de
initum fuerit, consensus praestitus algum impedimento ou por falta de forma,
praesumitur perseverare, donec de eius presume-se que o consentimento dado
revocatione constiterit. persevere, até que venha a constar sua
revogação.
Can. 1110 - Ordinarius et parochus Cân. 1110 - Somente quando pelo menos
personalis vi officii matrimonio solummodo um dos súditos está dentro dos limites de
eorum valide assistunt, quorum saltem sua jurisdição, o Ordinário ou pároco
alteruter subditus sit intra fines suae pessoal, em virtude de seu ofício, assiste
dicionis. validamente a seu matrimônio.
Can. 1112 - § 1. Ubi desunt sacerdotes et Cân. 1112 - § 1. Onde faltarem sacerdotes
diaconi, potest Episcopus dioecesanus, e diáconos, o Bispo diocesano, obtido
praevio voto favorabili Episcoporum previamente o parecer favorável da
conferentiae et obtenta licentia Sanctae Conferência episcopal e licença da Santa
Sedis, delegare laicos, qui matrimoniis Sé, pode delegar em leigos para assistirem
assistant, firmo praescripto can. 1108 § 3. a matrimónios, observado firmemente o
prescrito no § 3 do cânone 1108.
§ 2. Laicus seligatur idoneus, ad § 2. Escolha-se um leigo idôneo, que seja
institutionem nupturientibus tradendam capaz de formar os nubentes e de realizar
capax et qui liturgiae matrimoniali rite convenientemente a liturgia do matrimônio.
peragendae aptus sit.
Can. 1113 - Antequam delegatio Cân. 1113 - Antes de se conceder uma
concedatur specialis, omnia provideantur, delegação especial, providencie-se tudo o
quae ius statuit ad libertatem status que o direito estabelece para comprovar o
comprobandam. estado livre.
Can. 1116 - § 1. Si haberi vel adiri nequeat Cân. 1116 - § 1. Se não é possível, sem
sine gravi incommodo assistens ad grave incômodo, ter o assistente
normam iuris competens, qui intendunt competente de acordo com o direito, ou
verum matrimonium inire, illud valide ac não sendo possível ir a ele, os que
licite coram solis testibus contrahere pretendem contrair verdadeiro matrimônio
possunt: podem contraí-lo válida e licitamente só
perante as testemunhas:
1° in mortis periculo; 1° em perigo de morte;
2° extra mortis periculum, dummodo 2° fora de perigo de morte, contanto
prudenter praevideatur earum rerum que prudentemente se preveja que esse
condicionem esse per mensem duraturam. estado de coisas vai durar por um mês.
§ 2. In utroque casu, si praesto sit alius § 2. Em ambos os casos, se houver outro
sacerdos vel diaconus qui adesse possit, sacerdote ou diácono que possa estar
vocari et, una cum testibus, matrimonii presente, deve ser chamado, e ele deve
celebrationi adesse debet, salva coniugii estar presente à celebração do matrimônio
validitate coram solis testibus. juntamente com as testemunhas, salva a
validade do matrimônio só perante as
testemunhas.
§ 3. In iisdem rerum adiunctis, de quibus in § 3. Nas mesmas circunstâncias de que
§ 1, nn. 1 et 2, Ordinarius loci cuilibet tratam os n.os 1 e 2 do § 1, o Ordinário do
sacerdoti catholico facultatem conferre lugar pode conferir a qualquer sacerdote
potest matrimonium benedicendi católico a faculdade de abençoar o
christifidelium Ecclesiarum orientalium matrimónio dos fiéis das Igrejas orientais
quae plenam cum Ecclesia catholica que não tenham a plena comunhão com a
communionem non habeant si sponte id Igreja católica se eles o solicitarem
petant, et dummodo nihil validae vel licitae espontaneamente e contanto que nada
celebrationi matrimonii obstet. Sacerdos obste à válida ou lícita celebração do
ipse, si id prudenter fieri possit, matrimónio. O mesmo sacerdote, sempre
auctoritatem competentem Ecclesiae non com a necessária prudência, deve informar
catholicae, cuius interest, de re certiorem do facto a competente autoridade da Igreja
faciat. não católica à qual o facto diga respeito.
Can. 1117 - Statuta superius forma Cân. 1117 - A forma acima estabelecida
servanda est, si saltem alterutra pars deve ser observada, se ao menos uma das
matrimonium contrahentium in Ecclesia partes contraentes tiver sido batizada na
catholica baptizata vel in eandem recepta Igreja católica ou nela tenha sido recebida,
sit, salvis praescriptis can. 1127, § 2. salvas as prescrições do cân. 1127, § 2.
Can. 1119 - Extra casum necessitatis, in Cân. 1119 - Fora caso de necessidade, na
matrimonii celebratione serventur ritus in celebração do matrimônio sejam
libris liturgicis, ab Ecclesia probatis, observados os ritos, quer prescritos nos
praescripti aut legitimis consuetudinibus livros litúrgicos aprovados pela Igreja, quer
recepti. admitidos por costumes legítimos.
Can. 1123 - Quoties matrimonium vel Cân. 1123 - Sempre que o matrimônio ou é
convalidatur pro foro externo, vel nullum convalidado no foro externo, ou é
declaratur, vel legitime praeterquam morte declarado nulo, ou é legitimamente
solvitur, parochus loci celebrationis dissolvido sem ser por morte, deve-se
matrimonii certior fieri debet, ut adnotatio in certificar o pároco do lugar da celebração
regestis matrimoniorum et baptizatorum rite do matrimônio, para que se faça
fiat. devidamente o registro, nos livros de
casamento e de batizados.
Can. 1126 - Episcoporum conferentiae est Cân. 1126 - Compete à Conferência dos
tum modum statuere, quo hae Bispos estabelecer o modo segundo o qual
declarationes et promissiones, quae devem ser feitas essas declarações e
semper requiruntur, faciendae sint, tum compromissos, que são sempre exigidos,
rationem definire, qua de ipsis et in foro como também determinar como deve
externo constet et pars non catholica constar no foro externo e como a parte não-
certior reddatur. católica deve ser informada.
Can. 1127 - § 1. Ad formam quod attinet in Cân. 1127 - § 1. Quanto à forma a utilizar
matrimonio mixto adhibendam, serventur no matrimónio misto, observem-se as
praescripta can. 1108; si tamen pars prescrições do cân. 1108; todavia, se a
catholica matrimonium contrahit cum parte parte católica contrai matrimónio com parte
non catholica ritus orientalis, forma não católica de rito oriental, a observância
canonica celebrationis servanda est ad da forma canónica da celebração só é
liceitatem tantum; ad validitatem autem necessária para a liceidade; mas para a
requiritur interventus sacerdotis, servatis validade requer-se a intervenção de um
aliis de iure servandis. sacerdote, observadas as demais
prescrições exigidas pelo direito.
§ 2. Si graves difficultates formae § 2. Se graves dificuldades obstam à
canonicae servandae obstent, Ordinario observância da forma canônica, é direito
loci partis catholicae ius est ab eadem in do Ordinário local da parte católica
singulis casibus dispensandi, consulto dispensar dela em cada caso, consultado,
tamen Ordinario loci in quo matrimonium porém o Ordinário do lugar onde se celebra
celebratur, et salva ad validitatem aliqua o matrimônio e salva, para a validade,
publica forma celebrationis; Episcoporum alguma forma pública de celebração;
conferentiae est normas statuere, quibus compete à Conferência dos Bispos
praedicta dispensatio concordi ratione estabelecer normas, pelas quais se
concedatur. conceda a dispensa de modo concorde.
§ 3. Vetatur ne, ante vel post canonicam § 3. Antes ou depois da celebração
celebrationem ad normam § 1, alia realizada de acordo com o § 1, proíbe-se
habeatur eiusdem matrimonii celebratio outra celebração religiosa desse
religiosa ad matrimonialem consensum matrimônio para prestar ou renovar o
praestandum vel renovandum; item ne fiat consentimento matrimonial; do mesmo
celebratio religiosa, in qua assistens modo, não se faça uma celebração
catholicus et minister non catholicus religiosa em que o assistente católico e o
insimul, suum quisque ritum peragens, ministro não-católico, executando
partium consensum exquirant. simultaneamente cada qual o próprio rito,
solicitam o consentimento das partes.
Can. 1129 - Praescripta cann. 1127 et Cân. 1129 - As prescrições dos cân. 1127
1128 applicanda sunt quoque matrimoniis, e 1128 devem aplicar- se também aos
quibus obstat impedimentum disparitatis matrimônios em que haja o impedimento
cultus, de quo in can. 1086, § 1. de disparidade de culto, mencionado no
cân. 1086, § 1.
Can. 1136 - Parentes officium gravissimum Cân. 1136 - Os pais têm o grav íssimo
et ius primarium habent prolis educationem dever e o direito primário de, na medida de
tum physicam, socialem et culturalem, tum suas forças, cuidar da educação, tanto
moralem et religiosam pro viribus curandi. física, social e cultural, como moral e
religiosa, da prole.
Can. 1137 - Legitimi sunt filii concepti aut Cân. 1137 - São legítimos os filhos
nati ex matrimonio valido vel putativo. concebidos ou nascidos de matrimônio
válido ou putativo.
Can. 1138 - § 1. Pater is est, quem iustae Cân. 1138 - § 1. É pai aquele que as
nuptiae demonstrant, nisi evidentibus núpcias legitimas indicam, a menos que se
argumentis contrarium probetur. prove o contrário por argumentos
evidentes.
§ 2. Legitimi praesumuntur filii, qui nati sunt § 2. Presumem-se legítimos os filhos
saltem post dies 180 a die celebrati nascidos 180 dias, pelo menos, depois da
matrimonii, vel infra dies 300 a die data da celebração do matrimônio, ou
dissolutae vitae coniugalis. dentro de 300 dias subseqüentes à
dissolução da vida conjugal.
Can. 1139 - Filii illegitimi legitimantur per Cân. 1139 - Os filhos ilegítimos são
subsequens matrimonium parentum sive legitimados pelo matrimônio subseqüente
validum sive putativum, vel per rescriptum dos pais, válido ou putativo, ou por rescrito
Sanctae Sedis. da Santa Sé.
Can. 1140 - Filii legitimati, ad effectus Cân. 1140 - Os filhos legitimados, no que
canonicos quod attinet, in omnibus se refere aos efeitos canônicos, se
aequiparantur legitimis, nisi aliud expresse equiparem em tudo aos filhos legítimos,
iure cautum fuerit. salvo expressa determinação contrária do
direito.
Can. 1144 - § 1. Ut pars baptizata novum Cân. 1144 - § 1. Para que a parte batizada
matrimonium valide contrahat, pars non contraia validamente novo matrimônio,
baptizata semper interpellari debet an: deve-se sempre interpelar a parte não-
batizada:
1° velit et ipsa baptismum recipere; 1°- se também ela quer receber o
batismo;
2° saltem velit cum parte baptizata 2°- se, pelo menos, quer coabitar
pacifice cohabitare, sine contumelia pacificamente com a parte batizada, sem
Creatoris. ofensa ao Criador.
§ 2. Haec interpellatio post baptismum fieri § 2. Essa interpelação se deve fazer
debet; at loci Ordinarius, gravi de causa, depois do batismo; mas o Ordinário local,
permittere potest ut interpellatio ante por causa grave, pode permitir que a
baptismum fiat, immo et ab interpellatione interpelação se faça antes do batismo e
dispensare, sive ante sive post baptismum, mesmo dispensar dela, antes ou depois do
dummodo constet modo procedendi saltem batismo, contanto que conste por um
summario et extraiudiciali eam fieri non processo, ao menos sumário e
posse aut fore inutilem. extrajudicial, que a interpelação não pode
ser feita ou que seria inútil.
Can. 1146 - Pars baptizata ius habet novas Cân. 1146 - A parte batizada tem o direito
nuptias contrahendi cum parte catholica: de contrair novo matrimônio com parte
católica:
1° si altera pars negative interpellationi 1°- se a outra parte tiver respondido
responderit, aut si interpellatio legitime negativamente à interpelação, ou se esta
omissa fuerit; tiver sido legitimamente omitida;
2° si pars non baptizata, sive iam 2°- se a parte não-batizada, interpelada
interpellata sive non, prius perseverans in ou não, tendo anteriormente permanecido
pacifica cohabitatione sine contumelia em coabitação pacífica sem ofensa ao
Creatoris, postea sine iusta causa Criador, depois se tiver afastado sem justa
discesserit, firmis praescriptis cann. 1144 causa, salvas as prescrições dos cânones
et 1145. 1144 e 1145.
Can. 1147 - Ordinarius loci tamen, gravi de Cân. 1147 - Todavia, o Ordinário local, por
causa, concedere potest ut pars baptizata, causa grave, pode conceder que a parte
utens privilegio paulino, contrahat batizada, usando do privilégio paulino,
matrimonium cum parte non catholica sive contraia novo matrimônio com parte não-
baptizata sive non baptizata, servatis etiam católica, batizada ou não, observando-se
praescriptis canonum de matrimoniis também as prescrições dos cânones sobre
mixtis. matrimônios mistos.
Can. 1148 - § 1. Non baptizatus, qui plures Cân. 1148 - § 1. O não-batizado que tiver
uxores non baptizatas simul habeat, simultaneamente várias esposas não-
recepto in Ecclesia catholica baptismo, si batizadas, tendo recebido o batismo na
durum ei sit cum earum prima permanere, Igreja católica, se lhe for muito difícil
unam ex illis, ceteris dimissis, retinere permanecer com a primeira, pode ficar com
potest. Idem valet de muliere non qualquer uma delas, deixando as outras. O
baptizata, quae plures maritos non mesmo vale para a mulher não-batizada
baptizatos simul habeat. que tenha simultaneamente vários maridos
não-batizados.
§ 2. In casibus de quibus in § 1, § 2. Nos casos mencionados no § 1, o
matrimonium, recepto baptismo, forma matrimônio, depois de recebido o batismo,
legitima contrahendum est, servatis etiam, deve ser contraído na forma legítima,
si opus sit, praescriptis de matrimoniis observando-se também se necessário, as
mixtis et aliis de iure servandis. prescrições sobre matrimônios mistos e
outras que por direito se devem observar.
§ 3. Ordinarius loci, prae oculis habita § 3. Tendo em vista a condição moral,
condicione morali, sociali, oeconomica social e econômica dos lugares e das
locorum et personarum, curet ut primae pessoas, o Ordinário local cuide que se
uxoris ceterarumque dimissarum providencie suficientemente às
necessitatibus satis provisum sit, iuxta necessidades da primeira e das outras
normas iustitiae, christianae caritatis et esposas afastadas, segundo as normas da
naturalis aequitatis. justiça, da caridade cristã e da eqüidade
natural.
Can. 1149 - Non baptizatus qui, recepto in Cân. 1149 - O não-batizado que, tendo
Ecclesia catholica baptismo, cum coniuge recebido o batismo na Igreja católica, não
non baptizato ratione captivitatis vel puder por motivo de cativeiro ou
persecutionis cohabitationem restaurare perseguição, recompor a coabitação com o
nequeat, aliud matrimonium contrahere cônjuge não- batizado, pode contrair outro
potest, etiamsi altera pars baptismum matrimônio, mesmo que a outra parte,
interea receperit, firmo praescripto nesse ínterim, tenha recebido o batismo,
can. 1141. salva a prescrição do cân. 1141.
Can. 1155 - Coniux innocens laudabiliter Cân. 1155 - O cônjuge inocente pode
alterum coniugem ad vitam coniugalem louvavelmente admitir de novo o outro
rursus admittere potest, quo in casu iuri cônjuge à vida conjugal e, nesse caso,
separationis renuntiat. renuncia ao direito de separação.
Can. 1160 - Matrimonium nullum ob Cân. 1160 - O matrimônio nulo por falta de
defectum formae, ut validum fiat, contrahi forma, para se tornar válido, deve ser
denuo debet forma canonica, salvo contraído novamente segundo a forma
praescripto can. 1127, § 2. canônica, salva a pres crição do cân. 1127,
§ 2.
Can. 1164 - Sanatio valide concedi potest Cân. 1164 - A sanação pode ser concedida
etiam alterutra vel utraque parte inscia; ne validamente, mesmo sem o conhecimento
autem concedatur nisi ob gravem causam. de uma das partes ou de ambas; não se
conceda, porém, a não ser por causa
grave.
Can. 1165 - § 1. Sanatio in radice concedi Cân. 1165 - § 1. A sanatio in radice pode
potest ab Apostolica Sede. ser concedida pela Sé Apostólica.
§ 2. Concedi potest ab Episcopo § 2. Pode ser concedida pelo Bispo
dioecesano in singulis casibus, etiam si diocesano, caso por caso, ainda que
plures nullitatis rationes in eodem concorram vários motivos de nulidade no
matrimonio concurrant, impletis mesmo matrimônio, observando-se as
condicionibus, de quibus in can. 1125, pro condições mencionadas no cân. 1125, para
sanatione matrimonii mixti; concedi autem a sanação do matrimônio misto; mas não
ab eodem nequit, si adsit impedimentum pode ser concedida por ele, se existe
cuius dispensatio Sedi Apostolicae impedimento, cuja dispensa está reservada
reservatur ad normam can. 1078, § 2, aut à Sé Apostólica, de acordo com o cân.
agatur de impedimento iuris naturalis aut 1078, § 2, ou se trata de impedimento de
divini positivi quod iam cessavit. direito natural ou divino positivo que já
cessou.
Can. 1168 - Sacramentalium minister est Cân. 1168 - Ministro dos sacramentais é o
clericus debita potestate instructus; clérigo munido do devido poder; certos
quaedam sacramentalia, ad normam sacramentais, de acordo com os livros
librorum liturgicorum, de iudicio loci litúrgicos, podem ser também
Ordinarii, a laicis quoque, congruis administrados por leigos dotados das
qualitatibus praeditis, administrari possunt. necessárias qualidades, a juízo do
Ordinário local.
Can. 1171 - Res sacrae, quae dedicatione Cân. 1171 - As coisas sagradas, que foram
vel benedictione ad divinum cultum destinadas pela dedicação ou bênção ao
destinatae sunt, reverenter tractentur nec culto divino, sejam tratadas com reverência
ad usum profanum vel non proprium e não se empreguem para uso profano ou
adhibeantur, etiamsi in dominio sint não próprio a elas, mesmo que pertençam
privatorum. a particulares.
Can. 1175 - In liturgia horarum Cân. 1175 - Para se rezar a liturgia das
persolvenda, quantum fieri potest, verum horas, observe-se, na medida do possível,
tempus servetur uniuscuiusque horae. o tempo que de fato corresponde a cada
hora.
Can. 1181 - Ad oblationes occasione Cân. 1181 - Quanto às ofertas por ocasião
funerum quod attinet, serventur praescripta de funerais, observem-se as prescrições
can. 1264, cauto tamen ne ulla fiat in do cân. 1264, evitando-se, porém, que nas
exequiis personarum acceptio neve exéquias haja discriminação de pessoas ou
pauperes debitis exequiis priventur. que os pobres sejam privados das devidas
exéquias.
Can. 1182 - Expleta tumulatione, inscriptio Cân. 1182 - Depois do sepultamento, faça-
in librum defunctorum fiat ad normam iuris se registro no livro de óbitos, de acordo
particularis. com o direito particular.
Can. 1184 - § 1. Exequiis ecclesiasticis Cân. 1184 - § 1. Devem ser privados das
privandi sunt, nisi ante mortem aliqua exéquias eclesiásticas, a não ser que antes
dederint paenitentiae signa: da morte tenham dado algum sinal de
penitência:
1° notorii apostatae, haeretici et 1°- os apóstatas, hereges e cismáticos
schismatici; notórios;
2° qui proprii corporis cremationem 2°- os que tiverem escolhido a
elegerint ob rationes fidei christianae cremação de seu corpo por motivos
adversas; contrários à fé cristã; 3°- outros pecadores
manifestos, aos quais não se possam
conceder exéquias eclesiásticas sem
escândalo público dos fiéis.
3° alii peccatores manifesti, quibus § 2. Em caso de dúvida, seja consultado o
exequiae ecclesiasticae non sine publico Ordinário local, a cujo juízo se deve
fidelium scandalo concedi possunt. obedecer.
§ 2. Occurrente aliquo dubio, consulatur
loci Ordinarius, cuius iudicio standum est.
Can. 1187 - Cultu publico eos tantum Dei Cân. 1187 - Só é lícito venerar, mediante
servos venerari licet, qui auctoritate culto público, aos servos de Deus que
Ecclesiae in album Sanctorum vel foram inscritos pela autoridade da Igreja no
Beatorum relati sint. catálogo dos Santos ou dos Beatos.
Can. 1189 - Imagines pretiosae, idest Cân. 1189 - Imagens preciosas, isto é, que
vetustate, arte, aut cultu praestantes, in sobressaem por antiguidade, arte ou culto,
ecclesiis vel oratoriis fidelium venerationi expostas à veneração dos fiéis, em igrejas
expositae, si quando reparatione indigeant, e oratórios, se precisarem de reparação,
numquam restaurentur sine data scripto nunca sejam restauradas sem a licença
licentia ab Ordinario; qui, antequam eam escrita do Ordinário; este, antes de
concedat, peritos consulat. concedê-la, consulte os peritos.
Can. 1190 - § 1. Sacras reliquias vendere Cân. 1190 - § 1. Não é lícito vender
nefas est. relíquias sagradas.
§ 2. Insignes reliquiae itemque aliae, quae § 2. As relíquias insignes, bem como outras
magna populi veneratione honorantur, de grande veneração do povo, não podem
nequeunt quoquo modo valide alienari de modo algum ser alienadas nem
neque perpetuo transferri sine Apostolicae definitivamente transferidas, sem a licença
Sedis licentia. da Sé Apostólica.
§ 3. Praescriptum § 2 valet etiam pro § 3. A prescrição do § 2 vale também para
imaginibus, quae in aliqua ecclesia magna as imagens que são objeto de grande
populi veneratione honorantur. veneração do povo em alguma igreja.
Can. 1192 - § 1. Votum est publicum, si Cân. 1192 - § 1. O voto é público, quando
nomine Ecclesiae a legitimo Superiore aceito pelo superior legitimo em nome da
acceptetur; secus privatum. Igreja; caso contrário, é privado.
§ 2. Sollemne, si ab Ecclesia uti tale fuerit § 2. Solene, se é reconhecido como tal
agnitum; secus simplex. pela Igreja; caso contrário, é simples.
§ 3. Personale, quo actio voventis § 3. Pessoal, quando por ele se promete
promittitur; reale, quo promittitur res aliqua; uma ação do vovente; real, quando por ele
mixtum, quod personalis et realis naturam se promete alguma coisa; misto, quando
participat. participa da natureza do pessoal e do real.
Can. 1193 - Votum non obligat, ratione sui, Cân. 1193 - Por sua natureza, o voto não
nisi emittentem. obriga, a não ser ao vovente.
Can. 1194 - Cessat votum lapsu temporis Cân. 1194 - O voto cessa, uma vez
ad finiendam obligationem appositi, transcorrido o prazo marcado para o
mutatione substantiali materiae promissae, término da obrigação; com a mudança
deficiente condicione a qua votum pendet substancial da matéria prometida; quando
aut eiusdem causa finali, dispensatione, já não se verifica a condição da qual
commutatione. depende o voto ou a sua causa final; por
dispensa; por comutação.
Can. 1195 - Qui potestatem in voti Cân. 1195 - Quem tem poder sobre a
materiam habet, potest voti obligationem matéria do voto pode suspender sua
tamdiu suspendere, quamdiu voti obrigação por todo o tempo em que o
adimpletio sibi praeiudicium afferat. cumprimento do voto lhe traz prejuízo.
Can. 1196 - Praeter Romanum Pontificem, Cân. 1196 - Além do Romano Pontífice,
vota privata possunt iusta de causa podem dispensar dos votos particulares,
dispensare, dummodo dispensatio ne por justa causa, contanto que a dispensa
laedat ius aliis quaesitum: não lese os direitos adquiridos por outros:
1° loci Ordinarius et parochus, quod 1°- o Ordinário local e o pároco, em
attinet ad omnes ipsorum subditos atque relação a todos os seus súditos e também
etiam peregrinos; aos forasteiros;
2° Superior instituti religiosi aut 2°- o Superior de instituto religioso ou
societatis vitae apostolicae, si sint clericalia de sociedade de vida apostólica, se forem
iuris pontificii, quod attinet ad sodales, clericais de direito pontifício, em relação
novitios atque personas, quae diu noctuque aos membros, noviços e pessoas que
in domo instituti aut societatis degunt; vivem dia e noite numa casa do instituto ou
da sociedade;
3° ii quibus ab Apostolica Sede vel ab 3°- aqueles aos quais o poder de
Ordinario loci delegata fuerit dispensandi dispensar tiver sido delegado pela Sé
potestas. Apostólica ou pelo Ordinário local.
Can. 1197 - Opus voto privato promissum Cân. 1197 - A obra prometida por voto
potest in maius vel in aequale bonum ab privado pode ser comutada pelo próprio
ipso vovente commutari; in minus vero vovente em algum bem que seja maior ou
bonum, ab illo cui potestas est dispensandi igual; mas, em um bem menor, por quem
ad normam can. 1196. tenha poder de dispensar, de acordo com o
cân. 1196.
Can. 1198 - Vota ante professionem Cân. 1198 - Os votos feitos antes da
religiosam emissa suspenduntur, donec profissão religiosa ficam suspensos
vovens in instituto religioso permanserit. enquanto o vovente permanecer no
instituto religioso.
Can. 1200 - § 1. Qui libere iurat se aliquid Cân. 1200 - § 1. Quem jura livremente
facturum, peculiari religionis obligatione fazer alguma coisa está obrigado, por
tenetur implendi, quod iureiurando especial obrigação de religião, a cumprir o
firmaverit. que tiver assegurado com juramento.
§ 2. Iusiurandum dolo, vi aut metu gravi § 2. O juramento extorquido por dolo,
extortum, ipso iure nullum est. violência ou medo grave, é nulo ipso iure.
Can. 1203 - Qui suspendere, dispensare, Cân. 1203 - Aqueles que podem
commutare possunt votum, eandem suspender, dispensar, comutar o voto, têm
potestatem eademque ratione habent circa também, e por igual razão, poder quanto
iusiurandum promissorium; sed si ao juramento promissório; mas, se a
iurisiurandi dispensatio vergat in dispensa do juramento redundar em
praeiudicium aliorum qui obligationem prejuízo a outros que não queiram liberar
remittere recusent, una Apostolica Sedes dessa obrigação, somente a Sé Apostólica
potest iusiurandum dispensare. pode dispensar do juramento.
Can. 1204 - Iusiurandum stricte est Cân. 1204 - O juramento deve ser
interpretandum secundum ius et secundum interpretado estritamente, de acordo com o
intentionem iurantis aut, si hic dolo agat, direito e a intenção de quem jurou, ou se
secundum intentionem illius cui este age com dolo, segundo a intenção
iusiurandum praestatur. daquele a quem se presta o juramento.
Can. 1206 - Dedicatio alicuius loci spectat Cân. 1206 - A dedicação de algum lugar
ad Episcopum dioecesanum et ad eos qui compete ao Bispo diocesano e aos
ipsi iure aequiparantur; iidem possunt equiparados a ele pelo direito; todos eles
cuilibet Episcopo vel, in casibus podem confiar a qualquer Bispo ou, em
exceptionalibus, presbytero munus casos excepcionais, a um presbítero o
committere dedicationem peragendi in suo encargo de fazer a dedicação em seu
territorio. território.
Can. 1207 - Loca sacra benedicuntur ab Cân. 1207 - Os lugares sagrados são
Ordinario; benedictio tamen ecclesiarum benzidos pelo Ordinário; a bênção das
reservatur Episcopo dioecesano; uterque igrejas, porém, é reservada ao Bispo
vero potest alium sacerdotem ad hoc diocesano; ambos podem delegar para
delegare. isso outro sacerdote.
Can. 1211 - Loca sacra violantur per Cân. 1211 - Os lugares sagrados são
actiones graviter iniuriosas cum scandalo violados por atos gravemente injuriosos aí
fidelium ibi positas, quae, de iudicio perpetrados com escândalo dos fiéis e que,
Ordinarii loci, ita graves et sanctitati loci a juízo do Ordinário local, são de tal modo
contrariae sunt ut non liceat in eis cultum graves e contrários à santidade do lugar,
exercere, donec ritu paenitentiali ad que não seja lícito exercer neles o culto,
normam librorum liturgicorum iniuria enquanto não for reparada a injúria
reparetur. mediante o rito penitencial estabelecido
nos livros litúrgicos.
Can. 1215 - § 1. Nulla ecclesia aedificetur Cân. 1215 - § 1. Não se edifique nenhuma
sine expresso Episcopi dioecesani igreja sem o consentimento expresso e
consensu scriptis dato. escrito do Bispo diocesano.
§ 2. Episcopus dioecesanus consensum ne § 2. O Bispo diocesano não dê o
praebeat nisi, audito consilio presbyterali et consentimento, a não ser que, ouvido o
vicinarum ecclesiarum rectoribus, censeat conselho presbiteral e os reitores das
novam ecclesiam bono animarum inservire igrejas vizinhas, julgue que a nova igreja
posse, et media ad ecclesiae possa servir para o bem das almas, e que
aedificationem et ad cultum divinum não faltarão os meios necessários para a
necessaria non esse defutura. construção da igreja e para o culto divino.
§ 3. Etiam instituta religiosa, licet § 3. Mesmo os institutos religiosos, embora
consensum constituendae novae domus in tenham recebido a permissão do Bispo
dioecesi vel civitate ab Episcopo diocesano para estabelecer uma nova casa
dioecesano rettulerint, antequam tamen numa diocese ou cidade, devem obter sua
ecclesiam in certo ac determinato loco licença antes de construir uma igreja em
aedificent, eiusdem licentiam obtinere lugar certo e determinado.
debent.
Can. 1218 - Unaquaeque ecclesia suum Cân. 1218 - Cada igreja tenha o seu título,
habeat titulum qui, peracta ecclesiae que não pode ser mudado, uma vez feita a
dedicatione, mutari nequit. dedicação da igreja.
Can. 1220 - § 1. Curent omnes ad quos res Cân. 1220 - § 1. Cuidem todos os
pertinet, ut in ecclesiis illa munditia ac responsáveis que nas igrejas se
decor serventur, quae domum Dei conservem a limpeza e o decoro devidos à
addeceant, et ab iisdem arceatur quidquid casa de Deus e se afaste tudo quanto
a sanctitate loci absonum sit. desdiz da santidade do lugar.
§ 2. Ad bona sacra et pretiosa tuenda § 2. Para a conservação dos bens
ordinaria conservationis cura et opportuna sagrados e preciosos, empreguem-se os
securitatis media adhibeantur. cuidados ordinários de manutenção e os
oportunos meios de segurança.
Can. 1225 - In oratoriis legitime constitutis Cân. 1225 - Nos oratórios legitimamente
omnes celebrationes sacrae peragi constituídos, podem- se realizar todas as
possunt, nisi quae iure aut Ordinarii loci celebrações sagradas, a não ser aquelas
praescripto excipiantur, aut obstent normae que sejam excetuadas pelo direito ou por
liturgicae. prescrição do Ordinário local, ou que a elas
se oponham normas litúrgicas.
Can. 1226 - Nomine sacelli privati Cân. 1226 - Sob a denominação de capela
intellegitur locus divino cultui, in particular, entende- se o lugar destinado,
commodum unius vel plurium personarum com a licença do Ordinário local, ao culto
physicarum, de licentia Ordinarii loci divino em favor de uma ou mais pessoas
destinatus. físicas.
Can. 1227 - Episcopi sacellum privatum Cân. 1227 - Os Bispos podem constituir
sibi constituere possunt, quod iisdem para si uma capela particular, que tem os
iuribus ac oratorium gaudet. mesmos direitos do oratório.
Can. 1228 - Firmo praescripto can. 1227, Cân. 1228 - Salva a prescrição do cân.
ad Missam aliasve sacras celebrationes in 1227, requer-se a licença do Ordinário
aliquo sacello privato peragendas requiritur local para se realizar na capela particular a
Ordinarii loci licentia. missa ou outras celebrações sagradas.
Can. 1229 - Oratoria et sacella privata Cân. 1229 - Convém que os oratórios e
benedici convenit secundum ritum in libris capelas particulares sejam benzidos
liturgicis praescriptum; debent autem esse segundo o rito prescrito nos livros
divino tantum cultui reservata et ab litúrgicos; devem, porém, ser reservados
omnibus domesticis usibus libera. unicamente para o culto divino e livres de
outros usos domésticos.
Can. 1231 - Ut sanctuarium dici possit Cân. 1231 - Para que um santuário possa
nationale, accedere debet approbatio dizer-se nacional, deve ter a aprovação da
Episcoporum conferentiae; ut dici possit Conferência dos Bispos; para que possa
internationale, requiritur approbatio dizer-se internacional, requer-se a
Sanctae Sedis. aprovação da Santa Sé.
Can. 1233 - Sanctuariis quaedam privilegia Cân. 1233 - Poderão ser concedidos
concedi poterunt, quoties locorum determinados privilégios aos santuários,
circumstantiae, peregrinantium frequentia sempre que as circunstâncias locais, o
et praesertim fidelium bonum id suadere afluxo de peregrinos e principalmente o
videantur. bem dos fiéis parecerem aconselhá- los.
Can. 1236 - § 1. Iuxta traditum Ecclesiae Cân. 1236 - § 1. De acordo com o costume
morem mensa altaris fixi sit lapidea, et tradicional da Igreja, a mesa do altar fixo
quidem ex unico lapide naturali; attamen seja de pedra e de uma única pedra
etiam alia materia digna et solida, de natural; mas pode ser usada também outra
iudicio Episcoporum conferentiae, adhiberi matéria digna e sólida, a juízo da
potest. Stipites vero seu basis ex qualibet Conferência dos Bispos. Contudo, os
materia confici possunt. suportes ou base podem ser feitos de
qualquer matéria.
§ 2. Altare mobile ex qualibet materia § 2. O altar móvel pode ser feito com
solida, usui liturgico congruenti, extrui qualquer matéria sólida, conveniente ao
potest. uso litúrgico.
Can. 1237 - § 1. Altaria fixa dedicanda Cân. 1237 - § 1. Os altares fixos devem ser
sunt, mobilia vero dedicanda aut dedicados, e os móveis, dedicados ou
benedicenda, iuxta ritus in liturgicis libris benzidos, de acordo com os ritos prescritos
praescriptos. nos livros litúrgicos.
§ 2. Antiqua traditio Martyrum aliorumve § 2. Conserve-se a antiga tradição de
Sanctorum reliquias sub altari fixo condendi colocar debaixo do altar fixo relíquias de
servetur, iuxta normas in libris liturgicis mártires ou de outros santos, de acordo
traditas. com as normas prescritas nos livros
litúrgicos.
Can. 1238 - § 1. Altare dedicationem vel Cân. 1238 - § 1. O altar perde a dedicação
benedictionem amittit ad normam ou bênção, de acordo com a norma do cân.
can. 1212. 1212.
§ 2. Per reductionem ecclesiae vel alius § 2. Pela redução de uma igreja ou de
loci sacri ad usus profanos, altaria sive fixa outro lugar sagrado a usos profanos, os
sive mobilia non amittunt dedicationem vel altares fixos ou móveis não perdem a
benedictionem. dedicação ou bênção.
Can. 1239 - § 1. Altare tum fixum tum Cân. 1239 - § 1. O altar fixo ou móvel deve
mobile divino dumtaxat cultui reservandum ser reservado unicamente ao culto,
est, quolibet profano usu prorsus excluso. excluído absolutamente qualquer uso
profano.
§ 2. Subtus altare nullum sit reconditum § 2. Sob o altar não se coloque nenhum
cadaver; secus Missam super illud cadáver; do contrário, não será lícito
celebrare non licet. celebrar a missa sobre esse altar.
Can. 1245 - Firmo iure Episcoporum Cân. 1245 - Salvo o direito dos Bispos
dioecesanorum de quo in can. 87, diocesanos, mencionado no cân. 87, o
parochus, iusta de causa et secundum pároco, por justa causa e segundo as
Episcopi dioecesani praescripta, singulis in prescrições do Bispo diocesano, pode
casibus concedere potest dispensationem conceder, de caso em caso, a dispensa da
ab obligatione servandi diem festum vel obrigação de guardar o dia de festa ou de
diem paenitentiae aut commutationem penitência ou sua comutação por outra
eiusdem in alia pia opera; idque potest obra pia; isso pode também o Superior de
etiam Superior instituti religiosi aut instituto religioso ou de uma sociedade de
societatis vitae apostolicae, si sint clericalia vida apostólica, se forem clericais de direito
iuris pontificii, quoad proprios subditos pontifício, tratando-se dos próprios súditos
aliosque in domo diu noctuque degentes. e de outros que vivem na casa dia e noite.
Can. 1247 - Die dominica aliisque diebus Cân. 1247 - No domingo e nos outros dias
festis de praecepto fideles obligatione de festa de preceito, os fiéis têm a
tenentur Missam participandi; abstineant obrigação de participar da missa; além
insuper ab illis operibus et negotiis quae disso, devem abster-se das atividades e
cultum Deo reddendum, laetitiam diei negócios que impeçam o culto a ser
Domini propriam, aut debitam mentis ac prestado a Deus, a alegria própria do dia
corporis relaxationem impediant. do Senhor e o devido descanso da mente e
do Corpo.
Can. 1250 - Dies et tempora paenitentialia Cân. 1250 - Os dias e tempos penitenciais,
in universa Ecclesia sunt singulae feriae em toda a Igreja, são todas as sextas -
sextae totius anni et tempus feiras do ano e o tempo da quaresma.
quadragesimae.
Can. 1256 - Dominium bonorum, sub Cân. 1256 - O domínio dos bens, sob a
suprema auctoritate Romani Pontificis, ad suprema autoridade do Romano Pontífice,
eam pertinet iuridicam personam, quae pertence à pessoa jurídica que os tiver
eadem bona legitime acquisiverit. adquirido legitimamente.
Can. 1257 - § 1. Bona temporalia omnia Cân. 1257 - § 1. Todos os bens temporais
quae ad Ecclesiam universam, Apostolicam pertencentes à Igreja universal, à Sé
Sedem aliasve in Ecclesia personas Apostólica ou a outras pessoas jurídicas
iuridicas publicas pertinent, sunt bona públicas na Igreja são bens eclesiásticos e
ecclesiastica et reguntur canonibus qui se regem pelos cânones seguintes e pelos
sequuntur, necnon propriis statutis. estatutos próprios.
§ 2. Bona temporalia personae iuridicae § 2. Os bens temporais de uma pessoa
privatae reguntur propriis statutis, non jurídica privada se regem pelos estatutos
autem hisce canonibus, nisi expresse aliud próprios e não por estes cânones, salvo
caveatur. expressa determinação em contrário.
Can. 1258 - In canonibus qui sequuntur Cân. 1258 - Nos cânones seguintes, com o
nomine Ecclesiae significatur non solum termo Igreja são designadas não só a
Ecclesia universa aut Sedes Apostolica, Igreja universal ou a Sé Apostólica, mas
sed etiam quaelibet persona iuridica também qualquer pessoa jurídica pública
publica in Ecclesia, nisi ex contextu na Igreja, a não ser que do contexto ou da
sermonis vel ex natura rei aliud appareat. natureza do assunto apareça o contrário.
Can. 1260 - Ecclesiae nativum ius est Cân. 1260 - A Igreja tem direito nativo de
exigendi a christifidelibus, quae ad fines exigir dos fiéis o que for necessário para
sibi proprios sint necessaria. seus fins próprios.
Can. 1261 - § 1. Integrum est Cân. 1261 - § 1. Os fiéis são livres de doar
christifidelibus bona temporalia in favorem bens temporais em favor da Igreja.
Ecclesiae conferre.
§ 2. Episcopus dioecesanus fideles de § 2. O Bispo diocesano deve lembrar aos
obligatione, de qua in can. 222, § 1, fiéis a obrigação mencionada no cân. 222
monere tenetur et opportuno modo eam § 1, e exigir seu cumprimento de modo
urgere. oportuno.
Can. 1262 - Fideles subsidia Ecclesiae Cân. 1262 - Os fiéis concorram para as
conferant per subventiones rogatas et iuxta necessidades da Igreja com as
normas ab Episcoporum conferentia latas. contribuições que lhes forem solicitadas e
segundo as normas fixadas pela
Conferência dos Bispos.
Can. 1263 - Ius est Episcopo dioecesano, Cân. 1263 - O Bispo diocesano, ouvidos o
auditis consilio a rebus oeconomicis et conselho econômico e o conselho
consilio presbyterali, pro dioecesis presbiteral, tem o direito de impor às
necessitatibus, personis iuridicis publicis pessoas jurídicas públicas sujeitas a seu
suo regimini subiectis moderatum tributum, regime um tributo moderado,
earum redditibus proportionatum, proporcionado às rendas de cada uma, em
imponendi; ceteris personis physicis et favor das necessidades da diocese; às
iuridicis ipsi licet tantum, in casu gravis outras pessoas físicas e jurídicas ele
necessitatis et sub iisdem condicionibus, somente pode impor uma contribuição
extraordinariam et moderatam exactionem extraordinária e moderada, em caso de
imponere, salvis legibus et consuetudinibus grave necessidade e sob as mesmas
particularibus quae eidem potiora iura condições, salvas as leis e costumes
tribuant. particulares que lhe confiram maiores
direitos.
Can. 1264 - Nisi aliud iure cautum sit, Cân. 1264 - Salvo determinação contrária
conventus Episcoporum provinciae est: do direito, compete à reunião dos Bispos
da província:
1° praefinire taxas pro actibus 1°- estabelecer as taxas a serem
potestatis exsecutivae gratiosae vel pro aprovadas pela Sé Apostólica, em favor
exsecutione rescriptorum Sedis dos atos do poder executivo gracioso ou
Apostolicae, ab ipsa Sede Apostolica para a execução dos rescritos da Sé
approbandas; Apostólica;
2° definire oblationes occasione 2°- determinar as ofertas por ocasião
ministrationis sacramentorum et da administração dos sacramentos e
sacramentalium. sacramentais.
Can. 1265 - § 1. Salvo iure religiosorum Cân. 1265 - § 1. Salvo o direito dos
mendicantium, vetatur persona quaevis religiosos mendicantes, é proibido a
privata, sive physica sive iuridica, sine qualquer pessoa privada, física ou jurídica,
proprii Ordinarii et Ordinarii loci licentia, in recolher ofertas para qualquer instituto ou
scriptis data, stipem cogere pro quolibet pio fim pios ou eclesiásticos, sem a licença
aut ecclesiastico instituto vel fine. escrita do próprio Ordinário e do Ordinário
local.
§ 2. Episcoporum conferentia potest § 2. A Conferência dos Bispos pode
normas de stipe quaeritanda statuere, quae estabelecer normas s obre coletas, de
ab omnibus servari debent, iis non exclusis, esmolas, a serem observadas por todos,
qui ex institutione mendicantes vocantur et não excluídos aqueles que por instituição
sunt. são chamados mendicantes e o são de
fato.
Can. 1267 - § 1. Nisi contrarium constet, Cân. 1267 - § 1. A não ser que conste o
oblationes quae fiunt Superioribus vel contrário, as ofertas feitas aos Superiores
administratoribus cuiusvis personae ou administradores de qualquer pessoa
iuridicae ecclesiasticae, etiam privatae, jurídica eclesiástica, mesmo particular,
praesumuntur ipsi personae iuridicae presumem-se feitas à própria pessoa
factae. jurídica.
§ 2. Oblationes, de quibus in § 1, repudiari § 2. As ofertas mencionadas no § 1 não
nequeunt nisi iusta de causa et, in rebus podem ser recusadas, a não ser por justa
maioris momenti, de licentia Ordinarii, si causa e, nos casos mais importantes, com
agitur de persona iuridica publica; eiusdem a licença do Ordinário, quando se trata de
Ordinarii licentia requiritur ut acceptentur pessoa jurídica pública; também se requer
quae onere modali vel condicione a licença do Ordinário para se aceitarem as
gravantur, firmo praescripto can. 1295. que estejam vinculadas por modalidades
ou condições onerosas, salva a prescrição
do cân. 1295.
§ 3. Oblationes a fidelibus ad certum finem § 3. As ofertas feitas pelos fiéis para fim
factae, nonnisi ad eundem finem destinari determinado não podem ser destinadas
possunt. senão para tal fim.
Can. 1268 - Praescriptionem, tamquam Cân. 1268 - A Igreja admite para os bens
acquirendi et se liberandi modum, Ecclesia temporais a prescrição, enquanto modo de
pro bonis temporalibus recipit, ad normam adquirir e de se eximir, conforme os cânn.
cann. 197-199. 197-199.
Can. 1269 - Res sacrae, si in dominio Cân. 1269 - As coisas sagradas, que estão
privatorum sunt, praescriptione acquiri a sob o domínio de particulares, podem ser
privatis personis possunt, sed eas adhibere adquiridas através de prescrição, por
ad usus profanos non licet, nisi pessoas privadas, mas não é lícito
dedicationem vel benedictionem amiserint; empregá-las para usos profanos, a não ser
si vero ad personam iuridicam que tenham perdido sua dedicação ou
ecclesiasticam publicam pertinent, tantum benção; mas, se pertencem a uma pessoa
ab alia persona iuridica ecclesiastica jurídica eclesiástica pública, podem ser
publica acquiri possunt. adquiridas unicamente por outra pessoa
jurídica eclesiástica pública.
Can. 1270 - Res immobiles, mobiles Cân. 1270 - As coisas imóveis, as coisas
pretiosae, iura et actiones sive personales móveis preciosas, os direitos e ações,
sive reales, quae pertinent ad Sedem pessoais ou reais, da Sé Apostólica,
Apostolicam, spatio centum annorum prescrevem no espaço de cem anos; o que
praescribuntur; quae ad aliam personam é de outra pessoa jurídica pública
iuridicam publicam ecclesiasticam eclesiástica, no espaço de trinta anos.
pertinent, spatio triginta annorum.
Can. 1272 - In regionibus ubi beneficia Cân. 1272 - Nas regiões onde existem
proprie dicta adhuc exsistunt, Episcoporum benefícios propriamente ditos, cabe à
conferentiae est, opportunis normis cum Conferência dos Bispos, mediante normas
Apostolica Sede concordatis et ab ea oportunas, estabelecidas de acordo com a
approbatis, huiusmodi beneficiorum Sé Apostólica e por ela aprovadas,
regimen moderari, ita ut reditus, immo regulamentar a administração de tais
quatenus possibile sit ipsa dos benefícios de modo que as rendas e,
beneficiorum ad institutum, de quo in quanto possível, o próprio dote dos
can. 1274, § 1, paulatim deferatur. benefícios passem, pouco a pouco, ao
instituto mencionado no cân. 1274 § 1.
TITULUS II. DE ADMINISTRATIONE TÍTULO II DA ADMINISTRAÇÃO DOS
BONORUM BENS
Can. 1273 - Romanus Pontifex, vi primatus Cân. 1273 - O Romano Pontífice, em
regiminis, est omnium bonorum virtude do primado de regime, é o supremo
ecclesiasticorum supremus administrator et administrador e dispensador de todos os
dispensator. bens eclesiásticos.
Can. 1276 - § 1. Ordinarii est sedulo Cân. 1276 - § 1. Cabe ao Ordinário local
advigilare administrationi omnium bonorum, supervisionar cuidadosamente da
quae ad personas iuridicas publicas sibi administração de todos os bens
subiectas pertinent, salvis legitimis titulis pertencentes às pessoas jurídicas públicas
quibus eidem Ordinario potiora iura que lhe estão sujeitas, salvo títulos
tribuantur. legítimos pelos quais se atribuam maiores
direitos ao Ordinário.
§ 2. Habita ratione iurium, legitimarum § 2. Levando em conta os direitos, os
consuetudinum et circumstantiarum, legítimos costumes e as circunstâncias, os
Ordinarii, editis peculiaribus instructionibus Ordinários providenciem a organização
intra fines iuris universalis et particularis, geral da administração dos bens
universum administrationis bonorum eclesiásticos, por meio de instruções
ecclesiasticorum negotium ordinandum especiais, dentro dos limites do direito
curent. universal e particular.
Can. 1277 - Episcopus dioecesanus quod Cân. 1277 - Para praticar atos de
attinet ad actus administrationis ponendos, administração que, levando- se em conta a
qui, attento statu oeconomico dioecesis, situação econômica da diocese, são de
sunt maioris momenti, consilium a rebus importância maior, o Bispo deve ouvir o
oeconomicis et collegium consultorum conselho econômico e o colégio dos
audire debet; eiusdem tamen consilii atque consultores; necessita contudo do
etiam collegii consultorum consensu eget, consentimento desse conselho e também
praeterquam in casibus iure universali vel do colégio dos consultores, para praticar
tabulis fundationis specialiter expressis, ad atos de administração extraordinária, além
ponendos actus extraordinariae dos casos especialmente mencionados
administrationis. Conferentiae autem pelo direito universal ou pelo documento de
Episcoporum est definire quinam actus fundação. Cabe, no entanto, à Conferência
habendi sint extraordinariae dos Bispos determinar quais atos se
administrationis. devem considerar de administração
extraordinária.
Can. 1278 - Praeter munera de quibus in Cân. 1278 - Além das atribuições
can. 494, §§ 3 et 4, oeconomo committi mencionadas no can. 494 §§ 3 e 4, podem
possunt ab Episcopo dioecesano munera ser confiados ao ecônomo pelo Bispo
de quibus in cann. 1276, § 1 et 1279, § 2. diocesano as atribuições mencionadas nos
cann. 1276 § 1 e 1279 § 2.
Can. 1280 - Quaevis persona iuridica suum Cân. 1280 - Toda pessoa jurídica tenha o
habeat consilium a rebus oeconomicis vel seu conselho econômico ou pelo menos
saltem duos consiliarios, qui dois conselheiros, que ajudem o
administratorem, ad normam statutorum, in administrador no desempenho de suas
munere adimplendo adiuvent. funções, segundo os estatutos.
Can. 1282 - Omnes, sive clerici sive laici, Cân. 1282 - Todos os que participam por
qui legitimo titulo partes habent in título legítimo, clérigos ou leigos, na
administratione bonorum ecclesiasticorum, administração dos bens eclesiásticos,
munera sua adimplere tenentur nomine devem cumprir seus encargos em nome da
Ecclesiae, ad normam iuris. Igreja, de acordo com o direito.
Can. 1285 - Intra limites dumtaxat Cân. 1285 - Unicamente dentro dos limites
ordinariae administrationis fas est da administração ordinária, é lícito aos
administratoribus de bonis mobilibus, quae administradores, para fins de piedade e
ad patrimonium stabile non pertinent, caridade cristã, fazer doação de bens
donationes ad fines pietatis aut christianae móveis que não constituam parte do
caritatis facere. patrimônio estável.
Can. 1291 - Ad valide alienanda bona, Cân. 1291 - Para alienar validamente bens
quae personae iuridicae publicae ex que por legítima destinação constituem
legitima assignatione patrimonium stabile patrimônio estável de uma pessoa jurídica
constituunt et quorum valor summam iure pública, e cujo valor supera a soma
definitam excedit, requiritur licentia definida pelo direito, requer-se a licença da
auctoritatis ad normam iuris competentis. autoridade juridicamente competente.
Can. 1294 - § 1. Res alienari minore pretio Cân. 1294 - § 1. Ordinariamente não se
ordinarie non debet, quam quod in pode alienar uma coisa por preço inferior
aestimatione indicatur. ao indicado na avaliação.
§ 2. Pecunia ex alienatione percepta vel in § 2. O dinheiro recebido pela alienação
commodum Ecclesiae caute collocetur vel, seja cuidadosamente investido em favor da
iuxta alienationis fines, prudenter erogetur. Igreja, ou então prudentemente empregado
de acordo com as finalidades da alienação.
Can. 1295 - Requisita ad normam cann. Cân. 1295 - O que se exige de acordo com
1291-1294, quibus etiam statuta os cânn. 1291 e 1294, com os quais se
personarum iuridicarum conformanda sunt, devem conformar também os estatutos das
servari debent non solum in alienatione, pessoas jurídicas, seja observado, não só
sed etiam in quolibet negotio, quo condicio na alienação, como ainda em qualquer
patrimonialis personae iuridicae peior fieri negócio, no qual a situação patrimonial da
possit. pessoa jurídica possa ficar em condição
pior.
Can. 1296 - Si quando bona ecclesiastica Cân. 1296 - Se bens eclesiásticos tiverem
sine debitis quidem sollemnitatibus sido alienados sem as devidas
canonicis alienata fuerint, sed alienatio sit formalidades canônicas previstas, mas a
civiliter valida, auctoritatis competentis est alienação é cívicamente válida, cabe à
decernere, omnibus mature perpensis, an autoridade competente decidir, ponderando
et qualis actio, personalis scilicet vel realis, tudo maduramente, se se deve propor uma
a quonam et contra quemnam instituenda ação, e qual, se pessoal ou real, por quem
sit ad Ecclesiae iura vindicanda. e contra quem, para reivindicar os direitos
da Igreja.
Can. 1297 - Conferentiae Episcoporum est, Cân. 1297 - Compete à Conferência dos
attentis locorum adiunctis, normas statuere Bispos, de acordo com as circunstâncias
de bonis Ecclesiae locandis, praesertim de locais, estabelecer normas sobre a locação
licentia a competenti auctoritate de bens eclesiásticos, principalmente sobre
ecclesiastica obtinenda. as licenças que se devem obter da
competente autoridade eclesiástica.
Can. 1298 - Nisi res sit minimi momenti, Cân. 1298 - Se não é algo de mínima
bona ecclesiastica propriis importância, sem especial licença escrita
administratoribus eorumve propinquis da autoridade competente não se devem
usque ad quartum consanguinitatis vel vender ou alugar bens eclesiásticos aos
affinitatis gradum non sunt vendenda aut próprios administradores ou a seus
locanda sine speciali competentis parentes, até o quarto grau de
auctoritatis licentia scripto data. consangüinidade ou afinidade.
Can. 1300 - Voluntates fidelium facultates Cân. 1300 - As vontades dos fiéis que
suas in pias causas donantium vel doam ou deixam os próprios bens para
relinquentium, sive per actum inter vivos causas pias, por ato inter vivos ou por ato
sive per actum mortis causa, legitime mortis causa, uma vez aceitas
acceptatae, diligentissime impleantur etiam legitimamente, sejam cumpridas com todo
circa modum administrationis et erogationis o cuidado, mesmo no tocante ao modo de
bonorum, firmo praescripto can. 1301, § 3. administração e destinação dos bens,
salva a prescrição do cân. 1301 § 3.
Can. 1304 - § 1. Ut fundatio a persona Cân. 1304 - § 1. Para que uma fundação
iuridica valide acceptari possit, requiritur possa ser aceita validamente por uma
licentia Ordinarii in scriptis data; qui eam ne pessoa jurídica, requer-se a licença escrita
praebeat, antequam legitime compererit do Ordinário; este não a dê antes de
personam iuridicam tum novo oneri constatar legitimamente que a pessoa
suscipiendo, tum iam susceptis satisfacere pode satisfazer ao novo ônus e aos outros
posse; maximeque caveat ut reditus já anteriormente assumidos; cuide
omnino respondeant oneribus adiunctis, principalmente que as rendas
secundum cuiusque loci vel regionis correspondam totalmente aos ônus
morem. assumidos, segundo o costume de cada
lugar ou região.
§ 2. Ulteriores condiciones ad § 2. Sejam estabelecidas pelo direito
constitutionem et acceptationem particular outras condições para a
fundationum quod attinet, iure particulari constituição e aceitação de fundações.
definiantur.
Can. 1305 - Pecunia et bona mobilia, Cân. 1305 - Dinheiro e bens móveis,
dotationis nomine assignata, statim in loco entregues a título de dote, sejam sem
tuto ab Ordinario approbando deponantur demora depositados em lugar seguro, a ser
eum in finem, ut eadem pecunia vel aprovado pelo Ordinário, a fim de que se
bonorum mobilium pretium custodiantur et conservem tal dinheiro ou o valor dos bens
quam primum caute et utiliter secundum móveis e quanto antes, segundo o juízo
prudens eiusdem Ordinarii iudicium, auditis prudente do Ordinário, ouvidos os
et iis quorum interest et proprio a rebus interessados e o próprio conselho
oeconomicis consilio, collocentur in econômico próprio, sejam cautelosa e
commodum eiusdem fundationis cum vantajosamente investidos para proveito da
expressa et individua mentione oneris. mesma fundação, mencionando-se
expressa e detalhadamente o ônus.
Can. 1315 - § 1. Qui potestatem habet Cân. 1315 - § 1. Quem tem poder de
leges poenales ferendi, potest etiam legem emanar leis penais pode também prover
divinam congrua poena munire. com uma pena conveniente à lei divina.
§ 2. Legislator inferior, attento can. 1317, § 2. O legislador inferior, tendo presente o
potest insuper: cân. 1317, pode também:
1° legem a superiore auctoritate latam 1°. prover com uma pena adequada a
congrua poena munire, servatis lei emanada pela autoridade superior,
competentiae limitibus ratione territorii vel observados os limites da competência em
personarum; razão do território ou das pessoas;
2° poenis lege universali in aliquod 2°. acrescentar outras penas àquelas já
delictum constitutis alias poenas addere; estabelecidas pela lei universal para
qualquer delito;
3° poenam lege universali constitutam 3°. determinar ou tornar obrigatória
ut indeterminatam vel facultativam uma pena que a lei universal estabelece
determinare aut obligatoriam reddere. como indeterminada ou facultativa.
§ 3. Lex ipsa potest poenam determinare § 3. A lei pode determinar a pena ou deixar
vel prudenti iudicis aestimationi sua determinação para a prudente decisão
determinandam relinquere. do juiz.
Can. 1316 - Curent Episcopi dioecesani ut, Cân. 1316 - Cuidem os bispos diocesanos
quatenus fieri potest, in eadem civitate vel que, na medida do possível, as leis penais
regione uniformes ferantur poenales leges. sejam emanadas de forma uniforme para o
mesmo país ou região.
Can. 1317 - Poenae eatenus constituantur, Cân. 1317 - As penas sejam constituídas
quatenus vere necessariae sint ad aptius na medida em que sejam verdadeiramente
providendum ecclesiasticae disciplinae. A necessárias para prover mais
legislatore autem inferiore dimissio e statu convenientemente a disciplina eclesiástica.
clericali constitui nequit. A demissão do estado clerical não pode
ser estabelecida pelo legislador inferior.
Can. 1318 - Latae sententiae poenae ne Cân. 1318 - Não se estabeleçam penas
constituantur, nisi forte in singularia latae sententiae, exceto possivelmente
quaedam delicta dolosa, quae vel graviori contra algum particular delito doloso, que
esse possint scandalo vel efficaciter puniri ou possa causar gravíssimo escândalo, ou
poenis ferendae sententiae non possint; que não possa ser efetivamente punido
censurae autem, praesertim com penas ferendae sententiae; não se
excommunicatio, ne constituantur, nisi estabeleçam, pois, censuras, sobretudo a
maxima cum moderatione et in sola delicta excomunhão, se não com a máxima
specialis gravitatis. moderação e somente contra os delitos de
especial gravidade.
Can. 1319 - § 1. Quatenus quis potest vi Cân. 1319 - § 1. Na medida em que
potestatis regiminis in foro externo alguém pode impor preceitos no foro
praecepta imponere iuxta praescripta cann. externo, em virtude de seu poder de
48-58, eatenus potest etiam poenas regime, de acordo com as disposições dos
determinatas, exceptis expiatoriis cân. 48-58, o mesmo pode também impor
perpetuis, per praeceptum comminari. com um preceito penas determinadas,
exceto as penas expiatórias perpétuas.
§ 2. Si praeceptum poenale, re mature § 2. Se, após ter diligentemente
perpensa, imponendum sit, serventur quae considerada a questão, for necessário
statuuntur in cann. 1317 et 1318. impor um preceito penal, observe-se o que
está estabelecido nos cân. 1317 e 1318.
Can. 1320 - In omnibus in quibus religiosi Cân. 1320 - Os religiosos podem ser
subsunt Ordinario loci, possunt ab eodem punidos pelo Ordinário local em todas as
poenis coerceri. coisas em que estão sujeitos a ele.
Can. 1322 - Qui habitualiter rationis usu Cân. 1322 - Os que não têm habitualmente
carent, etsi legem vel praeceptum uso da razão, mesmo que tenha violado a
violaverint dum sani videbantur, delicti lei ou o preceito quando pareciam sadios,
incapaces habentur. consideram-se incapazes de delito.
Can. 1323 - Nulli poenae est obnoxius qui, Cân. 1323 - Não é passível de nenhuma
cum legem vel praeceptum violavit: pena quem, quando violou a lei ou o
preceito:
1° sextum decimum aetatis annum 1°. não tinha ainda completado a idade
nondum explevit; de dezesseis anos;
2° sine culpa ignoravit se legem vel 2°. sem culpa sua ignorava violar uma
praeceptum violare; ignorantiae autem lei ou um preceito; à ignorância são
inadvertentia et error aequiparantur; equiparadas a inadvertência e o erro;
3° egit ex vi physica vel ex casu fortuito, 3°. agiu por violência física ou por um
quem praevidere vel cui praeviso occurrere caso fortuito que não pôde prever ou que,
non potuit; uma vez previsto, não pôde remediar;
4° metu gravi, quamvis relative tantum, 4°. agiu coagido por medo grave,
coactus egit, aut ex necessitate vel gravi mesmo que apenas relativamente, ou por
incommodo, nisi tamen actus sit intrinsece necessidade ou por grave incômodo, a
malus aut vergat in animarum damnum; menos que o ato fosse intrinsecamente
mau ou resultasse em danos às almas;
5° legitimae tutelae causa contra 5°. agiu em legítima defesa contra um
iniustum sui vel alterius aggressorem egit, injusto agressor seu ou de outro, com a
debitum servans moderamen; devida moderação;
6° rationis usu carebat, firmis 6°. era privado do uso da razão,
praescriptis cann. 1324, § 1, n. 2, et 1326, restando firmes as disposições dos cân.
§ 1, n. 4; 1324, § 1, n. 2 e 1326, § 1, n. 4;
7° sine culpa putavit aliquam adesse ex 7°. sem culpa sua acreditava que não
circumstantiis, de quibus in nn. 4 vel 5. havia nenhuma das circunstâncias
mencionadas nos n. 4 ou 5.
Can. 1324 - § 1. Violationis auctor non Cân. 1324 - § 1. O autor da violação não
eximitur a poena, sed poena lege vel está isento da pena estabelecida pela lei
praecepto statuta temperari debet vel in ou pelo preceito, mas a pena deve ser
eius locum paenitentia adhiberi, si delictum atenuada ou substituída por uma
patratum sit: penitência, se o delito foi cometido:
1° ab eo, qui rationis usum imperfectum 1°. por quem tinha o uso imperfeito da
tantum habuerit; razão;
2° ab eo qui rationis usu carebat 2°. por quem não tinha o uso da razão
propter ebrietatem aliamve similem mentis por causa de embriaguez ou outra
perturbationem, quae culpabilis fuerit, firmo perturbação semelhante da mente, da qual
praescripto can. 1326, § 1, n. 4; fosse culpado, restando firme a disposição
do cân. 1326, § 1, n. 4;
3° ex gravi passionis aestu, qui non 3°. por grave impulso passional, que,
omnem tamen mentis deliberationem et no entanto, não precedeu e impediu toda
voluntatis consensum praecesserit et deliberação da mente e consentimento da
impedierit, et dummodo passio ipsa ne vontade, e desde que a própria paixão não
fuerit voluntarie excitata vel nutrita; tenha sido voluntariamente despertada ou
favorecida;
4° a minore, qui aetatem sedecim 4°. por um menor que completou os
annorum explevit; dezesseis anos de idade;
5° ab eo, qui metu gravi, quamvis 5°. por uma pessoa forçada por temor
relative tantum, coactus est, aut ex grave, mesmo que apenas relativamente,
necessitate vel gravi incommodo egit, si ou que agiu por necessidade ou por grave
delictum sit intrinsece malum vel in incômodo, se o delito cometido é
animarum damnum vergat; intrinsecamente mau ou voltado a danificar
as almas;
6° ab eo, qui legitimae tutelae causa 6°. por quem agiu em legítima defesa
contra iniustum sui vel alterius contra um injusto agressor seu ou de outro,
aggressorem egit, nec tamen debitum mas sem a devida moderação;
servavit moderamen;
7° adversus aliquem graviter et iniuste 7°. contra alguém que o tenha
provocantem; gravemente e injustamente provocado;
8° ab eo, qui per errorem, ex sua tamen 8°. por quem por um erro, do qual seja
culpa, putavit aliquam adesse ex culpado, acreditava que não havia
circumstantiis, de quibus in can. 1323, nn. nenhuma das circunstâncias mencionadas
4 vel 5; no cân. 1323, n. 4 ou 5;
9° ab eo, qui sine culpa ignoravit 9°. por quem, sem culpa, ignorava que
poenam legi vel praecepto esse adnexam; à lei ou ao preceito estava anexada uma
pena;
10° ab eo, qui egit sine plena 10°. por quem agiu sem plena
imputabilitate, dummodo haec gravis imputabilidade, contanto que essa
permanserit. permaneça ainda grave.
§ 2. Idem potest iudex facere, si qua alia § 2. O juiz pode agir do mesmo modo,
adsit circumstantia, quae delicti gravitatem quando houver qualquer outra
deminuat. circunstância atenuante da gravidade do
delito.
§ 3. In circumstantiis, de quibus in § 1, reus § 3. Nas circunstâncias mencionadas no
poena latae sententiae non tenetur, § 1, o réu não incorre na pena latae
attamen ad resipiscentiam vel ad scandali sententiae, porém podem ser cominadas
reparationem, ipsi poenae mitiores irrogari ao menos penas mais atenuadas ou
vel poenitentiae applicari possunt. podem ser aplicadas a ele penitências com
a finalidade do arrependimento ou
reparação d
Can. 1325 - Ignorantia crassa vel supina Cân. 1325 - A ignorância crassa ou supina
vel affectata numquam considerari potest in ou afetada não pode nunca ser levada em
applicandis praescriptis cann. 1323 et consideração na aplicação das disposições
1324. dos cân. 1323 e 1324.
Can. 1326 - § 1. Iudex gravius punire debet Cân. 1326 - § 1. O juiz deve punir com
quam lex vel praeceptum statuit: maior gravidade do que o estabelecido na
lei ou no preceito:
1° eum, qui post condemnationem vel 1°. quem, após a condenação ou a
poenae declarationem ita delinquere pergit, declaração da pena, ainda persiste em
ut ex adiunctis prudenter eius pertinacia in delinquir, de tal forma que pelas
mala voluntate conici possit; circunstâncias possa prudentemente
presumir-se a sua pertinácia na má
vontade;
2° eum, qui in dignitate aliqua 2°. quem for constituído em dignidade
constitutus est, vel qui auctoritate aut officio ou quem abusou da autoridade ou do ofício
abusus est ad delictum patrandum; para cometer o delito;
3° eum, qui, cum poena in delictum 3°. quem, sendo estabelecida uma
culposum constituta sit, eventum praevidit pena para o delito culposo, previu o evento
et nihilominus cautiones ad eum vitandum e, não obstante isso, omitiu as precauções
omisit, quas diligens quilibet adhibuisset; para evitá-lo, como qualquer pessoa
diligente faria;
4° eum, qui deliquerit in statu ebrietatis 4°. quem cometeu o delito em estado
aliusve mentis perturbationis, quae sint de de embriaguez ou em outra perturbação da
industria ad delictum patrandum vel mente, procurada astuciosamente para
excusandum quaesitae, aut ob passionem cometer o delito ou dele se desculpar, ou
voluntarie excitatam vel nutritam. por causa de paixão voluntariamente
despertada ou favorecida.
§ 2. In casibus, de quibus in § 1, si poena § 2. Nos casos mencionados no § 1, se a
constituta sit latae sententiae, alia poena pena estabelecida for latae sententiae,
addi potest vel paenitentia. poderá ser acrescentada uma outra pena
ou uma penitência.
§ 3. In iisdem casibus, si poena constituta § 3. Nos mesmos casos, se a pena for
sit ut facultativa, fit obligatoria. estabelecida como facultativa, torna-se
obrigatória.
Can. 1327 - Lex particularis potest alias Cân. 1327 - A lei particular pode
circumstantias eximentes, attenuantes vel estabelecer outras circunstâncias
aggravantes, praeter casus de quibus in eximentes, atenuantes ou agravantes,
cann. 1323-1326, statuere, sive generali além dos casos mencionados nos cân.
norma, sive pro singulis delictis. Item in 1323-1326, seja com uma norma geral,
praecepto possunt circumstantiae statui, seja para cada um dos delitos. Da mesma
quae a poena praecepto constituta forma, podem ser estabelecidas no
eximant, vel eam attenuent vel aggravent. preceito circunstâncias que eximam da
pena constituída com o preceito ou o
atenuem ou o agravem.
Can. 1328 - § 1. Qui aliquid ad delictum Cân. 1328 - § 1. Quem fez ou omitiu
patrandum egit vel omisit, nec tamen, alguma coisa para cometer um delito e, no
praeter suam voluntatem, delictum entanto, independentemente da sua
consummavit, non tenetur poena in vontade, não consumou o delito não
delictum consummatum statuta, nisi lex vel incorre na pena estabelecida para o delito
praeceptum aliter caveat. consumado, salvo determinação contrária
da lei ou preceito.
§ 2. Quod si actus vel omissiones natura § 2. Mas, se forem atos ou omissões que
sua ad delicti exsecutionem conducant, por sua natureza conduzem à execução do
auctor potest paenitentiae vel remedio delito, o autor pode ser punido com
poenali subici, nisi sponte ab incepta delicti penitências ou remédios penais, a não ser
exsecutione destiterit. Si autem scandalum que espontaneamente tenha desistido da
aliudve grave damnum vel periculum execução já iniciada do delito. Se, porém,
evenerit, auctor, etsi sponte destiterit, iusta tiver havido escândalo, outro grave dano
potest poena puniri, leviore tamen quam ou perigo, o autor, mesmo que tenha
quae in delictum consummatum constituta desistido espontaneamente, pode ser
est. punido com justa pena, mais leve porém
que a prevista para o delito consumado.
Can. 1329 - § 1. Qui communi delinquendi Cân. 1329 - § 1. Se contra o autor principal
consilio in delictum concurrunt, neque in forem constituídas penas ferendae
lege vel praecepto expresse nominantur, si sententiae, aqueles que com acordo
poenae ferendae sententiae in auctorem comum de delinqüir concorrem para o
principalem constitutae sint, iisdem poenis delito, mas não são expressamente
subiciuntur vel aliis eiusdem vel minoris nomeados na lei ou no preceito, estão
gravitatis. sujeitos às mesmas penas ou a outras de
igual ou menor gravidade.
§ 2. In poenam latae sententiae delicto § 2. Na penalatae sententiae, anexa ao
adnexam incurrunt complices, qui in lege delito incorrem os cúmplices não
vel praecepto non nominantur, si sine nomeados na lei ou no preceito, se, sem
eorum opera delictum patratum non esset, sua atividade, o delito não teria sido
et poena sit talis naturae, ut ipsos afficere praticado e a pena seja de tal natureza que
possit; secus poenis ferendae sententiae os possa atingir; do contrário, podem ser
puniri possunt. punidos com penas ferendae sententiae.
Can. 1330 - Delictum quod in declaratione Cân. 1330 - O delito que consiste numa
consistat vel in alia voluntatis vel doctrinae declaração, ou em outra manifestação de
vel scientiae manifestatione, tamquam non uma vontade, de doutrina ou de
consummatum censendum est, si nemo conhecimento, não se considera
eam declarationem vel manifestationem consumado, caso essa declaração ou
percipiat. manifestação não seja percebida por
ninguém.
Can. 1332 - § 1. Interdictus tenetur Cân. 1332 - § 1. Quem for interditado está
prohibitionibus, de quibus in can. 1331, § 1, sujeito às proibições mencionadas no cân.
nn. 1-4. 1331, § 1, n. 1-4.
§ 2. Lex tamen vel praeceptum interdictum § 2. A lei ou o preceito, no entanto, pode
definire eo modo potest, ut tantum definir o interdito de tal forma que ao réu
quaedam singulares actiones, de quibus in sejam proibidas algumas ações
can. 1331, § 1, nn. 1-4, vel alia quaedam determinadas mencionadas no cân. 1331,
singularia iura reo prohibeantur. § 1, n. 1-4, ou algum outro direito singular.
§ 3. Etiam in casu interdicti praescriptum § 3. Também no caso de interdito deve ser
can. 1331, § 2, n. 1, servandum est. observada a prescrição do cân. 1331, § 2,
n. 1.
Can. 1340 - § 1. Paenitentia, quae imponi Cân. 1340 - § 1. A penitência, que se pode
potest in foro externo, est aliquod religionis impor no foro externo, consiste em alguma
vel pietatis vel caritatis opus peragendum. obra de religião, piedade ou caridade, a ser
realizada.
§ 2. Ob transgressionem occultam § 2. Nunca se imponha uma penitência
numquam publica imponatur paenitentia. pública por transgressão oculta.
§ 3. Paenitentias Ordinarius pro sua § 3. O Ordinário pode prudentemente
prudentia addere potest poenali remedio acrescentar penitências ao remédio penal
monitionis vel correptionis. da advertência ou da repreensão.
Can. 1342 - § 1. Quoties iustae obstent Cân. 1342 - § 1. Sempre que causas justas
causae ne iudicialis processus fiat, poena obstarem a que se celebre um processo
irrogari vel declarari potest per decretum judicial, a pena pode ser cominada ou
extra iudicium, servato can. 1720, declarada por decreto extrajudicial,
praesertim quod attinet ad ius defensionis observado o cân. 1720, especialmente no
atque ad moralem certitudinem in animo que diz respeito ao direito de defesa e à
eius qui decretum fert ad normam certeza moral no espírito de quem emite o
can. 1608. Remedia poenalia et decreto, de acordo com o cân. 1608. Em
paenitentiae applicari possunt per qualquer caso, os remédios penais e as
decretum in quolibet casu. penitências podem ser aplicados por
decreto.
§ 2. Per decretum irrogari vel declarari non § 2. Não se pode cominar ou declarar
possunt poenae perpetuae, neque poenae penas perpétuas por decreto, nem aquelas
quas lex vel praeceptum eas constituens penas que a lei ou o preceito que as
vetet per decretum applicare. constitui proíbe aplicar por decreto.
§ 3. Quae in lege vel praecepto dicuntur de § 3. O que na lei ou no preceito se diz a
iudice, quod attinet ad poenam irrogandam respeito do juiz, no concernente a cominar
vel declarandam in iudicio, applicanda sunt ou declarar a pena em juízo, seja aplicado
ad Superiorem, qui per decretum extra ao Superior, que por decreto extrajudicial
iudicium poenam irroget vel declaret, nisi comine ou declare a pena, a menos que
aliter constet neque agatur de praescriptis não conste o contrário ou se trate de
quae ad procedendi tantum rationem prescrições atinentes somente ao
attineant. procedimento.
Can. 1343 - Si lex aut praeceptum iudici Cân. 1343 - Se a lei ou o preceito
facultatem concedat applicandi vel non concedem ao juiz a faculdade de aplicar ou
applicandi poenam, iste, salvo praescripto de não aplicar a pena, ele, salvo a
can. 1326, § 3, rem definiat, pro sua prescrição do cân. 1326, § 3, define a
conscientia et prudentia, iuxta id quod matéria de acordo com a consciência e o
expostulant iustitiae restitutio, rei seu prudente critério, de acordo com o que
emendatio et scandali reparatio; iudex exigem o restabelecimento da justiça, a
autem his in casibus potest etiam, si res emenda do réu e a reparação do
ferat, poenam temperare vel in eius locum escândalo; o juiz, no entanto, nesses
paenitentiam imponere. casos, pode também, se necessário,
atenuar a pena ou impor, no lugar dela,
uma penitência.
Can. 1344 - Etiamsi lex utatur verbis Cân. 1344 - Mesmo que a lei use termos
praeceptivis, iudex pro sua conscientia et preceptivos, o juiz, de acordo com a
prudentia potest: consciência e seu prudente critério, pode:
1° poenae irrogationem in tempus 1°. diferir a cominação da pena para
magis opportunum differre, si ex um tempo mais oportuno, se por uma
praepropera rei punitione maiora mala punição muito apressada se prevê que
eventura praevideantur, nisi necessitas surgirão males maiores, a não ser que urja
urgeat scandalum reparandi; a necessidade de reparar o escândalo;
2° a poena irroganda abstinere vel 2°. abster-se de cominar a pena, ou
poenam mitiorem irrogare aut paenitentiam cominar uma pena ou penitência mais
adhibere, si reus emendatus sit, necnon branda, se o réu tiver se emendado e
scandalum et damnum forte illatum reparado o escândalo e o dano
reparaverit, aut si ipse satis a civili eventualmente provocados, ou se já tenha
auctoritate punitus sit vel punitum iri sido suficientemente punido pela
praevideatur; autoridade civil ou se preveja que será
punido;
3° obligationem servandi poenam 3°. suspender a obrigação de observar
expiatoriam suspendere, si reus primum uma pena expiatória ao réu que cometeu
post vitam laudabiliter peractam deliquerit delito pela primeira vez, depois de ter
neque necessitas urgeat reparandi vivido honrosamente e que não urja a
scandalum, ita tamen ut, si reus intra necessidade de reparar o escândalo, na
tempus ab ipso iudice determinatum rursus condição de que, se o réu, dentro de um
deliquerit, poenam utrique delicto debitam tempo determinado pelo mesmo juiz, volte
luat, nisi interim tempus decurrerit ad novamente a delinquir, cumpra a pena
actionis poenalis pro priore delicto devida para ambos os delitos, a não ser
praescriptionem. que nesse interim não tenha decorrido o
tempo para a prescrição da ação penal
relativa ao primeiro delito.
Can. 1345 - Quoties delinquens vel usum Cân. 1345 - Sempre que o delinquente ou
rationis imperfectum tantum habuerit, vel tinha o uso imperfeito da razão ou cometeu
delictum ex necessitate vel gravi metu aut o delito por necessidade, ou por medo
passionis aestu vel, salvo praescripto grave ou por impulso da paixão ou, salvo a
can. 1326, § 1, n. 4, in ebrietate aliave prescrição do cân. 1326, § 1, n. 4, por
simili mentis perturbatione patraverit, iudex embriaguez ou por outra perturbação
potest etiam a qualibet punitione irroganda semelhante da mente, o juiz também pode
abstinere, si censeat aliter posse melius abster-se de cominar qualquer punição, se
consuli eius emendationi; reus tamen puniri considera que se pode melhor prover de
debet si aliter ad iustitiam restituendam, et outro modo a sua emenda; todavia, o réu
scandalum forte illatum reparandum deve ser punido se não for possível prover
provideri non possit. o restabelecimento da justiça e a
reparação do escândalo eventualmente
provocado.
Can. 1346 - § 1. Ordinarie tot poenae quot Cân. 1346 - § 1. Ordinariamente tantas são
delicta. as penas quanto os delitos.
§ 2. Quoties vero reus plura delicta § 2. Mas sempre que o réu tenha cometido
patraverit, si nimius videatur poenarum mais delitos, se parecer excessivo o
ferendae sententiae cumulus, prudenti acúmulo de penas ferendae sententiae, é
iudicis arbitrio relinquitur poenas intra deixado ao prudente arbítrio do juiz
aequos terminos moderari, et eum moderar as penas dentro de limites
vigilantiae subicere. equitativos e submeter o réu à vigilância.
Can. 1347 - § 1. Censura irrogari valide Cân. 1347 - § 1. Não se pode cominar
nequit, nisi antea reus semel saltem validamente uma censura, sem que antes
monitus sit ut a contumacia recedat, dato o réu tenha sido admoestado ao menos
congruo ad resipiscentiam tempore. uma vez, a fim de que desista da
contumácia, concedendo-lhe o tempo
conveniente para se emendar.
§ 2. A contumacia recessisse dicendus est § 2. Deve considerar-se que desistiu da
reus, quem delicti vere paenituerit, quique contumácia o réu que verdadeiramente
praeterea congruam scandali et damni tenha se arrependido do delito e que, além
reparationem dederit vel saltem id disso, tenha dado a reparação conveniente
praestare serio promiserit. dos danos e do escândalo, ou ao menos
tenha prometido seriamente fazê-lo.
Can. 1348 - Cum reus ab accusatione Cân. 1348 - Quando o réu é absolvido da
absolvitur vel nulla poena ei irrogatur, acusação ou não se impõe a ele nenhuma
Ordinarius potest opportunis monitis pena, o Ordinário pode tomar medidas
aliisque pastoralis sollicitudinis viis, vel úteis a ele ou ao bem público, mediante
etiam, si res ferat, poenalibus remediis eius oportunas advertências e por outros cami
utilitati et publico bono consulere. nhos de sua solicitude pastoral, ou mesmo
através de remédios penais, se o caso o
exigir.
Can. 1349 - Si poena sit indeterminata Cân. 1349 - Se a pena for indeterminada e
neque aliud lex caveat, iudex in poenis a lei não estabelecer de outra forma, o juiz,
determinandis eas eligat quae inducto ao determinar as penas, escolha aquelas
scandalo et damni gravitati proportionatae que sejam proporcionais ao escândalo
sint; poenas tamen graviores ne irroget, causado e à gravidade do dano; todavia,
nisi casus gravitas id omnino postulet; não imponha penas mais graves, a menos
perpetuas autem poenas irrogare non que a gravidade do caso o exija
potest. absolutamente; não pode, porém, impor
penas perpétuas.
Can. 1351 - Poena reum ubique tenet, Cân. 1351 - A pena obriga o réu em todo
etiam resoluto iure eius qui poenam lugar, mesmo quando cessa o direito
constituit, irrogavit vel declaravit, nisi aliud daquele que a constituiu, a cominou ou a
expresse caveatur. declarou, a menos que não se disponha
expressamente outra coisa.
Can. 1353 - Appellatio vel recursus a Cân. 1353 - A apelação ou recurso contra
sententiis iudicialibus vel a decretis, quae sentenças judiciais ou decretos que
poenam quamlibet irrogent vel declarent, imponham ou declarem que qualquer pena,
habent effectum suspensivum. tem efeito suspensivo.
Can. 1355 - § 1. Poenam lege constitutam, Cân. 1355 - § 1. Podem remir a pena
quae sit ferendae sententiae irrogata vel constituída por lei, que tenha sido
latae sententiae declarata, dummodo non cominada ou declarada, contanto que não
sit Apostolicae Sedi reservata, remittere esteja reservada à Sé Apostólica:
possunt:
1° Ordinarius, qui iudicium ad poenam 1°. o Ordinário que promoveu o
irrogandam vel declarandam promovit vel julgamento para cominar ou declarar a
decreto eam per se vel per alium irrogavit pena, ou a cominou ou a declarou por
vel declaravit; decreto por si mesmo ou por meio de
outros;
2° Ordinarius loci in quo delinquens 2°. o Ordinário do lugar em que o
versatur, consulto tamen, nisi propter delinquente se encontra, porém depois de
extraordinarias circumstantias impossibile ter consultado o Ordinário referido no n. 1,
sit, Ordinario, de quo sub n. 1. a menos que, por circunstâncias
extraordinárias, isso seja impossível.
§ 2. Poenam lege constitutam, quae sit § 2°. Podem remir a pena estabelecida por
latae sententiae nondum declarata et lei, se for uma pena latae sententiae ainda
dummodo non sit Apostolicae Sedi não declarada e desde que não seja
reservata, remittere possunt: reservada à Sé Apostólica:
1° Ordinarius suis subditis; 1°. o Ordinário aos próprios súditos;
2° Ordinarius loci etiam iis qui in ipsius 2°. o Ordinário do lugar também
territorio versantur vel ibi deliquerint; àqueles que estão em seu território ou
cometeram ali o delito;
3° quilibet Episcopus in actu tamen 3°. qualquer Bispo, mas no ato da
sacramentalis confessionis. confissão sacramental.
Can. 1356 - § 1. Poenam ferendae vel Cân. 1356 - § 1. Podem remir uma pena
latae sententiae constitutam praecepto ferendae sententiae ou latae sententiae
quod non sit ab Apostolica Sede latum, estabelecida por um preceito que não
remittere possunt: tenha sido dado pela Sé Apostólica:
1° praecepti auctor; 1°. o autor do preceito;
2° Ordinarius qui iudicium ad poenam 2°. o Ordinário que promoveu o
irrogandam vel declarandam promovit vel julgamento para cominar ou declarar a
decreto eam per se vel per alium irrogavit pena, ou a cominou ou a declarou por
vel declaravit; decreto por si mesmo ou por meio de
outros;
3° Ordinarius loci, in quo delinquens 3°. o Ordinário do lugar em que se
versatur. encontra o delinquente.
§ 2. Antequam remissio fiat, consulendus § 2. Antes de proceder à remissão, deve
est, nisi propter extraordinarias ser consultado o autor do preceito, a
circumstantias impossibile sit, praecepti menos que isso seja impossível devido às
auctor, vel qui poenam irrogavit vel circunstâncias extraordinárias, ou quem
declaravit. cominou ou declarou a pena.
Can. 1358 - § 1. Remissio censurae dari Cân. 1358 - § 1. Não se pode dar a
non potest nisi delinquenti qui a remissão da censura senão ao delinquente
contumacia, ad normam can. 1347, § 2, que tenha desistido da contumácia, nos
recesserit; recedenti autem denegari termos do cân. 1347, § 2; a quem desistiu
nequit, salvo praescripto can. 1361, § 4. não se pode negar a remissão, salvo a
disposição do cân. 1361, § 4.
§ 2. Qui censuram remittit, potest ad § 2. Quem remir uma censura pode
normam can. 1348 providere vel etiam providenciar, nos termos do cân. 1348, ou
paenitentiam imponere. também impor uma penitência.
Can. 1359 - Si quis pluribus poenis Cân. 1359 - Se alguém está vinculado a
detineatur, remissio valet tantummodo pro mais de uma pena, a remissão vale
poenis in ipsa expressis; generalis autem somente para as penas nela expressas;
remissio omnes aufert poenas, iis exceptis porém, a remissão geral remove todas as
quas in petitione delinquens mala fide penas, com exceção das que o delinquente
reticuerit. com má-fé ocultou na petição.
Can. 1360 - Remissio poenae vi aut metu Cân. 1360 - É inválida, pelo próprio direito,
gravi aut dolo extorta ipso iure irrita est. a remissão da pena extorquida por meio da
força, ou de temor grave, ou por dolo.
Can. 1361 - § 1. Remissio dari potest etiam Cân. 1361 - § 1. A remissão pode também
absenti vel sub condicione. ser dada a uma pessoa ausente, ou sob
condição.
§ 2. Remissio in foro externo detur scripto, § 2. A remissão no foro externo seja dada
nisi gravis causa aliud suadeat. por escrito, a não ser que uma causa grave
sugira outra coisa.
§ 3. Remissionis petitio vel ipsa remissio ne § 3. Não se divulgue o pedido de remissão
divulgetur, nisi quatenus id vel utile sit ad ou a própria remissão, a não ser na medida
rei famam tuendam vel necessarium ad em que isso seja útil para defender a fama
scandalum reparandum. do réu, ou necessário para reparar o
escândalo.
§ 4. Remissio dari non debet donec, § 4. Não se deve dar a remissão até que,
prudenti arbitrio Ordinarii, damnum forte de acordo com o prudente juízo do
illatum reus reparaverit; qui ad hanc Ordinário, o réu não tenha reparado o dano
reparationem vel restitutionem urgeri potest eventualmente causado; pode ser instado
per unam ex poenis de quibus in a tal reparação ou restituição por meio de
can. 1336, §§ 2-4, quod valet etiam cum illi uma das penas previstas no cân. 1336,
censura remittitur ad normam can. 1358, § 2-4, isso também vale quando lhe é
§ 1. remida a censura, de acordo com o cân.
1358, § 1.
Can. 1363 - § 1. Si intra terminos de quibus Cân. 1363 - § 1. Se dentro dos prazos
in can. 1362, ex die quo sententia mencionados no cân. 1362, a serem
condemnatoria in rem iudicatam transierit contados desde o dia em que a sentença
computandos, non sit reo notificatum condenatória tiver passado em julgado, o
exsecutorium iudicis decretum de quo in decreto executório do juiz, mencionado no
can. 1651, actio ad poenam exsequendam cân. 1651, não for notificado ao réu, a ação
praescriptione extinguitur. para execução da pena extingue-se por
prescrição.
§ 2. Idem valet, servatis servandis, si § 2. O mesmo vale, observado o que se
poena per decretum extra iudicium irrogata deve observar, se a pena for infligida por
sit. decreto extrajudicial.
Can. 1366 - Qui contra Romani Pontificis Cân. 1366 - Quem contra um ato do
actum ad Concilium Oecumenicum vel ad Romano Pontífice recorre ao Concílio
Episcoporum collegium recurrit censura Ecumênico ou ao Colégio dos Bispos seja
puniatur. punido com uma censura.
Can. 1367 - Parentes vel parentum locum Cân. 1367 - Os genitores ou aqueles que
tenentes, qui liberos in religione acatholica fazem suas vezes, que levam os filhos
baptizandos vel educandos tradunt, para batizar ou educar em uma religião
censura aliave iusta poena puniantur. acatólica, sejam punidos com uma censura
ou com outra justa pena.
Can. 1368 - Qui in publico spectaculo vel Cân. 1368 - Quem em espetáculo ou em
concione, vel in scripto publice evulgato, reunião pública ou em escrito publicamente
vel aliter instrumentis communicationis divulgado, ou de outra forma se servindo
socialis utens, blasphemiam profert, aut dos meios de comunicação social, profere
bonos mores graviter laedit, aut in blasfêmia, ou ofende gravemente os bons
religionem vel Ecclesiam iniurias exprimit costumes, ou profere injúrias, ou incita ao
vel odium contemptumve excitat, iusta ódio ou ao desprezo contra a religião ou a
poena puniatur. Igreja, seja punido com uma justa pena.
Can. 1369 - Qui rem sacram, mobilem vel Cân. 1369 - Quem profanar uma coisa
immobilem, profanat iusta poena puniatur. sagrada, móvel ou imóvel, deve ser punido
com uma pena justa.
Can. 1371 - § 1. Qui Sedi Apostolicae, Cân. 1371 - § 1. Quem não obedece à Sé
Ordinario vel Superiori legitime praecipienti Apostólica, ao Ordinário ou ao Superior
vel prohibenti non obtemperat, et post que legitimamente o comanda ou o proíbe,
monitionem in inoboedientia persistit, pro e depois da admoestação persiste na sua
casus gravitate puniatur censura vel desobediência, seja punido, de acordo com
privatione officii vel aliis poenis de quibus in a gravidade do caso com uma censura ou
can. 1336, §§ 2-4. a privação do ofício, ou outras penas das
mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 2. Qui obligationes sibi ex poena § 2. Quem viola as obrigações impostas
impositas violat, poenis de quibus in por uma pena seja punido com as penas
can. 1336, §§ 2-4, puniatur. mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 3. Si quis, asserens vel promittens aliquid § 3. Se alguém, afirmando ou prometendo
coram ecclesiastica auctoritate, periurium algo diante da autoridade eclesiástica,
committit, iusta poena puniatur. comete perjúrio, seja punido com uma justa
pena.
§ 4. Qui obligationem secreti pontificii § 4. Quem viola a obrigação de conservar
servandi violat poenis de quibus in o segredo pontifício seja punido com penas
can. 1336, §§ 2-4, puniatur. mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 5. Qui non servaverit officium exsequendi § 5. Quem não observou o dever de
sententiam exsecutivam vel decretum cumprir uma sentença executiva, ou o
poenale exsecutivum iusta poena puniatur, decreto penal executivo, seja punido com
non exclusa censura. uma justa pena, não excluída uma
censura.
§ 6. Qui communicare neglegit notitiam de § 6. Quem omite a comunicação da notícia
delicto, cum ad id exsequendum lege de um delito, a que está obrigado por lei
canonica teneatur, puniatur ad normam canônica, seja punido conforme o cân.
can. 1336, §§ 2-4, adiunctis quoque aliis 1336, § 2-4, com o acréscimo de outras
poenis pro delicti gravitate. penas de acordo com a gravidade do
delito.
Can. 1372 - Puniantur ad normam Cân. 1372 - Sejam punidos de acordo com
can. 1336, §§ 2-4: o cân. 1336, § 2-4:
1° qui impediunt libertatem ministerii vel 1°. aqueles que impedem a liberdade
exercitium potestatis ecclesiasticae aut do ministério, ou o exercício do poder
legitimum rerum sacrarum vel bonorum eclesiástico, ou o uso legítimo das coisas
ecclesiasticorum usum, aut perterrent eum sagradas ou de outros bens eclesiásticos,
qui potestatem vel ministerium ou aterrorizam quem exerceu um poder ou
ecclesiasticum exercuit; um ministério eclesiástico;
2° qui impediunt libertatem electionis 2°. aqueles que impedem a liberdade
aut perterrent electorem vel electum. da eleição ou aterrorizam o eleitor ou o
eleito.
Can. 1373 - Qui publice simultates vel odia Cân. 1373 - Quem publicamente suscita
adversus Sedem Apostolicam vel rivalidade e ódio contra a Sé Apostólica ou
Ordinarium excitat propter aliquem officii o Ordinário por um ato de ofício ou de
vel muneris ecclesiastici actum, aut ad função eclesiástica, ou incita a desobedecê-
inoboedientiam in eos provocat, interdicto los, seja punido com o interdito ou outras
vel aliis iustis poenis puniatur. justas penas.
Can. 1374 - Qui nomen dat consociationi, Cân. 1374 - Quem se inscreve em alguma
quae contra Ecclesiam machinatur, iusta associação que maquina contra a Igreja
poena puniatur; qui autem eiusmodi seja punido com justa pena; e quem
consociationem promovet vel moderatur, promove ou dirige uma dessas
interdicto puniatur. associações seja punido com interdito.
Can. 1376 - § 1. Poenis de quibus in Cân. 1376 - § 1. Seja punido com as penas
can. 1336, §§ 2-4, puniatur, firma damnum mencionadas no cân. 1336, § 2-4, restando
reparandi obligatione: firme a obrigação de reparar o dano:
1° qui bona ecclesiastica subtrahit vel 1°. quem subtrai bens eclesiásticos ou
impedit ne eorundem fructus percipiantur; impede que seus frutos sejam percebidos;
2° qui sine praescripta consultatione, 2°. quem, sem a consulta prescrita,
consensu vel licentia aut sine alio requisito consenso ou licença, ou sem outro
iure ad validitatem vel ad liceitatem requisito imposto pelo direito para a
imposito bona ecclesiastica alienat vel in validade ou a liceidade, aliena bens
ea actus administrationis exsequitur. eclesiásticos ou executa sobre esses um
ato de administração.
§ 2. Iusta poena puniatur, non exclusa § 2. Seja punido com justa pena, não
officii privatione, firma damnum reparandi excluída a privação do ofício, restando
obligatione: firme a obrigação de reparar o dano:
1° qui delictum de quo in § 1, n. 2, ex 1°. quem, por própria culpa grave,
sua gravi culpa committit; comete o delito referido no § 1, n. 2;
2° qui aliter graviter neglegens in bonis 2°. quem, de outra forma, é
ecclesiasticis administrandis repertus fuerit. reconhecido gravemente negligente na
administração dos bens eclesiásticos.
Can. 1377 - § 1. Qui quidvis donat vel Cân. 1377 - § 1. Quem doa ou promete
pollicetur ut aliquis officium vel munus in alguma coisa para obter uma ação ou uma
Ecclesia exercens, illegitime quid agat vel omissão ilegal de quem exerce um ofício
omittat, iusta poena puniatur ad normam ou um encargo na Igreja seja punido com
can. 1336, §§ 2-4; item qui ea dona vel uma justa pena de acordo com cân. 1336,
pollicitationes acceptat pro delicti gravitate § 2-4; do mesmo modo, quem aceita os
puniatur, non exclusa officii privatione, dons ou as promessas seja punido
firma damnum reparandi obligatione. proporcionalmente de acordo com a
gravidade do delito, não excluída a
privação do ofício, restando firme a
obrigação de reparar o dano.
§ 2. Qui in officio vel munere exercendo § 2. Quem, no exercício de um ofício ou de
stipem ultra definitam aut summas um encargo, requer uma oferta maior do
adiunctivas aut aliquid in sui utilitatem que as somas estabelecidas ou quantias
requirit, congruenti mulcta pecuniaria vel adicionais, ou algo para seu próprio
aliis poenis, non exclusa officii privatione, benefício, seja punido com multa
puniatur, firma damnum reparandi pecuniária adequada ou com outras penas,
obligatione. não excluída a privação do ofício, restando
firme a obrigação de reparar o dano.
Can. 1378 - § 1. Qui, praeter casus iure Cân. 1378 - § 1. Quem, além dos casos já
iam praevisos, ecclesiastica potestate, previstos pelo direito, abusa do poder
officio vel munere abutitur, pro actus vel eclesiástico, do ofício ou do encargo, seja
omissionis gravitate puniatur, non exclusa punido de acordo com a gravidade do ato
eorundem privatione, firma damnum ou da omissão, não excluída a privação do
reparandi obligatione. ofício ou do encargo, restando firme a
obrigação de reparar o dano.
§ 2. Qui vero, ex culpabili neglegentia, § 2. Quem, por negligência culposa,
ecclesiasticae potestatis vel officii vel executa ou omite ilegitimamente, com
muneris actum illegitime cum damno alieno prejuízo a terceiros ou escândalo, um ato
vel scandalo ponit vel omittit, iusta poena de poder eclesiástico, de ofício ou de
puniatur ad normam can. 1336, §§ 2-4, encargo, seja punido com justa pena de
firma damnum reparandi obligatione. acordo com o cân. 1336, § 2-4, restando
firme a obrigação de reparar o dano.
Can. 1380 - Qui per simoniam Cân. 1380 - Quem por simonia celebra ou
sacramentum celebrat vel recipit, interdicto recebe um sacramento seja punido com a
vel suspensione vel poenis de quibus in interdição ou a suspensão, ou com as
can. 1336, §§ 2-4, puniatur. penas mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
Can. 1383 - Qui quaestum illegitime facit Cân. 1383 - Quem obtém ilegitimamente
ex Missae stipe, censura vel poenis de lucro com o estipêndio da Missa seja
quibus in can. 1336, §§ 2-4, puniatur. punido com uma censura ou outras penas
mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
Can. 1384 - Sacerdos qui contra Cân. 1384 - O sacerdote que age contra a
praescriptum can. 977 agit, in prescrição do cân. 977 incorre em
excommunicationem latae sententiae Sedi excomunhão latae sententiae reservada à
Apostolicae reservatam incurrit. Sé Apostólica.
Can. 1385 - Sacerdos, qui in actu vel Cân. 1385 - O sacerdote que, no ato ou
occasione vel praetextu confessionis por ocasião ou a pretexto de confissão,
paenitentem ad peccatum contra sextum solicita o penitente a pecado contra o sexto
Decalogi praeceptum sollicitat, pro delicti mandamento do Decálogo seja punido,
gravitate, suspensione, prohibitionibus, segundo a gravidade do delito, com
privationibus puniatur, et in casibus suspensão, proibições ou privações e, nos
gravioribus dimittatur e statu clericali. casos mais graves, seja demitido do
estado clerical.
Can. 1387 - Episcopus qui sine pontificio Cân. 1387 - O Bispo que sem mandato
mandato aliquem consecrat in Episcopum, pontifício consagra algum Bispo e aquele
itemque qui ab eo consecrationem recipit, que recebe dele a consagração incorrem
in excommunicationem latae sententiae na excomunhão latae sententiae reservada
Sedi Apostolicae reservatam incurrunt. à Sé Apostólica.
Can. 1388 - § 1. Episcopus qui, contra Cân. 1388 - § 1. O Bispo que, contra a
praescriptum can. 1015, alienum subditum disposição do cân. 1015, tenha ordenado
sine legitimis litteris dimissoriis ordinavit, um súdito de outros sem as legítimas
prohibetur per annum ordinem conferre. cartas dimissórias incorre na proibição de
Qui vero ordinationem recepit, est ipso ordenar por um ano. Quem recebeu a
facto a recepto ordine suspensus. ordenação está ipso facto suspenso da
ordem recebida.
§ 2. Qui ad sacros ordines accedit § 2. Quem acede às ordens sagradas
innodatus quadam censura vel atingido por alguma censura ou
irregularitate, voluntarie reticita, praeter id irregularidade voluntariamente ocultada,
quod statuitur in can. 1044, § 2, n. 1, est além do que está estabelecido pelo cân.
ipso facto a recepto ordine suspensus. 1044, § 2, n. 1, está ipso facto suspenso da
ordem recebida.
Can. 1389 - Qui, praeter casus, de quibus Cân. 1389 - Quem, além dos casos
in cann. 1379-1388, sacerdotale munus vel mencionados nos cân. 1379-1388, exerce
aliud sacrum ministerium illegitime ilegitimamente uma função sacerdotal ou
exsequitur, iusta poena puniatur, non outro ministério sagrado seja punido com
exclusa censura. justa pena, não excluída uma censura.
TITULUS IV DE DELICTIS CONTRA TÍTULO IV - DOS DELITOS CONTRA A
BONAM FAMAM ET DE DELICTO FALSI BOA FAMA E DO DELITO DE FALSIDADE
Can. 1390 - § 1. Qui confessarium de Cân. 1390 - § 1. Quem falsamente
delicto, de quo in can. 1385, apud denuncia ao Superior eclesiástico um
ecclesiasticum Superiorem falso denuntiat, confessor pelo delito mencionado no cân.
in interdictum latae sententiae incurrit et, si 1385 incorre no interdito latae sententiae;
clericus sit, etiam in suspensionem. e, se for clérigo, também na suspensão.
§ 2. Qui aliam ecclesiastico Superiori § 2. Quem apresenta ao Superior
calumniosam praebet delicti eclesiástico uma outra denúncia caluniosa
denuntiationem, vel aliter alterius bonam por um delito, ou fere ilegitimamente de
famam illegitime laedit, iusta poena outro modo a boa fama de alguém, seja
puniatur ad normam can. 1336, §§ 2-4, cui punido com uma justa pena de acordo com
praeterea censura addi potest. cân. 1336, § 2-4, à qual ainda pode ser
acrescentada uma censura.
§ 3. Calumniator cogi debet etiam ad § 3. O caluniador deve também ser
congruam satisfactionem praestandam. obrigado a dar uma adequada satisfação.
Can. 1391 - Poenis de quibus in can. 1336, Cân. 1391 - Pode ser punido com justa
§§ 2-4, pro delicti gravitate puniatur: pena em conformidade com a gravidade do
delito:
1° qui ecclesiasticum documentum 1°. quem fabricar um documento
publicum falsum conficit, vel verum mutat, eclesiástico público falso, viciar, destruir ou
destruit, occultat, vel falso vel mutato utitur; ocultar um documento verdadeiro, ou ainda
utilizar um documento falso ou viciado;
2° qui alio falso vel mutato documento 2°. quem utilizar em assunto
utitur in re ecclesiastica; eclesiástico outro documento falso ou
viciado;
3° qui in publico ecclesiastico 3°. quem afirmar alguma falsidade em
documento falsum asserit. documento eclesiástico público.
Can. 1396 - Qui graviter violat residentiae Cân. 1396 - Quem viola gravamente a
obligationem cui ratione ecclesiastici officii obrigação de residência que lhe incumbe
tenetur, iusta poena puniatur, non exclusa, em razão de ofício eclesiástico seja punido
post monitionem, officii privatione. com justa pena, não excluída, após
advertência, a privação do ofício.
Can. 1398 - § 1. Privatione officii et aliis Cân. 1398 - § 1. Seja punido com a
iustis poenis, non exclusa dimissione e privação de ofício e com outras penas
statu clericali, si casus id secumferat, justas, não excluída, se for o caso, a
puniatur clericus: demissão do estado clerical, o clérigo:
1° qui delictum committit contra sextum 1°. que comete um delito contra o sexto
Decalogi praeceptum cum minore vel cum mandamento do Decálogo com um menor,
persona quae habitualiter usum ou com uma pessoa que habitualmente
imperfectum rationis habet vel cui ius tem um uso imperfeito da razão, ou com
parem tutelam agnoscit; quem o direito reconhece igual tutela;
2° qui sibi devincit aut inducit minorem 2°. que recruta ou induz um menor, ou
aut personam quae habitualiter usum uma pessoa que habitualmente tem um
imperfectum rationis habet aut eam cui ius uso imperfeito da razão, ou uma à qual o
parem tutelam agnoscit, ut pornographice direito reconhece igual tutela, para se
sese ostendat vel exhibitiones mostrar pornograficamente ou para
pornographicas, sive veras sive simulatas, participar de exibições pornográficas reais
participet; ou simuladas;
3° qui contra bonos mores sibi 3°. que imoralmente adquire, conserva,
comparat, detinet, exhibet vel divulgat, exibe ou divulga, de qualquer forma e com
quovis modo et quolibet instrumento, qualquer instrumento, imagens
imagines pornographicas minorum vel pornográficas de menores ou pessoas que
personarum quae habitualiter usum habitualmente têm um uso imperfeito da
imperfectum rationis habent. razão.
§ 2. Sodalis instituti vitae consecratae vel § 2. O membro de um Instituto de Vida
societatis vitae apostolicae, et fidelis Consagrada ou de uma Sociedade de Vida
quilibet aliqua dignitate gaudens aut officio Apostólica, e qualquer fiel que goza de
vel functione in Ecclesia fungens, si uma dignidade ou exerce um encargo ou
delictum committat de quo in § 1 vel in uma função na Igreja, se comete o delito
can. 1395, § 3, puniatur ad normam de que trata o § 1 ou o cân. 1395, § 3, seja
can. 1336, §§ 2-4, adiunctis quoque aliis punido de acordo com cân. 1336, § 2-4,
poenis pro delicti gravitate. com a adição de outras penas segundo a
gravidade do delito.
Can. 1401 - Ecclesia iure proprio et Cân. 1401 - Pelo seu poder próprio e
exclusivo cognoscit: exclusivo, a Igreja conhece:
1° de causis quae respiciunt res 1° - das causas relativas às coisas
spirituales et spiritualibus adnexas; espirituais e das causas com elas conexas;
2° de violatione legum ecclesiasticarum 2° - da violação das leis eclesiásticas e
deque omnibus in quibus inest ratio dos atos caraterizados como pecado, no
peccati, quod attinet ad culpae definitionem que se refere à determinação da culpa e à
et poenarum ecclesiasticarum imposição de penas eclesiásticas.
irrogationem.
Can. 1402 - Omnia Ecclesiae tribunalia Cân. 1402 - Todos os tribunais da Igreja se
reguntur canonibus qui sequuntur, salvis regem pelos cânones que seguem, salvas
normis tribunalium Apostolicae Sedis. as normas dos Tribunais da Sé Apostólica.
Can. 1407 - § 1. Nemo in prima instantia Cân. 1407 - § 1. Ninguém pode ser
conveniri potest, nisi coram iudice demandado em primeira instância, a não
ecclesiastico qui competens sit ob unum ex ser diante do juiz eclesiástico competente
titulis qui in cann. 1408-1414 por um dos títulos determinados nos cân.
determinantur. 1408-1414.
§ 2. Incompetentia iudicis, cui nullus ex his § 2. A incompetência do juiz, que não tem
titulis suffragatur, dicitur relativa. nenhum desses títulos, se denomina
relativa.
§ 3. Actor sequitur forum partis conventae; § 3. O autor segue o foro da parte
quod si pars conventa multiplex forum demandada; se a parte demandada tem
habet, optio fori actori conceditur. vários foros, concede-se ao autor a
escolha do foro.
Can. 1408 - Quilibet conveniri potest coram Cân. 1408 - Todos podem ser
tribunali domicilii vel quasi-domicilii. demandados diante do tribunal do domicílio
ou quase-domicílio.
Can. 1409 - § 1. Vagus forum habet in loco Cân. 1409 - § 1. O vagante tem o foro
ubi actu commoratur. próprio no lugar onde se encontra na
ocasião.
§ 2. Is, cuius neque domicilium aut quasi- § 2. Aquele, cujo domicílio ou quase-
domicilium neque locus commorationis domicílio ou lugar de residência não é
nota sint, conveniri potest in foro actoris, conhecido, pode ser demandado no foro do
dummodo aliud forum legitimum non autor, contanto que não haja outro foro
suppetat. legítimo.
Can. 1410 - Ratione rei sitae, pars Cân. 1410 - Em razão de situação da
conveniri potest coram tribunali loci, ubi res coisa, a parte pode ser demandada diante
litigiosa sita est, quoties actio in rem directa do tribunal do lugar onde está situada a
sit, aut de spolio agatur. coisa em litígio, sempre que a ação visar
diretamente à coisa ou se tratar de
espoliação.
Can. 1413 - Pars conveniri potest: Cân. 1413 - A parte pode ser demandada:
1° in causis quae circa 1° - nas causas que versam sobre
administrationem versantur, coram tribunali administração, diante do tribunal do lugar
loci ubi administratio gesta est; onde foi feita a administração;
2° in causis quae respiciunt hereditates 2° - nas causas referentes a heranças
vel legata pia, coram tribunali ultimi ou legados Pios, diante do tribunal do
domicilii vel quasi-domicilii vel último domicílio ou quase-domicílio ou da
commorationis, ad normam cann. residência, conforme os cânn. 1408-1409,
1408-1409, illius de cuius hereditate vel daquele de cuja herança ou legado pio se
legato pio agitur, nisi agatur de mera trata; a não ser que se trate de mera
exsecutione legati, quae videnda est execução do legado; essa deve ser julgada
secundum ordinarias competentiae de acordo com as normas ordinárias de
normas. competência.
Can. 1418 - Quodlibet tribunal ius habet in Cân. 1418 - Qualquer tribunal tem o direito
auxilium vocandi aliud tribunal ad causam de solicitar a ajuda de outro tribunal para a
instruendam vel ad actus intimandos. instrução da causa ou para a intimação de
atos.
Can. 1422 - Vicarius iudicialis, Vicarii Cân. 1422 - O Vigário judicial, os Vigários
iudiciales adiuncti et ceteri iudices judiciais adjuntos e os outros juízes são
nominantur ad definitum tempus, firmo nomeados por tempo determinado, salva a
praescripto can. 1420, § 5, nec removeri prescrição do cân. 1420, § 5, e não podem
possunt nisi ex legitima gravique causa. ser removidos, a não ser por legítima e
grave causa.
Can. 1424 - Unicus iudex in quolibet iudicio Cân. 1424 - O juiz único em qualquer juízo
duos assessores, clericos vel laicos pode escolher, como consultores, dois
probatae vitae, sibi consulentes asciscere assessores de vida ilibada, clérigos ou
potest. leigos.
Can. 1427 - § 1. Si controversia sit inter Cân. 1427 - § 1. Se a controvérsia for entre
religiosos vel domos eiusdem instituti religiosos ou casas do mesmo instituto
religiosi clericalis iuris pontificii, iudex religioso clerical de direito pontifício, o juiz
primae instantiae, nisi aliud in de primeira instância, salvo determinação
constitutionibus caveatur, est Superior contrária das constituições, é o Superior
provincialis, aut, si monasterium sit sui provincial ou, sendo mosteiro sui iuris, o
iuris, Abbas localis. abade local.
§ 2. Salvo diverso constitutionum § 2. Salvo determinação das constituições,
praescripto, si res contentiosa agatur inter se a controvérsia ocorrer entre duas
duas provincias, in prima instantia iudicabit províncias julgará em primeira instância o
per se ipse vel per delegatum supremus Moderador supremo, por si ou por seu
Moderator; si inter duo monasteria, Abbas delegado; se entre dois mosteiro, o Abade
superior congregationis monasticae. superior da congregação monástica.
§ 3. Si demum controversia enascatur inter § 3. Enfim, se a controvérsia surgir entre
religiosas personas physicas vel iuridicas pessoas religiosas físicas ou jurídicas de
diversorum institutorum religiosorum, aut diversos institutos religiosos, ou ainda de
etiam eiusdem instituti clericalis iuris um mesmo instituto clerical de direito
dioecesani vel laicalis, aut inter personam diocesno ou laical, ou entre uma pessoa
religiosam et clericum saecularem vel religiosa e um clérico secular, um leigo ou
laicum vel personam iuridicam non uma pessoa jurídica não-religiosa, julga em
religiosam, iudicat in prima instantia primeira istância o tribunal diocesano.
tribunal dioecesanum.
Can. 1432 - Ad causas, in quibus agitur de Cân. 1432 - Para as causas em que se
nullitate sacrae ordinationis aut de nullitate trata de nulidade da ordenação ou da
vel solutione matrimonii, constituatur in nulidade ou dissolução do matrimônio,
dioecesi defensor vinculi, qui officio tenetur constitua-se na diocese o defensor do
proponendi et exponendi omnia quae vínculo, a quem cabe, por obrigação,
rationabiliter adduci possint adversus propor e expor tudo o que razoavelmente
nullitatem vel solutionem. possa ser aduzido contra a nulidade ou a
dissolução.
Can. 1433 - In causis in quibus promotoris Cân. 1433 - Nas causas em que se requer
iustitiae aut defensoris vinculi praesentia a presença do promotor de justiça ou do
requiritur, iis non citatis, acta irrita sunt, nisi defensor do vínculo, se eles não forem
ipsi, etsi non citati, revera interfuerint, aut citados, os atos são nulos, salvo se eles,
saltem ante sententiam, actis inspectis, embora não citados, tenham de fato
munere suo fungi potuerint. intervindo ou tenham podido exercer sua
função, compulsando os autos, ao menos
antes da sentença.
Can. 1434 - Nisi aliud expresse caveatur: Cân. 1434 - Salvo determinação contrária:
1° quoties lex praecipit ut iudex partes 1° - sempre que a lei prescreve que o
earumve alteram audiat, etiam promotor juiz ouça as partes, ou uma das duas,
iustitiae et vinculi defensor, si iudicio também o promotor de justiça e o defensor
intersint, audiendi sunt; do vínculo, se intervierem no juízo, devem
ser ouvidos.
2° quoties instantia partis requiritur ut 2° - sempre que se exige o
iudex aliquid decernere possit, instantia requerimento da parte para que o juiz
promotoris iustitiae vel vinculi defensoris, possa decidir algo, tem a mesma eficácia o
qui iudicio intersint, eandem vim habet. requerimento do promotor de justiça ou
defensor do vínculo que participam do
Juízo.
Can. 1435 - Episcopi est promotorem Cân. 1435 - Compete ao Bispo diocesano
iustitiae et vinculi defensorem nominare, nomear o promotor de justiça e o defensor
qui sint clerici vel laici, integrae famae, in do vínculo, que sejam clérigos ou leigos de
iure canonico doctores vel licentiati, ac boa reputação, doutores ou licenciados em
prudentia et iustitiae zelo probati. direito canônico e conceituados por sua
prudência e zelo em prol da justiça.
Can. 1436 - § 1. Eadem persona, non Cân. 1436 - § 1. A mesma pessoa, mas
autem in eadem causa, officium promotoris não na mesma causa, pode exercer o
iustitiae et defensoris vinculi gerere potest. ofício de promotor de justiça e defensor do
vínculo.
§ 2. Promotor et defensor constitui possunt § 2. O promotor e o defensor podem ser
tum ad universitatem causarum tum ad constituídos para todas as causas
singulas causas; possunt autem ab indistintamente ou para cada causa em
Episcopo, iusta de causa, removeri. particular; mas, por justa causa, podem ser
removidos pelo Bispo.
Can. 1439 - § 1. Si quod tribunal primae Cân. 1439 - § 1. Se tiver sido constituído
instantiae unicum pro pluribus dioecesibus, um único tribunal de primeira instância
ad normam can. 1423, constitutum sit, para mais dioceses, de acordo com o cân.
Episcoporum conferentia debet tribunal 1423, a Conferência dos Bispos deve
secundae instantiae, probante Sede constituir o tribunal de segunda instância
Apostolica, constituere, nisi dioeceses sint com a aprovação da Sé Apostólica, salvo
omnes eiusdem archidioecesis se essas dioceses forem sufragâneas da
suffraganeae. mesma arquidiocese.
§ 2. Episcoporum conferentia potest, § 2. A Conferência dos Bispos pode
probante Sede Apostolica, unum vel plura constituir um ou vários tribunais de
tribunalia secundae instantiae constituere, segunda instância, mesmo fora dos casos
etiam praeter casus de quibus in § 1. mencionados no § 1.
§ 3. Quod attinet ad tribunalia secundae § 3. Quanto aos tribunais de segunda
instantiae, de quibus in §§ 1-2, instância, mencionados nos §§ 1-2, a
Episcoporum conferentia vel Episcopus ab Conferência dos Bispos ou o Bispo por ela
ea designatus omnes habent potestates, designado têm todos os poderes que
quae Episcopo dioecesano competunt circa competem ao Bispo diocesano a respeito
suum tribunal. do seu tribunal.
Can. 1440 - Si competentia ratione gradus, Cân. 1440 - Se não for respeitada a
ad normam cann. 1438 et 1439 non competência em razão do grau, conforme
servetur, incompetentia iudicis est os cânn. 1438-1439, a incompetência do
absoluta. juiz é absoluta.
Can. 1443 - Tribunal ordinarium a Romano Cân. 1443 - O tribunal ordinário constituído
Pontifice constitutum appellationibus pelo Romano Pontífice para receber
recipiendis est Rota Romana. apelações é a Rota Romana.
Can. 1444 - § 1. Rota Romana iudicat: Cân. 1444 - § 1. A Rota Romana julga:
1° in secunda instantia, causas quae ab 1° - em segunda instância, as causas
ordinariis tribunalibus primae instantiae que tenham sido julgadas pelos tribunais
diiudicatae fuerint et ad Sanctam Sedem ordinários de primeira instância e que
per appellationem legitimam deferantur; sejam levadas a Santa Sé mediante
apelação legítima;
2° in tertia vel ulteriore instantia, causas 2° - em terceira ou ulterior instância, as
ab ipsa Rota Romana et ab aliis quibusvis causas já julgadas pela própria Rota
tribunalibus iam cognitas, nisi res iudicata Romana e por quaisquer outros tribunais, a
habeatur. não ser que a coisa tenha passado em
julgado.
§ 2. Hoc tribunal iudicat etiam in prima § 2. Esse tribunal julga também em
instantia causas de quibus in can. 1405, primeira instância as causas mencionadas
§ 3, aliasve quas Romanus Pontifex sive no cân. 1405, § 3, e outras que o Romano
motu proprio, sive ad instantiam partium ad Pontífice, de sua iniciativa ou a
suum tribunal advocaverit et Rotae requerimento das partes, tenha advogado
Romanae commiserit; easque, nisi aliud ao seu tribunal e confiado à Rota Romana;
cautum sit in commissi muneris rescripto, essas causas, a própria Rota julga também
ipsa Rota iudicat etiam in secunda et em segunda e em ulterior instância, salvo
ulteriore instantia. determinação contrária no rescrito de
atribuição do encargo.
Can. 1454 - Omnes qui tribunal constituunt Cân. 1454 - Todos os que constituem o
aut eidem opem ferunt, iusiurandum de tribunal ou dão ajuda a ele devem fazer
munere rite et fideliter implendo praestare juramento de cumprir o ofício exata e
debent. fielmente.
Can. 1455 - § 1. In iudicio poenali semper, Cân. 1455 - § 1. No juízo penal sempre, e
in contentioso autem si ex revelatione no contencioso quando da revelação de
alicuius actus processualis praeiudicium algum ato processual puder advir prejuízo
partibus obvenire possit, iudices et às partes, os juízes e os auxiliares do
tribunalis adiutores tenentur ad secretum tribunal estão obrigados ao segredo de
officii servandum. ofício.
§ 2. Tenentur etiam semper ad secretum § 2. Estão também sempre obrigados a
servandum de discussione quae inter guardar segredo sobre a discussão que se
iudices in tribunali collegiali ante ferendam faz entre os juízes no tribunal colegial,
sententiam habetur, tum etiam de variis antes da promulgação da sentença, como
suffragiis et opinionibus ibidem prolatis, também sobre os vários votos e opiniões aí
firmo praescripto can. 1609, § 4. proferidos, salva a prescrição do cân.
1609, § 4.
§ 3. Immo, quoties natura causae vel § 3. Sempre que a natureza da causa ou
probationum talis sit ut ex actorum vel das provas seja tal, que a divulgação dos
probationum evulgatione aliorum fama atos ou das provas ponha em perigo a
periclitetur, vel praebeatur ansa dissidiis, fama de outros, dê motivo a discórdia ou
aut scandalum aliudve id genus resulte em escândalo ou outro incômodo
incommodum oriatur, iudex poterit testes, desse gênero, o juiz poderá também
peritos, partes earumque advocatos vel obrigar ao segredo, mediante juramento,
procuratores iureiurando astringere ad as testemunhas, os peritos, as partes e
secretum servandum. seus advogados ou procuradores.
Can. 1456 - Iudex et omnes tribunalis Cân. 1456 - O juiz e todos os auxiliares do
administri, occasione agendi iudicii, dona tribunal são proibidos de aceitar qualquer
quaevis acceptare prohibentur. tipo de presente por ocasião da tramitação
do juízo.
Can. 1457 - § 1. Iudices qui, cum certe et Cân. 1457 - § 1. Os juízes que, sendo
evidenter competentes sint, ius reddere certa e evidentemente competentes, se
recusent, vel nullo suffragante iuris recusem a julgar, ou que sem qualquer
praescripto se competentes declarent título legal se declarem competente, e
atque causas cognoscant ac definiant, vel conheçam e definam causas, ou que
secreti legem violent, vel ex dolo aut gravi violem a lei do segredo ou que, por dolo ou
neglegentia aliud litigantibus damnum por grave negligência, causem outro dano
inferant, congruis poenis a competenti às partes, podem ser punidos com penas
auctoritate puniri possunt, non exclusa adequadas pela autoridade competente,
officii privatione. não se excluindo a privação do ofício.
§ 2. Iisdem sanctionibus subsunt tribunalis § 2. Às mesmas sanções estão sujeitos os
ministri et adiutores, si officio suo, ut supra, auxiliares e ajudantes do tribunal, s e
defuerint; quos omnes etiam iudex punire faltarem a seu dever no modo acima
potest. referido; a todos o juiz pode punir.
Can. 1459 - § 1. Vitia, quibus sententiae Cân. 1459 - § 1. Vícios dos quais possa
nullitas haberi potest, in quolibet iudicii derivar a nulidade da sentença podem ser
statu vel gradu excipi possunt itemque a excetuados em qualquer estado ou grau do
iudice ex officio declarari. juiz e também ser declarados ex officio
pelo juiz.
§ 2. Praeter casus de quibus in § 1, § 2. Além dos casos mencionados no § 1,
exceptiones dilatoriae, eae praesertim as exceções dilatórias, principalmente as
quae respiciunt personas et modum iudicii, que se referem às pessoas e ao modo do
proponendae sunt ante contestationem litis, juízo, devem ser propostas antes da
nisi contestata iam lite emerserint, et quam litiscontestação, a não ser que surjam
primum definiendae. depois dela, e definidas quanto antes.
Can. 1461 - Iudex in quovis stadio causae Cân. 1461 - O juiz, em qualquer fase da
se absolute incompetentem agnoscens, causa em que venha a reconhecer-se
suam incompetentiam declarare debet. absolutamente i ncompetente, deve
declarar sua imcompetência.
Can. 1464 - Quaestiones de cautione pro Cân. 1464 - Questões de caução pelas
expensis iudicialibus praestanda aut de despesas judiciais, de concessão de
concessione gratuiti patrocinii, quod statim gratuito patrocínio, pedido logo desde o
ab initio postulatum fuerit, et aliae início, e outras semelhantes, devem
huiusmodi regulariter videndae sunt ante regularmente ser julgadas antes da
litis contestationem. litiscontestação.
Can. 1466 - Ubi lex terminos haud statuat Cân. 1466 - Onde a lei não estabelece
ad actus processuales peragendos, iudex prazos para a tramitação dos atos
illos praefinire debet, habita ratione naturae processuais, o juiz deve estabelecê-los de
uniuscuiusque actus. acordo com a natureza de cada ato.
Can. 1467 - Si die ad actum iudicialem Cân. 1467 - No dia marcado para o ato
indicto vacaverit tribunal, terminus judicial, se o tribunal não trabalhar, o prazo
intellegitur prorogatus ad primum supõe-se prorrogado para o primeiro dia
sequentem diem non feriatum. seguinte não feriado.
Can. 1471 - Si qua persona interroganda Cân. 1471 - Se alguma pessoa a ser
utatur lingua iudici vel partibus ignota, interrogada empregar língua desconhecida
adhibeatur interpres iuratus a iudice do juiz ou das partes, deve-se usar de
designatus. Declarationes tamen scripto intérprete juramentado designado pelo juiz.
redigantur lingua originaria et translatio Suas declarações, porém, sejam redigidas
addatur. Interpres etiam adhibeatur si na língua original, acrescentando-se a ela
surdus vel mutus interrogari debet, nisi a tradução. Use-se também interprete, se
forte malit iudex quaestionibus a se datis se deve interrogar a um surdo ou mudo,
scripto respondeatur. salvo se o juiz, por acaso, prefere que se
responda por escrito às questões por ele
apresentadas.
Can. 1472 - § 1. Acta iudicialia, tum quae Cân. 1472 - § 1. Os autos judiciais, tanto
meritum quaestionis respiciunt, seu acta os que se referem ao mérito da questão,
causae, tum quae ad formam procedendi ou atos da causa, como os relativos à
pertinent, seu acta processus, scripto forma de procedimento, ou atos do
redacta esse debent. processo, devem ser redigidos por escrito.
§ 2. Singula folia actorum numerentur et § 2. Cada folha dos autos deve ser
authenticitatis signo muniantur. numerada e autenticada.
Can. 1473 - Quoties in actis iudicialibus Cân. 1473 - Sempre que se requer nos
partium aut testium subscriptio requiritur, si autos judiciais a assinatura das partes ou
pars aut testis subscribere nequeat vel das testemunhas, se a parte ou a
nolit, id in ipsis actis adnotetur, simulque testemunha não souber ou não quiser
iudex et notarius fidem faciant actum ipsum assinar, isto seja anotado nos próprios
de verbo ad verbum parti aut testi autos e, ao mesmo tempo, o juiz e o
perlectum fuisse, et partem aut testem vel notário dêem fé de que o auto foi lido,
non potuisse vel noluisse subscribere. palavra por palavra, à parte ou a
testemunha e que ela não pôde ou não
quis assinar.
Can. 1477 - Licet actor vel pars conventa Cân. 1477 - Embora o autor ou a parte
procuratorem vel advocatum constituerit, demandada tenham nomeado procurador
semper tamen tenetur in iudicio ipsemet ou advogado, são sempre obrigados a
adesse ad praescriptum iuris vel iudicis. comparecer pessoalmente a juízo, quando
o direito ou o juiz o prescreverem.
Can. 1478 - § 1. Minores et ii, qui rationis Cân. 1478 - § 1. Os menores e os que não
usu destituti sunt, stare in iudicio têm uso da razão só podem estar em juízo
tantummodo possunt per eorum parentes por meio de seus pais, tutores ou
aut tutores vel curatores, salvo praescripto curadores, salva a prescrição do § 3.
§ 3.
§ 2. Si iudex existimet minorum iura esse in § 2. Se o juiz julga que os direitos dos
conflictu cum iuribus parentum vel tutorum menores estão em conflito com os direitos
vel curatorum, aut hos non satis tueri posse dos pais, tutores ou curadores, ou que
ipsorum iura, tunc stent in iudicio per estes não têm posibilidade de defender
tutorem vel curatorem a iudice datum. suficientemente os direitos dos menores,
estes estejam em juízo por meio de tutor
ou curador dado pelo juiz.
§ 3. Sed in causis spiritualibus et cum § 3. Contudo, nas causas espirituais ou
spiritualibus conexis, si minores usum conexas com as espirituais, se os menores
rationis assecuti sint, agere et respondere já tiverem adquirido o uso da razão, podem
queunt sine parentum vel tutoris consensu, agir e responder sem consentimento dos
et quidem per se ipsi, si aetatem pais ou do tutor, e pessoalmente, se
quattuordecim annorum expleverint; secus tiverem completado catorze anos de idade;
per curatorem a iudice constitutum. caso contrário, por meio de curador
constituído pelo juiz.
§ 4. Bonis interdicti, et ii qui minus firmae § 4. Os que estão sob interdição de bens e
mentis sunt, stare in iudicio per se ipsi os débeis me ntais podem estar em juízo
possunt tantummodo ut de propriis delictis pessoalmente, só para responder sobre os
respondeant, aut ad praescriptum iudicis; in próprios delitos ou por ordem do juiz; fora
ceteris agere et respondere debent per disso, devem agir e responder por meio de
suos curatores. seus curadores.
Can. 1479 - Quoties adest tutor aut curator Cân. 1479 - Sempre que há tutor ou
ab auctoritate civili constitutus, idem potest curador constituído pela autoridade civil,
a iudice ecclesiastico admitti, audito, si fieri pode ele ser admitido pelo juiz eclesiástico,
potest, Episcopo dioecesano eius cui datus após ter ouvido, se possível, o Bispo
est; quod si non adsit aut non videatur diocesano daquele a quem foi dado; mas,
admittendus, ipse iudex tutorem aut caso não o haja, ou pareça que não deve
curatorem pro causa designabit. ser admitido, o próprio juiz designará um
tutor ou curador para a causa.
Can. 1482 - § 1. Unicum sibi quisque Cân. 1482 - § 1. Qualquer pessoa pode
potest constituere procuratorem, qui nequit constituir um único procurador, que não
alium sibimet substituere, nisi expressa pode fazer-se substituir por outro, a não
facultas eidem facta fuerit. ser que lhe tenha sido dada faculdade
expressa.
§ 2. Quod si tamen, iusta causa suadente, § 2. Todavia, se por justa causa, a mesma
plures ab eodem constituantur, hi ita pessoa constituir vários procuradores,
designentur, ut detur inter ipsos locus estes sejam designados de forma que
praeventioni. entre eles se dê lugar à prevenção.
§ 3. Advocati autem plures simul constitui § 3. Entretanto, podem ser constituídos
queunt. vários advogados simultaneamente.
Can. 1485 - Nisi speciale mandatum Cân. 1485 - Salvo se tiver mandato
habuerit, procurator non potest valide especial, o procurador não pode renunciar
renuntiare actioni, instantiae vel actis validamente à ação, à instância ou aos
iudicialibus, nec transigere, pacisci, atos judiciais, nem transigir, pactuar, levar
compromittere in arbitros et generatim ea a causa a arbitragem e, em geral, fazer
agere pro quibus ius requirit mandatum qualquer coisa, para a qual o direito exige
speciale. mandato especial.
Can. 1487 - Tum procurator tum advocatus Cân. 1487 - O procurador e o adv ogado
possunt a iudice, dato decreto, repelli sive podem ser recusados pelo juiz, por meio
ex officio sive ad instantiam partis, gravi de um decreto, ex officio ou a requerimento
tamen de causa. da parte, mas por causa grave.
Can. 1492 - § 1. Quaevis actio extinguitur Cân. 1492 - § 1. Toda a ação se extingue
praescriptione ad normam iuris aliove por prescrição, de acordo com o direito, ou
legitimo modo, exceptis actionibus de statu por outro modo legítimo, exceto ações
personarum, quae numquam extinguuntur. relativas ao estado das pessoas as quais
nunca se extinguem.
§ 2. Exceptio, salvo praescripto can. 1462, § 2. Compete sempre exceção, salva a
semper competit et est suapte natura prescrição do cân. 1462; ela é perpétua por
perpetua. sua natureza.
Can. 1493 - Actor pluribus simul actionibus, Cân. 1493 - O autor pode demandar
quae tamen inter se non confligant, sive de alguém, mediante várias ações
eadem re sive de diversis, aliquem simultâneas, desde que não sejam
convenire potest, si aditi tribunalis conflitantes entre si, na mesma matéria ou
competentiam non egrediantur. em diversas matérias, se não
ultrapassarem a competência do tribunal
ao qual se dirigiu.
Can. 1494 - § 1. Pars conventa potest Cân. 1494 - § 1. A parte demandada pode,
coram eodem iudice in eodem iudicio diante do mesmo juiz e no mesmo juízo,
contra actorem vel propter causae nexum mover ação de reconvenção contra o autor,
cum actione principali vel ad em razão de conexão da causa com a
submovendam vel ad minuendam actoris ação principal, ou para repelir ou
petitionem, actionem reconventionalem enfranquecer a petição do autor.
instituere.
§ 2. Reconventio reconventionis non § 2. Não se admite reconvenção da
admittitur. reconvenção.
Can. 1498 - Sequestratio rei et inhibitio Cân. 1498 - De maneira alguma podem ser
exercitii iuris decerni nullatenus possunt, si determinados o seqüestro da coisa e a
damnum quod timetur possit aliter reparari suspensão do exercício de direito, quando
et idonea cautio de eo reparando offeratur. o prejuízo que se teme puder ser reparado
de outra forma, ou for dada idônea garantia
de reparação.
Can. 1499 - Iudex potest ei, cui Cân. 1499 - O juiz pode impor àquele a
sequestrationem rei vel inhibitionem quem concede o seqüestro da coisa ou
exercitii iuris concedit, praeviam imponere inibição do exercício de direito prévia
cautionem de damnis, si ius suum non caução contra prejuízos, caso não prove
probaverit, resarciendis. seu direito.
Can. 1500 - Ad naturam et vim actionis Cân. 1500 - Quanto à natureza e à força
possessoriae quod attinet, serventur da ação possessória, observem-se as
praescripta iuris civilis loci ubi sita est res prescrições do direito civil do lugar onde se
de cuius possessione agitur. encontra a coisa, de cuja posse se trata.
Can. 1502 - Qui aliquem convenire vult, Cân. 1502 - Quem pretende demandar
debet libellum competenti iudici exhibere, in alguém deve apresentar ao juiz
quo controversiae obiectum proponatur, et competente o libelo, no qual se proponha a
ministerium iudicis expostuletur. objeto da controvérsia e se solicite o
serviço do juiz.
Can. 1503 - § 1. Petitionem oralem iudex Cân. 1503 - § 1. O juiz pode admitir a
admittere potest, quoties vel actor libellum petição oral, sempre que o autor es teja
exhibere impediatur vel causa sit facilis impedido de apresentar o libelo, ou a
investigationis et minoris momenti. causa seja de fácil investigação e de
menor importância.
§ 2. In utroque tamen casu iudex notarium § 2. Em ambos os casos, porém, o juiz
iubeat scriptis actum redigere qui actori ordene ao notário redigir por escrito um
legendus est et ab eo probandus, quique ato, que deve ser lido para o autor e ser
locum tenet libelli ab actore scripti ad por ele aprovado, e que faz as vezes do
omnes iuris effectus. libelo escrito pelo autor para todos os
efeitos do direito.
Can. 1504 - Libellus, quo lis introducitur, Cân. 1504 - O libelo introdutório da lide
debet: deve:
1° exprimere coram quo iudice causa 1°- dizer diante de qual juiz se introduz
introducatur, quid petatur et a quo petatur; a causa, que se pede e de quem se pede;
2° indicare quo iure innitatur actor et 2°- indicar o direito em que se
generatim saltem quibus factis et fundamenta o autor e, ao menos de modo
probationibus ad evincenda ea quae geral, os fatos e provas que possam
asseruntur; demonstrar o que é alegado;
3° subscribi ab actore vel eius 3°- ser assinado pelo autor ou seu
procuratore, appositis die, mense et anno, procurador, com a indicação do dia, mês e
necnon loco in quo actor vel eius ano, do lugar onde residem o autor ou o
procurator habitant, aut residere se dixerint procurador ou onde disserem residir, para
actorum recipiendorum gratia; a recepção dos atos que lhes devem ser
comunicados;
4° indicare domicilium vel quasi- 4°- indicar o domicílio ou quase-
domicilium partis conventae. domicílio da parte demandada.
Can. 1505 - § 1. Iudex unicus vel tribunalis Cân. 1505 - § 1. O juiz único ou o
collegialis praeses, postquam viderint et presidente do tribunal colegial, depois de
rem esse suae competentiae et actori constarem que a questão é de sua
legitimam personam standi in iudicio non competência e que o autor tem capacidade
deesse, debent suo decreto quam primum para estar em juízo, devem quanto antes
libellum aut admittere aut reicere. admitir ou rejeitar o libelo.
§ 2. Libellus reici potest tantum: § 2. O libelo só pode ser rejeitado:
1° si iudex vel tribunal incompetens sit; 1°- se o juiz ou o tribunal for
incompetente;
2° si sine dubio constet actori legitimam 2°- se constar, sem dúvida, que o autor
deesse personam standi in iudicio; não tem capacidade para estar em juízo;
3° si non servata sint praescripta 3°- se não foram respeitadas as
can. 1504, nn. 1-3; prescrições do cân. 1504, n.1 e 3;
4° si certo pateat ex ipso libello 4°- e pelo próprio libelo for evidente que
petitionem quolibet carere fundamento, a petição não tem fundamento, nem venha
neque fieri posse, ut aliquod ex processu a ser possível que do processo surja algum
fundamentum appareat. fundamento.
§ 3. Si libellus reiectus fuerit ob vitia quae § 3. Se o libelo for rejeitado por vícios
emendari possunt, actor novum libellum rite sanáveis, o autor pode apresentar ao juiz
confectum potest eidem iudici denuo novo libelo devidamente redigido.
exhibere.
§ 4. Adversus libelli reiectionem integrum § 4. Contra a rejeição do libelo cabe
semper est parti intra tempus utile decem sempre que a parte, dentro do prazo útil de
dierum recursum rationibus suffultum dez dias, interponha recurso, com suas
interponere vel ad tribunal appellationis vel razões, ao tribunal de apelação, ou ao
ad collegium, si libellus reiectus fuerit a colégio, se o libelo foi rejeitado pelo
praeside; quaestio autem reiectionis presidente; deve, porém, a questão da
expeditissime definienda est. rejeição ser definida com a máxima
rapidez.
Can. 1506 - Si iudex intra mensem ab Cân. 1506 - Se o juiz não tiver dado,
exhibito libello decretum non ediderit, quo dentro de um mês desde a apresentação
libellum admittit vel reicit ad normam do libelo, o decreto pelo qual, de acordo
can. 1505, pars, cuius interest, instare com o cân. 1505, admite ou rejeita o libelo
potest ut iudex suo munere fungatur; quod a parte interessada pode requerer que o
si nihilominus iudex sileat, inutiliter lapsis juiz cumpra seu dever; se, apesar disso, o
decem diebus a facta instantia, libellus pro juiz não se pronunciar, passados dez dias
admisso habeatur. depois de feito o requerimento, tenha-se
por admitido o libelo.
Can. 1510 - Conventus, qui citatoriam Cân. 1510 - Tenha-se por legitimamente
schedam recipere recuset, vel qui impedit citado o demandado que recusa receber a
quominus citatio ad se perveniat, legitime cédula de citação ou impede que a citação
citatus habeatur. lhe venha as mãos.
Can. 1511 - Si citatio non fuerit legitime Cân. 1511 - Se a citação não tiver sido
notificata, nulla sunt acta processus, salvo legitimamente notificada, são nulos os atos
praescripto can. 1507, § 3. do processo, salvo a prescrição do cân.
1507, § 3.
Can. 1512 - Cum citatio legitime notificata Cân. 1512 - Tendo sido legitimamente
fuerit aut partes coram iudice steterint ad notificada a citação, ou tendo as partes
causam agendam: comparecido diante do juiz para fazer
tramitar a causa:
1° res desinit esse integra; 1°- a coisa se torna litigiosa;
2° causa fit propria illius iudicis aut 2°- a causa se torna própria daquele
tribunalis ceteroquin competentis, coram juiz ou tribunal, já competente perante o
quo actio instituta est; qual a ação foi proposta;
3° in iudice delegato firma redditur 3°- consolida-se a jurisdição do juiz
iurisdictio, ita ut non expiret resoluto iure delegado, de modo a não mais cessar,
delegantis; mesmo se extinguir o direito do delegante;
4° interrumpitur praescriptio, nisi aliud 4°- interrompe-se a prescrição, salvo
cautum sit; determinação diversa;
5° lis pendere incipit; et ideo statim 5°- começa a litispendência, e por
locum habet principium «lite pendente, nihil conseguinte tem imediata aplicação o
innovetur». princípio: "na pendência da lide, nada se
inove".
Can. 1515 - Lite contestata, possessor rei Cân. 1515 - Feita a litiscontestação, cessa
alienae desinit esse bonae fidei; ideoque, si a boa fé daquele que está na posse de
damnatur ut rem restituat, fructus quoque a coisa alheia, portanto, se é condenado a
contestationis die reddere debet et damna restituição, deve entregar também os frutos
sarcire. e reparar os danos, a partir do dia da
contestação.
Can. 1516 - Lite contestata, iudex Cân. 1516 - Feita a litiscontestação, o juiz
congruum tempus partibus praestituat estabeleça o tempo conveniente para a
probationibus proponendis et explendis. apresentação e a complementação das
provas.
Can. 1518 - Si pars litigans moriatur aut Cân. 1518 - Se uma parte litigante morre,
statum mutet aut cesset ab officio cuius muda de estado ou cessa do ofício em
ratione agit: razão do qual age judicialmente:
1° causa nondum conclusa, instantia 1°- não estando ainda concluída a
suspenditur donec heres defuncti aut causa, suspende-se a instância, até que o
successor aut is, cuius intersit, litem herdeiro do defunto, o sucessor ou o
resumat; interessado reassuma a lide;
2° causa conclusa, iudex procedere 2°- estando concluída a causa, o juiz
debet ad ulteriora, citato procuratore, si deve prosseguir, citando o procurador, se
adsit, secus defuncti herede vel houver, ou então o herdeiro ou o sucessor
successore. do defunto.
Can. 1520 - Si nullus actus processualis, Cân. 1520 - Não havendo nenhum
nullo obstante impedimento, ponatur a impedimento, se nenhum ato processual
partibus per sex menses, instantia for praticado pelas partes durante seis
perimitur. Lex particularis alios meses, dá-se a perempção da instância. A
peremptionis terminos statuere potest. lei particular pode estabelecer outros
prazos de perempção.
Can. 1521 - Peremptio obtinet ipso iure et Cân. 1521 - A perempção se produz pelo
adversus omnes, minores quoque aliosve próprio direito e contra todos, mesmo
minoribus aequiparatos, atque etiam ex menores ou outros a eles equiparados, e
officio declarari debet, salvo iure petendi deve ser declarada mesmo ex officio, salvo
indemnitatem adversus tutores, curatores, o direito de pedir indenização contra
administratores, procuratores, qui culpa se tutores, curadores, administradores e
caruisse non probaverint. procuradores, que não provarem sua
isenção de culpa.
Can. 1522 - Peremptio exstinguit acta Cân. 1522 - A perempção extingue os atos
processus, non vero acta causae; immo do processo, mas não os atos da causa;
haec vim habere possunt etiam in alia aliás, estes podem ter valor para outra
instantia, dummodo causa inter easdem instância, contanto que a causa se dê entre
personas et super eadem re intercedat; sed as mesmas pessoas e sobre o mesmo
ad extraneos quod attinet, non aliam vim objeto; no que se refere a estranhos, não
obtinent nisi documentorum. têm outro valor, senão o de documentos.
Can. 1523 - Perempti iudicii expensas, Cân. 1523 - Cada um dos litigantes, no
quas quisque ex litigantibus fecerit, ipse juízo perempto, arque com as despesas
ferat. que tiver feito.
Can. 1524 - § 1. In quolibet statu et gradu Cân. 1524 - § 1. O autor pode renunciar a
iudicii potest actor instantiae renuntiare; instância em qualquer estado e grau do
item tum actor tum pars conventa possunt juízo; igualmente, tanto o autor como a
processus actis renuntiare sive omnibus parte demandada podem renunciar a todos
sive nonnullis tantum. ou a alguns atos do processo.
§ 2. Tutores et administratores personarum § 2. Os tutores e administradores de
iuridicarum, ut renuntiare possint instantiae, pessoas jurídicas, para poderem renunciar
egent consilio vel consensu eorum, quorum à instância, necessitam do parecer ou do
concursus requiritur ad ponendos actus, consentimento daqueles cuja participação
qui ordinariae administrationis fines é exigida, para a prática de atos que
excedunt. excedem os limites da administração
ordinária.
§ 3. Renuntiatio, ut valeat, peragenda est § 3. A renúncia, para ser válida, deve ser
scripto, eademque a parte vel ab eius feita por escrito e assinada pela parte ou
procuratore, speciali tamen mandato por seu procurador, munido de mandato
munito, debet subscribi, cum altera parte especial; deve ser comunicada à outra
communicari, ab eaque acceptari vel parte e por ela aceita ou, ao menos, não
saltem non impugnari, et a iudice admitti. impugnada, e deve ser admitida pelo juiz.
Can. 1525 - Renuntiatio a iudice admissa, Cân. 1525 - A renúncia, admitida pelo juiz
pro actis quibus renuntiatum est, eosdem para os atos a que se renunciou, produz os
parit effectus ac peremptio instantiae, mesmos efeitos da perempção da
itemque obligat renuntiantem ad solvendas instância; obriga o renunciante a pagar as
expensas actorum, quibus renuntiatum fuit. despesas dos atos aos quais renunciou.
Can. 1528 - Si pars vel testis se sistere ad Cân. 1528 - Se uma parte ou testemunha
respondendum coram iudice renuant, licet recusam apresentar- se perante o juiz para
eos audire etiam per laicum a iudice responder, é lícito interrogá-las mesmo por
designatum aut requirere eorum meio de um leigo designado pelo juiz ou
declarationem coram publico notario vel requerer a declaração delas perante
quovis alio legitimo modo. público tabelião, ou por qualquer outro
modo legítimo.
Can. 1529 - Iudex ad probationes Cân. 1529 - O juiz não proceda à coleta de
colligendas ne procedat ante litis provas antes da litiscontestação, a não ser
contestationem nisi ob gravem causam. por causa grave.
Can. 1532 - In casibus, in quibus bonum Cân. 1532 - Nos casos em que está em
publicum in causa est, iudex partibus causa o bem público, o juiz imponha às
iusiurandum de veritate dicenda aut saltem partes juramento de dizer a verdade, ou
de veritate dictorum deferat, nisi gravis pelo menos juramento sobre a verdade do
causa aliud suadeat; in aliis casibus, potest que foi dito, a não ser que grave causa
pro sua prudentia. aconselhe o contrário; nos outros casos,
pode fazer isso, de acordo com sua
prudência.
Can. 1534 - Circa partium interrogationem Cân. 1534 - Para o interrogatório das
cum proportione serventur, quae in cann. partes, observe-se, com a devida
1548, § 2, n. 1, 1552 et 1558-1565 de proporção, o que se estabelece sobre as
testibus statuuntur. testemunhas nos cânn. 1548, § 2, n. 1,
1552 e 1558- 1565.
Can. 1535 - Assertio de aliquo facto, Cân. 1535 - Confissão judicial é a afirma
scripto vel ore, coram iudice competenti, ab ção de um fato, escrita ou oral, perante juiz
aliqua parte circa ipsam iudicii materiam, competente, por uma das partes contra si
sive sponte sive iudice interrogante, contra mesma, a respeito da matéria do juízo,
se peracta, est confessio iudicialis. espontaneamente ou no interrogatório do
juiz.
Can. 1538 - Confessio vel alia quaevis Cân. 1538 - A confissão ou qualquer outra
partis declaratio qualibet vi caret, si constet declaração da parte não tem nenhum valor,
eam ex errore facti esse prolatam, aut vi caso conste ter sido feita por erro de fato
vel metu gravi extortam. ou extorquida por violência ou medo grave.
Can. 1541 - Nisi contrariis et evidentibus Cân. 1541 - A não ser que se demonstre
argumentis aliud evincatur, documenta outra coisa por argumentos contrários e
publica fidem faciunt de omnibus quae evidentes, os documentos públicos fazem
directe et principaliter in iis affirmantur. fé em tudo o que neles é afirmado de modo
direto e principal.
Can. 1545 - Iudex praecipere potest ut Cân. 1545 - O juiz pode ordenar que seja
documentum utrique parti commune apresentado no processo um documento
exhibeatur in processu. comum a ambas as partes.
Can. 1552 - § 1. Cum probatio per testes Cân. 1552 - § 1. Ao se requererem provas
postulatur, eorum nomina et domicilium por testemunhas, indiquem-se ao tribunal
tribunali indicentur. seus nomes e domicílio.
§ 2. Exhibeantur, intra terminum a iudice § 2. Apresentem-se, dentro do prazo
praestitutum, articuli argumentorum super determinado pelo juiz, os pontos sobre os
quibus petitur testium interrogatio; alioquin quais se pede sejam inquiridas as
petitio censeatur deserta. testemunhas; caso contrário considere-se
abandonado o pedido.
Can. 1553 - Iudicis est nimiam Cân. 1553 - Cabe ao juiz reduzir o número
multitudinem testium refrenare. excessivo de testemunhas.
Can. 1554 - Antequam testes examinentur, Cân. 1554 - Antes do exame das
eorum nomina cum partibus testemunhas. seus nomes sejam
communicentur; quod si id, prudenti iudicis comunicados às partes; e, segundo o
existimatione, fieri sine gravi difficultate prudente parecer do juiz, não sendo isto
nequeat, saltem ante testimoniorum possível sem grave dificuldade, faça-se ao
publicationem fiat. menos antes da publicação dos
testemunhos.
Can. 1555 - Firmo praescripto can. 1550, Cân. 1555 - Salva a prescrição do cân.
pars petere potest ut testis excludatur, si 1550, a parte pode pedir a exclusão de
iusta exclusionis causa demonstretur ante uma testemunha se, antes do seu
testis excussionem. interrogatório, se demonstrar justa a causa
da exclusão.
Can. 1556 - Citatio testis fit decreto iudicis Cân. 1556 - A citação da testemunha é
testi legitime notificato. feita mediante decreto do juiz,
legitimamente notificado à testemunha.
Can. 1557 - Testis rite citatus pareat aut Cân. 1557 - A testemunha devidamente
causam suae absentiae iudici notam faciat. citada compareça ou comunique ao juiz a
causa de sua ausência.
Can. 1559 - Examini testium partes Cân. 1559 - As partes não podem assistir
assistere nequeunt, nisi iudex, praesertim ao interrogatório das testemunhas, a não
cum res est de bono privato, eas ser que o juiz, principalmente em se
admittendas censuerit. Assistere tamen tratando de bem particular, julgue que
possunt earum advocati vel procuratores, podem ser admitidas. Contudo, seus
nisi iudex propter rerum et personarum advogados ou procuradores podem
adiuncta censuerit secreto esse assistir, a não ser que o juiz, em razão de
procedendum. circunstância reais e pessoais, julgue que
se deve proceder secretamente.
Can. 1560 - § 1. Testes seorsim singuli Cân. 1560 - § 1. Cada testemunha deve
examinandi sunt. ser interrogada separadamente.
§ 2. Si testes inter se aut cum parte in re § 2. Se as testemunhas divergirem entre si
gravi dissentiant, iudex discrepantes inter ou com a outra parte em ponto importante,
se conferre seu comparare potest, remotis, o juiz pode proceder à acareação delas,
quantum fieri poterit, dissidiis et scandalo. evitando quanto possível discórdias e
escândalo.
Can. 1561 - Examen testis fit a iudice, vel Cân. 1561 - O interrogatório da
ab eius delegato aut auditore, cui assistat testemunha, que deve ser assistido pelo
oportet notarius; quapropter partes, vel notário, é feito pelo juiz, por seu delegado
promotor iustitiae, vel defensor vinculi, vel ou pelo auditor; por isso, se as partes, o
advocati qui examini intersint, si alias promotor de justiça, o defensor do vínculo
interrogationes testi faciendas habeant, has ou os advogados presentes ao exame
non testi, sed iudici vel eius locum tenenti tiverem outras perguntas a fazer a
proponant, ut eas ipse deferat, nisi aliter lex testemunha, proponham- nas, não à
particularis caveat. testemunha, mas ao juiz ou a quem o
substitui, a fim de que ele as faça, salvo
determinação contrária da lei particular.
Can. 1563 - Iudex imprimis testis Cân. 1563 - O juiz primeiramente certifique-
identitatem comprobet; exquirat quaenam se da identidade da testemunha; indague
sit ipsi cum partibus necessitudo et, cum sobre o seu relacionamento com as partes
ipsi interrogationes specificas circa causam e, ao fazer-lhe perguntas específicas sobre
defert, sciscitetur quoque fontes eius a causa, procure averiguar tamb ém as
scientiae et quo definito tempore ea, quae fontes de suas informações e o tempo
asserit, cognoverit. exato em que as obteve.
Can. 1564 - Interrogationes breves sunto, Cân. 1564 - As perguntas sejam breves,
interrogandi captui accommodatae, non adaptadas à capacidade do interrogado,
plura simul complectentes, non captiosae, não abrangendo muitas coisas ao mesmo
non subdolae, non suggerentes tempo, não-capciosas, não sugeridoras da
responsionem, remotae a cuiusvis resposta, isentas de qualquer ofensa e
offensione et pertinentes ad causam quae pertinentes à causa em questão.
agitur.
Can. 1565 - § 1. Interrogationes non sunt Cân. 1565 - § 1. As perguntas não devem
cum testibus antea communicandae. ser comunicadas com antecedência às
testemunhas.
§ 2. Attamen si ea quae testificanda sunt § 2. Contudo, se as coisas a serem
ita a memoria sint remota, ut nisi prius testemunhadas estiverem tão afastadas da
recolantur certo affirmari nequeant, poterit memória que não possam ser afirmadas
iudex nonnulla testem praemonere, si id com certeza, o juiz pode prevenir a
sine periculo fieri posse censeat. testemunha de algum particular, se isto for
possível fazer sem perigo.
Can. 1566 - Testes ore testimonium dicant, Cân. 1566 - As testemunhas deponham
et scriptum ne legant, nisi de calculo et oralmente; não leiam nada já escrito, a não
rationibus agatur; hoc enim in casu, ser que se trate de algum cálculo ou de
adnotationes, quas secum attulerint, contas; neste caso, podem consultar as
consulere poterunt. anotações trazidas consigo.
Can. 1568 - Notarius in actis mentionem Cân. 1568 - Nos autos, o notário faça
faciat de praestito, remisso aut recusato menção do juramento prestado,
iureiurando, de partium aliorumque dispensado ao recusado, da presença das
praesentia, de interrogationibus ex officio partes e de outros, das perguntas
additis et generatim de omnibus memoria acrescentadas ex officio e, em geral, de
dignis quae forte acciderint, cum testes todas as coisas dignas de menção,
excutiebantur. eventualmente acontecidas durante o
interrogatório das testemunhas.
Can. 1569 - § 1. In fine examinis, testi legi Cân. 1569 - § 1. Ao final do interrogatório,
debent quae notarius de eius depositione deve-se ler à testemunha o que o notário
scripto redegit, vel ipsi audita facere quae redigiu por escrito sobre seu depoimento,
ope magnetophonii de eius depositione ou fazê-la ouvir o que foi gravado, dando-
incisa sunt, data eidem testi facultate lhe a faculdade de acrescentar, suprimir,
addendi, supprimendi, corrigendi, variandi. corrigir, modificar.
§ 2. Denique actui subscribere debent § 2. Por fim, devem assinar o autor, a
testis, iudex et notarius. testemunha, o juiz e o notário.
Can. 1570 - Testes, quamvis iam excussi, Cân. 1570 - Embora já inquiridas as
poterunt parte postulante aut ex officio, testemunhas, a pedido da parte ou ex
antequam acta seu testificationes publici officio, poderão ser chamadas para novo
iuris fiant, denuo ad examen vocari, si interrogatório, antes da publicação dos
iudex id necessarium vel utile ducat, autos ou documentos, se o juiz o julgar
dummodo collusionis vel corruptelae necessário ou útil, contanto que não haja
quodvis absit periculum. nenhum perigo de colusão ou suborno.
Can. 1571 - Testibus, iuxta aequam iudicis Cân. 1571 - As testemunhas, de acordo
taxationem, refundi debent tum expensae, com justa avaliação do juiz, devem-se
quas fecerint, tum lucrum, quod amiserint, reembolsar as despesas que tiverem feito
testificationis reddendae causa. e o ganho que tiverem deixado de obter
para poderem testemunhar.
Can. 1573 - Unius testis depositio plenam Cân. 1573 - O depoimento de uma única
fidem facere non potest, nisi agatur de testemunha não pode fazer fé plena, a não
teste qualificato qui deponat de rebus ex ser que se trate de testemunha qualificada
officio gestis, aut rerum et personarum que deponha a respeito de coisas feitas ex
adiuncta aliud suadeant. officio ou que circunstâncias reais e
pessoais sugiram o contrário.
Can. 1575 - Iudicis est peritos nominare, Cân. 1575 - Compete ao juiz nomear os
auditis vel proponentibus partibus, aut, si peritos, ouvindo as partes ou por proposta
casus ferat, relationes ab aliis peritis iam delas, ou então, se o caso o comporta,
factas assumere. aceitar os laudos já emitidos por outros
peritos.
Can. 1576 - Easdem ob causas quibus Cân. 1576 - Os peritos são excluídos ou
testis, etiam periti excluduntur aut recusari podem ser rejeitados pelas mesmas
possunt. causas previstas para a testemunha.
Can. 1577 - § 1. Iudex, attentis iis quae a Cân. 1577 - § 1. Levando em conta o que
litigantibus forte deducantur, singula capita eventualmente os litigantes apresentarem,
decreto suo definiat circa quae periti opera o juiz determine por decreto cada ponto
versari debeat. sobre o qual deve versar o trabalho dos
peritos.
§ 2. Perito remittenda sunt acta causae § 2. Devem ser entregues ao perito os atos
aliaque documenta et subsidia quibus da causa e outros documentos e subsídios
egere potest ad suum munus rite et fideliter de que pode precisar para cumprir exata e
exsequendum. fielmente seu encargo.
§ 3. Iudex, ipso perito audito, tempus § 3. Ouvido o próprio perito, o juiz
praefiniat intra quod examen perficiendum determine o prazo dentro do qual deve ser
est et relatio proferenda. feito o interrogatório e dado o laudo.
Can. 1578 - § 1. Periti suam quisque Cân. 1578 - § 1. Cada perito faça seu
relationem a ceteris distinctam conficiant, laudo distinto dos demais, a não ser que o
nisi iudex unam a singulis subscribendam juiz ordene que seja feito um único, a ser
fieri iubeat: quod si fiat, sententiarum assinado por cada um; em tal caso, sejam
discrimina, si qua fuerint, diligenter diligentemente anotadas as discordâncias
adnotentur. de pareceres, se as houver.
§ 2. Periti debent indicare perspicue quibus § 2. Os peritos devem indicar claramente
documentis vel aliis idoneis modis certiores os documentos ou outros modos
facti sint de personarum vel rerum vel adequados com que se certificaram da
locorum identitate, qua via et ratione identidade das pessoas, coisas ou lugares,
processerint in explendo munere sibi o caminho e o processo através dos quais
demandato et quibus potissimum cumpriram o encargo recebido, e os
argumentis suae conclusiones nitantur. argumentos em que principalmente se
firmam suas conclusões.
§ 3. Peritus accersiri potest a iudice ut § 3. O perito pode ser convocado pelo juiz
explicationes, quae ulterius necessariae para dar explicações que pareçam
videantur, suppeditet. ulteriormente necessárias.
Can. 1579 - § 1. Iudex non peritorum Cân. 1579 - § 1. O juiz pondere não só as
tantum conclusiones, etsi concordes, sed conclusões dos peritos, mesmo concordes,
cetera quoque causae adiuncta attente mas também todas as outras
perpendat. circunstâncias da causa.
§ 2. Cum reddit rationes decidendi, § 2. Na motivação da decisão, deve expor
exprimere debet quibus motus argumentis as razões que o levarem a aceitar ou
peritorum conclusiones aut admiserit aut rejeitar as conclusões dos peritos.
reiecerit.
Can. 1580 - Peritis solvenda sunt Cân. 1580 - Aos peritos devem ser pagas
expensae et honoraria a iudice ex bono et as despesas e honorários a serem
aequo determinanda, servato iure determinados eqüitativamente pelo juiz, e
particulari. observando-se o direito particular.
Can. 1581 - § 1. Partes possunt peritos Cân. 1581 - § 1. As partes podem designar
privatos, a iudice probandos, designare. peritos particulares que devem ser
aprovados pelo juiz.
§ 2. Hi, si iudex admittat, possunt acta § 2. Se o juiz o admitir, estes podem,
causae, quatenus opus sit, inspicere, quanto necessário, compulsar os autos da
peritiae exsecutioni interesse; semper causa e estar presentes à execução da
autem possunt suam relationem exhibere. perícia; e podem sempre apresentar seu
laudo.
Can. 1585 - Qui habet pro se iuris Cân. 1585 - Quem tem a seu favor uma
praesumptionem, liberatur ab onere presunção de direito fica livre do ônus da
probandi, quod recidit in partem adversam. prova, que recai s obre a parte contrária.
Can. 1586 - Praesumptiones, quae non Cân. 1586 - O juiz não formule presunções
statuuntur a iure, iudex ne coniciat, nisi ex que não estejam estabelecidas pelo direito,
facto certo et determinato, quod cum eo, de a não ser em base a fato certo e
quo controversia est, directe cohaereat. determinado, que esteja diretamente
relacionado com o objeto da controvérsia.
Can. 1588 - Causa incidens proponitur Cân. 1588 - A causa incidente se propõe
scripto vel ore, indicato nexu qui intercedit por escrito ou oralmente, perante o juiz
inter ipsam et causam principalem, coram competente para definir a causa principal,
iudice competenti ad causam principalem indicando- se o nexo existente entre ela e a
definiendam. causa principal.
Can. 1591 - Antequam finiatur causa Cân. 1591 - Antes da conclusão da causa
principalis, iudex vel tribunal potest principal, havendo justa causa, pode o juiz
decretum vel sententiam interlocutoriam, ou o tribunal revogar ou reformar o decreto
iusta intercedente ratione, revocare aut ou sentença interlocutória, a requerimento
reformare, sive ad partis instantiam, sive ex de uma das partes ou ex officio, ouvidas as
officio, auditis partibus. partes.
Can. 1594 - Si die et hora ad litis Cân. 1594 - Se no dia e hora determinados
contestationem praestitutis actor neque de antemão para a litiscontestação, o autor
comparuerit neque idoneam excusationem não comparecer nem apresentar escusa
attulerit: adequada:
1° iudex eum citet iterum; 1°- o juiz o cite novamente;
2° si actor novae citationi non paruerit, 2°- se o autor não atender a nova
praesumitur instantiae renuntiasse ad citação, presume-se que tenha renunciado
normam cann. 1524-1525; à instância, de acordo com os cânn.
1524-1525;
3° quod si postea in processu 3°- se quiser intervir depois no
intervenire velit, servetur can. 1593. processo, observe-se o cân. 1593.
Can. 1595 - § 1. Pars absens a iudicio, sive Cân. 1595 - § 1. A parte ausente do juízo,
actor sive pars conventa, quae iustum autor ou parte demandada, que não provar
impedimentum non comprobaverit, tenetur seu justo impedimento, é obrigada a pagar
obligatione tum solvendi litis expensas, as despesas da lide feitas por causa de
quae ob ipsius absentiam factae sunt, tum sua ausência, e também indenizar a outra
etiam, si opus sit, indemnitatem alteri parti parte, se for necessário.
praestandi.
§ 2. Si tum actor tum pars conventa fuerint § 2. Se tanto o autor quanto a parte
absentes a iudicio, ipsi obligatione demandada ficarem ausentes do juízo, são
expensas litis solvendi tenentur in solidum. ambos obrigados solidariamente às
despesas da lide.
Can. 1599 - § 1. Expletis omnibus quae ad Cân. 1599 - § 1. Terminado tudo o que se
probationes producendas pertinent, ad refere à obtenção das provas, chega-se à
conclusionem in causa devenitur. conclusão in causa.
§ 2. Haec conclusio habetur quoties aut § 2. Dá-se essa conclusão sempre que as
partes declarent se nihil aliud adducendum partes declarem nada mais ter para alegar,
habere, aut utile proponendis probationibus que tenha expirado o tempo útil fixado pelo
tempus a iudice praestitutum elapsum sit, juiz para a apresentação de provas, ou que
aut iudex declaret se satis instructam o juiz declare ter a causa como
causam habere. suficientemente instruída.
§ 3. De peracta conclusione in causa, § 3. O juiz dê o decreto de conclusão da
quocumque modo ea acciderit, iudex causa, qualquer que tenha sido o modo
decretum ferat. pelo qual ela aconteceu.
Can. 1601 - Facta conclusione in causa, Cân. 1601 - Feita a conclusão da causa, o
iudex congruum temporis spatium juiz determine um prazo conveniente para
praestituat ad defensiones vel apresentação das defesas e alegações.
animadversiones exhibendas.
Can. 1605 - Disputationi orali, de qua in Cân. 1605 - O notário assista à discussão
cann. 1602, § 1 et 1604, § 2, assistat oral mencionada nos cânn. 1602 § 1 e
notarius ad hoc ut, si iudex praecipiat aut 1604 § 2, a fim de transcrever logo as
pars postulet et iudex consentiat, de discussões e conclusões, se assim o juiz
disceptatis et conclusis scripto statim ordenar, ou a parte pedir e o juiz aceitar.
referre possit.
Can. 1606 - Si partes parare sibi tempore Cân. 1606 - Caso as partes tenham
utili defensionem neglexerint, aut se deixado de preparar sua defesa em tempo
remittant iudicis scientiae et conscientiae, útil ou se entreguem a ciência e
iudex, si ex actis et probatis rem habeat consciência do juiz, este se ex actis et
plane perspectam, poterit statim probatis tiver clareza sobre a questão,
sententiam pronuntiare, requisitis tamen pode pronunciar logo a sentença, mas
animadversionibus promotoris iustitiae et depois de ter exigido as alegações do
defensoris vinculi, si iudicio intersint. promotor de justiça e do defensor do
vínculo, se intervierem na causa.
Can. 1610 - § 1. Si iudex sit unicus, ipse Cân. 1610 - § 1. Se o juiz for único, ele
sententiam exarabit. mesmo exarará a sentença.
§ 2. In tribunali collegiali, ponentis seu § 2. No tribunal colegial, cabe ao ponente
relatoris est exarare sententiam, ou relator exarar a sentença, tirando os
desumendo motiva ex iis quae singuli motivos dentre aqueles que cada juiz
iudices in discussione attulerunt, nisi a apresentou na discussão, a não ser que os
maiore numero iudicum praefinita fuerint motivos a serem alegados tenham sido
motiva praeferenda; sententia dein determinados de antemão, pela maioria
singulorum iudicum subicienda est dos juízes; depois a sentença deve ser
approbationi. submetida a aprovação de cada um dos
juízes
§ 3. Sententia edenda est non ultra § 3. A sentença deve ser publicada não
mensem a die quo causa definita est, nisi, além de um mês após o dia em que foi
in tribunali collegiali, iudices gravi ex definida a causa, a não ser que, no tribunal
ratione longius tempus praestituerint. colegial, os juízes tenham determinado, por
motivo grave, um espaço de tempo mais
prolongado.
Can. 1613 - Regulae superius positae de Cân. 1613 - As regras dadas sobre a
sententia definitiva, sententiae quoque sentença definitiva devem ser adaptadas
interlocutoriae aptandae sunt. também à sentença interlocutória.
Can. 1614 - Sententia quam primum Cân. 1614 - A sentença seja publicada
publicetur, indicatis modis quibus impugnari quanto antes, indicando os modos pelos
potest; neque ante publicationem vim ullam quais pode ser impugnada; não tem
habet, etiamsi dispositiva pars, iudice nenhuma eficácia antes da publicação,
permittente, partibus significata sit. mesmo que a parte dispositiva tenha sido
comunicada às partes, com a permissão do
juiz.
Can. 1620 - Sententia vitio insanabilis Cân. 1620 - A sentença é viciada por
nullitatis laborat, si: nulidade insanável, se:
1° lata est a iudice absolute 1°- foi proferida por juiz absolutamente
incompetenti; incompetente;
2° lata est ab eo, qui careat potestate 2°- foi proferida por alguém destituído
iudicandi in tribunali in quo causa definita do poder de julgar no tribunal em que a
est; causa foi definida;
3° iudex vi vel metu gravi coactus 3°- o juiz proferiu a sentença coagido
sententiam tulit; por violência grave;
4° iudicium factum est sine iudiciali 4°- o juízo foi feito sem a petição
petitione, de qua in can. 1501, vel non judicial mencionada no cân. 1501, ou não
institutum fuit adversus aliquam partem foi instaurado contra alguma parte
conventam; demandada;
5° lata est inter partes, quarum altera 5°- foi proferida entre partes, das quais
saltem non habeat personam standi in ao menos uma não tinha capacidade de
iudicio; estar em juízo;
6° nomine alterius quis egit sine 6°- alguém agiu em nome de outro sem
legitimo mandato; mandado legítimo;
7° ius defensionis alterutri parti 7°- foi negado a alguma das partes o
denegatum fuit; direito de defesa;
8° controversia ne ex parte quidem 8°- a controvérsia não foi definida nem
definita est. sequer parcialmente.
Can. 1623 - Querela nullitatis in casibus, Cân. 1623 - Nos casos mencionados no
de quibus in can. 1622, proponi potest intra cân. 1622, a querela de nulidade pode ser
tres menses a notitia publicationis proposta no prazo de três meses após a
sententiae. notícia da publicação da sentença.
Can. 1624 - De querela nullitatis videt ipse Cân. 1624 - Da querela de nulidade julga o
iudex qui sententiam tulit; quod si pars próprio juiz que proferiu a sentença; se a
vereatur ne iudex, qui sententiam querela parte recear que o juiz, que proferiu a
nullitatis impugnatam tulit, praeoccupatum sentença impugnada por querela de
animum habeat ideoque eum suspectum nulidade, tenha ânimo predisposto, e
existimet, exigere potest ut alius iudex in portanto o julgar suspeito, pode exigir que
eius locum subrogetur ad normam outro juiz o substitua, de acordo com o cân.
can. 1450. 1450.
Can. 1625 - Querela nullitatis proponi Cân. 1625 - A querela de nulidade pode
potest una cum appellatione, intra ser proposta junto com a apelação, dentro
terminum ad appellationem statutum. do prazo estabelecido para a apelação.
Can. 1629 - Non est locus appellationi: Cân. 1629 - Não há lugar para apelação:
1° a sententia ipsius Summi Pontificis 1°- de uma sentença do próprio Ro
vel Signaturae Apostolicae; mano Pontífice ou da Assinatura
Apostólica;
2° a sententia vitio nullitatis infecta, nisi 2°- de uma sentença viciada de
cumuletur cum querela nullitatis ad nulidade, a não ser que se faça junto com
normam can. 1625; a querela de nulidade, de acordo com o
cân.1625;
3° a sententia quae in rem iudicatam 3°- de uma sentença passada em
transiit; julgado;
4° a iudicis decreto vel a sententia 4°- de um decreto ou sentença
interlocutoria, quae non habeant vim interlocutória, que não tenham valor de
sententiae definitivae, nisi cumuletur cum sentença definitiva, a não ser que se faça
appellatione a sententia definitiva; junto com a apelação de uma sentença
definitiva;
5° a sententia vel a decreto in causa de 5°- de uma sentença ou de um decreto
qua ius cavet expeditissime rem esse numa causa que o direito determina que
definiendam. deve ser decidida com a máxima rapidez.
Can. 1630 - § 1. Appellatio interponi debet Cân. 1630 - § 1. A apelação dev e ser
coram iudice a quo sententia prolata sit, interposta perante o juiz, pelo qual foi
intra peremptorium terminum quindecim proferida a sentença, dentro do prazo
dierum utilium a notitia publicationis peremptório de quinze dias úteis após a
sententiae. notícia da publicação da sentença.
§ 2. Si ore fiat, notarius eam scripto coram § 2. Se for feita oralmente, o notário a
ipso appellante redigat. redija por escrito diante do próprio
apelante.
Can. 1631 - Si quaestio oriatur de iure Cân. 1631 - Se surgir alguma questão
appellandi, de ea videat expeditissime sobre o direito de apelar, julgue-a, com a
tribunal appellationis iuxta normas máxima rapidez, o tribunal de apelação,
processus contentiosi oralis. conforme as normas do processo
contencioso oral.
Can. 1633 - Appellatio prosequenda est Cân. 1633 - A apelação deve prosseguir
coram iudice ad quem dirigitur intra perante o juiz a quem se dirige, dentro de
mensem ab eius interpositione, nisi iudex a um mês de sua interposição, a não ser que
quo longius tempus ad eam prosequendam o juiza quo tenha determinado a parte um
parti praestituerit. tempo mais longo para seu
prosseguimento.
Can. 1637 - § 1. Appellatio facta ab actore Cân. 1637 - § 1. A apelação feita pelo
prodest etiam convento, et vicissim. autor vale também para o demandado, e
vice-versa.
§ 2. Si plures sunt conventi vel actores et § 2. Se os demandados ou os autores
ab uno vel contra unum tantum ex ipsis forem vários e a sentença for impugnada
sententia impugnetur, impugnatio censetur por um ou contra um só deles, a
ab omnibus et contra omnes facta, quoties impugnação se considera feita por todos e
res petita est individua aut obligatio contra todos, sempre que a coisa pedida e
solidalis. indivisível ou a obrigação e solidária.
§ 3. Si interponatur ab una parte super § 3. Se uma parte apelar contra um
aliquo sententiae capite, pars adversa, etsi capítulo da sentença, a parte contrária,
fatalia appellationis fuerint transacta, potest embora tenham passado os prazos fatais
super aliis capitibus incidenter appellare para a apelação, pode apelar
intra terminum peremptorium quindecim incidentemente contra outros pontos,
dierum a die, quo ipsi appellatio principalis dentro do prazo peremptório de quinze dias
notificata est. após a data em que lhe foi feita a
notificação da apelação principal.
§ 4. Nisi aliud constet, appellatio § 4. A não ser que conste o contrário, a
praesumitur facta contra omnia sententiae apelação presume-se feita contra todos os
capita. pontos da sentença.
Can. 1640 - In gradu appellationis eodem Cân. 1640 - Em grau de apelação, deve-se
modo, quo in prima instantia, congrua proceder do mesmo modo como na
congruis referendo, procedendum est; sed, primeira instância, com as devidas
nisi forte complendae sint probationes, adaptações; mas, não se devendo
statim post litem ad normam can. 1513, § 1 eventualmente completar as provas logo
et can. 1639, § 1 contestatam, ad causae após a litiscontestação, conforme o cân.
discussionem deveniatur et ad sententiam. 1513 § 1, e o cân. 1639 § 1, proceda-se à
discussão da causa à sentença definitiva.
Can. 1642 - § 1. Res iudicata firmitate iuris Cân. 1642 - § 1. A coisa julgada tem
gaudet nec impugnari potest directe, nisi ad estabilidade de direito e não pode ser
normam can. 1645, § 1. impugnada diretamente, a não ser de
acordo com o cân. 1645 § 1.
§ 2. Eadem facit ius inter partes et dat § 2. Ela faz direito entre as partes e
actionem iudicati atque exceptionem rei proporciona ação de julgado e exceção de
iudicatae, quam iudex ex officio quoque coisa julgada, que o juiz pode declarar
declarare potest ad impediendam novam também ex officio, para impedir nova
eiusdem causae introductionem. introdução da mesma causa.
Can. 1643 - Numquam transeunt in rem Cân. 1643 - Nunca passam em julgado
iudicatam causae de statu personarum, causas sobre o estado das pessoas, não
haud exceptis causis de coniugum excetuando causas sobre separação de
separatione. cônjuges.
Can. 1651 - Non antea exsecutioni locus Cân. 1651 - Não pode haver execução
esse poterit, quam exsecutorium iudicis antes do decreto executório do juiz, com o
decretum habeatur, quo edicatur qual se declare que a sentença deve ser
sententiam ipsam exsecutioni mandari executada; esse decreto, de acordo com a
debere; quod decretum pro diversa diversa natureza das causas, seja incluído
causarum natura vel in ipso sententiae no próprio texto da sentença ou publicado
tenore includatur vel separatim edatur. separadamente.
Can. 1653 - § 1. Nisi lex particularis aliud Cân. 1653 - § 1. Salvo determinação
statuat, sententiam exsecutioni mandare contrária da lei particular, deve executar a
debet per se vel per alium Episcopus sentença, por si ou por outro, o Bispo da
dioecesis, in qua sententia primi gradus diocese em que foi proferida a sentença de
lata est. primeiro grau.
§ 2. Quod si hic renuat vel neglegat, parte § 2. Se ele recusar ou deixar de fazê-lo, a
cuius interest instante vel etiam ex officio, requerimento da parte interessada ou
exsecutio spectat ad auctoritatem cui também ex officio, a execução cabe a
tribunal appellationis ad normam autoridade a quem está sujeito o tribunal
can. 1439, § 3 subicitur. de apelação, de acordo com o cân. 1439,
§ 3.
§ 3. Inter religiosos exsecutio sententiae § 3. Entre religiosos, a execução cabe ao
spectat ad Superiorem qui sententiam Superior que proferiu a sentença ou
exsecutioni mandandam tulit aut iudicem delegou o juiz.
delegavit.
Can. 1654 - § 1. Exsecutor, nisi quid eius Cân. 1654 - § 1. A não ser que alguma
arbitrio in ipso sententiae tenore fuerit coisa tenha sido deixada a seu arbítrio no
permissum, debet sententiam ipsam, próprio texto da sentença, o executor deve
secundum obvium verborum sensum, executar a sentença de acordo com o
exsecutioni mandare. sentido óbvio das palavras.
§ 2. Licet ei videre de exceptionibus circa § 2. É lícito a ele julgar das exceções sobre
modum et vim exsecutionis, non autem de o modo e o valor da execução, mas não
merito causae; quod si habeat aliunde sobre o mérito da causa; contudo, se por
compertum sententiam esse nullam vel outra fonte estiver convencido de que a
manifeste iniustam ad normam cann. 1620, sentença é nula ou manifestamente injusta,
1622, 1645, abstineat ab exsecutione, et de acordo com os cânn. 1620, 1622, 1645,
rem ad tribunal a quo lata est sententia abstenha-se de executá-la e remeta a
remittat, partibus certioribus factis. questão ao tribunal que proferiu a
sentença, informando as partes.
Can. 1655 - § 1. Quod attinet ad reales Cân. 1655 - § 1. No que se refere a ações
actiones, quoties adiudicata actori res reais, sempre que alguma coisa foi
aliqua est, haec actori tradenda est statim adjudicada ao autor, ela deve ser entregue
ac res iudicata habetur. a ele, logo que existe coisa julgada.
§ 2. Quod vero attinet ad actiones § 2. No que se refere a ações pessoais,
personales, cum reus damnatus est ad rem tendo sido o réu condenado à prestação de
mobilem praestandam, vel ad solvendam alguma coisa móvel, ou a pagar em
pecuniam, vel ad aliud dandum aut dinheiro, ou a dar ou fazer outra coisa, o
faciendum, iudex in ipso tenore sententiae juiz, no próprio texto da sentença, ou o
vel exsecutor pro suo arbitrio et prudentia executor, a seu arbítrio e prudência,
terminum statuat ad implendam determine um prazo para o cumprimento
obligationem, qui tamen neque infra da obrigação; esse prazo, porém, não seja
quindecim dies coarctetur neque sex inferior a quinze dias, nem superior a seis
menses excedat. meses.
Can. 1657 - Processus contentiosus oralis Cân. 1657 - O processo contencioso oral
fit in primo gradu coram iudice unico, ad se faz, em primeiro grau, perante juiz
normam can. 1424. único, de acordo com o cân. 1424.
Can. 1658 - § 1. Libellus quo lis Cân. 1658 - § 1. Além do que está citado
introducitur, praeter ea quae in can. 1504 no cân. 1504, o libelo com que se introduz
recensentur, debet: a lide deve:
1° facta quibus actoris petitiones 1°- expor breve, íntegra e claramente
innitantur, breviter, integre et perspicue os fatos em que se fundamentam os
exponere; pedidos do autor;
2° probationes quibus actor facta 2°- indicar de tal modo as provas com
demonstrare intendit, quasque simul afferre as quais o autor pretende demonstrar os
nequit, ita indicare ut statim colligi a iudice fatos e que no momento não pode
possint. apresentar, que possam ser logo coligidas
pelo juiz;
§ 2. Libello adnecti debent, saltem in § 2. Devem ser anexados ao libelo, pelo
exemplari authentico, documenta quibus menos em cópia autêntica, os documentos
petitio innititur. em que se apóia o pedido.
Can. 1664 - Responsiones partium, Cân. 1664 - As respostas das partes, das
testium, peritorum, petitiones et testemunhas e dos peritos, as petições e
exceptiones advocatorum, redigendae sunt exceções dos advogados devem ser
scripto a notario, sed summatim et in iis redigidas por escrito pelo notário, mas
tantummodo quae pertinent ad substantiam sumariamente e só no que afeta à
rei controversae, et a deponentibus substância da coisa controvertida; devem
subsignandae. ser assinadas pelos depoentes.
Can. 1665 - Probationes, quae non sint in Cân. 1665 - Provas que não tenham sido
petitione vel responsione allatae aut apresentadas ou pedidas na petição ou na
petitae, potest iudex admittere tantum ad resposta, o juiz pode admiti-las somente de
normam can. 1452; postquam autem vel acordo com o cân. 1452; todavia, depois
unus testis auditus est, iudex potest que tiver sido ouvida, mesmo que seja uma
tantummodo ad normam can. 1600 novas única testemunha, o juiz pode decretar
probationes decernere. novas provas só de acordo com o cân.
1600.
Can. 1666 - Si in audientia probationes Cân. 1666 - Se na audiência não tiver sido
omnes colligi non potuerint, altera statuatur possível coligir todas as provas, seja
audientia. marcada outra audiência.
Can. 1667 - Probationibus collectis, fit in Cân. 1667 - Coletadas as provas, faça- se
eadem audientia discussio oralis. a discussão oral na mesma audiência.
Can. 1668 - § 1. Nisi ex discussione aliquid Cân. 1668 - § 1. A não ser que na
supplendum in causae instructione discussão se evidencie a necessidade de
comperiatur, vel aliud exsistat quod suprir alguma coisa na instrução da causa,
impediat sententiam rite proferri, iudex ou exista alguma coisa que impeça
illico, expleta audientia, causam seorsum pronunciar devidamente a sentença, o juiz,
decidat; dispositiva sententiae pars statim terminada a audiência, decida a causa em
coram partibus praesentibus legatur. particular; leia-se imediatamente a parte
dispositiva da sentença perante as partes
presentes.
§ 2. Potest autem tribunal propter rei § 2. Contudo, em razão da dificuldade da
difficultatem vel aliam iustam causam questão ou por outra justa causa, o tribunal
usque ad quintum utilem diem decisionem pode adiar a decisão por cinco dias úteis.
differre.
§ 3. Integer sententiae textus, motivis § 3. O texto integral da sentença, expostas
expressis, quam primum, ordinarie non as motivações, seja notificado às partes
ultra quindecim dies, partibus notificetur. quanto antes, ordinariamente antes de
quinze dias.
Can. 1670 - In ceteris quae ad rationem Cân. 1670 - Nas outras coisas referentes
procedendi attinent, serventur praescripta ao modo de proceder, observem-se as
canonum de iudicio contentioso ordinario. prescrições dos cânones sobre o juízo
Tribunal autem potest suo decreto, motivis contencioso ordinário. Contudo, por
praedito, normis processualibus, quae non decreto próprio devidamente motivado, o
sint ad validitatem statutae, derogare, ut tribunal pode derrogar normas processuais
celeritati, salva iustitia, consulat. que não estejam estabelecidas para a
validade, a fim de favorecer assim a
rapidez do processo, salva a justiça.
Can. 1676 - § 1. Recepto libello, Vicarius Cân. 1676 § 1. Uma vez recebido o libelo,
iudicialis si aestimet eum aliquo se o vigário judicial considerar que o
fundamento niti, eum admittat et, decreto mesmo goza de algum fundamento, admita-
ad calcem ipsius libelli apposito, praecipiat o e, com decreto colocado no fim do
ut exemplar notificetur defensori vinculi et, próprio libelo, ordene que uma cópia seja
nisi libellus ab utraque parte subscriptus notificada ao defensor do vínculo e, a não
fuerit, parti conventae, eidem dato termino ser que o libelo tenha sido assinado por
quindecim dierum ad suam mentem de ambas as partes, à parte demandada,
petitione aperiendam. dando-lhe o prazo de quinze dias para
exprimir a sua posição relativamente à
petição.
§ 2. Praefato termino transacto, altera § 2. Transcorrido o mencionado prazo,
parte, si et quatenus, iterum monita ad depois de ter novamente advertido – se e
suam mentem ostendendam, audito vinculi na medida em que o considerar oportuno –
defensore, Vicarius iudicialis suo decreto a outra parte para manifestar a sua
dubii formulam determinet et decernat posição, ouvido o defensor do vínculo, o
utrum causa processu ordinario an vigário judicial por decreto próprio
processu breviore ad mentem cann. determine a fórmula da dúvida e decida se
1683-1687 pertractanda sit. Quod a causa deve ser tratada com o processo
decretum partibus et vinculi defensori ordinário ou o processo mais breve nos
statim notificetur. termos dos câns. 1683-1687. Tal decreto
seja imediatamente notificado às partes e
ao defensor do vínculo.
§ 3. Si causa ordinario processu tractanda § 3. Se a causa deve ser tratada com o
est, Vicarius iudicialis, eodem decreto, processo ordinário, o vigário judicial, com o
constitutionem iudicum collegii vel iudicis mesmo decreto, disponha a constituição do
unici cum duobus assessoribus iuxta colégio dos juízes ou do juiz único com os
can. 1673, § 4 disponat. dois assessores, segundo o cân. 1673 § 4.
§ 4. Si autem processus brevior statutus § 4. Se, pelo contrário, se estatuiu o
est, Vicarius iudicialis agat ad normam processo mais breve, o vigário judicial
can. 1685. proceda nos termos do cân. 1685.
§ 5. Formula dubii determinare debet quo § 5. A fórmula da dúvida deve determinar
capite vel quibus capitibus nuptiarum por que capítulo ou capítulos é impugnada
validitas impugnetur. a validade do matrimónio.
Can. 1680 - § 1. Integrum manet parti, Cân. 1680 § 1. A parte que se julgue
quae se gravatam putet, itemque promotori agravada e, igualmente, o promotor da
iustitiae et defensori vinculi querelam justiça e o defensor do vínculo têm o direito
nullitatis sententiae vel appellationem de interpor querela de nulidade da
contra eandem sententiam interponere ad sentença ou apelação contra a mesma
mentem cann. 1619-1640. sentença nos termos dos câns. 1619-1640.
§ 2. Terminis iure statutis ad appellationem § 2. Decorridos os prazos estabelecidos
eiusque prosecutionem elapsis atque actis pelo direito para a apelação e para a sua
iudicialibus a tribunali superioris instantiae prossecução, depois de o tribunal da
receptis, constituatur collegium iudicum, instância superior receber os autos
designetur vinculi defensor et partes judiciais, constitua-se o colégio dos juízes,
moneantur ut animadversiones, intra designe-se o defensor do vínculo e as
terminum praestitutum, proponant; quo partes sejam advertidas para apresentar as
termino transacto, si appellatio mere suas observações dentro do prazo pré-
dilatoria evidenter appareat, tribunal estabelecido; transcorrido tal prazo, o
collegiale, suo decreto, sententiam prioris tribunal colegial, se a apelação resultar
instantiae confirmet. manifestamente dilatória, confirme com
decreto próprio a sentença de primeira
instância.
§ 3. Si appellatio admissa est, eodem § 3. Se a apelação foi admitida, deve-se
modo quo in prima instantia, congrua proceder da mesma maneira como na
congruis referendo, procedendum est. primeira instância, com as devidas
adaptações.
§ 4. Si in gradu appellationis novum § 4. Se no grau de apelação for introduzido
nullitatis matrimonii caput afferatur, tribunal um novo capítulo de nulidade do
potest, tamquam in prima instantia, illud matrimónio o tribunal pode admiti-lo e julgá-
admittere et de eo iudicare. lo como se fosse em primeira instância.
Can. 1681 - Si sententia exsecutiva prolata Cân. 1681. Se foi emitida uma sentença
sit, potest quovis tempore ad tribunal tertii executiva, pode-se recorrer, em qualquer
gradus pro nova causae propositione ad momento, ao tribunal de terceiro grau para
normam can. 1644 provocari, novis iisque a nova proposição da causa nos termos do
gravibus probationibus vel argumentis intra cân. 1644, aduzindo-se novas e
peremptorium terminum triginta dierum a ponderosas provas ou argumentos, dentro
proposita impugnatione allatis. do prazo peremptório de trinta dias a partir
da apresentação da impugnação.
Can. 1682 - § 1. Postquam sententia, quae Cân. 1682 § 1. Depois de a sentença que
matrimonii nullitatem declaraverit, facta est declarou a nulidade do matrimónio se
exsecutiva, partes quarum matrimonium tornar executiva, as partes cujo matrimónio
declaratum est nullum, possunt novas foi declarado nulo podem contrair novas
nuptias contrahere, nisi vetito ipsi núpcias, a não ser que isso seja vedado
sententiae apposito vel ab Ordinario loci por uma proibição aposta à própria
statuto id prohibeatur. sentença ou determinada pelo Ordinário do
lugar.
§ 2. Statim ac sententia facta est § 2. Logo que a sentença se torne
exsecutiva, Vicarius iudicialis debet executiva, o vigário judicial deve notificá-la
eandem notificare Ordinario loci in quo ao Ordinário do lugar onde o matrimónio foi
matrimonium celebratum est. Is autem celebrado. Este deve velar por que, quanto
curare debet ut quam primum de decreta antes, o decreto da nulidade do matrimónio
nullitate matrimonii et de vetitis forte e as proibições porventura impostas se
statutis in matrimoniorum et baptizatorum averbem no livro dos matrimónios e no dos
libris mentio fiat. baptismos.
Art. 5. De processu matrimoniali breviore Art. 5 O processo matrimonial mais breve
coram Episcopo diante do Bispo
Can. 1683 - Ipsi Episcopo dioecesano Cân. 1683. Ao próprio Bispo diocesano
competit iudicare causas de matrimonii compete julgar as causas de nulidade do
nullitate processu breviore quoties: matrimónio com o processo mais breve,
sempre que:
1° petitio ab utroque coniuge vel ab 1° a petição for proposta por ambos os
alterutro, altero consentiente, proponatur; cônjuges ou por um deles, com o
consentimento do outro;
2° recurrant rerum personarumque 2° houver circunstâncias de factos e de
adiuncta, testimoniis vel instrumentis pessoas, apoiadas por testemunhos ou
suffulta, quae accuratiorem disquisitionem documentos, que não exijam uma mais
aut investigationem non exigant, et acurada discussão ou investigação e
nullitatem manifestam reddant. tornem evidente a nulidade.
Can. 1684 - Libellus quo processus brevior Cân. 1684. O libelo com o qual se introduz
introducitur, praeter ea quae in can. 1504 o processo mais breve, além dos
recensentur, debet: elementos elencados no cân. 1504, deve:
1° facta quibus petitio innititur breviter, 1° expor de maneira breve, integral e
integre et perspicue exponere; clara os factos em que se baseia a petição;
2° probationes, quae statim a iudice 2° indicar as provas que possam ser
colligi possint, indicare; imediatamente recolhidas pelo juiz;
3° documenta quibus petitio innititur in 3º exibir, em anexo, os documentos em
adnexo exhibere. que se baseia a petição.
Can. 1685 - Vicarius iudicialis, eodem Cân. 1685. O vigário judicial, no mesmo
decreto quo dubii formulam determinat, decreto com que determina a fórmula da
instructore et assessore nominatis, ad dúvida, nomeie o instrutor e o assessor e
sessionem non ultra triginta dies iuxta cite para a sessão, que se deve celebrar
can. 1686 celebrandam omnes citet qui in nos termos do cân. 1686, não para além de
ea interesse debent. trinta dias, todos aqueles que devem nela
participar.
Can. 1690 - Iudex alterius instantiae, cum Cân. 1690. O juiz de segunda instância,
interventu defensoris vinculi et auditis com a intervenção do defensor do vínculo
partibus, decernet eodem modo, de quo in e ouvidas as partes, decida, do mesmo
can. 1688, utrum sententia sit confirmanda, modo como referido no cân. 1688, se a
an potius procedendum in causa sit iuxta sentença deve ser confirmada ou, pelo
ordinarium tramitem iuris; quo in casu eam contrário, se deve proceder-se na causa
remittit ad tribunal primae instantiae. segundo os trâmites ordinários do direito;
neste caso, remeta-a ao tribunal de
primeira instância.
Can. 1693 - § 1. Nisi qua pars vel promotor Cân. 1693 - § 1. A não ser que uma parte
iustitiae processum contentiosum ou o promotor de justiça peçam o processo
ordinarium petant, processus contentiosus contencioso ordinário, empregue-se o
oralis adhibeatur. processo contencioso oral.
§ 2. Si processus contentiosus ordinarius § 2. Se tiver sido empregado o processo
adhibitus sit et appellatio proponatur, contenc ioso ordinário e for proposta
tribunal secundi gradus ad normam apelação, o tribunal de segunda grau
can. 1682, § 2 [1680 §§ 2,3] procedat, proceda de acordo com o cân. 1682, § 2
servatis servandis. [1680 §§ 2,3], servatis servandis.
Can. 1695 - Iudex, antequam causam Cân. 1695 - Antes de aceitar a causa e
acceptet et quotiescumque spem boni sempre que percebe esperança de
exitus perspicit, pastoralia media adhibeat, sucesso, o juiz use meios pastorais, a fim
ut coniuges concilientur et ad coniugalem de que os cônjuges se reconciliem e sejam
convictum restaurandum inducantur. levados a restabelecer a convivência
conjugal.
Can. 1701 - § 1. In his processibus semper Cân. 1701 - § 1. Nesses processos deve
intervenire debet vinculi defensor. sempre intervir o defensor do vínculo.
§ 2. Patronus non admittitur, sed, propter § 2. Não se admite patrono, mas o Bispo,
casus difficultatem, Episcopus permittere por causa da dificuldade do caso, pode
potest ut iurisperiti opera orator vel pars permitir que o orador ou a parte
conventa iuvetur. demandada tenha a ajuda de um
jurisperito.
Can. 1702 - In instructione uterque coniux Cân. 1702 - Na instrução, sejam ouvidos
audiatur et serventur, quatenus fieri possit, ambos os cônjuges e observem-se, quanto
canones de probationibus colligendis in possível, os cânones sobre a coleta de
iudicio contentioso ordinario et in causis de provas, como no juízo contencioso
matrimonii nullitate, dummodo cum horum ordinário e nas causas de nulidade do
processuum indole componi queant. matrimônio, contanto que possam adaptar-
se à índole desses processos.
Can. 1703 - § 1. Non fit publicatio actorum; Cân. 1703 - § 1. Não se faz a publicação
iudex tamen, si conspiciat petitioni partis dos autos; entretanto, se perceber que,
oratricis vel exceptioni partis conventae pelas provas apresentadas, advém grave
grave obstaculum obvenire ob adductas obstáculo ao pedido da parte demandante
probationes, id parti cuius interest ou à exceção da parte demandada, o juiz
prudenter patefaciat. manifeste-o prudentemente à parte
interessada.
§ 2. Parti instanti documentum allatum vel § 2. O juiz pode mostrar àparte requerente
testimonium receptum iudex ostendere um documento exibido ou um testemunho
poterit et tempus praefinire ad deductiones recebido e determinar prazo para a
exhibendas. apresentação de alegações.
Can. 1704 - § 1. Instructor, peracta Cân. 1704 - § 1. Completada a instrução, o
instructione, omnia acta cum apta relatione instrutor entregue todos os autos, com
deferat ad Episcopum, qui votum pro rei relatório conveniente, ao Bispo, o qual
veritate promat tum super facto deve dar o voto, c onforme a verdade da
inconsummationis tum super iusta causa coisa, sobre o fato da não- consumação e
ad dispensandum et gratiae opportunitate. sobre a justa causa para a dispensa e a
oportunidade da graça.
§ 2. Si instructio processus commissa sit § 2. Se a instrução do processo tiver sido
alieno tribunali ad normam can. 1700, confiada a outro tribunal, de acordo com o
animadversiones pro vinculo in eodem foro cân. 1700, as observações em favor do
conficiantur, sed votum de quo in § 1 vínculo sejam preparadas no mesmo foro,
spectat ad Episcopum committentem, cui mas o voto mencionado no § 1 compete ao
instructor simul cum actis aptam relationem Bispo comitente, ao qual o instrutor
tradat. entregue o conveniente relatório
juntamente com os autos.
Can. 1705 - § 1. Acta omnia Episcopus una Cân. 1705 - § 1. O Bispo transmita à Sé
cum suo voto et animadversionibus Apostólica todos os autos juntamente com
defensoris vinculi transmittat ad Sedem seu voto e com as observações do
Apostolicam. defensor do vínculo.
§ 2. Si, iudicio Apostolicae Sedis, requiratur § 2. Se, a juízo da Sé Apostólica, for
supplementum instructionis, id Episcopo requerido um suplemento de instrução, isto
significabitur, indicatis elementis circa quae será comunicado ao Bispo, com a
instructio complenda est. indicação dos elementos sobre os quais a
instrução deve ser completada.
§ 3. Quod si Apostolica Sedes rescripserit § 3. Se a Sé Apostólica decidir que das
ex deductis non constare de conclusões não consta a não-consumação,
inconsummatione, tunc iurisperitus de quo então o jurisperito mencionado no cân.
in can. 1701, § 2 potest acta processus, 1701, § 2, pode examinar, na sede do
non vero votum Episcopi, invisere in sede tribunal, os autos do processo, mas não o
tribunalis ad perpendendum num quid voto do Bispo, a fim de ponderar se algo de
grave adduci possit ad petitionem denuo grave pode ser aduzido para se propor
proponendam. novamente a petição.
Can. 1709 - § 1. Libellus mitti debet ad Cân. 1709 - § 1. O libelo deve ser enviado
competentem Congregationem, quae à Congregação competente, que decidirá
decernet utrum causa ab ipsa Curiae se a causa deve ser tratada pela própria
Romanae Congregatione an a tribunali ab Congregação da Cúria Romana ou por um
ea designato sit agenda. tribunal por ela designado.
§ 2. Misso libello, clericus ordines exercere § 2. Enviado o libelo, o clérigo é, ipso iure,
ipso iure vetatur. proibido de exercer as ordens.
Can. 1711 - In his causis defensor vinculi Cân. 1711 - Nessas causas, o defensor do
iisdem gaudet iuribus iisdemque tenetur vínculo tem os mesmos direitos e deveres
officiis, quibus defensor vinculi que o defensor do vínculo matrimonial.
matrimonialis.
Can. 1712 - Post secundam sententiam, Cân. 1712 - Depois da segunda sentença,
quae nullitatem sacrae ordinationis que confirmou a nulidade da sagrada
confirmavit, clericus omnia iura statui ordenação, o clérigo perde todos os
clericali propria amittit et ab omnibus direitos próprios do estado clerical e é
obligationibus liberatur. liberado de todas as suas obrigações.
TITULUS III. DE MODIS EVITANDI TÍTULO III DOS MODOS DE EVITAR OS
IUDICIA JUÍZOS
Can. 1713 - Ad evitandas iudiciales Cân. 1713 - Para evitar contendas
contentiones transactio seu reconciliatio judiciais, emprega-se utilmente a
utiliter adhibetur, aut controversia iudicio composição ou a reconciliação, ou pode-se
unius vel plurium arbitrorum committi confiar a controvérsia ao juízo de um ou
potest. mais árbitros.
Can. 1715 - § 1. Nequit transactio aut Cân. 1715 - § 1. Não se pode fazer v
compromissum valide fieri circa ea quae ad alidamente composição ou compromisso a
bonum publicum pertinent, aliaque de respeito das coisas referentes ao bem
quibus libere disponere partes non público, e a respeito de outras, das quais
possunt. as partes não podem dispor livremente.
§ 2. Si agitur de bonis ecclesiasticis § 2. Tratando-se de bens eclesiásticos
temporalibus, serventur, quoties materia id temporais, sempre que a matéria o exigir,
postulat, sollemnitates iure statutae pro observem-se as f ormalidades
rerum ecclesiasticarum alienatione. determinadas por direito para a alienação
de coisas eclesiásticas.
Can. 1716 - § 1. Si lex civilis arbitrali Cân. 1716 - § 1. Se a lei civil não
sententiae vim non agnoscat, nisi a iudice reconhecer o valor da sentença arbitral, a
confirmetur, sententia arbitralis de não ser que seja confirmada por juiz, para
controversia ecclesiastica, ut vim habeat in que uma sentença arbitral sobre
foro canonico, confirmatione indiget iudicis controvérsia eclesiástica tenha valor no
ecclesiastici loci, in quo lata est. foro canônico, necessita da confirmação do
juiz eclesiástico do lugar em que foi
proferida.
§ 2. Si autem lex civilis admittat sententiae § 2. Mas, se a lei civil admitir a impugnação
arbitralis coram civili iudice impugnationem, da sentença arbitral diante do juiz civil, a
in foro canonico eadem impugnatio proponi mesma impugnação se pode propor no
potest coram iudice ecclesiastico, qui in foro canônico diante do juiz eclesiástico
primo gradu competens est ad competente para julgar a controvérsia em
controversiam iudicandam. primeiro grau.
Can. 1723 - § 1. Iudex reum citans debet Cân. 1723 - § 1. O juiz, citando o réu, deve
eum invitare ad advocatum, ad normam convidá-lo a constituir advogado de acordo
can. 1481, § 1, intra terminum ab ipso com o cân. 1481 § 1, dentro do prazo
iudice praefinitum, sibi constituendum. determinado pelo próprio juiz.
§ 2. Quod si reus non providerit, iudex ante § 2. Se o réu não providenciar isso, o
litis contestationem advocatum ipse próprio juiz, antes da litiscontestação,
nominet, tamdiu in munere mansurum nomeie o advogado que permanecerá no
quamdiu reus sibi advocatum non encargo enquanto o réu não constituir
constituerit. advogado.
Can. 1725 - In causae discussione, sive Cân. 1725 - Na discussão da causa, feita
scripto haec fit sive ore, accusatus semper por escrito ou oralmente, o acusado tenha
ius habeat ut ipse vel eius advocatus vel sempre o direito de escrever ou falar em
procurator postremus scribat vel loquatur. último lugar, por si ou por seu advogado ou
procurador.
Can. 1726 - In quolibet poenalis iudicii Cân. 1726 - Em qualquer grau e fase do
gradu et stadio, si evidenter constet juízo penal, se constar evidentemente que
delictum non esse a reo patratum, iudex pelo réu não foi cometido delito, o juiz deve
debet id sententia declarare et reum declarar isso por sentença e absolver o
absolvere, etiamsi simul constet actionem réu, mesmo se constar simultaneamente
criminalem esse extinctam. que se extinguiu a ação criminal.
Can. 1730 - § 1. Ad nimias poenalis iudicii Cân. 1730 - § 1. Para evitar atrasos
moras vitandas potest iudex iudicium de excessivos no juízo penal o juiz pode adiar
damnis differre usque dum sententiam o juízo sobre danos, até que tenha
definitivam in iudicio poenali protulerit. proferido a sentença definitiva no juízo
penal.
§ 2. Iudex, qui ita egerit, debet, postquam § 2. O juiz que assim tiver procedido,
sententiam tulerit in poenali iudicio, de depois que tiver proferido a sentença no
damnis cognoscere, etiamsi iudicium juízo penal, deve conhecer dos danos,
poenale propter propositam impugnationem mesmo que o juízo penal, em razão da
adhuc pendeat, vel reus absolutus sit impugnação proposta, ainda esteja
propter causam quae non auferat pendente, ou que o réu tenha sido
obligationem reparandi damna. absolvido por uma causa que não o exima
da obrigação de reparar os danos.
Can. 1731 - Sententia lata in poenali Cân. 1731 - A sentença proferida em juízo
iudicio, etiamsi in rem iudicatam transierit, penal, mesmo que tenha passado em
nullo modo ius facit erga partem laesam, julgado, de nenhum modo faz direito em f
nisi haec intervenerit ad normam avor da parte lesada, a não ser que esta
can. 1729. tenha intervindo, de acordo com o cân.
1733.
Can. 1733 - § 1. Valde optandum est ut, Cân. 1733 - § 1. Sempre que alguém se
quoties quis gravatum se decreto putet, julgar prejudicado por um decreto, é
vitetur inter ipsum et decreti auctorem sumamente desejável que se evite
contentio atque inter eos de aequa contenda entre ele e o autor do decreto, e
solutione quaerenda communi consilio que se procure de comum acordo uma
curetur, gravibus quoque personis ad adequada solução entre ambos,
mediationem et studium forte adhibitis, ita aproveitando-se inclusive da mediação e
ut per idoneam viam controversia do esforço de pessoas ponderadas, de
praecaveatur vel dirimatur. modo que seja evitada ou dirimida a
controvérsia por caminho idôneo.
§ 2. Episcoporum conferentia statuere § 2. A Conferência dos Bispos pode
potest ut in unaquaque dioecesi officium determinar que se constitua estavelmente
quoddam vel consilium stabiliter em cada diocese, um departamento ou
constituatur, cui, secundum normas ab ipsa conselho, ao qual, de acordo com normas
conferentia statuendas, munus sit aequas estabelecidas pela própria Conferência,
solutiones quaerere et suggerere; quod si caiba a função de procurar e sugerir
conferentia id non iusserit, potest soluções adequadas; se a Conferência não
Episcopus eiusmodi consilium vel officium o tiver determinado, o Bispo pode constituir
constituere. esse departamento ou conselho.
§ 3. Officium vel consilium, de quo in § 2, § 3. O departamento ou conselho,
tunc praecipue operam navet, cum mencionado do § 2, se empenha
revocatio decreti petita est ad normam principalmente quando a revogação do
can. 1734, neque termini ad recurrendum decreto foi pedida, de acordo com o cân.
sunt elapsi; quod si adversus decretum 1734, e não terminaram os prazos para
recursus propositus sit, ipse Superior, qui recorrer; se tiver sido proposto recurso
de recursu videt, recurrentem et decreti contra o decreto, o próprio superior que
auctorem hortetur, quotiescumque spem julga o recurso, sempre que percebe
boni exitus perspicit, ad eiusmodi esperança de sucesso, exorte o recorrente
solutiones quaerendas. e o autor do decreto a procurar soluções
assim.
Can. 1735 - Si intra triginta dies, ex quo Cân. 1735 - Se o autor do decreto, dentro
petitio, de qua in can. 1734, ad auctorem de trinta dias desde que lhe chegou a
decreti pervenit, is novum decretum intimet, petição mencionada no cân. 1734, intimar
quo vel prius emendet vel petitionem novo decreto corrigindo o anterior ou
reiciendam esse decernat, termini ad decidindo rejeitar a petição, os prazos para
recurrendum decurrunt ex novi decreti recorrer decorrem da intimação do novo
intimatione; si autem intra triginta dies nihil decreto; mas, se nada decidir dentro de
decernat, termini decurrunt ex tricesimo trinta dias, os prazos decorrem do
die. trigésimo dia.
Can. 1736 - § 1. In iis materiis, in quibus Cân. 1736 - § 1. Nas matérias em que o
recursus hierarchicus suspendit decreti recurso hierárquico suspende a execução
exsecutionem, idem efficit etiam petitio, de do decreto, produz o mesmo efeito também
qua in can. 1734. a petição mencionada no cân. 1734.
§ 2. In ceteris casibus, nisi intra decem § 2. Nos outros casos, a não ser que,
dies, ex quo petitio de qua in can. 1734 ad dentro de dez dias desde que chegou ao
ipsum auctorem decreti pervenit, is próprio autor do decreto a petição
exsecutionem suspendendam decreverit, mencionada no cân. 1734, ele tenha
potest suspensio interim peti ab eius decretado a suspensão da execução, pode-
Superiore hierarchico, qui eam decernere se pedir a suspensão provisória a seu
potest gravibus tantum de causis et cauto Superior hierárquico, que pode decretá-la
semper ne quid salus animarum detrimenti somente por causas graves e tomando
capiat. sempre cautela para que não sofra
nenhum prejuízo a salvação das almas.
§ 3. Suspensa decreti exsecutione ad § 3. Suspensa a execução do decreto de
normam § 2, si postea recursus acordo com o § 2, se depois for proposto
proponatur, is qui de recursu videre debet, recurso, quem deve julgar o recurso, de
ad normam can. 1737, § 3 decernat utrum acordo com o cân. 1737, § 3, decida se a
suspensio sit confirmanda an revocanda. suspensão deve ser confirmada ou
revogada.
§ 4. Si nullus recursus intra statutum § 4. Se dentro do prazo estabelecido não
terminum adversus decretum proponatur, for apresentado nenhum recurso contra o
suspensio exsecutionis, ad normam § 1 vel decreto, cessa por isso mesmo a
§ 2 interim effecta, eo ipso cessat. suspensão da execução, feita
provisoriamente de acordo com o § 1 ou o
§ 2.
Can. 1737 - § 1. Qui se decreto gravatum Cân. 1737 - § 1. Quem pretende ter sido
esse contendit, potest ad Superiorem prejudicado por um decreto pode recorrer,
hierarchicum eius, qui decretum tulit, por qualquer motivo justo, ao Superior
propter quodlibet iustum motivum hierárquico daquele que deu o decreto; o
recurrere; recursus proponi potest coram recurso pode ser proposto perante o
ipso decreti auctore, qui eum statim ad próprio autor do decreto que deve transmiti-
competentem Superiorem hierarchicum lo imediatamente ao competente Superior
transmittere debet. hierárquico.
§ 2. Recursus proponendus est intra § 2. O recurso deve ser proposto dentro do
peremptorium terminum quindecim dierum prazo peremptório de quinze dias úteis
utilium, qui in casibus de quibus in que, nos casos mencionados no cân. 1734,
can. 1734, § 3 decurrunt ex die quo § 3, decorrem a partir do dia em que foi
decretum intimatum est, in ceteris autem intimado o decreto; nos outros casos,
casibus decurrunt ad normam can. 1735. porém, decorrem de acordo como cân.
1735.
§ 3. Etiam in casibus, in quibus recursus § 3. Mesmo nos casos em que o recurso
non suspendit ipso iure decreti não suspendeu ipso iure a execução do
exsecutionem neque suspensio ad normam decreto e foi decretada a suspensão de
can. 1736, § 2 decreta est, potest tamen acordo com o cân. 1736, § 2, todavia o
gravi de causa Superior iubere ut exsecutio Superior, por causa grave, pode ordenar e
suspendatur, cauto tamen ne quid salus suspensão da execução, tomando, porém,
animarum detrimenti capiat. cautelas para que não sofra nenhum
prejuízo a salvação das almas.
Can. 1738 - Recurrens semper ius habet Cân. 1738 - Evitando-se atrasos inúteis, o
advocatum vel procuratorem adhibendi, recorrente tem sempre o direito de
vitatis inutilibus moris; immo vero patronus empregar advogado ou procurador; ainda
ex officio constituatur, si recurrens patrono mais, seja constituído um patrono ex
careat et Superior id necessarium censeat; officio, se o recorrente não tiver patrono e o
semper tamen potest Superior iubere ut Superior o julgar necessário; o Superior,
recurrens ipse compareat ut interrogetur. porém, pode sempre ordenar ao recorrente
que compareça para ser interrogado.
Can. 1739 - Superiori, qui de recursu videt, Cân. 1739 - É lícito ao Superior que julga o
licet, prout casus ferat, non solum recurso, conforme o comporte o caso, não
decretum confirmare vel irritum declarare, só confirmar ou declarar nulo o decreto,
sed etiam rescindere, revocare, vel, si id como também rescindi-lo, revogá-lo ou, se
Superiori magis expedire videatur, isso parecer melhor ao Superior, corrigi-lo,
emendare, subrogare, ei obrogare. sub-rogá-lo ou ob-rogá-lo.
Can. 1741 - Causae, ob quas parochus a Cân. 1741 - As causas pelas quais o
sua paroecia legitime amoveri potest, hae pároco pode ser legitimamente destituído
praesertim sunt: de uma paróquia são principalmente estas:
1° modus agendi qui ecclesiasticae 1° - modo de agir que traga grave
communioni grave detrimentum vel prejuízo ou perturbação à comunhão
perturbationem afferat; eclesial;
2° imperitia aut permanens mentis vel 2° - imperícia, bem como doença
corporis infirmitas, quae parochum suis mental ou física permanente, que torne o
muneribus utiliter obeundis imparem pároco incapaz de desempenhar utilmente
reddunt; seus deveres;
3° bonae existimationis amissio penes 3° - perda da boa fama junto aos
probos et graves paroecianos vel aversio in paroquianos honrados e respeitáveis, ou a
parochum, quae praevideantur non brevi versão contra o pároco, as quais se
cessaturae; prevejam que não cessarão em pouco
tempo;
4° gravis neglectus vel violatio 4° - grave negligência ou violação dos
officiorum paroecialium quae post deveres paroquiais, que persista mesmo
monitionem persistat; depois de advertência;
5° mala rerum temporalium 5° - má administração dos bens
administratio cum gravi Ecclesiae damno, temporais com grave prejuízo da Igreja,
quoties huic malo aliud remedium afferri sempre que não se possa dar outro
nequeat. remédio para esse mal.
Can. 1743 - Renuntiatio a parocho fieri Cân. 1743 - A renúncia pode ser feita pelo
potest non solum pure et simpliciter, sed pároco não só pura e simplesmente, mas
etiam sub condicione, dummodo haec ab também sob condição, contanto que esta
Episcopo legitime acceptari possit et possa legitimamente ser aceita pelo Bispo
reapse acceptetur. e que de fato seja aceita.
Can. 1745 - Si vero parochus causam Cân. 1745 - Todavia, se o pároco contestar
adductam eiusque rationes oppugnet, a causa apresentada e suas razões,
motiva allegans quae insufficientia alegando motivos que ao Bispo parecerem
Episcopo videantur, hic ut valide agat: insuficientes, este, para agir validamente:
1° invitet illum ut, inspectis actis, suas 1° - convide-o a reunir as suas
impugnationes in relatione scripta colligat, contestações num relatório escrito, tendo
immo probationes in contrarium, si quas em vista os atos, e a apresentar as provas
habeat, afferat; em contrário, se as tiver;
2° deinde, completa, si opus sit, 2° - depois, completada, se necessário,
instructione, una cum iisdem parochis de a instrução, pondere a coisa juntamente
quibus in can. 1742, § 1, nisi alii propter com os párocos mencionados no cân.
illorum impossibilitatem sint designandi, 1742, § 1, a não ser que, por
rem perpendat; impossibilidade deles, devam ser
designados outros;
3° tandem statuat utrum parochus sit 3° - por fim, decida se o pároco deve
amovendus necne, et mox decretum de re ser destituído ou não, e dê logo o decreto a
ferat. respeito.
Can. 1746 - Amoto parocho, Episcopus Cân. 1746 - Destituído o pároco, o Bispo
consulat sive assignatione alius officii, si ad providencie para ele outro ofício, se para
hoc idoneus sit, sive pensione, prout casus isso for idôneo, ou uma pensão, conforme
ferat et adiuncta permittant. o caso exigir e as circunstâncias
permitirem.
Can. 1747 - § 1. Parochus amotus debet a Cân. 1747 - § 1. O pároco destituído deve
parochi munere exercendo abstinere, quam abster-se de exercer o múnus paroquial,
primum liberam relinquere paroecialem quanto antes deixar livre a casa paroquial,
domum, et omnia quae ad paroeciam e entregar aquele a quem o Bispo confiar a
pertinent ei tradere, cui Episcopus paróquia tudo o que pertence à paróquia.
paroeciam commiserit.
§ 2. Si autem de infirmo agatur, qui e § 2. Tratando-se, porém, de um doente que
paroeciali domo sine incommodo nequeat não possa sem incômodo ser transferido
alio transferri, Episcopus eidem relinquat da casa paroquial para outro lugar, o Bispo
eius usum etiam exclusivum, eadem deixe-lhe o seu uso, mesmo exclusivo,
necessitate durante. enquanto persistir a necessidade.
§ 3. Pendente recursu adversus amotionis § 3. Enquanto estiver pendente o recurso
decretum, Episcopus non potest novum contra o decreto de destituição, o Bispo
parochum nominare, sed per não pode nomear novo pároco, mas
administratorem paroecialem interim providencie provisoriamente por meio de
provideat. um administrador paroquial.
Can. 1750 - Episcopus, si, non obstantibus Cân. 1750 - Se o Bispo, não obstante as
allatis rationibus, iudicet a proposito non razões apresentadas, julga que não deve
esse recedendum, cum duobus parochis desistir de seu propósito, pondere com os
ad normam can. 1742, § 1 selectis, dois párocos escolhidos de acordo com o
rationes perpendat quae translationi cân. 1742, § 1, as razões que favorecem
faveant vel obstent; quod si exinde ou dificultam a transferência; depois disso,
translationem peragendam censeat, se julgar que se deve fazer a transferência,
paternas exhortationes parocho iteret. renove as exortações paternas ao pároco.
Can. 1751 - § 1. His peractis, si adhuc et Cân. 1751 - § 1. Feito isso, se o pároco
parochus renuat et Episcopus putet ainda recusar e o Bispo julgar que se deve
translationem esse faciendam, hic fazer a transferência, dê o decreto de
decretum translationis ferat, statuens transferência, determinando que a
paroeciam, elapso praefinito tempore, esse paróquia ficará vaga, uma vez transcorrido
vacaturam. o prazo determinado.
§ 2. Hoc tempore inutiliter transacto, § 2. Transcorrido inutilmente esse prazo,
paroeciam vacantem declaret. declare a paróquia vacante.