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CÓDIGO DE DIREITO

CANÔNICO
Promulgado por S.S. O Papa João Paulo II em 1983
bilingue latim-português

Versão atualizada em vigor após a promulgação do Motu Proprio


“Le Prelature personali” de 8 de agosto de 2023

Texto disponibilizados pela Faculdade de Direito Canônico da


Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma
(www.iuscangreg.it)
CODEX IURIS CANONICI Código de Direito Canônico

LIBER I. DE NORMIS GENERALIBUS LIVRO I - DAS NORMAS GERAIS


Can. 1 - Canones huius Codicis unam Cân. 1 - Os Cânones deste Código referem-
Ecclesiam latinam respiciunt. se unicamente à Igreja Latina.

Can. 2 - Codex plerumque non definit ritus, Cân. 2 - O Código geralmente não
qui in actionibus liturgicis celebrandis sunt determina os ritos que se devem observar
servandi; quare leges liturgicae hucusque na celebração das ações litúrgicas; por
vigentes vim suam retinent, nisi earum isso, as leis litúrgicas até agora vigentes
aliqua Codicis canonibus sit contraria. conservam sua força, a não ser que
alguma delas seja contrária aos cânones
do Código.

Can. 3 - Codicis canones initas ab Cân. 3 - Os cânones do Código não ab-


Apostolica Sede cum nationibus aliisve rogam nem derrogam as convenções
societatibus politicis conventiones non celebradas pela Sé Apostólica com nações
abrogant neque iis derogant; eaedem ou outras sociedades políticas; elas,
idcirco perinde ac in praesens vigere portanto, continuarão a vigorar como até o
pergent, contrariis huius Codicis presente, não obstante, prescrições
praescriptis minime obstantibus. contrárias deste Código.

Can. 4 - Iura quaesita, itemque privilegia Cân. 4 - Os direitos adquiridos, bem como
quae, ab Apostolica Sede ad haec usque os privilégios concedidos até o presente
tempora personis sive physicis sive iuridicis pela Sé Apostólica a pessoas físicas ou
concessa, in usu sunt nec revocata, integra jurídicas, que estão em uso e não foram
manent, nisi huius Codicis canonibus revogados, continuam inalterados, a não
expresse revocentur. ser que sejam expressamente revogados
por cânones deste Código.

Can. 5 - § 1. Vigentes in praesens contra Cân. 5 - § 1. Os costumes, universais ou


horum praescripta canonum consuetudines particulares, vigentes até o presente contra
sive universales sive particulares, quae as prescrições destes cânones e que são
ipsis canonibus huius Codicis reprobantur, reprovados pelos próprios cânones deste
prorsus suppressae sunt, nec in posterum Código, estão completamente supressos e
reviviscere sinantur; ceterae quoque não se deixem reviver no futuro; os outros
suppressae habeantur, nisi expresse também sejam considerados supressos, a
Codice aliud caveatur, aut centenariae sint não ser que outra coisa seja
vel immemorabiles, quae quidem, si de expressamente determinada pelo Código,
iudicio Ordinarii pro locorum ac ou sejam centenários ou imemoriais, os
personarum adiunctis submoveri nequeant, quais podem ser tolerados se, a juízo do
tolerari possunt. Ordinário, em razão de circunstâncias
locais e pessoais, não possam ser
supressos.
§ 2. Consuetudines praeter ius hucusque § 2. São mantidos os costumes à margem
vigentes, sive universales sive particulares, do direito e vigentes até agora, quer
servantur. universais, quer particulares.

Can. 6 - § 1. Hoc Codice vim obtinente, Cân. 6 - § 1. Com a entrada em vigor deste
abrogantur: Código, são ab-rogados:
1° Codex Iuris Canonici anno 1917 1° o Código de Direito Canônico
promulgatus; promulgado em 1917;
2° aliae quoque leges, sive universales 2° igualmente as outras leis, universais
sive particulares, praescriptis huius Codicis ou particulares, contrárias às prescrições
contrariae, nisi de particularibus aliud deste Código, a não ser que a respeito das
expresse caveatur; leis particulares se disponha
expressamente outra coisa;
3° leges poenales quaelibet, sive 3° quaisquer leis penais, universais ou
universales sive particulares a Sede particulares, dadas pela Sé Apostólica, a
Apostolica latae, nisi in ipso hoc Codice não ser que sejam acolhidas neste Código;
recipiantur;
4° ceterae quoque leges disciplinares 4° também as outras leis disciplinares
universales materiam respicientes, quae universais referentes a uma matéria
hoc Codice ex integro ordinatur. inteiramente ordenada por este Código.
§ 2. Canones huius Codicis, quatenus ius § 2. Os cânones deste Código, enquanto
vetus referunt, aestimandi sunt ratione reproduzem o direito antigo, devem ser
etiam canonicae traditionis habita. apreciados levando-se em conta também a
tradição canônica.

TITULUS I. DE LEGIBUS TÍTULO I - DAS LEIS ECLESIÁSTICAS


ECCLESIASTICIS
Can. 7 - Lex instituitur cum promulgatur. Cân. 7 - A lei é instituída quando é
promulgada.

Can. 8 - § 1. Leges ecclesiasticae Cân. 8 - § 1. As leis eclesiásticas


universales promulgantur per editionem in universais são promulgadas pela
Actorum Apostolicae Sedis commentario publicação na Revista Oficial "Acta
officiali, nisi in casibus particularibus alius Apostolicae Sedis", a não ser que, em
promulgandi modus fuerit praescriptus, et casos particulares, tenha sido prescrito
vim suam exserunt tantum expletis tribus outro modo de promulgação; entram em
mensibus a die qui Actorum numero vigor somente após três meses, a contar
appositus est, nisi ex natura rei illico ligent da data que é colocada no fascículo de
aut in ipsa lege brevior aut longior vacatio "Acta", a não ser que pela natureza da
specialiter et expresse fuerit statuta. matéria obriguem imediatamente, ou na
própria lei tenha sido especial e
expressamente determinada uma vacância
mais breve ou mais prolongada.
§ 2. Leges particulares promulgantur modo § 2. As leis particulares são promulgadas
a legislatore determinato et obligare no modo determinado pelo legislador e
incipiunt post mensem a die começam a obrigar um mês após a data da
promulgationis, nisi alius terminus in ipsa promulgação, a não ser que na própria lei
lege statuatur. seja determinado outro prazo.

Can. 9 - Leges respiciunt futura, non Cân. 9 - As leis visam o futuro, e não o
praeterita, nisi nominatim in eis de passado, a não ser que explicitamente
praeteritis caveatur. nelas se disponha algo sobre o passado.
Can. 10 - Irritantes aut inhabilitantes eae Cân. 10 - Devem ser consideradas
tantum leges habendae sunt, quibus actum irritantes ou inabilitantes unicamente as leis
esse nullum aut inhabilem esse personam pelas quais se estabelece expressamente
expresse statuitur. que um ato é nulo ou uma pessoa é inábil.

Can. 11 - Legibus mere ecclesiasticis Cân. 11 - Estão obrigados às leis


tenentur baptizati in Ecclesia catholica vel meramente eclesiásticas os batizados na
in eandem recepti, quique sufficienti Igreja católica ou nela recebidos, que têm
rationis usu gaudent et, nisi aliud iure suficiente uso da razão e, se o direito não
expresse caveatur, septimum aetatis dispõe expressamente outra coisa,
annum expleverunt. completaram sete anos de idade.

Can. 12 - § 1. Legibus universalibus Cân. 12 - § 1. As leis universais obrigam


tenentur ubique terrarum omnes pro quibus em todos os lugares a todos aqueles para
latae sunt. os quais foram dadas.
§ 2. A legibus autem universalibus, quae in § 2. Estão, porém, isentos das leis
certo territorio non vigent, eximuntur omnes universais, que não vigoram em
qui in eo territorio actu versantur. determinado território, todos os que se
encontram de fato nesse território.
§ 3. Legibus conditis pro peculiari territorio § 3. As leis emanadas para um
ii subiciuntur pro quibus latae sunt, quique determinado território estão sujeitos
ibidem domicilium vel quasi-domicilium aqueles para os quais foram dadas, que aí
habent et simul actu commorantur, firmo tenham domicílio ou quase-domicílio e, ao
praescripto can. 13. mesmo tempo, aí estejam morando de fato,
salva a prescrição do cân. 13.

Can. 13 - § 1. Leges particulares non Cân. 13 - § 1. As leis particulares não se


praesumuntur personales, sed territoriales, presumem pessoais, mas sim territoriais, a
nisi aliud constet. não ser que conste diversamente.
§ 2. Peregrini non adstringuntur: § 2. Os forasteiros não estão obrigados:
1° legibus particularibus sui territorii 1°- às leis particulares do seu território
quamdiu ab eo absunt, nisi aut earum enquanto dele estiverem ausentes, a não
transgressio in proprio territorio noceat, aut ser que a transgressão delas redunde em
leges sint personales; prejuízo no próprio território ou que as leis
sejam pessoais;
2° neque legibus territorii in quo 2°- nem às leis do território em que se
versantur, iis exceptis quae ordini publico encontram, com exceção daquelas que
consulunt, aut actuum sollemnia tutelam a ordem pública, ou determinam as
determinant, aut res immobiles in territorio formalidades dos atos, ou se referem a
sitas respiciunt. imóveis situados no território.
§ 3. Vagi obligantur legibus tam § 3. Os vagantes estão obrigados às leis
universalibus quam particularibus quae universais e particulares vigentes no lugar
vigent in loco in quo versantur. em que se encontram.

Can. 14 - Leges, etiam irritantes et Cân. 14 - As leis, mesmo as irritantes ou


inhabilitantes, in dubio iuris non urgent; in inabilitantes, na duvida de direito, não
dubio autem facti Ordinarii ab eis obrigam; na dúvida de fato, os Ordinários
dispensare possunt, dummodo, si agatur podem dispensá-las, desde que, se se
de dispensatione reservata, concedi soleat tratar de dispensa reservada, essa
ab auctoritate cui reservatur. dispensa costume ser concedida pela
autoridade à qual está reservada.

Can. 15 - § 1. Ignorantia vel error circa Cân. 15 - § 1. A ignorância ou o erro a


leges irritantes vel inhabilitantes earundem respeito de leis irritantes ou inabilitantes,
effectum non impediunt, nisi aliud expresse não impedem o efeito delas, salvo
statuatur. determinação expressa em contrário.
§ 2. Ignorantia vel error circa legem aut § 2. Não se presume ignorância ou erro a
poenam aut circa factum proprium aut circa respeito de lei, de pena, de fato próprio ou
factum alienum notorium non praesumitur; de fato alheio notório; presume-se a
circa factum alienum non notorium respeito de fato alheio não notório, até que
praesumitur, donec contrarium probetur. se prove o contrário.

Can. 16 - § 1. Leges authentice Cân. 16 - § 1. Interpreta autenticamente as


interpretatur legislator et is cui potestas leis o legislador e aquele ao qual for por ele
authentice interpretandi fuerit ab eodem concedido o poder de interpretar
commissa. autenticamente.
§ 2. Interpretatio authentica per modum § 2. A interpretação autêntica, apresentada
legis exhibita eandem vim habet ac lex ipsa a modo de lei, tem a mesma força que a
et promulgari debet; si verba legis in se própria lei e deve ser promulgada; se
certa declaret tantum, valet retrorsum; si unicamente esclarece palavras da lei já por
legem coarctet vel extendat aut dubiam si certas, tem valor retroativo; se restringe
explicet, non retrotrahitur. ou estende a lei ou se esclarece uma lei
duvidosa, não retroage.
§ 3. Interpretatio autem per modum § 3. A interpretação, porém, dada a modo
sententiae iudicialis aut actus administrativi de sentença judicial ou de ato
in re peculiari, vim legis non habet et ligat administrativo para um caso particular, não
tantum personas atque afficit res pro tem força de lei e somente obriga as
quibus data est. pessoas e afeta os casos para os quais foi
dada.

Can. 17 - Leges ecclesiasticae Cân. 17 - As leis eclesiásticas devem ser


intellegendae sunt secundum propriam entendidas segundo o sentido próprio das
verborum significationem in textu et palavras, considerado no texto e no
contextu consideratam; quae si dubia et contexto; mas, se o sentido continua
obscura manserit, ad locos parallelos, si duvidoso e obscuro, deve-se recorrer aos
qui sint, ad legis finem ac circumstantias et lugares paralelos, se os houver, a
ad mentem legislatoris est recurrendum. finalidade e às circunstâncias da lei, bem
como à mente do legislador.

Can. 18 - Leges quae poenam statuunt aut Cân. 18 - As leis que estabelecem pena ou
liberum iurium exercitium coarctant aut limitam o livre exercício dos direitos ou
exceptionem a lege continent, strictae contém exceção à lei, devem ser
subsunt interpretationi. interpretadas estritamente.

Can. 19 - Si certa de re desit expressum Cân. 19 - Se a respeito de uma


legis sive universalis sive particularis determinada matéria falta uma prescrição
praescriptum aut consuetudo, causa, nisi expressa da lei, universal ou particular, ou
sit poenalis, dirimenda est attentis legibus um costume, a causa, a não ser que seja
latis in similibus, generalibus iuris principiis penal, deve ser dirimida levando-se em
cum aequitate canonica servatis, conta as leis dadas em casos semelhantes,
iurisprudentia et praxi Curiae Romanae, os princípios gerais do direito aplicados
communi constantique doctorum sententia. com eqüidade canônica, a jurisprudência e
a praxe da Cúria Romana, a opinião
comum e constante dos doutores.

Can. 20 - Lex posterior abrogat priorem aut Cân. 20 - A lei posterior ab-roga ou
eidem derogat, si id expresse edicat aut illi derroga a anterior, se expressamente o
sit directe contraria, aut totam de integro declara, se lhe é diretamente contrária, ou
ordinet legis prioris materiam; sed lex se reordena inteiramente toda a matéria da
universalis minime derogat iuri particulari lei anterior; a lei universal, porém, de
aut speciali, nisi aliud in iure expresse nenhum modo derroga o direito particular
caveatur. ou especial, salvo determinação expressa
em contrário no direito.

Can. 21 - In dubio revocatio legis Cân. 21 - Na dúvida, não se presume a


praeexsistentis non praesumitur, sed leges revogação de lei preexistente, mas leis
posteriores ad priores trahendae sunt et posteriores devem ser comparadas com as
his, quantum fieri potest, conciliandae. anteriores e, quanto possível, com elas
harmonizadas.

Can. 22 - Leges civiles ad quas ius Cân. 22 - As leis civis, às quais o direito da
Ecclesiae remittit, in iure canonico iisdem Igreja remete, sejam observadas no direito
cum effectibus serventur, quatenus iuri canônico com os mesmos efeitos, desde
divino non sint contrariae et nisi aliud iure que não sejam contrárias ao direito divino,
canonico caveatur. e não seja determinado o contrário pelo
direito canônico.

TITULUS II. DE CONSUETUDINE TÍTULO II DO COSTUME


Can. 23 - Ea tantum consuetudo a Cân. 23 - Tem força de lei somente o
communitate fidelium introducta vim legis costume introduzido por uma comunidade
habet, quae a legislatore approbata fuerit, de fiéis, que tenha sido aprovado pelo
ad normam canonum qui sequuntur. legislador, de acordo com os cânones
seguintes.

Can. 24 - § 1. Nulla consuetudo vim legis Cân. 24 - § 1. Nenhum costume contrário


obtinere potest, quae sit iuri divino ao direito divino pode alcançar força de lei.
contraria.
§ 2. Nec vim legis obtinere potest § 2. Também não pode alcançar força de
consuetudo contra aut praeter ius lei o costume contra ou à margem do
canonicum, nisi sit rationabilis; consuetudo direito canônico, se não for razoável; mas o
autem quae in iure expresse reprobatur, costume que é expressamente reprovado
non est rationabilis. no direito não é razoável.

Can. 25 - Nulla consuetudo vim legis Cân. 25 - Nenhum costume alcança força
obtinet, nisi a communitate legis saltem de lei se não tiver sido observado, com
recipiendae capaci cum animo iuris intenção de introduzir lei, por uma
inducendi servata fuerit. comunidade capaz, ao menos, de receber
leis.

Can. 26 - Nisi a competenti legislatore Cân. 26 - A não ser que tenha sido
specialiter fuerit probata, consuetudo especialmente aprovado pelo legislador
vigenti iuri canonico contraria aut quae est competente, um costume contrário ao
praeter legem canonicam, vim legis obtinet direito canônico vigente, ou que está à
tantum, si legitime per annos triginta margem da lei canônica, só alcança força
continuos et completos servata fuerit; de lei, se tiver sido observado
contra legem vero canonicam, quae legitimamente por trinta anos contínuos e
clausulam contineat futuras consuetudines completos; mas, contra uma lei canônica
prohibentem, sola praevalere potest que contenha uma cláusula proibindo
consuetudo centenaria aut immemorabilis. costumes futuros, só pode prevalecer um
costume centenário ou imemorial.

Can. 27 - Consuetudo est optima legum Cân. 27 - O costume é o melhor intérprete


interpres. da lei.

Can. 28 - Firmo praescripto can. 5, Cân. 28 - Salva a prescrição do cân. 5, o


consuetudo, sive contra sive praeter legem, costume contra ou à margem da lei é
per contrariam consuetudinem aut legem revogado por um costume ou lei contrários;
revocatur; sed, nisi expressam de iis mas, se não fizer expressa menção deles,
mentionem faciat, lex non revocat uma lei não revoga costumes centenários
consuetudines centenarias aut ou imemoriais, nem a lei universal,
immemorabiles, nec lex universalis costumes particulares.
consuetudines particulares.

TITULUS III. DE DECRETIS TÍTULO III DOS DECRETOS GERAIS E


GENERALIBUS ET DE INSTRUÇÕES
INSTRUCTIONIBUS
Can. 29 - Decreta generalia, quibus a Cân. 29 - Os decretos gerais, com os quais
legislatore competenti pro communitate são dadas pelo legislador competente
legis recipiendae capaci communia feruntur prescrições comuns a uma comunidade
praescripta, proprie sunt leges et reguntur capaz de receber leis, são propriamente
praescriptis canonum de legibus. leis e se regem pelas prescrições dos
cânones sobre as leis.

Can. 30 - Qui potestate exsecutiva tantum Cân. 30 - Quem tem só poder executivo
gaudet, decretum generale, de quo in não pode dar o decreto geral mencionado
can. 29, ferre non valet, nisi in casibus no cân. 29, a não ser que, em casos
particularibus ad normam iuris id ipsi a particulares de acordo com o direito, isso
legislatore competenti expresse fuerit lhe tenha sido expressamente concedido
concessum et servatis condicionibus in pelo legislador competente e observadas
actu concessionis statutis. as condições estabelecidas no ato da
concessão.

Can. 31 - § 1. Decreta generalia Cân. 31 - § 1. Os decretos gerais


exsecutoria, quibus nempe pressius executórios, isto é, aqueles pelos quais se
determinantur modi in lege applicanda determinam mais precisamente os modos
servandi aut legum observantia urgetur, a serem observados na aplicação da lei, ou
ferre valent, intra fines suae competentiae, com os quais se urge a observância das
qui potestate gaudent exsecutiva. leis, podem dá-los, dentro dos limites de
sua competência, os que têm poder
executivo.
§ 2. Ad decretorum promulgationem et § 2. No que se refere à promulgação e à
vacationem quod attinet, de quibus in § 1, vacância dos decretos mencionados no
serventur praescripta can. 8. § 1, observem-se as prescrições do cân. 8.

Can. 32 - Decreta generalia exsecutoria Cân. 32 - Os decretos gerais executórios


eos obligant qui tenentur legibus, quarum obrigam os que estão sujeitos às leis, cujo
eadem decreta modos applicationis modo de aplicação esses decretos
determinant aut observantiam urgent. determinam ou cuja observância urgem.

Can. 33 - § 1. Decreta generalia Cân. 33 - § 1. Os decretos gerais


exsecutoria, etiamsi edantur in directoriis executórios, mesmo se publicados em
aliusve nominis documentis, non derogant diretórios ou em semelhantes documentos,
legibus, et eorum praescripta quae legibus não derrogam as leis; suas disposições,
sint contraria omni vi carent. que forem contrárias às leis, não têm
nenhum valor.
§ 2. Eadem vim habere desinunt § 2. Esses decretos deixam de vigorar por
revocatione explicita aut implicita ab revogação explícita ou implícita, feita pela
auctoritate competenti facta, necnon autoridade competente e pela cessação da
cessante lege ad cuius exsecutionem data lei, para cuja execução foram dados; não
sunt; non autem cessant resoluto iure cessam, porém, pela cessação do direito
statuentis, nisi contrarium expresse de quem os estabeleceu, a não ser que se
caveatur. determine expressamente o contrário.

Can. 34 - § 1. Instructiones, quae nempe Cân. 34 - § 1. As instruções que


legum praescripta declarant atque rationes esclarecem as prescrições das leis e
in iisdem exsequendis servandas evolvunt expõem e determinam as modalidades a
et determinant, ad usum eorum dantur serem observadas na sua execução, são
quorum est curare ut leges exsecutioni dadas para uso daqueles a quem cabe
mandentur, eosque in legum exsecutione cuidar da execução das leis, e os obrigam
obligant; eas legitime edunt, intra fines nessa execução; podem dá-las
suae competentiae, qui potestate legitimamente, dentro dos limites de sua
exsecutiva gaudent. competência, os que têm poder executivo.
§ 2. Instructionum ordinationes legibus non § 2. As determinações das instruções não
derogant, et si quae cum legum derrogam as leis, e se alguma delas não se
praescriptis componi nequeant, omni vi puder compor com as prescrições das leis,
carent. não têm nenhum valor.
§ 3. Vim habere desinunt instructiones non § 3. As instruções deixam de vigorar não
tantum revocatione explicita aut implicita só pela revogação explícita ou implícita da
auctoritatis competentis, quae eas edidit, autoridade competente que as editou, ou
eiusve superioris, sed etiam cessante lege de seu superior, mas também pela
ad quam declarandam vel exsecutioni cessação da lei, para cujo esclarecimento
mandandam datae sunt. ou execução foram dadas.

TITULUS IV. DE ACTIBUS TÍTULO IV DOS ATOS


ADMINISTRATIVIS SINGULARIBUS ADMINISTRATIVOS SINGULARES
CAPUT I. NORMAE COMMUNES Capítulo I Normas Comuns
Can. 35 - Actus administrativus singularis, Cân. 35 - O ato administrativo singular,
sive est decretum aut praeceptum sive est quer seja decreto ou preceito, quer seja
rescriptum, elici potest, intra fines suae rescrito, pode ser praticado, dentro dos
competentiae, ab eo qui potestate limites de sua competência, por quem tem
exsecutiva gaudet, firmo praescripto o poder executivo, salva prescrição do cân.
can. 76, § 1. 76, § 1.

Can. 36 - § 1. Actus administrativus Cân. 36 - § 1. O ato administrativo deve


intellegendus est secundum propriam ser entendido segundo o sentido próprio
verborum significationem et communem das palavras e o uso comum de falar; na
loquendi usum; in dubio, qui ad lites dúvida, os que se referem a lides ou a
referuntur aut ad poenas comminandas cominação ou imposição de penas, os que
infligendasve attinent aut personae iura limitam direitos da pessoa ou lesam
coarctant aut iura aliis quaesita laedunt aut direitos adquiridos por outros, os que são
adversantur legi in commodum privatorum, contrários a uma lei para vantagem de
strictae subsunt interpretationi; ceteri particulares, estão sujeitos a uma
omnes, latae. interpretação estrita; todos os demais, a
uma interpretação larga.
§ 2. Actus administrativus non debet ad § 2. Um ato administrativo não deve ser
alios casus praeter expressos extendi. estendido a outros casos, além dos
expressamente mencionados.

Can. 37 - Actus administrativus, qui forum Cân. 37 - O ato administrativo referente ao


externum respicit, scripto est foro externo, deve ser consignado por
consignandus; item, si fit in forma escrito; do mesmo modo, o ato dessa
commissoria, actus huius exsecutionis. execução se se fizer em forma comissória.

Can. 38 - Actus administrativus, etiam si Cân. 38 - O ato administrativo, mesmo


agatur de rescripto Motu proprio dato, quando se tratar de um rescrito dado Motu
effectu caret quatenus ius alteri quaesitum Proprio, carece de eficácia, na medida em
laedit aut legi consuetudinive probatae que lesa um direito adquirido por outrem,
contrarius est, nisi auctoritas competens ou for contrário a uma lei ou costume
expresse clausulam derogatoriam aprovado, a não ser que a autoridade
addiderit. competente tenha acrescentado
expressamente uma cláusula derrogatória.

Can. 39 - Condiciones in actu Cân. 39 - Num ato administrativo, as


administrativo tunc tantum ad validitatem condições são consideradas postas para a
censentur adiectae, cum per particulas si, validade, somente quando expressas pelas
nisi, dummodo exprimuntur. partículas “se", “a não ser que”, “contanto
que".

Can. 40 - Exsecutor alicuius actus Cân. 40 - O executor de um ato


administrativi invalide suo munere fungitur, administrativo não desempenha
antequam litteras receperit earumque validamente seu encargo, antes de ter
authenticitatem et integritatem recebido o documento e de ter reconhecido
recognoverit, nisi praevia earundem notitia sua autenticidade e integridade, a não ser
ad ipsum auctoritate eundem actum que notificação prévia dele tenha sido
edentis transmissa fuerit. transmitida por autoridade de quem baixou
o ato.

Can. 41 - Exsecutor actus administrativi cui Cân. 41 - O executor de um ato


committitur merum exsecutionis administrativo, a quem se confia o mero
ministerium, exsecutionem huius actus encargo da execução, não pode negar a
denegare non potest, nisi manifesto execução desse ato, a não ser que
appareat eundem actum esse nullum aut apareça manifestamente que esse ato é
alia ex gravi causa sustineri non posse aut nulo ou que, por outra causa grave, não
condiciones in ipso actu administrativo pode ser sustentado, ou então, que não
appositas non esse adimpletas; si tamen foram cumpridas as condições postas no
actus administrativi exsecutio adiunctorum próprio ato administrativo. No entanto, se a
personae aut loci ratione videatur execução do ato administrativo parece
inopportuna, exsecutor exsecutionem importuna em razão de circunstâncias
intermittat; quibus in casibus statim pessoais e locais, o executor suspenda a
certiorem faciat auctoritatem quae actum execução; nesses casos, porém, informe
edidit. imediatamente a autoridade que baixou o
ato.

Can. 42 - Exsecutor actus administrativi Cân. 42 - O executor de um ato


procedere debet ad mandati normam; si administrativo deve proceder de acordo
autem condiciones essentiales in litteris com o mandato recebido; e se não cumprir
appositas non impleverit ac substantialem as condições essenciais postas no
procedendi formam non servaverit, irrita est documento e não observar a forma
exsecutio. substancial de proceder, a execução é
inválida.

Can. 43 - Actus administrativi exsecutor Cân. 43 - O executor de um ato


potest alium pro suo prudenti arbitrio sibi administrativo pode fazer-se substituir por
substituere, nisi substitutio prohibita fuerit, outros, segundo seu prudente arbítrio, a
aut electa industria personae, aut substituti não ser que a substituição tenha sido
persona praefinita; hisce autem in casibus proibida, ou então, que ele tenha sido
exsecutori licet alteri committere actus escolhido por sua competência pessoal,
praeparatorios. que tenha sido determinada anteriormente
a pessoa do substituto; nesses casos,
porém, é lícito ao executor confiar a outros
os atos preparatórios.

Can. 44 - Actus administrativus exsecutioni Cân. 44 - Um ato administrativo pode ser


mandari potest etiam ab exsecutoris executado pelo sucessor do executor no
successore in officio, nisi fuerit electa ofício, a não ser que tenha sido escolhido
industria personae. por sua competência pessoal.

Can. 45 - Exsecutori fas est, si quoquo Cân. 45 - É permitido ao executor, se de


modo in actus administrativi exsecutione algum modo tiver errado na execução do
erraverit, eundem actum iterum exsecutioni ato administrativo, executá-lo novamente.
mandare.

Can. 46 - Actus administrativus non cessat Cân. 46 - O ato administrativo não cessa
resoluto iure statuentis, nisi aliud iure pela cessação do direito daquele que o
expresse caveatur. baixou, salvo expressa determinação
contrária do direito.

Can. 47 - Revocatio actus administrativi Cân. 47 - A revogação de um ato


per alium actum administrativum administrativo por outro ato administrativo
auctoritatis competentis effectum da autoridade competente só obtém efeito
tantummodo obtinet a momento, quo a partir do momento em que é
legitime notificatur personae pro qua datus legitimamente notificado à pessoa para a
est. qual foi baixado.

CAPUT II. DE DECRETIS ET Capítulo II DOS DECRETOS E


PRAECEPTIS SINGULARIBUS PRECEITOS SINGULARES
Can. 48 - Decretum singulare intellegitur Cân. 48 - Por decreto singular entende-se
actus administrativus a competenti um ato administrativo da competente
auctoritate exsecutiva editus, quo autoridade executiva, pelo qual, segundo
secundum iuris normas pro casu particulari as normas do direito, para um caso
datur decisio aut fit provisio, quae natura particular se dá uma decisão ou uma
sua petitionem ab aliquo factam non provisão, que por si não pressupõem um
supponunt. pedido feito por alguém.

Can. 49 - Praeceptum singulare est Cân. 49 - Preceito singular é um decreto


decretum quo personae aut personis pelo qual se impõe, direta e legitimamente,
determinatis aliquid faciendum aut a determinada, pessoa ou pessoas, fazer
omittendum directe et legitime imponitur, ou omitir alguma coisa, principalmente para
praesertim ad legis observantiam urgir a observância de uma lei.
urgendam.

Can. 50 - Antequam decretum singulare Cân. 50 - Antes de baixar um decreto


ferat, auctoritas necessarias notitias et singular, a autoridade colha as necessárias
probationes exquirat, atque, quantum fieri informações e provas, e, na medida do
potest, eos audiat quorum iura laedi possível, ouça aqueles cujos direitos
possint. possam ser lesados.

Can. 51 - Decretum scripto feratur Cân. 51 - O decreto seja baixado por


expressis, saltem summarie, si agatur de escrito, expondo os motivos ao menos
decisione, motivis. sumariamente se se tratar de uma decisão.

Can. 52 - Decretum singulare vim habet Cân. 52 - O decreto singular tem valor
tantum quoad res de quibus decernit et pro somente a respeito de coisas sobre as
personis quibus datum est; eas vero ubique quais dispõe e das pessoas para quem foi
obligat, nisi aliud constet. dado; obriga-as, porém, em toda a parte, a
não ser que conste o contrário.

Can. 53 - Si decreta inter se sint contraria, Cân. 53 - Se os decretos são contrários


peculiare, in iis quae peculiariter entre si, o especial, naquilo que é expresso
exprimuntur, praevalet generali; si aeque de modo especial, prevalece sobre o geral;
sint peculiaria aut generalia, posterius se forem igualmente especiais ou gerais, o
tempore obrogat priori, quatenus ei posterior obroga o anterior, na medida em
contrarium est. que lhe é contrário.

Can. 54 - § 1. Decretum singulare, cuius Cân. 54 - § 1. O decreto singular tem efeito


applicatio committitur exsecutori, effectum a partir do momento da execução, se sua
habet a momento exsecutionis; secus a aplicação é confiada a um executor; caso
momento quo personae auctoritate ipsius contrário, a partir do momento em que for
decernentis intimatur. intimado à pessoa pela autoridade de
quem o baixou.
§ 2. Decretum singulare, ut urgeri possit, § 2. O decreto singular, para que possa ser
legitimo documento ad normam iuris urgido, deve ser intimado por legítimo
intimandum est. documento, de acordo com o direito.

Can. 55 - Firmo praescripto cann. 37 et 51, Cân. 55 - Salva a prescrição dos cân. 37 e
cum gravissima ratio obstet ne scriptus 51, quando uma gravíssima razão impede
decreti textus tradatur, decretum intimatum a entrega do texto do decreto, tem-se por
habetur si ei, cui destinatur, coram notario intimado esse decreto, se é lido à pessoa a
vel duobus testibus legatur, actis redactis, quem se destina, diante de notário ou de
ab omnibus praesentibus subscribendis. duas testemunhas. Redija-se uma ata que
deve ser assinada por todos os presentes.

Can. 56 - Decretum pro intimato habetur, si Cân. 56 - Tem-se por intimado o decreto,
is cui destinatur, rite vocatus ad decretum se aquele a quem se destina, devidamente
accipiendum vel audiendum, sine iusta convocado para receber ou ouvir o decreto,
causa non comparuerit vel subscribere sem justa causa não comparecer ou se
recusaverit. recusar a assinar.

Can. 57 - § 1. Quoties lex iubeat decretum Cân. 57 - § 1. Sempre que a lei impõe que
ferri vel ab eo, cuius interest, petitio vel um decreto seja baixado ou sempre que é
recursus ad decretum obtinendum legitime apresentado um pedido ou recurso para a
proponatur, auctoritas competens intra tres obtenção de um decreto, a autoridade
menses a recepta petitione vel recursu competente providencie, dentro de três
provideat, nisi alius terminus lege meses, a partir da recepção do pedido ou
praescribatur. do recurso, a não ser que por lei se
prescreva outro prazo.
§ 2. Hoc termino transacto, si decretum § 2. Transcorrido esse prazo, se o decreto
nondum datum fuerit, responsum ainda não tiver sido baixado, presume-se
praesumitur negativum, ad propositionem resposta negativa, no que se refere à
ulterioris recursus quod attinet. apresentação de um recurso ulterior.
§ 3. Responsum negativum praesumptum § 3. A presumida resposta negativa não
non eximit competentem auctoritatem ab exime a autoridade competente da
obligatione decretum ferendi, immo et obrigação de baixar o decreto e também de
damnum forte illatum, ad normam can. 128, reparar o dano eventualmente causado, de
reparandi. acordo com o cân.128.

Can. 58 - § 1. Decretum singulare vim Cân. 58 - § 1. O decreto singular deixa de


habere desinit legitima revocatione ab vigorar por revogação legítima, feita pela
auctoritate competenti facta necnon autoridade competente, e também pela
cessante lege ad cuius exsecutionem cessação da lei, para cuja execução foi
datum est. baixado.
§ 2. Praeceptum singulare, legitimo § 2. O preceito singular, não imposto por
documento non impositum, cessat resoluto documento legítimo, cessa, uma vez
iure praecipientis. cessado o direito de quem o deu.

CAPUT III. DE RESCRIPTIS Capítulo III DOS RESCRITOS


Can. 59 - § 1. Rescriptum intellegitur actus Cân. 59 - § 1. Por rescrito entende-se o ato
administrativus a competenti auctoritate administrativo baixado por escrito pela
exsecutiva in scriptis elicitus, quo suapte competente autoridade executiva,
natura, ad petitionem alicuius, conceditur mediante o qual, por sua própria natureza,
privilegium, dispensatio aliave gratia. se concede privilégio, dispensa ou outra
graça, a pedido de alguém.
§ 2. Quae de rescriptis statuuntur § 2. O que se prescreve sobre os rescritos
praescripta, etiam de licentiae concessione vale também para a concessão de licença
necnon de concessionibus gratiarum vivae e para as concessões de graças a viva
vocis oraculo valent, nisi aliud constet. voz, a não ser que conste o contrário.

Can. 60 - Rescriptum quodlibet impetrari Cân. 60 - Qualquer rescrito pode ser


potest ab omnibus qui expresse non impetrado por todos os que não são
prohibentur. expressamente proibidos.

Can. 61 - Nisi aliud constet, rescriptum Cân. 61 - Se não constar o contrário, um


impetrari potest pro alio, etiam praeter eius rescrito pode ser impetrado em favor de
assensum, et valet ante eiusdem outros, mesmo sem a sua anuência, e tem
acceptationem, salvis clausulis contrariis. valor antes da sua aceitação, salvo
cláusulas contrárias.

Can. 62 - Rescriptum in quo nullus datur Cân. 62 - O rescrito para o qual não se
exsecutor, effectum habet a momento quo designa executor, tem efeito a partir do
datae sunt litterae; cetera, a momento instante em que é dado o documento; os
exsecutionis. outros, a partir do momento da execução.

Can. 63 - § 1. Validitati rescripti obstat Cân. 63 - § 1. Impede a validade do


subreptio seu reticentia veri, si in precibus rescrito a sub-repção ou reticência da
expressa non fuerint quae secundum verdade, se no pedido não for expresso
legem, stilum et praxim canonicam ad tudo o que o deve ser para a validade, de
validitatem sunt exprimenda, nisi agatur de acordo com a lei, o estilo e a praxe
rescripto gratiae, quod Motu proprio datum canônica, a não ser que se trate de rescrito
sit. de uma graça, dado Motu proprio.
§ 2. Item validitati rescripti obstat obreptio § 2. Igualmente impede a validade do
seu expositio falsi, si ne una quidem causa rescrito a ob-repção ou exposição de
motiva proposita sit vera. falsidade, se nenhuma das causas motivas
for verdadeira.
§ 3. Causa motiva in rescriptis quorum § 3. Nos rescritos sem executor, a causa
nullus est exsecutor, vera sit oportet motiva deve ser verdadeira no momento
tempore quo rescriptum datum est; in em que foi dado o rescrito; nos outros, no
ceteris, tempore exsecutionis. momento da execução.

Can. 64 - Salvo iure Paenitentiariae pro Cân. 64 - Salvo o direito da Penitenciaria


foro interno, gratia a quovis dicasterio para o foro interno, uma graça negada por
Romanae Curiae denegata, valide ab alio qualquer dicastério da Cúria Romana não
eiusdem Curiae dicasterio aliave pode ser concedida validamente por outro
competenti auctoritate infra Romanum dicastério dessa Cúria ou por outra
Pontificem concedi nequit, sine assensu autoridade competente abaixo do Romano
dicasterii quocum agi coeptum est. Pontífice, sem a anuência do dicastério
com o qual se começou a tratar.

Can. 65 - § 1. Salvis praescriptis §§ 2 et 3, Cân. 65 - § 1. Salvas as prescrições dos


nemo gratiam a proprio Ordinario §§ 2 e 3, ninguém peça a outro Ordinário
denegatam ab alio Ordinario petat, nisi uma graça negada pelo seu próprio
facta denegationis mentione; facta autem Ordinário, a não ser fazendo menção da
mentione, Ordinarius gratiam ne concedat, negativa; feita, porém, a menção, o
nisi habitis a priore Ordinario denegationis Ordinário não conceda a graça, a não ser
rationibus. após obter do primeiro Ordinário as razões
da negativa.
§ 2. Gratia a Vicario generali vel a Vicario § 2. Uma graça negada por um Vigário
episcopali denegata, ab alio Vicario geral ou por um Vigário episcopal não pode
eiusdem Episcopi, etiam habitis a Vicario ser validamente concedida por outro
denegante denegationis rationibus, valide Vigário do mesmo Bispo, ainda quando
concedi nequit. tenha obtido, do Vigário que negou, as
razões da negativa.
§ 3. Gratia a Vicario generali vel a Vicario § 3. Uma graça negada por um Vigário
episcopali denegata et postea, nulla facta Geral ou por um Vigário episcopal e depois
huius denegationis mentione, ab Episcopo obtida do Bispo diocesano, sem ter feito
dioecesano impetrata, invalida est; gratia menção da negativa, é inválida; uma graça,
autem ab Episcopo dioecesano denegata porém, negada pelo Bispo diocesano, não
nequit valide, etiam facta denegationis pode ser validamente obtida de seu Vigário
mentione, ab eius Vicario generali vel geral ou de seu Vigário episcopal, sem o
Vicario episcopali, non consentiente consentimento do Bispo, mesmo fazendo
Episcopo, impetrari. menção da negativa.

Can. 66 - Rescriptum non fit irritum ob Cân. 66 - O rescrito não se torna inválido
errorem in nomine personae cui datur vel a por erro no nome da pessoa à qual é dado
qua editur, aut loci in quo ipsa residet, aut ou ela qual é concedido, do lugar em que
rei de qua agitur, dummodo iudicio ela reside, ou da coisa a que se refere,
Ordinarii nulla sit de ipsa persona vel de re contanto que, a juízo do Ordinário, não
dubitatio. haja dúvida a respeito da própria pessoa
ou coisa.

Can. 67 - § 1. Si contingat ut de una Cân. 67 - § 1. Se acontecer serem obtidos


eademque re duo rescripta inter se dois rescritos contrários entre si a respeito
contraria impetrentur, peculiare, in iis quae da mesma coisa, o peculiar, naquilo que é
peculiariter exprimuntur, praevalet generali. expresso em forma peculiar, prevalece
sobre o geral.
§ 2. Si sint aeque peculiaria aut generalia, § 2. Se forem igualmente peculiares ou
prius tempore praevalet posteriori, nisi in gerais, o primeiro tempo prevalece sobre o
altero fiat mentio expressa de priore, aut posterior, a não ser que no segundo se
nisi prior impetrator dolo vel notabili faça menção expressa do primeiro, ou que
neglegentia sua rescripto usus non fuerit. o primeiro impetrante não tiver usado do
rescrito por dolo ou notável negligência
sua.
§ 3. In dubio num rescriptum irritum sit § 3. Na dúvida se um rescrito é ou não
necne, recurratur ad rescribentem. inválido, recorra-se a quem deu o rescrito

Can. 68 - Rescriptum Sedis Apostolicae in Cân. 68 - Um rescrito da Sé Apostólica, em


quo nullus datur exsecutor, tunc tantum que não é designado executor, só deve ser
debet Ordinario impetrantis praesentari, apresentado ao Ordinário do impetrante
cum id in iisdem litteris praecipitur, aut de quando isso é ordenado no próprio
rebus agitur publicis, aut comprobari documento, ou se trata de coisas públicas,
condiciones oportet. ou há necessidade de se comprovarem as
condições.
Can. 69 - Rescriptum, cuius praesentationi Cân. 69 - O rescrito, para cuja
nullum est definitum tempus, potest apresentação não foi determinado nenhum
exsecutori exhiberi quovis tempore, modo prazo, pode ser exibido ao executor em
absit fraus et dolus. qualquer tempo, contanto que não haja
fraude nem dolo.

Can. 70 - Si in rescripto ipsa concessio Cân. 70 - Se no rescrito for confiada ao


exsecutori committatur, ipsius est pro suo executor a própria concessão, compete a
prudenti arbitrio et conscientia gratiam ele, segundo seu prudente arbítrio e sua
concedere vel denegare. consciência, conceder ou negar a graça.

Can. 71 - Nemo uti tenetur rescripto in sui Cân. 71 - Ninguém está obrigado a usar de
dumtaxat favorem concesso, nisi aliunde um rescrito concedido unicamente em seu
obligatione canonica ad hoc teneatur. favor, a não ser que, por outro título, isso
lhe seja imposto por obrigação canônica.

Can. 72 - Rescripta ab Apostolica Sede Cân. 72 - Os rescritos concedidos pela Sé


concessa, quae exspiraverint, ab Episcopo Apostólica e que tiverem expirado, podem,
dioecesano iusta de causa semel prorogari por justa causa, ser validamente
possunt, non tamen ultra tres menses. prorrogados uma vez pelo Bispo
diocesano, não, porém, por mais de três
meses.

Can. 73 - Per legem contrariam nulla Cân. 73 - Nenhum rescrito é revogado por
rescripta revocantur, nisi aliud in ipsa lege uma lei contrária, a não ser que na própria
caveatur. lei se determine o contrário.

Can. 74 - Quamvis gratia oretenus sibi Cân. 74 - Embora alguém possa usar no
concessa quis in foro interno uti possit, foro interno de uma graça que lhe foi
tenetur illam pro foro externo probare, concedida oralmente, deve prová-la no foro
quoties id legitime ab eo petatur. externo, sempre que isso lhe for
legitimamente solicitado.

Can. 75 - Si rescriptum contineat Cân. 75 - Se o rescrito contém privilégio ou


privilegium vel dispensationem, serventur dispensa, observem-se também as
insuper praescripta canonum qui prescrições dos cânones seguintes.
sequuntur.

CAPUT IV. DE PRIVILEGIIS Capítulo IV DOS PRIVILÉGIOS


Can. 76 - § 1. Privilegium, seu gratia in Cân. 76 - § 1. Privilégio, ou graça em favor
favorem certarum personarum sive de determinadas pessoas físicas ou
physicarum sive iuridicarum per peculiarem jurídicas concedida por ato especial, pode
actum facta, concedi potest a legislatore ser concedido pelo legislador e por uma
necnon ab auctoritate exsecutiva cui autoridade executiva, à qual o legislador
legislator hanc potestatem concesserit. tenha concedido esse poder.
§ 2. Possessio centenaria vel § 2. A posse centenária ou imemorial gera
immemorabilis praesumptionem inducit a presunção de que esse privilégio tenha
concessi privilegii. sido concedido.

Can. 77 - Privilegium interpretandum est ad Cân. 77 - O privilégio deve ser interpretado


normam can. 36, § 1; sed ea semper de acordo com o cân. 36, § 1; mas, sempre
adhibenda est interpretatio, qua privilegio se deve usar uma interpretação pela qual
aucti aliquam revera gratiam consequantur. os contemplados pelo privilégio obtenham
realmente alguma graça.

Can. 78 - § 1. Privilegium praesumitur Cân. 78 - § 1. O privilégio presume-se


perpetuum, nisi contrarium probetur. perpétuo, a não ser que se prove o
contrário.
§ 2. Privilegium personale, quod scilicet § 2. O privilégio pessoal, isto é, o que
personam sequitur, cum ipsa extinguitur. acompanha a pessoa, extingue-se com ela.
§ 3. Privilegium reale cessat per absolutum § 3. O privilégio real cessa com a
rei vel loci interitum; privilegium vero locale, destruição total da coisa ou do lugar; o
si locus intra quinquaginta annos privilégio local, porém, revive, se o lugar for
restituatur, reviviscit. restaurado dentro de cinqüenta anos.

Can. 79 - Privilegium cessat per Cân. 79 - O privilégio cessa pela


revocationem competentis auctoritatis ad revogação por parte da autoridade
normam can. 47, firmo praescripto can. 81. competente, de acordo com o cân. 47,
salva a prescrição do cân. 81.

Can. 80 - § 1. Nullum privilegium per Cân. 80 - § 1. Nenhum privilégio cessa por


renuntiationem cessat, nisi haec a renúncia, a não ser que tenha sido aceita
competenti auctoritate fuerit acceptata. pela autoridade competente.
§ 2. Privilegio in sui dumtaxat favorem § 2. Qualquer pessoa física pode renunciar
concesso quaevis persona physica a um privilégio concedido unicamente em
renuntiare potest. seu favor.
§ 3. Privilegio concesso alicui personae § 3. Não podem as pessoas, singularmente
iuridicae, aut ratione dignitatis loci vel rei, tomadas, renunciar a um privilégio
singulae personae renuntiare nequeunt; concedido a alguma pessoa jurídica, ou em
nec ipsi personae iuridicae integrum est razão da dignidade do lugar ou da coisa;
privilegio sibi concesso renuntiare, si nem à própria pessoa jurídica é facultado
renuntiatio cedat in Ecclesiae aliorumve renunciar a um privilégio que lhe foi
praeiudicium. concedido, se a renúncia redundar em
prejuízo da Igreja ou de ou de outros.

Can. 81 - Resoluto iure concedentis, Cân. 81 - Cessado o direito do concedente,


privilegium non extinguitur, nisi datum fuerit o privilégio não se extingue a não ser que
cum clausula ad beneplacitum nostrum vel tenha sido dado com a cláusula ad
alia aequipollenti. beneplacitum nostrum, ou equivalente.

Can. 82 - Per non usum vel per usum Cân. 82 - O privilégio não oneroso a outros
contrarium privilegium aliis haud onerosum não cessa pelo não-uso ou pelo uso
non cessat; quod vero in aliorum gravamen contrário; aquele, porém, que redundar em
cedit, amittitur, si accedat legitima ônus para outros, perde- se, havendo
praescriptio. prescrição legítima.

Can. 83 - § 1. Cessat privilegium elapso Cân. 83 - § 1. O privilégio cessa


tempore vel expleto numero casuum pro transcorrido o tempo, ou completado o
quibus concessum fuit, firmo praescripto número de casos para os quais foi
can. 142, § 2. concedido, salva a prescrição do cân. 142
§ 2.
§ 2. Cessat quoque, si temporis progressu § 2. Cessa também, com o correr do
rerum adiuncta ita iudicio auctoritatis tempo, se de tal modo tiverem mudado as
competentis immutata sint, ut noxium circunstâncias que, a juízo da autoridade
evaserit aut eius usus illicitus fiat. competente, se tenha tornado prejudicial
ou seu uso se tenha tornado ilícito.

Can. 84 - Qui abutitur potestate sibi ex Cân. 84 - Quem abusa do poder que foi
privilegio data, privilegio ipso privari dado por um privilégio, merece ser privado
meretur; quare, Ordinarius, frustra monito dele; por isso, o Ordinário, tendo em vão
privilegiario, graviter abutentem privet admoestado o privilegiado, retire o
privilegio quod ipse concessit; quod si privilégio, que ele mesmo concedeu, de
privilegium concessum fuerit ab Apostolica quem dele abusa gravemente. Se o
Sede, eandem Ordinarius certiorem facere privilégio tiver sido concedido pela Sé
tenetur. Apostólica, o Ordinário está obrigado a
informá-la.

CAPUT V. DE DISPENSATIONIBUS Capítulo V DAS DISPENSAS


Can. 85 - Dispensatio, seu legis mere Cân. 85 - A dispensa, ou relaxação de uma
ecclesiasticae in casu particulari relaxatio, lei meramente eclesiástica num caso
concedi potest ab iis qui potestate gaudent particular, pode ser concedida pelos que
exsecutiva intra limites suae competentiae, têm poder executivo, dentro dos limites de
necnon ab illis quibus potestas dispensandi sua competência e também por aqueles
explicite vel implicite competit sive ipso iure aos quais compete, explícita ou
sive vi legitimae delegationis. implicitamente, o poder de dispensar pelo
próprio direito ou por legítima delegação.

Can. 86 - Dispensationi obnoxiae non sunt Cân. 86 - Não são susceptíveis de


leges quatenus ea definiunt, quae dispensa as leis enquanto definem as
institutorum aut actuum iuridicorum coisas essencialmente constitutivas dos
essentialiter sunt constitutiva. institutos ou dos atos jurídicos.

Can. 87 - § 1. Episcopus dioecesanus Cân. 87 - § 1. O Bispo diocesano, sempre


fideles, quoties id ad eorundem spirituale que julgar que isso possa concorrer para o
bonum conferre iudicet, dispensare valet in bem espiritual dos fiéis, pode dispensá-los
legibus disciplinaribus tam universalibus das leis disciplinares, universais ou
quam particularibus pro suo territorio vel particulares, dadas pela suprema
suis subditis a suprema Ecclesiae autoridade da Igreja para o seu território ou
auctoritate latis, non tamen in legibus para os seus súditos; não porém, das leis
processualibus aut poenalibus, nec in iis processuais ou penais, nem daquelas cuja
quarum dispensatio Apostolicae Sedi aliive dispensa é reservada especialmente à Sé
auctoritati specialiter reservatur. Apostólica ou a outra autoridade.
§ 2. Si difficilis sit recursus ad Sanctam § 2. Se é difícil o recurso à Santa Sé e, ao
Sedem et simul in mora sit periculum gravis mesmo tempo, há perigo de grave dano na
damni, Ordinarius quicumque dispensare demora, qualquer Ordinário pode dispensar
valet in iisdem legibus, etiam si dispensatio dessas leis, mesmo se a dispensa for
reservatur Sanctae Sedi, dummodo agatur reservada à Santa Sé, contanto que se
de dispensatione quam ipsa in iisdem trate de dispensa que ela própria costuma
adiunctis concedere solet, firmo praescripto conceder nessas circunstâncias, salva a
can. 291. prescrição do cân. 291.
Can. 88 - Ordinarius loci in legibus Cân. 88 - Pode o Ordinário local dispensar
dioecesanis atque, quoties id ad fidelium das leis diocesanas e, sempre que o julgar
bonum conferre iudicet, in legibus a conveniente para o bem dos fiéis, das leis
Concilio plenario vel provinciali aut ab dadas pelo Concílio plenário ou provincial
Episcoporum conferentia latis dispensare ou pela Conferência dos Bispos.
valet.

Can. 89 - Parochus aliique presbyteri aut Cân. 89 - O pároco e outros presbíteros ou


diaconi a lege universali et particulari diáconos não podem dispensar de lei
dispensare non valent, nisi haec potestas universal ou particular, a não ser que esse
ipsis expresse concessa sit. poder lhes tenha sido expressamente
concedido.

Can. 90 - § 1. A lege ecclesiastica ne Cân. 90 - § 1. Não se dispense de lei


dispensetur sine iusta et rationabili causa, eclesiástica sem causa justa e razoável,
habita ratione adiunctorum casus et levando-se em conta as circunstâncias do
gravitatis legis a qua dispensatur; alias caso e a gravidade da lei da qual se
dispensatio illicita est et, nisi ab ipso dispensa; do contrário, a dispensa é ilícita
legislatore eiusve superiore data sit, etiam e, a não ser que tenha sido dada pelo
invalida. próprio legislador ou por seu superior,
também inválida.
§ 2. Dispensatio in dubio de sufficientia § 2. A dispensa, em caso de dúvida sobre
causae valide et licite conceditur. a suficiência da causa, é concedida válida
e licitamente.

Can. 91 - Qui gaudet potestate dispensandi Cân. 91 - Quem tem poder de dispensar
eam exercere valet, etiam extra territorium pode exercê-lo, mesmo estando fora do
exsistens, in subditos, licet e territorio seu território, em favor de seus súditos,
absentes, atque, nisi contrarium expresse embora ausentes do território; e, salvo
statuatur, in peregrinos quoque in territorio determinação expressa em contrário, em
actu degentes, necnon erga seipsum. favor também dos forasteiros que se
encontram de fato no território, bem como
em favor de si mesmo.

Can. 92 - Strictae subest interpretationi non Cân. 92 - Deve ter interpretação estrita,
solum dispensatio ad normam can. 36, § 1, não só a dispensa de acordo com o cân.
sed ipsamet potestas dispensandi ad 36 § 1, mas também a própria faculdade de
certum casum concessa. dispensar concedida para um caso
determinado.

Can. 93 - Dispensatio quae tractum habet Cân. 93 - A dispensa que tiver


successivum cessat iisdem modis quibus desenvolvimento sucessivo, cessa do
privilegium, necnon certa ac totali mesmo modo que o privilégio, bem como
cessatione causae motivae. pela cessação certa e total da causa
motiva.

TITULUS V. DE STATUTIS ET TÍTULO V DOS ESTATUTOS E


ORDINIBUS REGIMENTOS
Can. 94 - § 1. Statuta, sensu proprio, sunt Cân. 94 - § 1. Estatutos, em sentido
ordinationes quae in universitatibus sive próprio, são determinações estabelecidas
personarum sive rerum ad normam iuris de acordo com o direito nas universidades
conduntur, et quibus definiuntur earundem de pessoas ou de coisas, e por meio das
finis, constitutio, regimen atque agendi quais são definidos sua finalidade,
rationes. constituição, regime e modo de agir.
§ 2. Statutis universitatis personarum § 2. Aos estatutos das universalidades de
obligantur solae personae quae legitime pessoas estão obrigadas somente as
eiusdem membra sunt; statutis rerum pessoas que são legitimamente seus
universitatis, ii qui eiusdem moderamen membros; aos estatutos de uma
curant. universalidade de coisas, aqueles que
cuidam da sua direção.
§ 3. Quae statutorum praescripta vi § 3. As prescrições dos estatutos que
potestatis legislativae condita et foram estabelecidas e promulgadas em
promulgata sunt, reguntur praescriptis virtude de poder legislativo regem-se pelas
canonum de legibus. prescrições dos cânones sobre as leis.

Can. 95 - § 1. Ordines sunt regulae seu Cân. 95 - § 1. Regimentos são regras ou


normae quae servari debent in personarum normas que se devem observar nas
conventibus, sive ab auctoritate reuniões de pessoas, marcadas pela
ecclesiastica indictis sive a christifidelibus autoridade eclesiástica ou livremente
libere convocatis, necnon aliis in convocadas pelos fiéis, como também em
celebrationibus, et quibus definiuntur quae outras celebrações, e pelas quais se
ad constitutionem, moderamen et rerum determina o que pertence à constituição, à
agendarum rationes pertinent. direção e ao modo de agir.
§ 2. In conventibus celebrationibusve, ii § 2. Nas reuniões ou nas celebrações,
regulis ordinis tenentur, qui in iisdem estão obrigados às regras do regimento os
partem habent. que delas participam.

TITULUS VI. DE PERSONIS PHYSICIS ET TÍTULO VI DAS PESSOAS FÍSICAS E


IURIDICIS JURÍDICAS
CAPUT I. DE PERSONARUM Capítulo I DA CONDIÇÃO CANÔNICA
PHYSICARUM CONDICIONE CANONICA DAS PESSOAS FÍSICAS
Can. 96 - Baptismo homo Ecclesiae Christi Cân. 96 - Pelo batismo o homem é
incorporatur et in eadem constituitur incorporado à igreja de Cristo e nela
persona, cum officiis et iuribus quae constituído pessoa, com os deveres e os
christianis, attenta quidem eorum direitos que são próprios dos cristãos,
condicione, sunt propria, quatenus in tendo-se presente a condição deles,
ecclesiastica sunt communione et nisi enquanto se encontram na comunhão
obstet lata legitime sanctio. eclesiástica, a não ser que se oponha uma
sanção legitimamente infligida.

Can. 97 - § 1. Persona quae Cân. 97 - § 1. A pessoa que completou


duodevigesimum aetatis annum explevit, dezoito anos é maior; abaixo dessa idade,
maior est; infra hanc aetatem, minor. é menor.
§ 2. Minor, ante plenum septennium, dicitur § 2. O menor, antes dos sete anos
infans et censetur non sui compos, expleto completos, chama-se criança, e é
autem septennio, usum rationis habere considerado não senhor de si;
praesumitur. completados, porém, os sete anos,
presume-se que tenha o uso da razão.

Can. 98 - § 1. Persona maior plenum habet Cân. 98 - § 1. A pessoa maior tem o pleno
suorum iurium exercitium. exercício de seus direitos.
§ 2. Persona minor in exercitio suorum § 2. A pessoa menor, no exercício de seus
iurium potestati obnoxia manet parentum direitos, permanece dependente do poder
vel tutorum, iis exceptis in quibus minores dos pais ou tutores, exceto naquilo em que
lege divina aut iure canonico ab eorum os menores estão isentos do poder deles
potestate exempti sunt; ad constitutionem por lei divina ou pelo direito canônico; no
tutorum eorumque potestatem quod attinet, que concerne à constituição de tutores e
serventur praescripta iuris civilis, nisi iure ao seu poder, observem-se as prescrições
canonico aliud caveatur, aut Episcopus do direito civil, a não ser que haja
dioecesanus in certis casibus iusta de determinação diversa do direito canônico,
causa per nominationem alius tutoris ou que o Bispo diocesano em
providendum aestimaverit. determinados casos tenha julgado, por
justa causa, dever-se providenciar pela
nomeação de outro tutor.

Can. 99 - Quicumque usu rationis habitu Cân. 99 - Todo aquele que carece
caret, censetur non sui compos et habitualmente do uso da razão é
infantibus assimilatur. considerado não senhor de si e equiparado
às crianças.

Can. 100 - Persona dicitur: incola, in loco Cân. 100 - A pessoa chama-se: morador,
ubi est eius domicilium; advena, in loco ubi no lugar onde tem seu domicílio;
quasi-domicilium habet; peregrinus, si adventício, no lugar onde tem quase-
versetur extra domicilium et quasi- domicílio; forasteiro, se se encontra fora do
domicilium quod adhuc retinet; vagus, si domicílio e quase domicílio que ainda
nullibi domicilium habeat vel quasi- conserva; vagante, se não tem domicílio ou
domicilium. quase-domicílio em nenhum lugar.

Can. 101 - § 1. Locus originis filii, etiam Cân. 101 - § 1. O lugar de origem do filho,
neophyti, est ille in quo cum filius natus est, mesmo neófito, é aquele onde os pais
domicilium, aut, eo deficiente, quasi- tinham domicílio ou, na falta deste, quase-
domicilium habuerunt parentes vel, si domicílio, quando o filho nasceu; ou, se os
parentes non habuerint idem domicilium vel pais não tinham o mesmo domicílio ou
quasi-domicilium, mater. quase-domicílio, onde a mãe o tem.
§ 2. Si agatur de filio vagorum, locus § 2. Tratando-se de filho de vagos, o lugar
originis est ipsemet nativitatis locus; si de de origem é o próprio lugar do nascimento;
exposito, est locus in quo inventus est. tratando-se de um exposto, é o lugar onde
foi encontrado.

Can. 102 - § 1. Domicilium acquiritur ea in Cân. 102 - § 1. Adquire-se o domicílio pela


territorio alicuius paroeciae aut saltem residência no território de uma paróquia ou,
dioecesis commoratione, quae aut ao menos de uma diocese que, ou esteja
coniuncta sit cum animo ibi perpetuo unida à intenção de aí permanecer
manendi si nihil inde avocet, aut ad perpetuamente se nada afastar daí, ou se
quinquennium completum sit protracta. tenha prolongado por cinco anos
completos.
§ 2. Quasi-domicilium acquiritur ea § 2. Adquire-se o quase-domicílio pela
commoratione in territorio alicuius residência no território de uma paróquia, ou
paroeciae aut saltem dioecesis, quae aut ao menos de uma diocese que, ou esteja
coniuncta sit cum animo ibi manendi saltem unida à intenção de aí permanecer ao
per tres menses si nihil inde avocet, aut ad menos por três meses se nada afastar daí,
tres menses reapse sit protracta. ou se tenha prolongado de fato por três
meses.
§ 3. Domicilium vel quasi-domicilium in § 3. O domicílio ou quase-domicílio no
territorio paroeciae dicitur paroeciale; in território de uma paróquia chama-se
territorio dioecesis, etsi non in paroecia, paroquial; no território de uma diocese,
dioecesanum. embora não numa paróquia, diocesano.

Can. 103 - Sodales institutorum Cân. 103 - Os membros dos institutos


religiosorum et societatum vitae religiosos e das sociedades de vida
apostolicae domicilium acquirunt in loco ubi apostólica adquirem domicílio, no lugar
sita est domus cui adscribuntur; quasi- onde se encontra a casa à qual estão
domicilium in domo ubi, ad normam adscritos; o quase-domicílio, na casa em
can. 102, § 2, commorantur. que moram, de acordo com o cân. 102 § 2.

Can. 104 - Coniuges commune habeant Cân. 104 - Os cônjuges tenham domicílio
domicilium vel quasi-domicilium; legitimae ou quase-domicílio comum; em razão de
separationis ratione vel alia iusta de causa, legítima separação ou de outra justa
uterque habere potest proprium domicilium causa, cada qual pode ter domicílio ou
vel quasi-domicilium. quase-domicílio próprio.

Can. 105 - § 1. Minor necessario retinet Cân. 105 - § 1. O menor conserva


domicilium et quasi-domicilium illius, cuius necessariamente o domicílio ou quase-
potestati subicitur. Infantia egressus potest domicílio daquele, a cujo poder está
etiam quasi-domicilium proprium acquirere; sujeito. Saindo da infância, pode adquirir
atque legitime ad normam iuris civilis também quase-domicílio próprio; e uma
emancipatus, etiam proprium domicilium. vez emancipado de acordo com o direito
civil, também o domicílio próprio.
§ 2. Quicumque alia ratione quam § 2. Quem, por uma razão diversa da
minoritate, in tutelam vel curatelam legitime menoridade, foi entregue à tutela ou à
traditus est alterius, domicilium et quasi- curatela de outros, tem o domicílio e quase-
domicilium habet tutoris vel curatoris. domicílio e quase-domicílio do tutor ou
curador.

Can. 106 - Domicilium et quasi-domicilium Cân. 106 - Perde-se o domicílio e o quase-


amittitur discessione a loco cum animo non domicílio pela saída do lugar, com a
revertendi, salvo praescripto can. 105. intenção de não mais voltar, salva a
determinação do cân. 105.

Can. 107 - § 1. Tum per domicilium tum per Cân. 107 - § 1. Tanto pelo domicílio, como
quasi-domicilium suum quisque parochum pelo quase-domicílio, cada um obtém seu
et Ordinarium sortitur. pároco e Ordinário.
§ 2. Proprius vagi parochus vel Ordinarius § 2. O pároco ou Ordinário próprios do
est parochus vel Ordinarius loci in quo vago é o pároco ou o Ordinário do lugar
vagus actu commoratur. onde o vago se encontra.
§ 3. Illius quoque qui non habet nisi § 3. O pároco próprio daquele que tem
domicilium vel quasi-domicilium domicílio ou quase-domicílio só diocesano
dioecesanum, parochus proprius est é o pároco do lugar onde ele se encontra.
parochus loci in quo actu commoratur.
Can. 108 - § 1. Consanguinitas computatur Cân. 108 - § 1. Conta-se a
per lineas et gradus. consangüinidade por linhas e graus.
§ 2. In linea recta tot sunt gradus quot § 2. Em linha reta, tantos são os graus
generationes, seu quot personae, stipite quantas as gerações, ou as pessoas,
dempto. omitindo o tronco.
§ 3. In linea obliqua tot sunt gradus quot § 3. Na linha colateral, tantos são os graus
personae in utraque simul linea, stipite quantas as pessoas em ambas as linhas,
dempto. omitindo o tronco.

Can. 109 - § 1. Affinitas oritur ex Cân. 109 - § 1. A afinidade se origina de


matrimonio valido, etsi non consummato, um matrimônio válido, mesmo não
atque viget inter virum et mulieris consumado, e vigora entre o marido e os
consanguineos, itemque mulierem inter et consangüíneos da mulher, e entre a mulher
viri consanguineos. e os consangüíneos do marido.
§ 2. Ita computatur ut qui sunt § 2. Conta-se de tal maneira que os
consanguinei viri, iidem in eadem linea et consangüíneos do marido sejam, na
gradu sint affines mulieris, et vice versa. mesma linha e grau, afins da mulher, e vice-
versa.

Can. 110 - Filii, qui ad normam legis civilis Cân. 110 - Os filhos que tenham sido
adoptati sint, habentur ut filii eius vel eorum adotados de acordo com a lei civil são
qui eos adoptaverint. considerados filhos daquele ou daqueles
que os adotaram.

Can. 111 - § 1. Ecclesiae latinae per Cân. 111 - § 1. Pela receção do baptismo
receptum baptismum adscribitur filius fica adscrito à Igreja latina o filho de pais
parentum, qui ad eam pertinent vel, si que a ela pertençam ou, se um ou outro a
alteruter ad eam non pertineat, ambo esta não pertencer, ambos, de comum
concordi voluntate optaverint ut proles in acordo, tiverem optado por que a prole
Ecclesia latina baptizaretur; quodsi concors fosse batizada na Igreja latina; na falta de
voluntas desit, Ecclesiae sui iuris ad quam acordo, fica adscrito à Igreja de seu direito
pater pertinet adscribitur. a que o pai pertence.
§ 2. Si vero unus tantum ex parentibus sit § 2. Se apenas um dos progenitores for
catholicus, Ecclesiae ad quam hic parens católico, fica adscrito à Igreja a que
catholicus pertinet adscribitur. pertence este progenitor católico.
§ 3. Quilibet baptizandus qui quartum § 3. O batizando que tiver completado
decimum aetatis annum expleverit, libere catorze anos de idade pode livremente
potest eligere ut in Ecclesia latina vel in alia escolher batizar-se na Igreja latina ou em
Ecclesia sui iuris baptizetur; quo in casu, outra Igreja de seu direito; neste caso, ele
ipse ad eam Ecclesiam pertinet quam fica a pertencer à Igreja que tiver
elegerit. escolhido.

Can. 112 - § 1. Post receptum baptismum, Cân. 112 - § 1. Depois de recebido o


alii Ecclesiae sui iuris adscribuntur: batismo, são adscritos a outra Igreja sui
iuris:
1° qui licentiam ab Apostolica Sede 1.° Quem tiver obtido licença da Sé
obtinuerit; Apostólica;
2° coniux qui, in matrimonio ineundo vel 2.° O cônjuge que, ao contrair
eo durante, ad Ecclesiam sui iuris alterius matrimónio ou durante ele, declarar que
coniugis se transire declaraverit; passa para a Igreja sui iuris do outro
matrimonio autem soluto, libere potest ad cônjuge; dissolvido, porém, o matrimónio,
latinam Ecclesiam redire; pode regressar livremente à Igreja latina;
3° filii eorum, de quibus in nn. 1 et 2, 3.° Os filhos das pessoas referidas nos
ante decimum quartum aetatis annum n.os l e 2, antes dos 14 anos completos, e
completum itemque, in matrimonio mixto, ainda, nos matrimónios mistos, os filhos da
filii partis catholicae quae ad aliam parte católica que tenham passado
Ecclesiam sui iuris legitime transierit; legitimamente para outra Igreja sui iuris;
adepta vero hac aetate, iidem possunt ad atingida aquela idade, podem regressar à
latinam Ecclesiam redire. Igreja latina.
§ 2. Mos, quamvis diuturnus, sacramenta § 2. A prática, mesmo prolongada, de
secundum ritum alius Ecclesiae sui iuris alguém receber os sacramentos segundo o
recipiendi, non secumfert adscriptionem rito de uma Igreja sui iuris não acarreta a
eidem Ecclesiae. adscrição a essa Igreja.
§ 3. Omnis transitus ad aliam Ecclesiam sui § 3. A passagem para outra Igreja sui iuris
iuris vim habet a momento declarationis vale a partir do momento da declaração
factae coram eiusdem Ecclesiae Ordinario feita perante o Ordinário do lugar da
loci vel parocho proprio aut sacerdote ab mesma Igreja, ou o pároco ou um
alterutro delegato et duobus testibus, nisi sacerdote delegado por um ou por outro e
rescriptum Sedis Apostolicae aliud ferat; et duas testemunhas, a menos que um
in libro baptizatorum adnotetur. rescrito da Sé Apostólica determine de
outro modo; e assim se averbará no livro
dos batizados.

CAPUT II. DE PERSONIS IURIDICIS Capítulo II DAS PESSOAS JURÍDICAS


Can. 113 - § 1. Catholica Ecclesia et Cân. 113 - § 1. A Igreja católica e a Sé
Apostolica Sedes, moralis personae Apostólica são pessoas morais pela própria
rationem habent ex ipsa ordinatione divina. ordenação divina.
§ 2. Sunt etiam in Ecclesia, praeter § 2. Na Igreja, além das pessoas físicas,
personas physicas, personae iuridicae, há também pessoas jurídicas, isto é,
subiecta scilicet in iure canonico sujeitos, no direito canônico, de obrigações
obligationum et iurium quae ipsarum indoli e direitos, consentâneos com a índole
congruunt. delas.

Can. 114 - § 1. Personae iuridicae Cân. 114 - § 1. As pessoas jurídicas são


constituuntur aut ex ipso iuris praescripto constituídas, ou por prescrição do próprio
aut ex speciali competentis auctoritatis direito ou por especial concessão da
concessione per decretum data, autoridade competente mediante decreto,
universitates sive personarum sive rerum in como universalidades de pessoas ou de
finem missioni Ecclesiae congruentem, qui coisas, destinadas a uma finalidade
singulorum finem transcendit, ordinatae. coerente com a missão da Igreja, que
transcende a finalidade de cada indivíduo.
§ 2. Fines, de quibus in § 1, intelleguntur § 2. As finalidades mencionadas no § 1 são
qui ad opera pietatis, apostolatus vel as que se referem às obras de piedade, de
caritatis sive spiritualis sive temporalis apostolado ou de caridade espiritual ou
attinent. temporal.
§ 3. Auctoritas Ecclesiae competens § 3. A autoridade competente da Igreja não
personalitatem iuridicam ne conferat nisi iis confira personalidade jurídica, a não ser às
personarum aut rerum universitatibus, quae universalidades de pessoas ou de coisas
finem persequuntur reapse utilem atque, que buscam uma finalidade
omnibus perpensis, mediis gaudent quae verdadeiramente útil, e, tudo bem
sufficere posse praevidentur ad finem ponderado, dispõem de meios que se
praestitutum assequendum. presume sejam suficientes para a
consecução do fim pré-estabelecido.

Can. 115 - § 1. Personae iuridicae in Cân. 115 - § 1. As pessoas jurídicas na


Ecclesia sunt aut universitates personarum Igreja são ou universalidades de pessoas
aut universitates rerum. ou universalidades de coisas.
§ 2. Universitas personarum, quae quidem § 2. A universalidade de pessoas, que não
nonnisi ex tribus saltem personis constitui pode ser constituída a não ser com o
potest, est collegialis, si eius actionem mínimo de três pessoas, é colegial, se os
determinant membra, in decisionibus membros determinam a sua ação,
ferendis concurrentia, sive aequali iure sive concorrendo na tomada de decisões, com
non, ad normam iuris et statutorum; secus direito igual ou não, de acordo com o
est non collegialis. direito e os estatutos; caso contrário, será
não-colegial.
§ 3. Universitas rerum seu fundatio § 3. A universalidade de coisas, ou
autonoma constat bonis seu rebus, sive fundação autônoma, consta de bens ou
spiritualibus sive materialibus, eamque, ad coisas, espirituais ou materiais; dirigem-na,
normam iuris et statutorum, moderantur de acordo com o direito e os estatutos,
sive una vel plures personae physicae sive uma ou mais pessoas físicas ou um
collegium. colégio.

Can. 116 - § 1. Personae iuridicae publicae Cân. 116 - § 1. Pessoas jurídicas públicas
sunt universitates personarum aut rerum, são universalidades de pessoas ou de
quae ab ecclesiastica auctoritate coisas constituídas pela competente
competenti constituuntur ut intra fines sibi autoridade eclesiástica para, dentro dos
praestitutos nomine Ecclesiae, ad normam fins que lhe são prefixados,
praescriptorum iuris, munus proprium desempenharem, em nome da Igreja, de
intuitu boni publici ipsis commissum acordo com as prescrições do direito, o
expleant; ceterae personae iuridicae sunt próprio encargo a elas confiado em vista
privatae. do bem público; as demais pessoas
jurídicas são privadas.
§ 2. Personae iuridicae publicae hac § 2. As pessoas jurídicas públicas
personalitate donantur sive ipso iure sive adquirem essa personalidade pelo próprio
speciali competentis auctoritatis decreto direito ou por decreto especial da
eandem expresse concedenti; personae competente autoridade que expressamente
iuridicae privatae hac personalitate a concede; as pessoas jurídicas privadas
donantur tantum per speciale competentis adquirem essa personalidade somente por
auctoritatis decretum eandem decreto especial da competente autoridade
personalitatem expresse concedens. que expressamente concede essa
personalidade.

Can. 117 - Nulla personarum vel rerum Cân. 117 - Nenhuma universalidade de
universitas personalitatem iuridicam pessoa ou de coisa que pretenda adquirir
obtinere intendens, eandem consequi valet personalidade jurídica, pode consegui-la, a
nisi ipsius statuta a competenti auctoritate não ser que seus estatutos tenham sido
sint probata. aprovados pela autoridade competente.

Can. 118 - Personam iuridicam publicam Cân. 118 - Representam a pessoa jurídica
repraesentant, eius nomine agentes, ii pública, agindo em seu nome, aqueles a
quibus iure universali vel particulari aut quem é reconhecida essa competência
propriis statutis haec competentia pelo direito universal ou particular ou pelos
agnoscitur; personam iuridicam privatam, ii próprios estatutos; e a pessoa jurídica
quibus eadem competentia per statuta privada, aqueles a quem é conferida essa
tribuitur. competência pelos estatutos.

Can. 119 - Ad actus collegiales quod Cân. 119 - No que se refere aos atos
attinet, nisi iure vel statutis aliud caveatur: colegiais, salvo determinação contrária do
direito ou dos estatutos:
1° si agatur de electionibus, id vim 1°- tratando-se de eleições, tem força
habet iuris, quod, praesente quidem maiore de direito aquilo que, presente a maior
parte eorum qui convocari debent, placuerit parte dos que devem ser convocados, tiver
parti absolute maiori eorum qui sunt agradado à maioria absoluta dos
praesentes; post duo inefficacia scrutinia, presentes; depois de dois escrutínios
suffragatio fiat super duobus candidatis qui ineficazes, faça-se a votação entre os dois
maiorem suffragiorum partem obtinuerint, candidatos que tiverem conseguido a maior
vel, si sunt plures, super duobus aetate parte dos votos, ou se forem mais, entre os
senioribus; post tertium scrutinium, si dois mais velhos de idade; depois do
paritas maneat, ille electus habeatur qui terceiro escrutínio, persistindo a paridade,
senior sit aetate; considere-se eleito o mais velho de idade;
2° si agatur de aliis negotiis, id vim 2°- tratando-se de outros negócios, tem
habet iuris, quod, praesente quidem maiore força de direito aquilo que, presente a
parte eorum qui convocari debent, placuerit maior parte dos que devem ser
parti absolute maiori eorum qui sunt convocados, tiver agradado à maioria
praesentes; quod si post duo scrutinia absoluta dos presentes; se depois de dois
suffragia aequalia fuerint, praeses suo voto escrutínios os votos forem iguais, o
paritatem dirimere potest; presidente pode, com seu voto, dirimir a
paridade;
3° quod autem omnes uti singulos 3°- o que, porém, atinge
tangit, ab omnibus approbari debet. individualmente a todos, deve por todos ser
aprovado.

Can. 120 - § 1. Persona iuridica natura sua Cân. 120 - § 1. A pessoa jurídica, por sua
perpetua est; extinguitur tamen si a natureza, é perpétua; extingue-se, porém,
competenti auctoritate legitime supprimatur se for legitimamente surpresa pela
aut per centum annorum spatium agere autoridade competente ou se deixar de agir
desierit; persona iuridica privata insuper pelo espaço de cem anos; além disso, a
extinguitur, si ipsa consociatio ad normam pessoa jurídica privada, se extingue, se a
statutorum dissolvatur, aut si, de iudicio própria associação se dissolver de acordo
auctoritatis competentis, ipsa fundatio ad com os estatutos, ou se, a juízo da
normam statutorum esse desierit. autoridade competente, a própria fundação
tiver deixado de existir, de acordo com os
estatutos.
§ 2. Si vel unum ex personae iuridicae § 2. Se restar um só dos membros da
collegialis membris supersit, et personarum pessoa jurídica colegial, e a universalidade
universitas secundum statuta esse non de pessoas segundo os estatutos não tiver
desierit, exercitium omnium iurium deixado de existir, compete a esse membro
universitatis illi membro competit. o exercício de todos os direitos da
universalidade.

Can. 121 - Si universitates sive Cân. 121 - Se universalidades de pessoas


personarum sive rerum, quae sunt ou de coisas, que sejam pessoas jurídicas
personae iuridicae publicae, ita públicas, se unirem de tal modo que delas
coniungantur ut ex iisdem una constituatur se constitua uma única universalidade
universitas personalitate iuridica et ipsa dotada também de personalidade jurídica,
pollens, nova haec persona iuridica bona esta nova pessoa jurídica adquire os bens
iuraque patrimonialia prioribus propria e os direitos patrimoniais próprios da
obtinet atque onera suscipit, quibus precedentes e recebe os ônus com que
eaedem gravabantur; ad destinationem estavam gravadas; no que se refere,
autem praesertim bonorum et ad onerum porém, ao destino principalmente dos
adimpletionem quod attinet, fundatorum bens, e ao cumprimento dos ônus, deve-se
oblatorumque voluntas atque iura quaesita ressalvar a vontade dos fundadores e
salva esse debent. doadores e os direitos adquiridos.

Can. 122 - Si universitas, quae gaudet Cân. 122 - Se uma universalidade, que tem
personalitate iuridica publica, ita dividatur personalidade jurídica pública, se dividir de
ut aut illius pars alii personae iuridicae tal modo que ou uma parte dela venha a
uniatur aut ex parte dismembrata distincta unir-se a outra pessoa jurídica, ou venha a
persona iuridica publica erigatur, auctoritas erigir-se com a parte desmembrada uma
ecclesiastica, cui divisio competat, curare nova pessoa jurídica pública, a autoridade
debet per se vel per exsecutorem, servatis eclesiástica, à qual compete fazer a
quidem in primis tum fundatorum ac divisão, deve cuidar pessoalmente ou por
oblatorum voluntate tum iuribus quaesitis um executor, respeitados em primeiro lugar
tum probatis statutis: a vontade dos fundadores e doadores, os
direitos adquiridos e os estatutos
aprovados:
1° ut communia, quae dividi possunt, 1°- que os bens comuns, susceptíveis
bona atque iura patrimonialia necnon aes de divisão, os direitos patrimoniais, as
alienum aliaque onera dividantur inter dívidas e os outros ônus sejam divididos
personas iuridicas, de quibus agitur, debita entre pessoas jurídicas em questão, na
cum proportione ex aequo et bono, ratione proporção devida ex aequo et bono,
habita omnium adiunctorum et levando em conta todas as circunstâncias
necessitatum utriusque; e as necessidades de ambas;
2° ut usus et ususfructus communium 2°- que o uso e usufruto dos bens
bonorum, quae divisioni obnoxia non sunt, comuns, não susceptíveis de divisão,
utrique personae iuridicae cedant, aproveitem a ambas as pessoas jurídicas,
oneraque iisdem propria utrique e os ônus próprios deles sejam impostos a
imponantur, servata item debita proportione ambas, respeitada também a devida
ex aequo et bono definienda. proporção determinada ex aequo et bono.

Can. 123 - Extincta persona iuridica Cân. 123 - Extinta uma pessoa jurídica
publica, destinatio eiusdem bonorum pública, o destino de seus bens, direitos
iuriumque patrimonialium itemque onerum patrimoniais e ônus rege-se pelo direito e
regitur iure et statutis, quae, si sileant, pelos estatutos; se estes silenciarem a
obveniunt personae iuridicae immediate respeito, serão adjudicados à pessoa
superiori, salvis semper fundatorum vel jurídica imediatamente superior, salvos
oblatorum voluntate necnon iuribus sempre a vontade dos fundadores e
quaesitis; extincta persona iuridica privata, doadores e os direitos adquiridos; extinta
eiusdem bonorum et onerum destinatio uma pessoa jurídica privada, o destino de
propriis statutis regitur. seus bens e ônus rege-se pelos próprios
estatutos.

TITULUS VII. DE ACTIBUS IURIDICIS TÍTULO VII DOS ATOS JURÍDICOS


Can. 124 - § 1. Ad validitatem actus iuridici Cân. 124 - § 1. Para a validade de um ato
requiritur ut a persona habili sit positus, jurídico requer-se que seja realizado por
atque in eodem adsint quae actum ipsum pessoa hábil, e que nele haja tudo o que
essentialiter constituunt, necnon sollemnia constitui essencialmente o próprio ato, bem
et requisita iure ad validitatem actus como as formalidades e requisitos
imposita. impostos pelo direito para a validade do
ato.
§ 2. Actus iuridicus quoad sua elementa § 2. Um ato jurídico, realizado de modo
externa rite positus praesumitur validus. devido no que se refere aos seus
elementos externos, presume-se válido.

Can. 125 - § 1. Actus positus ex vi ab Cân. 125 - § 1. O ato praticado por


extrinseco personae illata, cui ipsa violência infligida externamente à pessoa,
nequaquam resistere potuit, pro infecto e à qual esta de modo nenhum pode
habetur. resistir, considera-se nulo.
§ 2. Actus positus ex metu gravi, iniuste § 2. O ato praticado por medo grave
incusso, aut ex dolo, valet, nisi aliud iure incutido injustamente, ou por dolo, é válido,
caveatur; sed potest per sententiam iudicis salvo determinação contrária do direito;
rescindi, sive ad instantiam partis laesae mas pode ser rescindido por sentença do
eiusve in iure successorum sive ex officio. juiz, a requerimento da parte lesada ou de
seus sucessores nesse direito, ou de
ofício.

Can. 126 - Actus positus ex ignorantia aut Cân. 126 - O ato praticado por ignorância
ex errore, qui versetur circa id quod eius ou erro, que verse sobre o constitui a sua
substantiam constituit, aut qui recidit in substância ou que redunde numa condição
condicionem sine qua non, irritus est; sine qua non, é nulo; caso contrário, vale,
secus valet, nisi aliud iure caveatur, sed salvo determinação contrária do direito;
actus ex ignorantia aut ex errore initus mas o ato praticado por ignorância ou por
locum dare potest actioni rescissoriae ad erro, pode dar lugar a uma ação rescisória,
normam iuris. de acordo com o direito.

Can. 127 - § 1. Cum iure statuatur ad actus Cân. 127 - § 1. Quando é estatuído pelo
ponendos Superiorem indigere consensu direito que, para praticar certos atos, o
aut consilio alicuius collegii vel personarum Superior necessita do consentimento ou
coetus, convocari debet collegium vel conselho de algum colégio ou grupo de
coetus ad normam can. 166, nisi, cum pessoas, o colégio ou grupo deve ser
agatur de consilio tantum exquirendo, aliter convocado de acordo com cân. 166, a não
iure particulari aut proprio cautum sit; ut ser que haja determinação contrária do
autem actus valeant requiritur ut obtineatur direito particular ou próprio, quando se
consensus partis absolute maioris eorum tratar unicamente de pedir conselho. Mas,
qui sunt praesentes aut omnium exquiratur para que os atos sejam válidos, requer-se
consilium. que se obtenha o consentimento da
maioria absoluta dos que estão presentes,
ou se peça o conselho de todos.
§ 2. Cum iure statuatur ad actus ponendos § 2. Quando é estatuído pelo direito que,
Superiorem indigere consensu aut consilio para praticar certos atos, o Superior
aliquarum personarum, uti singularum: necessita do consentimento ou conselho
de algumas pessoas tomadas
individualmente:
1° si consensus exigatur, invalidus est 1°- se for exigido consentimento, é
actus Superioris consensum earum inválido o ato do Superior que não pedir o
personarum non exquirentis aut contra consentimento dessas pessoas ou que agir
earum vel alicuius votum agentis; contra o voto de todas ou de algumas
delas;
2° si consilium exigatur, invalidus est 2°- se for exigido conselho, é inválido o
actus Superioris easdem personas non ato do Superior que não ouvir essas
audientis; Superior, licet nulla obligatione pessoas; o Superior, embora não tenha
teneatur accedendi ad earundem votum, nenhuma obrigação de ater-se ao voto
etsi concors, tamen sine praevalenti delas, mesmo unânime, todavia, sem uma
ratione, suo iudicio aestimanda, ab razão que seja superior, segundo o próprio
earundem voto, praesertim concordi, ne juízo, não se afaste do voto delas,
discedat. principalmente se unânime.
§ 3. Omnes quorum consensus aut § 3. Todos aqueles cujo consentimento ou
consilium requiritur, obligatione tenentur conselho é requerido devem manifestar
sententiam suam sincere proferendi atque, sinceramente a própria opinião e, se a
si negotiorum gravitas id postulat, secretum gravidade do negócio o exige, guardar
sedulo servandi; quae quidem obligatio a diligentemente o segredo; essa obrigação
Superiore urgeri potest. pode ser urgida pelo Superior.

Can. 128 - Quicumque illegitime actu Cân. 128 - Quem quer que prejudique a
iuridico, immo quovis alio actu dolo vel outros por um ato jurídico ilegítimo ou por
culpa posito, alteri damnum infert, qualquer ato doloso ou culposo, é obrigado
obligatione tenetur damnum illatum a reparar o dano causado.
reparandi.

TITULUS VIII. DE POTESTATE TÍTULO VIII DO PODER DE REGIME


REGIMINIS
Can. 129 - § 1. Potestatis regiminis, quae Cân. 129 - § 1. De acordo com as
quidem ex divina institutione est in Ecclesia prescrições do direito, são capazes do
et etiam potestas iurisdictionis vocatur, ad poder de regime que, por instituição divina,
normam praescriptorum iuris, habiles sunt existe na Igreja e se denomina também
qui ordine sacro sunt insigniti. poder de jurisdição, aqueles que foram
promovidos à ordem sacra.
§ 2. In exercitio eiusdem potestatis, § 2. No exercício desse poder, os fiéis
christifideles laici ad normam iuris leigos podem cooperar, de acordo com o
cooperari possunt. direito.

Can. 130 - Potestas regiminis de se Cân. 130 - O poder de regime se exerce


exercetur pro foro externo, quandoque por si no foro externo; às vezes, contudo,
tamen pro solo foro interno, ita quidem ut só no foro interno, de tal modo, porém, que
effectus quos eius exercitium natum est os efeitos que o seu exercício possa ter no
habere pro foro externo, in hoc foro non foro externo não sejam reconhecidos neste
recognoscantur, nisi quatenus id foro, a não ser enquanto isto seja
determinatis pro casibus iure statuatur. estabelecido pelo direito em casos
determinados.

Can. 131 - § 1. Potestas regiminis ordinaria Cân. 131 - § 1. O poder de regime


ea est, quae ipso iure alicui officio ordinário é aquele que pelo próprio direito
adnectitur; delegata, quae ipsi personae está anexo a algum ofício; poder delegado,
non mediante officio conceditur. o que se concede à própria pessoa, mas
não mediante um ofício.
§ 2. Potestas regiminis ordinaria potest § 2. O poder de regime ordinário pode ser
esse sive propria sive vicaria. próprio ou vicário.
§ 3. Ei qui delegatum se asserit, onus § 3. Aquele que se diz delegado, cabe o
probandae delegationis incumbit. ônus de provar a delegação.

Can. 132 - § 1. Facultates habituales Cân. 132 - § 1. As faculdades habituais


reguntur praescriptis de potestate delegata. regem-se pelas prescrições sobre o poder
delegado.
§ 2. Attamen nisi in eius concessione aliud § 2. Entretanto, a não ser que na sua
expresse caveatur aut electa sit industria concessão se determine expressamente o
personae, facultas habitualis Ordinario contrário, ou tenha sido escolhida a
concessa non perimitur resoluto iure competência da pessoa, a faculdade
Ordinarii cui concessa est, etiamsi ipse habitual concedida ao Ordinário não cessa
eam exsequi coeperit, sed transit ad ao cessar o direito do Ordinário a quem foi
quemvis Ordinarium qui ipsi in regimine concedida, mesmo que ele tenha
succedit. começado a executá- la, mas passa a
qualquer Ordinário que lhe sucede no
governo.

Can. 133 - § 1. Delegatus qui sive circa res Cân. 133 - § 1. O delegado que ultrapassa
sive circa personas mandati sui fines os limites de seu mandato, no tocante às
excedit, nihil agit. coisas ou às pessoas, age invalidamente.
§ 2. Fines sui mandati excedere non § 2. Não se considera estar ultrapassando
intellegitur delegatus qui alio modo ac in os limites de seu mandato o delegado que
mandato determinatur, ea peragit ad quae efetuar, de modo diverso do que lhe foi
delegatus est, nisi modus ab ipso determinado, aquilo para que foi delegado,
delegante ad validitatem fuerit praescriptus. a não ser que para a validade o modo
tenha sido prescrito pelo próprio delegante.

Can. 134 - § 1. Nomine Ordinarii in iure Cân. 134 - § 1. Com o nome de Ordinário
intelleguntur, praeter Romanum Pontificem, se entendem, no direito, além do Romano
Episcopi dioecesani aliique qui, etsi ad Pontífice, os Bispos diocesanos e os outros
interim tantum, praepositi sunt alicui que, mesmo só interinamente, são
Ecclesiae particulari vel communitati eidem prepostos a alguma Igreja particular ou a
aequiparatae ad normam can. 368, necnon uma comunidade a ela equiparada, de
qui in iisdem generali gaudent potestate acordo como cân. 368; os que nelas têm
exsecutiva ordinaria, nempe Vicarii poder executivo ordinário geral, isto os
generales et episcopales; itemque, pro suis Vigários gerais e episcopais; igualmente,
sodalibus, Superiores maiores clericalium para os seus confrades, os Superiores
institutorum religiosorum iuris pontificii et maiores dos institutos religiosos clericais
clericalium societatum vitae apostolicae de direto pontifício e das sociedades
iuris pontificii, qui ordinaria saltem clericais de vida apostólica de direito
potestate exsecutiva pollent. pontifício, que têm pelo menos poder
executivo ordinário.
§ 2. Nomine Ordinarii loci intelleguntur § 2. Com o nome de Ordinário local se
omnes qui in § 1 recensentur, exceptis entendem todos os mencionados no § 1,
Superioribus institutorum religiosorum et exceto os Superiores dos institutos
societatum vitae apostolicae. religiosos e das sociedades de vida
apostólica.
§ 3. Quae in canonibus nominatim § 3. O que se atribui nominalmente ao
Episcopo dioecesano, in ambitu potestatis Bispo diocesano, no âmbito do poder
exsecutivae tribuuntur, intelleguntur executivo, entende-se competir somente
competere dumtaxat Episcopo dioecesano ao Bispo diocesano e aos outros a ele
aliisque ipsi in can. 381, § 2 aequiparatis, equiparados no cân. 381, § 2, excluídos o
exclusis Vicario generali et episcopali, nisi Vigário geral e o episcopal, a não ser por
de speciali mandato. mandato especial.

Can. 135 - § 1. Potestas regiminis Cân. 135 - § 1. O poder de regime se


distinguitur in legislativam, exsecutivam et distingue em legislativo, executivo e
iudicialem. judiciário.
§ 2. Potestas legislativa exercenda est § 2. O poder legislativo deve ser exercido
modo iure praescripto, et ea qua in no modo prescrito pelo direito; o poder que
Ecclesia gaudet legislator infra auctoritatem tem na Igreja um legislador inferior à
supremam, valide delegari nequit, nisi aliud autoridade suprema não pode ser
iure explicite caveatur; a legislatore delegado, salvo explícita determinação
inferiore lex iuri superiori contraria valide contrária do direito; por um legislador
ferri nequit. inferior não pode ser dada lei contrária ao
direito superior.
§ 3. Potestas iudicialis, qua gaudent § 3. O poder judiciário, que têm os juízes e
iudices aut collegia iudicialia, exercenda os colégios judiciais, deve ser exercido no
est modo iure praescripto, et delegari modo prescrito pelo direito; não pode ser
nequit, nisi ad actus cuivis decreto aut delegado, a não ser para realizar os atos
sententiae praeparatorios perficiendos. preparatórios de algum decreto ou
sentença.
§ 4. Ad potestatis exsecutivae exercitium § 4. No tocante ao exercício do poder
quod attinet, serventur praescripta executivo, observem-se as prescrições dos
canonum qui sequuntur. cânones seguintes.

Can. 136 - Potestatem exsecutivam aliquis, Cân. 136 - Mesmo estando fora do
licet extra territorium exsistens, exercere território, pode alguém exercer o poder
valet in subditos, etiam a territorio executivo para com seus súditos, mesmo
absentes, nisi aliud ex rei natura aut ex que ausentes do território, a não ser que
iuris praescripto constet; in peregrinos in conste diversamente, pela natureza da
territorio actu degentes, si agatur de coisa ou por prescrição do direito; para
favoribus concedendis aut de exsecutioni com os forasteiros que se encontrem de
mandandis sive legibus universalibus sive fato no território, se se tratar de concessão
legibus particularibus, quibus ipsi ad de favores ou de execução de leis
normam can. 13, § 2, n. 2 tenentur. universais ou de leis particulares, às quais
eles estão obrigados, de acordo com cân.
13, § 2, n.2.

Can. 137 - § 1. Potestas exsecutiva Cân. 137 - § 1. O poder executivo ordinário


ordinaria delegari potest tum ad actum tum pode ser delegado para um ato ou para a
ad universitatem casuum, nisi aliud iure universidade dos casos, salvo expressa
expresse caveatur. determinação contrária do direito.
§ 2. Potestas exsecutiva ab Apostolica § 2. O poder executivo delegado pela Sé
Sede delegata subdelegari potest sive ad Apostólica pode ser subdelegado, para um
actum sive ad universitatem casuum, nisi ato ou para a universalidade dos casos, a
electa fuerit industria personae aut não ser que tenha sido escolhida a
subdelegatio fuerit expresse prohibita. competência da pessoa ou tenha sido
expressamente proibida a subdelegação.
§ 3. Potestas exsecutiva delegata ab alia § 3. O poder executivo delegado por outra
auctoritate potestatem ordinariam habente, autoridade que tem poder ordinário, se foi
si ad universitatem casuum delegata sit, in delegado para a universalidade dos casos,
singulis tantum casibus subdelegari potest; pode ser subdelegado somente em casos
si vero ad actum aut ad actus determinatos singulares; se, porém, foi delegado para
delegata sit, subdelegari nequit, nisi de um ou vários casos determinados, não
expressa delegantis concessione. pode ser subdelegado, salvo expressa
concessão do delegante.
§ 4. Nulla potestas subdelegata iterum § 4. Nenhum poder subdelegado pode ser
subdelegari potest, nisi id expresse a novamente subdelegado, salvo expressa
delegante concessum fuerit. concessão do delegante.

Can. 138 - Potestas exsecutiva ordinaria Cân. 138 - O poder executivo ordinário e o
necnon potestas ad universitatem casuum poder delegado para a universalidade dos
delegata, late interpretanda est, alia vero casos devem ser interpretados largamente;
quaelibet stricte; cui tamen delegata todos os outros, estritamente; mas, a quem
potestas est, ea quoque intelleguntur foi delegado um poder, entende-se
concessa sine quibus eadem potestas concedido também aquilo sem o que esse
exerceri nequit. poder não pode ser exercido.

Can. 139 - § 1. Nisi aliud iure statuatur, eo Cân. 139 - § 1. Salvo determinação
quod quis aliquam auctoritatem, etiam contrária do direito, pelo fato de alguém
superiorem, competentem adeat, non recorrer a alguma autoridade competente,
suspenditur alius auctoritatis competentis ainda que superior, não se suspende o
exsecutiva potestas, sive haec ordinaria est poder executivo da outra autoridade
sive delegata. competente, ordinário ou delegado.
§ 2. Causae tamen ad superiorem § 2. Não se imiscua, porém, o inferior na
auctoritatem delatae ne se immisceat causa levada à autoridade superior, a não
inferior, nisi ex gravi urgentique causa; quo ser por motivo grave e urgente; neste caso,
in casu statim superiorem de re moneat. porém, avise disso imediatamente ao
superior.

Can. 140 - § 1. Pluribus in solidum ad idem Cân. 140 - § 1. Sendo delegadas várias
negotium agendum delegatis, qui prius pessoas solidariamente para tratar do
negotium tractare inchoaverit alios ab mesmo negócio, quem por primeiro tiver
eodem agendo excludit, nisi postea começado a tratá-lo exclui os outros, a não
impeditus fuerit aut in negotio peragendo ser que depois tenha ficado impedido ou
ulterius procedere noluerit. não tenha mais querido prosseguir.
§ 2. Pluribus collegialiter ad negotium § 2. Sendo delegados vários colegialmente
agendum delegatis, omnes procedere para tratar de um negócio, devem todos
debent ad normam can. 119, nisi in proceder de acordo com o cân. 119, salvo
mandato aliud cautum sit. determinação contrária no mandato.
§ 3. Potestas exsecutiva pluribus delegata, § 3. O poder executivo delegado a vários
praesumitur iisdem delegata in solidum. presume-se delegado a eles
solidariamente.

Can. 141 - Pluribus successive delegatis, Cân. 141 - Sendo delegados vários
ille negotium expediat, cuius mandatum sucessivamente, encaminhará o negócio
anterius est, nec postea revocatum fuit. aquele cujo mandato é anterior e não foi
revogado.

Can. 142 - § 1. Potestas delegata Cân. 142 - § 1. O poder delegado extingue-


extinguitur: expleto mandato; elapso se terminado o mandato; transcorrido o
tempore vel exhausto numero casuum pro tempo ou concluído o número de casos
quibus concessa fuit; cessante causa finali para os quais foi concedido; cessando a
delegationis; revocatione delegantis causa final da delegação; por revogação
delegato directe intimata necnon do delegante notificada diretamente ao
renuntiatione delegati deleganti significata delegado, e por renúncia do delegado
et ab eo acceptata; non autem resoluto iure comunicada ao delegante e por ele aceita;
delegantis, nisi id ex appositis clausulis não, porém, cessado o direito do
appareat. delegante, a não ser que isso apareça das
cláusulas postas.
§ 2. Actus tamen ex potestate delegata, § 2. Contudo, um ato de poder delegado,
quae exercetur pro solo foro interno, per exercido só para o foro interno e praticado
inadvertentiam positus, elapso por inadvertência, após transcorrido o
concessionis tempore, validus est. tempo de concessão, é válido.

Can. 143 - § 1. Potestas ordinaria Cân. 143 - § 1. O poder ordinário se


extinguitur amisso officio cui adnectitur. extingue, uma vez perdido o ofício ao qual
está anexo.
§ 2. Nisi aliud iure caveatur, suspenditur § 2. Salvo disposição contrária do direito,
potestas ordinaria, si contra privationem vel suspende-se o poder ordinário, caso se
amotionem ab officio legitime appellatur vel apele legitimamente ou se interponha
recursus interponitur. recurso contra privação ou destituição de
ofício.

Can. 144 - § 1. In errore communi de facto Cân. 144 - § 1. No erro comum de fato ou
aut de iure, itemque in dubio positivo et de direito, bem como na dúvida positiva e
probabili sive iuris sive facti, supplet provável, seja de direito, seja de fato, a
Ecclesia, pro foro tam externo quam Igreja supre, para o foro tanto externo
interno, potestatem regiminis exsecutivam. como interno, o poder executivo de regime.
§ 2. Eadem norma applicatur facultatibus § 2. A mesma norma se aplica às
de quibus in cann. 882, 883, 966, et 1111, faculdades de que se trata nos cânn. 882,
§ 1. 883, 966 e 1111, § 1.

TITULUS IX. DE OFFICIIS TÍTULO IX DOS OFÍCIOS


ECCLESIASTICIS ECLESIÁSTICOS
Can. 145 - § 1. Officium ecclesiasticum est Cân. 145 - § 1. Ofício eclesiástico é
quodlibet munus ordinatione sive divina qualquer encargo constituído estavelmente
sive ecclesiastica stabiliter constitutum in por disposição divina ou eclesiástica, a ser
finem spiritualem exercendum. exercido para uma finalidade espiritual.
§ 2. Obligationes et iura singulis officiis § 2. As obrigações e direitos próprios de
ecclesiasticis propria definiuntur sive ipso cada ofício eclesiástico são definidos pelo
iure quo officium constituitur, sive decreto próprio direito pelo qual o ofício é
auctoritatis competentis quo constituitur constituído, ou pelo decreto da autoridade
simul et confertur. competente com o qual é simultaneamente
constituído e conferido.

CAPUT I. DE PROVISIONE OFFICII Capítulo I DA PROVISÃO DO OFÍCIO


ECCLESIASTICI ECLESIÁSTICO
Can. 146 - Officium ecclesiasticum sine Cân. 146 - Não se pode obter validamente
provisione canonica valide obtineri nequit. um ofício eclesiástico sem a provisão
canônica.

Can. 147 - Provisio officii ecclesiastici fit: Cân. 147 - A provisão de um ofício
per liberam collationem ab auctoritate eclesiástico se faz: por livre colação da
ecclesiastica competenti; per institutionem competente autoridade eclesiástica; por
ab eadem datam, si praecesserit instituição feita por ela, se houve
praesentatio; per confirmationem vel apresentação; por confirmação ou por
admissionem ab eadem factam, si admissão feita por ela, se houve eleição ou
praecesserit electio vel postulatio; tandem postulação; finalmente, por simples eleição
per simplicem electionem et electi e aceitação do eleito, se a eleição não
acceptationem, si electio non egeat precisa de confirmação.
confirmatione.

Can. 148 - Auctoritati, cuius est officia Cân. 148 - A autoridade a quem cabe
erigere, innovare et supprimere, eorundem erigir, modificar e suprimir os ofícios,
provisio quoque competit, nisi aliud iure compete também a provisão deles, salvo
statuatur. determinação contrária do direito.

Can. 149 - § 1. Ut ad officium Cân. 149 - § 1. Para que alguém seja


ecclesiasticum quis promoveatur, debet promovido a um ofício eclesiástico, deve
esse in Ecclesiae communione necnon estar em comunhão com a Igreja e ser
idoneus, scilicet iis qualitatibus praeditus, idôneo, isto é, dotado das qualidades
quae iure universali vel particulari aut lege requeridas para esse ofício pelo direito
fundationis ad idem officium requiruntur. universal ou particular ou pela lei de
fundação.
§ 2. Provisio officii ecclesiastici facta illi qui § 2. A provisão de ofício eclesiástico feita a
caret qualitatibus requisitis, irrita tantum alguém destituído das qualidades
est, si qualitates iure universali vel requeridas, só será inválida se as
particulari aut lege fundationis ad qualidades para a validade da provisão
validitatem provisionis expresse exigantur; forem exigidas expressamente pelo direito
secus valida est, sed rescindi potest per universal ou particular ou pela lei de
decretum auctoritatis competentis aut per fundação; caso contrário, é válida, mas
sententiam tribunalis administrativi. pode ser rescindida mediante decreto da
autoridade competente ou por sentença de
um tribunal administrativo.
§ 3. Provisio officii simoniace facta ipso iure § 3. É nula, pelo próprio direito, a provisão
irrita est. de ofício feita com simonia.

Can. 150 - Officium secumferens plenam Cân. 150 - O ofício que implica plena cura
animarum curam, ad quam adimplendam de almas, para cujo desempenho se requer
ordinis sacerdotalis exercitium requiritur, ei o exercício da ordem sacerdotal, não pode
qui sacerdotio nondum auctus est valide ser conferido validamente a quem ainda
conferri nequit. não foi promovido ao sacerdócio.

Can. 151 - Provisio officii animarum curam Cân. 151 - A provisão de ofício que implica
secumferentis, sine gravi causa ne cura de almas não seja protelada sem
differatur. causa grave.

Can. 152 - Nemini conferantur duo vel Cân. 152 - A ninguém sejam conferidos
plura officia incompatibilia, videlicet quae dois ou mais ofícios incompatíveis, isto é,
una simul ab eodem adimpleri nequeunt. que não podem ser desempenhados
simultaneamente pela mesma pessoa.

Can. 153 - § 1. Provisio officii de iure non Cân. 153 - § 1. A provisão de ofício não
vacantis est ipso facto irrita, nec vacante por direito é, ipso facto, nula e não
subsequenti vacatione convalescit. se convalida pela subseqüente vacância.
§ 2. Si tamen agatur de officio quod de iure § 2. Tratando-se porém e ofício que se
ad tempus determinatum confertur, provisio confere por direito para tempo
intra sex menses ante expletum hoc determinado, a provisão pode ser feita
tempus fieri potest, et effectum habet a die dentro de seis meses antes do término
officii vacationis. desse tempo; tem efeito a partir do dia da
vacância do ofício.
§ 3. Promissio alicuius officii, a quocumque § 3. A promessa de algum ofício, feita por
est facta, nullum parit iuridicum effectum. quem quer que seja, não produz nenhum
efeito jurídico.

Can. 154 - Officium de iure vacans, quod Cân. 154 - O ofício vacante por direito, que
forte adhuc ab aliquo illegitime possidetur, eventualmente ainda está na posse
conferri potest, dummodo rite declaratum ilegítima de algém, pode ser conferido,
fuerit eam possessionem non esse contanto que tenha sido devidamente
legitimam, et de hac declaratione mentio declarado que essa posse não é legítima, e
fiat in litteris collationis. se faça menção dessa declaração no
documento de provisão.

Can. 155 - Qui, vicem alterius neglegentis Cân. 155 - Quem, suprindo a negligência
vel impediti supplens, officium confert, ou impedimento de outros, confere um
nullam inde potestatem acquirit in ofício, não adquire com isso nenhum poder
personam cui collatum est, sed huius sobre a pessoa à qual foi conferido; pelo
condicio iuridica perinde constituitur, ac si contrário, a condição jurídica dessa pessoa
provisio ad ordinariam iuris normam se constitui como se a provisão tivesse
peracta fuisset. sido feita de acordo com a norma ordinária
do direito.

Can. 156 - Cuiuslibet officii provisio scripto Cân. 156 - A provisão de qualquer ofício
consignetur. seja consignada por escrito.

Art. 1. DE LIBERA COLLATIONE Art. 1 Da Livre Colação


Can. 157 - Nisi aliud explicite iure statuatur, Cân. 157 - Salvo determinação contrária
Episcopi dioecesani est libera collatione do direito, compete ao Bispo diocesano
providere officiis ecclesiasticis in propria prover os ofícios eclesiásticos na própria
Ecclesia particulari. igreja particular por livre colação.

Art. 2. DE PRAESENTATIONE Art. 2 Da Apresentação


Can. 158 - § 1. Praesentatio ad officium Cân. 158 - § 1. A apresentação para um
ecclesiasticum ab eo, cui ius praesentandi ofício eclesiástico, por aquele a quem
competit, fieri debet auctoritati cuius est ad compete o direito de apresentar, deve ser
officium de quo agitur institutionem dare, et feita à autoridade a quem cabe dar a
quidem, nisi aliud legitime cautum sit, intra instituição para o ofício em questão, dentro
tres menses ab habita vacationis officii de três meses após recebida a notícia da
notitia. vacância do ofício, salvo determinação
legítima em contrário.
§ 2. Si ius praesentationis cuidam collegio § 2. Se o direito de apresentação for da
aut coetui personarum competat, competência de algum colégio ou grupo de
praesentandus designetur servatis cann. pessoas, aquele que deve ser apresentado
165-179 praescriptis. seja designado observado-se as
prescrições dos cânn. 165-179.

Can. 159 - Nemo invitus praesentetur; Cân. 159 - Ninguém seja apresentado
quare qui praesentandus proponitur, contra sua vontade; por isso, quem for
mentem suam rogatus, nisi intra octiduum proposto para ser apresentado e, solicitado
utile recuset, praesentari potest. a manifestar sua opinião, não se recusar
dentro de oito dias úteis, pode ser
apresentado.

Can. 160 - § 1. Qui iure praesentationis Cân. 160 - § 1. Quem tem direito de
gaudet, unum aut etiam plures, et quidem apresentação, pode apresentar um ou
tum una simul tum successive, praesentare mais, e isso simultânea ou
potest. sucessivamente.
§ 2. Nemo potest seipsum praesentare; § 2. Ninguém pode apresentar a si mesmo;
potest autem collegium aut coetus no entanto, um colégio ou grupo de
personarum aliquem suum sodalem pessoas pode apresentar um de seus
praesentare. membros.

Can. 161 - § 1. Nisi aliud iure statuatur, Cân. 161 - § 1. Salvo determinação
potest qui aliquem praesentaverit non contrária do direito, quem tiver apresentado
idoneum repertum, altera tantum vice, intra alguém reconhecido como não idôneo,
mensem, alium candidatum praesentare. pode só mais uma vez apresentar outro
candidato dentro de um mês.
§ 2. Si praesentatus ante institutionem § 2. Se o apresentado tiver renunciado ou
factam renuntiaverit aut de vita decesserit, morrido antes da instituição, quem tem
potest qui iure praesentandi pollet, intra direito de apresentação pode, dentro de
mensem ab habita renuntiationis aut mortis um mês após recebida a notícia da
notitia, ius suum rursus exercere. renúncia ou da morte, exercer novamente
seu direito.

Can. 162 - Qui intra tempus utile, ad Cân. 162 - Quem não tiver feito a
normam can. 158, § 1 et can. 161, apresentação dentro do tempo útil, de
praesentationem non fecerit, itemque qui acordo com o can. 158, § 1 e cân. 161, e
bis praesentaverit non idoneum repertum, também quem apresentar duas vezes
pro eo casu ius praesentationis amittit, alguém reconhecido como não idôneo,
atque auctoritati, cuius est institutionem perde para esse caso o direito de
dare, competit libere providere officio apresentação; cabe à autoridade, a quem
vacanti, assentiente tamen proprio provisi compete dar à instituição, prover
Ordinario. livremente ao ofício vacante, com o
consentimento, porém, do Ordinário próprio
daquele que recebe a provisão.

Can. 163 - Auctoritas, cui ad normam iuris Cân. 163 - A autoridade, à qual compete,
competit praesentatum instituere, instituat de acordo com o direito, instituir o
legitime praesentatum quem idoneum apresentado, institua quem tiver sido
reppererit et qui acceptaverit; quod si apresentado e que ela julgar idôneo e que
plures legitime praesentati idonei reperti aceitar; e se vários legitimamente
sint, eorundem unum instituere debet. apresentados tiverem sido julgados
idôneos, deve instituir um deles.

Art. 3. DE ELECTIONE Art. 3 Da Eleição


Can. 164 - Nisi aliud iure provisum fuerit, in Cân. 164 - Salvo disposição contrária do
electionibus canonicis serventur direito, nas eleições canônicas observem-
praescripta canonum qui sequuntur. se as prescrições dos cânones seguintes.

Can. 165 - Nisi aliud iure aut legitimis Cân. 165 - Salvo disposição contrária do
collegii vel coetus statutis cautum sit, si cui direito ou dos legítimos estatutos do
collegio aut coetui personarum sit ius colégio ou grupo, se couber a algum
eligendi ad officium, electio ne differatur colégio ou grupo de pessoas o direito de
ultra trimestre utile computandum ab habita eleger para um ofício, não se protele a
notitia vacationis officii; quo termino eleição por mais de um trimestre útil após
inutiliter elapso, auctoritas ecclesiastica, cui recebida a notícia da vacância do ofício;
ius confirmandae electionis vel ius passado inutilmente esse prazo, a
providendi successive competit, officio autoridade eclesiástica, à qual compete
vacanti libere provideat. sucessivamente o direito de confirmar a
eleição ou o direito de prover, dê
livremente provisão ao ofício vacante.

Can. 166 - § 1. Collegii aut coetus praeses Cân. 166 - § 1. O Presidente do colégio ou
convocet omnes ad collegium aut ad grupo que convoque todos os que
coetum pertinentes; convocatio autem, pertencem ao colégio ou grupo; a
quando personalis esse debet, valet, si fiat convocação, porém, quando deve ser
in loco domicilii vel quasi-domicilii aut in pessoal, vale se for feita no lugar do
loco commorationis. domicílio ou quase-domicílio, ou no lugar
de residência.
§ 2. Si quis ex vocandis neglectus et ideo § 2. Se algum dos que devem ser
absens fuerit, electio valet; attamen ad convocados tiver sido preterido e por esse
eiusdem instantiam, probata quidem motivo tiver estado ausente, a eleição é
praeteritione et absentia, electio, etiam si válida; mas, a requerimento dele, provada
confirmata fuerit, a competenti auctoritate a preterição e ausência, a eleição, mesmo
rescindi debet, dummodo iuridice constet já confirmada, deve ser anulada pela
recursum saltem intra triduum ab habita autoridade competente, contanto que
notitia electionis fuisse transmissum. conste juridicamente que o recurso foi
enviado, ao menos dentro de três dias
após recebida a notícia da eleição.
§ 3. Quod si plures quam tertia pars § 3. Se tiver sido preterida mais que a terça
electorum neglecti fuerint, electio est ipso parte dos eleitores, a eleição é nula ipso
iure nulla, nisi omnes neglecti reapse iure, a não ser que todos os preteridos
interfuerint. tenham de fato comparecido.

Can. 167 - § 1. Convocatione legitime Cân. 167 - § 1. Feita legitimamente a


facta, suffragium ferendi ius habent convocação, têm direito de votar os
praesentes die et loco in eadem presentes no dia e no lugar determinados
convocatione determinatis, exclusa, nisi na convocação, excluída a faculdade de
aliud statutis legitime caveatur, facultate votar por carta ou por procurador, salvo
ferendi suffragia sive per epistolam sive per determinação legítima em contrário nos
procuratorem. estatutos.
§ 2. Si quis ex electoribus praesens in ea § 2. Se algum dos eleitores está presente
domo sit, in qua fit electio, sed electioni ob na casa em que se faz a eleição, mas por
infirmam valetudinem interesse nequeat, doença não pode estar presente à eleição,
suffragium eius scriptum a scrutatoribus o seu voto escrito seja recolhido pelos
exquiratur. escrutinadores.

Can. 168 - Etsi quis plures ob titulos ius Cân. 168 - Embora alguém tenha, por
habeat ferendi nomine proprio suffragii, non diversos títulos, o direito de votar em nome
potest nisi unicum suffragium ferre. próprio, não pode dar mais do que um
voto.

Can. 169 - Ut valida sit electio, nemo ad Cân. 169 - Para que a eleição seja válida,
suffragium admitti potest, qui ad collegium quem não pertence ao colégio ou grupo,
vel coetum non pertineat. não pode ser admitido a votar.

Can. 170 - Electio, cuius libertas quoquo Cân. 170 - A eleição, cuja liberdade tiver
modo reapse impedita fuerit, ipso iure sido de qualquer modo realmente
invalida est. impedida, é ipso iure inválida.

Can. 171 - § 1. Inhabiles sunt ad Cân. 171 - § 1. São inábeis para votar:
suffragium ferendum:
1° incapax actus humani; 1°- que é incapaz de ato humano;
2° carens voce activa; 2°- quem não tem voz ativa;
3° poena excommunicationis innodatus 3°- quem está excomungado por
sive per sententiam iudicialem sive per sentença judicial ou por decreto com o qual
decretum quo poena irrogatur vel se inflige ou se declara a pena;
declaratur;
4° qui ab Ecclesiae communione 4°- quem se separou notoriamente da
notorie defecit. comunhão da Igreja.
§ 2. Si quis ex praedictis admittatur, eius § 2. Se algum dos mencionados for
suffragium est nullum, sed electio valet, nisi admitido, seu voto é nulo, mas a eleição é
constet, eo dempto, electum non rettulisse válida, salvo se constar que, excluído esse
requisitum suffragiorum numerum. voto, o eleito não obteve o número exigido
de votos.

Can. 172 - § 1. Suffragium, ut validum sit, Cân. 172 - § 1. O voto, para ser válido,
esse debet: deve ser:
1° liberum; ideoque invalidum est 1°- livre; conseqüentemente é inválido
suffragium eius, qui metu gravi aut dolo, o voto de quem, por medo grave ou por
directe vel indirecte, adactus fuerit ad dolo, tiver sido induzido direta ou
eligendam certam personam aut diversas indiretamente a eleger determinada pessoa
personas disiunctive; ou diversas pessoas disjuntivamente;
2° secretum, certum, absolutum, 2°- secreto, certo, absoluto,
determinatum. determinado.
§ 2. Condiciones ante electionem suffragio § 2. As condições apostas ao voto antes da
appositae tamquam non adiectae eleição consideram-se como não
habeantur. colocadas.

Can. 173 - § 1. Antequam incipiat electio, Cân. 173 - § 1. Antes de começar a


deputentur e gremio collegii aut coetus duo eleição, sejam marcados, entre os
saltem scrutatores. membros do colégio ou grupo, ao menos
dois escrutinadores.
§ 2. Scrutatores suffragia colligant et coram § 2. Os escrutinadores recolham os votos e
praeside electionis inspiciant an confiram, diante do presidente da eleição,
schedularum numerus respondeat numero se o número de cédulas corresponde ao
electorum, suffragia ipsa scrutentur número de eleitores, apurem os votos e
palamque faciant quot quisque rettulerit. proclamem quantos cada um recebeu.
§ 3. Si numerus suffragiorum superet § 3. Se o número de votos superar o
numerum eligentium, nihil est actum. número de eleitores, o escrutínio é nulo.
§ 4. Omnia electionis acta ab eo qui § 4. Todas as atas da eleição sejam
actuarii munere fungitur accurate cuidadosamente redigidas por quem
describantur, et saltem ab eodem actuario, desempenhar o ofício de notário e,
praeside ac scrutatoribus subscripta, in assinadas pelo menos pelo próprio notário,
collegii tabulario diligenter asserventur. pelo presidente e pelos escrutinadores,
sejam diligentemente guardadas no
arquivo do colégio.

Can. 174 - § 1. Electio, nisi aliud iure aut Cân. 174 - § 1. A eleição, salvo
statutis caveatur, fieri etiam potest per determinação contrária do direito ou dos
compromissum, dummodo nempe estatutos, pode também ser feita por
electores, unanimi et scripto consensu, in compromisso, contanto que os eleitores,
unum vel plures idoneos sive de gremio com consenso unânime e escrito,
sive extraneos ius eligendi pro ea vice transfiram por essa vez o direito de eleger
transferant, qui nomine omnium ex recepta a uma ou mais pessoas idôneas, quer do
facultate eligant. grêmio, quer estranhas; estas, em virtude
da faculdade recebida, elejam em nome de
todos.
§ 2. Si agatur de collegio aut coetu ex solis § 2. Se se tratar de colégio ou grupo que
clericis constanti, compromissarii in sacris conste só de clérigos, os compromissários
debent esse constituti; secus electio est devem ser ordenados in sacris; do
invalida. contrário, a eleição é inválida.
§ 3. Compromissarii debent iuris § 3. Os compromissários devem ater-se às
praescripta de electione servare atque, ad prescrições do direito sobre a eleição e,
validitatem electionis, condiciones para a validade da eleição, observar as
compromisso appositas, iuri non contrarias, condições apostas ao compromisso, não
observare; condiciones autem iuri contrárias ao direito; condições, porém,
contrariae pro non appositis habeantur. contrárias ao direito consideram-se como
não colocadas.

Can. 175 - Cessat compromissum et ius Cân. 175 - Cessa o compromisso, e o


suffragium ferendi redit ad direito de votar volta aos compromitentes:
compromittentes:
1° revocatione a collegio aut coetu 1°- pela revogação feita pelo colégio ou
facta, re integra; grupo, reintegra;
2° non impleta aliqua condicione 2°- não cumprida alguma condição
compromisso apposita; aposta ao compromisso;
3° electione absoluta, si fuerit nulla. 3°- terminada a eleição, se tiver sido
nula.

Can. 176 - Nisi aliud iure aut statutis Cân. 176 - Salvo determinação contrária
caveatur, is electus habeatur et a collegii do direito ou dos estatutos, considere-se
aut coetus praeside proclametur, qui eleito e seja proclamado, pelo presidente
requisitum suffragiorum numerum rettulerit, do colégio ou grupo, quem tiver obtido o
ad normam can. 119, n. 1. número de votos requerido, de acordo com
o cân. 119, n.° 1.

Can. 177 - § 1. Electio illico intimanda est Cân. 177 - § 1. A eleição deve ser
electo, qui debet intra octiduum utile a imediatamente comunicada ao eleito, o
recepta intimatione significare collegii aut qual deve, dentro de oito dias úteis após
coetus praesidi utrum electionem acceptet recebida a comunicação, manifestar ao
necne; secus electio effectum non habet. presidente do colégio ou grupo se aceita
ou não a eleição; do contrário, a eleição
fica sem efeito.
§ 2. Si electus non acceptaverit, omne ius § 2. Se o eleito não tiver aceito, perde todo
ex electione amittit nec subsequenti o direito adquirido pela eleição; direito esse
acceptatione convalescit, sed rursus eligi que não revive mediante a aceitação
potest; collegium autem aut coetus intra subseqüente; ele, porém, pode novamente
mensem a cognita non-acceptatione ad ser eleito; o colégio ou grupo deve
novam electionem procedere debet. proceder a nova eleição dentro de um mês
após conhecida a não-aceitação.

Can. 178 - Electus, acceptata electione, Cân. 178 - Aceita a eleição que não
quae confirmatione non egeat, officium necessite de confirmação, o eleito obtém
pleno iure statim obtinet; secus non acquirit imediatamente de pleno direito o ofício; do
nisi ius ad rem. contrário, adquire só o direito à coisa.

Can. 179 - § 1. Electus, si electio Cân. 179 - § 1. Se a eleição necessitar de


confirmatione indigeat, intra octiduum utile confirmação, dentro de oito dias úteis a
a die acceptatae electionis confirmationem contar do dia da aceitação da eleição, o
ab auctoritate competenti petere per se vel eleito deve, pessoalmente ou por outros,
per alium debet; secus omni iure privatur, pedir a confirmação da competente
nisi probaverit se a petenda confirmatione autoridade; caso contrário, fica privado de
iusto impedimento detentum fuisse. qualquer direito, a não ser que prove ter
sido impedido, por justo motivo, de pedir a
confirmação.
§ 2. Competens auctoritas, si electum § 2. A autoridade competente, se julgar o
reppererit idoneum ad normam can. 149, eleito idôneo de acordo com o cân. 149,
§ 1, et electio ad normam iuris fuerit § 1, e se a eleição tiver sido realizada de
peracta, confirmationem denegare nequit. acordo com o direito, não pode negar a
confirmação.
§ 3. Confirmatio in scriptis dari debet. § 3. A confirmação deve ser dada por
escrito.
§ 4. Ante intimatam confirmationem, electo § 4. Antes da comunicação da
non licet sese immiscere administrationi confirmação, não é lícito ao eleito imiscuir-
officii sive in spiritualibus sive in se na administração do ofício, no espiritual
temporalibus, et actus ab eo forte positi ou no temporal, e os atos por ele
nulli sunt. eventualmente realizados são nulos.
§ 5. Intimata confirmatione, electus pleno § 5. Comunicada a confirmação, o eleito
iure officium obtinet, nisi aliud iure obtém de pleno direito o ofício, salvo
caveatur. determinação contrária do direito.

Art. 4. DE POSTULATIONE Art. 4 Da Postulação


Can. 180 - § 1. Si electioni illius quem Cân. 180 - § 1. Se à eleição daquele que
electores aptiorem putent ac praeferant, os eleitores julgam mais apto e preferem,
impedimentum canonicum obstet, super obsta algum impedimento canônico cuja
quo dispensatio concedi possit ac soleat, dispensa pode e costuma ser concedida,
suis ipsi suffragiis eum possunt, nisi aliud podem eles com seus votos postulá-lo à
iure caveatur, a competenti auctoritate autoridade competente, salvo
postulare. determinação contrária do direito.
§ 2. Compromissarii postulare nequeunt, § 2. Os compromissários não pode
nisi id in compromisso fuerit expressum. postular, salvo se isso tiver sido expresso
no compromisso.

Can. 181 - § 1. Ut postulatio vim habeat, Cân. 181 - § 1. Para que a postulação
requiruntur saltem duae tertiae partes tenha valor, requerem-se pelo menos dois
suffragiorum. terços dos votos.
§ 2. Suffragium pro postulatione exprimi § 2. O voto para a postulação se deve
debet per verbum: postulo, aut exprimir pela palavra: postulo, ou
aequivalens; formula: eligo vel postulo, aut equivalente; a formula: elejo ou postulo, ou
aequipollens, valet pro electione, si equivalente, vale para eleição, se não
impedimentum non exsistat, secus pro existe impedimento; caso contrário, para a
postulatione. postulação.
Can. 182 - § 1. Postulatio a praeside intra Cân. 182 - § 1. A postulação deve ser
octiduum utile mitti debet ad auctoritatem enviada pelo presidente, dentro de oito
competentem ad quam pertinet electionem dias úteis, à autoridade, à qual cabe
confirmare, cuius est dispensationem de confirmar a eleição. A ela compete
impedimento concedere, aut, si hanc conceder a dispensa do impedimento ou,
potestatem non habeat, eandem ab se não tiver esse poder, pedi-la à
auctoritate superiore petere; si non autoridade superior. Se não se requerer a
requiritur confirmatio, postulatio mitti debet confirmação, a postulação deve ser
ad auctoritatem competentem ut enviada à autoridade competente para a
dispensatio concedatur. concessão da dispensa.
§ 2. Si intra praescriptum tempus postulatio § 2. Se a postulação não tiver sido enviada
missa non fuerit, ipso facto nulla est, et dentro do tempo prescrito é ipso facto nula,
collegium vel coetus pro ea vice privatur e o colégio ou grupo, por essa vez, fica
iure eligendi aut postulandi, nisi probetur privado do direito de eleger ou de postular,
praesidem a mittenda postulatione iusto a não ser que se prove que o presidente foi
fuisse detentum impedimento aut dolo vel impedido, por justo motivo, de mandar a
neglegentia ab eadem tempore opportuno postulação, ou que deixou de enviá-la em
mittenda abstinuisse. tempo oportuno, por dolo ou negligência.
§ 3. Postulato nullum ius acquiritur ex § 3. A postulação não confere nenhum
postulatione; eam admittendi auctoritas direito ao postulado; a autoridade
competens obligatione non tenetur. competente não está obrigada a admiti-la.
§ 4. Factam auctoritati competenti § 4. Uma vez feita a postulação à
postulationem electores revocare non autoridade competente, os eleitores não
possunt, nisi auctoritate consentiente. podem revogá-la, a não ser com o
consentimento da autoridade.

Can. 183 - § 1. Non admissa ab auctoritate Cân. 183 - § 1. Não tendo sido admitida a
competenti postulatione, ius eligendi ad postulação pela autoridade competente, o
collegium vel coetum redit. direito de eleger retorna ao colégio ou
grupo.
§ 2. Quod si postulatio admissa fuerit, id § 2. Se a postulação tiver sido admitida,
significetur postulato, qui respondere debet informe-se disso o postulado, que deve
ad normam can. 177, § 1. responder, de acordo com o cân. 177, § 1.
§ 3. Qui admissam postulationem acceptat, § 3. Quem aceita a postulação admitida,
pleno iure statim officium obtinet. obtém imediatamente o ofício com pleno
direito.

CAPUT II. DE AMISSIONE OFFICII Capítulo II DA PERDA DO OFÍCIO


ECCLESIASTICI ECLESIÁSTICO
Can. 184 - § 1. Amittitur officium Cân. 184 - § 1. Perde-se o ofício
ecclesiasticum lapsu temporis praefiniti, eclesiástico, transcorrido o tempo
expleta aetate iure definita, renuntiatione, prefixado, completada a idade determinada
translatione, amotione necnon privatione. pelo direito, por renúncia, por transferência,
por destituição e por privação.
§ 2. Resoluto quovis modo iure auctoritatis § 2. Cessado de qualquer modo, o direito
a qua fuit collatum, officium ecclesiasticum da autoridade que o tiver conferido, não se
non amittitur, nisi aliud iure caveatur. perde o ofício eclesiástico, salvo
determinação contrária do direito.
§ 3. Officii amissio, quae effectum sortita § 3. A perda do ofício que tiver obtido
est, quam primum omnibus nota fiat, efeito, deve ser notificada, quanto antes, a
quibus aliquod ius in officii provisionem todos aqueles a quem cabe qualquer
competit. direito à provisão desse ofício.

Can. 185 - Ei, qui ob impletam aetatem aut Cân. 185 - Pode-se conferir o título de
renuntiationem acceptatam officium amittit, emérito a quem perde o ofício por idade ou
titulus emeriti conferri potest. por renúncia aceita.

Can. 186 - Lapsu temporis praefiniti vel Cân. 186 - Terminado o tempo prefixado
adimpleta aetate, amissio officii effectum ou completada a idade, a perda do ofício
habet tantum a momento, quo a competenti tem efeito somente a partir do momento
auctoritate scripto intimatur. em que for comunicada por escrito pela
autoridade competente.

Art. 1. DE RENUNTIATIONE Art. 1 Da Renúncia


Can. 187 - Quisquis sui compos potest Cân. 187 - Qualquer um, cônscio de si,
officio ecclesiastico iusta de causa pode renunciar a um ofício eclesiástico por
renuntiare. justa causa.

Can. 188 - Renuntiatio ex metu gravi, Cân. 188 - A renúncia por medo grave,
iniuste incusso, dolo vel errore substantiali injustamente incutido, por dolo ou por erro
aut simoniace facta, ipso iure irrita est. substancial ou por simonia é ipso iure nula.

Can. 189 - § 1. Renuntiatio, ut valeat, sive Cân. 189 - § 1. A renúncia, para ser válida,
acceptatione eget sive non, auctoritati fieri necessite ou não de aceitação, deve ser
debet cui provisio ad officium de quo agitur feita à autoridade à qual compete a
pertinet, et quidem scripto vel oretenus provisão do ofício em questão, por escrito
coram duobus testibus. ou oralmente diante de duas testemunhas.
§ 2. Auctoritas renuntiationem iusta et § 2. A autoridade não aceite renúncia não
proportionata causa non innixam ne fundamentada em causa justa e
acceptet. proporcionada.
§ 3. Renuntiatio quae acceptatione indiget, § 3. A renúncia que necessita de
nisi intra tres menses acceptetur, omni vi aceitação, se não for aceita dentro de três
caret; quae acceptatione non indiget meses, não tem nenhum valor; a que não
effectum sortitur communicatione necessita de aceitação, produz efeito
renuntiantis ad normam iuris facta. mediante a comunicação do renunciante,
feita de acordo com o direito.
§ 4. Renuntiatio, quamdiu effectum sortita § 4. A renúncia, enquanto não tiver
non fuerit, a renuntiante revocari potest; produzido efeito, pode ser revogada pelo
effectu secuto revocari nequit, sed qui renunciante; uma vez produzido o efeito,
renuntiavit, officium alio ex titulo consequi não pode ser revogada, mas quem tiver
potest. renunciado pode conseguir o ofício por
outro título.

Art. 2. DE TRANSLATIONE Art. 2 Da Transferência


Can. 190 - § 1. Translatio ab eo tantum fieri Cân. 190 - § 1. A transferência só pode ser
potest, qui ius habet providendi officio quod feita por quem tiver o direito de prover o
amittitur et simul officio quod committitur. ofício que se perde e, simultaneamente, o
ofício que se confere.
§ 2. Si translatio fiat invito officii titulari, § 2. Se a transferência se fizer contra a
gravis requiritur causa et, firmo semper iure vontade do titular, requer-se uma causa
rationes contrarias exponendi, servetur grave, e, ressalvado sempre o direito de
modus procedendi iure praescriptus. expor as razões contrárias, observe-se o
modo de proceder prescrito pelo direito.
§ 3. Translatio, ut effectum sortiatur, scripto § 3. A transferência, para produzir efeito,
intimanda est. deve ser comunicada por escrito.

Can. 191 - § 1. In translatione, prius Cân. 191 - § 1. Na transferência, o primeiro


officium vacat per possessionem alterius ofício vaga pela posse canônica do
officii canonice habitam, nisi aliud iure segundo, salvo determinação do direito ou
cautum aut a competenti auctoritate prescrição contrária da autoridade
praescriptum fuerit. competente.
§ 2. Remunerationem cum priore officio § 2. O transferido recebe a remuneração
conexam translatus percipit, donec alterius anexa ao primeiro ofício, até que tenha
possessionem canonice obtinuerit. tomado posse canônica do segundo.

Art. 3. DE AMOTIONE Art. 3 Da Destituição


Can. 192 - Ab officio quis amovetur sive Cân. 192 - A destituição de alguém de um
decreto ab auctoritate competenti legitime ofício dá-se por decreto baixado pela
edito, servatis quidem iuribus forte ex autoridade competente, respeitados porém
contractu quaesitis, sive ipso iure ad os direitos eventualmente adquiridos por
normam can. 194. contrato ou ipso iure, de acordo com o cân.
194.

Can. 193 - § 1. Ab officio quod alicui Cân. 193 - § 1. Ninguém pode ser
confertur ad tempus indefinitum, non potest destituído de um ofício conferido por tempo
quis amoveri nisi ob graves causas atque indefinido, a não ser por causas graves e
servato procedendi modo iure definito. observando- se o modo de proceder
determinado pelo direito.
§ 2. Idem valet, ut quis ab officio, quod § 2. O mesmo vale para que alguém possa
alicui ad tempus determinatum confertur, ser destituído de um ofício conferido por
ante hoc tempus elapsum amoveri possit, tempo determinado, antes de transcorrido
firmo praescripto can. 624, § 3. esse tempo, salva a prescrição do cân.
624, § 3.
§ 3. Ab officio quod, secundum iuris § 3. De um ofício que, segundo as
praescripta, alicui confertur ad prudentem prescrições do direito, é conferido a
discretionem auctoritatis competentis, alguém por prudente discrição da
potest quis iusta ex causa, de iudicio autoridade competente, pode ele ser
eiusdem auctoritatis, amoveri. destituído por justa causa, a juízo dessa
autoridade.
§ 4. Decretum amotionis, ut effectum § 4. O decreto de destituição, para produzir
sortiatur, scripto intimandum est. efeito, deve ser comunicado por escrito.

Can. 194 - § 1. Ipso iure ab officio Cân. 194 - § 1. Fica ipso iure destituído de
ecclesiastico amovetur: um ofício eclesiástico:
1° qui statum clericalem amiserit; 1°- quem tiver perdido o estado clerical;
2° qui a fide catholica aut a 2°- quem tiver abandonado
communione Ecclesiae publice defecerit; publicamente a fé católica ou a comunhão
da Igreja;
3° clericus qui matrimonium etiam civile 3°- o clérigo que tiver tentado o
tantum attentaverit. matrimônio, mesmo só civilmente.
§ 2. Amotio, de qua in nn. 2 et 3, urgeri § 2. A destituição mencionada nos n° 2 e
tantum potest, si de eadem auctoritatis 3, só pode ser urgida, se constar dela por
competentis declaratione constet. declaração da autoridade competente.

Can. 195 - Si quis, non quidem ipso iure, Cân. 195 - Se alguém, não já ipso iure,
sed per decretum auctoritatis competentis mas por decreto da autoridade
ab officio amoveatur quo eiusdem competente, for destituído do ofício pelo
subsistentiae providetur, eadem auctoritas qual se provê à sua subsistência, cuide
curet ut ipsius subsistentiae per congruum essa autoridade que se providencie à
tempus prospiciatur, nisi aliter provisum sit. subsistência dele por um período
conveniente, a não ser que se tenha
providenciado de outro modo.

Art. 4. DE PRIVATIONE Art. 4 Da Privação


Can. 196 - § 1. Privatio ab officio, in Cân. 196 - § 1. A privação do ofício, como
poenam scilicet delicti, ad normam iuris pena de um delito, só pode ser feita de
tantummodo fieri potest. acordo com o direito.
§ 2. Privatio effectum sortitur secundum § 2. A privação produz efeito de acordo
praescripta canonum de iure poenali. com as prescrições dos cânones do direito
penal.

TITULUS X. DE PRAESCRIPTIONE TÍTULO X DA PRESCRIÇÃO


Can. 197 - Praescriptionem, tamquam Cân. 197 - A prescrição, enquanto modo
modum iuris subiectivi acquirendi vel de adquirir ou perder um direito subjetivo
amittendi necnon ab obligationibus sese ou modo de se livrar de obrigações, a
liberandi, Ecclesia recipit prout est in Igreja a recebe como se encontra na
legislatione civili respectivae nationis, salvis legislação civil da respectiva nação, salvas
exceptionibus quae in canonibus huius as exceções estabelecidas nos cânones
Codicis statuuntur. deste Código.

Can. 198 - Nulla valet praescriptio, nisi Cân. 198 - Nenhuma prescrição tem valor,
bona fide nitatur, non solum initio, sed toto se não se apóia na boa fé não só no início,
decursu temporis ad praescriptionem mas por todo o decurso de tempo
requisiti, salvo praescripto can. 1362. requerido para a prescrição, salva a
prescrição do cân. 1362.

Can. 199 - Praescriptioni obnoxia non sunt: Cân. 199 - Não são passíveis de
prescrição:
1° iura et obligationes quae sunt legis 1°- direitos e obrigações decorrentes de
divinae naturalis aut positivae; lei natural ou positiva;
2° iura quae obtineri possunt ex solo 2°- direitos que só se podem obter por
privilegio apostolico; privilégio apostólico;
3° iura et obligationes quae spiritualem 3°- direitos e obrigações referentes
christifidelium vitam directe respiciunt; diretamente à vida espiritual dos fiéis;
4° fines certi et indubii 4°- limites certos e incontestes de
circumscriptionum ecclesiasticarum; circunscrições eclesiásticas;
5° stipes et onera Missarum; 5°- espórtulas e ônus de missas;
6° provisio officii ecclesiastici quod ad 6°- a provisão de um ofício eclesiástico
normam iuris exercitium ordinis sacri que, de acordo com o direito, requer
requirit; exercício de ordem sacra;
7° ius visitationis et obligatio 7°- o direito de visita e a obrigação de
oboedientiae, ita ut christifideles a nulla obediência, de modo tal que os fiéis não
auctoritate ecclesiastica visitari possint et possam ser visitados por nenhuma
nulli auctoritati iam subsint. autoridade eclesiástica e já não dependam
de nenhuma autoridade.

TITULUS XI. DE TEMPORIS TÍTULO XI DO CÔMPUTO DO TEMPO


SUPPUTATIONE
Can. 200 - Nisi aliud expresse iure Cân. 200 - Salvo determinação contrária
caveatur, tempus supputetur ad normam do direito, o tempo seja computado de
canonum qui sequuntur. acordo com os cânones seguintes.

Can. 201 - § 1. Tempus continuum Cân. 201 - § 1. Por tempo contínuo


intellegitur quod nullam patitur entende-se aquele que não sofre nenhuma
interruptionem. interrupção.
§ 2. Tempus utile intellegitur quod ita ius § 2. Por tempo útil se entende aquele de tal
suum exercenti aut persequenti competit, modo compete, a quem exerce ou
ut ignoranti aut agere non valenti non persegue seu direito, que não transcorre
currat. para quem o ignora ou está impossibilitado
de agir.

Can. 202 - § 1. In iure, dies intellegitur Cân. 202 - § 1. No direito, o dia é o espaço
spatium constans 24 horis continuo que consta de 24 horas computadas de
supputandis, et incipit a media nocte, nisi modo contínuo; começa à meia-noite, salvo
aliud expresse caveatur; hebdomada determinação contrária; a semana é o
spatium 7 dierum; mensis spatium 30 et espaço de 7 dias; o mês, espaço de 30
annus spatium 365 dierum, nisi mensis et dias; o ano, espaço de 365 dias; a não ser
annus dicantur sumendi prout sunt in que se diga que o mês e o ano devem ser
calendario. tomados como estão no calendário.
§ 2. Prout sunt in calendario semper § 2. O mês e o ano sempre devem ser
sumendi sunt mensis et annus, si tempus tomados como estão no calendário, se o
est continuum. tempo é contínuo.

Can. 203 - § 1. Dies a quo non computatur Cân. 203 - § 1. O dia inicial não é
in termino, nisi huius initium coincidat cum computado no prazo, a não ser que seu
initio diei aut aliud expresse in iure início coincida com o início do dia, ou no
caveatur. direito se determine expressamente outra
coisa.
§ 2. Nisi contrarium statuatur, dies ad quem § 2. Salvo determinação contrária, o dia
computatur in termino, qui, si tempus final é computado no prazo; este, se
constet uno vel pluribus mensibus aut constar de um ou mais meses ou anos, de
annis, una vel pluribus hebdomadis, finitur uma ou mais semanas, termina, findo o
expleto ultimo die eiusdem numeri aut, si último dia do mesmo número; se o mês
mensis die eiusdem numeri careat, expleto carecer de tal dia, findo o último dia do
ultimo die mensis. mês.

LIBER II. DE POPULO DEI LIVRO II DO POVO DE DEUS


PARS I. DE CHRISTIFIDELIBUS I PARTE DOS FIÉS
Can. 204 - § 1. Christifideles sunt qui, Cân. 204 - § 1. Fiéis são os que,
utpote per baptismum Christo incorporati, incorporados a Cristo pelo batismo, foram
in populum Dei sunt constituti, atque hac constituídos como povo de Deus e assim,
ratione muneris Christi sacerdotalis, feitos participantes, a seu modo, do múnus
prophetici et regalis suo modo participes sacerdotal, profético e régio de Cristo, são
facti, secundum propriam cuiusque chamados a exercer, segundo a condição
condicionem, ad missionem exercendam própria de cada um, a missão que Deus
vocantur, quam Deus Ecclesiae in mundo confiou para a Igreja cumprir no mundo.
adimplendam concredidit.
§ 2. Haec Ecclesia, in hoc mundo ut § 2. Essa Igreja, constituída e organizada
societas constituta et ordinata, subsistit in neste mundo como sociedade, subsiste na
Ecclesia catholica, a successore Petri et Igreja Católica, governada pelo sucessor
Episcopis in eius communione gubernata. de Pedro e pelos Bispos em comunhão
com ele.

Can. 205 - Plene in communione Ecclesiae Cân. 205 - Neste mundo, estão
catholicae his in terris sunt illi baptizati, qui plenamente na comunhão da Igreja
in eius compage visibili cum Christo católica os batizados que se unem a Cristo
iunguntur, vinculis nempe professionis fidei, na estrutura visível, ou seja, pelos vínculos
sacramentorum et ecclesiastici regiminis. da profissão da fé, dos sacramentos e do
regime eclesiástico.

Can. 206 - § 1. Speciali ratione cum Cân. 206 - § 1. Por razão especial, ligam-
Ecclesia conectuntur catechumeni, qui se à Igreja os catecúmenos, a saber, os
nempe, Spiritu Sancto movente, explicita que movidos pelo Espírito Santo, com
voluntate ut eidem incorporentur expetunt, vontade explícita desejam ser incorporados
ideoque hoc ipso voto, sicut et vita fidei, a ela e, por conseqüência, por esse próprio
spei et caritatis quam agunt, coniunguntur desejo, como também pela vida de fé,
cum Ecclesia, quae eos iam ut suos fovet. esperança e caridade, unem- se com a
Igreja, que cuida deles como já seus.
§ 2. Catechumenorum specialem curam § 2. A Igreja dedica cuidado especial aos
habet Ecclesia quae, dum eos ad vitam catecúmenos e, enquanto os convida a
ducendam evangelicam invitat eosque ad viverem uma vida evangélica e os introduz
sacros ritus celebrandos introducit, eisdem na celebração dos ritos sagrados, já lhes
varias iam largitur praerogativas, quae concede diversas prerrogativas, que são
christianorum sunt propriae. próprias dos cristãos.

Can. 207 - § 1. Ex divina institutione, inter Cân. 207 - § 1. Por instituição divina, entre
christifideles sunt in Ecclesia ministri sacri, os fiéis, há na Igreja os ministros sagrados,
qui in iure et clerici vocantur; ceteri autem que no direito são também chamados
et laici nuncupantur. clérigos; e os outros fiéis são também
denominados leigos.
§ 2. Ex utraque hac parte habentur § 2. Em ambas as categorias, há fiéis que,
christifideles, qui professione consiliorum pela profissão dos conselhos evangélicos,
evangelicorum per vota aut alia sacra mediante votos ou outros vínculos
ligamina, ab Ecclesia agnita et sancita, suo sagrados, reconhecidos e sancionados
peculiari modo Deo consecrantur et pela Igreja, consagram-se, no seu modo
Ecclesiae missioni salvificae prosunt; peculiar consagram-se a Deus e
quorum status, licet ad hierarchicam contribuem para missão salvífica da Igreja;
Ecclesiae structuram non spectet, ad eius seu estado, embora não faça parte da
tamen vitam et sanctitatem pertinet. estrutura hierárquica da Igreja, pertence,
contudo a sua vida e santidade.

TITULUS I. DE OMNIUM TÍTULO I DAS OBRIGAÇÕES E


CHRISTIFIDELIUM OBLIGATIONIBUS ET DIREITOS DE TODOS OS FIÉIS
IURIBUS
Can. 208 - Inter christifideles omnes, ex Cân. 208 - Entre todos os fiéis, pela sua
eorum quidem in Christo regeneratione, regeneração em Cristo, vigora, no que se
vera viget quoad dignitatem et actionem refere à dignidade e atividade, uma
aequalitas, qua cuncti, secundum propriam verdadeira igualdade, pela qual todos,
cuiusque condicionem et munus, ad segundo a condição e os múnus próprios
aedificationem Corporis Christi de cada um, cooperam na construção do
cooperantur. Corpo de Cristo.

Can. 209 - § 1. Christifideles obligatione Cân. 209 - § 1. Os fiéis são obrigados a


adstringuntur, sua quoque ipsorum agendi conservar sempre, também no seu modo
ratione, ad communionem semper de agir, a comunhão com a Igreja.
servandam cum Ecclesia.
§ 2. Magna cum diligentia officia § 2. Cumpram com grande diligência os
adimpleant, quibus tenentur erga deveres a que estão obrigados para com a
Ecclesiam tum universam, tum Igreja Universal e para com a Igreja
particularem ad quam, secundum iuris particular à qual pertencem de acordo com
praescripta, pertinent. as prescrições do direito.

Can. 210 - Omnes christifideles, secundum Cân. 210 - Todos os fiéis, de acordo com a
propriam condicionem, ad sanctam vitam condição que lhes é própria, devem
ducendam atque ad Ecclesiae empenhar suas forças a fim de levar uma
incrementum eiusque iugem vida santa e de promover o crescimento da
sanctificationem promovendam vires suas Igreja e sua contínua santificação.
conferre debent.

Can. 211 - Omnes christifideles officium Cân. 211 - Todos os fiéis têm o direito e o
habent et ius allaborandi ut divinum salutis dever de trabalhar, a fim de que o anúncio
nuntium ad universos homines omnium divino da salvação chegue sempre mais a
temporum ac totius orbis magis magisque todos os homens de todos os tempos e de
perveniat. todo o mundo.

Can. 212 - § 1. Quae sacri Pastores, utpote Cân. 212 - § 1. Os fiéis, conscientes da
Christum repraesentantes, tamquam fidei própria responsabilidade, estão obrigados
magistri declarant aut tamquam Ecclesiae a aceitar com obediência cristã o que os
rectores statuunt, christifideles, propriae sagrados Pastores, como representantes
responsabilitatis conscii, christiana de Cristo, declaram como mestres da fé ou
oboedientia prosequi tenentur. determinam como guias da Igreja.
§ 2. Christifidelibus integrum est, ut § 2. Os fiéis têm o direito de manifestar aos
necessitates suas, praesertim spirituales, Pastores da Igreja as próprias
suaque optata Ecclesiae Pastoribus necessidades, principalmente espirituais, e
patefaciant. os próprios anseios.
§ 3. Pro scientia, competentia et § 3. De acordo com a ciência, a
praestantia quibus pollent, ipsis ius est, competência e o prestígio de que gozam,
immo et aliquando officium, ut sententiam tem o direito e, às vezes, até o dever de
suam de his quae ad bonum Ecclesiae manifestar aos Pastores sagrados a
pertinent sacris Pastoribus manifestent própria opinião sobre o que afeta o bem da
eamque, salva fidei morumque integritate Igreja e, ressalvando a integridade da fé e
ac reverentia erga Pastores, attentisque dos costumes e a reverência para com os
communi utilitate et personarum dignitate, Pastores, e levando em conta a utilidade
ceteris christifidelibus notam faciant. comum e a dignidade das pessoas, dêem a
conhecer essa sua opinião também aos
outros fiéis.

Can. 213 - Ius est christifidelibus ut ex Cân. 213 - Os fiéis têm o direito de receber
spiritualibus Ecclesiae bonis, praesertim ex dos Pastores sagrados, dentre os bens
verbo Dei et sacramentis, adiumenta a espirituais da Igreja, principalmente os
sacris Pastoribus accipiant. auxílios da Palavra de Deus e dos
sacramentos.

Can. 214 - Ius est christifidelibus, ut cultum Cân. 214 - Os fiéis têm o direito de prestar
Deo persolvant iuxta praescripta proprii culto a Deus segundo as determinações do
ritus a legitimis Ecclesiae Pastoribus próprio rito aprovado pelos legítimos
approbati, utque propriam vitae spiritualis Pastores da Igreja e de seguir sua própria
formam sequantur, doctrinae quidem espiritualidade, conforme, porém, à
Ecclesiae consentaneam. doutrina da Igreja.

Can. 215 - Integrum est christifidelibus, ut Cân. 215 - Os fiéis têm o direito de fundar
libere condant atque moderentur e dirigir livremente associações para fins
consociationes ad fines caritatis vel de caridade e piedade, ou para favorecer a
pietatis, aut ad vocationem christianam in vocação cristã no mundo, e de se reunirem
mundo fovendam, utque conventus para a consecução comum dessas
habeant ad eosdem fines in communi finalidades.
persequendos.

Can. 216 - Christifideles cuncti, quippe qui Cân. 216 - Todos os fiéis, já que participam
Ecclesiae missionem participent, ius da missão da Igreja, têm o direito de
habent ut propriis quoque inceptis, promover e sustentar a atividade
secundum suum quisque statum et apostólica, segundo o próprio estado e
condicionem, apostolicam actionem condição, também com iniciativas próprias;
promoveant vel sustineant; nullum tamen nenhuma iniciativa, porém, reivindique para
inceptum nomen catholicum sibi vindicet, si o nome de católica, a não ser com o
nisi consensus accesserit competentis consentimento da autoridade eclesiástica
auctoritatis ecclesiasticae. competente.

Can. 217 - Christifideles, quippe qui Cân. 217 - Os fiéis, já que são chamados
baptismo ad vitam doctrinae evangelicae pelo batismo a levar uma vida de acordo
congruentem ducendam vocentur, ius com a doutrina evangélica, têm o direito à
habent ad educationem christianam, qua educação cristã, pela qual sejam
ad maturitatem humanae personae devidamente instruídos para a consecução
prosequendam atque simul ad mysterium da maturidade da pessoa humana e, ao
salutis cognoscendum et vivendum rite mesmo tempo, para o conhecimento e a
instruantur. vivência do mistério da salvação.

Can. 218 - Qui disciplinis sacris incumbunt Cân. 218 - Os que se dedicam ao estudo
iusta libertate fruuntur inquirendi necnon das ciências sagradas gozam da justa
mentem suam prudenter in iis aperiendi, in liberdade de pesquisar e de manifestar
quibus peritia gaudent, servato debito erga com prudência o próprio pensamento sobre
Ecclesiae magisterium obsequio. aquilo em que são peritos, conservando o
devido obséquio para com o magistério da
Igreja.

Can. 219 - Christifideles omnes iure Cân. 219 - Todos os fiéis têm o direito de
gaudent ut a quacumque coactione sint ser imunes de qualquer coação na escolha
immunes in statu vitae eligendo. do estado de vida.

Can. 220 - Nemini licet bonam famam, qua Cân. 220 - A ninguém é lícito lesar
quis gaudet, illegitime laedere, nec ius ilegitimamente a boa fama de que alguém
cuiusque personae ad propriam intimitatem goza, nem violar o direito de cada pessoa
tuendam violare. de defender a própria intimidade.

Can. 221 - § 1. Christifidelibus competit ut Cân. 221 - § 1. Compete aos fiéis


iura, quibus in Ecclesia gaudent, legitime reivindicar e defender legitimamente os
vindicent atque defendant in foro direitos de que gozam na Igreja, no foro
competenti ecclesiastico ad normam iuris. eclesiástico competente, de acordo com o
direito.
§ 2. Christifidelibus ius quoque est ut, si ad § 2. Os fiéis, caso sejam chamados a juízo
iudicium ab auctoritate competenti pela autoridade competente, têm o direito
vocentur, iudicentur servatis iuris de ser julgados de acordo com as
praescriptis, cum aequitate applicandis. prescrições do direito, a serem aplicadas
com eqüidade.
§ 3. Christifidelibus ius est, ne poenis § 3. Os fiéis têm o direito de não ser
canonicis nisi ad normam legis plectantur. punidos com penas canônicas, a não ser
de acordo com a lei.

Can. 222 - § 1. Christifideles obligatione Cân. 222 - § 1. Os fiéis têm obrigação de


tenentur necessitatibus subveniendi socorrer às necessidades da Igreja, a fim
Ecclesiae, ut eidem praesto sint quae ad de que ela possa dispor do que é
cultum divinum, ad opera apostolatus et necessário para o culto divino, para as
caritatis atque ad honestam ministrorum obras de apostolado e de caridade e para o
sustentationem necessaria sunt. honesto sustento dos ministros.
§ 2. Obligatione quoque tenentur iustitiam § 2. Têm também a obrigação de promover
socialem promovendi necnon, praecepti a justiça social e, lembrados do preceito do
Domini memores, ex propriis reditibus Senhor, socorrer os pobres com as
pauperibus subveniendi. próprias rendas.

Can. 223 - § 1. In iuribus suis exercendis Cân. 223 - § 1. No exercício dos próprios
christifideles tum singuli tum in direitos, os fiéis, individualmente ou unidos
consociationibus adunati rationem habere em associações, devem levar em conta o
debent boni communis Ecclesiae necnon bem comum da Igreja, os direitos dos
iurium aliorum atque suorum erga alios outros e os próprios deveres para com os
officiorum. outros.
§ 2. Ecclesiasticae auctoritati competit, § 2. Compete à autoridade eclesiástica, em
intuitu boni communis, exercitium iurium, vista do bem comum, regular o exercício
quae christifidelibus sunt propria, moderari. dos direitos que são próprios dos fiéis.

TITULUS II. DE OBLIGATIONIBUS ET TÍTULO II DAS OBRIGAÇÕES E


IURIBUS CHRISTIFIDELIUM LAICORUM DIREITOS DOS FIÉIS LEIGOS
Can. 224 - Christifideles laici, praeter eas Cân. 224 - Os fiéis leigos, além das
obligationes et iura, quae cunctis obrigações e dos direitos que são comuns
christifidelibus sunt communia et ea quae a todos os fiéis e dos que são
in aliis canonibus statuuntur, obligationibus estabelecidos em outros cânones, têm os
tenentur et iuribus gaudent quae in deveres e gozam dos direitos relacionados
canonibus huius tituli recensentur. nos cânones deste título.

Can. 225 - § 1. Laici, quippe qui uti omnes Cân. 225 - § 1. Uma vez que, como todos
christifideles ad apostolatum a Deo per os fiéis, através do batismo e da
baptismum et confirmationem deputentur, confirmação, são destinados por Deus ao
generali obligatione tenentur et iure apostolado, os leigos, individualmente ou
gaudent, sive singuli sive in reunidos em associações, têm obrigação
consociationibus coniuncti, allaborandi ut geral e gozam do direito de trabalhar para
divinum salutis nuntium ab universis que o anúncio divino da salvação seja
hominibus ubique terrarum cognoscatur et conhecido e aceito por todos os homens,
accipiatur; quae obligatio eo vel magis em todo o mundo; esta obrigação é tanto
urget iis in adiunctis, in quibus nonnisi per mais premente naquelas circunstâncias em
ipsos Evangelium audire et Christum que somente através deles os homens
cognoscere homines possunt. podem ouvir o Evangelho e conhecer o
Cristo.
§ 2. Hoc etiam peculiari adstringuntur § 2. Têm também o dever especial, cada
officio, unusquisque quidem secundum um segundo a própria condição, de animar
propriam condicionem, ut rerum e aperfeiçoar com o espírito evangélico a
temporalium ordinem spiritu evangelico ordem das realidades temporais, e assim
imbuant atque perficiant, et ita specialiter in dar testemunho de Cristo, especialmente
iisdem rebus gerendis atque in muneribus na gestão dessas realidades e no exercício
saecularibus exercendis Christi das atividades seculares.
testimonium reddant.

Can. 226 - § 1. Qui in statu coniugali Cân. 226 - § 1. Os que vivem no estado
vivunt, iuxta propriam vocationem, peculiari conjugal, segundo a própria vocação, têm
officio tenentur per matrimonium et o dever especial de trabalhar pelo
familiam ad aedificationem populi Dei matrimônio e pela família, na construção do
allaborandi. povo de Deus.
§ 2. Parentes, cum vitam filiis contulerint, § 2. Os pais, tendo dado a vida aos filhos,
gravissima obligatione tenentur et iure têm a gravíssima obrigação e gozam do
gaudent eos educandi; ideo parentum direito de educá- los; por isso, é obrigação
christianorum imprimis est christianam primordial dos pais cristãos cuidar da
filiorum educationem secundum doctrinam educação cristã dos filhos, segundo a
ab Ecclesia traditam curare. doutrina transmitida pela Igreja.

Can. 227 - Ius est christifidelibus laicis, ut Cân. 227 - É direito dos fiéis leigos que
ipsis agnoscatur ea in rebus civitatis lhes seja reconhecida, nas coisas da
terrenae libertas, quae omnibus civibus sociedade terrestre, aquela liberdade que
competit; eadem tamen libertate utentes, compete a todo os cidadãos usando dessa
curent ut suae actiones spiritu evangelico liberdade, procurem imbuir suas atividades
imbuantur, et ad doctrinam attendant ab com o espírito evangélico e atendam à
Ecclesiae magisterio propositam, caventes doutrina proposta pelo magistério da Igreja,
tamen ne in quaestionibus opinabilibus evitando, contudo, em questões opináveis,
propriam sententiam uti doctrinam apresentar o próprio parecer como doutrina
Ecclesiae proponant. da Igreja.

Can. 228 - § 1. Laici qui idonei reperiantur, Cân. 228 - § 1. Os leigos julgados idôneos
sunt habiles ut a sacris Pastoribus ad illa são hábeis para ser assumidos pelos
officia ecclesiastica et munera assumantur, Pastores sagrados para aqueles ofícios
quibus ipsi secundum iuris praescripta eclesiásticos e encargos que eles podem
fungi valent. desempenhar, segundo as prescrições do
direito.
§ 2. Laici debita scientia, prudentia et § 2. Os leigos que se distinguem pela
honestate praestantes, habiles sunt devida ciência, prudência e honestidade,
tamquam periti aut consiliarii, etiam in são hábeis para prestar ajuda aos Pastores
consiliis ad normam iuris, ad Ecclesiae da Igreja como peritos ou conselheiros,
Pastoribus adiutorium praebendum. também nos conselhos, regulados pelo
direito.

Can. 229 - § 1. Laici, ut secundum Cân. 229 - § 1. Os leigos, a fim de


doctrinam christianam vivere valeant, poderem viver segundo a doutrina cristã,
eandemque et ipsi enuntiare atque, si opus anunciá-la também eles e, se necessário,
sit, defendere possint, utque in apostolatu defendê-la, e para poderem participar no
exercendo partem suam habere queant, exercício do apostolado, têm o dever e o
obligatione tenentur et iure gaudent direito de adquirir dessa doutrina um
acquirendi eiusdem doctrinae cognitionem, conhecimento adaptado à capacidade e
propriae uniuscuiusque capacitati et condição próprias de cada um.
condicioni aptatam.
§ 2. Iure quoque gaudent pleniorem illam in § 2. Gozam também do direito de adquirir
scientiis sacris acquirendi cognitionem, aquele conhecimento mais completo nas
quae in ecclesiasticis universitatibus ciências sagradas, ensinadas nas
facultatibusve aut in institutis scientiarum universidades e faculdades eclesiásticas
religiosarum traduntur, ibidem lectiones ou nos institutos de ciências religiosas, aí
frequentando et gradus academicos freqüentando aulas e obtendo graus
consequendo. acadêmicos.
§ 3. Item, servatis praescriptis quoad § 3. Assim também, observando-se as
idoneitatem requisitam statutis, habiles disposições estabelecidas no tocante à
sunt ad mandatum docendi scientias idoneidade requerida, são hábeis para
sacras a legitima auctoritate ecclesiastica receber da legítima autoridade eclesiástica
recipiendum. o mandato de ensinar as ciências
sagradas.
Can. 230 - § 1. Laici, qui aetate dotibusque Cân. 230 - § 1. Os leigos que tiverem a
pollent Episcoporum conferentiae decreto idade e as qualidades estabelecidas por
statutis, per ritum liturgicum praescriptum decreto da Conferência dos Bispos, podem
ad ministeria lectoris et acolythi stabiliter ser assumidos estavelmente, mediante o
assumi possunt; quae tamen ministeriorum rito litúrgico prescrito, para os ministérios
collatio eisdem ius non confert ad do leitor e de acólito; o ministério, porém, a
sustentationem remunerationemve ab eles conferido não lhes dá o direito ao
Ecclesia praestandam. sustento ou à remuneração por parte da
Igreja.
§ 2. Laici ex temporanea deputatione in § 2. Os leigos podem desempenhar, por
actionibus liturgicis munus lectoris implere encargo temporário, as funções de leitor
possunt; item omnes laici muneribus nas ações litúrgicas; igualmente todos os
commentatoris, cantoris aliisve ad normam leigos podem exercer o encargo de
iuris fungi possunt. comentador, de cantor ou outros, de
acordo com o direito.
§ 3. Ubi Ecclesiae necessitas id suadeat, § 3. Onde a necessidade da Igreja, o
deficientibus ministris, possunt etiam laici, aconselhar, podem também os leigos, na
etsi non sint lectores vel acolythi, quaedam falta de ministros, mesmo não sendo
eorundem officia supplere, videlicet leitores ou acólitos, suprir alguns de seus
ministerium verbi exercere, precibus ofícios, a saber, exercer o ministério da
liturgicis praeesse, baptismum conferre palavra, presidir às orações litúrgicas,
atque sacram Communionem distribuere, administrar o batismo e distribuir a sagrada
iuxta iuris praescripta. Comunhão, de acordo com as prescrições
do direito.

Can. 231 - § 1. Laici, qui permanenter aut Cân. 231 - § 1. Os leigos, que são
ad tempus speciali Ecclesiae servitio destinados permanente ou
addicuntur, obligatione tenentur ut aptam temporariamente a um serviço especial na
acquirant formationem ad munus suum Igreja, têm a obrigação de adquirir a
debite implendum requisitam, utque hoc formação adequada, requerida para o
munus conscie, impense et diligenter cumprimento do próprio encargo e para
adimpleant. exercê-lo consciente, dedicada e
diligentemente.
§ 2. Firmo praescripto can. 230, § 1, ius § 2. Salva a prescrição do cân. 230, § 1,
habent ad honestam remunerationem suae eles têm o direito a uma honesta
condicioni aptatam, qua decenter, servatis remuneração adequada à sua condição,
quoque iuris civilis praescriptis, com a qual possam prover decorosamente,
necessitatibus propriis ac familiae observadas também as prescrições do
providere valeant; itemque iis ius competit direito civil, as necessidades próprias e da
ut ipsorum praevidentiae et securitati família; cabe-lhes igualmente o direito de
sociali et assistentiae sanitariae, quam que se garantam devidamente sua
dicunt, debite prospiciatur. previdência, seguro social e assistência à
saúde.

TITULUS III. DE MINISTRIS SACRIS SEU TÍTULO III DOS MINISTROS SAGRADOS
DE CLERICIS OU CLÉRIGOS
CAPUT I. DE CLERICORUM Capítulo I DA FORMAÇÃO DOS
INSTITUTIONE CLÉRIGOS
Can. 232 - Ecclesiae officium est atque ius Cân. 232 - É dever e direito próprio e
proprium et exclusivum eos instituendi, qui exclusivo da Igreja, formar os que se
ad ministeria sacra deputantur. destinam aos ministérios sagrados.

Can. 233 - § 1. Universae communitati Cân. 233 - § 1. A toda a comunidade cristã


christianae officium incumbit fovendarum incumbe o dever de incentivar as
vocationum, ut necessitatibus ministerii vocações, para que se possa prover
sacri in tota Ecclesia sufficienter suficientemente às necessidades do
provideatur; speciatim hoc officio tenentur ministério sagrado na Igreja toda; em
familiae christianae, educatores atque especial, têm esse dever as famílias
peculiari ratione sacerdotes, praesertim cristãs, os educadores e, de modo
parochi. Episcopi dioecesani, quorum particular, os sacerdotes, principalmente os
maxime est de vocationibus provehendis párocos. Os Bispos diocesanos, aos quais
curam habere, populum sibi commissum de compete, antes de todos, cuidar da
momento ministerii sacri deque ministrorum promoção das vocações, instruam o povo
in Ecclesia necessitate edoceant, atque que lhes está confiado sobre a importância
incepta ad vocationes fovendas, operibus do ministério sagrado e sobre a
praesertim ad hoc institutis, suscitent ac necessidade de ministros na Igreja;
sustentent. suscitem e sustentem iniciativas para
incentivar as vocações com obras
especialmente instituídas para isso.
§ 2. Solliciti sint insuper sacerdotes, § 2. Além disso, os sacerdotes e
praesertim vero Episcopi dioecesani, ut qui principalmente os Bispos diocesanos
maturioris aetatis viri ad ministeria sacra sejam solícitos para que os homens de
sese vocatos aestiment, prudenter verbo idade mais madura, que se julgarem
opereque adiuventur ac debite chamados aos ministérios sagrados, sejam
praeparentur. prudentemente ajudados por palavras e
fatos e sejam devidamente preparados.

Can. 234 - § 1. Serventur, ubi exsistunt, Cân. 234 - § 1. Conservem-se, onde


atque foveantur seminaria minora aliave existirem, e fomentem-se os seminários
instituta id genus, in quibus nempe, menores ou outros institutos semelhantes,
vocationum fovendarum gratia, provideatur nos quais se providencie, para incentivar
ut peculiaris formatio religiosa una cum as vocações, que se dê formação religiosa
institutione humanistica et scientifica especial juntamente com a preparação
tradatur; immo, ubi id expedire iudicaverit humanística e científica; e mais, onde o
Episcopus dioecesanus, seminarii minoris Bispo diocesano o julgar oportuno, proveja
similisve instituti erectioni prospiciat. à fundação do seminário menor ou instituto
semelhante.
§ 2. Nisi certis in casibus adiuncta aliud § 2. A não ser que, em certos casos, as
suadeant, iuvenes quibus animus est ad circunstâncias aconselhem o contrário, os
sacerdotium ascendere, ea ornentur jovens animados do desejo de chegar ao
humanistica et scientifica formatione, qua sacerdócio devem ter a formação
iuvenes in sua quisque regione ad studia humanística e científica com a qual os
superiora peragenda praeparantur. jovens da respectiva região se preparam
para fazer os estudos superiores.

Can. 235 - § 1. Iuvenes, qui ad Cân. 235 - § 1. Os jovens que pretendem


sacerdotium accedere intendunt, ad ser admitidos ao sacerdócio sejam
formationem spiritualem convenientem et educados para uma formação espiritual
ad officia propria instituantur in seminario adequada e para os ofícios que lhes são
maiore per totum formationis tempus, aut, próprios, no seminário maior durante todo
si adiuncta de iudicio Episcopi dioecesani o tempo da formação ou, se a juízo do
id postulent, per quattuor saltem annos. Bispo diocesano o exigirem as
circunstâncias, ao menos por quatro anos.
§ 2. Qui extra seminarium legitime § 2. Os que legitimamente moram fora do
morantur, ab Episcopo dioecesano seminário, sejam confiados pelo Bispo
commendentur pio et idoneo sacerdoti, qui diocesano a um sacerdote piedoso e
invigilet ut ad vitam spiritualem et ad idôneo, que vele a fim de que sejam
disciplinam sedulo efformentur. cuidadosamente formados para a vida
espiritual e para a disciplina.

Can. 236 - Aspirantes ad diaconatum Cân. 236 - Os aspirantes ao diaconato


permanentem secundum Episcoporum permanente, de acordo com as prescrições
conferentiae praescripta ad vitam da Conferência dos Bispos, sejam
spiritualem alendam informentur atque ad formados a cultivar a vida espiritual e
officia eidem ordini propria rite adimplenda instruídos a cumprir devidamente os
instruantur: deveres próprios dessa ordem:
1° iuvenes per tres saltem annos in 1°- os jovens, vivendo ao menos três
aliqua domo peculiari degentes, nisi graves anos numa casa apropriada, a não ser que,
ob rationes Episcopus dioecesanus aliter por razões graves, o Bispo diocesano tiver
statuerit; determinado diversamente;
2° maturioris aetatis viri, sive caelibes 2°- os de idade mais madura, solteiros
sive coniugati, ratione ad tres annos ou casados, segundo o plano, com três
protracta et ab eadem Episcoporum anos de duração, definido pela mesma
conferentia definita. Conferência dos Bispos.

Can. 237 - § 1. In singulis dioecesibus sit Cân. 237 - § 1. Onde for possível e
seminarium maius, ubi id fieri possit atque oportuno, haja em cada diocese o
expediat; secus concredantur alumni, qui seminário maior; caso contrário, os alunos
ad sacra ministeria sese praeparent, alieno que se preparam para o ministério sagrado
seminario aut erigatur seminarium sejam confiados a outro seminário, ou
interdioecesanum. então seja fundado um seminário
interdiocesano.
§ 2. Seminarium interdioecesanum ne § 2. Não se erija seminário interdiocesano
erigatur nisi prius confirmatio Apostolicae sem primeiro se obter a confirmação da Sé
Sedis, tum ipsius seminarii erectionis tum Apostólica, quer para a ereção, quer para
eiusdem statutorum, obtenta fuerit, et os estatutos, e ainda a da Conferência
quidem ab Episcoporum conferentia, si episcopal se se tratar de seminário para
agatur de seminario pro universo eius todo o seu território, ou, no caso contrário,
territorio, secus ab Episcopis quorum a dos bispos interessados.
interest.

Can. 238 - § 1. Seminaria legitime erecta Cân. 238 - § 1. Os seminários


ipso iure personalitate iuridica in Ecclesia legitimamente erigidos têm ipso iure,
gaudent. personalidade jurídica na Igreja.
§ 2. In omnibus negotiis pertractandis § 2. No trato de todos os negócios,
personam seminarii gerit eius rector, nisi de representa a pessoa do Seminário o seu
certis negotiis auctoritas competens aliud reitor, salvo determinação contrária da
statuerit. autoridade competente, a respeito de
certos negócios.

Can. 239 - § 1. In quolibet seminario Cân. 239 - § 1. Em cada seminário haja o


habeantur rector, qui ei praesit, et si casus reitor que o presida, e, se for o caso o vice-
ferat vice-rector, oeconomus, atque si reitor, o ecônomo e, se os alunos fazem os
alumni in ipso seminario studiis se dedant, estudos no próprio seminário, também
etiam magistri, qui varias disciplinas tradant professores que ensinem as diversas
apta ratione inter se compositas. disciplinas coordenando-as entre si.
§ 2. In quolibet seminario unus saltem adsit § 2. Em cada seminário haja ao menos um
spiritus director, relicta libertate alumnis diretor espiritual, deixando-se aos alunos a
adeundi alios sacerdotes, qui ad hoc liberdade de procurar outros sacerdotes
munus ab Episcopo deputati sint. que tenha sido destinados pelo Bispo para
esse encargo.
§ 3. Seminarii statutis provideantur § 3. Nos estatutos do seminário, sejam
rationes, quibus curam rectoris, in dadas diretrizes segundo as quais os
disciplina praesertim servanda, participent moderadores, os professores, e até os
ceteri moderatores, magistri, immo et ipsi próprios alunos participem da
alumni. responsabilidade do reitor, principalmente
na manutenção da disciplina.

Can. 240 - § 1. Praeter confessarios Cân. 240 - § 1. Além dos confessores


ordinarios, alii regulariter ad seminarium ordinários, venham regularmente ao
accedant confessarii, atque, salva quidem seminário outros confessores e, salva
seminarii disciplina, integrum semper sit sempre a disciplina do seminário, os
alumnis quemlibet confessarium sive in alunos têm sempre o direito de procurar
seminario sive extra illud adire. qualquer confessor no seminário ou fora
dele.
§ 2. In decisionibus ferendis de alumnis ad § 2. Ao tomar decisões relativas à
ordines admittendis aut e seminario admissão dos alunos às ordens ou à sua
dimittendis, numquam directoris spiritus et demissão do seminário, nunca se pode
confessariorum votum exquiri potest. pedir o parecer do diretor espiritual e dos
confessores.

Can. 241 - § 1. Ad seminarium maius ab Cân. 241 - § 1. Sejam admitidos ao


Episcopo dioecesano admittantur seminário maior, pelo Bispo somente
tantummodo ii qui, attentis eorum dotibus aqueles que, em vista de suas qualidades
humanis et moralibus, spiritualibus et humanas e morais, espirituais e
intellectualibus, eorum valetudine physica intelectuais, sua saúde física e psíquica,
et psychica necnon recta voluntate, habiles como também reta intenção, são julgados
aestimantur qui ministeriis sacris perpetuo hábeis para se dedicarem perpetuamente
sese dedicent. aos ministérios sagrados.
§ 2. Antequam recipiantur, documenta § 2. Antes de serem recebidos, devem
exhibere debent de susceptis baptismo et apresentar os atestados de batismo e de
confirmatione aliaque quae secundum confirmação e os outros que se requerem,
praescripta institutionis sacerdotalis de acordo com as prescrições das
Rationis requiruntur. Diretrizes básicas para a formação
sacerdotal.
§ 3. Si agatur de iis admittendis, qui ex § 3. Tratando-se de admitir os que tiverem
alieno seminario vel instituto religioso sido admitidos de seminário alheio ou de
dimissi fuerint, requiritur insuper instituto religioso, requer-se ainda o
testimonium respectivi superioris testemunho do respectivo superior,
praesertim de causa eorum dimissionis vel principalmente sobre a causa do seu
discessus. afastamento ou saída.

Can. 242 - § 1. In singulis nationibus Cân. 242 - § 1. Em cada país haja Normas
habeatur institutionis sacerdotalis Ratio, ab para a formação sacerdotal, estabelecidas
Episcoporum conferentia, attentis quidem pela Conferência episcopal, tendo em
normis a suprema Ecclesiae auctoritate conta as normas dadas pela suprema
latis, statuenda et a Sancta Sede autoridade da Igreja; aquelas Normas
confirmanda, novis quoque adiunctis, devem ser confirmadas pela Santa Sé, e ir-
confirmante item Sancta Sede, se acomodando às circunstâncias, também
accommodanda, qua institutionis in com a confirmação da Santa Sé, e nelas
seminario tradendae definiantur summa definam-se os princípios mais importantes
principia atque normae generales e as orientações gerais para a formação a
necessitatibus pastoralibus uniuscuiusque ministrar no seminário, adaptadas às
regionis vel provinciae, aptatae. necessidades pastorais de cada região ou
província.
§ 2. Normae Rationis, de qua in § 1, § 2. As normas das Diretrizes,
serventur in omnibus seminariis, tum mencionadas no § 1, sejam observadas em
dioecesanis tum interdioecesanis. todos os seminários, diocesanos ou
interdiocesanos.

Can. 243 - Habeat insuper unumquodque Cân. 243 - Além disso, cada seminário
seminarium ordinationem propriam, ab tenha o próprio regulamento aprovado pelo
Episcopo dioecesano aut, si de seminario Bispo diocesano ou, se se tratar de
interdioecesano agatur, ab Episcopis seminário interdiocesano, pelos Bispos
quorum interest, probatam, qua normae interessados. Nele se adaptem as normas
institutionis sacerdotalis Rationis adiunctis das Diretrizes básicas para a formação
particularibus accommodentur, ac pressius sacerdotal às circunstâncias particulares, e
determinentur praesertim disciplinae capita se determinem mais exatamente sobretudo
quae ad alumnorum cotidianam vitam et os pontos disciplinares referentes à vida
totius seminarii ordinem spectant. cotidiana dos alunos e à organização de
todo o seminário.

Can. 244 - Alumnorum in seminario Cân. 244 - No seminário, a formação


formatio spiritualis et institutio doctrinalis espiritual e a preparação doutrinal dos
harmonice componantur, atque ad id alunos devem ser harmoniosamente
ordinentur, ut iidem iuxta uniuscuiusque conjugadas e tenham por finalidade fazer
indolem una cum debita maturitate humana com que eles adquiram, de acordo com a
spiritum Evangelii et arctam cum Christo índole de cada um, junto com a devida
necessitudinem acquirant. maturidade humana, o espírito do
Evangelho e uma profunda intimidade com
Cristo.

Can. 245 - § 1. Per formationem Cân. 245 - § 1. Pela formação espiritual, os


spiritualem alumni idonei fiant ad alunos se tornem aptos para exercer
ministerium pastorale fructuose frutuosamente o ministério pastoral e se
exercendum et ad spiritum missionalem formem para o espírito missionário,
efformentur, discentes ministerium aprendendo que o ministério cumprido
expletum semper in fide viva et in caritate sempre com viva fé e caridade contribui
ad propriam sanctificationem conferre; para a própria santificação; assim também,
itemque illas excolere discant virtutes quae aprendam a cultivar as virtudes que são
in hominum consortione pluris fiunt, ita mais apreciadas na convivência humana,
quidem ut ad aptam conciliationem inter de modo que possam chegar a uma
bona humana et supernaturalia pervenire adequada harmonia entre os valores
valeant. humanos e os sobrenaturais.
§ 2. Ita formentur alumni ut, amore § 2. Os alunos sejam, de tal maneira
Ecclesiae Christi imbuti, Pontifici Romano formados que, imbuídos de amor para com
Petri successori humili et filiali caritate a Igreja de Cristo, adiram com caridade
devinciantur, proprio Episcopo tamquam humilde e filial ao Romano Pontífice,
fidi cooperatores adhaereant et sociam sucessor de Pedro, unam-se ao próprio
cum fratribus operam praestent; per vitam Bispo como fiéis cooperadores e
in seminario communem atque per colaborem com os irmãos; pela vida
amicitiae coniunctionisque necessitudinem comum no seminário e pelo cultivo do
cum aliis excultam praeparentur ad relacionamento de amizade e união com os
fraternam unionem cum dioecesano outros, preparem-se para a união fraterna
presbyterio, cuius in Ecclesiae servitio no presbitério diocesano de que
erunt consortes. participarão no serviço da Igreja.

Can. 246 - § 1. Celebratio Eucharistica Cân. 246 - § 1. A celebração eucarística


centrum sit totius vitae seminarii, ita ut seja o centro de toda a vida do seminário,
cotidie alumni, ipsam Christi caritatem de modo que todos os dias os alunos,
participantes, animi robur pro apostolico participando da própria caridade de Cristo,
labore et pro vita sua spirituali praesertim possam haurir, principalmente dessa
ex hoc ditissimo fonte hauriant. riquíssima fonte, a força de ânimo para o
trabalho apostólico e para a sua vida
espiritual.
§ 2. Efformentur ad celebrationem liturgiae § 2. Sejam formados para a celebração da
horarum, qua Dei ministri, nomine liturgia das horas, pela qual os ministros de
Ecclesiae pro toto populo sibi commisso, Deus, em nome da Igreja, rogam a Ele por
immo pro universo mundo, Deum todo o povo a eles confiado, e pelo mundo
deprecantur. todo.
§ 3. Foveantur cultus Beatae Mariae § 3. Sejam incentivados o culto à Bem-
Virginis etiam per mariale rosarium, oratio aventurada Virgem Maria, também pelo
mentalis aliaque pietatis exercitia, quibus rosário mariano, a oração mental e outros
alumni spiritum orationis acquirant atque exercícios de piedade, com os quais os
vocationis suae robur consequantur. alunos adquiram o espírito de oração e
consigam a firmeza de sua vocação.
§ 4. Ad sacramentum paenitentiae § 4. Acostumem-se os alunos a se
frequenter accedere assuescant alumni, et aproximarem freqüentemente do
commendatur ut unusquisque habeat sacramento da penitência; recomenda-se
moderatorem suae vitae spiritualis libere que cada um tenha o seu diretor espiritual,
quidem electum, cui confidenter escolhido livremente, ao qual possa
conscientiam aperire possit. manifestar com confiança a própria
consciência.
§ 5. Singulis annis alumni exercitiis § 5. Os alunos façam cada ano os
spiritualibus vacent. exercícios espirituais.

Can. 247 - § 1. Ad servandum statum Cân. 247 - § 1. Sejam preparados, por uma
caelibatus congrua educatione adequada educação, para guardar o
praeparentur, eumque ut peculiare Dei estado do celibato, e aprendam a apreciá-
donum in honore habere discant. lo como dom especial de Deus.
§ 2. De officiis et oneribus quae ministris § 2. Sejam os alunos devidamente
sacris Ecclesiae propria sunt, alumni debite informados sobre as obrigações e
reddantur certiores, nulla vitae sacerdotalis responsabilidades próprias dos ministros
difficultate reticita. sagrados da Igreja, não se ocultando
nenhuma dificuldade da vida sacerdotal.

Can. 248 - Institutio doctrinalis tradenda eo Cân. 248 - A formação doutrinal a ser
spectat, ut alumni, una cum cultura generali ministrada tende a que os alunos,
necessitatibus loci ac temporis juntamente com a cultura geral
consentanea, amplam atque solidam consentânea com as necessidades de
acquirant in disciplinis sacris doctrinam, ita lugar e tempo, adquiram conhecimento
ut, propria fide ibi fundata et inde nutrita, amplo e sólido nas ciências sagradas, de
Evangelii doctrinam hominibus sui temporis modo que tendo a própria fé nelas fundada
apte, ratione eorundem ingenio e delas nutrida, possam convenientemente
accommodata, nuntiare valeant. anunciar a doutrina do Evangelho aos
homens de seu tempo, de forma adaptada
à mentalidade destes.

Can. 249 - Institutionis sacerdotalis Ratione Cân. 249 - Nas Diretrizes básicas para a
provideatur ut alumni non tantum accurate formação sacerdotal se providencie que os
linguam patriam edoceantur, sed etiam alunos não só aprendam cuidadosamente
linguam latinam bene calleant necnon a língua vernácula, mas também dominem
congruam habeant cognitionem alienarum a língua latina, e aprendam
linguarum, quarum scientia ad eorum convenientemente as línguas estrangeiras,
formationem aut ad ministerium pastorale cujo conhecimento pareça necessário ou
exercendum necessaria vel utilis videatur. útil para sua formação ou para o exercício
do ministério pastoral.

Can. 250 - Quae in ipso seminario Cân. 250 - Os estudos filosóficos e


philosophica et theologica studia teológicos, organizados no próprio
ordinantur, aut successive aut coniuncte seminário, podem ser feitos sucessiva ou
peragi possunt, iuxta institutionis simultaneamente, de acordo com as
sacerdotalis Rationem; eadem completum Diretrizes básicas para a formação
saltem sexennium complectantur, ita sacerdotal; compreendam, ao menos seis
quidem ut tempus philosophicis disciplinis anos completos, de tal modo que o tempo
dedicandum integrum biennium, studiis reservado às disciplinas filosóficas
vero theologicis integrum quadriennium corresponda a dois anos completos, e o
adaequet. tempo reservado aos estudos teológicos, a
quatro anos completos.

Can. 251 - Philosophica institutio, quae Cân. 251 - A formação filosófica, que deve
innixa sit oportet patrimonio philosophico estar baseada num patrimônio filosófico
perenniter valido, et rationem etiam habeat perenemente válido e também levar em
philosophicae investigationis progredientis conta a investigação filosófica no
aetatis, ita tradatur, ut alumnorum progresso do tempo, seja ministrada de tal
formationem humanam perficiat, mentis modo que complete a formação humana
aciem provehat, eosque ad studia dos alunos, lhes aguce a mente e os torne
theologica peragenda aptiores reddat. mais aptos para fazerem os estudos
teológicos.

Can. 252 - § 1. Institutio theologica, in Cân. 252 - § 1. A formação teológica, sob a


lumine fidei, sub Magisterii ductu, ita luz da fé e a orientação do magistério, seja
impertiatur, ut alumni integram doctrinam dada de tal modo que os alunos conheçam
catholicam, divina Revelatione innixam, toda a doutrina católica, fundamentada na
cognoscant, propriae vitae spiritualis Revelação divina, dela façam alimento de
reddant alimentum eamque, in ministerio sua vida espiritual e possam anunciá-la e
exercendo, rite annuntiare ac tueri valeant. defendê-la devidamente no exercício do
ministério.
§ 2. In sacra Scriptura peculiari diligentia § 2. Os alunos sejam instruídos com
erudiantur alumni, ita ut totius sacrae especial diligência na Sagrada Escritura,
Scripturae conspectum acquirant. de modo que de toda ela adquiram uma
visão global.
§ 3. Lectiones habeantur theologiae § 3. Haja aulas de teologia dogmática,
dogmaticae, verbo Dei scripto una cum fundamentada sempre na palavra de Deus
sacra Traditione semper innixae, quarum escrita junto com a sagrada Tradição,
ope alumni mysteria salutis, s. Thoma pelas quais os alunos, tendo por mestre
praesertim magistro, intimius penetrare principalmente Santo Tomás, aprendam a
addiscant, itemque lectiones theologiae penetrar mais intimamente os mistérios da
moralis et pastoralis, iuris canonici, salvação; haja igualmente aulas de
liturgiae, historiae ecclesiasticae, necnon teologia moral e pastoral, de direito
aliarum disciplinarum, auxiliarium atque canônico, de liturgia, de história
specialium, ad normam praescriptorum eclesiástica e de outras disciplinas
institutionis sacerdotalis Rationis. complementares e especiais, de acordo
com as prescrições das Diretrizes básicas
para a formação sacerdotal.

Can. 253 - § 1. Ad magistri munus in Cân. 253 - § 1. Para o encargo de


disciplinis philosophicis, theologicis et professor nas disciplinas filosóficas,
iuridicis, ab Episcopo aut ab Episcopis, teológicas e jurídicas, sejam nomeados
quorum interest, ii tantum nominentur qui, pelo Bispo ou pelos Bispos interessados
virtutibus praestantes, laurea doctorali aut somente os que, eminentes em virtudes,
licentia potiti sunt in universitate studiorum tenham conseguido doutorado ou licença
aut facultate a Sancta Sede recognita. numa universidade ou faculdade
reconhecida pela Santa Sé.
§ 2. Curetur ut distincti totidem nominentur § 2. Cuide-se que sejam nomeados
magistri qui doceant sacram Scripturam, professores distintos para o ensino da
theologiam dogmaticam, theologiam Sagrada Escritura, teologia dogmática,
moralem, liturgiam, philosophiam, ius teologia moral, liturgia, filosofia, direito
canonicum, historiam ecclesiasticam, canônico, história eclesiástica e de outras
aliasque, quae propria methodo tradendae disciplinas que devem ser dadas segundo
sunt, disciplinas. método próprio.
§ 3. Magister qui a munere suo graviter § 3. O professor que faltar gravemente em
deficiat, ab auctoritate, de qua in § 1, seu ofício, seja destituído pela autoridade
amoveatur. mencionada no § 1.

Can. 254 - § 1. Magistri in disciplinis Cân. 254 - § 1. No ensino das diversas


tradendis de intima universae doctrinae disciplinas, os professores preocupem-se
fidei unitate et harmonia iugiter solliciti sint, continuamente com a íntima unidade e
ut unam scientiam alumni se discere harmonia de toda a doutrina da fé, a fim de
experiantur; quo aptius id obtineatur, adsit que os alunos sintam que estão
in seminario qui integram studiorum aprendendo uma única ciência; para se
ordinationem moderetur. conseguir mais facilmente essa finalidade,
haja no seminário alguém que coordene
toda a organização dos estudos.
§ 2. Ita alumni edoceantur, ut et ipsi habiles § 2. Os alunos sejam instruídos de tal
fiant ad quaestiones aptis investigationibus modo que também eles se tornem
propriis et scientifica methodo capacitados a investigar as questões,
examinandas; habeantur igitur mediante aptas investigações próprias e
exercitationes, in quibus, sub moderamine com método científico; haja portanto
magistrorum, alumni proprio labore studia exercícios, nos quais sob a guia dos
quaedam persolvere discant. professores, os alunos aprendam a levar a
cabo alguns estudos com o próprio
trabalho.

Can. 255 - Licet universa alumnorum in Cân. 255 - Embora toda a formação dos
seminario formatio pastoralem finem alunos no seminário tenha em vista o fim
persequatur, institutio stricte pastoralis in pastoral, seja organizada nele uma
eodem ordinetur, qua alumni principia et preparação estritamente pastoral, com a
artes addiscant quae, attentis quoque loci qual os alunos aprendam os princípios e as
ac temporis necessitatibus, ad ministerium técnicas referentes ao exercício do
Dei populum docendi, sanctificandi et ministério de ensinar, santificar e governar
regendi exercendum pertineant. o povo de Deus, levando em conta também
as necessidades de tempo e lugar.

Can. 256 - § 1. Diligenter instruantur Cân. 256 - § l. Os alunos sejam


alumni in iis quae peculiari ratione ad diligentemente instruídos em tudo o que se
sacrum ministerium spectant, praesertim in refere de modo específico ao ministério
arte catechetica et homiletica exercenda, in sagrado, particularmente na catequética e
cultu divino peculiarique modo in na homilética, na celebração do culto
sacramentis celebrandis, in commercio divino e principalmente dos sacramentos,
cum hominibus, etiam non catholicis vel no diálogo com as pessoas, mesmo não
non credentibus, habendo, in paroecia católicas ou não crentes, na administração
administranda atque in ceteris muneribus paroquial e no cumprimento de todos os
adimplendis. outros encargos.
§ 2. Edoceantur alumni de universae § 2. Os alunos sejam instruídos sobre as
Ecclesiae necessitatibus, ita ut necessidades da Igreja universal, de modo
sollicitudinem habeant de vocationibus a terem solicitude pela promoção das
promovendis, de quaestionibus vocações, pelos problemas missionários,
missionalibus, oecumenicis necnon de aliis, ecumênicos e por outros problemas mais
socialibus quoque, urgentioribus. urgentes, também de caráter social.

Can. 257 - § 1. Alumnorum institutioni ita Cân. 257 - § 1. Deve-se organizar a


provideatur, ut non tantum Ecclesiae formação dos alunos de tal modo que se
particularis in cuius servitio incardinentur, tornem solícitos não só pela Igreja
sed universae quoque Ecclesiae particular, a cujo serviço forem
sollicitudinem habeant, atque paratos se incardinados, mas também pela Igreja
exhibeant Ecclesiis particularibus, quarum universal, e se mostrem prontos para se
gravis urgeat necessitas, sese devovere. dedicarem às Igrejas particulares em que
urja grave necessidade.
§ 2. Curet Episcopus dioecesanus ut § 2. Cuide o Bispo diocesano que os
clerici, a propria Ecclesia particulari ad clérigos que tenham intenção de se
Ecclesiam particularem alterius regionis transferirem da própria Igreja particular
transmigrare intendentes, apte para um Igreja particular de outra região,
praeparentur ad ibidem sacrum ministerium sejam convenientemente preparados para
exercendum, ut scilicet et linguam regionis exercerem aí o ministério sagrado, a saber,
addiscant, et eiusdem institutorum, que aprendam a língua da região e tenham
condicionum socialium, usuum et compreensão de de suas instituições,
consuetudinum intellegentiam habeant. condições sociais, usos e costumes.

Can. 258 - Ut apostolatus exercendi artem Cân. 258 - Para que os alunos aprendam
in opere ipso etiam addiscant, alumni, também concretamente a técnica da ação
studiorum curriculo decurrente, praesertim apostólica, durante o currículo dos estudos
vero feriarum tempore, praxi pastorali e principalmente no tempo das férias,
initientur per opportunas, sub moderamine sejam iniciados, sempre sob a orientação
semper sacerdotis periti, exercitationes, de um sacerdote capacitado, na prática
alumnorum aetati et locorum condicioni pastoral, com oportunas experiências
aptatas, de iudicio Ordinarii determinandas. adaptadas à idade dos alunos e às
condições locais, a serem determinadas
segundo o juízo do Ordinário.

Can. 259 - § 1. Episcopo dioecesano aut, Cân. 259 - § 1. Compete ao Bispo


si de seminario interdioecesano agatur, diocesano ou, se se tratar de seminário
Episcopis quorum interest, competit, quae interdiocesano, aos Bispos interessados,
ad seminarii superius regimen et determinar o que se refere ao alto governo
administrationem spectant, decernere. e a administração do seminário.
§ 2. Episcopus dioecesanus aut, si de § 2. O Bispo diocesano ou, se se tratar de
seminario interdioecesano agatur, Episcopi seminário interdiocesano, os Bispos
quorum interest, frequenter seminarium ipsi interessados, visitem eles mesmos os
visitent, in formationem suorum alumnorum seminários com freqüência, velem sobre a
necnon in institutionem, quae in eodem formação dos seus alunos, como também
tradatur, philosophicam et theologicam sobre o ensino filosófico e teológico aí
invigilent, et de alumnorum vocatione, ministrado; informem-se sobre a vocação,
indole, pietate ac profectu cognitionem sibi a índole, a piedade e o aproveitamento dos
comparent, maxime intuitu sacrarum alunos, sobretudo em função do
ordinationum conferendarum. conferimento das ordens sagradas.

Can. 260 - Rectori, cuius est cotidianum Cân. 260 - No cumprimento dos próprios
moderamen curare seminarii, ad normam deveres, devem todos obedecer ao reitor, a
quidem institutionis sacerdotalis Rationis ac quem compete a direção cotidiana do
seminarii ordinationis, omnes in propriis seminário, de acordo com as Diretrizes
muneribus adimplendis obtemperare básicas para a formação sacerdotal e com
debent. o regulamento do seminário.

Can. 261 - § 1. Seminarii rector itemque, Cân. 261 - § 1. O reitor do seminário e


sub eiusdem auctoritate, moderatores et também, sob sua autoridade os
magistri pro parte sua curent ut alumni moderadores e professores, na parte que
normas Ratione institutionis sacerdotalis lhes compete, cuidem que os alunos
necnon seminarii ordinatione praescriptas observem fielmente as normas prescritas
adamussim servent. pelas Diretrizes básicas da formação
sacerdotal e pelo regulamento do
seminário.
§ 2. Sedulo provideant seminarii rector § 2. O reitor do seminário e o diretor dos
atque studiorum moderator ut magistri suo estudos cuidem com diligência que os
munere rite fungantur, secundum professores cumpram devidamente o seu
praescripta Rationis institutionis ofício, de acordo com a Diretrizes básicas
sacerdotalis ac seminarii ordinationis. para a formação sacerdotal e com o
regulamento do seminário.

Can. 262 - Exemptum a regimine paroeciali Cân. 262 - O seminário seja isento do
seminarium esto: et pro omnibus qui in regime paroquial; e para todos os que
seminario sunt, parochi officium, excepta estão no seminário, o reitor do seminário
materia matrimoniali et firmo praescripto ou o seu delegado, desempenhe o ofício
can. 985, obeat seminarii rector eiusve de pároco, com exceção do que se refere
delegatus. ao matrimônio, salva a prescrição do
cân.985.

Can. 263 - Episcopus dioecesanus vel, si Cân. 263 - O Bispo diocesano ou, se se
de seminario interdioecesano agatur, trata de semináriointerdiocesano, os
Episcopi quorum interest, pro parte ab eis Bispos interessados, na medida por eles
communi consilio determinata, curare mesmos determinada de comum acordo,
debent ut provideatur seminarii constitutioni devem cuidar que se assegurem a
et conservationi, alumnorum sustentationi constituição e a conservação do seminário,
necnon magistrorum remunerationi aliisque o sustento dos alunos, a remuneração dos
seminarii necessitatibus. professores e as outras necessidades do
seminário.

Can. 264 - § 1. Ut seminarii necessitatibus Cân. 264 - § 1. Para se prover às


provideatur, praeter stipem de qua in necessidades do seminário, além da coleta
can. 1266, potest Episcopus in dioecesi mencionada no cân. 1266, pode o Bispo
tributum imponere. diocesano impor uma contribuição na
diocese.
§ 2. Tributo pro seminario obnoxiae sunt § 2. Estão obrigadas à contribuição em
cunctae personae iuridicae ecclesiasticae favor do seminário todas as pessoas
etiam privatae, quae sedem in dioecesi jurídicas eclesiásticas, mesmo privadas,
habeant, nisi solis eleemosynis que tenham sede na diocese, a não ser
sustententur aut in eis collegium discentium que se mantenham unicamente com
vel docentium ad commune Ecclesiae ofertas ou tenham em funcionamento
bonum promovendum actu habeatur; colégio de alunos ou de professores para
huiusmodi tributum debet esse generale, promover o bem comum da Igreja; essa
reditibus eorum qui eidem obnoxii sunt contribuição deve ser geral, proporcionada
proportionatum, atque iuxta necessitates às rendas dos que estão a ela obrigados e
seminarii determinatum. determinada de acordo comas
necessidades do seminário.

CAPUT II. DE CLERICORUM Capítulo II DA ADSCRIÇÃO OU


ADSCRIPTIONE SEU INCARDINATIONE INCARDINAÇÃO DOS CLÉRIGOS
Can. 265 - Quemlibet clericum oportet esse Cân. 265 - Todos os clérigos devem estar
incardinatum aut alicui Ecclesiae particulari incardinados ou em alguma Igreja
vel praelaturae personali, aut alicui instituto particular ou prelatura pessoal, ou em
vitae consecratae vel societati hac facultate algum instituto de vida consagrada ou
praeditis, aut etiam alicui Consociationi sociedade dotados desta faculdade, ou
publicae clericali quae eandem faculatem também em alguma associação pública
ab Apostolica Sede obtinuerit, ita ut clerici clerical que tenha obtido tal faculdade da
acephali seu vagi minime admittantur. Sé Apostólica, de tal forma que de modo
nenhum se admitam clérigos acéfalos ou
vagos.

Can. 266 - § 1. Per receptum diaconatum Cân. 266 - § 1. Pela ordenação diaconal,
aliquis fit clericus et incardinatur Ecclesiae alguém se torna clérigo e é incardinado na
particulari vel praelaturae personali pro Igreja particular ou prelazia pessoal, para
cuius servitio promotus est. cujo serviço foi promovido.
§ 2. Sodalis in instituto religioso a votis § 2. O membro professo com votos
perpetuis professus aut societati clericali perpétuos num instituto religioso ou
vitae apostolicae definitive incorporatus, incorporado definitivamente numa
per receptum diaconatum incardinatur sociedade clerical de vida apostólica, pela
tamquam clericus eidem instituto aut ordenação diaconal é incardinado como
societati, nisi ad societates quod attinet clérigo nesse instituto ou sociedade, a não
aliter ferant constitutiones. ser que, quanto às sociedades, as
constituições determinem diversamente.
§ 3. Sodalis instituti saecularis per § 3. Pela ordenação diaconal, o membro
receptum diaconatum incardinatur do instituto secular é incardinado na Igreja
Ecclesiae particulari pro cuius servitio particular para cujo serviço foi promovido, a
promotus est, nisi vi concessionis Sedis não ser que seja incardinado no próprio
Apostolicae ipsi instituto incardinetur. instituto em virtude de concessão da Sé
Apostólica.

Can. 267 - § 1. Ut clericus iam incardinatus Cân. 267 - § 1. A fim de que um clérigo já
alii Ecclesiae particulari valide incardinetur, incardinado seja validamente incardinado
ab Episcopo dioecesano obtinere debet em outra Igreja particular, deve obter do
litteras ab eodem subscriptas Bispo diocesano um documento de
excardinationis; et pariter ab Episcopo excardinação por ele assinado; e
dioecesano Ecclesiae particularis cui se igualmente do Bispo diocesano da Igreja
incardinari desiderat, litteras ab eodem particular, na qual deseja ser incardinado,
subscriptas incardinationis. um documento de incardinação por ele
assinado.
§ 2. Excardinatio ita concessa effectum non § 2. A excardinação assim concedida não
sortitur nisi incardinatione obtenta in alia produz efeito, a não ser após obtida a
Ecclesia particulari. incardinação em outra Igreja particular.

Can. 268 - § 1. Clericus qui a propria Cân. 268 - § 1. O clérigo que se tiver
Ecclesia particulari in aliam legitime transferido legitimamente da própria Igreja
transmigraverit, huic Ecclesiae particulari, particular para outra, decorridos cinco
transacto quinquennio, ipso iure anos, fica incardinado, pelo próprio direito,
incardinatur, si talem voluntatem in scriptis nesta Igreja particular, se tiver manifestado
manifestaverit tum Episcopo dioecesano por escrito tal vontade, tanto ao Bispo
Ecclesiae hospitis tum Episcopo diocesano da Igreja que o recebe como ao
dioecesano proprio, neque horum alteruter Bispo diocesano próprio, e se nenhum
ipsi contrariam scripto mentem intra deles lhe tiver declarado por escrito o
quattuor menses a receptis litteris parecer contrário, dentro de quatro meses
significaverit. após a recepção da carta.
§ 2. Per admissionem perpetuam aut § 2. É excardinado da própria Igreja
definitivam in institutum vitae consecratae particular o clérigo que, pela admissão
aut in societatem vitae apostolicae, clericus perpétua ou definitiva em instituto de vida
qui, ad normam can. 266, § 2, eidem consagrada ou em sociedade de vida
instituto aut societati incardinatur, a propria apostólica, se incardina nesse instituto ou
Ecclesia particulari excardinatur. sociedade, de acordo com o cân. 266 § 2.

Can. 269 - Ad incardinationem clerici Cân. 269 - O Bispo diocesano não proceda
Episcopus dioecesanus ne deveniat nisi: à incardinação de um clérigo, a não ser
que:
1° necessitas aut utilitas suae Ecclesiae 1°- a necessidade ou utilidade de sua
particularis id exigat, et salvis iuris Igreja particular o exija, salvas as
praescriptis honestam sustentationem prescrições do direito quanto ao honesto
clericorum respicientibus; sustento dos clérigos;
2° ex legitimo documento sibi constiterit 2°- conste-lhe por documento legítimo a
de concessa excardinatione, et habuerit concessão da excardinação, e tenha obtido
praeterea ab Episcopo dioecesano do Bispo diocesano excardinante, sob
excardinanti, sub secreto si opus sit, de segredo se necessário, as oportunas
clerici vita, moribus ac studiis opportuna informações relativas à vida, costumes e
testimonia; estudos do clérigo;
3° clericus eidem Episcopo dioecesano 3°- o clérigo tenha declarado por escrito
scripto declaraverit se novae Ecclesiae ao Bispo diocesano que deseja ser
particularis servitio velle addici ad normam destinado ao serviço da nova Igreja
iuris. particular, de acordo com o direito.

Can. 270 - Excardinatio licite concedi Cân. 270 - A excardinação só pode ser
potest iustis tantum de causis, quales sunt concedida licitamente por causas justas,
Ecclesiae utilitas aut bonum ipsius clerici; como a utilidade da Igreja ou o bem do
denegari autem non potest nisi exstantibus próprio clérigo; mas não pode ser negada,
gravibus causis; licet tamen clerico, qui se a não ser que haja causas graves; pode,
gravatum censuerit et Episcopum porém, o clérigo que se julgar prejudicado
receptorem invenerit, contra decisionem e que tiver encontrado um Bispo que o
recurrere. acolha, fazer recurso contra essa decisão.

Can. 271 - § 1. Extra casum verae Cân. 271 - § 1. Exceto em caso de


necessitatis Ecclesiae particularis propriae, verdadeira necessidade da própria Igreja
Episcopus dioecesanus ne deneget particular, o Bispo diocesano não negue a
licentiam transmigrandi clericis, quos licença de transferência aos clérigos que
paratos sciat atque aptos aestimet qui saiba preparados e julgue aptos para irem
regiones petant gravi cleri inopia a regiões que sofrem de grave escassez
laborantes, ibidem sacrum ministerium de clero, a fim de exercerem aí o ministério
peracturi; prospiciat vero ut per sagrado; mas providencie que sejam
conventionem scriptam cum Episcopo definidos, mediante convênio escrito com o
dioecesano loci, quem petunt, iura et officia Bispo diocesano do lugar para onde se
eorundem clericorum stabiliantur. dirigem, os direitos e deveres desses
clérigos.
§ 2. Episcopus dioecesanus licentiam ad § 2. O Bispo diocesano pode conceder aos
aliam Ecclesiam particularem transmigrandi seus clérigos a licença para se transferirem
concedere potest suis clericis ad tempus a outra Igreja particular, por tempo
praefinitum, etiam pluries renovandum, ita determinado, renovável até mais vezes, de
tamen ut iidem clerici propriae Ecclesiae tal modo, porém, que esses clérigos
particulari incardinati maneant, atque in permaneçam incardinados na própria Igreja
eandem redeuntes omnibus gaudeant particular e, voltando a ela, tenham todos
iuribus, quae haberent si in ea sacro os direitos que teriam se nela tivessem
ministerio addicti fuissent. permanecido no exercício do ministério
sagrado.
§ 3. Clericus qui legitime in aliam § 3. O clérigo que tiver passado
Ecclesiam particularem transierit propriae legitimamente a outra Igreja particular,
Ecclesiae manens incardinatus, a proprio permanecendo incardinado em sua própria
Episcopo dioecesano iusta de causa Igreja, pode ser chamado de volta, por
revocari potest, dummodo serventur justa causa, pelo próprio Bispo diocesano,
conventiones cum altero Episcopo initae contanto que sejam respeitados os
atque naturalis aequitas; pariter, iisdem convênios feitos com o outro Bispo, bem
condicionibus servatis, Episcopus como a eqüidade natural; igualmente,
dioecesanus alterius Ecclesiae particularis respeitando as mesmas condições, o Bispo
iusta de causa poterit eidem clerico da outra Igreja particular poderá, por justa
licentiam ulterioris commorationis in suo causa, negar ao clérigo a licença para
territorio denegare. ulterior permanência no seu território.

Can. 272 - Excardinationem et Cân. 272 - O Administrador diocesano não


incardinationem, itemque licentiam ad pode conceder excardinação e
aliam Ecclesiam particularem transmigrandi incardinação, ou licença para transferir-se
concedere nequit Administrator a outra Igreja particular, a não ser após um
dioecesanus, nisi post annum a vacatione ano de vacância da sé episcopal e com o
sedis episcopalis, et cum consensu collegii consentimento do colégio dos consultores.
consultorum.

CAPUT III. DE CLERICORUM Capítulo III DAS OBRIGAÇÕES E


OBLIGATIONIBUS ET IURIBUS DIREITOS DOS CLÉRIGOS
Can. 273 - Clerici speciali obligatione Cân. 273 - Os clérigos têm obrigação
tenentur Summo Pontifici et suo quisque especial de prestar reverência e obediência
Ordinario reverentiam et oboedientiam ao Romano Pontífice e ao respectivo
exhibendi. Ordinário.

Can. 274 - § 1. Soli clerici obtinere possunt Cân. 274 - § 1. Só os clérigos podem obter
officia ad quorum exercitium requiritur os ofícios para cujo exercício se requer
potestas ordinis aut potestas regiminis poder de ordem ou poder de regime
ecclesiastici. eclesiástico.
§ 2. Clerici, nisi legitimo impedimento § 2. A não ser que sejam escusados por
excusentur, munus, quod ipsis a suo legítimo impedimento, os clérigos devem
Ordinario commissum fuerit, suscipere ac assumir o encargo que lhes tiver sido
fideliter adimplere tenentur. confiado pelo próprio Ordinário e cumpri-lo
fielmente.

Can. 275 - § 1. Clerici, quippe qui omnes Cân. 275 - § 1. Os clérigos, por
ad unum conspirent opus, ad trabalharem juntos para o mesmo objetivo,
aedificationem nempe Corporis Christi, a saber, para a construção do Corpo de
vinculo fraternitatis et orationis inter se uniti Cristo, estejam unidos entre si pelo vínculo
sint, et cooperationem inter se da fraternidade e da oração e prestem
prosequantur, iuxta iuris particularis mútua ajuda, de acordo com as
praescripta. prescrições do direito particular.
§ 2. Clerici missionem agnoscant et § 2. Os clérigos devem reconhecer e
promoveant, quam pro sua quisque parte promover a missão que os leigos exercem
laici in Ecclesia et in mundo exercent. na Igreja e no mundo, cada um conforme a
parte que lhe cabe.

Can. 276 - § 1. In vita sua ducenda ad Cân. 276 - § 1. Em seu modo de viver, os
sanctitatem persequendam peculiari clérigos são obrigados por especial razão a
ratione tenentur clerici, quippe qui, Deo in procurar a santidade, já que, consagrados
ordinis receptione novo titulo consecrati, a Deus por novo título na recepção da
dispensatores sint mysteriorum Dei in ordem, são dispensadores dos mistérios de
servitium Eius populi. Deus a serviço de seu povo.
§ 2. Ut hanc perfectionem persequi valeant: § 2. Para se encaminharem a essa
perfeição:
1° imprimis ministerii pastoralis officia 1° - antes de tudo, cumpram fiel e
fideliter et indefesse adimpleant; incansavelme nte os deveres do ministério
pastoral;
2° duplici mensa sacrae Scripturae et 2° - a própria vida espiritual na mesa da
Eucharistiae vitam suam spiritualem sagrada Escritura e da Eucaristia; por isso,
nutriant; enixe igitur sacerdotes invitantur ut os sacerdotes são insistentemente
cotidie Sacrificium eucharisticum offerant, convidados a oferecer todos os dias o
diaconi vero ut eiusdem oblationem cotidie sacrifício eucarístico, e os diáconos a
participent; participar cotidianamente no seu
oferecimento;
3° obligatione tenentur sacerdotes 3° - os sacerdotes e os diáconos que
necnon diaconi ad presbyteratum aspiram ao presbiterado são obrigados a
aspirantes cotidie liturgiam horarum rezar todos os dias a liturgia das horas, de
persolvendi secundum proprios et probatos acordo com os livros litúrgicos próprios e
liturgicos libros; diaconi autem aprovados; os diáconos permanentes,
permanentes eandem persolvant pro parte porém, rezem a parte determinada pela
ab Episcoporum conferentia definita; Conferência dos Bispos;
4° pariter tenentur ad vacandum 4° - são igualmente obrigados a
recessibus spiritualibus, iuxta iuris participar dos retiros espirituais, de acordo
particularis praescripta; com as prescrições do direito particular;
5° sollicitantur ut orationi mentali 5° - são solicitados a se dedicarem
regulariter incumbant, frequenter ad regularmente à oração mental, a se
paenitentiae sacramentum accedant, aproximarem com freqüência do
Deiparam Virginem peculiari veneratione sacramento da penitência, a cultuarem
colant, aliisque mediis sanctificationis com especial veneração a Virgem Mãe de
utantur communibus et particularibus. Deus e a usarem de outros meios de
santificação, comuns e particulares.

Can. 277 - § 1. Clerici obligatione tenentur Cân. 277 - § 1. Os clérigos são obrigados a
servandi perfectam perpetuamque propter observar a continência perfeita e perpétua
Regnum coelorum continentiam, ideoque por causa do Reino dos céus; por isso, são
ad coelibatum adstringuntur, quod est obrigados ao celibato, que é um dom
peculiare Dei donum, quo quidem sacri especial de Deus, pelo qual os ministros
ministri indiviso corde Christo facilius sagrados podem mais facilmente unir-se a
adhaerere possunt atque Dei hominumque Cristo de coração indiviso e dedicar- se
servitio liberius sese dedicare valent. mais livremente ao serviço de Deus e dos
homens.
§ 2. Debita cum prudentia clerici se gerant § 2. Os clérigos procedam com a devida
cum personis, quarum frequentatio ipsorum prudência com as pessoas de cujo
obligationem ad continentiam servandam in relacionamento possa originar-se perigo
discrimen vocare aut in fidelium scandalum para sua obrigação de observar a
vertere possit. continência ou escândalo para os fiéis.
§ 3. Competit Episcopo dioecesano ut hac § 3. Compete ao Bispo diocesano
de re normas statuat magis determinatas estabelecer a esse respeito normas mais
utque de huius obligationis observantia in determinadas e julgar sobre a observância
casibus particularibus iudicium ferat. dessa obrigação em casos particulares.

Can. 278 - § 1. Ius est clericis saecularibus Cân. 278 - § 1. É direito dos clérigos
sese consociandi cum aliis ad fines statui seculares associar-se para finalidades
clericali congruentes prosequendos. conformes ao estado clerical.
§ 2. Magni habeant clerici saeculares § 2. Os clérigos seculares dêem
praesertim illas consociationes quae, importância principalmente às associações
statutis a competenti auctoritate recognitis, que, tendo estatutos aprovados pela
per aptam et convenienter approbatam autoridade competente, por uma
vitae ordinationem et fraternum iuvamen, organização de vida adequada e
sanctitatem suam in ministerii exercitio convenientemente aprovada e pela ajuda
fovent, quaeque clericorum inter se et cum fraterna, são de estímulo à santidade no
proprio Episcopo unioni favent. exercício do ministério e favorecem à união
dos clérigos entre si e com o Bispo.
§ 3. Clerici abstineant a constituendis aut § 3. Os clérigos se abstenham de organizar
participandis consociationibus, quarum finis ou participar de associações, cujo fim ou
aut actio cum obligationibus statui clericali atividade não são compatíveis com as
propriis componi nequeunt vel diligentem obrigações próprias do estado clerical, ou
muneris ipsis ab auctoritate ecclesiastica que podem impedir o diligente
competenti commissi adimpletionem desempenho do ofício a eles confiado pela
praepedire possunt. competente autoridade eclesiástica.

Can. 279 - § 1. Clerici studia sacra, recepto Cân. 279 - § 1. Os clérigos continuem os
etiam sacerdotio, prosequantur, et solidam estudos sagrados, mesmo depois de
illam doctrinam, in sacra Scriptura recebido o sacerdócio; sigam a sólida
fundatam, a maioribus traditam et doutrina fundada nas Sagradas Escrituras,
communiter ab Ecclesia receptam transmitida pelos antepassados e
sectentur, uti documentis praesertim comumente aceita pela Igreja, conforme
Conciliorum ac Romanorum Pontificum está fixada principalmente nos documentos
determinatur, devitantes profanas vocum dos Concílios e dos Romanos Pontífices,
novitates et falsi nominis scientiam. evitando profanas novidades de palavras e
falsa ciência.
§ 2. Sacerdotes, iuxta iuris particularis § 2. De acordo com as prescrições do
praescripta, praelectiones pastorales post direito particular, os sacerdotes freqüentem
ordinationem sacerdotalem instituendas as palestras de pastoral que devem ser
frequentent atque, statutis eodem iure programadas para depois da ordenação
temporibus, aliis quoque intersint sacerdotal e, nas datas determinadas por
praelectionibus, conventibus theologicis aut esse direito, participem de outras palestras,
conferentiis, quibus ipsis praebeatur encontros teológicos ou conferências nos
occasio pleniorem scientiarum sacrarum et quais tenham ocasião de adquirir
methodorum pastoralium cognitionem conhecimento mais profundo das ciências
acquirendi. sagradas e dos métodos pastorais.
§ 3. Aliarum quoque scientiarum, earum § 3. Continuem também o estudo de outras
praesertim quae cum sacris conectuntur, ciências, principalmente das que se
cognitionem prosequantur, quatenus relacionam com as ciências sagradas, de
praecipue ad ministerium pastorale modo todo especial enquanto podem ser
exercendum confert. úteis ao exercício do ministério pastoral.

Can. 280 - Clericis valde commendatur Cân. 280 - Recomenda-se vivamente aos
quaedam vitae communis consuetudo; clérigos certa prática de vida comunitária;
quae quidem, ubi viget, quantum fieri onde existe, seja conservada o quanto
potest, servanda est. possível.

Can. 281 - § 1. Clerici, cum ministerio Cân. 281 - § 1. Os clérigos, quando se


ecclesiastico se dedicant, remunerationem dedicam ao ministério eclesiástico,
merentur quae suae condicioni congruat, merecem uma remuneração condizente
ratione habita tum ipsius muneris naturae, com sua condição, levando- se em conta,
tum locorum temporumque condicionum, seja a natureza do próprio ofício, sejam as
quaque ipsi possint necessitatibus vitae condições de lugar e tempo, de modo que
suae necnon aequae retributioni eorum, com ela possam prover às necessidades
quorum servitio egent, providere. de sua vida e também à justa retribuição
daqueles de cujo serviço necessitam.
§ 2. Item providendum est ut gaudeant illa § 2. Assim também, deve-se garantir que
sociali assistentia, qua eorum gozem de previdência social tal, que
necessitatibus, si infirmitate, invaliditate vel atenda convenientemente às suas
senectute laborent, apte prospiciatur. necessidades, em caso de enfermidade,
invalidez ou velhice.
§ 3. Diaconi uxorati, qui plene ministerio § 3. Os diáconos casados, que se dedicam
ecclesiastico sese devovent, em tempo integral ao ministério
remunerationem merentur qua sui suaeque eclesiástico, têm direito a uma
familiae sustentationi providere valeant; qui remuneração com que possam prover ao
vero ratione professionis civilis, quam sustento seu e da própria família; todavia,
exercent aut exercuerunt, remunerationem os que receberem remuneração em razão
obtineant, ex perceptis inde reditibus sibi de profissão civil, que exercem ou
suaeque familiae necessitatibus consulant. exerceram, atendam às necessidades
próprias e de sua família com as rendas
daí provenientes.

Can. 282 - § 1. Clerici vitae simplicitatem Cân. 282 - § 1. Os clérigos levem vida
colant et ab omnibus quae vanitatem simples e se abstenham de tudo o que
sapiunt se abstineant. denote vaidade.
§ 2. Bona, quae occasione exercitii § 2. Os bens que lhes advêm por ocasião
ecclesiastici officii ipsis obveniunt, quaeque do exercício de ofício eclesiástico e que
supersunt, provisa ex eis honesta são supérfluos, uma vez assegurados com
sustentatione et omnium officiorum proprii eles o próprio sustento e o cumprimento de
status adimpletione, ad bonum Ecclesiae todos os deveres de estado, queiram
operaque caritatis impendere velint. empregá-los para o bem da Igreja e para
as obras de caridade.

Can. 283 - § 1. Clerici, licet officium Cân. 283 - § 1. Mesmo que não tenham
residentiale non habeant, a sua tamen ofício residencial, os clérigos não podem,
dioecesi per notabile tempus, iure todavia, ficar ausentes da própria diocese
particulari determinandum, sine licentia por tempo notável, a ser determinado pelo
saltem praesumpta Ordinarii proprii, ne direito particular, sem licença ao menos
discedant. presumida do próprio Ordinário.
§ 2. Ipsis autem competit ut debito et § 2. Contudo, eles têm o direito de gozar
sufficienti quotannis gaudeant feriarum cada ano do devido e suficiente período de
tempore, iure universali vel particulari férias, determinado pelo direito universal
determinato. ou particular.

Can. 284 - Clerici decentem habitum Cân. 284 - Os clérigos usem hábito
ecclesiasticum, iuxta normas ab eclesiástico conveniente, de acordo com as
Episcoporum conferentia editas atque normas dadas pela Conferência dos Bispos
legitimas locorum consuetudines, deferant. e com os legítimos costumes locais.

Can. 285 - § 1. Clerici ab iis omnibus, quae Cân. 285 - § 1. Os clérigos se abstenham
statum suum dedecent, prorsus abstineant, completamente de tudo o que não convém
iuxta iuris particularis praescripta. ao seu estado, de acordo com as
prescrições do direito particular.
§ 2. Ea quae, licet non indecora, a clericali § 2. Os clérigos evitem tudo o que, embora
tamen statu aliena sunt, clerici vitent. não inconveniente, é, no entanto, impróprio
ao estado clerical.
§ 3. Officia publica, quae participationem in § 3. Os clérigos são proibidos de assumir
exercitio civilis potestatis secumferunt, cargos públicos que implicam participação
clerici assumere vetantur. no exercício do poder civil.
§ 4. Sine licentia sui Ordinarii, ne ineant § 4. Sem a licença do próprio Ordinário,
gestiones bonorum ad laicos pertinentium não administrem bens pertencentes a
aut officia saecularia, quae secumferunt leigos, nem exerçam ofícios seculares que
onus reddendarum rationum; a implicam obrigação de prestar contas; é a
fideiubendo, etiam de bonis propriis, eles proibido dar fiança, mesmo com os
inconsulto proprio Ordinario, prohibentur; próprios bens, sem consultar o Ordinário;
item a subscribendis syngraphis, quibus abstenham-se também de assinar
nempe obligatio solvendae pecuniae, nulla obrigações, com as quais se assume
definita causa, suscipitur, abstineant. compromisso de pagamento, sem
nenhuma causa especificada.

Can. 286 - Prohibentur clerici per se vel per Cân. 286 - É proibido aos clérigos exercer,
alios, sive in propriam sive in aliorum por si ou por outros, para utilidade própria
utilitatem, negotiationem aut mercaturam ou alheia, negociação ou comércio, salvo
exercere, nisi de licentia legitimae com licença da legítima autoridade
auctoritatis ecclesiasticae. eclesiástica.

Can. 287 - § 1. Clerici pacem et Cân. 287 - § 1. Os clérigos promovam


concordiam iustitia innixam inter homines sempre e o mais possível a manutenção,
servandam quam maxime semper foveant. entre os homens, da paz e da concórdia
fundamentada na justiça.
§ 2. In factionibus politicis atque in regendis § 2. Não tenham parte ativa nos partidos
consociationibus syndicalibus activam políticos e na direção de associações
partem ne habeant, nisi iudicio competentis sindicais, a não ser que, a juízo da
auctoritatis ecclesiasticae, Ecclesiae iura competente autoridade eclesiástica, o
tuenda aut bonum commune exijam a defesa dos direitos da Igreja ou a
promovendum id requirant. promoção do bem comum.

Can. 288 - Diaconi permanentes Cân. 288 - Os diáconos permanentes não


praescriptis canonum 284, 285, §§ 3 et 4, são obrigados às prescrições dos cân. 284,
286, 287, § 2 non tenentur, nisi ius 285, §§ 3 e 4, 286, 287 § 2, salvo
particulare aliud statuat. determinação contrária do direito particular.

Can. 289 - § 1. Cum servitium militare Cân. 289 - § 1. Sendo o serviço militar
statui clericali minus congruat, clerici menos adequado ao estado clerical, os
itemque candidati ad sacros ordines clérigos e os candidatos às ordens sacras
militiam ne capessant voluntarii, nisi de sui não prestem serviço militar
Ordinarii licentia. voluntariamente, a não ser com licença do
próprio Ordinário.
§ 2. Clerici utantur exemptionibus, quas ab § 2. Os clérigos usem das isenções de
exercendis muneribus et publicis civilibus encargos e cargos públicos civis,
officiis a statu clericali alienis, in eorum impróprios ao estado clerical, que lhes
favorem leges et conventiones vel concedem leis, convênios ou costumes,
consuetudines concedunt, nisi in casibus salvo decisão contrária do próprio
particularibus aliter Ordinarius proprius Ordinário, em casos particulares.
decreverit.

CAPUT IV. DE AMISSIONE STATUS Capítulo IV DA PERDA DO ESTADO


CLERICALIS CLERICAL
Can. 290 - Sacra ordinatio, semel valide Cân. 290 - Uma vez recebida validamente,
recepta, numquam irrita fit. Clericus tamen a sagrada ordenação, nunca se torna nula.
statum clericalem amittit: Não obstante, o clérigo perde o estado
clerical:
1° sententia iudiciali aut decreto 1° - por sentença judicial ou decreto
administrativo, quo invaliditas sacrae administrativo que declara a nulidade da
ordinationis declaratur; sagrada ordenação;
2° poena dimissionis legitime irrogata; 2° - por pena de demissão
legitimamente irrogada;
3° rescripto Apostolicae Sedis; quod 3° - por rescrito da Sé Apostólica; esse
vero rescriptum diaconis ob graves tantum rescrito, porém, é concedido pela Sé
causas, presbyteris ob gravissimas causas Apostólica aos diáconos, somente por
ab Apostolica Sede conceditur. motivos graves, e aos presbíteros por
motivos gravíssimos.

Can. 291 - Praeter casus de quibus in Cân. 291 - Fora dos casos mencionados
can. 290, n. 1, amissio status clericalis non no cân. 290, n.1, a perda do estado clerical
secumfert dispensationem ab obligatione não implica dispensa da obrigação do
caelibatus, quae ab uno tantum Romano celibato, que só é concedida pelo Romano
Pontifice conceditur. Pontífice.

Can. 292 - Clericus qui statum clericalem Cân. 292 - O clérigo que perde o estado
ad normam iuris amittit, cum eo amittit iura clerical, de acordo com o direito, com ele
statui clericali propria, nec ullis iam perde os direitos próprios do estado
adstringitur obligationibus status clericalis, clerical, e não está mais sujeito às
firmo praescripto can. 291; potestatem obrigações desse estado, salva a
ordinis exercere prohibetur, salvo prescrição do cân.291; fica proibido de
praescripto can. 976; eo ipso privatur exercer o poder de ordem, salva a
omnibus officiis, muneribus et potestate prescrição do cân.976; fica privado, por
qualibet delegata. isso mesmo, de todos os ofícios, encargos
e de todo o poder delegado.

Can. 293 - Clericus qui statum clericalem Cân. 293 - O clérigo que perdeu o estado
amisit, nequit denuo inter clericos adscribi, clerical não pode ser novamente adscrito
nisi per Apostolicae Sedis rescriptum. entre os clérigos, a não ser por rescrito da
Sé Apostólica.

TITULUS IV. DE PRAELATURIS TÍTULO IV DAS PRELAZIAS PESSOAIS


PERSONALIBUS
Can. 294 - Ad aptam presbyterorum Cân. 294 - Para promover adequada
distributionem promovendam aut ad distribuição dos presbíteros ou realizar
peculiaria opera pastoralia vel missionalia especiais atividades pastorais ou
pro variis regionibus aut diversis coetibus missionárias em favor de várias regiões ou
socialibus perficienda, praelaturae diversas classes sociais, podem ser
personales quae presbyteris et diaconis erigidas pela Sé Apostólica, ouvidas as
cleri saecularis constent, ab Apostolica Conferências dos Bispos interessadas,
Sede, auditis quarum interest Episcoporum prelazias pessoais que constem de
conferentiis, erigi possunt. presbíteros e diáconos do clero secular.

Can. 295 - § 1. Praelatura personalis, quae Cân. 295 - § 1. A prelazia pessoal,


consociationibus publicis clericalibus iuris assimilada às associações clericais de
pontificii cum facultate incardinandi clericos direito pontifício com faculdade de
assimilatur, regitur statutis ab Apostolica encardinar, rege-se pelos estatutos
Sede probatis vel emanatis eique aprovados ou emanados pela Sé
praeficitur Praelatus veluti Moderator, Apostólica; tem à sua frente um Prelado ou
facultatibus Ordinarii praeditus, cui ius est Moderador, munido das faculdades de
nationale vel internationale seminarium Ordinário, a quem pertence o direito de
erigere necnon alumnos incardinare, erigir seminário nacional ou internacional,
eosque titulo servitii praelaturae ad ordines encardinar os alunos e promovê-los às
promovere. ordens, a título de serviço da prelazia.
§ 2. Utpote Moderator facultatibus Ordinarii § 2. Enquanto Moderador, munido das
praeditus, Praelatus prospicere debet sive faculdades de Ordinário, o Prelado deve
spirituali institutioni illorum, quos titulo prover à formação espiritual e digna
praedicto promoverit, sive eorundem sustentação dos que tiver promovido pelo
decorae sustentationi. referido título.

Can. 296 - Servatis can. 107 praescriptis, Cân. 296 – Observadas as prescrições do
conventionibus cum praelatura initis, laici cân. 107, através de convênios com a
operibus apostolicis praelaturae personalis prelazia, os leigos podem dedicar-se às
sese dedicare possunt; modus vero huius atividades apostólicas da prelazia pessoal;
organicae cooperationis atque praecipua o modo de tal cooperação orgânica, bem
officia et iura cum illa coniuncta in statutis como os respetivos deveres e direitos
apte determinentur. principais, sejam devidamente
determinados nos estatutos.

Can. 297 - Statuta pariter definiant rationes Cân. 297 - Os estatutos definam
praelaturae personalis cum Ordinariis igualmente as relações da prelazia pessoal
locorum, in quorum Ecclesiis particularibus com os Ordinários locais, em cujas Igrejas
ipsa praelatura sua opera pastoralia vel particulares a prelazia, com prévio
missionalia, praevio consensu Episcopi consentimento do Bispo diocesano, exerce
dioecesani, exercet vel exercere desiderat. ou deseja exercer suas atividades
pastorais ou missionárias.

TITULUS V. DE CHRISTIFIDELIUM TÍTULO V DAS ASSOCIAÇÕES DE FIÉIS


CONSOCIATIONIBUS
CAPUT I. NORMAE COMMUNES Capítulo I NORMAS COMUNS
Can. 298 - § 1. In Ecclesia habentur Cân. 298 - § 1. Na Igreja existem
consociationes distinctae ab institutis vitae associações, distintas dos institutos de vida
consecratae et societatibus vitae consagrada e das sociedades de vida
apostolicae, in quibus christifideles, sive apostólica, nas quais os fiéis, clérigos ou
clerici sive laici sive clerici et laici simul, leigos, ou conjuntamente clérigos e leigos,
communi opera contendunt ad perfectiorem se empenham, mediante esforço comum,
vitam fovendam, aut ad cultum publicum para fomentar uma vida mais perfeita, e
vel doctrinam christianam promovendam, promover o culto público ou a doutrina
aut ad alia apostolatus opera, scilicet ad cristã, ou para outras obras de apostolado,
evangelizationis incepta, ad pietatis vel isto é, iniciativas de evangelização,
caritatis opera exercenda et ad ordinem exercício de obras de piedade ou caridade,
temporalem christiano spiritu animandum. e animação da ordem temporal com
espírito cristão.
§ 2. Christifideles sua nomina dent iis § 2. Os fiéis dêem seu nome
praesertim consociationibus, quae a principalmente às associações que tenham
competenti auctoritate ecclesiastica aut sido erigidas, louvadas ou recomendadas
erectae aut laudatae vel commendatae pela competente autoridade eclesiástica.
sint.

Can. 299 - § 1. Integrum est christifidelibus, Cân. 299 - § 1. Por acordo privado, os fiéis
privata inter se conventione inita, têm o direito de constituir associações,
consociationes constituere ad fines de para a obtenção dos fins mencionados no
quibus in can. 298, § 1 persequendos, cân. 298, § 1, salva a prescrição do cân.
firmo praescripto can. 301, § 1. 301 § 1.
§ 2. Huiusmodi consociationes, etiamsi ab § 2. Essas associações, mesmo se
auctoritate ecclesiastica laudentur vel louvadas e recomendadas pela autoridade
commendentur, consociationes privatae eclesiástica, denominam-se associações
vocantur. privadas.
§ 3. Nulla christifidelium consociatio privata § 3. Nenhuma associação particular de
in Ecclesia agnoscitur, nisi eius statuta ab fiéis é reconhecida na Igreja, a não ser que
auctoritate competenti recognoscantur. seus estatutos sejam aprovados pela
autoridade competente.

Can. 300 - Nulla consociatio nomen Cân. 300 - Nenhuma associação assuma o
«catholicae» sibi assumat, nisi de consensu nome de "católica", sem o consentimento
competentis auctoritatis ecclesiasticae, ad da autoridade eclesiástica competente, de
normam can. 312. acordo com o cân. 312.

Can. 301 - § 1. Unius auctoritatis Cân. 301 - § 1. Cabe unicamente à


ecclesiasticae competentis est erigere autoridade eclesiástica competente erigir
christifidelium consociationes, quae sibi associações de fiéis que se proponham
proponant doctrinam christianam nomine ensinar a doutrina cristã em nome da Igreja
Ecclesiae tradere aut cultum publicum ou promover o culto público, ou as que se
promovere, vel quae alios intendant fines, proponham outros fins, cuja obtenção está
quorum prosecutio natura sua eidem reservada, por sua natureza, à mesma
auctoritati ecclesiasticae reservatur. autoridade eclesiástica.
§ 2. Auctoritas ecclesiastica competens, si § 2. A autoridade eclesiástica competente,
id expedire iudicaverit, christifidelium se o julgar oportuno, pode erigir
consociationes quoque erigere potest ad associações de fiéis também para a
alios fines spirituales directe vel indirecte obtenção direta ou indireta de outras
prosequendos, quorum consecutioni per finalidades espirituais, cuja consecução
privatorum incepta non satis provisum sit. não se tiver assegurado suficientemente
com iniciativas particulares.
§ 3. Christifidelium consociationes quae a § 3. As associações de fiéis erigidas pela
competenti auctoritate ecclesiastica autoridade eclesiástica competente
eriguntur, consociationes publicae denominam-se associações públicas.
vocantur.

Can. 302 - Christifidelium consociationes Cân. 302 - Denominam-se clericais as


clericales eae dicuntur, quae sub associações de fiéis que são dirigidas por
moderamine sunt clericorum, exercitium clérigos, assumem o exercício de ordem
ordinis sacri assumunt atque uti tales a sagrada e são reconhecidas como tais pela
competenti auctoritate agnoscuntur. autoridade competente.

Can. 303 - Consociationes, quarum Cân. 303 - As associações, cujos membros


sodales, in saeculo spiritum alicuius instituti levam vida apostólica e tendem à perfeição
religiosi participantes, sub altiore eiusdem cristã, e no mundo participam do espírito
instituti moderamine, vitam apostolicam de um instituto religioso sob a alta direção
ducunt et ad perfectionem christianam desse instituto, chamam-se ordens
contendunt, tertii ordines dicuntur aliove terceiras ou têm outra denominação
congruenti nomine vocantur. adequada.

Can. 304 - § 1. Omnes christifidelium Cân. 304 - § 1. Todas as associações de


consociationes, sive publicae sive privatae, fiéis, públicas ou particulares, com
quocumque titulo seu nomine vocantur, sua qualquer título ou nome que sejam
habeant statuta, quibus definiantur chamadas, devem ter seus estatutos, nos
consociationis finis seu obiectum sociale, quais se determinem a finalidade ou
sedes, regimen et condiciones ad partem in objetivo social da associação, sua sede,
iisdem habendam requisitae, quibusque regime e condições exigidas para delas se
determinentur agendi rationes, attentis fazer parte, e nos quais se estabeleça seu
quidem temporis et loci necessitate vel modo de agir, levando-se em conta
utilitate. também a necessidade ou utilidade do
tempo e lugar.
§ 2. Titulum seu nomen sibi eligant, § 2. Escolham para si um título ou nome
temporis et loci usibus accommodatum, adequado aos usos do tempo e do lugar,
maxime ab ipso fine, quem intendunt, tirado principalmente da própria finalidade
selectum. a que se destinam.

Can. 305 - § 1. Omnes christifidelium Cân. 305 - § 1. Todas as associações de


consociationes subsunt vigilantiae fiéis estão sujeitas à vigilância da
auctoritatis ecclesiasticae competentis, autoridade eclesiástica competente, à qual
cuius est curare ut in iisdem integritas fidei cabe cuidar que nelas se conserve a
ac morum servetur, et invigilare ne in integridade da fé e dos costumes e velar
disciplinam ecclesiasticam abusus irrepant, para que não se introduzam abusos na
cui itaque officium et ius competunt ad disciplina eclesiástica, cabendo-lhe,
normam iuris et statutorum easdem portanto, o dever e o direito de visitar
invisendi; subsunt etiam eiusdem essas associações, de acordo com o
auctoritatis regimini secundum praescripta direito e os estatutos; ficam também
canonum, qui sequuntur. sujeitas ao governo dessa autoridade, de
acordo com as prescrições dos cânones
seguintes.
§ 2. Vigilantiae Sanctae Sedis subsunt § 2. Estão sujeitas à vigilância da Santa Sé
consociationes cuiuslibet generis; as associações de qualquer gênero; e à
vigilantiae Ordinarii loci subsunt vigilância do Ordinário local, as
consociationes dioecesanae necnon aliae associações diocesanas e outras
consociationes, quatenus in dioecesi associações, enquanto exercem atividade
operam exercent. na diocese.

Can. 306 - Ut quis consociationis iuribus Cân. 306 - Para que alguém possa gozar
atque privilegiis, indulgentiis aliisque gratiis dos direitos e privilégios, das indulgências
spiritualibus eidem consociationi concessis e outras graças espirituais concedidas a
fruatur, necesse est et sufficit ut secundum uma associação, é necessário e suficiente
iuris praescripta et propria consociationis que, segundo as prescrições do direito e
statuta, in eandem valide receptus sit et ab dos estatutos da associação, seja nela
eadem non sit legitime dimissus. validamente recebido e dela não seja
legitimamente demitido.

Can. 307 - § 1. Membrorum receptio fiat ad Cân. 307 - § 1. A recepção dos membros
normam iuris ac statutorum uniuscuiusque será feita de acordo com o direito e os
consociationis. estatutos de cada associação.
§ 2. Eadem persona adscribi potest § 2. A mesma pessoa pode inscrever-se
pluribus consociationibus. em várias associações.
§ 3. Sodales institutorum religiosorum § 3. Os membros de institutos religiosos
possunt consociationibus, ad normam iuris podem inscrever-se em associações, de
proprii, de consensu sui Superioris nomen acordo com o direito próprio e com o
dare. consentimento do Superior.

Can. 308 - Nemo legitime adscriptus a Cân. 308 - Ninguém, legitimamente


consociatione dimittatur, nisi iusta de causa inscrito, seja demitido da associação, a não
ad normam iuris et statutorum. ser por justa causa, de acordo com o
direito e os estatutos.

Can. 309 - Consociationibus legitime Cân. 309 - Compete às associações


constitutis ius est, ad normam iuris et legitimamente constituídas, de acordo com
statutorum, edendi peculiares normas o direito e os estatutos, estabelecer
ipsam consociationem respicientes, normas particulares relativas à associação,
celebrandi comitia, designandi realizar reuniões, designar os
moderatores, officiales, ministros atque moderadores, os oficiais, os funcionários e
bonorum administratores. os administradores dos bens.

Can. 310 - Consociatio privata quae uti Cân. 310 - Uma associação privada, não
persona iuridica non fuerit constituta, qua constituída em pessoa jurídica, não pode
talis subiectum esse non potest ser, enquanto tal, sujeito de obrigações e
obligationum et iurium; christifideles tamen de direitos; no entanto, os fiéis nela
in ea consociati coniunctim obligationes associados podem juntos contrair
contrahere atque uti condomini et obrigações, adquirir e possuir bens, como
compossessores iura et bona acquirere et condôminos e compossessores; podem
possidere possunt; quae iura et exercer esses direitos e obrigações por
obligationes per mandatarium seu mandatário ou procurador.
procuratorem exercere valent.

Can. 311 - Sodales institutorum vitae Cân. 311 - Os membros de institutos de


consecratae qui consociationibus suo vida consagrada que presidem ou assistem
instituto aliquo modo unitis praesunt aut a associações, de algum modo unidas ao
assistunt, curent ut eaedem consociationes próprio instituto, cuidem que essas
operibus apostolatus in dioecesi associações prestem ajuda às obras de
exsistentibus adiutorium praebeant, apostolado existentes na diocese,
cooperantes praesertim, sub directione sobretudo trabalhando, sob a direção do
Ordinarii loci, cum consociationibus quae Ordinário local, com as associações que na
ad apostolatum in dioecesi exercendum diocese exercem apostolado.
ordinantur.

CAPUT II. DE CHRISTIFIDELIUM Capítulo II DAS ASSOCIAÇÕES


CONSOCIATIONIBUS PUBLICIS PÚBLICAS DE FIÉIS
Can. 312 - § 1. Ad erigendas Cân. 312 - § 1. É autoridade competente
consociationes publicas auctoritas para erigir associações públicas:
competens est:
1° pro consociationibus universalibus 1° - a Santa Sé, para as associações
atque internationalibus, Sancta Sedes; universais e internacionais;
2° pro consociationibus nationalibus, 2° - a Conferência dos Bispos, em seu
quae scilicet ex ipsa erectione destinantur território, para as associações nacionais,
ad actionem in tota natione exercendam, isto é, as que desde sua ereção se
Episcoporum conferentia in suo territorio; destinam a exercer atividade em toda a
nação;
3° pro consociationibus dioecesanis, 3° - o Bispo diocesano, as não o
Episcopus dioecesanus in suo cuiusque Administrador diocesano, em seu território,
territorio, non vero Administrator mas não o Administrador para as
dioecesanus, iis tamen consociationibus associações diocesanas; exceto, porém, as
exceptis quarum erigendarum ius ex associações cujo direito de ereção, por
apostolico privilegio aliis reservatum est. privilégio apostólico, foi reservado a outros.
§ 2. Ad validam erectionem consociationis § 2. Para erigir validamente na diocese
aut sectionis consociationis in dioecesi, uma associação ou uma sua seção,
etiamsi id vi privilegii apostolici fiat, mesmo que isso se faça por privilégio
requiritur consensus Episcopi dioecesani apostólico, requer- se o consentimento
scripto datus; consensus tamen ab escrito do Bispo diocesano; mas o
Episcopo dioecesano praestitus pro consentimento do Bispo diocesano para a
erectione domus instituti religiosi valet ereção de uma casa de instituto religioso
etiam ad erigendam in eadem domo vel vale também para a ereção de uma
ecclesia ei adnexa consociationem quae associação própria do instituto na mesma
illius instituti sit propria. casa ou na igreja anexa.

Can. 313 - Consociatio publica itemque Cân. 313 - Pelo mesmo decreto com que é
consociationum publicarum confoederatio, erigida pela autoridade eclesiástica
ipso decreto quo ab auctoritate competente, de acordo com cân. 312, uma
ecclesiastica ad normam can. 312 associação pública, bem como uma
competenti erigitur, persona iuridica confederação de associações públicas,
constituitur et missionem recipit, quatenus constitui- se pessoa jurídica e recebe,
requiritur, ad fines quos ipsa sibi nomine enquanto se requer, a missão para os fins
Ecclesiae persequendos proponit. que ela se propõe alcançar em nome da
Igreja.

Can. 314 - Cuiuslibet consociationis Cân. 314 - Os estatutos de qualquer


publicae statuta, eorumque recognitio vel associação pública, sua revisão e
mutatio, approbatione indigent auctoritatis modificação, exigem aprovação da
ecclesiasticae cui competit consociationis autoridade eclesiástica competente para
erectio ad normam can. 312, § 1. erigi-la, de acordo com o cân.312 § 1.

Can. 315 - Consociationes publicae incepta Cân. 315 - As associações públicas podem
propriae indoli congrua sua sponte por própria iniciativa assumir atividades
suscipere valent, eaedemque reguntur ad condizentes com a sua índole, e se regem
normam statutorum, sub altiore tamen de acordo com seus estatutos, sob a alta
directione auctoritatis ecclesiasticae, de direção da autoridade eclesiástica
qua in can. 312, § 1. mencionada no cân. 312 § 1.

Can. 316 - § 1. Qui publice fidem Cân. 316 - § 1. Não pode ser recebido
catholicam abiecerit vel a communione validamente em associações públicas
ecclesiastica defecerit vel quem publicamente tiver abjurado a fé
excommunicatione irrogata aut declarata católica, ou abandonado a comunhão
irretitus sit, valide in consociationes eclesiástica, ou estiver sob excomunhão
publicas recipi nequit. irrogada ou declarada.
§ 2. Qui legitime adscripti in casum § 2. Aqueles que, legitimamente inscritos,
inciderint de quo in § 1, praemissa incorrerem nos casos mencionados no § 1,
monitione, a consociatione dimittantur, depois de advertência, sejam demitidos da
servatis eius statutis et salvo iure recursus associação, observados os estatutos e
ad auctoritatem ecclesiasticam, de qua in salvo o direito de recurso à autoridade
can. 312, § 1. eclesiástica mencionada no cân. 312 § 1.

Can. 317 - § 1. Nisi aliud in statutis Cân. 317 - § 1. Salvo determinação


praevideatur, auctoritatis ecclesiasticae, de contrária dos estatutos, compete à
qua in can. 312, § 1, est consociationis autoridade eclesiástica mencionada no
publicae moderatorem ab ipsa cân. 312 § 1, confirmar o moderador da
consociatione publica electum confirmare associação pública por ela eleito, instituir o
aut praesentatum instituere aut iure proprio apresentado ou nomeá-lo por direito
nominare; cappellanum vero seu próprio; a mesma autoridade eclesiástica
assistentem ecclesiasticum, auditis ubi id nomeia o capelão ou assistente
expediat consociationis officialibus eclesiástico, depois de ouvidos, se
maioribus, nominat eadem auctoritas oportuno, os oficiais maiores da
ecclesiastica. associação.
§ 2. Norma in § 1 statuta valet etiam pro § 2. A norma estabelecida no § 1 vale
consociationibus a sodalibus institutorum também para as associações erigidas por
religiosorum vi apostolici privilegii extra membros de institutos religiosos em virtude
proprias ecclesias vel domos erectis; in de privilégio apostólico, fora das próprias
consociationibus vero a sodalibus igrejas ou casas; todavia, nas associações
institutorum religiosorum in propria ecclesia erigidas por membros de institutos
vel domo erectis, nominatio aut confirmatio religiosos na própria igreja ou casa, a
moderatoris et cappellani pertinet ad nomeação ou confirmação do moderador e
Superiorem instituti, ad normam do capelão pertencem ao Superior do
statutorum. instituto, de acordo com os estatutos.
§ 3. In consociationibus quae non sunt § 3. Nas associações que não são
clericales, laici exercere valent munus clericais, os leigos podem exercer o
moderatoris; cappellanus seu assistens encargo de moderador; o capelão ou
ecclesiasticus ad illud munus ne assistente eclesiástico não seja designado
assumatur, nisi aliud in statutis caveatur. para tal encargo, salvo determinação
contrária dos estatutos.
§ 4. In publicis christifidelium § 4. Nas associações públicas de fiéis,
consociationibus quae directe ad destinadas diretamente ao exercício do
apostolatum exercendum ordinantur, apostolado, não sejam moderadores os
moderatores ne ii sint, qui in factionibus que exercem cargo de direção nos partidos
politicis officium directionis adimplent. políticos.

Can. 318 - § 1. In specialibus adiunctis, ubi Cân. 318 - § 1. Em circunstâncias


graves rationes id requirant, potest especiais, onde graves causas o exijam, a
ecclesiastica auctoritas, de qua in can. 312, autoridade eclesiástica mencionada no
§ 1, designare commissarium, qui eius cân. 312 § 1, pode designar um comissário
nomine consociationem ad tempus que, em seu nome, dirija temporariamente
moderetur. a associação.
§ 2. Moderatorem consociationis publicae § 2. Quem nomeou ou confirmou um
iusta de causa removere potest qui eum dirigente de associação pública pode, por
nominavit aut confirmavit, auditis tamen justa causa, destituí-lo, tendo, contudo,
tum ipso moderatore tum consociationis ouvido o próprio dirigente e os
officialibus maioribus ad normam responsáveis maiores da associação,
statutorum; cappellanum vero removere segundo os estatutos; quem nomeou o
potest, ad normam cann. 192-195, qui eum capelão pode destituí-lo, de acordo com os
nominavit. cân. 192 - 195.

Can. 319 - § 1. Consociatio publica legitime Cân. 319 - § 1. Uma associação pública
erecta, nisi aliud cautum sit, bona quae legitimamente erigida, se outra coisa não
possidet ad normam statutorum administrat for determinada administra os bens que
sub superiore directione auctoritatis possui, de acordo com os estatutos, sob a
ecclesiasticae de qua in can. 312, § 1, cui superior direção da autoridade eclesiástica
quotannis administrationis rationem mencionada no cân. 312 § 1, à qual ela
reddere debet. deve anualmente prestar contas da
administração.
§ 2. Oblationum quoque et § 2. Deve também fazer a essa autoridade
eleemosynarum, quas collegerit, eidem uma fiel prestação de contas da aplicação
auctoritati fidelem erogationis rationem das ofertas e óbolos recebidos.
reddere debet.

Can. 320 - § 1. Consociationes a Sancta Cân. 320 - § 1. As associações erigidas


Sede erectae nonnisi ab eadem supprimi pela Santa Sé não podem ser supressas, a
possunt. não ser por ela mesma.
§ 2. Ob graves causas ab Episcoporum § 2. Por causas graves, podem ser
conferentia supprimi possunt supressas pela Conferência dos Bispos as
consociationes ab eadem erectae; ab associações por ela erigidas; pelo Bispo
Episcopo dioecesano consociationes a se diocesano, as associações por ele erigidas,
erectae, et etiam consociationes ex bem como as associações erigidas,
apostolico indulto a sodalibus institutorum mediante indulto apostólico, por membros
religiosorum de consensu Episcopi de institutos religiosos com o
dioecesani erectae. consentimento do Bispo diocesano.
§ 3. Consociatio publica ab auctoritate § 3. Uma associação pública não deve ser
competenti ne supprimatur, nisi auditis eius supressa pela autoridade competente, sem
moderatore aliisque officialibus maioribus. antes ter ouvido seu moderador e os outros
oficiais maiores.

CAPUT III. DE CHRISTIFIDELIUM Capítulo III DAS ASSOCIAÇÕES


CONSOCIATIONIBUS PRIVATIS PRIVADAS DE FIÉIS
Can. 321 - Consociationes privatas Cân. 321 - Os fiéis, segundo as
christifideles secundum statutorum prescrições dos estatutos, dirigem e
praescripta dirigunt et moderantur. governam as associações privadas.

Can. 322 - § 1. Consociatio christifidelium Cân. 322 - § 1. Uma associação privada de


privata personalitatem iuridicam acquirere fiéis pode adquirir personalidade jurídica
potest per decretum formale auctoritatis mediante decreto formal da autoridade
ecclesiasticae competentis, de qua in eclesiástica competente, mencionada no
can. 312. cân. 312.
§ 2. Nulla christifidelium consociatio privata § 2. Nenhuma associação particular de
personalitatem iuridicam acquirere potest, fiéis pode adquirir personalidade jurídica,
nisi eius statuta ab auctoritate se seus estatutos não tiverem sido
ecclesiastica, de qua in can. 312, § 1, sint aprovados pela autoridade eclesiástica
probata; statutorum vero probatio mencionada no cân.312 § 1; a aprovação
consociationis naturam privatam non dos estatutos, porém, não muda a natureza
immutat. privada da associação.

Can. 323 - § 1. Licet christifidelium Cân. 323 - § 1. Embora as associações


consociationes privatae autonomia privadas de fiéis gozem de autonomia, de
gaudeant ad normam can. 321, subsunt acordo com o cân. 321, estão sujeitas à
vigilantiae auctoritatis ecclesiasticae ad vigilância da autoridade eclesiástica, de
normam can. 305, itemque eiusdem acordo com o cân.305, bem como ao
auctoritatis regimini. governo dessa autoridade.
§ 2. Ad auctoritatem ecclesiasticam etiam § 2. Compete também à autoridade
spectat, servata quidem autonomia eclesiástica, respeitada a autonomia
consociationibus privatis propria, invigilare própria das associações privadas, vigiar e
et curare ut virium dispersio vitetur, cuidar que se evite a dispersão de forças e
earumque apostolatus exercitium ad que seu apostolado se oriente para o bem
bonum commune ordinetur. comum.

Can. 324 - § 1. Christifidelium consociatio Cân. 324 - § 1. A associação privada de


privata libere sibi moderatorem et officiales fiéis escolhe livremente seu moderador e
designat, ad normam statutorum. seus oficiais, de acordo com os estatutos.
§ 2. Christifidelium consociatio privata § 2. A associação privada de fiéis, se
consiliarium spiritualem, si quemdam desejar um conselheiro espiritual, pode
exoptet, libere sibi eligere potest inter escolhê-lo livremente entre os sacerdotes
sacerdotes ministerium legitime in dioecesi que exercem legitimamente o ministério na
exercentes; qui tamen indiget confirmatione diocese, o qual, porém, necessita da
Ordinarii loci. confirmação do Ordinário local.

Can. 325 - § 1. Christifidelium consociatio Cân. 325 - § 1. A associação privada de


privata ea bona quae possidet libere fiéis administra livremente os bens que
administrat, iuxta statutorum praescripta, possui, de acordo com as prescrições dos
salvo iure auctoritatis ecclesiasticae estatutos, salvo o direito da autoridade
competentis vigilandi ut bona in fines eclesiástica competente de velar a fim de
associationis adhibeantur. que os bens sejam empregados para os
fins da associação.
§ 2. Eadem subest loci Ordinarii auctoritati § 2. Ela está sujeita à autoridade do
ad normam can. 1301 quod attinet ad Ordinário local, de acordo com o cân.
administrationem erogationemque 1301, quanto à administração e ao
bonorum, quae ipsi ad pias causas donata emprego dos bens que lhe tenham sido
aut relicta sint. dados ou deixados para causas pias.

Can. 326 - § 1. Extinguitur christifidelium Cân. 326 - § 1. A associação privada de


consociatio privata ad normam statutorum; fiéis extingue-se de acordo com os
supprimi etiam potest a competenti estatutos; pode também ser supressa pela
auctoritate, si eius actio in grave damnum autoridade competente, se a sua atividade
cedit doctrinae vel disciplinae resulta em grave dano para a doutrina ou a
ecclesiasticae, aut scandalo est fidelium. disciplina eclesiástica, ou é de escândalo
para os fiéis.
§ 2. Destinatio bonorum consociationis § 2. O destino dos bens de uma
extinctae ad normam statutorum associação extinta deve ser determinado
determinanda est, salvis iuribus quaesitis de acordo com os estatutos, salvos os
atque oblatorum voluntate. direitos adquiridos e a vontade dos
doadores.

CAPUT IV. NORMAE SPECIALES DE Capítulo IV NORMAS ESPECIAIS PARA


LAICORUM CONSOCIATIONIBUS AS ASSOCIAÇÕES DE LEIGOS
Can. 327 - Christifideles laici magni faciant Cân. 327 - Os fiéis leigos tenham em
consociationes ad spirituales fines, de grande apreço as associações constituídas
quibus in can. 298, constitutas, eas para as finalidades espirituais
speciatim quae rerum temporalium ordinem mencionadas no cân. 298, particularmente
spiritu christiano animare sibi proponunt aquelas que se propõem animar de espírito
atque hoc modo intimam inter fidem et cristão as realidades temporais e, desse
vitam magnopere fovent unionem. modo, fomentam grandemente a união
mais íntima entre a fé e a vida.

Can. 328 - Qui praesunt consociationibus Cân. 328 - Os que presidem às


laicorum, iis etiam quae vi privilegii associações de leigos, mesmo as erigidas
apostolici erectae sunt, curent ut suae cum em virtude de privilégio apostólico, cuidem
aliis christifidelium consociationibus, ubi id que suas associações, onde for
expediat, cooperentur, utque variis conveniente, colaborem com as outras
operibus christianis, praesertim in eodem associações de fiéis e dêem apoio às
territorio exsistentibus, libenter auxilio sint. diversas obras cristãs, principalmente as
existentes no mesmo território.

Can. 329 - Moderatores consociationum Cân. 329 - Os moderadores de


laicorum curent, ut sodales consociationis associações de leigos cuidem que os
ad apostolatum laicis proprium exercendum membros sejam formados devidamente
debite efformentur. para o exercício do apostolado próprio dos
leigos.

PARS II. DE ECCLESIAE II PARTE DA CONSTITUIÇÃO


CONSTITUTIONE HIERARCHICA HIERÁRQUICA DA IGREJA
SECTIO I. DE SUPREMA ECCLESIAE SEÇÃO I DA SUPREMA AUTORIDADE
AUCTORITATE DA IGREJA
CAPUT I. DE ROMANO PONTIFICE Capítulo I DO ROMANO PONTÍFICE E DO
DEQUE COLLEGIO EPISCOPORUM COLÉGIO DOS BISPOS
Can. 330 - Sicut, statuente Domino, Cân. 330 - Assim como, por disposição do
sanctus Petrus et ceteri Apostoli unum Senhor, São Pedro e os outros Apóstolos
Collegium constituunt, pari ratione constituem um único Colégio, de modo
Romanus Pontifex, successor Petri, et semelhante o Romano Pontífice, sucessor
Episcopi, successores Apostolorum, inter de Pedro, e os Bispos, sucessores dos
se coniunguntur. Apóstolos, estão unidos entre si.

Art. 1. DE ROMANO PONTIFICE Art. 1 Do Romano Pontífice


Can. 331 - Ecclesiae Romanae Episcopus, Cân. 331 - O Bispo da Igreja de Roma, no
in quo permanet munus a Domino qual perdura o múnus concedido pelo
singulariter Petro, primo Apostolorum, Senhor singularmente a Pedro, primeiro
concessum et successoribus eius dos Apóstolos, para ser transmitido aos
transmittendum, Collegii Episcoporum est seus sucessores, é a cabeça do Colégio
caput, Vicarius Christi atque universae dos Bispos, Vigário de Cristo e aqui na
Ecclesiae his in terris Pastor; qui ideo vi terra Pastor da Igreja universal; ele, pois,
muneris sui suprema, plena, immediata et em virtude de seu múnus, tem na Igreja o
universali in Ecclesia gaudet ordinaria poder ordinário supremo, pleno, imediato e
potestate, quam semper libere exercere universal, que pode sempre exercer
valet. livremente.

Can. 332 - § 1. Plenam et supremam in Cân. 332 - § 1. O Romano Pontífice obtém


Ecclesia potestatem Romanus Pontifex o poder pleno e supremo na Igreja pela
obtinet legitima electione ab ipso acceptata eleição legítima por ele aceita, junto com a
una cum episcopali consecratione. Quare, consagração episcopal. Por conseguinte, o
eandem potestatem obtinet a momento eleito para o sumo pontificado, que já tiver
acceptationis electus ad summum o caráter episcopal, obtém esse poder
pontificatum, qui episcopali charactere desde o instante da aceitação. Se o eleito
insignitus est. Quod si charactere não tiver caráter tiver caráter episcopal,
episcopali electus careat, statim ordinetur seja imediatamente ordenado Bispo.
Episcopus.
§ 2. Si contingat ut Romanus Pontifex § 2. Se acontecer que o Romano Pontífice
muneri suo renuntiet, ad validitatem renuncie a seu múnus, para a validade se
requiritur ut renuntiatio libere fiat et rite requer que a renúncia seja livremente feita
manifestetur, non vero ut a quopiam e devidamente manifestada, mas não que
acceptetur. seja aceita por alguém.

Can. 333 - § 1. Romanus Pontifex, vi sui Cân. 333 - § 1. O Romano Pontífice, em


muneris, non modo in universam Ecclesiam virtude de seu múnus, não só tem poder
potestate gaudet, sed et super omnes sobre a Igreja universal, mas obtém ainda
Ecclesias particulares earumque coetus a primazia do poder ordinário sobre todas
ordinariae potestatis obtinet principatum, as Igrejas particulares e entidades que as
quo quidem insimul roboratur atque congregam, pelo qual é, ao mesmo tempo,
vindicatur potestas propria, ordinaria et reforçado e defendido o poder próprio,
immediata, qua in Ecclesias particulares ordinário e imediato que os Bispos têm
suae curae commissas Episcopi pollent. sobre as Igrejas particulares confiadas a
seu cuidado.
§ 2. Romanus Pontifex, in munere supremi § 2. O Romano Pontífice, no desempenho
Ecclesiae Pastoris explendo, communione do múnus de Pastor supremo da Igreja,
cum ceteris Episcopis immo et universa está sempre unido em comunhão com os
Ecclesia semper est coniunctus; ipsi ius outros Bispos e até com toda a Igreja;
tamen est, iuxta Ecclesiae necessitates, entretanto, ele tem o direito de determinar,
determinare modum, sive personalem sive de acordo com as necessidades da Igreja,
collegialem, huius muneris exercendi. o modo pessoal ou colegial de exercer
esse ofício.
§ 3. Contra sententiam vel decretum § 3. Contra uma sentença ou decreto do
Romani Pontificis non datur appellatio Romano Pontífice, não há apelação, nem
neque recursus. recurso.

Can. 334 - In eius munere exercendo, Cân. 334 - No exercício de seu múnus, o
Romano Pontifici praesto sunt Episcopi, qui Romano Pontífice é assistido pelos Bispos,
eidem cooperatricem operam navare valent que podem cooperar com ele em diversos
variis rationibus, inter quas est synodus modos, entre os quais está o Sínodo dos
Episcoporum. Auxilio praeterea ei sunt Bispos. São ainda de ajuda para ele os
Patres Cardinales, necnon aliae personae Padres Cardeais e outras pessoas, bem
itemque varia secundum temporum como diversos organismos, segundo as
necessitates instituta; quae personae necessidades dos tempos; todas essas
omnes et instituta, nomine et auctoritate pessoas e organismos exercem o múnus
ipsius, munus sibi commissum explent in que lhes é confiado, em nome por
bonum omnium Ecclesiarum, iuxta normas autoridade dele, para o bem de todas as
iure definitas. Igrejas, de acordo com as normas
determinadas pelo direito.
Can. 335 - Sede romana vacante aut Cân. 335 - Estando vacante ou
prorsus impedita, nihil innovetur in completamente impedida a Sé Romana,
Ecclesiae universae regimine; serventur nada se modifique no regime da Igreja
autem leges speciales pro iisdem adiunctis Universal; mas observem-se as leis
latae. especiais dadas para essas circunstâncias.

Art. 2. DE COLLEGIO EPISCOPORUM Art. 2 DO COLÉGIO DOS BISPOS


Can. 336 - Collegium Episcoporum, cuius Cân. 336 - O Colégio dos Bispos, cuja
caput est Summus Pontifex cuiusque cabeça é o Sumo Pontífice e cujos
membra sunt Episcopi vi sacramentalis membros são os Bispos, em virtude da
consecrationis et hierarchica communione consagração sacramental e da comunhão
cum Collegii capite et membris, et in quo hierárquica coma cabeça e com os
corpus apostolicum continuo perseverat, membros do Colégio, no qual o corpo
una cum capite suo, et numquam sine hoc apostólico persevera continuamente, junto
capite, subiectum quoque supremae et com sua cabeça, e nunca sem essa
plenae potestatis in universam Ecclesiam cabeça, é também sujeito de poder
exsistit. supremo e pleno sobre a Igreja universal.

Can. 337 - § 1. Potestatem in universam Cân. 337 - § 1. O Colégio dos Bispos


Ecclesiam Collegium Episcoporum sollemni exerce seu poder sobre toda a Igreja, de
modo exercet in Concilio Oecumenico. modo solene, no Concílio Ecumênico.
§ 2. Eandem potestatem exercet per § 2. Exerce esse poder pela ação conjunta
unitam Episcoporum in mundo dispersorum dos Bispos espalhados pelo mundo, se
actionem, quae uti talis a Romano Pontifice essa ação for, como tal, convocada ou
sit indicta aut libere recepta, ita ut verus livremente aceita pelo Romano Pontífice,
actus collegialis efficiatur. de modo a se tornar verdadeiro ato
colegial.
§ 3. Romani Pontificis est secundum § 3. Compete ao Romano Pontífice, de
necessitates Ecclesiae seligere et acordo com as necessidades da Igreja,
promovere modos, quibus Episcoporum escolher e promover os modos pelos quais
Collegium munus suum quoad universam o Colégio dos Bispos pode exercer
Ecclesiam collegialiter exerceat. colegialmente seu ofício no que se refere à
Igreja universal.

Can. 338 - § 1. Unius Romani Pontificis est Cân. 338 - § 1. Compete unicamente ao
Concilium Oecumenicum convocare, eidem Romano Pontífice convocar o Concílio
per se vel per alios praesidere, item Ecumênico, presidi- lo por si ou por outros,
Concilium transferre, suspendere vel como também transferir, suspender ou
dissolvere, eiusque decreta approbare. dissolver o Concílio e aprovar seus
decretos.
§ 2. Eiusdem Romani Pontificis est res in § 2. Compete também ao Romano
Concilio tractandas determinare atque Pontífice determinar as questões a serem
ordinem in Concilio servandum constituere; tratadas no Concílio e estabelecer o
propositis a Romano Pontifice regimento a ser nele observado; às
quaestionibus Patres Concilii alias addere questões propostas pelo Romano
possunt, ab eodem Romano Pontifice Pontífice, os Padres Conciliares podem
probandas. acrescentar outras, que devem ser também
aprovadas pelo Romano Pontífice.
Can. 339 - § 1. Ius est et officium omnibus Cân. 339 - § 1. Todos e somente os Bispos
et solis Episcopis qui membra sint Collegii que são membros do Colégio dos Bispos
Episcoporum, ut Concilio Oecumenico cum têm o direito e o dever de participar do
suffragio deliberativo intersint. Concílio Ecumênico com voto deliberativo.
§ 2. Ad Concilium Oecumenicum insuper § 2. Também alguns outros, que não têm a
alii aliqui, qui episcopali dignitate non sint dignidade episcopal, podem ser
insigniti, vocari possunt a suprema convocados para o Concílio Ecumênico
Ecclesiae auctoritate, cuius est eorum pela autoridade suprema da Igreja, à qual
partes in Concilio determinare. cabe determinar a função deles no
Concílio.

Can. 340 - Si contingat Apostolicam Cân. 340 - Se acontece ficar vacante a Sé


Sedem durante Concilii celebratione Apostólica durante a celebração do
vacare, ipso iure hoc intermittitur, donec Concílio, este fica suspenso, ipso iure até
novus Summus Pontifex illud continuari que o novo Sumo Pontífice o mande
iusserit aut dissolverit. continuar ou o dissolva.

Can. 341 - § 1. Concilii Oecumenici decreta Cân. 341 - § 1. Os decretos do Concílio


vim obligandi non habent nisi una cum Ecumênico não têm força de obrigar, a não
Concilii Patribus a Romano Pontifice ser que, aprovados pelo Romano Pontífice
approbata, ab eodem fuerint confirmata et junto com os Padres Conciliares, tenham
eius iussu promulgata. sido por ele confirmados e por sua ordem
promulgados.
§ 2. Eadem confirmatione et § 2. Para terem força de obrigar, precisam
promulgatione, vim obligandi ut habeant, também dessa confirmação e promulgação
egent decreta quae ferat Collegium os decretos dados pelo Colégio dos
Episcoporum, cum actionem proprie Bispos, quando este pratica um ato
collegialem ponit iuxta alium a Romano propriamente colegial, de acordo com outro
Pontifice inductum vel libere receptum modo diferente, determinado ou livremente
modum. aceito pelo Romano Pontífice.

CAPUT II. DE SYNODO EPISCOPORUM Capítulo II DO SÍNODO DOS BISPOS


Can. 342 - Synodus Episcoporum coetus Cân. 342 - O Sínodo dos Bispos é a
est Episcoporum qui, ex diversis orbis assembléia dos Bispos que, escolhidos das
regionibus selecti, statutis temporibus una diversas regiões do mundo, reúnem-se em
conveniunt ut arctam coniunctionem inter determinados tempos, para promover a
Romanum Pontificem et Episcopos estreita união entre o Romano Pontífice e
foveant, utque eidem Romano Pontifici ad os Bispos, para auxiliar com seu conselho
incolumitatem incrementumque fidei et ao Romano Pontífice, na preservação e
morum, ad disciplinam ecclesiasticam crescimento da fé e dos costumes, na
servandam et firmandam consiliis observância e consolidação da disciplina
adiutricem operam praestent, necnon eclesiástica, e ainda para examinar
quaestiones ad actionem Ecclesiae in questões que se referem à ação da Igreja
mundo spectantes perpendant. no mundo.

Can. 343 - Synodi Episcoporum est de Cân. 343 - Compete ao Sínodo dos Bispos
quaestionibus pertractandis disceptare discutir sobre as questões em pauta e
atque expromere optata, non vero easdem manifestar desejos, e não sobre elas dar
dirimere de iisque ferre decreta, nisi certis decisões ou decretos, a não ser que em
in casibus potestate deliberativa eandem determinados casos lhe tenha sido
instruxerit Romanus Pontifex, cuius est in concedido poder deliberativo pelo Romano
hoc casu decisiones synodi ratas habere. Pontífice, a quem cabe, nesse caso,
ratificar as decisões do Sínodo.

Can. 344 - Synodus Episcoporum directe Cân. 344 - O Sínodo dos Bispos está
subest auctoritati Romani Pontificis, cuius sujeito diretamente à autoridade do
quidem est: Romano Pontífice, a quem compete:
1° synodum convocare, quotiescumque 1° - convocar o Sínodo, sempre que lhe
id ipsi opportunum videatur, locumque parecer oportuno, e designar o lugar onde
designare ubi coetus habendi sint; devam ser feitas as reuniões;
2° sodalium, qui ad normam iuris 2° - confirmar a eleição dos membros
peculiaris eligendi sunt, electionem ratam que, de acordo com o direito especial,
habere aliosque sodales designare et devem ser eleitos, bem como designar e
nominare; nomear outros membros;
3° argumenta quaestionum 3° - em tempo oportuno, antes da
pertractandarum statuere opportuno celebração do Sínodo, estabelecer os
tempore ad normam iuris peculiaris ante temas a serem tratados, de acordo com o
synodi celebrationem; direito especial;
4° rerum agendarum ordinem definire; 4° - determinar a ordem dos assuntos a
tratar;
5° synodo per se aut per alios 5° - presidir o Sínodo pessoalmente ou
praeesse; por outros;
6° synodum ipsam concludere, 6° - encerrar, transferir, suspender ou
transferre, suspendere et dissolvere. dissolver o Sínodo.

Can. 345 - Synodus Episcoporum Cân. 345 - O Sínodo dos Bispos pode
congregari potest aut in coetum generalem, reunir- se em assembléia geral, isto é, na
in quo scilicet res tractantur ad bonum qual são tratadas questões que se referem
Ecclesiae universae directe spectantes, qui diretamente ao bem da Igreja universal;
quidem coetus est sive ordinarius sive essa assembléia é ordinária ou
extraordinarius, aut etiam in coetum extraordinária; pode também reunir-se em
specialem, in quo nempe aguntur negotia assembléia especial, na qual são tratadas
quae directe ad determinatam questões que se referem diretamente a
determinatasve regiones attinent. uma ou mais regiões.

Can. 346 - § 1. Synodus Episcoporum Cân. 346 - § 1. A assembléia geral


quae in coetum generalem ordinarium ordinária do Sínodo dos Bispos compõe-se
congregatur, constat sodalibus quorum de membros, na maioria Bispos, que são
plerique sunt Episcopi, electi pro singulis eleitos para cada assembléia pelas
coetibus ab Episcoporum conferentiis Conferências dos Bispos, na maneira
secundum rationem iure peculiari synodi determinada pelo direito especial do
determinatam; alii vi eiusdem iuris Sínodo; outros são designados pelo próprio
deputantur; alii a Romano Pontifice directe direito; e outros são nomeados diretamente
nominantur; quibus accedunt aliqui sodales pelo Romano Pontífice; a eles
institutorum religiosorum clericalium, qui ad acrescentam- se alguns membros de
normam eiusdem iuris peculiaris eliguntur. institutos religiosos clericais, eleitos de
acordo com o mesmo direito especial.
§ 2. Synodus Episcoporum in coetum § 2. A assembléia geral extraordinária do
generalem extraordinarium congregata ad Sínodo dos Bispos, reunida para tratar de
negotia tractanda quae expeditam requirant questões que exigem solução urgente,
definitionem, constat sodalibus quorum compõe-se de membros, na maioria
plerique, Episcopi, a iure peculiari synodi Bispos, que são designados pelo direito
deputantur ratione officii quod adimplent, especial do Sínodo em razão do ofício que
alii vero a Romano Pontifice directe exercem, e de outros nomeados
nominantur; quibus accedunt aliqui sodales diretamente pelo Romano Pontífice; a eles
institutorum religiosorum clericalium ad se acrescentam alguns membros de
normam eiusdem iuris electi. institutos religiosos clericais, eleitos de
acordo com o mesmo direito.
§ 3. Synodus Episcoporum, quae in coetum § 3. A assembléia especial do Sínodo dos
specialem congregatur, constat sodalibus Bispos compõe-se de membros escolhidos
delectis praecipue ex iis regionibus pro principalmente das regiões, em prol das
quibus convocata est, ad normam iuris quais se convoca o Sínodo, de acordo com
peculiaris, quo synodus regitur. o direito especial que rege o Sínodo.

Can. 347 - § 1. Cum synodi Episcoporum Cân. 347 - § 1. Quando a assembléia do


coetus a Romano Pontifice concluditur, Sínodo é encerrada pelo Romano
explicit munus in eadem Episcopis aliisque Pontífice, cessa a função dada nesse
sodalibus commissum. Sínodo aos Bispos e aos outros membros.
§ 2. Sede Apostolica post convocatam § 2. Vagando a Sé Apostólica depois de
synodum aut inter eius celebrationem convocado o Sínodo ou durante sua
vacante, ipso iure suspenditur synodi celebração, suspende-se ipso iure a
coetus, itemque munus sodalibus in eodem assembléia do Sínodo, bem como a função
commissum, donec novus Pontifex coetum nela conferida aos membros, até que o
aut dissolvendum aut continuandum novo Pontífice decida se ele deve dissolver-
decreverit. se ou prosseguir.

Can. 348 - § 1. Synodi Episcoporum Cân. 348 - § 1. O Sínodo dos Bispos tem
habetur secretaria generalis permanens, uma secretaria geral permanente, presidida
cui praeest Secretarius generalis, a pelo secretário geral, nomeado pelo
Romano Pontifice nominatus, cuique Romano Pontífice e auxiliado pelo
praesto est consilium secretariae, constans conselho da secretaria, que se compõe de
Episcopis, quorum alii, ad normam iuris Bispos, dentre os quais alguns são eleitos
peculiaris, ab ipsa synodo Episcoporum pelo próprio Sínodo dos Bispos, de acordo
eliguntur, alii a Romano Pontifice com o direito especial, e outros são
nominantur, quorum vero omnium munus nomeados pelo Romano Pontífice; a
explicit, ineunte novo coetu generali. função de todos eles, porém, cessa ao
começar a nova assembléia geral.
§ 2. Pro quolibet synodi Episcoporum coetu § 2. Para cada assembléia do Sínodo dos
praeterea unus aut plures secretarii Bispos, são constituídos ainda um ou mais
speciales constituuntur qui a Romano secretários especiais, nomeados pelo
Pontifice nominantur, atque in officio ipsis Romano Pontífice, que permanecem no
commisso permanent solum usque ad ofício a eles confiado só até o final da
expletum synodi coetum. assembléia do Sínodo.

CAPUT III. DE SANCTAE ROMANAE Capítulo III DOS CARDEAIS DA SANTA


ECCLESIAE CARDINALIBUS IGREJA ROMANA
Can. 349 - S. R. E. Cardinales peculiare Cân. 349 - Os Cardeais da Santa Igreja
Collegium constituunt, cui competit ut Romana constituem um Colégio especial,
electioni Romani Pontificis provideat ad ao qual compete assegurar a eleição do
normam iuris peculiaris; Cardinales item Romano Pontífice de acordo com o direito
Romano Pontifici adsunt sive collegialiter especial; os Cardeais também assistem ao
agendo, cum ad quaestiones maioris Romano Pontífice agindo colegialmente,
momenti tractandas in unum convocantur, quando são convocados para tratar juntos
sive ut singuli, scilicet variis officiis, quibus as questões de maior importância, ou
funguntur, eidem Romano Pontifici operam individualmente nos diversos ofícios que
praestando in cura praesertim cotidiana exercem, prestando ajuda ao Romano
universae Ecclesiae. Pontífice, principalmente no cuidado
cotidiano pela Igreja universal.

Can. 350 - § 1. Cardinalium Collegium in Cân. 350 - § 1. O Sacro Colégio se distribui


tres ordines distribuitur: episcopalem, ad em três ordens: a ordem episcopal, à qual
quem pertinent Cardinales quibus a pertencem os Cardeais a quem é confiado
Romano Pontifice titulus assignatur pelo Romano Pontífice o título de uma
Ecclesiae suburbicariae, necnon Igreja suburbicária, bem como os
Patriarchae orientales qui in Cardinalium Patriarcas orientais incluídos no Colégio
Collegium relati sunt; presbyteralem et dos Cardeais; a ordem presbiteral e a
diaconalem. ordem diaconal.
§ 2. Cardinalibus ordinis presbyteralis ac § 2. Aos Cardeais da ordem presbiteral e
diaconalis suus cuique titulus aut diaconia diaconal é confiado pelo Romano Pontífice
in Urbe assignatur a Romano Pontifice. um título ou diaconia na cidade de Roma.
§ 3. Patriarchae orientales in Cardinalium § 3. Os Patriarcas orientais, incluídos no
Collegium assumpti in titulum habent suam Colégio dos Padres Cardeais, têm como
patriarchalem sedem. título a sua sede patriarcal.
§ 4. Cardinalis Decanus in titulum habet § 4. O Cardeal Decano tem como título a
dioecesim Ostiensem, una cum alia diocese de Ostia, juntamente com a outra
Ecclesia quam in titulum iam habebat. Igreja que já antes tinha como título.
§ 5. Per optionem in Consistorio factam et § 5. Mediante opção manifestada em
a Summo Pontifice approbatam, possunt, Consistório e aprovada pelo Romano
servata prioritate ordinis et promotionis, Pontífice, os Cardeais da ordem
Cardinales ex ordine presbyterali transire presbiteral, respeitada a prioridade de
ad alium titulum et Cardinales ex ordine ordem e promoção, podem passar a outro
diaconali ad aliam diaconiam et, si per título; e os Cardeais da ordem diaconal, a
integrum decennium in ordine diaconali outra diaconia e, se tiverem permanecido
permanserint, etiam ad ordinem por um decênio completo na ordem
presbyteralem. diaconal, também à ordem presbiteral.
§ 6. Cardinalis ex ordine diaconali transiens § 6. O Cardeal que por opção passa da
per optionem ad ordinem presbyteralem, ordem diaconal para a ordem presbiteral
locum obtinet ante omnes illos Cardinales obtém a precedência sobre todos os
presbyteros, qui post ipsum ad Cardeais presbíteros que foram elevados
Cardinalatum assumpti sunt. ao Cardinalado depois dele.

Can. 351 - § 1. Qui Cardinales Cân. 351 - § 1. Para a promoção ao


promoveantur, libere a Romano Pontifice Cardinalado são livremente escolhidos pelo
seliguntur viri, saltem in ordine Romano Pontífice homens constituídos ao
presbyteratus constituti, doctrina, moribus, menos na ordem do presbiterado,
pietate necnon rerum agendarum prudentia particularmente eminentes por doutrina,
egregie praestantes; qui nondum sunt costumes, piedade e prudência no agir; os
Episcopi, consecrationem episcopalem que não são Bispos, devem receber a
recipere debent. consagração episcopal.
§ 2. Cardinales creantur Romani Pontificis § 2. Os Cardeais são criados por decreto
decreto, quod quidem coram Cardinalium do Romano Pontífice, que é publicado
Collegio publicatur; inde a publicatione perante o Colégio dos Cardeais; desde a
facta officiis tenentur atque iuribus gaudent publicação, têm os deveres e direitos
lege definitis. estabelecidos por lei.
§ 3. Promotus ad cardinalitiam dignitatem, § 3. Aquele que foi promovido à dignidade
cuius creationem Romanus Pontifex cardinalícia, e cuja criação o Romano
annuntiaverit, nomen autem in pectore sibi Pontífice tenha anunciado, reservando
reservans, nullis interim tenetur porém o nome in pectore, no momento não
Cardinalium officiis nullisque eorum gaudet tem nenhum dever e nenhum direito
iuribus; postquam autem a Romano próprio dos Cardeais; mas depois que seu
Pontifice eius nomen publicatum fuerit, nome é publicado pelo Romano Pontífice,
iisdem tenetur officiis fruiturque iuribus, sed tem esses deveres e usufrui desses
iure praecedentiae gaudet a die direitos, mas goza do direito de
reservationis in pectore. precedência a partir do dia da reservação
in pectore.

Can. 352 - § 1. Cardinalium Collegio Cân. 352 - § 1. O Decano preside ao


praeest Decanus, eiusque impediti vices Colégio dos Cardeais; no seu
sustinet Subdecanus; Decanus, vel impedimento, o Subdecano faz as vezes
Subdecanus, nulla in ceteros Cardinales dele; o Decano, ou o Subdecano, não tem
gaudet potestate regiminis, sed ut primus nenhum poder de regime sobre os outros
inter pares habetur. Cardeais, mas devem ser considerados
como primeiros entre os pares.
§ 2. Officio Decani vacante, Cardinales § 2. Vagando o ofício de Decano, os
titulo Ecclesiae suburbicariae decorati, Cardeais com título de uma Igreja
iique soli, praesidente Subdecano si adsit, suburbicária, e somente eles, sob a
aut antiquiore ex ipsis, e coetus sui gremio presidência do Subdecano, ou do mais
unum eligant qui Decanum Collegii agat; antigo deles, elejam dentre seu grupo um
eius nomen ad Romanum Pontificem para Decano do Colégio; levem seu nome
deferant, cui competit electum probare. ao Romano Pontífice, a quem compete
aprovar o eleito.
§ 3. Eadem ratione de qua in § 2, § 3. Do mesmo modo mencionado no § 2,
praesidente ipso Decano, eligitur sob a presidência do Decano, elege-se o
Subdecanus; Subdecani quoque Subdecano; compete também ao Romano
electionem probare Romano Pontifici Pontífice aprovar a eleição do Subdecano.
competit.
§ 4. Decanus et Subdecanus, si in Urbe § 4. O Decano e o Subdecano, se não
domicilium non habeant, illud ibidem tiverem domicílio em Roma, devem adquiri-
acquirant. lo.

Can. 353 - § 1. Cardinales collegiali actione Cân. 353 - § 1. Os Cardeais prestam


supremo Ecclesiae Pastori praecipue ajuda, em ação colegial, ao Pastor
auxilio sunt in Consistoriis, in quibus iussu Supremo da Igreja, principalmente nos
Romani Pontificis eoque praesidente Consistórios, em que se reúnem por ordem
congregantur; Consistoria habentur do Romano Pontífice e sob a sua
ordinaria aut extraordinaria. presidência; realizam-se Consistórios
ordinários ou extraordinários.
§ 2. In Consistorium ordinarium, § 2. Para o Consistório ordinário, são
convocantur omnes Cardinales, saltem in convocados todos os Cardeais, pelo
Urbe versantes, ad consultationem de menos os que se encontram em Roma,
quibusdam negotiis gravibus, communius para consulta sobre algumas questões
tamen contingentibus, aut ad actus graves, de ocorrência mais freqüente, ou
quosdam maxime sollemnes peragendos. para a celebração de atos muito solenes.
§ 3. In Consistorium extraordinarium, quod § 3. Para o Consistório extraordinário, que
celebratur cum peculiares Ecclesiae se celebra quando o aconselham
necessitates vel graviora negotia tractanda necessidades especiais da Igreja ou
id suadeant, convocantur omnes questões mais graves a serem tratadas,
Cardinales. todos os Cardeais são convocados.
§ 4. Solum Consistorium ordinarium, in quo § 4. Só o Consistório ordinário, no qual se
aliquae sollemnitates celebrantur, potest celebram algumas solenidades, pode ser
esse publicum, cum scilicet praeter público, isto é, quando, além dos Cardeais,
Cardinales admittuntur Praelati, legati são admitidos Prelados, legados de nações
societatum civilium aliive ad illud invitati. ou outros a ele convidados.

Can. 354 - Patres Cardinales dicasteriis Cân. 354 - Os Padres Cardeais prepostos
aliisve institutis permanentibus Romanae aos decastéreos e outros organismos
Curiae et Civitatis Vaticanae praepositi, qui permanentes da Cúria romana e da Cidade
septuagesimum quintum aetatis annum do Vaticano, que tiverem completado
expleverint, rogantur ut renuntiationem ab setenta e cinco anos de idade, são
officio exhibeant Romano Pontifici qui, solicitados a apresentar a renúncia do
omnibus perpensis, providebit. ofício ao Romano Pontífice que, tudo bem
ponderado, tomará providências.

Can. 355 - § 1. Cardinali Decano competit Cân. 355 - § 1. Compete ao Cardeal


electum Romanum Pontificem in Decano conferir a ordem episcopal ao
Episcopum ordinare, si electus ordinatione Romano Pontífice eleito, se o eleito não
indigeat; impedito Decano, idem ius estiver ordenado; no impedimento do
competit Subdecano, eoque impedito, Decano, esse direito compete ao
antiquiori Cardinali ex ordine episcopali. Subdecano, e se estiver impedido, também
este ao Cardeal mais antigo da ordem
episcopal.
§ 2. Cardinalis Proto-diaconus nomen novi § 2. O Cardeal Protodiácono anuncia ao
electi Summi Pontificis populo annuntiat; povo o nome do Sumo Pontífice recém-
item pallia Metropolitis imponit eorumve eleito; impõe também o pálio aos
procuratoribus tradit, vice Romani Metropólitas ou o entrega a seus
Pontificis. procuradores, em lugar do Romano
Pontífice.

Can. 356 - Cardinales obligatione tenentur Cân. 356 - Os Cardeais têm o dever de
cum Romano Pontifice sedulo cooperandi; colaborar diligentemente com o Romano
Cardinales itaque quovis officio in Curia Pontífice; por isso, os Cardeais que
fungentes, qui non sint Episcopi exercem qualquer ofício na Cúria, se não
dioecesani, obligatione tenentur residendi forem Bispos diocesanos, estão obrigados
in Urbe; Cardinales qui alicuius dioecesis a residir em Roma; os Cardeais que têm o
curam habent ut Episcopi dioecesani, cuidado de alguma diocese como Bispos
Urbem petant quoties a Romano Pontifice diocesanos, devem ir a Roma sempre que
convocentur. forem convocados pelo Romano Pontífice.

Can. 357 - § 1. Cardinales, quibus Ecclesia Cân. 357 - § 1. Os Cardeais, a quem foi
suburbicaria aut ecclesia in Urbe in titulum confiada em título uma igreja suburbicária
est assignata, postquam in eiusdem ou uma igreja em Roma, depois que delas
venerunt possessionem, earundem tiverem tomado posse, promovam o bem
dioecesium et ecclesiarum bonum consilio dessas dioceses e igrejas, com seu
et patrocinio promoveant, nulla tamen in conselho e patrocínio, mas não têm
easdem potestate regiminis pollentes, ac nenhum poder de regime e não interferem
nulla ratione sese in iis interponentes, quae naquilo que se relaciona com a
ad earum bonorum administrationem, ad administração de seus bens, a disciplina ou
disciplinam aut ecclesiarum servitium o serviço das igrejas.
spectant.
§ 2. Cardinales extra Urbem et extra § 2. Os Cardeais que vivem fora de Roma
propriam dioecesim degentes, in iis quae e fora da própria diocese são isentos, no
ad sui personam pertinent exempti sunt a que se refere à sua pessoa, do poder de
potestate regiminis Episcopi dioecesis in regime do Bispo da diocese em que
qua commorantur. residem.

Can. 358 - Cardinali, cui a Romano Cân. 358 - Ao Cardeal, a quem o Romano
Pontifice hoc munus committitur ut in aliqua Pontífice confiar o encargo de fazer suas
sollemni celebratione vel personarum coetu vezes em alguma celebração solene ou
eius personam sustineat, uti Legatus a reunião de pessoas, como Legado a latere,
latere, scilicet tamquam eius alter ego, isto é, como seu outro eu, bem como ao
sicuti et illi cui adimplendum concreditur Cardeal a quem é confiado, como seu
tamquam ipsius misso speciali certum enviado especial, desempenhar
munus pastorale, ea tantum competunt determinado encargo pastoral, só compete
quae ab ipso Romano Pontifice eidem o que lhe é comissionado pelo Romano
demandantur. Pontífice.

Can. 359 - Sede Apostolica vacante, Cân. 359 - Enquanto a Sé Apostólica


Cardinalium Collegium ea tantum in estiver vacante, o Colégio dos Cardeais
Ecclesia gaudet potestate, quae in peculiari tem unicamente o poder que se lhe atribui
lege eidem tribuitur. em lei especial.

CAPUT IV. DE CURIA ROMANA Capítulo IV DA CÚRIA ROMANA


Can. 360 - Curia Romana, qua negotia Cân. 360 - A Cúria Romana, pela qual o
Ecclesiae universae Summus Pontifex Romano Pontífice costuma tratar os
expedire solet et quae nomine et negócios da Igreja universal e que, em
auctoritate ipsius munus explet in bonum et nome dele e com sua autoridade,
in servitium Ecclesiarum, constat desempenha função para o bem e o
Secretaria Status seu Papali, Consilio pro serviço das Igrejas, consta da Secretaria
publicis Ecclesiae negotiis, de Estado ou Secretaria Papal, do
Congregationibus, Tribunalibus, aliisque Conselho para os negócios públicos da
Institutis, quorum omnium constitutio et Igreja, das Congregações, dos Tribunais e
competentia lege peculiari definiuntur. de outros organismos, cuja constituição e
competência são determinadas, para todos
eles, por lei especial.
Can. 361 - Nomine Sedis Apostolicae vel Cân. 361 - Sob a denominação de Sé
Sanctae Sedis in hoc Codice veniunt non Apostólica ou Santa Sé, neste Código, vêm
solum Romanus Pontifex, sed etiam, nisi não só o Romano Pontífice, mas também,
ex rei natura vel sermonis contextu aliud a não ser que pela natureza da coisa ou
appareat, Secretaria Status, Consilium pro pelo contexto das palavras se deprenda o
publicis Ecclesiae negotiis, aliaque contrário, a Secretaria de Estado, o
Romanae Curiae Instituta. Conselho para os negócios públicos da
Igreja e os demais organismos da Cúria
Romana.

CAPUT V. DE ROMANI PONTIFICIS Capítulo V DOS LEGADOS DO ROMANO


LEGATIS PONTÍFICE
Can. 362 - Romano Pontifici ius est Cân. 362 - O Romano Pontífice tem o
nativum et independens Legatos suos direito nativo e independente de nomear e
nominandi ac mittendi sive ad Ecclesias enviar seus Legados, seja às Igrejas
particulares in variis nationibus vel particulares nas várias nações ou regiões,
regionibus, sive simul ad Civitates et ad ao mesmo tempo, aos Estados e
publicas Auctoritates, itemque eos Governos, bem como, de transferi- los e
transferendi et revocandi, servatis quidem demiti-los, observadas as normas do direito
normis iuris internationalis, quod attinet ad internacional quanto à missão e demissão
missionem et revocationem Legatorum dos Legados constituídos junto aos
apud Res Publicas constitutorum. Estados.

Can. 363 - § 1. Legatis Romani Pontificis Cân. 363 - § 1. Aos Legados do Romano
officium committitur ipsius Romani Pontífice é confiado o encargo de
Pontificis stabili modo gerendi personam representar estavelmente o Romano
apud Ecclesias particulares aut etiam apud Pontífice, junto às Igrejas particulares ou
Civitates et publicas Auctoritates, ad quas também junto aos Estados e Autoridades
missi sunt. públicas, aos quais são enviados.
§ 2. Personam gerunt Apostolicae Sedis ii § 2. Representam também a Sé Apostólica
quoque, qui in pontificiam Missionem ut os que são encarregados de uma Missão
Delegati aut Observatores deputantur apud pontifícia, como Delegados ou
Consilia internationalia aut apud Observadores, junto aos Conselhos
Conferentias et Conventus. internacionais ou junto a Conferências e
Congressos.

Can. 364 - Praecipuum munus Legati Cân. 364 - O principal múnus do Legado
pontificii est ut firmiora et efficaciora in dies pontifício e tornar sempre mais firmes e
reddantur unitatis vincula, quae inter eficazes os vínculos de unidade que
Apostolicam Sedem et Ecclesias existem entre a Sé Apostólica e as Igrejas
particulares intercedunt. Ad pontificium particulares. Compete, por isso, ao Legado
ergo Legatum pertinet pro sua dicione: pontifício, no âmbito de sua jurisdição:
1° ad Apostolicam Sedem notitias 1° - informar a Sé Apostólica sobre as
mittere de condicionibus in quibus condições em que se encontram as Igrejas
versantur Ecclesiae particulares, deque particulares, e sobre o que diz respeito à
omnibus quae ipsam vitam Ecclesiae et própria vida da Igreja e ao bem das almas;
bonum animarum attingant;
2° Episcopis actione et consilio adesse, 2° - assistir, com sua atuação e
integro quidem manente eorundem conselho, aos Bispos, sem prejuízo do
legitimae potestatis exercitio; exercício do legítimo poder destes;
3° crebras fovere relationes cum 3° - estimular frequentes relações com
Episcoporum conferentia, eidem a Conferência dos Bispos, dando a ela
omnimodam operam praebendo; toda a ajuda possível;
4° ad nominationem Episcoporum quod 4° - quanto à nomeação de Bispos,
attinet, nomina candidatorum Apostolicae comunicar ou propor a Sé Apostólica os
Sedi transmittere vel proponere necnon nomes de candidatos, bem como instruir o
processum informativum de promovendis processo informativo sobre estes, de
instruere, secundum normas ab Apostolica acordo com as normas dadas pela Sé
Sede datas; Apostólica;
5° anniti ut promoveantur res quae ad 5° - esforçar-se para que se promova o
pacem, ad progressum et consociatam que diz respeito a paz, ao progresso e à
populorum operam spectant; cooperação entre os povos;
6° operam conferre cum Episcopis, ut 6° - cooperar, junto com os Bispos,
opportuna foveantur commercia inter para estimular oportuno relacionamento da
Ecclesiam catholicam et alias Ecclesias vel Igreja católica com as demais Igrejas ou
communitates ecclesiales, immo et comunidades eclesiais e com as religiões
religiones non christianas; não- cristãs;
7° ea quae pertinent ad Ecclesiae et 7° - em ação conjunta com os Bispos,
Apostolicae Sedis missionem, consociata defender, diante das Autoridades do
cum Episcopis actione, apud moderatores Estado, o que diz respeito a missão da
Civitatis tueri; Igreja e da Sé Apostólica;
8° exercere praeterea facultates et 8° - além disso, exercer as faculdades
cetera explere mandata quae ipsi ab e cumprir os outros mandatos que lhe
Apostolica Sede committantur. forem confiados pela Sé Apostólica.

Can. 365 - § 1. Legati pontificii, qui simul Cân. 365 - § 1. É, também, encargo
legationem apud Civitates iuxta iuris especial do Legado pontifício, que ao
internationalis normas exercet, munus mesmo tempo exerce legação junto aos
quoque peculiare est: Estados, de acordo com as normas do
direito internacional:
1° promovere et fovere necessitudines 1° - promover e estimular as relações
inter Apostolicam Sedem et Auctoritates entre a Sé Apostólica e as Autoridades do
Rei Publicae; Estado;
2° quaestiones pertractare quae ad 2° - tratar de questões concernentes às
relationes inter Ecclesiam et Civitatem relações entre a Igreja e o Estado e, de
pertinent; et peculiari modo agere de modo especial, preparar e pôr em prática
concordatis aliisque huiusmodi concordatas e outras convenções
conventionibus conficiendis et ad effectum similares;
deducendis.
§ 2. In negotiis, de quibus in § 1, § 2. No trato das questões mencionadas no
expediendis, prout adiuncta suadeant, § 1, conforme o aconselharem as
Legatus pontificius sententiam et consilium circunstâncias, o Legado pontifício não
Episcoporum dicionis ecclesiasticae deixe de pedir a opinião e conselho dos
exquirere ne omittat, eosque de negotiorum Bispos de sua jurisdição eclesiástica e de
cursu certiores faciat. informá-los sobre o andamento dos
negócios.
Can. 366 - Attenta peculiari Legati muneris Cân. 366 - Levando em conta a índole
indole: especial do ofício de Legado:
1° sedes Legationis pontificiae a 1°- a sede da Legação pontifícia é
potestate regiminis Ordinarii loci exempta isenta de poder de regime do Ordinário
est, nisi agatur de matrimoniis celebrandis; local, a não ser quanto à celebração de
matrimônios;
2° Legato pontificio fas est, praemonitis, 2°- avisando previamente, quanto
quantum fieri potest, locorum Ordinariis, in possível, aos Ordinários locais, é lícito ao
omnibus ecclesiis suae legationis liturgicas Legado pontifício fazer celebrações
celebrationes, etiam in pontificalibus, litúrgicas, mesmo pontificais, em todas as
peragere. igrejas de sua delegação.

Can. 367 - Pontificii Legati munus non Cân. 367 - O ofício de Legado não cessa
exspirat vacante Sede Apostolica, nisi aliud vagando a Sé Apostólica, a não ser que na
in litteris pontificiis statuatur; cessat autem carta pontifícia se determine diversamente;
expleto mandato, revocatione eidem cessa, porém, com o término do mandato,
intimata, renuntiatione a Romano Pontifice com a demissão intimada ao mesmo, com
acceptata. a renúncia aceita pelo Romano Pontífice.

SECTIO II. DE ECCLESIIS II SEÇÃO DAS IGREJAS PARTICULARES


PARTICULARIBUS DEQUE EARUNDEM E DAS ENTIDADES QUE AS
COETIBUS CONGREGAM
TITULUS I. DE ECCLESIIS TÍTULO I DAS IGREJAS PARTICULARES
PARTICULARIBUS ET DE AUCTORITATE E DA AUTORIDADE NELAS
IN IISDEM CONSTITUTA CONSTITUÍDA
CAPUT I. DE ECCLESIIS Capítulo I DAS IGREJAS PARTICULARES
PARTICULARIBUS
Can. 368 - Ecclesiae particulares, in quibus Cân. 368 - As Igrejas particulares, nas
et ex quibus una et unica Ecclesia catholica quais e das quais se constitui a una e única
exsistit, sunt imprimis dioeceses, quibus, Igreja católica, são primeiramente as
nisi aliud constet, assimilantur praelatura dioceses, às quais, se equiparam, não
territorialis et abbatia territorialis, vicariatus constando o contrário, a prelazia territorial,
apostolicus et praefectura apostolica a abadia territorial, o vicariato apostólico, a
necnon administratio apostolica stabiliter prefeitura apostólica e a administração
erecta. apostólica estavelmente erigida.

Can. 369 - Dioecesis est populi Dei portio, Cân. 369 - A diocese é uma porção do
quae Episcopo cum cooperatione povo de Deus confiada ao pastoreio do
presbyterii pascenda concreditur, ita ut, Bispo com a cooperação do presbitério, de
pastori suo adhaerens ab eoque per modo tal que, unindo-se ela a seu pastor e,
Evangelium et Eucharistiam in Spiritu pelo Evangelho e pela Eucaristia, reunida
Sancto congregata, Ecclesiam particularem por ele no Espírito Santo, constitua uma
constituat, in qua vere inest et operatur una Igreja particular, na qual está
sancta catholica et apostolica Christi verdadeiramente presente e operante a
Ecclesia. Igreja de Cristo una, santa, católica e
apostólica.

Can. 370 - Praelatura territorialis aut Cân. 370 - A prelazia territorial ou a abadia
abbatia territorialis est certa populi Dei territorial são uma determinada porção do
portio, territorialiter quidem circumscripta, povo de Deus, territorialmente delimitada,
cuius cura, specialia ob adiuncta, cujo cuidado, por circunstâncias especiais,
committitur alicui Praelato aut Abbati, qui e confiado a um Prelado ou Abade, que a
eam, ad instar Episcopi dioecesani, governa como seu próprio pastor, à
tamquam proprius eius pastor regat. semelhança do Bispo diocesano.

Can. 371 - § 1. Vicariatus apostolicus vel Cân. 371 - § 1. O vicariato apostólico e a


praefectura apostolica est certa populi Dei prefeitura apostólica são uma determinada
portio quae, ob peculiaria adiuncta, in porção do povo de Deus que, por
dioecesim nondum est constituta, quaeque circunstâncias especiais, ainda não está
pascenda committitur Vicario apostolico aut constituída como diocese, e que é confiada
Praefecto apostolico, qui eam nomine a um Vigário apostólico ou a um Prefeito
Summi Pontificis regant. apostólico, como a seu pastor, que a
governa em nome do Sumo Pontífice.
§ 2. Administratio apostolica est certa § 2. A administração apostólica e uma
populi Dei portio, quae ob speciales et determinada porção do povo de Deus que,
graves omnino rationes a Summo Pontifice por razões especiais e particularmente
in dioecesim non erigitur, et cuius cura graves, não é erigida pelo Romano
pastoralis committitur Administratori Pontífice como diocese e cujo cuidado
apostolico, qui eam nomine Summi pastoral é confiado a um Administrador
Pontificis regat. apostólico, que a governa em nome do
Sumo Pontífice.

Can. 372 - § 1. Pro regula habeatur ut Cân. 372 - § 1. Por via de regra, a porção
portio populi Dei quae dioecesim aliamve do povo de Deus, que constitui uma
Ecclesiam particularem constituat, certo diocese ou outra Igreja particular, seja
territorio circumscribatur, ita ut omnes delimitada por determinado território, de
comprehendat fideles in territorio modo a compreender todos os fiéis que
habitantes. nesse território habitam.
§ 2. Attamen, ubi de iudicio supremae § 2. Entretanto, onde a juízo da suprema
Ecclesiae auctoritatis, auditis Episcoporum autoridade da Igreja, ouvidas as
conferentiis quarum interest, utilitas id Conferências dos Bispos interessados, a
suadeat, in eodem territorio erigi possunt utilidade o aconselhar, podem-se erigir no
Ecclesiae particulares ritu fidelium aliave mesmo território Igrejas particulares,
simili ratione distinctae. distinta em razão do rito dos fiéis ou de
outra razão semelhante.

Can. 373 - Unius supremae auctoritatis est Cân. 373 - Compete exclusivamente à
Ecclesias particulares erigere; quae suprema autoridade da Igreja erigir Igrejas
legitime erectae, ipso iure personalitate particulares; e elas, legitimamente erigidas,
iuridica gaudent. gozam ipso iure de personalidade jurídica.

Can. 374 - § 1. Quaelibet dioecesis aliave Cân. 374 - § 1. Toda diocese ou outra
Ecclesia particularis dividatur in distinctas Igreja particular seja dividida em partes
partes seu paroecias. distintas ou paróquias.
§ 2. Ad curam pastoralem per communem § 2. Para promover o cuidado pastoral
actionem fovendam plures paroeciae mediante cooperação, diversas paróquias
viciniores coniungi possunt in peculiares mais próximas podem unir-se em
coetus, uti sunt vicariatus foranei. entidades especiais, como os vicariatos
forâneos.
CAPUT II. DE EPISCOPIS Capítulo II DOS BISPOS
Art. 1. DE EPISCOPIS IN GENERE Art. 1 Dos Bispos em Geral
Can. 375 - § 1. Episcopi, qui ex divina Cân. 375 - § 1. Os Bispos que, por divina
institutione in Apostolorum locum instituição, sucedem aos Apóstolos, são
succedunt per Spiritum Sanctum qui datus constituídos, pelo Espírito que lhes foi
est eis, in Ecclesia Pastores constituuntur, conferido, pastores na Igreja, a fim de
ut sint et ipsi doctrinae magistri, sacri cultus serem também eles mestres da doutrina,
sacerdotes et gubernationis ministri. sacerdotes do culto sagrado e ministros do
governo.
§ 2. Episcopi ipsa consecratione episcopali § 2. Pela própria consagração episcopal,
recipiunt cum munere sanctificandi munera os Bispos recebem, juntamente com o
quoque docendi et regendi, quae tamen múnus de santificar, também o múnus de
natura sua nonnisi in hierarchica ensinar e de governar, os quais, porém,
communione cum Collegii capite et por sua natureza não podem ser exercidos,
membris exercere possunt. a não ser em comunhão hierárquica com a
cabeça e com os membros do Colégio.

Can. 376 - Episcopi vocantur dioecesani, Cân. 376 - Chamam-se diocesanos os


quibus scilicet alicuius dioecesis cura Bispos a quem está entregue o cuidado de
commissa est; ceteri titulares appellantur. uma diocese; os demais chamam-se
titulares.

Can. 377 - § 1. Episcopos libere Summus Cân. 377 - § 1. O Sumo Pontífice nomeia
Pontifex nominat, aut legitime electos os Bispos livremente, ou confirma os que
confirmat. foram legitimamente eleitos.
§ 2. Singulis saltem trienniis Episcopi § 2. Pelo menos a cada três anos, os
provinciae ecclesiasticae vel, ubi adiuncta Bispos de uma província eclesiástica ou,
id suadeant, Episcoporum conferentiae, onde as circunstâncias o aconselhem, os
communi consilio et secreto elenchum Bispos de uma Conferência de Bispos, por
componant presbyterorum etiam sodalium meio de consulta comum e secreta, façam
institutorum vitae consecratae, ad uma lista de presbíteros, também dos que
episcopatum aptiorum, eumque são membros de institutos de vida
Apostolicae Sedi transmittant, firmo consagrada, mais aptos para o
manente iure uniuscuiusque Episcopi episcopado, e a enviem à Sé Apostólica,
Apostolicae Sedi nomina presbyterorum, mantendo-se o direito de cada Bispo
quos episcopali munere dignos et idoneos apresentar à Sé Apostólica os nomes de
putet, seorsim patefaciendi. presbíteros que julgar dignos e idôneos
para o múnus episcopal.
§ 3. Nisi aliter legitime statutum fuerit, § 3. Salvo legítima determinação em
quoties nominandus est Episcopus contrário, sempre que deva ser nomeado
dioecesanus aut Episcopus coadiutor, ad um Bispo diocesano ou Bispo coadjutor,
ternos, qui dicuntur, Apostolicae Sedi compete ao Legado pontifício, para formar
proponendos, pontificii Legati est singillatim os chamados ternos, fazer indagações
requirere et cum ipsa Apostolica Sede individualmente, e comunicar à Sé
communicare, una cum suo voto, quid Apostólica, junto com seu voto, o que
suggerant Metropolita et Suffraganei sugerirem o Metropolita e os Sufragâneos
provinciae, ad quam providenda dioecesis da província, à qual pertence ou está unida
pertinet vel quacum in coetum convenit, a diocese a ser provida, como também o
necnon conferentiae Episcoporum praeses; presidente da Conferência dos Bispos;
pontificius Legatus, insuper, quosdam e além disso, o Legado pontifício ouça
collegio consultorum et capitulo cathedrali alguns membros do colégio dos
audiat et, si id expedire iudicaverit, consultores e do cabido da catedral; se
sententiam quoque aliorum ex utroque julgar oportuno, indague, individualmente e
clero necnon laicorum sapientia em segredo, também a opinião de outros,
praestantium singillatim et secreto exquirat. de ambos os cleros, e também de leigos
eminentes em sabedoria.
§ 4. Nisi aliter legitime provisum fuerit, § 4. Salvo legítima determinação em
Episcopus dioecesanus, qui auxiliarem contrário, o Bispo diocesano que julgue ser
suae dioecesi dandum aestimet, elenchum necessário dar à sua diocese, um auxiliar,
trium saltem presbyterorum ad hoc officium proponha à Sé Apostólica uma lista de pelo
aptiorum Apostolicae Sedi proponat. menos três presbíteros mais idôneos para
esse ofício.
§ 5. Nulla in posterum iura et privilegia § 5. Doravante, não se concede às
electionis, nominationis, praesentationis vel autoridades civis nenhum direito ou
designationis Episcoporum civilibus privilégio de eleição, nomeação,
auctoritatibus conceduntur. apresentação ou designação de Bispos.

Can. 378 - § 1. Ad idoneitatem Cân. 378 - § 1. Para a idoneidade dos


candidatorum Episcopatus requiritur ut quis candidatos ao Episcopado, requer-se que:
sit:
1° firma fide, bonis moribus, pietate, 1°- se destaque pela fé sólida, bons
animarum zelo, sapientia, prudentia et costumes, piedade, zelo pelas almas,
virtutibus humanis excellens, ceterisque sabedoria, prudência e virtudes humanas,
dotibus praeditus quae ipsum aptum e seja também dotado de todas as outras
efficiant ad officium de quo agitur qualidades que o tornem capacitado para o
explendum; desempenho do ofício em questão;
2° bona exsistimatione gaudens; 2°- goze de boa reputação;
3° annos natus saltem triginta quinque; 3°- tenha pelo menos trinta e cinco
anos de idade;
4° a quinquennio saltem in 4°- seja presbítero ordenado há cinco
presbyteratus ordine constitutus; anos, pelo menos;
5° laurea doctoris vel saltem licentia in 5°- tenha conseguido a láurea de
sacra Scriptura, theologia aut iure canonico doutor, ou pelo menos a licença em
potitus in instituto studiorum superiorum a Sagrada Escritura, teologia ou direito
Sede Apostolica probato, vel saltem in canônico, num instituto de estudos
iisdem disciplinis vere peritus. superiores aprovado pela Sé Apostólica, ou
pelo menos seja verdadeiramente perito
em tais disciplinas.
§ 2. Iudicium definitivum de promovendi § 2. Compete à Sé Apostólica o juízo
idoneitate ad Apostolicam Sedem pertinet. definitivo sobre a idoneidade do candidato.

Can. 379 - Nisi legitimo detineatur Cân. 379 - A não ser que esteja
impedimento, quicumque ad Episcopatum legitimamente impedido, quem foi
promotus debet intra tres menses ab promovido ao Episcopado deve receber a
acceptis apostolicis litteris consecrationem consagração episcopal no prazo de três
episcopalem recipere, et quidem antequam meses após a recepção dos documentos
officii sui possessionem capiat. apostólicos e antes de tomar posse de seu
ofício.

Can. 380 - Antequam canonicam Cân. 380 - Antes de tomar posse de seu
possessionem sui officii capiat, promotus ofício, quem foi promovido faça a profissão
fidei professionem emittat atque de fé e o juramento de fidelidade à Sé
iusiurandum fidelitatis erga Apostolicam Apostólica, de acordo com a fórmula por
Sedem praestet secundum formulam ab ela aprovada.
eadem Apostolica Sede probatam.

Art. 2. DE EPISCOPIS DIOECESANIS Art. 2 Dos Bispos Diocesanos


Can. 381 - § 1. Episcopo dioecesano in Cân. 381 - § 1. Compete ao Bispo
dioecesi ipsi commissa omnis competit diocesano, na diocese que lhe foi confiada,
potestas ordinaria, propria et immediata, todo o poder ordinário, próprio e imediato,
quae ad exercitium eius muneris pastoralis que se requer para o exercício de seu
requiritur, exceptis causis quae iure aut múnus pastoral, com exceção das causas
Summi Pontificis decreto supremae aut alii que forem reservadas, pelo direito ou por
auctoritati ecclesiasticae reserventur. decreto do Sumo Pontífice, à suprema ou a
outra autoridade eclesiástica.
§ 2. Qui praesunt aliis communitatibus § 2. No direito, equiparam-se ao Bispo
fidelium, de quibus in can. 368, Episcopo diocesano os que presidem a outras
dioecesano in iure aequiparantur, nisi ex rei comunidades de fiéis mencionadas no
natura aut iuris praescripto aliud appareat. cân.368, a não ser que outra coisa se
depreenda pela sua natureza ou por
prescrição do direito.

Can. 382 - § 1. Episcopus promotus in Cân. 382 - § 1. O Bispo promovido não


exercitium officii sibi commissi sese pode ingerir-se no exercício do cargo que
ingerere nequit, ante captam dioecesis lhe foi confiado, antes de ter tomado posse
canonicam possessionem; exercere tamen canônica da diocese; mas pode
valet officia, quae in eadem dioecesi desempenhar os ofícios que já tinha na
tempore promotionis iam retinebat, firmo diocese no tempo da promoção, salva a
praescripto can. 409, § 2. prescrição do cân. 409 § 2.
§ 2. Nisi legitimo detineatur impedimento, § 2. A não ser que esteja legitimamente
promotus ad officium Episcopi dioecesani impedido, o promovido ao ofício de Bispo
debet canonicam suae dioecesis diocesano deve tomar posse de sua
possessionem capere, si iam non sit diocese dentro do prazo de quatro meses
consecratus Episcopus, intra quattuor após receber os documentos apostólicos,
menses a receptis apostolicis litteris; si iam se ainda não é consagrado Bispo; se já
sit consecratus, intra duos menses ab estiver consagrado, dentro do prazo de
iisdem receptis. dois meses após têlos recebido.
§ 3. Canonicam dioecesis possessionem § 3. O Bispo toma posse canônica da
capit Episcopus simul ac in ipsa dioecesi, diocese ao apresentar na diocese os
per se vel per procuratorem, apostolicas documentos apostólicos, pessoalmente ou
litteras collegio consultorum ostenderit, por procurador, ao colégio dos consultores,
praesente curiae cancellario, qui rem in estando presente o chanceler da cúria, que
acta referat, aut, in dioecesibus noviter deve lavrar o fato em ata; nas dioceses
erectis, simul ac clero populoque in recém- erigidas, no momento em que fizer
ecclesia cathedrali praesenti earundem notificar esses documentos ao clero e ao
litterarum communicationem procuraverit, povo presente na igreja catedral, devendo
presbytero inter praesentes seniore in acta o presbítero mais idoso entre os presentes
referente. lavrar o fato em ata.
§ 4. Valde commendatur ut captio § 4. Recomenda-se vivamente que a
canonicae possessionis cum actu liturgico tomada de posse canônica se realize na
in ecclesia cathedrali fiat, clero et populo igreja catedral, em ato litúrgico, com a
adstantibus. presença do clero e do povo.

Can. 383 - § 1. In exercendo munere Cân. 383 - § 1. No desempenho de seu


pastoris, Episcopus dioecesanus sollicitum múnus de pastor, o Bispo diocesano se
se praebeat erga omnes christifideles qui mostre solicito com todos os fiéis confiados
suae curae committuntur, cuiusvis sint a seus cuidados de qualquer idade,
aetatis, condicionis vel nationis, tum in condição ou nacionalidade, residentes no
territorio habitantes tum in eodem ad território ou que nele se encontrem
tempus versantes, animum intendens temporariamente, preocupando-se
apostolicum ad eos etiam qui ob vitae suae apostolicamente com aqueles que, por sua
condicionem ordinaria cura pastorali non condição de vida, não possam usufruir
satis frui valeant necnon ad eos qui a suficientemente do cuidado pastoral
religionis praxi defecerint. ordinário, e com aqueles que se afastaram
da prática religiosa.
§ 2. Fideles diversi ritus in sua dioecesi si § 2. Se tiver fiéis de rito diverso na sua
habeat, eorum spiritualibus necessitatibus diocese, atenda a suas necessidades
provideat sive per sacerdotes aut paroecias espirituais por meio de sacerdotes ou
eiusdem ritus, sive per Vicarium paróquias desse rito, ou por meio de um
episcopalem. Vigário episcopal.
§ 3. Erga fratres, qui in plena communione § 3. Proceda com humanidade e caridade
cum Ecclesia catholica non sint, cum em relação aos que não estão em plena
humanitate et caritate se gerat, comunhão com a Igreja católica,
oecumenismum quoque fovens prout ab incentivando também o ecumenismo, como
Ecclesia intellegitur. é entendido pela Igreja.
§ 4. Commendatos sibi in Domino habeat § 4. Considere confiados a si pelo Senhor
non baptizatos, ut et ipsis caritas eluceat os não batizados, a fim de que também
Christi, cuius testis coram omnibus para eles brilhe a caridade de Cristo, de
Episcopus esse debet. quem deve o Bispo ser testemunha diante
de todos.

Can. 384 - Episcopus dioecesanus Cân. 384 - O Bispo diocesano dedique


peculiari sollicitudine prosequatur especial solicitude aos presbíteros, a quem
presbyteros, quos tamquam adiutores et deve ouvir como auxiliares e conselheiros,
consiliarios audiat, eorum iura tutetur et defender-lhes os direitos e cuidar que
curet ut ipsi obligationes suo statui proprias cumpram devidamente as obrigações
rite adimpleant iisdemque praesto sint próprias do seu estado e que estejam ao
media et institutiones, quibus ad vitam alcance deles os meios e instituições de
spiritualem et intellectualem fovendam que tenham necessidade para alimentar
egeant; item curet ut eorum honestae sua vida espiritual e intelectual; cuide
sustentationi atque assistentiae sociali, ad igualmente que se assegure a eles honesto
normam iuris, prospiciatur. sustento e assistência social, de acordo
com o direito.
Can. 385 - Episcopus dioecesanus Cân. 385 - O Bispo diocesano incentive ao
vocationes ad diversa ministeria et ad máximo as vocações para os diversos
vitam consecratam quam maxime foveat, ministérios e para a vida consagrada,
speciali cura vocationibus sacerdotalibus et tendo especial cuidado com as vocações
missionalibus adhibita. sacerdotais e missionárias.

Can. 386 - § 1. Veritates fidei credendas et Cân. 386 - § 1. O Bispo diocesano é


moribus applicandas Episcopus obrigado a propor e explicar aos fiéis as
dioecesanus fidelibus proponere et verdades que se devem crer e aplicar aos
illustrare tenetur, per se ipse frequenter costumes, pregando pessoalmente com
praedicans; curet etiam ut praescripta freqüência; cuide também que sejam
canonum de ministerio verbi, de homilia observadas com diligência as prescrições
praesertim et catechetica institutione dos cânones sobre o ministério da palavra,
sedulo serventur, ita ut universa doctrina principalmente a homilia e a instrução
christiana omnibus tradatur. catequética, a fim de que toda a doutrina
cristã seja ministrada a todos.
§ 2. Integritatem et unitatem fidei § 2. Defenda com firmeza a integridade e
credendae mediis, quae aptiora videantur, unidade da fé, empregando os meios que
firmiter tueatur, iustam tamen libertatem parecerem mais adequados,
agnoscens in veritatibus ulterius reconhecendo, porém, a justa liberdade na
perscrutandis. investigação mais profunda da verdade.

Can. 387 - Episcopus dioecesanus, cum Cân. 387 - O Bispo diocesano, lembrando
memor sit se obligatione teneri exemplum que está obrigado a dar exemplo de
sanctitatis praebendi in caritate, humilitate santidade na caridade, na humildade e na
et vitae simplicitate, omni ope promovere simplicidade de vida, empenhe-se em
studeat sanctitatem christifidelium promover, com todos os meios, a
secundum uniuscuiusque propriam santidade dos fiéis, de acordo com a
vocationem atque, cum sit praecipuus vocação própria de cada um e, sendo o
mysteriorum Dei dispensator, iugiter principal dispensador dos mistérios de
annitatur ut christifideles suae curae Deus, se esforce continuamente para que
commissi sacramentorum celebratione in os fiéis confiados a seus cuidados cresçam
gratia crescant utque paschale mysterium na graça mediante a celebração dos
cognoscant et vivant. sacramentos, e conheçam e vivam o
mistério pascal.

Can. 388 - § 1. Episcopus dioecesanus, Cân. 388 - § 1. O Bispo diocesano, depois


post captam dioecesis possessionem, de ter tomado posse da diocese, deve
debet singulis diebus dominicis aliisque aplicar a missa pelo povo que lhe foi
diebus festis de praecepto in sua regione confiado, em todos os domingos e nas
Missam pro populo sibi commisso outras festas de preceito em sua região.
applicare.
§ 2. Episcopus Missam pro populo diebus, § 2. O Bispo deve celebrar e aplicar
de quibus in § 1, per se ipse celebrare et pessoalmente a missa pelo povo nos dias
applicare debet; si vero ab hac celebratione mencionados no § 1; no entanto, se estiver
legitime impediatur, iisdem diebus per legitimamente impedido de celebrá-la,
alium, vel aliis diebus per se ipse applicet. aplique- a nesses mesmos dias por
intermédio de outros, ou pessoalmente em
outros dias.
§ 3. Episcopus cui praeter propriam § 3. O Bispo, a quem estão confiadas,
dioecesim aliae, titulo etiam além da própria, outras dioceses, também
administrationis, sunt commissae, a título de administração, satisfaz à
obligationi satisfacit unam Missam pro obrigação aplicando uma só missa por todo
universo populo sibi commisso applicando. o povo que lhe está confiado.
§ 4. Episcopus qui obligationi, de qua in § 4. O Bispo que não tenha satisfeito à
§§ 1-3, non satisfecerit, quam primum pro obrigação mencionada nos §§ 1-3 aplique
populo tot Missas applicet quot omiserit. quanto antes tantas missas pelo povo,
quantas tiver omitido.

Can. 389 - Frequenter praesit in ecclesia Cân. 389 - Presida freqüentemente, na


cathedrali aliave ecclesia suae dioecesis igreja catedral ou em outra igreja da sua
sanctissimae Eucharistiae celebrationi, in diocese, à celebração da santíssima
festis praesertim de praecepto aliisque Eucaristia, principalmente nas festas de
sollemnitatibus. preceito e outras solenidades.

Can. 390 - Episcopus dioecesanus in Cân. 390 - O Bispo diocesano pode


universa sua dioecesi pontificalia exercere celebrar funções pontificais em toda a sua
potest; non vero extra propriam dioecesim diocese; não, porém, fora da própria
sine expresso vel saltem rationabiliter diocese, sem o consentimento expresso,
praesumpto Ordinarii loci consensu. ou pelo menos razoavelmente presumido,
do Ordinário local.

Can. 391 - § 1. Episcopi dioecesani est Cân. 391 - § 1. Compete ao Bispo


Ecclesiam particularem sibi commissam diocesano governar a Igreja particular que
cum potestate legislativa, exsecutiva et lhe é confiada, com poder legislativo,
iudiciali regere, ad normam iuris. executivo e judiciário, de acordo com o
direito.
§ 2. Potestatem legislativam exercet ipse § 2. O Bispo mesmo exerce o poder
Episcopus; potestatem exsecutivam legislativo; exerce o poder executivo
exercet sive per se sive per Vicarios pessoalmente ou por meio dos Vigários
generales aut episcopales ad normam iuris; gerais ou episcopais, de acordo com o
potestatem iudicialem sive per se sive per direito; exerce o poder judiciário
Vicarium iudicialem et iudices ad normam pessoalmente ou por meio do Vigário
iuris. judicial e dos juízes, de acordo com o
direito.

Can. 392 - § 1. Ecclesiae universae Cân. 392 - § 1. Devendo defender a


unitatem cum tueri debeat, Episcopus unidade da Igreja universal, o Bispo é
disciplinam cunctae Ecclesiae communem obrigado a promover a disciplina comum a
promovere et ideo observantiam omnium toda a Igreja, e, por isso, urgir a
legum ecclesiasticarum urgere tenetur. observância de todas as leis eclesiásticas.
§ 2. Advigilet ne abusus in ecclesiasticam § 2. Vigie para que não se introduzam
disciplinam irrepant, praesertim circa abusos na disciplina eclesiástica,
ministerium verbi, celebrationem principalmente no ministério da palavra, na
sacramentorum et sacramentalium, cultum celebração dos sacramentos e
Dei et Sanctorum, necnon bonorum sacramentais, no culto de Deus e dos
administrationem. Santos e na administração dos bens.

Can. 393 - In omnibus negotiis iuridicis Cân. 393 - Em todos os negócios jurídicos
dioecesis, Episcopus dioecesanus eiusdem da diocese, o Bispo diocesano a
personam gerit. representa.

Can. 394 - § 1. Varias apostolatus rationes Cân. 394 - § 1. O Bispo incentive na


in dioecesi foveat Episcopus, atque curet ut diocese as diversas modalidades de
in universa dioecesi, vel in eiusdem apostolado e cuide que em toda a diocese,
particularibus districtibus, omnia ou em suas regiões particulares, todas as
apostolatus opera, servata uniuscuiusque obras de apostolado sejam coordenadas
propria indole, sub suo moderamine sob sua direção, conservando cada qual
coordinentur. sua própria índole.
§ 2. Urgeat officium, quo tenentur fideles § 2. Urja o dever que têm os fiéis de
ad apostolatum pro sua cuiusque exercer o apostolado, de acordo com a
condicione et aptitudine exercendum, atque condição e capacidade de cada um, e
ipsos adhortetur ut varia opera apostolatus, exorte-os a que participem e ajudem nas
secundum necessitates loci et temporis, diversas obras de apostolado, conforme as
participent et iuvent. necessidades de lugar e tempo.

Can. 395 - § 1. Episcopus dioecesanus, Cân. 395 - § 1. O Bispo diocesano, mesmo


etiamsi coadiutorem aut auxiliarem habeat, que tenha coadjutor ou auxiliar, é obrigado
tenetur lege personalis in dioecesi à lei de residência pessoal na diocese.
residentiae.
§ 2. Praeterquam causa visitationis § 2. Salvo por causa da visita ad limina, ou
Sacrorum Liminum, vel Conciliorum, dos Concílios, do Sínodo dos Bispos, da
Episcoporum synodi, Episcoporum Conferência dos Bispos, de que deve
conferentiae, quibus interesse debet, participar, ou de outro ofício que lhe tenha
aliusve officii sibi legitime commissi, a sido legitimamente confiado, pode ausentar-
dioecesi aequa de causa abesse potest se da diocese por justa causa, não mais de
non ultra mensem, sive continuum sive um mês contínuo ou intermitente, contanto
intermissum, dummodo cautum sit ne ex que se assegure que a diocese não fique
eius absentia dioecesis quidquam prejudicada com sua ausência.
detrimenti capiat.
§ 3. A dioecesi ne absit diebus Nativitatis, § 3. Não se ausente da diocese nos dias
Hebdomadae Sanctae et Resurrectionis de Natal, da Semana Santa e da
Domini, Pentecostes et Corporis et Ressurreição do Senhor, de Pentecostes e
Sanguinis Christi, nisi ex gravi urgentique do Corpo e Sangue de Cristo, salvo por
causa. causa urgente e grave.
§ 4. Si ultra sex menses Episcopus a § 4. Se o Bispo se ausentar ilegitimamente
dioecesi illegitime abfuerit, de eius absentia da diocese por mais de seis meses, o
Metropolita Sedem Apostolicam certiorem Metropolita informe de sua ausência à Sé
faciat; quod si agatur de Metropolita, idem Apostólica; tratando-se do Metropolita, faça
faciat antiquior suffraganeus. isso o sufragâneo mais antigo.

Can. 396 - § 1. Tenetur Episcopus Cân. 396 - § 1. O Bispo é obrigado a visitar


obligatione dioecesis vel ex toto vel ex cada ano a diocese, total ou parcialmente,
parte quotannis visitandae, ita ut singulis de modo que visite a diocese toda ao
saltem quinquenniis universam dioecesim, menos cada cinco anos, por si ou, estando
ipse per se vel, si legitime fuerit impeditus, legitimamente impedido, pelo Bispo
per Episcopum coadiutorem, aut per coadjutor, pelo auxiliar, pelo Vigário geral
auxiliarem, aut per Vicarium generalem vel ou episcopal, ou por outro presbítero.
episcopalem, aut per alium presbyterum
visitet.
§ 2. Fas est Episcopo sibi eligere quos § 2. É lícito ao Bispo escolher os clérigos
maluerit clericos in visitatione comites que preferir como acompanhantes ou
atque adiutores, reprobato quocumque ajudantes na visita, reprovando-se
contrario privilegio vel consuetudine. qualquer privilégio ou costume contrário.

Can. 397 - § 1. Ordinariae episcopali Cân. 397 - § 1. Estão sujeitos à visita


visitationi obnoxiae sunt personae, instituta episcopal ordinária as pessoas, as
catholica, res et loca sacra, quae intra instituições católicas, as coisas e os
dioecesis ambitum continentur. lugares sagrados que se encontram no
âmbito da diocese.
§ 2. Sodales institutorum religiosorum iuris § 2. O Bispo pode visitar os membros dos
pontificii eorumque domos Episcopus institutos religiosos de direito pontifício e as
visitare potest in casibus tantum iure suas casas, só nos casos expressos pelo
expressis. direito.

Can. 398 - Studeat Episcopus debita cum Cân. 398 - O Bispo se esforce para realizar
diligentia pastoralem visitationem a visita pastoral com a devida diligência;
absolvere; caveat ne superfluis sumptibus tome cuidado para não ser de peso a quem
cuiquam gravis onerosusve sit. quer que seja, com gastos supérfluos.

Can. 399 - § 1. Episcopus dioecesanus Cân. 399 - § 1. O Bispo diocesano tem


tenetur singulis quinquenniis relationem obrigação de apresentar ao Sumo
Summo Pontifici exhibere super statu Pontífice, cada cinco anos, um relatório,
dioecesis sibi commissae, secundum sobre a situação da diocese que lhe está
formam et tempus ab Apostolica Sede confiada, de acordo com o modo e tempo
definita. determinados pela Sé Apostólica.
§ 2. Si annus pro exhibenda relatione § 2. Se o ano determinado para a
determinatus ex toto vel ex parte inciderit in apresentação do relatório coincidir, total ou
primum biennium ab inito dioecesis parcialmente, com o primeiro biênio após o
regimine, Episcopus pro ea vice a início do seu governo da diocese, o Bispo,
conficienda et exhibenda relatione por essa vez, pode deixar de preparar e
abstinere potest. apresentar o relatório.

Can. 400 - § 1. Episcopus dioecesanus, eo Cân. 400 - § 1. No ano em que é obrigado


anno quo relationem Summo Pontifici a apresentar o relatório ao Sumo Pontífice,
exhibere tenetur, nisi aliter ab Apostolica salvo determinação contrária da Sé
Sede statutum fuerit, ad Urbem, Beatorum Apostólica, o Bispo diocesano deve ir a
Apostolorum Petri et Pauli sepulcra Roma para venerar os sepulcros dos
veneraturus, accedat et Romano Pontifici Apóstolos Pedro e Paulo e apresentar-se
se sistat. ao Romano Pontífice.
§ 2. Episcopus praedictae obligationi per se § 2. O Bispo deve cumprir essa obrigação
ipse satisfaciat, nisi legitime sit impeditus; pessoalmente, a não ser que esteja
quo in casu eidem satisfaciat per legitimamente impedido; nesse caso, deve
coadiutorem, si quem habeat, vel cumpri-la por meio do coadjutor ou auxiliar,
auxiliarem, aut per idoneum sacerdotem se o tiver, ou de um sacerdote idôneo de
sui presbyterii, qui in sua dioecesi resideat. seu presbitério, residente na diocese.
§ 3. Vicarius apostolicus huic obligationi § 3. O Vigário apostólico pode cumprir
satisfacere potest per procuratorem etiam essa obrigação por procurador, mesmo
in Urbe degentem; Praefectus apostolicus residente em Roma; o Prefeito apostólico
hac obligatione non tenetur. não está obrigado a isso.

Can. 401 - § 1. Episcopus dioecesanus, qui Cân. 401 - § 1. O Bispo diocesano, que
septuagesimum quintum aetatis annum tiver completado setenta e cinco anos de
expleverit, rogatur ut renuntiationem ab idade, é solicitado a apresentar a renúncia
officio exhibeat Summo Pontifici, qui do ofício ao Sumo Pontífice, que,
omnibus inspectis adiunctis providebit. ponderando todas as circunstâncias,
tomará providências.
§ 2. Enixe rogatur Episcopus dioecesanus, § 2. O Bispo diocesano que, por doença ou
qui ob infirmam valetudinem aliamve por outra causa grave, se tiver tornado
gravem causam officio suo adimplendo menos capacitado para cumprir seu ofício,
minus aptus evaserit, ut renuntiationem ab é vivamente solicitado a apresentar a
officio exhibeat. renúncia do ofício.

Can. 402 - § 1. Episcopus, cuius Cân. 402 - § 1. O Bispo, cuja renúncia do


renuntiatio ab officio acceptata fuerit, ofício tiver sido aceita, conserva o título de
titulum emeriti suae dioecesis retinet, atque Bispo emérito de sua diocese e, se o
habitationis sedem, si id exoptet, in ipsa quiser, pode conservar sua residência na
dioecesi servare potest, nisi certis in própria diocese, a não ser que, por
casibus ob specialia adiuncta ab Apostolica circunstâncias especiais, em determinados
Sede aliter provideatur. casos, a Santa Sé determine o contrário.
§ 2. Episcoporum conferentia curare debet § 2. A conferência dos Bispos deve cuidar
ut congruae et dignae Episcopi renuntiantis que se assegure o digno sustento do Bispo
sustentationi provideatur, attenta quidem renunciante, tendo- se em conta a
primaria obligatione, qua tenetur dioecesis obrigação primária que incumbe à diocese
cui ipse inservivit. à qual ele serviu.

Art. 3. DE EPISCOPIS COADIUTORIBUS Art. 3 Dos Bispos Coadjutores e Auxiliares


ET AUXILIARIBUS
Can. 403 - § 1. Cum pastorales dioecesis Cân. 403 - § 1. Quando as necessidades
necessitates id suadeant, unus vel plures pastorais da diocese o aconselharem,
Episcopi auxiliares, petente Episcopo sejam constituídos um ou vários Bispos
dioecesano, constituantur; Episcopus auxiliares, a pedido do Bispo diocesano; o
auxiliaris iure successionis non gaudet. Bispo auxiliar não tem direito de sucessão.
§ 2. Gravioribus in adiunctis, etiam indolis § 2. Em circunstâncias mais graves,
personalis, Episcopo dioecesano dari mesmo de caráter pessoal, pode-se dar ao
potest Episcopus auxiliaris specialibus Bispo diocesano um Bispo auxiliar com
instructus facultatibus. faculdades especiais.
§ 3. Sancta Sedes, si magis opportunum id § 3. Se isso lhe parecer mais oportuno,
ipsi videatur, ex officio constituere potest pode a Santa Sé constituir de ofício um
Episcopum coadiutorem, qui et ipse Bispo coadjutor, também com faculdades
specialibus instruitur facultatibus; especiais; o Bispo coadjutor tem direito de
Episcopus coadiutor iure successionis sucessão.
gaudet.

Can. 404 - § 1. Episcopus coadiutor officii Cân. 404 - § 1. O Bispo coadjutor toma
sui possessionem capit, cum litteras posse de seu ofício quando apresenta,
apostolicas nominationis, per se vel per pessoalmente ou por procurador, o
procuratorem, ostenderit Episcopo documento apostólico de nomeação ao
dioecesano atque collegio consultorum, Bispo diocesano e ao colégio dos
praesente curiae cancellario, qui rem in consultores, estando presente o chanceler
acta referat. da cúria que deve lavrar o fato em ata.
§ 2. Episcopus auxiliaris officii sui § 2. O Bispo auxiliar toma posse de seu
possessionem capit, cum litteras ofício quando apresenta o documento
apostolicas nominationis ostenderit apostólico de nomeação ao Bispo
Episcopo dioecesano, praesente curiae diocesano, estando presente o chanceler
cancellario, qui rem in acta referat. da cúria que deve lavrar o fato em ata.
§ 3. Quod si Episcopus dioecesanus plene § 3. Se o Bispo diocesano estiver
sit impeditus, sufficit ut tum Episcopus totalmente impedido, é suficiente que o
coadiutor, tum Episcopus auxiliaris litteras Bispo coadjutor ou Bispo auxiliar apresente
apostolicas nominationis ostendant collegio o documento apostólico de nomeação
consultorum, praesente curiae cancellario. somente ao colégio dos consultores,
estando presente o chanceler da cúria.

Can. 405 - § 1. Episcopus coadiutor, Cân. 405 - § 1. O Bispo coadjutor e o Bispo


itemque Episcopus auxiliaris, obligationes auxiliar têm as obrigações e direitos que se
et iura habent quae determinantur determinam nas prescrições dos cânones
praescriptis canonum qui sequuntur, atque seguintes e os que são definidos no
in litteris suae nominationis definiuntur. documento da sua nomeação.
§ 2. Episcopus coadiutor et Episcopus § 2. O Bispo coadjutor e o Bispo auxiliar
auxiliaris, de quo in can. 403, § 2, Episcopo mencionado no cân.403 § 2, assistem ao
dioecesano in universo dioecesis regimine Bispo em todo o governo da diocese e o
adstant atque eiusdem absentis vel substituem, na sua ausência ou
impediti vices supplent. impedimento.

Can. 406 - § 1. Episcopus coadiutor, Cân. 406 - § 1. O Bispo coadjutor, como


itemque Episcopus auxiliaris, de quo in também o Bispo auxiliar mencionado no
can. 403, § 2, ab Episcopo dioecesano cân.403 § 2, sejam constituídos Vigários
Vicarius generalis constituatur; insuper ipsi gerais pelo Bispo diocesano; além disso,
prae ceteris Episcopus dioecesanus de preferência a outros, o Bispo diocesano
committat quae ex iure mandatum speciale confie a eles tudo o que por direito requer
requirant. mandato especial.
§ 2. Nisi in litteris apostolicis aliud provisum § 2. A não ser que no documento
fuerit et firmo praescripto § 1, Episcopus apostólico tenha sido determinado o
dioecesanus auxiliarem vel auxiliares suos contrário, e salva a prescrição do § 1, o
constituat Vicarios generales vel saltem Bispo diocesano constitua a auxiliar ou
Vicarios episcopales, ab auctoritate sua, auxiliares, como Vigários gerais ou ao
aut Episcopi coadiutoris vel Episcopi menos Vigários episcopais, dependentes
auxiliaris de quo in can. 403, § 2, dumtaxat só da sua autoridade ou do Bispo coadjutor
dependentes. ou do Bispo auxiliar mencionado no cân.
403 § 2.

Can. 407 - § 1. Ut quam maxime praesenti Cân. 407 - § 1. Para favorecer ao máximo
et futuro dioecesis bono faveatur, o bem presente e futuro da diocese, o
Episcopus dioecesanus, coadiutor atque Bispo diocesano, o Bispo coadjutor e o
Episcopus auxiliaris de quo in can. 403, Bispo auxiliar mencionado no cân. 403 § 2,
§ 2, in rebus maioris momenti sese invicem consultem-se reciprocamente nas questões
consulant. de maior importância
§ 2. Episcopus dioecesanus in § 2. O Bispo diocesano, na apreciação dos
perpendendis causis maioris momenti, assuntos de maior importância,
praesertim indolis pastoralis, Episcopos principalmente de índole pastoral, queira
auxiliares prae ceteris consulere velit. consultar os Bispos auxiliares, antes de
outros.
§ 3. Episcopus coadiutor et Episcopus § 3. O Bispo coadjutor ou o Bispo auxiliar,
auxiliaris, quippe qui in partem sollicitudinis enquanto chamados para participar da
Episcopi dioecesani vocati sint, munia sua solicitude do Bispo diocesano,
ita exerceant, ut concordi cum ipso opera desempenham seu múnus de modo a
et animo procedant. procederem concordes com ele em
trabalho e espírito.

Can. 408 - § 1. Episcopus coadiutor et Cân. 408 - § 1. O Bispo coadjutor e o Bispo


Episcopus auxiliaris, iusto impedimento auxiliar, que não estejam justamente
non detenti, obligantur ut, quoties impedidos, são obrigados, sempre que
Episcopus dioecesanus id requirat, forem solicitados pelo Bispo diocesano, a
pontificalia et alias functiones obeant, ad celebrar funções pontificais e outras, a que
quas Episcopus dioecesanus tenetur. o Bispo diocesano é obrigado.
§ 2. Quae episcopalia iura et functiones § 2. O Bispo diocesano não confie
Episcopus coadiutor aut auxiliaris potest habitualmente a outros os direitos e
exercere, Episcopus dioecesanus funções episcopais que o Bispo coadjutor
habitualiter alii ne committat. ou auxiliar pode desempenhar.

Can. 409 - § 1. Vacante sede episcopali, Cân. 409 - § 1. Ficando vacante a sé


Episcopus coadiutor statim fit Episcopus episcopal, o Bispo coadjutor torna-se
dioecesis pro qua fuerat constitutus, imediatamente Bispo da diocese para a
dummodo possessionem legitime ceperit. qual fora constituído, contanto que tenha
tomado posse legitimamente.
§ 2. Vacante sede episcopali, nisi aliud a § 2. Ficando vacante a sé episcopal, salvo
competenti auctoritate statutum fuerit, determinação contrária da autoridade
Episcopus auxiliaris, donec novus competente, o Bispo auxiliar, enquanto o
Episcopus possessionem sedis ceperit, novo Bispo não tiver tomado posse da sé,
omnes et solas servat potestates et conserva todos e somente os poderes e
facultates quibus sede plena, tamquam faculdades de que gozava como Vigário
Vicarius generalis vel tamquam Vicarius geral ou como Vigário episcopal, estando
episcopalis, gaudebat; quod si ad munus provida a sé; não tendo sido designado
Administratoris dioecesani non fuerit para o ofício de Administrador diocesano,
designatus, eandem suam potestatem, a exerça esse seu poder, conferido pelo
iure quidem collatam, exerceat sub direito, sob a autoridade do Administrador
auctoritate Administratoris dioecesani, qui diocesano que está à frente do governo da
regimini dioecesis praeest. diocese.

Can. 410 - Episcopus coadiutor et Cân. 410 - O Bispo coadjutor e o Bispo


Episcopus auxiliaris obligatione tenentur, auxiliar têm obrigação, como o Bispo
sicut et ipse Episcopus dioecesanus, diocesano, de residir na diocese; dela não
residendi in dioecesi; a qua, praeterquam se ausentem senão por breve tempo, salvo
ratione alicuius officii extra dioecesim em do desempenho de algum dever fora
implendi aut feriarum causa, quae ultra da diocese ou por motivo de férias, que
mensem ne protrahantur, nonnisi ad breve não se alonguem por mais de um mês.
tempus discedant.

Can. 411 - Episcopo coadiutori et auxiliari, Cân. 411 - Ao Bispo coadjutor e auxiliar, no
ad renuntiationem ab officio quod attinet, que se refere à renúncia ao ofício, aplicam-
applicantur praescripta cann. 401 et 402, se as prescrições dos cân. 401 e 402 § 2.
§ 2.

CAPUT III. DE SEDE IMPEDITA ET DE Capítulo III DA SÉ IMPEDIDA E SÉ


SEDE VACANTE VACANTE
Art. 1. DE SEDE IMPEDITA Art. 1 Da Sé Impedida
Can. 412 - Sedes episcopalis impedita Cân. 412 - A sé episcopal se considera
intellegitur, si captivitate, relegatione, impedida se o Bispo diocesano, por motivo
exsilio aut inhabilitate Episcopus de prisão, confinamento, exílio ou
dioecesanus plane a munere pastorali in incapacidade, ficar totalmente impedido de
dioecesi procurando praepediatur, ne per exercer o múnus pastoral na diocese, não
litteras quidem valens cum dioecesanis podendo comunicar-se com seus
communicare. diocesanos nem sequer por carta.

Can. 413 - § 1. Sede impedita, regimen Cân. 413 - § 1. Ficando a sé impedida, a


dioecesis, nisi aliter Sancta Sedes não ser que a Santa Sé tenha
providerit, competit Episcopo coadiutori, si providenciado de outro modo, o governo da
adsit; eo deficiente aut impedito, alicui diocese compete ao Bispo coadjutor, se
Episcopo auxiliari aut Vicario generali vel houver; na falta ou impedimento dele, a um
episcopali aliive sacerdoti, servato Bispo auxiliar ou a um Vigário geral ou
personarum ordine statuto in elencho ab episcopal, ou a um sacerdote, observando-
Episcopo dioecesano quam primum a se a ordem das pessoas estabelecida na
capta dioecesis possessione componendo; lista que o Bispo diocesano deve preparar
qui elenchus cum Metropolita o quanto antes, depois de ter tomado
communicandus singulis saltem trienniis posse da diocese; essa lista, que deve ser
renovetur atque a cancellario sub secreto comunicada ao Metropolita, seja renovada,
servetur. pelo menos a cada três anos, e
conservada sob segredo pelo chanceler.
§ 2. Si deficiat aut impediatur Episcopus § 2. Se faltar ou estiver impedido o Bispo
coadiutor atque elenchus, de quo in § 1, coadjutor e não houver a lista mencionada
non suppetat, collegii consultorum est no § 1, cabe ao colégio dos consultores
sacerdotem eligere, qui dioecesim regat. eleger o sacerdote que governe a diocese.
§ 3. Qui dioecesis regimen, ad normam § 3. Quem tiver assumido o governo da
§§ 1 vel 2, susceperit, quam primum diocese de acordo com os §§ 1 e 2, deve
Sanctam Sedem moneat de sede impedita informar a Santa Sé, o quanto antes, que a
ac de suscepto munere. sé está impedida e que ele assumiu o
ofício.

Can. 414 - Quilibet ad normam can. 413 Cân. 414 - Qualquer um que tenha sido
vocatus ut ad interim dioecesis curam chamado, de acordo com o cân. 413, a
pastoralem gerat pro tempore quo sedes assumir provisoriamente o cuidado pastoral
impeditur tantum, in cura pastorali da diocese somente durante o tempo em
dioecesis exercenda tenetur obligationibus que a sé está impedida, tem, no exercício
atque potestate gaudet, quae iure desse cuidado pastoral, os deveres e o
Administratori dioecesano competunt. poder que, pelo direito, competem ao
Administrador diocesano.

Can. 415 - Si Episcopus dioecesanus Cân. 415 - Se o Bispo diocesano ficar


poena ecclesiastica a munere exercendo proibido de exercer o ofício em razão de
prohibeatur, Metropolita aut, si is deficiat uma pena eclesiástica, o Metropolita
vel de eodem agatur, suffraganeus recorra imediatamente à Santa Sé, a fim de
antiquior promotione ad Sanctam Sedem que ela tome providências; faltando o
statim recurrat, ut ipsa provideat. Metropolita, ou tratando-se dele mesmo,
que o faça o sufragâneo mais antigo pela
promoção.

Art. 2. DE SEDE VACANTE Art. 2 Da Sé Vacante


Can. 416 - Sedes episcopalis vacat Cân. 416 - A sé episcopal se torna vacante
Episcopi dioecesani morte, renuntiatione a pela morte do Bispo diocesano, pela
Romano Pontifice acceptata, translatione renúncia aceita pelo Romano Pontífice,
ac privatione Episcopo intimata. pela transferência e pela privação intimada
ao Bispo.

Can. 417 - Vim habent omnia quae gesta Cân. 417 - Tudo o que for feito pelo Vigário
sunt a Vicario generali aut Vicario geral ou pelo Vigário episcopal tem valor
episcopali, donec certam de obitu Episcopi enquanto eles não tiverem recebido notícia
dioecesani notitiam iidem acceperint, certa da morte do Bispo diocesano, como
itemque quae ab Episcopo dioecesano aut também tem valor tudo o que foi feito pelo
a Vicario generali vel episcopali gesta sunt, Bispo diocesano ou pelo Vigário geral ou
donec certam de memoratis actibus episcopal, enquanto não tenham recebido
pontificiis notitiam receperint. notícia certa dos mencionados atos
pontifícios.

Can. 418 - § 1. A certa translationis notitia, Cân. 418 - § 1. Dentro do prazo de dois
Episcopus intra duos menses debet meses após ter recebido notícia certa de
dioecesim ad quam petere eiusque sua transferência, o Bispo deve ir para a
canonicam possessionem capere; die diocese ad quam e tomar posse dela; no
autem captae possessionis dioecesis dia da tomada de posse na nova diocese, a
novae, dioecesis a qua vacat. diocese a qua se torna vacante.
§ 2. A certa translationis notitia usque ad § 2. Desde a notícia certa da transferência
canonicam novae dioecesis possessionem, até a tomada de posse na nova diocese, o
Episcopus translatus in dioecesi a qua: Bispo transferido, na diocese a qua:
1° Administratoris dioecesani 1° - tem o poder e as obrigações de
potestatem obtinet eiusdemque Administrador diocesano, cessando todo o
obligationibus tenetur, cessante qualibet poder do Vigário geral e do Vigário
Vicarii generalis et Vicarii episcopalis episcopal, salvo, porém, o cân. 409 § 2;
potestate, salvo tamen can. 409, § 2;
2° integram percipit remunerationem 2° - recebe integralmente a
officio propriam. remuneração própria do ofício.

Can. 419 - Sede vacante, regimen Cân. 419 - Ficando vacante a sé, o
dioecesis, usque ad constitutionem governo da diocese, até a constituição do
Administratoris dioecesani, ad Episcopum Administrador diocesano, e confiado ao
auxiliarem, et si plures sint, ad eum qui Bispo auxiliar e, se forem mais de um, ao
promotione sit antiquior devolvitur; mais antigo pela promoção; não havendo
deficiente autem Episcopo auxiliari, ad Bispo auxiliar, ao colégio dos consultores,
collegium consultorum, nisi a Sancta Sede a não ser que a Santa Sé tenha
aliter provisum fuerit. Qui ita regimen providenciado de outro modo. Quem assim
dioecesis assumit, sine mora convocet assumir o governo da diocese, deve
collegium competens ad deputandum convocar sem demora o colégio
Administratorem dioecesanum. competente para designar o Administrador
diocesano.

Can. 420 - In vicariatu vel praefectura Cân. 420 - No vicariato ou prefeitura


apostolica, sede vacante, regimen assumit apostólica, ficando vacante a sé, assume o
Pro-Vicarius vel Pro-Praefectus ad hunc governo o Pró-vigário ou o Pró-prefeito, só
tantum effectum a Vicario vel a Praefecto para esse fim nomeado pelo Vigário ou
immediate post captam possessionem pelo Prefeito imediatamente após a tomada
nominatus, nisi aliter a Sancta Sede de posse, salvo determinação contrária da
statutum fuerit. Santa Sé.

Can. 421 - § 1. Intra octo dies ab accepta Cân. 421 - § 1. No prazo de oito dias após
vacationis sedis episcopalis notitia, a notícia da vacância da sé episcopal, deve
Administrator dioecesanus, qui nempe ser eleito pelo colégio dos consultores o
dioecesim ad interim regat, eligendus est a Administrador diocesano, que governe
collegio consultorum, firmo praescripto provisoriamente a diocese, salva a
can. 502, § 3. prescrição do cân. 502 § 3.
§ 2. Si intra praescriptum tempus § 2. Se o Administrador diocesano, por
Administrator dioecesanus, quavis de qualquer motivo, não tiver sido eleito
causa, non fuerit legitime electus, eiusdem legitimamente dentro do tempo prescrito, a
deputatio devolvitur ad Metropolitam, et si sua nomeação se transfere para o
vacans sit ipsa Ecclesia metropolitana aut Metropolita, e se estiver vacante a própria
metropolitana simul et suffraganea, ad sé metropolitana, ou, ao mesmo tempo, a
Episcopum suffraganeum promotione sé metropolitana e a sufragânea transfere-
antiquiorem. se ao Bispo sufragâneo mais antigo pela
promoção.

Can. 422 - Episcopus auxiliaris et, si is Cân. 422 - O Bispo auxiliar ou, na falta
deficiat, collegium consultorum quantocius dele, o colégio dos consultores informe,
de morte Episcopi, itemque electus in quanto antes, a Sé Apostólica da morte do
Administratorem dioecesanum de sua Bispo; assim também, quem for eleito
electione Sedem Apostolicam certiorem Administrador diocesano informe-a de sua
faciant. eleição.

Can. 423 - § 1. Unus deputetur Cân. 423 - § 1. Reprovado o costume


Administrator dioecesanus, reprobata contrário, seja indicado um só
contraria consuetudine; secus electio irrita Administrador diocesano; caso contrário, a
est. eleição é nula.
§ 2. Administrator dioecesanus ne simul sit § 2. O Administrador diocesano não pode
oeconomus; quare si oeconomus dioecesis ser, ao mesmo tempo, ecônomo; por isso,
in Administratorem electus fuerit, alium pro se o ecônomo da diocese for eleito
tempore oeconomum eligat consilium a Administrador, o conselho econômico eleja
rebus oeconomicis. outro interino.
Can. 424 - Administrator dioecesanus Cân. 424 - O Administrador diocesano seja
eligatur ad normam cann. 165-178. eleito de acordo com os cân. 165- 178.

Can. 425 - § 1. Valide ad munus Cân. 425 - § 1. Para o ofício de


Administratoris dioecesani deputari tantum Administrador diocesano, só pode ser
potest sacerdos qui trigesimum quintum indicado validamente um sacerdote que já
aetatis annum expleverit et ad eandem tenha completado trinta e cinco anos de
vacantem sedem non fuerit iam electus, idade e que ainda não tenha sido eleito,
nominatus vel praesentatus. nomeado ou apresentado para essa
mesma sé vacante.
§ 2. In Administratorem dioecesanum § 2. Seja eleito Administrador diocesano
eligatur sacerdos, qui sit doctrina et um sacerdote que se distinga pela doutrina
prudentia praestans. e prudência.
§ 3. Si praescriptae in § 1 condiciones § 3. Se não tiverem sido respeitadas as
posthabitae fuerint, Metropolita aut, si ipsa condições prescritas no § 1, o Metropolita
Ecclesia metropolitana vacans fuerit, ou, se estiver vacante a própria Igreja
Episcopus suffraganeus promotione metropolitana, o Bispo sufragâneo mais
antiquior, agnita rei veritate, antigo pela promoção, depois de tomar
Administratorem pro ea vice deputet; actus conhecimento da verdade, nomeie por
autem illius qui contra praescripta § 1 sit essa vez o Administrador; os atos de quem
electus, sunt ipso iure nulli. tiver sido eleito contra as prescrições do
§ 1 são nulos ipso iure.

Can. 426 - Qui, sede vacante, ante Cân. 426 - Estando a sé vacante, quem
deputationem Administratoris dioecesani, governar a diocese antes da designação
dioecesim regat, potestate gaudet quam do Administrador diocesano tem o poder
ius Vicario generali agnoscit. que o direito reconhece ao Vigário geral.

Can. 427 - § 1. Administrator dioecesanus Cân. 427 - § 1. O Administrador diocesano


tenetur obligationibus et gaudet potestate tem as obrigações e o poder do Bispo
Episcopi dioecesani, iis exclusis quae ex diocesano, com exclusão do que se
rei natura aut ipso iure excipiuntur. excetua pela natureza da coisa ou pelo
próprio direito.
§ 2. Administrator dioecesanus, acceptata § 2. O Administrador diocesano, aceita a
electione, potestatem obtinet, quin eleição, obtém o poder sem que se
requiratur ullius confirmatio, firma requeira a confirmação de ninguém, firme a
obligatione de qua in can. 833, n. 4. obrigação mencionada no cân. 833 n. 4.

Can. 428 - § 1. Sede vacante, nihil Cân. 428 - § 1. Durante a sé vacante, nada
innovetur. se modifique.
§ 2. Illi qui ad interim dioecesis regimen § 2. Os que cuidam do governo interino da
curant, vetantur quidpiam agere quod vel diocese são proibidos de fazer qualquer
dioecesi vel episcopalibus iuribus coisa que possa de algum modo prejudicar
praeiudicium aliquod afferre possit; a diocese ou os direitos episcopais; em
speciatim prohibentur ipsi, ac proinde alii particular, são proibidos ele próprios, e por
quicumque, quominus sive per se sive per isso qualquer outro, por si ou por outros, de
alium curiae dioecesanae documenta retirar ou destruir documentos da Cúria
quaelibet subtrahant vel destruant, aut in iis diocesana ou neles modificar qualquer
quidquam immutent. coisa.
Can. 429 - Administrator dioecesanus Cân. 429 - O administrador diocesano tem
obligatione tenetur residendi in dioecesi et obrigação de residir na diocese e de aplicar
applicandi Missam pro populo ad normam a missa pelo povo, de acordo com o cân.
can. 388. 388.

Can. 430 - § 1. Munus Administratoris Cân. 430 - § 1. O ofício de Administrador


dioecesani cessat per captam a novo diocesano cessa com a tomada de posse
Episcopo dioecesis possessionem. do novo Bispo da diocese.
§ 2. Administratoris dioecesani remotio § 2. A remoção do Administrador
Sanctae Sedi reservatur; renuntiatio quae diocesano e reservada à Santa Sé; uma
forte ab ipso fiat, authentica forma renúncia que, por acaso, seja feita por ele,
exhibenda est collegio ad electionem deve ser exibida em forma autêntica ao
competenti, neque acceptatione eget; colégio que é competente para sua eleição,
remoto aut renuntiante Administratore e não precisa de aceitação; no caso de
dioecesano, aut eodem defuncto, alius remoção, renúncia ou morte do
eligatur Administrator dioecesanus ad Administrador diocesano, seja eleito outro,
normam can. 421. de acordo com cân.421

TITULUS II. DE ECCLESIARUM TÍTULO II DAS ENTIDADES QUE


PARTICULARIUM COETIBUS CONGREGAM IGREJAS PARTICULARES
CAPUT I. DE PROVINCIIS Capítulo I DAS PROVÍNCIAS E REGIÕES
ECCLESIASTICIS ET DE REGIONIBUS ECLESIÁSTICAS
ECCLESIASTICIS
Can. 431 - § 1. Ut communis diversarum Cân. 431 - § 1. Para se promover a ação
dioecesium vicinarum, iuxta personarum et pastoral comum de diversas dioceses
locorum adiuncta, actio pastoralis próximas de acordo com as circunstâncias
promoveatur, utque Episcoporum de pessoas e lugares, e para se
dioecesanorum inter se relationes aptius estimularem as relações dos Bispos
foveantur, Ecclesiae particulares viciniores diocesanos entre si, as Igrejas particulares
componantur in provincias ecclesiasticas mais próximas sejam reunidas em
certo territorio circumscriptas. províncias eclesiásticas, delimitadas por
território determinado.
§ 2. Dioeceses exemptae deinceps pro § 2. De agora em diante não haja, por
regula ne habeantur; itaque singulae regra, dioceses isentas; portanto, cada
dioeceses aliaeque Ecclesiae particulares diocese e outras Igrejas particulares
intra territorium alicuius provinciae existentes dentro do território de alguma
ecclesiasticae exsistentes huic provinciae província eclesiástica sejam adscritas a
ecclesiasticae adscribi debent. essa província eclesiástica.
§ 3. Unius supremae Ecclesiae auctoritatis § 3. Compete unicamente a suprema
est, auditis quorum interest Episcopis, autoridade da Igreja, ouvidos os Bispos
provincias ecclesiasticas constituere, interessados, constituir, suprimir ou
supprimere aut innovare. modificar as províncias eclesiásticas.

Can. 432 - § 1. In provincia ecclesiastica Cân. 432 - § 1. Na província eclesiástica,


auctoritate, ad normam iuris, gaudent têm autoridade, de acordo com o direito, o
concilium provinciale atque Metropolita. concílio provincial e o Metoropolita
§ 2. Provincia ecclesiastica ipso iure § 2. A província eclesiástica tem, ipso iure,
personalitate iuridica gaudet. personalidade jurídica.
Can. 433 - § 1. Si utilitas id suadeat, Cân. 433 - § 1. Se a utilidade o aconselhar,
praesertim in nationibus ubi numerosiores principalmente nas nações onde há Igrejas
adsunt Ecclesiae particulares, provinciae particulares mais numerosas, as províncias
ecclesiasticae viciniores, proponente eclesiásticas mais próximas, sob proposta
Episcoporum conferentia, a Sancta Sede in da Conferência dos Bispos, podem ser
regiones ecclesiasticas coniungi possunt. reunidas pela Santa Sé em regiões
eclesiásticas.
§ 2. Regio ecclesiastica in personam § 2. A região eclesiástica pode ser erigida
iuridicam erigi potest. como pessoa jurídica.

Can. 434 - Ad conventum Episcoporum Cân. 434 - Compete à reunião dos Bispos
regionis ecclesiasticae pertinet da região eclesiástica estimular a
cooperationem et actionem pastoralem cooperação e ação pastoral comum na
communem in regione fovere; quae tamen região; no entanto, no entanto, aqueles
in canonibus huius Codicis conferentiae poderes que nos cânones deste Código
Episcoporum tribuuntur potestates, eidem são atribuídos à Conferência dos Bispos
conventui non competunt, nisi quaedam não compete a tal reunião, a não ser que
specialiter a Sancta Sede ei concessa algumas coisas lhe tenham sido
fuerint. especialmente concedidas pela Santa Sé.

CAPUT II. DE METROPOLITIS Capítulo II DOS METROPOLITAS


Can. 435 - Provinciae ecclesiasticae Cân. 435 - Preside à província eclesiástica
praeest Metropolita, qui est Archiepiscopus o Metropolita, que é o Arcebispo da
dioecesis cui praeficitur; quod officium cum diocese que governa; esse ofício está
sede episcopali, a Romano Pontifice anexo à sé episcopal determinada ou
determinata aut probata, coniunctum est. aprovada pelo Romano Pontífice.

Can. 436 - § 1. In dioecesibus suffraganeis Cân. 436 - § 1. Nas dioceses sufragâneas,


Metropolitae competit: compete ao Metropolita:
1° vigilare ut fides et disciplina 1° - vigiar para que a fé e a disciplina
ecclesiastica accurate serventur, et de eclesiástica sejam atentamente
abusibus, si qui habeantur, Romanum conservadas, e informar o Romano
Pontificem certiorem facere; Pontífice de eventuais abusos;
2° canonicam visitationem peragere, 2° - fazer a visita canônica, com prévia
causa prius ab Apostolica Sede probata, si aprovação da causa pela Sé Apostólica, se
eam suffraganeus neglexerit; o sufragâneo a tiver deixado de fazer;
3° deputare Administratorem 3° - designar o Administrado r
dioecesanum, ad normam cann. 421, § 2 et diocesano, de acordo com os cân. 421 § 2
425, § 3. e 425 § 3.
§ 2. Ubi adiuncta id postulent, Metropolita § 2. Onde as circunstâncias o exigirem, o
ab Apostolica Sede instrui potest Metropolita pode ser provido de especiais
peculiaribus muneribus et potestate in iure funções e poder, a serem determinados no
particulari determinandis. direito particular.
§ 3. Nulla alia in dioecesibus suffraganeis § 3. Nenhum outro poder de regime
competit Metropolitis potestas regiminis; compete ao Metropolita nas dioceses
potest vero in omnibus ecclesiis, Episcopo sufragâneas; pode, porém, em todas as
dioecesano praemonito, si ecclesia sit igrejas, avisado previamente o Bispo
cathedralis, sacras exercere functiones, uti diocesano, se se trata da Igreja catedral,
Episcopus in propria dioecesi. celebrar as funções sagradas, como o
Bispo na própria diocese.

Can. 437 - § 1. Metropolita obligatione Cân. 437 - § 1. O Metropolita, dentro do


tenetur, intra tres menses a recepta prazo de três meses após a recepção da
consecratione episcopali, aut, si iam consagração episcopal, ou, se já tiver sido
consecratus fuerit, a provisione canonica, consagrado, após a provisão canônica, tem
per se aut per procuratorem a Romano a obrigação de pedir ao Romano Pontífice,
Pontifice petendi pallium, quo quidem por si mesmo ou por procurador, o pálio,
significatur potestas qua, in communione com o qual se indica o poder de que está
cum Ecclesia Romana, Metropolita in revestido o Metropolita na própria
propria provincia iure instruitur. província, em comunhão com a Igreja
Romana.
§ 2. Metropolita, ad normam legum § 2. De acordo com as leis litúrgicas, o
liturgicarum, pallio uti potest intra quamlibet Metropolita pode usar o pálio em qualquer
ecclesiam provinciae ecclesiasticae cui igreja da província eclesiástica a que
praeest, minime vero extra eandem, ne preside, mas não fora desta, nem mesmo
accedente quidem Episcopi dioecesani com o consentimento do Bispo diocesano.
assensu.
§ 3. Metropolita, si ad aliam sedem § 3. O Metropolita se for transferido para
metropolitanam transferatur, novo indiget outra sede metropolitana, precisa de novo
pallio. pálio.

Can. 438 - Patriarchae et Primatis titulus, Cân. 438 - O título de Patriarca e de


praeter praerogativam honoris, nullam in Primaz, além da prerrogativa de honra, não
Ecclesia latina secumfert regiminis implica, na Igreja latina, nenhum poder de
potestatem, nisi de aliquibus ex privilegio regime, a não ser que conste o contrário
apostolico aut probata consuetudine aliud quanto a algumas coisas, por privilégio
constet. apostólico ou por costume aprovado.

CAPUT III. DE CONCILIIS Capítulo III DOS CONCÍLIOS


PARTICULARIBUS PARTICULARES
Can. 439 - § 1. Concilium plenarium, pro Cân. 439 - § 1. O concílio plenário, isto é,
omnibus scilicet Ecclesiis particularibus para todas as Igrejas particulares da
eiusdem conferentiae Episcoporum, mesma Conferência de Bispos, seja
celebretur quoties id ipsi Episcoporum celebrado sempre que pareça útil ou
conferentiae, approbante Apostolica Sede, necessário à própria Conferência, com
necessarium aut utile videatur. aprovação da Sé Apostólica.
§ 2. Norma in § 1 statuta valet etiam de § 2. A norma estabelecida no § 1 vale
concilio provinciali celebrando in provincia também para a celebração do Concílio
ecclesiastica, cuius termini cum territorio provincial na província eclesiástica, cujos
nationis coincidunt. limites coincidem com o território da nação.

Can. 440 - § 1. Concilium provinciale, pro Cân. 440 - § 1. O Concílio provincial, para
diversis Ecclesiis particularibus eiusdem as diversas Igrejas particulares da mesma
provinciae ecclesiasticae, celebretur província eclesiástica, seja celebrado
quoties id, de iudicio maioris partis sempre que pareça oportuno, a juízo da
Episcoporum dioecesanorum provinciae, maioria dos Bispos diocesanos da
opportunum videatur, salvo can. 439, § 2. província, salvo o cân. 439 § 2.
§ 2. Sede metropolitana vacante, concilium § 2. Estando vacante a sé metropolitana,
provinciale ne convocetur. não se convoque o concílio provincial.

Can. 441 - Episcoporum conferentiae est: Cân. 441 - Cabe à Conferência dos Bispos:
1° convocare concilium plenarium; 1° - convocar o concílio plenário;
2° locum ad celebrandum concilium 2° - escolher, dentro do território da
intra territorium conferentiae Episcoporum Conferência dos Bispos, o lugar para a
eligere; celebração do concílio;
3° inter Episcopos dioecesanos concilii 3° - eleger, entre os Bispos diocesanos,
plenarii eligere praesidem, ab Apostolica o presidente do concílio plenário, a ser
Sede approbandum; aprovado pela Sé Apostólica;
4° ordinem agendi et quaestiones 4° - determinar o regimento e as
tractandas determinare, concilii plenarii questões a serem tratadas, marcar o início
initium ac periodum indicere, illud e a duração do concílio plenário, transferi-
transferre, prorogare et absolvere. lo, prorrogá-lo e encerrá-lo.

Can. 442 - § 1. Metropolitae, de consensu Cân. 442 - § 1. Compete ao Metropolita,


maioris partis Episcoporum com o consentimento da maioria dos
suffraganeorum, est: Bispos sufragâneos:
1° convocare concilium provinciale; 1° - convocar o concílio provincial;
2° locum ad celebrandum concilium 2° - escolher, dentro do território da
provinciale intra provinciae territorium província, o lugar para a celebração do
eligere; concílio provincial;
3° ordinem agendi et quaestiones 3° - determinar o regimento e as
tractandas determinare, concilii provincialis questões a serem tratadas, marcar o início
initium et periodum indicere, illud e a duração do concílio provincial, transferi-
transferre, prorogare et absolvere. lo, prorrogá-lo e encerrá-lo.
§ 2. Metropolitae, eoque legitime impedito, § 2. Compete ao Metropolita e, estando ele
Episcopi suffraganei ab aliis Episcopis legitimamente impedido, ao Bispo
suffraganeis electi est concilio provinciali sufragâneo eleito pelos outros sufragâneos
praeesse. presidir ao concílio provincial.

Can. 443 - § 1. Ad concilia particularia Cân. 443 - § 1. Para os concílios


convocandi sunt atque in eisdem ius particulares, devem ser convocados, e têm
habent suffragii deliberativi: direito a voto deliberativo:
1° Episcopi dioecesani; 1° - os Bispos diocesanos;
2° Episcopi coadiutores et auxiliares; 2° - os Bispos coadjutores e auxiliares;
3° alii Episcopi titulares qui peculiari 3° - outros Bispos titulares que exercem
munere sibi ab Apostolica Sede aut ab no território algum ofício especial confiado
Episcoporum conferentia demandato in pela Sé Apostólica ou pela Conferência
territorio funguntur. dos Bispos.
§ 2. Ad concilia particularia vocari possunt § 2. Podem ser convocados para os
alii Episcopi titulares etiam emeriti in Concílios particulares outros Bispos
territorio degentes; qui quidem ius habent titulares, mesmo eméritos, residentes no
suffragii deliberativi. território; também eles têm direito a voto
deliberativo.
§ 3. Ad concilia particularia vocandi sunt § 3. Também devem ser convocados para
cum suffragio tantum consultivo: os concílios particulares, com voto somente
consultivo:
1° Vicarii generales et Vicarii 1° - os Vigários gerais e os Vigários
episcopales omnium in territorio episcopais de todas as Igrejas particulares
Ecclesiarum particularium; do território;
2° Superiores maiores institutorum 2° - os Superiores maiores dos
religiosorum et societatum vitae institutos religiosos e das sociedades de
apostolicae numero tum pro viris tum pro vida apostólica, em número a ser
mulieribus ab Episcoporum conferentia aut determinado, tanto para homens como
a provinciae Episcopis determinando, para mulheres pela Conferência dos
respective electi ab omnibus Superioribus Bispos ou pelos Bispos da província,
maioribus institutorum et societatum, quae respectivamente eleitos por todos os
in territorio sedem habent; Superiores maiores dos institutos e
sociedade que têm sede no território;
3° Rectores universitatum 3° - os reitores das universidades
ecclesiasticarum et catholicarum atque eclesiásticas e católicas e os decanos das
decani facultatum theologiae et iuris faculdades de teologia e de direito
canonici, quae in territorio sedem habent; canônico, que têm sede no território;
4° Rectores aliqui seminariorum 4° - alguns reitores de seminários
maiorum, numero ut in n. 2 determinando, maiores, em número a ser determinado
electi a rectoribus seminariorum quae in como no n° 2, eleitos pelos reitores dos
territorio sita sunt. seminários situados no território.
§ 4. Ad concilia particularia vocari etiam § 4. Podem também ser convocados para
possunt, cum suffragio tantum consultivo, os concílios particulares, com voto somente
presbyteri aliique christifideles, ita tamen ut consultivo, também presbíteros e outros
eorum numerus non excedat dimidiam fiéis, de modo, porém, que seu número não
partem eorum de quibus in §§ 1-3. ultrapasse a metade dos mencionados nos
§§ 1-3;
§ 5. Ad concilia provincialia praeterea § 5. Para os concílios provinciais, sejam
invitentur capitula cathedralia, itemque também convidados os cabidos das
consilium presbyterale et consilium catedrais, o conselho presbiteral e o
pastorale uniuscuiusque Ecclesiae conselho de pastoral de cada Igreja
particularis, ita quidem ut eorum singula particular, de modo porém que cada um
duos ex suis membris mittant, collegialiter deles envie dois de seus membros, por
ab iisdem designatos; qui tamen votum eles designados colegialmente; mas têm
habent tantum consultivum. só voto consultivo.
§ 6. Ad concilia particularia, si id iudicio § 6. Para os concílios particulares, também
Episcoporum conferentiae pro concilio outros podem ser convidados como
plenario aut Metropolitae una cum ouvintes, se isso for oportuno, segundo o
Episcopis suffraganeis pro concilio juízo da Conferência dos Bispos para o
provinciali expediat, etiam alii ut hospites concílio plenário, ou do Metropolita com os
invitari poterunt. Bispos sufragâneos para o concílio
provincial.

Can. 444 - § 1. Omnes qui ad concilia Cân. 444 - § 1. Todos os que são
particularia convocantur, eisdem interesse convocados para os concílios particulares
debent, nisi iusto detineantur impedimento, devem tomar parte neles, a não ser que
de quo concilii praesidem certiorem facere sejam detidos por justo impedimento, do
tenentur. qual são obrigados a informar o presidente
do concílio.
§ 2. Qui ad concilia particularia § 2. Os que são convocados para os
convocantur et in eis suffragium habent concílios particulares e neles têm voto
deliberativum, si iusto detineantur deliberativo, se estiverem detidos por justo
impedimento, procuratorem mittere impedimento, podem enviar um
possunt; qui procurator votum habet tantum procurador; esse procurador só tem voto
consultivum. consultivo.

Can. 445 - Concilium particulare pro suo Cân. 445 - O concílio particular cuide que
territorio curat ut necessitatibus se atenda, no seu território, às
pastoralibus populi Dei provideatur atque necessidades pastorais do povo de Deus;
potestate gaudet regiminis, praesertim e tem poder de regime, principalmente
legislativa, ita ut, salvo semper iure legislativo, de modo que pode determinar,
universali Ecclesiae, decernere valeat quae salvo sempre o direito universal da Igreja,
ad fidei incrementum, ad actionem tudo o que parecer oportuno para
pastoralem communem ordinandam et ad incrementar a fé, ordenar a ação pastoral
moderandos mores et disciplinam comum e moderar os costumes e preservar
ecclesiasticam communem servandam, a disciplina eclesiástica comum que se há-
inducendam aut tuendam opportuna de observar.
videantur.

Can. 446 - Absoluto concilio particulari, Cân. 446 - Encerrado o concílio particular,
praeses curet ut omnia acta concilii ad o presidente cuide que se enviem todas as
Apostolicam Sedem transmittantur; decreta atas à Sé Apostólica; os decretos baixados
a concilio edicta ne promulgentur, nisi pelo concílio não sejam promulgados, a
postquam ab Apostolica Sede recognita não ser depois de aprovados pela Sé
fuerint; ipsius concilii est definire modum Apostólica; os decretos baixados pelo
promulgationis decretorum et tempus quo concílio sejam promulgados, a não ser
decreta promulgata obligare incipiant. depois de aprovados pela Sé Apostólica;
compete ao próprio concílio determinar o
modo de promulgação dos decretos e o
tempo em que os decretos promulgados
começam a obrigar.

CAPUT IV. DE EPISCOPORUM Capítulo IV DAS CONFERÊNCIAS DOS


CONFERENTIIS BISPOS
Can. 447 - Episcoporum conferentia, Cân. 447 - A Conferência dos Bispos,
institutum quidem permanens, est coetus organismo permanente, é a reunião dos
Episcoporum alicuius nationis vel certi Bispos de uma nação ou de determinado
territorii, munera quaedam pastoralia território, que exercem conjuntamente
coniunctim pro christifidelibus sui territorii certas funções pastorais em favor dos fiéis
exercentium, ad maius bonum do seu território, a fim de promover o maior
provehendum, quod hominibus praebet bem que a Igreja proporciona aos homens,
Ecclesia, praesertim per apostolatus principalmente em formas e modalidades
formas et rationes temporis et loci adiunctis de apostolado devidamente adaptadas às
apte accommodatas, ad normam iuris. circunstâncias de tempo e lugar, de acordo
com o direito.
Can. 448 - § 1. Episcoporum conferentia Cân. 448 - § 1. A Conferência dos Bispos,
regula generali comprehendit praesules por regra geral, compreende os que
omnium Ecclesiarum particularium eiusdem presidem a todas as Igrejas particulares da
nationis, ad normam can. 450. mesma nação, de acordo com o cân. 450.
§ 2. Si vero, de iudicio Apostolicae Sedis, § 2. Todavia a juízo da Sé Apostólica,
auditis quorum interest Episcopis ouvidos os Bispos diocesanos
dioecesanis, personarum aut rerum interessados, se o aconselharem
adiuncta id suadeant, Episcoporum circunstâncias de pessoas ou de coisas,
conferentia erigi potest pro territorio minoris pode-se erigir a Conferência dos Bispos
aut maioris amplitudinis, ita ut vel tantum para um território de menor ou maior
comprehendat Episcopos aliquarum extensão, de modo que compreenda ou
Ecclesiarum particularium in certo territorio somente os Bispos de algumas Igrejas
constitutarum vel praesules Ecclesiarum particulares constituídas em determinado
particularium in diversis nationibus território, ou os que presidem às Igrejas
exstantium; eiusdem Apostolicae Sedis est particulares existentes em diversas
pro earundem singulis peculiares normas nações; compete à Sé Apostólica
statuere. estabelecer normas especiais para cada
uma delas.

Can. 449 - § 1. Unius supremae Ecclesiae Cân. 449 - § 1. Compete exclusivamente à


auctoritatis est, auditis quorum interest suprema autoridade da Igreja, ouvidos os
Episcopis, Episcoporum conferentias Bispos interessados, erigir, suprimir e
erigere, supprimere aut innovare. modificar as Conferências dos Bispos.
§ 2. Episcoporum conferentia legitime § 2. A Conferência dos Bispos, uma vez
erecta ipso iure personalitate iuridica legitimamente erigida, tem ipso iure
gaudet. personalidade jurídica.

Can. 450 - § 1. Ad Episcoporum Cân. 450 - § 1. A Conferência dos Bispos


conferentiam ipso iure pertinent omnes in pertencem pelo próprio direito todos os
territorio Episcopi dioecesani eisque iure Bispos diocesanos do território e os que
aequiparati, itemque Episcopi coadiutores, são a eles equiparados pelo direito, os
Episcopi auxiliares atque ceteri Episcopi Bispos coadjutores, os Bispos auxiliares e
titulares peculiari munere, sibi ab os outros Bispos titulares que exercem no
Apostolica Sede vel ab Episcoporum mesmo território algum encargo especial,
conferentia demandato, in eodem territorio confiado pela Sé Apostólica ou pela
fungentes; invitari quoque possunt Ordinarii Conferência dos Bispos; podem ser
alterius ritus, ita tamen ut votum tantum convidados também os Ordinários de outro
consultivum habeant, nisi Episcoporum rito, de modo porém que tenham só voto
conferentiae statuta aliud decernant. consultivo, a não ser que os estatutos da
Conferência dos Bispos determinem outra
coisa.
§ 2. Ceteri Episcopi titulares necnon § 2. Os outros Bispos titulares e o Legado
Legatus Romani Pontificis non sunt de iure do Romano Pontífice, não são de direito
membra Episcoporum conferentiae. membros da Confêrencia dos Bispos.

Can. 451 - Quaelibet Episcoporum Cân. 451 - Cada Conferência dos Bispos
conferentia sua conficiat statuta, ab faça os próprios estatutos, que devem ser
Apostolica Sede recognoscenda, in quibus, aprovados pela Sé Apostólica, nos quais,
praeter alia, ordinentur conferentiae além de outras coisas, sejam reguladas as
conventus plenarii habendi, et provideantur assembléias gerais da Conferência, e se
consilium Episcoporum permanens et providencie à constituição do conselho
secretaria generalis conferentiae, atque permanente dos Bispos, da secretaria geral
alia etiam officia et commissiones quae da Conferencia, e também dos outros
iudicio conferentiae fini consequendo ofícios e comissões que, a juízo da
efficacius consulant. Conferência, promovam mais eficazmente
a consecução da sua finalidade.

Can. 452 - § 1. Quaelibet Episcoporum Cân. 452 - § 1. Cada Conferência dos


conferentia sibi eligat praesidem, Bispos eleja seu presidente, determine
determinet quisnam, praeside legitime quem exerça a função de própresidente,
impedito, munere pro-praesidis fungatur, estando legitimamente impedido o
atque secretarium generalem designet, ad presidente, e designe o secretário geral, de
normam statutorum. acordo com os estatutos.
§ 2. Praeses conferentiae, atque eo § 2. O presidente da Conferência e,
legitime impedito pro-praeses, non tantum estando ele legitimamente impedido, o pró-
Episcoporum conferentiae conventibus presidente, preside não somente às
generalibus, sed etiam consilio permanenti assembléias gerais da Conferência dos
praeest. Bispos, mas também ao conselho
permanente.

Can. 453 - Conventus plenarii Cân. 453 - As assembléias gerais das


Episcoporum conferentiae habeantur semel Conferências dos Bispos se realizem ao
saltem singulis annis, et praeterea quoties menos uma vez por ano, e, além disso,
id postulent peculiaria adiuncta, secundum sempre que o exigirem circunstâncias
statutorum praescripta. especiais, segundo as prescrições dos
estatutos.

Can. 454 - § 1. Suffragium deliberativum in Cân. 454 - § 1. Nas assembléias gerais da


conventibus plenariis Episcoporum Conferência dos Bispos, o voto deliberativo
conferentiae ipso iure competit Episcopis compete, pelo próprio direito aos Bispos
dioecesanis eisque qui iure ipsis diocesano e aos que são a eles
aequiparantur, necnon Episcopis equiparados pelo direito, bem como aos
coadiutoribus. Bispos coadjutores.
§ 2. Episcopis auxiliaribus ceterisque § 2. Aos Bispos auxiliares e outros Bispos
Episcopis titularibus qui ad Episcoporum titulares que pertencem à Conferência dos
conferentiam pertinent, suffragium competit Bispos compete o voto deliberativo ou
deliberativum aut consultivum, iuxta consultivo, de acordo com as prescrições
statutorum conferentiae praescripta; firmum dos estatutos da Conferência; esteja firme,
tamen sit eis solis, de quibus in § 1, porém, que o voto deliberativo compete
competere suffragium deliberativum, cum somente aos mencionados no § 1, quando
agitur de statutis conficiendis aut se trata de elaborar ou modificar os
immutandis. estatutos.

Can. 455 - § 1. Episcoporum conferentia Cân. 455 - § 1. A Conferência dos Bispos


decreta generalia ferre tantummodo potest pode baixar decretos gerais somente nas
in causis, in quibus ius universale id questões em que o direito universal o
praescripserit aut peculiare Apostolicae prescrever, ou que um mandato especial
Sedis mandatum sive motu proprio sive ad da Sé Apostólica o estabelecer por própria
petitionem ipsius conferentiae id statuerit. iniciativa ou a pedido da Conferência
mesma.
§ 2. Decreta de quibus in § 1, ut valide § 2. A fim de que os decretos mencionados
ferantur in plenario conventu, per duas no § 1 possam ser baixados validamente
saltem ex tribus partibus suffragiorum na assembléia geral, devem ser aprovados
Praesulum, qui voto deliberativo fruentes ao menos por dois terços dos membros da
ad conferentiam pertinent, proferri debent, Conferência que tenham voto deliberativo e
atque vim obligandi non obtinent, nisi ab só obrigam se, revisados pela Sé
Apostolica Sede recognita, legitime Apostólica, tiverem sido legitimamente
promulgata fuerint. promulgados.
§ 3. Modus promulgationis et tempus a quo § 3. O modo de promulgação e o tempo, a
decreta vim suam exserunt, ab ipsa partir do qual os decretos começam a
Episcoporum conferentia determinantur. vigorar, são determinados pela própria
Conferência dos Bispos.
§ 4. In casibus in quibus nec ius universale § 4. Nos casos em que nem o direito
nec peculiare Apostolicae Sedis mandatum universal nem mandato especial da Sé
potestatem, de qua in § 1, Episcoporum Apostólica concederam à Conferência dos
conferentiae concessit, singuli Episcopi Bispos o poder mencionado § 1,
dioecesani competentia integra manet, nec permanece inteira a competência de cada
conferentia eiusve praeses nomine omnium Bispo diocesano; e a Conferência, ou o seu
Episcoporum agere valet, nisi omnes et presidente não podem agir em nome de
singuli Episcopi consensum dederint. todos os Bispos, a não ser que todos e
cada um deles tenham dado o seu
consentimento.

Can. 456 - Absoluto conventu plenario Cân. 456 - Encerrada a assembléia geral
Episcoporum conferentiae, relatio de actis da Conferência dos Bispos, sejam
conferentiae necnon eius decreta a enviados pelo presidente à Sé Apostólica
praeside ad Apostolicam Sedem um relatório sobre os atos da Conferência,
transmittantur, tum ut in eiusdem notitiam bem como os seus decretos, para que ela
acta perferantur, tum ut decreta, si quae tome conhecimento dos atos e para que os
sint, ab eadem recognosci possint. decretos, se houver, possam ser
aprovados.

Can. 457 - Consilii Episcoporum Cân. 457 - Cabe ao conselho permanente


permanentis est curare, ut res in plenario dos Bispos cuidar que se preparem as
conventu conferentiae agendae questões a serem tratadas na assembléia
praeparentur et decisiones in conventu geral da Conferência e que se executem
plenario statutae debite exsecutioni devidamente as decisões tomadas na
mandentur; eiusdem etiam est alia negotia assembléia geral; cabe a ele tratar também
peragere, quae ipsi ad normam statutorum de outras questões que lhe são confiadas,
committuntur. de acordo com os estatutos.

Can. 458 - Secretariae generalis est: Cân. 458 - Cabe à secretaria geral:
1° relationem componere actorum et 1° - redigir o relatório dos atos e
decretorum conventus plenarii conferentiae decretos da assembléia geral da
necnon actorum consilii Episcoporum Conferência, como também dos atos do
permanentis, et eadem cum omnibus conselho permanente dos Bispos, e
conferentiae membris communicare comunicá-los a todos os membros da
itemque alia acta conscribere, quae ipsi a Conferência; redigir também os outros
conferentiae praeside aut a consilio atos, cuja redação lhe tenha sido confiada
permanenti componenda committuntur; pelo presidente da Conferência ou pelo
conselho permanente;
2° communicare cum Episcoporum 2° - comunicar às vizinhas
conferentiis finitimis acta et documenta Conferências dos Bispos os atos e
quae a conferentia in plenario conventu aut documentos que a Conferência, na
a consilio Episcoporum permanenti ipsis assembléia geral ou no conselho
transmitti statuuntur. permanente dos Bispos, determinou enviar
a elas.

Can. 459 - § 1. Foveantur relationes inter Cân. 459 - § 1. Sejam estimuladas as


Episcoporum conferentias, praesertim relações entre as Conferências dos Bispos,
viciniores, ad maius bonum promovendum principalmente entre as mais próximas,
ac tuendum. para promoção e tutela do maior bem.
§ 2. Quoties vero actiones aut rationes a § 2. Entretanto, sempre que as
conferentiis ineuntur formam Conferências promovem atividades ou
internationalem praeseferentes, Apostolica relações que assumem caráter
Sedes audiatur oportet. internacional, é necessário que seja ouvida
a Sé Apostólica.

TITULUS III. DE INTERNA ORDINATIONE TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO INTERNA


ECCLESIARUM PARTICULARIUM DAS IGREJAS PARTICULARES
CAPUT I. DE SYNODO DIOECESANA Capítulo I DO SÍNODO DIOCESANO
Can. 460 - Synodus dioecesana est coetus Cân. 460 - O sínodo diocesano é uma
delectorum sacerdotum aliorumque assembléia de sacerdotes e de outros fiéis
christifidelium Ecclesiae particularis, qui in da Igreja particular escolhidos, que
bonum totius communitatis dioecesanae auxiliam o Bispo diocesano para o bem de
Episcopo dioecesano adiutricem operam toda a comunidade diocesana, de acordo
praestant, ad normam canonum qui com os cânones seguintes.
sequuntur.

Can. 461 - § 1. Synodus dioecesana in Cân. 461 - § 1. Celebre-se o sínodo


singulis Ecclesiis particularibus celebretur diocesano em cada Igreja particular,
cum, iudicio Episcopi dioecesani et audito quando as circunstâncias o aconselharem,
consilio presbyterali, adiuncta id suadeant. a juízo do Bispo diocesano e ouvido o
conselho presbiteral.
§ 2. Si Episcopus plurium dioecesium § 2. Se o Bispo tiver o cuidado de várias
curam habet, aut unius curam habet uti dioceses ou o cuidado de uma como Bispo
Episcopus proprius, alterius vero uti próprio e de outra como Administrador,
Administrator, unam synodum pode convocar um único sínodo diocesano
dioecesanam ex omnibus dioecesibus sibi de todas as dioceses que lhes estão
commissis convocare potest. confiadas.

Can. 462 - § 1. Synodum dioecesanam Cân. 462 - § 1. Somente o Bispo


convocat solus Episcopus dioecesanus, diocesano convoca o sínodo diocesano;
non autem qui ad interim dioecesi praeest. não, porém, quem governa a diocese
interinamente.
§ 2. Synodo dioecesanae praeest § 2. Preside ao sínodo diocesano o Bispo
Episcopus dioecesanus, qui tamen diocesano, que no entanto pode delegar
Vicarium generalem aut Vicarium para cada sessão do sínodo um Vigário
episcopalem pro singulis sessionibus geral ou Vigário episcopal para
synodi ad hoc officium implendum delegare desempenhar esse encargo.
potest.

Can. 463 - § 1. Ad synodum dioecesanam Cân. 463 - § 1. Devem ser chamados para
vocandi sunt uti synodi sodales eamque o sínodo diocesano como seus membros, e
participandi obligatione tenentur: têm obrigação de participar dele:
1° Episcopus coadiutor atque Episcopi 1° - o Bispo coadjutor e os Bispos
auxiliares; auxiliares;
2° Vicarii generales et Vicarii 2° - os Vigários gerais, os Vigários
episcopales, necnon Vicarius iudicialis; episcopais e o Vigário judicial;
3° canonici ecclesiae cathedralis; 3° - os cônegos da igreja catedral;
4° membra consilii presbyteralis; 4° - os membros do conselho dos
presbíteros;
5° christifideles laici, etiam sodales 5° - os fiéis leigos, mesmo membros de
institutorum vitae consecratae, a consilio institutos de vida consagrada, a serem
pastorali eligendi, modo et numero ab eleitos pelo conselho pastoral no modo e
Episcopo dioecesano determinandis, aut, número a serem determinados pelo Bispo
ubi hoc consilium non exstet, ratione ab diocesano, ou, onde não existe esse
Episcopo dioecesano determinata; conselho, no modo determinados pelo
Bispo diocesano;
6° rector seminarii dioecesani maioris; 6° - o reitor do seminário maior
diocesano;
7° vicarii foranei; 7° - os vigários forâneos;
8° unus saltem presbyter ex unoquoque 8° - pelo menos um presbítero de cada
vicariatu foraneo eligendus ab omnibus qui vicariato forâneo, a ser eleito por todos os
curam animarum inibi habeant; item que aí tenham cura de almas; deve-se
eligendus est alius presbyter qui, eodem também eleger outro presbítero que o
impedito, in eius locum substituatur; substitua, se estiver impedido;
9° aliqui Superiores institutorum 9° - alguns Superiores de institutos
religiosorum et societatum vitae religiosos e sociedades de vida apostólica
apostolicae, quae in dioecesi domum que têm casa na diocese, a serem eleitos
habent, eligendi numero et modo ab de acordo com o número e modo
Episcopo dioecesano determinatis. determinados pelo Bispo diocesano.
§ 2. Ad synodum dioecesanam ab § 2. Para o sínodo diocesano podem ser
Episcopo dioecesano vocari uti synodi convocados, como membros do sínodo,
sodales possunt alii quoque, sive clerici, ainda outros, tanto clérigos como membros
sive institutorum vitae consecratae sodales, de institutos de vida consagrada, como
sive christifideles laici. também fiéis leigos.
§ 3. Ad synodum dioecesanam Episcopus § 3. Para o sínodo diocesano, o Bispo
dioecesanus, si id opportunum duxerit, diocesano pode convidar como
invitare potest uti observatores aliquos observadores, se julgar oportuno, alguns
ministros aut sodales Ecclesiarum vel ministros ou membros de Igrejas ou
communitatum ecclesialium, quae non sunt comunidades eclesiais que não estão em
in plena cum Ecclesia catholica plena comunhão com a Igreja Católica.
communione.
Can. 464 - Synodi sodalis, si legitimo Cân. 464 - Se um membro do sínodo
detineatur impedimento, non potest mittere estiver detido por legítimo impedimento,
procuratorem qui ipsius nomine eidem não pode enviar procurador para participar
intersit; Episcopum vero dioecesanum de em seu nome; informe, porém, o Bispo
hoc impedimento certiorem faciat. diocesano sobre esse impedimento.

Can. 465 - Propositae quaestiones omnes Cân. 465 - Todas as questões propostas
liberae sodalium disceptationi in synodi sejam submetidas a livre discussão dos
sessionibus subiciantur. membros nas sessões do sínodo.

Can. 466 - Unus in synodo dioecesana Cân. 466 - O único legislador no sínodo
legislator est Episcopus dioecesanus, aliis diocesano é o Bispo diocesano, tendo os
synodi sodalibus voto tantummodo outros membros do sínodo voto somente
consultivo gaudentibus; unus ipse consultivo; só ele assina as declarações e
synodalibus declarationibus et decretis decretos sinodais, que só por sua
subscribit, quae eius auctoritate tantum autoridade podem ser publicados.
publici iuris fieri possunt.

Can. 467 - Episcopus dioecesanus textus Cân. 467 - O Bispo diocesano comunique
declarationum ac decretorum synodalium o texto das declarações e decretos
communicet cum Metropolita necnon cum sinodais ao Metropolita e a Conferência
Episcoporum conferentia. dos Bispos.

Can. 468 - § 1. Episcopo dioecesano Cân. 468 - § 1. Compete ao Bispo


competit pro suo prudenti iudicio synodum diocesano, de acordo com seu prudente
dioecesanam suspendere necnon juízo, suspender e até mesmo dissolver o
dissolvere. sínodo.
§ 2. Vacante vel impedita sede episcopali, § 2. Vagando ou ficando impedida a sé
synodus dioecesana ipso iure intermittitur, episcopal, o sínodo diocesano se
donec Episcopus dioecesanus, qui interrompe ipso iure, até que o Bispo
succedit, ipsam continuari decreverit aut diocesano que suceder decida sobre sua
eandem extinctam declaraverit. continuação ou declare sua extinção.

CAPUT II. DE CURIA DIOECESANA Capítulo II DA CÚRIA DIOCESANA


Can. 469 - Curia dioecesana constat illis Cân. 469 - A cúria diocesana consta dos
institutis et personis, quae Episcopo organismos e pessoas que ajudam o Bispo
operam praestant in regimine universae no governo de toda a diocese,
dioecesis, praesertim in actione pastorali principalmente na direção da ação pastoral
dirigenda, in administratione dioecesis no cuidado da administração da diocese e
curanda, necnon in potestate iudiciali no exercício do poder judiciário.
exercenda.

Can. 470 - Nominatio eorum, qui officia in Cân. 470 - A nomeação dos que exercem
curia dioecesana exercent, spectat ad ofícios na cúria diocesana compete ao
Episcopum dioecesanum. Bispo diocesano.

Can. 471 - Omnes qui ad officia in curia Cân. 471 - Todos os que são admitidos
admittuntur debent: para os ofícios na cúria devem:
1° promissionem emittere de munere 1° - prometer que cumprirão fielmente o
fideliter adimplendo, secundum rationem encargo, segundo o modo determinado
iure vel ab Episcopo determinatam; pelo direito ou pelo Bis po;
2° secretum servare intra fines et 2° - guardar segredo, dentro dos limites
secundum modum iure aut ab Episcopo e segundo o modo determinado pelo direito
determinatos. ou pelo Bispo.

Can. 472 - Circa causas atque personas Cân. 472 - Quanto às causas e pessoas
quae in curia ad exercitium potestatis que na cúria fazem parte do exercício do
iudicialis pertinent, serventur praescripta poder judiciário, observem-se as
Libri VII De processibus; de iis autem quae prescrições do livro VII Dos processos; no
ad administrationem dioecesis spectant, que se refere à administração da diocese
serventur praescripta canonum qui observem- se as prescrições dos cânones
sequuntur. seguintes.

Can. 473 - § 1. Episcopus dioecesanus Cân. 473 - § 1. O Bispo diocesano deve


curare debet ut omnia negotia quae ad cuidar que todas as questões pertencentes
universae dioecesis administrationem a administração da diocese toda sejam
pertinent, debite coordinentur et ad bonum devidamente coordenadas e organizadas,
portionis populi Dei sibi commissae aptius de modo a promover mais adequadamente
procurandum ordinentur. o bem da porção do povo de Deus que lhe
foi confiada.
§ 2. Ipsius Episcopi dioecesani est § 2. Compete ao próprio Bispo diocesano
coordinare actionem pastoralem Vicariorum coordenar a ação pastoral dos Vigários
sive generalium sive episcopalium; ubi id gerais ou episcopais; onde for conveniente,
expediat, nominari potest Moderator curiae, pode ser nomeado o Coordenador da
qui sacerdos sit oportet, cuius est sub cúria, que deve ser sacerdote, e a ele
Episcopi auctoritate ea coordinare quae ad cabe, sob a autoridade do Bispo,
negotia administrativa tractanda attinent, coordenar o que se refere ao despacho
itemque curare ut ceteri curiae addicti das questões administrativas e também
officium sibi commissum rite adimpleant. cuidar que os outros funcionários da cúria
cumpram devidamente o ofício que lhes foi
confiado.
§ 3. Nisi locorum adiuncta iudicio Episcopi § 3. A não ser que circunstâncias locais, a
aliud suadeant, Moderator curiae nominetur juízo do Bispo, aconselhem outra coisa,
Vicarius generalis aut, si plures sint, unus seja nomeado Coordenador da cúria o
ex Vicariis generalibus. Vigário geral ou, se forem mais, um dos
Vigários gerais.
§ 4. Ubi id expedire iudicaverit, Episcopus, § 4. Quando julgar oportuno, para melhor
ad actionem pastoralem aptius fovendam, estimular a ação pastoral, o Bispo pode
constituere potest consilium episcopale, constituir o conselho episcopal, que conste
constans scilicet Vicariis generalibus et dos Vigários gerais e dos Vigários
Vicariis episcopalibus. episcopais.

Can. 474 - Acta curiae quae effectum Cân. 474 - Os atos da cúria, destinados a
iuridicum habere nata sunt, subscribi ter efeito jurídico, devem ser assinados
debent ab Ordinario a quo emanant, et pelo Ordinário do qual emanam, e isso
quidem ad validitatem, ac simul a curiae para a validade, e ao mesmo tempo pelo
cancellario vel notario; cancellarius vero chanceler ou notário da cúria; o chanceler,
Moderatorem curiae de actis certiorem porém, é obrigado a informar o
facere tenetur. Coordenador da cúria sobre os atos.
Art. 1. DE VICARIIS GENERALIBUS ET Art. 1 Dos Vigários Gerais e Episcopais
EPISCOPALIBUS
Can. 475 - § 1. In unaquaque dioecesi Cân. 475 - § 1. Em cada diocese deve ser
constituendus est ab Episcopo dioecesano constituído pelo Bispo diocesano o Vigário
Vicarius generalis, qui potestate ordinaria geral que, com poder ordinário, de acordo
ad normam canonum qui sequuntur com os cânones seguintes, o ajude no
instructus, ipsum in universae dioecesis governo de toda a diocese.
regimine adiuvet.
§ 2. Pro regula generali habeatur ut unus § 2. Tenha-se como regra geral que se
constituatur Vicarius generalis, nisi deve constituir um só Vigário geral a não
dioecesis amplitudo vel incolarum numerus ser que a extensão da diocese, o número
aut aliae rationes pastorales aliud de habitantes ou outras razões pastorais
suadeant. aconselhem diversamente.

Can. 476 - Quoties rectum dioecesis Cân. 476 - Sempre que o bom governo da
regimen id requirat, constitui etiam possunt diocese o exigir, podem ser constituídos
ab Episcopo dioecesano unus vel plures pelo Bispo diocesano um ou mais Vigários
Vicarii episcopales, qui nempe aut in episcopais que tenham, em determinada
determinata dioecesis parte aut in certo parte da diocese, ou em determinada
negotiorum genere aut quoad fideles espécie de questões, ou quanto aos fiéis
determinati ritus vel certi personarum de determinado rito ou de certa classe de
coetus, eadem gaudent potestate ordinaria, pessoas, de acordo com os cânones
quae iure universali Vicario generali seguintes, o mesmo poder ordinário que
competit, ad normam canonum qui compete ao Vigário geral por direito
sequuntur. universal.

Can. 477 - § 1. Vicarius generalis et Cân. 477 - § 1. O Vigário geral e o Vigário


episcopalis libere ab Episcopo dioecesano episcopal são nomeados livremente pelo
nominantur et ab ipso libere removeri Bispo diocesano e podem ser livremente
possunt, firmo praescripto can. 406; removidos por ele, salva a prescrição do
Vicarius episcopalis, qui non sit Episcopus cân. 406; o Vigário episcopal, que não for
auxiliaris, nominetur tantum ad tempus, in Bispo auxiliar, seja nomeado só pelo tempo
ipso constitutionis actu determinandum. a ser determinado no próprio ato da
constituição.
§ 2. Vicario generali absente vel legitime § 2. Na ausência ou no legítimo
impedito, Episcopus dioecesanus alium impedimento do Vigário geral, o Bispo
nominare potest, qui eius vices suppleat; diocesano pode nomear outro que o
eadem norma applicatur pro Vicario substitua; a mesma norma se aplica ao
episcopali. Vigário episcopal.

Can. 478 - § 1. Vicarius generalis et Cân. 478 - § 1. O Vigário geral e o Vigário


episcopalis sint sacerdotes annos nati non episcopal sejam sacerdotes com pelo
minus triginta, in iure canonico aut menos trinta anos de idade, doutores ou
theologia doctores vel licentiati vel saltem licenciados em direito canônico ou teologia,
in iisdem disciplinis vere periti, sana ou pelo menos verdadeiramente peritos
doctrina, probitate, prudentia ac rerum nessas disciplinas, recomendados pela sã
gerendarum experientia commendati. doutrina, probidade, prudência e
experiência no trato das questões.
§ 2. Vicarii generalis et episcopalis munus § 2. O ofício de Vigário geral e episcopal
componi non potest cum munere canonici não é compatível com o ofício de cônego
paenitentiarii, neque committi penitenciário, nem pode ser confiado a
consanguineis Episcopi usque ad quartum consangüíneos do Bispo até o quarto grau.
gradum.

Can. 479 - § 1. Vicario generali, vi officii, in Cân. 479 - § 1. Em virtude de seu ofício,
universa dioecesi competit potestas compete ao Vigário geral, na diocese toda,
exsecutiva quae ad Episcopum o poder executivo que, por direito, pertence
dioecesanum iure pertinet, ad ponendos ao Bispo diocesano, para praticar todos os
scilicet omnes actus administrativos, iis atos administrativos, exceto aqueles que o
tamen exceptis quos Episcopus sibi Bispo tenha reservado a si, ou que, pelo
reservaverit vel qui ex iure requirant direito, requeiram mandato especial do
speciale Episcopi mandatum. Bispo.
§ 2. Vicario episcopali ipso iure eadem § 2. Ao Vigário episcopal compete, ipso
competit potestas de qua in § 1, sed quoad iure, o mesmo poder mencionado no § 1,
determinatam territorii partem aut limitado, porém, somente a parte do
negotiorum genus aut fideles determinati território, à espécie de questões, aos fiéis
ritus vel coetus tantum pro quibus de determinado rito ou grupo, para os
constitutus est, iis causis exceptis quas quais foi constituído, exceto as causas que
Episcopus sibi aut Vicario generali o Bispo tenha reservado a si ou ao Vigário
reservaverit, aut quae ex iure requirunt Geral, ou que, pelo direito, exijam mandato
speciale Episcopi mandatum. especial do Bispo.
§ 3. Ad Vicarium generalem atque ad § 3. Ao Vigário geral e ao Vigário
Vicarium episcopalem, intra ambitum episcopal, dentro do âmbito de sua
eorum competentiae, pertinent etiam competência, cabem também as
facultates habituales ab Apostolica Sede faculdades habituais concedidas pela Sé
Episcopo concessae, necnon rescriptorum Apostólica ao Bispo e a execução dos
exsecutio, nisi aliud expresse cautum fuerit rescritos, salvo haja determinação
aut electa fuerit industria personae expressa em contrário ou tenha sido
Episcopi dioecesani. escolhida a própria competência pessoal
do Bispo diocesano.

Can. 480 - Vicarius generalis et Vicarius Cân. 480 - O Vigário geral e o Vigário
episcopalis de praecipuis negotiis et episcopal devem referir ao Bispo
gerendis et gestis Episcopo dioecesano diocesano as principais atividades já
referre debent, nec umquam contra realizadas ou por realizar; nunca procedam
voluntatem et mentem Episcopi dioecesani contra sua vontade e sua mente.
agant.

Can. 481 - § 1. Expirat potestas Vicarii Cân. 481 - § 1. O poder do Vigário geral e
generalis et Vicarii episcopalis expleto do Vigário episcopal expira por término do
tempore mandati, renuntiatione, itemque, tempo de mandato, por renúncia e também
salvis cann. 406 et 409, remotione eisdem salvos os cân. 406 e 409, por destituição a
ab Episcopo dioecesano intimata, atque eles intimada pelo Bispo diocesano, bem
sedis episcopalis vacatione. como pela vacância da sé episcopal.
§ 2. Suspenso munere Episcopi § 2. Suspenso o ofício do Bispo diocesano,
dioecesani, suspenditur potestas Vicarii suspende-se o poder do Vigário geral e do
generalis et Vicarii episcopalis, nisi Vigário episcopal, a não ser que tenham
episcopali dignitate aucti sint. dignidade episcopal.
Art. 2. DE CANCELLARIO ALIISQUE Art. 2 Do Chanceler, dos Outros Notários e
NOTARIIS ET DE ARCHIVIS dos Arquivos
Can. 482 - § 1. In qualibet curia Cân. 482 - § 1. Em toda a cúria constitua-
constituatur cancellarius, cuius praecipuum se um chanceler, cujo ofício principal, salvo
munus, nisi aliter iure particulari statuatur, determinação diversa do direito particular,
est curare ut acta curiae redigantur et é cuidar que os atos da cúria sejam
expediantur, atque eadem in curiae archivo redigidos e despachados, bem como sejam
custodiantur. guardados no arquivo da cúria.
§ 2. Si necesse videatur, cancellario dari § 2. Se parecer necessário, pode-se dar ao
potest adiutor, cui nomen sit vice- chanceler um auxiliar com o nome de vice-
cancellarii. chanceler.
§ 3. Cancellarius necnon vice-cancellarius § 3. O chanceler como também o vice-
sunt eo ipso notarii et secretarii curiae. chanceler são, por isso mesmo, notários e
secretários da cúria.

Can. 483 - § 1. Praeter cancellarium, Cân. 483 - § 1. Além do chanceler, podem


constitui possunt alii notarii, quorum ser constituídos outros notários, cujo
quidem scriptura seu subscriptio publicam escrito ou assinatura fazem fé pública, seja
fidem facit quod attinet sive ad quaelibet para todos os atos, seja somente para atos
acta, sive ad acta iudicialia dumtaxat, sive judiciais ou somente para os atos de
ad acta certae causae aut negotii tantum. determinada causa ou questão.
§ 2. Cancellarius et notarii debent esse § 2. O chanceler e os notários devem ser
integrae famae et omni suspicione maiores; de fama inatacável e acima de qualquer
in causis quibus fama sacerdotis in suspeita; nas causas em que possa estar
discrimen vocari possit, notarius debet em jogo a fama de um sacerdote, o notário
esse sacerdos. deve ser sacerdote.

Can. 484 - Officium notariorum est: Cân. 484 - É dever dos notários:
1° conscribere acta et instrumenta circa 1° - redigir os atos e instrumentos
decreta, dispositiones, obligationes vel alia referentes aos decretos, disposições,
quae eorum operam requirunt; obrigações ou outros que requerem seu
trabalho;
2° in scriptis fideliter redigere quae 2° - exarar fielmente por escrito os atos
geruntur, eaque cum significatione loci, que se praticam, assiná-los, com a
diei, mensis et anni subsignare; indicação do lugar, dia, mês e ano.
3° acta vel instrumenta legitime petenti 3° - exibir, observado o que se deve
ex regesto, servatis servandis, exhibere et observar, os atos ou instrumentos
eorum exempla cum autographo conformia arquivados, a quem os pede
declarare. legitimamente, e declarar que suas cópias
estão conformes com o original.

Can. 485 - Cancellarius aliique notarii Cân. 485 - O chanceler e os outros


libere ab officio removeri possunt ab notários podem ser livremente destituídos
Episcopo dioecesano, non autem ab do ofício pelo Bispo diocesano; não,
Administratore dioecesano, nisi de porém, pelo Administrador diocesano, a
consensu collegii consultorum. não ser com o consentimento do colégio
dos consultores.
Can. 486 - § 1. Documenta omnia, quae Cân. 486 - § 1. Devem-se guardar com o
dioecesim vel paroecias respiciunt, maxima máximo cuidado todos os documentos
cura custodiri debent. relativos à diocese e às paróquias.
§ 2. In unaquaque curia erigatur, in loco § 2. Em cada cúria, seja erigido em lugar
tuto, archivum seu tabularium seguro o arquivo diocesano, no qual sejam
dioecesanum, in quo instrumenta et guardados, dispostos em ordem certa e
scripturae quae ad negotia dioecesana tum diligentemente fechados, os instrumentos e
spiritualia tum temporalia spectant, certo escritos que se referem às questões
ordine disposita et diligenter clausa diocesanas espirituais e temporais.
custodiantur.
§ 3. Documentorum, quae in archivo § 3. Faça-se um inventário ou catálogo,
continentur, conficiatur inventarium seu com breve resumo de cada escrito, dos
catalogus, cum brevi singularum documentos contidos no arquivo.
scripturarum synopsi.

Can. 487 - § 1. Archivum clausum sit Cân. 487 - § 1. É necessário que o arquivo
oportet eiusque clavem habeant solum seja fechado, e sua chave só a tenham o
Episcopus et cancellarius; nemini licet illud Bispo e o chanceler; a ninguém é lícito
ingredi nisi de Episcopi aut Moderatoris entrar nele, a não ser com licença do
curiae simul et cancellarii licentia. Bispo, ou então do Coordenador da cúria e
do chanceler juntos.
§ 2. Ius est iis quorum interest, § 2. É direito dos interessados receber, por
documentorum, quae natura sua sunt si ou por procurador, cópia autêntica
publica quaeque ad statum suae personae manuscrita ou fotostática dos documentos
pertinent, documentum authenticum que, por sua natureza, são públicos e se
scriptum vel photostaticum per se vel per referem ao seu próprio estado pessoal.
procuratorem recipere.

Can. 488 - Ex archivo non licet efferre Cân. 488 - Do arquivo não é lícito retirar
documenta, nisi ad breve tempus tantum documentos, a não ser por breve tempo
atque de Episcopi aut insimul Moderatoris somente e com o consentimento do Bispo
curiae et cancellarii consensu. ou do Moderador da cúria e do chanceler
juntos.

Can. 489 - § 1. Sit in curia dioecesana Cân. 489 - § 1. Haja também na cúria
archivum quoque secretum, aut saltem in diocesana um arquivo secreto, ou pelo
communi archivo armarium seu scrinium, menos haja no arquivo comum um armário
omnino clausum et obseratum, quod de ou cofre, inteiramente fechado à chave que
loco amoveri nequeat, in quo scilicet não possa ser removido do lugar; nele
documenta secreto servanda cautissime sejam guardados com a máxima cautela os
custodiantur. documentos que devem ser conservados
em segredo.
§ 2. Singulis annis destruantur documenta § 2. Cada ano sejam destruídos os
causarum criminalium in materia morum, documentos das causas criminais em
quarum rei vita cesserunt aut quae a matéria de costumes, cujos réus tenham
decennio sententia condemnatoria falecido, ou que já tenham sido concluídas
absolutae sunt, retento facti brevi há dez anos, com sentença condenatória,
summario cum textu sententiae definitivae. conservando-se breve resumo do fato
como texto da sentença definitiva.
Can. 490 - § 1. Archivi secreti clavem Cân. 490 - § 1. Somente o Bispo tenha a
habeat tantummodo Episcopus. chave do arquivo secreto.
§ 2. Sede vacante, archivum vel armarium § 2. Estando vacante a sé, o arquivo ou
secretum ne aperiatur, nisi in casu verae armário secreto não seja aberto, a não ser
necessitatis, ab ipso Administratore pelo próprio Administrador diocesano em
dioecesano. caso de verdadeira necessidade.
§ 3. Ex archivo vel armario secreto § 3. Não se retirem documentos do arquivo
documenta ne efferantur. ou armário secreto.

Can. 491 - § 1. Curet Episcopus Cân. 491 - § 1. O Bispo diocesano cuide


dioecesanus ut acta et documenta que os atos e documentos dos arquivos,
archivorum quoque ecclesiarum também das igrejas catedrais, colegiadas,
cathedralium, collegiatarum, paroecialium, paroquiais e outras existentes em seu
aliarumque in suo territorio exstantium território, sejam diligentemente
diligenter serventur, atque inventaria seu conservados e se façam inventários ou
catalogi conficiantur duobus exemplaribus, catálogos, em duas cópias, uma das quais
quorum alterum in proprio archivo, alterum se conserve no respectivo arquivo e a
in archivo dioecesano serventur. outra no arquivo diocesano.
§ 2. Curet etiam Episcopus dioecesanus ut § 2. Cuide também o Bispo diocesano que
in dioecesi habeatur archivum historicum haja na diocese o arquivo histórico, e que
atque documenta valorem historicum os documentos que têm valor histórico
habentia in eodem diligenter custodiantur sejam diligentemente guardados e
et systematice ordinentur. ordenados sistematicamente.
§ 3. Acta et documenta, de quibus in §§ 1 § 3. Para examinar ou retirar os atos e
et 2, ut inspiciantur aut efferantur, serventur documentos mencionados nos §§ 1 e 2,
normae ab Episcopo dioecesano statutae. observem-se as normas estabelecidas pelo
Bispo diocesano.

Art. 3. DE CONSILIO A REBUS Art. 3 Do Conselho Econômico e do


OECONOMICIS ET DE OECONOMO Ecônomo
Can. 492 - § 1. In singulis dioecesibus Cân. 492 - § 1. Em cada diocese seja
constituatur consilium a rebus oeconomicis, constituído o conselho de assuntos
cui praesidet ipse Episcopus dioecesanus econômicos, que é presidido pelo próprio
eiusve delegatus, et quod constat tribus Bispo diocesano ou por um seu delegado,
saltem christifidelibus, in re oeconomica e consta de ao menos três fiéis nomeados
necnon in iure civili vere peritis et pelo Bispo, realmente peritos em economia
integritate praestantibus, ab Episcopo e direito civil e distintos pela integridade.
nominatis.
§ 2. Membra consilii a rebus oeconomicis § 2. Os membros do conselho econômico
ad quinquennium nominentur, sed expleto sejam nomeados por um qüinqüênio, mas,
hoc tempore ad alia quinquennia assumi passado esse tempo, podem ser
possunt. assumidos para outros qüinqüênios.
§ 3. A consilio a rebus oeconomicis § 3. São excluídos do conselho econômico
excluduntur personae quae cum Episcopo os parentes do Bispo até o quarto grau de
usque ad quartum gradum consanguinitatis consangüinidade ou de afinidade.
vel affinitatis coniunctae sunt.

Can. 493 - Praeter munera ipsi commissa Cân. 493 - Além dos encargos que lhe são
in Libro V De bonis Ecclesiae temporalibus, confiados no livro V Dos bens temporais da
consilii a rebus oeconomicis est quotannis, Igreja, cabe ao conselho econômico
iuxta Episcopi dioecesani indicationes, preparar, cada ano, de acordo com as
rationem apparare quaestuum et indicações do Bispo diocesano, o
erogationum quae pro universo dioecesis orçamento das receitas e despesas,
regimine anno venturo praevidentur, previstas para toda a administração da
necnon, anno exeunte, rationem accepti et diocese no ano seguinte, assim como
expensi probare. aprovar o balanço, no fim do ano.

Can. 494 - § 1. In singulis dioecesibus ab Cân. 494 - § 1. Em cada diocese, seja


Episcopo, auditis collegio consultorum nomeado pelo Bispo, ouvidos o colégio dos
atque consilio a rebus oeconomicis, consultores e o conselho econômico, um
nominetur oeconomus, qui sit in re ecônomo que seja realmente perito em
oeconomica vere peritus et probitate economia e insigne por sua probidade.
prorsus praestans.
§ 2. Oeconomus nominetur ad § 2. O ecônomo seja nomeado por um
quinquennium, sed expleto hoc tempore ad qüinqüênio, mas, passado esse tempo,
alia quinquennia nominari potest; durante pode ser nomeado para outros
munere, ne amoveatur nisi ob gravem qüinqüênios; durante o encargo, não seja
causam ab Episcopo aestimandam, auditis destituído, a não ser por causa grave, a
collegio consultorum atque consilio a rebus juízo do Bispo depois de ouvidos o colégio
oeconomicis. dos consultores e o conselho econômico.
§ 3. Oeconomi est, secundum rationem a § 3. Compete ao ecônomo, de acordo com
consilio a rebus oeconomicis definitam, o modo determinado pelo conselho
bona dioecesis sub auctoritate Episcopi econômico, administrar os bens da diocese
administrare atque ex quaestu dioecesis sob a autoridade do do Bispo e com as
constituto expensas facere, quas receitas da diocese fazer as despesas
Episcopus aliive ab ipso deputati legitime ordenadas legitimamente pelo Bispo ou por
ordinaverint. outros por ele designados.
§ 4. Anno vertente, oeconomus consilio a § 4. No fim do ano, o ecônomo deve
rebus oeconomicis rationem accepti et prestar contas das receitas e despesas ao
expensi reddere debet. conselho econômico.

CAPUT III. DE CONSILIO PRESBYTERALI Capítulo III DO CONSELHO DOS


ET DE COLLEGIO CONSULTORUM PRESBÍTEROS E DO COLÉGIO DOS
CONSULTORES
Can. 495 - § 1. In unaquaque dioecesi Cân. 495 - § 1. Em cada diocese, seja
constituatur consilium presbyterale, coetus constituído o conselho presbiteral, a saber,
scilicet sacerdotum, qui tamquam senatus um grupo de sacerdotes que,
sit Episcopi, presbyterium repraesentans, representando o presbitério, seja como o
cuius est Episcopum in regimine dioecesis senado do Bispo, cabendo- lhe, de acordo
ad normam iuris adiuvare, ut bonum com o direito, ajudar o Bispo no governo da
pastorale portionis populi Dei ipsi diocese, a fim de se promover ao máximo
commissae quam maxime provehatur. o bem pastoral da porção do povo de Deus
que lhe foi confiada.
§ 2. In vicariatibus et praefecturis § 2. Nos vicariatos e prefeituras
apostolicis Vicarius vel Praefectus apostólicas, o Vigário e o Prefeito
constituant consilium ex tribus saltem constituam um conselho de ao menos três
presbyteris missionariis, quorum presbíteros missionários, cujo parecer
sententiam, etiam per epistolam, audiant in devem ouvir, mesmo por carta, nas
gravioribus negotiis. questões mais importantes.

Can. 496 - Consilium presbyterale habeat Cân. 496 - O conselho presbiteral tenha os
propria statuta ab Episcopo dioecesano próprios estatutos aprovados pelo Bispo
approbata, attentis normis ab Episcoporum diocesano, respeitando-se as normas
conferentia prolatis. dadas pela Conferência dos Bispos.

Can. 497 - Ad designationem quod attinet Cân. 497 - No tocante à designação dos
sodalium consilii presbyteralis: membros do conselho presbiteral:
1° dimidia circiter pars libere eligatur a 1° - aproximadamente a metade seja
sacerdotibus ipsis, ad normam canonum eleita livremente pelos próprios sacerdotes,
qui sequuntur, necnon statutorum; de acordo com os cânones seguintes e
com os estatutos;
2° aliqui sacerdotes, ad normam 2° - alguns sacerdotes, de acordo com
statutorum, esse debent membra nata, qui os estatutos, devem ser membros natos,
scilicet ratione officii ipsis demandati ad isto é, pertençam ao conselho em razão do
consilium pertineant; ofício a eles confiado;
3° Episcopo dioecesano integrum est 3° - ao Bispo diocesano compete
aliquos libere nominare. nomear alguns livremente.

Can. 498 - § 1. Ius electionis tum activum Cân. 498 - § 1. Têm voz ativa e passiva
tum passivum ad consilium presbyterale para a constituição do conselho presbiteral:
constituendum habent:
1° omnes sacerdotes saeculares in 1° - todos os sacerdotes seculares
dioecesi incardinati; incardinados na diocese;
2° sacerdotes saeculares in dioecesi 2° - os sacerdotes seculares não
non incardinati, necnon sacerdotes sodales incardinados na diocese e os sacerdotes
alicuius instituti religiosi aut societatis vitae membros de instituto religioso ou de
apostolicae, qui in dioecesi commorantes, sociedade de vida apostólica que,
in eiusdem bonum aliquod officium residindo na diocese, exercem a se favor
exercent. algum ofício.
§ 2. Quatenus statuta id provideant, idem § 2. Na medida em que o determinarem os
ius electionis conferri potest aliis estatutos, pode- se dar voz ativa e passiva
sacerdotibus, qui domicilium aut quasi- a outros sacerdotes que tem domicílio ou
domicilium in dioecesi habent. quase domicílio na diocese.

Can. 499 - Modus eligendi membra consilii Cân. 499 - O modo de eleger os membros
presbyteralis statutis determinandus est, ita do conselho presbiteral deve ser
quidem ut, quatenus id fieri possit, determinado pelos estatutos, de tal modo,
sacerdotes presbyterii repraesententur, porém, que sejam representados,
ratione habita maxime diversorum enquanto possível, os sacerdotes do
ministeriorum variarumque dioecesis presbitério, levando-se em conta
regionum. principalmente os diversos ministérios e as
várias regiões da diocese.

Can. 500 - § 1. Episcopi dioecesani est Cân. 500 - § 1. Compete ao Bispo


consilium presbyterale convocare, eidem diocesano convocar o conselho presbiteral,
praesidere atque quaestiones in eodem presidí- lo, determinar as questões a serem
tractandas determinare aut a membris tratadas ou aceitar as questões propostas
propositas recipere. pelos membros.
§ 2. Consilium presbyterale gaudet voto § 2. O conselho presbiteral tem voto
tantum consultivo; Episcopus dioecesanus somente consultivo; o Bispo diocesano
illud audiat in negotiis maioris momenti, ouça-o nas questões de maior importância,
eius autem consensu eget solummodo in mas precisa do seu consentimento só nos
casibus iure expresse definitis. casos expressamente determinados pelo
direito.
§ 3. Consilium presbyterale numquam § 3. O conselho presbiteral nunca pode
agere valet sine Episcopo dioecesano, ad agir sem o Bispo diocesano, ao qual
quem solum etiam cura spectat ea também compete exclusivamente o
divulgandi quae ad normam § 2 statuta cuidado da divulgação do que foi
sunt. estabelecido, de acordo com o § 2.

Can. 501 - § 1. Membra consilii Cân. 501 - § l. Os membros do conselho


presbyteralis designentur ad tempus, in presbiteral sejam designados pelo tempo
statutis determinatum, ita tamen ut determinado nos estatutos, de modo porém
integrum consilium vel aliqua eius pars que todo o conselho, ou pelo menos parte
intra quinquennium renovetur. dele, se renove dentro de cinco anos.
§ 2. Vacante sede, consilium presbyterale § 2. Vagando a sé, o conselho presbiteral
cessat eiusque munera implentur a collegio cessa, e suas funções são
consultorum; intra annum a capta desempenhadas pelo colégio dos
possessione Episcopus debet consilium consultores; dentro do prazo de um ano
presbyterale noviter constituere. após a tomada de posse, o Bispo deve
constituir novamente o conselho
presbisteral.
§ 3. Si consilium presbyterale munus sibi in § 3. Se o conselho presbiteral não cumprir
bonum dioecesis commissum non o encargo que lhe foi confiado para o bem
adimpleat aut eodem graviter abutatur, da diocese, ou então abusar dele
Episcopus dioecesanus, facta gravemente, o Bispo diocesano pode
consultatione cum Metropolita, aut si de dissolvê-lo, após consultar o metropolita,
ipsa sede metropolitana agatur cum ou tratando-se da própria sé metropolitana,
Episcopo suffraganeo promotione após consultar o Bispo sufragâneo mais
antiquiore, illud dissolvere potest, sed intra antigo por promoção; dentro de um ano,
annum debet noviter constituere. porém, deve constituí-lo novamente.

Can. 502 - § 1. Inter membra consilii Cân. 502 - § 1. Entre os membros do


presbyteralis ab Episcopo dioecesano conselho presbiteral, são livremente
libere nominantur aliqui sacerdotes, nomeados pelo Bispo diocesano alguns
numero non minore quam sex nec maiore sacerdotes, não menos de seis nem mais
quam duodecim, qui collegium consultorum de doze, que constituam por um
ad quinquennium constituant, cui qüinqüênio o colégio dos consultores, ao
competunt munera iure determinata; qual competem as funções determinadas
expleto tamen quinquennio munera sua pelo direito; terminado o qüinqüênio,
propria exercere pergit usquedum novum porém, ele continua a exercer suas
collegium constituatur. funções próprias, até que seja constituído
nov o colégio.
§ 2. Collegio consultorum praeest § 2. Ao Colégio dos consultores preside o
Episcopus dioecesanus; sede autem Bispo diocesano; ficando, porém a sé
impedita aut vacante, is qui ad interim impedida ou vacante, preside aquele que
Episcopi locum tenet aut, si constitutus substitui interinamente o Bispo, ou então,
nondum fuerit, sacerdos ordinatione se ainda não foi constituído, o sacerdote
antiquior in collegio consultorum. mais antigo por ordenação no colégio dos
consultores.
§ 3. Episcoporum conferentia statuere § 3. A Conferência dos Bispos pode
potest ut munera collegii consultorum determinar que as funções do colégio dos
capitulo cathedrali committantur. consultores sejam confiadas ao cabido da
catedral.
§ 4. In vicariatu et praefectura apostolica § 4. No vicariato e na prefeitura apostólica,
munera collegii consultorum competunt as funções do colégio dos consultores
consilio missionis, de quo in can. 495, § 2, competem ao conselho da missão,
nisi aliud iure statuatur. mencionado no can. 495 § 2, a não ser que
no direito se determine outra coisa.

CAPUT IV. DE CANONICORUM Capítulo IV DOS CABIDOS DE CÔNEGOS


CAPITULIS
Can. 503 - Capitulum canonicorum, sive Cân. 503 - O cabido de cônegos, seja da
cathedrale sive collegiale, est sacerdotum catedral seja colegial, é o colégio de
collegium, cuius est functiones liturgicas sacerdotes, ao qual compete realizar as
sollemniores in ecclesia cathedrali aut funções litúrgicas mais solenes na igreja
collegiali persolvere; capituli cathedralis catedral ou colegiada; além disso, compete
praeterea est munera adimplere, quae iure ao cabido da catedral desempenhar
aut ab Episcopo dioecesano ei funções que lhe são confiadas pelo direito
committuntur. ou pelo Bispo diocesano.

Can. 504 - Capituli cathedralis erectio, Cân. 504 - A ereção, modificação ou


innovatio aut suppressio Sedi Apostolicae supressão do cabido da catedral são
reservantur. reservadas à Sé Apostólica.

Can. 505 - Unumquodque capitulum, sive Cân. 505 - Cada cabido, da catedral ou
cathedrale sive collegiale, sua habeat colegial, tenha seus estatutos
statuta, per legitimum actum capitularem estabelecidos por legítimo ato capitular e
condita atque ab Episcopo dioecesano aprovados pelo Bispo diocesano; esses
probata; quae statuta ne immutentur neve estatutos não sejam modificados ou ab-
abrogentur, nisi approbante eodem rogados, a não ser com a aprovação do
Episcopo dioecesano. Bispo diocesano.

Can. 506 - § 1. Statuta capituli, salvis Cân. 506 - § 1. Os estatutos do cabido,


semper fundationis legibus, ipsam capituli salvas sempre as leis de fundação,
constitutionem et numerum canonicorum determinem a própria constituição do
determinent; definiant quaenam a capitulo cabido e o número de cônegos; definam o
et a singulis canonicis ad cultum divinum que deve ser feito pelo cabido e pelos
necnon ad ministerium persolvendum sint cônegos no que se refere ao culto divino e
peragenda; decernant conventus in quibus ao ministério; marquem as reuniões em
capituli negotia agantur atque, salvis que sejam tratadas as questões referentes
quidem iuris universalis praescriptis, ao cabido, e, salvas as prescrições do
condiciones statuant ad validitatem direito universal, estabeleçam as condições
liceitatemque negotiorum requisitas. requeridas para a validade e liceidade das
questões.
§ 2. In statutis etiam definiantur § 2. Nos estatutos, determinem-se também
emolumenta, tum stabilia tum occasione os emolumentos fixos ou os que devem ser
perfuncti muneris solvenda necnon, attentis pagos por ocasião do desempenho de
normis a Sancta Sede latis, quaenam sint alguma função, e, levando em conta as
canonicorum insignia. normas dadas pela Santa Sé, as insígnias
dos cônegos.

Can. 507 - § 1. Inter canonicos habeatur Cân. 507 - § 1. Entre os cônegos haja um
qui capitulo praesit, atque alia etiam presidente do cabido; constituam-se
constituantur officia ad normam statutorum, também outros ofícios, de acordo com os
ratione quoque habita usus in regione estatutos, levando-se em conta também o
vigentis. costume vigente na região.
§ 2. Clericis ad capitulum non § 2. Aos clérigos que não pertencem ao
pertinentibus, committi possunt alia officia, cabido, podem ser confiados outros ofícios,
quibus ipsi, ad normam statutorum, pelos quais eles prestem ajuda aos
canonicis auxilium praebeant. cônegos, de acordo com os estatutos.

Can. 508 - § 1. Paenitentiarius canonicus Cân. 508 - § 1. O cônego penitenciário,


tum ecclesiae cathedralis tum ecclesiae tanto da igreja catedral como da igreja
collegialis vi officii habet facultatem colegiada, em virtude de seu ofício, tem
ordinariam, quam tamen aliis delegare non faculdade ordinária, não delegável a
potest, absolvendi in foro sacramentali a outros, de absolver, no foro sacramental,
censuris latae sententiae non declaratis, das censuras latae sententiae, não
Apostolicae Sedi non reservatis, in dioecesi declaradas e não reservadas a Sé
extraneos quoque, dioecesanos autem Apostólica; na diocese, mesmo aos
etiam extra territorium dioecesis. estranhos; e aos diocesanos, mesmo fora
do território da diocese.
§ 2. Ubi deficit capitulum, Episcopus § 2. Onde não existe cabido, o Bispo
dioecesanus sacerdotem constituat ad diocesano constitua um sacerdote para
idem munus implendum. exercer esse encargo.

Can. 509 - § 1. Episcopi dioecesani, audito Cân. 509 - § 1. Compete ao Bispo


capitulo, non autem Administratoris diocesano, mas não ao Administrador
dioecesani, est omnes et singulos conferre diocesano, após ouvir o cabido, conferir
canonicatus, tum in ecclesia cathedrali tum todos e cada um dos canonicatos, na igreja
in ecclesia collegiali, revocato quolibet catedral ou na igreja colegiada, revogando-
contrario privilegio; eiusdem Episcopi est se qualquer privilégio contrário; compete
confirmare electum ab ipso capitulo, qui ainda ao Bispo diocesano confirmar o
eidem praesit. presidente eleito pelo cabido.
§ 2. Canonicatus Episcopus dioecesanus § 2. O Bispo diocesano confira o
conferat tantum sacerdotibus doctrina canonicato só a sacerdotes que se
vitaeque integritate praestantibus, qui distingam pela doutrina e integridade de
laudabiliter ministerium exercuerunt. vida e que exerceram o ministério de modo
louvável.

Can. 510 - § 1. Capitulo canonicorum ne Cân. 510 - § 1. Não mais se unam


amplius uniantur paroeciae; quae unitae paróquias ao cabido de cônegos; aquelas
alicui capitulo exstent, ab Episcopo que ainda estiverem unidas a algum
dioecesano a capitulo separentur. cabido, sejam separadas dele pelo Bispo
diocesano.
§ 2. In ecclesia, quae simul sit paroecialis § 2. Na igreja que é simultaneamente
et capitularis, designetur parochus, sive paroquial e capitular, nomeie-se um
inter capitulares delectus, sive non; qui pároco, escolhido ao não entre os
parochus omnibus obstringitur officiis atque cônegos; esse pároco tem todos os
gaudet iuribus et facultatibus quae ad deveres e goza dos direitos e faculdades
normam iuris propria sunt parochi. que são próprios do pároco, de acordo com
o direito.
§ 3. Episcopi dioecesani est certas statuere § 3. Compete ao Bispo diocesano
normas, quibus officia pastoralia parochi estabelecer determinadas normas, pelas
atque munera capitulo propria debite quais sejam devidamente harmonizados os
componantur, cavendo ne parochus deveres pastorais do pároco e as funções
capitularibus nec capitulum paroecialibus próprias do cabido, cuidando- se que nem
functionibus impedimento sit; conflictus, si o pároco seja de impedimento aos
quidam habeantur, dirimat Episcopus cônegos, nem os cônegos às funções
dioecesanus, qui imprimis curet ut fidelium paroquiais; se houver conflitos, sejam
necessitatibus pastoralibus apte dirimidos pelo Bispo diocesano, que deve
prospiciatur. principalmente cuidar que se atenda de
modo devido às necessidades pastorais
dos fiéis.
§ 4. Quae ecclesiae, paroeciali simul et § 4. As ofertas que são dadas a uma igreja,
capitulari, conferantur eleemosynae, simultaneamente paroquial e capitular,
praesumuntur datae paroeciae, nisi aliud presumem-se dadas à paróquia, a não ser
constet. que conste o contrário.

CAPUT V. DE CONSILIO PASTORALI Capítulo V DO CONSELHO PASTORAL


Can. 511 - In singulis dioecesibus, Cân. 511 - Em cada diocese, enquanto a
quatenus pastoralia adiuncta id suadeant, situação pastoral o aconselhar, seja
constituatur consilium pastorale, cuius est constituído o conselho pastoral, ao qual
sub auctoritate Episcopi ea quae opera compete, sob a autoridade do Bispo,
pastoralia in dioecesi spectant investigare, examinar e avaliar as atividades pastorais
perpendere atque de eis conclusiones na diocese propor conclusões práticas
practicas proponere. sobre elas.

Can. 512 - § 1. Consilium pastorale constat Cân. 512 - § 1. O conselho pastoral consta
christifidelibus qui in plena communione de fiéis em plena comunhão com a Igreja
sint cum Ecclesia catholica, tum clericis, católica, clérigos, membros de institutos de
tum membris institutorum vitae vida consagrada, ou principalmente leigos
consecratae, tum praesertim laicis, quique designados de acordo com o modo
designantur modo ab Episcopo dioecesano indicado pelo Bispo diocesano.
determinato.
§ 2. Christifideles, qui deputantur ad § 2. Os fiéis designados para o conselho
consilium pastorale, ita seligantur ut per pastoral, sejam de tal modo escolhidos que
eos universa populi Dei portio, quae por eles se configurem realmente toda a
dioecesim constituat, revera configuretur, porção do povo de Deus que constitui a
ratione habita diversarum dioecesis diocese, levando-se em conta as div ersas
regionum, condicionum socialium et regiões da diocese, as condições sociais e
professionum, necnon partis quam sive as profissões, bem como a parte que eles
singuli sive cum aliis coniuncti in apostolatu tem no apostolado individualmente ou
habent. associados a outros.
§ 3. Ad consilium pastorale ne deputentur § 3. Para o conselho pastoral não sejam
nisi christifideles certa fide, bonis moribus designados senão fiéis que se distingam
et prudentia praestantes. por uma fé sólida, bons costumes e
prudência.

Can. 513 - § 1. Consilium pastorale Cân. 513 - § 1. O conselho pastoral e


constituitur ad tempus, iuxta praescripta constituído por tempo determinado, de
statutorum, quae ab Episcopo dantur. acordo com as prescrições dos estatutos,
que são dadas pelo Bispo.
§ 2. Sede vacante, consilium pastorale § 2. Vagando a sé, cessa o conselho
cessat. pastoral.

Can. 514 - § 1. Consilium pastorale, quod Cân. 514 - § 1. Compete exclusivamente


voto gaudet tantum consultivo, iuxta ao Bispo diocesano, de acordo com as
necessitates apostolatus convocare eique necessidades do apostolado, convocar e
praeesse ad solum Episcopum presidir o conselho pastoral, que tem
dioecesanum pertinet; ad quem etiam somente voto consultivo; também a ele
unice spectat, quae in consilio pertractata compete publicar o que foi tratado no
sunt publici iuris facere. conselho.
§ 2. Saltem semel in anno convocetur. § 2. Seja convocado pelo menos uma vez
por ano.

CAPUT VI. DE PAROECIIS, DE Capítulo VI DAS PARÓQUIAS, DOS


PAROCHIS ET DE VICARIIS PÁROCOS E DOS VIGÁRIOS
PAROECIALIBUS PAROQUIAIS
Can. 515 - § 1. Paroecia est certa Cân. 515 - § 1. Paróquia é uma
communitas christifidelium in Ecclesia determinada comunidade de fiéis,
particulari stabiliter constituta, cuius cura constituída estavelmente na Igreja
pastoralis, sub auctoritate Episcopi particular, e seu cuidado pastoral é
dioecesani, committitur parocho, qua confiado ao pároco como a seu pastor
proprio eiusdem pastori. próprio, sob a autoridade do Bispo
diocesano.
§ 2. Paroecias erigere, supprimere aut eas § 2. Erigir, suprimir ou modificar as
innovare unius est Episcopi dioecesani, qui paróquias compete exclusivamente ao
paroecias ne erigat aut supprimat, neve Bispo diocesano, o qual não erija, nem
eas notabiliter innovet, nisi audito consilio suprima paróquias, nem as modifique de
presbyterali. modo notável, a não ser ouvindo o
conselho presbiteral.
§ 3. Paroecia legitime erecta personalitate § 3. A paróquia legitimamente erigida tem,
iuridica ipso iure gaudet. ipso iure, personalidade jurídica.

Can. 516 - § 1. Nisi aliud iure caveatur, Cân. 516 - § 1. Salvo determinação
paroeciae aequiparatur quasi-paroecia, contrária do direito, à paróquia se equipara
quae est certa in Ecclesia particulari a quase- paróquia, que é, na Igreja
communitas christifidelium, sacerdoti uti particular, uma determinada comunidade
pastori proprio commissa, ob peculiaria de fiéis confiada a um sacerdote como a
adiuncta in paroeciam nondum erecta. pastor próprio, ainda não erigida como
paróquia por circunstâncias especiais.
§ 2. Ubi quaedam communitates in § 2. Onde certas comunidades não possam
paroeciam vel quasi-paroeciam erigi non ser erigidas como paróquias ou quase-
possint, Episcopus dioecesanus alio modo paróquias, o Bispo diocesano assegure de
earundem pastorali curae prospiciat. outro modo o cuidado pastoral delas.

Can. 517 - § 1. Ubi adiuncta id requirant, Cân. 517 - § 1. Onde as circunstâncias o


paroeciae aut diversarum simul exigirem, o cuidado pastoral de uma
paroeciarum cura pastoralis committi potest paróquia, ou de diversas paróquias juntas,
pluribus in solidum sacerdotibus, ea tamen pode ser confiado solidariamente a mais
lege, ut eorundem unus curae pastoralis sacerdotes, com a condição, porém, que
exercendae sit moderator, qui nempe um deles seja o coordenador do cuidado
actionem coniunctam dirigat atque de pastoral a ser exercido, isto é, dirija a
eadem coram Episcopo respondeat. atividade conjunta e responda por ela
perante o Bispo.
§ 2. Si ob sacerdotum penuriam Episcopus § 2. Por causa da escassez de sacerdotes,
dioecesanus aestimaverit participationem se o Bispo diocesano julgar que a
in exercitio curae pastoralis paroeciae participação no exercício do cuidado
concredendam esse diacono aliive pastoral da paróquia deva ser confiada a
personae sacerdotali charactere non um diácono ou a uma pessoa que não
insignitae aut personarum communitati, tenha o caráter sacerdotal, ou a uma
sacerdotem constituat aliquem qui, comunidade de pessoas, constitua um
potestatibus et facultatibus parochi sacerdote que dirija o cuidado pastoral,
instructus, curam pastoralem moderetur. munido dos poderes e das faculdades de
pároco.

Can. 518 - Paroecia regula generali sit Cân. 518 - Por via de regra, a paróquia
territorialis, quae scilicet omnes seja territorial, isto é, seja tal que
complectatur christifideles certi territorii; ubi compreenda todos os fiéis de um
vero id expediat, constituantur paroeciae determinado território; onde, porém, for
personales, ratione ritus, linguae, nationis conveniente, constituam-se paróquias
christifidelium alicuius territorii atque alia pessoais, em razão de rito, língua,
etiam ratione determinatae. nacionalidade dos fiéis de um território, e
também por outra razão determinada.

Can. 519 - Parochus est pastor proprius Cân. 519 - O pároco e o pastor próprio da
paroeciae sibi commissae, cura pastorali paróquia a ele confiada; exerce o cuidado
communitatis sibi concreditae fungens sub pastoral da comunidade que lhe foi
auctoritate Episcopi dioecesani, cuius in entregue, sob a autoridade do bispo
partem ministerii Christi vocatus est, ut pro diocesano, em cujo ministério de Cristo é
eadem communitate munera exsequatur chamado a participar, a fim de exercer em
docendi, sanctificandi et regendi, favor dessa comunidade o múnus de
cooperantibus etiam aliis presbyteris vel ensinar santificar e governar, com a
diaconis atque operam conferentibus cooperação também de outros presbíteros
christifidelibus laicis, ad normam iuris. ou diáconos e com a colaboração dos fiéis
leigos, de acordo com o direito.

Can. 520 - § 1. Persona iuridica ne sit Cân. 520 - § 1. Uma pessoa jurídica não
parochus; Episcopus autem dioecesanus, seja pároco; no entanto, o Bispo
non vero Administrator dioecesanus, de diocesano, mas não o Administrador
consensu competentis Superioris, potest diocesano, pode, com o consentimento do
paroeciam committere instituto religioso Superior competente, confiar uma paróquia
clericali vel societati clericali vitae a um instituto religioso clerical ou a uma
apostolicae, eam erigendo etiam in sociedade clerical de vida apostólica,
ecclesia instituti aut societatis, hac tamen erigindo-a mesmo em igreja do instituto ou
lege ut unus presbyter sit paroeciae da sociedade, mas com a condição de que
parochus, aut, si cura pastoralis pluribus in um presbítero seja o pároco da paróquia
solidum committatur, moderator, de quo in ou o coordenador mencionado no can. 517
can. 517, § 1. § 1, se o cuidado pastoral for confiado a
vários solidariamente.
§ 2. Paroeciae commissio, de qua in § 1, § 2. O cuidado da paróquia, mencionado
fieri potest sive in perpetuum sive ad no § 1, pode ser confiado perpetuamente
certum praefinitum tempus; in utroque casu ou por tempo determinado; em ambos os
fiat mediante conventione scripta inter casos, faça-se mediante convênio escrito,
Episcopum dioecesanum et competentem celebrado entre o Bispo diocesano e o
Superiorem instituti vel societatis inita, qua Superior competente do instituto ou da
inter alia expresse et accurate definiantur, sociedade, no qual, entre outras coisas, se
quae ad opus explendum, ad personas determine explícita e cuidadosamente o
eidem addicendas et ad res oeconomicas que se refere ao trabalho a ser
spectent. desenvolvido, às pessoas que devem a ele
ser destinadas e às questões econômicas.

Can. 521 - § 1. Ut quis valide in parochum Cân. 521 - § 1. Para alguém ser assumido
assumatur, oportet sit in sacro validamente como pároco, requer-se que
presbyteratus ordine constitutus. seja constituído na ordem sacra do
presbiterato.
§ 2. Sit praeterea sana doctrina et morum § 2. Além disso, distinga-se pela sã
probitate praestans, animarum zelo aliisque doutrina e pela probidade de costumes,
virtutibus praeditus, atque insuper seja dotado de zelo pelas almas e de
qualitatibus gaudeat quae ad paroeciam, outras virtudes e tenha também as
de qua agitur, curandam iure sive universali qualidades requeridas para cuidar da
sive particulari requiruntur. paróquia em questão de acordo com o
direito universal e particular.
§ 3. Ad officium parochi alicui § 3. Para conferir a alguém o ofício de
conferendum, oportet de eius idoneitate, pároco, é necessário que com plena
modo ab Episcopo dioecesano certeza conste de sua idoneidade, da
determinato, etiam per examen, certo maneira determinada pelo Bispo
constet. diocesano, até mesmo por meio de exame.

Can. 522 - Parochus stabilitate gaudeat Cân. 522 - É necessário que o pároco
oportet ideoque ad tempus indefinitum tenha estabilidade e, portanto, seja
nominetur; ad certum tempus tantum ab nomeado por tempo indeterminado; só
Episcopo dioecesano nominari potest, si id pode ser nomeado pelo Bispo diocesano
ab Episcoporum conferentia per decretum por tempo determinado, se isto for admitido
admissum fuerit. por decreto pela Conferência dos Bispos.

Can. 523 - Firmo praescripto can. 682, § 1, Cân. 523 - Salva a prescrição do cân. 682
parochi officii provisio Episcopo dioecesano § 1, a provisão do ofício de pároco
competit et quidem libera collatione, nisi compete ao Bispo diocesano e, por livre
cuidam sit ius praesentationis aut colação, a não ser que alguém tenha o
electionis. direto de apresentação ou de eleição.

Can. 524 - Vacantem paroeciam Episcopus Cân. 524 - Ponderando todas as


dioecesanus conferat illi quem, omnibus circunstâncias, o Bispo diocesano,
perpensis adiunctis, aestimet idoneum ad evitando qualquer discriminação de
paroecialem curam in eadem implendam, pessoas, entregue a paróquia vacante
omni personarum acceptione remota; ut àquele que julgar idôneo para
iudicium de idoneitate ferat, audiat vicarium desempenhar nela o cuidado paroquial; a
foraneum aptasque investigationes fim de julgar de sua idoneidade, ouça o
peragat, auditis, si casus ferat, certis Vigário forâneo e faça as devidas
presbyteris necnon christifidelibus laicis. indagações, ouvindo, se for o caso,
determinados presbíteros e fiéis leigos.

Can. 525 - Sede vacante aut impedita, ad Cân. 525 - Vacante ou impedida a sé,
Administratorem dioecesanum aliumve compete ao Administrador diocesano ou a
dioecesim ad interim regentem pertinet: outro que governe interinamente a diocese:
1° institutionem vel confirmationem 1° - dar instituição ou confirmação a
concedere presbyteris, qui ad paroeciam sacerdotes legitimamente apresentados ou
legitime praesentati aut electi fuerint; eleitos para uma paróquia;
2° parochos nominare, si sedes ab 2° - nomear os párocos, se a sé estiver
anno vacaverit aut impedita sit. vacante ou impedida há um ano.

Can. 526 - § 1. Parochus unius paroeciae Cân. 526 - § 1. O pároco tenha o cuidado
tantum curam paroecialem habeat; ob pastoral de uma só paróquia; todavia, por
penuriam tamen sacerdotum aut alia falta de sacerdotes ou por outras
adiuncta, plurium vicinarum paroeciarum circunstâncias, pode-se confiar ao mesmo
cura eidem parocho concredi potest. pároco o cuidado pastoral de várias
paróquias vizinhas.
§ 2. In eadem paroecia unus tantum § 2. Na mesma paróquia, haja só um
habeatur parochus aut moderator ad pároco ou coordenador, de acordo com o
normam can. 517, § 1, reprobata contraria can. 517 § 1, reprovando-se o costume
consuetudine et revocato quolibet contrario contrário e revogando-se qualquer
privilegio. privilégio contrário.

Can. 527 - § 1. Qui ad curam pastoralem Cân. 527 - § 1. Quem foi promovido para o
paroeciae gerendam promotus est, cuidado pastoral de uma paróquia, recebe-
eandem obtinet et exercere tenetur a o e está obrigado a exercer esse cuidado
momento captae possessionis. desde o momento da tomada de posse.
§ 2. Parochum in possessionem mittit loci § 2. O Ordinário local ou sacerdote por ele
Ordinarius aut sacerdos ab eodem delegado é quem dá posse ao pároco,
delegatus, servato modo lege particulari observando-se o modo aceito por lei
aut legitima consuetudine recepto; iusta particular ou por legítimo costume; todavia,
tamen de causa potest idem Ordinarius ab por justa causa, o Ordinário pode
eo modo dispensare; quo in casu dispensar essa forma; neste caso, a
dispensatio paroeciae notificata locum dispensa comunicada a paróquia substitui
tenet captae possessionis. a tomada de posse.
§ 3. Loci Ordinarius praefiniat tempus intra § 3. O Ordinário local determine o prazo
quod paroeciae possessio capi debeat; quo dentro do qual se deve tomar posse da
inutiliter praeterlapso, nisi iustum obstiterit paróquia; decorrido inutilmente esse prazo,
impedimentum, paroeciam vacare a não ser que justo impedimento tenha
declarare potest. obstado, pode declarar vacante a paróquia.
Can. 528 - § 1. Parochus obligatione Cân. 528 - § 1. O pároco tem a obrigação
tenetur providendi ut Dei verbum integre in de fazer com que a palavra de Deus seja
paroecia degentibus annuntietur; quare integralmente anunciada aos que vivem na
curet ut christifideles laici in fidei veritatibus paróquia; cuide, portanto, que os fiéis
edoceantur, praesertim homilia diebus sejam instruídos nas verdades da fé,
dominicis et festis de praecepto habenda principalmente através da homilia, que
necnon catechetica institutione tradenda, deve ser feita nos domingos e festas de
atque foveat opera quibus spiritus preceito, e mediante a instrução
evangelicus, etiam ad iustitiam socialem catequética que se deve dar. Estimule
quod attinet, promoveatur; peculiarem obras que promovam o espírito evangélico,
curam habeat de puerorum iuvenumque também no que se refere a justiça social.
educatione catholica; omni ope satagat, Tenha especial cuidado com a educação
associata etiam sibi christifidelium opera, ut católica das crianças e jovens. Procure
nuntius evangelicus ad eos quoque com todo o empenho, associando a si o
perveniat, qui a religione colenda trabalho dos fiéis, que o anúncio
recesserint aut veram fidem non evangélico chegue também aos que se
profiteantur. afastaram da prática da religião ou que não
professam a verdadeira fé.
§ 2. Consulat parochus ut sanctissima § 2. Cuide o pároco que a santíssima
Eucharistia centrum sit congregationis Eucaristia seja o centro da comunidade
fidelium paroecialis; allaboret ut paroquial dos fiéis; empenhe-se para que
christifideles, per devotam sacramentorum os fiéis se alimentem com a devota
celebrationem, pascantur, peculiarique celebração dos sacramentos e, de modo
modo ut frequenter ad sanctissimae especial, que se se aproximem
Eucharistiae et paenitentiae sacramenta freqüentemente do sacramento da
accedant; annitatur item ut iidem ad santíssima Eucaristia e da penitência.
orationem etiam in familiis peragendam Esforce- se também para que sejam
ducantur atque conscie et actuose partem levados a fazer oração em família, e
habeant in sacra liturgia, quam quidem, participem consciente e ativamente da
sub auctoritate Episcopi dioecesani, sagrada liturgia. Sob a autoridade do Bispo
parochus in sua paroecia moderari debet diocesano, o pároco deve dirigir a liturgia
et, ne abusus irrepant, invigilare tenetur. na sua paróquia e é obrigado a cuidar que
nela não se introduzam abusos.

Can. 529 - § 1. Officium pastoris sedulo ut Cân. 529 - § 1. Para cumprir


adimpleat, parochus fideles suae curae diligentemente o ofício de pastor, o pároco
commissos cognoscere satagat; ideo se esforce em conhecer os fiéis entregues
familias visitet, fidelium sollicitudines, a seus cuidados. Por isso, visite as
angores et luctus praesertim participans famílias, participando das preocupações
eosque in Domino confortans necnon, si in dos fiéis, principalmente de suas angústias
quibusdam defecerint, prudenter corrigens; e dores, confortando-os no Senhor e, se
aegrotos, praesertim morti proximos, effusa tiverem falhado em alguma coisa,
caritate adiuvet, eos sollicite sacramentis corrigindo-os com prudência. Ajude com
reficiendo eorumque animas Deo exuberante caridade os doentes, sobretudo
commendando; peculiari diligentia os moribundos, confortando-os
prosequatur pauperes, afflictos, solitarios, e solicitamente com os sacramentos e
patria exsules itemque peculiaribus recomendando suas almas a Deus.
difficultatibus gravatos; allaboret etiam ut Especial cuidado dedique aos pobres e
coniuges et parentes ad officia propria doentes, aos aflitos e solitários, aos
implenda sustineantur et in familia vitae exilados e aos que passam por especiais
christianae incrementum foveat. dificuldades. Empenhe-se também para
que os esposos e pais sejam ajudados no
cumprimento de seus deveres; incentive na
família o crescimento da vida cristã.
§ 2. Partem quam christifideles laici in § 2. O pároco reconheça e promova a
missione Ecclesiae propriam habent, parte própria que os fiéis leigos tem na
parochus agnoscat et promoveat, missão da Igreja, incentivando suas
consociationes eorundem ad fines associações que se propõem finalidades
religionis fovendo. Cum proprio Episcopo et religiosas. Coopere com o próprio Bispo e
cum dioecesis presbyterio cooperetur, com o presbitério da diocese, trabalhando
allaborans etiam ut fideles communionis para que também os fiéis sejam solícitos
paroecialis curam habeant, iidemque tum em prol do espírito de comunhão na
dioecesis tum Ecclesiae universae membra paróquia, sintam-se membros da diocese e
se sentiant operaque ad eandem da Igreja universal e participem ou
communionem promovendam participent colaborem nas obras destinadas a
vel sustineant. promover essa comunhão.

Can. 530 - Functiones specialiter parocho Cân. 530 - As funções especialmente


commissae sunt quae sequuntur: confiadas ao pároco são as seguintes:
1° administratio baptismi; 1° - administrar o batismo;
2° administratio sacramenti 2° - administrar o sacramento da
confirmationis iis qui in periculo mortis confirmação aos que se acham em perigo
versantur, ad normam can. 883, n. 3; de morte, segundo o cân. 883, n.3;
3° administratio Viatici necnon unctionis 3° - administrar o viático e a unção dos
infirmorum, firmo praescripto can. 1003, enfermos, salva a prescrição do cân. 1003,
§§ 2 et 3, atque apostolicae benedictionis §§ 2 e 3, e dar a bênção apostólica;
impertitio;
4° assistentia matrimoniis et benedictio 4° - assistir aos matrimônios e dar
nuptiarum; bênção nupcial;
5° persolutio funerum; 5° - realizar funerais;
6° fontis baptismalis tempore paschali 6° - benzer a fonte batismal no tempo
benedictio, ductus processionum extra pascal, fazer procissões fora da igreja, e
ecclesiam, necnon benedictiones extra dar bênçãos solenes fora da igreja;
ecclesiam sollemnes;
7° celebratio eucharistica sollemnior 7° - celebrar mais solenemente a
diebus dominicis et festis de praecepto. Eucaristia nos domingos e festas de
preceito.

Can. 531 - Licet paroeciale quoddam Cân. 531 - Mesmo que outro tenha
munus alius expleverit, oblationes quas hac exercido alguma função paroquial,
occasione a christifidelibus recipit ad entregue à caixa paroquial as ofertas
massam paroecialem deferat, nisi de recebidas dos fiéis nessa ocasião, salvo se
contraria offerentis voluntate constet quoad conste vontade contrária do ofertante
oblationes voluntarias; Episcopo quanto às ofertas voluntárias; compete ao
dioecesano, audito consilio presbyterali, Bispo diocesano, ouvido o conselho
competit statuere praescripta, quibus presbiteral, dar prescrições com que se
destinationi harum oblationum necnon proveja a destinação dessas ofertas e a
remunerationi clericorum idem munus remuneração dos clérigos que exercem
implentium provideatur. essa função.

Can. 532 - In omnibus negotiis iuridicis Cân. 532 - Em todos os negócios jurídicos,
parochus personam gerit paroeciae, ad o pároco representa a paróquia, de acordo
normam iuris; curet ut bona paroeciae com o direito; cuide que os bens da
administrentur ad normam cann. paróquia sejam administrados de acordo
1281-1288. com os cân. 1281- 1288.

Can. 533 - § 1. Parochus obligatione Cân. 533 - § 1. O pároco tem obrigação de


tenetur residendi in domo paroeciali prope residir na casa paroquial junto da igreja;
ecclesiam; in casibus tamen particularibus, em casos particulares, porém, se houver
si iusta adsit causa, loci Ordinarius causa justa, o Ordinário local pode permitir
permittere potest ut alibi commoretur, que resida em outro lugar, principalmente
praesertim in domo pluribus presbyteris numa casa comum para vários sacerdotes,
communi, dummodo paroecialium contanto que se assegure exata e
perfunctioni munerum rite apteque sit adequadamente o cumprimento das
provisum. funções paroquiais.
§ 2. Nisi gravis obstet ratio, parocho, § 2. Salvo razão grave em contrário, é lícito
feriarum gratia, licet quotannis a paroecia ao pároco, a título de férias, ausentar-se
abesse ad summum per unum mensem anualmente da paróquia, no máximo por
continuum aut intermissum; quo in feriarum um mês contínuo ou intermitente; não são
tempore dies non computantur, quibus calculados nesse tempo de férias os dias
semel in anno parochus spirituali recessui que o pároco dedica, uma vez por ano, aos
vacat; parochus autem, ut ultra exercícios espirituais; entretanto, para
hebdomadam a paroecia absit, tenetur de ausentar- se da paróquia por mais de uma
hoc loci Ordinarium monere. semana, o pároco tem obrigação de avisar
o Ordinário local.
§ 3. Episcopi dioecesani est normas § 3. Compete ao Bispo diocesano
statuere quibus prospiciatur ut, parochi estabelecer normas com as quais, durante
absentia durante, curae provideatur a ausência do pároco, se assegure o
paroeciae per sacerdotem debitis cuidado da paróquia por um sacerdote
facultatibus instructum. provido das devidas faculdades.

Can. 534 - § 1. Parochus, post captam Cân. 534 - § 1. Depois de ter tomado
paroeciae possessionem, obligatione posse da paróquia, o pároco é obrigado a
tenetur singulis diebus dominicis atque aplicar a missa pelo povo que lhe é
festis in sua dioecesi de praecepto Missam confiado, todos os domingos e festas de
pro populo sibi commisso applicandi; qui preceito de sua diocese; mas, quem estiver
vero ab hac celebratione legitime legitimamente impedido de fazê- lo, aplique
impediatur, iisdem diebus per alium aut nesses mesmos dias por meio de outro, ou
aliis diebus per se ipse applicet. ele mesmo em outros dias.
§ 2. Parochus, qui plurium paroeciarum § 2. O pároco que cuida de várias
curam habet, diebus de quibus in § 1, paróquias é obrigado a aplicar, nos dias
unam tantum Missam pro universo sibi mencionados no § 1, uma só missa por
commisso populo applicare tenetur. todo o povo que lhe é confiado.
§ 3. Parochus qui obligationi de qua in §§ 1 § 3. O pároco que não tiver cumprido a
et 2 non satisfecerit, quam primum pro obrigação mencionada nos §§ 1 e 2,
populo tot Missas applicet, quot omiserit. aplique quanto antes tantas missas pelo
povo quanto as tiver omitido.

Can. 535 - § 1. In unaquaque paroecia Cân. 535 - § 1. Em cada paróquia, haja os


habeantur libri paroeciales, liber scilicet livros paroquiais, isto é, o livro de
baptizatorum, matrimoniorum, batizados, de casamentos, de óbitos, e
defunctorum, aliique secundum outros, de acordo com as prescrições da
Episcoporum conferentiae aut Episcopi Co nferência dos Bispos ou do Bispo
dioecesani praescripta; prospiciat parochus diocesano; cuide o pároco que esses livros
ut iidem libri accurate conscribantur atque sejam cuidadosamente escritos e
diligenter asserventur. diligentemente guardados.
§ 2. In libro baptizatorum adnotentur § 2. No livro dos batizados, averbem-se
quoque adscriptio Ecclesiae sui iuris vel ad também a adscrição à Igreja sui iuris ou a
aliam transitus, necnon confirmatio, item passagem para outra, bem como a
quae pertinent ad statum canonicum confirmação e aquelas circunstâncias que
christifidelium, ratione matrimonii, salvo acompanham o estado canónico dos fiéis,
quidem praescripto can. 1133, ratione em razão do matrimónio, salvaguardado o
adoptionis, ratione suscepti ordinis sacri, prescrito no cân. 1133, em razão da
necnon professionis perpetuae in instituto adoção, bem como a receção de ordens
religioso emissae; eaeque adnotationes in sacras, a profissão perpétua emitida num
documento accepti baptismi semper instituto religioso e ainda a mudança de
referantur. rito; e refiram-se sempre estes
averbamentos nas certidões do batismo.
§ 3. Unicuique paroeciae sit proprium § 3. Cada paróquia tenha o próprio selo; as
sigillum; testimonia quae de statu canonico certidões que se dão a respeito do estado
christifidelium dantur, sicut et acta omnia canônico dos fiéis, como também os atos
quae momentum iuridicum habere possunt, que podem ter valor jurídico, sejam
ab ipso parocho eiusve delegato assinados pelo pároco ou por seu
subscribantur et sigillo paroeciali delegado e munidos com o selo da
muniantur. paróquia.
§ 4. In unaquaque paroecia habeatur § 4. Em cada paróquia haja um cartório ou
tabularium seu archivum, in quo libri arquivo, em que se guardem os livros
paroeciales custodiantur, una cum paroquiais, juntamente com as cartas dos
Episcoporum epistulis aliisque documentis, Bispos e outros documentos que devem
necessitatis utilitatisve causa servandis; ser conservados por necessidade ou
quae omnia, ab Episcopo dioecesano utilidade; tudo isso, que deverá ser
eiusve delegato, visitationis vel alio examinado pelo Bispo diocesano ou seu
opportuno tempore inspicienda, parochus delegado na visita canônica ou em outro
caveat ne ad extraneorum manus tempo oportuno, o pároco cuide que não
perveniant. chegue a mãos de estranhos.
§ 5. Libri paroeciales antiquiores quoque § 5. Também os livros mais antigos sejam
diligenter custodiantur, secundum guardados diligentemente, de acordo com
praescripta iuris particularis. as prescrições do direito particular.

Can. 536 - § 1. Si, de iudicio Episcopi Cân. 536 - § 1. A juízo do Bispo diocesano,
dioecesani, audito consilio presbyterali, ouvido o conselho presbiteral, se for
opportunum sit, in unaquaque paroecia oportuno, seja constituído em cada
constituatur consilium pastorale, cui paróquia o conselho pastoral, presidido
parochus praeest et in quo christifideles pelo pároco, no qual os fiéis ajudem a
una cum illis qui curam pastoralem vi officii promover a ação pastoral, juntamente com
sui in paroecia participant, ad actionem os que participam do cuidado pastoral em
pastoralem fovendam suum adiutorium virtude do próprio ofício.
praestent.
§ 2. Consilium pastorale voto gaudet § 2. O conselho pastoral tem somente voto
tantum consultivo et regitur normis ab consultivo e se rege pelas normas
Episcopo dioecesano statutis. estatuídas pelo Bispo diocesano.

Can. 537 - In unaquaque paroecia Cân. 537 - Em cada paróquia, haja o


habeatur consilium a rebus oeconomicis, conselho econômico, que se rege pelo
quod praeterquam iure universali, regitur direito universal e pelas normas dadas pelo
normis ab Episcopo dioecesano latis et in Bispo diocesano; nele os fiéis, escolhidos
quo christifideles, secundum easdem de acordo com essas normas, ajudem o
normas selecti, parocho in administratione pároco na administração dos bens da
bonorum paroeciae adiutorio sint, firmo paróquia, salva a prescrição do cân. 532.
praescripto can. 532.

Can. 538 - § 1. Parochus ab officio cessat Cân. 538 - § 1. O pároco cessa de seu
amotione aut translatione ab Episcopo ofício por destituição ou por transferência,
dioecesano ad normam iuris peracta, dadas pelo Bispo diocesano de acordo
renuntiatione iusta de causa ab ipso com o direito; por renúncia apresentada
parocho facta et, ut valeat, ab eodem pelo próprio pároco por justa causa e, para
Episcopo acceptata, necnon lapsu temporis ter valor, aceita pelo Bispo; pela conclusão
si, iuxta iuris particularis de quo in can. 522 do tempo, se tiver sido constituído por
praescripta, ad tempus determinatum tempo determinado, de acordo com a
constitutus fuerit. prescrição do direito particular,
mencionado no cân. 522.
§ 2. Parochus, qui est sodalis instituti § 2. O pároco, membro de um instituto
religiosi aut in societate vitae apostolicae religioso ou incardinado numa sociedade
incardinatus, ad normam can. 682, § 2 de vida apostólica, é destituído de acordo
amovetur. com o cân. 682 § 2.
§ 3. Parochus, expleto septuagesimo § 3. Tendo completado setenta e cinco
quinto aetatis anno, rogatur ut anos de idade, o pároco é solicitado a
renuntiationem ab officio exhibeat Episcopo apresentar ao próprio Bispo diocesano sua
dioecesano, qui, omnibus personae et loci renúncia ao ofício; o Bispo, considerando
inspectis adiunctis, de eadem acceptanda todas as circunstâncias da pessoa e do
aut differenda decernat; renuntiantis lugar, decida se aceita ou adia; o Bispo
congruae sustentationi et habitationi ab diocesano deve assegurar o conveniente
Episcopo dioecesano providendum est, sustento e moradia do renunciante,
attentis normis ab Episcoporum conferentia levando em conta as normas estatuídas
statutis. pela Conferência dos Bispos.

Can. 539 - Cum vacat paroecia aut cum Cân. 539 - Ficando vacante a paróquia ou
parochus ratione captivitatis, exsilii vel impedido o pároco de exercer a função
relegationis, inhabilitatis vel infirmae pastoral na paróquia, por motivo de prisão,
valetudinis aliusve causae a munere exílio ou confinamento, incapacidade,
pastorali in paroecia exercendo doença ou qualquer outra causa, seja
praepeditur, ab Episcopo dioecesano quam quanto antes nomeado pelo Bispo
primum deputetur administrator paroecialis, diocesano um administrador paroquial, isto
sacerdos scilicet qui parochi vicem é, um sacerdote que substitua o pároco, de
suppleat ad normam can. 540. acordo com o cân. 540.
Can. 540 - § 1. Administrator paroecialis Cân. 540 - § 1. O administrador paroquial
iisdem adstringitur officiis iisdemque gaudet tem os mesmos deveres e os mesmos
iuribus ac parochus, nisi ab Episcopo direitos que o pároco, salvo determinação
dioecesano aliter statuatur. contrária do Bispo diocesano.
§ 2. Administratori paroeciali nihil agere § 2. Não é lícito ao administrador paroquial
licet, quod praeiudicium afferat iuribus fazer alguma coisa que prejudique os
parochi aut damno esse possit bonis direitos do pároco ou que possa causar
paroecialibus. dano aos bens paroquiais.
§ 3. Administrator paroecialis post § 3. Ao terminar sua função, o
expletum munus parocho rationem reddat. administrador paroquial preste contas ao
pároco.

Can. 541 - § 1. Vacante paroecia itemque Cân. 541 - § 1. Ficando vacante a paróquia
parocho a munere pastorali exercendo ou impedido o pároco de exercer a função
impedito, ante administratoris paroecialis pastoral, o vigário paroquial assuma
constitutionem, paroeciae regimen interim interinamente o governo da paróquia antes
assumat vicarius paroecialis; si plures sint, da constituição do administrador paroquial;
is qui sit nominatione antiquior, et si vicarii se forem vários, o mais antigo por
desint, parochus iure particulari definitus. nomeação; se não os houver, o pároco
determinado pelo direito particular.
§ 2. Qui paroeciae regimen ad normam § 1 § 2. Quem assumir o governo da paróquia
assumpserit, loci Ordinarium de paroeciae de acordo com o § 1, deve informar
vacatione statim certiorem faciat. imediatamente o Ordinário local da
vacância da paróquia.

Can. 542 - Sacerdotes quibus in solidum, Cân. 542 - Os sacerdotes, aos quais
ad normam can. 517, § 1, alicuius solidariamente de acordo com o cân. 517
paroeciae aut diversarum simul § 1, é confiado o cuidado pastoral de uma
paroeciarum cura pastoralis committitur: ou várias paróquias simultaneamente:
1° praediti sint oportet qualitatibus, de 1° - devem ser dotados das qualidades
quibus in can. 521; requeridas no cân. 521;
2° nominentur vel instituantur ad 2° - sejam nomeados ou instituídos de
normam praescriptorum cann. 522 et 524; acordo com as prescrições dos cânn. 522 e
524;
3° curam pastoralem obtinent tantum a 3° - obtém o cuidado pastoral só a
momento captae possessionis; eorundem partir do momento da tomada de posse; ao
moderator in possessionem mittitur ad seu coordenador se dá posse acordo com
normam praescriptorum can. 527, § 2; pro as prescrições do cân. 527 § 2; para os
ceteris vero sacerdotibus fidei professio sacerdotes, a profissão de fé legitimamente
legitime facta locum tenet captae feita substitui a tomada de posse.
possessionis.

Can. 543 - § 1. Si sacerdotibus in solidum Cân. 543 - § 1. Se for confiado


cura pastoralis alicuius paroeciae aut solidariamente a mais sacerdotes o
diversarum simul paroeciarum committatur, cuidado pastoral de alguma paróquia ou de
singuli eorum, iuxta ordinationem ab iisdem diversas paróquias simultaneamente, cada
statutam, obligatione tenentur munera et um deles, segundo a organização
functiones parochi persolvendi de quibus in estabelecida pelos mesmos, tem a
cann. 528, 529 et 530; facultas matrimoniis obrigação de cumprir os encargos e
assistendi, sicuti et potestates omnes funções do pároco, mencionadas nos cânn.
dispensandi ipso iure parocho concessae, 528, 529 e 530; a faculdade de assistir aos
omnibus competunt, exercendae tamen matrimônios, bem como todos os poderes
sunt sub directione moderatoris. de dispensar, concedidos pelo próprio
direito ao pároco, competem a todos, mas
devem ser exercidos sob a direção do
coordenador.
§ 2. Sacerdotes omnes qui ad coetum § 2. Todos os sacerdotes do grupo:
pertinent:
1° obligatione tenentur residentiae; 1° - têm a obrigação da residência;
2° communi consilio ordinationem 2° - estabeleçam, de comum acordo, a
statuant, qua eorum unus Missam pro norma segundo a qual um deles celebre a
populo celebret, ad normam can. 534; missa pelo povo, de acordo com o cân.
534;
3° solus moderator in negotiis iuridicis 3° - somente o coordenador representa,
personam gerit paroeciae aut paroeciarum nos negócios jurídicos, a paróquia ou
coetui commissarum. paróquias confiadas à equipe.

Can. 544 - Cum cesset ab officio aliquis Cân. 544 - Quando cessa do ofício algum
sacerdos e coetu, de quo in can. 517, § 1, dos sacerdotes do grupo mencionado no
vel coetus moderator, itemque cum cân. 517 § 1, ou o coordenador da equipe,
eorundem aliquis inhabilis fiat ad munus ou quando algum deles se torna incapaz
pastorale exercendum, non vacat paroecia de exercer o múnus pastoral, não fica
vel paroeciae, quarum cura coetui vacante a paróquia ou paróquias, cujo
committitur; Episcopi autem dioecesani est cuidado pastoral está confiado ao grupo;
alium nominare moderatorem; antequam compete ao Bispo diocesano nomear outro
vero ab Episcopo alius nominetur, hoc coordenador; antes, porém, de ser
munus adimpleat sacerdos eiusdem coetus nomeado outro pelo Bispo diocesano,
nominatione antiquior. exerça esse ofício o sacerdote mais antigo
por nomeação no grupo.

Can. 545 - § 1. Quoties ad pastoralem Cân. 545 - § 1. Para o adequado cuidado


paroeciae curam debite adimplendam pastoral da paróquia, sempre que for
necesse aut opportunum sit, parocho necessário ou oportuno, pode- se dar ao
adiungi possunt unus aut plures vicarii pároco um ou mais vigários paroquiais que,
paroeciales, qui, tamquam parochi como cooperadores do pároco e
cooperatores eiusque sollicitudinis participantes da sua solicitude prestem sua
participes, communi cum parocho consilio ajuda no ministério pastoral, de comum
et studio, atque sub eiusdem auctoritate acordo e trabalho com o pároco.
operam in ministerio pastorali praestent.
§ 2. Vicarius paroecialis constitui potest § 2. O Vigário paroquial pode ser
sive ut opem ferat in universo ministerio constituído para dar sua ajuda no exercício
pastorali explendo, et quidem aut pro tota de todo o ministério pastoral, tanto na
paroecia aut pro determinata paroeciae paróquia inteira como numa determinada
parte aut pro certo paroeciae christifidelium parte dela, ou para determinado grupo de
coetu, sive etiam ut operam impendat in fiéis; pode também ser constituído para
certum ministerium in diversis simul exercer determinado ministério em
paroeciis persolvendum. diversas paróquias ao mesmo tempo.
Can. 546 - Ut quis valide vicarius Cân. 546 - Para que alguém possa
paroecialis nominetur, oportet sit in sacro validamente ser nomeado vigário
presbyteratus ordine constitutus. paroquial, deve estar constituído na ordem
sacra do presbiterato.

Can. 547 - Vicarium paroecialem libere Cân. 547 - O Bispo diocesano nomeia
nominat Episcopus dioecesanus, auditis, si livremente o vigário paroquial, ouvindo, se
opportunum id iudicaverit, parocho aut julgar oportuno, o pároco ou párocos das
parochis paroeciarum pro quibus paróquias para as quais é constituído, bem
constituitur, necnon vicario foraneo, firmo c omo o vigário forâneo, salva a prescrição
praescripto can. 682, § 1. do cân. 682 § 1.

Can. 548 - § 1. Vicarii paroecialis Cân. 548 - § 1. As obrigações e direitos do


obligationes et iura, praeterquam vigário paroquial são definidos pelos
canonibus huius capitis, statutis cânones deste capítulo, pelos estatutos
dioecesanis necnon litteris Episcopi diocesanos e por documentos do Bispo
dioecesani definiuntur, specialius autem diocesano, mas são determinados mais
mandato parochi determinantur. exatamente por mandato do pároco.
§ 2. Nisi aliud expresse litteris Episcopi § 2. Salvo determinação expressa em
dioecesani caveatur, vicarius paroecialis contrário no documento do Bispo
ratione officii obligatione tenetur parochum diocesano, o vigário paroquial, em razão
in universo paroeciali ministerio adiuvandi, de seu ofício, tem obrigação de ajudar o
excepta quidem applicatione Missae pro pároco em todo o ministério paroquial,
populo, itemque, si res ferat ad normam exceto na aplicação da missa pelo povo;
iuris, parochi vicem supplendi. tem obrigação também de substituí-lo, se
necessário, de acordo com o direito.
§ 3. Vicarius paroecialis regulariter de § 3. O vigário paroquial refira regularmente
inceptis pastoralibus prospectis et ao pároco as iniciativas pastorais
susceptis ad parochum referat, ita ut programadas e assumidas, de modo que o
parochus et vicarius aut vicarii, coniunctis pároco e o vigário ou vigários estejam em
viribus, pastorali curae providere valeant condições de assegurar, com empenho
paroeciae, cuius simul sunt sponsores. comum, o cuidado pastoral da paróquia, da
qual são conjuntamente responsáveis.

Can. 549 - Absente parocho, nisi aliter Cân. 549 - Na ausência do pároco, a não
Episcopus dioecesanus providerit ad ser que o Bispo diocesano tenha
normam can. 533, § 3, et nisi Administrator providenciado de outro modo, segundo o
paroecialis constitutus fuerit, serventur cân. 533 § 3, e a não ser que tenha sido
praescripta can. 541, § 1; vicarius hoc in constituído o Administrador paroquial,
casu omnibus etiam obligationibus tenetur observem-se as prescrições do cân.541
parochi, excepta obligatione applicandi § 1; em tal caso, o vigário terá também
Missam pro populo. todas as obrigações do pároco, exceto a
obrigação de aplicar a missa pelo povo.

Can. 550 - § 1. Vicarius paroecialis Cân. 550 - § 1. O vigário paroquial tem


obligatione tenetur residendi in paroecia obrigação de residir na paróquia, ou numa
aut, si pro diversis simul paroeciis delas, se foi constituído para várias
constitutus est, in earum aliqua; loci tamen paróquias; todavia, por justa causa, o
Ordinarius, iusta de causa, permittere Ordinário local pode permitir que resida em
potest ut alibi resideat, praesertim in domo outro lugar, principalmente numa casa
pluribus presbyteris communi, dummodo comum para vários sacerdotes, contanto
pastoralium perfunctio munerum nullum que por isso não sofra prejuízo o
exinde detrimentum capiat. cumprimento das funções paroquiais.
§ 2. Curet loci Ordinarius ut inter parochum § 2. O Ordinário local cuide que entre o
et vicarios aliqua vitae communis pároco e os vigários se promova alguma
consuetudo in domo paroeciali, ubi id fieri forma de vida comum na casa paroquial,
possit, provehatur. onde isso for possível.
§ 3. Ad tempus feriarum quod attinet, § 3. Quanto ao tempo de férias, o vigário
vicarius paroecialis eodem gaudet iure ac paroquial tem os mesmos direitos que o
parochus. pároco.

Can. 551 - Ad oblationes quod attinet, quas Cân. 551 - Quanto às ofertas que os fiéis
occasione perfuncti ministerii pastoralis fazem ao vigário por ocasião do exercício
christifideles vicario faciunt, serventur do ministério pastoral, observem-se as
praescripta can. 531. prescrições do cân. 531.

Can. 552 - Vicarius paroecialis ab Cân. 552 - O Vigário paroquial pode ser
Episcopo dioecesano aut ab Administratore destituído pelo Bispo diocesano ou pelo
dioecesano amoveri potest, iusta de causa, Administrador diocesano por justa causa,
firmo praescripto can. 682, § 2. salva a prescrição do cân. 682 § 2.

CAPUT VII. DE VICARIIS FORANEIS Capítulo VII DOS VIGÁRIOS FORÂNEOS


Can. 553 - § 1. Vicarius foraneus, qui etiam Cân. 553 - § 1. Vigário forâneo, também
decanus vel archipresbyter vel alio nomine chamado decano, arcipreste ou com outro
vocatur, est sacerdos qui vicariatui foraneo nome é o sacerdote colocado à frente do
praeficitur. vicariato forâneo.
§ 2. Nisi aliud iure particulari statuatur, § 2. Salvo determinação contrária do direito
vicarius foraneus nominatur ab Episcopo particular, o vigário forâneo é nomeado
dioecesano, auditis pro suo prudenti iudicio pelo Bispo diocesano, tendo ouvido, de
sacerdotibus qui in vicariatu de quo agitur acordo com seu prudente juízo, os
ministerium exercent. sacerdotes que exercem o ministério no
vicariato em questão.

Can. 554 - § 1. Ad officium vicarii foranei, Cân. 554 - § 1. Para o ofício de vigário
quod cum officio parochi certae paroeciae forâneo, que não está ligado ao ofício de
non ligatur, Episcopus seligat sacerdotem pároco em determinada paróquia, o Bispo
quem, inspectis loci ac temporis adiunctis, escolha o sacerdote que julgar idôneo,
idoneum iudicaverit. após ponderar as circunstâncias de lugar e
tempo.
§ 2. Vicarius foraneus nominetur ad certum § 2. O vigário forâneo seja nomeado por
tempus, iure particulari determinatum. tempo determinado, estabelecido pelo
direito particular.
§ 3. Vicarium foraneum iusta de causa, pro § 3. O Bispo diocesano pode livremente
suo prudenti arbitrio, Episcopus destituir o vigário forâneo, por justa causa,
dioecesanus ab officio libere amovere de acordo com seu prudente arbítrio.
potest.

Can. 555 - § 1. Vicario foraneo, praeter Cân. 555 - § 1. Além das faculdades que
facultates iure particulari ei legitime lhe são atribuídas legitimamente pelo
tributas, officium et ius est: direito particular, o vigário forâneo tem o
direito e o dever de:
1° actionem pastoralem in vicariatu 1° - promover e coordenar a atividade
communem promovendi et coordinandi; pastoral comum no vicariato;
2° prospiciendi ut clerici sui districtus 2° - velar para que os clérigos de sua
vitam ducant proprio statui congruam atque circunscrição levem vida coerente como o
officiis suis diligenter satisfaciant; próprio estado e cumpram diligentemente
seus deveres;
3° providendi ut religiosae functiones 3° - assegurar que se celebrem as
secundum sacrae liturgiae praescripta funções religiosas de acordo com as
celebrentur, ut decor et nitor ecclesiarum prescrições da sagrada liturgia, que se
sacraeque supellectilis, maxime in conserve diligentemente o decoro e a
celebratione eucharistica et custodia limpeza das igrejas e das alfaias sagradas,
sanctissimi Sacramenti, accurate serventur, principalmente na celebração eucarística e
ut recte conscribantur et debite na conservação do santíssimo
custodiantur libri paroeciales, ut bona Sacramento, que se escrevam exatamente
ecclesiastica sedulo administrentur; e se guardem devidamente os livros
denique ut domus paroecialis debita paroquiais, que se administrem
diligentia curetur. cuidadosamente os bens eclesiásticos e se
cuide da casa paroquial com a devida
diligência.
§ 2. In vicariatu sibi concredito vicarius § 2. O vigário forâneo, no vicariato que lhe
foraneus: foi confiado:
1° operam det ut clerici, iuxta iuris 1°- empenhe-se para que os clérigos,
particularis praescripta, statutis temporibus de acordo com as prescrições do direito
intersint praelectionibus, conventibus particular, em tempos determinados,
theologicis aut conferentiis, ad normam participem de cursos, encontros teológicos
can. 279, § 2; ou conferências, de acordo com o cân. 279
§ 2;
2° curet ut presbyteris sui districtus 2°- cuide que não faltem os auxílios
subsidia spiritualia praesto sint, itemque espirituais aos presbíteros de sua
maxime sollicitus sit de iis, qui in circunscrição, e tenha a máxima solicitude
difficilioribus versantur circumstantiis aut com os que se encontram em situações
problematibus anguntur. mais difíceis ou se afligem com problemas.
§ 3. Curet vicarius foraneus ut parochi sui § 3. O vigário forâneo cuide que não faltem
districtus, quos graviter aegrotantes os auxílios espirituais e materiais para os
noverit, spiritualibus ac materialibus auxiliis párocos de sua circunscrição, que souber
ne careant, utque eorum qui decesserint, gravemente enfermos, e que sejam
funera digne celebrentur; provideat quoque celebrados funerais dignos para os
ne, occasione aegrotationis vel mortis, libri, falecidos; porvidencie também que, por
documenta, sacra supellex aliaque, quae ocasião de sua doença ou morte, não se
ad Ecclesiam pertinent, depereant aut percam nem sejam retirados livros,
asportentur. documentos, alfaias sagradas ou qualquer
outra coisa pertencente a Igreja.
§ 4. Vicarius foraneus obligatione tenetur § 4. O vigário forâneo tem a obrigação de
secundum determinationem ab Episcopo visitar as paróquias de sua circunscrição,
dioecesano factam, sui districtus paroecias de acordo com a determinação do Bispo
visitare. diocesano.

CAPUT VIII. DE ECCLESIARUM Capítulo VIII DOS REITORES DE


RECTORIBUS ET DE CAPPELLANIS IGREJAS E CAPELÃES
Art. 1. DE ECCLESIARUM RECTORIBUS Art. 1 Dos Reitores de Igrejas
Can. 556 - Ecclesiarum rectores hic Cân. 556 - Por reitores de igrejas
intelleguntur sacerdotes, quibus cura entendem-se aqui os sacerdotes a quem é
demandatur alicuius ecclesiae, quae nec sit confiado o cuidado de alguma igreja, que
paroecialis nec capitularis, nec adnexa não seja nem paroquial nem capitular, nem
domui communitatis religiosae aut anexa a alguma casa de comunidade
societatis vitae apostolicae, quae in eadem religiosa ou de sociedade de vida
officia celebret. apostólica, que nela celebre as funções
litúrgicas.

Can. 557 - § 1. Ecclesiae rector libere Cân. 557 - § 1. O reitor da igreja é


nominatur ab Episcopo dioecesano, salvo nomeado livremente pelo Bispo diocesano,
iure eligendi aut praesentandi, si cui salvo o direito de eleição ou de
legitime competat; quo in casu Episcopi apresentação, se o couber legitimamente a
dioecesani est rectorem confirmare vel alguém; neste caso, compete ao Bispo
instituere. diocesano confirmar ou instituir o reitor.
§ 2. Etiam si ecclesia pertineat ad aliquod § 2. Mesmo que a igreja pertença a
clericale institutum religiosum iuris pontificii, instituto religioso clerical de direito
Episcopo dioecesano competit rectorem a pontifício, cabe ao Bispo diocesano instituir
Superiore praesentatum instituere. o reitor apresentado pelo superior.
§ 3. Rector ecclesiae, quae coniuncta sit § 3. O reitor de uma igreja unida ao
cum seminario aliove collegio quod a seminário ou a um colégio dirigido por
clericis regitur, est rector seminarii vel clérigos, é reitor do seminário ou do
collegii, nisi aliter Episcopus dioecesanus colégio, salvo determinação contrária do
constituerit. Bispo diocesano.

Can. 558 - Salvo praescripto can. 262, Cân. 558 - Salvo o prescrito no cân. 262,
rectori non licet functiones paroeciales de ao reitor não é lícito realizar, na igreja a ele
quibus in can. 530, nn. 1-6, in ecclesia sibi confiada, as funções paroquiais
commissa peragere, nisi consentiente aut, mencionadas no cân. 530, n. 1-6, a não ser
si res ferat, delegante parocho. com o consentimento do pároco ou, se for
o caso, com sua delegação.

Can. 559 - Potest rector in ecclesia sibi Cân. 559 - Na igreja a ele confiada, o reitor
commissa liturgicas celebrationes etiam pode realizar as celebrações litúrgicas
sollemnes peragere, salvis legitimis mesmo solenes, salvo legítimas leis de
fundationis legibus, atque dummodo de fundação, e contanto que, a juízo do
iudicio loci Ordinarii nullo modo ministerio Ordinário local, não prejudiquem o
paroeciali noceant. ministério paroquial.

Can. 560 - Loci Ordinarius, ubi id Cân. 560 - Nos casos em que o julgar
opportunum censeat, potest rectori oportuno, o Ordinário local pode ordenar
praecipere ut determinatas in ecclesia sua ao reitor que celebre para o povo em sua
pro populo celebret functiones etiam igreja determinadas funções, mesmo
paroeciales, necnon ut ecclesia pateat paroquiais; pode também ordenar- lhe que
certis christifidelium coetibus ibidem abra a igreja a determinados grupos de
liturgicas celebrationes peracturis. fiéis para ai fazerem celebrações litúrgicas.

Can. 561 - Sine rectoris aliusve legitimi Cân. 561 - Sem a licença do reitor ou de
superioris licentia, nemini licet in ecclesia outro superior legítimo, a ninguém é lícito
Eucharistiam celebrare, sacramenta celebrar a Eucaristia, administrar os
administrare aliasve sacras functiones sacramentos ou realizar outras funções
peragere; quae licentia danda aut sagradas na igreja; essa licença deve ser
deneganda est ad normam iuris. dada ou negada de acordo com o direito.

Can. 562 - Ecclesiae rector, sub auctoritate Cân. 562 - Sob a autoridade do Ordinário
loci Ordinarii servatisque legitimis statutis local e respeitando os legítimos estatutos e
et iuribus quaesitis, obligatione tenetur os direitos adquiridos, o reitor de igreja é
prospiciendi ut sacrae functiones obrigado a velar para que as funções
secundum normas liturgicas et canonum sagradas sejam celebradas dignamente,
praescripta digne in ecclesia celebrentur, na igreja de acordo com as normas
onera fideliter adimpleantur, bona diligenter litúrgicas e as prescrições dos cânones,
administrentur, sacrae supellectilis atque para que se cumpram fielmente os
aedium sacrarum conservationi et decori encargos, para que se assegurem a
provideatur, neve quidpiam fiat quod conservação e o decoro das alfaias
sanctitati loci ac reverentiae domui Dei sagradas e das construções, e para que
debitae quoquo modo non congruat. nada se faça que não convenha de algum
modo à santidade do lugar e ao respeito
devido à casa de Deus.

Can. 563 - Rectorem ecclesiae, etsi ab aliis Cân. 563 - O Ordinário local, por justa
electum aut praesentatum, loci Ordinarius causa, pode destituir do ofício, de acordo
ex iusta causa, pro suo prudenti arbitrio ab com seu prudente juízo, o reitor da igreja,
officio amovere potest, firmo praescripto mesmo eleito ou apresentado por outros,
can. 682, § 2. salva a prescrição do cân. 682 § 2.

Art. 2. DE CAPPELLANIS Art. 2 Dos Capelães


Can. 564 - Cappellanus est sacerdos, cui Cân. 564 - Capelão é o sacerdote a quem
stabili modo committitur cura pastoralis, se confia, de modo estável, o cuidado
saltem ex parte, alicuius communitatis aut pastoral, pelo menos parcial, de uma
peculiaris coetus christifidelium, ad comunidade ou grupo especial de fiéis, a
normam iuris universalis et particularis ser exercido de acordo com o direito
exercenda. universal e particular.

Can. 565 - Nisi iure aliud caveatur aut Cân. 565 - A não ser que o direito
cuidam specialia iura legitime competant, disponha o contrário ou alguém tenha
cappellanus nominatur ab Ordinario loci, direitos especiais, o capelão é nomeado
cui etiam pertinet praesentatum instituere pelo Ordinário local, ao qual também
aut electum confirmare. compete instituir quem foi apresentado ou
confirmar quem foi eleito.

Can. 566 - § 1. Cappellanus omnibus Cân. 566 - § 1. É necessário que o capelão


facultatibus instructus sit oportet quas recta esteja munido de todas as faculdades
cura pastoralis requirit. Praeter eas quae requeridas para um cuidado pastoral
iure particulari aut speciali delegatione adequado. Além das que são concedidas
conceduntur, cappellanus vi officii facultate por direito particular ou por delegação
gaudet audiendi confessiones fidelium especial, o capelão, em virtude de seu
suae curae commissorum, verbi Dei eis ofício, tem faculdade de confessar os fiéis
praedicandi, Viaticum et unctionem entregues a seus cuidados, pregar-lhes a
infirmorum administrandi necnon palavra de Deus, administrar- lhe o Viático
sacramentum confirmationis eis conferendi, e a unção dos enfermos, como também
qui in periculo mortis versentur. conferir o sacramento da confirmação aos
que se encontram em perigo de morte.
§ 2. In valetudinariis, carceribus et § 2. Nos hospitais, prisões e viagens
itineribus maritimis, cappellanus praeterea marítimas, o capelão tem, além disso, a
facultatem habet, his tantum in locis faculdade, que só se exerce nesses
exercendam, a censuris latae sententiae lugares, de absolver das censuraslatae
non reservatis neque declaratis absolvendi, sententiae, não reservadas nem
firmo tamen praescripto can. 976. declaradas, salva a prescrição do c ân.
976.

Can. 567 - § 1. Ad nominationem Cân. 567 - § 1. O Ordinário local não


cappellani domus instituti religiosi laicalis, proceda à nomeação do capelão de uma
Ordinarius loci ne procedat, nisi consulto casa ou instituto religioso laical, sem ter
Superiore, cui ius est, audita communitate, consultado o Superior; este, ouvindo a
quemdam sacerdotem proponere. comunidade, tem o direito de propor algum
sacerdote.
§ 2. Cappellani est liturgicas functiones § 2. Compete ao capelão celebrar e dirigir
celebrare aut moderari; ipsi tamen non licet as funções litúrgicas; não lhe é lícito,
in regimine interno instituti sese immiscere. porém, imiscuir -se no regime interno do
instituto.

Can. 568 - Pro iis qui ob vitae condicionem Cân. 568 - Na medida do possível, sejam
ordinaria parochorum cura frui non valent, constituídos capelães para aqueles que,
uti sunt migrantes, exsules, profugi, por sua condição de vida, não podem
nomades, navigantes, constituantur, usufruir do cuidado ordinário dos párocos,
quatenus fieri possit, cappellani. como os migrantes, exilados, fugitivos,
nômades, navegantes.

Can. 569 - Cappellani militum legibus Cân. 569 - Os Capelães militares regem-se
specialibus reguntur. por leis especiais.

Can. 570 - Si communitatis aut coetus sedi Cân. 570 - No exercício de seu múnus
adnexa est ecclesia non paroecialis, pastoral, o capelão deve manter o devido
cappellanus sit rector ipsius ecclesiae, nisi entendimento com o pároco.
cura communitatis aut ecclesiae aliud
exigat.

Can. 571 - In exercitio sui pastoralis Cân. 571 - No exercício de seu múnus
muneris, cappellanus debitam cum parocho pastoral, o capelão deve manter o devido
servet coniunctionem. entendimento com o pároco.

Can. 572 - Quod attinet ad amotionem Cân. 572 - Quanto a destituição do


cappellani, servetur praescriptum can. 563. capelão, observe- se a prescrição do cân.
563.

PARS III. DE INSTITUTIS VITAE III PARTE DOS INSTITUTOS DE VIDA


CONSECRATAE ET DE SOCIETATIBUS CONSAGRADA E DAS SOCIEDADES DE
VITAE APOSTOLICAE VIDA APOSTÓLICA
SECTIO I. DE INSTITUTIS VITAE SEÇÃO I DOS INSTITUTOS DE VIDA
CONSECRATAE CONSAGRADA
TITULUS I. NORMAE COMMUNES TÍTULO I NORMAS COMUNS A TODOS
OMNIBUS INSTITUTIS VITAE OS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA
CONSECRATAE
Can. 573 - § 1. Vita consecrata per Cân. 573 - § 1. A vida consagrada pela
consiliorum evangelicorum professionem profissão dos conselhos evangélicos é uma
est stabilis vivendi forma qua fideles, forma estável de viver, pela qual os fiéis,
Christum sub actione Spiritus Sancti seguindo mais de perto a Cristo sob a ação
pressius sequentes, Deo summe dilecto do Espírito Santo, consagram-se
totaliter dedicantur, ut, in Eius honorem totalmente a Deus sumamente amado,
atque Ecclesiae aedificationem mundique para assim, dedicados por título novo e
salutem novo et peculiari titulo dediti, especial a sua honra, à construção da
caritatis perfectionem in servitio Regni Dei Igreja e à salvação do mundo, alcançarem
consequantur et, praeclarum in Ecclesia a perfeição da caridade no serviço do
signum effecti, caelestem gloriam Reino de Deus e, transformados em sinal
praenuntient. preclaro na Igreja, preanunciarem a glória
celeste.
§ 2. Quam vivendi formam in institutis vitae § 2. Assumem livremente essa forma de
consecratae, a competenti Ecclesiae vida nos institutos de vida consagrada,
auctoritate canonice erectis, libere canonicamente erigidos pela competente
assumunt christifideles, qui per vota aut autoridade da Igreja, os fiéis que, por meio
alia sacra ligamina iuxta proprias dos votos ou de outros vínculos sagrados,
institutorum leges, consilia evangelica conforme as leis próprias dos institutos,
castitatis, paupertatis et oboedientiae professam os conselhos evangélicos de
profitentur et per caritatem, ad quam castidade, pobreza e obediência e, pela
ducunt, Ecclesiae eiusque mysterio speciali caridade à qual esses votos conduzem,
modo coniunguntur. unem-se de modo especial à Igreja e a seu
mistério.

Can. 574 - § 1. Status eorum, qui in Cân. 574 - § 1. O estado dos que
huiusmodi institutis consilia evangelica professam os conselhos evangélicos
profitentur, ad vitam et sanctitatem nesses institutos pertencem à vida e
Ecclesiae pertinet, et ideo ab omnibus in santidade da Igreja e, por isso, deve ser
Ecclesia fovendus et promovendus est. incentivado e promovido por todos, na
Igreja.
§ 2. Ad hunc statum quidam christifideles § 2. Para esse estado, alguns fiéis são
specialiter a Deo vocantur, ut in vita especialmente chamados por Deus, a fim
Ecclesiae peculiari dono fruantur et, de usufruírem de um dom particular na vida
secundum finem et spiritum instituti, da Igreja e, segundo o fim e o espírito do
eiusdem missioni salvificae prosint. instituto, servirem à sua missão salvífica.

Can. 575 - Consilia evangelica in Christi Cân. 575 - Os conselhos evangélicos,


Magistri doctrina et exemplis fundata, fundamentados na doutrina e nos
donum sunt divinum, quod Ecclesia a exemplos de Cristo Mestre, são um dom
Domino accepit Eiusque gratia semper divino que a Igreja recebeu do Senhor e
conservat. que, com sua graça, conserva sempre.
Can. 576 - Competentis Ecclesiae Cân. 576 - Cabe à competente autoridade
auctoritatis est consilia evangelica da Igreja interpretar os conselhos
interpretari, eorundem praxim legibus evangélicos, regular por meio de leis sua
moderari atque stabiles inde vivendi formas prática e, assim, constituir pela aprovação
canonica approbatione constituere canônica formas estáveis de viver; a ela
itemque, pro parte sua, curare ut instituta cabe também, na parte que lhe compete,
secundum spiritum fundatorum et sanas cuidar que os institutos cresçam e
traditiones crescant et floreant. floresçam de acordo com o espírito dos
fundadores e as sãs tradições.

Can. 577 - Permulta in Ecclesia sunt Cân. 577 - Há na Igreja numerosíssimos


instituta vitae consecratae, quae institutos de vida consagrada que possuem
donationes habent differentes secundum dons diversos segundo a graça que lhes foi
gratiam quae data est eis: Christum, enim, dada, pois seguem mais de perto a Cristo,
pressius sequuntur sive orantem, sive que ora anuncia o Reino de Deus, que faz
Regnum Dei annuntiantem, sive hominibus o bem aos homens, que convive com eles
benefacientem, sive cum eis in saeculo no mundo, sempre, porém, fazendo a
conversantem, semper autem voluntatem vontade do Pai.
Patris facientem.

Can. 578 - Fundatorum mens atque Cân. 578 - A mente e os objetivos dos
proposita a competenti auctoritate fundadores, aprovados pela competente
ecclesiastica sancita circa naturam, finem, autoridade eclesiástica, no que se refere à
spiritum et indolem instituti, necnon eius natureza, à finalidade, ao espírito e à
sanae traditiones, quae omnia patrimonium índole do instituto, bem como suas sãs
eiusdem instituti constituunt, ab omnibus tradições, tudo isso constitui o patrimônio
fideliter servanda sunt. desse instituto e seja fielmente conservado
por todos.

Can. 579 - Episcopi dioecesani, in suo Cân. 579 - Os Bispos diocesanos podem,
quisque territorio, instituta vitae com decreto formal, validamente erigir
consecratae formali decreto valide erigere institutos de vida consagrada no seu
possunt, praevia licentia Sedis Apostolicae respectivo território, prévia licença escrita
scripto data. da Sé Apostólica.

Can. 580 - Aggregatio alicuius instituti vitae Cân. 580 - A agregação de algum instituto
consecratae ad aliud reservatur competenti de vida consagrada a outro é reservada à
auctoritati instituti aggregantis, salva competente autoridade do instituto
semper canonica autonomia instituti agregante, salva sempre a autonomia
aggregati. canônica do instituto agregado.

Can. 581 - Dividere institutum in partes, Cân. 581 - Cabe à competente autoridade
quocumque nomine veniant, novas erigere, do instituto, de acordo com as
erectas coniungere vel aliter circumscribere constituições, dividir o instituto em partes,
ad competentem instituti auctoritatem quaisquer que sejam os seus nomes, erigir
pertinet, ad normam constitutionum. novas partes, unir as erigidas ou dar-lhes
novos limites

Can. 582 - Fusiones et uniones Cân. 582 - Reservam-se unicamente à Sé


institutorum vitae consecratae uni Sedi Apóstolica as fusões e uniões de institutos
Apostolicae reservantur; eidem quoque de vida consagrada; a ela também se
reservantur confoederationes et reservam as confederações e federações.
foederationes.

Can. 583 - Immutationes in institutis vitae Cân. 583 - Mudanças no institutos de vida
consecratae ea afficientes, quae a Sede consagrada, que atinjam o que foi
Apostolica approbata fuerunt, absque aprovado pela Sé Apóstolica, não se
eiusdem licentia fieri nequeunt. podem fazer sem sua licença.

Can. 584 - Institutum supprimere ad unam Cân. 584 - Suprimir um instituto compete
Sedem Apostolicam spectat, cui etiam unicamente à Sé Apostólica, a quem se
reservatur de eius bonis temporalibus reserva também decidir quanto a seus
statuere. bens temporais.

Can. 585 - Instituti partes supprimere ad Cân. 585 - A supressão de partes do


auctoritatem competentem eiusdem instituti instituto pertence à autoridade competente
pertinet. do mesmo instituto.

Can. 586 - § 1. Singulis institutis iusta Cân. 586 - § 1. É reconhecida aos


autonomia vitae, praesertim regiminis, institutos justa autonomia de vida,
agnoscitur, qua gaudeant in Ecclesia principalmente de regime, pela qual
propria disciplina atque integrum servare possam ter disciplina própria na Igreja e
valeant suum patrimonium, de quo in conservar intacto o próprio patrimônio,
can. 578. mencionado no cân. 578.
§ 2. Ordinariorum locorum est hanc § 2. Cabe aos Ordinários locais assegurar
autonomiam servare ac tueri. e tutelar essa autonomia.

Can. 587 - § 1. Ad propriam singulorum Cân. 587 - § 1. Para se protejer mais


institutorum vocationem et identitatem fielmente a vocação própria e a identidade
fidelius tuendam, in cuiusvis instituti codice de cada instituto, no código fundamental ou
fundamentali seu constitutionibus contineri constituições de cada instituto, além do
debent, praeter ea quae in can. 578 que no cân. 578 se estabelece que se deve
servanda statuuntur, normae conservar, devem constar as normas
fundamentales circa instituti regimen et fundamentais sobre o regime do instituto e
sodalium disciplinam, membrorum da disciplina dos membros, de sua
incorporationem atque institutionem, incorporação e formação, bem como sobre
necnon proprium sacrorum ligaminum o objeto próprio dos vínculos sagrados.
obiectum.
§ 2. Codex huiusmodi a competenti § 2. Esse código é aprovado pela
auctoritate Ecclesiae approbatur et competente autoridade da Igreja e só pode
tantummodo cum eiusdem consensu ser mudado c om seu consentimento.
mutari potest.
§ 3. In hoc codice elementa spiritualia et § 3. Nesse código sejam devidamente
iuridica apte componantur; normae tamen harmonizados os elementos espirituais e
absque necessitate ne multiplicentur. jurídicos; as normas, porém, não se
multipliquem sem necessidade.
§ 4. Ceterae normae a competenti instituti § 4. Outras normas, estabelecidas pela
auctoritate statutae apte in aliis codicibus competente autoridade do instituto sejam
colligantur, quae tamen iuxta exigentias devidamente reunidas em outros códigos;
locorum et temporum congrue recognosci elas podem, contudo, ser
et aptari possunt. convenientemente revistas e adaptadas, de
acordo com as exigências de lugar e
tempo.

Can. 588 - § 1. Status vitae consecratae, Cân. 588 - § 1. O estado de vida


suapte natura, non est nec clericalis nec consagrada, por sua natureza, não é nem
laicalis. clerical nem laical.
§ 2. Institutum clericale illud dicitur quod, § 2. Denomina-se instituto clerical aquele
ratione finis seu propositi a fundatore intenti que, em razão do fim ou objetivo
vel vi legitimae traditionis, sub moderamine pretendido pelo fundador ou em virtude de
est clericorum, exercitium ordinis sacri legítima tradição, está sob a direção de
assumit, et qua tale ab Ecclesiae clérigos, assume o exercício de ordem
auctoritate agnoscitur. sagrada e é reconhecido como tal pela
autoridade da Igreja.
§ 3. Institutum vero laicale illud appellatur § 3. Chama-se instituto laical aquele que,
quod, ab Ecclesiae auctoritate qua tale reconhecido como tal pela autoridade da
agnitum, vi eius naturae, indolis et finis Igreja, em virtude de sua natureza, índole e
munus habet proprium, a fundatore vel finalidade, tem empenho próprio, que é
legitima traditione definitum, exercitium definido pelo fundador ou por legítima
ordinis sacri non includens. tradição, e que não inclui o exercício de
ordem sagrada.

Can. 589 - Institutum vitae consecratae Cân. 589 - Um instituto de vida consagrada
dicitur iuris pontificii, si a Sede Apostolica se diz de direito pontifício se foi erigido
erectum aut per eiusdem formale decretum pela Sé Apostólica ou aprovado por um
approbatum est; iuris vero dioecesani, si ab seu decreto formal; de direito diocesano,
Episcopo dioecesano erectum, se foi erigido pelo Bispo diocesano e não
approbationis decretum a Sede Apostolica obteve da Sé Apostólica o decreto de
non est consecutum. aprovação.

Can. 590 - § 1. Instituta vitae consecratae, Cân. 590 - § 1. Os institutos de vida


utpote ad Dei totiusque Ecclesiae servitium consagrada, já que dedicados de modo
speciali modo dicata, supremae eiusdem especial ao serviço de Deus e de toda a
auctoritati peculiari ratione subduntur. Igreja, estão sujeitos por razão especial à
sua autoridade suprema.
§ 2. Singuli sodales Summo Pontifici, § 2. Cada membro está obrigado a
tamquam supremo eorum Superiori, etiam obedecer ao Sumo Pontífice, como a seu
ratione sacri vinculi oboedientiae parere Superior supremo, em virtude também do
tenentur. sagrado vínculo de obediência.

Can. 591 - Quo melius institutorum bono Cân. 591 - Para prover melhor ao bem do
atque apostolatus necessitatibus instituto e às necessidades do apostolado,
provideatur, Summus Pontifex, ratione sui o Sumo Pontífice, em virtude de seu
in universam Ecclesiam primatus, intuitu primado na Igreja universal tendo em vista
utilitatis communis, instituta vitae o bem comum, pode eximir os institutos de
consecratae ab Ordinariorum loci regimine vida consagrada do regime dos Ordinários
eximere potest sibique soli vel alii locais e submetê-los somente a ele próprio
ecclesiasticae auctoritati subicere. ou a outra autoridade eclesiástica.

Can. 592 - § 1. Quo melius institutorum Cân. 592 - § 1. Para melhor alimentar a
communio cum Sede Apostolica foveatur, comunhão dos institutos com a Sé
modo et tempore ab eadem statutis, Apostólica, no modo e tempo por ela
quilibet supremus Moderator brevem determinados, cada Moderador supremo
conspectum status et vitae instituti eidem envie à Sé Apostólica breve relatório do
Apostolicae Sedi mittat. estado e da vida do instituto.
§ 2. Cuiuslibet instituti Moderatores § 2. Os Moderadores de qualquer instituto
promoveant notitiam documentorum promovam o conhecimento dos
Sanctae Sedis, quae sodales sibi documentos da Santa Sé que afetam os
concreditos respiciunt, eorumque membros que são confiados a eles e
observantiam curent. cuidem que sejam observados.

Can. 593 - Firmo praescripto can. 586, Cân. 593 - Salva a prescrição do cân. 586,
instituta iuris pontificii quoad regimen os institutos de direito pontifício, quanto ao
internum et disciplinam immediate et regime interno e à disciplina, estão
exclusive potestati Sedis Apostolicae imediata e exclusivamente sujeitos ao
subiciuntur. poder da Sé Apostólica.

Can. 594 - Institutum iuris dioecesani, firmo Cân. 594 - O instituto de direito diocesano,
can. 586, permanet sub speciali cura salvo o cân. 586, permanece sob o cuidado
Episcopi dioecesani. especial do Bispo diocesano.

Can. 595 - § 1. Episcopi sedis principis est Cân. 595 - § 1. Compete ao Bispo da sede
constitutiones approbare et immutationes in principal aprovar as constituições e
eas legitime introductas confirmare, salvis confirmar as mudanças nelas
iis in quibus Apostolica Sedes manus legitimamente introduzidas, exceto aquilo
apposuerit, necnon negotia maiora totum em que a Sé Apostólica tenha tenham
institutum respicientia tractare, quae intervindo, bem como tratar das questões
potestatem internae auctoritatis superent, mais importantes referentes a todo o
consultis tamen ceteris Episcopis instituto e que superam o poder da
dioecesanis, si institutum ad plures autoridade interna, consultando, porém, os
dioeceses propagatum fuerit. outros Bispos diocesanos, caso o instituto
se tenha propagado por várias dioceses.
§ 2. Episcopus dioecesanus potest § 2. Em casos particulares, o Bispo
dispensationes a constitutionibus diocesano pode conceder dispensas das
concedere in casibus particularibus. constituições.

Can. 596 - § 1. Institutorum Superiores et Cân. 596 - § 1. Os superiores e os


capitula in sodales ea gaudent potestate, capítulos dos institutos têm sobre os
quae iure universali et constitutionibus membros poder definido pelo direito
definitur. universal e pelas constituições.
§ 2. In institutis autem religiosis clericalibus § 2. Nos institutos religiosos clericais de
iuris pontificii pollent insuper potestate direito pontifício, porém, têm ainda o poder
ecclesiastica regiminis pro foro tam externo eclesiástico de regime para o foro externo
quam interno. e interno.
§ 3. Potestati de qua in § 1 applicantur § 3. Ao poder mencionado no § 1 aplicam-
praescripta cann. 131, 133 et 137-144. se as prescrições dos cân. 131, 133 e
137-144.

Can. 597 - § 1. In vitae consecratae Cân. 597 - § 1. Pode ser admitido num
institutum admitti potest quilibet catholicus, instituto de vida consagrada qualquer
recta intentione praeditus, qui qualitates católico, que tenha reta intenção, que
habeat iure universali et proprio requisitas possua as qualidades requeridas pelo
nulloque detineatur impedimento. direito universal e pelo direito próprio e que
não esteja detido por nenhum
impedimento.
§ 2. Nemo admitti potest sine congrua § 2. Ninguém pode ser admitido sem
praeparatione. preparação adequada.

Can. 598 - § 1. Unumquodque institutum, Cân. 598 - § 1. Cada instituto, de acordo


attentis indole et finibus propriis, in suis com a índole e os fins que lhe são próprios,
constitutionibus definiat modum quo defina em suas constituições o modo
consilia evangelica castitatis, paupertatis et segundo o qual serão observados,
oboedientiae, pro sua vivendi ratione, conforme o próprio teor de vida os
servanda sunt. conselhos evangélicos de castidade,
pobreza e obediência.
§ 2. Sodales vero omnes debent non solum § 2. Todos os membros, porém, devem
consilia evangelica fideliter integreque não só observar fiel e integralmente os
servare, sed etiam secundum ius proprium conselhos evangélicos mas também
instituti vitam componere atque ita ad organizar a própria vida de acordo com o
perfectionem sui status contendere. direito próprio do instituto e tender assim à
perfeição de seu estado.

Can. 599 - Evangelicum castitatis consilium Cân. 599 - O Conselho evangélico da


propter Regnum coelorum assumptum, castidade, assumido por causa do Reino
quod signum est mundi futuri et fons dos céus e que é sinal do mundo futuro e
uberioris fecunditatis in indiviso corde, fonte de maior fecundidade num coração
obligationem secumfert continentiae indiviso, implica a obrigação da continência
perfectae in caelibatu. perfeita no celibato.

Can. 600 - Evangelicum consilium Cân. 600 - O Conselho evangélico da


paupertatis ad imitationem Christi, qui pobreza, à imitação de Cristo, que sendo
propter nos egenus factus est cum esset rico se fez pobre por nós, além de uma
dives, praeter vitam re et spiritu pauperem, vida pobre na realidade e no espírito, a ser
operose in sobrietate ducendam et a vivida laboriosamente na sobriedade e
terrenis divitiis alienam, secumfert alheia às riquezas terrenas, implica a
dependentiam et limitationem in usu et dependência e a limitação no uso e na
dispositione bonorum ad normam iuris disposição dos bens, de acordo com o
proprii singulorum institutorum. direito próprio de cada instituto.

Can. 601 - Evangelicum oboedientiae Cân. 601 - O Conselho evangélico da


consilium, spiritu fidei et amoris in sequela obediência, assumido com espírito de fé e
Christi usque ad mortem oboedientis amor no seguimento de Cristo obediente
susceptum, obligat ad submissionem até à morte, obriga à submissão da
voluntatis erga legitimos Superiores, vices vontade aos legítimos Superiores, que
Dei gerentes, cum secundum proprias fazem as vezes de Deus quando ordenam
constitutiones praecipiunt. de acordo com as próprias constituições.

Can. 602 - Vita fraterna, unicuique instituto Cân. 602 - A vida fraterna, própria de cada
propria, qua sodales omnes in peculiarem instituto, pela qual todos os membros se
veluti familiam in Christo coadunantur, ita unem como numa família especial em
definiatur ut cunctis mutuo adiutorio evadat Cristo, seja definida de tal modo, que se
ad suam cuiusque vocationem torne para todos auxílio mútuo para a
adimplendam. Fraterna autem vivência da própria vocação. Pela
communione, in caritate radicata et comunhão fraterna, porém, radicada e
fundata, sodales exemplo sint universalis in fundamentada na caridade, os membros
Christo reconciliationis. sirvam de exemplo da reconciliação
universal em Cristo.

Can. 603 - § 1. Praeter vitae consecratae Cân. 603 - § 1. Além dos institutos de vida
instituta, Ecclesia agnoscit vitam consagrada, a Igreja reconhece a vida
eremiticam seu anachoreticam, qua eremítica ou anacorética, com a qual os
christifideles arctiore a mundo secessu, fiéis, por uma separação mais rígida do
solitudinis silentio, assidua prece et mundo, pelo silêncio da solidão, pela
paenitentia, suam in laudem Dei et mundi assídua oração e penitência, consagram a
salutem vitam devovent. vida ao louvor de Deus e à salvação do
mundo.
§ 2. Eremita, uti Deo deditus in vita § 2. O eremita como dedicado a Deus na
consecrata, iure agnoscitur si tria vida consagrada, é reconhecido pelo
evangelica consilia, voto vel alio sacro direito, se professar publicamente os três
ligamine firmata, publice profiteatur in conselhos evangélicos, confirmados por
manu Episcopi dioecesani et propriam voto ou por outro vínculo sagrado, nas
vivendi rationem sub ductu eiusdem servet. mãos do Bispo diocesano, e se mantiver o
próprio modo de vida sob a orientação
dele.

Can. 604 - § 1. Hisce vitae consecratae Cân. 604 - § 1. A essas formas de vida
formis accedit ordo virginum quae, sanctum consagrada se acrescenta a ordem das
propositum emittentes Christum pressius virgens que, emitindo o santo propósito de
sequendi, ab Episcopo dioecesano iuxta seguir a Cristo mais de perto, são
probatum ritum liturgicum Deo consagradas a Deus, pelo Bispo
consecrantur, Christo Dei Filio mystice diocesano, de acordo com o rito litúrgico
desponsantur et Ecclesiae servitio aprovado, misticamente desposadas com
dedicantur. Cristo Filho de Deus e dedicadas ao
serviço da Igreja.
§ 2. Ad suum propositum fidelius § 2. Para cumprir mais fielmente seu
servandum et ad servitium Ecclesiae, objetivo e aprimorar o serviço a Igreja,
proprio statui consonum, mutuo adiutorio adequado a seu estado, mediante ajuda
perficiendum, virgines consociari possunt. mútua, as virgens podem se associar.
§ 3. Has consociationes recognoscere § 3. O reconhecimento e a ereção de tais
atque erigere est, pro consociationibus associações a nível diocesano compete ao
dioecesanis, Episcopi dioecesani, intra Bispo diocesano, no âmbito do seu
fines sui territorii, et, pro consociationibus território, a nível nacional compete à
nationalibus, Conferentiae Episcoporum, Conferência episcopal, no âmbito do
intra fines sui territorii. próprio território.

Can. 605 - Novas formas vitae consecratae Cân. 605 - Reserva-se unicamente à Sé
approbare uni Sedi Apostolicae reservatur. Apostólica aprovar novas formas de vida
Episcopi dioecesani autem nova vitae consagrada. Os Bispos diocesanos, porém,
consecratae dona a Spiritu Sancto se esforcem para discernir novos dons de
Ecclesiae concredita discernere satagant vida consagrada confiados pelo Espírito
iidemque adiuvent promotores ut proposita Santo à Igreja: ajudem seus promotores
meliore quo fieri potest modo exprimant para que expressem e protejam, do melhor
aptisque statutis protegant, adhibitis modo possível, seus objetivos, com
praesertim generalibus normis in hac parte estatutos adequados especialmente
contentis. usando as normas gerais contidas nesta
parte.

Can. 606 - Quae de institutis vitae Cân. 606 - O que se estabelece sobre os
consecratae eorumque sodalibus institutos de vida consagrada e seus
statuuntur, pari iure de utroque sexu valent, membros vale, com igual direito, para
nisi ex contextu sermonis vel ex rei natura ambos os sexos, a não ser que conste o
aliud constet. contrário pelo contexto das palavras ou
pela natureza da coisa.

TITULUS II. DE INSTITUTIS RELIGIOSIS TÍTULO II DOS INSTITUTOS


RELIGIOSOS
Can. 607 - § 1. Vita religiosa, utpote totius Cân. 607 - § 1. A vida religiosa, enquanto
personae consecratio, mirabile in Ecclesia consagração da pessoa toda, manifesta na
manifestat conubium a Deo conditum, futuri Igreja o maravilhoso matrimônio
saeculi signum. Ita religiosus plenam suam estabelecido por Deus, sinal do mundo
consummat donationem veluti sacrificium vindouro. Assim, o religioso consuma a
Deo oblatum, quo tota ipsius exsistentia fit doação total de si mesmo como sacrifício
continuus Dei cultus in caritate. oferecido a Deus, pelo qual a sua
existência toda se torna culto contínuo a
Deus na caridade.
§ 2. Institutum religiosum est societas in § 2. O instituto religioso é uma sociedade,
qua sodales secundum ius proprium vota na qual os membros, de acordo com o
publica perpetua vel temporaria, elapso direito próprio, fazem votos públicos
tamen tempore renovanda, nuncupant perpétuos ou temporários a serem
atque vitam fraternam in communi ducunt. renovados ao término do prazo, e levam
vida fraterna em comum.
§ 3. Testimonium publicum a religiosis § 3. O testemunho público de Cristo e da
Christo et Ecclesiae reddendum illam Igreja, a ser dado pelos religiosos, implica
secumfert a mundo separationem, quae a separação do mundo que é própria da
indoli et fini uniuscuiusque instituti est índole e finalidade de cada instituto.
propria.

CAPUT I. DE DOMIBUS RELIGIOSIS Capítulo I DAS CASAS RELIGIOSAS E DE


EARUMQUE ERECTIONE ET SUA EREÇÃO E SUPRESSÃO
SUPPRESSIONE
Can. 608 - Communitas religiosa habitare Cân. 608 - A comunidade religiosa deve
debet in domo legitime constituta sub habitar em casa legitimamente constituída,
auctoritate Superioris ad normam iuris sob a autoridade do Superior designado de
designati; singulae domus habeant saltem acordo com o direito; cada casa tenha ao
oratorium, in quo Eucharistia celebretur et menos um oratório, onde se celebre e se
asservetur ut vere sit centrum conserve a Eucaristia, a qual seja
communitatis. verdadeiramente o centro da comunidade.

Can. 609 - § 1. Instituti religiosi domus Cân. 609 - § 1. As casas de um instituto


eriguntur ab auctoritate competenti iuxta religioso são erigidas pela autoridade
constitutiones, praevio Episcopi dioecesani competente de acordo com as
consensu in scriptis dato. constituições, com o prévio consentimento
do Bispo diocesano, dado por escrito.
§ 2. Ad erigendum monasterium monialium § 2. Para erigir um mosteiro de monjas se
requiritur insuper licentia Apostolicae requer também a licença da Sé Apostólica.
Sedis.

Can. 610 - § 1. Domorum erectio fit prae Cân. 610 - § 1. A ereção das casas se faz
oculis habita utilitate Ecclesiae et instituti tendo em vista a utilidade da Igreja e do
atque in tuto positis iis quae ad vitam instituto, e garantindo o que se requer para
religiosam sodalium rite agendam que a vida religiosa dos membros seja
requiruntur, iuxta proprios instituti fines et devidamente vivida, de acordo com os fins
spiritum. próprios e o espírito do instituto.
§ 2. Nulla domus erigatur nisi iudicari § 2. Nenhuma casa seja erigida, a não ser
prudenter possit fore ut congrue sodalium que se possa com prudência julgar que se
necessitatibus provideatur. proverá devidamente às necessidades dos
membros.

Can. 611 - Consensus Episcopi dioecesani Cân. 611 - O consentimento do Bispo


ad erigendam domum religiosam alicuius diocesano para a ereção de uma casa
instituti secumfert ius: religiosa de algum instituto implica o direito
de:
1° vitam ducendi secundum indolem et 1° - viver segundo a índole própria e os
fines proprios instituti; fins específicos do instituto;
2° opera instituto propria exercendi ad 2° - exercer as atividades próprias do
normam iuris, salvis condicionibus in instituto de acordo com o direito, salvas as
consensu appositis; condições apostas ao consentimento;
3° pro institutis clericalibus habendi 3° - para os institutos clericais, uma
ecclesiam, salvo praescripto can. 1215, igreja, salva a prescrição do cân. 1215, § 3,
§ 3, et sacra ministeria peragendi, servatis e exercer os mistérios sagrados,
de iure servandis. observado o que de direito se deve
observar.

Can. 612 - Ut domus religiosa ad opera Cân. 612 - Para uma casa religiosa ser
apostolica destinetur diversa ab illis pro destinada as atividades apostólicas
quibus constituta est, requiritur consensus diversas daquelas para que foi constituída,
Episcopi dioecesani; non vero, si agatur de requer- se o consentimento do Bispo
conversione, quae, salvis fundationis diocesano; não, porém, se se tratar de
legibus, ad internum regimen et disciplinam mudança que, salvas as leis de fundação,
dumtaxat referatur. se refira unicamente ao regime e à
disciplina interna.

Can. 613 - § 1. Domus religiosa Cân. 613 - § 1. Uma casa religiosa de


canonicorum regularium et monachorum cônegos regulares e de monges, sob o
sub proprii Moderatoris regimine et cura sui regime e o cuidado do próprio Moderador,
iuris est, nisi constitutiones aliter ferant. é sui iuris, salvo determinação contrária
das constituições.
§ 2. Moderator domus sui iuris est de iure § 2. O Moderador de uma casa sui iuris é,
Superior maior. por direito, Superior maior.
Can. 614 - Monasteria monialium cuidam Cân. 614 - Os mosteiros de monjas,
virorum instituto consociata propriam vitae associados a algum instituto masculino,
rationem et regimen iuxta constitutiones têm a própria organização de vida e regime
obtinent. Mutua iura et obligationes ita de acordo com as constituições. Os direitos
definiantur ut ex consociatione spirituale e obrigações rec íprocas sejam definidos
bonum proficere possit. de tal modo que, com a associação, possa
crescer o bem espiritual.

Can. 615 - Monasterium sui iuris, quod Cân. 615 - O mosteiro sui iuris que, além
praeter proprium Moderatorem alium do próprio Moderador, não tem outro
Superiorem maiorem non habet, neque Superior maior nem está associado a
alicui religiosorum instituto ita consociatum algum instituto de religiosos, de tal modo
est ut eiusdem Superior vera potestate que sobre esse mosteiro seu Superior
constitutionibus determinata in tale tenha verdadeiro poder determinado pelas
monasterium gaudeat, ad normam iuris constituições, é confiado, de acordo com o
peculiari vigilantiae Episcopi dioecesani direito, à vigilância especial do Bispo.
committitur.

Can. 616 - § 1. Domus religiosa legitime Cân. 616 - § 1. Uma casa religiosa
erecta supprimi potest a supremo legitimamente erigida pode ser supressa
Moderatore ad normam constitutionum, pelo Moderador supremo, de acordo com
consulto Episcopo dioecesano. De bonis as constituições, consultando-se ao Bispo
domus suppressae provideat ius proprium diocesano. Quanto aos bens da casa
instituti, salvis fundatorum vel offerentium supressa, providencie o direito próprio do
voluntatibus et iuribus legitime quaesitis. instituto, respeitando-se a vontade dos
fundadores e doadores e os direitos
legitimamente adquiridos.
§ 2. Suppressio unicae domus instituti ad § 2. A supressão da única casa de um
Sanctam Sedem pertinet, cui etiam instituto compete à Santa Sé, à qual nesse
reservatur de bonis in casu statuere. caso, é reservado também dar disposições
a respeito dos bens.
§ 3. Supprimere domum sui iuris, de qua in § 3. Cabe ao capítulo geral suprimir uma
can. 613, est capituli generalis, nisi casa autônoma, mencionada no cân. 613,
constitutiones aliter ferant. salvo determinação contrária das
constituições.
§ 4. Monialium monasterium sui iuris § 4. Compete à Santa Sé suprimir um
supprimere ad Sedem Apostolicam mosteirosui iuris de monjas, observando-se
pertinet, servatis ad bona quod attinet as prescrições das constituições quanto
praescriptis constitutionum. aos bens.

CAPUT II. DE INSTITUTORUM REGIMINE Capítulo II DO REGIME DOS INSTITUTOS


Art. 1. DE SUPERIORIBUS ET CONSILIIS Art. 1 Dos Superiores e dos Conselhos
Can. 617 - Superiores suum munus Cân. 617 - Os Superiores desempenhem
adimpleant suamque potestatem exerceant seu ofício e exerçam seu poder de acordo
ad normam iuris universalis et proprii. com o direito universal e com o direito
próprio.

Can. 618 - Superiores in spiritu servitii Cân. 618 - Os Superiores exerçam em


suam potestatem a Deo per ministerium espírito de serviço o seu poder, recebido
Ecclesiae receptam exerceant. Voluntati de Deus pelo ministério da Igreja. Dóceis,
igitur Dei in munere explendo dociles, ipsi portanto, à vontade de Deus no
subditos regant uti filios Dei, ac desempenho do cargo, governem seus
promoventes cum reverentia personae súditos como a filhos de Deus, e
humanae illorum voluntariam promovam, com todo o respeito à pessoa
oboedientiam, libenter eos audiant necnon humana, a obediência voluntária deles;
eorum conspirationem in bonum instituti et ouçam-nos de bom grado e promovam a
Ecclesiae foveant, firma tamen ipsorum colaboração deles para o bem do instituto
auctoritate decernendi et praecipiendi quae e da Igreja, mantendo-se, entretanto, firme
agenda sunt. sua autoridade de decidir e prescrever o
que deve ser feito.

Can. 619 - Superiores suo officio sedulo Cân. 619 - Os Superiores se dediquem
incumbant et una cum sodalibus sibi diligentemente a seu ofício e, juntamente
commissis studeant aedificare fraternam in com os membros que lhes estão confiados,
Christo communitatem, in qua Deus ante se esforcem para construir uma
omnia quaeratur et diligatur. Ipsi igitur comunidade fraterna em Cristo, na qual se
nutriant sodales frequenti verbi Dei pabulo busque e se ame a Deus antes de tudo.
eosque adducant ad sacrae liturgiae Nutram, pois, os membros com o alimento
celebrationem. Eis exemplo sint in freqüente da Palavra de Deus e os levem à
virtutibus colendis et in observantia legum celebração da sagrada liturgia. Sirvam-lhes
et traditionum proprii instituti; eorum de exemplo no cultivo das virtudes e na
necessitatibus personalibus convenienter observância das leis e tradições do próprio
subveniant, infirmos sollicite curent ac instituto; atendam convenientemente às
visitent, corripiant inquietos, consolentur suas necessidades pessoais; tratem com
pusillanimes, patientes sint erga omnes. solicitude e visitem os doentes, corrijam os
rebeldes, consolem os desanimados,
sejam pacientes com todos.

Can. 620 - Superiores maiores sunt, qui Cân. 620 - Superiores maiores são os que
totum regunt institutum, vel eius governam todo o instituto, uma sua
provinciam, vel partem eidem província, uma parte a ela equiparada, ou
aequiparatam, vel domum sui iuris, itemque uma casa autônoma, bem como seus
eorum vicarii. His accedunt Abbas Primas vigários. A estes acrescentam-se o Abade
et Superior congregationis monasticae, qui Primaz e o Superior de congregação
tamen non habent omnem potestatem, monástica que, todavia, não têm todo o
quam ius universale Superioribus poder que o direito universal confere aos
maioribus tribuit. Superiores maiores.

Can. 621 - Plurium domorum coniunctio Cân. 621 - Dá-se o nome de província a
quae sub eodem Superiore partem união de mais casas que, sob o mesmo
immediatam eiusdem instituti constituat et Superior, constitua uma parte imediata
ab auctoritate legitima canonice erecta sit, desse instituto e seja canonicamente
nomine venit provinciae. erigida pela legítima autoridade.

Can. 622 - Supremus Moderator Cân. 622 - O Moderador supremo tem


potestatem obtinet in omnes instituti poder sobre todas as províncias, casas e
provincias, domos et sodales, exercendam membros do instituto, a ser exercido de
secundum ius proprium; ceteri Superiores acordo com o direito próprio; os outros
ea gaudent intra fines sui muneris. Superiores o têm dentro dos limites do
próprio ofício.
Can. 623 - Ut sodales ad munus Superioris Cân. 623 - Para que os membros sejam
valide nominentur aut eligantur, requiritur validamente nomeados ou eleitos para o
congruum tempus post professionem ofício de Superior, requer-se tempo
perpetuam vel definitivam, a iure proprio conveniente depois da profissão perpétua
vel, si agatur de Superioribus maioribus, a ou definitiva, a ser determinado pelo direito
constitutionibus determinandum. próprio, ou, tratando-se de Superiores
maiores, pelas constituições.

Can. 624 - § 1. Superiores ad certum et Cân. 624 - § 1. Os Superiores sejam


conveniens temporis spatium iuxta naturam constituídos por determinado e
et necessitatem instituti constituantur, nisi conveniente período de tempo, segundo a
pro supremo Moderatore et pro natureza e a necessidade do instituto, a
Superioribus domus sui iuris constitutiones não ser que as constituições determinem o
aliter ferant. contrário para o Moderador supremo e
para os Superiores de uma casa sui iuris.
§ 2. Ius proprium aptis normis provideat, ne § 2. O direito próprio providencie, mediante
Superiores, ad tempus definitum constituti, normas adequadas, que os Superiores
diutius sine intermissione in regiminis constituídos por tempo determinado não
officiis versentur. permaneçam durante muito tempo sem
interrupção em ofícios de governo.
§ 3. Possunt tamen durante munere ab § 3. Podem, porém, durante o encargo, ser
officio amoveri vel in aliud transferri ob destituídos do ofício ou transferidos para
causas iure proprio statutas. outro por causas determinadas pelo direito
próprio.

Can. 625 - § 1. Supremus instituti Cân. 625 - § 1. O Moderador supremo do


Moderator electione canonica designetur instituto seja designado mediante eleição
ad normam constitutionum. canônica, de acordo com as constituições.
§ 2. Electionibus Superioris monasterii sui § 2. O Bispo diocesano da sede principal
iuris, de quo in can. 615, et supremi preside às eleições do Superior de
Moderatoris instituti iuris dioecesani mosteiro sui iuris, mencionado no cân. 615,
praeest Episcopus sedis principis. e do Moderador supremo de instituto de
direito diocesano.
§ 3. Ceteri Superiores ad normam § 3. Os outros superiores sejam
constitutionum constituantur; ita tamen ut, constituídos de acordo com as
si eligantur, confirmatione Superioris constituições; mas de tal modo que, se são
maioris competentis indigeant; si vero a eleitos, necessitem da confirmação do
Superiore nominentur, apta consultatio Superior maior competente; se são
praecedat. nomeados pelo Superior, haja antes
consulta adequada.

Can. 626 - Superiores in collatione Cân. 626 - Os Superiores ao conferir os


officiorum et sodales in electionibus ofícios, e os membros nas eleições,
normas iuris universalis et proprii servent, observem as normas do direito universal e
abstineant a quovis abusu et acceptione do direito próprio; abstenham-se de
personarum, et, nihil praeter Deum et qualquer abuso ou discriminação de
bonum instituti prae oculis habentes, pessoas e, nada mais tendo em vista
nominent aut eligant quos in Domino vere senão a Deus e o bem do instituto,
dignos et aptos sciant. Caveant praeterea nomeiem ou elejam os que no Senhor
in electionibus a suffragiorum procuratione reconhecerem ser v erdadeiramente dignos
sive directe sive indirecte, tam pro seipsis e idôneos. Além disso, abstenham-se de
quam pro aliis. angariar votos, direta ou indiretamente,
para si mesmos ou para outros.

Can. 627 - § 1. Ad normam constitutionum, Cân. 627 - § 1. De acordo com as


Superiores proprium habeant consilium, constituições, tenham os Superiores o
cuius opera in munere exercendo utantur próprio conselho, de cujo auxílio usem no
oportet. exercício do cargo.
§ 2. Praeter casus in iure universali § 2. Além dos casos prescritos no direito
praescriptos, ius proprium determinet universal, o direito próprio determine os
casus in quibus consensus vel consilium ad casos em que, para agir validamente, se
valide agendum requiratur ad normam requer o consentimento ou o conselho, que
can. 127 exquirendum. deve ser solicitado de acordo com o cân.
127.

Can. 628 - § 1. Superiores qui iure proprio Cân. 628 - § 1. Os Superiores designados
instituti ad hoc munus designantur, statis pelo direito próprio para esse ofício visitem,
temporibus domos et sodales sibi nos tempos determinados, as casas e os
commissos iuxta normas eiusdem iuris membros que lhes estão confiados, de
proprii visitent. acordo com as normas do direito próprio.
§ 2. Episcopi dioecesani ius et officium est § 2. Os Bispos diocesanos têm o direito e o
visitare etiam quoad disciplinam religiosam: dever de visitar, mesmo no que se refere à
disciplina religiosa:
1° monasteria sui iuris de quibus in 1° - os mosteiros sui iuris mencionados no
can. 615; cân. 615;
2° singulas domos instituti iuris 2° - as casas de um instituto de direito
dioecesani in proprio territorio sitas. diocesano situadas no seu território.
§ 3. Sodales fiducialiter agant cum § 3. Os membros procedam com confiança
visitatore, cui legitime interroganti para com o visitador, a quem devem
respondere tenentur secundum veritatem in responder segundo a verdade na caridade,
caritate; nemini vero fas est quoquo modo quando os interrogar legitimamente; a
sodales ab hac obligatione avertere, aut ninguém é lícito desviar dessa obrigação
visitationis scopum aliter impedire. ou impedir, de outro modo, a finalidade da
visita.

Can. 629 - In sua quisque domo Cân. 629 - Os Superiores residam cada
Superiores commorentur, nec ab eadem qual em sua casa, e não se afastem dela, a
discedant, nisi ad normam iuris proprii. não ser de acordo com o direito próprio.

Can. 630 - § 1. Superiores sodalibus Cân. 630 - § 1. Os Superiores respeitem a


debitam agnoscant libertatem circa justa liberdade dos membros quanto ao
paenitentiae sacramentum et conscientiae sacramento da penitência e à direção de
moderamen, salva tamen instituti disciplina. consciência, salva porém a disciplina do
instituto.
§ 2. Solliciti sint Superiores ad normam § 2. Os Superiores, de acordo com o
iuris proprii, ut sodalibus idonei confessarii direito, sejam solícitos em que haja, à
praesto sint, apud quos frequenter confiteri disposição dos membros, confessores
possint. idôneos com os quais estes possam
confessar-se freqüentemente.
§ 3. In monasteriis monialium, in domibus § 3. Nos mosteiros de monjas, nas casas
formationis et in communitatibus de formação e nas comunidades laicais
numerosioribus laicalibus habeantur mais numerosas, haja confessores
confessarii ordinarii ab Ordinario loci ordinários, aprovados pelo Ordinário local
probati, collatis consiliis cum communitate, após consulta à comunidade, sem haver,
nulla tamen facta obligatione ad illos contudo, nenhuma obrigação de ir ter com
accedendi. eles.
§ 4. Subditorum confessiones Superiores § 4. Os Superiores não ouçam confissões
ne audiant, nisi sponte sua sodales id dos súditos, a não ser que eles o peçam
petant. espontaneamente.
§ 5. Sodales cum fiducia Superiores § 5. Os membros procurem com confiança
adeant, quibus animum suum libere ac os Superiores, podendo abrir-lhes livre e
sponte aperire possunt. Vetantur autem espontaneamente o próprio ânimo. Os
Superiores eos quoquo modo inducere ad Superiores, porém, são proibidos de induzi-
conscientiae manifestationem sibi los, de qualquer modo que seja, a
peragendam. manifestar-lhes a própria consciência.

Art. 2. DE CAPITULIS Art. 2 Dos Capítulos


Can. 631 - § 1. Capitulum generale, quod Cân. 631 - § 1. O capítulo geral, que detém
supremam auctoritatem ad normam a autoridade suprema num instituto, de
constitutionum in instituto obtinet, ita acordo com as constituições, seja formado
efformetur ut totum institutum de tal modo que, representando todo o
repraesentans, verum signum eiusdem instituto, se torne verdadeiro sinal da sua
unitatis in caritate evadat. Eius praecipue unidade na caridade. Compete- lhe
est: patrimonium instituti, de quo in principalmente: tutelar o patrimônio do
can. 578, tueri et accommodatam instituto, mencionado no cân. 578 e, de
renovationem iuxta ipsum promovere, acordo com ele, promover adequada
Moderatorem supremum eligere, maiora renovação, eleger o Moderador supremo,
negotia tractare, necnon normas edicere, tratar questões mais importantes, e dar
quibus omnes parere tenentur. normas as quais todos são obrigados a
obedecer.
§ 2. Compositio et ambitus potestatis § 2. A composição do capítulo e o âmbito
capituli definiantur in constitutionibus; ius do seu poder sejam definidos nas
proprium ulterius determinet ordinem constituições; além disso, o direito próprio
servandum in celebratione capituli, determine o regimento a ser observado na
praesertim quod ad electiones et rerum celebração do capítulo, principalmente
agendarum rationes attinet. quanto às eleições e à organização da
pauta.
§ 3. Iuxta normas in iure proprio § 3. De acordo com as normas
determinatas, non modo provinciae et determinadas no direito próprio, não só as
communitates locales, sed etiam quilibet províncias e comunidades locais, mas
sodalis optata sua et suggestiones capitulo também cada membro pode livremente
generali libere mittere potest. enviar suas propostas e sugestões ao
capítulo geral.

Can. 632 - Ius proprium accurate Cân. 632 - O direito próprio determine
determinet quae pertineant ad alia instituti cuidadosamente o que se refere a outros
capitula et ad alias similes coadunationes, capítulos do instituto e a outras reuniões
nempe ad eorum naturam, auctoritatem, semelhantes, isto é, sua natureza,
compositionem, modum procedendi et autoridade, composição, modo de proceder
tempus celebrationis. e tempo de celebração.

Can. 633 - § 1. Organa participationis vel Cân. 633 - § 1. Os órgãos de participação


consultationis munus sibi commissum ou de consulta cumpram fielmente o
fideliter expleant ad normam iuris encargo que lhes foi confiado, de acordo
universalis et proprii, eademque suo modo com o direito universal e o direito próprio, e
curam et participationem omnium sodalium exprimam a seu modo o empenho e a
pro bono totius instituti vel communitatis participação de todos os me mbros para o
exprimant. bem de todo o instituto ou da comunidade.
§ 2. In his mediis participationis et § 2. Na determinação e uso de tais meios
consultationis instituendis et adhibendis de participação e de consulta, observe-se
sapiens servetur discretio, atque modus sábia discrição, e seu modo de proceder
eorum agendi indoli et fini instituti sit seja conforme com a índole e finalidade do
conformis. instituto.

Art. 3. DE BONIS TEMPORALIBUS Art. 3 Dos Bens Temporais e sua


EORUMQUE ADMINISTRATIONE Administração
Can. 634 - § 1. Instituta, provinciae et Cân. 634 - § 1. Os institutos, províncias e
domus, utpote personae iuridicae ipso iure, casas, enquanto pessoas jurídicas,
capaces sunt acquirendi, possidendi, têmipso iure a capacidade de adquirir,
administrandi et alienandi bona temporalia, possuir, administrar e alienar bens
nisi haec capacitas in constitutionibus temporais, a não ser que essa capacidade
excludatur vel coarctetur. seja excluída ou limitada pelas
constituições.
§ 2. Vitent tamen quamlibet speciem luxus, § 2. Evitem, porém, qualquer manifestação
immoderati lucri et bonorum cumulationis. de luxo, de lucro imoderado e acúmulo de
bens.

Can. 635 - § 1. Bona temporalia Cân. 635 - § 1. Os bens temporais dos


institutorum religiosorum, utpote institutos religiosos, enquanto
ecclesiastica, reguntur praescriptis Libri V eclesiásticos, se regem pelas prescrições
De bonis Ecclesiae temporalibus, nisi aliud do Livro V Dos bens temporais da Igreja,
expresse caveatur. salvo determinação expressa em contrário.
§ 2. Quodlibet tamen institutum aptas § 2. Todos os institutos, porém,
normas statuat de usu et administratione estabeleçam normas adequadas sobre uso
bonorum, quibus paupertas sibi propria e administração dos bens, pelas quais seja
foveatur, defendatur et exprimatur. promovida, defendida e expressa a
pobreza que lhes é própria.

Can. 636 - § 1. In quolibet instituto et Cân. 636 - § 1. Em todos os institutos e, de


similiter in qualibet provincia quae a modo semelhante, em todas as províncias
Superiore maiore regitur, habeatur governadas por um Superior maior, haja
oeconomus, a Superiore maiore distinctus um ecônomo, distinto do Superior maior e
et ad normam iuris proprii constitutus, qui constituído de acordo com o direito próprio,
administrationem bonorum gerat sub que administre os bens sob a direção do
directione respectivi Superioris. Etiam in respectivo Superior. Também nas
communitatibus localibus instituatur, Comunidades locais se constitua, quanto
quantum fieri potest, oeconomus a possível, um ecônomo distinto do Superior
Superiore locali distinctus. local.
§ 2. Tempore et modo iure proprio statutis, § 2. No tempo e modo determinados pelo
oeconomi et alii administratores auctoritati direito próprio, os ecônomos e outros
competenti peractae administrationis administradores prestem contas da própria
rationem reddant. administração à autoridade competente.

Can. 637 - Monasteria sui iuris, de quibus Cân. 637 - Os mosteiros sui iuris,
in can. 615, Ordinario loci rationem mencionados no cân. 615, devem prestar
administrationis reddere debent semel in contas da administração ao Ordinário local
anno; loci Ordinario insuper ius esto uma vez por ano; é também direito do
cognoscendi de rationibus oeconomicis Ordinário local examinar a administração
domus religiosae iuris dioecesani. econômica da casa religiosa de direito
diocesano.

Can. 638 - § 1. Ad ius proprium pertinet, Cân. 638 - § 1. Compete ao direito próprio,
intra ambitum iuris universalis, determinare dentro do âmbito do direito universal,
actus qui finem et modum ordinariae determinar os atos que excedam os limites
administrationis excedant, atque ea e o modo da administração ordinária e
statuere quae ad valide ponendum actum estabelecer o que é necessário para
extraordinariae administrationis necessaria praticar validamente um ato de
sunt. administração extraordinária.
§ 2. Expensas et actus iuridicos ordinariae § 2. Além dos Superiores, fazem
administrationis valide, praeter Superiores, validamente despesas e atos de
faciunt, intra fines sui muneris, officiales Administração ordinária, dentro dos limites
quoque, qui in iure proprio ad hoc de seu cargo, os oficiais para tanto
designantur. designados no direito próprio.
§ 3. Ad validitatem alienationis et cuiuslibet § 3. Para a validade de uma alienação e de
negotii in quo condicio patrimonialis qualquer negócio em que a condição
personae iuridicae peior fieri potest, patrimonial da pessoa jurídica pode tornar-
requiritur licentia in scripto data Superioris se pior, requer-se a licença escrita do
competentis cum consensu sui consilii. Si Superior competente com o consentimento
tamen agatur de negotio quod summam a de seu conselho. Tratando-se, porém, de
Sancta Sede pro cuiusque regione negócio que ultrapasse a soma
definitam superet, itemque de rebus ex determinada pela Santa Sé para cada
voto Ecclesiae donatis aut de rebus região, de ex- votos dados à Igreja ou de
pretiosis artis vel historiae causa, requiritur coisas preciosas por valor artístico ou
insuper ipsius Sanctae Sedis licentia. histórico, requer-se ainda a licença da
própria Santa Sé.
§ 4. Pro monasteriis sui iuris, de quibus in § 4. Para os mosteirossui iuri mencionados
can. 615, et institutis iuris dioecesani no cân. 615 e para os institutos de direito
accedat necesse est consensus Ordinarii diocesano, é necessário ainda o
loci in scriptis praestitus. consentimento escrito do Ordinário local.

Can. 639 - § 1. Si persona iuridica debita et Cân. 639 - § 1. Se uma pessoa jurídica
obligationes contraxerit etiam cum tiver contraído dívidas e obrigações,
Superiorum licentia, ipsa tenetur de eisdem mesmo com a licença dos Superiores, é
respondere. obrigada ela própria a responder por elas.
§ 2. Si sodalis cum licentia Superioris § 2. Se as tiver contraído um membro com
contraxerit de suis bonis, ipse respondere licença do Superior e com os próprios
debet, si vero de mandato Superioris bens, deve responder pessoalmente; mas
negotium instituti gesserit, institutum se tiver feito negócio por mandato do
respondere debet. Superior do instituto, o instituto deve
responder.
§ 3. Si contraxerit religiosus sine ulla § 3. O Superior maior pode permitir que o
Superiorum licentia, ipse respondere debet, grupo de noviços, em determinados
non autem persona iuridica. períodos de tempo, more em outra casa do
instituto por ele designada. § 3. Se as tiver
contraído um religioso sem nenhuma
licença do Superior, deve responder ele
mesmo e não a pessoa jurídica.
§ 4. Firmum tamen esto, contra eum, in § 4. Entretanto, fique sempre garantido que
cuius rem aliquid ex inito contractu versum se pode mover ação contra quem lucrou
est, semper posse actionem institui. em conseqüência do contrato feito.
§ 5. Caveant Superiores religiosi ne debita § 5. Cuidem os Superiores religiosos de
contrahenda permittant, nisi certo constet não permitir que se contraiam dívidas, a
ex consuetis reditibus posse debiti foenus não ser que conste com certeza que se
solvi et intra tempus non nimis longum per possam pagar, com as rendas ordinárias,
legitimam amortizationem reddi summam os juros da dívida e, em prazo não muito
capitalem. longo, devolver o capital por legítima
amortização.

Can. 640 - Instituta, ratione habita Cân. 640 - De acordo com as condições
singulorum locorum, testimonium caritatis locais, os institutos façam o possível para
et paupertatis quasi collectivum reddere dar um testemunho como que coletivo de
satagant et pro viribus ex propriis bonis caridade e pobreza, e, enquanto possível,
aliquid conferant ad Ecclesiae contribuam com alguma coisa dos próprios
necessitatibus et egenorum sustentationi bens para as necessidades da Igreja e o
subveniendum. sustento dos pobres.

CAPUT III. DE CANDIDATORUM Capítulo III DA ADMISSÃO DOS


ADMISSIONE ET DE SODALIUM CANDIDATOS E DA FORMAÇÃO DOS
INSTITUTIONE MEMBROS
Art. 1. DE ADMISSIONE IN NOVITIATUM Art. 1 Da Admissão para o Noviciado
Can. 641 - Ius candidatos admittendi ad Cân. 641 - O direito de admitir candidatos
novitiatum pertinet ad Superiores maiores para o noviciado compete aos Superiores
ad normam iuris proprii. maiores, de acordo com o direito próprio.

Can. 642 - Superiores vigilanti cura eos Cân. 642 - Os Superiores, com atencioso
tantum admittant qui, praeter aetatem cuidado, admitam somente aqueles que,
requisitam, habeant valetudinem, aptam além da idade requerida, tenham saúde,
indolem et sufficientes maturitatis qualitates índole adequada e suficientes qualidades
ad vitam instituti propriam amplectendam; de maturidade para abraçar a vida própria
quae valetudo, indoles et maturitas do instituto; essa saúde, índole e
comprobentur adhibitis etiam, si opus fuerit, maturidade sejam comprovadas, se
peritis, firmo praescripto can. 220. necessário, por meio de peritos, salva a
prescrição do cân. 220.
Can. 643 - § 1. Invalide ad novitiatum Cân. 643 - § 1. Admite-se invalidamente
admittitur: para o noviciado:
1° qui decimum septimum aetatis 1° - quem não tenha completado ainda
annum nondum compleverit; dezessete anos de idade;
2° coniux, durante matrimonio; 2° - o cônjuge, enquanto perdurar o
matrimônio;
3° qui sacro vinculo cum aliquo instituto 3° - quem, por vínculo sagrado, esteja
vitae consecratae actu obstringitur vel in ligado a instituto de vida consagrada ou
aliqua societate vitae apostolicae incorporado a uma sociedade de vida
incorporatus est, salvo praescripto apostólica, salva a prescrição do cân. 684;
can. 684;
4° qui institutum ingreditur vi, metu 4° - quem ingressa no instituto, por
gravi aut dolo inductus, vel is quem violência, medo grave ou dolo, ou quem o
Superior eodem modo inductus recipit; Superior induzido pelo mesmo modo;
5° qui celaverit suam incorporationem 5° - quem tenha ocultado sua
in aliquo instituto vitae consecratae aut in incorporação a um instituto de vida
aliqua societate vitae apostolicae. consagrada ou a uma sociedade de vida
apostólica.
§ 2. Ius proprium potest alia impedimenta § 2. O direito próprio pode estabelecer
etiam ad validitatem admissionis outros impedimentos, mesmo para a
constituere vel condiciones apponere. validade da admissão, ou colocar
condições para ela.

Can. 644 - Superiores ad novitiatum ne Cân. 644 - Os Superiores não admitam


admittant clericos saeculares inconsulto para o noviciado clérigos seculares, sem
proprio ipsorum Ordinario, nec aere alieno consultar o Ordinário deles, nem a
gravatos qui ad solvendum pares non sint. endividados insolventes.

Can. 645 - § 1. Candidati, antequam ad Cân. 645 - § 1. Antes de serem admitidos


novitiatum admittantur, testimonium para o noviciado, os candidatos devem
baptismatis et confirmationis necnon status exibir a certidão de batismo, de
liberi exhibere debent. confirmação e de estado livre.
§ 2. Si agatur de admittendis clericis iisve § 2. Tratando-se de admitir clérigos ou
qui in aliud institutum vitae consecratae, in quem já foi admitido em outro instituto de
societatem vitae apostolicae vel in vida consagrada, sociedade de vida
seminarium admissi fuerint, requiritur apostólica ou seminário requer-se ainda o
insuper testimonium respective Ordinarii parecer respectivamente do Ordinário
loci vel Superioris maioris instituti, vel local, do Superior maior do instituto ou
societatis, vel rectoris seminarii. sociedade, ou do reitor do seminário.
§ 3. Ius proprium exigere potest alia § 3. O direito próprio pode exigir outras
testimonia de requisita idoneitate informações sobre a idoneidade requerida
candidatorum et de immunitate ab para os candidatos e sobre a ausência de
impedimentis. impedimentos.
§ 4. Superiores alias quoque informationes, § 4. Os Superiores podem pedir ainda
etiam sub secreto, petere possunt, si ipsis outras informações, mesmo sob segredo,
necessarium visum fuerit. se lhes parecer necessário.
Art. 2. DE NOVITIATU ET NOVITIORUM Art. 2 Do Noviciado e da Formação dos
INSTITUTIONE Noviços
Can. 646 - Novitiatus, quo vita in instituto Cân. 646 - O noviciado, com o qual se
incipitur, ad hoc ordinatur, ut novitii começa a vida no instituto, destina-se a
vocationem divinam, et quidem instituti que os noviços conheçam melhor a
propriam, melius agnoscant, vivendi vocação divina, a vocação própria do
modum instituti experiantur eiusque spiritu instituto, façam experiência do modo de
mentem et cor informent, atque ipsorum viver do instituto, conformem com o espírito
propositum et idoneitas comprobentur. dele a mente e o coração e comprovem
sua intenção e idoneidade.

Can. 647 - § 1. Domus novitiatus erectio, Cân. 647 - § 1. A ereção, tranferência e


translatio et suppressio fiant per decretum supressão do noviciado sejam feitas por
scripto datum supremi Moderatoris instituti decreto escrito do Moderador supremo do
de consensu sui consilii. instituto com o consentimento de seu
conselho.
§ 2. Novitiatus, ut validus sit, peragi debet § 2. Para ser válido, o noviciado deve ser
in domo ad hoc rite designata. In casibus feito na casa devidamente designada para
particularibus et ad modum exceptionis, ex isso. Em casos particulares e por exceção,
concessione Moderatoris supremi de mediante concessão do Moderador
consensu sui consilii, candidatus novitiatum supremo com o consentimento de seu
peragere potest in alia instituti domo, sub conselho, o candidato pode fazer o
moderamine alicuius probati religiosi, qui noviciado em outra casa do instituto, sob a
vices magistri novitiorum gerat. direção de um religioso experiente, que
faça as vezes do mestre de noviços.
§ 3. Superior maior permittere potest ut § 3. O Superior maior pode permitir que o
novitiorum coetus, per certa temporis grupo de noviços, em determinados
spatia, in alia instituti domo, a se designata, períodos de tempo, more em outra casa do
commoretur. instituto por ele designada.

Can. 648 - § 1. Novitiatus, ut validus sit, Cân. 648 - § 1. Para ser válido, o noviciado
duodecim menses in ipsa novitiatus deve compreender doze meses a serem
communitate peragendos complecti debet, passados na própria comunidade do
firmo praescripto can. 647, § 3. noviciado, salva a prescrição do cân. 647
§ 3.
§ 2. Ad novitiorum institutionem § 2. Para aperfeiçoar a formação dos
perficiendam, constitutiones, praeter noviços, as constituições, além do tempo
tempus de quo in § 1, unum vel plura mencionado no § 1, podem estabelecer um
exercitationis apostolicae tempora extra ou vários períodos de experiência
novitiatus communitatem peragenda apostólica a serem passados fora da
statuere possunt. comunidade do noviciado.
§ 3. Novitiatus ultra biennium ne § 3. O noviciado não pode prolongar-se por
extendatur. mais de dois anos.

Can. 649 - § 1. Salvis praescriptis Cân. 649 - § 1. Salvas as prescrições do


can. 647, § 3 et can. 648, § 2, absentia a cân. 647 § 3 e do cân. 648 § 2, a ausência
domo novitiatus quae tres menses, sive da casa do noviciado que ultrapassar três
continuos sive intermissos, superet, meses, contínuos ou intermitentes, torna
novitiatum invalidum reddit. Absentia quae inválido o noviciado. A ausência que
quindecim dies superet, suppleri debet. ultrapassar quinze dias deve ser suprida.
§ 2. De venia competentis Superioris § 2. Com licença do Superior maior
maioris, prima professio anticipari potest, competente, a primeira profissão pode ser
non ultra quindecim dies. antecipada, mas não mais de quinze dias.

Can. 650 - § 1. Scopus novitiatus exigit ut Cân. 650 - § 1. A finalidade do noviciado


novitii sub directione magistri efformentur exige que os noviços sejam formados sob
iuxta rationem institutionis iure proprio a direção do mestre, segundo as diretrizes
definiendam. da formação, que devem ser determinadas
pelo direito próprio.
§ 2. Regimen novitiorum, sub auctoritate § 2. A direção dos noviços, sob a
Superiorum maiorum, uni magistro autoridade dos Superiores maiores, é
reservatur. reservada unicamente ao mestre.

Can. 651 - § 1. Novitiorum magister sit Cân. 651 - § 1. O mestre dos noviços seja
sodalis instituti qui vota perpetua professus membro do instituto, tenha professado os
sit et legitime designatus. votos perpétuos e seja legitimamente
designado.
§ 2. Magistro, si opus fuerit, cooperatores § 2. Se for necessário, podem- se dar ao
dari possunt, qui ei subsint quoad mestre colaboradores, que lhe estejam
moderamen novitiatus et institutionis sujeitos no que se refere à direção do
rationem. noviciado e às diretrizes da formação.
§ 3. Novitiorum institutioni praeficiantur § 3. A formação dos noviços sejam
sodales sedulo praeparati qui, aliis destinados membros diligentemente
oneribus non impediti, munus suum preparados que, livres de outros
fructuose et stabili modo absolvere possint. empenhos, possam cumprir seu ofício
frutuosa e estavelmente.

Can. 652 - § 1. Magistri eiusque Cân. 652 - § 1. Compete ao mestre e a


cooperatorum est novitiorum vocationem seus colaboradores discernir e comprovar
discernere et comprobare, eosque a vocação dos noviços e formá-los
gradatim ad vitam perfectionis instituti gradualmente para viverem devidamente a
propriam rite ducendam efformare. vida de perfeição própria do instituto.
§ 2. Novitii ad virtutes humanas et § 2. Os noviços sejam levados a cultivar as
christianas excolendas adducantur; per virtudes humanas e cristãs; sejam
orationem et sui abnegationem in introduzidos no caminho mais intenso da
pleniorem perfectionis viam introducantur; perfeição pela oração e pela renúncia de si
ad mysterium salutis contemplandum et mesmos; sejam instruídos para contemplar
sacras Scripturas legendas et meditandas o mistério da salvação e para ler e meditar
instruantur; ad Dei cultum in sacra liturgia as sagradas Escrituras; sejam preparados
excolendum praeparentur; rationem para prestar o culto divino na sagrada
addiscant vitam ducendi Deo hominibusque liturgia; aprendam a levar em Cristo uma
in Christo per consilia evangelica vida consagrada a Deus e aos homens,
consecratam; de instituti indole et spiritu, mediante os conselhos evangélicos; sejam
fine et disciplina, historia et vita edoceantur informados sobre a índole e o espírito do
atque amore erga Ecclesiam eiusque instituto, sua finalidade e sua disciplina,
sacros Pastores imbuantur. sua historia e sua vida; sejam imbuídos de
amor à Igreja e aos seus sagrados
Pastores.
§ 3. Novitii, propriae responsabilitatis § 3. Conscientes da própria
conscii, ita cum magistro suo active responsabilidade, os noviços colaborem de
collaborent ut gratiae divinae vocationis tal modo com seus mestres, que
fideliter respondeant. correspondam fielmente à graça da
vocação divina.
§ 4. Curent instituti sodales, ut in opere § 4. Os membros do instituto, na parte que
institutionis novitiorum pro parte sua lhes cabe, cuidem de colaborar no trabalho
cooperentur vitae exemplo et oratione. de formação dos noviços, com o exemplo
de vida e pela oração.
§ 5. Tempus novitiatus, de quo in can. 648, § 5. O tempo do noviciado, mencionado no
§ 1, in opus formationis proprie impendatur, cân. 648 § 1, seja empregado na atividade
ideoque novitii ne occupentur in studiis et propriamente formativa; por isso, os
muniis, quae huic formationi non directe noviços não se ocupem com estudos e
inserviunt. encargos que não servem diretamente
para essa formação.

Can. 653 - § 1. Novitius institutum libere Cân. 653 - § 1. O noviço pode abandonar
deserere potest; competens autem instituti liv remente o instituto; a autoridade
auctoritas potest eum dimittere. competente do instituto pode demiti-lo.
§ 2. Exacto novitiatu, si idoneus iudicetur, § 2. Concluído o noviciado, o noviço seja
novitius ad professionem temporariam admitido à profissão temporária, se for
admittatur, secus dimittatur; si dubium julgado idôneo; caso contrário, seja
supersit de eius idoneitate, potest demitido; se ainda houver dúvida sobre sua
probationis tempus a Superiore maiore ad idoneidade, o tempo de prova pode ser
normam iuris proprii, non tamen ultra sex prorrogado pelo Superior maior, de acordo
menses prorogari. com o direito próprio, não porém mais de
seis meses.

Art. 3. DE PROFESSIONE RELIGIOSA Art. 3 Da Profissão Religiosa


Can. 654 - Professione religiosa sodales Cân. 654 - Pela profissão religiosa os
tria consilia evangelica observanda voto membros assumem, com voto público, a
publico assumunt, Deo per Ecclesiae observância dos três conselhos
ministerium consecrantur et instituto evangélicos, consagram-se a Deus pelo
incorporantur cum iuribus et officiis iure ministério da Igreja e são incorporados ao
definitis. instituto com os direitos e deveres
definidos pelo direito.

Can. 655 - Professio temporaria ad tempus Cân. 655 - Faça-se profissão temporária
iure proprio definitum emittatur, quod pelo tempo definido pelo direito próprio;
neque triennio brevius neque sexennio esse tempo não seja menor do que três
longius sit. anos, nem maior do que seis

Can. 656 - Ad validitatem professionis Cân. 656 - Para a validade da profissão


temporariae requiritur ut: temporária requer-se que:
1° qui eam emissurus est, decimum 1° - quem vai emiti-la tenha completado
saltem octavum aetatis annum compleverit; ao menos dezoito anos de idade;
2° novitiatus valide peractus sit; 2° - noviciado tenha sido feito
validamente;
3° habeatur admissio a competenti 3° - tenha havido admissão, feita
Superiore cum voto sui consilii ad normam livremente pelo Superior competente com o
iuris libere facta; voto de seu conselho, de acordo com o
direito;
4° sit expressa et absque vi, metu gravi 4° - seja expressa e emitida sem
aut dolo emissa; violência, medo grave ou dolo;
5° a legitimo Superiore per se vel per 5° - seja recebida pelo legítimo
alium recipiatur. Superior, por si ou por outro.

Can. 657 - § 1. Expleto tempore ad quod Cân. 657 - § 1. Decorrido o tempo para o
professio emissa fuerit, religiosus, qui qual foi feita a profissão, o religioso, que o
sponte petat et idoneus iudicetur, ad pedir espontaneamente e for julgado
renovationem professionis vel ad idôneo, seja admitido à renovação da
professionem perpetuam admittatur, secus profissão ou à profissão perpétua; caso
discedat. contrário, se retire.
§ 2. Si opportunum vero videatur, periodus § 2. Contudo, se parecer oportuno, o
professionis temporariae a competenti período da profissão temporária pode ser
Superiore, iuxta ius proprium, prorogari prorrogado pelo Superior competente, de
potest, ita tamen ut totum tempus, quo acordo com o direito próprio, de modo,
sodalis votis temporariis adstringitur, non porém, que todo o tempo em que membro
superet novennium. permanece vinculado pelos votos
temporários não ultrapasse nove anos.
§ 3. Professio perpetua anticipari potest ex § 3. A profissão perpétua pode ser
iusta causa, non tamen ultra trimestre. antecipada por justa causa, não porém
mais de três meses.

Can. 658 - Praeter condiciones de quibus Cân. 658 - Além das condições
in can. 656, nn. 3, 4 et 5 aliasque iure mencionadas no cân. 656, n.3, 4 e 5 e
proprio appositas, ad validitatem outras colocadas pelo direito próprio, para
professionis perpetuae requiritur: a validade da profissão perpétua requer-se:
1° vigesimus primus saltem aetatis 1° - ao menos vinte e um anos
annus completus; completos;
2° praevia professio temporaria saltem 2° - a profissão temporária prévia, ao
per triennium, salvo praescripto can. 657, menos por três anos, salva a prescrição do
§ 3. cân. 657 § 3.

Art. 4. DE RELIGIOSORUM Art. 4 Da Formação dos Religiosos


INSTITUTIONE
Can. 659 - § 1. In singulis institutis, post Cân. 659 - § 1. Em cada instituto, depois
primam professionem omnium sodalium da primeira profissão, deve ser completada
institutio perficiatur ad vitam instituti a formação de todos os membros, a fim de
propriam plenius ducendam et ad eius viverem mais intensamente a vida própria
missionem aptius prosequendam. do instituto e cumprirem mais
adequadamente sua missão.
§ 2. Quapropter ius proprium rationem § 2. Por isso, o direito próprio deve definir
definire debet huius institutionis as diretrizes dessa formação e sua
eiusdemque durationis, attentis Ecclesiae duração, levando em conta as
necessitatibus atque hominum necessidades da Igreja e as condições dos
temporumque condicionibus, prout a fine et homens e dos tempos, conforme o exigem
indole instituti exigitur. a finalidade e a índole do instituto.
§ 3. Institutio sodalium, qui ad sacros § 3. A formação dos membros que se
ordines suscipiendos praeparantur, iure preparam para receber ordens sagradas
universali regitur et propria instituti ratione rege-se pelo direito universal e pelas
studiorum. diretrizes para os estudos próprias do
instituto.

Can. 660 - § 1. Institutio sit systematica, Cân. 660 - § 1. A formação seja


captui sodalium accommodata, spiritualis et sistemática, adaptada à capacidade dos
apostolica, doctrinalis simul ac practica, membros, espiritual e apostólica, doutrinal
titulis etiam congruentibus, tam e ao mesmo tempo prática, com a
ecclesiasticis quam civilibus, pro obtenção de títulos correspondentes,
opportunitate obtentis. eclesiásticos ou civis, de acordo com a
oportunidade.
§ 2. Perdurante tempore huius institutionis, § 2. Durante o tempo dessa formação, não
sodalibus officia et opera ne committantur, se confiem aos membros encargos e
quae eam impediant. atividades que venham impedi-la.

Can. 661 - Per totam vitam religiosi Cân. 661 - Por toda a vida, os religiosos
formationem suam spiritualem, doctrinalem continuem diligentemente sua formação
et practicam sedulo prosequantur; espiritual, doutrinal e prática; os Superiores
Superiores autem eis adiumenta et tempus proporcionem a eles meios e tempo para
ad hoc procurent. isso.

CAPUT IV. DE INSTITUTORUM Capítulo IV DAS OBRIGAÇÕES E


EORUMQUE SODALIUM DIREITOS DOS INSTITUTOS E DE SEUS
OBLIGATIONIBUS ET IURIBUS MEMBROS
Can. 662 - Religiosi sequelam Christi in Cân. 662 - Os religiosos tenham como
Evangelio propositam et in constitutionibus regra suprema da vida o seguimento de
proprii instituti expressam tamquam Cristo, proposto no Evangelho e expresso
supremam vitae regulam habeant. nas constituições do próprio instituto.

Can. 663 - § 1. Rerum divinarum Cân. 663 - § 1. A contemplação das coisas


contemplatio et assidua cum Deo in divinas e a união com Deus pela oração
oratione unio omnium religiosorum primum assídua seja o primeiro e principal dever de
et praecipuum sit officium. todos os religiosos.
§ 2. Sodales cotidie pro viribus Sacrificium § 2. Os membros, quanto possível,
eucharisticum participent, sanctissimum participem todos os dias do sacrifício
Corpus Christi recipiant et ipsum Dominum eucarístico, recebam o santíssimo Corpo
in Sacramento praesentem adorent. de Cristo e adorem o próprio Senhor
presente no Sacramento.
§ 3. Lectioni sacrae Scripturae et orationi § 3. Dediquem-se à leitura da sagrada
mentali vacent, iuxta iuris proprii Escritura e à oração mental, celebrem
praescripta liturgiam horarum digne dignamente a liturgia das horas de acordo
celebrent, firma pro clericis obligatione de com as prescrições do direito próprio,
qua in can. 276, § 2, n. 3, et alia pietatis mantendo-se para os clérigos a obrigação
exercitia peragant. mencionada no cân. 276 § 2, n. 3, e façam
outros exercícios de piedade.
§ 4. Speciali cultu Virginem Deiparam, § 4. Honrem, mediante culto especial, a
omnis vitae consecratae exemplum et Virgem Mãe de Deus, modelo e proteção
tutamen, etiam per mariale rosarium de toda vida consagrada, também com o
prosequantur. rosário mariano.
§ 5. Annua sacri recessus tempora fideliter § 5. Observem fielmente os dias do retiro
servent. anual.

Can. 664 - In animi erga Deum Cân. 664 - Os religiosos se esforcem na


conversione insistant religiosi, sua própria conversão para Deus, façam
conscientiam etiam cotidie examinent et ad também todos os dias o exame de
paenitentiae sacramentum frequenter consciência e se aproximem
accedant. freqüentemente do sacramento da
penitência.

Can. 665 - § 1. Religiosi in propria domo Cân. 665 - § 1. Os religiosos residam na


religiosa habitent vitam communem própria casa religiosa, observando a vida
servantes, nec ab ea discedant nisi de comum, e dela não se afastem sem a
licentia sui Superioris. Si autem agatur de licença de seu Superior. Tratando-se,
diuturna a domo absentia, Superior maior, porém, de ausência prolongada de casa, o
de consensu sui consilii atque iusta de Superior maior, com o consentimento de
causa, sodali concedere potest ut extra seu conselho e por justa causa, pode
domum instituti degere possit, non tamen permitir a um alguém que possa viver fora
ultra annum, nisi causa infirmitatis da casa do instituto, não porém mais de
curandae, ratione studiorum aut um ano, a não ser para cuidar de doença,
apostolatus exercendi nomine instituti. por razão de estudos ou de exercício de
um apostolado em nome do instituto.
§ 2. Sodalis, qui e domo religiosa illegitime § 2. Quem permanecer ilegitimamente fora
abest cum animo sese subducendi a da casa religiosa, com a intenção de se
potestate Superiorum, sollicite ab eisdem subtrair ao poder dos Superiores, seja por
quaeratur et adiuvetur ut redeat et in sua eles procurado com solicitude e ajudado
vocatione perseveret. para que retorne e persevere na sua
vocação.

Can. 666 - In usu mediorum Cân. 666 - No uso dos meios de


communicationis socialis servetur comunicação, observe-se a necessária
necessaria discretio atque vitentur quae discrição e evite-se o que é prejudicial à
sunt vocationi propriae nociva et castitati própria vocação e perigoso para a
personae consecratae periculosa. castidade de uma pessoa consagrada.

Can. 667 - § 1. In omnibus domibus Cân. 667 - § 1. Em todas as casas se


clausura indoli et missioni instituti observe a clausura adequada à índole e à
accommodata servetur secundum missão do instituto, de acordo com as
determinationes proprii iuris, aliqua parte determinações do direito próprio,
domus religiosae solis sodalibus semper reservando-se sempre uma parte da casa
reservata. religiosa unicamente para os membros.
§ 2. Strictior disciplina clausurae in § 2. Deve ser observada uma disciplina
monasteriis ad vitam contemplativam mais estrita de clausura nos mosteiros
ordinatis servanda est. destinados à vida contemplativa.
§ 3. Monasteria monialium, quae integre ad § 3. Os mosteiros de monjas que se
vitam contemplativam ordinantur, destinam inteiramente à vida contemplativa
clausuram papalem, iuxta normas scilicet devem observar a clausurapapal, isto é, de
ab Apostolica Sede datas, observare acordo com as normas dadas pela Sé
debent. Cetera monialium monasteria Apostólica. Os outros mosteiros de monjas
clausuram propriae indoli accommodatam observem a clausura adequada à própria
et in constitutionibus definitam servent. índole e definida nas constituições.
§ 4. Episcopus dioecesanus facultatem § 4. O Bispo diocesano tem a faculdade de
habet ingrediendi, iusta de causa, intra entrar, por justa causa, dentro da clausura
clausuram monasteriorum monialium, quae dos mosteiros de monjas que estão
sita sunt in sua dioecesi, atque permittendi, situados em sua diocese, e de permitir, por
gravi de causa et assentiente Antistita, ut causa grave e com anuência da Superiora,
alii in clausuram admittantur, ac moniales que outros sejam admitidos na clausura, e
ex ipsa egrediantur ad tempus vere que as monjas dela saiam pelo tempo
necessarium. verdadeiramente necessário.

Can. 668 - § 1. Sodales ante primam Cân. 668 - § 1. Os noviços, antes da


professionem suorum bonorum primeira profissão, cedam a administração
administrationem cedant cui maluerint et, de seus bens a quem preferirem e, salvo
nisi constitutiones aliud ferant, de eorum determinação contrária das constituições,
usu et usufructu libere disponant. disponham livremente do uso e usufruto
Testamentum autem, quod etiam in iure deles. Façam, porém, ao menos antes da
civili sit validum, saltem ante professionem profissão perpétua, testamento que seja
perpetuam condant. válido também no direito civil.
§ 2. Ad has dispositiones iusta de causa § 2. Para modificar, por justa causa, essas
mutandas et ad quemlibet actum disposições e para praticar qualquer ato
ponendum circa bona temporalia, licentia referente aos bens temporais, necessitam
Superioris competentis ad normam iuris da licença do Superior competente, de
proprii indigent. acordo com o direito próprio.
§ 3. Quidquid religiosus propria acquirit § 3. Qualquer coisa que o religioso adquire
industria vel ratione instituti, acquirit por própria industria ou em vista do
instituto. Quae ei ratione pensionis, instituto, adquire para o instituto. O que lhe
subventionis vel assecurationis quoquo advém de qualquer modo por motivo de
modo obveniunt, instituto acquiruntur, nisi pensão, subvenção ou seguro, é adquirido
aliud iure proprio statuatur. pelo instituto, salvo determinação contrária
do direito próprio.
§ 4. Qui ex instituti natura plene bonis suis § 4. Pela natureza do instituto, quem deve
renuntiare debet, illam renuntiationem, renunciar plenamente aos seus bens, faça
forma, quantum fieri potest, etiam iure civili sua renúncia em forma, quanto possível,
valida, ante professionem perpetuam faciat válida também pelo direito civil, antes da
a die emissae professionis valituram. Idem profissão perpétua, com validade a partir
faciat professus a votis perpetuis, qui ad do dia da profissão. Faça a mesma coisa o
normam iuris proprii bonis suis pro parte professo de votos perpétuos que, de
vel totaliter de licentia supremi Moderatoris acordo com o direito próprio, queira
renuntiare velit. renunciar parcial ou totalmente a seus
bens com licença do Moderador supremo.
§ 5. Professus, qui ob instituti naturam § 5. Pela natureza do instituto, o professo
plene bonis suis renuntiaverit, capacitatem que tiver renunciado plenamente a seus
acquirendi et possidendi amittit, ideoque bens, perde a capacidade de adquirir e
actus voto paupertatis contrarios invalide possuir; por isso, pratica invalidamente
ponit. Quae autem ei post renuntiationem atos contrários ao voto de pobreza. Mas o
obveniunt, instituto cedunt ad normam iuris que lhe advém depois da renúncia
proprii. pertence ao instituto, de acordo com o
direito.

Can. 669 - § 1. Religiosi habitum instituti Cân. 669 - § 1. Os religiosos usem o hábito
deferant, ad normam iuris proprii do instituto confeccionado de acordo com o
confectum, in signum suae consecrationis direito próprio, como sinal de sua
et in testimonium paupertatis. consagração e como testemunho de
pobreza.
§ 2. Religiosi clerici instituti, quod proprium § 2. Os religiosos clérigos de instituto que
non habet habitum, vestem clericalem ad não tem hábito próprio usem a veste
normam can. 284 assumant. clerical de acordo com o cân. 284.

Can. 670 - Institutum debet sodalibus Cân. 670 - O instituto deve proporcionar
suppeditare omnia quae ad normam aos membros tudo o que lhes é
constitutionum necessaria sunt ad suae necessário, de acordo com as
vocationis finem assequendum. constituições, para alcançar a finalidade de
sua vocação.

Can. 671 - Religiosus munera et officia Cân. 671 - Sem a licença do legítimo
extra proprium institutum ne recipiat Superior, o religioso não aceite encargos e
absque licentia legitimi Superioris. ofícios f ora do próprio instituto.

Can. 672 - Religiosi adstringuntur Cân. 672 - Os religiosos são obrigados as


praescriptis cann. 277, 285, 286, 287 et prescrições do cân. 277, 285, 286, 287 e
289, et religiosi clerici insuper praescriptis 289, e os religiosos clérigos, além disso, as
can. 279, § 2; in institutis laicalibus iuris prescrições do cân. 279 § 2; nos instituto
pontificii, licentia de qua in can. 285, § 4, laicais de direito pontifício, a licença
concedi potest a proprio Superiore maiore. mencionada no cân. 285 § 4 pode ser
concedida pelo próprio Superior maior.

CAPUT V. DE APOSTOLATU Capítulo V DO APOSTOLADO DOS


INSTITUTORUM INSTITUTOS
Can. 673 - Omnium religiosorum Cân. 673 - O apostolado de todos os
apostolatus primum in eorum vitae religiosos consiste, antes de tudo, no
consecratae testimonio consistit, quod testemunho de sua vida consagrada, que
oratione et paenitentia fovere tenentur. devem sustentar com a oração e a
penitência.

Can. 674 - Instituta, quae integre ad Cân. 674 - Os institutos inteiramente


contemplationem ordinantur, in Corpore destinados à contemplação têm sempre
Christi mystico praeclaram semper partem parte importante no Corpo místico de
obtinent: Deo enim eximium laudis Cristo, pois oferecem exímio sacrifício de
sacrificium offerunt, populum Dei uberrimis louvor a Deus, iluminam o povo de Deus
sanctitatis fructibus collustrant eumque com abundantes frutos de santidade e o
exemplo movent necnon arcana fazem crescer através de misteriosa
fecunditate apostolica dilatant. Qua de fecundidade apostólica. Por isso, embora
causa, quantumvis actuosi apostolatus urja a necessidade de apostolado ativo, os
urgeat necessitas, sodales horum membros desses institutos não podem ser
institutorum advocari nequeunt ut in variis chamados para prestar ajuda nos diversos
ministeriis pastoralibus operam adiutricem ministérios pastorais.
praestent.

Can. 675 - § 1. In institutis operibus Cân. 675 - § 1. Nos institutos dedicados às


apostolatus deditis, apostolica actio ad obras de apostolado, a ação apostólica
ipsam eorundem naturam pertinet. Proinde, pertence a sua própria natureza.
tota vita sodalium spiritu apostolico Conseqüentemente, toda a vida dos
imbuatur, tota vero actio apostolica spiritu membros seja imbuída do espírito
religioso informetur. apostólico, e toda a ação apostólica seja
imbuída de espírito religioso.
§ 2. Actio apostolica ex intima cum Deo § 2. A ação apostólica deve sempre
unione semper procedat eandemque proceder da íntima união com Deus, e a
confirmet et foveat. confirme e alimente.
§ 3. Actio apostolica, nomine et mandato § 3. A ação apostólica, a ser exercida em
Ecclesiae exercenda, in eius communione nome e por mandato da Igreja, se realize
peragatur. em comunhão com ela.

Can. 676 - Laicalia instituta, tum virorum Cân. 676 - Os institutos laicais, de homens
tum mulierum, per misericordiae opera e de mulheres, participam do múnus
spiritualia et corporalia munus pastorale pastoral da Igreja e prestam aos homens
Ecclesiae participant hominibusque muitíssimos serviços por meio de obras de
diversissima praestant servitia; quare in misericórdia espirituais e corporais;
suae vocationis gratia fideliter permaneant. permaneçam, pois, fielmente na graça da
própria vocação.

Can. 677 - § 1. Superiores et sodales Cân. 677 - § 1. Superiores e súditos


missionem et opera instituti propria fideliter mantenham fielmente a missão e as obras
retineant; ea tamen, attentis temporum et próprias do instituto; entretanto, as
locorum necessitatibus, prudenter adaptem com prudência, levando em conta
accommodent, novis etiam et opportunis as necessidades de tempo e lugar, usando
mediis adhibitis. também de meios novos e oportunos.
§ 2. Instituta autem, si quas habeant § 2. Os institutos, porém, se tiverem
associationes christifidelium sibi associações de fiéis que lhes estejam
coniunctas, speciali cura adiuvent, ut unidas, ajudem-nas com especial cuidado,
genuino spiritu suae familiae imbuantur. a fim de se impregnarem do genuíno
espírito de sua família.

Can. 678 - § 1. Religiosi subsunt potestati Cân. 678 - § 1. Os religiosos estão sujeitos
Episcoporum, quos devoto obsequio ac ao poder dos Bispos, aos quais devem
reverentia prosequi tenentur, in iis quae obedecer, com devotado respeito e
curam animarum, exercitium publicum reverência, no que se refere à cura de
cultus divini et alia apostolatus opera almas, ao exercício público do culto divino
respiciunt. e às outras obras de apostolado.
§ 2. In apostolatu externo exercendo § 2. No exercício do apostolado externo, os
religiosi propriis quoque Superioribus religiosos estão sujeitos também aos
subsunt et disciplinae instituti fideles próprios Superiores e devem permanecer
permanere debent; quam obligationem ipsi fiéis à disciplina do instituto; os próprios
Episcopi, si casus ferat, urgere ne omittant. Bispos, se necessário, não deixem de urgir
essa obrigação.
§ 3. In operibus apostolatus religiosorum § 3. Na organização das atividades
ordinandis Episcopi dioecesani et apostólica dos religiosos, é necessário que
Superiores religiosi collatis consiliis os Bispos diocesanos e os Superiores
procedant oportet. religiosos procedam com mútuo
entendimento.

Can. 679 - Episcopus dioecesanus, Cân. 679 - O Bispo diocesano, urgindo-o


urgente gravissima causa, sodali instituti causa gravíssima, pode proibir a um
religiosi prohibere potest quominus in membro de instituto religioso que resida na
dioecesi commoretur, si eius Superior diocese, caso o Superior maior, avisado,
maior monitus prospicere neglexerit, re tenha deixado de tomar providências,
tamen ad Sanctam Sedem statim delata. levando porém imediatamente a questão à
Santa Sé.

Can. 680 - Inter varia instituta, et etiam Cân. 680 - Entre os diversos institutos, e
inter eadem et clerum saecularem, ordinata também entre eles e o clero secular, seja
foveatur cooperatio necnon, sub promovida uma cooperação organizada e,
moderamine Episcopi dioecesani, omnium sob a direção do Bispo diocesano, uma
operum et actionum apostolicarum coordenação de todos os trabalhos e
coordinatio, salvis indole, fine singulorum atividades apostólicas, respeitando-se a
institutorum et legibus fundationis. índole, a finalidade de cada instituto e as
leis de fundação.

Can. 681 - § 1. Opera quae ab Episcopo Cân. 681 - § 1. As obras confiadas pelo
dioecesano committuntur religiosis, Bispo diocesano aos religiosos estão
eiusdem Episcopi auctoritati et directioni sujeitas a autoridade e direção do Bispo,
subsunt, firmo iure Superiorum mantendo-se o direito dos Superiores
religiosorum ad normam can. 678, §§ 2 et religiosos de acordo com o cân. 678 § 2 e
3. § 3.
§ 2. In his casibus ineatur conventio scripta § 2. Nesses casos, faça-se um convênio
inter Episcopum dioecesanum et escrito entre o Bispo diocesano e o
competentem instituti Superiorem, qua, Superior maior competente do instituto,
inter alia, expresse et accurate definiantur entre outras coisas, se defina expressa e
quae ad opus explendum, ad sodales cuidadosamente o que se refere ao
eidem addicendos et ad res oeconomicas trabalho a ser realizado, aos membros a
spectent. serem a ele destinados e às questões
econômicas.

Can. 682 - § 1. Si de officio ecclesiastico in Cân. 682 - § 1. Tratando-se de conferir


dioecesi alicui sodali religioso conferendo ofício eclesiástico na diocese a um
agatur, ab Episcopo dioecesano religiosus religioso, este é nomeado pelo Bispo
nominatur, praesentante vel saltem diocesano, com apresentação ou pelo
assentiente competenti Superiore. menos anuência do Superior competente.
§ 2. Religiosus ab officio commisso § 2. O religioso pode ser destituído do
amoveri potest ad nutum sive auctoritatis ofício que lhe foi confiado, a juízo da
committentis, monito Superiore religioso, autoridade que o conferiu, avisado o
sive Superioris, monito committente, non Superior religioso, ou a juízo do Superior,
requisito alterius consensu. avisado quem o conferiu, não se exigindo o
consentimento do outro.
Can. 683 - § 1. Ecclesias et oratoria, Cân. 683 - § 1. O Bispo diocesano pode
quibus christifideles habitualiter accedunt, visitar, por si ou por outro, as igrejas e
scholas aliaque opera religionis vel caritatis oratórios freqüentados habitualmente pelos
sive spiritualis sive temporalis religiosis fiéis, as escolas e outras obras de religião
commissa, Episcopus dioecesanus visitare ou de caridade espiritual ou temporal
potest, sive per se sive per alium, tempore confiadas aos religiosos, por ocasião da
visitationis pastoralis et etiam in casu visita pastoral e ainda em caso de
necessitatis; non vero scholas, quae necessidade; não, porém, as escolas
exclusive pateant propriis instituti alumnis. abertas exclusivamente aos alunos
próprios do instituto.
§ 2. Quod si forte abusus deprehenderit, § 2. Se tiver encontrado abusos, tendo
frustra Superiore religioso monito, propria inutilmente avisado o Superior, pode tomar
auctoritate ipse per se providere potest. providências pessoalmente por própria
autoridade.

CAPUT VI. DE SEPARATIONE Capítulo VI DA SEPARAÇÃO DO


SODALIUM AB INSTITUTO INSTITUTO
Art. 1. DE TRANSITU AD ALIUD Art. 1 Da Passagem para outro Instituto
INSTITUTUM
Can. 684 - § 1. Sodalis a votis perpetuis Cân. 684 - § 1. Um membro de votos
nequit a proprio ad aliud institutum perpétuos não pode passar do próprio
religiosum transire, nisi ex concessione instituto religioso para outro, a não ser por
supremi Moderatoris utriusque instituti et concessão dos Moderadores supremos de
de consensu sui cuiusque consilii. ambos os institutos com o consentimento
dos respectivos conselhos.
§ 2. Sodalis, post peractam probationem § 2. Depois de completada a prova, que
quae ad tres saltem annos protrahenda est, deve ser prolongada pelo menos por três
ad professionem perpetuam in novo anos, o membro pode ser admitido à
instituto admitti potest. Si autem sodalis profissão perpétua no novo instituto. Se,
hanc professionem emittere renuat vel ad porém, ele se negar a emitir a profissão ou
eam emittendam a competentibus a ela não for admitido pelos Superiores
Superioribus non admittatur, ad pristinum competentes, volte para o instituto anterior,
institutum redeat, nisi indultum a não ser que tenha obtido o indulto de
saecularizationis obtinuerit. secularização.
§ 3. Ut religiosus a monasterio sui iuris ad § 3. Para que um religioso possa passar de
aliud eiusdem instituti vel foederationis aut um mosteiros u i iurisa outro do mesmo
confoederationis transire possit, requiritur instituto, federação ou confederação, se
et sufficit consensus Superioris maioris requer e é suficiente o consentimento do
utriusque monasterii et capituli monasterii Superior maior de ambos os mosteiros e
recipientis, salvis aliis requisitis iure proprio do capítulo do mosteiro que o recebe,
statutis; nova professio non requiritur. salvos os outros requisitos estabelecidos
pelo direito próprio; não se requer nova
profissão.
§ 4. Ius proprium determinet tempus et § 4. O direito próprio determine o tempo e
modum probationis, quae professioni o modo da prova que deve preceder a
sodalis in novo instituto praemittenda est. profissão no novo instituto.
§ 5. Ut ad institutum saeculare aut ad § 5. Para se fazer a passagem para um
societatem vitae apostolicae vel ex illis ad instituto secular ou para uma sociedade de
institutum religiosum fiat transitus, requiritur vida apostólica, ou então destes para um
licentia Sanctae Sedis, cuius mandatis instituto religioso, se requer a licença da
standum est. Santa Sé, a cujas determinações se deve
obedecer.

Can. 685 - § 1. Usque ad emissionem Cân. 685 - § 1. Até à emissão da profissão


professionis in novo instituto, manentibus no novo instituto, permanecendo os votos,
votis, iura et obligationes quae sodalis in suspendem-se os direitos e obrigações que
priore instituto habebat, suspenduntur; ab o membro tinha no instituto anterior; desde
incepta tamen probatione, ipse ad o começo da prova, porém, ele está
observantiam iuris proprii novi instituti obrigado à observância do direito próprio
tenetur. do novo instituto.
§ 2. Per professionem in novo instituto § 2. Pela profissão no novo instituto, o
sodalis eidem incorporatur, cessantibus membro fica a ele incorporado, cessando
votis, iuribus et obligationibus os votos, direitos e obrigações
praecedentibus. precedentes.

Art. 2. DE EGRESSU AB INSTITUTO Art. 2 Da Saída do Instituto


Can. 686 - § 1. Supremus Moderator, de Cân. 686 - § 1. Com o consentimento de
consensu sui consilii, sodali a votis seu conselho, pode o Moderador supremo,
perpetuis professo, gravi de causa por causa grave, conceder ao religioso
concedere potest indultum exclaustrationis, professo de votos perpétuos o indulto de
non tamen ultra quinquennium, praevio exclaustração, não porém para além de
consensu Ordinarii loci in quo commorari cinco anos, com o consentimento prévio do
debet, si agitur de clerico. Indultum Ordinário do lugar em que ele deve residir,
prorogare vel illud ultra quinquennium se se tratar de um sacerdote. Prorrogar o
concedere Sanctae Sedi vel, si de institutis indulto ou concedê-lo para além de um
iuris dioecesani agitur, Episcopo quinquénio, está reservado à Santa Sé ou,
dioecesano reservatur. se se tratar de instituto de direito
diocesano, ao Bispo diocesano.
§ 2. Pro monialibus indultum § 2. Compete à Sé Apostólica conceder o
exclaustrationis concedere unius indulto de exclaustração para monjas.
Apostolicae Sedis est.
§ 3. Petente supremo Moderatore de § 3. A pedido do Moderador supremo com
consensu sui consilii, exclaustratio imponi o consentimento do seu conselho, a
potest a Sancta Sede pro sodale instituti exclaustração pode ser imposta pela Santa
iuris pontificii vel ab Episcopo dioecesano Sé a um membro de instituto de direito
pro sodale instituti iuris dioecesani, ob pontifício, ou pelo Bispo diocesano a um
graves causas, servata aequitate et membro de instituto de direito diocesano,
caritate. por causas graves, respeitando-se a
eqüidade e a caridade.

Can. 687 - Sodalis exclaustratus Cân. 687 - O exclaustrado é liberado das


exoneratus habetur ab obligationibus, quae obrigações que não se podem harmonizar
cum nova suae vitae condicione componi com sua nova condição de vida e
nequeunt, itemque sub dependentia et cura permanece sob a dependência e o cuidado
manet suorum Superiorum et etiam de seus Superiores e também do Ordinário
Ordinarii loci, praesertim si de clerico local, principalmente se se trata de clérigo.
agitur. Habitum instituti deferre potest, nisi Pode usar o hábito do instituto, se o indulto
aliud in indulto statuatur. Voce tamen activa não estabelecer o contrário. Mas não tem
et passiva caret. voz ativa e passiva.

Can. 688 - § 1. Qui expleto professionis Cân. 688 - § 1. Quem quiser sair do
tempore ab instituto egredi voluerit, illud instituto ao completar-se o tempo de
derelinquere potest. profissão pode fazê-lo.
§ 2. Qui perdurante professione § 2. Quem durante a profissão temporária,
temporaria, gravi de causa, petit ut por causa grave, pedir para deixar o
institutum derelinquat, indultum discedendi instituto, pode obter do Moderador
consequi potest a supremo Moderatore de supremo, com o consentimento do seu
consensu eius consilii; quoad monasterium conselho, o indulto de saída do instituto;
sui iuris, de quo in can. 615, indultum, ut num mosteiro autónomo, referido no cân.
valeat, confirmari debet ab Episcopo 615, para a validade do indulto requer-se a
domus assignationis. confirmação do Bispo do lugar da casa a
que o religioso pertence.

Can. 689 - § 1. Sodalis, expleta Cân. 689 - § 1. Terminada a profissão


professione temporaria, si iustae causae temporária, havendo causas justas, o
affuerint, a competenti Superiore maiore, membro pode ser excluído da subseqüente
audito suo consilio, a subsequenti profissão pelo Superior Maior competente,
professione emittenda excludi potest. ouvido o seu conselho.
§ 2. Infirmitas physica vel psychica, etiam § 2. Uma doença física ou psíquica,
post professionem contracta, quae, de contraída mesmo depois da profissão que,
iudicio peritorum, sodalem, de quo in § 1, a juízo de peritos, tornar o membro
reddit ineptum ad vitam in instituto mencionado no § 1 incapacitado para viver
ducendam, causam constituit eum non a vida do instituto, constitui causa para não
admittendi ad professionem renovandam o admitir à renovação da profissão ou à
vel ad perpetuam emittendam, nisi ob profissão perpétua, a não ser que a doença
neglegentiam instituti vel ob laborem in tenha sido contraída por negligência do
instituto peractum infirmitas contracta fuerit. instituto ou por trabalho nele realizado.
§ 3. Si vero religiosus, perdurantibus votis § 3. Porém se o religioso, na vigência dos
temporariis, amens evaserit, etsi novam votos temporários, perder o uso da razão,
professionem emittere non valeat, ab embora seja incapaz de emitir nova
instituto tamen dimitti non potest. profissão, assim mesmo não pode ser
despedido do instituto.

Can. 690 - § 1. Qui, expleto novitiatu vel Cân. 690 - § 1. Terminado o noviciado ou
post professionem, legitime ab instituto depois da profissão, quem tiver saído
egressus fuerit, a Moderatore supremo de legitimamente do instituto pode ser
consensu sui consilii rursus admitti potest readmitido pelo Moderador supremo com o
sine onere repetendi novitiatum; eiusdem consentimento de seu conselho, sem
autem Moderatoris erit determinare obrigação de repetir o noviciado; caberá a
congruam probationem praeviam esse Moderador determinar a prova prévia
professioni temporariae et tempus votorum conveniente, antes da profissão
ante professionem perpetuam temporária, e o tempo dos votos a ser
praemittendum, ad normam cann. 655 et anteposto à profissão perpétua, de acordo
657. com os cân. 655 e 657.
§ 2. Eadem facultate gaudet Superior § 2. Tem a mesma faculdade o Superior de
monasterii sui iuris cum consensu sui mosteiro sui iuris, com o consentimento de
consilii. seu conselho.

Can. 691 - § 1. Professus a votis perpetuis Cân. 691 - § 1. O professo de votos


indultum discedendi ab instituto ne petat, perpétuos não peça o indulto de sair do
nisi ob gravissimas causas coram Domino instituto, a não ser por causas gravíssimas,
perpensas; petitionem suam deferat ponderadas diante de Deus; apresente seu
supremo instituti Moderatori, qui eam una pedido ao Moderador supremo do instituto,
cum voto suo suique consilii auctoritati que o transmita junto com o próprio voto e
competenti transmittat. o de seu conselho, à autoridade
competente.
§ 2. Huiusmodi indultum in institutis iuris § 2. Nos institutos de direito pontifício, esse
pontificii Sedi Apostolicae reservatur; in indulto é reservado à Sé Apostólica; nos
institutis vero iuris dioecesani, id etiam institutos de direito diocesano, pode
Episcopus dioecesis, in qua domus concedê-lo também o Bispo da diocese em
assignationis sita est, concedere potest. que se encontra a casa de adscrição.

Can. 692 - Indultum discedendi legitime Cân. 692 - O indulto de saída


concessum et sodali notificatum, nisi in legitimamente concedido e notificado a
actu notificationis ab ipso sodale reiectum alguém, a não ser que tenha sido por ele
fuerit, ipso iure secumfert dispensationem a recusado no ato de notificação, implica
votis necnon ab omnibus obligationibus ex ipso iure a dispensa dos votos e de todas
professione ortis. as obrigações decorrentes da profissão.

Can. 693 - Si sodalis sit clericus, indultum Cân. 693 - Se o membro é clérigo, não se
non conceditur priusquam inveniat concede o indulto antes que ele encontre
Episcopum qui eum in dioecesi incardinet um Bispo que o incardine na diocese ou
vel saltem ad experimentum recipiat. Si ad pelo menos o receba para experiência. Se
experimentum recipiatur, transacto é recebido para experiência, transcorrido
quinquennio, ipso iure dioecesi um qüinqüênio, fica ipso iure incardinado
incardinatur, nisi Episcopus eum na diocese, a não ser que o Bispo o tenha
recusaverit. recusado.

Art. 3. DE DIMISSIONE SODALIUM Art. 3 Da Demissão dos Membros


Can. 694 - § 1. Ipso facto dimissus ab Can. 694 - § 1. Deve-se considerar
instituto habendus est sodalis qui: demitido do instituto, pelo próprio facto, o
religioso que:
1° a fide catholica notorie defecerit; 1° de modo notório tiver abandonado a
fé católica;
2° matrimonium contraxerit vel, etiam 2° tiver contraído ou atentado
civiliter tantum, attentaverit; matrimónio, mesmo só civilmente;
3° a domo religiosa illegitime absens 3° se tiver ausentado da casa religiosa
fuerit, secundum can. 665 § 2, duodecim ilegitimamente, de acordo com a norma do
continuos menses, prae oculis habita cân. 665 § 2, por doze meses ininterruptos,
eiusdem sodalis irreperibilitate. tendo presente a indisponibilidade do
próprio religioso.
§ 2. His in casibus Superior maior cum suo § 2. Nesses casos, o Superior Maior com o
consilio, nulla mora interposita, collectis seu conselho, sem demora, reunidas as
probationibus, declarationem facti emittat, provas, faça a declaração do facto, para
ut iuridice constet de dimissione. que conste juridicamente a demissão.
§ 3. In casu de quo in § 1 n. 3, talis § 3. No caso previsto pelo § 1 n. 3, tal
declaratio ut iuridice constet, a Sancta declaração para constar juridicamente
Sede confirmari debet; quod ad instituta deve ser confirmada pela Santa Sé; para
iuris dioecesani attinet, confirmatio ad os institutos de direito diocesano a
principis Sedis Episcopum spectat. confirmação cabe ao Bispo da sede
primacial.

Can. 695 - § 1. Sodalis dimitti debet ob Cân. 695 - § 1. O membro deve ser
delicta de quibus in cann. 1395, 1397 et demitido pelos delitos mencionados nos
1398, nisi in delictis, de quibus in cann. cânn. 1395, 1397 e 1398, a não ser que,
1395 §§ 2-3, et 1398 § 1, Superior maior nos delitos mencionados nos cânn. 1395,
censeat dimissionem non esse omnino §§ 2-3 et 1398, § 1, o Superior maior julgue
necessariam et emendationi sodalis atque que a demissão não é absolutamente
restitutioni iustitiae et reparationi scandali necessária e que se pode, de outro modo,
satis alio modo consuli posse. assegurar suficientemente a correção da
pessoa, a restituição da justiça e a
reparação do escândalo.
§ 2. Hisce in casibus, Superior maior, § 2. Nesses casos, o Superior maior,
collectis probationibus circa facta et reunidas as provas referentes aos fatos e à
imputabilitatem, sodali dimittendo imputabilidade, revele àquele que deve ser
accusationem atque probationes significet, demitido a acusação e as provas, dando-
data eidem facultate sese defendendi. Acta lhe a faculdade de se defender. Todos os
omnia a Superiore maiore et a notario autos, assinados pelo Superior maior e
subscripta, una cum responsionibus sodalis pelo notário, juntamente com as respostas
scripto redactis et ab ipso sodale do membro, redigidas por escrito e
subscriptis, supremo Moderatori assinadas por ele, sejam enviadas ao
transmittantur. Moderador supremo.

Can. 696 - § 1. Sodalis dimitti etiam potest Cân. 696 - § 1. Alguém pode também ser
ob alias causas, dummodo sint graves, demitido por outras causas, contanto que
externae, imputabiles et iuridice sejam graves, externas, imputáveis e
comprobatae, uti sunt: habitualis neglectus juridicamente provadas, tais como:
obligationum vitae consecratae; iteratae negligência habitual nas obrigações da
violationes sacrorum vinculorum; pertinax vida consagrada; violações reit eradas dos
inoboedientia legitimis praescriptis vínculos sagrados; desobediência pertinaz
Superiorum in materia gravi; grave às prescrições legítimas dos Superiores em
scandalum ex culpabili modo agendi matéria grave; escândalo grave
sodalis ortum; pertinax sustentatio vel proveniente de procedimento culpável;
diffusio doctrinarum ab Ecclesiae defesa e difusão pertinaz de doutrinas
magisterio damnatarum; publica adhaesio condenadas pelo magistério da Igreja;
ideologiis materialismo vel atheismo adesão pública a ideologias eivadas de
infectis; illegitima absentia, de qua in materialismo ou ateísmo; ausência
can. 665, § 2, per semestre protracta; aliae ilegítima, mencionada no cân. 665, § 2,
causae similis gravitatis iure proprio instituti prolongada por um semestre; outras
forte determinatae. causas de gravidade semelhante, talvez
determinadas pelo direito próprio do
instituto.
§ 2. Ad dimissionem sodalis a votis § 2. Para a demissão de um professo de
temporariis, etiam causae minoris gravitatis votos temporários, são suficientes também
in iure proprio statutae sufficiunt. causas de menor gravidade, estabelecidas
no direito próprio.

Can. 697 - In casibus de quibus in Cân. 697 - Nos casos mencionados no


can. 696, si Superior maior, audito suo cân. 696, se o Superior maior, ouvido seu
consilio, censuerit processum dimissionis conselho, julgar que se deve iniciar o
esse inchoandum: processo de demissão:
1° probationes colligat vel compleat; 1° - reúna ou complete as provas;
2° sodalem scripto vel coram duobus 2° - admoeste o acusado, por escrito ou
testibus moneat cum explicita diante de duas testemunhas, com a
comminatione subsecuturae dimissionis explícita ameaça de subseqüente
nisi resipiscat, clare significata causa demissão, caso não se emende, indicando
dimissionis et data sodali plena facultate claramente a causa da demissão e dando-
sese defendendi; quod si monitio incassum lhe plena faculdade de se defender; se a
cedat, ad alteram monitionem, spatio advertência for inútil, proceda a uma
saltem quindecim dierum interposito, segunda advertência, interpondo o espaço
procedat; de pelo menos quinze dias;
3° si haec quoque monitio incassum 3° - se também essa advertência for
ceciderit et Superior maior cum suo consilio inútil e o Superior maior com seu conselho
censuerit de incorrigibilitate satis constare julgar que consta suficientemente da
et defensiones sodalis insufficientes esse, incorrigibilidade e que são insuficientes as
post quindecim dies ab ultima monitione alegações do acusado, depois de
frustra elapsos, acta omnia ab ipso passados inutilmente quinze dias após a
Superiore maiore et a notario subscripta última advertência, transmita todos os
una cum responsionibus sodalis ab ipso autos, assinados pelo próprio Superior
sodale subscriptis supremo Moderatori maior e pelo notário, ao Moderador
transmittat. supremo, junto com as respostas do
acusado pelo próprio acusado assinadas.

Can. 698 - In omnibus casibus, de quibus Cân. 698 - Em todos os casos


in cann. 695 et 696, firmum semper manet mencionados nos cân. 695 e 696, mantém-
ius sodalis cum supremo Moderatore se sempre o direito do acusado de se
communicandi et illi directe suas comunicar com o Moderador supremo e de
defensiones exhibendi. lhe apresentar diretamente suas
alegações.

Can. 699 - § 1. Supremus Moderator cum Cân. 699 - § 1. O Moderador supremo,


suo consilio, quod ad validitatem saltem com seu conselho que, para a validade,
quattuor membris constare debet, deve constar de ao menos quatro
collegialiter procedat ad probationes, membros, proceda colegialmente para
argumenta et defensiones accurate avaliar com cuidado as provas, argumentos
perpendenda, et si per secretam e alegações, e, se assim for decidido por
suffragationem id decisum fuerit, decretum voto secreto, faça o decreto de demissão,
dimissionis ferat, expressis ad validitatem expondo, para a validade, ao menos
saltem summarie motivis in iure et in facto. sumariamente, os motivos de direito e de
fato.
§ 2. In monasteriis sui iuris, de quibus in § 2. Nos mosteiros autónomos, referidos
can. 615, dimissionem sodalis professi no cân. 615, decretar a demissão de um
decernere pertinet ad Superiorem religioso professo compete ao Superior
Maiorem, de consensu eius Consilii. maior com o consentimento do seu
conselho.

Can. 700 - Decretum dimissionis in Can. 700 - O decreto de demissão emitido


sodalem professum latum vim habet simul para um religioso professo entra em vigor
ac ei, cuius interest, notificatur. Decretum no momento em que é notificado ao
vero, ut valeat, indicare debet ius, quo interessado. No entanto, para a validade, o
dimissus gaudet, recurrendi, absque decreto deve indicar o direito que o
petitione de qua in can. 1734, § 1, intra demitido tem de, no prazo de trinta dias
triginta dies a recepta notificatione ad contados depois de recebida a notificação,
auctoritatem competentem. Recursus recorrer para a autoridade competente,
effectum habet suspensivum. sem necessidade da petição mencionada
no cân. 1734. O recurso tem efeito
suspensivo.

Can. 701 - Legitima dimissione ipso facto Cân. 701 - Pela legítima demissão, cessam
cessant vota necnon iura et obligationes ex ipso-facto os votos, os direitos e as
professione promanantia. Si tamen sodalis obrigações que promanam da profissão.
sit clericus, sacros ordines exercere nequit, No entanto, se o demitido é clérigo, não
donec Episcopum inveniat qui eum post pode exercer as ordens sagradas até
congruam probationem in dioecesi, ad encontrar um Bispo que o receba após
normam can. 693, recipiat vel saltem conveniente prova na diocese, de acordo
exercitium sacrorum ordinum permittat. com o cân. 693, ou a menos lhe permita o
exercício das ordens sagradas.

Can. 702 - § 1. Qui ex instituto religioso Cân. 702 - § 1. Os que saem


legitime egrediantur vel ab eo legitime legitimamente de um instituto religioso ou
dimissi fuerint, nihil ab eodem repetere tenham sido dele demitidos legitimamente
possunt ob quamlibet operam in eo nada podem dele exigir por qualquer
praestitam. trabalho nele prestado.
§ 2. Institutum tamen aequitatem et § 2. O instituto, porém, observe a eqüidade
evangelicam caritatem servet erga e a caridade evangélica para com o
sodalem, qui ab eo separatur. membro que dele se separa.

Can. 703 - In casu gravis scandali Cân. 703 - Em caso de grave escândalo
exterioris vel gravissimi nocumenti instituto externo ou de gravíssimo perigo iminente
imminentis, sodalis statim a Superiore para o instituto, alguém pode ser
maiore vel, si periculum sit in mora, a imediatamente expulso da casa religiosa
Superiore locali cum consensu sui consilii e pelo Superior maior, ou, havendo perigo na
domo religiosa eici potest. Superior maior, demora, pelo Superior local com o
si opus sit, dimissionis processum ad consentimento de seu conselho. Se
normam iuris instituendum curet, aut rem necessário, o Superior maior cuide da
Sedi Apostolicae deferat. instrução do processo de demissão de
acordo com o direito, ou então leve a
questão à Sé Apostólica.

Can. 704 - De sodalibus, qui ab instituto Cân. 704 - No relatório a ser enviado à Sé
sunt quoquo modo separati, fiat mentio in Apostólica, mencionado no cân. 592 § 1,
relatione Sedi Apostolicae mittenda, de qua faça-se menção dos membros que, de
in can. 592, § 1. algum modo, se separaram do instituto.

CAPUT VII. DE RELIGIOSIS AD Capítulo VII DOS RELIGIOSOS


EPISCOPATUM EVECTIS PROMOVIDOS AO EPISCOPADO
Can. 705 - Religiosus ad episcopatum Cân. 705 - O religioso promovido ao
evectus instituti sui sodalis remanet, sed vi episcopado continua membro do seu
voti oboedientiae uni Romano Pontifici instituto, mas está sujeito unicamente ao
obnoxius est, et obligationibus non Romano Pontífice, em virtude do voto de
adstringitur, quas ipse prudenter iudicet obediência; não está ligado às obrigações
cum sua condicione componi non posse. que prudentemente julgar que não podem
harmonizar-se com sua condição.

Can. 706 - Religiosus de quo supra: Cân. 706 - O religioso mencionado:


1° si per professionem dominium 1° - se pela profissão tiver perdido o
bonorum amiserit, bonorum quae ipsi domínio dos bens, tem o uso, usufruto e
obveniant habet usum, usumfructum et administração dos bens que lhe
administrationem; proprietatem vero sobrevenham; o Bispo diocesano, porém, e
Episcopus dioecesanus aliique, de quibus os outros mencionados no cân. 381 § 2,
in can. 381, § 2, acquirunt Ecclesiae adquirem a propriedade para a Igreja
particulari; ceteri, instituto vel Sanctae particular; os outros, para o instituto ou
Sedi, prout institutum capax est possidendi para a Santa Sé, conforme o instituto seja
vel minus; ou não capaz de possuir;
2° si per professionem dominium 2° - se pela profissão não tiver perdido
bonorum non amiserit, bonorum, quae o domínio dos bens, recupera o uso,
habebat, recuperat usum, usumfructum et usufruto e administração dos bens que
administrationem; quae postea ipsi possuía; adquire plenamente para si os
obveniant, sibi plene acquirit; que lhe sobrevierem;
3° in utroque autem casu de bonis, 3° - em ambos os casos, porém, dos
quae ipsi obveniant non intuitu personae, bens que lhe sobrevierem não a título
disponere debet secundum offerentium pessoal, deve dispor segundo a vontade
voluntatem. dos doadores.

Can. 707 - § 1. Religiosus Episcopus Cân. 707 - § 1. O Bispo religioso emérito


emeritus habitationis sedem sibi eligere pode escolher para si uma sede como
potest etiam extra domos sui instituti, nisi residência, mesmo fora das casas de seu
aliud a Sede Apostolica provisum fuerit. instituto, salvo determinação contrária da
Sé Apostólica.
§ 2. Quoad eius congruam et dignam § 2. Quanto ao seu conveniente e digno
sustentationem, si cuidam dioecesi sustento se tiver servido a alguma diocese,
inserviverit, servetur can. 402, § 2, nisi observe-se o cân. 402 § 2, a não ser que
institutum proprium talem sustentationem seu próprio instituto queira assegurar tal
providere voluerit; secus Sedes Apostolica sustento; caso contrário, a Sé Apostólica
aliter provideat. providencie de outro modo.

CAPUT VIII. DE CONFERENTIIS Capítulo VIII DAS CONFERÊNCIAS DE


SUPERIORUM MAIORUM SUPERIORES MAIORES
Can. 708 - Superiores maiores utiliter in Cân. 708 - Os Superiores maiores podem
conferentiis seu consiliis consociari possunt utilmente associar-se em conferências ou
ut, collatis viribus, allaborent sive ad finem conselhos, a fim de que, unindo as forças,
singulorum institutorum plenius trabalhem para mais plenamente
assequendum, salvis semper eorum conseguirem a finalidade de cada instituto,
autonomia, indole proprioque spiritu, sive ressalvando sempre sua autonomia, índole
ad communia negotia pertractanda, sive ad e espírito próprio, para tratarem de
congruam coordinationem et questões comuns e estabelecerem a
cooperationem cum Episcoporum conveniente coordenação e cooperação
conferentiis et etiam cum singulis Episcopis com as conferências dos Bispos e também
instaurandam. com cada Bispo em particular.

Can. 709 - Conferentiae Superiorum Cân. 709 - As conferências dos Superiores


maiorum sua habeant statuta a Sancta maiores tenham seus estatutos aprovados
Sede approbata, a qua unice, etiam in pela Santa Sé, unicamente pela qual
personam iuridicam, erigi possunt et sub podem ser erigidas também como pessoa
cuius supremo moderamine manent. jurídica e sob cuja direção suprema
permanecem.

TITULUS III. DE INSTITUTIS TÍTULO III DOS INSTITUTOS


SAECULARIBUS SECULARES
Can. 710 - Institutum saeculare est Cân. 710 - Instituto secular é um instituto
institutum vitae consecratae, in quo de vida consagrada, no qual os fiéis,
christifideles in saeculo viventes ad caritatis vivendo no mundo, tendem à perfeição da
perfectionem contendunt atque ad mundi caridade e procuram cooperar para a
sanctificationem praesertim ab intus santificação do mundo, principalmente a
conferre student. partir de dentro.

Can. 711 - Instituti saecularis sodalis vi Cân. 711 - O membro de um instituto


suae consecrationis propriam in populo Dei secular, em razão de sua consagração,
canonicam condicionem, sive laicalem sive não muda no povo de Deus sua condição
clericalem, non mutat, servatis iuris canônica, laical ou clerical, observando-se
praescriptis quae instituta vitae as prescrições do direito referentes aos
consecratae respiciunt. institutos de vida consagrada.

Can. 712 - Firmis praescriptis cann. Cân. 712 - Salvas as prescrições dos cân.
598-601, constitutiones statuant vincula 598-601, as constituições determinem os
sacra, quibus evangelica consilia in vínculos sagrados pelos quais são
instituto assumuntur, et definiant assumidos os conselhos evangélicos no
obligationes quas eadem vincula inducunt, instituto e definam as obrigações que
servata tamen in vitae ratione semper esses vínculos impõem, mas conservando
propria instituti saecularitate. sempre, no modo de vida, a secularidade
própria do instituto.

Can. 713 - § 1. Sodales horum institutorum Cân. 713 - § 1. Os membros desses


propriam consecrationem in actuositate institutos expressam e exercem a própria
apostolica exprimunt et exercent, iidemque, consagração na atividade apostólica e,
ad instar fermenti, omnia spiritu evangelico como fermento, se esforçam para
imbuere satagunt ad robur et incrementum impregnar tudo com o espírito evangélico,
Corporis Christi. para o fortalecimento e crescimento do
Corpo de Cristo.
§ 2. Sodales laici, munus Ecclesiae § 2. Os membros leigos participam do
evangelizandi, in saeculo et ex saeculo, múnus da Igreja de evangelizar, no mundo
participant sive per testimonium vitae e a partir do mundo, com o testemunho de
christianae et fidelitatis erga suam vida cristã e fidelidade à sua consagração,
consecrationem, sive per adiutricem quam ou pela ajuda que prestam a fim de
praebent operam ad ordinandas secundum organizar as coisas temporais de acordo
Deum res temporales atque ad mundum com Deus e impregnar o mundo com a
virtute Evangelii informandum. Suam etiam força do Evangelho. Oferecem também sua
cooperationem, iuxta propriam vitae cooperação, de acordo com o próprio
rationem saecularem, in communitatis modo secular de vida, no serviço à
ecclesialis servitium offerunt. comunidade eclesial.
§ 3. Sodales clerici per vitae consecratae § 3. Os membros clérigos, pelo testemunho
testimonium, praesertim in presbyterio, de vida consagrada, principalmente no
peculiari caritate apostolica confratribus presbitério, são de ajuda aos co- irmãos
adiutorio sunt, et in populo Dei mundi por uma especial caridade apostólica e no
sanctificationem suo sacro ministerio povo de Deus realizam, com seu ministério
perficiunt. sagrado, a santificação do mundo.

Can. 714 - Sodales vitam in ordinariis Cân. 714 - Os membros vivam nas
mundi condicionibus vel soli, vel in sua condições ordinárias do mundo, sozinhos,
quisque familia, vel in vitae fraternae coetu, na própria família, ou num grupo de vida
ad normam constitutionum ducant. fraterna, de acordo com as constituições.

Can. 715 - § 1. Sodales clerici in dioecesi Cân. 715 - § 1. Os membros clérigos,


incardinati ab Episcopo dioecesano incardinados na diocese, dependem do
dependent, salvis iis quae vitam Bispo diocesano, salvo no que se refere à
consecratam in proprio instituto respiciunt. vida consagrada no próprio instituto.
§ 2. Qui vero ad normam can. 266, § 3 § 2. Aqueles, porém, que são incardinados
instituto incardinantur, si ad opera instituti no instituto de acordo com o cân. 266 § 3,
propria vel ad regimen instituti destinentur, se são destinados a atividades próprias do
ad instar religiosorum ab Episcopo instituto ou a seu regime, dependem do
dependent. Bispo como os religiosos.

Can. 716 - § 1. Sodales omnes vitam Cân. 716 - § 1. Todos os membros


instituti, secundum ius proprium, actuose participem ativamente da vida do instituto,
participent. segundo o direito próprio.
§ 2. Eiusdem instituti sodales § 2. Os membros de um mesmo instituto
communionem inter se servent, sollicite conservem a comunhão entre si,
curantes spiritus unitatem et genuinam procurando solicitamente a unidade de
fraternitatem. espírito e a genuína fraternidade.

Can. 717 - § 1. Constitutiones proprium Cân. 717 - § 1. As constituições


regiminis modum praescribant, tempus quo prescrevam o próprio modo de governo e o
Moderatores suo officio fungantur et tempo pelo qual os Moderadores devem
modum quo iidem designantur definiant. exercer seu ofício, e determinem o modo
segundo o qual sejam designados.
§ 2. Nemo in Moderatorem supremum § 2. Ninguém seja designado Moderador
designetur, qui non sit definitive supremo, se não estiver incorporado
incorporatus. definitivamente.
§ 3. Qui regimini instituti praepositi sunt, § 3. Os que foram designados para o
curent ut eiusdem spiritus unitas servetur et governo do instituto cuidem que se
actuosa sodalium participatio promoveatur. conserve sua unidade de espírito e se
promova a participação ativa dos
membros.

Can. 718 - Administratio bonorum instituti, Cân. 718 - A administração dos bens do
quae paupertatem evangelicam exprimere instituto, que deve manifestar e promover a
et fovere debet, regitur normis Libri V De pobreza evangélica, se rege pelas normas
bonis Ecclesiae temporalibus necnon iure do Livro V Dos bens temporais da Igreja, e
proprio instituti. Item ius proprium definiat pelo direito próprio do instituto. Igualmente,
obligationes praesertim oeconomicas o direito próprio determine as obrigações,
instituti erga sodales, qui pro ipso operam principalmente econômicas, do instituto
impendunt. para com os membros que para ele
trabalham.

Can. 719 - § 1. Sodales, ut vocationi suae Cân. 719 - § 1. Para corresponderem


fideliter respondeant eorumque actio fielmente à sua vocação e para que sua
apostolica ex ipsa unione cum Christo ação apostólica promane da própria união
procedat, sedulo orationi vacent, sacrarum com Cristo, os membros se dediquem
Scripturarum lectioni apto modo incumbant, diligentemente à oração, apliquem- se
annua recessus tempora servent atque alia convenientemente à leitura das sagradas
spiritualia exercitia iuxta ius proprium Escrituras, observem os períodos de retiro
peragant. anual e façam outros exercícios espirituais
de acordo com o direito próprio.
§ 2. Eucharistiae celebratio, quantum fieri § 2. A celebração da Eucaristia, enquanto
potest cotidiana, sit totius eorum vitae possível cotidiana, seja a fonte e a força de
consecratae fons et robur. toda a sua vida consagrada.
§ 3. Libere ad sacramentum paenitentiae § 3. Aproximem-se livremente do
accedant, quod frequenter recipiant. sacramento da penitência e o recebam
com freqüência.
§ 4. Necessarium conscientiae moderamen § 4. Procurem livremente a necessária
libere obtineant atque huius generis direção de consciência e peçam conselhos
consilia a suis etiam Moderatoribus, si dessa espécie, se o quiserem, também dos
velint, requirant. próprios Moderadores.

Can. 720 - Ius admittendi in institutum, vel Cân. 720 - O direito de admitir no instituto
ad probationem vel ad sacra vincula sive para a prova ou para assumir os vínculos
temporaria sive perpetua aut definitiva sagrados, quer temporários quer perpétuos
assumenda, ad Moderatores maiores cum ou definitivos, compete aos Moderadores
suo consilio ad normam constitutionum maiores com seu conselho, de acordo com
pertinet. as constituições.

Can. 721 - § 1. Invalide admittitur ad Cân. 721 - § 1. Admite-se invalidamente


initialem probationem: para a prova inicial:
1° qui maiorem aetatem nondum 1° - quem ainda não tiver atingido a
attigerit; maioridade;
2° qui sacro vinculo in aliquo instituto 2° - quem está ligado por vínculo
vitae consecratae actu obstringitur, aut in sagrado a um instituto de vida consagrada
societate vitae apostolicae incorporatus ou está incorporado em sociedade de vida
est; apostólica;
3° coniux durante matrimonio. 3° - o cônjuge enquanto perdurar o
matrimônio.
§ 2. Constitutiones possunt alia § 2. As constituições podem estabelecer
admissionis impedimenta etiam ad outros impedimentos, mesmo para a
validitatem statuere vel condiciones validade da admissão, ou colocar
apponere. condições a ela.
§ 3. Praeterea, ut quis recipiatur, habeat § 3. Além disso, para que alguém seja
oportet maturitatem, quae ad vitam instituti recebido, é necessário que tenha a
propriam recte ducendam est necessaria. maturidade necessária para viver bem a
vida própria do instituto.

Can. 722 - § 1. Probatio initialis eo Cân. 722 - § 1. A prova inicial tenha como
ordinetur, ut candidati suam divinam finalidade que os candidatos conheçam
vocationem et quidem instituti propriam mais adequadamente sua vocação divina,
aptius cognoscant iidemque in spiritu et a vocação própria do instituto, e sejam
vivendi modo instituti exerceantur. exercitados no espírito e no modo de vida
do instituto.
§ 2. Ad vitam secundum evangelica § 2. Os candidatos sejam devidamente
consilia ducendam candidati rite formados para viver segundo os conselhos
instituantur atque ad eandem integre in evangélicos e instruídos a transformar
apostolatum convertendam edoceantur, inteiramente sua vida em apostolado,
eas adhibentes evangelizationis formas, usando das formas de evangelização que
quae instituti fini, spiritui et indoli magis melhor correspondam à finalidade, ao
respondeant. espírito e à índole do instituto.
§ 3. Huius probationis modus et tempus § 3. O modo e tempo dessa formação,
ante sacra vincula in instituto primum antes de se assumirem pela primeira vez
suscipienda, biennio non brevius, in os vínculos sagrados no instituto, por
constitutionibus definiantur. espaço não inferior a dois anos, sejam
determinados nas constituições.

Can. 723 - § 1. Elapso probationis initialis Cân. 723 - § 1. Decorrido o tempo da prova
tempore, candidatus qui idoneus iudicetur, inicial, o candidato que for julgado idôneo
tria consilia evangelica, sacro vinculo assuma os três conselhos evangélicos,
firmata, assumat vel ab instituto discedat. confirmados por um vínculo sagrado, ou
então deixe o instituto.
§ 2. Quae prima incorporatio, quinquennio § 2. Essa primeira incorporação, por não
non brevior, ad normam constitutionum menos de cinco anos, seja temporária, de
temporaria sit. acordo com as constituições.
§ 3. Huius incorporationis tempore elapso, § 3. Decorrido o tempo dessa
sodalis, qui idoneus iudicetur, admittatur ad incorporação, o membro que for julgado
incorporationem perpetuam vel definitivam, idôneo seja admitido à incorporação
vinculis scilicet temporariis semper perpétua ou a definitiva, isto é, com
renovandis. vínculos temporários a serem sempre
renovados.
§ 4. Incorporatio definitiva, quoad certos § 4. A incorporação definitiva, no que se
effectus iuridicos in constitutionibus refere a certos efeitos jurídicos a serem
statuendos, perpetuae aequiparatur. estabelecidos nas constituições, equipara-
se à perpétua.

Can. 724 - § 1. Institutio post vincula sacra Cân. 724 - § 1. A formação após os
primum assumpta iugiter secundum vínculos sagrados assumidos pela primeira
constitutiones est protrahenda. vez deve continuar sempre, segundo as
constituições.
§ 2. Sodales in rebus divinis et humanis § 2. Os membros sejam instruídos, ao
pari gressu instituantur; de continua vero mesmo tempo, nas coisas divinas e
eorum spirituali formatione seriam habeant humanas; os Moderadores do instituto,
curam instituti Moderatores. porém, tenham sério cuidado com a sua
contínua formação espiritual.

Can. 725 - Institutum sibi associare potest, Cân. 725 - O instituto pode associar a si,
aliquo vinculo in constitutionibus com algum vínculo determinado nas
determinato, alios christifideles, qui ad constituições, outros fiéis que tendam à
evangelicam perfectionem secundum perfeição segundo o espírito do instituto e
spiritum instituti contendant eiusdemque participem da sua missão.
missionem participent.

Can. 726 - § 1. Elapso tempore Cân. 726 - § 1. Decorrido o tempo da


incorporationis temporariae, sodalis incorporação temporária, o membro pode
institutum libere derelinquere valet vel a deixar livremente o instituto ou, por justa
sacrorum vinculorum renovatione iusta de causa, ser excluído da renovação dos
causa a Moderatore maiore, audito suo vínculos sagrados pelo Moderador maior,
consilio, excludi potest. ouvido seu conselho.
§ 2. Sodalis temporariae incorporationis id § 2. O membro de incorporação
sponte petens, indultum discedendi a temporária, que o pedir espontaneamente,
supremo Moderatore de consensu sui pode, por grave causa, obter do Moderador
consilii gravi de causa obtinere valet. supremo, com o consentimento de seu
conselho, o indulto de sair do instituto.

Can. 727 - § 1. Sodalis perpetue Cân. 727 - § 1. O membro incorporado


incorporatus, qui institutum derelinquere perpetuamente que quiser deixar o
velit, indultum discedendi, re coram instituto, ponderada seriamente a coisa
Domino serio perpensa, a Sede Apostolica diante do Senhor, peça esse indulto de
per Moderatorem supremum petat, si saída à Sé Apostólica, por meio do
institutum est iuris pontificii; secus etiam ab Moderador supremo, se o instituto é de
Episcopo dioecesano, prout in direito pontifício; caso contrário, também ao
constitutionibus definitur. Bispo diocesano, conforme é determinado
nas constituições.
§ 2. Si agatur de clerico instituto § 2. Tratando-se de clérigo incardinado no
incardinato, servetur praescriptum instituto, observe- se a prescrição do cân.
can. 693. 693.

Can. 728 - Indulto discedendi legitime Cân. 728 - Concedido legitimamente o


concesso, cessant omnia vincula necnon indulto de saída, cessam todos os vínculos,
iura et obligationes ab incorporatione direitos e obrigações que promanam da
promanantia. incorporação.

Can. 729 - Sodalis ab instituto dimittitur ad Can. 729 - A demissão de um membro do


normam cann. 694 § 1, 1 et 2 atque 695; instituto faz-se de acordo com a norma dos
constitutiones praeterea determinent alias cânn. 694 § 1, 1 e 2 e 695. As
causas dimissionis, dummodo sint constituições definam também outras
proportionate graves, externae, imputabiles causas de demissão, contanto que sejam
et iuridice comprobatae, atque modus proporcionalmente graves, externas,
procedendi servetur in cann. 697-700 imputáveis e comprovadas juridicamente, e
statutus. Dimisso applicatur praescriptum além disso observe-se o procedimento
can. 701. estabelecido nos cânn. 697-700. Ao
membro demitido aplica-se o disposto no
cân. 701.

Can. 730 - Ut sodalis instituti saecularis ad Cân. 730 - Para que o membro de um
aliud institutum saeculare transeat, instituto secular passe para outro instituto
serventur praescripta cann. 684, §§ 1, 2, 4 secular, observem-se às prescrições dos
et 685; ut vero ad institutum religiosum vel cânn. 684 §§ 1, 2, 4 e 685; mas, para se
ad societatem vitae apostolicae aut ex illis fazer a passagem para outro ou de outro
ad institutum saeculare fiat transitus, instituto de vida consagrada, requer-se a
licentia requiritur Sedis Apostolicae, cuius licença da Sé Apostólica, a cujas
mandatis standum est. determinações se deve obedecer.

SECTIO II. DE SOCIETATIBUS VITAE SEÇÃO II DAS SOCIEDADES DE VIDA


APOSTOLICAE APOSTÓLICA
Can. 731 - § 1. Institutis vitae consecratae Cân. 731 - § 1. Aos institutos de vida
accedunt societates vitae apostolicae, consagrada acrescentam- se as
quarum sodales, sine votis religiosis, finem sociedades devida apostólica, cujos
apostolicum societatis proprium membros, sem os votos religiosos, buscam
prosequuntur et, vitam fraternam in a finalidade apostólica própria da
communi ducentes, secundum propriam sociedade e, levando vida fraterna em
vitae rationem, per observantiam comum, segundo o próprio modo de vida,
constitutionum ad perfectionem caritatis tendem à perfeição da caridade pela
tendunt. observância das constituições.
§ 2. Inter has sunt societates in quibus § 2. Entre elas, há sociedades cujos
sodales, aliquo vinculo constitutionibus membros assumem os conselhos
definito, consilia evangelica assumunt. evangélicos por meio de algum vínculo
determinado pelas constituições.

Can. 732 - Quae in cann. 578-597, et 606 Cân. 732 - O que se estabelece nos cân.
statuuntur, societatibus vitae apostolicae 578-597 e 606 aplica- se às sociedades de
applicantur, salva tamen uniuscuiusque vida apostólica, salva porém a natureza de
societatis natura; societatibus vero, de cada sociedade; e às sociedades
quibus in can. 731, § 2, etiam cann. mencionadas no cân. 731 § 2, aplicam-se
598-602 applicantur. também os cân. 598-602.

Can. 733 - § 1. Domus erigitur et Cân. 733 - § 1. A casa é erigida e a


communitas localis constituitur a comunidade local é constituída pela
competenti auctoritate societatis, praevio autoridade competente da sociedade, com
consensu Episcopi dioecesani in scriptis o prévio consentimento escrito do Bispo
dato, qui etiam consuli debet, cum agitur de diocesano, que também deve ser
eius suppressione. consultado quando se trata de sua
supressão.
§ 2. Consensus ad erigendam domum § 2. O consentimento para erigir uma casa
secumfert ius habendi saltem oratorium, in implica o direito de ter ao menos um
quo sanctissima Eucharistia celebretur et oratório, no qual se celebre e se conserve
asservetur. a santíssima Eucaristia.

Can. 734 - Regimen societatis a Cân. 734 - O regime da sociedade é


constitutionibus determinatur, servatis, determinado pelas constituições,
iuxta naturam uniuscuiusque societatis, observados os cân. 617-633, de acordo
cann. 617-633. com a natureza de cada sociedade.

Can. 735 - § 1. Sodalium admissio, Cân. 735 - § 1. A admissão, prova,


probatio, incorporatio et institutio incorporação e formação dos membros são
determinantur iure proprio cuiusque determinadas pelo direito próprio de cada
societatis. sociedade.
§ 2. Ad admissionem in societatem quod § 2. Quanto à admissão na sociedade,
attinet, serventur condiciones in cann. observem-se as condições estabelecidas
642-645 statutae. nos cân. 642-645.
§ 3. Ius proprium determinare debet § 3. O direito próprio deve determinar as
rationem probationis et institutionis fini et diretrizes para a prova e para a formação,
indoli societatis accommodatam, adaptadas à finalidade à índole da
praesertim doctrinalem, spiritualem et sociedade, principalmente para a formação
apostolicam, ita ut sodales vocationem doutrinal, espiritual e apostólica, de modo
divinam agnoscentes ad missionem et que os membros, reconhecendo sua
vitam societatis apte praeparentur. vocação divina, sejam devidamente
preparados para a missão e a vida da
sociedade.

Can. 736 - § 1. In societatibus clericalibus Cân. 736 - § 1. Nas sociedades clericais,


clerici ipsi societati incardinantur, nisi aliter os clérigos são incardinados na própria
ferant constitutiones. sociedade, salvo determinação contrária
das constituições.
§ 2. In iis quae ad rationem studiorum et ad § 2. Quanto às diretrizes para os estudos e
ordines suscipiendos pertinent, serventur à recepção das ordens, observem- se as
normae clericorum saecularium, firma normas dos clérigos seculares, salvo
tamen § 1. porém o § 1.

Can. 737 - Incorporatio secumfert ex parte Cân. 737 - A incorporação implica, por
sodalium obligationes et iura in parte dos membros, as obrigações e
constitutionibus definita, ex parte autem direitos determinados nas constituições e,
societatis, curam sodales ad finem propriae por parte da sociedade, o cuidado de levar
vocationis perducendi, iuxta constitutiones. os membros à finalidade da própria
vocação, de acordo com as constituições.

Can. 738 - § 1. Sodales omnes subsunt Cân. 738 - § 1. Todos os membros estão
propriis Moderatoribus ad normam sujeitos aos próprios Moderadores, de
constitutionum in iis quae vitam internam et acordo com as constituições, no que se
disciplinam societatis respiciunt. refere a vida interna e à disciplina da
sociedade.
§ 2. Subsunt quoque Episcopo dioecesano § 2. Estão sujeitos também ao Bispo
in iis quae cultum publicum, curam diocesano no que se refere ao culto
animarum aliaque apostolatus opera público, à cura de almas e a outras obras
respiciunt, attentis cann. 679-683. de apostolado, levando-se em conta os
cân. 679- 683.
§ 3. Relationes sodalis dioecesi incardinati § 3. As relações do membro incardinado na
cum Episcopo proprio constitutionibus vel diocese com o Bispo próprio sejam
particularibus conventionibus definiuntur. definidas pelas constituições e por
convênios particulares.

Can. 739 - Sodales, praeter obligationes Cân. 739 - Além das obrigações a que,
quibus, uti sodales, obnoxii sunt secundum como tais, estão sujeitos de acordo com as
constitutiones, communibus obligationibus constituições, os membros têm as
clericorum adstringuntur, nisi ex natura rei obrigações dos clérigos, a não ser que,
vel ex contextu sermonis aliud constet. pela natureza da coisa ou pelo contexto
das palavras, conste o contrário.

Can. 740 - Sodales habitare debent in Cân. 740 - Os membros devem residir
domo vel in communitate legitime numa casa ou comunidade legitimamente
constituta et servare vitam communem, ad constituída e observar vida comum, de
normam iuris proprii, quo quidem etiam acordo com o direito próprio, pelo qual
absentiae a domo vel communitate também se regem as ausências de casa ou
reguntur. da comunidade.

Can. 741 - § 1. Societates et, nisi aliter Cân. 741 - § 1. As sociedades e, salvo
ferant constitutiones, earum partes et determinação contrária das constituições,
domus, personae sunt iuridicae et, qua suas partes e casas, são pessoas jurídicas
tales, capaces bona temporalia acquirendi, e, como tais, capazes de adquirir, possuir,
possidendi, administrandi et alienandi, ad administrar e alienar bens temporais, de
normam praescriptorum Libri V De bonis acordo com as prescrições do Livro V Dos
Ecclesiae temporalibus, cann. 636, 638 et bens temporais da Igreja, cân. 636, 638 e
639, necnon iuris proprii. 639, e do direito próprio.
§ 2. Sodales capaces quoque sunt, ad § 2. De acordo com o direito próprio, os
normam iuris proprii, bona temporalia membros também são capazes de adquirir,
acquirendi, possidendi, administrandi de possuir e administrar bens temporais e
iisque disponendi, sed quidquid ipsis intuitu deles dispor; qualquer coisa, porém, que
societatis obveniat, societati acquiritur. lhes sobrevem em consideração à
sociedade é adquirida para a sociedade.

Can. 742 - Egressus et dimissio sodalis Cân. 742 - A saída e a demissão de


nondum definitive incorporati reguntur alguém ainda não definitivamente
constitutionibus cuiusque societatis. incorporado regem- se pelas constituições
de cada sociedade.

Can. 743 - Indultum discedendi a societate, Cân. 743 - O indulto de saída da


cessantibus iuribus et obligationibus ex sociedade, com a cessação dos direitos e
incorporatione promanantibus, firmo obrigações decorrentes da incorporação,
praescripto can. 693, sodalis definitive salva a prescrição do cân. 693, alguém
incorporatus a supremo Moderatore cum definitivamente incorporado pode obtê-lo
consensu eius consilii obtinere potest, nisi do supremo Moderador com o
id iuxta constitutiones Sanctae Sedi consentimento de seu conselho, a não ser
reservetur. que de acordo com as constituições isto se
reserve à Santa Sé.

Can. 744 - § 1. Supremo quoque Cân. 744 - § 1. É também reservado ao


Moderatori cum consensu sui consilii Moderador supremo, com o consentimento
pariter reservatur licentiam concedere de seu conselho, conceder a alguém
sodali definitive incorporato ad aliam definitivamente incorporado a licença de
societatem vitae apostolicae transeundi, passar para outra sociedade de vida
suspensis interim iuribus et obligationibus apostólica, ficando nesse ínterim
propriae societatis, firmo tamen iure suspensos os direitos e obrigações da
redeundi ante definitivam incorporationem própria sociedade, mantendo-se porém o
in novam societatem. direito de voltar antes da incorporação
definitiva na nova sociedade.
§ 2. Ut transitus fiat ad institutum vitae § 2. Para se fazer a passagem a um
consecratae vel ex eo ad societatem vitae instituto de vida consagrada, ou dele para
apostolicae, licentia requiritur Sanctae uma sociedade de vida apostólica, requer-
Sedis, cuius mandatis standum est. se a licença da Santa Sé, a cujas
disposições se deve obedecer.

Can. 745 - Supremus Moderator cum Cân. 745 - O Moderador supremo, com o
consensu sui consilii sodali definitive consentimento de seu conselho, pode
incorporato concedere potest indultum conceder a alguém definitivamente
vivendi extra societatem, non tamen ultra incorporado o indulto de viver fora da
triennium, suspensis iuribus et sociedade, não porém por mais de três
obligationibus quae cum ipsius nova anos, ficando suspensos os direitos e
condicione componi non possunt; permanet obrigações que não se podem harmonizar
tamen sub cura Moderatorum. Si agitur de com a nova condição; permanece, porém,
clerico, requiritur praeterea consensus sob o cuidado dos Moderadores. Se se
Ordinarii loci in quo commorari debet, sub trata de clérigo, requer-se ainda o
cuius cura et dependentia etiam manet. consentimento do Ordinário do lugar onde
deve residir e sob cujo cuidado e
dependência também permanece.

Can. 746 - Ad dimissionem sodalis Cân. 746 - Para a demissão de um


definitive incorporati serventur, congrua membro definitivamente incorporado,
congruis referendo, cann. 694-704. observem-se os cân. 694-704, congrua
congruis referendo.

LIBER III. DE ECCLESIAE MUNERE LIVRO III DO MÚNUS DE ENSINAR DA


DOCENDI IGREJA
Can. 747 - § 1. Ecclesiae, cui Christus Cân. 747 - § 1. A Igreja, a quem Cristo
Dominus fidei depositum concredidit ut Senhor confiou o depósito da fé, para que,
ipsa, Spiritu Sancto assistente, veritatem com a assistência do Espírito Santo, ela
revelatam sancte custodiret, intimius guardasse santamente a verdade revelada,
perscrutaretur, fideliter annuntiaret atque a perscrutasse mais profundamente,
exponeret, officium est et ius nativum, anunciasse e expusesse com fidelidade,
etiam mediis communicationis socialis sibi compete o dever e o direito originário de
propriis adhibitis, a qualibet humana pregar o Evangelho a todos os povos,
potestate independens, omnibus gentibus independentes de qualquer poder humano,
Evangelium praedicandi. mesmo usando de seus próprios meios de
comunicação social.
§ 2. Ecclesiae competit semper et ubique § 2. Compete à Igreja anunciar sempre e
principia moralia etiam de ordine sociali por toda a parte os princípios morais,
annuntiare, necnon iudicium ferre de mesmo referentes à ordem social, e
quibuslibet rebus humanis, quatenus pronunciar-se a respeito de qualquer
personae humanae iura fundamentalia aut questão humana, enquanto o exigirem os
animarum salus id exigat. direitos fundamentais da pessoa humana
ou a salvação das almas.

Can. 748 - § 1. Omnes homines veritatem Cân. 748 - § 1. Todos os homens têm o
in iis, quae Deum eiusque Ecclesiam dever de procurar a verdade, naquilo que
respiciunt, quaerere tenentur eamque se refere a Deus e à sua Igreja, e, uma vez
cognitam amplectendi ac servandi conhecida, têm a obrigação e o direito, por
obligatione vi legis divinae adstringuntur et lei divina, de abraçá-la e segui-la.
iure gaudent.
§ 2. Homines ad amplectendam fidem § 2. Não é lícito jamais a ninguém levar os
catholicam contra ipsorum conscientiam homens a abraçarem a fé católica por
per coactionem adducere nemini umquam coação, contra a própria consciência.
fas est.

Can. 749 - § 1. Infallibilitate in magisterio, Cân. 749 - § 1. Em virtude de seu ofício, o


vi muneris sui gaudet Summus Pontifex Sumo Pontífice goza de infalibilidade no
quando ut supremus omnium christifidelium magistério quando, como Pastor e Doutor
Pastor et Doctor, cuius est fratres suos in supremo de todos os fiéis, a quem cabe
fide confirmare, doctrinam de fide vel de confirmar na fé os seus irmãos, proclama,
moribus tenendam definitivo actu por ato definitivo, que se deve aceitar uma
proclamat. doutrina sobre a fé e os costumes.
§ 2. Infallibilitate in magisterio pollet § 2. Também o Colégio dos Bispos goza
quoque Collegium Episcoporum quando de infalibilidade no magistério quando,
magisterium exercent Episcopi in Concilio reunidos os Bispos em Concílio
Oecumenico coadunati, qui, ut fidei et Ecumênico, exercem o magistério como
morum doctores et iudices, pro universa doutores e juízes da fé e dos costumes,
Ecclesia doctrinam de fide vel de moribus declarando para toda a Igreja que se deve
definitive tenendam declarant; aut quando aceitar definitivamente uma doutrina sobre
per orbem dispersi, communionis nexum a fé ou sobre os costumes; ou então
inter se et cum Petri successore servantes, quando, espalhados pelo mundo,
una cum eodem Romano Pontifice conservando o vínculo de comunhão entre
authentice res fidei vel morum docentes, in si e com o sucessor de Pedro, e ensinando
unam sententiam tamquam definitive autenticamente questões de fé ou
tenendam conveniunt. costumes juntamente com o mesmo
Romano Pontífice, concordam numa única
sentença, que se deve aceitar como
definitiva.
§ 3. Infallibiliter definita nulla intellegitur § 3. Nenhuma doutrina se considera
doctrina, nisi id manifesto constiterit. infalivelmente definida se isso não constar
claramente.

Can. 750 - § 1. Fide divina et catholica ea Cân. 750 - § 1. Deve-se crer com fé divina
omnia credenda sunt quae verbo Dei e católica em tudo o que está contido na
scripto vel tradito, uno scilicet fidei deposito palavra de Deus escrita ou transmitida, a
Ecclesiae commisso, continentur, et insimul saber, no único depósito da fé confiado à
ut divinitus revelata proponuntur, sive ab Igreja, e que ao mesmo tempo, é proposto
Ecclesiae magisterio sollemni, sive ab eius como divinamente revelado pelo magistério
magisterio ordinario et universali; quod solene da Igreja ou pelo seu magistério
quidem communi adhaesione ordinário e universal; isto se manifesta pela
christifidelium sub ductu sacri magisterii adesão comum dos fiéis sob a guia do
manifestatur; tenentur igitur omnes magistério sagrado; por isso, todos estão
quascumque devitare doctrinas iisdem obrigados a evitar quaisquer doutrinas
contrarias. contrárias.
§ 2. Firmiter etiam amplectenda ac § 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e
retinenda sunt omnia et singula quae circa acreditar também em tudo o que é
doctrinam de fide vel moribus ab Ecclesiae proposto de maneira definitiva pelo
magisterio definitive proponuntur, scilicet magistério da Igreja em matéria de fé e
quae ad idem fidei depositum sancte costumes, isto é, tudo o que se requer para
custodiendum et fideliter exponendum conservar santamente e expor fielmente o
requiruntur; ideoque doctrinae Ecclesiae depósito da fé; opõe-se, portanto, à
catholicae adversatur qui easdem doutrina da Igreja Católica quem rejeitar
propositiones definitive tenendas recusat. tais proposições consideradas definitivas.

Can. 751 - Dicitur haeresis, pertinax, post Cân. 751 - Chama-se heresia a negação
receptum baptismum, alicuius veritatis fide pertinaz, após a recepção do batismo, de
divina et catholica credendae denegatio, qualquer verdade que se deva crer com fé
aut de eadem pertinax dubitatio; apostasia, divina e católica, ou a dúvida pertinaz a
fidei christianae ex toto repudiatio; respeito dela; apostasia, o repúdio total da
schisma, subiectionis Summo Pontifici aut fé cristã; cisma, a recusa de sujeição ao
communionis cum Ecclesiae membris Sumo Pontífice ou de comunhão com os
eidem subditis detrectatio. membros da Igreja a ele sujeitos.

Can. 752 - Non quidem fidei assensus, Cân. 752 - Não assentimento de fé, mas
religiosum tamen intellectus et voluntatis religioso obséquio de inteligência e
obsequium praestandum est doctrinae, vontade deve ser prestado à doutrina que o
quam sive Summus Pontifex sive Sumo Pontífice ou o Colégio dos Bispos,
Collegium Episcoporum de fide vel de ao exercerem o magistério autêntico,
moribus enuntiant, cum magisterium enunciam sobre a fé e os costumes,
authenticum exercent, etsi definitivo actu mesmo quando não tenham a intenção de
eandem proclamare non intendant; proclamá -la por ato definitivo; portanto os
christifideles ergo devitare curent quae cum fiéis procurem evitar tudo o que não esteja
eadem non congruant. de acordo com ela.

Can. 753 - Episcopi, qui sunt in Cân. 753 - Os Bispos, que se acham em
communione cum Collegii capite et comunhão com a cabeça e os membros do
membris, sive singuli sive in conferentiis Colégio, quer individualmente, quer
Episcoporum aut in conciliis particularibus reunidos nas Conferências dos Bispos ou
congregati, licet infallibilitate in docendo em concílios particulares, embora não
non polleant, christifidelium suae curae gozem de infalibilidade no ensinamento,
commissorum authentici sunt fidei doctores são autênticos doutores e mestres dos fiéis
et magistri; cui authentico magisterio confiados a seus cuidados; os fiéis estão
suorum Episcoporum christifideles religioso obrigados a aderir, com religioso obséquio
animi obsequio adhaerere tenentur. de espírito, a esse autêntico magistério de
seus Bispos.

Can. 754 - Omnes christifideles obligatione Cân. 754 - Todos os fiéis têm obrigação de
tenentur servandi constitutiones et decreta, observar as constituições e decretos que a
quae ad doctrinam proponendam et legítima autoridade da Igreja dá com o
erroneas opiniones proscribendas fert intuito de propor a doutrina e proscrever as
legitima Ecclesiae auctoritas, speciali vero opiniões errôneas e, de modo todo
ratione, quae edit Romanus Pontifex vel especial, quando dados pelo Romano
Collegium Episcoporum. Pontífice ou pelo Colégio dos Bispos.

Can. 755 - § 1. Totius Collegii Episcoporum Cân. 755 - § 1. Compete, em primeiro


et Sedis Apostolicae imprimis est fovere et lugar, a todo o Colégio dos Bispos e à Sé
dirigere motum oecumenicum apud Apostólica incentivar e dirigir entre os
catholicos, cuius finis est unitatis católicos o movimento ecumênico, cuja
redintegratio inter universos christianos, ad finalidade é favorecer o restabelecimento
quam promovendam Ecclesia ex voluntate da unidade entre todos os cristãos, a cuja
Christi tenetur. promoção a Igreja está obrigada por
vontade de Cristo.
§ 2. Episcoporum item est, et, ad normam § 2. Compete igualmente aos Bispos e, de
iuris, Episcoporum conferentiarum, eandem acordo com o direito, às Conferências dos
unitatem promovere atque pro variis Bispos, promover essa unidade e, de
adiunctorum necessitatibus vel acordo com as diversas necessidades ou
opportunitatibus, normas practicas oportunidades de circunstâncias,
impertire, attentis praescriptis a suprema estabelecer normas práticas, respeitando
Ecclesiae auctoritate latis. as disposições da suprema autoridade da
Igreja.

TITULUS I. DE DIVINI VERBI MINISTERIO TÍTULO I DO MINISTÉRIO DA PALAVRA


DE DEUS
Can. 756 - § 1. Quoad universam Cân. 756 - § 1. No que se refere à Igreja
Ecclesiam munus Evangelii annuntiandi universal, o múnus de anunciar o
praecipue Romano Pontifici et Collegio Evangelho foi confiado principalmente ao
Episcoporum commissum est. Romano Pontífice e ao Colégio dos Bispos.
§ 2. Quoad Ecclesiam particularem sibi § 2. No que se refere à Igreja particular a
concreditam illud munus exercent singuli ele confiada, cada Bispo exerce esse
Episcopi, qui quidem totius ministerii verbi múnus, porque ele é nela o dirigente de
in eadem sunt moderatores; quandoque todo o ministério da palavra; entretanto, às
vero aliqui Episcopi coniunctim illud explent vezes alguns Bispos o exercem
quoad diversas simul Ecclesias, ad conjuntamente para diversas Igrejas
normam iuris. reunidas, de acordo com o direito.

Can. 757 - Presbyterorum, qui quidem Cân. 757 - É próprio dos presbíteros, que
Episcoporum cooperatores sunt, proprium são os cooperadores dos Bispos, anunciar
est Evangelium Dei annuntiare; praesertim o Evangelho de Deus; são obrigados a
hoc officio tenentur, quoad populum sibi isso, em relação ao povo a eles confiado,
commissum, parochi aliique quibus cura principalmente os párocos e outros a quem
animarum concreditur; diaconorum etiam esteja confiada a cura de almas; compete
est in ministerio verbi populo Dei, in também aos diáconos servir ao povo de
communione cum Episcopo eiusque Deus no ministério da palavra, em
presbyterio, inservire. comunhão com o Bispo e seu presbitério.

Can. 758 - Sodales institutorum vitae Cân. 758 - Em virtude da própria


consecratae, vi propriae Deo consagração a Deus, os membros de
consecrationis, peculiari modo Evangelii institutos de vida consagrada dão
testimonium reddunt, iidemque in testemunho do Evangelho de maneira
Evangelio annuntiando ab Episcopo in especial; convém que sejam assumidos
auxilium convenienter assumuntur. pelo Bispo para auxiliar no anúncio do
Evangelho.

Can. 759 - Christifideles laici, vi baptismatis Cân. 759 - Em virtude do batismo e da


et confirmationis, verbo et vitae christianae confirmação, os fiéis leigos são
exemplo evangelici nuntii sunt testes; testemunhas da mensagem evangélica,
vocari etiam possunt ut in exercitio mediante a palavra e o exemplo de vida
ministerii verbi cum Episcopo et presbyteris cristã; podem também ser chamados a
cooperentur. cooperar com o Bispo e os presbíteros no
exercício do ministério da palavra.

Can. 760 - In ministerio verbi, quod sacra Cân. 760 - No ministério da palavra, que
Scriptura, Traditione, liturgia, magisterio deve basear-se na sagrada Escritura, na
vitaque Ecclesiae innitatur oportet, Christi Tradição, na liturgia, no magistério e na
mysterium integre ac fideliter proponatur. vida da Igreja, seja proposto integral e
fielmente o mistério de Cristo.

Can. 761 - Varia media ad doctrinam Cân. 761 - Os diversos meios à disposição
christianam annuntiandam adhibeantur sejam utilizados para anunciar a doutrina
quae praesto sunt, imprimis praedicatio cristã, principalmente a pregação e a
atque catechetica institutio, quae quidem instrução catequética, que conservam
semper principem locum tenent, sed et sempre o primeiro lugar; empregue-se
propositio doctrinae in scholis, in ainda a exposição doutrinal nas escolas,
academiis, conferentiis et coadunationibus academias, conferências e reuniões de
omnis generis, necnon eiusdem diffusio per todo o gênero, bem como a sua difusão
declarationes publicas a legitima mediante declarações públicas feitas pela
auctoritate occasione quorundam legítima autoridade, por ocasião de certos
eventuum factas, prelo aliisque acontecimentos, através da imprensa e
instrumentis communicationis socialis. demais meios de comunicação social.

CAPUT I. DE VERBI DEI Capítulo I DA PREGAÇÃO DA PALAVRA


PRAEDICATIONE DE DEUS
Can. 762 - Cum Dei populus primum Cân. 762 - Sendo que o povo de Deus se
coadunetur verbo Dei vivi, quod ex ore reúne, em primeiro lugar, pela palavra do
sacerdotum omnino fas est requirere, Deus vivo, a qual é sempre legítimo exigir
munus praedicationis magni habeant sacri dos lábios dos sacerdotes, os ministros
ministri, inter quorum praecipua officia sit sagrados tenham em grande estima o
Evangelium Dei omnibus annuntiare. múnus da pregação, porque um de seus
principais deveres é anunciar a todos o
Evangelho de Deus.

Can. 763 - Episcopis ius est ubique, non Cân. 763 - É direito dos Bispos pregar a
exclusis ecclesiis et oratoriis institutorum palavra de Deus em todos os lugares, sem
religiosorum iuris pontificii, Dei verbum excluir as igrejas e oratórios de institutos
praedicare, nisi Episcopus loci in casibus religiosos de direito pontifício, a não ser
particularibus expresse renuerit. que o Bispo local o tenha expressamente
proibido em caso particulares.

Can. 764 - Salvo praescripto can. 765, Cân. 764 - Salva a prescrição do cân. 765,
facultate ubique praedicandi, de consensu os presbíteros e diáconos, com o
saltem praesumpto rectoris ecclesiae consentimento ao menos presumido do
exercenda, gaudent presbyteri et diaconi, reitor da igreja, têm a faculdade de pregar
nisi ab Ordinario competenti eadem em qualquer lugar, a não ser que essa
facultas restricta fuerit aut sublata, aut lege faculdade tenha sido restringida pelo
particulari licentia expressa requiratur. Ordinário competente ou que, por lei
particular, se exija licença expressa.

Can. 765 - Ad praedicandum religiosis in Cân. 765 - Para pregar aos religiosos em
eorum ecclesiis vel oratoriis licentia suas igrejas ou oratórios, se requer a
requiritur Superioris ad normam licença do Superior que seja para isso
constitutionum competentis. competente, de acordo com as
constituições.

Can. 766 - Ad praedicandum in ecclesia vel Cân. 766 - Para pregar em igreja ou
oratorio admitti possunt laici, si certis in oratório, leigos podem ser admitidos, se a
adiunctis necessitas id requirat aut in necessidade o exigir, em determinadas
casibus particularibus utilitas id suadeat, circunstâncias, ou a utilidade o aconselhar,
iuxta Episcoporum conferentiae em casos particulares, de acordo com as
praescripta, et salvo can. 767, § 1. prescrições da Conferência dos Bispos e
salvo o cân. 767, § 1.

Can. 767 - § 1. Inter praedicationis formas Cân. 767 - § 1. Entre as formas de


eminet homilia, quae est pars ipsius pregação, destaca-se a homilia, que é
liturgiae et sacerdoti aut diacono parte da própria liturgia e se reserva ao
reservatur; in eadem per anni liturgici sacerdote ou diácono; nela se devem
cursum ex textu sacro fidei mysteria et expor, ao longo do ano litúrgico, a partir do
normae vitae christianae exponantur. texto sagrado, os mistérios da fé e as
normas da vida cristã.
§ 2. In omnibus Missis diebus dominicis et § 2. Em todas as missas que se celebram
festis de praecepto, quae concursu populi com participação do povo, nos domingos e
celebrantur, homilia habenda est nec omitti festas de preceito, deve-se fazer a homilia,
potest nisi gravi de causa. que não se pode omitir, a não ser por
causa grave.
§ 3. Valde commendatur ut, si sufficiens § 3. Havendo suficiente participação do
detur populi concursus, homilia habeatur povo, recomenda-se vivamente que se
etiam in Missis quae infra hebdomadam, faça a homilia também nas missas
praesertim tempore adventus et celebradas durante a semana,
quadragesimae aut occasione alicuius festi principalmente no tempo do advento e da
vel luctuosi eventus, celebrentur. quaresma ou por ocasião de alguma festa
ou acontecimento de luto.
§ 4. Parochi aut ecclesiae rectoris est § 4. Compete ao pároco ou reitor da igreja
curare ut haec praescripta religiose cuidar que essas prescrições sejam
serventur. observadas religiosamente.

Can. 768 - § 1. Divini verbi praecones Cân. 768 - § 1. Os pregadores da palavra


christifidelibus imprimis proponant, quae ad de Deus apresentem aos fiéis
Dei gloriam hominumque salutem credere principalmente o que se deve crer e fazer
et facere oportet. para a glória de Deus e a salvação dos
homens.
§ 2. Impertiant quoque fidelibus doctrinam, § 2. Apresentem aos fiéis também a
quam Ecclesiae magisterium proponit de doutrina que o magistério da Igreja propõe
personae humanae dignitate et libertate, de sobre a dignidade e liberdade da pessoa
familiae unitate et stabilitate eiusque humana, sobre a unidade e estabilidade da
muniis, de obligationibus quae ad homines família e suas funções, sobre as
in societate coniunctos pertinent, necnon obrigações civis e sobre a organização das
de rebus temporalibus iuxta ordinem a Deo coisas temporais segundo a ordem
statutum componendis. estabelecida por Deus.

Can. 769 - Doctrina christiana proponatur Cân. 769 - A doutrina cristã seja
modo auditorum condicioni accommodato apresentada de modo apropriado à
atque ratione temporum necessitatibus condição dos ouvintes e, em razão dos
aptata. tempos, adaptada às necessidades.

Can. 770 - Parochi certis temporibus, iuxta Cân. 770 - Em épocas determinadas,
Episcopi dioecesani praescripta, illas segundo as prescrições do Bispo
ordinent praedicationes, quas exercitia diocesano os párocos organizem as
spiritualia et sacras missiones vocant, vel pregações, que se denominam exercícios
alias formas necessitatibus aptatas. espirituais e santas missões, ou ainda
outras formas adaptadas às necessidades.

Can. 771 - § 1. Solliciti sint animarum Cân. 771 - § 1. Os pastores de almas,


pastores, praesertim Episcopi et parochi, ut sobretudo Bispos e párocos, se mostrem
Dei verbum iis quoque fidelibus nuntietur, solícitos a fim de que a palavra de Deus
qui ob vitae suae condicionem communi et seja anunciada também aos fiéis que, por
ordinaria cura pastorali non satis fruantur sua condição de vida, não podem usufruir
aut eadem penitus careant. suficientemente da ação pastoral comum e
ordinária, ou que dela são totalmente
privados.
§ 2. Provideant quoque, ut Evangelii § 2. Providenciem também que o anúncio
nuntium perveniat ad non credentes in do Evangelho chegue aos não-crentes que
territorio degentes, quippe quos, non secus vivem no território, pois a eles a cura de
ac fideles, animarum cura complecti almas deve alcançar, tanto quanto aos
debeat. fiéis.

Can. 772 - § 1. Ad exercitium Cân. 772 - § 1. Além disso, no que se


praedicationis quod attinet, ab omnibus refere ao exercício da pregação, sejam
praeterea serventur normae ab Episcopo observadas por todos as normas dadas
dioecesano latae. pelo Bispo diocesano.
§ 2. Ad sermonem de doctrina christiana § 2. Para se apresentar a doutrina cristã
faciendum via radiophonica aut televisifica, através do rádio ou da televisão, observem-
serventur praescripta ab Episcoporum se as prescrições dadas pela Conferência
conferentia statuta. dos Bispos.

CAPUT II. DE CATECHETICA Capítulo II DA FORMAÇÃO


INSTITUTIONE CATEQUÉTICA
Can. 773 - Proprium et grave officium Cân. 773 - É dever próprio e grave,
pastorum praesertim animarum est sobretudo dos pastores de almas, cuidar
catechesim populi christiani curare, ut da catequese do povo cristão, para que a
fidelium fides, per doctrinae institutionem et fé dos fiéis, pelo ensino da doutrina e pela
vitae christianae experientiam, viva fiat experiência da vida cristã, se torne viva,
explicita atque operosa. explícita e atuante.
Can. 774 - § 1. Sollicitudo catechesis, sub Cân. 774 - § 1. A solicitude pela
moderamine legitimae ecclesiasticae catequese, sob a direção da legítima
auctoritatis, ad omnia Ecclesiae membra autoridade eclesiástica, é responsabilidade
pro sua cuiusque parte pertinet. de todos os membros da Igreja, cada um
segundo as suas funções.
§ 2. Prae ceteris parentes obligatione § 2. Antes de quaisquer outros, os pais têm
tenentur verbo et exemplo filios in fide et obrigação de formar, pela palavra e pelo
vitae christianae praxi efformandi; pari exemplo, seus filhos na fé e na prática da
obligatione adstringuntur, qui parentum vida cristã; semelhante obrigação têm
locum tenent atque patrini. aqueles que fazem as vezes dos pais, bem
como os padrinhos.

Can. 775 - § 1. Servatis praescriptis ab Cân. 775 - § 1. Observadas as prescrições


Apostolica Sede latis, Episcopi dioecesani dadas pela Sé Apostólica, compete ao
est normas de re catechetica edicere Bispo diocesano estabelecer normas sobre
itemque prospicere ut apta catechesis a catequese e providenciar que estejam
instrumenta praesto sint, catechismum disponíveis adequados instrumentos de
etiam parando, si opportunum id videatur, catequese, publicando também um
necnon incepta catechetica fovere atque catecismo, se isso parecer oportuno, e
coordinare. ainda favorecer e coordenar as iniciativas
catequéticas.
§ 2. Episcoporum conferentiae est, si utile § 2. Compete à Conferência episcopal, se
videatur, curare ut catechismi pro suo o julgar oportuno, procurar que se
territorio, praevia Sedis Apostolicae publiquem catecismos para o seu território,
confirmatione, edantur. com a confirmação prévia da Sé
Apostólica.
§ 3. Apud Episcoporum conferentiam § 3. Pode-se criar, junto à Conferência dos
institui potest officium catecheticum, cuius Bispos, um departamento de catequese,
praecipuum munus sit singulis dioecesibus cuja função principal seja auxiliar cada
in re catechetica auxilium praebere. diocese em matéria catequética.

Can. 776 - Parochus, vi sui muneris, Cân. 776 - Em virtude de seu ofício, o
catecheticam efformationem adultorum, pároco tem obrigação de cuidar da
iuvenum et puerorum curare tenetur, quem formação catequética de adultos, jovens e
in finem sociam sibi operam adhibeat crianças; para isto, sirva-se da colaboração
clericorum paroeciae addictorum, sodalium dos clérigos ligados à sua paróquia, dos
institutorum vitae consecratae necnon membros de institutos de vida consagrada
societatum vitae apostolicae, habita ratione ou de sociedades de vida apostólica,
indolis uniuscuiusque instituti, necnon levando em conta a índole de cada
christifidelium laicorum, praesertim instituto; sirva-se também da colaboração
catechistarum; hi omnes, nisi legitime dos leigos, sobretudo catequistas; todos
impediti, operam suam libenter praestare esses, a não ser que estejam
ne renuant. Munus parentum, in catechesi legitimamente impedidos, não deixem de
familiari, de quo in can. 774, § 2, prestar de boa vontade seu trabalho.
promoveat et foveat. Promova e favoreça a tarefa dos pais na
catequese familiar, mencionada no cân.
774, § 2.

Can. 777 - Peculiari modo parochus, Cân. 777 - Levando em conta as normas
attentis normis ab Episcopo dioecesano estabelecidas pelo Bispo diocesano, o
statutis, curet: pároco cuide de modo especial:
1° ut apta catechesis impertiatur pro 1° - que se dê catequese adequada
sacramentorum celebratione; para a celebração dos sacramentos;
2° ut pueri, ope catecheticae 2° - que as crianças, pela formação
institutionis per congruum tempus catequética ministrada durante tempo
impertitae, rite praeparentur ad primam conveniente, sejam devidamente
receptionem sacramentorum paenitentiae preparadas para a primeira recepção dos
et sanctissimae Eucharistiae necnon ad sacramentos da penitência e da santíssima
sacramentum confirmationis; Eucaristia e para o sacramento da
confirmação;
3° ut iidem, prima communione recepta, 3° - que elas, recebida a primeira
uberius ac profundius catechetica comunhão, tenham formação catequética
efformatione excolantur; mais extensa e mais profunda;
4° ut catechetica institutio iis etiam 4° - que se dê formação catequética
tradatur, quantum eorum condicio sinat, qui também aos deficientes mentais e físicos,
corpore vel mente sint praepediti; segundo o permita a condição deles;
5° ut iuvenum et adultorum fides, variis 5° - que a fé dos jovens e adultos seja
formis et inceptis, muniatur, illuminetur fortalecida, esclarecida e aperfeiçoada
atque evolvatur. mediante formas e iniciativas diversas.

Can. 778 - Curent Superiores religiosi et Cân. 778 - Os Superiores religiosos e de


societatum vitae apostolicae ut in suis sociedade de vida apostólica cuidem que,
ecclesiis, scholis aliisve operibus sibi em suas igrejas, escolas e outras obras de
quoquo modo concreditis, catechetica algum modo a eles confiadas, seja
institutio sedulo impertiatur. diligentemente ministrada a formação
catequética.

Can. 779 - Institutio catechetica tradatur Cân. 779 - A formação catequética seja
omnibus adhibitis auxiliis, subsidiis ministrada com o emprego de meios,
didacticis et communicationis socialis subsídios didáticos e instrumentos de
instrumentis, quae efficaciora videantur ut comunicação que pareçam mais eficientes,
fideles, ratione eorum indoli, facultatibus et para que os fiéis, de modo adequado à sua
aetati necnon vitae condicionibus aptata, índole, capacidade, idade e condições de
plenius catholicam doctrinam ediscere vida, possam aprender mais plenamente a
eamque aptius in praxim deducere valeant. doutrina católica e melhor praticá-la.

Can. 780 - Curent locorum Ordinarii ut Cân. 780 - Cuidem os Ordinários locais
catechistae ad munus suum rite explendum que os catequistas sejam devidamente
debite praeparentur, ut nempe continua preparados para cumprirem com exatidão
formatio ipsis praebeatur, iidemque o próprio encargo, isto é, que lhes seja
Ecclesiae doctrinam apte cognoscant atque ministrada uma formação contínua, de
normas disciplinis paedagogicis proprias modo a conhecerem bem a doutrina da
theoretice ac practice addiscant. Igreja e aprenderem, teórica e
praticamente, as normas próprias das
disciplinas pedagógicas.

TITULUS II. DE ACTIONE ECCLESIAE TÍTULO II DA AÇÃO MISSIONÁRIA DA


MISSIONALI IGREJA
Can. 781 - Cum tota Ecclesia natura sua sit Cân. 781 - Sendo que a Igreja toda é
missionaria et opus evangelizationis missionária por sua natureza e que a obra
habendum sit fundamentale officium populi de evangelização é dever fundamental do
Dei, christifideles omnes, propriae povo de Deus, todos os fiéis conscientes
responsabilitatis conscii, partem suam in da própria responsabilidade, assumam
opere missionali assumant. cada um a sua parte na obra missionária.

Can. 782 - § 1. Suprema directio et Cân. 782 - § 1. Compete ao Romano


coordinatio inceptorum et actionum quae Pontífice e ao Colégio dos Bispos a
ad opus missionale atque ad suprema direção e coordenação das
cooperationem missionariam pertinent, iniciativas e atividades próprias da obra
competit Romano Pontifici et Collegio das missões e da cooperação missionária.
Episcoporum.
§ 2. Singuli Episcopi, utpote Ecclesiae § 2. Como responsáveis pela Igreja
universae atque omnium Ecclesiarum universal e por todas as Igrejas, os Bispos
sponsores, operis missionalis peculiarem todos tenham especial solicitude pela obra
sollicitudinem habeant, praesertim incepta das missões, principalmente despertando,
missionalia in propria Ecclesia particulari incentivando e sustentando iniciativas
suscitando, fovendo ac sustinendo. missionárias em sua própria Igreja
particular.

Can. 783 - Sodales institutorum vitae Cân. 783 - Os membros de institutos de


consecratae, cum vi ipsius consecrationis vida consagrada, enquanto dedicados, em
sese servitio Ecclesiae dedicent, virtude da própria consagração, ao serviço
obligatione tenentur ad operam, ratione suo da Igreja, têm obrigação de se entregar, de
instituto propria, speciali modo in actione maneira especial, à ação missionária no
missionali navandam. modo próprio de seu instituto.

Can. 784 - Missionarii, qui scilicet a Cân. 784 - Missionários, isto é, aqueles
competenti auctoritate ecclesiastica ad que são enviados pela competente
opus missionale explendum mittuntur, eligi autoridade eclesiástica para realizar a obra
possunt autochthoni vel non, sive clerici das missões, como tais podem ser
saeculares, sive institutorum vitae escolhidos autóctones ou não, clérigos
consecratae vel societatis vitae apostolicae seculares ou membros de institutos de vida
sodales, sive alii christifideles laici. consagrada ou de sociedades devida
apostólica, ou outros fiéis leigos.

Can. 785 - § 1. In opere missionali Cân. 785 - § 1. Para a realização da obra


peragendo assumantur catechistae, das missões, sejam assumidos
christifideles nempe laici debite instructi et catequistas, isto é, fiéis leigos que sejam
vita christiana praestantes, qui, sub devidamente instruídos e se distingam pela
moderamine missionarii, doctrinae vivência cristã, os quais, sob a
evangelicae proponendae et liturgicis coordenação do missionário, se dediquem
exercitiis caritatisque operibus ordinandis inteiramente à apresentação da doutrina
sese impendant. evangélica e à direção dos exercícios
litúrgicos e das obras de caridade.
§ 2. Catechistae efformentur in scholis ad § 2. Os catequistas sejam formados em
hoc destinatis vel, ubi desint, sub escolas para isso destinadas ou, onde não
moderamine missionariorum. existirem, sob a direção dos missionários.

Can. 786 - Actio proprie missionalis, qua Cân. 786 - A atividade propriamente
Ecclesia implantatur in populis vel coetibus missionária, pela qual a Igreja é implantada
ubi nondum radicata est, ab Ecclesia entre os povos ou grupos onde ainda não
absolvitur praesertim mittendo Evangelii se tenha enraizado, a Igreja a cumpre
praecones donec novellae Ecclesiae plene especialmente enviando pregadores do
constituantur, cum scilicet instructae sint Evangelho, até que as novas Igrejas
propriis viribus et sufficientibus mediis, estejam plenamente constituídas, isto é,
quibus opus evangelizandi per se ipsae enquanto não estejam dotadas de forças
peragere valeant. próprias e de meios suficientes com que
possam realizar, por si mesmas, o trabalho
da evangelização.

Can. 787 - § 1. Missionarii, vitae ac verbi Cân. 787 - § 1. Os missionários, pelo


testimonio, dialogum sincerum cum non testemunho da vida e da palavra,
credentibus in Christum instituant, ut ipsis, estabeleçam sincero diálogo com os que
ratione eorundem ingenio et culturae não têm fé em Cristo, a fim de que se
aptata, aperiantur viae quibus ad abram para eles, de modo adequado à sua
evangelicum nuntium cognoscendum capacidade e cultura, os caminhos por
adduci valeant. onde possam ser conduzidos ao
conhecimento do anúncio evangélico.
§ 2. Curent ut quos ad evangelicum § 2. Cuidem de ensinar as verdades da fé
nuntium recipiendum aestiment paratos, aos que julgarem preparados para a
veritates fidei edoceant, ita quidem ut ipsi acolher o anúncio evangélico, de tal modo
ad baptismum recipiendum, libere id que eles, pedindo livremente, possam ser
petentes, admitti possint. admitidos a receber o batismo.

Can. 788 - § 1. Qui voluntatem amplectendi Cân. 788 - § 1. Aqueles que tiverem
fidem in Christum manifestaverint, expleto manifestado vontade de abraçar a fé em
tempore praecatechumenatus, liturgicis Cristo, após terem concluído o tempo de
caerimoniis admittantur ad pré- catecumenato sejam admitidos ao
catechumenatum, atque eorum nomina catecumenato com cerimônias litúrgicas;
scribantur in libro ad hoc destinato. seus nomes sejam inscritos no livro para
isso destinado.
§ 2. Catechumeni, per vitae christianae § 2. Os catecúmenos, mediante a
institutionem et tirocinium, apte initientur formação e o aprendizado da vida cristã,
mysterio salutis atque introducantur in sejam adequadamente iniciados no
vitam fidei, liturgiae et caritatis populi Dei mistério da salvação e introduzidos na vida
atque apostolatus. da fé, da liturgia, da caridade do povo de
Deus e do apostolado.
§ 3. Conferentiae Episcoporum est statuta § 3. Compete à Conferência dos Bispos
edere quibus catechumenatus ordinetur, dar estatutos para a organização do
determinando quaenam a catechumenis catecumenato, determinando o que os
sint praestanda, atque definiendo quaenam catecúmenos precisam cumprir e definindo
eis agnoscantur praerogativae. as prerrogativas a serem atribuídas a eles.

Can. 789 - Neophyti, apta institutione ad Cân. 789 - Os neófitos sejam formados
veritatem evangelicam penitius com educação apropriada, para
cognoscendam et officia per baptismum conhecerem mais profundamente a
suscepta implenda efformentur; sincero verdade evangélica e cumprirem os
amore erga Christum eiusque Ecclesiam deveres assumidos no batismo; sejam
imbuantur. imbuídos de sincero amor a Cristo e à sua
Igreja.

Can. 790 - § 1. Episcopi dioecesani in Cân. 790 - § 1. Compete ao Bispo


territoriis missionis est: diocesano em territórios de missão:
1° promovere, moderari et coordinare 1° - promover, dirigir e coordenar as
incepta et opera, quae ad actionem iniciativas próprias da ação missionária;
missionalem spectant;
2° curare ut debitae ineantur 2° - cuidar que se façam oportunos
conventiones cum Moderatoribus convênios com os Superiores de institutos
institutorum quae operi missionali se consagrados à atividade missionária, e que
dedicant, utque relationes cum iisdem in as relações com eles sejam benéficas para
bonum cedant missionis. a missão.
§ 2. Praescriptis ab Episcopo dioecesano § 2. As prescrições do Bispo diocesano,
de quibus in § 1, n. 1 editis, subsunt omnes mencionadas no § 1, n. 1, estão sujeitos
missionarii, etiam religiosi eorumque todos os missionários, também os
auxiliares in eius dicione degentes. religiosos e seus auxiliares que vivem na
sua jurisdição.

Can. 791 - In singulis dioecesibus ad Cân. 791 - Em cada diocese, para


cooperationem missionalem fovendam: favorecer a cooperação missionária;
1° promoveantur vocationes 1° - promovam- se as vocações
missionales; missionárias;
2° sacerdos deputetur ad incepta pro 2° - seja designado um sacerdote para
missionibus efficaciter promovenda, promover eficazmente as iniciativas em
praesertim Pontificia Opera Missionalia; favor das missões, sobretudo as Pontifícias
Obras Missionárias;
3° celebretur dies annualis pro 3° - celebre-se o dia anual das
missionibus; missões;
4° solvatur quotannis congrua pro 4° - dê-se anualmente, para as
missionibus stips, Sanctae Sedi missões, conveniente contribuição, que
transmittenda. deve ser remetida à Santa Sé.

Can. 792 - Episcoporum conferentiae Cân. 792 - As Conferências dos Bispos


opera instituant ac promoveant, quibus ii estabeleçam e promovam obras, que
qui e terris missionum laboris aut studii recebam fraternalmente e ajudem, com o
causa ad earundem territorium accedant, devido cuidado pastoral, àqueles que das
fraterne recipiantur et congruenti pastorali terras de missão se dirigem ao seu
cura adiuventur. território por motivo de trabalho ou estudo.

TITULUS III. DE EDUCATIONE TÍTULO III DA EDUCAÇÃO CATÓLICA


CATHOLICA
Can. 793 - § 1. Parentes, necnon qui Cân. 793 - § 1. Os pais e os que fazem
eorum locum tenent, obligatione suas vezes têm a obrigação e o direito de
adstringuntur et iure gaudent prolem educar sua prole; os pais católicos têm
educandi; parentes catholici officium também o dever e o direito de escolher os
quoque et ius habent ea eligendi media et meios e instituições, com que possam, de
instituta quibus, iuxta locorum adiuncta, acordo com as circunstâncias locais,
catholicae filiorum educationi aptius prover do modo mais adequado à
prospicere queant. educação católica dos filhos.
§ 2. Parentibus ius est etiam iis fruendi § 2. Compete também aos pais o direito de
auxiliis a societate civili praestandis, quibus usufruir da ajuda que deve ser prestada
in catholica educatione filiorum procuranda pela sociedade civil e de que necessitam
indigeant. para proporcionar aos filhos uma educação
católica.

Can. 794 - § 1. Singulari ratione officium et Cân. 794 - § 1. Por especial razão, o dever
ius educandi spectat ad Ecclesiam, cui e o direito de ensinar competem à Igreja, a
divinitus missio concredita est homines quem Deus confiou a missão de ajudar os
adiuvandi, ut ad christianae vitae homens a atingirem a plenitude da vida
plenitudinem pervenire valeant. cristã.
§ 2. Animarum pastoribus officium est § 2. É dever dos pastores de almas tudo
omnia disponendi, ut educatione catholica dispor para que todos os fiéis possam
omnes fideles fruantur. receber educação católica.

Can. 795 - Cum vera educatio integram Cân. 795 - Sendo que a verdadeira
persequi debeat personae humanae educação deve promover a formação
formationem, spectantem ad finem eius integral da pessoa humana, em vista de
ultimum et simul ad bonum commune seu fim último e, ao mesmo tempo, do bem
societatum, pueri et iuvenes ita excolantur comum da sociedade, as crianças e jovens
ut suas dotes physicas, morales et sejam educados de tal modo que possam
intellectuales harmonice evolvere valeant, desenvolver harmoniosamente seus dotes
perfectiorem responsabilitatis sensum físicos, morais e intelectuais, adquirir senso
libertatisque rectum usum acquirant et ad de responsabilidade mais perfeito e correto
vitam socialem active participandam uso da liberdade, e sejam formados para
conformentur. uma participação ativa na vida social.

CAPUT I. DE SCHOLIS Capítulo I DAS ESCOLAS


Can. 796 - § 1. Inter media ad excolendam Cân. 796 - § 1. Entre os meios para
educationem christifideles magni faciant aprimorar a educação, tenham os fiéis em
scholas, quae quidem parentibus, in grande estima as escolas, que são
munere educationis implendo, praecipuo realmente a principal ajuda aos pais no
auxilio sunt. cumprimento do seu dever de educar.
§ 2. Cum magistris scholarum, quibus filios § 2. É necessário que os pais cooperem
educandos concredant, parentes arcte estreitamente com os professores, a quem
cooperentur oportet; magistri vero in officio confiam a educação de seus filhos; os
suo persolvendo intime collaborent cum professores, por sua vez, no cumprimento
parentibus, qui quidem libenter audiendi do dever, colaborem intimamente com os
sunt eorumque consociationes vel pais, que devem ser ouvidos com atenção,
conventus instaurentur atque magni e suas associações ou reuniões sejam
existimentur. criadas e valorizadas.

Can. 797 - Parentes in scholis eligendis Cân. 797 - É necessário que os pais
vera libertate gaudeant oportet; quare tenham verdadeira liberdade na escolha
christifideles solliciti esse debent ut das escolas; por isso, os fiéis devem ser
societas civilis hanc libertatem parentibus solícitos para que a sociedade civil
agnoscat atque, servata iustitia distributiva, reconheça aos pais essa liberdade e a
etiam subsidiis tueatur. garantam também com subsídios,
respeitada a justiça distributiva.

Can. 798 - Parentes filios concredant illis Cân. 798 - Os pais confiem seus filhos às
scholis in quibus educationi catholicae escolas em que se cuide de uma educação
provideatur; quod si facere non valeant, católica; e se não o conseguirem, têm
obligatione tenentur curandi, ut extra obrigação de cuidar que a educação
scholas debitae eorundem educationi católica deles se faça fora das escolas.
catholicae prospiciatur.

Can. 799 - Christifideles enitantur ut in Cân. 799 - Os fiéis se esforcem para que,
societate civili leges quae iuvenum na sociedade civil, as leis que regulam a
formationem ordinant, educationi eorum formação dos jovens tenham nas escolas a
religiosae et morali quoque, iuxta parentum devida consideração também pela
conscientiam, in ipsis scholis prospiciant. educação religiosa e moral deles, de
acordo com a consciência dos pais.

Can. 800 - § 1. Ecclesiae ius est scholas Cân. 800 - § 1. É direito da Igreja criar e
cuiusvis disciplinae, generis et gradus dirigir escolas de qualquer disciplina,
condendi ac moderandi. ordem e grau.
§ 2. Christifideles scholas catholicas § 2. Os fiéis incentivem a criação e
foveant, pro viribus adiutricem operam manutenção das escolas católicas,
conferentes ad easdem condendas et colaborando com sua ajuda, na medida do
sustentandas. possível.

Can. 801 - Instituta religiosa quibus missio Cân. 801 - Os institutos religiosos, que têm
educationis propria est, fideliter hanc suam a educação como missão própria,
missionem retinentes, satagant educationi conservando fielmente esta sua missão,
catholicae etiam per suas scholas, procurem dedicar-se à educação católica,
consentiente Episcopo dioecesano também por suas escolas fundadas com o
conditas, sese impendere. consentimento do Bispo.

Can. 802 - § 1. Si praesto non sint scholae Cân. 802 - § 1. Se faltarem escolas onde
in quibus educatio tradatur christiano spiritu se ministre educação imbuída de espírito
imbuta, Episcopi dioecesani est curare ut cristão, compete ao Bispo diocesano cuidar
condantur. que sejam fundadas.
§ 2. Ubi id expediat, Episcopus § 2. Onde for oportuno, o Bispo diocesano
dioecesanus provideat ut scholae quoque providencie que sejam fundadas também
condantur professionales et technicae escolas profissionais e técnicas, e ainda
necnon aliae quae specialibus outras requeridas por necessidades
necessitatibus requirantur. especiais.

Can. 803 - § 1. Schola catholica ea Cân. 803 - § 1. Como escola católica,


intellegitur quam auctoritas ecclesiastica entende-se aquela que é dirigida pela
competens aut persona iuridica autoridade eclesiástica competente ou por
ecclesiastica publica moderatur, aut pessoa jurídica eclesiástica pública, ou que
auctoritas ecclesiastica documento scripto a autoridade eclesiástica reconhece como
uti talem agnoscit. tal mediante documento escrito.
§ 2. Institutio et educatio in schola catholica § 2. A instrução e educação na escola
principiis doctrinae catholicae nitatur católica deve fundamentar-se nos
oportet; magistri recta doctrina et vitae princípios da doutrina católica; os mestres
probitate praestent. devem distinguir-se pela retidão de
doutrina e probidade de vida.
§ 3. Nulla schola, etsi reapse catholica, § 3. Nenhuma escola, embora realmente
nomen scholae catholicae gerat, nisi de católica, use o título de escola católica, a
consensu competentis auctoritatis não ser com o consentimento da
ecclesiasticae. autoridade eclesiástica competente.

Can. 804 - § 1. Ecclesiae auctoritati Cân. 804 - § 1. Está sujeita à autoridade da


subicitur institutio et educatio religiosa Igreja a formação e educação religiosa
catholica quae in quibuslibet scholis católica que se ministra em quaisquer
impertitur aut variis communicationis escolas, ou que se promove pelos diversos
socialis instrumentis procuratur; meios de comunicação social; compete à
Episcoporum conferentiae est de hoc Conferência dos Bispos traçar normas
actionis campo normas generales edicere, gerais nesse campo de ação, e ao Bispo
atque Episcopi dioecesani est eundem diocesano compete organizá-lo e
ordinare et in eum invigilare. supervisioná-lo.
§ 2. Loci Ordinarius sollicitus sit, ut qui ad § 2. O Ordinário local seja cuidadoso para
religionis institutionem in scholis, etiam non que os indicados como professores para a
catholicis, deputentur magistri recta formação religiosa nas escolas, mesmo
doctrina, vitae christianae testimonio atque não-católicas, se distingam pela retidão de
arte paedagogica sint praestantes. doutrina, pelo testemunho de vida cristã e
pela capacidade pedagógica.

Can. 805 - Loci Ordinario pro sua dioecesi Cân. 805 - É direito do Ordinário local, em
ius est nominandi aut approbandi magistros sua diocese, nomear ou aprovar os
religionis, itemque, si religionis morumve professores de religião, como também
ratio id requirat, amovendi aut exigendi ut afastá- los ou exigir seu afastamento, caso
amoveantur. o requeira algum motivo de religião ou
moral.

Can. 806 - § 1. Episcopo dioecesano Cân. 806 - § 1. Compete ao Bispo


competit ius invigilandi et invisendi scholas diocesano o direito de supervisionar e
catholicas in suo territorio sitas, eas etiam visitar as escolas católicas situadas em seu
quae ab institutorum religiosorum sodalibus território, mesmo quando fundadas ou
conditae sint aut dirigantur; eidem item dirigidas por membros de institutos
competit praescripta edere quae ad religiosos; compete ainda a ele dar
generalem attinent ordinationem scholarum prescrições referentes à organização geral
catholicarum: quae praescripta valent de das escolas católicas; tais prescrições têm
scholis quoque quae ab iisdem sodalibus valor também para as escolas dirigidas por
diriguntur, salva quidem eorundem quoad esses membros de institutos religiosos,
internum earum scholarum moderamen salva porém a autonomia dessas escolas
autonomia. quanto a seu governo interno.
§ 2. Curent scholarum catholicarum § 2. Os dirigentes das escolas católicas,
Moderatores, advigilante loci Ordinario, ut sob a supervisão do Ordinário local,
institutio quae in iisdem traditur pari saltem cuidem que a formação nelas dada atinja
gradu ac in aliis scholis regionis, ratione pelo menos o nível científico das outras
scientifica sit praestans. escolas da região.

CAPUT II. DE CATHOLICIS Capítulo II DAS UNIVERSIDADES


UNIVERSITATIBUS ALIISQUE CATÓLICAS E OUTROS INSTITUTOS DE
STUDIORUM SUPERIORUM INSTITUTIS ESTUDOS SUPERIORES
Can. 807 - Ius est Ecclesiae erigendi et Cân. 807 - A Igreja tem o direito de fundar
moderandi studiorum universitates, quae e dirigir universidades, que contribuam
quidem ad altiorem hominum culturam et para uma cultura mais profunda entre os
pleniorem personae humanae homens e para uma promoção mais
promotionem necnon ad ipsius Ecclesiae completa da pessoa humana, como
munus docendi implendum conferant. também para o cumprimento do múnus da
própria Igreja de ensinar.

Can. 808 - Nulla studiorum universitas, etsi Cân. 808 - Nenhuma universidade, embora
reapse catholica, titulum seu nomen de fato católica, use o título ou nome de
universitatis catholicae gerat, nisi de Universidade Católica, a não ser com o
consensu competentis auctoritatis consentimento da competente autoridade
ecclesiasticae. eclesiástica.

Can. 809 - Episcoporum conferentiae Cân. 809 - As Conferências dos Bispos


curent ut habeantur, si fieri possit et cuidem que, sendo possível e oportuno,
expediat, studiorum universitates aut haja universidades, ou pelo menos
saltem facultates, in ipsarum territorio apte faculdades, devidamente distribuídas em
distributae, in quibus variae disciplinae, seus respectivos territórios, nas quais se
servata quidem earum scientifica pesquisem e ensinem as várias disciplinas,
autonomia, investigentur et tradantur, respeitando-se, porém, sua autonomia
doctrinae catholicae ratione habita. científica e levando-se em conta a doutrina
católica.

Can. 810 - § 1. Auctoritati iuxta statuta Cân. 810 - § 1. Cabe à autoridade


competenti officium est providendi ut in competente, de acordo com os estatutos, o
universitatibus catholicis nominentur dever de providenciar que nas
docentes qui, praeterquam idoneitate universidades católicas sejam nomeados
scientifica et paedagogica, doctrinae professores que sobressaiam, não só pela
integritate et vitae probitate praestent idoneidade científica e pedagógica como
utque, deficientibus his requisitis, servato também pela integridade da doutrina e
modo procedendi in statutis definito, a probidade da vida, de modo que, faltando-
munere removeantur. lhe esses requisitos, sejam afastados do
cargo, observando-se o modo de proceder
determinado nos estatutos.
§ 2. Episcoporum conferentiae et Episcopi § 2. As Conferências dos Bispos e os
dioecesani, quorum interest, officium Bispos diocesanos interessados têm o
habent et ius invigilandi, ut in iisdem dever e o direito de supervisionar para que
universitatibus principia doctrinae nessas universidades se observem
catholicae fideliter serventur. fielmente os princípios da doutrina católica.

Can. 811 - § 1. Curet auctoritas Cân. 811 - § 1. A competente autoridade


ecclesiastica competens ut in eclesiástica cuide que nas universidades
universitatibus catholicis erigatur facultas católicas se constitua uma faculdade ou
aut institutum aut saltem cathedra instituto, ou pelo menos uma cátedra de
theologiae, in qua lectiones laicis quoque teologia, onde se lecione também para
studentibus tradantur. estudantes leigos.
§ 2. In singulis universitatibus catholicis § 2. Em cada universidade católica haja
lectiones habeantur, in quibus eae preleções, em que se tratem
praecipue tractentur quaestiones principalmente questões teológicas
theologicae, quae cum disciplinis conexas com as disciplinas das
earundem facultatum sunt conexae. faculdades.

Can. 812 - Qui in studiorum superiorum Cân. 812 - Quem leciona disciplinas
institutis quibuslibet disciplinas tradunt teológicas em qualquer instituto de estudos
theologicas, auctoritatis ecclesiasticae superiores precisa ter mandato da
competentis mandatum habeant oportet. autoridade eclesiástica competente.

Can. 813 - Episcopus dioecesanus Cân. 813 - O Bispo diocesano tenha


impensam habeat curam pastoralem cuidado pastoral com os estudantes, até
studentium, etiam per paroeciae mesmo criando uma paróquia, ou pelo
erectionem, vel saltem per sacerdotes ad menos mediante sacerdotes estavelmente
hoc stabiliter deputatos, et provideat ut indicados para isso; providencie que junto
apud universitates, etiam non catholicas, às universidades, mesmo não-católicas,
centra habeantur universitaria catholica, haja centros universitários católicos que
quae iuventuti adiutorio sint, praesertim sejam de ajuda, sobretudo espiritual, à
spirituali. juventude.

Can. 814 - Quae de universitatibus Cân. 814 - As prescrições estabelecidas


statuuntur praescripta, pari ratione para as universidades aplicam-se, com
applicantur aliis studiorum superiorum igual razão, aos demais institutos de
institutis. estudos superiores.

CAPUT III. DE UNIVERSITATIBUS ET Capítulo III DAS UNIVERSIDADES E


FACULTATIBUS ECCLESIASTICIS FACULDADES ECLESIÁSTICAS
Can. 815 - Ecclesiae, vi muneris sui Cân. 815 - Em virtude de seu múnus de
veritatem revelatam nuntiandi, propriae anunciar a verdade revelada compete à
sunt universitates vel facultates Igreja ter suas próprias universidades ou
ecclesiasticae ad disciplinas sacras vel faculdades eclesiásticas, para pesquisar as
cum sacris conexas pervestigandas, atque disciplinas sagradas ou disciplinas a elas
studentes in iisdem disciplinis scientifice ligadas, e para formar cientificamente os
instituendos. estudantes nessas disciplinas.

Can. 816 - § 1. Universitates et facultates Cân. 816 - § 1. As universidades e


ecclesiasticae constitui tantum possunt faculdades eclesiásticas só podem ser
erectione ab Apostolica Sede facta aut constituídas mediante ereção feita pela Sé
approbatione ab eadem concessa; eidem Apostólica ou aprovação por ela
competit etiam earundem superius concedida; compete-lhe também sua alta
moderamen. supervisão.
§ 2. Singulae universitates et facultates § 2. Cada universidade e faculdade
ecclesiasticae sua habere debent statuta et eclesiástica deve ter, para os estudos,
studiorum rationem ab Apostolica Sede seus estatutos e diretrizes aprovados pela
approbata. Sé Apostólica.

Can. 817 - Gradus academicos, qui Cân. 817 - Nenhuma universidade, que
effectus canonicos in Ecclesia habeant, não tenha sido erigida ou aprovada pela Sé
nulla universitas vel facultas conferre valet, Apostólica, pode conferir graus
quae non sit ab Apostolica Sede erecta vel acadêmicos com efeitos canônicos na
approbata. Igreja.
Can. 818 - Quae de universitatibus Cân. 818 - As prescrições estabelecidas
catholicis in cann. 810, 812 et 813 sobre as universidades católicas nos cân.
statuuntur praescripta, de universitatibus 810, 812 e 813 valem também para as
facultatibusque ecclesiasticis quoque universidades e faculdades eclesiásticas.
valent.

Can. 819 - Quatenus dioecesis aut instituti Cân. 819 - Na medida em que o exigir o
religiosi immo vel ipsius Ecclesiae bem da diocese ou de algum instituto
universae bonum id requirat, debent religioso, ou mesmo da Igreja universal,
Episcopi dioecesani aut institutorum devem os Bispos diocesanos ou os
Superiores competentes ad universitates competentes Superiores dos institutos
vel facultates ecclesiasticas mittere iuvenes encaminhar às universidades ou
et clericos et sodales indole, virtute et faculdades eclesiásticas os jovens, os
ingenio praestantes. clérigos e os membros do instituto que se
distingam pela índole, virtude e talento.

Can. 820 - Curent universitatum et Cân. 820 - Os dirigentes e professores de


facultatum ecclesiasticarum Moderatores universidades e faculdades eclesiásticas
ac professores ut variae universitatis cuidem que as diversas faculdades da
facultates mutuam sibi, prout obiectum universidade prestem mútua colaboração,
siverit, praestent operam, utque inter enquanto a matéria o permita, e que haja
propriam universitatem vel facultatem et cooperação recíproca entre a própria
alias universitates et facultates, etiam non universidade ou faculdade e outras
ecclesiasticas, mutua habeatur cooperatio, universidades e faculdades, mesmo não-
qua nempe eaedem coniuncta opera, eclesiásticas, a fim de que elas, em
conventibus, investigationibus scientificis trabalho conjunto, por meio de congressos,
coordinatis aliisque mediis, ad maius investigações científicas coordenadas e
scientiarum incrementum conspirent. outros meios, concorram juntas para maior
progresso das ciências.

Can. 821 - Provideant Episcoporum Cân. 821 - A Conferência dos Bispos e o


conferentia atque Episcopus dioecesanus Bispo diocesano providenciem que sejam
ut, ubi fieri possit, condantur instituta fundados, onde for possível, institutos
superiora scientiarum religiosarum, in superiores de ciências religiosas, nos quais
quibus nempe edoceantur disciplinae se ensinem as disciplinas teológicas e
theologicae aliaeque quae ad culturam outras referentes à cultura cristã.
christianam pertineant.

TITULUS IV. DE INSTRUMENTIS TÍTULO IV DOS MEIOS DE


COMMUNICATIONIS SOCIALIS ET IN COMUNICAÇÃO SOCIAL E EM
SPECIE DE LIBRIS ESPECIAL DOS LIVROS
Can. 822 - § 1. Ecclesiae pastores, in suo Cân. 822 - § 1. Os pastores da Igreja, no
munere explendo iure Ecclesiae proprio cumprimento do seu ofício, usando o
utentes, instrumenta communicationis direito próprio da Igreja, procurem utilizar
socialis adhibere satagant. os meios de comunicação social.
§ 2. Iisdem pastoribus curae sit fideles § 2. Cuidem os pastores de instruir os fiéis
edocere se officio teneri cooperandi ut a respeito da obrigação que têm de
instrumentorum communicationis socialis cooperar para que o uso dos meios de
usus humano christianoque spiritu comunicação social seja vivificado pelo
vivificetur. espírito humano e cristão.
§ 3. Omnes christifideles, ii praesertim qui § 3. Todos os fiéis, principalmente os que
quoquo modo in eorundem instrumentorum de algum modo participam da organização
ordinatione aut usu partem habent, solliciti e uso desses meios, sejam solícitos em
sint operam adiutricem actioni pastorali colaborar com a atividade pastoral, a fim
praestare, ita ut Ecclesia etiam his de que a Igreja possa exercer com eficácia
instrumentis munus suum efficaciter o seu múnus, também através desses
exerceat. meios.

Can. 823 - § 1. Ut veritatum fidei Cân. 823 - § 1. Para garantir a integridade


morumque integritas servetur, officium et das verdades da fé e dos costumes, é
ius est Ecclesiae pastoribus invigilandi, ne dever e direito dos pastores da Igreja vigiar
scriptis aut usu instrumentorum para que os escritos ou uso dos meios de
communicationis socialis christifidelium comunicação social não tragam prejuízo à
fidei aut moribus detrimentum afferatur; fé ou à moral dos fiéis, exigir que sejam
item exigendi, ut quae scripta fidem submetidos ao seu juízo os escritos sobre
moresve tangant a christifidelibus edenda fé e costumes a serem publicados pelos
suo iudicio subiciantur; necnon reprobandi fiéis, como ainda reprovar os escritos que
scripta quae rectae fidei aut bonis moribus sejam nocivos à verdadeira fé e aos bons
noceant. costumes.
§ 2. Officium et ius, de quibus in § 1, § 2. O dever e o direito, mencionados no
competunt Episcopis, tum singulis tum in § 1, são de competência dos Bispos,
conciliis particularibus vel Episcoporum individualmente ou reunidos em concílios
conferentiis adunatis quoad christifideles particulares ou nas Conferências dos
suae curae commissos, supremae autem Bispos, em relação aos fiéis confiados ao
Ecclesiae auctoritati quoad universum Dei seu cuidado; e da suprema autoridade da
populum. Igreja, em relação a todo o Povo de Deus.

Can. 824 - § 1. Nisi aliud statuatur, loci Cân. 824 - § 1. Salvo determinação
Ordinarius, cuius licentia aut approbatio ad contrária, o Ordinário local, cuja licença ou
libros edendos iuxta canones huius tituli est aprovação deve ser pedida, segundo os
petenda, est loci Ordinarius proprius cânones do presente título, é o Ordinário
auctoris aut Ordinarius loci in quo libri local próprio do autor ou o Ordinário do
publici iuris fient. lugar onde os livros forem efetivamente
publicados.
§ 2. Quae in canonibus huius tituli § 2. O que nos cânones deste título se
statuuntur de libris, quibuslibet scriptis estabelece a respeito dos livros, deve-se
divulgationi publicae destinatis applicanda aplicar a qualquer escrito destinado à
sunt, nisi aliud constet. publicação, a não ser que conste o
contrário.

Can. 825 - § 1. Libri sacrarum Scripturarum Cân. 825 - § 1. Os livros da sagrada


edi non possunt nisi ab Apostolica Sede Escritura não podem ser editados sem
aut ab Episcoporum conferentia approbati aprovação da Sé Apostólica ou da
sint; itemque ut eorundem versiones in Conferência dos Bispos; igualmente, para
linguam vernaculam edi possint, requiritur que possam ser editadas suas versões em
ut ab eadem auctoritate sint approbatae língua vernácula, exige-se que sejam
atque insimul necessariis et sufficientibus aprovadas pela mesma autoridade e sejam
explicationibus sint instructae. acompanhadas de necessárias e
suficientes notas explicativas.
§ 2. Versiones sacrarum Scripturarum § 2. As versões das sagradas Escrituras,
convenientibus explicationibus instructas, acompanhadas de convenientes notas
communi etiam cum fratribus seiunctis explicativas, mesmo feitas em colaboração
opera, parare atque edere possunt com os irmãos separados, podem os fiéis
christifideles catholici de licentia católicos prepará-las e publicá-las com
Episcoporum conferentiae. licença da Conferência dos Bispos.

Can. 826 - § 1. Ad libros liturgicos quod Cân. 826 - § 1. Quanto aos livros litúrgicos,
attinet, serventur praescripta can. 838. observem-se as prescrições do cân. 838.
§ 2. Ut iterum edantur libri liturgici necnon § 2. Para se reeditarem livros litúrgicos,
eorum versiones in linguam vernaculam suas versões para o vernáculo ou suas
eorumve partes, constare debet de partes, deve constar, mediante declaração
concordantia cum editione approbata ex do Ordinário do lugar onde são publicados,
attestatione Ordinarii loci in quo publici iuris sua concordância com a edição aprovada.
fiunt.
§ 3. Libri precum pro publico vel privato § 3. Livros de oração, para uso público ou
fidelium usu ne edantur nisi de licentia loci particular dos fiéis, não se editem sem
Ordinarii. licença do Ordinário local.

Can. 827 - § 1. Catechismi necnon alia Cân. 827 - § 1. Os catecismos e outros


scripta ad institutionem catecheticam destinados à formação catequética, ou
pertinentia eorumve versiones, ut edantur, suas versões, para serem publicados,
approbatione egent loci Ordinarii, firmo precisam de aprovação do Ordinário local,
praescripto can. 775, § 2. salva a prescrição do cân. 775, § 2.
§ 2. Nisi cum approbatione competentis § 2. Nas escolas tanto elementares como
auctoritatis ecclesiasticae editi sint aut ab médias e superiores, não podem ser
ea postea approbati, in scholis, sive usados, como textos de ensino, livros que
elementariis sive mediis sive superioribus, tratam de questões relativas à Sagrada
uti textus, quibus institutio nititur, adhiberi Escritura, à teologia, ao direito canônico, a
non possunt libri qui quaestiones respiciunt história eclesiástica e a disciplinas
ad sacram Scripturam, ad theologiam, ius religiosas ou morais, a não ser que tenham
canonicum, historiam ecclesiasticam, et ad sido editados com aprovação da
religiosas aut morales disciplinas autoridade eclesiástica competente, ou
pertinentes. posteriormente por ela aprovados.
§ 3. Commendatur ut libri materias de § 3. Recomenda-se que sejam submetidos
quibus in § 2 tractantes, licet non ao juízo do Ordinário local os livros que
adhibeantur uti textus in institutione tratam das matérias referidas no § 2,
tradenda, itemque scripta in quibus aliquid mesmo que não sejam usados como textos
habetur quod religionis aut morum de ensino, e também os escritos onde haja
honestatis peculiariter intersit, iudicio algo que interesse, de maneira especial, à
subiciantur loci Ordinarii. religião ou à honestidade dos costumes.
§ 4. In ecclesiis oratoriisve exponi, vendi § 4. Nas igrejas ou oratórios, não se
aut dari non possunt libri vel alia scripta de podem expor, vender ou dar livros ou
quaestionibus religionis aut morum quaisquer outros escritos que tratem de
tractantia, nisi cum licentia competentis questões de religião ou de costumes, a não
auctoritatis ecclesiasticae edita sint aut ab ser que tenham sido editados com licença
ea postea approbata. da autoridade eclesiástica competente, ou
posteriormente por ela aprovados.

Can. 828 - Collectiones decretorum aut Cân. 828 - Coleções de decretos ou de


actorum ab aliqua auctoritate ecclesiastica atos, editados por qualquer autoridade
editas, iterum edere non licet, nisi impetrata eclesiástica, não podem ser reeditados
prius eiusdem auctoritatis licentia et sem que antes se obtenha a licença dessa
servatis condicionibus ab eadem autoridade, devendo-se cumprir as
praescriptis. condições por ela impostas.

Can. 829 - Approbatio vel licentia alicuius Cân. 829 - A aprovação ou licença para se
operis edendi pro textu originali valet, non publicar uma obra tem valor para o texto
vero pro eiusdem novis editionibus vel original, não porém para as novas edições
translationibus. ou traduções.

Can. 830 - § 1. Integro manente iure Cân. 830 - § 1. Permanecendo inalterado o


uniuscuiusque loci Ordinarii committendi direito que cada Ordinário local tem para
personis sibi probatis iudicium de libris, ab pedir a pessoas de sua confiança o juízo
Episcoporum conferentia confici potest sobre livros, a Conferência dos Bispos
elenchus censorum, scientia, recta doctrina pode fazer uma lista de censores
et prudentia praestantium, qui curiis eminentes por ciência, sã doutrina e
dioecesanis praesto sint, aut constitui etiam prudência, que estejam à disposição das
potest commissio censorum, quam loci cúrias diocesanas, como pode também
Ordinarii consulere possint. constituir uma comissão de censores, que
os Ordinários locais possam consultar.
§ 2. Censor, in suo obeundo officio, omni § 2. No cumprimento de seu ofício, o
personarum acceptione seposita, prae censor, deixando de lado qualquer
oculis tantummodo habeat Ecclesiae de discriminação de pessoas, tenha diante
fide et moribus doctrinam, uti a magisterio dos olhos apenas a doutrina da Igreja
ecclesiastico proponitur. sobre a fé os costumes, como é proposta
pelo magistério eclesiástico.
§ 3. Censor sententiam suam scripto dare § 3. O censor deve dar sua opinião por
debet; quae si faverit, Ordinarius pro suo escrito; sendo ela favorável o Ordinário
prudenti iudicio licentiam concedat ut editio conceda, segundo seu prudente juízo, a
fiat, expresso suo nomine necnon tempore licença para que se faça a edição,
ac loco concessae licentiae; quod si eam assinando e indicando o tempo e o lugar
non concedat, rationes denegationis cum da concessão da licença; caso não a
operis scriptore Ordinarius communicet. conceda, o Ordinário comunique ao autor
os motivos da negativa.

Can. 831 - § 1. In diariis, libellis aut foliis Cân. 831 - § 1. Nos jornais, opúsculos ou
periodicis quae religionem catholicam aut revistas periódicas que costumam atacar
bonos mores manifesto impetere solent, ne abertamente a religião católica ou os bons
quidpiam conscribant christifideles, nisi costumes, os fiéis não escrevam coisa
iusta et rationabili de causa; clerici autem alguma, a não ser por motivo justo e
et institutorum religiosorum sodales, razoável; clérigos, porém e membros de
tantummodo de licentia loci Ordinarii. institutos religiosos só o façam com licença
do Ordinário local.
§ 2. Episcoporum conferentiae est normas § 2. Compete à Conferência dos Bispos
statuere de requisitis ut clericis atque estabelecer normas quanto aos requisitos
sodalibus institutorum religiosorum partem para que clérigos e membros de instituto
habere liceat in tractandis via radiophonica religiosos possam participar de programas
aut televisifica quaestionibus, quae ad radiofônicos ou televisivos sobre assuntos
doctrinam catholicam aut mores attineant. referentes à doutrina católica e aos
costumes.

Can. 832 - Institutorum religiosorum Cân. 832 - Os membros de institutos


sodales ut scripta quaestiones religionis religiosos, para poderem editar escritos
morumve tractantia edere possint, licentia que tratem de assuntos de religião ou de
quoque egent sui Superioris maioris ad costumes, precisam também da licença do
normam constitutionum. próprio Superior maior, de acordo com as
constituições.

TITULUS V. DE FIDEI PROFESSIONE TÍTULO V DA PROFISSÃO DE FÉ


Can. 833 - Obligatione emittendi Cân. 833 - Têm obrigação de fazer
personaliter professionem fidei, secundum pessoalmente a profissão de fé, segundo a
formulam a Sede Apostolica probatam, fórmula aprovada pela Sé Apostólica:
tenentur:
1° coram praeside eiusve delegato, 1° diante do presidente ou de seu
omnes qui Concilio Oecumenico vel delegado, todos os que participam de um
particulari, synodo Episcoporum atque Concílio Ecumênico ou particular, do
synodo dioecesanae intersunt cum voto Sínodo dos Bispos ou do sínodo
sive deliberativo sive consultivo; praeses diocesano, com voto deliberativo ou
autem coram Concilio aut synodo; consultivo; o presidente, por sua vez,
diante do Concílio ou do Sínodo;
2° promoti ad cardinalitiam dignitatem 2° os promovidos à dignidade
iuxta sacri Collegii statuta; cardinalícia, segundo os estatutos do sacro
Colégio;
3° coram delegato ab Apostolica Sede, 3° diante do delegado da Sé
omnes promoti ad episcopatum, itemque Apostólica, todos os promovidos ao
qui Episcopo dioecesano aequiparantur; episcopado, e os que se equiparam ao
Bispo diocesano;
4° coram collegio consultorum, 4° diante do colégio dos consultores, o
Administrator dioecesanus; Administrado r diocesano;
5° coram Episcopo dioecesano eiusve 5° diante do Bispo diocesano ou de seu
delegato, Vicarii generales et Vicarii delegado, os Vigários gerais, os Vigários
episcopales necnon Vicarii iudiciales; episcopais e os Vigários judiciais;
6° coram loci Ordinario eiusve delegato, 6° diante do Ordinário local ou de seu
parochi, rector, magistri theologiae et delegado, os párocos, o reitor, os
philosophiae in seminariis, initio suscepti professores de teologia e filosofia nos
muneris; promovendi ad ordinem seminários, no início do exercício do cargo;
diaconatus; e os promovidos à ordem do diaconato;
7° coram Magno Cancellario eoque 7° diante do Grão-chanceler e, na sua
deficiente coram Ordinario loci eorumve falta, diante do Ordinário local ou dos
delegatis, rector universitatis ecclesiasticae respectivos delegados, o reitor de
vel catholicae, initio suscepti muneris; universidade eclesiástica ou católica, no
coram rectore, si sit sacerdos, vel coram início do exercício do cargo; diante do
loci Ordinario eorumve delegatis, docentes reitor, que seja sacerdote, ou diante do
qui disciplinas ad fidem vel mores Ordinário local ou dos respectivos
pertinentes in quibusvis universitatibus delegados, os professores que lecionam
tradunt, initio suscepti muneris; disciplinas referentes à fé e aos costumes
em qualquer universidade, no início do
desempenho do cargo;
8° Superiores in institutis religiosis et 8° os Superiores nos institutos
societatibus vitae apostolicae clericalibus, religiosos e sociedades clericais de vida
ad normam constitutionum. apostólica, segundo a norma das
constituições.

LIBER IV. DE ECCLESIAE MUNERE LIVRO IV DO MÚNUS DE SANTIFICAR


SANCTIFICANDI DA IGREJA
Can. 834 - § 1. Munus sanctificandi Cân. 834 - § 1. A igreja desempenha seu
Ecclesia peculiari modo adimplet per múnus de santificar, de modo especial por
sacram liturgiam, quae quidem habetur ut meio da sagrada Liturgia, que é tida como
Iesu Christi muneris sacerdotalis exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, na
exercitatio, in qua hominum sanctificatio qual, por meio de sinais sensíveis, e
per signa sensibilia significatur ac modo significada e, segundo o modo próprio de
singulis proprio efficitur, atque a mystico cada um, é realizada a santificação dos
Iesu Christi Corpore, Capite nempe et homens, e é exercido plenamente pelo
membris, integer cultus Dei publicus Corpo místico de Jesus Cristo, isto é, pela
exercetur. Cabeça e pelos membros, o culto público
de Deus.
§ 2. Huiusmodi cultus tunc habetur, cum § 2. Esse culto se realiza quando é
defertur nomine Ecclesiae a personis exercido em nome da Igreja por pessoas
legitime deputatis et per actus ab Ecclesiae legitimamente a isso destinadas e por atos
auctoritate probatos. aprovados pela autoridade da Igreja.

Can. 835 - § 1. Munus sanctificandi Cân. 835 - § 1. Exercem o múnus de


exercent imprimis Episcopi, qui sunt magni santificar, primeiramente os Bispos, que
sacerdotes, mysteriorum Dei praecipui são os grandes sacerdotes, principais
dispensatores atque totius vitae liturgicae dispensadores dos mistérios de Deus e
in Ecclesia sibi commissa moderatores, dirigentes, promo tores e guardiães de toda
promotores atque custodes. a vida litúrgica na Igreja que lhes foi
confiada.
§ 2. Illud quoque exercent presbyteri, qui § 2. Exercem-no ainda os presbíteros que,
nempe, et ipsi Christi sacerdotii participes, participantes também eles do sacerdócio
ut eius ministri sub Episcopi auctoritate, ad de Cristo, são consagrados como seus
cultum divinum celebrandum et populum ministros para celebrar, sob a autoridade
sanctificandum consecrantur. do Bispo, o culto divino e santificar o povo.
§ 3. Diaconi in divino cultu celebrando § 3. Os diáconos participam da celebração
partem habent, ad normam iuris do culto divino, de acordo com as
praescriptorum. prescrições do direito.
§ 4. In munere sanctificandi propriam sibi § 4. No múnus de santificar, também os
partem habent ceteri quoque christifideles demais fiéis têm a parte que lhes é própria,
actuose liturgicas celebrationes, participando ativamente nas celebrações
eucharisticam praesertim, suo modo litúrgicas, principalmente na Eucaristia; de
participando; peculiari modo idem munus modo especial participam do mesmo
participant parentes vitam coniugalem múnus os pais, vivendo a vida conjugal
spiritu christiano ducendo et educationem com espírito cristão e velando pela
christianam filiorum procurando. educação cristã dos filhos.
Can. 836 - Cum cultus christianus, in quo Cân. 836 - Sendo o culto cristão, no qual
sacerdotium commune christifidelium se exerce o sacerdócio comum dos fiéis,
exercetur, opus sit quod a fide procedit et uma ação que procede da fé e nela se
eadem innititur, ministri sacri eandem apóia, os ministros sagrados procurem
excitare et illustrare sedulo curent, diligentemente avivá-la e esclarecê-la,
ministerio praesertim verbi, quo fides especialmente pelo ministério da palavra,
nascitur et nutritur. com a qual a fé nasce e se alimenta.

Can. 837 - § 1. Actiones liturgicae non sunt Cân. 837 - § 1. As ações litúrgicas não são
actiones privatae, sed celebrationes ações particulares, mas celebrações da
Ecclesiae ipsius, quae est «unitatis própria Igreja, a qual é "sacramento de
sacramentum», scilicet plebs sancta sub unidade", isto é, povo santo reunido e
Episcopis adunata et ordinata; quare ad ordenado sob a dependência dos Bispos;
universum corpus Ecclesiae pertinent por isso, essas ações pertencem a todo o
illudque manifestant et afficiunt; singula corpo da Igreja, e o manifestam e afetam;
vero membra ipsius attingunt diverso mas atingem a cada um de seus membros
modo, pro diversitate ordinum, munerum et de modo diverso, conforme a diversidade
actualis participationis. de ordens, encargos e participação atual.
§ 2. Actiones liturgicae, quatenus suapte § 2. As ações litúrgicas, uma vez que por
natura celebrationem communem sua própria natureza implicam a
secumferant, ubi id fieri potest, cum celebração comum, sejam celebradas,
frequentia et actuosa participatione onde for possível, com a presença e
christifidelium celebrentur. participação ativa dos fiéis.

Can. 838 - § 1. Sacrae liturgiae moderatio Cân. 838 - § 1. Regular a sagrada liturgia
ab Ecclesiae auctoritate unice pendet: depende unicamente da autoridade da
quae quidem est penes Apostolicam Igreja: isto compete propriamente à Sé
Sedem et, ad normam iuris, penes Apostólica e, por norma de direito, ao
Episcopum dioecesanum. Bispo diocesano.
§ 2. Apostolicae Sedis est sacram liturgiam § 2. É da competência da Sé Apostólica
Ecclesiae universae ordinare, libros ordenar a sagrada liturgia da Igreja
liturgicos edere, aptationes, ad normam universal, publicar os livros litúrgicos, rever
iuris a Conferentia Episcoporum [1] as adaptações aprovadas segundo a
approbatas, recognoscere, necnon norma do direito da Conferência Episcopal,
advigilare ut ordinationes liturgicae ubique assim como vigiar para que as normas
fideliter observentur. litúrgicas sejam fielmente observadas em
toda a parte.
§ 3. Ad Episcoporum Conferentias spectat § 3. Compete às Conferências Episcopais
versiones librorum liturgicorum in linguas preparar fielmente as versões dos livros
vernaculas fideliter et convenienter intra litúrgicos nas línguas correntes,
limites definitos accommodatas parare et convenientemente adaptadas dentro dos
approbare atque libros liturgicos, pro limites definidos, aprová-las e publicar os
regionibus ad quas pertinent, post livros litúrgicos, para as regiões de sua
confirmationem Apostolicae Sedis, edere. pertinência, depois da confirmação da Sé
Apostólica.
§ 4. Ad Episcopum dioecesanum in § 4. Ao Bispo diocesano na Igreja a ele
Ecclesia sibi commissa pertinet, intra confiada compete, dentro dos limites da
limites suae competentiae, normas de re sua competência, estabelecer normas em
liturgica dare, quibus omnes tenentur. matéria litúrgica, as quais todos devem
respeitar.

Can. 839 - § 1. Aliis quoque mediis munus Cân. 839 - § 1. Ainda com outros meios
sanctificationis peragit Ecclesia, sive exerce a Igreja o múnus de santificar, seja
orationibus, quibus Deum deprecatur ut com orações, com as quais roga a Deus
christifideles sanctificati sint in veritate, sive que os fiéis sejam santificados na verdade,
paenitentiae et caritatis operibus, quae e com obras de penitência e caridade, que
quidem magnopere ad Regnum Christi in muito ajudam a enraizar e fortalecer o
animis radicandum et roborandum adiuvant Reino de Cristo nas almas e concorrem
et ad mundi salutem conferunt. para a salvação do mundo.
§ 2. Curent locorum Ordinarii ut orationes § 2. Cuidem os Ordinários locais que as
necnon pia et sacra exercitia populi orações e os piedosos e sagrados
christiani normis Ecclesiae plene exercícios do povo cristão sejam
congruant. plenamente conformes c om as normas da
Igreja.

PARS I. DE SACRAMENTIS I PARTE DOS SACRAMENTOS


Can. 840 - Sacramenta Novi Testamenti, a Cân. 840 - Os sacramentos do Novo
Christo Domino instituta et Ecclesiae Testamento, instituído pelo Cristo Senhor e
concredita, utpote actiones Christi et confiados à Igreja, como ações de Cristo e
Ecclesiae, signa exstant ac media quibus da Igreja, constituem sinais e meios pelos
fides exprimitur et roboratur, cultus Deo quais se exprime e se robustece a fé, se
redditur et hominum sanctificatio efficitur, presta culto a Deus e se realiza a
atque ideo ad communionem santificação dos homens; por isso, muito
ecclesiasticam inducendam, firmandam et concorrem para criar, fortalecer e
manifestandam summopere conferunt; manifestar a comunhão eclesial; em vista
quapropter in iis celebrandis summa disso, os ministros sagrados e os outros
veneratione debitaque diligentia uti debent fiéis, em sua celebração, devem usar de
tum sacri ministri tum ceteri christifideles. suma veneração e devida diligência.

Can. 841 - Cum sacramenta eadem sint Cân. 841 - Já que os sacramentos são os
pro universa Ecclesia et ad divinum mesmos para toda a Igreja e pertencem ao
depositum pertineant, unius supremae depósito divino, compete unicamente à
Ecclesiae auctoritatis est probare vel suprema autoridade da Igreja aprovar ou
definire quae ad eorum validitatem sunt definir os requisitos para sua validade, e
requisita, atque eiusdem aliusve cabe a ela ou a outra autoridade
auctoritatis competentis, ad normam competente, de acordo com o cân. 838,
can. 838, §§ 3 et 4, est decernere quae ad §§ 3 e 4, determinar o que se refere à sua
eorum celebrationem, administrationem et celebração, administração e recepção
receptionem licitam necnon ad ordinem in lícita, e à ordem a ser observada em sua
eorum celebratione servandum spectant. celebração.

Can. 842 - § 1. Ad cetera sacramenta Cân. 842 - § 1. Quem não recebeu o


valide admitti nequit, qui baptismum non batismo não pode ser admitido validamente
recepit. aos outros sacramentos.
§ 2. Sacramenta baptismi, confirmationis et § 2. Os sacramentos do batismo, da
sanctissimae Eucharistiae ita inter se confirmação e da santíssima Eucaristia
coalescunt, ut ad plenam initiationem acham-se de tal forma unidos entre si, que
christianam requirantur. são indispensáveis para a plena iniciação
cristã.
Can. 843 - § 1. Ministri sacri denegare non Cân. 843 - § 1. Os ministros sagrados não
possunt sacramenta iis qui opportune podem negar os sacramentos àqueles que
eadem petant, rite sint dispositi, nec iure ab os pedirem oportunamente, que estiverem
iis recipiendis prohibeantur. devidamente dispostos e que pelo direito
não forem proibidos de os receber.
§ 2. Animarum pastores ceterique § 2. Os pastores de almas e os outros fiéis,
christifideles, pro suo quisque ecclesiastico cada um conforme o seu próprio múnus
munere, officium habent curandi ut qui eclesiástico, têm o dever de cuidar que
sacramenta petunt debita evangelizatione todos os que pedem os sacrame ntos
necnon catechetica institutione ad eadem estejam preparados para recebê-los,
recipienda praeparentur, attentis normis a mediante devida evangelização e instrução
competenti auctoritate editis. catequética, segundo as normas dadas
pela autoridade competente.

Can. 844 - § 1. Ministri catholici Cân. 844 - § 1. Os ministros católicos só


sacramenta licite administrant solis administram licitamente os sacramentos
christifidelibus catholicis, qui pariter eadem aos fiéis católicos que, por sua vez,
a solis ministris catholicis licite recipiunt, somente dos ministros católicos licitamente
salvis huius canonis §§ 2, 3 et 4, atque os recebem, salvas as prescriçöes dos
can. 861, § 2 praescriptis. §§ 2, 3 e 4 deste cânon e do cân. 861, § 2.
§ 2. Quoties necessitas id postulet aut vera § 2. Sempre que a necessidade o exigir ou
spiritualis utilitas id suadeat, et dummodo verdadeira utilidade espiritual o aconselhar,
periculum vitetur erroris vel indifferentismi, e contanto que se evite o perigo de erro ou
licet christifidelibus quibus physice aut indiferentismo, é lícito aos fiéis, a quem for
moraliter impossibile sit accedere ad física ou moralmente impossível dirigir-se a
ministrum catholicum, sacramenta um ministro católico, receber os
paenitentiae, Eucharistiae et unctionis sacramentos da penitência, Eucaristia e
infirmorum recipere a ministris non unção dos enfermos das mãos de ministros
catholicis, in quorum Ecclesia valida não-católicos, em cuja Igreja esses
exsistunt praedicta sacramenta. sacramentos são válidos.
§ 3. Ministri catholici licite sacramenta § 3. Os ministros católicos administram
paenitentiae, Eucharistiae et unctionis licitamente os sacramentos da penitência,
infirmorum administrant membris Eucaristia e unção dos enfermos aos
Ecclesiarum orientalium quae plenam cum membros das Igrejas orientais que não têm
Ecclesia catholica communionem non plena comunhão com a Igreja católica, se
habent, si sponte id petant et rite sint eles o pedirem espontaneamente e
disposita; quod etiam valet quoad membra estiverem devidamente preparados; vale o
aliarum Ecclesiarum, quae iudicio Sedis mesmo para os membros de outras Igrejas
Apostolicae, ad sacramenta quod attinet, in que, a juízo da Sé Apostólica no que se
pari condicione ac praedictae Ecclesiae refere aos sacramentos, se acham nas
orientales versantur. mesmas condições que as referidas Igrejas
orientais.
§ 4. Si adsit periculum mortis aut, iudicio § 4. Se houver perigo de morte ou, a juízo
Episcopi dioecesani aut Episcoporum do Bispo diocesano ou da Conferência dos
conferentiae, alia urgeat gravis necessitas, Bispos, urgir outra grave necessidade, os
ministri catholici licite eadem sacramenta ministros católicos administram licitamente
administrant ceteris quoque christianis esses sacramentos também aos outros
plenam communionem cum Ecclesia cristãos que não tem plena comunhão com
catholica non habentibus, qui ad suae a Igreja católica e que não possam
communitatis ministrum accedere nequeant procurar um ministro de sua comunidade e
atque sponte id petant, dummodo quoad que o peçam espontaneamente, contanto
eadem sacramenta fidem catholicam que manifestem, quanto a esses
manifestent et rite sint dispositi. sacramentos, a mesma fé católica e
estejam devidamente dispostos.
§ 5. Pro casibus de quibus in §§ 2, 3 et 4, § 5. O Bispo diocesano ou a Conferência
Episcopus dioecesanus aut Episcoporum dos Bispos não dêem normas gerais sobre
conferentia generales normas ne ferant, os casos mencionados no §§ 2, 3 e 4, a
nisi post consultationem cum auctoritate não ser depois de consultarem a
competenti saltem locali Ecclesiae vel autoridade competente, ao menos local, da
communitatis non catholicae, cuius interest. Igreja ou comunidade não- católica em
questão.

Can. 845 - § 1. Sacramenta baptismi, Cân. 845 - § 1. Os sacramentos do


confirmationis et ordinis, quippe quae batismo, confirmação e ordem, já que
characterem imprimant, iterari nequeunt. imprimem caráter, não podem ser
repetidos.
§ 2. Si, diligenti inquisitione peracta, § 2. Depois de feita diligente investigação,
prudens adhuc dubium supersit num permanecendo dúvida prudente se os
sacramenta de quibus in § 1 revera aut sacramentos mencionados no § 1 foram
valide collata fuerint, sub condicione recebidos de fato, ou se o foram
conferantur. validamente, sejam conferidos sob
condição.

Can. 846 - § 1. In sacramentis celebrandis Cân. 846 - § 1. Na celebração dos


fideliter serventur libri liturgici a competenti sacramentos, sigam-se fielmente os livros
auctoritate probati; quapropter nemo in litúrgicos aprovados pela autoridade
iisdem quidpiam proprio marte addat, competente; portanto, ninguém acrescente,
demat aut mutet. suprima ou altere coisa alguma neles, por
própria iniciativa.
§ 2. Minister sacramenta celebret § 2. O ministro celebre os sacramentos
secundum proprium ritum. conforme o próprio rito.

Can. 847 - § 1. In administrandis Cân. 847 - § 1. Na administração dos


sacramentis, in quibus sacra olea sacramentos em que se devem usar os
adhibenda sunt, minister uti debet oleis ex óleos sagrados, o ministro deve empregar
olivis aut aliis ex plantis expressis atque, óleo de oliveira ou de outras plantas
salvo praescripto can. 999, n. 2, ab esmagadas, salva a prescrição do cân.
Episcopo consecratis vel benedictis, et 999, n. 2, consagrados ou benzidos
quidem recenter; veteribus ne utatur, nisi recentemente pelo Bispo; não utilize óleos
adsit necessitas. velhos, salvo caso de necessidade.
§ 2. Parochus olea sacra a proprio § 2. O pároco peça ao Bispo os sagrados
Episcopo impetret eaque decenti custodia óleos e com toda a diligencia os conserve
diligenter asservet. decorosamente guardados.

Can. 848 - Minister, praeter oblationes a Cân. 848 - Além das ofertas estabelecidas
competenti auctoritate definitas, pro pela autoridade competente, o ministro
sacramentorum administratione nihil petat, nada peça pela administração dos
cauto semper ne egentes priventur auxilio sacramentos, tomando sempre cuidado
sacramentorum ratione paupertatis. para que os necessitados não sejam
privados do auxílio dos sacramentos por
causa de sua pobreza.

TITULUS I. DE BAPTISMO TÍTULO I DO BATISMO


Can. 849 - Baptismus, ianua Cân. 849 - O batismo, porta dos
sacramentorum, in re vel saltem in voto ad sacramentos, necessário na realidade ou
salutem necessarius, quo homines a ao menos em desejo para a salvação, e
peccatis liberantur, in Dei filios pelo qual os homens se libertam do
regenerantur atque indelebili charactere pecado, se regeneram tornando-se filhos
Christo configurati Ecclesiae incorporantur, de Deus e se incorporam à Igreja,
valide confertur tantummodo per lavacrum configurados com Cristo mediante caráter
aquae verae cum debita verborum forma. indelével, só se administra validamente
através da ablução com água verdadeira,
usando-se a devida fórmula das palavras.

CAPUT I. DE BAPTISMI CELEBRATIONE Capítulo I DA CELEBRAÇÃO DO


BATISMO
Can. 850 - Baptismus ministratur Cân. 850 - O batismo se administra
secundum ordinem in probatis liturgicis segundo o ritual prescrito nos livros
libris praescriptum, excepto casu litúrgicos aprovados, exceto em caso de
necessitatis urgentis, in quo ea tantum urgente necessidade, em que se deve
observari debent, quae ad validitatem observar apenas o que é exigido para a
sacramenti requiruntur. validade do sacramento.

Can. 851 - Baptismi celebratio debite Cân. 851 - A celebração do batismo deve
praeparetur oportet; itaque: ser devidamente preparada; assim:
1° adultus, qui baptismum recipere 1° - o adulto que pretende receber o
intendit, ad catechumenatum admittatur et, batismo seja admitido ao catecumenato e,
quatenus fieri potest, per varios gradus ad enquanto possível, percorra os vários
initiationem sacramentalem perducatur, graus até a iniciação sacramental, de
secundum ordinem initiationis ab acordo com o ritual de iniciação, adaptado
Episcoporum conferentia aptatum et pela Conferência dos Bispos, e segundo
peculiares normas ab eadem editas; normas especiais dadas por ela;
2° infantis baptizandi parentes, itemque 2° - os pais da criança a ser batizada, e
qui munus patrini sunt suscepturi, de também os que vão assumir o encargo de
significatione huius sacramenti deque padrinhos, sejam convenientemente
obligationibus cum eo cohaerentibus rite instruídos sobre o significado desse
edoceantur; parochus per se vel per alios sacramento e aos obrigações dele
curet ut ita pastoralibus monitionibus, immo decorrentes; o pároco, por si ou por outros,
et communi precatione, debite parentes cuide que os pais sejam devidamente
instruantur, plures adunando familias instruídos por meio de exortações
atque, ubi fieri possit, eas visitando. pastorais, e também mediante a oração
comunitária reunindo mais famílias e,
quando possível, visitando- as.

Can. 852 - § 1. Quae in canonibus de Cân. 852 - § 1. O que se prescreve nos


baptismo adulti habentur praescripta, cânones acerca do batismo dos adultos
applicantur omnibus qui, infantia egressi, aplica-se a todos os que chegaram ao uso
rationis usum assecuti sunt. da razão, ultrapassada a infância.
§ 2. Infanti assimilatur, etiam ad baptismum § 2. No que se refere ao batismo, deve
quod attinet, qui non est sui compos. equiparar-se à criança também aquele que
não está em seu juízo.

Can. 853 - Aqua in baptismo conferendo Cân. 853 - A água a ser utilizada na
adhibenda, extra casum necessitatis, administração do batismo, exceto em caso
benedicta sit oportet, secundum librorum de necessidade, deve ser benzida segundo
liturgicorum praescripta. as prescrições dos livros litúrgicos.

Can. 854 - Baptismus conferatur sive per Cân. 854 - O batismo seja conferido por
immersionem sive per infusionem, servatis imersão ou por infusão, observando-se as
Episcoporum conferentiae praescriptis. prescrições da Conferência dos Bispos.

Can. 855 - Curent parentes, patrini et Cân. 855 - Cuidem os pais, padrinhos e
parochus ne imponatur nomen a sensu pároco que não se imponham nomes
christiano alienum. alheios ao senso cristão.

Can. 856 - Licet baptismus quolibet die Cân. 856 - Embora o batismo possa ser
celebrari possit, commendatur tamen ut celebrado em qualquer dia, recomenda-se,
ordinarie die dominica aut, si fieri possit, in porém, que ordinariamente seja celebrado
vigilia Paschatis, celebretur. no domingo ou, se for possível, na vigília
da Páscoa.

Can. 857 - § 1. Extra casum necessitatis, Cân. 857 - § 1. Exceto em caso de


proprius baptismi locus est ecclesia aut necessidade, o lugar próprio para o
oratorium. batismo é a igreja ou oratório.
§ 2. Pro regula habeatur ut adultus § 2. Tenha-se como regra geral que o
baptizetur in propria ecclesia paroeciali, adulto seja batizado na própria igreja
infans vero in ecclesia paroeciali parentum paroquial e a criança na igreja paroquial
propria, nisi iusta causa aliud suadeat. dos pais, salvo se justa causa aconselhar
outra coisa.

Can. 858 - § 1. Quaevis ecclesia Cân. 858 - § 1. Toda a igreja paroquial


paroecialis baptismalem fontem habeat, tenha sua pia batismal, salvo direito
salvo iure cumulativo aliis ecclesiis iam cumulativo já adquirido por outras igrejas.
quaesito.
§ 2. Loci Ordinarius, audito loci parocho, § 2. Para comodidade dos fiéis, o Ordinário
potest ad fidelium commoditatem local, tendo ouvido o pároco do lugar, pode
permittere aut iubere, ut fons baptismalis permitir ou mandar que haja pia batismal
habeatur etiam in alia ecclesia aut oratorio também noutra igreja ou oratório dentro
intra paroeciae fines. dos limites da paróquia.

Can. 859 - Si ad ecclesiam paroecialem Cân. 859 - Por causa da distância ou de


aut ad aliam ecclesiam vel oratorium, de outras circunstâncias, se o batizado não
quo in can. 858, § 2, baptizandus, propter puder ir ou ser levado, sem grave
locorum distantiam aliave adiuncta, sine incômodo, à igreja paroquial ou a outra
gravi incommodo accedere vel transferri igreja ou oratório, mencionados no cân.
nequeat, baptismus conferri potest et debet 858, § 2, o batismo pode e deve ser
in alia propinquiore ecclesia vel oratorio, conferido em outra igreja ou oratório mais
aut etiam alio in loco decenti. perto, ou mesmo em outro lugar
conveniente.

Can. 860 - § 1. Praeter casum necessitatis, Cân. 860 - § 1. Exceto em caso de


baptismus ne conferatur in domibus necessidade, o batismo não seja conferido
privatis, nisi loci Ordinarius gravi de causa em casas particulares, salvo permissão do
id permiserit. Ordinário local, por justa causa.
§ 2. In valetudinariis, nisi aliter Episcopus § 2. Exceto em caso de necessidade ou
dioecesanus statuerit, baptismus ne por outra razão pastoral que o imponha,
celebretur, nisi in casu necessitatis vel alia não se celebre o batismo em hospitais,
ratione pastorali cogente. salvo determinação contrária do Bispo
diocesano.

CAPUT II. DE BAPTISMI MINISTRO Capítulo II DO MINISTRO DO BATISMO


Can. 861 - § 1. Minister ordinarius baptismi Cân. 861 - § 1. Ministro ordinário do
est Episcopus, presbyter et diaconus, firmo batismo é o Bispo, o presbítero e o
praescripto can. 530, n. 1. diácono, mantendo- se a prescrição do
cân. 530, n. 1.
§ 2. Absente aut impedito ministro § 2. Na ausência ou impedimento do
ordinario, licite baptismum confert ministro ordinário, o catequista ou outra
catechista aliusve ad hoc munus ab pessoa para isso designada pelo Ordinário
Ordinario loci deputatus, immo, in casu local pode licitamente batizar; em caso de
necessitatis, quilibet homo debita intentione necessidade, qualquer pessoa movida por
motus; solliciti sint animarum pastores, reta intenção; os pastores de almas,
praesertim parochus, ut christifideles de principalmente o pároco, sejam solícitos
recto baptizandi modo edoceantur. para que os fiéis aprendam o modo certo
de batizar.

Can. 862 - Excepto casu necessitatis, Cân. 862 - Exceto em caso de


nemini licet, sine debita licentia, in alieno necessidade, a ninguém é lícito, sem a
territorio baptismum conferre, ne suis devida licença, conferir o batismo em
quidem subditis. território alheio, nem mesmo aos próprios
súditos.

Can. 863 - Baptismus adultorum, saltem Cân. 863 - O batismo dos adultos, pelo
eorum qui aetatem quattuordecim annorum menos daqueles que completaram catorze
expleverunt, ad Episcopum dioecesanum anos, seja comunicado ao Bispo
deferatur ut, si id expedire iudicaverit, ab diocesano, a fim de ser por ele mesmo
ipso administretur. administrado, se o julgar conveniente.

CAPUT III. DE BAPTIZANDIS Capítulo III DOS BATIZADOS


Can. 864 - Baptismi capax est omnis et Cân. 864 - É capaz de receber o batismo
solus homo nondum baptizatus. toda pessoa ainda não batizada, e
somente ela.

Can. 865 - § 1. Ut adultus baptizari possit, Cân. 865 - § 1. Para que o adulto possa
oportet voluntatem baptismum recipiendi ser batizado, requer-se que tenha
manifestaverit, de fidei veritatibus manifestado a vontade de receber o
obligationibusque christianis sufficienter sit batismo, que esteja suficientemente
instructus atque in vita christiana per instruído sobre as verdades da fé e as
catechumenatum sit probatus; admoneatur obrigações cristãs e que tenha sido
etiam ut de peccatis suis doleat. provado, por meio de catecumenato, na
vida cristã; seja também admoestado para
que se arrependa de seus pecados.
§ 2. Adultus, qui in periculo mortis versatur, § 2. O adulto, que se encontra em perigo
baptizari potest si, aliquam de praecipuis de morte, pode ser batizado se, possuindo
fidei veritatibus cognitionem habens, quovis algum conhecimento das principais
modo intentionem suam baptismum verdades da fé, manifesta de algum modo
recipiendi manifestaverit et promittat se sua intenção de receber o batismo e
christianae religionis mandata esse promete observar os mandamentos da
servaturum. religião cristã.

Can. 866 - Adultus qui baptizatur, nisi Cân. 866 - A não ser que uma razão grave
gravis obstet ratio, statim post baptismum o impeça, o adulto que é batizado seja
confirmetur atque celebrationem confirmado logo depois do batismo e
eucharisticam, communionem etiam participe da celebração eucarística,
recipiendo, participet. recebendo também a comunhão.

Can. 867 - § 1. Parentes obligatione Cân. 867 - § 1. Os pais têm a obrigação de


tenentur curandi ut infantes intra priores cuidar que as crianças sejam batizadas
hebdomadas baptizentur; quam primum dentro das primeiras semanas; logo depois
post nativitatem, immo iam ante eam, do nascimento, ou mesmo antes, dirijam-se
parochum adeant ut sacramentum pro filio ao pároco a fim de pedirem o sacramento
petant et debite ad illud praeparentur. para o filho e serem devidamente
preparados para eles.
§ 2. Si infans in periculo mortis versetur, § 2. Se a criança estiver em perigo de
sine ulla mora baptizetur. morte, seja batizada sem demora.

Can. 868 - § 1. Ut infans licite baptizetur, Cân. 868 - § 1. Para que uma criança seja
oportet: licitamente batizada, é necessário que:
1° parentes, saltem eorum unus aut qui 1° - os pais, ou ao menos um deles ou
legitime eorundem locum tenet, quem legitimamente faz as suas vezes,
consentiant; consintam;
2° spes habeatur fundata eum in 2.° Haja esperança fundada de que ela
religione catholica educatum iri, firma § 3; irá ser educada na religião católica, tendo-
quae si prorsus deficiat, baptismus se na devida conta o § 3; se tal esperança
secundum praescripta iuris particularis faltar totalmente, difira-se o baptismo,
differatur, monitis de ratione parentibus. segundo as prescrições do direito
particular, avisando-se os pais do motivo.
§ 2. Infans parentum catholicorum, immo et § 2. Em perigo de morte, a criança filha de
non catholicorum, in periculo mortis licite pais católicos, e mesmo não-católicos, é
baptizatur, etiam invitis parentibus. licitamente batizada mesmo contra a
vontade dos pais.
§ 3. Infans christianorum non catholicorum § 3. Uma criança filha de cristãos não
licite baptizatur, si parentes aut unus católicos é batizada licitamente, se os pais
saltem eorum aut is, qui legitime eorundem ou ao menos um eles, ou quem
locum tenet, id petunt et si eis physice aut legitimamente tem o lugar dos mesmos, o
moraliter impossibile sit accedere ad pedirem e se lhe for, física ou moralmente,
ministrum proprium. impossível aceder a um ministro próprio.

Can. 869 - § 1. Si dubitetur num quis Cân. 869 - § 1. Havendo dúvida se alguém
baptizatus fuerit, aut baptismus valide foi batizado ou se o batismo foi conferido
collatus fuerit, dubio quidem post seriam validamente, e a dúvida permanece depois
investigationem permanente, baptismus de séria investigação, o batismo lhe seja
eidem sub condicione conferatur. conferido sob condição.
§ 2. Baptizati in communitate ecclesiali non § 2. Aqueles que foram batizados em
catholica non sunt sub condicione comunidade eclesial não-católica não
baptizandi, nisi, inspecta materia et devem ser batizados sob condição, a não
verborum forma in baptismo collato ser que, examinada a matéria e a forma
adhibitis necnon attenta intentione baptizati das palavras usadas no batismo conferido,
adulti et ministri baptizantis, seria ratio adsit e atendendo-se à intenção do batizado
de baptismi validitate dubitandi. adulto e do ministro que o batizou, haja
séria razão para duvidar da validade do
batismo.
§ 3. Quod si, in casibus de quibus in §§ 1 § 3. Nos casos mencionados nos §§ 1 e 2,
et 2, dubia remaneat baptismi collatio aut se permanecerem duvidosas a celebração
validitas, baptismus ne conferatur nisi ou a validade do batismo, não seja este
postquam baptizando, si sit adultus, administrado, senão depois que for
doctrina de baptismi sacramento exposta ao batizando, se adulto, a doutrina
exponatur, atque eidem aut, si de infante sobre o sacramento do batismo; a ele, ou
agitur, eius parentibus rationes dubiae aos pais, tratando-se de crianças, sejam
validitatis baptismi celebrati declarentur. explicadas as razões da dúvida sobre a
validade do batismo.

Can. 870 - Infans expositus aut inventus, Cân. 870 - A criança exposta ou achada,
nisi re diligenter investigata de eius seja batizada, a não ser que, após
baptismo constet, baptizetur. cuidadosa investigação, conste de seu
batismo.

Can. 871 - Fetus abortivi, si vivant, Cân. 871 - Os fetos abortivos, se estiverem
quatenus fieri potest, baptizentur. vivos, sejam batizados, enquanto possível.

CAPUT IV. DE PATRINIS Capítulo IV DOS PADRINHOS


Can. 872 - Baptizando, quantum fieri Cân. 872 - Ao batizando, enquanto
potest, detur patrinus, cuius est baptizando possível, seja dado um padrinho, a quem
adulto in initiatione christiana adstare, et cabe acompanhar o batizando adulto na
baptizandum infantem una cum parentibus iniciação cristã e, junto com os pais,
ad baptismum praesentare itemque apresentar ao batismo o batizando criança.
operam dare ut baptizatus vitam Cabe também a ele ajudar que o batizado
christianam baptismo congruam ducat leve uma vida de acordo com o batismo e
obligationesque eidem inhaerentes fideliter cumpra com fidelidade as obrigações
adimpleat. inerentes.

Can. 873 - Patrinus unus tantum vel Cân. 873 - Admite-se apenas um padrinho
matrina una vel etiam unus et una ou uma só madrinha, ou também um
assumantur. padrinho e uma madrinha.

Can. 874 - § 1. Ut quis ad munus patrini Cân. 874 - § 1. Para que alguém seja
suscipiendum admittatur, oportet: admitido para assumir o encargo de
padrinho, é necessário que:
1° ab ipso baptizando eiusve parentibus 1° - seja designado pelo batizando, por
aut ab eo qui eorum locum tenet aut, his seus pais ou por quem lhes faz as vezes,
deficientibus, a parocho vel ministro sit ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou
designatus atque aptitudinem et ministro, e tenha aptidão e intenção de
intentionem habeat hoc munus gerendi; cumprir esse encargo;
2° decimum sextum aetatis annum 2° - Tenha completado dezesseis anos
expleverit, nisi alia aetas ab Episcopo de idade, a não ser que outra idade tenha
dioecesano statuta fuerit vel exceptio iusta sido determinada pelo Bispo diocesano, ou
de causa parocho aut ministro admittenda pareça ao pároco ou ministro que se deva
videatur; admitir uma exceção por justa causa;
3° sit catholicus, confirmatus et 3° - seja católico, confirmado, já tenha
sanctissimum Eucharistiae sacramentum recebido o santíssimo sacramento da
iam receperit, idemque vitam ducat fidei et Eucaristia e leve uma vida de acordo com
muneri suscipiendo congruam; a fé e o encargo que vai assumir;
4° nulla poena canonica legitime 4° - não tenha sido atingido por
irrogata vel declarata sit innodatus; nenhuma pena canônica legitimamente
irrogada ou declarada;
5° non sit pater aut mater baptizandi. 5° - não seja pai ou mãe do batizando.
§ 2. Baptizatus ad communitatem § 2. O batizado pertencente a uma
ecclesialem non catholicam pertinens, comunidade eclesial nãocatólica só seja
nonnisi una cum patrino catholico, et admitido junto com um padrinho católico, o
quidem ut testis tantum baptismi, qual será apenas testemunha do batismo.
admittatur.

CAPUT V. DE COLLATI BAPTISMI Capítulo V DA PROVA E ANOTAÇÃO DO


PROBATIONE ET ADNOTATIONE BATISMO
Can. 875 - Qui baptismum administrat Cân. 875 - Se não houver padrinho, aquele
curet ut, nisi adsit patrinus, habeatur saltem que administra o batismo cuide que haja
testis quo collatio baptismi probari possit. pelo menos uma testemunha, pela qual se
possa provar a administração do batismo.

Can. 876 - Ad collatum baptismum Cân. 876 - Para provar a administração do


comprobandum, si nemini fiat praeiudicium, batismo, se não advém prejuízo para
sufficit declaratio unius testis omni ninguém, é suficiente a declaração de uma
exceptione maioris, aut ipsius baptizati só testemunha acima de qualquer suspeita,
iusiurandum, si ipse in aetate adulta ou o juramento do próprio batizado, se tiver
baptismum receperit. recebido o batismo em idade adulta.

Can. 877 - § 1. Parochus loci, in quo Cân. 877 - § 1. O pároco do lugar em que
baptismus celebratur, debet nomina se celebra o batismo deve anotar
baptizatorum, mentione facta de ministro, cuidadosamente e sem demora os nomes
parentibus, patrinis necnon, si adsint, dos batizados, fazendo menção do
testibus, de loco ac die collati baptismi, in ministro, pais, padrinhos, testemunhas, se
baptizatorum libro sedulo et sine ulla mora as houver, do lugar e dia do batismo,
referre, simul indicatis die et loco nativitatis. indicando também o dia e o lugar do
nascimento
§ 2. Si de filio agatur e matre non nupta § 2. Tratando-se de filhos de mãe solteira,
nato, matris nomen inserendum est, si deve-se consignar o nome da mãe, se
publice de eius maternitate constet aut ipsa consta publicamente da maternidade ou
sponte sua, scripto vel coram duobus ela o pede espontaneamente por escrito
testibus, id petat; item nomen patris perante duas testemunhas; deve-se
inscribendum est, si eius paternitas também anotar o nome do pai, se sua
probatur aliquo publico documento aut paternidade se comprova por algum
ipsius declaratione coram parocho et documento público ou por declaração dele,
duobus testibus facta; in ceteris casibus, feita perante o pároco e duas testemunhas;
inscribatur baptizatus, nulla facta de patris nos outros casos, anote-se o nome do
aut parentum nomine indicatione. batizado, sem fazer menção do nome do
pai ou dos pais.
§ 3. Si de filio adoptivo agitur, inscribantur § 3. Tratando-se de filho adotivo, anotem-
nomina adoptantium necnon, saltem si ita se os nomes dos adotantes e pelo menos
fiat in actu civili regionis, parentum os nomes dos pais naturais, de acordo com
naturalium ad normam §§ 1 et 2, attentis o §§ 1 e 2, se assim se fizer também no
Episcoporum conferentiae praescriptis. registro civil da região, observando-se as
prescrições da Conferência dos Bispos.

Can. 878 - Si baptismus neque a parocho Cân. 878 - Se o batismo não for
neque eo praesente administratus fuerit, administrado pelo pároco ou não estando
minister baptismi, quicumque est, de ele presente, o ministro do batismo, quem
collato baptismo certiorem facere debet quer que seja, deve informar da celebração
parochum paroeciae in qua baptismus do batismo ao pároco da paróquia em que
administratus est, ut baptismum adnotet ad o batismo tiver sido administrado, para que
normam can. 877, § 1. este o anote, de acordo com o cân. 877,
§ 1.

TITULUS II. DE SACRAMENTO TÍTULO II DO SACRAMENTO DA


CONFIRMATIONIS CONFIRMAÇÃO
Can. 879 - Sacramentum confirmationis, Cân. 879 - O sacramento da confirmação,
quod characterem imprimit et quo baptizati, que imprime caráter, e pelo qual os
iter initiationis christianae prosequentes, batizados, continuando o caminho da
Spiritus Sancti dono ditantur atque iniciação cristã, são enriquecidos com o
perfectius Ecclesiae vinculantur, eosdem dom do Espírito Santo e vinculados mais
roborat arctiusque obligat ut verbo et opere perfeitamente à Igreja, fortalece-os e mais
testes sint Christi fidemque diffundant et estritamente os obriga a serem
defendant. testemunhas de Cristo pela palavra e ação
e a difundirem e defenderem a fé.

CAPUT I. DE CONFIRMATIONIS Capítulo I DA CELEBRAÇÃO DA


CELEBRATIONE CONFIRMAÇÃO
Can. 880 - § 1. Sacramentum Cân. 880 - § 1. O sacramento da
confirmationis confertur per unctionem confirmação é conferido pela unção do
chrismatis in fronte, quae fit manus crisma na fronte, o que se faz pela
impositione atque per verba in probatis imposição da mão e pelas palavras
liturgicis libris praescripta. prescritas nos livros litúrgicos aprovados.
§ 2. Chrisma in sacramento confirmationis § 2. O crisma a s e utilizar no sacramento
adhibendum debet esse ab Episcopo da confirmação deve ser consagrado pelo
consecratum, etiamsi sacramentum a Bispo, mesmo que o sacramento seja
presbytero ministretur. administrado por um presbítero.

Can. 881 - Expedit ut confirmationis Cân. 881 - É conveniente que o


sacramentum in ecclesia, et quidem intra sacramento da confirmação seja celebrado
Missam, celebretur; ex causa tamen iusta na igreja e dentro da missa; por causa
et rationabili, extra Missam et quolibet loco justa e razoável, pode ser celebrado fora
digno celebrari potest. da missa e em qualquer lugar digno.

CAPUT II. DE CONFIRMATIONIS Capítulo II DO MINISTRO DA


MINISTRO CONFIRMAÇÃO
Can. 882 - Confirmationis minister Cân. 882 - O ministro ordinário da
ordinarius est Episcopus; valide hoc confirmação é o Bispo; administra
sacramentum confert presbyter quoque hac validamente este sacramento também o
facultate vi iuris universalis aut peculiaris presbítero que tem essa faculdade em
concessionis competentis auctoritatis virtude do direito comum ou de concessão
instructus. especial da autoridade competente.

Can. 883 - Ipso iure facultate Cân. 883 - Pelo próprio direito, têm a
confirmationem ministrandi gaudent: faculdade de administrar a confirmação:
1° intra fines suae dicionis, qui iure 1° - dentro dos limites de seu território,
Episcopo dioecesano aequiparantur; aqueles que pelo direito se equiparam ao
Bispo diocesano;
2° quoad personam de qua agitur, 2° - no que se refere à pessoa e,
presbyter qui, vi officii vel mandati Episcopi questão, o presbítero que, em razão de
dioecesani, infantia egressum baptizat aut ofício ou por mandato do Bispo diocesano,
iam baptizatum in plenam Ecclesiae batiza um adulto ou recebe alguém já
catholicae communionem admittit; batizado na plena comunhão da Igreja
católica;
3° quoad eos qui in periculo mortis 3° - no que se refere aos que se acham
versantur, parochus, immo quilibet em perigo de morte, o pároco, e até
presbyter. qualquer sacerdote.

Can. 884 - § 1. Episcopus dioecesanus Cân. 884 - § 1. O Bispo diocesano


confirmationem administret per se ipse aut administre a confirmação por si mesmo ou
curet ut per alium Episcopum administretur; cuide que seja administrada por outro
quod si necessitas id requirat, facultatem Bispo; se a necessidade o exigir, pode
concedere potest uni vel pluribus conceder faculdade a um ou mais
determinatis presbyteris, qui hoc presbíteros determinados para
sacramentum administrent. administrarem esse sacramento.
§ 2. Gravi de causa, Episcopus itemque § 2. Por motivo grave, o Bispo e também o
presbyter, vi iuris aut peculiaris presbítero que, pelo direito ou por especial
concessionis competentis auctoritatis concessão da autoridade competente, têm
facultate confirmandi donatus, possunt in a faculdade de confirmar, podem, caso por
singulis casibus presbyteros, ut et ipsi caso, associar a si presbíteros que também
sacramentum administrent, sibi sociare. administrem o sacramento.

Can. 885 - § 1. Episcopus dioecesanus Cân. 885 - § 1. O Bispo diocesano tem a


obligatione tenetur curandi ut sacramentum obrigação de cuidar que seja conferido o
confirmationis subditis rite et rationabiliter sacramento da confirmação aos fiéis que o
petentibus conferatur. pedem devida e razoavelmente.
§ 2. Presbyter, qui hac facultate gaudet, § 2. O presbítero que tem essa faculdade
eadem uti debet erga eos in quorum deve usá-la para aqueles em cujo favor a
favorem facultas concessa est. faculdade foi concedida.

Can. 886 - § 1. Episcopus in sua dioecesi Cân. 886 - § 1. Em sua diocese, o Bispo
sacramentum confirmationis legitime administra legitimamente o sacramento da
administrat etiam fidelibus non subditis, nisi confirmação também aos fiéis que não são
obstet expressa proprii ipsorum Ordinarii seus súditos, a não ser que haja proibição
prohibitio. expressa do Ordinário deles.
§ 2. Ut in aliena dioecesi confirmationem § 2. Para administrar licitamente a
licite administret, Episcopus indiget, nisi confirmação em outra diocese, o Bispo
agatur de suis subditis, licentia saltem precisa da licença do Bispo diocesano, ao
rationabiliter praesumpta Episcopi menos razoavelmente presumida, a não
dioecesani. ser que se trate de súditos seus.

Can. 887 - Presbyter facultate Cân. 887 - O presbítero, com faculdade de


confirmationem ministrandi gaudens, in administrar a confirmação, administra-a
territorio sibi designato hoc sacramentum licitamente também a estranhos, dentro do
extraneis quoque licite confert, nisi obstet território que lhes foi designado, salvo haja
proprii eorum Ordinarii vetitum; illud vero in proibição do Ordinário deles; mas, em
alieno territorio nemini valide confert, salvo território alheio, não a administra
praescripto can. 883, n. 3. validamente a ninguém, salva a prescrição
do cân. 886, n. 3.

Can. 888 - Intra territorium in quo Cân. 888 - Dentro do território em que
confirmationem conferre valent, ministri in podem administrar a confirmação, os
locis quoque exemptis eam ministrare ministros podem também administrá-la em
possunt. lugares isentos.

CAPUT III. DE CONFIRMANDIS Capítulo III DOS CONFIRMANDOS


Can. 889 - § 1. Confirmationis recipiendae Cân. 889 - § 1. É capaz de receber a
capax est omnis et solus baptizatus, confirmação todo o batizado ainda não
nondum confirmatus. confirmado, e somente ele.
§ 2. Extra periculum mortis, ut quis licite § 2. Exceto em perigo de morte, para
confirmationem recipiat, requiritur, si alguém receber licitamente a confirmação,
rationis usu polleat, ut sit apte institutus, se requer, caso tenha uso da razão, que
rite dispositus et promissiones baptismales esteja convenientemente preparado,
renovare valeat. devidamente disposto, e que possa
renovar as promessas do batismo.

Can. 890 - Fideles tenentur obligatione hoc Cân. 890 - Os fiéis têm a obrigação de
sacramentum tempestive recipiendi; curent receber tempestivamente esse
parentes, animarum pastores, praesertim sacramento; os pais, os pastores de almas,
parochi, ut fideles ad illud recipiendum rite principalmente os párocos, cuidem que os
instruantur et opportuno tempore accedant. fiéis sejam devidamente instruídos para o
receberem e que se aproximem dele em
tempo oportuno.
Can. 891 - Sacramentum confirmationis Cân. 891 - O sacramento da confirmação
conferatur fidelibus circa aetatem seja conferido aos fiéis, mais ou menos na
discretionis, nisi Episcoporum conferentia idade da discrição, a não ser que a
aliam aetatem determinaverit, aut adsit Conferência dos Bispos tenha determinado
periculum mortis vel, de iudicio ministri, outra idade, ou haja perigo de morte, ou, a
gravis causa aliud suadeat. juízo do ministro, uma causa grave
aconselhe outra coisa.

CAPUT IV. DE PATRINIS Capítulo IV DOS PADRINHOS


Can. 892 - Confirmando, quantum id fieri Cân. 892 - Enquanto possível, assista ao
potest, adsit patrinus, cuius est curare ut confirmando um padrinho, a quem cabe
confirmatus tamquam verus Christi testis cuidar que o confirmando se c omporte
se gerat obligationesque eidem como verdadeira testemunha de Cristo e
sacramento inhaerentes fideliter adimpleat. cumpra com fidelidade as obrigações
inerentes a esse sacramento.

Can. 893 - § 1. Ut quis patrini munere Cân. 893 - § 1. Para que alguém
fungatur, condiciones adimpleat oportet, de desempenhe o encargo de padrinho, é
quibus in can. 874. necessário que preencha as condições
mencionadas no cân. 874.
§ 2. Expedit ut tamquam patrinus § 2. Convém que se escolha para padrinho
assumatur qui idem munus in baptismo quem desempenhou essas funções no
suscepit. baptismo.

CAPUT V. DE COLLATAE Capítulo V DA PROVA E ANOTAÇÃO DA


CONFIRMATIONIS PROBATIONE ET CONFIRMAÇÃO
ADNOTATIONE
Can. 894 - Ad collatam confirmationem Cân. 894 - Para provar a administração da
probandam serventur praescripta can. 876. confirmação, observem-se as prescrições
do cân. 876.

Can. 895 - Nomina confirmatorum, facta Cân. 895 - No livro de crismas da cúria
mentione ministri, parentum et patrinorum, diocesana ou onde isso tiver sido prescrito
loci et diei collatae confirmationis in librum pela Conferência dos Bispos ou pelo Bispo
confirmatorum Curiae dioecesanae diocesano, no livro a ser conservado no
adnotentur, vel, ubi id praescripserit arquivo paroquial, anotem-se os nomes
Episcoporum conferentia aut Episcopus dos confirmados, mencionando o ministro,
dioecesanus, in librum in archivo paroeciali os pais e padrinhos, o lugar e o dia da
conservandum; parochus debet de collata confirmação; o pároco deve informar da
confirmatione monere parochum loci confirmação ao pároco do lugar do
baptismi, ut adnotatio fiat in libro batismo, a fim de que se faça a anotação
baptizatorum, ad normam can. 535, § 2. no livro dos batizados, de acordo com o
cân. 535, § 2.

Can. 896 - Si parochus loci praesens non Cân. 896 - Se o pároco do lugar não tiver
fuerit, eundem de collata confirmatione estado presente, o ministro o informe,
minister per se vel per alium quam primum quanto antes, por si ou por outros, da
certiorem faciat. confirmação conferida.

TITULUS III. DE SANCTISSIMA TÍTULO III DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA


EUCHARISTIA
Can. 897 - Augustissimum Sacramentum Cân. 897 - Augustíssimo sacramento é a
est sanctissima Eucharistia, in qua ipsemet santíssima Eucaristia, na qual se contém,
Christus Dominus continetur, offertur ac se oferece e se recebe o próprio Cristo
sumitur, et qua continuo vivit et crescit Senhor e pela qual continuamente vive e
Ecclesia. Sacrificium eucharisticum, cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico,
memoriale mortis et resurrectionis Domini, memorial da morte e ressurreição do
in quo Sacrificium crucis in saecula Senhor, em que se perpetua pelos séculos
perpetuatur, totius cultus et vitae o Sacrifício da cruz, é o ápice e a fonte de
christianae est culmen et fons, quo todo o culto e da vida cristã, por ele é
significatur et efficitur unitas populi Dei et significada e se realiza a unidade do povo
corporis Christi aedificatio perficitur. Cetera de Deus, e se completa a construção do
enim sacramenta et omnia ecclesiastica Corpo de Cristo. Os outros sacramentos e
apostolatus opera cum sanctissima todas as obras de apostolado da Igreja se
Eucharistia cohaerent et ad eam relacionam intimamente com a santíssima
ordinantur. Eucaristia e a ela se ordenam.

Can. 898 - Christifideles maximo in honore Cân. 898 - Os fiéis tenham na máxima
sanctissimam Eucharistiam habeant, honra a santíssima Eucaristia, participando
actuosam in celebratione augustissimi ativamente na celebração do augustíssimo
Sacrificii partem habentes, devotissime et Sacrifício, recebendo devotíssima e
frequenter hoc sacramentum recipientes, frequentemente esse sacramento e
atque summa cum adoratione idem prestando-lhe culto com suprema
colentes; animarum pastores doctrinam de adoração; os pastores de almas,
hoc sacramento illustrantes, fideles hanc explicando a doutrina sobre esse
obligationem sedulo edoceant. sacramento, instruam diligentemente os
fiéis sobre essa obrigação.

CAPUT I. DE EUCHARISTICA Capítulo I DA CELEBRAÇÃO


CELEBRATIONE EUCARÍSTICA
Can. 899 - § 1. Eucharistica celebratio Cân. 899 - § 1. A celebração eucarística é
actio est ipsius Christi et Ecclesiae, in qua a ação do próprio Cristo e da Igreja, na
Christus Dominus, ministerio sacerdotis, qual, pelo ministério do sacerdote, o Cristo
semetipsum, sub speciebus panis et vini Senhor, presente sob as espécies de pão e
substantialiter praesentem, Deo Patri offert vinho, se oferece a Deus Pai e se dá como
atque fidelibus in sua oblatione sociatis se alimento espiritual aos fiéis unidos à sua
praebet ut cibum spiritualem. oblação.
§ 2. In eucharistica Synaxi populus Dei in § 2. No Banquete eucarístico, o povo de
unum convocatur, Episcopo aut, sub eius Deus é chamado a reunir-se sob a
auctoritate, presbytero praeside, personam presidência do Bispo ou, por sua
Christi gerente, atque omnes qui intersunt autoridade, do presbítero, que faz as vezes
fideles, sive clerici sive laici, suo quisque de Cristo, unem-se na participação todos
modo pro ordinum et liturgicorum munerum os fiéis presentes, clérigos ou leigos, cada
diversitate, participando concurrunt. um a seu modo, segundo a diversidade de
ordens e funções litúrgicas.
§ 3. Celebratio eucharistica ita ordinetur, ut § 3. A celebração eucarística se ordene de
omnes participantes exinde plurimos tal maneira que todos os participantes
capiant fructus, ad quos obtinendos recebam os muitos frutos, para cuja
Christus Dominus Sacrificium obtenção Cristo Senhor instituiu o Sacrifício
eucharisticum instituit. eucarístico.

Art. 1. DE SANCTISSIMAE Art. 1 Do Ministro da Santíssima Eucaristia


EUCHARISTIAE MINISTRO
Can. 900 - § 1. Minister, qui in persona Cân. 900 - § 1. O ministro, que, fazendo as
Christi sacramentum Eucharistiae conficere vezes de Cristo, pode realizar o
valet, est solus sacerdos valide ordinatus. sacramento da Eucaristia, é somente o
sacerdote validamente ordenado.
§ 2. Licite Eucharistiam celebrat sacerdos § 2. Celebra licitamente a Eucaristia o
lege canonica non impeditus, servatis sacerdote não impedido por lei canônica,
praescriptis canonum qui sequuntur. observando-se as prescrições dos cânones
seguintes.

Can. 901 - Integrum est sacerdoti Missam Cân. 901 - O sacerdote pode aplicar a
applicare pro quibusvis, tum vivis tum missa por quaisquer pessoas, vivas ou
defunctis. defuntas.

Can. 902 - Nisi utilitas christifidelium aliud Cân. 902 - A não ser que a utilidade dos
requirat aut suadeat, sacerdotes fiéis requeira ou aconselhe o contrário, os
Eucharistiam concelebrare possunt, integra sacerdotes podem concelebrar a
tamen pro singulis libertate manente Eucaristia; permanece, porém, a liberdade
Eucharistiam individuali modo celebrandi, de cada um celebrar a Eucaristia
non vero eo tempore, quo in eadem individualmente, não porém durante o
ecclesia aut oratorio concelebratio habetur. tempo em que na mesma igreja ou oratório
haja uma concelebração.

Can. 903 - Sacerdos ad celebrandum Cân. 903 - Seja admitido a celebrar o


admittatur etiamsi rectori ecclesiae sit sacerdote, mesmo desconhecido do reitor
ignotus, dummodo aut litteras da igreja, contanto que apresente
commendatitias sui Ordinarii vel sui documento de recomendação de seu
Superioris, saltem intra annum datas, Ordinário ou Superior, dado há menos de
exhibeat, aut prudenter existimari possit um ano, ou prudentemente se possa julgar
eundem a celebratione non esse que não esteja impedido de celebrar.
impeditum.

Can. 904 - Sacerdotes, memoria semper Cân. 904 - Lembrando-se sempre que no
tenentes in mysterio Sacrificii eucharistici ministério do sacrifício eucarístico se
opus redemptionis continuo exerceri, exerce continuamente a obra da redenção,
frequenter celebrent; immo enixe os sacerdotes celebrem freqüentemente; e
commendatur celebratio cotidiana, quae mais recomenda-se com insistência a
quidem, etiam si praesentia fidelium haberi celebração cotidiana, a qual, mesmo não
non possit, actus est Christi et Ecclesiae, in se podendo ter presença de fiéis, é um ato
quo peragendo munus suum praecipuum de Cristo e da Igreja, em cuja realização os
sacerdotes adimplent. sacerdotes desempenham seu múnus
principal.

Can. 905 - § 1. Exceptis casibus in quibus Cân. 905 - § 1. Não é lícito ao sacerdote
ad normam iuris licitum est pluries eadem celebrar mais de uma vez ao dia, exceto
die Eucharistiam celebrare aut nos casos em que, de acordo com o
concelebrare, non licet sacerdoti plus direito, é lícito celebrar ou concelebrar a
semel in die celebrare. Eucaristia mais vezes no mesmo dia.
§ 2. Si sacerdotum penuria habeatur, § 2. Se houver falta de sacerdotes, o
concedere potest loci Ordinarius ut Ordinário local pode permitir que, por justa
sacerdotes, iusta de causa, bis in die, causa, os sacerdotes celebrem duas vezes
immo, necessitate pastorali id postulante, ao dia e até mesmo três vezes nos
etiam ter in diebus dominicis et festis de domingos e festas de preceito, se as
praecepto, celebrent. necessidades pastorais o exigirem.

Can. 906 - Nisi iusta et rationabili de causa, Cân. 906 - Salvo por causa justa e
sacerdos Sacrificium eucharisticum ne razoável, o sacerdote não celebre o
celebret sine participatione alicuius saltem Sacrifício eucarístico sem a participação de
fidelis. pelo menos algum fiel.

Can. 907 - In celebratione eucharistica Cân. 907 - Na celebração eucarística, não


diaconis et laicis non licet orationes, é permitido aos diáconos e leigos proferir
speciatim precem eucharisticam, proferre as orações, especialmente a oração
vel actionibus fungi, quae sacerdotis eucarística, ou executar as ações próprias
celebrantis sunt propriae. do sacerdote celebrante.

Can. 908 - Sacerdotibus catholicis vetitum Cân. 908 - É proibido aos sacerdotes
est una cum sacerdotibus vel ministris católicos concelebrar a Eucaristia junto
Ecclesiarum communitatumve ecclesialium com sacerdotes ou ministros de Igrejas ou
plenam communionem cum Ecclesia comunidades que não estão em plena
catholica non habentium, Eucharistiam comunhão com a Igreja católica.
concelebrare.

Can. 909 - Sacerdos ne omittat ad Cân. 909 - O sacerdote não deixe de se


eucharistici Sacrificii celebrationem preparar devidamente, pela oração, para a
oratione debite se praeparare, eoque celebração do Sacrifício eucarístico e de
expleto Deo gratias agere. agradecer a Deus no final.

Can. 910 - § 1. Minister ordinarius sacrae Cân. 910 - § 1. Ministro ordinário da


communionis est Episcopus, presbyter et sagrada comunhão é o Bispo, o presbítero
diaconus. e o diácono.
§ 2. Extraordinarius sacrae communionis § 2. Ministro extraordinário da sagrada
minister est acolythus necnon alius comunhão é o acólito ou outro fiel
christifidelis ad normam can. 230, § 3 designado de acordo com o cân. 230, § 3.
deputatus.

Can. 911 - § 1. Officium et ius Cân. 911 - § 1. Têm dever e direito de


sanctissimam Eucharistiam per modum levar a santíssima Eucaristia como viático
Viatici ad infirmos deferendi habent aos doentes o pároco e os vigários
parochus et vicarii paroeciales, cappellani, paroquiais, os capelães, como também o
necnon Superior communitatis in Superior da comunidade nos institutos
clericalibus institutis religiosis aut religiosos clericais ou nas sociedades de
societatibus vitae apostolicae quoad omnes vida apostólica, em relação a todos os que
in domo versantes. se encontram na casa.
§ 2. In casu necessitatis aut de licentia § 2. Em caso de necessidade ou com a
saltem praesumpta parochi, cappellani vel licença ao menos presumida do pároco, do
Superioris, cui postea notitiam dari oportet, capelão ou do Superior, a quem se deve
hoc facere debet quilibet sacerdos vel alius depois informar, deve fazê- lo qualquer
sacrae communionis minister. sacerdote ou outro ministro da sagrada
comunhão.

Art. 2. DE SANCTISSIMA EUCHARISTIA Art. 2 Da Participação na Santíssima


PARTICIPANDA Eucaristia
Can. 912 - Quilibet baptizatus, qui iure non Cân. 912 - Qualquer batizado, não proibido
prohibeatur, admitti potest et debet ad pelo direito, pode e deve ser admitido à
sacram communionem. sagrada comunhão.

Can. 913 - § 1. Ut sanctissima Eucharistia Cân. 913 - § 1. Para que a santíssima


ministrari possit pueris, requiritur ut ipsi Eucaristia possa ser administrada às
sufficienti cognitione et accurata crianças, requer-se que elas tenham
praeparatione gaudeant, ita ut mysterium suficiente conhecimento e cuidadosa
Christi pro suo captu percipiant et Corpus preparação, de modo que, possam
Domini cum fide et devotione sumere compreender o mistério de Cristo, de
valeant. acordo com sua capacidade, e receber o
Corpo do Senhor com fé e devoção.
§ 2. Pueris tamen in periculo mortis § 2. Contudo, pode-se administrar a
versantibus sanctissima Eucharistia santíssima Eucaristia às crianças que
ministrari potest, si Corpus Christi a estiverem em perigo de morte, se puderem
communi cibo discernere et communionem discernir o Corpo de Cristo do alimento
reverenter suscipere possint. comum e receber a comunhão com
reverência.

Can. 914 - Parentum imprimis atque eorum Cân. 914 - É dever, primeiramente dos
qui parentum locum tenent necnon parochi pais ou de quem faz as suas vezes e do
officium est curandi ut pueri usum rationis pároco, cuidar que as crianças que
assecuti debite praeparentur et quam atingiram o uso da razão se preparem
primum, praemissa sacramentali convenientemente e sejam nutridas quanto
confessione, hoc divino cibo reficiantur; antes com esse divino alimento, após a
parochi etiam est advigilare ne ad sacram confissão sacramental; compete também
Synaxim accedant pueri, qui rationis usum ao pároco velar que não se aproximem do
non sint adepti aut quos non sufficienter sagrado Banquete às crianças que ainda
dispositos iudicaverit. não atingiram o uso da razão ou aquelas
que ele julgar não estarem suficientemente
dispostas.

Can. 915 - Ad sacram communionem ne Cân. 915 - Não sejam admitidos à sagrada
admittantur excommunicati et interdicti post comunhão os excomungados e os
irrogationem vel declarationem poenae interditados, depois da imposição ou
aliique in manifesto gravi peccato obstinate declaração da pena, e outros que
perseverantes. obstinadamene persistem no pecado grave
manifesto.

Can. 916 - Qui conscius est peccati gravis, Cân. 916 - Quem está consciente de
sine praemissa sacramentali confessione pecado grave não celebre a missa nem
Missam ne celebret neve Corpori Domini comungue o Corpo Senhor, sem fazer
communicet, nisi adsit gravis ratio et antes a confissão sacramental, a não ser
deficiat opportunitas confitendi; quo in casu que exista causa grave e não haja
meminerit se obligatione teneri ad oportunidade para se confessar; nesse
eliciendum actum perfectae contritionis, qui caso, porém, lembre-se que é obrigado a
includit propositum quam primum fazer um ato de contrição perfeita, que
confitendi. inclui o propósito de se confessar quanto
antes.

Can. 917 - Qui sanctissimam Eucharistiam Cân. 917 - Quem já recebeu a santíssima
iam recepit, potest eam iterum eadem die Eucaristia pode recebê-la novamente no
suscipere solummodo intra eucharisticam mesmo dia, somente dentro da celebração
celebrationem cui participat, salvo eucarística em que participa, salva a
praescripto can. 921, § 2. prescrição do can. 921, § 2.

Can. 918 - Maxime commendatur ut fideles Cân. 918 - Recomenda-se vivamente que
in ipsa eucharistica celebratione sacram os fiéis recebam a sagrada comunhão na
communionem recipiant; ipsis tamen iusta própria celebração eucarística; seja- lhes,
de causa petentibus extra Missam contudo, administrada fora da missa
ministretur, servatis liturgicis ritibus. quando a pedem por justa causa,
observando-se os ritos litúrgicos.

Can. 919 - § 1. Sanctissimam Eucharistiam Cân. 919 - § 1. Quem vai receber a


recepturus per spatium saltem unius horae santíssima Eucaristia abstenha-se de
ante sacram communionem abstineat a qualquer comida ou bebida, excetuando-se
quocumque cibo et potu, excepta somente água e remédio no espaço de ao
tantummodo aqua atque medicina. menos uma hora antes da sagrada
comunhão.
§ 2. Sacerdos, qui eadem die bis aut ter § 2. O sacerdote que no mesmo dia
sanctissimam Eucharistiam celebrat, celebra duas ou três vezes a santíssima
aliquid sumere potest ante secundam aut Eucaristia pode tomar alguma coisa antes
tertiam celebrationem, etiamsi non da segunda ou terceira celebração, mesmo
intercesserit spatium unius horae. que não haja o espaço de uma hora.
§ 3. Aetate provecti et infirmitate quadam § 3. Pessoas idosas e doentes, bem como
laborantes necnon eorum curae addicti, as que cuidam delas, podem receber a
sanctissimam Eucharistiam accipere santíssima Eucaristia, mesmo que tenham
possunt, etiamsi intra horam antecedentem tomado alguma coisa na hora que
aliquid sumpserint. antecede.

Can. 920 - § 1. Omnis fidelis, postquam ad Cân. 920 - § 1. Todo fiel, depois de ter
sanctissimam Eucharistiam initiatus sit, recebido a santíssima Eucaristia pela
obligatione tenetur semel saltem in anno, primeira vez, tem a obrigação de receber a
sacram communionem recipiendi. sagrada comunhão ao menos uma vez por
ano.
§ 2. Hoc praeceptum impleri debet tempore § 2. Esse preceito deve ser cumprido no
paschali, nisi iusta de causa alio tempore tempo pascal, a não ser que, por justa
intra annum adimpleatur. causa, se cumpra em outro tempo dentro
do ano.

Can. 921 - § 1. Christifideles qui versantur Cân. 921 - § 1. Os fiéis em perigo de


in periculo mortis, quavis ex causa morte, proveniente de qualquer causa,
procedenti, sacra communione per modum sejam confortados com a sagrada
Viatici reficiantur. comunhão como viático.
§ 2. Etiamsi eadem die sacra communione § 2. Mesmo que já tenham comungado
refecti fuerint, valde tamen suadetur ut qui nesse dia, recomenda- se vivamente que
in vitae discrimen adducti sint, denuo comunguem de novo aqueles que vierem a
communicent. ficar em perigo de morte.
§ 3. Perdurante mortis periculo, § 3. Persistindo o perigo de morte,
commendatur ut sacra communio pluries, recomenda-se que seja administrada a
distinctis diebus, administretur. eles a sagrada comunhão mais vezes em
dias diferentes.

Can. 922 - Sanctum Viaticum infirmis ne Cân. 922 - Não se retarde


nimium differatur; qui animarum curam demasiadamente o viático aos doentes; os
gerunt sedulo advigilent, ut eodem infirmi que têm cura de almas velem
plene sui compotes reficiantur. cuidadosamente para que os doentes
sejam com ele confortados, ainda
plenamente lúcidos.

Can. 923 - Christifideles Sacrificium Cân. 923 - Os fiéis podem participar do


eucharisticum participare et sacram sacrifício eucarístico e receber a sagrada
communionem suscipere possunt quolibet comunhão em qualquer rito católico, salva
ritu catholico, firmo praescripto can. 844. a prescrição do cân. 844.

Art. 3. DE RITIBUS ET CAEREMONIIS Art. 3 Dos Ritos e Cerimônias da


EUCHARISTICAE CELEBRATIONIS Celebração Eucarística
Can. 924 - § 1. Sacrosanctum Cân. 924 - § 1. O sacrossanto Sacrifício
eucharisticum Sacrificium offerri debet ex eucarístico deve ser celebrado com pão e
pane et vino, cui modica aqua miscenda vinho, e a este se deve misturar um pouco
est. de água.
§ 2. Panis debet esse mere triticeus et § 2. O pão deve ser só de trigo e feito há
recenter confectus, ita ut nullum sit pouco, de modo que não haja perigo de
periculum corruptionis. deterioração.
§ 3. Vinum debet esse naturale de § 3. O vinho deve ser natural, do fruto da
genimine vitis et non corruptum. uva e não deteriorado.

Can. 925 - Sacra communio conferatur sub Cân. 925 - Distribua-se a sagrada
sola specie panis aut, ad normam legum comunhão só sob a espécie de pão ou, de
liturgicarum, sub utraque specie; in casu acordo com as leis litúrgicas, sob ambas as
autem necessitatis, etiam sub sola specie espécies; mas, em caso de necessidade,
vini. também apenas sob a espécie de vinho.

Can. 926 - In eucharistica celebratione Cân. 926 - Na celebração eucarística,


secundum antiquam Ecclesiae latinae segundo antiga tradição da Igreja latina, o
traditionem sacerdos adhibeat panem sacerdote empregue o pão ázimo em
azymum ubicumque litat. qualquer lugar que celebre.

Can. 927 - Nefas est, urgente etiam Cân. 927 - Não é lícito, nem mesmo
extrema necessitate, alteram materiam urgindo extrema necessidade, consagrar
sine altera, aut etiam utramque extra uma matéria sem a outra, ou mesmo
eucharisticam celebrationem, consecrare. consagrá-las a ambas fora da celebração
eucarística.

Can. 928 - Eucharistica celebratio Cân. 928 - Faça-se a celebração


peragatur lingua latina aut alia lingua, eucarística em língua latina ou outra língua,
dummodo textus liturgici legitime approbati contanto que os textos litúrgicos tenham
fuerint. sido legitimamente aprovados.

Can. 929 - Sacerdotes et diaconi in Cân. 929 - Sacerdotes e diáconos, para


Eucharistia celebranda et ministranda celebrarem ou administrarem a Eucaristia,
sacra ornamenta rubricis praescripta se revistam dos paramentos sagrados
deferant. prescritos pelas rubricas.

Can. 930 - § 1. Sacerdos infirmus aut Cân. 930 - § 1. O sacerdote doente ou


aetate provectus, si stare nequeat, idoso, se não puder manter- se de pé,
Sacrificium eucharisticum celebrare potest pode celebrar sentado o Sacrifício
sedens, servatis quidem legibus liturgicis, eucarístico, observando as leis litúrgicas,
non tamen coram populo, nisi de licentia não porém diante do povo, salvo com
loci Ordinarii. licença do Ordinário local.
§ 2. Sacerdos caecus aliave infirmitate § 2. O sacerdote cego ou que padece de
laborans licite eucharisticum Sacrificium outra doença celebra licitamente o
celebrat, adhibendo textum quemlibet Sacrifício eucarístico, utilizando qualquer
Missae ex probatis, adstante, si casus texto dos aprovados para a missa, e
ferat, alio sacerdote vel diacono, aut etiam assistido, se for o caso, por outro
laico rite instructo, qui eundem adiuvet. sacerdote ou diácono, ou mesmo por um
leigo devidamente instruído, que o auxilie.

Art. 4. DE TEMPORE ET LOCO Art. 4 Do Tempo e Lugar da Celebração


CELEBRATIONIS EUCHARISTIAE Eucarística
Can. 931 - Eucharistiae celebratio et Cân. 931 - A celebração e distribuição da
distributio fieri potest qualibet die et hora, Eucaristia pode realizar-se em qualquer dia
iis exceptis, quae secundum liturgicas e hora, com exceção dos excluídos pelas
normas excluduntur. leis litúrgicas.

Can. 932 - § 1. Celebratio eucharistica Cân. 932 - § 1. A celebração eucarística


peragatur in loco sacro, nisi in casu deve realizar-se em lugar sagrado, a não
particulari necessitas aliud postulet; quo in ser que, em caso particular, a necessidade
casu, in loco honesto celebratio fieri debet. exija outra coisa; neste caso, deve-se fazer
a celebração em lugar decente.
§ 2. Sacrificium eucharisticum peragendum § 2. O Sacrifício eucarístico deve realizar-
est super altare dedicatum vel benedictum; se sobre altar dedicado ou benzido; fora do
extra locum sacrum adhiberi potest mensa lugar sagrado, pode ser utilizada uma
conveniens, retentis semper tobalea et mesa conveniente, mas sempre com toalha
corporali. e corporal.

Can. 933 - Iusta de causa et de licentia Cân. 933 - Por justa causa e com licença
expressa Ordinarii loci licet sacerdoti ex pressa do Ordinário local, é lícito ao
Eucharistiam celebrare in templo alicuius sacerdote, removido o escândalo, celebrar
Ecclesiae aut communitatis ecclesialis a Eucaristia em templo de alguma Igreja ou
plenam communionem cum Ecclesia comunidade eclesial que não tenha plena
catholica non habentium, remoto scandalo. comunhão com a Igreja católica.

CAPUT II. DE SANCTISSIMA Capítulo II DA CONSERVAÇÃO E


EUCHARISTIA ASSERVANDA ET VENERAÇÃO DA SANTÍSSIMA
VENERANDA EUCARISTIA
Can. 934 - § 1. Sanctissima Eucharistia: Cân. 934 - § 1. A santíssima Eucaristia:
1° asservari debet in ecclesia cathedrali 1°- deve-se conservar na igreja catedral
aut eidem aequiparata, in qualibet ecclesia ou na igreja a ela equiparada, em todas as
paroeciali necnon in ecclesia vel oratorio igrejas paroquiais e ainda na igreja ou
domui instituti religiosi aut societatis vitae oratório anexo a uma casa de instituto
apostolicae adnexo; religioso ou de sociedade de vida
apostólica;
2° asservari potest in sacello Episcopi 2°- pode-se conservar na capela do
et, de licentia Ordinarii loci, in aliis Bispo e, com licença do Ordinário local,
ecclesiis, oratoriis et sacellis. nas outras igrejas, oratórios e capelas.
§ 2. In locis sacris ubi sanctissima § 2. Nos lugares em que se conserva a
Eucharistia asservatur, adesse semper santíssima Eucaristia deve sempre haver
debet qui eius curam habeat et, quantum alguém que cuide dela e, na medida do
fieri potest, sacerdos saltem bis in mense possível, um sacerdote celebre missa aí,
Missam ibi celebret. pelo menos duas vezes por mês.

Can. 935 - Nemini licet sanctissimam Cân. 935 - A ninguém é lícito conservar a
Eucharistiam apud se retinere aut secum in Eucaristia na própria casa ou levá-la
itinere deferre, nisi necessitate pastorali consigo em viagens, a não ser urgindo
urgente et servatis Episcopi dioecesani uma necessidade pastoral e observando-
praescriptis. se as prescrições do Bispo diocesano.

Can. 936 - In domo instituti religiosi aliave Cân. 936 - Na casa de um instituto
pia domo, sanctissima Eucharistia religioso ou em outra casa pia, conserve-se
asservetur tantummodo in ecclesia aut in a santíssima Eucaristia somente na igreja
oratorio principali domui adnexo; potest ou oratório principal anexo à casa;
tamen iusta de causa Ordinarius contudo, por justa causa, o Ordinário pode
permittere, ut etiam in alio oratorio eiusdem permitir que se conserve também noutro
domus asservetur. oratório dessa casa.

Can. 937 - Nisi gravis obstet ratio, ecclesia Cân. 937 - A não ser que obste motivo
in qua sanctissima Eucharistia asservatur, grave, a igreja em que se conserva a
per aliquot saltem horas cotidie fidelibus santíssima Eucaristia esteja aberta todos
pateat, ut coram sanctissimo Sacramento os dias aos fiéis, ao menos durante
orationi vacare possint. algumas horas, a fim de que eles possam
dedicar-se à oração diante do santíssimo
Sacramento.

Can. 938 - § 1. Sanctissima Eucharistia Cân. 938 - § 1. Conserve-se a santíssima


habitualiter in uno tantum ecclesiae vel Eucaristia habitualmente apenas no
oratorii tabernaculo asservetur. tabernáculo da igreja ou oratório.
§ 2. Tabernaculum, in quo sanctissima § 2. O tabernáculo em que se conserva a
Eucharistia asservatur, situm sit in aliqua santíssima Eucaristia esteja colocado em
ecclesiae vel oratorii parte insigni, alguma parte da igreja ou oratório que seja
conspicua, decore ornata, ad orationem distinta, visível, ornada com dignidade e
apta. própria para a oração.
§ 3. Tabernaculum, in quo habitualiter § 3. O tabernáculo em que habitualmente
sanctissima Eucharistia asservatur, sit se conserva a santíssima Eucaristia seja
inamovibile, materia solida non transparenti inamovível, construído de matéria sólida e
confectum, et ita clausum ut quam maxime não-transparente, e de tal modo fechado,
periculum profanationis vitetur. que se evite o mais possível e perigo de
profanação.
§ 4. Gravi de causa, licet sanctissimam § 4. Por motivo grave, é lícito conservar a
Eucharistiam, nocturno praesertim santíssima Eucaristia, principalmente à
tempore, alio in loco tutiore et decoro noite, em algum lugar mais seguro e digno.
asservare.
§ 5. Qui ecclesiae vel oratorii curam habet, § 5. Quem tem o cuidado da igreja ou
prospiciat ut clavis tabernaculi, in quo oratório providencie que seja guardada
sanctissima Eucharistia asservatur, com o máximo cuidado a chave do
diligentissime custodiatur. tabernáculo onde se conserva a santíssima
Euc aristia.

Can. 939 - Hostiae consecratae quantitate Cân. 939 - Conservem-se na píxide ou


fidelium necessitatibus sufficienti in pyxide âmbula hóstias consagradas em
seu vasculo serventur, et frequenter, quantidade suficiente para as
veteribus rite consumptis, renoventur. necessidades dos fiéis; renovem-se com
freqüência, consumindo-se devidamente as
antigas.

Can. 940 - Coram tabernaculo, in quo Cân. 940 - Diante do tabernáculo em que
sanctissima Eucharistia asservatur, se conserva a santíssima Eucaristia, brilhe
peculiaris perenniter luceat lampas, qua continuamente uma lâmpada especial, com
indicetur et honoretur Christi praesentia. a qual se indique e se reverencie a
presença de Cristo.

Can. 941 - § 1. In ecclesiis aut oratoriis Cân. 941 - § 1. Nas igrejas e oratórios
quibus datum est asservare sanctissimam onde se conserva a santíssima Eucaristia,
Eucharistiam, fieri possunt expositiones podem- se fazer exposições com a píxide
sive cum pyxide sive cum ostensorio, ou com o ostensório, observando-se as
servatis normis in libris liturgicis normas prescritas nos livros litúrgicos.
praescriptis.
§ 2. Celebratione Missae durante, ne § 2. Durante a celebração da missa, não
habeatur in eadem ecclesiae vel oratorii haja exposição do santíssimo Sacramento
aula sanctissimi Sacramenti expositio. no mesmo recinto da igreja ou oratório.

Can. 942 - Commendatur ut in iisdem Cân. 942 - Recomenda-se que, nessas


ecclesiis et oratoriis quotannis fiat igrejas e oratórios, se faça todos os anos a
sollemnis sanctissimi Sacramenti expositio exposição do santíssimo Sacramento,
per congruum tempus, etsi non continuum, prolongada por tempo conveniente, mesmo
protracta, ut communitas localis não contínuo, a fim de que a comunidade
eucharisticum mysterium impensius local medite mais longamente no ministério
meditetur et adoret; huiusmodi tamen eucarístico e o adore; essa exposição,
expositio fiat tantum si congruus porém, só se faça caso se preveja razoável
praevideatur fidelium concursus et servatis concurso de fiéis e observando- se as
normis statutis. normas estabelecidas.

Can. 943 - Minister expositionis sanctissimi Cân. 943 - Ministro da exposição do


Sacramenti et benedictionis eucharisticae Santíssimo Sacramento e da bênção
est sacerdos vel diaconus; in peculiaribus eucarística é o sacerdote ou diácono; em
adiunctis, solius expositionis et repositionis, circunstâncias especiais, apenas da
sine tamen benedictione, est acolythus, exposição e reposição, mas não da
minister extraordinarius sacrae bênção, é o acólito, um ministro
communionis aliusve ab Ordinario loci extraordinário da sagrada comunhão, ou
deputatus, servatis Episcopi dioecesani outra pessoa delegada pelo Ordinário local,
praescriptis. observando-se as prescrições do Bispo
diocesano.

Can. 944 - § 1. Ubi de iudicio Episcopi Cân. 944 - § 1. Onde for possível, a juízo
dioecesani fieri potest, in publicum erga do Bispo diocesano, em testemunho
sanctissimam Eucharistiam venerationis público de veneração para com a
testimonium, habeatur, praesertim in santíssima Eucaristia, principalmente na
sollemnitate Corporis et Sanguinis Christi, solenidade do Corpo e Sangue de Cristo,
processio per vias publicas ducta. haja procissão pelas vias públicas.
§ 2. Episcopi dioecesani est de § 2. Compete ao Bispo diocesano
processionibus statuere ordinationes, estabelecer normas sobre as procissões,
quibus earum participationi et dignitati assegurando a participação e dignidade
prospiciatur. delas.

CAPUT III. DE OBLATA AD MISSAE Capítulo III DAS ESPÓRTULAS PARA A


CELEBRATIONEM STIPE CELEBRAÇÃO DA MISSA
Can. 945 - § 1. Secundum probatum Cân. 945 - § 1. Segundo o costume
Ecclesiae morem, sacerdoti cuilibet aprovado pela Igreja, a qualquer sacerdote
Missam celebranti aut concelebranti licet que celebra ou concelebra a missa é
stipem oblatam recipere, ut iuxta certam permitido receber a espórtula oferecida
intentionem Missam applicet. para que ele aplique a missa segundo
determinada intenção.
§ 2. Enixe commendatur sacerdotibus ut, § 2. Recomenda-se vivamente aos
etiam nulla recepta stipe, Missam ad sacerdotes que, mesmo sem receber
intentionem christifidelium praecipue nenhuma espórtula, celebrem a missa
egentium celebrent. segundo a intenção dos fiéis,
especialmente dos pobres.

Can. 946 - Christifideles stipem offerentes, Cân. 946 - Os fiéis que oferecem espórtula
ut ad suam intentionem Missa applicetur, para que a missa seja aplicada segundo
ad bonum conferunt Ecclesiae atque eius suas intenções concorrem, com essa
curam in ministris operibusque sustinendis oferta, para o bem da Igreja e participam
ea oblatione participant. de seu empenho no sustento de seus
ministros e obras.

Can. 947 - A stipe Missarum quaelibet Cân. 947 - Deve-se afastar completamente
etiam species negotiationis vel mercaturae das espórtulas de missas até mesmo
omnino arceatur. qualquer aparência de negócio ou
comércio.

Can. 948 - Distinctae applicandae sunt Cân. 948 - Devem aplicar-se missas
Missae ad eorum intentiones pro quibus distintas na intenção de cada um daqueles
singulis stips, licet exigua, oblata et pelos quais foi oferecida e aceita uma
acceptata est. espórtula, mesmo diminuta.
Can. 949 - Qui obligatione gravatur Missam Cân. 949 - Quem está obrigado a celebrar
celebrandi et applicandi ad intentionem e aplicar a missa segundo a intenção de
eorum qui stipem obtulerunt, eadem quem ofereceu a espórtula, continua com
obligatione tenetur, etiamsi sine ipsius tal obrigação, mesmo que, sem culpa sua,
culpa stipes perceptae perierint. se tenham perdido as espórtulas
recebidas.

Can. 950 - Si pecuniae summa offertur pro Cân. 950 - Oferecendo-se determinada
Missarum applicatione, non indicato soma para aplicação de missas, sem
Missarum celebrandarum numero, hic indicar o número de missas que se devem
supputetur attenta stipe statuta in loco in celebrar, este seja calculado segundo a
quo oblator commoratur, nisi aliam fuisse espórtula em vigor no lugar onde reside o
eius intentionem legitime praesumi debeat. ofertante, a não ser que se deva presumir
legitimamente que outra tenha sido a sua
intenção.

Can. 951 - § 1. Sacerdos plures eadem die Cân. 951 - § 1. O sacerdote que celebra
Missas celebrans, singulas applicare potest mais missas no mesmo dia pode aplicar
ad intentionem pro qua stips oblata est, ea cada uma delas segundo a intenção pela
tamen lege ut, praeterquam in die qual foi oferecida a espórtula, mas com a
Nativitatis Domini, stipem pro una tantum condição de reter para si a espórtula de
Missa faciat suam, ceteras vero in fines ab uma só missa, excetuando o dia do Natal
Ordinario praescriptos concredat, admissa do Senhor, e entregar as outras para os
quidem aliqua retributione ex titulo fins determinados pelo Ordinário, admitindo-
extrinseco. se alguma retribuição por título extrínseco.
§ 2. Sacerdos alteram Missam eadem die § 2. O sacerdote que concelebrar no
concelebrans, nullo titulo pro ea stipem mesmo dia uma segunda missa por
recipere potest. nenhum título pode receber espórtula por
ela.

Can. 952 - § 1. Concilii provincialis aut Cân. 952 - § 1. Compete ao concílio


conventus Episcoporum provinciae est pro provincial ou à reunião dos Bispos da
universa provincia per decretum definire província determinar por decreto, para toda
quaenam pro celebratione et applicatione a província, que espórtula deva ser
Missae sit offerenda stips, nec licet oferecida pela celebração e aplicação da
sacerdoti summam maiorem expetere; ipsi missa; não é lícito ao sacerdote exigir
tamen fas est stipem sponte oblatam soma mais elevada. É lícito, porém, a ele
definita maiorem pro Missae applicatione aceitar para a aplicação da missa uma
accipere, et etiam minorem. espórtula maior, se oferecida
espontaneamente; pode também aceitar
espórtula menor.
§ 2. Ubi desit tale decretum, servetur § 2. Onde tal decreto não existe, observe-
consuetudo in dioecesi vigens. se o costume vigente na diocese.
§ 3. Sodales quoque institutorum § 3. Também os membros de quaisquer
religiosorum quorumlibet stare debent institutos religiosos devem obedecer ao
eidem decreto aut consuetudini loci, de decreto ou costume do lugar, mencionados
quibus in §§ 1 et 2. nos §§ 1 e 2.

Can. 953 - Nemini licet tot stipes Missarum Cân. 953 - A ninguém é lícito receber, para
per se applicandarum accipere, quibus aplicar pessoalmente, tantas espórtulas de
intra annum satisfacere non potest. missas que não possa satisfazer dentro de
um ano.

Can. 954 - Si certis in ecclesiis aut oratoriis Cân. 954 - Se em determinadas igrejas ou
Missae petuntur celebrandae numero oratórios se pede a celebração de missas
plures quam ut ibidem celebrari possint, em número superior às que aí se podem
earundem celebratio alibi fieri licet, nisi celebrar, é lícito celebrá-las em outro lugar,
contrariam voluntatem oblatores expresse salvo vontade contrária dos ofertantes
manifestaverint. expressamente manifestada.

Can. 955 - § 1. Qui celebrationem Cân. 955 - § 1. Quem tenciona confiar a


Missarum applicandarum aliis committere outros a celebração de missas a serem
intendat, earum celebrationem quam aplicadas deve entregar quanto antes a
primum sacerdotibus sibi acceptis celebração delas a sacerdotes de sua
committat, dummodo ipsi constet eos esse confiança, contanto que conste estarem
omni exceptione maiores; integram stipem eles acima de qualquer suspeita; deve
receptam transmittere debet, nisi certo transmitir integralmente a espórtula
constet excessum supra summam in recebida, a não ser que conste com
dioecesi debitam datum esse intuitu certeza que o excedente da soma devida
personae; obligatione etiam tenetur na diocese foi dado a título pessoal; tem
Missarum celebrationem curandi, donec ainda a obrigação de cuidar da celebração
tum susceptae obligationis tum receptae delas até que tenha recebido uma
stipis testimonium acceperit. declaração de que foi aceita a obrigação e
recebida a espórtula.
§ 2. Tempus intra quod Missae § 2. O prazo, dentro do qual as missas
celebrandae sunt, initium habet a die quo devem ser celebradas, começa a partir do
sacerdos easdem celebraturus recepit, nisi dia em que as recebeu o sacerdote que vai
aliud constet. celebrá-las a não ser que conste o
contrário.
§ 3. Qui aliis Missas celebrandas § 3. Quem confia a outros missas a serem
committunt, sine mora in librum referant celebradas deve sem demora registrar num
tum Missas quas acceperunt, tum eas, livro as missas que recebeu e que
quas aliis tradiderunt, notatis etiam entregou a outros anotando também suas
earundem stipibus. espórtulas.
§ 4. Quilibet sacerdos accurate notare § 4. Cada sacerdote deve anotar
debet Missas quas celebrandas acceperit, cuidadosamente as missas que recebeu
quibusque satisfecerit. para celebrar, e as que já celebrou.

Can. 956 - Omnes et singuli Cân. 956 - Todos e cada um dos


administratores causarum piarum aut administradores das causas pias, ou de
quoquo modo obligati ad Missarum algum modo obrigados a cuidar da
celebrationem curandam, sive clerici sive celebração de missas, seja clérigos seja
laici, onera Missarum quibus intra annum leigos, entreguem a seus Ordinários os
non fuerit satisfactum suis Ordinariis encargos das missas que não tiverem sido
tradant, secundum modum ab his satisfeitos dentro de um ano, segundo o
definiendum. modo a ser por estes determinado.

Can. 957 - Officium et ius advigilandi ut Cân. 957 - O dever e o direito de velar pelo
Missarum onera adimpleantur, in ecclesiis cumprimento dos encargos de missas, nas
cleri saecularis pertinet ad loci Ordinarium, igrejas do clero secular, compete ao
in ecclesiis institutorum religiosorum aut Ordinário local, e nas igrejas de institutos
societatum vitae apostolicae ad eorum religiosos ou de sociedades de vida
Superiores. apostólica a seus Superiores.

Can. 958 - § 1. Parochus necnon rector Cân. 958 - § 1. O pároco e o reitor de


ecclesiae aliusve pii loci, in quibus stipes igreja ou de outro lugar pio, em que se
Missarum recipi solent, peculiarem habeant costumam receber espórtulas de missas,
librum, in quo accurate adnotent Missarum tenham um livro especial, no qual anotem
celebrandarum numerum, intentionem, cuidadosamente o número, a intenção, a
stipem oblatam, necnon celebrationem espórtula oferecida, bem como a
peractam. celebração das missas que devem ser
celebradas.
§ 2. Ordinarius obligatione tenetur singulis § 2. O Ordinário tem a obrigação de
annis huiusmodi libros per se aut per alios examinar esses livros, todos os anos, por
recognoscendi. si mesmo ou por outros.

TITULUS IV. DE SACRAMENTO TÍTULO IV DO SACRAMENTO DA


PAENITENTIAE PENITÊNCIA
Can. 959 - In sacramento paenitentiae Cân. 959 - No sacramento da penitência,
fideles peccata legitimo ministro os fiéis que confessam seus pecados ao
confitentes, de iisdem contriti atque ministro legítimo, arrependidos e com o
propositum sese emendandi habentes, per propósito de se emendarem, alcançam de
absolutionem ab eodem ministro Deus, mediante a absolvição dada pelo
impertitam, veniam peccatorum quae post ministro, o perdão dos pecados cometidos
baptismum commiserint a Deo obtinent, após o batismo, e ao mesmo tempo se
simulque reconciliantur cum Ecclesia, reconciliam com a Igreja, à qual ofenderam
quam peccando vulneraverunt. pelo pecado.

CAPUT I. DE CELEBRATIONE Capítulo I DA CELEBRAÇÃO DO


SACRAMENTI SACRAMENTO
Can. 960 - Individualis et integra confessio Cân. 960 - A confissão individual e íntegra
atque absolutio unicum constituunt modum e a absolvição constituem o único modo
ordinarium, quo fidelis peccati gravis sibi ordinário, com o qual o fiel, consciente de
conscius cum Deo et Ecclesia reconciliatur; pecado grave, se reconcilia com Deus e
solummodo impossibilitas physica vel com a Igreja; somente a impossibilidade
moralis ab huiusmodi confessione excusat, física ou moral escusa de tal confissão;
quo in casu aliis quoque modis reconciliatio neste caso, pode haver a reconciliação
haberi potest. também por outros modos.

Can. 961 - § 1. Absolutio pluribus insimul Cân. 961 - § 1. Não se pode dar a
paenitentibus sine praevia individuali absolvição ao mesmo tempo a vários
confessione, generali modo impertiri non penitentes sem prévia confissão individual,
potest, nisi: a não ser que:
1° immineat periculum mortis et tempus 1°- haja iminente perigo de morte e não
non suppetat sacerdoti vel sacerdotibus ad haja tempo para que o sacerdote ou
audiendas singulorum paenitentium sacerdotes ouçam a confissão de cada um
confessiones; dos penitentes;
2° adsit gravis necessitas, videlicet 2°- haja grave necessidade, isto é,
quando, attento paenitentium numero, quando por causa do número de
confessariorum copia praesto non est ad penitentes, não há número suficiente de
rite audiendas singulorum confessiones confessores para ouvirem as confissões de
intra congruum tempus, ita ut paenitentes, cada um, dentro de um espaço de tempo
sine propria culpa, gratia sacramentali aut razoável, de tal modo que os penitentes,
sacra communione diu carere cogantur; sem culpa própria, seriam forçados a ficar
necessitas vero non censetur sufficiens, muito tempo sem a graça sacramental ou
cum confessarii praesto esse non possunt, sem a sagrada comunhão; essa
ratione solius magni concursus necessidade, porém, não se considera
paenitentium, qualis haberi potest in magna suficiente, quando não é possível ter os
aliqua festivitate aut peregrinatione. confessores necessários só pelo fato de
grande concurso de penitentes, como pode
acontecer numa grande festividade ou
peregrinação.
§ 2. Iudicium ferre an dentur condiciones § 2. Julgar sobre a existência das
ad normam § 1, n. 2 requisitae, pertinet ad condições requeridas no § 1, n.2, compete
Episcopum dioecesanum, qui, attentis ao Bispo diocesano que, levando em conta
criteriis cum ceteris membris Episcoporum os critérios concordados com os outros
conferentiae concordatis, casus talis membros da Conferência dos Bispos, pode
necessitatis determinare potest. determinar os casos de tal necessidade.

Can. 962 - § 1. Ut christifidelis sacramentali Cân. 962 - § 1. Para que um fiel possa
absolutione una simul pluribus data valide receber validamente a absolvição dada
fruatur, requiritur non tantum ut sit apte simultaneamente a muitos, requer-se não
dispositus, sed ut insimul sibi proponat só que esteja devidamente disposto, mas
singillatim debito tempore confiteri peccata que ao mesmo tempo se proponha
gravia, quae in praesens ita confiteri nequit. também a confessar individualmente, no
tempo devido, os pecados graves que no
momento não pode assim confessar.
§ 2. Christifideles, quantum fieri potest § 2. Os fiéis, enquanto possível, também
etiam occasione absolutionis generalis no momento de receber a absolvição geral,
recipiendae, de requisitis ad normam § 1 sejam instruídos sobre os requisitos do § 1;
edoceantur et absolutioni generali, in casu à absolvição geral, mesmo em caso de
quoque periculi mortis, si tempus suppetat, perigo de morte, se houver tempo, preceda
praemittatur exhortatio ut actum contritionis uma exortação para que cada um cuide de
quisque elicere curet. fazer o ato de contrição.

Can. 963 - Firma manente obligatione de Cân. 963 - Salva a obrigação mencionada
qua in can. 989, is cui generali absolutione no cân. 989, aquele a quem são perdoados
gravia peccata remittuntur, ad pecados graves mediante absolvição geral,
confessionem individualem quam primum, ao surgir oportunidade, procure quanto
occasione data, accedat, antequam aliam antes, a confissão individual, antes de
recipiat absolutionem generalem, nisi iusta receber outra absolvição geral, a não ser
causa interveniat. que se interponha justa causa.

Can. 964 - § 1. Ad sacramentales Cân. 964 - § 1. O lugar próprio para ouvir


confessiones excipiendas locus proprius confissões é a igreja ou oratório.
est ecclesia aut oratorium.
§ 2. Ad sedem confessionalem quod § 2. Quanto ao confessionário,
attinet, normae ab Episcoporum estabeleçam-se normas pela Conferência
conferentia statuantur, cauto tamen ut dos Bispos, cuidando- se porém que haja
semper habeantur in loco patenti sedes sempre em lugar visível confessionários
confessionales crate fixa inter paenitentem com grades fixas entre o penitente e o
et confessarium instructae, quibus libere uti confessor, dos quais possam usar
possint fideles, qui id desiderent. livremente os fiéis que o desejarem.
§ 3. Confessiones extra sedem § 3. Não se ouçam confissões fora do
confessionalem ne excipiantur, nisi iusta de confessionário, a não ser por justa causa.
causa.

CAPUT II. DE SACRAMENTI Capítulo II DO MINISTRO DO


PAENITENTIAE MINISTRO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
Can. 965 - Minister sacramenti Cân. 965 - Ministro do sacramento da
paenitentiae est solus sacerdos. penitência é somente o sacerdote.

Can. 966 - § 1. Ad validam peccatorum Cân. 966 - § 1. Para a válida absolvição


absolutionem requiritur ut minister, dos pecados se requer que o ministro,
praeterquam potestate ordinis, facultate além do poder de ordem, tenha a
gaudeat eandem in fideles, quibus faculdade de exercer esse poder em favor
absolutionem impertitur, exercendi. dos fiéis aos quais dá absolvição.
§ 2. Hac facultate donari potest sacerdos, § 2. Essa faculdade pode ser dada ao
sive ipso iure sive concessione ab sacerdote pelo próprio direito ou por
auctoritate competenti facta ad normam concessão da autoridade competente, de
can. 969. acordo com o cân. 969.

Can. 967 - § 1. Praeter Romanum Cân. 967 - § 1. Além do Romano Pontífice,


Pontificem, facultate christifidelium ubique pelo próprio direito, os Cardeais têm a
terrarum confessiones excipiendi ipso iure faculdade de ouvir confissões em todo o
gaudent Cardinales; itemque Episcopi, qui mundo, como também os Bispos que dela
eadem et licite ubique utuntur, nisi usam licitamente, em qualquer parte, a não
Episcopus dioecesanus in casu particulari ser que em algum caso particular o Bispo
renuerit. diocesano num caso particular se tenha
oposto.
§ 2. Qui facultate confessiones habitualiter § 2. Aqueles que têm faculdade de ouvir
excipiendi gaudent sive vi officii sive vi confissões habitualmente, em virtude de
concessionis Ordinarii loci incardinationis seu ofício ou por concessão do Ordinário
aut loci in quo domicilium habent, eandem do lugar de incardinação ou do lugar onde
facultatem ubique exercere possunt, nisi têm domicílio, podem exercer essa
loci Ordinarius in casu particulari renuerit, faculdade em toda a parte, a não ser que o
firmis praescriptis can. 974, §§ 2 et 3. Ordinário local se oponha em algum caso
particular, salvas as prescrições do cân.
974, §§ 2 e 3.
§ 3. Ipso iure eadem facultate ubique § 3. Pelo próprio direito, gozam também
potiuntur erga sodales aliosque in domo dessa faculdade em favor dos membros e
instituti aut societatis diu noctuque de outros que vivem dia e noite na casa do
degentes, qui vi officii aut concessionis instituto ou da sociedade aqueles que têm
Superioris competentis ad normam cann. faculdade de ouvir confissões em virtude
968, § 2 et 969, § 2 facultate confessiones de ofício ou de concessão do Superior
excipiendi sunt instructi; qui quidem eadem competente, de acordo com os cânones
et licite utuntur, nisi aliquis Superior maior 968 § 2 e 969 § 2; eles também a usam
quoad proprios subditos in casu particulari licitamente, a não ser que algum Superior
renuerit. maior se oponha, em algum caso
particular, no que se refere aos próprios
súditos se tenha oposto, num caso
particular.

Can. 968 - § 1. Vi officii pro sua quisque Cân. 968 - § 1. Em virtude de seu ofício,
dicione facultate ad confessiones dentro de sua jurisdição, têm faculdade de
excipiendas gaudent loci Ordinarius, ouvir confissões o Ordinário local, o
canonicus paenitentiarius, itemque cônego penitenciário, o pároco e os outros
parochus aliique qui loco parochi sunt. que estão em lugar do pároco.
§ 2. Vi officii facultate gaudent § 2. Em virtude de seu ofício, têm
confessiones excipiendi suorum faculdade de ouvir confissões dos súditos e
subditorum aliorumque, in domo diu de outros que vivem dia e noite na casa os
noctuque degentium, Superiores instituti Superiores de instituto religioso ou de
religiosi aut societatis vitae apostolicae, si sociedade de vida apostólica, se forem
sint clericales iuris pontificii, ad normam clericais de direito pontifício, que tiverem,
constitutionum potestate regiminis de acordo com as constituições, poder
exsecutiva fruentes, firmo tamen executivo de regime, salva a prescrição do
praescripto can. 630, § 4. cân. 630, § 4.

Can. 969 - § 1. Solus loci Ordinarius Cân. 969 - § 1. Só o Ordinário local é


competens est qui facultatem ad competente para dar a quaisquer
confessiones quorumlibet fidelium presbíteros a faculdade para ouvirem
excipiendas conferat presbyteris confissões de todos os fiéis; todavia, os
quibuslibet; presbyteri autem qui sodales presbíteros de institutos religiosos não a
sunt institutorum religiosorum, eadem ne usem sem a licença, ao menos presumida,
utantur sine licentia saltem praesumpta sui de seu Superior.
Superioris.
§ 2. Superior instituti religiosi aut societatis § 2. O Superior de instituto religioso ou de
vitae apostolicae, de quo in can. 968, § 2, sociedade de vida apostólica, mencionado
competens est qui facultatem ad no cân. 968, § 2, tem competência para
excipiendas confessiones suorum conceder a quaisquer presbíteros a
subditorum aliorumque in domo diu faculdade de ouvir confissões de seus
noctuque degentium presbyteris quibuslibet súditos e de outros que vivem dia e noite
conferat. na casa.

Can. 970 - Facultas ad confessiones Cân. 970 - Não se conceda a faculdade de


excipiendas ne concedatur nisi presbyteris ouvir confissões, a não ser a presbíteros
qui idonei per examen reperti fuerint, aut de que tenham sido julgados idôneos por meio
eorum idoneitate aliunde constet. de exame, ou cuja idoneidade conste por
outro forma.

Can. 971 - Facultatem ad excipiendas Cân. 971 - O Ordinário local não conceda a
habitualiter confessiones loci Ordinarius faculdade de ouvir confissões de forma
presbytero, etsi domicilium vel quasi- habitual a um presbítero, mesmo que tenha
domicilium in sua dicione habenti, ne domicílio ou quase-domicílio em sua
concedat, nisi prius, quantum fieri potest, jurisdição, sem antes ouvir, enquanto
audito eiusdem presbyteri Ordinario. possível, o Ordinário desse presbítero.

Can. 972 - Facultas ad confessiones Cân. 972 - A faculdade para ouvir


excipiendas a competenti auctoritate, de confissões pode ser concedida pela
qua in can. 969, concedi potest ad tempus autoridade competente mencionada no
sive indeterminatum sive determinatum. cân. 969, por tempo indeterminado ou
determinado.

Can. 973 - Facultas ad confessiones Cân. 973 - A faculdade para ouvir


habitualiter excipiendas scripto concedatur. confissões de modo habitual seja
concedida por escrito.

Can. 974 - § 1. Loci Ordinarius, itemque Cân. 974 - § 1. O Ordinário local e o


Superior competens, facultatem ad Superior competente não revoguem a
confessiones excipiendas habitualiter faculdade concedida de ouvir
concessam ne revocet nisi gravem ob habitualmente confissões, a não se por
causam. causa grave.
§ 2. Revocata facultate ad confessiones § 2. Revogada a faculdade de ouvir
excipiendas a loci Ordinario qui eam confissões pelo Ordinário local que a
concessit, de quo in can. 967, § 2, concedeu, mencionado no cân. 967, § 2, o
presbyter eandem facultatem ubique presbítero perde essa faculdade em toda a
amittit; revocata eadem facultate ab alio parte; revogada a faculdade por outro
loci Ordinario, eandem amittit tantum in Ordinário local, só a perde no território
territorio revocantis. daquele que a revogou.
§ 3. Quilibet loci Ordinarius qui alicui § 3. Qualquer Ordinário local que tenha
presbytero revocaverit facultatem ad revogado a faculdade de ouvir confissões
confessiones excipiendas, certiorem reddat concedida a algum presbítero informe
Ordinarium qui ratione incardinationis est dessa revogação ao Ordinário próprio do
presbyteri proprius, aut, si agatur de sodali presbítero por razão de incardinação ou a
instituti religiosi, eiusdem competentem seu Superior competente se se trata de
Superiorem. membro de instituto religioso.
§ 4. Revocata facultate ad confessiones § 4. Revogada a faculdade de ouvir
excipiendas a proprio Superiore maiore, confissões pelo Superior maior próprio, o
facultatem ad excipiendas confessiones presbítero perde em toda a parte a
ubique erga sodales instituti amittit faculdade de ouvir confissões dos
presbyter; revocata autem eadem facultate membros do instituto; revogada, porém, a
ab alio Superiore competenti, eandem faculdade por outro Superior competente,
amittit erga solos in eiusdem dicione só a perde com relação aos súditos da
subditos. jurisdição deste.

Can. 975 - Praeterquam revocatione, Cân. 975 - A faculdade mencionada no


facultas de qua in can. 967, § 2 cessat cân. 967, § 2, cessa, não só pela
amissione officii vel excardinatione aut revogação, mas também pela perda do
amissione domicilii. ofício, pela excardinação ou pela perda do
domicílio.

Can. 976 - Quilibet sacerdos, licet ad Cân. 976 - Qualquer sacerdote, mesmo
confessiones excipiendas facultate careat, que não tenha faculdade de ouvir
quoslibet paenitentes in periculo mortis confissões, absolve válida e licitamente de
versantes valide et licite absolvit a qualquer censura e de qualquer pecado
quibusvis censuris et peccatis, etiamsi qualquer penitente em perigo de morte,
praesens sit sacerdos approbatus. mesmo que esteja presente um sacerdote
aprovado.
Can. 977 - Absolutio complicis in peccato Cân. 977 - Exceto em perigo de morte, é
contra sextum Decalogi praeceptum inválida a absolvição do cúmplice em
invalida est, praeterquam in periculo mortis. pecado contra o sexto mandamento do
Decálogo.

Can. 978 - § 1. Meminerit sacerdos in Cân. 978 - § 1. Lembre-se o sacerdote


audiendis confessionibus se iudicis pariter que, ao ouvir confissões, desempenha
et medici personam sustinere ac divinae simultaneamente o papel de juiz e de
iustitiae simul et misericordiae ministrum a médico, e que foi constituído por Deus
Deo constitutum esse, ut honori divino et como ministro da justiça divina e, ao
animarum saluti consulat. mesmo tempo, de sua misericórdia, para
procurar a honra divina e a salvação das
almas.
§ 2. Confessarius, utpote minister § 2. O confessor, como ministro da Igreja,
Ecclesiae, in administrando sacramento, ao administrar o sacramento, atenha-se
doctrinae Magisterii et normis a competenti fielmente à doutrina do magistério e às
auctoritate latis fideliter adhaereat. normas dadas pela autoridade competente.

Can. 979 - Sacerdos in quaestionibus Cân. 979 - O sacerdote, ao fazer


ponendis cum prudentia et discretione perguntas, proceda com prudência e
procedat, attenta quidem condicione et discrição, atendendo à condição e idade do
aetate paenitentis, abstineatque a nomine penitente, e abstenha-se de perguntar o
complicis inquirendo. nome do cúmplice.

Can. 980 - Si confessario dubium non est Cân. 980 - Se ao confessor não resta
de paenitentis dispositione et hic dúvida a respeito das disposições do
absolutionem petat, absolutio ne denegetur penitente, e este pede a absolvição, a
nec differatur. absolvição não seja negada nem diferida.

Can. 981 - Pro qualitate et numero Cân. 981 - De acordo com a gravidade e
peccatorum, habita tamen ratione número dos pecados, levando em conta,
paenitentis condicionis, salutares et porém, a condição do penitente, o
convenientes satisfactiones confessarius confessor imponha salutares e
iniungat; quas paenitens per se ipse convenientes satisfações, que o penitente
implendi obligatione tenetur. em pessoa tem obrigação de cumprir.

Can. 982 - Qui confitetur se falso Cân. 982 - Quem confessa ter denunciado
confessarium innocentem apud falsamente à autoridade eclesiástica um
auctoritatem ecclesiasticam denuntiasse de confessor inocente a respeito de crime de
crimine sollicitationis ad peccatum contra solicitação para pecado contra o sexto
sextum Decalogi praeceptum, ne mandamento do Decálogo não seja
absolvatur nisi prius falsam denuntiationem absolvido sem antes ter retratado
formaliter retractaverit et paratus sit ad formalmente a falsa denúncia e sem que
damna, si quae habeantur, reparanda. esteja disposto a reparar os danos, se
houver.

Can. 983 - § 1. Sacramentale sigillum Cân. 983 - § 1. O sigilo sacramental é


inviolabile est; quare nefas est confessario inviolável; por isso é absolutamente ilícito
verbis vel alio quovis modo et quavis de ao confessor de alguma forma trair o
causa aliquatenus prodere paenitentem. penitente, por palavras ou de qualquer
outro modo e por qualquer que seja a
causa.
§ 2. Obligatione secretum servandi § 2. Têm obrigação de guardar segredo
tenentur quoque interpres, si detur, necnon também o intérprete, se houver, e todos
omnes alii ad quos ex confessione notitia aqueles a quem, por qualquer motivo,
peccatorum quoquo modo pervenerit. tenha chegado o conhecimento de
pecados através da confissão.

Can. 984 - § 1. Omnino confessario Cân. 984 - § 1. É absolutamente proibido


prohibetur scientiae ex confessione ao confessor o uso, com gravame do
acquisitae usus cum paenitentis penitente, de conhecimento adquirido por
gravamine, etiam quovis revelationis meio da confissão, mesmo sem perigo
periculo excluso. algum de revelação do sigilo.
§ 2. Qui in auctoritate est constitutus, § 2. Quem é constituído em autoridade não
notitia quam de peccatis in confessione pode usar de modo algum, para o governo
quovis tempore excepta habuerit, ad externo, de informação sobre pecados que
exteriorem gubernationem nullo modo uti tenha obtido em confissão ouvida em
potest. qualquer tempo.

Can. 985 - Magister novitiorum eiusque Cân. 985 - O mestre de noviços e seu
socius, rector seminarii aliusve instituti sócio, o reitor do seminário ou de outro
educationis sacramentales confessiones instituto de educação não ouçam
suorum alumnorum in eadem domo confissões sacramentais dos alunos que
commorantium ne audiant, nisi alumni in residem na mesma casa, a não ser que
casibus particularibus sponte id petant. eles, em casos particulares, o solicitem
espontaneamente.

Can. 986 - § 1. Omnis cui animarum cura vi Cân. 986 - § 1. Todos aqueles que, em
muneris est demandata, obligatione tenetur razão de encargo, têm cura de almas, são
providendi ut audiantur confessiones obrigados a providenciar que sejam
fidelium sibi commissorum, qui rationabiliter ouvidas as confissões dos fiéis que lhes
audiri petant, utque iisdem opportunitas estão confiados e que o peçam
praebeatur ad confessionem individualem, razoavelmente, como também que se dê a
diebus ac horis in eorum commodum eles oportunidade de se confessarem
statutis, accedendi. individualmente em dias e horas marcadas
para sua conveniência.
§ 2. Urgente necessitate, quilibet § 2. Em caso de urgente necessidade,
confessarius obligatione tenetur qualquer confessor tem a obrigação de
confessiones christifidelium excipiendi, et in ouvir as confissões dos fiéis, e, em perigo
periculo mortis quilibet sacerdos. de morte, qualquer sacerdote.

CAPUT III. DE IPSO PAENITENTE Capítulo III DO PENITENTE


Can. 987 - Christifidelis, ut sacramenti Cân. 987 - Para obter o remédio salutar do
paenitentiae remedium percipiat sacramento da penitência, o fiel deve estar
salutiferum, ita dispositus sit oportet ut, de tal modo disposto que, repudiando os
peccata quae commiserit repudians et pecados cometidos e tendo o propósito de
propositum sese emendandi habens, ad se emendar, se converta a Deus.
Deum convertatur.

Can. 988 - § 1. Christifidelis obligatione Cân. 988 - § 1. O fiel tem a obrigação de


tenetur in specie et numero confitendi confessar, quanto à espécie e ao número,
omnia peccata gravia post baptismum todos os pecados graves de que tiver
perpetrata et nondum per claves Ecclesiae consciência após diligente exame,
directe remissa neque in confessione cometidos depois do batismo e ainda não
individuali accusata, quorum post diretamente perdoados pelas chaves da
diligentem sui discussionem conscientiam Igreja, nem acusados em confissão
habeat. individual.
§ 2. Commendatur christifidelibus ut etiam § 2. Recomenda-se aos fiéis que
peccata venialia confiteantur. confessem também os pecados veniais.

Can. 989 - Omnis fidelis, postquam ad Cân. 989 - Todo fiel, depois de te chegado
annos discretionis pervenerit, obligatione à idade da discrição, é obrigado a
tenetur peccata sua gravia, saltem semel in confessar fielmente seus pecados graves,
anno, fideliter confitendi. pelo menos uma vez por ano.

Can. 990 - Nemo prohibetur quominus per Cân. 990 - Ninguém é proibido de se
interpretem confiteatur, vitatis quidem confessar por meio de intérprete, evitando-
abusibus et scandalis atque firmo se abuso e escândalos, e salva a
praescripto can. 983, § 2. prescrição do cân. 983, § 2.

Can. 991 - Cuivis christifideli integrum est Cân. 991 - Todo fiel é livre de se confessar
confessario legitime approbato etiam alius ao confessor legitimamente aprovado, que
ritus, cui maluerit, peccata confiteri. preferir, mesmo de outro rito.

CAPUT IV. DE INDULGENTIIS Capítulo IV DAS INDULGÊNCIAS


Can. 992 - Indulgentia est remissio coram Cân. 992 - Indulgência é a remissão,
Deo poenae temporalis pro peccatis, ad diante de Deus, da pena temporal devida
culpam quod attinet iam deletis, quam pelos pecados já perdoados quanto à
christifidelis, apte dispositus et certis ac culpa, que o fiel, devidamente disposto e
definitis condicionibus, consequitur ope em certas e determinadas condições,
Ecclesiae quae, ut ministra redemptionis, alcança por meio da Igreja, a qual, como
thesaurum satisfactionum Christi et dispensadora da redenção, distribui e
Sanctorum auctoritative dispensat et aplica, com autoridade, o tesouro das
applicat. satisfações de Cristo e dos Santos.

Can. 993 - Indulgentia est partialis aut Cân. 993 - A indulgência é parcial ou
plenaria, prout a poena temporali pro plenária, conforme liberta, em parte ou no
peccatis debita liberat ex parte aut ex toto. todo, da pena temporal devida pelos
pecados.

Can. 994 - Quivis fidelis potest indulgentias Cân. 994 - Qualquer fiel pode lucrar
sive partiales sive plenarias, aut sibi ipsi indulgências parciais ou plenárias para si
lucrari, aut defunctis applicare ad modum mesmo ou aplicá- las aos defuntos como
suffragii. sufrágio.

Can. 995 - § 1. Praeter supremam Cân. 995 - § 1. Além da autoridade


Ecclesiae auctoritatem ii tantum possunt suprema da Igreja, só podem conceder
indulgentias elargiri, quibus haec potestas indulgências aqueles a quem esse poder é
iure agnoscitur aut a Romano Pontifice reconhecido pelo direito ou concedido pelo
conceditur. Romano Pontífice.
§ 2. Nulla auctoritas infra Romanum § 2. Nenhuma autoridade inferior ao
Pontificem potest potestatem concedendi Romano Pontífice pode conferir a outros o
indulgentias aliis committere, nisi id ei a poder de conceder indulgências, a não ser
Sede Apostolica expresse fuerit indultum. que isso lhe tenha sido expressamente
concedido pela Sé Apostólica.

Can. 996 - § 1. Ut quis capax sit lucrandi Cân. 996 - § 1. Para que alguém seja
indulgentias debet esse baptizatus, non capaz de lucrar indulgências, deve ser
excommunicatus, in statu gratiae saltem in batizado, não estar excomungado e
fine operum praescriptorum. encontrar-se em estado de graça, pelo
menos no fim das obras prescritas.
§ 2. Ut vero subiectum capax eas lucretur, § 2. Para que a pessoa capaz lucre de fato
habere debet intentionem saltem as indulgências, deve ter pelo menos a
generalem eas acquirendi et opera iniuncta intenção de as adquirir, e deve cumprir os
implere statuto tempore ac debito modo, atos prescritos no tempo estabelecido e no
secundum concessionis tenorem. modo devido, segundo o teor da
concessão.

Can. 997 - Ad indulgentiarum Cân. 997 - Quanto à concessão e uso das


concessionem et usum quod attinet, indulgências, observem-se ainda as outras
servanda sunt insuper cetera praescripta prescrições contidas em leis especiais da
quae in peculiaribus Ecclesiae legibus Igreja.
continentur.

TITULUS V. DE SACRAMENTO TÍTULO V DO SACRAMENTO DA UNÇÃO


UNCTIONIS INFIRMORUM DOS ENFERMOS
Can. 998 - Unctio infirmorum, qua Ecclesia Cân. 998 - A unção dos enfermos, pela
fideles periculose aegrotantes Domino qual a Igreja recomenda ao Senhor
patienti et glorificato, ut eos allevet et sofredor e glorificado os fiéis gravemente
salvet, commendat, confertur eos liniendo doentes, para que os alivie e salve, confere-
oleo atque verba proferendo in liturgicis se ungindo- os com óleo e proferindo as
libris praescripta. palavras prescritas nos livros litúrgicos.

CAPUT I. DE SACRAMENTI Capítulo I DA CELEBRAÇÃO DO


CELEBRATIONE SACRAMENTO
Can. 999 - Praeter Episcopum, oleum in Cân. 999 - Além do Bispo, podem benzer o
unctione infirmorum adhibendum óleo a ser usado na unção dos enfermos:
benedicere possunt:
1° qui iure Episcopo dioecesano 1° - aqueles que, por direito, se
aequiparantur; equiparam ao Bispo diocesano;
2° in casu necessitatis, quilibet 2° - em caso de necessida de, qualquer
presbyter in ipsa tamen celebratione presbítero, mas só na própria celebraçã o
sacramenti. do sacramento.

Can. 1000 - § 1. Unctiones verbis, ordine et Cân. 1000 - § 1. A s unções sejam feitas
modo praescriptis in liturgicis libris, cuidadosamente, com as palavras, a
accurate peragantur; in casu tamen ordem e o modo prescritos nos livros
necessitatis, sufficit unctio unica in fronte litúrgicos; em caso de necessidade, porém,
vel etiam in alia corporis parte, integra basta uma só unção na fronte, ou mesmo
formula prolata. em outra parte do corpo, pronunciando-se
integralmente a fórmula.
§ 2. Unctiones peragat minister propria § 2. O ministro faça as unções com a
manu, nisi gravis ratio usum instrumenti própria mão, a não ser que uma razão
suadeat. grave aconselhe o uso de instrumento.

Can. 1001 - Curent animarum pastores et Cân. 1001 - Cuidem os pastores de almas
infirmorum propinqui, ut tempore opportuno e os parentes dos enfermos que estes
infirmi hoc sacramento subleventur. sejam confortados em tempo oportuno com
esse sacramento.

Can. 1002 - Celebratio communis unctionis Cân. 1002 - De acordo com as prescrições
infirmorum, pro pluribus infirmis simul, qui do Bispo diocesano, pode-se fazer a
apte sint praeparati et rite dispositi, iuxta celebração comunitária da unção dos
Episcopi dioecesani praescripta peragi enfermos, ao mesmo tempo para diversos
potest. doentes adequadamente preparados e
devidamente dispostos.

CAPUT II. DE MINISTRO UNCTIONIS Capítulo II DO MINISTRO DA UNÇÃO


INFIRMORUM DOS ENFERMOS
Can. 1003 - § 1. Unctionem infirmorum Cân. 1003 - § 1. Todo sacerdote, e
valide administrat omnis et solus sacerdos. somente ele, pode administrar validamente
a unção dos enfermos.
§ 2. Officium et ius unctionis infirmorum § 2. Têm o dever e o direito de administrar
ministrandi habent omnes sacerdotes, a unção dos enfermos todos os sacerdotes
quibus demandata est cura animarum, erga encarregados da cura de almas, em favor
fideles suo pastorali officio commissos; ex dos fiéis confiados a seus cuidados
rationabili causa, quilibet alius sacerdos pastorais; por causa razoável, qualquer
hoc sacramentum ministrare potest de outro sacerdote pode administrar esse
consensu saltem praesumpto sacerdotis de sacramento, com o consentimento, ao
quo supra. menos presumido, do sacerdote acima
mencionado.
§ 3. Cuilibet sacerdoti licet oleum § 3. É lícito a todo o sacerdote levar
benedictum secumferre ut, in casu consigo o óleo bento para poder
necessitatis, sacramentum unctionis administrar, em caso de necessidade, o
infirmorum ministrare valeat. sacramento da unção dos enfermos.

CAPUT III. DE IIS QUIBUS UNCTIO Capítulo III DAQUELES A QUEM SE DEVE
INFIRMORUM CONFERENDA SIT ADMINISTRAR A UNÇÃO DOS
ENFERMOS
Can. 1004 - § 1. Unctio infirmorum Cân. 1004 - § 1. A unção dos enfermos
ministrari potest fideli qui, adepto rationis pode ser administrada ao fiel que, tendo
usu, ob infirmitatem vel senium in periculo atingido o uso da razão, começa a estar
incipit versari. em perigo por motivo de doença ou
velhice.
§ 2. Hoc sacramentum iterari potest, si § 2. Pode-se repetir este sacramento se o
infirmus, postquam convaluerit, denuo in doente, depois de ter convalescido, recair
gravem infirmitatem inciderit aut si, eadem em doença grave, ou durante a mesma
infirmitate perdurante, discrimen factum enfermidade, se o perigo se agravar.
gravius sit.
Can. 1005 - In dubio utrum infirmus rationis Cân. 1005 - Na dúvida se o doente já
usum attigerit, an periculose aegrotet vel atingiu o uso da razão, se está
mortuus sit, hoc sacramentum ministretur. perigosamente doente, ou se já es tá
morto, administre-se este sacramento.

Can. 1006 - Infirmis qui, cum suae mentis Cân. 1006 - Administre-se este sacramento
compotes essent, hoc sacramentum aos doentes que ao menos implicitamente
implicite saltem petierint, conferatur. o pediram quando estavam no uso de suas
faculdades.

Can. 1007 - Unctio infirmorum ne Cân. 1007 - Não se administre a unção dos
conferatur illis, qui in manifesto gravi enfermos aos que perseverarem
peccato obstinate perseverent. obstinadamente em pecado grave
manifesto.

TITULUS VI. DE ORDINE TÍTULO VI DA ORDEM


Can. 1008 - Sacramento ordinis ex divina Cân. 1008 - Mediante o sacramento da
institutione inter christifideles quidam, ordem, por divina instituição, alguns de
charactere indelebili quo signantur, entre os fiéis, pelo carácter indelével com
constituuntur sacri ministri, qui nempe que são assinalados, são constituídos
consecrantur et deputantur ut, pro suo ministros sagrados, e assim são
quisque gradu, novo et peculiari titulo Dei consagrados e delegados a servir,
populo inserviant. segundo o grau de cada um, com título
novo e peculiar, o povo de Deus.

Can. 1009 - § 1. Ordines sunt episcopatus, Cân. 1009 - § 1. As ordens são o


presbyteratus et diaconatus. episcopado, o presbiterato e ao diaconato.
§ 2. Conferuntur manuum impositione et § 2. Conferem-se pela imposição das mãos
precatione consecratoria, quam pro singulis e pela oração consecratória, prescrita para
gradibus libri liturgici praescribunt. cada grau pelos livros litúrgicos.
§ 3. Qui constituti sunt in ordine § 3. Aqueles que são constituídos na
episcopatus aut presbyteratus missionem ordem do episcopado ou do presbiterado
et facultatem agendi in persona Christi recebem a missão e a faculdade de agir na
Capitis accipiunt, diaconi vero vim populo pessoa de Cristo Cabeça; os diáconos, ao
Dei serviendi in diaconia liturgiae, verbi et contrário, sejam habilitados para servir o
caritatis. povo de Deus na diaconia da liturgia, da
palavra e da caridade

CAPUT I. DE ORDINATIONIS Capítulo I DA CELEBRAÇÃO E DO


CELEBRATIONE ET MINISTRO MINISTRO DA ORDENAÇÃO
Can. 1010 - Ordinatio intra Missarum Cân. 1010 - A ordenação seja celebrada
sollemnia celebretur, die dominico vel festo dentro da missa, em dia de domingo ou
de praecepto, sed ob rationes pastorales festa de preceito; mas, por motivos
aliis etiam diebus, ferialibus non exceptis, pastorais, pode também ser feita em outros
fieri potest. dias, não excluídos os feriais.

Can. 1011 - § 1. Ordinatio generaliter in Cân. 1011 - § 1. A ordenação seja


cathedrali ecclesia celebretur; ob rationes celebrada geralmente na igreja catedral;
tamen pastorales in alia ecclesia aut mas, por motivos pastorais, pode também
oratorio celebrari potest. ser celebrada em outra igreja ou oratório.
§ 2. Ad ordinationem invitandi sunt clerici § 2. Sejam convidados para as ordenações
aliique christifideles, ut quam maxima os clérigos e outros fiéis, para que a elas
frequentia celebrationi intersint. assistam no maior número possível.

Can. 1012 - Sacrae ordinationis minister Cân. 1012 - O ministro da sagrada


est Episcopus consecratus. ordenação é o Bispo consagrado.

Can. 1013 - Nulli Episcopo licet quemquam Cân. 1013 - Não é lícito a nenhum Bispo
consecrare in Episcopum, nisi prius constet consagrar alguém como Bispo, a não ser
de pontificio mandato. que antes conste da existência do mandato
pontifício.

Can. 1014 - Nisi Sedis Apostolicae Cân. 1014 - Salvo dispensa da Sé


dispensatio intercesserit, Episcopus Apostólica, o principal Bispo consagrante,
consecrator principalis in consecratione na consagração episcopal, associe a si
episcopali duos saltem Episcopos pelo menos dois Bispos consagrantes; é
consecrantes sibi adiungat; valde convenit até muito conveniente que, juntamente
autem, ut una cum iisdem omnes Episcopi com eles, todos os Bispos presentes
praesentes electum consecrent. consagrem o eleito.

Can. 1015 - § 1. Unusquisque ad Cân. 1015 - § 1. Os candidatos ao


presbyteratum et ad diaconatum a proprio presbiterato ou ao diaconato sejam
Episcopo ordinetur aut cum legitimis ordenados pelo Bispo próprio ou com
eiusdem litteris dimissoriis. legítimas cartas dimissórias suas.
§ 2. Episcopus proprius, iusta de causa § 2. O Bispo próprio, não impedido por
non impeditus, per se ipse suos subditos justa causa, ordene pessoalmente seus
ordinet; sed subditum orientalis ritus, sine súditos; sem indulto apostólico, porém não
apostolico indulto, licite ordinare non pode ordenar um súdito de rito oriental.
potest.
§ 3. Qui potest litteras dimissorias ad § 3. Quem pode dar cartas dimissórias
ordines recipiendos dare, potest quoque para a recepção das ordens pode também
eosdem ordines per se ipse conferre, si conferir pessoalmente essas ordens, se
charactere episcopali polleat. tiver o caráter episcopal.

Can. 1016 - Episcopus proprius, quod Cân. 1016 - O Bispo próprio, quanto à
attinet ad ordinationem diaconalem eorum ordenação diaconal dos que pretendem
qui clero saeculari se adscribi intendant, agregar- se ao clero secular, é o Bispo da
est Episcopus dioecesis, in qua diocese em que o candidato tem domicílio,
promovendus habet domicilium, aut ou da diocese à qual o candidato decidiu
dioecesis cui promovendus sese devovere dedicar-se; quanto à ordenação prebiteral
statuit; quod attinet ad ordinationem dos clérigos seculares, é o Bispo da
presbyteralem clericorum saecularium, est diocese em que o candidato se incardinou
Episcopus dioecesis, cui promovendus per pelo diaconato.
diaconatum est incardinatus.

Can. 1017 - Episcopus extra propriam Cân. 1017 - Fora da própria jurisdição, o
dicionem nonnisi cum licentia Episcopi Bispo não pode conferir ordens, a não ser
dioecesani ordines conferre potest. com licença do Bispo diocesano.

Can. 1018 - § 1. Litteras dimissorias pro Cân. 1018 - § 1. Podem dar cartas
saecularibus dare possunt: dimissórias para os seculares:
1° Episcopus proprius, de quo in 1° - o Bispo próprio mencionado no c
can. 1016; ân. 1016;
2° Administrator apostolicus atque, de 2° - o Administrador apostólico e, com o
consensu collegii consultorum, consentimento do colégio dos consultores,
Administrator dioecesanus; de consensu o Administrador diocesano; com o
consilii, de quo in can. 495, § 2, Pro- consentimento do conselho mencionado no
vicarius et Pro-praefectus apostolicus. cân. 495, § 2, o Pró-vigário e o Pró-prefeito
apostólico.
§ 2. Administrator dioecesanus, Pro- § 2. O Administrador diocesano, o Pró-
vicarius et Pro-praefectus apostolicus vigário e o Pró-prefeito apostólico não
litteras dimissorias ne iis concedant, quibus concedam cartas dimissórias aqueles a
ab Episcopo dioecesano aut a Vicario vel quem tiver sido negado o acesso às ordens
Praefecto apostolico accessus ad ordines pelo Bispo diocesano ou pelo Vigário ou
denegatus fuerit. Prefeito apostólico.

Can. 1019 - § 1. Superiori maiori instituti Cân. 1019 - § 1. Ao Superior maior de


religiosi clericalis iuris pontificii aut instituto religioso clerical de direito
societatis clericalis vitae apostolicae iuris pontifício ou de sociedade clerical de vida
pontificii competit ut suis subditis, iuxta apostólica de direito pontifício compete
constitutiones perpetuo vel definitive conceder cartas dimissórias para o
instituto aut societati adscriptis, concedat diaconato e para o presbiterato aos seus
litteras dimissorias ad diaconatum et ad súditos, perpétua ou definitivamente
presbyteratum. adscritos ao instituto ou à sociedade, de
acordo com as constituições.
§ 2. Ordinatio ceterorum omnium § 2. A ordenação de todos os outros
alumnorum cuiusvis instituti aut societatis membros de qualquer instituto ou
regitur iure clericorum saecularium, sociedade se rege pelo direito dos
revocato quolibet indulto Superioribus seculares, revogado qualquer indulto
concesso. concedido aos superiores.

Can. 1020 - Litterae dimissoriae ne Cân. 1020 - Não se concedam cartas


concedantur, nisi habitis antea omnibus dimissórias sem ter antes obtido as
testimoniis et documentis, quae iure informações e documentos exigidos pelo
exiguntur ad normam cann. 1050 et 1051. direito de acordo com os cân. 1050 e 1051.

Can. 1021 - Litterae dimissoriae mitti Cân. 1021 - As cartas dimissórias podem
possunt ad quemlibet Episcopum ser dadas a qualquer Bispo em comunhão
communionem cum Sede Apostolica com a Sé Apostólica, excetuado somente
habentem, excepto tantum, citra um Bispo de rito diverso do rito do
apostolicum indultum, Episcopo ritus ordenando, salvo indulto apostólico.
diversi a ritu promovendi.

Can. 1022 - Episcopus ordinans, acceptis Cân. 1022 - O Bispo ordenante, recebidas
legitimis litteris dimissoriis, ad ordinationem as legítimas cartas dimissórias, não
ne procedat, nisi de germana litterarum fide proceda à ordenação sem que conste
plane constet. plenamente da autenticidade do
documento.

Can. 1023 - Litterae dimissoriae possunt Cân. 1023 - As cartas dimissórias podem
ab ipso concedente aut ab eius successore ser limitadas ou revogadas por quem as
limitibus circumscribi aut revocari, sed concedeu ou por seu sucessor; mas, uma
semel concessae non extinguuntur resoluto vez concedidas, não caducam com a
iure concedentis. cessação do direito de quem as concedeu.

CAPUT II. DE ORDINANDIS Capítulo II DOS ORDENANDOS


Can. 1024 - Sacram ordinationem valide Cân. 1024 - Só um varão batizado pode
recipit solus vir baptizatus. receber validamente a ordenação sagrada.

Can. 1025 - § 1. Ad licite ordines Cân. 1025 - § 1. Para serem conferidas


presbyteratus vel diaconatus conferendos licitamente as ordens do presbiterato ou
requiritur ut candidatus, probatione ad diaconato, requer- se que o candidato,
normam iuris peracta, debitis qualitatibus, após a prova exigida de acordo com o
iudicio proprii Episcopi aut Superioris direito, possua a juízo do Bispo próprio ou
maioris competentis, praeditus sit, nulla do Superior maior competente, as devidas
detineatur irregularitate nulloque qualidades, não tenha nenhuma
impedimento, atque praerequisita, ad irregularidade ou impedimento e tenha
normam cann. 1033-1039 adimpleverit; preenchido todos os requisitos de acordo
praeterea documenta habeantur, de quibus com os cân. 1033-1039; além disso, haja
in can. 1050, atque scrutinium peractum sit, os documentos mencionados no cân. 1050
de quo in can. 1051. e tenha sido feito o escrutínio mencionado
no cân. 1051.
§ 2. Insuper requiritur ut, iudicio eiusdem § 2. Requer-se ainda que seja considerado
legitimi Superioris, ad Ecclesiae útil para o ministério da Igreja, a juízo
ministerium utilis habeatur. desse legítimo Superior.
§ 3. Episcopo ordinanti proprium subditum, § 3. Ao Bispo que ordenar um súdito seu,
qui servitio alius dioecesis destinetur, destinado ao serviço de outra diocese,
constare debet ordinandum huic dioecesi deve constar que o ordenando de fato vai
addictum iri. ser adscrito a essa diocese.

Art. 1. DE REQUISITIS IN ORDINANDIS Art. 1 Dos Requisitos nos Ordenandos


Can. 1026 - Ut quis ordinetur debita Cân. 1026 - Para que alguém seja
libertate gaudeat oportet; nefas est ordenado, é preciso ter a devida liberdade;
quemquam, quovis modo, ob quamlibet é absolutamente ilícito forçar, de qualquer
causam ad ordines recipiendos cogere, vel modo, por qualquer causa, alguém a
canonice idoneum ab iisdem recipiendis receber ordens ou afastar da recepção
avertere. delas alguém canonicamente idôneo.

Can. 1027 - Aspirantes ad diaconatum et Cân. 1027 - Os que aspiram ao diaconato


presbyteratum accurata praeparatione e ao presbiterato devem ser formados com
efformentur, ad normam iuris. preparação cuidadosa, de acordo com o
direito.

Can. 1028 - Curet Episcopus dioecesanus Cân. 1028 - Cuide o Bispo diocesano ou
aut Superior competens ut candidati, Superior competente que os candidatos,
antequam ad ordinem aliquem antes de serem promovidos a alguma
promoveantur, rite edoceantur de iis, quae ordem, sejam devidamente instruídos
ad ordinem eiusque obligationes pertinent. sobre essa ordem e as obrigações
inerentes.

Can. 1029 - Ad ordines ii soli promoveantur Cân. 1029 - Sejam promovidos às ordens
qui, prudenti iudicio Episcopi proprii aut somente aqueles que, segundo o prudente
Superioris maioris competentis, omnibus juízo do Bispo próprio ou do Superior maior
perpensis, integram habent fidem, recta competente, ponderadas todas as
moventur intentione, debita pollent scientia, circunstâncias, tenham fé integra, sejam
bona gaudent existimatione, integris movidos por reta intenção, possuam a
moribus probatisque virtutibus atque aliis ciência devida, gozem de boa reputação e
qualitatibus physicis et psychicis ordini sejam dotados de integridade de costumes
recipiendo congruentibus sunt praediti. virtudes comprovadas e outras qualidades
físicas e psíquicas correspondentes à
ordem a ser recebida.

Can. 1030 - Nonnisi ex causa canonica, Cân. 1030 - Somente por uma causa
licet occulta, proprius Episcopus vel canônica, embora oculta, pode o Bispo
Superior maior competens diaconis ad próprio ou o Superior maior competente
presbyteratum destinatis, sibi subditis, proibir aos diáconos destinados ao
ascensum ad presbyteratum interdicere presbiterato, súditos seus, o acesso ao
potest, salvo recursu ad normam iuris. presbiterato, salvo recurso, de acordo com
o direito.

Can. 1031 - § 1. Presbyteratus ne Cân. 1031 - § 1. Não se confira o


conferatur nisi iis qui aetatis annum presbiterato a quem não tenha completado
vigesimum quintum expleverint et sufficienti vinte e cinco anos de idade e não possua
gaudeant maturitate, servato insuper maturidade suficiente, observando-se o
intervallo sex saltem mensium inter intervalo de ao menos seis meses entre o
diaconatum et presbyteratum; qui ad diaconato e o presbiterato. Os que se
presbyteratum destinantur, ad diaconatus destinam ao presbiterato sejam admitidos à
ordinem tantummodo post expletum aetatis ordem do diaconato somente depois de
annum vigesimum tertium admittantur. terem completado vinte e três anos de
idade.
§ 2. Candidatus ad diaconatum § 2. O candidato ao diaconato permanente,
permanentem qui non sit uxoratus ad não-casado, não seja admitido ao
eundem diaconatum ne admittatur, nisi diaconato a não ser depois de completados
post expletum vigesimum quintum saltem vinte e cinco anos de idade; o que for
aetatis annum; qui matrimonio coniunctus casado, só depois de completados pelo
est, nonnisi post expletum trigesimum menos trinta e cinco anos de idade, e com
quintum saltem aetatis annum, atque de o consentimento da esposa.
uxoris consensu.
§ 3. Integrum est Episcoporum conferentiis § 3. As Conferências dos Bispos podem
normam statuere, qua provectior ad estabelecer normas que exijam idade
presbyteratum et ad diaconatum maior ainda para o presbiterato e o
permanentem requiratur aetas. diaconato permanente.
§ 4. Dispensatio ultra annum super aetate § 4. É reservada a Sé Apostólica a
requisita ad normam §§ 1 et 2, Apostolicae dispensa superior a um ano para a idade
Sedi reservatur. requerida nos §§ 1 e 2.

Can. 1032 - § 1. Aspirantes ad Cân. 1032 - § 1. Os aspirantes ao


presbyteratum promoveri possunt ad presbiterato podem ser promovidos ao
diaconatum solummodo post expletum diaconato somente depois de completado o
quintum curriculi studiorum philosophico- quinto ano do curso filosófico-teológico.
theologicorum annum.
§ 2. Post expletum studiorum curriculum, § 2. Terminado o currículo dos estudos, o
diaconus per tempus congruum, ab diácono, antes de ser promovido ao
Episcopo vel a Superiore maiore presbiterato, participe da vida pastoral,
competenti definiendum, in cura pastorali exercendo a ordem diaconal por tempo
partem habeat, diaconalem exercens conveniente, a ser determinado pelo Bispo
ordinem, antequam ad presbyteratum ou pelo Superior maior competente.
promoveatur.
§ 3. Aspirans ad diaconatum § 3. Os aspirantes ao diaconato
permanentem, ad hunc ordinem ne permanente não sejam promovidos a essa
promoveatur nisi post expletum formationis ordem, senão depois de completado o
tempus. tempo de formação.

Art. 2. DE PRAEREQUISITIS AD Art. 2 Dos Requisitos Prévios à Ordenação


ORDINATIONEM
Can. 1033 - Licite ad ordines promovetur Cân. 1033 - É promovido licitamente às
tantum qui recepit sacrae confirmationis ordens somente quem tenha recebido o
sacramentum. sacramento da sagrada confirmação.

Can. 1034 - § 1. Ad diaconatum vel Cân. 1034 - § 1. Nenhum aspirante ao


presbyteratum aspirans ne ordinetur, nisi diaconato ou presbiterato seja ordenado
prius per liturgicum admissionis ritum ab sem que tenha sido previamente admitido
auctoritate, de qua in cann. 1016 et 1019, entre os candidatos mediante o rito litúrgico
adscriptionem inter candidatos obtinuerit de admissão pela autoridade mencionada
post praeviam suam petitionem propria nos cânn. 1016 e 1019, após prévio pedido
manu exaratam et subscriptam, atque ab escrito de próprio punho e assinado, e
eadem auctoritate in scriptis acceptatam. após aceitação escrita dessa autoridade.
§ 2. Ad eandem admissionem obtinendam § 2. Não está obrigado a essa admissão
non tenetur, qui per vota in clericale quem estiver ligado pelos votos a um
institutum cooptatus est. instituto religioso clerical.

Can. 1035 - § 1. Antequam quis ad Cân. 1035 - § 1. Antes de alguém ser


diaconatum sive permanentem sive promovido ao diaconato permanente ou
transeuntem promoveatur, requiritur ut temporário, requer- se que tenha recebido
ministeria lectoris et acolythi receperit et os ministérios de leitor e de acólito e os
per congruum tempus exercuerit. tenha exercido por tempo conveniente.
§ 2. Inter acolythatus et diaconatus § 2. Entre a recepção do acolitato e do
collationem intervallum intercedat sex diaconato, deve interpor-se o intervalo de
saltem mensium. ao menos seis meses.

Can. 1036 - Candidatus, ut ad ordinem Cân. 1036 - Para que possa ser promovido
diaconatus aut presbyteratus promoveri à ordem do diaconato ou presbiterato, o
possit, Episcopo proprio aut Superiori candidato entregue ao Bispo próprio ou ao
maiori competenti declarationem tradat Superior maior competente uma
propria manu exaratam et subscriptam, qua declaração escrita de próprio punho e
testificetur se sponte ac libere sacrum assinada, no qual ateste que vai receber
ordinem suscepturum atque se ministerio espontânea e livremente a ordem sagrada
ecclesiastico perpetuo mancipaturum esse, e que pretende dedicar-se perpetuamente
insimul petens ut ad ordinem recipiendum ao ministério eclesiástico e, ao mesmo
admittatur. tempo, pede para ser admitido a receber a
ordem.

Can. 1037 - Promovendus ad diaconatum Cân. 1037 - O candidato ao diaconato


permanentem qui non sit uxoratus, itemque permanente, não- casado, e o candidato ao
promovendus ad presbyteratum, ad presbiterato não sejam admitidos a ordem
ordinem diaconatus ne admittantur, nisi ritu do diaconato sem que antes, com o rito
praescripto publice coram Deo et Ecclesia prescrito, tenham assumido publicamente
obligationem caelibatus assumpserint, aut perante Deus e a Igreja a obrigação do
vota perpetua in instituto religioso celibato, ou tenham emitidos votos
emiserint. perpétuos em instituto religioso.

Can. 1038 - Diaconus, qui ad Cân. 1038 - O diácono que se recusa a ser
presbyteratum promoveri renuat, ab ordinis promovido ao presbiterato não pode ser
recepti exercitio prohiberi non potest, nisi proibido de exercer a ordem recebida, a
impedimento detineatur canonico aliave não ser que tenha algum impedimento
gravi causa, de iudicio Episcopi dioecesani canônico, ou por outra grave causa que
aut Superioris maioris competentis deve ser ponderada a juízo do Bispo
aestimanda. diocesano ou do Superior maior
competente.

Can. 1039 - Omnes, qui ad aliquem Cân. 1039 - Todos os que vão ser
ordinem promovendi sunt, exercitiis promovidos às ordens dediquem-se aos
spiritualibus vacent per quinque saltem exercícios espirituais, ao menos por cinco
dies, loco et modo ab Ordinario dias, no lugar e modo determinados pelo
determinatis; Episcopus, antequam ad Ordinário; o Bispo, antes de proceder à
ordinationem procedat, certior factus sit ordenação, deve ser informado de que os
oportet candidatos rite iisdem exercitiis candidatos fizeram devidamente tais
vacasse. exercícios.

Art. 3. DE IRREGULARITATIBUS Art. 3 Das Irregularidades e outros


ALIISQUE IMPEDIMENTIS Impedimentos
Can. 1040 - A recipiendis ordinibus Cân. 1040 - São excluídos da recepção
arcentur qui quovis impedimento afficiuntur das ordens aqueles que tem algum
sive perpetuo, quod venit nomine impedimento, seja perpétuo, a que se dá o
irregularitatis, sive simplici; nullum autem nome de irregularidade, seja simples;
impedimentum contrahitur, quod in nenhum impedimento se contrai além dos
canonibus qui sequuntur non contineatur. contidos nos cânones seguintes.

Can. 1041 - Ad recipiendos ordines sunt Cân. 1041 - São irregulares para receber
irregulares: ordens:
1° qui aliqua forma laborat amentiae 1° - quem sofre de alguma forma de
aliusve psychicae infirmitatis, qua, consultis amência ou de outra doença psíquica, pela
peritis, inhabilis iudicatur ad ministerium rite qual, ouvidos os peritos, seja considerado
implendum; inábil para desempenhar devidamente o
ministério;
2° qui delictum apostasiae, haeresis aut 2° - quem tiver cometido o delito de
schismatis commiserit; apostasia, heresia ou cisma;
3° qui matrimonium etiam civile tantum 3° - quem tiver tentado matrimônio,
attentaverit, vel ipsemet vinculo mesmo somente civil, quer seja ele próprio
matrimoniali aut ordine sacro aut voto impedido de contrair matrimônio em razão
publico perpetuo castitatis a matrimonio de vínculo matrimonial, de ordem sagrada
ineundo impeditus, vel cum muliere ou de voto público e perpétuo de
matrimonio valido coniuncta aut eodem castidade, quer o contraia com mulher
voto adstricta; ligada pelo mesmo voto ou unida em
matrimônio válido;
4° qui voluntarium homicidium 4° - quem tiver praticado homicídio
perpetraverit aut abortum procuraverit, voluntário, ou provocado aborto, tendo-se
effectu secuto, omnesque positive seguido o efeito, e todos os que tiverem
cooperantes; cooperado positivamente;
5° qui seipsum vel alium graviter et 5° - quem tiver mutilado a si próprio ou
dolose mutilaverit vel sibi vitam adimere a outrem grave e dolosamente, ou tenha
tentaverit; tentado suicidar-se;
6° qui actum ordinis posuerit constitutis 6° - quem tiver exercido um ato de
in ordine episcopatus vel presbyteratus ordem reservado aos que estão
reservatum, vel eodem carens, vel ab eius constituídos na ordem do episcopado ou
exercitio poena aliqua canonica declarata do presbiterato, não a tendo recebido ou
vel irrogata prohibitus. estando proibido de exercê-la devido a
pena canônica declarada ou infligida.

Can. 1042 - Sunt a recipiendis ordinibus Cân. 1042 - São simplesmente impedidos
simpliciter impediti: de receber as ordens:
1° vir uxorem habens, nisi ad 1° - o homem casado, a não ser que se
diaconatum permanentem legitime destine ao diaconato permanente;
destinetur;
2° qui officium vel administrationem 2° - aquele que desempenha um ofício
gerit clericis ad normam cann. 285 et 286 ou tenha uma administração proibida aos
vetitam cuius rationem reddere debet, clérigos, de acordo com os cân. 285 e 286,
donec, depositis officio et administratione da qual deve prestar contas, enquanto não
atque rationibus redditis, liber factus sit; esteja liberado após deixar o ofício ou a
administração;
3° neophytus, nisi, iudicio Ordinarii, 3° - o neófito, a não ser que já esteja
sufficienter probatus fuerit. suficientement e provado, a juízo do
Ordinário.

Can. 1043 - Christifideles obligatione Cân. 1043 - § 1. Os fiéis têm obrigação de


tenentur impedimenta ad sacros ordines, si revelar ao Ordinário ou ao pároco, antes da
qua norint, Ordinario vel parocho ante ordenação, os impedimentos para as
ordinationem revelandi. ordens sagradas, dos quais tenham
conhecimento.

Can. 1044 - § 1. Ad exercendos ordines Cân. 1044 - São irregulares para exercer
receptos sunt irregulares: as ordens já recebidas:
1° qui irregularitate ad ordines 1° - aquele que, estando sob
recipiendos dum afficiebatur, illegitime irregularidade para receber ordens,
ordines recepit; recebeu-as ilegitimamente;
2° qui delictum commisit, de quo in 2° - aquele que cometeu o delito
can. 1041, n. 2, si delictum est publicum; mencionado no cân. 1041, n° 2, se o delito
é público;
3° qui delictum commisit, de quibus in 3° - aquele que cometeu o delito
can. 1041, nn. 3, 4, 5, 6. mencionado no cân. 1041, n° 3, 4, 5 e 6.
§ 2. Ab ordinibus exercendis impediuntur: § 2. São impedidos de exercer as ordens:
1° qui impedimento ad ordines 1° - aquele que recebeu ordens,
recipiendos detentus, illegitime ordines estando proibido de as receber por
recepit; impedimento;
2° qui amentia aliave infirmitate 2.° - aquele que sofre de amência ou
psychica de qua in can. 1041, n. 1 afficitur, de outra doença psíquica mencionada no
donec Ordinarius, consulto perito, eiusdem cân. 1041, n. 1, enquanto o Ordinário,
ordinis exercitium permiserit. consultando um perito, não lhe tenha
permitido o exercício da ordem.

Can. 1045 - Ignorantia irregularitatum Cân. 1045 - A ignorância das


atque impedimentorum ab eisdem non irregularidades e dos impedimentos não
eximit. escusa deles.

Can. 1046 - Irregularitates et impedimenta Cân. 1046 - As irregularidades e


multiplicantur ex diversis eorundem causis, impedimentos multiplicam-se por causas
non autem ex repetita eadem causa, nisi diversas, mas não pela repetição da
agatur de irregularitate ex homicidio mesma causa, a não ser que se trate da
voluntario aut ex procurato abortu, effectu irregularidade por homicídio ou por aborto
secuto. provocado, ao qual seguiu-se o efeito.

Can. 1047 - § 1. Uni Apostolicae Sedi Cân. 1047 - § 1. Reserva-se


reservatur dispensatio ab omnibus exclusivamente à Sé Apostólica a dispensa
irregularitatibus, si factum quo innituntur ad de todas as irregularidades, se o fato em
forum iudiciale deductum fuerit. que se baseiam tiver sido levado ao foro
judicial.
§ 2. Eidem etiam reservatur dispensatio ab § 2. Também a ela é reservada a dispensa
irregularitatibus et impedimentis ad ordines das seguintes irregularidades e
recipiendos, quae sequuntur: impedimentos para a recepção das ordens:
1° ab irregularitatibus ex delictis 1° - da irregularidade por um dos
publicis, de quibus in can. 1041, nn. 2 et 3; delitos públicos mencionado no cân. 1041,
n° 2 e 3;
2° ab irregularitate ex delicto sive 2° - da irregularidade pelo delito público
publico sive occulto, de quo in can. 1041, ou oculto mencionado no cân.1041, n° 4;
n. 4;
3° ab impedimento, de quo in 3° - do impedimento mencionado no
can. 1042, n. 1. cân. 1042, n° 1.
§ 3. Apostolicae Sedi etiam reservatur § 3. Reserva-se ainda à Sé Apostólica a
dispensatio ab irregularitatibus ad dispensa das irregularidades para o
exercitium ordinis suscepti, de quibus in exercício de ordem recebida, mencionadas
can. 1041, n. 3, in casibus publicis tantum, no cân. 1041, n° 3, só nos casos públicos,
atque in eodem canone, n. 4, etiam in e no mesmo cânon, n° 4, também para o
casibus occultis. casos ocultos.
§ 4. Ab irregularitatibus et impedimentis § 4. O Ordinário pode dispensar das
Sanctae Sedi non reservatis dispensare irregularidades e impedimentos não
valet Ordinarius. reservados à Santa Sé.

Can. 1048 - In casibus occultis Cân. 1048 - Nos casos mais urgentes, se
urgentioribus, si adiri nequeat Ordinarius não for possível dirigir-se ao Ordinário, ou,
aut cum de irregularitatibus agatur de tratando-se de irregularidade mencionadas
quibus in can. 1041, nn. 3 et 4, no cân. 1041, n° 3 e 4, à Penitenciaria, e
Paenitentiaria, et si periculum immineat se houver perigo iminente de dano grave
gravis damni aut infamiae, potest qui ou infâmia, quem por irregularidade está
irregularitate ab ordine exercendo impeditur impedido de exercer uma ordem pode
eundem exercere, firmo tamen manente exercê-la, mantendo-se contudo firme a
onere quam primum recurrendi ad obrigação de recorrer quanto antes ao
Ordinarium aut Paenitentiariam, reticito Ordinário ou à Penitenciaria, sem menção
nomine et per confessarium. do nome e por meio do confessor.

Can. 1049 - § 1. In precibus ad obtinendam Cân. 1049 - § 1. Nos pedidos para se obter
irregularitatum et impedimentorum a dispensa das irregularidades e
dispensationem, omnes irregularitates et impedimentos, devem ser mencionadas
impedimenta indicanda sunt; attamen, todas as irregularidades e impedimentos;
dispensatio generalis valet etiam pro contudo, a dispensa geral vale também
reticitis bona fide, exceptis irregularitatibus para os que tiverem sido ocultos de boa fé,
de quibus in can. 1041, n. 4, aliisve ad excetuadas as irregularidades
forum iudiciale deductis, non autem pro mencionadas no cân. 1041, n. 4, ou outras
reticitis mala fide. levadas ao foro judicial; não vale porém
para as ocultas de má fé.
§ 2. Si agatur de irregularitate ex voluntario § 2. Tratando-se de irregularidade por
homicidio aut ex procurato abortu, etiam homicídio voluntário ou por aborto
numerus delictorum ad validitatem provocado, para a validade da dispensa
dispensationis exprimendus est. deve-se indicar também o número de
delitos.
§ 3. Dispensatio generalis ab § 3. A dispensa geral das irregularidades e
irregularitatibus et impedimentis ad ordines impedimentos para receber ordens vale
recipiendos valet pro omnibus ordinibus. para todas as ordens.

Art. 4. DE DOCUMENTIS REQUISITIS ET Art. 4 Dos Documentos Requeridos e do


DE SCRUTINIO Escrutínio
Can. 1050 - Ut quis ad sacros ordines Cân. 1050 - Para que alguém possa ser
promoveri possit, sequentia requiruntur promovido às ordens sagradas, requerem-
documenta: se os seguintes documentos:
1° testimonium de studiis rite peractis 1° - certificado de estudos devidamente
ad normam can. 1032; concluídos, segundo a norma do cân.
1032;
2° si agatur de ordinandis ad 2° - certificado de recepção do
presbyteratum, testimonium recepti diaconato, se se trata de ordenação para o
diaconatus; presbiterato;
3° si agatur de promovendis ad 3° - certificado de recepção do batismo
diaconatum, testimonium recepti baptismi e confirmação, se se trata da promoção ao
et confirmationis, atque receptorum diaconato e da recepção dos ministérios
ministeriorum de quibus in can. 1035; item mencionados no cân.1036; se o ordenado
testimonium factae declarationis de qua in é casado e se destina ao diaconato
can. 1036, necnon, si ordinandus qui permanente, os certificados da celebração
promovendus est ad diaconatum do matrimônio e do consentiment o da
permanentem sit uxoratus, testimonia esposa.
celebrati matrimonii et consensus uxoris.

Can. 1051 - Ad scrutinium de qualitatibus Cân. 1051 - Quanto ao escrutínio sobre as


in ordinando requisitis quod attinet, qualidades requeridas no ordenando,
serventur praescripta quae sequuntur: observem-se as prescrições seguintes:
1° habeatur testimonium rectoris 1° - haja o testemunho do reitor do
seminarii vel domus formationis de seminário ou casa de formação sobre as
qualitatibus ad ordinem recipiendum qualidades requeridas para se receber a
requisitis, scilicet de candidati recta ordem, isto é, doutrina reta do candidato,
doctrina, genuina pietate, bonis moribus, piedade genuína, bons costumes, aptidão
aptitudine ad ministerium exercendum; para o ministério; e sobre sua saúde física
itemque, rite peracta inquisitione, de eius e psíquica, após diligente investigação;
statu valetudinis physicae et psychicae;
2° Episcopus dioecesanus aut Superior 2° - o Bispo diocesano ou o Superior
maior, ut scrutinium rite peragatur, potest maior, para que o escrutínio se faça
alia adhibere media quae sibi, pro temporis convenientemente, pode empregar outros
et loci adiunctis, utilia videantur, uti sunt meios que lhe pareçam úteis, segundo as
litterae testimoniales, publicationes vel circunstâncias de tempo e lugar, tais como
aliae informationes. cartas testemunhais, proclamas e outras
informações.

Can. 1052 - § 1. Ut Episcopus Cân. 1052 - § 1. Para que o Bispo possa


ordinationem iure proprio conferens ad proceder à ordenação que confere por
eam procedere possit, ipsi constare debet direito próprio, deve-lhe constar que estão
documenta, de quibus in can. 1050, prontos os documentos mencionados no
praesto esse atque, scrutinio ad normam cân. 1050, e que, feito o escrutínio de
iuris peracto, idoneitatem candidati positivis acordo com o direito, está provada com
argumentis esse probatam. argumentos positivos a idoneidade do
candidato.
§ 2. Ut Episcopus ad ordinationem § 2. Para que o Bispo proceda à ordenação
procedat alieni subditi, sufficit ut litterae de um súdito alheio, basta que as cartas
dimissoriae referant eadem documenta dimissórias declarem que esses
praesto esse, scrutinium ad normam iuris documentos estão prontos, que foi feito o
esse peractum atque de idoneitate escrutínio de acordo com o direito e que
candidati constare; quod si promovendus consta da idoneidade do candidato; se o
sit sodalis instituti religiosi aut societatis candidato é membro de um instituto
vitae apostolicae, eaedem litterae insuper religioso ou de uma sociedade de vida
testari debent ipsum in institutum vel apostólica, essas cartas, além disso,
societatem definitive cooptatum fuisse et devem testemunhar que ele foi adscrito
esse subditum Superioris qui dat litteras. definitivamente e que é súdito do Superior
que expede as cartas.
§ 3. Si, his omnibus non obstantibus, ob § 3. Não obstante tudo isso, se o Bispo tem
certas rationes Episcopus dubitat num boas razões para duvidar da idoneidade do
candidatus sit idoneus ad ordines candidato à ordenação, não o ordene.
recipiendos, eundem ne promoveat.
CAPUT III. DE ADNOTATIONE AC Capítulo III DA ANOTAÇÃO E DO
TESTIMONIO PERACTAE CERTIFICADO DA ORDENAÇÃO
ORDINATIONIS
Can. 1053 - § 1. Expleta ordinatione, Cân. 1053 - § 1. Terminada a ordenação, o
nomina singulorum ordinatorum ac ministri nome de cada um dos ordenados e do
ordinantis, locus et dies ordinationis ministro ordenante, o lugar e o dia da
notentur in peculiari libro apud curiam loci ordenação sejam registrados em livro
ordinationis diligenter custodiendo, et especial, a ser guardado cuidadosamente
omnia singularum ordinationum documenta na cúria do lugar da ordenação; além
accurate serventur. disso, conservem- se cuidadosamente
todos os documentos de cada uma das
ordenações.
§ 2. Singulis ordinatis det Episcopus § 2. O Bispo ordenante dê a cada um dos
ordinans authenticum ordinationis receptae ordenados um certificado autêntico da
testimonium; qui, si ab Episcopo extraneo ordenação recebida; estes, se tiverem sido
cum litteris dimissoriis promoti fuerint, illud ordenados por um Bispo estranho, com
proprio Ordinario exhibeant pro ordinationis cartas dimissória, apresentem esse
adnotatione in speciali libro in archivo certificado ao próprio Ordinário para a
servando. anotação no livro especial, que deve ser
guardado no arquivo.

Can. 1054 - Loci Ordinarius, si agatur de Cân. 1054 - O Ordinário do lugar, tratando-
saecularibus, aut Superior maior se de seculares, ou o Superior maior
competens, si agatur de ipsius subditis, competente, tratando-se de seus súditos,
notitiam uniuscuiusque celebratae comunique cada uma das ordenações
ordinationis transmittat ad parochum loci realizadas ao pároco do lugar do batismo,
baptismi, qui id adnotet in suo baptizatorum para que este a registre no seu livro de
libro, ad normam can. 535, § 2. batizados, de acordo com o can. 535 § 2.

TITULUS VII. DE MATRIMONIO TÍTULO VII DO MATRIMÔNIO


Can. 1055 - § 1. Matrimoniale foedus, quo Cân. 1055 - § 1. O pacto matrimonial, pela
vir et mulier inter se totius vitae consortium qual o homem e mulher constituem entre si
constituunt, indole sua naturali ad bonum o consórcio de toda a vida, por sua índole
coniugum atque ad prolis generationem et natural ordenado ao bem dos cônjuges e à
educationem ordinatum, a Christo Domino geração e educação da prole, entre
ad sacramenti dignitatem inter baptizatos batizados foi por Cristo Senhor elevado à
evectum est. dignidade de sacramento.
§ 2. Quare inter baptizatos nequit § 2. Portanto, entre batizados não pode
matrimonialis contractus validus consistere, haver contrato matrimonial válido que não
quin sit eo ipso sacramentum. seja por isso mesmo sacramento.

Can. 1056 - Essentiales matrimonii Cân. 1056 - As propriedades essenciais do


proprietates sunt unitas et indissolubilitas, matrimônio são a unidade e a
quae in matrimonio christiano ratione indissolubilidade que, no matrimônio
sacramenti peculiarem obtinent firmitatem. cristão, recebem firmeza especial em
virtude do sacramento.

Can. 1057 - § 1. Matrimonium facit partium Cân. 1057 - § 1. É o consentimento das


consensus inter personas iure habiles partes legitimamente manifestado entre
legitime manifestatus, qui nulla humana pessoas juridicamente hábeis que faz o
potestate suppleri valet. matrimônio; esse consentimento não pode
ser suprido por nenhum poder humano.
§ 2. Consensus matrimonialis est actus § 2. O consentimento matrimonial é o ato
voluntatis, quo vir et mulier foedere de vontade pelo qual um homem e uma
irrevocabili sese mutuo tradunt et accipiunt mulher, por aliança irrevogável, se
ad constituendum matrimonium. entregam e se recebem mutuamente para
constituir matrimônio.

Can. 1058 - Omnes possunt matrimonium Cân. 1058 - Podem contrair matrimônio
contrahere, qui iure non prohibentur. todos os que não são proibidos pelo direito.

Can. 1059 - Matrimonium catholicorum, Cân. 1059 - O matrimônio dos católicos,


etsi una tantum pars sit catholica, regitur mesmo que só uma das partes seja
iure non solum divino, sed etiam canonico, católica, rege-se não só pelo direito divino,
salva competentia civilis potestatis circa mas também pelo canônico, salva a
mere civiles eiusdem matrimonii effectus. competência do poder civil sobre os efeitos
meramente civis desse matrimônio.

Can. 1060 - Matrimonium gaudet favore Cân. 1060 - O matrimônio goza do favor do
iuris; quare in dubio standum est pro valore direito; portanto, em caso de dúvida, deve-
matrimonii, donec contrarium probetur. se estar pela validade do matrimônio,
enquanto não se prova o contrário.

Can. 1061 - § 1. Matrimonium inter Cân. 1061 - § 1. O matrimônio válido entre


baptizatos validum dicitur ratum tantum, si os batizados chama - se só ratificado, se
non est consummatum; ratum et não foi consumado; ratificado e
consummatum, si coniuges inter se consumado, se os cônjuges realizaram
humano modo posuerunt coniugalem entre si, de modo humano, o ato conjugal
actum per se aptum ad prolis apto por si para a geração de prole, ao
generationem, ad quem natura sua qual por sua própria natureza se ordena o
ordinatur matrimonium, et quo coniuges matrimônio, e pelo qual os cônjuges se
fiunt una caro. tornam uma só carne.
§ 2. Celebrato matrimonio, si coniuges § 2. Se os cônjuges tiverem coabitado
cohabitaverint, praesumitur consummatio, após a celebração do matrimônio, presume-
donec contrarium probetur. se a consumação, enquanto não se prova
o contrário.
§ 3. Matrimonium invalidum dicitur § 3. O matrimônio inválido chama-se
putativum, si bona fide ab una saltem parte putativo, se tiver sido celebrado de boa fé
celebratum fuerit, donec utraque pars de ao menos por uma das partes, enquanto
eiusdem nullitate certa evadat. ambas as partes não se certificarem de
sua nulidade.

Can. 1062 - § 1. Matrimonii promissio sive Cân. 1062 - § 1. A promessa de


unilateralis sive bilateralis, quam sponsalia matrimônio, tanto unilateral como bilateral,
vocant, regitur iure particulari, quod ab denominada esponsais, rege-se pelo
Episcoporum conferentia, habita ratione direito particular estabelecido pela
consuetudinum et legum civilium, si quae Conferência dos Bispos, levando- se em
sint, statutum fuit. conta os costumes e as leis civis, se as
houver.
§ 2. Ex matrimonii promissione non datur § 2. Da promessa de matrimônio não cabe
actio ad petendam matrimonii ação para exigir a celebração do
celebrationem; datur tamen ad matrimônio, mas cabe ação para reparação
reparationem damnorum, si qua debeatur. dos danos, se for devida.

CAPUT I. DE CURA PASTORALI ET DE Capítulo I DO CUIDADO PASTORAL E DO


IIS QUAE MATRIMONII CELEBRATIONI QUE DEVE ANTECEDER A
PRAEMITTI DEBENT CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO
Can. 1063 - Pastores animarum obligatione Cân. 1063 - Os pastores de almas têm a
tenentur curandi ut propria ecclesiastica obrigação de cuidar que a própria
communitas christifidelibus assistentiam comunidade eclesial preste assistência aos
praebeat, qua status matrimonialis in spiritu fiéis, para que o estado matrimonial se
christiano servetur et in perfectione mantenha no espírito cristão e progrida na
progrediatur. Haec assistentia imprimis perfeição. Essa assistência deve prestar-se
praebenda est: sobretudo:
1° praedicatione, catechesi minoribus, 1° - pela pregação, pela catequese
iuvenibus et adultis aptata, immo usu apropriada aos menores, aos jovens e
instrumentorum communicationis socialis, adultos, mesmo com o uso dos meios de
quibus christifideles de significatione comunicação social, com que sejam os
matrimonii christiani deque munere fiéis instruídos sobre o sentido do
coniugum ac parentum christianorum matrimônio e o papel dos cônjuges e pais
instituantur; cristãos;
2° praeparatione personali ad 2° - com a preparação pessoal para
matrimonium ineundum, qua sponsi ad novi contrair matrimônio, pela qual os noivos se
sui status sanctitatem et officia disponham para a santidade e deveres do
disponantur; seu novo estado;
3° fructuosa liturgica matrimonii 3° - com a frutuosa celebração litúrgica
celebratione, qua eluceat coniuges do matrimônio, pela qual se manifeste
mysterium unitatis et fecundi amoris inter claramente que os cônjuges simbolizam o
Christum et Ecclesiam significare atque mistério da unidade e do amor fecundado
participare; entre Cristo e a Igreja, e dele participam;
4° auxilio coniugatis praestito, ut ipsi 4° - com o auxílio prestado aos casados
foedus coniugale fideliter servantes atque para que, guardando e defendendo
tuentes, ad sanctiorem in dies fielmente a aliança conjugal, cheguem a
plenioremque in familia vitam ducendam levar na família uma vida cada vez mais
perveniant. santa e plena.

Can. 1064 - Ordinarii loci est curare ut Cân. 1064 - Compete ao Ordinário local
debite ordinetur eadem assistentia, auditis cuidar que essa assistência seja
etiam, si opportunum videatur, viris et devidamente organizada, ouvindo, se
mulieribus experientia et peritia probatis. parecer oportuno, homens e mulheres de
comprovada experiência e competência.

Can. 1065 - § 1. Catholici qui sacramentum Cân. 1065 - § 1. Os católicos, que ainda
confirmationis nondum receperint, illud, não receberam o sacramento da
antequam ad matrimonium admittantur, confirmação, recebam-no antes de serem
recipiant, si id fieri possit sine gravi admitidos ao matrimônio, se isto for
incommodo. possível fazer sem grave incômodo.
§ 2. Ut fructuose sacramentum matrimonii § 2. Para que o sacramento do matrimônio
recipiatur, enixe sponsis commendatur, ut seja recebido com fruto, recomenda-se
ad sacramenta paenitentiae et insistentemente aos noivos que se
sanctissimae Eucharistiae accedant. aproximem dos sacramentos da penitência
e da santíssima Eucaristia.

Can. 1066 - Antequam matrimonium Cân. 1066 - Antes da celebração do


celebretur, constare debet nihil eius validae matrimônio, deve constar que nada impede
ac licitae celebrationi obsistere. a sua válida e lícita celebração.

Can. 1067 - Episcoporum conferentia Cân. 1067 - A Conferência dos Bispos


statuat normas de examine sponsorum, estabeleça normas sobre o exame dos
necnon de publicationibus matrimonialibus noivos, sobre os proclamas matrimoniais e
aliisve opportunis mediis ad investigationes outros meios oportunos para se fazerem as
peragendas, quae ante matrimonium investigações que são necessárias antes
necessaria sunt, quibus diligenter do matrimônio, e assim, tudo
observatis, parochus procedere possit ad cuidadosamente observado, possa o
matrimonio assistendum. pároco proceder a assistência do
matrimônio.

Can. 1068 - In periculo mortis, si aliae Cân. 1068 - Em perigo de morte, não
probationes haberi nequeant, sufficit, nisi sendo possível obter outras provas e não
contraria adsint indicia, affirmatio havendo indícios em contrário, basta a
contrahentium, si casus ferat etiam iurata, afirmação dos nubentes, mesmo sob
se baptizatos esse et nullo detineri juramento, se for o caso, de que são
impedimento. batizados e não existe nenhum
impedimento.

Can. 1069 - Omnes fideles obligatione Cân. 1069 - Todos os fiéis têm a obrigação
tenentur impedimenta, si quae norint, de manifestar ao pároco ou ao Ordinário
parocho aut loci Ordinario, ante matrimonii local, antes da celebração do matrimônio,
celebrationem, revelandi. os impedimentos de que tenham
conhecimento.

Can. 1070 - Si alius quam parochus, cuius Cân. 1070 - Se outro tiver feito as
est assistere matrimonio, investigationes investigações, e não o pároco a quem
peregerit, de harum exitu quam primum per compete assistir ao matrimônio, informe
authenticum documentum eundem quanto antes, por documento autêntico, o
parochum certiorem reddat. resultado ao pároco.

Can. 1071 - § 1. Excepto casu necessitatis, Cân. 1071 - § 1. Exceto em caso de


sine licentia Ordinarii loci ne quis assistat: necessidade, sem a licença do Ordinário
local, ninguém assista:
1° matrimonio vagorum; 1° - a matrimônio de vagantes;
2° matrimonio quod ad normam legis 2° - a matrimônio que não possa ser
civilis agnosci vel celebrari nequeat; reconhecido ou celebrado civilmente;
3° matrimonio eius qui obligationibus 3° - a matrimônio de quem tem
teneatur naturalibus erga aliam partem obrigações naturais, originadas de união
filiosve ex praecedenti unione ortis; precedente, para com outra parte ou para
com filhos;
4° matrimonio eius qui notorie 4° - a matrimônio de quem tenha
catholicam fidem abiecerit; abandonado notoriamente a fé católica;
5° matrimonio eius qui censura 5° - a matrimônio de quem esteja sob
innodatus sit; alguma censura;
6° matrimonio filii familias minoris, 6° - a matrimônio de menor, sem o
insciis aut rationabiliter invitis parentibus; conhecimento ou contra a vontade
razoável de seus pais;
7° matrimonio per procuratorem 7° - a matrimônio a ser contraído por
ineundo, de quo in can. 1105. procurador, mencionado no cân. 1105.
§ 2. Ordinarius loci licentiam assistendi § 2. O Ordinário local não conceda licença
matrimonio eius qui notorie catholicam para assistir a matrimônio de quem tenha
fidem abiecerit ne concedat, nisi servatis abandonado notoriamente a fé católica, a
normis de quibus in can. 1125, congrua não ser observando-se as normas
congruis referendo. mencionadas no cân. 1125, com as
devidas adaptações.

Can. 1072 - Curent animarum pastores a Cân. 1072 - Os pastores de almas


matrimonii celebratione avertere iuvenes procurem afastar do matrimônio os jovens
ante aetatem, qua secundum regionis antes da idade em que se usa contrair o
receptos mores matrimonium iniri solet. matrimônio, conforme o costume de cada
região.

CAPUT II. DE IMPEDIMENTIS Capítulo II DOS IMPEDIMENTOS DI


DIRIMENTIBUS IN GENERE RIMENTES EM GERAL
Can. 1073 - Impedimentum dirimens Cân. 1073 - O impedimento dirimente torna
personam inhabilem reddit ad matrimonium a pessoa inábil para contrair validamente o
valide contrahendum. matrimônio.

Can. 1074 - Publicum censetur Cân. 1074 - Considera-se público o


impedimentum, quod probari in foro impedimento que se pode provar no foro
externo potest; secus est occultum. externo; caso contrário, é oculto.

Can. 1075 - § 1. Supremae tantum Cân. 1075 - § 1. Compete exclusivamente


Ecclesiae auctoritatis est authentice à autoridade suprema da Igreja declarar
declarare quandonam ius divinum autenticamente em que casos o direito
matrimonium prohibeat vel dirimat. divino proíbe ou dirime o matrimônio.
§ 2. Uni quoque supremae auctoritati ius § 2. É também direito exclusivo da
est alia impedimenta pro baptizatis autoridade suprema estabelecer outros
constituere. impedimentos para os batizados.

Can. 1076 - Consuetudo novum Cân. 1076 - É reprovado o costume que


impedimentum inducens aut impedimentis introduza algum impedimento novo ou que
exsistentibus contraria reprobatur. seja contrário aos impedimentos
existentes.

Can. 1077 - § 1. Ordinarius loci propriis Cân. 1077 - § 1. Em caso especial, o


subditis ubique commorantibus et omnibus Ordinário local pode proibir o matrimônio
in proprio territorio actu degentibus vetare aos seus súditos, onde quer que se
potest matrimonium in casu peculiari, sed encontrem, e a todos os que se acham em
ad tempus tantum, gravi de causa eaque seu território; mas isso, só
perdurante. temporariamente, por causa grave e
enquanto esta perdura.
§ 2. Vetito clausulam dirimentem una § 2. Somente a autoridade suprema pode
suprema Ecclesiae auctoritas addere acrescentar uma cláusula dirimente a essa
potest. proibição.

Can. 1078 - § 1. Ordinarius loci proprios Cân. 1078 - § 1. O Ordinário local pode
subditos ubique commorantes et omnes in dispensar os seus súditos, onde quer que
proprio territorio actu degentes ab omnibus se encontrem, e todos os que se acham no
impedimentis iuris ecclesiastici dispensare seu território, de todos os impedimentos de
potest, exceptis iis, quorum dispensatio direito eclesiástico, exceto aqueles cuja
Sedi Apostolicae reservatur. dispensa se reserva à Sé Apostólica.
§ 2. Impedimenta quorum dispensatio Sedi § 2. Os impedimentos cuja dispensa se
Apostolicae reservatur sunt: reserva à Sé Apostólica são:
1° impedimentum ortum ex sacris 1° - o impedimento proveniente de
ordinibus aut ex voto publico perpetuo ordens sagradas ou do voto público
castitatis in instituto religioso iuris pontificii; perpétuo de castidade num instituto
religioso de direito pontifício;
2° impedimentum criminis de quo in 2° - o impedimento de crime
can. 1090. mencionado no cân. 1090.
§ 3. Numquam datur dispensatio ab § 3. Nunca se dá dispensa do impedimento
impedimento consanguinitatis in linea recta de consangüinidade em linha reta ou no
aut in secundo gradu lineae collateralis. segundo grau da linha colateral.

Can. 1079 - § 1. Urgente mortis periculo, Cân. 1079 - § 1. Urgindo o perigo de


loci Ordinarius potest tum super forma in morte, o Ordinário local pode dispensar
matrimonii celebratione servanda, tum seus súditos, onde quer que se encontrem,
super omnibus et singulis impedimentis e todos os que se achem no seu território,
iuris ecclesiastici sive publicis sive occultis, seja de observar a forma prescrita na
dispensare proprios subditos ubique celebração do matrimônio, seja de todos e
commorantes et omnes in proprio territorio cada um dos impedimentos de direito
actu degentes, excepto impedimento orto eclesiástico, públicos ou ocultos, com
ex sacro ordine presbyteratus. exceção do impedimento proveniente da
sagrada ordem do presbiterato.
§ 2. In eisdem rerum adiunctis, de quibus in § 2. Nas mesmas circunstâncias de que
§ 1, sed solum pro casibus in quibus ne loci trata o § 1, mas somente nos casos em
quidem Ordinarius adiri possit, eadem que não se possa recorrer ao Ordinário
dispensandi potestate pollet tum parochus, local, têm o mesmo poder de dispensar
tum minister sacer rite delegatus, tum seja o pároco, o ministro sagrado
sacerdos vel diaconus qui matrimonio, ad devidamente delegado e o sacerdote ou
normam can. 1116, § 2, assistit. diácono que assiste ao matrimônio, de
acordo com o cân. 1116, § 2.
§ 3. In periculo mortis confessarius gaudet § 3. Em perigo de morte, o confessor tem
potestate dispensandi ab impedimentis poder de dispensar, no foro interno dos
occultis pro foro interno sive intra sive extra impedimentos ocultos, no foro interno,
actum sacramentalis confessionis. dentro ou fora do ato da confissão
sacramental.
§ 4. In casu de quo in § 2, loci Ordinarius § 4. No caso mencionado no § 2, considera-
censetur adiri non posse, si tantum per se que não se pode recorrer ao Ordinário
telegraphum vel telephonum id fieri possit. local, se só for possível fazê- lo por
telégrafo ou por telefone.

Can. 1080 - § 1. Quoties impedimentum Cân. 1080 - § 1. Sempre que o


detegatur cum iam omnia sunt parata ad impedimento se descobre quando tudo já
nuptias, nec matrimonium sine probabili está preparado para as núpcias, e o
gravis mali periculo differri possit matrimônio não pode ser adiado sem
usquedum a competenti auctoritate provável perigo de grave mal, até que se
dispensatio obtineatur, potestate gaudent obtenha a dispensa da autoridade
dispensandi ab omnibus impedimentis, iis competente, tem o poder de dispensar de
exceptis de quibus in can. 1078, § 2, n. 1, todos os impedimentos, exceto os
loci Ordinarius et, dummodo casus sit mencionados no cân. 1078, § 2, n. 1, o
occultus, omnes de quibus in can. 1079, Ordinário local e também todos os
§§ 2-3, servatis condicionibus ibidem mencionados no cân.1079, §§ 2 e 3,
praescriptis. observadas as condições aí prescritas.
§ 2. Haec potestas valet etiam ad § 2. Esse poder vale também para
matrimonium convalidandum, si idem convalidar o matrimônio, se houver perigo
periculum sit in mora nec tempus suppetat na demora e não houver tempo para
recurrendi ad Sedem Apostolicam vel ad recorrer à Sé Apostólica, ou ao Ordinário
loci Ordinarium, quod attinet ad local no que se refere aos impedimentos
impedimenta a quibus dispensare valet. de que este pode dispensar.

Can. 1081 - Parochus aut sacerdos vel Cân. 1081 - O pároco, ou o sacerdote ou
diaconus, de quibus in can. 1079, § 2, de diácono mencionados no cân. 1079, § 2,
concessa dispensatione pro foro externo informe imediatamente o Ordinário local
Ordinarium loci statim certiorem faciat; sobre a dispensa concedida para o foro
eaque adnotetur in libro matrimoniorum. externo; seja ela anotada no livro de
casamento.

Can. 1082 - Nisi aliud ferat Paenitentiariae Cân. 1082 - A não ser que o rescrito da
rescriptum, dispensatio in foro interno non penitenciaria determine o contrário, a
sacramentali concessa super impedimento dispensa de impedimento oculto concedida
occulto, adnotetur in libro, qui in secreto no foro interno não sacramental seja
curiae archivo asservandus est, nec alia anotada no livro a ser guardado no arquivo
dispensatio pro foro externo est secreto da cúria; não será necessária outra
necessaria, si postea occultum dispensa no foro externo, se mais tarde o
impedimentum publicum evaserit. impedimento se tornar público.

CAPUT III. DE IMPEDIMENTIS Capítulo III DOS IMPEDIMENTOS


DIRIMENTIBUS IN SPECIE DIRIMENTES EM ESPECIAL
Can. 1083 - § 1. Vir ante decimum sextum Cân. 1083 - § 1. O homem antes dos
aetatis annum completum, mulier ante dezesseis anos completos e a mulher
decimum quartum item completum, antes dos catorze também completos não
matrimonium validum inire non possunt. podem contrair matrimônio válido.
§ 2. Integrum est Episcoporum § 2. Compete a conferência dos Bispos
conferentiae aetatem superiorem ad licitam estabelecer uma idade superior para a
matrimonii celebrationem statuere. celebração lícita do matrimônio.
Can. 1084 - § 1. Impotentia coeundi Cân. 1084 - § 1. A impotência para
antecedens et perpetua, sive ex parte viri copular, antecedente e perpétua, absoluta
sive ex parte mulieris, sive absoluta sive ou relativa, por parte do homem ou da
relativa, matrimonium ex ipsa eius natura mulher, dirime o matrimônio por sua
dirimit. própria natureza.
§ 2. Si impedimentum impotentiae dubium § 2. Se o impedimento de impotência for
sit, sive dubio iuris sive dubio facti, duvidoso, por dúvida quer de direito quer
matrimonium non est impediendum nec, de fato, não se pode impedir o matrimônio
stante dubio, nullum declarandum. nem, permanecendo a dúvida, declará-lo
nulo.
§ 3. Sterilitas matrimonium nec prohibet § 3. A esterilidade não proíbe nem dirime o
nec dirimit, firmo praescripto can. 1098. matrimônio, salva a prescrição do cân.
1098.

Can. 1085 - § 1. Invalide matrimonium Cân. 1085 - § 1. Tenta invalidamente


attentat qui vinculo tenetur prioris contrair matrimônio quem está ligado pelo
matrimonii, quamquam non consummati. vínculo de matrimônio anterior, mesmo que
este matrimônio não tenha sido
consumado.
§ 2. Quamvis prius matrimonium sit irritum § 2. Ainda que o matrimônio anterior tenha
aut solutum qualibet ex causa, non ideo sido nulo ou dissolvido por qualquer causa,
licet aliud contrahere, antequam de prioris não é lícito contrair outro, antes que conste
nullitate aut solutione legitime et certo legitimamente e com certeza a nulidade ou
constiterit. a dissolução do primeiro.

Can. 1086 - § 1. Matrimonium inter duas Cân. 1086 - § 1. É inválido o matrimônio


personas, quarum altera sit baptizata in entre duas pessoas, uma das quais tenha
Ecclesia catholica vel in eandem recepta, sido batizada na Igreja católica ou nela
et altera non baptizata, invalidum est. recebida, e outra não é batizada.
§ 2. Ab hoc impedimento ne dispensetur, § 2. Não se dispense desse impedimento,
nisi impletis condicionibus de quibus in a não ser cumpridas as condições
cann. 1125 et 1126. mencionadas nos cânn. 1125 e 1126.
§ 3. Si pars tempore contracti matrimonii § 3. Se, no tempo em que se contraiu
tamquam baptizata communiter habebatur matrimônio, uma parte era tida comumente
aut eius baptismus erat dubius, como batizada ou seu batismo era
praesumenda est, ad normam can. 1060, duvidoso, deve-se presumir a validade do
validitas matrimonii, donec certo probetur matrimônio, de acordo com o cân. 1060,
alteram partem baptizatam esse, alteram até que se prove com certeza que uma das
vero non baptizatam. partes era batizada e a outra não.

Can. 1087 - Invalide matrimonium Cân. 1087 - Tentam invalidamente o


attentant, qui in sacris ordinibus sunt matrimônio os que receberam ordens
constituti. sagradas.

Can. 1088 - Invalide matrimonium Cân. 1088 - Tentam invalidamente o


attentant, qui voto publico perpetuo matrimônio os que estão ligados por voto
castitatis in instituto religioso adstricti sunt. público perpétuo de castidade num instituto
religioso.
Can. 1089 - Inter virum et mulierem Cân. 1089 - Entre um homem e uma
abductam vel saltem retentam intuitu mulher arrebatada violentamente ou retida
matrimonii cum ea contrahendi, nullum com intuito de casamento, não pode existir
matrimonium consistere potest, nisi postea matrimônio, a não ser que depois a mulher,
mulier a raptore separata et in loco tuto ac separada do raptor e colocada em lugar
libero constituta, matrimonium sponte seguro e livre, escolhe espontaneamente o
eligat. matrimônio.

Can. 1090 - § 1. Qui intuitu matrimonii cum Cân. 1090 - § 1. Quem, com o intuito de
certa persona ineundi, huius coniugi vel contrair matrimônio com determinada
proprio coniugi mortem intulerit, invalide pessoa, tiver causado a morte do cônjuge
hoc matrimonium attentat. desta, ou do próprio cônjuge, tenta
invalidamente este matrimônio.
§ 2. Invalide quoque matrimonium inter se § 2. Tentam invalidamente o matrimônio
attentant qui mutua opera physica vel entre si também aqueles que, por mútua
morali mortem coniugi intulerunt. cooperação física ou moral, causaram a
morte do cônjuge.

Can. 1091 - § 1. In linea recta Cân. 1091 - § 1. Na linha reta de


consanguinitatis matrimonium irritum est consangüinidade, é nulo o matrimônio
inter omnes ascendentes et descendentes entre todos os ascendentes e
tum legitimos tum naturales. descendentes, tanto legítimos como
naturais.
§ 2. In linea collaterali irritum est usque ad § 2. Na linha colateral, é nulo o matrimônio
quartum gradum inclusive. até o quarto grau inclusive.
§ 3. Impedimentum consanguinitatis non § 3. O impedimento de consangüinidade
multiplicatur. não se multiplica.
§ 4. Numquam matrimonium permittatur, si § 4. Nunca se permita o matrimônio,
quod subest dubium num partes sint havendo alguma dúvida se as partes são
consanguineae in aliquo gradu lineae consangüíneas em algum grau de linha
rectae aut in secundo gradu lineae reta ou no segundo grau da linha colateral.
collateralis.

Can. 1092 - Affinitas in linea recta dirimit Cân. 1092 - A afinidade em linha reta torna
matrimonium in quolibet gradu. nulo o matrimônio em qualquer grau.

Can. 1093 - Impedimentum publicae Cân. 1093 - O impedimento de


honestatis oritur ex matrimonio invalido honestidade pública origina-se de
post instauratam vitam communem aut ex matrimônio inválido, depois de instaurada a
notorio vel publico concubinatu; et nuptias vida comum, ou de um concubinato notório
dirimit in primo gradu lineae rectae inter e público; e torna nulo o matrimônio no
virum et consanguineas mulieris, ac vice primeiro grau da linha reta entre o homem
versa. e as consangüíneas da mulher, e vice-
versa.

Can. 1094 - Matrimonium inter se valide Cân. 1094 - Não podem contrair
contrahere nequeunt qui cognatione legali validamente matrimônio os que estão
ex adoptione orta, in linea recta aut in ligados por parentesco legal surgido de
secundo gradu lineae collateralis, coniuncti adoção, em linha reta ou no segundo grau
sunt. da linha colateral.
CAPUT IV. DE CONSENSU Capítulo IV DO CONSENTIMENTO
MATRIMONIALI MATRIMONIAL
Can. 1095 - Sunt incapaces matrimonii Cân. 1095 - São incapazes de contrair
contrahendi: matrimônio:
1° qui sufficienti rationis usu carent; 1°- os que não têm suficiente uso da
razão;
2° qui laborant gravi defectu discretionis 2°- os que tem grave falta de discrição
iudicii circa iura et officia matrimonialia de juízo a respeito dos direitos e
essentialia mutuo tradenda et acceptanda; obrigações essenciais do matrimônio, que
se devem mutuamente dar e receber;
3° qui ob causas naturae psychicae 3°- Os que não são capazes de
obligationes matrimonii essentiales assumir as obrigações essenciais do
assumere non valent. matrimônio, por causas de natureza
psíquica.

Can. 1096 - § 1. Ut consensus Cân. 1096 - § 1. Para que possa haver


matrimonialis haberi possit, necesse est ut consentimento matrimonial, é necessário
contrahentes saltem non ignorent que os contraentes não ignorem, pelo
matrimonium esse consortium permanens menos, que o matrimônio é um consórcio
inter virum et mulierem ordinatum ad permanente entre homem e mulher,
prolem, cooperatione aliqua sexuali, ordenado à procriação da prole por meio
procreandam. de alguma cooperação sexual.
§ 2. Haec ignorantia post pubertatem non § 2. Essa ignorância não se presume
praesumitur. depois da puberdade.

Can. 1097 - § 1. Error in persona invalidum Cân. 1097 - § 1. O erro de pessoa torna
reddit matrimonium. inválido o matrimônio.
§ 2. Error in qualitate personae, etsi det § 2. O erro de qualidade da pessoa,
causam contractui, matrimonium irritum embora seja causa do contrato, não torna
non reddit, nisi haec qualitas directe et nulo o matrimônio, salvo se essa qualidade
principaliter intendatur. for direta e principalmente visada.

Can. 1098 - Qui matrimonium init deceptus Cân. 1098 - Quem contrai matrimônio,
dolo, ad obtinendum consensum patrato, enganado por dolo perpetrado para obter o
circa aliquam alterius partis qualitatem, consentimento matrimonial, a respeito de
quae suapte natura consortium vitae alguma qualidade da outra parte, e essa
coniugalis graviter perturbare potest, qualidade, por sua natureza, possa
invalide contrahit. perturbar gravemente o consórcio da vida
conjugal, contrai invalidamente.

Can. 1099 - Error circa matrimonii unitatem Cân. 1099 - O erro a respeito da unidade,
vel indissolubilitatem aut sacramentalem da indissolubilidade ou da dignidade
dignitatem, dummodo non determinet sacramental do matrimônio, contanto que
voluntatem, non vitiat consensum não determine a vontade, não vicia o
matrimonialem. consentimento matrimonial.

Can. 1100 - Scientia aut opinio nullitatis Cân. 1100 - A certeza ou opinião acerca da
matrimonii consensum matrimonialem non nulidade do matrimônio não exclui
necessario excludit. necessariamente o consentimento
matrimonial.

Can. 1101 - § 1. Internus animi consensus Cân. 1101 - § 1. Presume-se que o


praesumitur conformis verbis vel signis in consentimento interno está em
celebrando matrimonio adhibitis. conformidade com as palavras ou com os
sinais empregados na celebração do
matrimônio.
§ 2. At si alterutra vel utraque pars positivo § 2. Contudo, se uma das partes ou
voluntatis actu excludat matrimonium ambas, por ato positivo de vontade,
ipsum vel matrimonii essentiale aliquod excluem o próprio matrimônio, algum
elementum, vel essentialem aliquam elemento essencial do matrimônio ou
proprietatem, invalide contrahit. alguma propriedade essencial, contraem
invalidamente.

Can. 1102 - § 1. Matrimonium sub Cân. 1102 - § 1. Não se pode contrair


condicione de futuro valide contrahi nequit. validamente o matrimônio sob condição de
futuro.
§ 2. Matrimonium sub condicione de § 2. O matrimônio contraído sob condição
praeterito vel de praesenti initum est de passado ou de presente é válido ou
validum vel non, prout id quod condicioni não, conforme exista ou não aquilo que é
subest, exsistit vel non. objeto da condição.
§ 3. Condicio autem, de qua in § 2, licite § 3. Todavia, a condição, mencionada no
apponi nequit, nisi cum licentia Ordinarii § 2, não pode licitamente ser colocada sem
loci scripto data. a licença escrita do Ordinário local.

Can. 1103 - Invalidum est matrimonium Cân. 1103 - É inválido o matrimônio


initum ob vim vel metum gravem ab contraído por violência ou por medo grave
extrinseco, etiam haud consulto incussum, proveniente de causa externa, ainda que
a quo ut quis se liberet, eligere cogatur incutido não propositadamente, para se
matrimonium. livrar do qual alguém seja forçado a
escolher o matrimônio.

Can. 1104 - § 1. Ad matrimonium valide Cân. 1104 - § 1. Para contraírem


contrahendum necesse est ut contrahentes validamente o matrimônio, requer-se que
sint praesentes una simul sive per se ipsi, os contraentes se achem simultaneamente
sive per procuratorem. presentes, por si ou por meio de
procurador.
§ 2. Sponsi consensum matrimonialem § 2. Os noivos devem exprimir oralmente o
verbis exprimant; si vero loqui non possunt, consentimento matrimonial; mas se não
signis aequipollentibus. puderem falar, por sinais equivalentes.

Can. 1105 - § 1. Ad matrimonium per Cân. 1105 - § 1. Para se contrair


procuratorem valide ineundum requiritur: validamente o matrimônio por meio de
procurador, requer-se:
1° ut adsit mandatum speciale ad 1°- que haja mandato especial para
contrahendum cum certa persona; contrair com pessoa determinada;
2° ut procurator ab ipso mandante 2°- que o procurador seja designado
designetur, et munere suo per se ipse pelo próprio mandante e exerça
fungatur. pessoalmente seu encargo.
§ 2. Mandatum, ut valeat, subscribendum § 2. Para que o mandato valha, requer-se
est a mandante et praeterea a parocho vel que seja assinado pelo mandante e, além
Ordinario loci in quo mandatum datur, aut a disso, pelo pároco ou pelo Ordinário do
sacerdote ab alterutro delegato, aut a lugar onde se faz a procuração, ou por um
duobus saltem testibus; aut confici debet sacerdote delegado por um dos dois, ou ao
per documentum ad normam iuris civilis menos por duas testemunhas, ou então,
authenticum. que seja feito por documento autêntico, de
ac ordo com o direito civil.
§ 3. Si mandans scribere nequeat, id in § 3. Se o mandante não puder escrever,
ipso mandato adnotetur et alius testis anote-se isso no próprio mandato e
addatur qui scripturam ipse quoque acrescente-se mais outra testemunha, que
subsignet; secus mandatum irritum est. também assine o escrito; do contrário, o
mandato é nulo.
§ 4. Si mandans, antequam procurator eius § 4. Se o mandante, antes que o
nomine contrahat, mandatum revocaverit procurador contraia em nome dele, revogar
aut in amentiam inciderit, invalidum est o mandato ou cair em amência, o
matrimonium, licet sive procurator sive matrimônio é inválido, mesmo que o
altera pars contrahens haec ignoraverit. procurador ou a outra parte contraente
ignore esses fatos.

Can. 1106 - Matrimonium per interpretem Cân. 1106 - Pode-se contrair matrimônio
contrahi potest; cui tamen parochus ne por meio de intérprete; o pároco, porém,
assistat, nisi de interpretis fide sibi constet. não assista a esse matrimônio, a não ser
que lhe conste da fidelidade do intérprete.

Can. 1107 - Etsi matrimonium invalide Cân. 1107 - Embora o matrimônio tenha
ratione impedimenti vel defectus formae sido contraído invalidamente por causa de
initum fuerit, consensus praestitus algum impedimento ou por falta de forma,
praesumitur perseverare, donec de eius presume-se que o consentimento dado
revocatione constiterit. persevere, até que venha a constar sua
revogação.

CAPUT V. DE FORMA CELEBRATIONIS Capítulo V DA FORMA DA CELEBRAÇÃO


MATRIMONII DO MATRIMÔNIO
Can. 1108 - § 1. Ea tantum matrimonia Cân. 1108 - § 1. Somente são válidos os
valida sunt, quae contrahuntur coram loci matrimônios contraídos perante o Ordinário
Ordinario aut parocho aut sacerdote vel local ou o pároco, ou um sacerdote ou
diacono ab alterutro delegato qui assistant, diácono delegado por qualquer um dos
necnon coram duobus testibus, secundum dois como assistente, e além disso perante
tamen regulas expressas in canonibus qui duas testemunhas, de acordo porém com
sequuntur, et salvis exceptionibus de as normas estabelecidas nos cânones
quibus in cann. 144, 1112, § 1, 1116 et seguintes, e salvas as exceções contidas
1127, §§ 1-2. nos cânn. 144, 1112, § 1, 1116 e 1127,
§§ 1-2.
§ 2. Assistens matrimonio intellegitur § 2. Considera-se assistente do matrimônio
tantum qui praesens exquirit somente aquele que, estando presente,
manifestationem contrahentium consensus solicita a manifestação do consentimento
eamque nomine Ecclesiae recipit. dos contraentes, e a recebe em nome da
Igreja.
§ 3. Solus sacerdos valide assistit § 3. Só um sacerdote assiste validamente
matrimonio inter partes orientales vel inter ao matrimónio entre partes orientais ou
partem latinam et partem orientalem sive entre parte latina e parte oriental - católica
catholicam sive non catholicam. ou não católica.

Can. 1109 - Loci Ordinarius et parochus, Cân. 1109. - O Ordinário do lugar ou o


nisi per sententiam vel per decretum fuerint pároco, a não ser que por sentença ou
excommunicati vel interdicti vel suspensi decreto tenham sido excomungados ou
ab officio aut tales declarati, vi officii, intra interditos ou suspensos do ofício ou como
fines sui territorii, valide matrimoniis tais declarados, assistem validamente, em
assistunt non tantum subditorum sed etiam, virtude do ofício, dentro dos limites do
dummodo alterutra saltem pars sit próprio território, aos matrimónios não só
adscripta Ecclesiae latinae, non dos súbditos mas também, contanto que,
subditorum. ao menos, uma ou outra parte esteja
adscrita à Igreja latina, dos não súbditos.

Can. 1110 - Ordinarius et parochus Cân. 1110 - Somente quando pelo menos
personalis vi officii matrimonio solummodo um dos súditos está dentro dos limites de
eorum valide assistunt, quorum saltem sua jurisdição, o Ordinário ou pároco
alteruter subditus sit intra fines suae pessoal, em virtude de seu ofício, assiste
dicionis. validamente a seu matrimônio.

Can. 1111 - § 1. Loci Ordinarius et Cân. 1111 - § 1. O Ordinário do lugar e o


parochus, quamdiu valide officio funguntur, pároco, durante todo o tempo que
possunt facultatem intra fines sui territorii desempenharem validamente o ofício,
matrimoniis assistendi, etiam generalem, podem delegar em sacerdotes e em
sacerdotibus et diaconis delegare, firmo diáconos a faculdade, mesmo geral, de
tamen eo quod praescribit can. 1108 § 3. assistir a matrimónios dentro dos limites do
seu território, observado firmemente o
prescrito no § 3 do cânone 1108.
§ 2. Ut valida sit delegatio facultatis § 2. Para que seja válida a delegação para
assistendi matrimoniis, determinatis assistir a matrimônios, deve ser
personis expresse dari debet; si agitur de expressamente dada a pessoas
delegatione speciali, ad determinatum determinadas; tratando-se de delegação
matrimonium danda est; si vero agitur de especial, deve ser dada para um
delegatione generali, scripto est matrimônio determinado; tratando-se de
concedenda. delegação geral, deve ser dada por escrito.

Can. 1112 - § 1. Ubi desunt sacerdotes et Cân. 1112 - § 1. Onde faltarem sacerdotes
diaconi, potest Episcopus dioecesanus, e diáconos, o Bispo diocesano, obtido
praevio voto favorabili Episcoporum previamente o parecer favorável da
conferentiae et obtenta licentia Sanctae Conferência episcopal e licença da Santa
Sedis, delegare laicos, qui matrimoniis Sé, pode delegar em leigos para assistirem
assistant, firmo praescripto can. 1108 § 3. a matrimónios, observado firmemente o
prescrito no § 3 do cânone 1108.
§ 2. Laicus seligatur idoneus, ad § 2. Escolha-se um leigo idôneo, que seja
institutionem nupturientibus tradendam capaz de formar os nubentes e de realizar
capax et qui liturgiae matrimoniali rite convenientemente a liturgia do matrimônio.
peragendae aptus sit.
Can. 1113 - Antequam delegatio Cân. 1113 - Antes de se conceder uma
concedatur specialis, omnia provideantur, delegação especial, providencie-se tudo o
quae ius statuit ad libertatem status que o direito estabelece para comprovar o
comprobandam. estado livre.

Can. 1114 - Assistens matrimonio illicite Cân. 1114 - O assistente ao matrimônio


agit, nisi ipsi constiterit de libero statu age ilicitamente se não lhe constar do
contrahentium ad normam iuris atque, si estado livre dos contraentes, conforme o
fieri potest, de licentia parochi, quoties vi direito, e, se possível, da licença do
delegationis generalis assistit. pároco, sempre que assistir em virtude de
delegação geral.

Can. 1115 - Matrimonia celebrentur in Cân. 1115 - Os matrimônios sejam


paroecia ubi alterutra pars contrahentium celebrados na paróquia onde uma das
habet domicilium vel quasi-domicilium vel partes contraentes tem domicílio, ou
menstruam commorationem, aut, si de quase- domicílio ou residência há um mês,
vagis agitur, in paroecia ubi actu ou, tratando-se de vagantes, na paróquia
commorantur; cum licentia proprii Ordinarii onde na ocasião se encontram; com a
aut parochi proprii, alibi celebrari possunt. licença do próprio Ordinário ou do próprio
pároco, podem ser celebrado em outro
lugar.

Can. 1116 - § 1. Si haberi vel adiri nequeat Cân. 1116 - § 1. Se não é possível, sem
sine gravi incommodo assistens ad grave incômodo, ter o assistente
normam iuris competens, qui intendunt competente de acordo com o direito, ou
verum matrimonium inire, illud valide ac não sendo possível ir a ele, os que
licite coram solis testibus contrahere pretendem contrair verdadeiro matrimônio
possunt: podem contraí-lo válida e licitamente só
perante as testemunhas:
1° in mortis periculo; 1° em perigo de morte;
2° extra mortis periculum, dummodo 2° fora de perigo de morte, contanto
prudenter praevideatur earum rerum que prudentemente se preveja que esse
condicionem esse per mensem duraturam. estado de coisas vai durar por um mês.
§ 2. In utroque casu, si praesto sit alius § 2. Em ambos os casos, se houver outro
sacerdos vel diaconus qui adesse possit, sacerdote ou diácono que possa estar
vocari et, una cum testibus, matrimonii presente, deve ser chamado, e ele deve
celebrationi adesse debet, salva coniugii estar presente à celebração do matrimônio
validitate coram solis testibus. juntamente com as testemunhas, salva a
validade do matrimônio só perante as
testemunhas.
§ 3. In iisdem rerum adiunctis, de quibus in § 3. Nas mesmas circunstâncias de que
§ 1, nn. 1 et 2, Ordinarius loci cuilibet tratam os n.os 1 e 2 do § 1, o Ordinário do
sacerdoti catholico facultatem conferre lugar pode conferir a qualquer sacerdote
potest matrimonium benedicendi católico a faculdade de abençoar o
christifidelium Ecclesiarum orientalium matrimónio dos fiéis das Igrejas orientais
quae plenam cum Ecclesia catholica que não tenham a plena comunhão com a
communionem non habeant si sponte id Igreja católica se eles o solicitarem
petant, et dummodo nihil validae vel licitae espontaneamente e contanto que nada
celebrationi matrimonii obstet. Sacerdos obste à válida ou lícita celebração do
ipse, si id prudenter fieri possit, matrimónio. O mesmo sacerdote, sempre
auctoritatem competentem Ecclesiae non com a necessária prudência, deve informar
catholicae, cuius interest, de re certiorem do facto a competente autoridade da Igreja
faciat. não católica à qual o facto diga respeito.

Can. 1117 - Statuta superius forma Cân. 1117 - A forma acima estabelecida
servanda est, si saltem alterutra pars deve ser observada, se ao menos uma das
matrimonium contrahentium in Ecclesia partes contraentes tiver sido batizada na
catholica baptizata vel in eandem recepta Igreja católica ou nela tenha sido recebida,
sit, salvis praescriptis can. 1127, § 2. salvas as prescrições do cân. 1127, § 2.

Can. 1118 - § 1. Matrimonium inter Cân. 1118 - § 1. O matrimônio entre


catholicos vel inter partem catholicam et católicos ou entre uma parte católica e
partem non catholicam baptizatam outra não-católica, mas batizada, seja
celebretur in ecclesia paroeciali; in alia celebrado na igreja paroquial; poderá ser
ecclesia aut oratorio celebrari poterit de celebrado em outra igreja ou oratório com
licentia Ordinarii loci vel parochi. a licença do Ordinário local ou do pároco.
§ 2. Matrimonium in alio convenienti loco § 2. O Ordinário local pode permitir que o
celebrari Ordinarius loci permittere potest. matrimônio seja celebrado em outro lugar
conveniente.
§ 3. Matrimonium inter partem catholicam § 3. O matrimônio entre uma parte católica
et partem non baptizatam in ecclesia vel in e outra não- batizada poderá ser celebrado
alio convenienti loco celebrari poterit. na igreja ou em outro lugar conveniente.

Can. 1119 - Extra casum necessitatis, in Cân. 1119 - Fora caso de necessidade, na
matrimonii celebratione serventur ritus in celebração do matrimônio sejam
libris liturgicis, ab Ecclesia probatis, observados os ritos, quer prescritos nos
praescripti aut legitimis consuetudinibus livros litúrgicos aprovados pela Igreja, quer
recepti. admitidos por costumes legítimos.

Can. 1120 - Episcoporum conferentia Cân. 1120 - A Conferência dos Bispos


exarare potest ritum proprium matrimonii, a pode elaborar um rito próprio do
Sancta Sede recognoscendum, matrimônio, a ser revisto pela Santa Sé,
congruentem locorum et populorum usibus conforme com os costumes do lugar e do
ad spiritum christianum aptatis, firma tamen povo, adaptados ao espírito cristão,
lege ut assistens matrimonio praesens mantendo-se, no entanto, a lei que o
requirat manifestationem consensus assistente, presente ao matrimônio, solicite
contrahentium eamque recipiat. e receba a manifestação do consentimento
dos contraentes.

Can. 1121 - § 1. Celebrato matrimonio, Cân. 1121 - § 1. Celebrado o matrimônio, o


parochus loci celebrationis vel qui eius pároco do lugar da celebração ou quem lhe
vices gerit, etsi neuter eidem astiterit, quam faz as vezes, ainda que nenhum deles
primum adnotet in matrimoniorum regestis tenha assistido ao mesmo, registre o mais
nomina coniugum, assistentis ac testium, depressa possível no livro de casamentos
locum et diem celebrationis matrimonii, os nomes dos cônjuges, do assistente, das
iuxta modum ab Episcoporum conferentia testemunhas, o lugar e a data da
aut ab Episcopo dioecesano praescriptum. celebração do matrimônio, segundo o
modo prescrito pela Conferência dos
Bispos ou pelo diocesano.
§ 2. Quoties matrimonium ad normam § 2. Sempre que o matrimônio é contraído
can. 1116 contrahitur, sacerdos vel de acordo com o cân. 1116, o sacerdote,
diaconus, si celebrationi adfuerit, secus ou diácono, se esteve presente à
testes tenentur in solidum cum celebração, caso contrário, as testemunhas
contrahentibus parochum aut Ordinarium têm obrigação solidariamente com os
loci de inito coniugio quam primum contraentes de certificar quanto antes o
certiorem reddere. pároco ou ao Ordinário local a realização
do casamento.
§ 3. Ad matrimonium quod attinet cum § 3. No que se refere ao matrimônio
dispensatione a forma canonica contraído com dispensa da forma
contractum, loci Ordinarius, qui canônica, o Ordinário local que concedeu a
dispensationem concessit, curet ut dispensa cuide que a dispensa e a
inscribatur dispensatio et celebratio in libro celebração sejam inscritas no livro de
matrimoniorum tum curiae tum paroeciae casamentos, tanto da cúria como da
propriae partis catholicae, cuius parochus paróquia própria da parte católica, cujo
inquisitiones de statu libero peregit; de pároco tenha feito as investigações de
celebrato matrimonio eundem Ordinarium estado livre; o cônjuge católico tem
et parochum quam primum certiorem obrigação de certificar quanto antes a esse
reddere tenetur coniux catholicus, indicans Ordinário e ao pároco a celebração do
etiam locum celebrationis necnon formam matrimônio, indicando também o lugar da
publicam servatam. celebração, bem como a forma pública
observada.

Can. 1122 - § 1. Matrimonium contractum Cân. 1122 - § 1. O matrimônio contraído


adnotetur etiam in regestis baptizatorum, in seja registrado também nos livros de
quibus baptismus coniugum inscriptus est. batizados em que o batismo dos cônjuges
está registrado.
§ 2. Si coniux matrimonium contraxerit non § 2. Se o cônjuge tiver contraído
in paroecia in qua baptizatus est, parochus matrimônio não na paróquia em que foi
loci celebrationis notitiam initi coniugii ad batizado, o pároco do lugar da celebração
parochum loci collati baptismi quam comunique quanto antes a celebração do
primum transmittat. matrimônio ao pároco do lugar do batismo.

Can. 1123 - Quoties matrimonium vel Cân. 1123 - Sempre que o matrimônio ou é
convalidatur pro foro externo, vel nullum convalidado no foro externo, ou é
declaratur, vel legitime praeterquam morte declarado nulo, ou é legitimamente
solvitur, parochus loci celebrationis dissolvido sem ser por morte, deve-se
matrimonii certior fieri debet, ut adnotatio in certificar o pároco do lugar da celebração
regestis matrimoniorum et baptizatorum rite do matrimônio, para que se faça
fiat. devidamente o registro, nos livros de
casamento e de batizados.

CAPUT VI. DE MATRIMONIIS MIXTIS Capítulo VI DOS MATRIMÔNIOS MISTOS


Can. 1124 - Matrimonium inter duas Cân. 1124 - O matrimônio entre duas
personas baptizatas, quarum altera sit in pessoas batizadas, das quais uma tenha
Ecclesia catholica baptizata vel in eandem sido batizada na Igreja católica ou nela
post baptismum recepta, altera vero recebida depois do batismo, e outra
Ecclesiae vel communitati ecclesiali pertencente a uma Igreja ou comunidade
plenam communionem cum Ecclesia eclesial que não esteja em plena
catholica non habenti adscripta, sine comunhão com a Igreja católica, é proibido
expressa auctoritatis competentis licentia sem a licença expressa da autoridade
prohibitum est. competente.

Can. 1125 - Huiusmodi licentiam Cân. 1125 - O Ordinário local pode


concedere potest Ordinarius loci, si iusta et conceder essa licença, se houver causa
rationabilis causa habeatur; eam ne justa e razoável; não a conceda, porém, se
concedat, nisi impletis condicionibus quae não se verificarem as condições seguintes:
sequuntur:
1° pars catholica declaret se paratam 1°- a parte católica declare estar
esse pericula a fide deficiendi removere preparada para afastar os perigos de
atque sinceram promissionem praestet se defecção da fé, e prometa sinceramente
omnia pro viribus facturam esse, ut fazer todo o possível a fim de que toda a
universa proles in Ecclesia catholica prole seja batizada e educada na Igreja
baptizetur et educetur; católica;
2° de his promissionibus a parte 2°- informe-se, tempestivamente,
catholica faciendis altera pars tempestive desses compromissos da parte católica à
certior fiat, adeo ut constet ipsam vere outra parte, de tal modo que conste estar
consciam esse promissionis et obligationis esta verdadeiramente consciente do
partis catholicae; compromisso e da obrigação da parte
católica;
3° ambae partes edoceantur de finibus 3°- ambas as partes sejam instruídas a
et proprietatibus essentialibus matrimonii, a respeito dos fins e propriedades essenciais
neutro contrahente excludendis. do matrimônio, que nenhum dos
contraentes pode excluir.

Can. 1126 - Episcoporum conferentiae est Cân. 1126 - Compete à Conferência dos
tum modum statuere, quo hae Bispos estabelecer o modo segundo o qual
declarationes et promissiones, quae devem ser feitas essas declarações e
semper requiruntur, faciendae sint, tum compromissos, que são sempre exigidos,
rationem definire, qua de ipsis et in foro como também determinar como deve
externo constet et pars non catholica constar no foro externo e como a parte não-
certior reddatur. católica deve ser informada.

Can. 1127 - § 1. Ad formam quod attinet in Cân. 1127 - § 1. Quanto à forma a utilizar
matrimonio mixto adhibendam, serventur no matrimónio misto, observem-se as
praescripta can. 1108; si tamen pars prescrições do cân. 1108; todavia, se a
catholica matrimonium contrahit cum parte parte católica contrai matrimónio com parte
non catholica ritus orientalis, forma não católica de rito oriental, a observância
canonica celebrationis servanda est ad da forma canónica da celebração só é
liceitatem tantum; ad validitatem autem necessária para a liceidade; mas para a
requiritur interventus sacerdotis, servatis validade requer-se a intervenção de um
aliis de iure servandis. sacerdote, observadas as demais
prescrições exigidas pelo direito.
§ 2. Si graves difficultates formae § 2. Se graves dificuldades obstam à
canonicae servandae obstent, Ordinario observância da forma canônica, é direito
loci partis catholicae ius est ab eadem in do Ordinário local da parte católica
singulis casibus dispensandi, consulto dispensar dela em cada caso, consultado,
tamen Ordinario loci in quo matrimonium porém o Ordinário do lugar onde se celebra
celebratur, et salva ad validitatem aliqua o matrimônio e salva, para a validade,
publica forma celebrationis; Episcoporum alguma forma pública de celebração;
conferentiae est normas statuere, quibus compete à Conferência dos Bispos
praedicta dispensatio concordi ratione estabelecer normas, pelas quais se
concedatur. conceda a dispensa de modo concorde.
§ 3. Vetatur ne, ante vel post canonicam § 3. Antes ou depois da celebração
celebrationem ad normam § 1, alia realizada de acordo com o § 1, proíbe-se
habeatur eiusdem matrimonii celebratio outra celebração religiosa desse
religiosa ad matrimonialem consensum matrimônio para prestar ou renovar o
praestandum vel renovandum; item ne fiat consentimento matrimonial; do mesmo
celebratio religiosa, in qua assistens modo, não se faça uma celebração
catholicus et minister non catholicus religiosa em que o assistente católico e o
insimul, suum quisque ritum peragens, ministro não-católico, executando
partium consensum exquirant. simultaneamente cada qual o próprio rito,
solicitam o consentimento das partes.

Can. 1128 - Locorum Ordinarii aliique Cân. 1128 - Os Ordinários locais e os


animarum pastores curent, ne coniugi outros pastores de almas cuidem que não
catholico et filiis e matrimonio mixto natis faltem o cônjuge católico e aos filhos
auxilium spirituale desit ad eorum nascidos de matrimônio misto o auxílio
obligationes adimplendas atque coniuges espiritual para as obrigações que devem
adiuvent ad vitae coniugalis et familiaris cumprir, e ajudem os cônjuges a
fovendam unitatem. alimentarem a unidade da vida conjugal e
familiar.

Can. 1129 - Praescripta cann. 1127 et Cân. 1129 - As prescrições dos cân. 1127
1128 applicanda sunt quoque matrimoniis, e 1128 devem aplicar- se também aos
quibus obstat impedimentum disparitatis matrimônios em que haja o impedimento
cultus, de quo in can. 1086, § 1. de disparidade de culto, mencionado no
cân. 1086, § 1.

CAPUT VII. DE MATRIMONIO SECRETO Capítulo VII DA CELEBRAÇÃO SECRETA


CELEBRANDO DO MATRIMÔNIO
Can. 1130 - Ex gravi et urgenti causa loci Cân. 1130 - Por causa grave e urgente, o
Ordinarius permittere potest, ut Ordinário local pode permitir que o
matrimonium secreto celebretur. matrimônio seja celebrado secretamente.

Can. 1131 - Permissio matrimonium Cân. 1131 - A licença de celebrar


secreto celebrandi secumfert: secretamente o matrimônio implica:
1° ut secreto fiant investigationes quae 1°- que se façam secretamente as
ante matrimonium peragendae sunt; investigações a serem realizadas antes do
matrimônio;
2° ut secretum de matrimonio celebrato 2°- que o Ordinário local, o assistente,
servetur ab Ordinario loci, assistente, as testemunhas e os cônjuges guardem
testibus, coniugibus. segredo a respeito do matrimônio
celebrado.

Can. 1132 - Obligatio secretum servandi, Cân. 1132 - A obrigação de guardar


de qua in can. 1131, n. 2, ex parte Ordinarii segredo, mencionado no cân. 1131, n° 2,
loci cessat si grave scandalum aut gravis cessa por parte do Ordinário local, se com
erga matrimonii sanctitatem iniuria ex sua observância houver perigo iminente de
secreti observantia immineat, idque notum grave escândalo ou de grave injúria contra
fiat partibus ante matrimonii celebrationem. a santidade do matrimônio; disso se dê
conhecimento às partes, antes da
celebração do matrimônio.

Can. 1133 - Matrimonium secreto Cân. 1133 - O matrimônio secreto seja


celebratum in peculiari tantummodo anotado somente em livro especial, que se
regesto, servando in secreto curiae deve guardar no arquivo secreto da cúria.
archivo, adnotetur.

CAPUT VIII. DE MATRIMONII Capítulo VIII DOS EFEITOS DO


EFFECTIBUS MATRIMÔNIO
Can. 1134 - Ex valido matrimonio enascitur Cân. 1134 - Do matrimônio válido origina-
inter coniuges vinculum natura sua se entre os cônjuges um vínculo que, por
perpetuum et exclusivum; in matrimonio sua natureza, é perpétuo e exclusivo; além
praeterea christiano coniuges ad sui status disso, no matrimônio cristão, os cônjuges
officia et dignitatem peculiari sacramento são robustecidos e como que consagrados,
roborantur et veluti consecrantur. com o sacramento especial, aos deveres e
à dignidade do seu estado.

Can. 1135 - Utrique coniugi aequum Cân. 1135 - A ambos os cônjuges


officium et ius est ad ea quae pertinent ad competem iguais deveres e direitos, no que
consortium vitae coniugalis. se refere ao consórcio da vida conjugal.

Can. 1136 - Parentes officium gravissimum Cân. 1136 - Os pais têm o grav íssimo
et ius primarium habent prolis educationem dever e o direito primário de, na medida de
tum physicam, socialem et culturalem, tum suas forças, cuidar da educação, tanto
moralem et religiosam pro viribus curandi. física, social e cultural, como moral e
religiosa, da prole.

Can. 1137 - Legitimi sunt filii concepti aut Cân. 1137 - São legítimos os filhos
nati ex matrimonio valido vel putativo. concebidos ou nascidos de matrimônio
válido ou putativo.

Can. 1138 - § 1. Pater is est, quem iustae Cân. 1138 - § 1. É pai aquele que as
nuptiae demonstrant, nisi evidentibus núpcias legitimas indicam, a menos que se
argumentis contrarium probetur. prove o contrário por argumentos
evidentes.
§ 2. Legitimi praesumuntur filii, qui nati sunt § 2. Presumem-se legítimos os filhos
saltem post dies 180 a die celebrati nascidos 180 dias, pelo menos, depois da
matrimonii, vel infra dies 300 a die data da celebração do matrimônio, ou
dissolutae vitae coniugalis. dentro de 300 dias subseqüentes à
dissolução da vida conjugal.

Can. 1139 - Filii illegitimi legitimantur per Cân. 1139 - Os filhos ilegítimos são
subsequens matrimonium parentum sive legitimados pelo matrimônio subseqüente
validum sive putativum, vel per rescriptum dos pais, válido ou putativo, ou por rescrito
Sanctae Sedis. da Santa Sé.

Can. 1140 - Filii legitimati, ad effectus Cân. 1140 - Os filhos legitimados, no que
canonicos quod attinet, in omnibus se refere aos efeitos canônicos, se
aequiparantur legitimis, nisi aliud expresse equiparem em tudo aos filhos legítimos,
iure cautum fuerit. salvo expressa determinação contrária do
direito.

CAPUT IX. DE SEPARATIONE Capítulo IX DA SEPARAÇÃO DOS


CONIUGUM CÔNJUGES
Art. 1. DE DISSOLUTIONE VINCULI Art. 1 Da Dissolução do Vínculo
Can. 1141 - Matrimonium ratum et Cân. 1141 - O matrimônio ratificado e
consummatum nulla humana potestate consumado não pode ser dissolvido por
nullaque causa, praeterquam morte, nenhum poder humano nem por nenhuma
dissolvi potest. causa, exceto a morte.

Can. 1142 - Matrimonium non Cân. 1142 - O matrimônio não consumado


consummatum inter baptizatos vel inter entre batizados, ou entre uma parte
partem baptizatam et partem non batizada e outra não-batizada, pode ser
baptizatam a Romano Pontifice dissolvi dissolvido pelo Romano Pontífice por justa
potest iusta de causa, utraque parte causa, a pedido de ambas as partes ou de
rogante vel alterutra, etsi altera pars sit uma delas, mesmo que a outra se oponha.
invita.

Can. 1143 - § 1. Matrimonium initum a Cân. 1143 - § 1. O matrimônio celebrado


duobus non baptizatis solvitur ex privilegio entre dois não- batizados dissolve-se pelo
paulino in favorem fidei partis quae privilégio paulino, em favor da fé da parte
baptismum recepit, ipso facto quo novum que recebeu o batismo, pelo próprio fato de
matrimonium ab eadem parte contrahitur, esta parte contrair novo matrimônio,
dummodo pars non baptizata discedat. contanto que a parte não-batizada se
afaste.
§ 2. Discedere censetur pars non baptizata, § 2. Considera-se que a parte não-batizada
si nolit cum parte baptizata cohabitare vel se afasta, se não quer coabitar com a parte
cohabitare pacifice sine contumelia batizada, ou se não quer coabitar com ela
Creatoris, nisi haec post baptismum pacificamente sem ofensa ao Criador, a
receptum iustam illi dederit discedendi não ser que esta, após receber o batismo,
causam. lhe tenha dado justo motivo para se
afastar.

Can. 1144 - § 1. Ut pars baptizata novum Cân. 1144 - § 1. Para que a parte batizada
matrimonium valide contrahat, pars non contraia validamente novo matrimônio,
baptizata semper interpellari debet an: deve-se sempre interpelar a parte não-
batizada:
1° velit et ipsa baptismum recipere; 1°- se também ela quer receber o
batismo;
2° saltem velit cum parte baptizata 2°- se, pelo menos, quer coabitar
pacifice cohabitare, sine contumelia pacificamente com a parte batizada, sem
Creatoris. ofensa ao Criador.
§ 2. Haec interpellatio post baptismum fieri § 2. Essa interpelação se deve fazer
debet; at loci Ordinarius, gravi de causa, depois do batismo; mas o Ordinário local,
permittere potest ut interpellatio ante por causa grave, pode permitir que a
baptismum fiat, immo et ab interpellatione interpelação se faça antes do batismo e
dispensare, sive ante sive post baptismum, mesmo dispensar dela, antes ou depois do
dummodo constet modo procedendi saltem batismo, contanto que conste por um
summario et extraiudiciali eam fieri non processo, ao menos sumário e
posse aut fore inutilem. extrajudicial, que a interpelação não pode
ser feita ou que seria inútil.

Can. 1145 - § 1. Interpellatio fiat regulariter Cân. 1145 - § 1. A interpelação se faça


de auctoritate loci Ordinarii partis regularmente por autoridade do Ordinário
conversae; a quo Ordinario concedendae local da parte convertida, devendo esse
sunt alteri coniugi, si quidem eas petierit, Ordinário conceder ao outro cônjuge, se
induciae ad respondendum, eodem tamen este o pedir, um prazo para responder,
monito ut, si induciae inutiliter mas avisando-o que, transcorrido
praeterlabantur, eius silentium pro inutilmente esse prazo, seu silêncio será
responsione negativa habeatur. interpretado como resposta negativa
§ 2. Interpellatio etiam privatim facta ab § 2. A interpelação, mesmo feita
ipsa parte conversa valet, immo est licita, si particularmente pela parte convertida, é
forma superius praescripta servari nequeat. válida e até lícita, se não se puder observar
a forma acima prescrita.
§ 3. In utroque casu de interpellatione facta § 3. Em ambos os casos, deve constar
deque eiusdem exitu in foro externo legitimamente no foro externo a
legitime constare debet. interpelação e seu resultado.

Can. 1146 - Pars baptizata ius habet novas Cân. 1146 - A parte batizada tem o direito
nuptias contrahendi cum parte catholica: de contrair novo matrimônio com parte
católica:
1° si altera pars negative interpellationi 1°- se a outra parte tiver respondido
responderit, aut si interpellatio legitime negativamente à interpelação, ou se esta
omissa fuerit; tiver sido legitimamente omitida;
2° si pars non baptizata, sive iam 2°- se a parte não-batizada, interpelada
interpellata sive non, prius perseverans in ou não, tendo anteriormente permanecido
pacifica cohabitatione sine contumelia em coabitação pacífica sem ofensa ao
Creatoris, postea sine iusta causa Criador, depois se tiver afastado sem justa
discesserit, firmis praescriptis cann. 1144 causa, salvas as prescrições dos cânones
et 1145. 1144 e 1145.

Can. 1147 - Ordinarius loci tamen, gravi de Cân. 1147 - Todavia, o Ordinário local, por
causa, concedere potest ut pars baptizata, causa grave, pode conceder que a parte
utens privilegio paulino, contrahat batizada, usando do privilégio paulino,
matrimonium cum parte non catholica sive contraia novo matrimônio com parte não-
baptizata sive non baptizata, servatis etiam católica, batizada ou não, observando-se
praescriptis canonum de matrimoniis também as prescrições dos cânones sobre
mixtis. matrimônios mistos.

Can. 1148 - § 1. Non baptizatus, qui plures Cân. 1148 - § 1. O não-batizado que tiver
uxores non baptizatas simul habeat, simultaneamente várias esposas não-
recepto in Ecclesia catholica baptismo, si batizadas, tendo recebido o batismo na
durum ei sit cum earum prima permanere, Igreja católica, se lhe for muito difícil
unam ex illis, ceteris dimissis, retinere permanecer com a primeira, pode ficar com
potest. Idem valet de muliere non qualquer uma delas, deixando as outras. O
baptizata, quae plures maritos non mesmo vale para a mulher não-batizada
baptizatos simul habeat. que tenha simultaneamente vários maridos
não-batizados.
§ 2. In casibus de quibus in § 1, § 2. Nos casos mencionados no § 1, o
matrimonium, recepto baptismo, forma matrimônio, depois de recebido o batismo,
legitima contrahendum est, servatis etiam, deve ser contraído na forma legítima,
si opus sit, praescriptis de matrimoniis observando-se também se necessário, as
mixtis et aliis de iure servandis. prescrições sobre matrimônios mistos e
outras que por direito se devem observar.
§ 3. Ordinarius loci, prae oculis habita § 3. Tendo em vista a condição moral,
condicione morali, sociali, oeconomica social e econômica dos lugares e das
locorum et personarum, curet ut primae pessoas, o Ordinário local cuide que se
uxoris ceterarumque dimissarum providencie suficientemente às
necessitatibus satis provisum sit, iuxta necessidades da primeira e das outras
normas iustitiae, christianae caritatis et esposas afastadas, segundo as normas da
naturalis aequitatis. justiça, da caridade cristã e da eqüidade
natural.

Can. 1149 - Non baptizatus qui, recepto in Cân. 1149 - O não-batizado que, tendo
Ecclesia catholica baptismo, cum coniuge recebido o batismo na Igreja católica, não
non baptizato ratione captivitatis vel puder por motivo de cativeiro ou
persecutionis cohabitationem restaurare perseguição, recompor a coabitação com o
nequeat, aliud matrimonium contrahere cônjuge não- batizado, pode contrair outro
potest, etiamsi altera pars baptismum matrimônio, mesmo que a outra parte,
interea receperit, firmo praescripto nesse ínterim, tenha recebido o batismo,
can. 1141. salva a prescrição do cân. 1141.

Can. 1150 - In re dubia privilegium fidei Cân. 1150 - Em caso de dúvida, o


gaudet favore iuris. privilégio da fé goza do favor do direito.

Art. 2. DE SEPARATIONE MANENTE Art. 2 Da Separação com Permanência do


VINCULO Vínculo
Can. 1151 - Coniuges habent officium et Cân. 1151 - Os cônjuges têm o dever e o
ius servandi convictum coniugalem, nisi direito de manter a convivência conjugal, a
legitima causa eos excuset. não ser que uma causa legítima os escuse.

Can. 1152 - § 1. Licet enixe commendetur Cân. 1152 - § 1. Embora se recomende


ut coniux, caritate christiana motus et boni vivamente que o cônjuge, movido pela
familiae sollicitus, veniam non abnuat caridade cristã e pela solicitude do bem da
comparti adulterae atque vitam coniugalem família, não negue o perdão ao outro
non disrumpat, si tamen eiusdem culpam cônjuge adúltero e não interrompa a vida
expresse aut tacite non condonaverit, ius conjugal; no entanto, se não tiver expressa
ipsi est solvendi coniugalem convictum, nisi ou tacitamente perdoado sua culpa, tem o
in adulterium consenserit aut eidem direito de dissolver a convivência conjugal,
causam dederit aut ipse quoque adulterium a não ser que tenha consentido no
commiserit. adultério, lhe tenha dado causa ou tenha
também cometido adultério.
§ 2. Tacita condonatio habetur si coniux § 2. Existe perdão tácito se o cônjuge
innocens, postquam de adulterio certior inocente, depois de tomar conhecimento
factus est, sponte cum altero coniuge do adultério, continuou espontaneamente a
maritali affectu conversatus fuerit; viver com o outro cônjuge com afeto
praesumitur vero, si per sex menses marital; presume-se o perdão, se tiver
coniugalem convictum servaverit, neque continuado a convivência por seis meses,
recursum apud auctoritatem ecclesiasticam sem interpor recurso à autoridade
vel civilem fecerit. eclesiástica ou civil.
§ 3. Si coniux innocens sponte convictum § 3. Se o cônjuge inocente tiver
coniugalem solverit, intra sex menses espontaneamente desfeito a convivência
causam separationis deferat ad conjugal, no prazo de seis meses proponha
competentem auctoritatem ecclesiasticam, a causa de separação à competente
quae, omnibus inspectis adiunctis, autoridade eclesiástica, a qual, ponderadas
perpendat si coniux innocens adduci possit todas as circunstâncias, veja se é possível
ad culpam condonandam et ad levar o cônjuge inocente a perdoar a culpa
separationem in perpetuum non e a não prolongar para sempre a
protrahendam. separação.

Can. 1153 - § 1. Si alteruter coniugum Cân. 1153 - § 1. Se um dos cônjuges é


grave seu animi seu corporis periculum causa de grave perigo para a alma ou para
alteri aut proli facessat, vel aliter vitam o corpo do outro cônjuge ou dos filhos ou,
communem nimis duram reddat, alteri de outra forma, torna muito difícil a
legitimam praebet causam discedendi, convivência, está oferecendo ao outro
decreto Ordinarii loci et, si periculum sit in causa legítima de separação, por decreto
mora, etiam propria auctoritate. do Ordinário local e, havendo perigo na
demora, também por autoridade própria
§ 2. In omnibus casibus, causa § 2. Em todos os casos, cessando a causa
separationis cessante, coniugalis convictus da separação, deve-se restaurar a
restaurandus est, nisi ab auctoritate convivência, salvo determinação contrária
ecclesiastica aliter statuatur. da autoridade eclesiástica.

Can. 1154 - Instituta separatione Cân. 1154 - Feita a separação dos


coniugum, opportune semper cavendum cônjuges, devem-se tomar oportunas
est debitae filiorum sustentationi et providências para o devido sustento e
educationi. educação dos filhos.

Can. 1155 - Coniux innocens laudabiliter Cân. 1155 - O cônjuge inocente pode
alterum coniugem ad vitam coniugalem louvavelmente admitir de novo o outro
rursus admittere potest, quo in casu iuri cônjuge à vida conjugal e, nesse caso,
separationis renuntiat. renuncia ao direito de separação.

CAPUT X. DE MATRIMONII Capítulo X DA CONVALIDAÇÃO DO


CONVALIDATIONE MATRIMÔNIO
Art. 1. DE CONVALIDATIONE SIMPLICI Art. 1 Da Convalidação Simples
Can. 1156 - § 1. Ad convalidandum Cân. 1156 - § 1. Para convalidar o
matrimonium irritum ob impedimentum matrimônio nulo por impedimento
dirimens, requiritur ut cesset dirimente, requer-se que cesse ou seja
impedimentum vel ab eodem dispensetur, dispensado o impedimento e pelo menos a
et consensum renovet saltem pars parte consciente do impedimento renove o
impedimenti conscia. consentimento.
§ 2. Haec renovatio iure ecclesiastico § 2. Essa renovação se requer para a
requiritur ad validitatem convalidationis, validade da convalidação, por direito
etiamsi initio utraque pars consensum eclesiástico, mesmo que ambas as partes,
praestiterit nec postea revocaverit. no início, tenham dado consentimento e
não o tenham revogado depois.

Can. 1157 - Renovatio consensus debet Cân. 1157 - A renovação do consentimento


esse novus voluntatis actus in deve ser novo ato de vontade para o
matrimonium, quod pars renovans scit aut matrimônio, que a parte renovante sabe ou
opinatur ab initio nullum fuisse. pensa ter sido nulo desde o princípio.

Can. 1158 - § 1. Si impedimentum sit Cân. 1158 - § 1. Se o impedimento é


publicum, consensus ab utraque parte público, o consentimento deve ser
renovandus est forma canonica, salvo renovado por ambas as partes, segundo a
praescripto can. 1127, § 2. forma canônica, salva a prescrição do cân.
1127, § 2.
§ 2. Si impedimentum probari nequeat, § 2. Se o impedimento não pode ser
satis est ut consensus renovetur privatim et provado, basta que o consentimento seja
secreto, et quidem a parte impedimenti renovado em particular e em segredo, e só
conscia, dummodo altera in consensu pela parte cônscia do impedimento,
praestito perseveret, aut ab utraque parte, contanto que persevere o consentimento
si impedimentum sit utrique parti notum. dado pela outra parte; se o impedimento
for conhecido por ambas as partes, seja
renovado também por ambas.

Can. 1159 - § 1. Matrimonium irritum ob Cân. 1159 - § 1. O matrimônio nulo por


defectum consensus convalidatur, si pars falta de consentimento se convalida, se a
quae non consenserat, iam consentiat, parte que não tinha consentido dá o
dummodo consensus ab altera parte consentimento, contanto que persevere o
praestitus perseveret. consentimento dado pela outra parte.
§ 2. Si defectus consensus probari § 2. Se a falta de consentimento não se
nequeat, satis est ut pars, quae non pode provar, basta que a parte, que não
consenserat, privatim et secreto tinha consentido, dê o consentimento em
consensum praestet. particular e em segredo.
§ 3. Si defectus consensus probari potest, § 3. Se a falta de consentimento se pode
necesse est ut consensus forma canonica provar, é necessário que se dê o
praestetur. consentimento segundo a forma canônica.

Can. 1160 - Matrimonium nullum ob Cân. 1160 - O matrimônio nulo por falta de
defectum formae, ut validum fiat, contrahi forma, para se tornar válido, deve ser
denuo debet forma canonica, salvo contraído novamente segundo a forma
praescripto can. 1127, § 2. canônica, salva a pres crição do cân. 1127,
§ 2.

Art. 2. DE SANATIONE IN RADICE Art. 2 Da Sanação Radical (Sanatio in


Radice)
Can. 1161 - § 1. Matrimonii irriti sanatio in Cân. 1161 - § 1. A sanação radical (sanatio
radice est eiusdem, sine renovatione in radice) de um matrimônio nulo é a sua
consensus, convalidatio, a competenti convalidação, sem renovação de
auctoritate concessa, secumferens consentimento, concedida pela autoridade
dispensationem ab impedimento, si adsit, competente, trazendo consigo a dispensa
atque a forma canonica, si servata non do impedimento, se o houver, e também da
fuerit, necnon retrotractionem effectuum forma canônica, se não tiver sido
canonicorum ad praeteritum. observada, como ainda a retroação dos
efeitos canônicos ao passado.
§ 2. Convalidatio fit a momento § 2. A convalidação tem lugar desde o
concessionis gratiae; retrotractio vero momento em que se concede a graça; mas
intellegitur facta ad momentum a retroação se entende feita até o
celebrationis matrimonii, nisi aliud expresse momento da celebração do matrimônio, a
caveatur. não ser que expressamente se determine
outra coisa.
§ 3. Sanatio in radice ne concedatur, nisi § 3. Não se conceda a sanatio in radice, se
probabile sit partes in vita coniugali não for provável que as partes queiram
perseverare velle. perseverar na vida conjugal.

Can. 1162 - § 1. Si in utraque vel alterutra Cân. 1162 - § 1. Se em ambas as partes


parte deficiat consensus, matrimonium ou numa delas falta o consentimento, o
nequit sanari in radice, sive consensus ab matrimônio não pode ser objeto de sanatio
initio defuerit, sive ab initio praestitus, in radice, quer o consentimento tenha
postea fuerit revocatus. faltado desde o início, quer tenha sido
dado no início, mas depois tenha sido
revogado.
§ 2. Quod si consensus ab initio quidem § 2. Se não houve o consentimento desde
defuerat, sed postea praestitus est, sanatio o início, mas depois foi dado, pode ser
concedi potest a momento praestiti concedida a sanação desde o momento
consensus. em que foi dado o consentimento.

Can. 1163 - § 1. Matrimonium irritum ob Cân. 1163 - § 1. Pode ser sanado, o


impedimentum vel ob defectum legitimae matrimônio nulo por impedimento ou por
formae sanari potest, dummodo consensus falta de forma legítima, contanto que
utriusque partis perseveret. persevere o consentimento de ambas as
partes.
§ 2. Matrimonium irritum ob impedimentum § 2. O matrimônio nulo por impedimento de
iuris naturalis aut divini positivi sanari direito natural ou divino positivo só pode
potest solummodo postquam ser sanado depois de cessado o
impedimentum cessavit. impedimento.

Can. 1164 - Sanatio valide concedi potest Cân. 1164 - A sanação pode ser concedida
etiam alterutra vel utraque parte inscia; ne validamente, mesmo sem o conhecimento
autem concedatur nisi ob gravem causam. de uma das partes ou de ambas; não se
conceda, porém, a não ser por causa
grave.

Can. 1165 - § 1. Sanatio in radice concedi Cân. 1165 - § 1. A sanatio in radice pode
potest ab Apostolica Sede. ser concedida pela Sé Apostólica.
§ 2. Concedi potest ab Episcopo § 2. Pode ser concedida pelo Bispo
dioecesano in singulis casibus, etiam si diocesano, caso por caso, ainda que
plures nullitatis rationes in eodem concorram vários motivos de nulidade no
matrimonio concurrant, impletis mesmo matrimônio, observando-se as
condicionibus, de quibus in can. 1125, pro condições mencionadas no cân. 1125, para
sanatione matrimonii mixti; concedi autem a sanação do matrimônio misto; mas não
ab eodem nequit, si adsit impedimentum pode ser concedida por ele, se existe
cuius dispensatio Sedi Apostolicae impedimento, cuja dispensa está reservada
reservatur ad normam can. 1078, § 2, aut à Sé Apostólica, de acordo com o cân.
agatur de impedimento iuris naturalis aut 1078, § 2, ou se trata de impedimento de
divini positivi quod iam cessavit. direito natural ou divino positivo que já
cessou.

PARS II. DE CETERIS ACTIBUS CULTUS II PARTE DOS OUTROS ATOS DO


DIVINI CULTO DIVINO
TITULUS I. DE SACRAMENTALIBUS TÍTULO I DOS SACRAMENTAIS
Can. 1166 - Sacramentalia sunt signa Cân. 1166 - Os sacramentais são sinais
sacra, quibus, ad aliquam sacramentorum sagrados, mediante os quais, imitando de
imitationem, effectus praesertim spirituales certo modo os sacramentos, são
significantur et ex Ecclesiae impetratione significados principalmente efeitos
obtinentur. espirituais que se alcançam por súplica da
Igreja.

Can. 1167 - § 1. Nova sacramentalia Cân. 1167 - § 1. Somente a Sé Apostólica


constituere aut recepta authentice pode constituir novos sacramentais,
interpretari, ex eis aliqua abolere aut interpretar autenticamente aqueles já
mutare, sola potest Sedes Apostolica. reconhecidos e abolir ou modificar algum
deles.
§ 2. In sacramentalibus conficiendis seu § 2. Na realização ou administração dos
administrandis accurate serventur ritus et sacramentais, observem-se
formulae ab Ecclesiae auctoritate probata. cuidadosamente os ritos e fórmulas
aprovados pela Igreja.

Can. 1168 - Sacramentalium minister est Cân. 1168 - Ministro dos sacramentais é o
clericus debita potestate instructus; clérigo munido do devido poder; certos
quaedam sacramentalia, ad normam sacramentais, de acordo com os livros
librorum liturgicorum, de iudicio loci litúrgicos, podem ser também
Ordinarii, a laicis quoque, congruis administrados por leigos dotados das
qualitatibus praeditis, administrari possunt. necessárias qualidades, a juízo do
Ordinário local.

Can. 1169 - § 1. Consecrationes et Cân. 1169 - § 1. Podem realizar


dedicationes valide peragere possunt qui validamente consagrações e dedicações
charactere episcopali insigniti sunt, necnon àqueles que têm caráter episcopal, como
presbyteri quibus iure vel legitima também os presbíteros, a quem for
concessione id permittitur. permitido pelo direito ou por legítima
concessão.
§ 2. Benedictiones, exceptis iis quae § 2. As bênçãos, exceto as reservadas ao
Romano Pontifici aut Episcopis Romano Pontífice ou aos Bispos, podem
reservantur, impertire potest quilibet ser dadas por qualquer presbítero.
presbyter.
§ 3. Diaconus illas tantum benedictiones § 3. O diácono só pode dar as bênçãos
impertire potest, quae ipsi expresse iure que lhe são expressamente permitidas pelo
permittuntur. direito.
Can. 1170 - Benedictiones, imprimis Cân. 1170 - As bênçãos, a serem dadas
impertiendae catholicis, dari possunt principalmente aos católicos, podem ser
catechumenis quoque, immo, nisi obstet concedidas também aos catecúmenos, e
Ecclesiae prohibitio, etiam non catholicis. até aos não-católicos, salvo proibição da
Igreja.

Can. 1171 - Res sacrae, quae dedicatione Cân. 1171 - As coisas sagradas, que foram
vel benedictione ad divinum cultum destinadas pela dedicação ou bênção ao
destinatae sunt, reverenter tractentur nec culto divino, sejam tratadas com reverência
ad usum profanum vel non proprium e não se empreguem para uso profano ou
adhibeantur, etiamsi in dominio sint não próprio a elas, mesmo que pertençam
privatorum. a particulares.

Can. 1172 - § 1. Nemo exorcismos in Cân. 1172 - § 1. Ninguém pode


obsessos proferre legitime potest, nisi ab legitimamente fazer exorcismos em
Ordinario loci peculiarem et expressam possessos, a não ser que tenha obtido
licentiam obtinuerit. licença especial e expressa do Ordinário
local.
§ 2. Haec licentia ab Ordinario loci § 2. Essa licença seja concedida pelo
concedatur tantummodo presbytero pietate, Ordinário local somente a presbítero que
scientia, prudentia ac vitae integritate se distinga pela piedade, ciência,
praedito. prudência e integridade de vida.

TITULUS II. DE LITURGIA HORARUM TÍTULO II DA LITURGIA DAS HORAS


Can. 1173 - Ecclesia, sacerdotale munus Cân. 1173 - Cumprindo o múnus
Christi adimplens, liturgiam horarum sacerdotal de Cristo, a Igreja celebra a
celebrat, qua Deum ad populum suum liturgia das horas, através da qual, ouvindo
loquentem audiens et memoriam mysterii a Deus que fala a seu povo e celebrando o
salutis agens, Ipsum sine intermissione, mistério da salvação, louva-o sem cessar
cantu et oratione, laudat atque interpellat com o canto e a oração e lhe suplica com
pro totius mundi salute. insistência pela salvação de todo o mundo.

Can. 1174 - § 1. Obligatione liturgiae Cân. 1174 - § 1. Têm obrigação de rezar a


horarum persolvendae adstringuntur clerici, liturgia das horas os clérigos, de acordo
ad normam can. 276, § 2, n. 3; sodales com o cân. 276, § 2, n. 3, e, conforme suas
vero institutorum vitae consecratae necnon constituições, os membros de institutos de
societatum vitae apostolicae, ad normam vida consagrada e sociedades de vida
suarum constitutionum. apostólica.
§ 2. Ad participandam liturgiam horarum, § 2. Também os outros fiéis são vivamente
utpote actionem Ecclesiae, etiam ceteri convidados, de acordo com as
christifideles, pro adiunctis, enixe invitantur. circunstâncias, a participarem da liturgia
das horas, já que é ação da Igreja.

Can. 1175 - In liturgia horarum Cân. 1175 - Para se rezar a liturgia das
persolvenda, quantum fieri potest, verum horas, observe-se, na medida do possível,
tempus servetur uniuscuiusque horae. o tempo que de fato corresponde a cada
hora.

TITULUS III. DE EXEQUIIS TÍTULO III DAS EXÉQUIAS


ECCLESIASTICIS ECLESIÁSTICAS
Can. 1176 - § 1. Christifideles defuncti Cân. 1176 - § 1. Devem-se conceder
exequiis ecclesiasticis ad normam iuris exéquias eclesiásticas aos fiéis defuntos,
donandi sunt. de acordo com o direito.
§ 2. Exequiae ecclesiasticae, quibus § 2. As exéquias eclesiásticas, com as
Ecclesia defunctis spiritualem opem quais a Igreja suplica para os defuntos o
impetrat eorumque corpora honorat ac auxílio espiritual, honra seus corpos e, ao
simul vivis spei solacium affert, mesmo tempo, dá aos vivos o consolo da
celebrandae sunt ad normam legum esperança, sejam celebradas de acordo
liturgicarum. com as leis litúrgicas.
§ 3. Enixe commendat Ecclesia, ut pia § 3. A igreja recomenda insistentemente
consuetudo defunctorum corpora que se conserve o costume de sepultar os
sepeliendi servetur; non tamen prohibet corpos dos defuntos; mas não proíbe a
cremationem, nisi ob rationes christianae cremação, a não ser que tenha sido
doctrinae contrarias electa fuerit. escolhida por motivos contrários à doutrina
cristã.

CAPUT I. DE EXEQUIARUM Capítulo I DA CELEBRAÇÃO DAS


CELEBRATIONE EXÉQUIAS
Can. 1177 - § 1. Exequiae pro quolibet Cân. 1177 - § 1. As exéquias em favor de
fideli defuncto generatim in propriae qualquer fiel defunto devem ser
paroeciae ecclesia celebrari debent. celebradas, geralmente, na própria igreja
paroquial.
§ 2. Fas est autem cuilibet fideli, vel iis § 2. É permitido, porém, a qualquer fiel ou
quibus fidelis defuncti exequias curare aos responsáveis pelas exéquias do fiel
competit, aliam ecclesiam funeris eligere defunto escolher outra igreja para o
de consensu eius, qui eam regit, et monito funeral, com o consentimento de quem a
defuncti parocho proprio. dirige e avisando-se ao pároco próprio do
defunto.
§ 3. Si extra propriam paroeciam mors § 3. Se a morte tiver ocorrido fora da
acciderit, neque cadaver ad eam própria paróquia e o cadáver não tiver sido
translatum fuerit, neque aliqua ecclesia transportado para ela, e não tiver sido
funeris legitime electa, exequiae legitimamente escolhida outra igreja para o
celebrentur in ecclesia paroeciae ubi mors funeral, as exéquias sejam celebradas na
accidit, nisi alia iure particulari designata igreja paroquial do lugar da morte, a não
sit. ser que outra tenha sido designada pelo
direito particular.

Can. 1178 - Exequiae Episcopi dioecesani Cân. 1178 - As exéquias do Bispo


in propria ecclesia cathedrali celebrentur, diocesano sejam celebradas em sua igreja
nisi ipse aliam ecclesiam elegerit. catedral, a não ser que ele tenha escolhido
outra igreja.

Can. 1179 - Exequiae religiosorum aut Cân. 1179 - As exéquias de religiosos ou


sodalium societatis vitae apostolicae de membros de sociedade de vida
generatim celebrentur in propria ecclesia apostólica sejam celebradas na própria
aut oratorio a Superiore, si institutum aut igreja ou oratório pelo Superior, se o
societas sint clericalia, secus a cappellano. instituto ou sociedade for clerical; caso
contrário, pelo capelão.
Can. 1180 - § 1. Si paroecia proprium Cân. 1180 - § 1. Se a paróquia tiver
habeat coemeterium, in eo tumulandi sunt cemitério próprio, nele sejam sepultados os
fideles defuncti, nisi aliud coemeterium fiéis defuntos, salvo se tiver sido
legitime electum fuerit ab ipso defuncto vel legitimamente escolhido outro cemitério
ab iis quibus defuncti sepulturam curare pelo próprio defunto ou pelos responsáveis
competit. por seu sepultamento.
§ 2. Omnibus autem licet, nisi iure § 2. Todavia, não sendo proibido pelo
prohibeantur, eligere coemeterium direito, é lícito a todos escolher o cemitério
sepulturae. para sua própria sepultura.

Can. 1181 - Ad oblationes occasione Cân. 1181 - Quanto às ofertas por ocasião
funerum quod attinet, serventur praescripta de funerais, observem-se as prescrições
can. 1264, cauto tamen ne ulla fiat in do cân. 1264, evitando-se, porém, que nas
exequiis personarum acceptio neve exéquias haja discriminação de pessoas ou
pauperes debitis exequiis priventur. que os pobres sejam privados das devidas
exéquias.

Can. 1182 - Expleta tumulatione, inscriptio Cân. 1182 - Depois do sepultamento, faça-
in librum defunctorum fiat ad normam iuris se registro no livro de óbitos, de acordo
particularis. com o direito particular.

CAPUT II. DE IIS QUIBUS EXEQUIAE Capítulo II DAQUELES AOS QUAIS SE


ECCLESIASTICAE CONCEDENDAE DEVEM CONCEDER OU NEGAR
SUNT AUT DENEGANDAE EXÉQUIAS ECLESIÁSTICAS
Can. 1183 - § 1. Ad exequias quod attinet, Cân. 1183 - § 1. Quanto às exéquias, os
christifidelibus catechumeni accensendi catecúmenos sejam equiparados aos fiéis.
sunt.
§ 2. Ordinarius loci permittere potest ut § 2. O Ordinário local pode permitir que
parvuli, quos parentes baptizare tenham exéquias as crianças que os pais
intendebant quique autem ante baptismum tencionavam batizar, mas que morreram
mortui sunt, exequiis ecclesiasticis antes do batismo.
donentur.
§ 3. Baptizatis alicui Ecclesiae aut § 3. Segundo o prudente juízo do Ordinário
communitati ecclesiali non catholicae local, podem ser concedidas exéquias
adscriptis, exequiae ecclesiasticae concedi eclesiásticas aos batizados pertencentes a
possunt de prudenti Ordinarii loci iudicio, uma Igreja ou comunidade eclesial não-
nisi constet de contraria eorum voluntate et católica, exceto se constar sua vontade
dummodo minister proprius haberi nequeat. contrária e contanto que não seja possível
ter seu ministro próprio.

Can. 1184 - § 1. Exequiis ecclesiasticis Cân. 1184 - § 1. Devem ser privados das
privandi sunt, nisi ante mortem aliqua exéquias eclesiásticas, a não ser que antes
dederint paenitentiae signa: da morte tenham dado algum sinal de
penitência:
1° notorii apostatae, haeretici et 1°- os apóstatas, hereges e cismáticos
schismatici; notórios;
2° qui proprii corporis cremationem 2°- os que tiverem escolhido a
elegerint ob rationes fidei christianae cremação de seu corpo por motivos
adversas; contrários à fé cristã; 3°- outros pecadores
manifestos, aos quais não se possam
conceder exéquias eclesiásticas sem
escândalo público dos fiéis.
3° alii peccatores manifesti, quibus § 2. Em caso de dúvida, seja consultado o
exequiae ecclesiasticae non sine publico Ordinário local, a cujo juízo se deve
fidelium scandalo concedi possunt. obedecer.
§ 2. Occurrente aliquo dubio, consulatur
loci Ordinarius, cuius iudicio standum est.

Can. 1185 - Excluso ab ecclesiasticis Cân. 1185 - A quem se negaram exéquias


exequiis deneganda quoque est quaelibet eclesiásticas, deve- se negar também
Missa exequialis. qualquer missa exequial.

TITULUS IV. DE CULTU SANCTORUM, TÍTULO IV DO CULTO DOS SANTOS,


SACRARUM IMAGINUM ET IMAGENS SAGRADAS E RELÍQUIAS
RELIQUIARUM
Can. 1186 - Ad sanctificationem populi Dei Cân. 1186 - Para fomentar a santificação
fovendam, Ecclesia peculiari et filiali do povo de Deus, a Igreja recomenda à
christifidelium venerationi commendat veneração especial e filial dos fiéis a Bem-
Beatam Mariam semper Virginem, Dei aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de
Matrem, quam Christus hominum omnium Deus, a quem Cristo constituiu Mãe de
Matrem constituit, atque verum et todos os homens, bem como promove o
authenticum promovet cultum aliorum verdadeiro e autêntico culto dos outros
Sanctorum, quorum quidem exemplo Santos, por cujo exemplo os fiéis se
christifideles aedificantur et intercessione edificam e pela intercessão dos quais são
sustentantur. sustentados.

Can. 1187 - Cultu publico eos tantum Dei Cân. 1187 - Só é lícito venerar, mediante
servos venerari licet, qui auctoritate culto público, aos servos de Deus que
Ecclesiae in album Sanctorum vel foram inscritos pela autoridade da Igreja no
Beatorum relati sint. catálogo dos Santos ou dos Beatos.

Can. 1188 - Firma maneat praxis in Cân. 1188 - Mantenha-se a praxe de


ecclesiis sacras imagines fidelium propor imagens sagradas nas igrejas, para
venerationi proponendi; attamen moderato a veneração dos fiéis; entretanto, sejam
numero et congruo ordine exponantur, ne expostas em número moderado e na
populi christiani admiratio excitetur, neve devida ordem, a fim de que não se
devotioni minus rectae ansa praebeatur. desperte a admiração no povo cristão, nem
se dê motivo a uma devoção menos
correta.

Can. 1189 - Imagines pretiosae, idest Cân. 1189 - Imagens preciosas, isto é, que
vetustate, arte, aut cultu praestantes, in sobressaem por antiguidade, arte ou culto,
ecclesiis vel oratoriis fidelium venerationi expostas à veneração dos fiéis, em igrejas
expositae, si quando reparatione indigeant, e oratórios, se precisarem de reparação,
numquam restaurentur sine data scripto nunca sejam restauradas sem a licença
licentia ab Ordinario; qui, antequam eam escrita do Ordinário; este, antes de
concedat, peritos consulat. concedê-la, consulte os peritos.

Can. 1190 - § 1. Sacras reliquias vendere Cân. 1190 - § 1. Não é lícito vender
nefas est. relíquias sagradas.
§ 2. Insignes reliquiae itemque aliae, quae § 2. As relíquias insignes, bem como outras
magna populi veneratione honorantur, de grande veneração do povo, não podem
nequeunt quoquo modo valide alienari de modo algum ser alienadas nem
neque perpetuo transferri sine Apostolicae definitivamente transferidas, sem a licença
Sedis licentia. da Sé Apostólica.
§ 3. Praescriptum § 2 valet etiam pro § 3. A prescrição do § 2 vale também para
imaginibus, quae in aliqua ecclesia magna as imagens que são objeto de grande
populi veneratione honorantur. veneração do povo em alguma igreja.

TITULUS V DE VOTO ET IUREIURANDO TÍTULO V DO VOTO E DO JURAMENTO


CAPUT I. DE VOTO Capítulo I DO VOTO
Can. 1191 - § 1. Votum, idest promissio Cân. 1191 - § 1. O voto, isto é, a promessa
deliberata ac libera Deo facta de bono deliberada e livre de um bem possível e
possibili et meliore, ex virtute religionis melhor, feita a Deus, deve ser cumprido
impleri debet. em razão da virtude da religião.
§ 2. Nisi iure prohibeantur, omnes § 2. A não ser que estejam proibidos pelo
congruenti rationis usu pollentes, sunt voti direito, todos aqueles que têm o devido uso
capaces. da razão são capazes de fazer votos.
§ 3. Votum metu gravi et iniusto vel dolo § 3. O voto feito por medo grave e injusto,
emissum ipso iure nullum est. ou por dolo, é nulo ipso iure.

Can. 1192 - § 1. Votum est publicum, si Cân. 1192 - § 1. O voto é público, quando
nomine Ecclesiae a legitimo Superiore aceito pelo superior legitimo em nome da
acceptetur; secus privatum. Igreja; caso contrário, é privado.
§ 2. Sollemne, si ab Ecclesia uti tale fuerit § 2. Solene, se é reconhecido como tal
agnitum; secus simplex. pela Igreja; caso contrário, é simples.
§ 3. Personale, quo actio voventis § 3. Pessoal, quando por ele se promete
promittitur; reale, quo promittitur res aliqua; uma ação do vovente; real, quando por ele
mixtum, quod personalis et realis naturam se promete alguma coisa; misto, quando
participat. participa da natureza do pessoal e do real.

Can. 1193 - Votum non obligat, ratione sui, Cân. 1193 - Por sua natureza, o voto não
nisi emittentem. obriga, a não ser ao vovente.

Can. 1194 - Cessat votum lapsu temporis Cân. 1194 - O voto cessa, uma vez
ad finiendam obligationem appositi, transcorrido o prazo marcado para o
mutatione substantiali materiae promissae, término da obrigação; com a mudança
deficiente condicione a qua votum pendet substancial da matéria prometida; quando
aut eiusdem causa finali, dispensatione, já não se verifica a condição da qual
commutatione. depende o voto ou a sua causa final; por
dispensa; por comutação.

Can. 1195 - Qui potestatem in voti Cân. 1195 - Quem tem poder sobre a
materiam habet, potest voti obligationem matéria do voto pode suspender sua
tamdiu suspendere, quamdiu voti obrigação por todo o tempo em que o
adimpletio sibi praeiudicium afferat. cumprimento do voto lhe traz prejuízo.
Can. 1196 - Praeter Romanum Pontificem, Cân. 1196 - Além do Romano Pontífice,
vota privata possunt iusta de causa podem dispensar dos votos particulares,
dispensare, dummodo dispensatio ne por justa causa, contanto que a dispensa
laedat ius aliis quaesitum: não lese os direitos adquiridos por outros:
1° loci Ordinarius et parochus, quod 1°- o Ordinário local e o pároco, em
attinet ad omnes ipsorum subditos atque relação a todos os seus súditos e também
etiam peregrinos; aos forasteiros;
2° Superior instituti religiosi aut 2°- o Superior de instituto religioso ou
societatis vitae apostolicae, si sint clericalia de sociedade de vida apostólica, se forem
iuris pontificii, quod attinet ad sodales, clericais de direito pontifício, em relação
novitios atque personas, quae diu noctuque aos membros, noviços e pessoas que
in domo instituti aut societatis degunt; vivem dia e noite numa casa do instituto ou
da sociedade;
3° ii quibus ab Apostolica Sede vel ab 3°- aqueles aos quais o poder de
Ordinario loci delegata fuerit dispensandi dispensar tiver sido delegado pela Sé
potestas. Apostólica ou pelo Ordinário local.

Can. 1197 - Opus voto privato promissum Cân. 1197 - A obra prometida por voto
potest in maius vel in aequale bonum ab privado pode ser comutada pelo próprio
ipso vovente commutari; in minus vero vovente em algum bem que seja maior ou
bonum, ab illo cui potestas est dispensandi igual; mas, em um bem menor, por quem
ad normam can. 1196. tenha poder de dispensar, de acordo com o
cân. 1196.

Can. 1198 - Vota ante professionem Cân. 1198 - Os votos feitos antes da
religiosam emissa suspenduntur, donec profissão religiosa ficam suspensos
vovens in instituto religioso permanserit. enquanto o vovente permanecer no
instituto religioso.

CAPUT II. DE IUREIURANDO Capítulo II DO JURAMENTO


Can. 1199 - § 1. Iusiurandum, idest Cân. 1199 - § 1. O juramento, isto é, a
invocatio Nominis divini in testem veritatis, invocação do nome de Deus como
praestari nequit, nisi in veritate, in iudicio et testemunha da verdade, não se pode fazer,
in iustitia. a não ser na verdade, no discernimento e
na justiça.
§ 2. Iusiurandum quod canones exigunt vel § 2. O juramento, que os cânones exigem
admittunt, per procuratorem praestari ou admitem, não pode ser prestado
valide nequit. validamente por procurador.

Can. 1200 - § 1. Qui libere iurat se aliquid Cân. 1200 - § 1. Quem jura livremente
facturum, peculiari religionis obligatione fazer alguma coisa está obrigado, por
tenetur implendi, quod iureiurando especial obrigação de religião, a cumprir o
firmaverit. que tiver assegurado com juramento.
§ 2. Iusiurandum dolo, vi aut metu gravi § 2. O juramento extorquido por dolo,
extortum, ipso iure nullum est. violência ou medo grave, é nulo ipso iure.

Can. 1201 - § 1. Iusiurandum promissorium Cân. 1201 - § 1. O juramento promissório


sequitur naturam et condiciones actus cui segue a natureza e as condições do ato ao
adicitur. qual se une.
§ 2. Si actui directe vergenti in damnum § 2. Se um ato, que implica diretamente
aliorum aut in praeiudicium boni publici vel dano a outrem, prejuízo ao bem público ou
salutis aeternae iusiurandum adiciatur, à salvação eterna, for acrescido de
nullam exinde actus consequitur firmitatem. juramento, esse ato não adquire com isso
garantia nenhuma.

Can. 1202 - Obligatio iureiurando Cân. 1202 - A obrigação decorrente do


promissorio inducta desinit: juramento promissório cessa:
1° si remittatur ab eo in cuius 1°- se for dispensada por aquele em
commodum iusiurandum emissum fuerat; cujo favor o juramento tinha sido feito;
2° si res iurata substantialiter mutetur, 2°- se a coisa jurada mudar
aut, mutatis adiunctis, fiat vel mala vel substancialmente, ou se, mudadas as
omnino indifferens, vel denique maius circunstâncias, se tornar má ou de todo
bonum impediat; indiferente, ou afinal impedir um bem
maior;
3° deficiente causa finali aut condicione 3°- se cessar a causa final ou a
sub qua forte iusiurandum datum est; condição sob a qual talvez tenha sido feito
o juramento;
4° dispensatione, commutatione, ad 4°- por dispensa, por comutação, de
normam can. 1203. acordo com o cân. 1203.

Can. 1203 - Qui suspendere, dispensare, Cân. 1203 - Aqueles que podem
commutare possunt votum, eandem suspender, dispensar, comutar o voto, têm
potestatem eademque ratione habent circa também, e por igual razão, poder quanto
iusiurandum promissorium; sed si ao juramento promissório; mas, se a
iurisiurandi dispensatio vergat in dispensa do juramento redundar em
praeiudicium aliorum qui obligationem prejuízo a outros que não queiram liberar
remittere recusent, una Apostolica Sedes dessa obrigação, somente a Sé Apostólica
potest iusiurandum dispensare. pode dispensar do juramento.

Can. 1204 - Iusiurandum stricte est Cân. 1204 - O juramento deve ser
interpretandum secundum ius et secundum interpretado estritamente, de acordo com o
intentionem iurantis aut, si hic dolo agat, direito e a intenção de quem jurou, ou se
secundum intentionem illius cui este age com dolo, segundo a intenção
iusiurandum praestatur. daquele a quem se presta o juramento.

PARS III. DE LOCIS ET TEMPORIBUS III PARTE DOS LUGARES E TEMPOS


SACRIS SAGRADOS
TITULUS I. DE LOCIS SACRIS TÍTULO I DOS LUGARES SAGRADOS
Can. 1205 - Loca sacra ea sunt quae Cân. 1205 - Lugares sagrados são aqueles
divino cultui fideliumve sepulturae que são destinados ao culto divino ou à
deputantur dedicatione vel benedictione, sepultura dos fiéis, mediante dedicação ou
quam liturgici libri ad hoc praescribunt. bênção, para isso prescritas pelos livros
litúrgicos.

Can. 1206 - Dedicatio alicuius loci spectat Cân. 1206 - A dedicação de algum lugar
ad Episcopum dioecesanum et ad eos qui compete ao Bispo diocesano e aos
ipsi iure aequiparantur; iidem possunt equiparados a ele pelo direito; todos eles
cuilibet Episcopo vel, in casibus podem confiar a qualquer Bispo ou, em
exceptionalibus, presbytero munus casos excepcionais, a um presbítero o
committere dedicationem peragendi in suo encargo de fazer a dedicação em seu
territorio. território.

Can. 1207 - Loca sacra benedicuntur ab Cân. 1207 - Os lugares sagrados são
Ordinario; benedictio tamen ecclesiarum benzidos pelo Ordinário; a bênção das
reservatur Episcopo dioecesano; uterque igrejas, porém, é reservada ao Bispo
vero potest alium sacerdotem ad hoc diocesano; ambos podem delegar para
delegare. isso outro sacerdote.

Can. 1208 - De peracta dedicatione vel Cân. 1208 - Da dedicação ou bênção de


benedictione ecclesiae, itemque de uma igreja, já realizada, como também da
benedictione coemeterii redigatur bênção de um cemitério, redija-se um
documentum, cuius alterum exemplar in documento, do qual se conserve um
curia dioecesana, alterum in ecclesiae exemplar na cúria diocesana e outro no
archivo servetur. arquivo da igreja.

Can. 1209 - Dedicatio vel benedictio Cân. 1209 - A dedicação ou bênção de um


alicuius loci, modo nemini damnum fiat, lugar, contanto que não redunde em
satis probatur etiam per unum testem omni prejuízo para ninguém, prova-se
exceptione maiorem. suficientemente ainda que por uma única
testemunha acima de qualquer suspeita.

Can. 1210 - In loco sacro ea tantum Cân. 1210 - Em lugar sagrado só se


admittantur quae cultui, pietati, religioni admita aquilo que favoreça o exercício e a
exercendis vel promovendis inserviunt, ac promoção do culto, da piedade, da religião;
vetatur quidquid a loci sanctitate absonum proíba-se tudo quanto for inconveniente à
sit. Ordinarius vero per modum actus alios santidade do lugar. Todavia, o Ordinário,
usus, sanctitati tamen loci non contrarios, per modum actus, pode permitir outros
permittere potest. usos, não porém contrários à santidade do
lugar.

Can. 1211 - Loca sacra violantur per Cân. 1211 - Os lugares sagrados são
actiones graviter iniuriosas cum scandalo violados por atos gravemente injuriosos aí
fidelium ibi positas, quae, de iudicio perpetrados com escândalo dos fiéis e que,
Ordinarii loci, ita graves et sanctitati loci a juízo do Ordinário local, são de tal modo
contrariae sunt ut non liceat in eis cultum graves e contrários à santidade do lugar,
exercere, donec ritu paenitentiali ad que não seja lícito exercer neles o culto,
normam librorum liturgicorum iniuria enquanto não for reparada a injúria
reparetur. mediante o rito penitencial estabelecido
nos livros litúrgicos.

Can. 1212 - Dedicationem vel Cân. 1212 - Os lugares sagrados perdem a


benedictionem amittunt loca sacra, si dedicação ou a bênção, se tiverem sido
magna ex parte destructa fuerint, vel ad destruídos em grande parte ou se forem
usus profanos permanenter decreto permanentemente reduzidos a usos
competentis Ordinarii vel de facto reducta. profanos, por decreto do Ordinário
competente ou de fato.

Can. 1213 - Potestates suas et munera Cân. 1213 - A autoridade eclesiástica


auctoritas ecclesiastica in locis sacris libere exerce livremente seus poderes e funções
exercet. nos lugares sagrados.
CAPUT I. DE ECCLESIIS Capítulo I DAS IGREJAS
Can. 1214 - Ecclesiae nomine intellegitur Cân. 1214 - Sob a denominação de igreja,
aedes sacra divino cultui destinata, ad entende-se um edifício sagrado destinado
quam fidelibus ius est adeundi ad divinum ao culto divino, ao qual os fiéis têm o
cultum praesertim publice exercendum. direito de ir para praticar o culto divino,
especialmente público.

Can. 1215 - § 1. Nulla ecclesia aedificetur Cân. 1215 - § 1. Não se edifique nenhuma
sine expresso Episcopi dioecesani igreja sem o consentimento expresso e
consensu scriptis dato. escrito do Bispo diocesano.
§ 2. Episcopus dioecesanus consensum ne § 2. O Bispo diocesano não dê o
praebeat nisi, audito consilio presbyterali et consentimento, a não ser que, ouvido o
vicinarum ecclesiarum rectoribus, censeat conselho presbiteral e os reitores das
novam ecclesiam bono animarum inservire igrejas vizinhas, julgue que a nova igreja
posse, et media ad ecclesiae possa servir para o bem das almas, e que
aedificationem et ad cultum divinum não faltarão os meios necessários para a
necessaria non esse defutura. construção da igreja e para o culto divino.
§ 3. Etiam instituta religiosa, licet § 3. Mesmo os institutos religiosos, embora
consensum constituendae novae domus in tenham recebido a permissão do Bispo
dioecesi vel civitate ab Episcopo diocesano para estabelecer uma nova casa
dioecesano rettulerint, antequam tamen numa diocese ou cidade, devem obter sua
ecclesiam in certo ac determinato loco licença antes de construir uma igreja em
aedificent, eiusdem licentiam obtinere lugar certo e determinado.
debent.

Can. 1216 - In ecclesiarum aedificatione et Cân. 1216 - Na construção e restauração


refectione, adhibito peritorum consilio, de igrejas, usando o conselho de peritos,
serventur principia et normae liturgiae et observem-se os princípios e normas da
artis sacrae. liturgia e da arte sacra.

Can. 1217 - § 1. Aedificatione rite peracta, Cân. 1217 - § 1. Concluída devidamente a


nova ecclesia quam primum dedicetur aut construção, a nova igreja seja quanto antes
saltem benedicatur, sacrae liturgiae legibus dedicada, ou pelo menos benzida,
servatis. observando-se as leis da sagrada liturgia.
§ 2. Sollemni ritu dedicentur ecclesiae, § 2. As igrejas, principalmente as catedrais
praesertim cathedrales et paroeciales. e paróquias, sejam dedicadas com rito
solene.

Can. 1218 - Unaquaeque ecclesia suum Cân. 1218 - Cada igreja tenha o seu título,
habeat titulum qui, peracta ecclesiae que não pode ser mudado, uma vez feita a
dedicatione, mutari nequit. dedicação da igreja.

Can. 1219 - In ecclesia legitime dedicata Cân. 1219 - Na igreja legitimamente


vel benedicta omnes actus cultus divini dedicada ou benta, podem- se realizar
perfici possunt, salvis iuribus paroecialibus. todos os atos de culto, salvos os direitos
paroquiais.

Can. 1220 - § 1. Curent omnes ad quos res Cân. 1220 - § 1. Cuidem todos os
pertinet, ut in ecclesiis illa munditia ac responsáveis que nas igrejas se
decor serventur, quae domum Dei conservem a limpeza e o decoro devidos à
addeceant, et ab iisdem arceatur quidquid casa de Deus e se afaste tudo quanto
a sanctitate loci absonum sit. desdiz da santidade do lugar.
§ 2. Ad bona sacra et pretiosa tuenda § 2. Para a conservação dos bens
ordinaria conservationis cura et opportuna sagrados e preciosos, empreguem-se os
securitatis media adhibeantur. cuidados ordinários de manutenção e os
oportunos meios de segurança.

Can. 1221 - Ingressus in ecclesiam Cân. 1221 - O ingresso na Igreja, no tempo


tempore sacrarum celebrationum sit liber et das celebrações sagradas, seja livre e
gratuitus. gratuito.

Can. 1222 - § 1. Si qua ecclesia nullo Cân. 1222 - § 1. Se alguma Igreja de


modo ad cultum divinum adhiberi queat et maneira alguma puder ser usada para o
possibilitas non detur eam reficiendi, in culto divino e não houver possibilidade de
usum profanum non sordidum ab Episcopo se restaurar, pode ser reduzida pelo Bispo
dioecesano redigi potest. diocesano a uso profano não-sórdido.
§ 2. Ubi aliae graves causae suadeant ut § 2. Onde outras graves causas
aliqua ecclesia ad divinum cultum amplius aconselham que alguma igreja não seja
non adhibeatur, eam Episcopus mais usada para o culto divino, o Bispo
dioecesanus, audito consilio presbyterali, in diocesano, ouvido o conselho dos
usum profanum non sordidum redigere presbíteros, pode reduzi-la a uso profano
potest, de consensu eorum qui iura in não-sórdido, com o consentimento
eadem sibi legitime vindicent, et dummodo daqueles que sobre ela legitimamente
animarum bonum nullum inde detrimentum reclamam direitos, contanto que o bem das
capiat. almas não sofra com isso nenhum prejuízo.

CAPUT II. DE ORATORIIS ET DE Capítulo II DOS ORATÓRIOS E CAPELAS


SACELLIS PRIVATIS PARTICULARES
Can. 1223 - Oratorii nomine intellegitur Cân. 1223 - Sob a denominação de
locus divino cultui, in commodum alicuius oratório, entende-se um lugar destinado,
communitatis vel coetus fidelium eo com licença do Ordinário, ao culto divino
convenientium de licentia Ordinarii em favor de alguma comunidade ou grupo
destinatus, ad quem etiam alii fideles de de fiéis que aí se reúnem, e ao qual
consensu Superioris competentis accedere também os outros fiéis podem ter acesso
possunt. com a licença do Superior competente.

Can. 1224 - § 1. Ordinarius licentiam ad Cân. 1224 - § 1. O Ordinário não conceda


constituendum oratorium requisitam ne a licença pedida para se constituir um
concedat, nisi prius per se vel per alium oratório, a não ser depois de o ter visitado,
locum ad oratorium destinatum visitaverit et pessoalmente ou por outrem, e de o ter
decenter instructum reppererit. encontrado decentemente preparado.
§ 2. Data autem licentia, oratorium ad usus § 2. Entretanto, uma vez dada a licença, o
profanos converti nequit sine eiusdem oratório não pode ser destinado a usos
Ordinarii auctoritate. profanos sem autorização desse Ordinário.

Can. 1225 - In oratoriis legitime constitutis Cân. 1225 - Nos oratórios legitimamente
omnes celebrationes sacrae peragi constituídos, podem- se realizar todas as
possunt, nisi quae iure aut Ordinarii loci celebrações sagradas, a não ser aquelas
praescripto excipiantur, aut obstent normae que sejam excetuadas pelo direito ou por
liturgicae. prescrição do Ordinário local, ou que a elas
se oponham normas litúrgicas.

Can. 1226 - Nomine sacelli privati Cân. 1226 - Sob a denominação de capela
intellegitur locus divino cultui, in particular, entende- se o lugar destinado,
commodum unius vel plurium personarum com a licença do Ordinário local, ao culto
physicarum, de licentia Ordinarii loci divino em favor de uma ou mais pessoas
destinatus. físicas.

Can. 1227 - Episcopi sacellum privatum Cân. 1227 - Os Bispos podem constituir
sibi constituere possunt, quod iisdem para si uma capela particular, que tem os
iuribus ac oratorium gaudet. mesmos direitos do oratório.

Can. 1228 - Firmo praescripto can. 1227, Cân. 1228 - Salva a prescrição do cân.
ad Missam aliasve sacras celebrationes in 1227, requer-se a licença do Ordinário
aliquo sacello privato peragendas requiritur local para se realizar na capela particular a
Ordinarii loci licentia. missa ou outras celebrações sagradas.

Can. 1229 - Oratoria et sacella privata Cân. 1229 - Convém que os oratórios e
benedici convenit secundum ritum in libris capelas particulares sejam benzidos
liturgicis praescriptum; debent autem esse segundo o rito prescrito nos livros
divino tantum cultui reservata et ab litúrgicos; devem, porém, ser reservados
omnibus domesticis usibus libera. unicamente para o culto divino e livres de
outros usos domésticos.

CAPUT III. DE SANCTUARIIS Capítulo III DOS SANTUÁRIOS


Can. 1230 - Sanctuarii nomine intelleguntur Cân. 1230 - Sob a denominação de
ecclesia vel alius locus sacer ad quos, ob santuário, entende-se a igreja ou outro
peculiarem pietatis causam, fideles lugar sagrado, aonde os fiéis em grande
frequentes, approbante Ordinario loci, número, por algum motivo especial de
peregrinantur. piedade, fazem peregrinações com a
aprovação do Ordinário local.

Can. 1231 - Ut sanctuarium dici possit Cân. 1231 - Para que um santuário possa
nationale, accedere debet approbatio dizer-se nacional, deve ter a aprovação da
Episcoporum conferentiae; ut dici possit Conferência dos Bispos; para que possa
internationale, requiritur approbatio dizer-se internacional, requer-se a
Sanctae Sedis. aprovação da Santa Sé.

Can. 1232 - § 1. Ad approbanda statuta Cân. 1232 - § 1. Para aprovar os estatutos


sanctuarii dioecesani, competens est de um santuário diocesano, é competente
Ordinarius loci; ad statuta sanctuarii o Ordinário local; para os estatutos de um
nationalis, Episcoporum conferentia; ad santuário nacional, a Conferência dos
statuta sanctuarii internationalis, sola Bispos; para os estatutos de um santuário
Sancta Sedes. internacional, somente a Santa Sé.
§ 2. In statutis determinentur praesertim § 2. Nos estatutos, devem ser
finis, auctoritas rectoris, dominium et determinados principalmente a finalidade, a
administratio bonorum. autoridade do reitor, o domínio e a
administração dos bens.

Can. 1233 - Sanctuariis quaedam privilegia Cân. 1233 - Poderão ser concedidos
concedi poterunt, quoties locorum determinados privilégios aos santuários,
circumstantiae, peregrinantium frequentia sempre que as circunstâncias locais, o
et praesertim fidelium bonum id suadere afluxo de peregrinos e principalmente o
videantur. bem dos fiéis parecerem aconselhá- los.

Can. 1234 - § 1. In sanctuariis abundantius Cân. 1234 - § 1. Nos santuários, ofereçam-


fidelibus suppeditentur media salutis, se aos fiéis meios de salvação mais
verbum Dei sedulo annuntiando, vitam abundantes, anunciando com diligência a
liturgicam praesertim per Eucharistiae et palavra de Deus, incentivando
paenitentiae celebrationem apte fovendo, adequadamente a vida litúrgica,
necnon probatas pietatis popularis formas principalmente com a Eucaristia e a
colendo. celebração da penitência, e cultivando as
formas aprovadas de piedade popular.
§ 2. Votiva artis popularis et pietatis § 2. Os documentos votivos da arte popular
documenta in sanctuariis aut locis e da piedade sejam conservados em lugar
adiacentibus spectabilia serventur atque visível nos santuários ou em locais
secure custodiantur. adjacentes, e sejam guardados com
segurança.

CAPUT IV. DE ALTARIBUS Capítulo IV DOS ALTARES


Can. 1235 - § 1. Altare, seu mensa super Cân. 1235 - § 1. O altar, ou mesa sobre a
quam Sacrificium eucharisticum celebratur, qual se celebra o sacrifício eucarístico,
fixum dicitur, si ita exstruatur ut cum denomina-se fixo, quando feito de tal modo
pavimento cohaereat ideoque amoveri que esteja ligado ao pavimento e não
nequeat; mobile vero, si transferri possit. possa ser removido; móvel, se pode ser
transportado.
§ 2. Expedit in omni ecclesia altare fixum § 2. Convém que em toda igreja haja um
inesse; ceteris vero in locis, sacris altar fixo; nos demais lugares destinados
celebrationibus destinatis, altare fixum vel às celebrações sagradas, um altar fixo ou
mobile. móvel.

Can. 1236 - § 1. Iuxta traditum Ecclesiae Cân. 1236 - § 1. De acordo com o costume
morem mensa altaris fixi sit lapidea, et tradicional da Igreja, a mesa do altar fixo
quidem ex unico lapide naturali; attamen seja de pedra e de uma única pedra
etiam alia materia digna et solida, de natural; mas pode ser usada também outra
iudicio Episcoporum conferentiae, adhiberi matéria digna e sólida, a juízo da
potest. Stipites vero seu basis ex qualibet Conferência dos Bispos. Contudo, os
materia confici possunt. suportes ou base podem ser feitos de
qualquer matéria.
§ 2. Altare mobile ex qualibet materia § 2. O altar móvel pode ser feito com
solida, usui liturgico congruenti, extrui qualquer matéria sólida, conveniente ao
potest. uso litúrgico.

Can. 1237 - § 1. Altaria fixa dedicanda Cân. 1237 - § 1. Os altares fixos devem ser
sunt, mobilia vero dedicanda aut dedicados, e os móveis, dedicados ou
benedicenda, iuxta ritus in liturgicis libris benzidos, de acordo com os ritos prescritos
praescriptos. nos livros litúrgicos.
§ 2. Antiqua traditio Martyrum aliorumve § 2. Conserve-se a antiga tradição de
Sanctorum reliquias sub altari fixo condendi colocar debaixo do altar fixo relíquias de
servetur, iuxta normas in libris liturgicis mártires ou de outros santos, de acordo
traditas. com as normas prescritas nos livros
litúrgicos.

Can. 1238 - § 1. Altare dedicationem vel Cân. 1238 - § 1. O altar perde a dedicação
benedictionem amittit ad normam ou bênção, de acordo com a norma do cân.
can. 1212. 1212.
§ 2. Per reductionem ecclesiae vel alius § 2. Pela redução de uma igreja ou de
loci sacri ad usus profanos, altaria sive fixa outro lugar sagrado a usos profanos, os
sive mobilia non amittunt dedicationem vel altares fixos ou móveis não perdem a
benedictionem. dedicação ou bênção.

Can. 1239 - § 1. Altare tum fixum tum Cân. 1239 - § 1. O altar fixo ou móvel deve
mobile divino dumtaxat cultui reservandum ser reservado unicamente ao culto,
est, quolibet profano usu prorsus excluso. excluído absolutamente qualquer uso
profano.
§ 2. Subtus altare nullum sit reconditum § 2. Sob o altar não se coloque nenhum
cadaver; secus Missam super illud cadáver; do contrário, não será lícito
celebrare non licet. celebrar a missa sobre esse altar.

CAPUT V. DE COEMETERIIS Capítulo V DOS CEMITÉRIOS


Can. 1240 - § 1. Coemeteria Ecclesiae Cân. 1240 - § 1. Onde for possível, haja
propria, ubi fieri potest, habeantur, vel cemitérios próprios da Igreja, ou então, nos
saltem spatia in coemeteriis civilibus cemitérios civis, haja espaços devidamente
fidelibus defunctis destinata, rite benzidos destinados aos fiéis defuntos.
benedicenda.
§ 2. Si vero hoc obtineri nequeat, toties § 2. Mas, se isso não for possível
quoties singuli tumuli rite benedicantur. conseguir, cada túmulo seja benzido vez
por vez.

Can. 1241 - § 1. Paroeciae et instituta Cân. 1241 - § 1. Paróquias e institutos


religiosa coemeterium proprium habere religiosos podem ter cemitérios próprio.
possunt.
§ 2. Etiam aliae personae iuridicae vel § 2. Também outras pessoas jurídicas ou
familiae habere possunt peculiare famílias podem ter cemitérios ou sepulcro
coemeterium seu sepulcrum, de iudicio especial, a ser benzido segundo o juízo do
Ordinarii loci benedicendum. Ordinário local.

Can. 1242 - In ecclesiis cadavera ne Cân. 1242 - Não se sepultem cadáveres


sepeliantur, nisi agatur de Romano nas igrejas, a não ser que se trate do
Pontifice aut Cardinalibus vel Episcopis Romano Pontífice, de Cardeais ou de
dioecesanis etiam emeritis in propria Bispos diocesanos, também os eméritos,
ecclesia sepeliendis. que devem ser sepultados em sua própria
igreja.

Can. 1243 - Opportunae normae de Cân. 1243 - Sejam estabelecidas pelo


disciplina in coemeteriis servanda, direito particular normas oportunas sobre a
praesertim ad eorum indolem sacram disciplina a ser observada nos cemitérios,
tuendam et fovendam quod attinet, iure principalmente para defender e favorecer
particulari statuantur. sua índole sagrada.
TITULUS II. DE TEMPORIBUS SACRIS TÍTULO II DOS TEMPOS SAGRADOS
Can. 1244 - § 1. Dies festos itemque dies Cân. 1244 - § 1. Compete unicamente à
paenitentiae, universae Ecclesiae suprema autoridade eclesiástica constituir,
communes, constituere, transferre, abolere, transferir, abolir dias de festa e dias de
unius est supremae ecclesiasticae penitência comuns para toda a Igreja, salva
auctoritatis, firmo praescripto can. 1246, a prescrição do cân. 1246, § 2.
§ 2.
§ 2. Episcopi dioecesani peculiares suis § 2. Os Bispos diocesanos podem marcar,
dioecesibus seu locis dies festos aut dies para as suas dioceses ou lugares, dias de
paenitentiae possunt, per modum tantum festa e de penitência especiais, mas só
actus, indicere. ocasionalmente.

Can. 1245 - Firmo iure Episcoporum Cân. 1245 - Salvo o direito dos Bispos
dioecesanorum de quo in can. 87, diocesanos, mencionado no cân. 87, o
parochus, iusta de causa et secundum pároco, por justa causa e segundo as
Episcopi dioecesani praescripta, singulis in prescrições do Bispo diocesano, pode
casibus concedere potest dispensationem conceder, de caso em caso, a dispensa da
ab obligatione servandi diem festum vel obrigação de guardar o dia de festa ou de
diem paenitentiae aut commutationem penitência ou sua comutação por outra
eiusdem in alia pia opera; idque potest obra pia; isso pode também o Superior de
etiam Superior instituti religiosi aut instituto religioso ou de uma sociedade de
societatis vitae apostolicae, si sint clericalia vida apostólica, se forem clericais de direito
iuris pontificii, quoad proprios subditos pontifício, tratando-se dos próprios súditos
aliosque in domo diu noctuque degentes. e de outros que vivem na casa dia e noite.

CAPUT I. DE DIEBUS FESTIS Capítulo I DOS DIAS DE FESTA


Can. 1246 - § 1. Dies dominica in qua Cân. 1246 - § 1. O domingo, dia em que
mysterium paschale celebratur, ex por tradição apostólica se celebra o
apostolica traditione, in universa Ecclesia mistério pascal, deve ser guardado em
uti primordialis dies festus de praecepto toda a Igreja como o dia de festa por
servanda est. Itemque servari debent dies excelência. Devem ser guardados
Nativitatis Domini Nostri Iesu Christi, igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor
Epiphaniae, Ascensionis et sanctissimi Jesus Cristo, da Epifania, da Ascensão e
Corporis et Sanguinis Christi, Sanctae Dei do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo,
Genetricis Mariae, eiusdem Immaculatae de Santa Maria, Mãe de Deus, da sua
Conceptionis et Assumptionis, sancti Imaculada Conceição e Assunção, de São
Ioseph, sanctorum Petri et Pauli José, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo,
Apostolorum, omnium denique Sanctorum. e, por fim, de Todos os Santos.
§ 2. Episcoporum conferentia tamen potest, § 2. Todavia, a Conferência dos Bispos,
praevia Apostolicae Sedis approbatione, com a prévia aprovação da Sé Apostólica,
quosdam ex diebus festis de praecepto pode abolir alguns dias de festa de preceito
abolere vel ad diem dominicam transferre. ou transferi-los para o domingo.

Can. 1247 - Die dominica aliisque diebus Cân. 1247 - No domingo e nos outros dias
festis de praecepto fideles obligatione de festa de preceito, os fiéis têm a
tenentur Missam participandi; abstineant obrigação de participar da missa; além
insuper ab illis operibus et negotiis quae disso, devem abster-se das atividades e
cultum Deo reddendum, laetitiam diei negócios que impeçam o culto a ser
Domini propriam, aut debitam mentis ac prestado a Deus, a alegria própria do dia
corporis relaxationem impediant. do Senhor e o devido descanso da mente e
do Corpo.

Can. 1248 - § 1. Praecepto de Missa Cân. 1248 - § 1. Satisfaz ao preceito de


participanda satisfacit qui Missae assistit participar da missa quem assiste à missa
ubicumque celebratur ritu catholico vel ipso em qualquer lugar onde é celebrada em
die festo vel vespere diei praecedentis. rito católico, no próprio dia de festa ou na
tarde do dia anterior.
§ 2. Si deficiente ministro sacro aliave gravi § 2. Por falta de ministro sagrado ou por
de causa participatio eucharisticae outra grave causa, se a participação na
celebrationis impossibilis evadat, valde celebração eucarística se tornar
commendatur ut fideles in liturgia Verbi, si impossível, recomenda-se vivamente que
quae sit in ecclesia paroeciali aliove sacro os fiéis participem da liturgia da Palavra, se
loco, iuxta Episcopi dioecesani praescripta houver, na igreja paroquial ou em outro
celebrata, partem habeant, aut orationi per lugar sagrado, celebrada de acordo com as
debitum tempus personaliter aut in familia prescrições do Bispo diocesano; ou então
vel pro opportunitate in familiarum coetibus se dediquem a oração por tempo
vacent. conveniente, pessoalmente ou em família,
ou em grupos de família de acordo com a
oportunidade.

CAPUT II. DE DIEBUS PAENITENTIAE Capítulo II DOS DIAS DE PENITÊNCIA


Can. 1249 - Omnes christifideles, suo Cân. 1249 - Todos os fiéis, cada qual a seu
quisque modo, paenitentiam agere ex lege modo, estão obrigados por lei divina a
divina tenentur; ut vero cuncti communi fazer penitência; mas, para que todos
quadam paenitentiae observatione inter se estejam unidos mediante certa observância
coniungantur, dies paenitentiales comum da penitência, são prescritos dias
praescribuntur, in quibus christifideles penitenciais, em que os fiéis se dediquem
speciali modo orationi vacent, opera de modo especial à oração, façam obras
pietatis et caritatis exerceant, se ipsos de piedade e caridade, renunciem a si
abnegent, proprias obligationes fidelius mesmos, cumprindo ainda mais fielmente
adimplendo et praesertim ieiunium et as próprias obrigações e observando
abstinentiam, ad normam canonum qui principalmente o jejum e a abstinência, de
sequuntur, observando. acordo com os cânones seguintes.

Can. 1250 - Dies et tempora paenitentialia Cân. 1250 - Os dias e tempos penitenciais,
in universa Ecclesia sunt singulae feriae em toda a Igreja, são todas as sextas -
sextae totius anni et tempus feiras do ano e o tempo da quaresma.
quadragesimae.

Can. 1251 - Abstinentia a carnis Cân. 1251 - Observe-se a abstinência de


comestione vel ab alio cibo iuxta carne ou de outro alimento, segundo as
conferentiae Episcoporum praescripta, prescrições da Conferência dos Bispos, em
servetur singulis anni sextis feriis, nisi cum todas as sextas-feiras do ano, a não ser
aliquo die inter sollemnitates recensito que coincidam com algum dia enumerado
occurrant; abstinentia vero et ieiunium, entre as solenidades; observem-se a
feria quarta Cinerum et feria sexta in abstinência e o jejum na quarta-feira de
Passione et Morte Domini Nostri Iesu Cinzas e na sexta- feira da paixão e Morte
Christi. de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Can. 1252 - Lege abstinentiae tenentur qui Cân. 1252 - Estão obrigados à lei da
decimum quartum aetatis annum abstinência aqueles que tiverem
expleverint; lege vero ieiunii adstringuntur completado catorze anos de idade; estão
omnes aetate maiores usque ad annum obrigados à lei do jejum todos os maiores
inceptum sexagesimum. Curent tamen de idade até os sessenta anos começados.
animarum pastores et parentes ut etiam ii Todavia, os pastores de almas e os pais
qui, ratione minoris aetatis ad legem ieiunii cuidem que sejam formados para o
et abstinentiae non tenentur, ad genuinum genuíno sentido da penitência também os
paenitentiae sensum informentur. que não estão obrigados a lei do jejum e
da abstinência, em razão da pouca idade.

Can. 1253 - Episcoporum conferentia Cân. 1253 - A Conferência dos Bispos


potest pressius determinare observantiam pode determinar mais exatamente a
ieiunii et abstinentiae, necnon alias formas observância do jejum e da abstinência,
paenitentiae, praesertim opera caritatis et como também substituí-la, totalmente ou
exercitationes pietatis, ex toto vel ex parte em parte, por outras formas de penitência,
pro abstinentia et ieiunio substituere. principalmente por obras de caridade e
exercícios de piedade.

LIBER V. DE BONIS ECCLESIAE LIVRO V DOS BENS TEMPORAIS DA


TEMPORALIBUS IGREJA
Can. 1254 - § 1. Ecclesia catholica bona Cân. 1254 - § 1. A Igreja católica, por
temporalia iure nativo, independenter a direito originário, independentemente da
civili potestate, acquirere, retinere, autoridade civil, pode adquirir, possuir,
administrare et alienare valet ad fines sibi administrar e alienar bens temporais, para
proprios prosequendos. a consecução de seus fins próprios.
§ 2. Fines vero proprii praecipue sunt: § 2. Seus principais fins próprios são:
cultus divinus ordinandus, honesta cleri organizar o culto divino, cuidar do
aliorumque ministrorum sustentatio conveniente sustento do clero e dos
procuranda, opera sacri apostolatus et demais ministros, praticar obras de
caritatis, praesertim erga egenos, sagrado apostolado e de caridade,
exercenda. principalmente em favor dos pobres.

Can. 1255 - Ecclesia universa atque Cân. 1255 - A Igreja universal e a Sé


Apostolica Sedes, Ecclesiae particulares Apostólica, as Igrejas particulares e
necnon alia quaevis persona iuridica, sive qualquer outra pessoa jurídica, pública ou
publica sive privata, subiecta sunt capacia privada, têm capacidade jurídica de
bona temporalia acquirendi, retinendi, adquirir, possuir, administrar e alienar bens
administrandi et alienandi ad normam iuris. temporais, de acordo como direito.

Can. 1256 - Dominium bonorum, sub Cân. 1256 - O domínio dos bens, sob a
suprema auctoritate Romani Pontificis, ad suprema autoridade do Romano Pontífice,
eam pertinet iuridicam personam, quae pertence à pessoa jurídica que os tiver
eadem bona legitime acquisiverit. adquirido legitimamente.

Can. 1257 - § 1. Bona temporalia omnia Cân. 1257 - § 1. Todos os bens temporais
quae ad Ecclesiam universam, Apostolicam pertencentes à Igreja universal, à Sé
Sedem aliasve in Ecclesia personas Apostólica ou a outras pessoas jurídicas
iuridicas publicas pertinent, sunt bona públicas na Igreja são bens eclesiásticos e
ecclesiastica et reguntur canonibus qui se regem pelos cânones seguintes e pelos
sequuntur, necnon propriis statutis. estatutos próprios.
§ 2. Bona temporalia personae iuridicae § 2. Os bens temporais de uma pessoa
privatae reguntur propriis statutis, non jurídica privada se regem pelos estatutos
autem hisce canonibus, nisi expresse aliud próprios e não por estes cânones, salvo
caveatur. expressa determinação em contrário.

Can. 1258 - In canonibus qui sequuntur Cân. 1258 - Nos cânones seguintes, com o
nomine Ecclesiae significatur non solum termo Igreja são designadas não só a
Ecclesia universa aut Sedes Apostolica, Igreja universal ou a Sé Apostólica, mas
sed etiam quaelibet persona iuridica também qualquer pessoa jurídica pública
publica in Ecclesia, nisi ex contextu na Igreja, a não ser que do contexto ou da
sermonis vel ex natura rei aliud appareat. natureza do assunto apareça o contrário.

TITULUS I. DE ACQUISITIONE TÍTULO I DA AQUISIÇÃO DOS BENS


BONORUM
Can. 1259 - Ecclesia acquirere bona Cân. 1259 - A Igreja pode adquirir bens
temporalia potest omnibus iustis modis iuris temporais por todos os modos legítimos de
sive naturalis sive positivi, quibus aliis licet. direito natural e positivo que sejam lícitos
aos outros.

Can. 1260 - Ecclesiae nativum ius est Cân. 1260 - A Igreja tem direito nativo de
exigendi a christifidelibus, quae ad fines exigir dos fiéis o que for necessário para
sibi proprios sint necessaria. seus fins próprios.

Can. 1261 - § 1. Integrum est Cân. 1261 - § 1. Os fiéis são livres de doar
christifidelibus bona temporalia in favorem bens temporais em favor da Igreja.
Ecclesiae conferre.
§ 2. Episcopus dioecesanus fideles de § 2. O Bispo diocesano deve lembrar aos
obligatione, de qua in can. 222, § 1, fiéis a obrigação mencionada no cân. 222
monere tenetur et opportuno modo eam § 1, e exigir seu cumprimento de modo
urgere. oportuno.

Can. 1262 - Fideles subsidia Ecclesiae Cân. 1262 - Os fiéis concorram para as
conferant per subventiones rogatas et iuxta necessidades da Igreja com as
normas ab Episcoporum conferentia latas. contribuições que lhes forem solicitadas e
segundo as normas fixadas pela
Conferência dos Bispos.

Can. 1263 - Ius est Episcopo dioecesano, Cân. 1263 - O Bispo diocesano, ouvidos o
auditis consilio a rebus oeconomicis et conselho econômico e o conselho
consilio presbyterali, pro dioecesis presbiteral, tem o direito de impor às
necessitatibus, personis iuridicis publicis pessoas jurídicas públicas sujeitas a seu
suo regimini subiectis moderatum tributum, regime um tributo moderado,
earum redditibus proportionatum, proporcionado às rendas de cada uma, em
imponendi; ceteris personis physicis et favor das necessidades da diocese; às
iuridicis ipsi licet tantum, in casu gravis outras pessoas físicas e jurídicas ele
necessitatis et sub iisdem condicionibus, somente pode impor uma contribuição
extraordinariam et moderatam exactionem extraordinária e moderada, em caso de
imponere, salvis legibus et consuetudinibus grave necessidade e sob as mesmas
particularibus quae eidem potiora iura condições, salvas as leis e costumes
tribuant. particulares que lhe confiram maiores
direitos.

Can. 1264 - Nisi aliud iure cautum sit, Cân. 1264 - Salvo determinação contrária
conventus Episcoporum provinciae est: do direito, compete à reunião dos Bispos
da província:
1° praefinire taxas pro actibus 1°- estabelecer as taxas a serem
potestatis exsecutivae gratiosae vel pro aprovadas pela Sé Apostólica, em favor
exsecutione rescriptorum Sedis dos atos do poder executivo gracioso ou
Apostolicae, ab ipsa Sede Apostolica para a execução dos rescritos da Sé
approbandas; Apostólica;
2° definire oblationes occasione 2°- determinar as ofertas por ocasião
ministrationis sacramentorum et da administração dos sacramentos e
sacramentalium. sacramentais.

Can. 1265 - § 1. Salvo iure religiosorum Cân. 1265 - § 1. Salvo o direito dos
mendicantium, vetatur persona quaevis religiosos mendicantes, é proibido a
privata, sive physica sive iuridica, sine qualquer pessoa privada, física ou jurídica,
proprii Ordinarii et Ordinarii loci licentia, in recolher ofertas para qualquer instituto ou
scriptis data, stipem cogere pro quolibet pio fim pios ou eclesiásticos, sem a licença
aut ecclesiastico instituto vel fine. escrita do próprio Ordinário e do Ordinário
local.
§ 2. Episcoporum conferentia potest § 2. A Conferência dos Bispos pode
normas de stipe quaeritanda statuere, quae estabelecer normas s obre coletas, de
ab omnibus servari debent, iis non exclusis, esmolas, a serem observadas por todos,
qui ex institutione mendicantes vocantur et não excluídos aqueles que por instituição
sunt. são chamados mendicantes e o são de
fato.

Can. 1266 - In omnibus ecclesiis et Cân. 1266 - Em todas as Igrejas e


oratoriis, etiam ad instituta religiosa oratórios, mesmo pertencentes a institutos
pertinentibus, quae de facto habitualiter religiosos, abertos habitualmente aos fiéis,
christifidelibus pateant, Ordinarius loci o Ordinário local pode ordenar alguma
praecipere potest ut specialis stips coleta especial para determinadas
colligatur pro determinatis inceptis iniciativas paroquiais, diocesanas,
paroecialibus, dioecesanis, nationalibus vel nacionais ou universais, a ser enviada
universalibus, ad curiam dioecesanam solicitamente à cúria diocesana.
postea sedulo mittenda.

Can. 1267 - § 1. Nisi contrarium constet, Cân. 1267 - § 1. A não ser que conste o
oblationes quae fiunt Superioribus vel contrário, as ofertas feitas aos Superiores
administratoribus cuiusvis personae ou administradores de qualquer pessoa
iuridicae ecclesiasticae, etiam privatae, jurídica eclesiástica, mesmo particular,
praesumuntur ipsi personae iuridicae presumem-se feitas à própria pessoa
factae. jurídica.
§ 2. Oblationes, de quibus in § 1, repudiari § 2. As ofertas mencionadas no § 1 não
nequeunt nisi iusta de causa et, in rebus podem ser recusadas, a não ser por justa
maioris momenti, de licentia Ordinarii, si causa e, nos casos mais importantes, com
agitur de persona iuridica publica; eiusdem a licença do Ordinário, quando se trata de
Ordinarii licentia requiritur ut acceptentur pessoa jurídica pública; também se requer
quae onere modali vel condicione a licença do Ordinário para se aceitarem as
gravantur, firmo praescripto can. 1295. que estejam vinculadas por modalidades
ou condições onerosas, salva a prescrição
do cân. 1295.
§ 3. Oblationes a fidelibus ad certum finem § 3. As ofertas feitas pelos fiéis para fim
factae, nonnisi ad eundem finem destinari determinado não podem ser destinadas
possunt. senão para tal fim.

Can. 1268 - Praescriptionem, tamquam Cân. 1268 - A Igreja admite para os bens
acquirendi et se liberandi modum, Ecclesia temporais a prescrição, enquanto modo de
pro bonis temporalibus recipit, ad normam adquirir e de se eximir, conforme os cânn.
cann. 197-199. 197-199.

Can. 1269 - Res sacrae, si in dominio Cân. 1269 - As coisas sagradas, que estão
privatorum sunt, praescriptione acquiri a sob o domínio de particulares, podem ser
privatis personis possunt, sed eas adhibere adquiridas através de prescrição, por
ad usus profanos non licet, nisi pessoas privadas, mas não é lícito
dedicationem vel benedictionem amiserint; empregá-las para usos profanos, a não ser
si vero ad personam iuridicam que tenham perdido sua dedicação ou
ecclesiasticam publicam pertinent, tantum benção; mas, se pertencem a uma pessoa
ab alia persona iuridica ecclesiastica jurídica eclesiástica pública, podem ser
publica acquiri possunt. adquiridas unicamente por outra pessoa
jurídica eclesiástica pública.

Can. 1270 - Res immobiles, mobiles Cân. 1270 - As coisas imóveis, as coisas
pretiosae, iura et actiones sive personales móveis preciosas, os direitos e ações,
sive reales, quae pertinent ad Sedem pessoais ou reais, da Sé Apostólica,
Apostolicam, spatio centum annorum prescrevem no espaço de cem anos; o que
praescribuntur; quae ad aliam personam é de outra pessoa jurídica pública
iuridicam publicam ecclesiasticam eclesiástica, no espaço de trinta anos.
pertinent, spatio triginta annorum.

Can. 1271 - Episcopi, ratione vinculi Cân. 1271 - Em razão do vínculo da


unitatis et caritatis, pro suae dioecesis unidade e da caridade, os Bispos, segundo
facultatibus, conferant ad media as possibilidades de sua diocese, ajudem a
procuranda, quibus Sedes Apostolica fornecer os recursos de que a Sé
secundum temporum condiciones indiget, Apostólica necessita, de acordo com as
ut servitium erga Ecclesiam universam rite condições dos tempos, para que ela possa
praestare valeat. prestar o devido serviço à Igreja universal.

Can. 1272 - In regionibus ubi beneficia Cân. 1272 - Nas regiões onde existem
proprie dicta adhuc exsistunt, Episcoporum benefícios propriamente ditos, cabe à
conferentiae est, opportunis normis cum Conferência dos Bispos, mediante normas
Apostolica Sede concordatis et ab ea oportunas, estabelecidas de acordo com a
approbatis, huiusmodi beneficiorum Sé Apostólica e por ela aprovadas,
regimen moderari, ita ut reditus, immo regulamentar a administração de tais
quatenus possibile sit ipsa dos benefícios de modo que as rendas e,
beneficiorum ad institutum, de quo in quanto possível, o próprio dote dos
can. 1274, § 1, paulatim deferatur. benefícios passem, pouco a pouco, ao
instituto mencionado no cân. 1274 § 1.
TITULUS II. DE ADMINISTRATIONE TÍTULO II DA ADMINISTRAÇÃO DOS
BONORUM BENS
Can. 1273 - Romanus Pontifex, vi primatus Cân. 1273 - O Romano Pontífice, em
regiminis, est omnium bonorum virtude do primado de regime, é o supremo
ecclesiasticorum supremus administrator et administrador e dispensador de todos os
dispensator. bens eclesiásticos.

Can. 1274 - § 1. Habeatur in singulis Cân. 1274 - § 1. Haja em cada diocese um


dioecesibus speciale institutum, quod bona instituto especial que, recolhendo os bens
vel oblationes colligat eum in finem ut ou as ofertas, providencie, de acordo com
sustentationi clericorum, qui in favorem o cân. 281, o sustento dos clérigos que
dioecesis servitium praestant, ad normam prestam serviço à diocese, a não ser que
can. 281 provideatur, nisi aliter eisdem de outro modo se tenha providenciado em
provisum sit. favor deles.
§ 2. Ubi praevidentia socialis in favorem § 2. Onde a previdência social em favor do
cleri nondum apte ordinata est, curet clero não está devidamente constituída,
Episcoporum conferentia ut habeatur cuide a Conferência dos Bispos que haja
institutum, quo securitati sociali clericorum um instituto, com o qual se providencie
satis provideatur. devidamente à seguridade social dos
clérigos.
§ 3. In singulis dioecesibus constituatur, § 3. Em cada diocese constitua-se,
quatenus opus sit, massa communis qua enquanto necessário, um patrimônio
valeant Episcopi obligationibus erga alias comum, com o qual os bispos possam
personas Ecclesiae deservientes satisfazer às obrigações para com outras
satisfacere variisque dioecesis pessoas que estejam, a serviço da Igreja,
necessitatibus occurrere, quaque etiam acudir às diversas necessidades da
dioeceses divitiores possint pauperioribus diocese, e por meio do qual as dioceses
subvenire. mais ricas possam também socorrer as
mais pobres.
§ 4. Pro diversis locorum adiunctis, fines de § 4. Conforme as diversas circunstâncias
quibus in §§ 2 et 3 aptius obtineri possunt locais, as finalidades mencionadas nos
per instituta dioecesana inter se foederata, §§ 2 e 3 podem mais convenientemente
vel per cooperationem aut etiam per conseguir-se por meio de organismos
convenientem consociationem pro variis diocesanos federados entre si, através de
dioecesibus, immo et pro toto territorio mútua cooperação ou mesmo oportuna
ipsius Episcoporum conferentiae associação constituída para diversas
constitutam. dioceses e até para todo o território da
Conferência dos Bispos.
§ 5. Haec instituta, si fieri possit, ita § 5. Esses organismos devem ser
constituenda sunt, ut efficaciam quoque in constituídos de modo a terem eficácia
iure civili obtineant. também no direito civil, se possível.

Can. 1275 - Massa bonorum ex diversis Cân. 1275 - O patrimônio proveniente de


dioecesibus provenientium administratur diversas dioceses é administrado segundo
secundum normas ab Episcopis, quorum as normas oportunamente concordadas
interest, opportune concordatas. entre os respectivos Bispos.

Can. 1276 - § 1. Ordinarii est sedulo Cân. 1276 - § 1. Cabe ao Ordinário local
advigilare administrationi omnium bonorum, supervisionar cuidadosamente da
quae ad personas iuridicas publicas sibi administração de todos os bens
subiectas pertinent, salvis legitimis titulis pertencentes às pessoas jurídicas públicas
quibus eidem Ordinario potiora iura que lhe estão sujeitas, salvo títulos
tribuantur. legítimos pelos quais se atribuam maiores
direitos ao Ordinário.
§ 2. Habita ratione iurium, legitimarum § 2. Levando em conta os direitos, os
consuetudinum et circumstantiarum, legítimos costumes e as circunstâncias, os
Ordinarii, editis peculiaribus instructionibus Ordinários providenciem a organização
intra fines iuris universalis et particularis, geral da administração dos bens
universum administrationis bonorum eclesiásticos, por meio de instruções
ecclesiasticorum negotium ordinandum especiais, dentro dos limites do direito
curent. universal e particular.

Can. 1277 - Episcopus dioecesanus quod Cân. 1277 - Para praticar atos de
attinet ad actus administrationis ponendos, administração que, levando- se em conta a
qui, attento statu oeconomico dioecesis, situação econômica da diocese, são de
sunt maioris momenti, consilium a rebus importância maior, o Bispo deve ouvir o
oeconomicis et collegium consultorum conselho econômico e o colégio dos
audire debet; eiusdem tamen consilii atque consultores; necessita contudo do
etiam collegii consultorum consensu eget, consentimento desse conselho e também
praeterquam in casibus iure universali vel do colégio dos consultores, para praticar
tabulis fundationis specialiter expressis, ad atos de administração extraordinária, além
ponendos actus extraordinariae dos casos especialmente mencionados
administrationis. Conferentiae autem pelo direito universal ou pelo documento de
Episcoporum est definire quinam actus fundação. Cabe, no entanto, à Conferência
habendi sint extraordinariae dos Bispos determinar quais atos se
administrationis. devem considerar de administração
extraordinária.

Can. 1278 - Praeter munera de quibus in Cân. 1278 - Além das atribuições
can. 494, §§ 3 et 4, oeconomo committi mencionadas no can. 494 §§ 3 e 4, podem
possunt ab Episcopo dioecesano munera ser confiados ao ecônomo pelo Bispo
de quibus in cann. 1276, § 1 et 1279, § 2. diocesano as atribuições mencionadas nos
cann. 1276 § 1 e 1279 § 2.

Can. 1279 - § 1. Administratio bonorum Cân. 1279 - § 1. A administração dos bens


ecclesiasticorum ei competit, qui immediate eclesiásticos compete àquele que governa
regit personam ad quam eadem bona imediatamente a pessoa a quem esses
pertinent, nisi aliud ferant ius particulare, bens pertencem, salvo determinação
statuta aut legitima consuetudo, et salvo contrária, do direito particular, dos
iure Ordinarii interveniendi in casu estatutos ou de algum legítimo costume, e
neglegentiae administratoris. salvo o direito do Ordinário de intervir em
caso de negligência do administrador.
§ 2. In administratione bonorum personae § 2. Na administração dos bens de uma
iuridicae publicae, quae ex iure vel tabulis pessoa jurídica pública que, pelo direito,
fundationis aut propriis statutis suos non pelo documento de fundação ou pelos
habeat administratores, Ordinarius, cui próprios estatutos, não tenha
eadem subiecta est, personas idoneas ad administradores próprios, o Ordinário, a
triennium assumat; eaedem ab Ordinario quem está sujeita, designe, por um triênio,
iterum nominari possunt. pessoas idôneas; estas podem ser
nomeadas pelo Ordinário uma segunda
vez.

Can. 1280 - Quaevis persona iuridica suum Cân. 1280 - Toda pessoa jurídica tenha o
habeat consilium a rebus oeconomicis vel seu conselho econômico ou pelo menos
saltem duos consiliarios, qui dois conselheiros, que ajudem o
administratorem, ad normam statutorum, in administrador no desempenho de suas
munere adimplendo adiuvent. funções, segundo os estatutos.

Can. 1281 - § 1. Firmis statutorum Cân. 1281 - § 1. Salvas as prescrições dos


praescriptis, administratores invalide estatutos, os administradores praticam
ponunt actus qui fines modumque invalidamente atos que excedam os limites
ordinariae administrationis excedunt, nisi e o modo da administração ordinária, a não
prius ab Ordinario facultatem scripto datam ser que previamente obtido, por escrito, a
obtinuerint. autorização do Ordinário.
§ 2. In statutis definiantur actus qui finem et § 2. Sejam determinados nos estatutos os
modum ordinariae administrationis atos que excedem o limite e o modo da
excedunt; si vero de hac re sileant statuta, administração ordinária; no entanto, se os
competit Episcopo dioecesano, audito estatutos silenciam a respeito, compete ao
consilio a rebus oeconomicis, huiusmodi Bispo diocesano, ouvido o conselho
actus pro personis sibi subiectis econômico, determinar tais atos para as
determinare. pessoas que lhe estão sujeitas.
§ 3. Nisi quando et quatenus in rem suam § 3. A pessoa jurídica não é obrigada a
versum sit, persona iuridica non tenetur responder por atos praticados
respondere de actibus ab administratoribus invalidamente por administradores, a não
invalide positis; de actibus autem ab ser quando e enquanto lhe tenha advindo
administratoribus illegitime sed valide vantagem; mas responde por atos
positis respondebit ipsa persona iuridica, praticados por administradores, ilegítima,
salva eius actione seu recursu adversus porém validamente, salvo, de sua parte,
administratores qui damna eidem intulerint. ação ou recurso contra os administradores
que lhe tiverem dado prejuízo.

Can. 1282 - Omnes, sive clerici sive laici, Cân. 1282 - Todos os que participam por
qui legitimo titulo partes habent in título legítimo, clérigos ou leigos, na
administratione bonorum ecclesiasticorum, administração dos bens eclesiásticos,
munera sua adimplere tenentur nomine devem cumprir seus encargos em nome da
Ecclesiae, ad normam iuris. Igreja, de acordo com o direito.

Can. 1283 - Antequam administratores Cân. 1283 - Antes que os administradores


suum munus ineant: iniciem o desempenho de seu encargo:
1° debent se bene et fideliter 1°- devem prometer, com juramento
administraturos coram Ordinario vel eius diante do Ordinário ou de seu delegado,
delegato iureiurando spondere; que administrarão exata e fielmente;
2° accuratum ac distinctum inventarium, 2°- deve-se redigir um inventário exato
ab ipsis subscribendum, rerum immobilium, e particularizado, assinado por eles, das
rerum mobilium sive pretiosarum sive coisas imóveis, móveis preciosas ou de
utcumque ad bona culturalia pertinentium certo valor cultural, e das outras, com
aliarumve cum descriptione atque respectiva descrição e avaliação; o
aestimatione earundem redigatur, inventário já redigido seja revisto;
redactumque recognoscatur;
3° huius inventarii alterum exemplar 3°- conserve-se um exemplar desse
conservetur in tabulario administrationis, inventário no arquivo da administração e o
alterum in archivo curiae; et in utroque outro no arquivo da cúria; anote-se em
quaelibet immutatio adnotetur, quam ambos qualquer mudança que afete o
patrimonium subire contingat. patrimônio.

Can. 1284 - § 1. Omnes administratores Cân. 1284 - § 1. Todos os administradores


diligentia boni patrisfamilias suum munus são obrigados a cumprir seu encargo com
implere tenentur. a diligência de um bom pai de família.
§ 2. Exinde debent: § 2. Devem, portanto:
1° vigilare ne bona suae curae 1°- velar para que os bens confiados a
concredita quoquo modo pereant aut seu cuidado não venham, de algum modo,
detrimentum capiant, initis in hunc finem, a perecer ou sofrer dano, fazendo para
quatenus opus sit, contractibus esse fim contratos de seguro, quando
assecurationis; necessário;
2° curare ut proprietas bonorum 2°- cuidar que a propriedade dos bens
ecclesiasticorum modis civiliter validis in eclesiásticos seja garantida de modo
tuto ponatur; civicamente válido;
3° praescripta servare iuris tam 3°- observar as prescrições do direito
canonici quam civilis, aut quae a fundatore canônico e do direito civil, ou impostas pelo
vel donatore vel legitima auctoritate fundador, pelo doador ou pela legítima
imposita sint, ac praesertim cavere ne ex autoridade, e principalmente cuidar que a
legum civilium inobservantia damnum Igreja não sofra danos pela inobservância
Ecclesiae obveniat; das leis civis;
4° reditus bonorum ac proventus 4°- exigir cuidadosamente no tempo
accurate et iusto tempore exigere devido os réditos e proventos dos bens,
exactosque tuto servare et secundum conservá-los com segurança e empregá-
fundatoris mentem aut legitimas normas los segundo a intenção do fundador ou
impendere; segundo as normas legítimas;
5° foenus vel mutui vel hypothecae 5°- pagar, nos prazos estabelecidos,
causa solvendum, statuto tempore solvere, juros devidos por empréstimos ou
ipsamque debiti summam capitalem hipotecas, e providenciar oportunamente a
opportune reddendam curare; restituição do capital;
6° pecuniam, quae de expensis supersit 6°- aplicar, para os fins da pessoa
et utiliter collocari possit, de consensu jurídica, com o consentimento do Ordinário,
Ordinarii in fines personae iuridicae o dinheiro remanescente das despesas
occupare; que possa ser investido vantajosamente;
7° accepti et expensi libros bene 7°- ter em boa ordem os livros das
ordinatos habere; entradas e saídas;
8° rationem administrationis singulis 8°- preparar, no final de cada ano, a
exeuntibus annis componere; prestação de contas da administração;
9° documenta et instrumenta, quibus 9°- organizar devidamente e arquivar
Ecclesiae aut instituti iura in bona nituntur, conveniente e adequadamente os
rite ordinare et in archivo convenienti et documentos e instrumentos em que se
apto custodire; authentica vero eorum fundam os direitos da Igreja ou do instituto,
exemplaria, ubi commode fieri potest, in no que se refere aos bens; guardar cópias
archivo curiae deponere. autênticas no arquivo da cúria, onde seja
possível fazê-lo comodamente.
§ 3. Provisiones accepti et expensi, ut ab § 3. Recomenda-se insistentemente aos
administratoribus quotannis componantur, administradores que preparem cada ano a
enixe commendatur; iuri autem particulari previsão orçamentária das entradas e
relinquitur eas praecipere et pressius saídas; o direito particular pode prescrevê-
determinare modos quibus exhibendae la e determinar mais exatamente o modo
sint. como deve ser apresentada.

Can. 1285 - Intra limites dumtaxat Cân. 1285 - Unicamente dentro dos limites
ordinariae administrationis fas est da administração ordinária, é lícito aos
administratoribus de bonis mobilibus, quae administradores, para fins de piedade e
ad patrimonium stabile non pertinent, caridade cristã, fazer doação de bens
donationes ad fines pietatis aut christianae móveis que não constituam parte do
caritatis facere. patrimônio estável.

Can. 1286 - Administratores bonorum: Cân. 1286 - Os administradores de bens:


1° in operarum locatione leges etiam 1°- observem exatamente, nas relações
civiles, quae ad laborem et vitam socialem de trabalhos, as leis civis relativas ao
attinent, adamussim servent, iuxta principia trabalho e à vida social;
ab Ecclesia tradita;
2° iis, qui operam ex condicto 2°- dêem a justa e honesta retribuição,
praestant, iustam et honestam mercedem aos que prestam trabalho por contrato, de
tribuant, ita ut iidem suis et suorum modo que lhes seja possível prover as
necessitatibus convenienter providere necessidades próprias e de seus
valeant. familiares.

Can. 1287 - § 1. Reprobata contraria Cân. 1287 - § 1. Reprovado qualquer


consuetudine, administratores tam clerici costume contrário, os administradores,
quam laici quorumvis bonorum tanto clérigos como leigos, de quaisquer
ecclesiasticorum, quae ab Episcopi bens eclesiásticos que não estejam
dioecesani potestate regiminis non sint legitimamente subtraídos ao poder de
legitime subducta, singulis annis officio regime do Bispo diocesano, são obrigados,
tenentur rationes Ordinario loci exhibendi, por ofício, a prestar contas anualmente ao
qui eas consilio a rebus oeconomicis Ordinário local, que as confie para exame
examinandas committat. ao conselho econômico.
§ 2. De bonis, quae a fidelibus Ecclesiae § 2. Os administradores prestem aos fiéis
offeruntur, administratores rationes conta dos bens por estes oferecidos à
fidelibus reddant iuxta normas iure Igreja, de acordo com normas a serem
particulari statuendas. estabelecidas pelo direito particular.

Can. 1288 - Administratores litem nomine Cân. 1288 - Os administradores não


personae iuridicae publicae ne inchoent introduzam nem contestem nenhuma lide
neve contestentur in foro civili, nisi diante de tribunal civil, em nome da pessoa
licentiam scripto datam Ordinarii proprii jurídica pública, sem ter obtido a licença
obtinuerint. escrita do próprio Ordinário.

Can. 1289 - Quamvis ad administrationem Cân. 1289 - Embora não estejam


non teneantur titulo officii ecclesiastici, obrigados à administração por título de
administratores munus susceptum arbitratu ofício eclesiástico, os administradores não
suo dimittere nequeunt; quod si ex podem abandonar de próprio arbítrio o
arbitraria dimissione damnum Ecclesiae encargo; e se de seu arbitrário abandono
obveniat, ad restitutionem tenentur. resulta dano a Igreja, estão obrigados à
restituição.

TITULUS III. DE CONTRACTIBUS AC TÍTULO III DOS CONTRATOS E


PRAESERTIM DE ALIENATIONE PRINCIPALMENTE DA ALIENAÇÃO
Can. 1290 - Quae ius civile in territorio Cân. 1290 - Observe-se no direito
statuit de contractibus tam in genere, quam canônico, com idênticos efeitos, a
in specie et de solutionibus, eadem iure legislação civil, geral ou especial, do
canonico quoad res potestati regiminis território, sobre contratos e pagamentos,
Ecclesiae subiectas iisdem cum effectibus no que se refere às coisas sujeitas ao
serventur, nisi iuri divino contraria sint aut poder de regime da Igreja, a não ser que
aliud iure canonico caveatur, et firmo essa legislação seja contrária ao direito ou
praescripto can. 1547. haja outra determinação do direito
canônico, salva a prescrição do cân. 1547.

Can. 1291 - Ad valide alienanda bona, Cân. 1291 - Para alienar validamente bens
quae personae iuridicae publicae ex que por legítima destinação constituem
legitima assignatione patrimonium stabile patrimônio estável de uma pessoa jurídica
constituunt et quorum valor summam iure pública, e cujo valor supera a soma
definitam excedit, requiritur licentia definida pelo direito, requer-se a licença da
auctoritatis ad normam iuris competentis. autoridade juridicamente competente.

Can. 1292 - § 1. Salvo praescripto Cân. 1292 - § 1. Salva a prescrição do cân.


can. 638, § 3, cum valor bonorum, quorum 638 § 3, quando o valor dos bens, cuja
alienatio proponitur, continetur intra alienação se propõe, está entre a
summam minimam et summam maximam quantidade mínima e a quantidade máxima
ab Episcoporum conferentia pro sua a serem estabelecidas pela Conferência
cuiusque regione definiendas, auctoritas dos Bispos para sua própria região,
competens, si agatur de personis iuridicis autoridade competente, em se tratando de
Episcopo dioecesano non subiectis, pessoas jurídicas não sujeitas ao Bispo
propriis determinatur statutis; secus, diocesano, é determinada pelos próprios
auctoritas competens est Episcopus estatutos; caso contrário, a autoridade
dioecesanus cum consensu consilii a rebus competente é o Bispo diocesano com o
oeconomicis et collegii consultorum necnon consentimento do conselho econômico e
eorum quorum interest. Eorundem quoque do colégio dos consultores, bem como dos
consensu eget ipse Episcopus interessados. O próprio Bispo diocesano
dioecesanus ad bona dioecesis alienanda. precisa também do consentimento deles
para alienar bens da diocese.
§ 2. Si tamen agatur de rebus quarum valor § 2. Tratando-se, porém, de coisas cujo
summam maximam excedit, vel de rebus valor supera a soma máxima, de ex-votos
ex voto Ecclesiae donatis, vel de rebus dados à Igreja, ou de coisas preciosas por
pretiosis artis vel historiae causa, ad seu valor artístico ou histórico, para a
validitatem alienationis requiritur insuper alienação válida se requer ainda a licenç a
licentia Sanctae Sedis. da Santa Sé.
§ 3. Si res alienanda sit divisibilis, in § 3. Se a coisa a ser alienada for divisível,
petenda licentia pro alienatione exprimi ao se pedir a licença para a alienação,
debent partes antea alienatae; secus devem-se declarar as partes anteriormente
licentia irrita est. alienadas; do contrário a licença é nula.
§ 4. Ii, qui in alienandis bonis consilio vel § 4. Quem deve participar na alienação de
consensu partem habere debent, ne bens com seu conselho ou consentimento
praebeant consilium vel consensum nisi não dê o conselho ou consentimento sem
prius exacte fuerint edocti tam de statu antes ter sido exatamente informado, tanto
oeconomico personae iuridicae cuius bona da situação econômica da pessoa jurídica,
alienanda proponuntur, quam de cujos bens se querem alienar, quanto das
alienationibus iam peractis. alienações já feitas anteriormente.

Can. 1293 - § 1. Ad alienanda bona, Cân. 1293 - § 1. Para a alienação de bens


quorum valor summam minimam definitam cujo valor excede a soma mínima fixada,
excedit, requiritur insuper: requer-se ainda:
1° iusta causa, veluti urgens 1°- justa causa, como necessidade
necessitas, evidens utilitas, pietas, caritas urgente, evidente utilidade, piedade,
vel gravis alia ratio pastoralis; caridade ou outra grave razão pastoral;
2° aestimatio rei alienandae a peritis 2°- avaliação escrita da coisa a ser
scripto facta. alienada, feita por peritos.
§ 2. Aliae quoque cautelae a legitima § 2. Observem-se ainda as outras cautelas
auctoritate praescriptae serventur, ut prescritas pela legítima autoridade, afim de
Ecclesiae damnum vitetur. se evitarem danos à Igreja.

Can. 1294 - § 1. Res alienari minore pretio Cân. 1294 - § 1. Ordinariamente não se
ordinarie non debet, quam quod in pode alienar uma coisa por preço inferior
aestimatione indicatur. ao indicado na avaliação.
§ 2. Pecunia ex alienatione percepta vel in § 2. O dinheiro recebido pela alienação
commodum Ecclesiae caute collocetur vel, seja cuidadosamente investido em favor da
iuxta alienationis fines, prudenter erogetur. Igreja, ou então prudentemente empregado
de acordo com as finalidades da alienação.

Can. 1295 - Requisita ad normam cann. Cân. 1295 - O que se exige de acordo com
1291-1294, quibus etiam statuta os cânn. 1291 e 1294, com os quais se
personarum iuridicarum conformanda sunt, devem conformar também os estatutos das
servari debent non solum in alienatione, pessoas jurídicas, seja observado, não só
sed etiam in quolibet negotio, quo condicio na alienação, como ainda em qualquer
patrimonialis personae iuridicae peior fieri negócio, no qual a situação patrimonial da
possit. pessoa jurídica possa ficar em condição
pior.

Can. 1296 - Si quando bona ecclesiastica Cân. 1296 - Se bens eclesiásticos tiverem
sine debitis quidem sollemnitatibus sido alienados sem as devidas
canonicis alienata fuerint, sed alienatio sit formalidades canônicas previstas, mas a
civiliter valida, auctoritatis competentis est alienação é cívicamente válida, cabe à
decernere, omnibus mature perpensis, an autoridade competente decidir, ponderando
et qualis actio, personalis scilicet vel realis, tudo maduramente, se se deve propor uma
a quonam et contra quemnam instituenda ação, e qual, se pessoal ou real, por quem
sit ad Ecclesiae iura vindicanda. e contra quem, para reivindicar os direitos
da Igreja.

Can. 1297 - Conferentiae Episcoporum est, Cân. 1297 - Compete à Conferência dos
attentis locorum adiunctis, normas statuere Bispos, de acordo com as circunstâncias
de bonis Ecclesiae locandis, praesertim de locais, estabelecer normas sobre a locação
licentia a competenti auctoritate de bens eclesiásticos, principalmente sobre
ecclesiastica obtinenda. as licenças que se devem obter da
competente autoridade eclesiástica.

Can. 1298 - Nisi res sit minimi momenti, Cân. 1298 - Se não é algo de mínima
bona ecclesiastica propriis importância, sem especial licença escrita
administratoribus eorumve propinquis da autoridade competente não se devem
usque ad quartum consanguinitatis vel vender ou alugar bens eclesiásticos aos
affinitatis gradum non sunt vendenda aut próprios administradores ou a seus
locanda sine speciali competentis parentes, até o quarto grau de
auctoritatis licentia scripto data. consangüinidade ou afinidade.

TITULUS IV. DE PIIS VOLUNTATIBUS IN TÍTULO IV DAS VONTADES PIAS EM


GENERE ET DE PIIS FUNDATIONIBUS GERAL E DAS FUNDAÇÕES PIAS
Can. 1299 - § 1. Qui ex iure naturae et Cân. 1299 - § 1. Quem pode dispor
canonico libere valet de suis bonis livremente de seus bens por direito natural
statuere, potest ad causas pias, sive per e canônico pode deixar seus bens para
actum inter vivos sive per actum mortis causas pias, tanto por ato inter vivos,
causa, bona relinquere. quanto por ato mortis causa.
§ 2. In dispositionibus mortis causa in § 2. Nas disposiçõesmortis causa em favor
bonum Ecclesiae serventur, si fieri possit, da Igreja, observem-se as formalidades do
sollemnitates iuris civilis; quae si omissae direito civil, sendo possível; se tiverem sido
fuerint, heredes moneri debent de omitidas, devem os herdeiros ser
obligatione, qua tenentur, adimplendi advertidos sobre a obrigação que lhes
testatoris voluntatem. incumbe de cumprir a vontade do testador.

Can. 1300 - Voluntates fidelium facultates Cân. 1300 - As vontades dos fiéis que
suas in pias causas donantium vel doam ou deixam os próprios bens para
relinquentium, sive per actum inter vivos causas pias, por ato inter vivos ou por ato
sive per actum mortis causa, legitime mortis causa, uma vez aceitas
acceptatae, diligentissime impleantur etiam legitimamente, sejam cumpridas com todo
circa modum administrationis et erogationis o cuidado, mesmo no tocante ao modo de
bonorum, firmo praescripto can. 1301, § 3. administração e destinação dos bens,
salva a prescrição do cân. 1301 § 3.

Can. 1301 - § 1. Ordinarius omnium piarum Cân. 1301 - § 1. O Ordinário é o executor


voluntatum tam mortis causa quam inter de todas as vontades pias mortis causa ou
vivos exsecutor est. inter vivos.
§ 2. Hoc ex iure Ordinarius vigilare potest § 2. Em virtude desse direito, pode e deve
ac debet, etiam per visitationem, ut piae o Ordinário velar, mesmo mediante a visita,
voluntates impleantur, eique ceteri para que sejam cumpridas as vontades
exsecutores, perfuncti munere, reddere pias; a ele devem prestar contas os outros
rationem tenentur. executores, após cumprir o próprio
encargo.
§ 3. Clausulae huic Ordinarii iuri contrariae, § 3. Cláusulas contrárias a esse direito do
ultimis voluntatibus adiectae, tamquam non Ordinário, apostas às últimas vontades,
appositae habeantur. tenham-se por inexistentes.
Can. 1302 - § 1. Qui bona ad pias causas Cân. 1302 - § 1. O fiduciário de bens
sive per actum inter vivos sive ex entregues para causas pias por atointer
testamento fiduciarie accepit, debet de sua vivos ou por testamento, informe de seu
fiducia Ordinarium certiorem reddere, eique fideicomisso o Ordinário, indicando todos
omnia istiusmodi bona mobilia vel os bens móveis e imóveis assim recebidos
immobilia cum oneribus adiunctis indicare; com os respectivos ônus; caso o doador
quod si donator id expresse et omnino lhe tenha expresse terminantemente
prohibuerit, fiduciam ne acceptet. proibido isso, não aceite o fideicomisso.
§ 2. Ordinarius debet exigere ut bona § 2. O ordinário deve exigir que os bens
fiduciaria in tuto collocentur, itemque fiduciários sejam colocados com segurança
vigilare pro exsecutione piae voluntatis ad e velar pela execução da vontade pia de
normam can. 1301. acordo com o cân. 1301.
§ 3. Bonis fiduciariis alicui sodali instituti § 3. Para os bens fiduciários entregues a
religiosi aut societatis vitae apostolicae algum membro de instituto religioso ou de
commissis, si quidem bona sint attributa sociedade de vida apostólica, se esses
loco seu dioecesi eorumve incolis aut piis bens são destinados para o lugar ou
causis iuvandis, Ordinarius, de quo in §§ 1 diocese, ou seus moradores, ou para
et 2, est loci Ordinarius; secus est Superior ajudar causas pias, o Ordinário
maior in instituto clericali iuris pontificii et in mencionado nos §§ 1 e 2 é o Ordinário
clericalibus societatibus vitae apostolicae local; caso contrário, é o Superior maior
iuris pontificii, aut Ordinarius eiusdem num instituto clerical de direito pontifício e
sodalis proprius in aliis institutis religiosis. em sociedades clericais de vida apostólica
de direito pontifício; ou, nos outros
institutos religiosos, o Ordinário próprio do
membro do instituto.

Can. 1303 - § 1. Nomine piarum Cân. 1303 - § 1. No direito chamam-se


fundationum in iure veniunt: fundações pias:
1° piae fundationes autonomae, scilicet 1° - asfundações pias autônomas, isto
universitates rerum ad fines de quibus in é, universalidades de bens destinadas aos
can. 114, § 2 destinatae et a competenti fins mencionados no cân. 114 § 2, e
auctoritate ecclesiastica in personam erigidas pela competente autoridade
iuridicam erectae; eclesiástica como pessoa jurídica;
2° piae fundationes non autonomae, 2° - as fundações pias não autônomas,
scilicet bona temporalia alicui personae isto é, bens temporais entregues de
iuridicae publicae quoquo modo data cum qualquer modo a uma pessoa jurídica
onere in diuturnum tempus, iure particulari pública como ônus de, por longo espaço de
determinandum, ex reditibus annuis Missas tempo a ser determinado pelo direito
celebrandi aliasque praefinitas functiones particular, com as rendas anuais celebrar
ecclesiasticas peragendi, aut fines de missas ou realizar outras funções
quibus in can. 114, § 2 aliter persequendi. eclesiásticas determinadas, ou conseguir,
de outro modo, os fins mencionados no
cân. 114 § 2.
§ 2. Bona piae fundationis non autonomae, § 2. Os bens da fundação pia não
si concredita fuerint personae iuridicae autônoma, se forem entregues a uma
Episcopo dioecesano subiectae, expleto pessoa jurídica sujeita ao Bispo diocesano,
tempore, ad institutum de quo in can. 1274, transcorrido o prazo, devem ser destinados
§ 1 destinari debent, nisi alia fuerit ao instituto mencionado no cân. 1274 § 1,
fundatoris voluntas expresse manifestata; salvo se outra tiver sido a vontade do
secus ipsi personae iuridicae cedunt. fundador expressamente manifestada;
caso contrário, passam a própria pessoa
jurídica.

Can. 1304 - § 1. Ut fundatio a persona Cân. 1304 - § 1. Para que uma fundação
iuridica valide acceptari possit, requiritur possa ser aceita validamente por uma
licentia Ordinarii in scriptis data; qui eam ne pessoa jurídica, requer-se a licença escrita
praebeat, antequam legitime compererit do Ordinário; este não a dê antes de
personam iuridicam tum novo oneri constatar legitimamente que a pessoa
suscipiendo, tum iam susceptis satisfacere pode satisfazer ao novo ônus e aos outros
posse; maximeque caveat ut reditus já anteriormente assumidos; cuide
omnino respondeant oneribus adiunctis, principalmente que as rendas
secundum cuiusque loci vel regionis correspondam totalmente aos ônus
morem. assumidos, segundo o costume de cada
lugar ou região.
§ 2. Ulteriores condiciones ad § 2. Sejam estabelecidas pelo direito
constitutionem et acceptationem particular outras condições para a
fundationum quod attinet, iure particulari constituição e aceitação de fundações.
definiantur.

Can. 1305 - Pecunia et bona mobilia, Cân. 1305 - Dinheiro e bens móveis,
dotationis nomine assignata, statim in loco entregues a título de dote, sejam sem
tuto ab Ordinario approbando deponantur demora depositados em lugar seguro, a ser
eum in finem, ut eadem pecunia vel aprovado pelo Ordinário, a fim de que se
bonorum mobilium pretium custodiantur et conservem tal dinheiro ou o valor dos bens
quam primum caute et utiliter secundum móveis e quanto antes, segundo o juízo
prudens eiusdem Ordinarii iudicium, auditis prudente do Ordinário, ouvidos os
et iis quorum interest et proprio a rebus interessados e o próprio conselho
oeconomicis consilio, collocentur in econômico próprio, sejam cautelosa e
commodum eiusdem fundationis cum vantajosamente investidos para proveito da
expressa et individua mentione oneris. mesma fundação, mencionando-se
expressa e detalhadamente o ônus.

Can. 1306 - § 1. Fundationes, etiam viva Cân. 1306 - § 1. As fundações, mesmo


voce factae, scripto consignentur. quando feitas de viva voz, sejam
consignadas por escrito.
§ 2. Alterum tabularum exemplar in curiae § 2. Um exemplar dos documentos seja
archivo, alterum in archivo personae cuidadosamente conservado no arquivo da
iuridicae ad quam fundatio spectat, tuto cúria, outro no arquivo da pessoa jurídica a
asserventur. quem é atribuída a fundação.

Can. 1307 - § 1. Servatis praescriptis cann. Cân. 1307 - § 1. Observadas as


1300-1302, et 1287, onerum ex piis prescrições dos cân. 1300, 1302 e 1287,
fundationibus incumbentium tabella redija-se um elenco dos ônus derivantes de
conficiatur, quae in loco patenti exponatur, fundações pias, e se afixe em lugar visível,
ne obligationes adimplendae in oblivionem a fim de que as obrigações não caiam no
cadant. esquecimento.
§ 2. Praeter librum de quo in can. 958, § 1, § 2. Além do livro mencionado no cân. 958
alter liber retineatur et apud parochum vel § 1, conserve- se outro livro em mãos do
rectorem servetur, in quo singula onera pároco ou do reitor, no qual se anote cada
eorumque adimpletio et eleemosynae ônus, com seu cumprimento e seus
adnotentur. estipêndios.

Can. 1308 - § 1. Reductio onerum Cân. 1308 - § 1. A redução dos encargos


Missarum, ex iusta tantum et necessaria de Missas, que só se deve fazer por causa
causa facienda, reservatur Episcopo justa e necessária, está reservada ao
dioecesano et supremo Moderatori instituti Bispo diocesano e ao Moderador supremo
vitae consecratae vel societatis vitae de um instituto clerical de vida consagrada
apostolicae clericalium. ou de uma sociedade clerical de vida
apostólica.
§ 2. Episcopo dioecesano competit facultas § 2. O Bispo diocesano tem o poder de
reducendi ob deminutionem redituum, reduzir, por diminuição dos rendimentos, e
quamdiu causa perduret ad rationem pelo tempo em que a causa perdure,
eleemosynae in dioecesi legitime vigentis, segundo a tabela da esmola legitimamente
Missas legatorum, quae sint per se stantia, vigente na diocese, as Missas de legados
dummodo nemo sit qui obligatione teneatur autónomos contanto que não haja ninguém
et utiliter cogi possit ad eleemosynae que tenha obrigação e possa com êxito ser
augmentum faciendum. compelido a aumentar a esmola.
§ 3. Eidem competit facultas reducendi § 3. Ao mesmo compete o poder de reduzir
onera seu legata Missarum gravantia os encargos ou legados de Missas que
institutum ecclesiasticum, si reditus onerem alguma instituição eclesiástica, se
insufficientes evaserint ad finem proprium os rendimentos se tornarem insuficientes
eiusdem instituti congruenter para se alcançar convenientemente o fim
consequendum. próprio da mesma instituição.
§ 4. Iisdem facultatibus, de quibus in §§ 2 § 4. Goza das mesmas faculdades,
et 3, gaudet supremus Moderator instituti referidas nos §§ 2-3, o Moderador supremo
vitae consecratae vel societatis vitae dum instituto clerical de vida consagrada
apostolicae clericalium. ou duma sociedade clerical de vida
apostólica.

Can. 1309 - Iisdem auctoritatibus, de Cân. 1309 - As mesmas autoridades


quibus in can. 1308, potestas insuper mencionadas no cân. 1308 compete
competit transferendi, congrua de causa, também o poder de transferir, por causa
onera Missarum in dies, ecclesias vel proporcionada, os ônus de missas para
altaria diversa ab illis, quae in fundationibus dias, igrejas ou altares diversos dos
sunt statuta. previstos nas fundações.

Can. 1310 - § 1. Fidelium voluntatum pro Cân. 1310 - § 1. Reduzir, regulamentar e


piis causis reductio, moderatio et comutar as vontades dos fiéis em favor de
commutatio possunt ab Ordinario fieri ex causas pias só o pode fazer o Ordinário,
iusta tantum et necessaria causa, auditis havendo causa justa e necessária, ouvidos
iis, quorum interest, et proprio consilio a os interessados e o conselho de assuntos
rebus oeconomicis atque servata, meliore económicos próprio, e salvaguardada do
quo fieri potest modo, fundatoris voluntate. melhor modo possível a vontade do
fundador.
§ 2. In ceteris casibus recurrendum est ad § 2. Nos restantes casos, recorra-se à Sé
Sedem Apostolicam. Apostólica.
LIBER VI DE SANCTIONIBUS LIVRO VI - DAS SANÇÕES PENAIS NA
POENALIBUS IN ECCLESIA IGREJA
PARS I DE DELICTIS ET POENIS IN PARTE I - DOS DELITOS E PENAS EM
GENERE GERAL
TITULUS I DE DELICTORUM PUNITIONE TÍTULO I - DA PUNIÇÃO DOS DELITOS
GENERATIM EM GERAL
Can. 1311 - § 1. Nativum et proprium Cân. 1311 - § 1. A Igreja tem o direito
Ecclesiae ius est christifideles poenalibus nativo e próprio de punir com sanções
sanctionibus coercendi qui delicta penais os fiéis que cometeram delitos.
commiserint.
§ 2. Qui Ecclesiae praeest bonum ipsius § 2. Quem preside na Igreja deve
communitatis singulorumque christifidelium salvaguardar e promover o bem da própria
tueri ac promovere debet caritate pastorali, comunidade e de cada um dos fiéis com a
exemplo vitae, consilio et adhortatione et, caridade pastoral, o exemplo da vida, o
si opus sit, etiam poenarum irrogatione vel conselho e a exortação e, se necessário,
declaratione, iuxta legis praecepta semper também com a imposição ou a declaração
cum aequitate canonica applicanda, prae das penas, de acordo com os preceitos da
oculis habens iustitiae restitutionem, rei lei, que devem ser sempre aplicados com
emendationem et scandali reparationem. equidade canônica, e tendo presentes a
reintegração da justiça, a correção do réu e
a reparação do escândalo.

Can. 1312 - § 1. Sanctiones poenales in Cân. 1312 - § 1. As sanções penais na


Ecclesia sunt: Igreja são:
1° poenae medicinales seu censurae, 1°. as penas medicinais ou censuras,
quae in cann. 1331-1333 recensentur; elencadas nos cân. 1331-1333;
2° poenae expiatoriae, de quibus in 2°. as penas expiatórias, contidas no
can. 1336. cân. 1336.
§ 2. Lex alias poenas expiatorias § 2. A lei pode estabelecer outras penas
constituere potest, quae christifidelem expiatórias, que privem o fiel de algum bem
aliquo bono spirituali vel temporali privent espiritual ou temporal e estejam em
et supernaturali Ecclesiae fini sint conformidade com o fim sobrenatural da
consentaneae. Igreja.
§ 3. Praeterea adhibentur remedia poenalia § 3. São ainda aplicados remédios penais
et paenitentiae de quibus in cann. 1339 et e penitências, contidos nos cân. 1339 e
1340, illa quidem praesertim ad delicta 1340, aqueles, sobretudo, para prevenir os
praecavenda, hae potius ad poenam delitos; esses, em vez disso, para substituir
substituendam vel augendam. a pena ou em acréscimo a ela.

TITULUS II. DE LEGE POENALI AC DE TÍTULO II DA LEI E PRECEITO PENAL


PRAECEPTO POENALI
Can. 1313 - § 1. Si post delictum Cân. 1313 - § 1. Se a lei for modificada
commissum lex mutetur, applicanda est lex depois de cometido o delito, deve-se
reo favorabilior. aplicar a lei mais favorável ao réu.
§ 2. Quod si lex posterior tollat legem vel § 2. Se lei posterior suprimir a lei ou a
saltem poenam, haec statim cessat. pena, esta cessa imediatamente.
Can. 1314 - Poena ordinarie est ferendae Cân. 1314 - A pena ordinariamente é
sententiae, ita ut reum non teneat, nisi ferendae sententiae, de modo que só
postquam irrogata sit; est autem latae obriga o réu após ter sido imposta; porém,
sententiae si lex vel praeceptum id é latae sententiae sempre que a lei ou o
expresse statuat, ita ut in eam incurratur preceito expressamente o estabeleça, de
ipso facto commissi delicti. modo que incorre ipso facto nela quem
comete o delito.

Can. 1315 - § 1. Qui potestatem habet Cân. 1315 - § 1. Quem tem poder de
leges poenales ferendi, potest etiam legem emanar leis penais pode também prover
divinam congrua poena munire. com uma pena conveniente à lei divina.
§ 2. Legislator inferior, attento can. 1317, § 2. O legislador inferior, tendo presente o
potest insuper: cân. 1317, pode também:
1° legem a superiore auctoritate latam 1°. prover com uma pena adequada a
congrua poena munire, servatis lei emanada pela autoridade superior,
competentiae limitibus ratione territorii vel observados os limites da competência em
personarum; razão do território ou das pessoas;
2° poenis lege universali in aliquod 2°. acrescentar outras penas àquelas já
delictum constitutis alias poenas addere; estabelecidas pela lei universal para
qualquer delito;
3° poenam lege universali constitutam 3°. determinar ou tornar obrigatória
ut indeterminatam vel facultativam uma pena que a lei universal estabelece
determinare aut obligatoriam reddere. como indeterminada ou facultativa.
§ 3. Lex ipsa potest poenam determinare § 3. A lei pode determinar a pena ou deixar
vel prudenti iudicis aestimationi sua determinação para a prudente decisão
determinandam relinquere. do juiz.

Can. 1316 - Curent Episcopi dioecesani ut, Cân. 1316 - Cuidem os bispos diocesanos
quatenus fieri potest, in eadem civitate vel que, na medida do possível, as leis penais
regione uniformes ferantur poenales leges. sejam emanadas de forma uniforme para o
mesmo país ou região.

Can. 1317 - Poenae eatenus constituantur, Cân. 1317 - As penas sejam constituídas
quatenus vere necessariae sint ad aptius na medida em que sejam verdadeiramente
providendum ecclesiasticae disciplinae. A necessárias para prover mais
legislatore autem inferiore dimissio e statu convenientemente a disciplina eclesiástica.
clericali constitui nequit. A demissão do estado clerical não pode
ser estabelecida pelo legislador inferior.

Can. 1318 - Latae sententiae poenae ne Cân. 1318 - Não se estabeleçam penas
constituantur, nisi forte in singularia latae sententiae, exceto possivelmente
quaedam delicta dolosa, quae vel graviori contra algum particular delito doloso, que
esse possint scandalo vel efficaciter puniri ou possa causar gravíssimo escândalo, ou
poenis ferendae sententiae non possint; que não possa ser efetivamente punido
censurae autem, praesertim com penas ferendae sententiae; não se
excommunicatio, ne constituantur, nisi estabeleçam, pois, censuras, sobretudo a
maxima cum moderatione et in sola delicta excomunhão, se não com a máxima
specialis gravitatis. moderação e somente contra os delitos de
especial gravidade.
Can. 1319 - § 1. Quatenus quis potest vi Cân. 1319 - § 1. Na medida em que
potestatis regiminis in foro externo alguém pode impor preceitos no foro
praecepta imponere iuxta praescripta cann. externo, em virtude de seu poder de
48-58, eatenus potest etiam poenas regime, de acordo com as disposições dos
determinatas, exceptis expiatoriis cân. 48-58, o mesmo pode também impor
perpetuis, per praeceptum comminari. com um preceito penas determinadas,
exceto as penas expiatórias perpétuas.
§ 2. Si praeceptum poenale, re mature § 2. Se, após ter diligentemente
perpensa, imponendum sit, serventur quae considerada a questão, for necessário
statuuntur in cann. 1317 et 1318. impor um preceito penal, observe-se o que
está estabelecido nos cân. 1317 e 1318.

Can. 1320 - In omnibus in quibus religiosi Cân. 1320 - Os religiosos podem ser
subsunt Ordinario loci, possunt ab eodem punidos pelo Ordinário local em todas as
poenis coerceri. coisas em que estão sujeitos a ele.

TITULUS III DE SUBIECTO POENALIBUS TÍTULO III - DO SUJEITO PASSIVO DAS


SANCTIONIBUS OBNOXIO SANÇÕES PENAIS
Can. 1321 - § 1. Quilibet innocens censetur Cân. 1321 - § 1. Toda pessoa é
donec contrarium probetur. considerada inocente até prova em
contrário.
§ 2. Nemo punitur, nisi externa legis vel § 2. Ninguém seja punido, salvo se a
praecepti violatio, ab eo commissa, sit violação externa da lei ou do preceito por
graviter imputabilis ex dolo vel ex culpa. ele cometida seja gravemente imputável
por dolo ou culpa.
§ 3. Poena lege vel praecepto statuta is § 3. É sujeito à pena estabelecida por uma
tenetur, qui legem vel praeceptum lei ou por um preceito quem
deliberate violavit; qui vero id egit ex deliberadamente violou a lei ou o preceito;
omissione debitae diligentiae, non punitur, quem o fez por omissão da devida
nisi lex vel praeceptum aliter caveat. diligência não é punido, salvo se a lei ou o
preceito disponham o contrário.
§ 4. Posita externa violatione, imputabilitas § 4. Realizada a violação externa, presume-
praesumitur, nisi aliud appareat. se a imputabilidade, a não ser que conste o
contrário.

Can. 1322 - Qui habitualiter rationis usu Cân. 1322 - Os que não têm habitualmente
carent, etsi legem vel praeceptum uso da razão, mesmo que tenha violado a
violaverint dum sani videbantur, delicti lei ou o preceito quando pareciam sadios,
incapaces habentur. consideram-se incapazes de delito.

Can. 1323 - Nulli poenae est obnoxius qui, Cân. 1323 - Não é passível de nenhuma
cum legem vel praeceptum violavit: pena quem, quando violou a lei ou o
preceito:
1° sextum decimum aetatis annum 1°. não tinha ainda completado a idade
nondum explevit; de dezesseis anos;
2° sine culpa ignoravit se legem vel 2°. sem culpa sua ignorava violar uma
praeceptum violare; ignorantiae autem lei ou um preceito; à ignorância são
inadvertentia et error aequiparantur; equiparadas a inadvertência e o erro;
3° egit ex vi physica vel ex casu fortuito, 3°. agiu por violência física ou por um
quem praevidere vel cui praeviso occurrere caso fortuito que não pôde prever ou que,
non potuit; uma vez previsto, não pôde remediar;
4° metu gravi, quamvis relative tantum, 4°. agiu coagido por medo grave,
coactus egit, aut ex necessitate vel gravi mesmo que apenas relativamente, ou por
incommodo, nisi tamen actus sit intrinsece necessidade ou por grave incômodo, a
malus aut vergat in animarum damnum; menos que o ato fosse intrinsecamente
mau ou resultasse em danos às almas;
5° legitimae tutelae causa contra 5°. agiu em legítima defesa contra um
iniustum sui vel alterius aggressorem egit, injusto agressor seu ou de outro, com a
debitum servans moderamen; devida moderação;
6° rationis usu carebat, firmis 6°. era privado do uso da razão,
praescriptis cann. 1324, § 1, n. 2, et 1326, restando firmes as disposições dos cân.
§ 1, n. 4; 1324, § 1, n. 2 e 1326, § 1, n. 4;
7° sine culpa putavit aliquam adesse ex 7°. sem culpa sua acreditava que não
circumstantiis, de quibus in nn. 4 vel 5. havia nenhuma das circunstâncias
mencionadas nos n. 4 ou 5.

Can. 1324 - § 1. Violationis auctor non Cân. 1324 - § 1. O autor da violação não
eximitur a poena, sed poena lege vel está isento da pena estabelecida pela lei
praecepto statuta temperari debet vel in ou pelo preceito, mas a pena deve ser
eius locum paenitentia adhiberi, si delictum atenuada ou substituída por uma
patratum sit: penitência, se o delito foi cometido:
1° ab eo, qui rationis usum imperfectum 1°. por quem tinha o uso imperfeito da
tantum habuerit; razão;
2° ab eo qui rationis usu carebat 2°. por quem não tinha o uso da razão
propter ebrietatem aliamve similem mentis por causa de embriaguez ou outra
perturbationem, quae culpabilis fuerit, firmo perturbação semelhante da mente, da qual
praescripto can. 1326, § 1, n. 4; fosse culpado, restando firme a disposição
do cân. 1326, § 1, n. 4;
3° ex gravi passionis aestu, qui non 3°. por grave impulso passional, que,
omnem tamen mentis deliberationem et no entanto, não precedeu e impediu toda
voluntatis consensum praecesserit et deliberação da mente e consentimento da
impedierit, et dummodo passio ipsa ne vontade, e desde que a própria paixão não
fuerit voluntarie excitata vel nutrita; tenha sido voluntariamente despertada ou
favorecida;
4° a minore, qui aetatem sedecim 4°. por um menor que completou os
annorum explevit; dezesseis anos de idade;
5° ab eo, qui metu gravi, quamvis 5°. por uma pessoa forçada por temor
relative tantum, coactus est, aut ex grave, mesmo que apenas relativamente,
necessitate vel gravi incommodo egit, si ou que agiu por necessidade ou por grave
delictum sit intrinsece malum vel in incômodo, se o delito cometido é
animarum damnum vergat; intrinsecamente mau ou voltado a danificar
as almas;
6° ab eo, qui legitimae tutelae causa 6°. por quem agiu em legítima defesa
contra iniustum sui vel alterius contra um injusto agressor seu ou de outro,
aggressorem egit, nec tamen debitum mas sem a devida moderação;
servavit moderamen;
7° adversus aliquem graviter et iniuste 7°. contra alguém que o tenha
provocantem; gravemente e injustamente provocado;
8° ab eo, qui per errorem, ex sua tamen 8°. por quem por um erro, do qual seja
culpa, putavit aliquam adesse ex culpado, acreditava que não havia
circumstantiis, de quibus in can. 1323, nn. nenhuma das circunstâncias mencionadas
4 vel 5; no cân. 1323, n. 4 ou 5;
9° ab eo, qui sine culpa ignoravit 9°. por quem, sem culpa, ignorava que
poenam legi vel praecepto esse adnexam; à lei ou ao preceito estava anexada uma
pena;
10° ab eo, qui egit sine plena 10°. por quem agiu sem plena
imputabilitate, dummodo haec gravis imputabilidade, contanto que essa
permanserit. permaneça ainda grave.
§ 2. Idem potest iudex facere, si qua alia § 2. O juiz pode agir do mesmo modo,
adsit circumstantia, quae delicti gravitatem quando houver qualquer outra
deminuat. circunstância atenuante da gravidade do
delito.
§ 3. In circumstantiis, de quibus in § 1, reus § 3. Nas circunstâncias mencionadas no
poena latae sententiae non tenetur, § 1, o réu não incorre na pena latae
attamen ad resipiscentiam vel ad scandali sententiae, porém podem ser cominadas
reparationem, ipsi poenae mitiores irrogari ao menos penas mais atenuadas ou
vel poenitentiae applicari possunt. podem ser aplicadas a ele penitências com
a finalidade do arrependimento ou
reparação d

Can. 1325 - Ignorantia crassa vel supina Cân. 1325 - A ignorância crassa ou supina
vel affectata numquam considerari potest in ou afetada não pode nunca ser levada em
applicandis praescriptis cann. 1323 et consideração na aplicação das disposições
1324. dos cân. 1323 e 1324.

Can. 1326 - § 1. Iudex gravius punire debet Cân. 1326 - § 1. O juiz deve punir com
quam lex vel praeceptum statuit: maior gravidade do que o estabelecido na
lei ou no preceito:
1° eum, qui post condemnationem vel 1°. quem, após a condenação ou a
poenae declarationem ita delinquere pergit, declaração da pena, ainda persiste em
ut ex adiunctis prudenter eius pertinacia in delinquir, de tal forma que pelas
mala voluntate conici possit; circunstâncias possa prudentemente
presumir-se a sua pertinácia na má
vontade;
2° eum, qui in dignitate aliqua 2°. quem for constituído em dignidade
constitutus est, vel qui auctoritate aut officio ou quem abusou da autoridade ou do ofício
abusus est ad delictum patrandum; para cometer o delito;
3° eum, qui, cum poena in delictum 3°. quem, sendo estabelecida uma
culposum constituta sit, eventum praevidit pena para o delito culposo, previu o evento
et nihilominus cautiones ad eum vitandum e, não obstante isso, omitiu as precauções
omisit, quas diligens quilibet adhibuisset; para evitá-lo, como qualquer pessoa
diligente faria;
4° eum, qui deliquerit in statu ebrietatis 4°. quem cometeu o delito em estado
aliusve mentis perturbationis, quae sint de de embriaguez ou em outra perturbação da
industria ad delictum patrandum vel mente, procurada astuciosamente para
excusandum quaesitae, aut ob passionem cometer o delito ou dele se desculpar, ou
voluntarie excitatam vel nutritam. por causa de paixão voluntariamente
despertada ou favorecida.
§ 2. In casibus, de quibus in § 1, si poena § 2. Nos casos mencionados no § 1, se a
constituta sit latae sententiae, alia poena pena estabelecida for latae sententiae,
addi potest vel paenitentia. poderá ser acrescentada uma outra pena
ou uma penitência.
§ 3. In iisdem casibus, si poena constituta § 3. Nos mesmos casos, se a pena for
sit ut facultativa, fit obligatoria. estabelecida como facultativa, torna-se
obrigatória.

Can. 1327 - Lex particularis potest alias Cân. 1327 - A lei particular pode
circumstantias eximentes, attenuantes vel estabelecer outras circunstâncias
aggravantes, praeter casus de quibus in eximentes, atenuantes ou agravantes,
cann. 1323-1326, statuere, sive generali além dos casos mencionados nos cân.
norma, sive pro singulis delictis. Item in 1323-1326, seja com uma norma geral,
praecepto possunt circumstantiae statui, seja para cada um dos delitos. Da mesma
quae a poena praecepto constituta forma, podem ser estabelecidas no
eximant, vel eam attenuent vel aggravent. preceito circunstâncias que eximam da
pena constituída com o preceito ou o
atenuem ou o agravem.

Can. 1328 - § 1. Qui aliquid ad delictum Cân. 1328 - § 1. Quem fez ou omitiu
patrandum egit vel omisit, nec tamen, alguma coisa para cometer um delito e, no
praeter suam voluntatem, delictum entanto, independentemente da sua
consummavit, non tenetur poena in vontade, não consumou o delito não
delictum consummatum statuta, nisi lex vel incorre na pena estabelecida para o delito
praeceptum aliter caveat. consumado, salvo determinação contrária
da lei ou preceito.
§ 2. Quod si actus vel omissiones natura § 2. Mas, se forem atos ou omissões que
sua ad delicti exsecutionem conducant, por sua natureza conduzem à execução do
auctor potest paenitentiae vel remedio delito, o autor pode ser punido com
poenali subici, nisi sponte ab incepta delicti penitências ou remédios penais, a não ser
exsecutione destiterit. Si autem scandalum que espontaneamente tenha desistido da
aliudve grave damnum vel periculum execução já iniciada do delito. Se, porém,
evenerit, auctor, etsi sponte destiterit, iusta tiver havido escândalo, outro grave dano
potest poena puniri, leviore tamen quam ou perigo, o autor, mesmo que tenha
quae in delictum consummatum constituta desistido espontaneamente, pode ser
est. punido com justa pena, mais leve porém
que a prevista para o delito consumado.

Can. 1329 - § 1. Qui communi delinquendi Cân. 1329 - § 1. Se contra o autor principal
consilio in delictum concurrunt, neque in forem constituídas penas ferendae
lege vel praecepto expresse nominantur, si sententiae, aqueles que com acordo
poenae ferendae sententiae in auctorem comum de delinqüir concorrem para o
principalem constitutae sint, iisdem poenis delito, mas não são expressamente
subiciuntur vel aliis eiusdem vel minoris nomeados na lei ou no preceito, estão
gravitatis. sujeitos às mesmas penas ou a outras de
igual ou menor gravidade.
§ 2. In poenam latae sententiae delicto § 2. Na penalatae sententiae, anexa ao
adnexam incurrunt complices, qui in lege delito incorrem os cúmplices não
vel praecepto non nominantur, si sine nomeados na lei ou no preceito, se, sem
eorum opera delictum patratum non esset, sua atividade, o delito não teria sido
et poena sit talis naturae, ut ipsos afficere praticado e a pena seja de tal natureza que
possit; secus poenis ferendae sententiae os possa atingir; do contrário, podem ser
puniri possunt. punidos com penas ferendae sententiae.

Can. 1330 - Delictum quod in declaratione Cân. 1330 - O delito que consiste numa
consistat vel in alia voluntatis vel doctrinae declaração, ou em outra manifestação de
vel scientiae manifestatione, tamquam non uma vontade, de doutrina ou de
consummatum censendum est, si nemo conhecimento, não se considera
eam declarationem vel manifestationem consumado, caso essa declaração ou
percipiat. manifestação não seja percebida por
ninguém.

TITULUS IV DE POENIS ALIISQUE TÍTULO IV - DAS PENAS E OUTRAS


PUNITIONIBUS PUNIÇÕES
CAPUT I DE CENSURIS CAPÍTULO I - DAS CENSURAS
Can. 1331 - § 1. Excommunicatus Cân. 1331 - § 1. Ao excomungado é
prohibetur: proibido:
1° Eucharistiae Sacrificium et reliqua 1°. celebrar o Sacrifício da Eucaristia e
sacramenta celebrare; os outros sacramentos;
2° sacramenta recipere; 2°. receber os sacramentos;
3° sacramentalia administrare et 3°. administrar os sacramentais e
reliquas cultus liturgici caeremonias celebrar as outras cerimônias de culto
celebrare; litúrgico;
4° in celebrationibus antea recensitis 4°. ter qualquer parte ativa nas
ullam partem activam habere; celebrações acima enumeradas;
5° ecclesiastica officia, munera, 5°. exercer ofícios ou encargos ou
ministeria et functiones exercere; ministérios ou funções eclesiásticas;
6° actus regiminis ponere. 6°. realizar atos de governo.
§ 2. Quod si excommunicatio ferendae § 2. Se a excomunhão ferendae sententiae
sententiae irrogata vel latae sententiae tiver sido imposta ou aquela latae
declarata sit, reus: sententiae foi declarada, o réu:
1° si agere velit contra praescriptum 1°. se quiser agir contra a prescrição do
§ 1, nn. 1-4, est arcendus aut a liturgica § 1, n. 1-4, deve ser afastado ou deve-se
actione est cessandum, nisi gravis obstet interromper a ação litúrgica, a não ser que
causa; obste uma causa grave;
2° invalide ponit actus regiminis, qui ad 2°. realiza invalidamente os atos de
normam § 1, n. 6, sunt illiciti; governo, que segundo o § 1, n. 6, são
ilícitos;
3° prohibetur frui privilegiis antea 3°. incorre na proibição de usufruir dos
concessis; privilégios concedidos precedentemente;
4° retributiones, quae [quas] ob titulum 4°. não adquire as retribuições que tem
mere ecclesiasticum habeat, non acquirit; a título puramente eclesiástico;
5° inhabilis est ad consequenda officia, 5°. é inábil para conseguir ofícios,
munera, ministeria, functiones, iura, encargos, ministérios, funções, direitos,
privilegia et titulos honorificos. privilégios e títulos honoríficos.

Can. 1332 - § 1. Interdictus tenetur Cân. 1332 - § 1. Quem for interditado está
prohibitionibus, de quibus in can. 1331, § 1, sujeito às proibições mencionadas no cân.
nn. 1-4. 1331, § 1, n. 1-4.
§ 2. Lex tamen vel praeceptum interdictum § 2. A lei ou o preceito, no entanto, pode
definire eo modo potest, ut tantum definir o interdito de tal forma que ao réu
quaedam singulares actiones, de quibus in sejam proibidas algumas ações
can. 1331, § 1, nn. 1-4, vel alia quaedam determinadas mencionadas no cân. 1331,
singularia iura reo prohibeantur. § 1, n. 1-4, ou algum outro direito singular.
§ 3. Etiam in casu interdicti praescriptum § 3. Também no caso de interdito deve ser
can. 1331, § 2, n. 1, servandum est. observada a prescrição do cân. 1331, § 2,
n. 1.

Can. 1333 - § 1. Suspensio prohibet: Cân. 1333 - § 1. A suspensão proíbe:


1° omnes vel aliquos actus potestatis 1°. todos ou alguns dos atos do poder
ordinis; de ordem;
2° omnes vel aliquos actus potestatis 2°. todos ou alguns dos atos do poder
regiminis; de governo;
3° exercitium omnium vel aliquorum 3°. o exercício de todos ou alguns
iurium vel munerum officio inhaerentium. direitos ou funções inerentes ao ofício.
§ 2. In lege vel praecepto statui potest, ut § 2. Na lei ou no preceito, pode-se
post sententiam vel decretum, quae estabelecer que, após a sentença ou o
poenam irrogant vel declarant, actus decreto, que irrogam ou declaram a pena,
regiminis suspensus valide ponere quem for suspenso não poderá realizar
nequeat. validamente atos de governo.
§ 3. Prohibitio numquam afficit: § 3. A proibição nunca atinge:
1° officia vel regiminis potestatem, quae 1°. os ofícios ou o poder de governo
non sint sub potestate Superioris poenam que não estão sob o poder do Superior que
constituentis; constituiu a pena;
2° ius habitandi, si quod reus ratione 2°. o direito de habitar se o réu o tem
officii habeat; em razão do ofício;
3° ius administrandi bona, quae ad 3°. o direito de administrar os bens que
ipsius suspensi officium forte pertineant, si pertencem eventualmente ao ofício
poena sit latae sententiae. daquele que foi suspenso, se a pena for
latae sententiae.
§ 4. Suspensio prohibens fructus, § 4. A suspensão que proíbe perceber os
stipendium, pensiones aliave eiusmodi frutos, o estipêndio, as pensões ou outras
percipere, obligationem secumfert retribuições comporta a obrigação da
restituendi quidquid illegitime, quamvis restituição do que foi ilegitimamente
bona fide, perceptum sit. recebido, mesmo se de boa-fé.

Can. 1334 - § 1. Suspensionis ambitus, Cân. 1334 - § 1. O âmbito da suspensão,


intra limites in canone praecedenti statutos, dentro dos limites estabelecidos no cânone
aut ipsa lege vel praecepto definitur, aut precedente, é definido ou pela própria lei
sententia vel decreto quo poena irrogatur. ou pelo preceito, ou mesmo pela sentença
ou pelo decreto com o qual foi cominada a
pena.
§ 2. Lex, non autem praeceptum, potest § 2. A lei, mas não o preceito, pode
latae sententiae suspensionem, nulla constituir uma suspensão latae sententiae,
addita determinatione vel limitatione, sem acrescentar qualquer determinação ou
constituere; eiusmodi autem poena omnes limitação; tal pena produz todos os efeitos
effectus habet, qui in can. 1333, § 1 previstos no cân. 1333, § 1.
recensentur.

Can. 1335 - § 1. Si censuram infligat vel Cân. 1335 - § 1. A autoridade competente,


declaret in processu iudiciali aut per se comina ou declara a censura no
decretum extra iudicium, auctoritas processo judicial ou por decreto
competens potest quoque eas poenas extrajudicial, pode também impor as penas
expiatorias imponere, quas ad iustitiam expiatórias que considera necessárias para
restituendam vel ad scandalum restituir a justiça ou reparar o escândalo.
reparandum necessarias censeat.
§ 2. Si censura prohibeat celebrare § 2. Se a censura proíbe a celebração dos
sacramenta vel sacramentalia vel ponere sacramentos ou dos sacramentais, ou de
actum potestatis regiminis, prohibitio realizar atos do poder de governo, a
suspenditur, quoties id necessarium sit ad proibição é suspensa quantas vezes for
consulendum fidelibus in mortis periculo necessário para atender aos fiéis que se
constitutis; quod si censura latae encontram em perigo de morte; que se a
sententiae non sit declarata, prohibitio censura latae sententiae não tiver sido
praeterea suspenditur, quoties fidelis petit declarada, a proibição também é suspensa
sacramentum vel sacramentale vel actum todas as vezes que um fiel peça um
potestatis regiminis; id autem petere ex sacramento, um sacramental ou um ato de
qualibet iusta causa licet. poder de governo; esse pedido é, pois,
lícito por qualquer causa justa.

CAPUT II DE POENIS EXPIATORIIS CAPÍTULO II - DAS PENAS


EXPIATÓRIAS
Can. 1336 - § 1. Poenae expiatoriae, quae Cân. 1336 - § 1. As penas expiatórias que
delinquentem afficere possunt aut in podem ser aplicadas a um delinquente
perpetuum aut in tempus praefinitum aut in perpetuamente ou por um tempo definido
tempus indeterminatum, praeter alias, quas ou indeterminado, além de outras que a lei
forte lex constituerit, sunt quae in §§ 2-5 pode eventualmente estabelecer, são
recensentur. aquelas mencionadas nos § 2-5:
§ 2. Praescriptio: § 2. Imposição:
1° commorandi in certo loco vel 1°. para residir em um determinado
territorio; lugar ou território;
2° solvendi mulctam pecuniariam seu 2°. para pagar uma multa pecuniária ou
summam pecuniae in fines Ecclesiae, iuxta uma soma monetária para as finalidades
rationes ab Episcoporum conferentia da Igreja, segundo os regulamentos
definitas. definidos pela Conferência Episcopal.
§ 3. Prohibitio: § 3. Proibição:
1° commorandi in certo loco vel 1°. de residir em um determinado lugar
territorio; ou território;
2° exercendi, ubique aut in certo loco 2°. de exercer, em qualquer lugar ou
vel territorio aut extra illa, omnia vel aliqua em um determinado lugar ou território ou
officia, munera, ministeria aut functiones fora deles, todos ou alguns ofícios,
vel aliqua tantum opera officiis aut encargos, ministérios ou funções, ou
muneribus inhaerentia; somente algumas atividades inerentes aos
ofícios ou aos encargos;
3° ponendi omnes vel aliquos actus 3°. de realizar todos ou alguns atos do
potestatis ordinis; poder de ordem;
4° ponendi omnes vel aliquos actus 4°. de realizar todos ou alguns atos do
potestatis regiminis; poder de governo;
5° exercendi aliquod ius vel privilegium 5°. de exercer qualquer direito ou
aut utendi insignibus vel titulis; privilégio, ou de usar insígnias ou títulos;
6° fruendi voce activa vel passiva in 6°. de gozar de voz ativa ou passiva
electionibus canonicis vel partem habendi nas eleições canônicas e de participar com
cum iure ferendi suffragium in consiliis vel direito de voto nos conselhos e nos
collegiis ecclesialibus; colégios eclesiásticos;
7° deferendi habitum ecclesiasticum vel 7°. de usar o hábito eclesiástico ou
religiosum. religioso.
§ 4. Privatio: § 4. Privação:
1° omnium vel aliquorum officiorum, 1°. de todos ou alguns ofícios,
munerum, ministeriorum aut functionum vel encargos, ministérios ou funções, ou
aliquorum tantum operum officiis aut somente algumas atividades inerentes aos
muneribus inhaerentium; ofícios ou aos encargos;
2° facultatis confessiones excipiendi vel 2°. da faculdade de ouvir as confissões
praedicandi; ou pregar;
3° potestatis regiminis delegatae; 3°. do poder delegado de governo;
4° alicuius iuris vel privilegii aut 4°. de alguns direitos ou privilégios ou
insignium vel tituli; insígnias ou títulos;
5° totius vel partis remunerationis 5°. de toda ou parte da remuneração
ecclesiasticae, iuxta rationes ab eclesiástica, segundo os regulamentos
Episcoporum conferentia statutas, salvo estabelecidos pela Conferência Episcopal,
quoque praescripto can. 1350, § 1. salvo a prescrição do cân. 1350, § 1.
§ 5. Dimissio e statu clericali. § 5. Demissão do estado clerical.

Can. 1337 - § 1. Prohibitio commorandi in Cân. 1337 - § 1. A proibição de morar em


certo loco vel territorio sive clericos sive determinado lugar ou território pode atingir
religiosos afficere potest; praescriptio clérigos ou religiosos; a obrigação de
autem commorandi, clericos saeculares et, morar pode atingir a clérigos seculares e,
intra limites constitutionum, religiosos. dentro dos limites das constituições, a
religiosos.
§ 2. Ut praescriptio commorandi in certo § 2. Para impor a obrigação de morar em
loco vel territorio irrogetur, accedat oportet determinado lugar ou território, deve haver
consensus Ordinarii illius loci, nisi agatur o consentimento do Ordinário desse lugar,
de domo extradioecesanis quoque clericis a não ser que se trate de casa destinada
paenitentibus vel emendandis destinata. para penitência e correção de clérigos
também extra diocesanos.

Can. 1338 - § 1. Poenae expiatoriae, quae Cân. 1338 - § 1. As penas expiatórias,


in can. 1336 recensentur, numquam definidas no cân. 1336, nunca atingem os
afficiunt potestates, officia, munera, iura, poderes, ofícios, encargos, direitos,
privilegia, facultates, gratias, titulos, privilégios, faculdades, graças, títulos,
insignia, quae non sint sub potestate insígnias que não estão sob o poder do
Superioris poenam constituentis. Superior que impõe a pena.
§ 2. Potestatis ordinis privatio dari nequit, § 2. Não se pode privar alguém do poder
sed tantum prohibitio eam vel aliquos eius de ordem, mas apenas proibir de exercê-la
actus exercendi; item dari nequit privatio ou exercer alguns de seus atos; do mesmo
graduum academicorum. modo não se pode privar dos graus
acadêmicos.
§ 3. De prohibitionibus, quae in can. 1336, § 3. Para as proibições indicadas no cân.
§ 3, indicantur, norma servanda est, quae 1336, § 3, deve-se observar a norma dada
de censuris datur in can. 1335, § 2. para as censuras mencionada no cân.
1335, § 2.
§ 4. Latae sententiae eae tantum poenae § 4. Somente as penas expiatórias
expiatoriae esse possunt, quae ut estabelecidas como proibições no cân.
prohibitiones in can. 1336, § 3, recensentur 1336, § 3, podem ser penas latae
vel aliae quae forte lege aut praecepto sententiae ou outras que eventualmente
constitutae sint. estão estabelecidas por lei ou preceito.
§ 5. Prohibitiones de quibus in can. 1336, § 5. As proibições mencionadas no cân.
§ 3, numquam sunt sub poena nullitatis. 1336, § 3, nunca estão sob pena de
nulidade.

CAPUT III DE REMEDIIS POENALIBUS CAPÍTULO III - DOS REMÉDIOS PENAIS


ET PAENITENTIIS E PENITÊNCIAS
Can. 1339 - § 1. Eum, qui versatur in Cân. 1339 - § 1. O Ordinário, por si mesmo
proxima delinquendi occasione, vel in ou por meio de outrem, pode admoestar
quem, ex investigatione peracta, gravis aquele que se encontrar em ocasião
cadit suspicio delicti commissi, Ordinarius próxima de delinquir ou aquele sobre
per se vel per alium monere potest. quem, depois de feita investigação, incidir
grave suspeita de ter cometido um delito.
§ 2. Eum ex cuius conversatione § 2. O Ordinário pode repreender, de forma
scandalum vel gravis ordinis perturbatio adequada às circunstâncias peculiares da
oriatur, Ordinarius corripere potest, modo pessoa e do fato, aquele cujo
peculiaribus personae et facti condicionibus comportamento faz surgir escândalo ou
accommodato. grave perturbação da ordem.
§ 3. De monitione et correptione constare § 3. Da admoestação ou da repreensão
semper debet saltem ex aliquo documento, deve constar sempre ao menos um
quod in secreto curiae archivo servetur. documento, que se conserve no arquivo
secreto da cúria.
§ 4. Si, semel vel pluries, monitiones vel § 4. Se uma ou mais vezes foram feitas
correptiones inutiliter alicui factae sint, vel inutilmente para alguém admoestações ou
si ex iis effectus exspectare non liceat, correções, ou se nenhum efeito pode ser
Ordinarius det praeceptum poenale, in quo esperado delas, o Ordinário dê um preceito
accurate praescribat quid agendum vel penal, no qual se disponha
vitandum sit. cuidadosamente o que se deva fazer ou
evitar.
§ 5. Si casus gravitas ferat, ac praesertim § 5. Se a gravidade do caso o exigir, e
si quis versetur in periculo relabendi in sobretudo no caso em que alguém se
delictum, eum Ordinarius, etiam praeter encontre em perigo de reincidir no delito, o
poenas ad normam iuris irrogatas vel Ordinário, mesmo além das penas
declaratas per sententiam vel decretum, cominadas de acordo com o direito ou
submittat vigilantiae modo per decretum declaradas por meio de sentença ou
singulare determinato. decreto, o submeta a uma medida de
vigilância determinada mediante um
decreto singular.

Can. 1340 - § 1. Paenitentia, quae imponi Cân. 1340 - § 1. A penitência, que se pode
potest in foro externo, est aliquod religionis impor no foro externo, consiste em alguma
vel pietatis vel caritatis opus peragendum. obra de religião, piedade ou caridade, a ser
realizada.
§ 2. Ob transgressionem occultam § 2. Nunca se imponha uma penitência
numquam publica imponatur paenitentia. pública por transgressão oculta.
§ 3. Paenitentias Ordinarius pro sua § 3. O Ordinário pode prudentemente
prudentia addere potest poenali remedio acrescentar penitências ao remédio penal
monitionis vel correptionis. da advertência ou da repreensão.

TITULUS V DE POENARUM TÍTULO V - DA APLICAÇÃO DAS PENAS


APPLICATIONE
Can. 1341 - Ordinarius proceduram Cân. 1341 - O Ordinário deve iniciar o
iudicialem vel administrativam ad poenas procedimento judicial ou administrativo
irrogandas vel declarandas promovere para cominar ou declarar as penas, quando
debet cum perspexerit neque pastoralis tiver constatado que nem por meios
sollicitudinis viis, praesertim fraterna ditados pela solicitude pastoral, sobretudo
correctione, neque monitione neque com a correção fraterna, nem com a
correptione satis posse iustitiam restitui, admoestação, nem com a repreensão, é
reum emendari, scandalum reparari. possível obter suficientemente o
restabelecimento da justiça, a emenda do
réu, a reparação do escândalo.

Can. 1342 - § 1. Quoties iustae obstent Cân. 1342 - § 1. Sempre que causas justas
causae ne iudicialis processus fiat, poena obstarem a que se celebre um processo
irrogari vel declarari potest per decretum judicial, a pena pode ser cominada ou
extra iudicium, servato can. 1720, declarada por decreto extrajudicial,
praesertim quod attinet ad ius defensionis observado o cân. 1720, especialmente no
atque ad moralem certitudinem in animo que diz respeito ao direito de defesa e à
eius qui decretum fert ad normam certeza moral no espírito de quem emite o
can. 1608. Remedia poenalia et decreto, de acordo com o cân. 1608. Em
paenitentiae applicari possunt per qualquer caso, os remédios penais e as
decretum in quolibet casu. penitências podem ser aplicados por
decreto.
§ 2. Per decretum irrogari vel declarari non § 2. Não se pode cominar ou declarar
possunt poenae perpetuae, neque poenae penas perpétuas por decreto, nem aquelas
quas lex vel praeceptum eas constituens penas que a lei ou o preceito que as
vetet per decretum applicare. constitui proíbe aplicar por decreto.
§ 3. Quae in lege vel praecepto dicuntur de § 3. O que na lei ou no preceito se diz a
iudice, quod attinet ad poenam irrogandam respeito do juiz, no concernente a cominar
vel declarandam in iudicio, applicanda sunt ou declarar a pena em juízo, seja aplicado
ad Superiorem, qui per decretum extra ao Superior, que por decreto extrajudicial
iudicium poenam irroget vel declaret, nisi comine ou declare a pena, a menos que
aliter constet neque agatur de praescriptis não conste o contrário ou se trate de
quae ad procedendi tantum rationem prescrições atinentes somente ao
attineant. procedimento.

Can. 1343 - Si lex aut praeceptum iudici Cân. 1343 - Se a lei ou o preceito
facultatem concedat applicandi vel non concedem ao juiz a faculdade de aplicar ou
applicandi poenam, iste, salvo praescripto de não aplicar a pena, ele, salvo a
can. 1326, § 3, rem definiat, pro sua prescrição do cân. 1326, § 3, define a
conscientia et prudentia, iuxta id quod matéria de acordo com a consciência e o
expostulant iustitiae restitutio, rei seu prudente critério, de acordo com o que
emendatio et scandali reparatio; iudex exigem o restabelecimento da justiça, a
autem his in casibus potest etiam, si res emenda do réu e a reparação do
ferat, poenam temperare vel in eius locum escândalo; o juiz, no entanto, nesses
paenitentiam imponere. casos, pode também, se necessário,
atenuar a pena ou impor, no lugar dela,
uma penitência.

Can. 1344 - Etiamsi lex utatur verbis Cân. 1344 - Mesmo que a lei use termos
praeceptivis, iudex pro sua conscientia et preceptivos, o juiz, de acordo com a
prudentia potest: consciência e seu prudente critério, pode:
1° poenae irrogationem in tempus 1°. diferir a cominação da pena para
magis opportunum differre, si ex um tempo mais oportuno, se por uma
praepropera rei punitione maiora mala punição muito apressada se prevê que
eventura praevideantur, nisi necessitas surgirão males maiores, a não ser que urja
urgeat scandalum reparandi; a necessidade de reparar o escândalo;
2° a poena irroganda abstinere vel 2°. abster-se de cominar a pena, ou
poenam mitiorem irrogare aut paenitentiam cominar uma pena ou penitência mais
adhibere, si reus emendatus sit, necnon branda, se o réu tiver se emendado e
scandalum et damnum forte illatum reparado o escândalo e o dano
reparaverit, aut si ipse satis a civili eventualmente provocados, ou se já tenha
auctoritate punitus sit vel punitum iri sido suficientemente punido pela
praevideatur; autoridade civil ou se preveja que será
punido;
3° obligationem servandi poenam 3°. suspender a obrigação de observar
expiatoriam suspendere, si reus primum uma pena expiatória ao réu que cometeu
post vitam laudabiliter peractam deliquerit delito pela primeira vez, depois de ter
neque necessitas urgeat reparandi vivido honrosamente e que não urja a
scandalum, ita tamen ut, si reus intra necessidade de reparar o escândalo, na
tempus ab ipso iudice determinatum rursus condição de que, se o réu, dentro de um
deliquerit, poenam utrique delicto debitam tempo determinado pelo mesmo juiz, volte
luat, nisi interim tempus decurrerit ad novamente a delinquir, cumpra a pena
actionis poenalis pro priore delicto devida para ambos os delitos, a não ser
praescriptionem. que nesse interim não tenha decorrido o
tempo para a prescrição da ação penal
relativa ao primeiro delito.

Can. 1345 - Quoties delinquens vel usum Cân. 1345 - Sempre que o delinquente ou
rationis imperfectum tantum habuerit, vel tinha o uso imperfeito da razão ou cometeu
delictum ex necessitate vel gravi metu aut o delito por necessidade, ou por medo
passionis aestu vel, salvo praescripto grave ou por impulso da paixão ou, salvo a
can. 1326, § 1, n. 4, in ebrietate aliave prescrição do cân. 1326, § 1, n. 4, por
simili mentis perturbatione patraverit, iudex embriaguez ou por outra perturbação
potest etiam a qualibet punitione irroganda semelhante da mente, o juiz também pode
abstinere, si censeat aliter posse melius abster-se de cominar qualquer punição, se
consuli eius emendationi; reus tamen puniri considera que se pode melhor prover de
debet si aliter ad iustitiam restituendam, et outro modo a sua emenda; todavia, o réu
scandalum forte illatum reparandum deve ser punido se não for possível prover
provideri non possit. o restabelecimento da justiça e a
reparação do escândalo eventualmente
provocado.

Can. 1346 - § 1. Ordinarie tot poenae quot Cân. 1346 - § 1. Ordinariamente tantas são
delicta. as penas quanto os delitos.
§ 2. Quoties vero reus plura delicta § 2. Mas sempre que o réu tenha cometido
patraverit, si nimius videatur poenarum mais delitos, se parecer excessivo o
ferendae sententiae cumulus, prudenti acúmulo de penas ferendae sententiae, é
iudicis arbitrio relinquitur poenas intra deixado ao prudente arbítrio do juiz
aequos terminos moderari, et eum moderar as penas dentro de limites
vigilantiae subicere. equitativos e submeter o réu à vigilância.

Can. 1347 - § 1. Censura irrogari valide Cân. 1347 - § 1. Não se pode cominar
nequit, nisi antea reus semel saltem validamente uma censura, sem que antes
monitus sit ut a contumacia recedat, dato o réu tenha sido admoestado ao menos
congruo ad resipiscentiam tempore. uma vez, a fim de que desista da
contumácia, concedendo-lhe o tempo
conveniente para se emendar.
§ 2. A contumacia recessisse dicendus est § 2. Deve considerar-se que desistiu da
reus, quem delicti vere paenituerit, quique contumácia o réu que verdadeiramente
praeterea congruam scandali et damni tenha se arrependido do delito e que, além
reparationem dederit vel saltem id disso, tenha dado a reparação conveniente
praestare serio promiserit. dos danos e do escândalo, ou ao menos
tenha prometido seriamente fazê-lo.

Can. 1348 - Cum reus ab accusatione Cân. 1348 - Quando o réu é absolvido da
absolvitur vel nulla poena ei irrogatur, acusação ou não se impõe a ele nenhuma
Ordinarius potest opportunis monitis pena, o Ordinário pode tomar medidas
aliisque pastoralis sollicitudinis viis, vel úteis a ele ou ao bem público, mediante
etiam, si res ferat, poenalibus remediis eius oportunas advertências e por outros cami
utilitati et publico bono consulere. nhos de sua solicitude pastoral, ou mesmo
através de remédios penais, se o caso o
exigir.

Can. 1349 - Si poena sit indeterminata Cân. 1349 - Se a pena for indeterminada e
neque aliud lex caveat, iudex in poenis a lei não estabelecer de outra forma, o juiz,
determinandis eas eligat quae inducto ao determinar as penas, escolha aquelas
scandalo et damni gravitati proportionatae que sejam proporcionais ao escândalo
sint; poenas tamen graviores ne irroget, causado e à gravidade do dano; todavia,
nisi casus gravitas id omnino postulet; não imponha penas mais graves, a menos
perpetuas autem poenas irrogare non que a gravidade do caso o exija
potest. absolutamente; não pode, porém, impor
penas perpétuas.

Can. 1350 - § 1. In poenis clerico Cân. 1350 - § 1. Ao cominar penas a um


irrogandis semper cavendum est, ne iis clérigo, é necessário sempre tomar
quae ad honestam sustentationem sunt cuidado para que não lhe falte o
necessaria ipse careat, nisi agatur de necessário para um honesto sustento, a
dimissione e statu clericali. não ser que se trate da demissão do
estado clerical.
§ 2. Dimisso autem e statu clericali, qui § 2. O Ordinário cuide para prover da
propter poenam vere indigeat, Ordinarius melhor forma possível a quem foi demitido
meliore quo fieri potest modo providere do estado clerical e que por causa da pena
curet, exclusa vero collatione officii, esteja verdadeiramente necessitado,
ministerii vel muneris. exceto com a atribuição de ofícios,
ministérios e encargos.

Can. 1351 - Poena reum ubique tenet, Cân. 1351 - A pena obriga o réu em todo
etiam resoluto iure eius qui poenam lugar, mesmo quando cessa o direito
constituit, irrogavit vel declaravit, nisi aliud daquele que a constituiu, a cominou ou a
expresse caveatur. declarou, a menos que não se disponha
expressamente outra coisa.

Can. 1352 - § 1. Si poena prohibeat Cân. 1352 - § 1. Se a pena proibir a


recipere sacramenta vel sacramentalia, recepção dos sacramentos ou dos
prohibitio suspenditur, quamdiu reus in sacramentais, a proibição é suspensa
mortis periculo versatur. enquanto o réu está em perigo de morte.
§ 2. Obligatio servandi poenam latae § 2. A obrigação de observar a pena latae
sententiae, quae neque declarata sit neque sententiae, que não tiver sido declarada
sit notoria in loco ubi delinquens versatur, nem seja notória no lugar em que o
eatenus ex toto vel ex parte suspenditur, delinquente se encontra, suspende-se,
quatenus reus eam servare nequeat sine total ou parcialmente, na medida em que o
periculo gravis scandali vel infamiae. réu não a possa observar sem perigo de
grave escândalo ou infâmia.

Can. 1353 - Appellatio vel recursus a Cân. 1353 - A apelação ou recurso contra
sententiis iudicialibus vel a decretis, quae sentenças judiciais ou decretos que
poenam quamlibet irrogent vel declarent, imponham ou declarem que qualquer pena,
habent effectum suspensivum. tem efeito suspensivo.

TITULUS VI DE POENARUM TÍTULO VI - DA REMISSÃO DAS PENAS


REMISSIONE ET DE ACTIONUM E DAS PRESCRIÇÕES DAS AÇÕES
PRAESCRIPTIONE
Can. 1354 - § 1. Praeter eos, qui in cann. Cân. 1354 - § 1. Além dos que são
1355-1356 recensentur, omnes, qui a lege, mencionados nos cân. 1355-1356, todos
quae poena munita est, dispensare os que podem dispensar da lei sancionada
possunt vel a praecepto poenam com pena ou eximir do preceito que
comminanti eximere, possunt etiam eam comina a pena podem também remir a
poenam remittere. mesma pena.
§ 2. Potest praeterea lex vel praeceptum, § 2. A lei ou o preceito que constituem a
poenam constituens, aliis quoque pena podem também conceder a outros a
potestatem facere remittendi. faculdade de os remir.
§ 3. Si Apostolica Sedes poenae § 3. Se a Sé Apostólica reservou a si ou a
remissionem sibi vel aliis reservaverit, outros a remissão da pena, a reserva deve
reservatio stricte est interpretanda. ser interpretada de forma estrita.

Can. 1355 - § 1. Poenam lege constitutam, Cân. 1355 - § 1. Podem remir a pena
quae sit ferendae sententiae irrogata vel constituída por lei, que tenha sido
latae sententiae declarata, dummodo non cominada ou declarada, contanto que não
sit Apostolicae Sedi reservata, remittere esteja reservada à Sé Apostólica:
possunt:
1° Ordinarius, qui iudicium ad poenam 1°. o Ordinário que promoveu o
irrogandam vel declarandam promovit vel julgamento para cominar ou declarar a
decreto eam per se vel per alium irrogavit pena, ou a cominou ou a declarou por
vel declaravit; decreto por si mesmo ou por meio de
outros;
2° Ordinarius loci in quo delinquens 2°. o Ordinário do lugar em que o
versatur, consulto tamen, nisi propter delinquente se encontra, porém depois de
extraordinarias circumstantias impossibile ter consultado o Ordinário referido no n. 1,
sit, Ordinario, de quo sub n. 1. a menos que, por circunstâncias
extraordinárias, isso seja impossível.
§ 2. Poenam lege constitutam, quae sit § 2°. Podem remir a pena estabelecida por
latae sententiae nondum declarata et lei, se for uma pena latae sententiae ainda
dummodo non sit Apostolicae Sedi não declarada e desde que não seja
reservata, remittere possunt: reservada à Sé Apostólica:
1° Ordinarius suis subditis; 1°. o Ordinário aos próprios súditos;
2° Ordinarius loci etiam iis qui in ipsius 2°. o Ordinário do lugar também
territorio versantur vel ibi deliquerint; àqueles que estão em seu território ou
cometeram ali o delito;
3° quilibet Episcopus in actu tamen 3°. qualquer Bispo, mas no ato da
sacramentalis confessionis. confissão sacramental.

Can. 1356 - § 1. Poenam ferendae vel Cân. 1356 - § 1. Podem remir uma pena
latae sententiae constitutam praecepto ferendae sententiae ou latae sententiae
quod non sit ab Apostolica Sede latum, estabelecida por um preceito que não
remittere possunt: tenha sido dado pela Sé Apostólica:
1° praecepti auctor; 1°. o autor do preceito;
2° Ordinarius qui iudicium ad poenam 2°. o Ordinário que promoveu o
irrogandam vel declarandam promovit vel julgamento para cominar ou declarar a
decreto eam per se vel per alium irrogavit pena, ou a cominou ou a declarou por
vel declaravit; decreto por si mesmo ou por meio de
outros;
3° Ordinarius loci, in quo delinquens 3°. o Ordinário do lugar em que se
versatur. encontra o delinquente.
§ 2. Antequam remissio fiat, consulendus § 2. Antes de proceder à remissão, deve
est, nisi propter extraordinarias ser consultado o autor do preceito, a
circumstantias impossibile sit, praecepti menos que isso seja impossível devido às
auctor, vel qui poenam irrogavit vel circunstâncias extraordinárias, ou quem
declaravit. cominou ou declarou a pena.

Can. 1357 - § 1. Firmis praescriptis cann. Cân. 1357 - § 1. Restando firmes as


508 et 976, censuram latae sententiae disposições dos cân. 508 e 976, pode o
excommunicationis vel interdicti non confessor, no foro interno sacramental,
declaratam confessarius remittere potest in remir a censura latae sententiae de
foro interno sacramentali, si paenitenti excomunhão ou interdito, não declarada,
durum sit in statu gravis peccati permanere se for pesado ao penitente permanecer em
per tempus necessarium ut Superior estado de pecado grave até que o Superior
competens provideat. competente providencie.
§ 2. In remissione concedenda § 2. Ao conceder a remissão, o confessor
confessarius paenitenti onus iniungat imponha ao penitente a obrigação de
recurrendi intra mensem sub poena recorrer dentro de um mês, sob pena de
reincidentiae ad Superiorem competentem reincidir na censura, ao Superior
vel ad sacerdotem facultate praeditum, et competente ou a um sacerdote dotado
standi huius mandatis; interim imponat dessa faculdade, e de sujeitar-se às suas
congruam paenitentiam et, quatenus ordens; entretanto, imponha a penitência
urgeat, scandali et damni reparationem; conveniente e, na medida em que ela seja
recursus autem fieri potest etiam per urgente, a reparação do escândalo e do
confessarium, sine nominis mentione. dano; o recurso pode fazer-se também por
meio do confessor, sem fazer menção do
nome do penitente.
§ 3. Eodem onere recurrendi tenentur, § 3. Têm igual obrigação de recorrer,
cessante periculo, ii quibus ad normam depois de se restabelecerem, aqueles a
can. 976 remissa est censura irrogata vel quem, nos termos do cân. 976, for remida
declarata vel Sedi Apostolicae reservata. uma censura cominada ou declarada, ou
reservada à Se Apostólica.

Can. 1358 - § 1. Remissio censurae dari Cân. 1358 - § 1. Não se pode dar a
non potest nisi delinquenti qui a remissão da censura senão ao delinquente
contumacia, ad normam can. 1347, § 2, que tenha desistido da contumácia, nos
recesserit; recedenti autem denegari termos do cân. 1347, § 2; a quem desistiu
nequit, salvo praescripto can. 1361, § 4. não se pode negar a remissão, salvo a
disposição do cân. 1361, § 4.
§ 2. Qui censuram remittit, potest ad § 2. Quem remir uma censura pode
normam can. 1348 providere vel etiam providenciar, nos termos do cân. 1348, ou
paenitentiam imponere. também impor uma penitência.
Can. 1359 - Si quis pluribus poenis Cân. 1359 - Se alguém está vinculado a
detineatur, remissio valet tantummodo pro mais de uma pena, a remissão vale
poenis in ipsa expressis; generalis autem somente para as penas nela expressas;
remissio omnes aufert poenas, iis exceptis porém, a remissão geral remove todas as
quas in petitione delinquens mala fide penas, com exceção das que o delinquente
reticuerit. com má-fé ocultou na petição.

Can. 1360 - Remissio poenae vi aut metu Cân. 1360 - É inválida, pelo próprio direito,
gravi aut dolo extorta ipso iure irrita est. a remissão da pena extorquida por meio da
força, ou de temor grave, ou por dolo.

Can. 1361 - § 1. Remissio dari potest etiam Cân. 1361 - § 1. A remissão pode também
absenti vel sub condicione. ser dada a uma pessoa ausente, ou sob
condição.
§ 2. Remissio in foro externo detur scripto, § 2. A remissão no foro externo seja dada
nisi gravis causa aliud suadeat. por escrito, a não ser que uma causa grave
sugira outra coisa.
§ 3. Remissionis petitio vel ipsa remissio ne § 3. Não se divulgue o pedido de remissão
divulgetur, nisi quatenus id vel utile sit ad ou a própria remissão, a não ser na medida
rei famam tuendam vel necessarium ad em que isso seja útil para defender a fama
scandalum reparandum. do réu, ou necessário para reparar o
escândalo.
§ 4. Remissio dari non debet donec, § 4. Não se deve dar a remissão até que,
prudenti arbitrio Ordinarii, damnum forte de acordo com o prudente juízo do
illatum reus reparaverit; qui ad hanc Ordinário, o réu não tenha reparado o dano
reparationem vel restitutionem urgeri potest eventualmente causado; pode ser instado
per unam ex poenis de quibus in a tal reparação ou restituição por meio de
can. 1336, §§ 2-4, quod valet etiam cum illi uma das penas previstas no cân. 1336,
censura remittitur ad normam can. 1358, § 2-4, isso também vale quando lhe é
§ 1. remida a censura, de acordo com o cân.
1358, § 1.

Can. 1362 - § 1. Actio criminalis Cân. 1362 - § 1. A ação criminal extingue-


praescriptione extinguitur triennio, nisi se por prescrição em três anos, a não ser
agatur: que se trate:
1° de delictis Congregationi pro 1°. de delitos reservados à
Doctrina Fidei reservatis, quae normis Congregação para a Doutrina da Fé, que
specialibus subiciuntur; estão sujeitos a normas especiais;
2° firmo praescripto n. 1, de actione ob 2°. restando firme a disposição do n. 1,
delicta de quibus in cann. 1376, 1377, da ação pelos delitos referidos nos cân.
1378, 1393, § 1, 1394, 1395, 1397, 1398, 1376, 1377, 1378, 1393, § 1, 1394, 1395,
§ 2, quae septennio praescribitur, vel de ea 1397, 1398, § 2, que se prescreve em sete
ob delicta de quibus in can. 1398, § 1, quae anos, ou da ação pelos delitos
viginti annorum spatio praescribitur; estabelecidos no cân. 1398, § 1, que se
prescreve em vinte anos;
3° de delictis quae non sunt iure 3°. de delitos não punidos pelo direito
communi punita, si lex particularis alium universal, se a lei particular tenha
praescriptionis terminum statuerit. estabelecido um outro limite de tempo para
a prescrição.
§ 2. Praescriptio, nisi aliud in lege statuatur, § 2. A prescrição, a não ser que a lei
decurrit ex die quo delictum patratum est, estabeleça outra coisa, decorre a partir do
vel, si delictum sit permanens vel habituale, dia em que foi cometido o delito ou, se o
ex die quo cessavit. delito é permanente ou habitual, do dia em
que cessou.
§ 3. Reo ad normam can. 1723 citato vel § 3. Citado o réu de acordo com o cân.
modo praeviso in can. 1507, § 3, certiore 1723 ou informado na forma prevista pelo
facto de exhibitione accusationis libelli iuxta cân. 1507, § 3, da apresentação, de acordo
can. 1721, § 1, praescriptio actionis com o cân. 1721, § 1, do libelo de
criminalis suspenditur per tres annos, quo acusação, suspende-se a prescrição da
termino elapso vel interrupta suspensione, ação criminal por três anos; transcorrido
cessationis processus poenalis causa, esse prazo ou interrompida a suspensão,
rursus currit tempus, quod adiungitur ad por causa da cessação do processo penal,
illud iam decursum pro praescriptione. novamente decorre o tempo, que se
Eadem suspensio pariter viget si, servato acrescenta àquele já decorrido para a
can. 1720, n. 1, ad poenam irrogandam vel prescrição. A mesma suspensão
declarandam per decretum extra iudicium igualmente vigora se, observado o cân.
procedatur. 1720, n. 1, procede-se para aplicar ou
declarar a pena por decreto extrajudicial.

Can. 1363 - § 1. Si intra terminos de quibus Cân. 1363 - § 1. Se dentro dos prazos
in can. 1362, ex die quo sententia mencionados no cân. 1362, a serem
condemnatoria in rem iudicatam transierit contados desde o dia em que a sentença
computandos, non sit reo notificatum condenatória tiver passado em julgado, o
exsecutorium iudicis decretum de quo in decreto executório do juiz, mencionado no
can. 1651, actio ad poenam exsequendam cân. 1651, não for notificado ao réu, a ação
praescriptione extinguitur. para execução da pena extingue-se por
prescrição.
§ 2. Idem valet, servatis servandis, si § 2. O mesmo vale, observado o que se
poena per decretum extra iudicium irrogata deve observar, se a pena for infligida por
sit. decreto extrajudicial.

PARS II DE SINGULIS DELICTIS DEQUE PARTE II - DE CADA UM DOS DELITOS E


POENIS IN EADEM CONSTITUTIS DAS PENAS CONSTITUÍDAS PARA ELES
TITULUS I DE DELICTIS CONTRA FIDEM TÍTULO I - DOS DELITOS CONTRA A FÉ
ET ECCLESIAE UNITATEM E A UNIDADE DA IGREJA
Can. 1364 - § 1. Apostata a fide, haereticus Cân. 1364 - § 1. O apóstata, o herege ou o
vel schismaticus in excommunicationem cismático incorrem na excomunhão latae
latae sententiae incurrit, firmo praescripto sententiae, restando firmes prescrição do
can. 194, § 1, n. 2; praeterea poenis, de cân. 194, § 1°, n. 2; além disso, podem ser
quibus in can. 1336, §§ 2-4, puniri potest. punidos com as penas mencionadas no
cân. 1336, § 2-4.
§ 2. Si diuturna contumacia vel scandali § 2. Se o exigir a prolongada contumácia
gravitas id postulet, aliae poenae addi ou a gravidade do escândalo, podem ser
possunt, non excepta dimissione e statu acrescentadas outras penas, não excluída
clericali. a demissão do estado clerical.
Can. 1365 - Qui, praeter casum de quo in Cân. 1365 - Quem, fora do caso
can. 1364, § 1, doctrinam a Romano mencionado no cân. 1364, § 1, ensina uma
Pontifice vel a Concilio Oecumenico doutrina condenada pelo Romano Pontífice
damnatam docet vel doctrinam, de qua in ou por um Concílio Ecumênico, ou rejeita
can. 750, § 2, vel in can. 752, pertinaciter pertinazmente a doutrina prescrita no cân.
respuit, et ab Apostolica Sede vel ab 750, § 2, ou no cân. 752, e, admoestado
Ordinario admonitus non retractat, censura pela Sé Apostólica ou pelo Ordinário, não
puniatur et privatione officii; his se retrata, seja punido com uma censura e
sanctionibus aliae addi possunt de quibus a privação do ofício; a essas sanções
in can. 1336, §§ 2-4. podem ser acrescentadas outras
mencionadas no cân. 1336, § 2-4.

Can. 1366 - Qui contra Romani Pontificis Cân. 1366 - Quem contra um ato do
actum ad Concilium Oecumenicum vel ad Romano Pontífice recorre ao Concílio
Episcoporum collegium recurrit censura Ecumênico ou ao Colégio dos Bispos seja
puniatur. punido com uma censura.

Can. 1367 - Parentes vel parentum locum Cân. 1367 - Os genitores ou aqueles que
tenentes, qui liberos in religione acatholica fazem suas vezes, que levam os filhos
baptizandos vel educandos tradunt, para batizar ou educar em uma religião
censura aliave iusta poena puniantur. acatólica, sejam punidos com uma censura
ou com outra justa pena.

Can. 1368 - Qui in publico spectaculo vel Cân. 1368 - Quem em espetáculo ou em
concione, vel in scripto publice evulgato, reunião pública ou em escrito publicamente
vel aliter instrumentis communicationis divulgado, ou de outra forma se servindo
socialis utens, blasphemiam profert, aut dos meios de comunicação social, profere
bonos mores graviter laedit, aut in blasfêmia, ou ofende gravemente os bons
religionem vel Ecclesiam iniurias exprimit costumes, ou profere injúrias, ou incita ao
vel odium contemptumve excitat, iusta ódio ou ao desprezo contra a religião ou a
poena puniatur. Igreja, seja punido com uma justa pena.

Can. 1369 - Qui rem sacram, mobilem vel Cân. 1369 - Quem profanar uma coisa
immobilem, profanat iusta poena puniatur. sagrada, móvel ou imóvel, deve ser punido
com uma pena justa.

TITULUS II DE DELICTIS CONTRA TÍTULO II - DOS DELITOS CONTRA AS


ECCLESIASTICAM AUCTORITATEM ET AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS E O
MUNERUM EXERCITIUM EXERCÍCIO DOS ENCARGOS
Can. 1370 - § 1. Qui vim physicam in Cân. 1370 - § 1. Quem usa de violência
Romanum Pontificem adhibet, in física contra o Romano Pontífice incorre na
excommunicationem latae sententiae Sedi excomunhão latae sententiae reservada à
Apostolicae reservatam incurrit, cui, si Sé Apostólica, à qual, se for clérigo, pode
clericus sit, alia poena, non exclusa acrescentar-se outra pena segundo a
dimissione e statu clericali, pro delicti gravidade do delito, não excluída a
gravitate addi potest. demissão do estado clerical.
§ 2. Qui id agit in eum qui episcopali § 2. Quem fizer o mesmo contra um Bispo,
charactere pollet, in interdictum latae incorre em interdito latae sententiae e, se
sententiae et, si sit clericus, etiam in for clérigo, também na suspensão latae
suspensionem latae sententiae incurrit. sententiae.
§ 3. Qui vim physicam in clericum vel § 3. Quem usa de violência física contra
religiosum vel alium christifidelem adhibet um clérigo ou religioso, ou contra outro fiel,
in fidei vel Ecclesiae vel ecclesiasticae por desprezo da fé, da Igreja, do poder
potestatis vel ministerii contemptum, iusta eclesiástico ou do ministério, seja punido
poena puniatur. com uma justa pena.

Can. 1371 - § 1. Qui Sedi Apostolicae, Cân. 1371 - § 1. Quem não obedece à Sé
Ordinario vel Superiori legitime praecipienti Apostólica, ao Ordinário ou ao Superior
vel prohibenti non obtemperat, et post que legitimamente o comanda ou o proíbe,
monitionem in inoboedientia persistit, pro e depois da admoestação persiste na sua
casus gravitate puniatur censura vel desobediência, seja punido, de acordo com
privatione officii vel aliis poenis de quibus in a gravidade do caso com uma censura ou
can. 1336, §§ 2-4. a privação do ofício, ou outras penas das
mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 2. Qui obligationes sibi ex poena § 2. Quem viola as obrigações impostas
impositas violat, poenis de quibus in por uma pena seja punido com as penas
can. 1336, §§ 2-4, puniatur. mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 3. Si quis, asserens vel promittens aliquid § 3. Se alguém, afirmando ou prometendo
coram ecclesiastica auctoritate, periurium algo diante da autoridade eclesiástica,
committit, iusta poena puniatur. comete perjúrio, seja punido com uma justa
pena.
§ 4. Qui obligationem secreti pontificii § 4. Quem viola a obrigação de conservar
servandi violat poenis de quibus in o segredo pontifício seja punido com penas
can. 1336, §§ 2-4, puniatur. mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 5. Qui non servaverit officium exsequendi § 5. Quem não observou o dever de
sententiam exsecutivam vel decretum cumprir uma sentença executiva, ou o
poenale exsecutivum iusta poena puniatur, decreto penal executivo, seja punido com
non exclusa censura. uma justa pena, não excluída uma
censura.
§ 6. Qui communicare neglegit notitiam de § 6. Quem omite a comunicação da notícia
delicto, cum ad id exsequendum lege de um delito, a que está obrigado por lei
canonica teneatur, puniatur ad normam canônica, seja punido conforme o cân.
can. 1336, §§ 2-4, adiunctis quoque aliis 1336, § 2-4, com o acréscimo de outras
poenis pro delicti gravitate. penas de acordo com a gravidade do
delito.

Can. 1372 - Puniantur ad normam Cân. 1372 - Sejam punidos de acordo com
can. 1336, §§ 2-4: o cân. 1336, § 2-4:
1° qui impediunt libertatem ministerii vel 1°. aqueles que impedem a liberdade
exercitium potestatis ecclesiasticae aut do ministério, ou o exercício do poder
legitimum rerum sacrarum vel bonorum eclesiástico, ou o uso legítimo das coisas
ecclesiasticorum usum, aut perterrent eum sagradas ou de outros bens eclesiásticos,
qui potestatem vel ministerium ou aterrorizam quem exerceu um poder ou
ecclesiasticum exercuit; um ministério eclesiástico;
2° qui impediunt libertatem electionis 2°. aqueles que impedem a liberdade
aut perterrent electorem vel electum. da eleição ou aterrorizam o eleitor ou o
eleito.
Can. 1373 - Qui publice simultates vel odia Cân. 1373 - Quem publicamente suscita
adversus Sedem Apostolicam vel rivalidade e ódio contra a Sé Apostólica ou
Ordinarium excitat propter aliquem officii o Ordinário por um ato de ofício ou de
vel muneris ecclesiastici actum, aut ad função eclesiástica, ou incita a desobedecê-
inoboedientiam in eos provocat, interdicto los, seja punido com o interdito ou outras
vel aliis iustis poenis puniatur. justas penas.

Can. 1374 - Qui nomen dat consociationi, Cân. 1374 - Quem se inscreve em alguma
quae contra Ecclesiam machinatur, iusta associação que maquina contra a Igreja
poena puniatur; qui autem eiusmodi seja punido com justa pena; e quem
consociationem promovet vel moderatur, promove ou dirige uma dessas
interdicto puniatur. associações seja punido com interdito.

Can. 1375 - § 1. Quicumque officium Cân. 1375 - § 1. Quem usurpa um ofício


ecclesiasticum usurpat, iusta poena eclesiástico seja punido com uma justa
puniatur. pena.
§ 2. Usurpationi aequiparatur illegitima, § 2. É equiparado à usurpação o conservar
post privationem vel cessationem a ilegitimamente o encargo, após a privação
munere, eiusdem retentio. ou cessação.

Can. 1376 - § 1. Poenis de quibus in Cân. 1376 - § 1. Seja punido com as penas
can. 1336, §§ 2-4, puniatur, firma damnum mencionadas no cân. 1336, § 2-4, restando
reparandi obligatione: firme a obrigação de reparar o dano:
1° qui bona ecclesiastica subtrahit vel 1°. quem subtrai bens eclesiásticos ou
impedit ne eorundem fructus percipiantur; impede que seus frutos sejam percebidos;
2° qui sine praescripta consultatione, 2°. quem, sem a consulta prescrita,
consensu vel licentia aut sine alio requisito consenso ou licença, ou sem outro
iure ad validitatem vel ad liceitatem requisito imposto pelo direito para a
imposito bona ecclesiastica alienat vel in validade ou a liceidade, aliena bens
ea actus administrationis exsequitur. eclesiásticos ou executa sobre esses um
ato de administração.
§ 2. Iusta poena puniatur, non exclusa § 2. Seja punido com justa pena, não
officii privatione, firma damnum reparandi excluída a privação do ofício, restando
obligatione: firme a obrigação de reparar o dano:
1° qui delictum de quo in § 1, n. 2, ex 1°. quem, por própria culpa grave,
sua gravi culpa committit; comete o delito referido no § 1, n. 2;
2° qui aliter graviter neglegens in bonis 2°. quem, de outra forma, é
ecclesiasticis administrandis repertus fuerit. reconhecido gravemente negligente na
administração dos bens eclesiásticos.

Can. 1377 - § 1. Qui quidvis donat vel Cân. 1377 - § 1. Quem doa ou promete
pollicetur ut aliquis officium vel munus in alguma coisa para obter uma ação ou uma
Ecclesia exercens, illegitime quid agat vel omissão ilegal de quem exerce um ofício
omittat, iusta poena puniatur ad normam ou um encargo na Igreja seja punido com
can. 1336, §§ 2-4; item qui ea dona vel uma justa pena de acordo com cân. 1336,
pollicitationes acceptat pro delicti gravitate § 2-4; do mesmo modo, quem aceita os
puniatur, non exclusa officii privatione, dons ou as promessas seja punido
firma damnum reparandi obligatione. proporcionalmente de acordo com a
gravidade do delito, não excluída a
privação do ofício, restando firme a
obrigação de reparar o dano.
§ 2. Qui in officio vel munere exercendo § 2. Quem, no exercício de um ofício ou de
stipem ultra definitam aut summas um encargo, requer uma oferta maior do
adiunctivas aut aliquid in sui utilitatem que as somas estabelecidas ou quantias
requirit, congruenti mulcta pecuniaria vel adicionais, ou algo para seu próprio
aliis poenis, non exclusa officii privatione, benefício, seja punido com multa
puniatur, firma damnum reparandi pecuniária adequada ou com outras penas,
obligatione. não excluída a privação do ofício, restando
firme a obrigação de reparar o dano.

Can. 1378 - § 1. Qui, praeter casus iure Cân. 1378 - § 1. Quem, além dos casos já
iam praevisos, ecclesiastica potestate, previstos pelo direito, abusa do poder
officio vel munere abutitur, pro actus vel eclesiástico, do ofício ou do encargo, seja
omissionis gravitate puniatur, non exclusa punido de acordo com a gravidade do ato
eorundem privatione, firma damnum ou da omissão, não excluída a privação do
reparandi obligatione. ofício ou do encargo, restando firme a
obrigação de reparar o dano.
§ 2. Qui vero, ex culpabili neglegentia, § 2. Quem, por negligência culposa,
ecclesiasticae potestatis vel officii vel executa ou omite ilegitimamente, com
muneris actum illegitime cum damno alieno prejuízo a terceiros ou escândalo, um ato
vel scandalo ponit vel omittit, iusta poena de poder eclesiástico, de ofício ou de
puniatur ad normam can. 1336, §§ 2-4, encargo, seja punido com justa pena de
firma damnum reparandi obligatione. acordo com o cân. 1336, § 2-4, restando
firme a obrigação de reparar o dano.

TITULUS III DE DELICTIS CONTRA TÍTULO III - DOS DELITOS CONTRA OS


SACRAMENTA SACRAMENTOS
Can. 1379 - § 1. In poenam latae Cân. 1379 - § 1. Incorre na pena latae
sententiae interdicti vel, si clericus sit, sententiae de interdito ou, se for clérigo, de
etiam suspensionis incurrit: suspensão:
1° qui ad ordinem sacerdotalem non 1°. quem, não tendo sido promovido à
promotus liturgicam eucharistici Sacrificii Ordem sacerdotal, atenta realizar a ação
actionem attentat; litúrgica do Sacrifício eucarístico;
2° qui, praeter casum de quo in 2°. quem, fora do caso referido no cân.
can. 1384, cum sacramentalem 1384, não podendo dar validamente a
absolutionem dare valide nequeat, eam absolvição sacramental, atenta dá-la ou
impertire attentat, vel sacramentalem escuta a confissão sacramental.
confessionem audit.
§ 2. In casibus de quibus in § 1, pro delicti § 2. Nos casos referidos no § 1, conforme
gravitate, aliae poenae, non exclusa a gravidade do delito, podem ser
excommunicatione, addi possunt. acrescentadas outras penas, não excluída
a excomunhão.
§ 3. Tum qui sacrum ordinem mulieri § 3. Seja aquele que atentou conferir a
conferre attentaverit, tum mulier quae ordem sagrada à mulher, como a uma
sacrum ordinem recipere attentaverit, in mulher que atentou receber a ordem
excommunicationem latae sententiae Sedi sagrada, incorre na excomunhão latae
Apostolicae reservatam incurrit; clericus sententiae reservada à Sé Apostólica; além
praeterea dimissione e statu clericali puniri disso, o clérigo pode ser punido com a
potest. demissão do estado clerical.
§ 4. Qui deliberate sacramentum § 4. Quem deliberadamente administra um
administrat illis qui recipere prohibentur, sacramento àquele que está proibido de
puniatur suspensione, cui aliae poenae ex recebê-lo seja punido com a suspensão, a
can. 1336, §§ 2-4, addi possunt. qual podem ser acrescentadas outras
penas mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 5. Qui, praeter casus de quibus in §§ 1-4 § 5. Quem, além dos casos mencionados
et in can. 1384, sacramentum se nos § 1-4 e no cân. 1384, simula a
administrare simulat, iusta poena puniatur. administração de um sacramento seja
punido com justa pena.

Can. 1380 - Qui per simoniam Cân. 1380 - Quem por simonia celebra ou
sacramentum celebrat vel recipit, interdicto recebe um sacramento seja punido com a
vel suspensione vel poenis de quibus in interdição ou a suspensão, ou com as
can. 1336, §§ 2-4, puniatur. penas mencionadas no cân. 1336, § 2-4.

Can. 1381 - Reus vetitae communicationis Cân. 1381 - O réu de communicatio in


in sacris iusta poena puniatur. sacris proibida seja punido com uma justa
pena.

Can. 1382 - § 1. Qui species consecratas Cân. 1382 - § 1. Quem profana as


abicit aut in sacrilegum finem abducit vel espécies consagradas, ou as carrega ou as
retinet, in excommunicationem latae conserva para fim sacrílego, incorre na
sententiae Sedi Apostolicae reservatam excomunhão latae sententiae reservada à
incurrit; clericus praeterea alia poena, non Sé Apostólica; o clérigo também pode ser
exclusa dimissione e statu clericali, puniri punido com outra pena, não excluída a
potest. demissão do estado clerical.
§ 2. Reus consecrationis in sacrilegum § 2. O réu de consagração com fim
finem unius materiae vel utriusque in sacrílego de uma só matéria ou de ambas
eucharistica celebratione aut extra eam pro na celebração eucarística, ou fora dela,
gravitate delicti puniatur non exclusa seja punido proporcionalmente de acordo
dimissione e statu clericali. com a gravidade do delito, não excluída a
demissão do estado clerical.

Can. 1383 - Qui quaestum illegitime facit Cân. 1383 - Quem obtém ilegitimamente
ex Missae stipe, censura vel poenis de lucro com o estipêndio da Missa seja
quibus in can. 1336, §§ 2-4, puniatur. punido com uma censura ou outras penas
mencionadas no cân. 1336, § 2-4.

Can. 1384 - Sacerdos qui contra Cân. 1384 - O sacerdote que age contra a
praescriptum can. 977 agit, in prescrição do cân. 977 incorre em
excommunicationem latae sententiae Sedi excomunhão latae sententiae reservada à
Apostolicae reservatam incurrit. Sé Apostólica.

Can. 1385 - Sacerdos, qui in actu vel Cân. 1385 - O sacerdote que, no ato ou
occasione vel praetextu confessionis por ocasião ou a pretexto de confissão,
paenitentem ad peccatum contra sextum solicita o penitente a pecado contra o sexto
Decalogi praeceptum sollicitat, pro delicti mandamento do Decálogo seja punido,
gravitate, suspensione, prohibitionibus, segundo a gravidade do delito, com
privationibus puniatur, et in casibus suspensão, proibições ou privações e, nos
gravioribus dimittatur e statu clericali. casos mais graves, seja demitido do
estado clerical.

Can. 1386 - § 1. Confessarius, qui Cân. 1386 - § 1. O confessor que violar


sacramentale sigillum directe violat, in diretamente o sigilo sacramental incorre
excommunicationem latae sententiae Sedi em excomunhão latae sententiae,
Apostolicae reservatam incurrit; qui vero reservada à Sé Apostólica; o que o violar
indirecte tantum, pro delicti gravitate apenas indiretamente seja punido segundo
puniatur. a gravidade do delito.
§ 2. Interpres aliique, de quibus in § 2. O intérprete e os outros referidos no
can. 983, § 2, qui secretum violant, iusta cân. 983, § 2, que violam o segredo, sejam
poena puniantur, non exclusa punidos com justa pena, não excluída a
excommunicatione. excomunhão.
§ 3. Firmis praescriptis §§ 1 et 2, § 3. Restando firme o disposto nos § 1 e 2,
quicumque quovis technico instrumento quem com qualquer meio técnico registra
captat aut in communicationis socialis ou divulga com malícia, por meio dos
mediis malitiose evulgat quae in meios de comunicação social, as coisas
sacramentali confessione, vera vel ficta, a ditas pelo confessor ou pelo penitente na
confessario vel a paenitente dicuntur, pro confissão sacramental, verdadeira ou
gravitate delicti puniatur, non exclusa, si de simulada, seja punido de acordo com a
clerico agatur, dimissione e statu clericali. gravidade do crime, não excluída, se for
um clérigo, a demissão do estado clerical.

Can. 1387 - Episcopus qui sine pontificio Cân. 1387 - O Bispo que sem mandato
mandato aliquem consecrat in Episcopum, pontifício consagra algum Bispo e aquele
itemque qui ab eo consecrationem recipit, que recebe dele a consagração incorrem
in excommunicationem latae sententiae na excomunhão latae sententiae reservada
Sedi Apostolicae reservatam incurrunt. à Sé Apostólica.

Can. 1388 - § 1. Episcopus qui, contra Cân. 1388 - § 1. O Bispo que, contra a
praescriptum can. 1015, alienum subditum disposição do cân. 1015, tenha ordenado
sine legitimis litteris dimissoriis ordinavit, um súdito de outros sem as legítimas
prohibetur per annum ordinem conferre. cartas dimissórias incorre na proibição de
Qui vero ordinationem recepit, est ipso ordenar por um ano. Quem recebeu a
facto a recepto ordine suspensus. ordenação está ipso facto suspenso da
ordem recebida.
§ 2. Qui ad sacros ordines accedit § 2. Quem acede às ordens sagradas
innodatus quadam censura vel atingido por alguma censura ou
irregularitate, voluntarie reticita, praeter id irregularidade voluntariamente ocultada,
quod statuitur in can. 1044, § 2, n. 1, est além do que está estabelecido pelo cân.
ipso facto a recepto ordine suspensus. 1044, § 2, n. 1, está ipso facto suspenso da
ordem recebida.

Can. 1389 - Qui, praeter casus, de quibus Cân. 1389 - Quem, além dos casos
in cann. 1379-1388, sacerdotale munus vel mencionados nos cân. 1379-1388, exerce
aliud sacrum ministerium illegitime ilegitimamente uma função sacerdotal ou
exsequitur, iusta poena puniatur, non outro ministério sagrado seja punido com
exclusa censura. justa pena, não excluída uma censura.
TITULUS IV DE DELICTIS CONTRA TÍTULO IV - DOS DELITOS CONTRA A
BONAM FAMAM ET DE DELICTO FALSI BOA FAMA E DO DELITO DE FALSIDADE
Can. 1390 - § 1. Qui confessarium de Cân. 1390 - § 1. Quem falsamente
delicto, de quo in can. 1385, apud denuncia ao Superior eclesiástico um
ecclesiasticum Superiorem falso denuntiat, confessor pelo delito mencionado no cân.
in interdictum latae sententiae incurrit et, si 1385 incorre no interdito latae sententiae;
clericus sit, etiam in suspensionem. e, se for clérigo, também na suspensão.
§ 2. Qui aliam ecclesiastico Superiori § 2. Quem apresenta ao Superior
calumniosam praebet delicti eclesiástico uma outra denúncia caluniosa
denuntiationem, vel aliter alterius bonam por um delito, ou fere ilegitimamente de
famam illegitime laedit, iusta poena outro modo a boa fama de alguém, seja
puniatur ad normam can. 1336, §§ 2-4, cui punido com uma justa pena de acordo com
praeterea censura addi potest. cân. 1336, § 2-4, à qual ainda pode ser
acrescentada uma censura.
§ 3. Calumniator cogi debet etiam ad § 3. O caluniador deve também ser
congruam satisfactionem praestandam. obrigado a dar uma adequada satisfação.

Can. 1391 - Poenis de quibus in can. 1336, Cân. 1391 - Pode ser punido com justa
§§ 2-4, pro delicti gravitate puniatur: pena em conformidade com a gravidade do
delito:
1° qui ecclesiasticum documentum 1°. quem fabricar um documento
publicum falsum conficit, vel verum mutat, eclesiástico público falso, viciar, destruir ou
destruit, occultat, vel falso vel mutato utitur; ocultar um documento verdadeiro, ou ainda
utilizar um documento falso ou viciado;
2° qui alio falso vel mutato documento 2°. quem utilizar em assunto
utitur in re ecclesiastica; eclesiástico outro documento falso ou
viciado;
3° qui in publico ecclesiastico 3°. quem afirmar alguma falsidade em
documento falsum asserit. documento eclesiástico público.

TITULUS V DE DELICTIS CONTRA TÍTULO V - DOS DELITOS CONTRA


SPECIALES OBLIGATIONES OBRIGAÇÕES ESPECIAIS
Can. 1392 - Clericus qui sacrum Cân. 1392 - O clérigo que abandona
ministerium voluntarie et illegitime relinquit, voluntariamente e ilegitimamente o
per sex menses continuos, cum animo ministério sagrado por seis meses
sese subducendi a competenti Ecclesiae contínuos, com a intenção de subtrair-se à
auctoritate, pro delicti gravitate, autoridade competente da Igreja, seja
suspensione vel etiam poenis in can. 1336, punido proporcionalmente de acordo com a
§§ 2-4, statutis puniatur, et in casibus gravidade do delito, com a suspensão ou
gravioribus dimitti potest e statu clericali. também com as penas mencionadas no
cân. 1336, § 2-4, e, nos casos mais graves,
pode ser demitido do estado clerical.

Can. 1393 - § 1. Clericus vel religiosus Cân. 1393 - § 1. O clérigo ou o religioso


mercaturam vel negotiationem contra que exerce o comércio ou negócios contra
canonum praescripta exercens pro delicti as prescrições dos cânones seja punido de
gravitate puniatur poenis de quibus in acordo com a gravidade do delito com as
can. 1336, §§ 2-4. penas mencionadas no cân. 1336, § 2-4.
§ 2. Clericus vel religiosus qui, praeter § 2. O clérigo ou o religioso que, além dos
casus iure iam praevisos, in re oeconomica casos já previstos pelo direito, comete um
delictum committit, vel graviter violat delito de matéria econômica, ou viola
praescriptiones, quae in can. 285, § 4, gravemente as prescrições contidas no
recensentur, poenis de quibus in cân. 285, § 4, seja punido com as penas
can. 1336, §§ 2-4, puniatur, firma damnum mencionadas no cân. 1336, § 2-4, restando
reparandi obligatione. firme a obrigação de reparar o dano.

Can. 1394 - § 1. Clericus matrimonium, Cân. 1394 - § 1. O clérigo que tenta o


etiam civiliter tantum, attentans, in matrimônio, mesmo só civilmente, incorre
suspensionem latae sententiae incurrit, na suspensão latae sententiae, restando
firmis praescriptis cann. 194, § 1, n. 3, et firme o prescrito no cân. 194, § 1, n. 3, e
694, § 1, n. 2; quod si monitus non 694, § 1, n. 2; e, se admoestado, não se
resipuerit vel scandalum dare perrexerit, emendar ou continuar a dar escândalo,
gradatim privationibus vel etiam dimissione deve ser gradualmente punido com
e statu clericali puniri debet. privações ou até com a demissão do
estado clerical.
§ 2. Religiosus a votis perpetuis, qui non sit § 2. O religioso de votos perpétuos, não
clericus, matrimonium etiam civiliter tantum clérigo, que tenta matrimônio, mesmo só
attentans, in interdictum latae sententiae civilmente, incorre em interdito latae
incurrit, firmo praescripto can. 694, § 1, sententiae, restando firme o prescrito no
n. 2. cân. 694, § 1, n. 2.

Can. 1395 - § 1. Clericus concubinarius, Cân. 1395 - § 1. O clérigo concubinário,


praeter casum de quo in can. 1394, et exceto o caso referido no cân. 1394, e o
clericus in alio peccato externo contra clérigo que com escândalo permanece em
sextum Decalogi praeceptum cum um outro pecado externo contra o sexto
scandalo permanens, suspensione mandamento do Decálogo, sejam punidos
puniantur, cui, persistente post monitionem com a suspensão, à qual podem ser
delicto, aliae poenae gradatim addi possunt acrescentadas gradualmente outras penas,
usque ad dimissionem e statu clericali. se persiste o delito depois da
admoestação, até a demissão do estado
clerical.
§ 2. Clericus qui aliter contra sextum § 2. O clérigo que tenha cometido outros
Decalogi praeceptum deliquerit, si quidem delitos contra o sexto mandamento do
delictum publice patratum sit, iustis poenis Decálogo, se de fato o delito foi cometido
puniatur, non exclusa, si casus ferat, publicamente, seja punido com justas
dimissione e statu clericali. penas, não excluída, se for o caso, a
demissão do estado clerical.
§ 3. Eadem poena de qua in § 2 puniatur § 3. Com a mesma pena prescrita no § 2,
clericus qui vi, minis vel abusu suae seja punido o clérigo que, com violência,
auctoritatis delictum committit contra ameaças ou abuso de sua autoridade,
sextum Decalogi praeceptum aut aliquem comete um delito contra o sexto
cogit ad actus sexuales exsequendos vel mandamento do Decálogo, ou obriga
subeundos. alguém a realizar ou sofrer atos sexuais.

Can. 1396 - Qui graviter violat residentiae Cân. 1396 - Quem viola gravamente a
obligationem cui ratione ecclesiastici officii obrigação de residência que lhe incumbe
tenetur, iusta poena puniatur, non exclusa, em razão de ofício eclesiástico seja punido
post monitionem, officii privatione. com justa pena, não excluída, após
advertência, a privação do ofício.

TITULUS VI DE DELICTIS CONTRA TÍTULO VI - DOS DELITOS CONTRA A


HOMINIS VITAM, DIGNITATEM ET VIDA, A DIGNIDADE E A LIBERDADE DO
LIBERTATEM HOMEM
Can. 1397 - § 1. Qui homicidium patrat, vel Cân. 1397 - § 1. Quem perpetrar um
hominem vi aut fraude rapit vel detinet vel homicídio, raptar ou detiver com violência
mutilat vel graviter vulnerat, poenis, de ou fraude uma pessoa, ou mutilar ou ferir
quibus in can. 1336, §§ 2-4, pro delicti gravemente, seja punido segundo a
gravitate puniatur; homicidium autem in gravidade do delito com as penas referidas
personas de quibus in can. 1370, poenis ibi no cân. 1336, § 2-4; o homicídio contra as
et etiam in § 3 huius canonis statutis pessoas referidas no cân. 1370 é punido
punitur. com as penas ali estabelecidas e no § 3
deste cânon.
§ 2. Qui abortum procurat, effectu secuto, § 2. Quem procurar o aborto, seguindo-se
in excommunicationem latae sententiae o efeito, incorre em excomunhão latae
incurrit. sententiae.
§ 3. Si de delictis agatur de quibus in hoc § 3. Tratando-se dos delitos estabelecidos
canone, in casibus gravioribus clericus reus neste cânon, nos casos mais graves, o
dimittatur e statu clericali. clérigo réu seja demitido do estado clerical.

Can. 1398 - § 1. Privatione officii et aliis Cân. 1398 - § 1. Seja punido com a
iustis poenis, non exclusa dimissione e privação de ofício e com outras penas
statu clericali, si casus id secumferat, justas, não excluída, se for o caso, a
puniatur clericus: demissão do estado clerical, o clérigo:
1° qui delictum committit contra sextum 1°. que comete um delito contra o sexto
Decalogi praeceptum cum minore vel cum mandamento do Decálogo com um menor,
persona quae habitualiter usum ou com uma pessoa que habitualmente
imperfectum rationis habet vel cui ius tem um uso imperfeito da razão, ou com
parem tutelam agnoscit; quem o direito reconhece igual tutela;
2° qui sibi devincit aut inducit minorem 2°. que recruta ou induz um menor, ou
aut personam quae habitualiter usum uma pessoa que habitualmente tem um
imperfectum rationis habet aut eam cui ius uso imperfeito da razão, ou uma à qual o
parem tutelam agnoscit, ut pornographice direito reconhece igual tutela, para se
sese ostendat vel exhibitiones mostrar pornograficamente ou para
pornographicas, sive veras sive simulatas, participar de exibições pornográficas reais
participet; ou simuladas;
3° qui contra bonos mores sibi 3°. que imoralmente adquire, conserva,
comparat, detinet, exhibet vel divulgat, exibe ou divulga, de qualquer forma e com
quovis modo et quolibet instrumento, qualquer instrumento, imagens
imagines pornographicas minorum vel pornográficas de menores ou pessoas que
personarum quae habitualiter usum habitualmente têm um uso imperfeito da
imperfectum rationis habent. razão.
§ 2. Sodalis instituti vitae consecratae vel § 2. O membro de um Instituto de Vida
societatis vitae apostolicae, et fidelis Consagrada ou de uma Sociedade de Vida
quilibet aliqua dignitate gaudens aut officio Apostólica, e qualquer fiel que goza de
vel functione in Ecclesia fungens, si uma dignidade ou exerce um encargo ou
delictum committat de quo in § 1 vel in uma função na Igreja, se comete o delito
can. 1395, § 3, puniatur ad normam de que trata o § 1 ou o cân. 1395, § 3, seja
can. 1336, §§ 2-4, adiunctis quoque aliis punido de acordo com cân. 1336, § 2-4,
poenis pro delicti gravitate. com a adição de outras penas segundo a
gravidade do delito.

TITULUS VII NORMA GENERALIS TÍTULO VII NORMA GERAL


Can. 1399 - Praeter casus hac vel aliis Cân. 1399 - Além dos casos estabelecidos
legibus statutos, divinae vel canonicae por esta ou por outras leis, a violação
legis externa violatio tunc tantum potest externa de uma lei divina ou canônica só
iusta quidem poena puniri, cum specialis pode ser punida com justa pena, quando a
violationis gravitas punitionem postulat, et gravidade especial da transgressão exige a
necessitas urget scandala praeveniendi vel punição e urge a necessidade de prevenir
reparandi. ou reparar escândalos.

LIBER VII. DE PROCESSIBUS LIVRO VII DOS PROCESSOS


PARS I. DE IUDICIIS IN GENERE I PARTE DOS JUÍZOS EM GERAL
Can. 1400 - § 1. Obiectum iudicii sunt: Cân. 1400 - § 1. São objeto de juízo:
1° personarum physicarum vel 1° - direitos de pessoas físicas ou
iuridicarum iura persequenda aut Jurídicas a serem defendidos ou
vindicanda, vel facta iuridica declaranda; reivindicados e fatos jurídicos a serem
declarados;
2° delicta, quod spectat ad poenam 2° - delitos, no que se refere à
irrogandam vel declarandam. imposição ou declaração da Pena.
§ 2. Attamen controversiae ortae ex actu § 2. Todavia, controvérsias originadas de
potestatis administrativae deferri possunt atos do poder administrativo podem ser
solummodo ad Superiorem vel ad tribunal apresentadas somente ao Superior ou ao
administrativum. tribunal administrativo.

Can. 1401 - Ecclesia iure proprio et Cân. 1401 - Pelo seu poder próprio e
exclusivo cognoscit: exclusivo, a Igreja conhece:
1° de causis quae respiciunt res 1° - das causas relativas às coisas
spirituales et spiritualibus adnexas; espirituais e das causas com elas conexas;
2° de violatione legum ecclesiasticarum 2° - da violação das leis eclesiásticas e
deque omnibus in quibus inest ratio dos atos caraterizados como pecado, no
peccati, quod attinet ad culpae definitionem que se refere à determinação da culpa e à
et poenarum ecclesiasticarum imposição de penas eclesiásticas.
irrogationem.

Can. 1402 - Omnia Ecclesiae tribunalia Cân. 1402 - Todos os tribunais da Igreja se
reguntur canonibus qui sequuntur, salvis regem pelos cânones que seguem, salvas
normis tribunalium Apostolicae Sedis. as normas dos Tribunais da Sé Apostólica.

Can. 1403 - § 1. Causae canonizationis Cân. 1403 - § 1. As causas de


Servorum Dei reguntur peculiari lege canonização dos Servos de Deus regem-
pontificia. se por lei pontifícia especial.
§ 2. Iisdem causis applicantur praeterea § 2. Além disso, a essas causas aplicam-
praescripta huius Codicis, quoties in eadem se as prescrições deste Código, sempre
lege ad ius universale remissio fit vel de que nessa lei se faz remissão ao direito
normis agitur quae, ex ipsa rei natura, universal ou se trata de normas que, pela
easdem quoque causas afficiunt. própria natureza da coisa, afetam essas
causas.

TITULUS I. DE FORO COMPETENTI TÍTULO I DO FORO COMPETENTE


Can. 1404 - Prima Sedes a nemine Cân. 1404 - A Sé Primeira não é julgada
iudicatur. por ninguém.

Can. 1405 - § 1. Ipsius Romani Pontificis Cân. 1405 - § 1. É direito exclusivo do


dumtaxat ius est iudicandi in causis de próprio Romano Pontífice julgar nas causas
quibus in can. 1401: mencionadas no cân. 1401:
1° eos qui supremum tenent civitatis 1° - os que têm a suprema magistratura
magistratum; do Estado;
2° Patres Cardinales; 2° - os Padres Cardeais;
3° Legatos Sedis Apostolicae, et in 3° - os Legados da Sé Apostólica e,
causis poenalibus Episcopos; nas causas penais os Bispos;
4° alias causas quas ipse ad suum 4° - as outras causas que ele tiver
advocaverit iudicium. avocado a seu Juízo.
§ 2. Iudex de actu vel instrumento a § 2. O juiz não pode julgar um ato ou
Romano Pontifice in forma specifica documento confirmado em forma
confirmato videre non potest, nisi ipsius específica pelo Romano Pontífice, a não
praecesserit mandatum. ser com seu prévio mandato.
§ 3. Rotae Romanae reservatur iudicare: § 3. É reservado à Rota Romana julgar:
1° Episcopos in contentiosis, firmo 1°- os Bispos nas causas contenciosas,
praescripto can. 1419, § 2; salva aprescrição do cân. 1419 § 2;
2° Abbatem primatem, vel Abbatem 2°- o Abade primaz ou o Abade
superiorem congregationis monasticae, et superior de congregação monástica e o
supremum Moderatorem institutorum Moderador supremo de institutos religiosos
religiosorum iuris pontificii; de direito pontifício;
3° dioeceses aliasve personas 3°- as dioceses e outras pessoas
ecclesiasticas, sive physicas sive iuridicas, eclesiásticas, físicas ou jurídicas, que não
quae Superiorem infra Romanum tem Superior abaixo do Romano Pontífice.
Pontificem non habent.

Can. 1406 - § 1. Violato praescripto Cân. 1406 - § 1. Violando-se a prescrição


can. 1404, acta et decisiones pro infectis do cân. 1404, os atos e decisões
habentur. consideram-se inexistentes.
§ 2. In causis, de quibus in can. 1405, § 2. Nas causas mencionadas no cân.
aliorum iudicum incompetentia est 1405, a incompetência de outros juízes é
absoluta. absoluta.

Can. 1407 - § 1. Nemo in prima instantia Cân. 1407 - § 1. Ninguém pode ser
conveniri potest, nisi coram iudice demandado em primeira instância, a não
ecclesiastico qui competens sit ob unum ex ser diante do juiz eclesiástico competente
titulis qui in cann. 1408-1414 por um dos títulos determinados nos cân.
determinantur. 1408-1414.
§ 2. Incompetentia iudicis, cui nullus ex his § 2. A incompetência do juiz, que não tem
titulis suffragatur, dicitur relativa. nenhum desses títulos, se denomina
relativa.
§ 3. Actor sequitur forum partis conventae; § 3. O autor segue o foro da parte
quod si pars conventa multiplex forum demandada; se a parte demandada tem
habet, optio fori actori conceditur. vários foros, concede-se ao autor a
escolha do foro.

Can. 1408 - Quilibet conveniri potest coram Cân. 1408 - Todos podem ser
tribunali domicilii vel quasi-domicilii. demandados diante do tribunal do domicílio
ou quase-domicílio.

Can. 1409 - § 1. Vagus forum habet in loco Cân. 1409 - § 1. O vagante tem o foro
ubi actu commoratur. próprio no lugar onde se encontra na
ocasião.
§ 2. Is, cuius neque domicilium aut quasi- § 2. Aquele, cujo domicílio ou quase-
domicilium neque locus commorationis domicílio ou lugar de residência não é
nota sint, conveniri potest in foro actoris, conhecido, pode ser demandado no foro do
dummodo aliud forum legitimum non autor, contanto que não haja outro foro
suppetat. legítimo.

Can. 1410 - Ratione rei sitae, pars Cân. 1410 - Em razão de situação da
conveniri potest coram tribunali loci, ubi res coisa, a parte pode ser demandada diante
litigiosa sita est, quoties actio in rem directa do tribunal do lugar onde está situada a
sit, aut de spolio agatur. coisa em litígio, sempre que a ação visar
diretamente à coisa ou se tratar de
espoliação.

Can. 1411 - § 1. Ratione contractus pars Cân. 1411 - § 1. Em razão de contrato, a


conveniri potest coram tribunali loci in quo parte pode ser demandada diante do
contractus initus est vel adimpleri debet, tribunal do lugar onde foi feito o contrato ou
nisi partes concorditer aliud tribunal onde deve ser cumprido, a não ser que as
elegerint. partes tenham escolhido outro tribunal de
comum acordo.
§ 2. Si causa versetur circa obligationes § 2. Se a causa versar sobre obrigações
quae ex alio titulo proveniant, pars provenientes de outro título, a parte pode
conveniri potest coram tribunali loci, in quo ser demandada diante do tribunal do lugar
obligatio vel orta est vel est adimplenda. onde se originou ou deve ser cumprida a
obrigação.

Can. 1412 - In causis poenalibus Cân. 1412 - Nas causas penais, o


accusatus, licet absens, conveniri potest acusado, mesmo ausente, pode ser
coram tribunali loci, in quo delictum demandado diante do tribunal do lugar
patratum est. onde foi praticado o delito.

Can. 1413 - Pars conveniri potest: Cân. 1413 - A parte pode ser demandada:
1° in causis quae circa 1° - nas causas que versam sobre
administrationem versantur, coram tribunali administração, diante do tribunal do lugar
loci ubi administratio gesta est; onde foi feita a administração;
2° in causis quae respiciunt hereditates 2° - nas causas referentes a heranças
vel legata pia, coram tribunali ultimi ou legados Pios, diante do tribunal do
domicilii vel quasi-domicilii vel último domicílio ou quase-domicílio ou da
commorationis, ad normam cann. residência, conforme os cânn. 1408-1409,
1408-1409, illius de cuius hereditate vel daquele de cuja herança ou legado pio se
legato pio agitur, nisi agatur de mera trata; a não ser que se trate de mera
exsecutione legati, quae videnda est execução do legado; essa deve ser julgada
secundum ordinarias competentiae de acordo com as normas ordinárias de
normas. competência.

Can. 1414 - Ratione conexionis, ab uno Cân. 1414 - Em razão de conexão, as


eodemque tribunali et in eodem processu causas conexas entre si devem ser
cognoscendae sunt causae inter se julgadas por um único e mesmo tribunal,
conexae, nisi legis praescriptum obstet. salvo determinação contrária da Lei.

Can. 1415 - Ratione praeventionis, si duo Cân. 1415 - Em razão de prevenção, se


vel plura tribunalia aeque competentia sunt, dois ou mais tribunais são igualmente
ei ius est causam cognoscendi, quod prius competentes, tem o direito de conhecer da
partem conventam legitime citaverit. causa aquele que primeiro tiver citado
legitimamente a parte demandada.

Can. 1416 - Conflictus competentiae inter Cân. 1416 - Os conflitos de competência


tribunalia eidem tribunali appellationis entre tribunais sujeitos a um mesmo
subiecta, ab hoc tribunali solvuntur; a tribunal de apelação são resolvidos por
Signatura Apostolica, si eidem tribunali este tribunal; pela Assinatura Apostólica,
appellationis non subsunt. se não estiverem sujeitos ao mesmo
tribunal de apelação.

TITULUS II. DE VARIIS TRIBUNALIUM TÍTULO II DOS VÁRIOS GRAUS E


GRADIBUS ET SPECIEBUS ESPÉCIES DE TRIBUNAIS
Can. 1417 - § 1. Ob primatum Romani Cân. 1417 - § 1. Em razão do primado do
Pontificis integrum est cuilibet fideli causam Romano Pontífice, é facultado a qualquer
suam sive contentiosam sive poenalem, in fiel recorrer à Santa Sé ou introduzir
quovis iudicii gradu et in quovis litis statu, perante ela, para julgamento, sua causa
cognoscendam ad Sanctam Sedem deferre contenciosa ou penal, em qualquer grau do
vel apud eandem introducere. juízo e em qualquer estado da lide.
§ 2. Provocatio tamen ad Sedem § 2. O recurso à Sé Apostólica, porém,
Apostolicam interposita non suspendit, salvo caso de apelação, não suspende o
praeter casum appellationis, exercitium exercício da jurisdição no Juiz que já
iurisdictionis in iudice qui causam iam começou a conhecer da causa; portanto,
cognoscere coepit; quique idcirco poterit este poderá prosseguir o juízo até a
iudicium prosequi usque ad definitivam sentença definitiva, a não ser que a Sé
sententiam, nisi Sedes Apostolica iudici Apostólica lhe tenha comunicado que
significaverit se causam advocasse. avocou a si a causa.

Can. 1418 - Quodlibet tribunal ius habet in Cân. 1418 - Qualquer tribunal tem o direito
auxilium vocandi aliud tribunal ad causam de solicitar a ajuda de outro tribunal para a
instruendam vel ad actus intimandos. instrução da causa ou para a intimação de
atos.

CAPUT I. DE TRIBUNALI PRIMAE Capítulo I DO TRIBUNAL DE PRIMEIRA


INSTANTIAE INSTÂNCIA
Art. 1. DE IUDICE Art. 1 Do Juiz
Can. 1419 - § 1. In unaquaque dioecesi et Cân. 1419 - § 1. Em cada diocese e para
pro omnibus causis iure expresse non todas as causas não expressamente
exceptis, iudex primae instantiae est excetuadas pelo direito, o juiz de primeira
Episcopus dioecesanus, qui iudicialem instância é o Bispo diocesano que pode
potestatem exercere potest per se ipse vel exercer o poder judíciario pessoalmente ou
per alios, secundum canones qui por outros, segundo os cânones seguintes.
sequuntur.
§ 2. Si vero agatur de iuribus aut bonis § 2. Tratando-se, porém, de direitos ou de
temporalibus personae iuridicae ab bens temporais de uma pessoa jurídica
Episcopo repraesentatae, iudicat in primo representada pelo Bispo, julga em primeiro
gradu tribunal appellationis. grau o tribunal de apelação.

Can. 1420 - § 1. Quilibet Episcopus Cân. 1420 - § 1. Todo o Bispo diocesano


dioecesanus tenetur Vicarium iudicialem deve constituir um Vigário judicial ou Oficial
seu Officialem constituere cum potestate com poder ordinário de julgar, distinto do
ordinaria iudicandi, a Vicario generali Vigário geral, a não ser que a pequena
distinctum, nisi parvitas dioecesis aut extensão da diocese ou a raridade das
paucitas causarum aliud suadeat. causas aconselhe outra coisa.
§ 2. Vicarius iudicialis unum constituit § 2. O Vigário judicial constitui um único
tribunal cum Episcopo, sed nequit iudicare tribunal com o Bispo, mas não pode julgar
causas quas Episcopus sibi reservat. as causas que o Bispo reserva para si.
§ 3. Vicario iudiciali dari possunt adiutores, § 3. Podem ser dados ao Vigário judicial
quibus nomen est Vicariorum iudicialium auxiliares com o nome de Vigários judiciais
adiunctorum seu Vice-officialium. adjuntos ou Vice- oficiais.
§ 4. Tum Vicarius iudicialis tum Vicarii § 4. Tanto o Vigário judicial como os
iudiciales adiuncti esse debent sacerdotes, Vigários judiciais adjuntos devem ser
integrae famae, in iure canonico doctores sacerdotes de boa reputação, doutores, ou
vel saltem licentiati, annos nati non minus pelo menos licenciados em Direito
triginta. Canônico, com idade não inferior a trinta
anos.
§ 5. Ipsi, sede vacante, a munere non § 5. Durante a vacância da sé, eles não
cessant nec ab Administratore dioecesano cessam do cargo nem podem ser
amoveri possunt; adveniente autem novo destituídos pelo Administrador Diocesano,
Episcopo, indigent confirmatione. mas, com a vinda do novo Bispo,
necessitam de confirmação.

Can. 1421 - § 1. In dioecesi constituantur Cân. 1421 - § 1. O Bispo constitua na


ab Episcopo iudices dioecesani, qui sint diocese Juízes que sejam clérigos.
clerici.
§ 2. Episcoporum conferentia permittere § 2. A conferência dos Bispos pode permitir
potest ut etiam laici iudices constituantur, e que também leigos sejam constituídos
quibus, suadente necessitate, unus assumi juízes um dos quais pode ser assumido
potest ad collegium efformandum. para formar o colégio, se a necessidade o
aconselhar.
§ 3. Iudices sint integrae famae et in iure § 3. Os juízes sejam de boa reputação e
canonico doctores vel saltem licentiati. doutores ou ao menos licenciados em
Direito Canônico.

Can. 1422 - Vicarius iudicialis, Vicarii Cân. 1422 - O Vigário judicial, os Vigários
iudiciales adiuncti et ceteri iudices judiciais adjuntos e os outros juízes são
nominantur ad definitum tempus, firmo nomeados por tempo determinado, salva a
praescripto can. 1420, § 5, nec removeri prescrição do cân. 1420, § 5, e não podem
possunt nisi ex legitima gravique causa. ser removidos, a não ser por legítima e
grave causa.

Can. 1423 - § 1. Plures dioecesani Cân. 1423 - § 1. Vários Bispos diocesanos,


Episcopi, probante Sede Apostolica, com a aprovação da Sé Apostólica, em
possunt concordes, in locum tribunalium lugar dos tribunais diocesanos
dioecesanorum de quibus in cann. mencionados nos cân. 1419 - 1421, podem
1419-1421, unicum constituere in suis constituir em suas dioceses, de comum
dioecesibus tribunal primae instantiae; quo acordo, um único tribunal de primeira
in casu ipsorum Episcoporum coetui vel instância; neste caso, compete à reunião
Episcopo ab eisdem designato omnes desses Bispos, ou ao Bispo por eles
competunt potestates, quas Episcopus designado, todos os poderes que o Bispo
dioecesanus habet circa suum tribunal. diocesano tem a respeito do próprio
Tribunal.
§ 2. Tribunalia, de quibus in § 1, constitui § 2. Os tribunais mencionados no § 1
possunt vel ad causas quaslibet vel ad podem ser constituídos para todas as
aliqua tantum causarum genera. causas ou para determinados gêneros de
causas.

Can. 1424 - Unicus iudex in quolibet iudicio Cân. 1424 - O juiz único em qualquer juízo
duos assessores, clericos vel laicos pode escolher, como consultores, dois
probatae vitae, sibi consulentes asciscere assessores de vida ilibada, clérigos ou
potest. leigos.

Can. 1425 - § 1. Reprobata contraria Cân. 1425 - § 1. Reprovado qualquer


consuetudine, tribunali collegiali trium costume contrário, reservam-se ao tribunal
iudicum reservantur: colegial de três juízes:
1° causae contentiosae: a) de vinculo 1°- as causas contenciosas: a)- sobre o
sacrae ordinationis; b) de vinculo vínculo da sagrada ordenação; b)- sobre o
matrimonii, firmis praescriptis cann. 1686 vínculo do matrimônio; salva a prescrição
[1688] et 1688 [1690]; dos cânn.1686 [1688]- 1688 [1690];
2° causae poenales: a) de delictis quae 2°- as causas penais: a)- sobre delitos
poenam dimissionis e statu clericali que podem ter como conseqüência a
secumferre possunt; b) de irroganda vel demissão do estado clerical; b)- para
declaranda excommunicatione. imposição ou declaração de excomunhão.
§ 2. Episcopus causas difficiliores vel § 2. O Bispo pode confiar as causas mais
maioris momenti committere potest iudicio difíceis ou de maior importância ao Juízo
trium vel quinque iudicum. de três ou cinco Juízes.
§ 3. Vicarius iudicialis ad singulas causas § 3. O Vigário judicial convoque os juízes,
cognoscendas iudices ex ordine per turnum por ordem e por turnos, para conhecer de
advocet, nisi Episcopus in singulis casibus cada causa, salvo se o Bispo, em cada
aliter statuerit. caso, tiver decidido de outro modo.
§ 4. In primo iudicii gradu, si forte collegium § 4. No juízo de primeiro grau, não sendo
constitui nequeat, Episcoporum eventualmente possível constituir um
conferentia, quamdiu huiusmodi colégio, a Conferência dos Bispos,
impossibilitas perduret, permittere potest ut enquanto perdurar tal impossibilidade,
Episcopus causas unico iudici clerico pode permitir ao Bispo confiar a causa a
committat, qui, ubi fieri possit, assessorem um único juiz clérigo que escolha para si,
et auditorem sibi asciscat. onde for possível, um assessor e um
auditor.
§ 5. Iudices semel designatos ne subroget § 5. Uma vez designados, o Vigário judicial
Vicarius iudicialis, nisi ex gravissima causa não substituirá os juízes, a não ser por
in decreto exprimenda. gravíssima causa, que deve ser expressa
no decreto.

Can. 1426 - § 1. Tribunal collegiale Cân. 1426 - § 1. O tribunal colegial deve


collegialiter procedere debet, et per proceder colegialmente e dar sentença, por
maiorem suffragiorum partem sententias maioria absoluta dos votos.
ferre.
§ 2. Eidem praeesse debet, quatenus fieri § 2. Na medida do possível, deve presidi-lo
potest, Vicarius iudicialis vel Vicarius o Vigário Judicial ou um Vigário judicial
iudicialis adiunctus. adjunto.

Can. 1427 - § 1. Si controversia sit inter Cân. 1427 - § 1. Se a controvérsia for entre
religiosos vel domos eiusdem instituti religiosos ou casas do mesmo instituto
religiosi clericalis iuris pontificii, iudex religioso clerical de direito pontifício, o juiz
primae instantiae, nisi aliud in de primeira instância, salvo determinação
constitutionibus caveatur, est Superior contrária das constituições, é o Superior
provincialis, aut, si monasterium sit sui provincial ou, sendo mosteiro sui iuris, o
iuris, Abbas localis. abade local.
§ 2. Salvo diverso constitutionum § 2. Salvo determinação das constituições,
praescripto, si res contentiosa agatur inter se a controvérsia ocorrer entre duas
duas provincias, in prima instantia iudicabit províncias julgará em primeira instância o
per se ipse vel per delegatum supremus Moderador supremo, por si ou por seu
Moderator; si inter duo monasteria, Abbas delegado; se entre dois mosteiro, o Abade
superior congregationis monasticae. superior da congregação monástica.
§ 3. Si demum controversia enascatur inter § 3. Enfim, se a controvérsia surgir entre
religiosas personas physicas vel iuridicas pessoas religiosas físicas ou jurídicas de
diversorum institutorum religiosorum, aut diversos institutos religiosos, ou ainda de
etiam eiusdem instituti clericalis iuris um mesmo instituto clerical de direito
dioecesani vel laicalis, aut inter personam diocesno ou laical, ou entre uma pessoa
religiosam et clericum saecularem vel religiosa e um clérico secular, um leigo ou
laicum vel personam iuridicam non uma pessoa jurídica não-religiosa, julga em
religiosam, iudicat in prima instantia primeira istância o tribunal diocesano.
tribunal dioecesanum.

Art. 2. DE AUDITORIBUS ET Art. 2 Dos Auditores e Relatores


RELATORIBUS
Can. 1428 - § 1. Iudex vel tribunalis Cân. 1428 - § 1. O juiz ou o presidente do
collegialis praeses possunt auditorem tribunal colegial pode designar um auditor
designare ad causae instructionem para a instrução da causa, escolhendo-o
peragendam, eum seligentes aut ex entre os juízes do tribunal ou entre as
tribunalis iudicibus aut ex personis ab pessoas aprovadas pelo Bispo para essa
Episcopo ad hoc munus approbatis. função.
§ 2. Episcopus potest ad auditoris munus § 2. O Bispo pode aprovar para função de
approbare clericos vel laicos, qui bonis auditor clérigos ou leigos, de reconhecida
moribus, prudentia et doctrina fulgeant. probidade, prudência e doutrina.
§ 3. Auditoris est, secundum iudicis § 3. Cabe ao auditor, segundo o mandado
mandatum, probationes tantum colligere do juiz, somente recolher as provas e, uma
easque collectas iudici tradere; potest vez recolhidas, entregá-las ao juiz mas
autem, nisi iudicis mandatum obstet, pode, salvo se o mandato do juízo proibir,
interim decidere quae et quomodo decidir provisoriamente quais as provas e
probationes colligendae sint, si forte de hac como devem ser recolhidas, se por acaso
re quaestio oriatur, dum ipse munus suum surgir questão a respeito, enquanto estiver
exercet. exercendo sua função.

Can. 1429 - Tribunalis collegialis praeses Cân. 1429 - O presidente do tribunal


debet unum ex iudicibus collegii ponentem colegial deve designar um dos juízes do
seu relatorem designare, qui in coetu colégio como ponente ou relator, cuja
iudicum de causa referat et sententias in incumbência, na reunião dos juízes, seja
scriptis redigat; in ipsius locum idem relatar a causa e redigir as sentenças por
praeses alium ex iusta causa substituere escrito por justa causa, o presidente pode
potest. substituí-lo por outro.

Art. 3. DE PROMOTORE IUSTITIAE, Art. 3 Do Promotor de Justiça, do Defensor


VINCULI DEFENSORE ET NOTARIO do Vínculo, e do Notário
Can. 1430 - Ad causas contentiosas, in Cân. 1430 - Para as causas contenciosas,
quibus bonum publicum in discrimen vocari nas quais o bem público pode correr
potest, et ad causas poenales constituatur perigo, e para as causas penais, constitua-
in dioecesi promotor iustitiae, qui officio se na diocese um promotor de justiça, a
tenetur providendi bono publico. quem cabe, por obrigação, tutelar o bem
público.

Can. 1431 - § 1. In causis contentiosis, Cân. 1431 - § 1. Nas causas contenciosas,


Episcopi dioecesani est iudicare utrum compete ao Bispo diocesano julgar se o
bonum publicum in discrimen vocari possit bem público pode ou não correr perigo,
necne, nisi interventus promotoris iustitiae salvo se a intervenção do promotor de
lege praecipiatur vel ex natura rei evidenter justiça é prescrita já pela lei ou se é
necessarius sit. evidentemente necessária pela própria
natureza da coisa.
§ 2. Si in praecedenti instantia intervenerit § 2. Se o promotor de justiça tiver
promotor iustitiae, in ulteriore gradu huius intervindo numa instância precedente,
interventus praesumitur necessarius. presume -se necessária a sua intervenção
no grau seguinte.

Can. 1432 - Ad causas, in quibus agitur de Cân. 1432 - Para as causas em que se
nullitate sacrae ordinationis aut de nullitate trata de nulidade da ordenação ou da
vel solutione matrimonii, constituatur in nulidade ou dissolução do matrimônio,
dioecesi defensor vinculi, qui officio tenetur constitua-se na diocese o defensor do
proponendi et exponendi omnia quae vínculo, a quem cabe, por obrigação,
rationabiliter adduci possint adversus propor e expor tudo o que razoavelmente
nullitatem vel solutionem. possa ser aduzido contra a nulidade ou a
dissolução.

Can. 1433 - In causis in quibus promotoris Cân. 1433 - Nas causas em que se requer
iustitiae aut defensoris vinculi praesentia a presença do promotor de justiça ou do
requiritur, iis non citatis, acta irrita sunt, nisi defensor do vínculo, se eles não forem
ipsi, etsi non citati, revera interfuerint, aut citados, os atos são nulos, salvo se eles,
saltem ante sententiam, actis inspectis, embora não citados, tenham de fato
munere suo fungi potuerint. intervindo ou tenham podido exercer sua
função, compulsando os autos, ao menos
antes da sentença.

Can. 1434 - Nisi aliud expresse caveatur: Cân. 1434 - Salvo determinação contrária:
1° quoties lex praecipit ut iudex partes 1° - sempre que a lei prescreve que o
earumve alteram audiat, etiam promotor juiz ouça as partes, ou uma das duas,
iustitiae et vinculi defensor, si iudicio também o promotor de justiça e o defensor
intersint, audiendi sunt; do vínculo, se intervierem no juízo, devem
ser ouvidos.
2° quoties instantia partis requiritur ut 2° - sempre que se exige o
iudex aliquid decernere possit, instantia requerimento da parte para que o juiz
promotoris iustitiae vel vinculi defensoris, possa decidir algo, tem a mesma eficácia o
qui iudicio intersint, eandem vim habet. requerimento do promotor de justiça ou
defensor do vínculo que participam do
Juízo.

Can. 1435 - Episcopi est promotorem Cân. 1435 - Compete ao Bispo diocesano
iustitiae et vinculi defensorem nominare, nomear o promotor de justiça e o defensor
qui sint clerici vel laici, integrae famae, in do vínculo, que sejam clérigos ou leigos de
iure canonico doctores vel licentiati, ac boa reputação, doutores ou licenciados em
prudentia et iustitiae zelo probati. direito canônico e conceituados por sua
prudência e zelo em prol da justiça.

Can. 1436 - § 1. Eadem persona, non Cân. 1436 - § 1. A mesma pessoa, mas
autem in eadem causa, officium promotoris não na mesma causa, pode exercer o
iustitiae et defensoris vinculi gerere potest. ofício de promotor de justiça e defensor do
vínculo.
§ 2. Promotor et defensor constitui possunt § 2. O promotor e o defensor podem ser
tum ad universitatem causarum tum ad constituídos para todas as causas
singulas causas; possunt autem ab indistintamente ou para cada causa em
Episcopo, iusta de causa, removeri. particular; mas, por justa causa, podem ser
removidos pelo Bispo.

Can. 1437 - § 1. Cuilibet processui intersit Cân. 1437 - § 1. Em cada processo


notarius, adeo ut nulla habeantur acta, si intervenha o notário, de tal modo que se
non fuerint ab eo subscripta. considerem nulos os atos que não forem
por ele assinados.
§ 2. Acta, quae notarii conficiunt, publicam § 2. Os autos redigidos pelo notário fazem
fidem faciunt. fé pública.
CAPUT II. DE TRIBUNALI SECUNDAE Capítulo II DO TRIBUNAL DE SEGUNDA
INSTANTIAE INSTÂNCIA
Can. 1438 - Firmo praescripto can. 1444, Cân. 1438 - Salva a prescrição do cân.
§ 1, n. 1: 1444, § 1, n. 1:
1° a tribunali Episcopi suffraganei 1° - do tribunal do Bispo sufragâneo
appellatur ad tribunal Metropolitae, salvo apela-se para o Tribunal do Metropolita,
praescripto can. 1439; salva a prescrição do cân. 1439;
2° in causis in prima instantia 2° - nas causas tratadas diante do
pertractatis coram Metropolita fit appellatio Metropolita em primeira instância, para o
ad tribunal quod ipse, probante Sede tribunal que ele tiver designado
Apostolica, stabiliter designaverit; estavelmente, com a aprovação da Sé
Apostólica;
3° pro causis coram Superiore 3° - nas causas tratadas diante do
provinciali actis tribunal secundae Superior provincial, o tribunal de segunda
instantiae est penes supremum instância é junto ao Moderador supremo;
Moderatorem; pro causis actis coram para as causas tratadas diante do Abade
Abbate locali, penes Abbatem superiorem local, junto ao Abade superior da
congregationis monasticae. congregação monástica.

Can. 1439 - § 1. Si quod tribunal primae Cân. 1439 - § 1. Se tiver sido constituído
instantiae unicum pro pluribus dioecesibus, um único tribunal de primeira instância
ad normam can. 1423, constitutum sit, para mais dioceses, de acordo com o cân.
Episcoporum conferentia debet tribunal 1423, a Conferência dos Bispos deve
secundae instantiae, probante Sede constituir o tribunal de segunda instância
Apostolica, constituere, nisi dioeceses sint com a aprovação da Sé Apostólica, salvo
omnes eiusdem archidioecesis se essas dioceses forem sufragâneas da
suffraganeae. mesma arquidiocese.
§ 2. Episcoporum conferentia potest, § 2. A Conferência dos Bispos pode
probante Sede Apostolica, unum vel plura constituir um ou vários tribunais de
tribunalia secundae instantiae constituere, segunda instância, mesmo fora dos casos
etiam praeter casus de quibus in § 1. mencionados no § 1.
§ 3. Quod attinet ad tribunalia secundae § 3. Quanto aos tribunais de segunda
instantiae, de quibus in §§ 1-2, instância, mencionados nos §§ 1-2, a
Episcoporum conferentia vel Episcopus ab Conferência dos Bispos ou o Bispo por ela
ea designatus omnes habent potestates, designado têm todos os poderes que
quae Episcopo dioecesano competunt circa competem ao Bispo diocesano a respeito
suum tribunal. do seu tribunal.

Can. 1440 - Si competentia ratione gradus, Cân. 1440 - Se não for respeitada a
ad normam cann. 1438 et 1439 non competência em razão do grau, conforme
servetur, incompetentia iudicis est os cânn. 1438-1439, a incompetência do
absoluta. juiz é absoluta.

Can. 1441 - Tribunal secundae instantiae Cân. 1441 - O tribunal de segunda


eodem modo quo tribunal primae instantiae instância deve ser constituido do mesmo
constitui debet. Si tamen in primo iudicii modo que o tribunal de primeira instância.
gradu, secundum can. 1425, § 4, iudex Contudo, se no primeiro grau de juízo, de
unicus sententiam tulit, tribunal secundae acordo com o cân. 1425, § 4, um único juiz
instantiae collegialiter procedat. proferiu a sentença, o tribunal de segunda
instância proceda colegialmente.

CAPUT III. DE APOSTOLICAE SEDIS Capítulo III DOS TRIBUNAIS DA SÉ


TRIBUNALIBUS APOSTÓLICA
Can. 1442 - Romanus Pontifex pro toto Cân. 1442 - O Romano Pontífice é o juiz
orbe catholico iudex est supremus, qui vel supremo para todo o mundo católico e
per se ipse ius dicit, vel per ordinaria Sedis julga pessoalmente, pelos tribunais
Apostolicae tribunalia, vel per iudices a se ordinários da Sé Apostólica ou por juízes
delegatos. por ele delegados.

Can. 1443 - Tribunal ordinarium a Romano Cân. 1443 - O tribunal ordinário constituído
Pontifice constitutum appellationibus pelo Romano Pontífice para receber
recipiendis est Rota Romana. apelações é a Rota Romana.

Can. 1444 - § 1. Rota Romana iudicat: Cân. 1444 - § 1. A Rota Romana julga:
1° in secunda instantia, causas quae ab 1° - em segunda instância, as causas
ordinariis tribunalibus primae instantiae que tenham sido julgadas pelos tribunais
diiudicatae fuerint et ad Sanctam Sedem ordinários de primeira instância e que
per appellationem legitimam deferantur; sejam levadas a Santa Sé mediante
apelação legítima;
2° in tertia vel ulteriore instantia, causas 2° - em terceira ou ulterior instância, as
ab ipsa Rota Romana et ab aliis quibusvis causas já julgadas pela própria Rota
tribunalibus iam cognitas, nisi res iudicata Romana e por quaisquer outros tribunais, a
habeatur. não ser que a coisa tenha passado em
julgado.
§ 2. Hoc tribunal iudicat etiam in prima § 2. Esse tribunal julga também em
instantia causas de quibus in can. 1405, primeira instância as causas mencionadas
§ 3, aliasve quas Romanus Pontifex sive no cân. 1405, § 3, e outras que o Romano
motu proprio, sive ad instantiam partium ad Pontífice, de sua iniciativa ou a
suum tribunal advocaverit et Rotae requerimento das partes, tenha advogado
Romanae commiserit; easque, nisi aliud ao seu tribunal e confiado à Rota Romana;
cautum sit in commissi muneris rescripto, essas causas, a própria Rota julga também
ipsa Rota iudicat etiam in secunda et em segunda e em ulterior instância, salvo
ulteriore instantia. determinação contrária no rescrito de
atribuição do encargo.

Can. 1445 - § 1. Supremum Signaturae Cân. 1445 - § 1. O Supremo Tribunal da


Apostolicae Tribunal cognoscit: Assinatura Apostólica conhece:
1° querelas nullitatis et petitiones 1° - das querelas de nulidade e dos
restitutionis in integrum et alios recursus pedidos de restituição in integrum e outros
contra sententias rotales; recursos contra sentenças rotais;
2° recursus in causis de statu 2° - dos recursos em causas sobre o
personarum, quas ad novum examen Rota estado das pessoas, que a Rota Romana
Romana admittere renuit; recusou admitir a novo exame;
3° exceptiones suspicionis aliasque 3° - das exceções de suspeição e
causas contra Auditores Rotae Romanae outras causas contra os Auditores da Rota
propter acta in exercitio ipsorum muneris; Romana, em razão de atos praticados por
eles no exercício de seu cargo;
4° conflictus competentiae de quibus in 4° - dos conflitos de competência,
can. 1416. mencionados no cân. 1416.
§ 2. Ipsum Tribunal videt de contentionibus § 2. Esse Tribunal julga de controvérsias
ortis ex actu potestatis administrativae surgidas em razão de um ato de poder
ecclesiasticae ad eam legitime delatis, de administrativo eclesiástico a ele levadas
aliis controversiis administrativis quae a legitimamente, de outras controvérsias
Romano Pontifice vel a Romanae Curiae administrativas que lhe forem confiadas
dicasteriis ipsi deferantur, et de conflictu pelo Romano Pontífice ou pelos dicastérios
competentiae inter eadem dicasteria. da Cúria Romana, e dos conflitos de
competência entre esses dicastérios.
§ 3. Supremi huius Tribunalis praeterea § 3. Cabe ainda a esse Supremo Tribunal:
est:
1° rectae administrationi iustitiae 1° - vigiar sobre a reta administração da
invigilare et in advocatos vel procuratores, justiça e advertir, se for necessário, os
si opus sit, animadvertere; advogados ou procuradores;
2° tribunalium competentiam prorogare; 2° - prorrogar a competência dos
tribunais;
3° promovere et approbare erectionem 3° - promover e aprovar a ereção dos
tribunalium, de quibus in cann. 1423 et tribunais mencionados nos cânn. 1423 e
1439. 1439.

TITULUS III. DE DISCIPLINA IN TÍTULO III DA DISCIPLINA A SER


TRIBUNALIBUS SERVANDA OBSERVADA NOS TRIBUNAIS
CAPUT I. DE DISCIPLINA IUDICUM ET Capítulo I DO OFÍCIO DOS JUÍZES E DOS
TRIBUNALIUM MINISTRORUM AUXILIARES DO TRIBUNAL
Can. 1446 - § 1. Christifideles omnes, in Cân. 1446 - § 1. Todos os fiéis, mas
primis autem Episcopi, sedulo annitantur principalmente os Bispos, empenhem-se
ut, salva iustitia, lites in populo Dei, diligentemente afim de que se evitem,
quantum fieri possit, vitentur et pacifice quanto possivel, salva a justiça, lides no
quam primum componantur. povo de Deus e se componham
pacificamente quanto antes.
§ 2. Iudex in limine litis, et etiam quolibet § 2. O juiz, no limiar da lide, e mesmo em
alio momento, quotiescumque spem qualquer outro momento, sempre que
aliquam boni exitus perspicit, partes hortari percebe alguma esperança de bom êxito,
et adiuvare ne omittat, ut de aequa não deixe de exortar e ajudar as partes a
controversiae solutione quaerenda procurarem, de comum acordo, uma
communi consilio curent, viasque ad hoc solução eqüitativa da controvérsia, e de
propositum idoneas ipsis indicet, gravibus indicar-lhes os caminhos adequados para
quoque hominibus ad mediationem esse propósito, usando também da
adhibitis. medição de pessoas influentes.
§ 3. Quod si circa privatum partium bonum § 3. Se a lide versa sobre um bem privado
lis versetur, dispiciat iudex num das partes, o juiz considere a possibilidade
transactione vel arbitrorum iudicio, ad de se encerrar utilmente a controvérsia por
normam cann. 1713-1716, controversia transação ou por arbitragem, de acordo
finem habere utiliter possit. com os cân. 1713-1716.
Can. 1447 - Qui causae interfuit tamquam Cân. 1447 - Quem participou de uma
iudex, promotor iustitiae, defensor vinculi, causa na qualidade de juiz, promotor de
procurator, advocatus, testis aut peritus, justiça, defensor do vínculo, procurador,
nequit postea valide eandem causam in advogado, testemunha ou perito, não pode
alia instantia tamquam iudex definire aut in posteriormente definir validamente, como
eadem munus assessoris sustinere. juiz, essa causa em outra instância, ou
nela exercer a função de assessor.

Can. 1448 - § 1. Iudex cognoscendam ne Cân. 1448 - § 1. O juiz não comece a


suscipiat causam, in qua ratione conhecer de uma causa, à qual esteja, de
consanguinitatis vel affinitatis in quolibet algum modo, ligado em razão de
gradu lineae rectae et usque ad quartum consangüinidade ou afinidade em qualquer
gradum lineae collateralis, vel ratione grau da linha reta e até o quarto grau da
tutelae et curatelae, intimae vitae linha colateral, em razão de tutela ou
consuetudinis, magnae simultatis, vel lucri curatela, de intimidade pessoal, de grande
faciendi aut damni vitandi, aliquid ipsius rivalidade, de auferir lucro ou evitar
intersit. prejuízo.
§ 2. In iisdem adiunctis ab officio suo § 2. Nas mesmas circunstâncias, devem
abstinere debent iustitiae promotor, abster-se de seu ofício o promotor de
defensor vinculi, assessor et auditor. justiça, o defensor do vínculo, o assessor e
o auditor.

Can. 1449 - § 1. In casibus, de quibus in Cân. 1449 - § 1. Nos casos mencionados


can. 1448, nisi iudex ipse abstineat, pars no cân. 1448, se o próprio juiz não se
potest eum recusare. abstiver, a parte pode recusá-lo.
§ 2. De recusatione videt Vicarius iudicialis; § 2. Da recusa julga o Vigário judicial; se
si ipse recusetur, videt Episcopus qui ele mesmo for recusado, julga o Bispo que
tribunali praeest. preside ao tribunal.
§ 3. Si Episcopus sit iudex et contra eum § 3. Se o Bispo for juiz e se for oposta
recusatio opponatur, ipse abstineat a recusa contra ele, abstenha-se de julgar.
iudicando.
§ 4. Si recusatio opponatur contra § 4. Se a recusa for apresentada contra o
promotorem iustitiae, defensorem vinculi promotor de justiça, o defensor do vínculo
aut alios tribunalis administros, de hac ou outros auxiliares do tribunal, julga dessa
exceptione videt praeses in tribunali exceção o presidente do tribunal colegial
collegiali vel ipse iudex, si unicus sit. ou o próprio juiz, se for único.

Can. 1450 - Recusatione admissa, Cân. 1450 - Admitida a recusa, as pessoas


personae mutari debent, non vero iudicii devem ser substituídas, não porém os
gradus. graus de juízo.

Can. 1451 - § 1. Quaestio de recusatione Cân. 1451 - § 1. A questão da recusa deve


expeditissime definienda est, auditis ser definida com a máxima rapidez,
partibus, promotore iustitiae vel vinculi ouvindo as partes, o promotor de justiça ou
defensore, si intersint, neque ipsi recusati o defensor do vínculo, se intervierem, e
sint. eles mesmos não tiverem sido recusados.
§ 2. Actus positi a iudice antequam § 2. Os atos, praticados pelo juiz antes de
recusetur, validi sunt; qui autem positi sunt ser recusado, são validos; mas, os que
post propositam recusationem, rescindi foram praticados depois de proposta a
debent, si pars petat intra decem dies ab recusa, devem ser reicindidos, se a parte o
admissa recusatione. pedir no prazo de dez dias após a
admissão da recusa.

Can. 1452 - § 1. In negotio quod Cân. 1452 - § 1. Em negócio que interessa


privatorum solummodo interest, iudex unicamente a particulares, o juiz pode
procedere potest dumtaxat ad instantiam proceder somente a requerimento da parte.
partis. Causa autem legitime introducta, Todavia, uma vez legitimamente
iudex procedere potest et debet etiam ex introduzida a causa o juiz pode e deve
officio in causis poenalibus aliisque, quae proceder tambémex officio nas causas
publicum Ecclesiae bonum aut animarum penais e em outras referentes ao bem
salutem respiciunt. público da Igreja ou à salvação das almas.
§ 2. Potest autem praeterea iudex partium § 2. Contudo, o juiz pode, além disso,
neglegentiam in probationibus afferendis suprir a negligência das partes na
vel in exceptionibus opponendis supplere, apresentação de provas ou na oposição de
quoties id necessarium censeat ad exceções, sempre que o julgar necessário
vitandam graviter iniustam sententiam, para evitar uma sentença gravemente
firmis praescriptis can. 1600. injusta, salvas as prescrições do cân. 1600.

Can. 1453 - Iudices et tribunalia curent ut Cân. 1453 - Os juízes e os tribunais


quam primum, salva iustitia, causae omnes cuidem que, salva a justiça, as causas se
terminentur, utque in tribunali primae concluam quanto antes e que, no tribunal
instantiae ultra annum ne protrahantur, in de primeira instância, não se protraiam
tribunali vero secundae instantiae, ultra sex mais de um ano, e no tribunal de segunda
menses. instância, mais de seis meses.

Can. 1454 - Omnes qui tribunal constituunt Cân. 1454 - Todos os que constituem o
aut eidem opem ferunt, iusiurandum de tribunal ou dão ajuda a ele devem fazer
munere rite et fideliter implendo praestare juramento de cumprir o ofício exata e
debent. fielmente.

Can. 1455 - § 1. In iudicio poenali semper, Cân. 1455 - § 1. No juízo penal sempre, e
in contentioso autem si ex revelatione no contencioso quando da revelação de
alicuius actus processualis praeiudicium algum ato processual puder advir prejuízo
partibus obvenire possit, iudices et às partes, os juízes e os auxiliares do
tribunalis adiutores tenentur ad secretum tribunal estão obrigados ao segredo de
officii servandum. ofício.
§ 2. Tenentur etiam semper ad secretum § 2. Estão também sempre obrigados a
servandum de discussione quae inter guardar segredo sobre a discussão que se
iudices in tribunali collegiali ante ferendam faz entre os juízes no tribunal colegial,
sententiam habetur, tum etiam de variis antes da promulgação da sentença, como
suffragiis et opinionibus ibidem prolatis, também sobre os vários votos e opiniões aí
firmo praescripto can. 1609, § 4. proferidos, salva a prescrição do cân.
1609, § 4.
§ 3. Immo, quoties natura causae vel § 3. Sempre que a natureza da causa ou
probationum talis sit ut ex actorum vel das provas seja tal, que a divulgação dos
probationum evulgatione aliorum fama atos ou das provas ponha em perigo a
periclitetur, vel praebeatur ansa dissidiis, fama de outros, dê motivo a discórdia ou
aut scandalum aliudve id genus resulte em escândalo ou outro incômodo
incommodum oriatur, iudex poterit testes, desse gênero, o juiz poderá também
peritos, partes earumque advocatos vel obrigar ao segredo, mediante juramento,
procuratores iureiurando astringere ad as testemunhas, os peritos, as partes e
secretum servandum. seus advogados ou procuradores.

Can. 1456 - Iudex et omnes tribunalis Cân. 1456 - O juiz e todos os auxiliares do
administri, occasione agendi iudicii, dona tribunal são proibidos de aceitar qualquer
quaevis acceptare prohibentur. tipo de presente por ocasião da tramitação
do juízo.

Can. 1457 - § 1. Iudices qui, cum certe et Cân. 1457 - § 1. Os juízes que, sendo
evidenter competentes sint, ius reddere certa e evidentemente competentes, se
recusent, vel nullo suffragante iuris recusem a julgar, ou que sem qualquer
praescripto se competentes declarent título legal se declarem competente, e
atque causas cognoscant ac definiant, vel conheçam e definam causas, ou que
secreti legem violent, vel ex dolo aut gravi violem a lei do segredo ou que, por dolo ou
neglegentia aliud litigantibus damnum por grave negligência, causem outro dano
inferant, congruis poenis a competenti às partes, podem ser punidos com penas
auctoritate puniri possunt, non exclusa adequadas pela autoridade competente,
officii privatione. não se excluindo a privação do ofício.
§ 2. Iisdem sanctionibus subsunt tribunalis § 2. Às mesmas sanções estão sujeitos os
ministri et adiutores, si officio suo, ut supra, auxiliares e ajudantes do tribunal, s e
defuerint; quos omnes etiam iudex punire faltarem a seu dever no modo acima
potest. referido; a todos o juiz pode punir.

CAPUT II. DE ORDINE COGNITIONUM Capítulo II DA ORDEM DAS COGNIÇÕES


Can. 1458 - Causae cognoscendae sunt eo Cân. 1458 - As causas devem ser
ordine quo fuerunt propositae et in albo conhecidas na ordem em que foram
inscriptae, nisi ex iis aliqua celerem prae propostas e protocoladas, salvo se alguma
ceteris expeditionem exigat, quod quidem delas exigir tramitação mais rápida que as
peculiari decreto, rationibus suffulto, outras, o que se deve estabelecer com
statuendum est. decreto especial devidamente motivado.

Can. 1459 - § 1. Vitia, quibus sententiae Cân. 1459 - § 1. Vícios dos quais possa
nullitas haberi potest, in quolibet iudicii derivar a nulidade da sentença podem ser
statu vel gradu excipi possunt itemque a excetuados em qualquer estado ou grau do
iudice ex officio declarari. juiz e também ser declarados ex officio
pelo juiz.
§ 2. Praeter casus de quibus in § 1, § 2. Além dos casos mencionados no § 1,
exceptiones dilatoriae, eae praesertim as exceções dilatórias, principalmente as
quae respiciunt personas et modum iudicii, que se referem às pessoas e ao modo do
proponendae sunt ante contestationem litis, juízo, devem ser propostas antes da
nisi contestata iam lite emerserint, et quam litiscontestação, a não ser que surjam
primum definiendae. depois dela, e definidas quanto antes.

Can. 1460 - § 1. Si exceptio proponatur Cân. 1460 - § 1. Se for proposta uma


contra iudicis competentiam, hac de re ipse exceção contra a competência do juiz, o
iudex videre debet. próprio juiz deve decidir a respeito.
§ 2. In casu exceptionis de incompetentia § 2. No caso de exceção de incompetência
relativa, si iudex se competentem relativa, caso o juiz se declare competente,
pronuntiet, eius decisio non admittit sua decisão não admite apelação, mas não
appellationem, at non prohibentur querela são proibidas a querela de nulidade e a
nullitatis et restitutio in integrum. restituição in integrum.
§ 3. Quod si iudex se incompetentem § 3. Se o juiz se declarar incompetente, a
declaret, pars quae se gravatam reputat, parte em que se julga prejudicada pode, no
potest intra quindecim dies utiles provocare prazo de quinze dias úteis, recorrer ao
ad tribunal appellationis. tribunal de apelação.

Can. 1461 - Iudex in quovis stadio causae Cân. 1461 - O juiz, em qualquer fase da
se absolute incompetentem agnoscens, causa em que venha a reconhecer-se
suam incompetentiam declarare debet. absolutamente i ncompetente, deve
declarar sua imcompetência.

Can. 1462 - § 1. Exceptiones rei iudicatae, Cân. 1462 - § 1. As exceções de coisa


transactionis et aliae peremptoriae quae julgada, de composição e outras
dicuntur litis finitae, proponi et cognosci peremptórias denominadas litis finitae,
debent ante contestationem litis; qui serius devem ser propostas e conhecidas antes
eas opposuerit, non est reiciendus, sed da contestação da lide; quem as propuser
condemnetur ad expensas, nisi probet se mais tarde não deve ser rejeitado, mas
oppositionem malitiose non distulisse. seja condenado às despesas, salvo se
provar que não diferiu maliciosamente a
oposição.
§ 2. Aliae exceptiones peremptoriae § 2. Outras peremptórias sejam propostas
proponantur in contestatione litis, et suo na litiscontestação e devem ser tratadas a
tempore tractandae sunt secundum regulas seu tempo, segundo as regras relativas às
circa quaestiones incidentes. questões incidentes.

Can. 1463 - § 1. Actiones reconventionales Cân. 1463 - § 1. As ações reconvencionais


proponi valide nequeunt, nisi intra triginta não se podem propor validamente, a não
dies a lite contestata. ser no prazo de trinta dias após a
contestação da lide.
§ 2. Eaedem autem cognoscantur simul § 2. Elas, porém, sejam conhecidas
cum conventionali actione, hoc est pari juntamente com a ação convencional, isto
gradu cum ea, nisi eas separatim é, no mesmo grau que ela, salvo se for
cognoscere necessarium sit aut iudex id necessário conhecê-las separadamente,
opportunius existimaverit. ou o juiz julgar isso mais oportuno.

Can. 1464 - Quaestiones de cautione pro Cân. 1464 - Questões de caução pelas
expensis iudicialibus praestanda aut de despesas judiciais, de concessão de
concessione gratuiti patrocinii, quod statim gratuito patrocínio, pedido logo desde o
ab initio postulatum fuerit, et aliae início, e outras semelhantes, devem
huiusmodi regulariter videndae sunt ante regularmente ser julgadas antes da
litis contestationem. litiscontestação.

CAPUT III. DE TERMINIS ET Capítulo III DOS PRAZOS E DILAÇÕES


DILATIONIBUS
Can. 1465 - § 1. Fatalia legis quae Cân. 1465 - § 1. Os assim chamados
dicuntur, id est termini perimendis iuribus prazos fatais, isto é, os prazos fixados pela
lege constituti, prorogari non possunt, lei para caducarem os direitos, não podem
neque valide, nisi petentibus partibus, ser prorrogados, nem validamente
coarctari. reduzidos, senão a pedido das partes.
§ 2. Termini autem iudiciales et § 2. Os prazos judiciais e convencionais,
conventionales, ante eorum lapsum, porém, antes de seu término, havendo
poterunt, iusta intercedente causa, a iudice, justa causa, podem ser prorrogados pelo
auditis vel petentibus partibus, prorogari, juiz, ouvindo as partes ou a pedido delas;
numquam autem, nisi partibus mas nunca podem ser validamente
consentientibus, valide coarctari. reduzidos, senão com o consentimento das
partes.
§ 3. Caveat tamen iudex ne nimis diuturna § 3. O juiz, porém, cuide que a lide não se
lis fiat ex prorogatione. faça demasiadamente morosa por causa
da prorrogação.

Can. 1466 - Ubi lex terminos haud statuat Cân. 1466 - Onde a lei não estabelece
ad actus processuales peragendos, iudex prazos para a tramitação dos atos
illos praefinire debet, habita ratione naturae processuais, o juiz deve estabelecê-los de
uniuscuiusque actus. acordo com a natureza de cada ato.

Can. 1467 - Si die ad actum iudicialem Cân. 1467 - No dia marcado para o ato
indicto vacaverit tribunal, terminus judicial, se o tribunal não trabalhar, o prazo
intellegitur prorogatus ad primum supõe-se prorrogado para o primeiro dia
sequentem diem non feriatum. seguinte não feriado.

CAPUT IV. DE LOCO IUDICII Capítulo IV DO LUGAR DO JUÍZO


Can. 1468 - Uniuscuiusque tribunalis sedes Cân. 1468 - Todos os tribunais, na medida
sit, quantum fieri potest, stabilis, quae do possível, tenham uma sede estável, que
statutis horis pateat. fique aberta nas horas determinadas.

Can. 1469 - § 1. Iudex e territorio suo vi Cân. 1469 - § 1. Expulso violentamente de


expulsus vel a iurisdictione ibi exercenda seu território ou impedido de nele exercer a
impeditus, potest extra territorium jurisdição, o juiz pode exercê-la e proferir
iurisdictionem suam exercere et sententiam sentença fora do seu território, mas
ferre, certiore tamen hac de re facto informando disso o Bispo diocesano.
Episcopo dioecesano.
§ 2. Praeter casum de quo in § 1, iudex, ex § 2. Além do caso mencionado no § 1, o
iusta causa et auditis partibus, potest ad juiz, por justa causa e ouvidas as partes,
probationes acquirendas etiam extra pode sair do próprio território para recolher
proprium territorium se conferre, de licentia provas, com licença, porém, do Bispo
tamen Episcopi dioecesani loci adeundi et diocesano do lugar onde deve ir e na sede
in sede ab eodem designata. por este designada.

CAPUT V. DE PERSONIS IN AULAM Capítulo V DAS PESSOAS A SEREM


ADMITTENDIS ET DE MODO ADMITIDAS NA SALA DO JUÍZO E DO
CONFICIENDI ET CONSERVANDI ACTA MODO DE REDIGIR E CONSERVAR OS
AUTOS
Can. 1470 - § 1. Nisi aliter lex particularis Cân. 1470 - § 1. Salvo determinação
caveat, dum causae coram tribunali contrária da lei particular, durante o
aguntur, ii tantummodo adsint in aula quos desenvolvimento da causa diante do
lex aut iudex ad processum expediendum tribunal, estejam presentes na sala
necessarios esse statuerit. somente os que a lei ou o juiz determinar
serem necessários para fazer tramitar o
processo.
§ 2. Omnes iudicio assistentes, qui § 2. A todos os que estiverem presentes ao
reverentiae et oboedientiae tribunali processo e faltarem gravemente ao
debitae graviter defuerint, iudex potest respeito e à obediência devidos ao tribunal,
congruis poenis ad officium reducere, o juiz pode chamá-los ao dever com penas
advocatos praeterea et procuratores etiam adequadas; além disso, pode suspender
a munere apud tribunalia ecclesiastica advogados e procuradores do exercício do
exercendo suspendere. cargo junto de tribunais eclesiásticos.

Can. 1471 - Si qua persona interroganda Cân. 1471 - Se alguma pessoa a ser
utatur lingua iudici vel partibus ignota, interrogada empregar língua desconhecida
adhibeatur interpres iuratus a iudice do juiz ou das partes, deve-se usar de
designatus. Declarationes tamen scripto intérprete juramentado designado pelo juiz.
redigantur lingua originaria et translatio Suas declarações, porém, sejam redigidas
addatur. Interpres etiam adhibeatur si na língua original, acrescentando-se a ela
surdus vel mutus interrogari debet, nisi a tradução. Use-se também interprete, se
forte malit iudex quaestionibus a se datis se deve interrogar a um surdo ou mudo,
scripto respondeatur. salvo se o juiz, por acaso, prefere que se
responda por escrito às questões por ele
apresentadas.

Can. 1472 - § 1. Acta iudicialia, tum quae Cân. 1472 - § 1. Os autos judiciais, tanto
meritum quaestionis respiciunt, seu acta os que se referem ao mérito da questão,
causae, tum quae ad formam procedendi ou atos da causa, como os relativos à
pertinent, seu acta processus, scripto forma de procedimento, ou atos do
redacta esse debent. processo, devem ser redigidos por escrito.
§ 2. Singula folia actorum numerentur et § 2. Cada folha dos autos deve ser
authenticitatis signo muniantur. numerada e autenticada.

Can. 1473 - Quoties in actis iudicialibus Cân. 1473 - Sempre que se requer nos
partium aut testium subscriptio requiritur, si autos judiciais a assinatura das partes ou
pars aut testis subscribere nequeat vel das testemunhas, se a parte ou a
nolit, id in ipsis actis adnotetur, simulque testemunha não souber ou não quiser
iudex et notarius fidem faciant actum ipsum assinar, isto seja anotado nos próprios
de verbo ad verbum parti aut testi autos e, ao mesmo tempo, o juiz e o
perlectum fuisse, et partem aut testem vel notário dêem fé de que o auto foi lido,
non potuisse vel noluisse subscribere. palavra por palavra, à parte ou a
testemunha e que ela não pôde ou não
quis assinar.

Can. 1474 - § 1. In casu appellationis, Cân. 1474 - § 1. Em caso de apelação,


actorum exemplar, fide facta a notario de envie-se ao tribunal superior uma cópia
eius authenticitate, ad tribunal superius dos autos, dando o notário fé da
mittatur. autenticidade dela.
§ 2. Si acta exarata fuerint lingua tribunali § 2. Se os autos forem redigidos em língua
superiori ignota, transferantur in aliam desconhecida do tribunal superior,
eidem tribunali cognitam, cautelis adhibitis, traduzam-se para outra conhecida desse
ut de fideli translatione constet. tribunal, tomando-se as devidas cautelas a
fim de constar da fidelidade da tradução.

Can. 1475 - § 1. Iudicio expleto, Cân. 1475 - § 1. Terminado o juizo, devem-


documenta quae in privatorum dominio se restituir os documentos que forem de
sunt, restitui debent, retento tamen eorum propriedade de particulares, conservando-
exemplari. se porém cópia deles.
§ 2. Notarii et cancellarius sine iudicis § 2. Os notários e o chanceler são
mandato tradere prohibentur exemplar proibidos de entregar, sem mandado do
actorum iudicialium et documentorum, juiz, cópia dos autos judiciais e dos
quae sunt processui acquisita. documentos pertencentes ao processo.

TITULUS IV. DE PARTIBUS IN CAUSA TÍTULO IV DAS PARTES EM CAUSA


CAPUT I. DE ACTORE ET DE PARTE Capítulo I DO AUTOR E DA PARTE
CONVENTA DEMANDADA
Can. 1476 - Quilibet, sive baptizatus sive Cân. 1476 - Quem quer que seja, batizado
non baptizatus, potest in iudicio agere; pars ou não, pode agir em juizo; e a parte,
autem legitime conventa respondere debet. legitimamente demandada, deve
responder.

Can. 1477 - Licet actor vel pars conventa Cân. 1477 - Embora o autor ou a parte
procuratorem vel advocatum constituerit, demandada tenham nomeado procurador
semper tamen tenetur in iudicio ipsemet ou advogado, são sempre obrigados a
adesse ad praescriptum iuris vel iudicis. comparecer pessoalmente a juízo, quando
o direito ou o juiz o prescreverem.

Can. 1478 - § 1. Minores et ii, qui rationis Cân. 1478 - § 1. Os menores e os que não
usu destituti sunt, stare in iudicio têm uso da razão só podem estar em juízo
tantummodo possunt per eorum parentes por meio de seus pais, tutores ou
aut tutores vel curatores, salvo praescripto curadores, salva a prescrição do § 3.
§ 3.
§ 2. Si iudex existimet minorum iura esse in § 2. Se o juiz julga que os direitos dos
conflictu cum iuribus parentum vel tutorum menores estão em conflito com os direitos
vel curatorum, aut hos non satis tueri posse dos pais, tutores ou curadores, ou que
ipsorum iura, tunc stent in iudicio per estes não têm posibilidade de defender
tutorem vel curatorem a iudice datum. suficientemente os direitos dos menores,
estes estejam em juízo por meio de tutor
ou curador dado pelo juiz.
§ 3. Sed in causis spiritualibus et cum § 3. Contudo, nas causas espirituais ou
spiritualibus conexis, si minores usum conexas com as espirituais, se os menores
rationis assecuti sint, agere et respondere já tiverem adquirido o uso da razão, podem
queunt sine parentum vel tutoris consensu, agir e responder sem consentimento dos
et quidem per se ipsi, si aetatem pais ou do tutor, e pessoalmente, se
quattuordecim annorum expleverint; secus tiverem completado catorze anos de idade;
per curatorem a iudice constitutum. caso contrário, por meio de curador
constituído pelo juiz.
§ 4. Bonis interdicti, et ii qui minus firmae § 4. Os que estão sob interdição de bens e
mentis sunt, stare in iudicio per se ipsi os débeis me ntais podem estar em juízo
possunt tantummodo ut de propriis delictis pessoalmente, só para responder sobre os
respondeant, aut ad praescriptum iudicis; in próprios delitos ou por ordem do juiz; fora
ceteris agere et respondere debent per disso, devem agir e responder por meio de
suos curatores. seus curadores.
Can. 1479 - Quoties adest tutor aut curator Cân. 1479 - Sempre que há tutor ou
ab auctoritate civili constitutus, idem potest curador constituído pela autoridade civil,
a iudice ecclesiastico admitti, audito, si fieri pode ele ser admitido pelo juiz eclesiástico,
potest, Episcopo dioecesano eius cui datus após ter ouvido, se possível, o Bispo
est; quod si non adsit aut non videatur diocesano daquele a quem foi dado; mas,
admittendus, ipse iudex tutorem aut caso não o haja, ou pareça que não deve
curatorem pro causa designabit. ser admitido, o próprio juiz designará um
tutor ou curador para a causa.

Can. 1480 - § 1. Personae iuridicae in Cân. 1480 - § 1. As pessoas jurídicas


iudicio stant per suos legitimos estão em juízo por meio de seus legítimos
repraesentantes. representantes.
§ 2. In casu vero defectus vel neglegentiae § 2. No caso, porém, de falta ou
repraesentantis, potest ipse Ordinarius per negligência do representante, o Ordinário
se vel per alium stare in iudicio nomine pode estar em juízo, por si mesmo ou por
personarum iuridicarum, quae sub eius meio de outro, em nome das pessoas
potestate sunt. jurídicas que estão sob seu poder.

CAPUT II. DE PROCURATORIBUS AD Capítulo II DOS PROCURADORES E


LITES ET ADVOCATIS ADVOGADOS
Can. 1481 - § 1. Pars libere potest Cân. 1481 - § 1. A parte pode livremente
advocatum et procuratorem sibi constituir para si advogado ou procurador,
constituere; sed praeter casus in §§ 2 et 3 mas, além dos casos estabelecidos nos
statutos, potest etiam per se ipsa agere et §§ 2 e 3, pode também agir e responder
respondere, nisi iudex procuratoris vel pessoalmente, salvo se o juiz tiver julgado
advocati ministerium necessarium necessária a ajuda de procurador ou
existimaverit. advogado.
§ 2. In iudicio poenali accusatus aut a se § 2. Em juízo penal, o acusado deve ter
constitutum aut a iudice datum semper sempre um advogado, constituído por ele
habere debet advocatum. mesmo ou pelo juiz.
§ 3. In iudicio contentioso, si agatur de § 3. Em juízo contencioso, tratando-se de
minoribus aut de iudicio in quo bonum menores ou de juízo que afeta o bem
publicum vertitur, exceptis causis público, com exceção de causas
matrimonialibus, iudex parti carenti matrimoniais, o juiz constitua ex officio um
defensorem ex officio constituat. defensor para a parte que não o tiver.

Can. 1482 - § 1. Unicum sibi quisque Cân. 1482 - § 1. Qualquer pessoa pode
potest constituere procuratorem, qui nequit constituir um único procurador, que não
alium sibimet substituere, nisi expressa pode fazer-se substituir por outro, a não
facultas eidem facta fuerit. ser que lhe tenha sido dada faculdade
expressa.
§ 2. Quod si tamen, iusta causa suadente, § 2. Todavia, se por justa causa, a mesma
plures ab eodem constituantur, hi ita pessoa constituir vários procuradores,
designentur, ut detur inter ipsos locus estes sejam designados de forma que
praeventioni. entre eles se dê lugar à prevenção.
§ 3. Advocati autem plures simul constitui § 3. Entretanto, podem ser constituídos
queunt. vários advogados simultaneamente.

Can. 1483 - Procurator et advocatus esse Cân. 1483 - O procurador e o advogado


debent aetate maiores et bonae famae; devem ser maiores de idade e ter boa
advocatus debet praeterea esse catholicus, reputação; além disso, o advogado deve
nisi Episcopus dioecesanus aliter permittat, ser católico, salvo permissão contrária do
et doctor in iure canonico, vel alioquin vere Bispo diocesano, e doutor em direito
peritus et ab eodem Episcopo approbatus. canônico, ou então verdadeiramente perito
e aprovado pelo Bispo.

Can. 1484 - § 1. Procurator et advocatus Cân. 1484 - § 1. O procurador e o


antequam munus suscipiant, mandatum advogado, antes de assumirem o encargo,
authenticum apud tribunal deponere devem depositar junto ao tribunal o
debent. mandato autêntico.
§ 2. Ad iuris tamen extinctionem § 2. A fim de impedir, porém, a extinção de
impediendam iudex potest procuratorem um direito, o juiz pode admitir um
admittere etiam non exhibito mandato, procurador, mesmo sem apresentação do
praestita, si res ferat, idonea cautione; mandato, com uma adequada caução, se
actus autem qualibet vi caret, si intra for o caso; mas o ato não tem nenhum
terminum peremptorium a iudice valor, salvo se o procurador apresentar
statuendum, procurator mandatum rite non devidamente o mandato, dentro do prazo
exhibeat. peremptório a ser estabelecido pelo juiz.

Can. 1485 - Nisi speciale mandatum Cân. 1485 - Salvo se tiver mandato
habuerit, procurator non potest valide especial, o procurador não pode renunciar
renuntiare actioni, instantiae vel actis validamente à ação, à instância ou aos
iudicialibus, nec transigere, pacisci, atos judiciais, nem transigir, pactuar, levar
compromittere in arbitros et generatim ea a causa a arbitragem e, em geral, fazer
agere pro quibus ius requirit mandatum qualquer coisa, para a qual o direito exige
speciale. mandato especial.

Can. 1486 - § 1. Ut procuratoris vel Cân. 1486 - § 1. Para que a destituição do


advocati remotio effectum sortiatur, procurador ou do advogado produza efeito,
necesse est ipsis intimetur, et, si lis iam é necessário que seja intimada a eles e, se
contestata fuerit, iudex et adversa pars a lide já tiver sido contestada, que o juiz e
certiores facti sint de remotione. a parte contrária tenham sido notificados
da destituição.
§ 2. Lata definitiva sententia, ius et officium § 2. Dada a sentença definitiva, restam ao
appellandi, si mandans non renuat, procurador o direito e o dever de apelar, se
procuratori manet. o mandante não se opuser.

Can. 1487 - Tum procurator tum advocatus Cân. 1487 - O procurador e o adv ogado
possunt a iudice, dato decreto, repelli sive podem ser recusados pelo juiz, por meio
ex officio sive ad instantiam partis, gravi de um decreto, ex officio ou a requerimento
tamen de causa. da parte, mas por causa grave.

Can. 1488 - § 1. Vetatur uterque emere Cân. 1488 - § 1. Proíbe-se a ambos


litem, aut sibi de immodico emolumento vel comprar a lide ou negociar para si
rei litigiosae parte vindicata pacisci. Quae honorários excessivos ou parte da coisa
si fecerint, nulla est pactio, et a iudice em litígio. Se o tiverem feito, o negócio é
poterunt poena pecuniaria mulctari. nulo, e poderão ser multados pelo juiz com
Advocatus praeterea tum ab officio pena pecuniária. Além disso, o advogado
suspendi, tum etiam, si recidivus sit, ab pode ser suspenso do ofício, ou mesmo,
Episcopo, qui tribunali praeest, ex albo no caso de reincidência, ser excluído do rol
advocatorum expungi potest. dos advogados pelo Bispo que preside o
tribunal.
§ 2. Eodem modo puniri possunt advocati § 2. Do mesmo modo, podem ser punidos
et procuratores qui a competentibus os advogados e procuradores que, em
tribunalibus causas, in fraudem legis, fraude à lei, subtraírem causas dos
subtrahunt ut ab aliis favorabilius tribunais competentes, para serem
definiantur. julgadas por outros de modo mais
favorável.

Can. 1489 - Advocati ac procuratores qui Cân. 1489 - Os advogados e procuradores


ob dona aut pollicitationes aut quamlibet que, por meio de presentes, promessas ou
aliam rationem suum officium prodiderint, a qualquer outro modo, traírem o próprio
patrocinio exercendo suspendantur, et dever sejam suspensos de exercer o
mulcta pecuniaria aliisve congruis poenis patrocínio e sejam punidos com multa
plectantur. pecuniária ou com outras penas
adequadas.

Can. 1490 - In unoquoque tribunali, Cân. 1490 - Em cada tribunal, quanto


quatenus fieri possit, stabiles patroni possível, constituam-se patronos estáveis,
constituantur, ab ipso tribunali stipendium remunerados pelo próprio tribunal, para
recipientes, qui munus advocati vel exercerem o ofício de advogado ou
procuratoris in causis praesertim procurador, principalmente nas causas
matrimonialibus pro partibus quae eos matrimoniais, em favor das partes que
seligere malint, exerceant. preferirem escolhê-los.

TITULUS V. DE ACTIONIBUS ET TÍTULO V DAS AÇÕES E EXCEÇÕES


EXCEPTIONIBUS
CAPUT I. DE ACTIONIBUS ET Capítulo I DAS AÇÕES E EXCEÇÕES EM
EXCEPTIONIBUS IN GENERE GERAL
Can. 1491 - Quodlibet ius non solum Cân. 1491 - Todo o direito é não só
actione munitur, nisi aliud expresse cautum protegido mediante ação, salvo
sit, sed etiam exceptione. determinação expressa em contrário, mas
também mediante exceção.

Can. 1492 - § 1. Quaevis actio extinguitur Cân. 1492 - § 1. Toda a ação se extingue
praescriptione ad normam iuris aliove por prescrição, de acordo com o direito, ou
legitimo modo, exceptis actionibus de statu por outro modo legítimo, exceto ações
personarum, quae numquam extinguuntur. relativas ao estado das pessoas as quais
nunca se extinguem.
§ 2. Exceptio, salvo praescripto can. 1462, § 2. Compete sempre exceção, salva a
semper competit et est suapte natura prescrição do cân. 1462; ela é perpétua por
perpetua. sua natureza.

Can. 1493 - Actor pluribus simul actionibus, Cân. 1493 - O autor pode demandar
quae tamen inter se non confligant, sive de alguém, mediante várias ações
eadem re sive de diversis, aliquem simultâneas, desde que não sejam
convenire potest, si aditi tribunalis conflitantes entre si, na mesma matéria ou
competentiam non egrediantur. em diversas matérias, se não
ultrapassarem a competência do tribunal
ao qual se dirigiu.

Can. 1494 - § 1. Pars conventa potest Cân. 1494 - § 1. A parte demandada pode,
coram eodem iudice in eodem iudicio diante do mesmo juiz e no mesmo juízo,
contra actorem vel propter causae nexum mover ação de reconvenção contra o autor,
cum actione principali vel ad em razão de conexão da causa com a
submovendam vel ad minuendam actoris ação principal, ou para repelir ou
petitionem, actionem reconventionalem enfranquecer a petição do autor.
instituere.
§ 2. Reconventio reconventionis non § 2. Não se admite reconvenção da
admittitur. reconvenção.

Can. 1495 - Actio reconventionalis Cân. 1495 - A ação de reconvenção deve


proponenda est iudici coram quo actio prior ser proposta ao juiz, perante o qual foi
instituta est, licet ad unam causam proposta a ação anterior, mesmo que
dumtaxat delegato vel alioquin relative delegado só para uma causa, ou
incompetenti. relativamente incompetente.

CAPUT II. DE ACTIONIBUS ET Capítulo II DAS AÇÕES E EXCEÇÕES EM


EXCEPTIONIBUS IN SPECIE ESPECIAL
Can. 1496 - § 1. Qui probabilibus saltem Cân. 1496 - § 1. Quem tiver demonstrado
argumentis ostenderit super aliqua re ab com argumentos, ao menos prováveis, que
alio detenta ius se habere, sibique damnum tem direito sobre alguma coisa retida por
imminere nisi res ipsa custodienda tradatur, outro, e que corre perigo de prejuízo, se a
ius habet obtinendi a iudice eiusdem rei coisa não for posta sob custódia, tem o
sequestrationem. direito de obter do juiz o seqüestro da
coisa.
§ 2. In similibus rerum adiunctis obtinere § 2. Em circunstâncias semelhantes, pode
potest, ut iuris exercitium alicui inhibeatur. obter que se impeça a alguém o exercício
de um direito.

Can. 1497 - § 1. Ad crediti quoque Cân. 1497 - § 1. Admite-se também o


securitatem sequestratio rei admittitur, seqüestro de alguma coisa para garantia
dummodo de creditoris iure satis constet. de um crédito, contanto que conste sufic
ientemente o direito do credor.
§ 2. Sequestratio extendi potest etiam ad § 2. O seqüestro pode estender-se também
res debitoris quae quolibet titulo apud alias a coisas do devedor que por qualquer
personas reperiantur, et ad debitoris título, estejam em poder de outras
credita. pessoas, bem como aos créditos do
devedor.

Can. 1498 - Sequestratio rei et inhibitio Cân. 1498 - De maneira alguma podem ser
exercitii iuris decerni nullatenus possunt, si determinados o seqüestro da coisa e a
damnum quod timetur possit aliter reparari suspensão do exercício de direito, quando
et idonea cautio de eo reparando offeratur. o prejuízo que se teme puder ser reparado
de outra forma, ou for dada idônea garantia
de reparação.

Can. 1499 - Iudex potest ei, cui Cân. 1499 - O juiz pode impor àquele a
sequestrationem rei vel inhibitionem quem concede o seqüestro da coisa ou
exercitii iuris concedit, praeviam imponere inibição do exercício de direito prévia
cautionem de damnis, si ius suum non caução contra prejuízos, caso não prove
probaverit, resarciendis. seu direito.

Can. 1500 - Ad naturam et vim actionis Cân. 1500 - Quanto à natureza e à força
possessoriae quod attinet, serventur da ação possessória, observem-se as
praescripta iuris civilis loci ubi sita est res prescrições do direito civil do lugar onde se
de cuius possessione agitur. encontra a coisa, de cuja posse se trata.

PARS II. DE IUDICIO CONTENTIOSO II PARTE DO JUÍZO CONTENCIOSO


SECTIO I. DE IUDICIO CONTENTIOSO SEÇÃO I DO JUÍZO CONTENCIOSO
ORDINARIO ORDINÁRIO
TITULUS I. DE CAUSAE TÍTULO I DA INTRODUÇÃO DA CAUSA
INTRODUCTIONE
CAPUT I. DE LIBELLO LITIS Capítulo I DO LIBELO INTRODUTÓRIO
INTRODUCTORIO DA LIDE
Can. 1501 - Iudex nullam causam Cân. 1501 - O juiz não pode conhecer de
cognoscere potest, nisi petitio, ad normam nenhuma causa, a não ser que seja
canonum, proposita sit ab eo cuius interest, apresentada a petição, de acordo com os
vel a promotore iustitiae. cânones, pelo interessado ou pelo
promotor de justiça.

Can. 1502 - Qui aliquem convenire vult, Cân. 1502 - Quem pretende demandar
debet libellum competenti iudici exhibere, in alguém deve apresentar ao juiz
quo controversiae obiectum proponatur, et competente o libelo, no qual se proponha a
ministerium iudicis expostuletur. objeto da controvérsia e se solicite o
serviço do juiz.

Can. 1503 - § 1. Petitionem oralem iudex Cân. 1503 - § 1. O juiz pode admitir a
admittere potest, quoties vel actor libellum petição oral, sempre que o autor es teja
exhibere impediatur vel causa sit facilis impedido de apresentar o libelo, ou a
investigationis et minoris momenti. causa seja de fácil investigação e de
menor importância.
§ 2. In utroque tamen casu iudex notarium § 2. Em ambos os casos, porém, o juiz
iubeat scriptis actum redigere qui actori ordene ao notário redigir por escrito um
legendus est et ab eo probandus, quique ato, que deve ser lido para o autor e ser
locum tenet libelli ab actore scripti ad por ele aprovado, e que faz as vezes do
omnes iuris effectus. libelo escrito pelo autor para todos os
efeitos do direito.

Can. 1504 - Libellus, quo lis introducitur, Cân. 1504 - O libelo introdutório da lide
debet: deve:
1° exprimere coram quo iudice causa 1°- dizer diante de qual juiz se introduz
introducatur, quid petatur et a quo petatur; a causa, que se pede e de quem se pede;
2° indicare quo iure innitatur actor et 2°- indicar o direito em que se
generatim saltem quibus factis et fundamenta o autor e, ao menos de modo
probationibus ad evincenda ea quae geral, os fatos e provas que possam
asseruntur; demonstrar o que é alegado;
3° subscribi ab actore vel eius 3°- ser assinado pelo autor ou seu
procuratore, appositis die, mense et anno, procurador, com a indicação do dia, mês e
necnon loco in quo actor vel eius ano, do lugar onde residem o autor ou o
procurator habitant, aut residere se dixerint procurador ou onde disserem residir, para
actorum recipiendorum gratia; a recepção dos atos que lhes devem ser
comunicados;
4° indicare domicilium vel quasi- 4°- indicar o domicílio ou quase-
domicilium partis conventae. domicílio da parte demandada.

Can. 1505 - § 1. Iudex unicus vel tribunalis Cân. 1505 - § 1. O juiz único ou o
collegialis praeses, postquam viderint et presidente do tribunal colegial, depois de
rem esse suae competentiae et actori constarem que a questão é de sua
legitimam personam standi in iudicio non competência e que o autor tem capacidade
deesse, debent suo decreto quam primum para estar em juízo, devem quanto antes
libellum aut admittere aut reicere. admitir ou rejeitar o libelo.
§ 2. Libellus reici potest tantum: § 2. O libelo só pode ser rejeitado:
1° si iudex vel tribunal incompetens sit; 1°- se o juiz ou o tribunal for
incompetente;
2° si sine dubio constet actori legitimam 2°- se constar, sem dúvida, que o autor
deesse personam standi in iudicio; não tem capacidade para estar em juízo;
3° si non servata sint praescripta 3°- se não foram respeitadas as
can. 1504, nn. 1-3; prescrições do cân. 1504, n.1 e 3;
4° si certo pateat ex ipso libello 4°- e pelo próprio libelo for evidente que
petitionem quolibet carere fundamento, a petição não tem fundamento, nem venha
neque fieri posse, ut aliquod ex processu a ser possível que do processo surja algum
fundamentum appareat. fundamento.
§ 3. Si libellus reiectus fuerit ob vitia quae § 3. Se o libelo for rejeitado por vícios
emendari possunt, actor novum libellum rite sanáveis, o autor pode apresentar ao juiz
confectum potest eidem iudici denuo novo libelo devidamente redigido.
exhibere.
§ 4. Adversus libelli reiectionem integrum § 4. Contra a rejeição do libelo cabe
semper est parti intra tempus utile decem sempre que a parte, dentro do prazo útil de
dierum recursum rationibus suffultum dez dias, interponha recurso, com suas
interponere vel ad tribunal appellationis vel razões, ao tribunal de apelação, ou ao
ad collegium, si libellus reiectus fuerit a colégio, se o libelo foi rejeitado pelo
praeside; quaestio autem reiectionis presidente; deve, porém, a questão da
expeditissime definienda est. rejeição ser definida com a máxima
rapidez.

Can. 1506 - Si iudex intra mensem ab Cân. 1506 - Se o juiz não tiver dado,
exhibito libello decretum non ediderit, quo dentro de um mês desde a apresentação
libellum admittit vel reicit ad normam do libelo, o decreto pelo qual, de acordo
can. 1505, pars, cuius interest, instare com o cân. 1505, admite ou rejeita o libelo
potest ut iudex suo munere fungatur; quod a parte interessada pode requerer que o
si nihilominus iudex sileat, inutiliter lapsis juiz cumpra seu dever; se, apesar disso, o
decem diebus a facta instantia, libellus pro juiz não se pronunciar, passados dez dias
admisso habeatur. depois de feito o requerimento, tenha-se
por admitido o libelo.

CAPUT II. DE CITATIONE ET Capítulo II DA CITAÇÃO E DA


DENUNTIATIONE ACTORUM NOTIFICAÇÃO DOS ATOS JUDICIAIS
IUDICIALIUM
Can. 1507 - § 1. In decreto, quo actoris Cân. 1507 - § 1. No decreto, com o qual se
libellus admittitur, debet iudex vel praeses admite o libelo do autor o juiz ou o
ceteras partes in iudicium vocare seu citare presidente deve chamar a juízo as outras
ad litem contestandam, statuens utrum eae partes ou citá-las para a litiscontestação,
scripto respondere debeant an coram ipso determinando se devem responder por
se sistere ad dubia concordanda. Quod si escrito ou se devem apresentar-se
ex scriptis responsionibus perspiciat pessoalmente diante dele para a
necessitatem partes convocandi, id potest concordância das dúvidas. E se, pelas
novo decreto statuere. respostas escritas, constata a necessidade
de convocar as partes, pode estabelecê- lo
com novo decreto.
§ 2. Si libellus pro admisso habetur ad § 2. Se o libelo é dado por aceito, de
normam can. 1506, decretum citationis in acordo com o cân. 1506, o decreto de
iudicium fieri debet intra viginti dies a facta citação a juízo deve ser feito no prazo de
instantia, de qua in eo canone. vinte dias depois de apresentado o
requerimento mencionado nesse cânon.
§ 3. Quod si partes litigantes de facto § 3. Mas, se as partes litigantes
coram iudice se sistant ad causam comparecerem de fato diante do juiz para
agendam, opus non est citatione, sed fazer tramitar a causa, não há necessidade
actuarius significet in actis partes iudicio de citação; o notário, porém, indique nos
adfuisse. autos terem as partes comparecido a juízo.

Can. 1508 - § 1. Decretum citationis in Cân. 1508 - § 1. O decreto de citação a


iudicium debet statim parti conventae juízo deve ser notificado imediatamente à
notificari, et simul ceteris, qui comparere parte demandada, e ao mesmo tempo
debent, notum fieri. comunicado aos outros que devem
comparecer a juízo.
§ 2. Citationi libellus litis introductorius § 2. À citação seja anexo o libelo
adiungatur, nisi iudex propter graves introdutório da lide, a não ser que o juiz,
causas censeat libellum significandum non por causas graves, julgue que o libelo não
esse parti, antequam haec deposuerit in deve ser apresentado à outra parte, antes
iudicio. que está tenha deposto em juízo.
§ 3. Si lis moveatur adversus eum qui non § 3. Se a lide for movida contra alguém que
habet liberum exercitium suorum iurium, vel não tem livre exercício de seus direitos ou
liberam administrationem rerum de quibus livre administração das coisas em questão,
disceptatur, citatio denuntianda est, prout a citação deve ser comunicada, segundo
casus ferat, tutori, curatori, procuratori os casos, ao tutor, ao curador, ao
speciali, seu ei qui ipsius nomine iudicium procurador especial, ou a quem, em seu
suscipere tenetur ad normam iuris. nome, deve responder em juízo, de acordo
com o direito.

Can. 1509 - § 1. Citationum, decretorum, Cân. 1509 - § 1. A notificação das citações,


sententiarum aliorumque iudicialium sentenças e demais atos judiciais deve ser
actorum notificatio facienda est per feita por correio ou por outro modo, o mais
publicos tabellarios vel alio modo qui seguro possível, observando-se as normas
tutissimus sit, servatis normis lege estabelecidas por lei particular.
particulari statutis.
§ 2. De facto notificationis et de eius modo § 2. Nos autos devem constar o fato e o
constare debet in actis. modo da notificação.

Can. 1510 - Conventus, qui citatoriam Cân. 1510 - Tenha-se por legitimamente
schedam recipere recuset, vel qui impedit citado o demandado que recusa receber a
quominus citatio ad se perveniat, legitime cédula de citação ou impede que a citação
citatus habeatur. lhe venha as mãos.

Can. 1511 - Si citatio non fuerit legitime Cân. 1511 - Se a citação não tiver sido
notificata, nulla sunt acta processus, salvo legitimamente notificada, são nulos os atos
praescripto can. 1507, § 3. do processo, salvo a prescrição do cân.
1507, § 3.

Can. 1512 - Cum citatio legitime notificata Cân. 1512 - Tendo sido legitimamente
fuerit aut partes coram iudice steterint ad notificada a citação, ou tendo as partes
causam agendam: comparecido diante do juiz para fazer
tramitar a causa:
1° res desinit esse integra; 1°- a coisa se torna litigiosa;
2° causa fit propria illius iudicis aut 2°- a causa se torna própria daquele
tribunalis ceteroquin competentis, coram juiz ou tribunal, já competente perante o
quo actio instituta est; qual a ação foi proposta;
3° in iudice delegato firma redditur 3°- consolida-se a jurisdição do juiz
iurisdictio, ita ut non expiret resoluto iure delegado, de modo a não mais cessar,
delegantis; mesmo se extinguir o direito do delegante;
4° interrumpitur praescriptio, nisi aliud 4°- interrompe-se a prescrição, salvo
cautum sit; determinação diversa;
5° lis pendere incipit; et ideo statim 5°- começa a litispendência, e por
locum habet principium «lite pendente, nihil conseguinte tem imediata aplicação o
innovetur». princípio: "na pendência da lide, nada se
inove".

TITULUS II. DE LITIS CONTESTATIONE TÍTULO II DA LITISCONTESTAÇÃO


Can. 1513 - § 1. Contestatio litis habetur Cân. 1513 - § 1. Dá-se a litiscontestação
cum per iudicis decretum controversiae quando, por decreto do juiz, são definidos
termini, ex partium petitionibus et os termos da controvérsia, deduzidos das
responsionibus desumpti, definiuntur. petições e respostas das partes.
§ 2. Partium petitiones responsionesque, § 2. As petições e respostas das partes
praeterquam in libello litis introductorio, podem ser expressas no libelo introdutório
possunt vel in responsione ad citationem da lide, na resposta à citação ou nas
exprimi vel in declarationibus ore coram declarações de viva voz diante do juiz; nas
iudice factis; in causis autem difficilioribus causas mais difíceis, porém, as partes
partes convocandae sunt a iudice ad devem ser convocadas pelo juiz para a
dubium vel dubia concordanda, quibus in concordância da dúvida ou dúvidas, às
sententia respondendum sit. quais se deverá responder na sentença.
§ 3. Decretum iudicis partibus notificandum § 3. O decreto do juiz deve ser notificado
est; quae nisi iam consenserint, possunt às partes; a não ser que já tenham
intra decem dies ad ipsum iudicem concordado, estas podem, dentro de dez
recurrere, ut mutetur; quaestio autem dias, recorrer ao juiz para que seja
expeditissime ipsius iudicis decreto modificado; a questão, porém, deve ser
dirimenda est. resolvida com a máxima rapidez, por
decreto do próprio juiz.

Can. 1514 - Controversiae termini semel Cân. 1514 - Os termos da controvérsia,


statuti mutari valide nequeunt, nisi novo uma vez estabelecidos, não podem ser
decreto, ex gravi causa, ad instantiam mudados validamente, a não ser por novo
partis et auditis reliquis partibus earumque decreto, por causa grave, a requerimento
rationibus perpensis. da parte, ouvindo as outras partes e
ponderando suas razões.

Can. 1515 - Lite contestata, possessor rei Cân. 1515 - Feita a litiscontestação, cessa
alienae desinit esse bonae fidei; ideoque, si a boa fé daquele que está na posse de
damnatur ut rem restituat, fructus quoque a coisa alheia, portanto, se é condenado a
contestationis die reddere debet et damna restituição, deve entregar também os frutos
sarcire. e reparar os danos, a partir do dia da
contestação.

Can. 1516 - Lite contestata, iudex Cân. 1516 - Feita a litiscontestação, o juiz
congruum tempus partibus praestituat estabeleça o tempo conveniente para a
probationibus proponendis et explendis. apresentação e a complementação das
provas.

TITULUS III. DE LITIS INSTANTIA TÍTULO III DA INSTÂNCIA DA LIDE


Can. 1517 - Instantiae initium fit citatione; Cân. 1517 - A instância começa com a
finis autem non solum pronuntiatione citação; termina não só com o pronunciar-
sententiae definitivae, sed etiam aliis modis se a sentença definitiva, mas também por
iure praefinitis. outros modos estabelecidos pelo direito.

Can. 1518 - Si pars litigans moriatur aut Cân. 1518 - Se uma parte litigante morre,
statum mutet aut cesset ab officio cuius muda de estado ou cessa do ofício em
ratione agit: razão do qual age judicialmente:
1° causa nondum conclusa, instantia 1°- não estando ainda concluída a
suspenditur donec heres defuncti aut causa, suspende-se a instância, até que o
successor aut is, cuius intersit, litem herdeiro do defunto, o sucessor ou o
resumat; interessado reassuma a lide;
2° causa conclusa, iudex procedere 2°- estando concluída a causa, o juiz
debet ad ulteriora, citato procuratore, si deve prosseguir, citando o procurador, se
adsit, secus defuncti herede vel houver, ou então o herdeiro ou o sucessor
successore. do defunto.

Can. 1519 - § 1. Si a munere cesset tutor Cân. 1519 - § 1. Se o tutor, curador ou


vel curator vel procurator, qui sit ad procurador cessarem do encargo, sendo
normam can. 1481, §§ 1 et 3 necessarius, necessária sua presença, de acordo com o
instantia interim suspenditur. cân. 1481, §§ 1 e 3, a instância é
provisoriamente suspensa.
§ 2. Alium autem tutorem vel curatorem § 2. O juiz constitua, quanto antes, outro
iudex quam primum constituat; tutor ou curador; pode também constituir
procuratorem vero ad litem constituere um procurador para a lide, se a parte
potest, si pars neglexerit intra brevem deixar de o fazer dentro de breve prazo
terminum ab ipso iudice statutum. estabelecido pelo juiz.

Can. 1520 - Si nullus actus processualis, Cân. 1520 - Não havendo nenhum
nullo obstante impedimento, ponatur a impedimento, se nenhum ato processual
partibus per sex menses, instantia for praticado pelas partes durante seis
perimitur. Lex particularis alios meses, dá-se a perempção da instância. A
peremptionis terminos statuere potest. lei particular pode estabelecer outros
prazos de perempção.

Can. 1521 - Peremptio obtinet ipso iure et Cân. 1521 - A perempção se produz pelo
adversus omnes, minores quoque aliosve próprio direito e contra todos, mesmo
minoribus aequiparatos, atque etiam ex menores ou outros a eles equiparados, e
officio declarari debet, salvo iure petendi deve ser declarada mesmo ex officio, salvo
indemnitatem adversus tutores, curatores, o direito de pedir indenização contra
administratores, procuratores, qui culpa se tutores, curadores, administradores e
caruisse non probaverint. procuradores, que não provarem sua
isenção de culpa.

Can. 1522 - Peremptio exstinguit acta Cân. 1522 - A perempção extingue os atos
processus, non vero acta causae; immo do processo, mas não os atos da causa;
haec vim habere possunt etiam in alia aliás, estes podem ter valor para outra
instantia, dummodo causa inter easdem instância, contanto que a causa se dê entre
personas et super eadem re intercedat; sed as mesmas pessoas e sobre o mesmo
ad extraneos quod attinet, non aliam vim objeto; no que se refere a estranhos, não
obtinent nisi documentorum. têm outro valor, senão o de documentos.

Can. 1523 - Perempti iudicii expensas, Cân. 1523 - Cada um dos litigantes, no
quas quisque ex litigantibus fecerit, ipse juízo perempto, arque com as despesas
ferat. que tiver feito.

Can. 1524 - § 1. In quolibet statu et gradu Cân. 1524 - § 1. O autor pode renunciar a
iudicii potest actor instantiae renuntiare; instância em qualquer estado e grau do
item tum actor tum pars conventa possunt juízo; igualmente, tanto o autor como a
processus actis renuntiare sive omnibus parte demandada podem renunciar a todos
sive nonnullis tantum. ou a alguns atos do processo.
§ 2. Tutores et administratores personarum § 2. Os tutores e administradores de
iuridicarum, ut renuntiare possint instantiae, pessoas jurídicas, para poderem renunciar
egent consilio vel consensu eorum, quorum à instância, necessitam do parecer ou do
concursus requiritur ad ponendos actus, consentimento daqueles cuja participação
qui ordinariae administrationis fines é exigida, para a prática de atos que
excedunt. excedem os limites da administração
ordinária.
§ 3. Renuntiatio, ut valeat, peragenda est § 3. A renúncia, para ser válida, deve ser
scripto, eademque a parte vel ab eius feita por escrito e assinada pela parte ou
procuratore, speciali tamen mandato por seu procurador, munido de mandato
munito, debet subscribi, cum altera parte especial; deve ser comunicada à outra
communicari, ab eaque acceptari vel parte e por ela aceita ou, ao menos, não
saltem non impugnari, et a iudice admitti. impugnada, e deve ser admitida pelo juiz.

Can. 1525 - Renuntiatio a iudice admissa, Cân. 1525 - A renúncia, admitida pelo juiz
pro actis quibus renuntiatum est, eosdem para os atos a que se renunciou, produz os
parit effectus ac peremptio instantiae, mesmos efeitos da perempção da
itemque obligat renuntiantem ad solvendas instância; obriga o renunciante a pagar as
expensas actorum, quibus renuntiatum fuit. despesas dos atos aos quais renunciou.

TITULUS IV. DE PROBATIONIBUS TÍTULO IV DAS PROVAS


Can. 1526 - § 1. Onus probandi incumbit ei Cân. 1526 - § 1. O ônus da prova cabe a
qui asserit. quem afirma.
§ 2. Non indigent probatione: § 2. Não necessitam de provas:
1° quae ab ipsa lege praesumuntur; 1°- as presunções legais;
2° facta ab uno ex contendentibus 2°- os fatos afirmados por um dos
asserta et ab altero admissa, nisi iure vel a contendentes e admitidos pelo outro, a não
iudice probatio nihilominus exigatur. ser que o direito ou o juiz exijam, apesar
disso, a prova.

Can. 1527 - § 1. Probationes cuiuslibet Cân. 1527 - § 1. Podem-se aduzir provas


generis, quae ad causam cognoscendam de qualquer gênero, que parecerem úteis a
utiles videantur et sint licitae, adduci cognição da causa e forem lícitas.
possunt.
§ 2. Si pars instet ut probatio a iudice § 2. Se a parte instar para que seja
reiecta admittatur, ipse iudex rem admitida uma prova rejeitada pelo juiz, o
expeditissime definiat. próprio juiz defina a questão com a máxima
rapidez.

Can. 1528 - Si pars vel testis se sistere ad Cân. 1528 - Se uma parte ou testemunha
respondendum coram iudice renuant, licet recusam apresentar- se perante o juiz para
eos audire etiam per laicum a iudice responder, é lícito interrogá-las mesmo por
designatum aut requirere eorum meio de um leigo designado pelo juiz ou
declarationem coram publico notario vel requerer a declaração delas perante
quovis alio legitimo modo. público tabelião, ou por qualquer outro
modo legítimo.

Can. 1529 - Iudex ad probationes Cân. 1529 - O juiz não proceda à coleta de
colligendas ne procedat ante litis provas antes da litiscontestação, a não ser
contestationem nisi ob gravem causam. por causa grave.

CAPUT I. DE PARTIUM Capítulo I DAS DECLARAÇÕES DAS


DECLARATIONIBUS PARTES
Can. 1530 - Iudex ad veritatem aptius Cân. 1530 - Para apurar melhor a verdade,
eruendam partes interrogare semper o juiz pode sempre interrogar as partes, e
potest, immo debet, ad instantiam partis vel até o deve, a requerimento da parte ou
ad probandum factum quod publice interest para provar um fato que é do interesse
extra dubium poni. público que esteja acima de qualquer
dúvida.
Can. 1531 - § 1. Pars legitime interrogata Cân. 1531 - § 1. A parte legitimamente
respondere debet et veritatem integre interrogada deve responder e dizer toda a
fateri. verdade.
§ 2. Quod si respondere recusaverit, iudicis § 2. Se recusa responder, cabe ao juiz
est aestimare quid ad factorum ponderar o que se possa deduzir disso
probationem exinde erui possit. para a prova dos fatos.

Can. 1532 - In casibus, in quibus bonum Cân. 1532 - Nos casos em que está em
publicum in causa est, iudex partibus causa o bem público, o juiz imponha às
iusiurandum de veritate dicenda aut saltem partes juramento de dizer a verdade, ou
de veritate dictorum deferat, nisi gravis pelo menos juramento sobre a verdade do
causa aliud suadeat; in aliis casibus, potest que foi dito, a não ser que grave causa
pro sua prudentia. aconselhe o contrário; nos outros casos,
pode fazer isso, de acordo com sua
prudência.

Can. 1533 - Partes, promotor iustitiae et Cân. 1533 - As partes, o promotor de


defensor vinculi possunt iudici exhibere justiça e o defensor do vínculo podem
articulos, super quibus pars interrogetur. apresentar ao juiz pontos, sobre os quais a
parte seja interrogada.

Can. 1534 - Circa partium interrogationem Cân. 1534 - Para o interrogatório das
cum proportione serventur, quae in cann. partes, observe-se, com a devida
1548, § 2, n. 1, 1552 et 1558-1565 de proporção, o que se estabelece sobre as
testibus statuuntur. testemunhas nos cânn. 1548, § 2, n. 1,
1552 e 1558- 1565.

Can. 1535 - Assertio de aliquo facto, Cân. 1535 - Confissão judicial é a afirma
scripto vel ore, coram iudice competenti, ab ção de um fato, escrita ou oral, perante juiz
aliqua parte circa ipsam iudicii materiam, competente, por uma das partes contra si
sive sponte sive iudice interrogante, contra mesma, a respeito da matéria do juízo,
se peracta, est confessio iudicialis. espontaneamente ou no interrogatório do
juiz.

Can. 1536 - § 1. Confessio iudicialis unius Cân. 1536 - § 1. Tratando-se de questão


partis, si agatur de negotio aliquo privato et particular e não estando em causa o bem
in causa non sit bonum publicum, ceteras público, a confissão judicial de uma das
relevat ab onere probandi. partes isenta as outras do ônus da prova.
§ 2. In causis autem quae respiciunt bonum § 2. Contudo, nas causas que interessam
publicum, confessio iudicialis et partium ao bem público, a confissão judicial e as
declarationes, quae non sint confessiones, declarações das partes, que não sejam
vim probandi habere possunt, a iudice confissões, podem ter força de prova, a ser
aestimandam una cum ceteris causae ponderada pelo juiz juntamente com as
adiunctis, at vis plenae probationis ipsis demais circunstâncias da causa; mas não
tribui nequit, nisi alia accedant elementa se pode atribuir a elas força probatória
quae eas omnino corroborent. plena, a não ser que haja outros elementos
que as corroborem plenamente.

Can. 1537 - Quoad extraiudicialem Cân. 1537 - Compete ao juiz, ponderadas


confessionem in iudicium deductam, iudicis todas as circunstâncias, determinar que
est, perpensis omnibus adiunctis, valor se deve dar a confissão extrajudicial
aestimare quanti ea sit facienda. das partes aduzidas em juízo.

Can. 1538 - Confessio vel alia quaevis Cân. 1538 - A confissão ou qualquer outra
partis declaratio qualibet vi caret, si constet declaração da parte não tem nenhum valor,
eam ex errore facti esse prolatam, aut vi caso conste ter sido feita por erro de fato
vel metu gravi extortam. ou extorquida por violência ou medo grave.

CAPUT II. DE PROBATIONE PER Capítulo II DA PROVA DOCUMENTAL


DOCUMENTA
Can. 1539 - In quolibet iudicii genere Cân. 1539 - Em qualquer espécie de juízo,
admittitur probatio per documenta tum admite-se prova por documentos públicos
publica tum privata. ou particulares.

Art. 1. DE NATURA ET FIDE Art. 1 Da Natureza e do Valor dos


DOCUMENTORUM Documentos
Can. 1540 - § 1. Documenta publica Cân. 1540 - § 1. Documentos públicos
ecclesiastica ea sunt, quae persona publica eclesiásticos são aqueles que foram
in exercitio sui muneris in Ecclesia confecit, elaborados por pessoa pública no exercício
servatis sollemnitatibus iure praescriptis. do próprio múnus na Igreja, observando as
formalidades prescritas pelo direito.
§ 2. Documenta publica civilia ea sunt, § 2. Documentos públicos civis são
quae secundum uniuscuiusque loci leges aqueles que, de acordo com as leis do
talia iure censentur. lugar, são reconhecidos como tais pelo
direito.
§ 3. Cetera documenta sunt privata. § 3. Os outros documentos são
particulares.

Can. 1541 - Nisi contrariis et evidentibus Cân. 1541 - A não ser que se demonstre
argumentis aliud evincatur, documenta outra coisa por argumentos contrários e
publica fidem faciunt de omnibus quae evidentes, os documentos públicos fazem
directe et principaliter in iis affirmantur. fé em tudo o que neles é afirmado de modo
direto e principal.

Can. 1542 - Documentum privatum, sive Cân. 1542 - Um documento particular,


agnitum a parte sive recognitum a iudice, admitido pela parte ou reconhecido pelo
eandem probandi vim habet adversus juiz, tem o mesmo valor de uma confissão
auctorem vel subscriptorem et causam ab extrajudicial, contra seu autor ou contra
iis habentes, ac confessio extra iudicium quem o assinou e seus sucessores na
facta; adversus extraneos eandem vim causa; contra os estranhos ao processo,
habet ac partium declarationes quae non tem a mesma força das declarações das
sint confessiones, ad normam can. 1536, partes, que não sejam confissões, de
§ 2. acordo com o cân. 1536, § 2.

Can. 1543 - Si abrasa, correcta, interpolata Cân. 1543 - Demonstrando-se que os


aliove vitio documenta infecta documentos foram rasurados, corrigidos,
demonstrentur, iudicis est aestimare an et interpolados ou viciados de qualquer outro
quanti huiusmodi documenta sint facienda. modo, cabe ao juiz julgar se podem ser
levados em conta, e em que medida.

Art. 2. DE PRODUCTIONE Art. 2 Da Apresentação dos Documentos


DOCUMENTORUM
Can. 1544 - Documenta vim probandi in Cân. 1544 - Os documentos não tem força
iudicio non habent, nisi originalia sint aut in probatória em juízo, a não ser que sejam
exemplari authentico exhibita et penes apresentados no original ou em cópia
tribunalis cancellariam deposita, ut a iudice autêntica e depositados na chancelaria do
et ab adversario examinari possint. tribunal, para que possam ser examinados
pelo juiz e pela parte contrária.

Can. 1545 - Iudex praecipere potest ut Cân. 1545 - O juiz pode ordenar que seja
documentum utrique parti commune apresentado no processo um documento
exhibeatur in processu. comum a ambas as partes.

Can. 1546 - § 1. Nemo exhibere tenetur Cân. 1546 - § 1. Ninguém é obrigado a


documenta, etsi communia, quae apresentar documentos que, embora
communicari nequeunt sine periculo damni comuns, não podem ser apresentados sem
ad normam can. 1548, § 2, n. 2 aut sine perigo de dano, de acordo com cân. 1548,
periculo violationis secreti servandi. § 2, n° 2 ou sem perigo de violação de
segredo que deve ser mantido.
§ 2. Attamen si qua saltem documenti § 2. Entretanto, se alguma pequena parte
particula describi possit et in exemplari do documento puder ser transcrita e
exhiberi sine memoratis incommodis, iudex apresentada em cópia sem os referidos
decernere potest ut eadem producatur. inconvenientes, o juiz pode decretar sua
apresentação.

CAPUT III. DE TESTIBUS ET Capítulo III DAS TESTEMUNHAS E DOS


ATTESTATIONIBUS TESTEMUNHOS
Can. 1547 - Probatio per testes in Cân. 1547 - A prova testemunhal é
quibuslibet causis admittitur, sub iudicis admitida em quaisquer causa, sob
moderatione. orientação do juiz.

Can. 1548 - § 1. Testes iudici legitime Cân. 1548 - § 1. As testemunhas devem


interroganti veritatem fateri debent. dizer a verdade ao juiz que legitimamente
as interroga.
§ 2. Salvo praescripto can. 1550, § 2, n. 2, § 2. Salva a prescrição do cân. 1550, § 2,
ab obligatione respondendi eximuntur: n. 2, são isentos da obrigação de
responder:
1° clerici, quod attinet ad ea quae ipsis 1°- os clérigos, quanto ao que lhes foi
manifestata sunt ratione sacri ministerii; manifestado em razão do ministério
civitatum magistratus, medici, obstetrices, sagrado; os magistrados civis, médicos,
advocati, notarii aliique qui ad secretum parteiras, advogados, notários e outros
officii etiam ratione praestiti consilii obrigados ao segredo de ofício, também
tenentur, quod attinet ad negotia huic em razão de conselho dado, a respeito de
secreto obnoxia; assuntos sujeitos a esse segredo;
2° qui ex testificatione sua sibi aut 2°- quem teme que de seu testemunho
coniugi aut proximis consanguineis vel sobrevenham infâmia, perigosos vexames,
affinibus infamiam, periculosas vexationes, ou outros males graves para si próprio, ou
aliave mala gravia obventura timent. para o cônjuge, ou para próximos
consangüíneos ou afins.
Art. 1. QUI TESTES ESSE POSSUNT Art. 1 Quem Pode Testemunhar
Can. 1549 - Omnes possunt esse testes, Cân. 1549 - Todos podem ser
nisi expresse iure repellantur vel in totum testemunhas, a não ser que sejam
vel ex parte. expressamente impedidos, total ou
parcialmente, pelo direito.

Can. 1550 - § 1. Ne admittantur ad Cân. 1550 - § 1. Não sejam admitidos a


testimonium ferendum minores infra testemunhar menores com menos de
decimum quartum aetatis annum et mente catorze anos, e débeis mentais; mas
debiles; audiri tamen poterunt ex decreto podem ser ouvidos por decreto do juiz, no
iudicis, quo id expedire declaretur. qual se declara ser isso conveniente.
§ 2. Incapaces habentur: § 2. São considerados incapazes:
1° qui partes sunt in causa, aut partium 1°- as partes em causa ou seus
nomine in iudicio consistunt, iudex eiusve representantes em juízo, o juiz ou seus
assistentes, advocatus aliique qui partibus assistentes, o advogado e os outros que
in eadem causa assistunt vel astiterunt; assistem ou assistiram as partes nessa
causa;
2° sacerdotes, quod attinet ad ea omnia 2°- os sacerdotes, no que se refere ao
quae ipsis ex confessione sacramentali que ficaram sabendo pela confissão
innotuerunt, etsi poenitens eorum sacramental, mesmo que o penitente peça
manifestationem petierit; immo audita a que o manifestem; aliás, qualquer coisa
quovis et quoquo modo occasione ouvida por alguém, de qualquer modo, por
confessionis, ne ut indicium quidem ocasião da confissão, não pode ser aceita
veritatis recipi possunt. nem mesmo como indício de verdade.

Art. 2. DE INDUCENDIS ET Art. 2 Da Apresentação e Recusa de


EXCLUDENDIS TESTIBUS Testemunhas
Can. 1551 - Pars, quae testem induxit, Cân. 1551 - A parte que apresentou uma
potest eius examini renuntiare; sed adversa testemunha pode renunciar a seu
pars postulare potest ut nihilominus testis interrogatório; mas a parte contrária pode
examinetur. requerer que, apesar disso, a testemunha
seja ouvida.

Can. 1552 - § 1. Cum probatio per testes Cân. 1552 - § 1. Ao se requererem provas
postulatur, eorum nomina et domicilium por testemunhas, indiquem-se ao tribunal
tribunali indicentur. seus nomes e domicílio.
§ 2. Exhibeantur, intra terminum a iudice § 2. Apresentem-se, dentro do prazo
praestitutum, articuli argumentorum super determinado pelo juiz, os pontos sobre os
quibus petitur testium interrogatio; alioquin quais se pede sejam inquiridas as
petitio censeatur deserta. testemunhas; caso contrário considere-se
abandonado o pedido.

Can. 1553 - Iudicis est nimiam Cân. 1553 - Cabe ao juiz reduzir o número
multitudinem testium refrenare. excessivo de testemunhas.

Can. 1554 - Antequam testes examinentur, Cân. 1554 - Antes do exame das
eorum nomina cum partibus testemunhas. seus nomes sejam
communicentur; quod si id, prudenti iudicis comunicados às partes; e, segundo o
existimatione, fieri sine gravi difficultate prudente parecer do juiz, não sendo isto
nequeat, saltem ante testimoniorum possível sem grave dificuldade, faça-se ao
publicationem fiat. menos antes da publicação dos
testemunhos.

Can. 1555 - Firmo praescripto can. 1550, Cân. 1555 - Salva a prescrição do cân.
pars petere potest ut testis excludatur, si 1550, a parte pode pedir a exclusão de
iusta exclusionis causa demonstretur ante uma testemunha se, antes do seu
testis excussionem. interrogatório, se demonstrar justa a causa
da exclusão.

Can. 1556 - Citatio testis fit decreto iudicis Cân. 1556 - A citação da testemunha é
testi legitime notificato. feita mediante decreto do juiz,
legitimamente notificado à testemunha.

Can. 1557 - Testis rite citatus pareat aut Cân. 1557 - A testemunha devidamente
causam suae absentiae iudici notam faciat. citada compareça ou comunique ao juiz a
causa de sua ausência.

Art. 3. DE TESTIUM EXAMINE Art. 3 Do Interrogatório das Testemunhas


Can. 1558 - § 1. Testes sunt examini Cân. 1558 - § 1. As testemunhas devem
subiciendi in ipsa tribunalis sede, nisi aliud ser interrogadas na própria sede do
iudici videatur. tribunal, a não ser que o juiz julgue
diversamente.
§ 2. Cardinales, Patriarchae, Episcopi et ii § 2. Cardeais, Patriarcas, Bispos e aqueles
qui, suae civitatis iure, simili favore que, pelo direito civil próprio gozam do
gaudent, audiantur in loco ab ipsis selecto. mesmo privilégio, sejam ouvidos no lugar
por eles escolhido.
§ 3. Iudex decernat ubi audiendi sint ii, § 3. O juiz decida onde devem ser ouvidos
quibus propter distantiam, morbum aliudve aqueles a quem é impossível ou difícil ir à
impedimentum impossibile vel difficile sit sede do tribunal, em razão de distância, de
tribunalis sedem adire, firmis praescriptis doenças ou de outro impedimento, salvas
cann. 1418 et 1469, § 2. as prescrições dos cânn. 1418 e 1469, § 2.

Can. 1559 - Examini testium partes Cân. 1559 - As partes não podem assistir
assistere nequeunt, nisi iudex, praesertim ao interrogatório das testemunhas, a não
cum res est de bono privato, eas ser que o juiz, principalmente em se
admittendas censuerit. Assistere tamen tratando de bem particular, julgue que
possunt earum advocati vel procuratores, podem ser admitidas. Contudo, seus
nisi iudex propter rerum et personarum advogados ou procuradores podem
adiuncta censuerit secreto esse assistir, a não ser que o juiz, em razão de
procedendum. circunstância reais e pessoais, julgue que
se deve proceder secretamente.

Can. 1560 - § 1. Testes seorsim singuli Cân. 1560 - § 1. Cada testemunha deve
examinandi sunt. ser interrogada separadamente.
§ 2. Si testes inter se aut cum parte in re § 2. Se as testemunhas divergirem entre si
gravi dissentiant, iudex discrepantes inter ou com a outra parte em ponto importante,
se conferre seu comparare potest, remotis, o juiz pode proceder à acareação delas,
quantum fieri poterit, dissidiis et scandalo. evitando quanto possível discórdias e
escândalo.
Can. 1561 - Examen testis fit a iudice, vel Cân. 1561 - O interrogatório da
ab eius delegato aut auditore, cui assistat testemunha, que deve ser assistido pelo
oportet notarius; quapropter partes, vel notário, é feito pelo juiz, por seu delegado
promotor iustitiae, vel defensor vinculi, vel ou pelo auditor; por isso, se as partes, o
advocati qui examini intersint, si alias promotor de justiça, o defensor do vínculo
interrogationes testi faciendas habeant, has ou os advogados presentes ao exame
non testi, sed iudici vel eius locum tenenti tiverem outras perguntas a fazer a
proponant, ut eas ipse deferat, nisi aliter lex testemunha, proponham- nas, não à
particularis caveat. testemunha, mas ao juiz ou a quem o
substitui, a fim de que ele as faça, salvo
determinação contrária da lei particular.

Can. 1562 - § 1. Iudex testi in mentem Cân. 1562 - § 1. O juiz recorde à


revocet gravem obligationem dicendi totam testemunha a obrigação grave de dizer
et solam veritatem. toda a verdade e só a verdade.
§ 2. Iudex testi deferat iuramentum iuxta § 2. O juiz exija o juramento da
can. 1532; quod si testis renuat illud testemunha, de acordo com o cân. 1532;
emittere, iniuratus audiatur. se a testemunha se nega a fazê-lo, seja
ouvida sem juramento.

Can. 1563 - Iudex imprimis testis Cân. 1563 - O juiz primeiramente certifique-
identitatem comprobet; exquirat quaenam se da identidade da testemunha; indague
sit ipsi cum partibus necessitudo et, cum sobre o seu relacionamento com as partes
ipsi interrogationes specificas circa causam e, ao fazer-lhe perguntas específicas sobre
defert, sciscitetur quoque fontes eius a causa, procure averiguar tamb ém as
scientiae et quo definito tempore ea, quae fontes de suas informações e o tempo
asserit, cognoverit. exato em que as obteve.

Can. 1564 - Interrogationes breves sunto, Cân. 1564 - As perguntas sejam breves,
interrogandi captui accommodatae, non adaptadas à capacidade do interrogado,
plura simul complectentes, non captiosae, não abrangendo muitas coisas ao mesmo
non subdolae, non suggerentes tempo, não-capciosas, não sugeridoras da
responsionem, remotae a cuiusvis resposta, isentas de qualquer ofensa e
offensione et pertinentes ad causam quae pertinentes à causa em questão.
agitur.

Can. 1565 - § 1. Interrogationes non sunt Cân. 1565 - § 1. As perguntas não devem
cum testibus antea communicandae. ser comunicadas com antecedência às
testemunhas.
§ 2. Attamen si ea quae testificanda sunt § 2. Contudo, se as coisas a serem
ita a memoria sint remota, ut nisi prius testemunhadas estiverem tão afastadas da
recolantur certo affirmari nequeant, poterit memória que não possam ser afirmadas
iudex nonnulla testem praemonere, si id com certeza, o juiz pode prevenir a
sine periculo fieri posse censeat. testemunha de algum particular, se isto for
possível fazer sem perigo.

Can. 1566 - Testes ore testimonium dicant, Cân. 1566 - As testemunhas deponham
et scriptum ne legant, nisi de calculo et oralmente; não leiam nada já escrito, a não
rationibus agatur; hoc enim in casu, ser que se trate de algum cálculo ou de
adnotationes, quas secum attulerint, contas; neste caso, podem consultar as
consulere poterunt. anotações trazidas consigo.

Can. 1567 - § 1. Responsio statim Cân. 1567 - § 1. A resposta deve ser


redigenda est scripto a notario et referre imediatamente redigida por escrito pelo
debet ipsa editi testimonii verba, saltem notário, e deve referir as próprias palavras
quod attinet ad ea quae iudicii materiam do testemunho proferido, ao menos no que
directe attingunt. se refere diretamente à matéria em juízo.
§ 2. Admitti potest usus machinae § 2. Pode-se admitir o uso de gravador de
magnetophonicae, dummodo dein som, contanto que as respostas sejam
responsiones scripto consignentur et posteriormente consignadas por escrito e,
subscribantur, si fieri potest, a se possível, assinadas pelos depoentes.
deponentibus.

Can. 1568 - Notarius in actis mentionem Cân. 1568 - Nos autos, o notário faça
faciat de praestito, remisso aut recusato menção do juramento prestado,
iureiurando, de partium aliorumque dispensado ao recusado, da presença das
praesentia, de interrogationibus ex officio partes e de outros, das perguntas
additis et generatim de omnibus memoria acrescentadas ex officio e, em geral, de
dignis quae forte acciderint, cum testes todas as coisas dignas de menção,
excutiebantur. eventualmente acontecidas durante o
interrogatório das testemunhas.

Can. 1569 - § 1. In fine examinis, testi legi Cân. 1569 - § 1. Ao final do interrogatório,
debent quae notarius de eius depositione deve-se ler à testemunha o que o notário
scripto redegit, vel ipsi audita facere quae redigiu por escrito sobre seu depoimento,
ope magnetophonii de eius depositione ou fazê-la ouvir o que foi gravado, dando-
incisa sunt, data eidem testi facultate lhe a faculdade de acrescentar, suprimir,
addendi, supprimendi, corrigendi, variandi. corrigir, modificar.
§ 2. Denique actui subscribere debent § 2. Por fim, devem assinar o autor, a
testis, iudex et notarius. testemunha, o juiz e o notário.

Can. 1570 - Testes, quamvis iam excussi, Cân. 1570 - Embora já inquiridas as
poterunt parte postulante aut ex officio, testemunhas, a pedido da parte ou ex
antequam acta seu testificationes publici officio, poderão ser chamadas para novo
iuris fiant, denuo ad examen vocari, si interrogatório, antes da publicação dos
iudex id necessarium vel utile ducat, autos ou documentos, se o juiz o julgar
dummodo collusionis vel corruptelae necessário ou útil, contanto que não haja
quodvis absit periculum. nenhum perigo de colusão ou suborno.

Can. 1571 - Testibus, iuxta aequam iudicis Cân. 1571 - As testemunhas, de acordo
taxationem, refundi debent tum expensae, com justa avaliação do juiz, devem-se
quas fecerint, tum lucrum, quod amiserint, reembolsar as despesas que tiverem feito
testificationis reddendae causa. e o ganho que tiverem deixado de obter
para poderem testemunhar.

Art. 4. DE TESTIMONIORUM FIDE Art. 4 Da Força Probatória dos


Testemunhos
Can. 1572 - In aestimandis testimoniis Cân. 1572 - Na apreciação dos
iudex, requisitis, si opus sit, testimonialibus testemunhos, o juiz, tendo solicitado se
litteris, consideret: necessário cartas testemunhais, considere:
1° quae condicio sit personae, quaeve 1°- qual a condição da pessoa e sua
honestas; honestidade;
2° utrum de scientia propria, praesertim 2°- se é testemunha de ciência própria,
de visu et auditu proprio testificetur, an de principalmente por ter ela visto e ouvido; se
sua opinione, de fama, aut de auditu ab ela se baseia em sua própria opinião, na
aliis; fama ou por ter ouvido de outros;
3° utrum testis constans sit et firmiter 3°- se a testemunha é constante e
sibi cohaereat, an varius, incertus vel firmemente coerente consigo mesmo ou é
vacillans; variável, incerta ou vacilante;
4° utrum testimonii contestes habeat, 4°- se tem testemunhas concordes, ou
aliisve probationis elementis confirmetur se é ou não confirmada por outros
necne. elementos probatórios.

Can. 1573 - Unius testis depositio plenam Cân. 1573 - O depoimento de uma única
fidem facere non potest, nisi agatur de testemunha não pode fazer fé plena, a não
teste qualificato qui deponat de rebus ex ser que se trate de testemunha qualificada
officio gestis, aut rerum et personarum que deponha a respeito de coisas feitas ex
adiuncta aliud suadeant. officio ou que circunstâncias reais e
pessoais sugiram o contrário.

CAPUT IV. DE PERITIS Capítulo IV DOS PERITOS


Can. 1574 - Peritorum opera utendum est Cân. 1574 - Deve-se usar da ajuda de
quoties ex iuris vel iudicis praescripto peritos sempre que, por prescrição do
eorum examen et votum, praeceptis artis direito ou do juiz, se exigem seu
vel scientiae innixum, requiruntur ad factum interrogatório e seu laudo de caráter
aliquod comprobandum vel ad veram técnico ou científico, para comprovar algum
alicuius rei naturam dignoscendam. fato ou para discernir a verdadeira
natureza de alguma coisa.

Can. 1575 - Iudicis est peritos nominare, Cân. 1575 - Compete ao juiz nomear os
auditis vel proponentibus partibus, aut, si peritos, ouvindo as partes ou por proposta
casus ferat, relationes ab aliis peritis iam delas, ou então, se o caso o comporta,
factas assumere. aceitar os laudos já emitidos por outros
peritos.

Can. 1576 - Easdem ob causas quibus Cân. 1576 - Os peritos são excluídos ou
testis, etiam periti excluduntur aut recusari podem ser rejeitados pelas mesmas
possunt. causas previstas para a testemunha.

Can. 1577 - § 1. Iudex, attentis iis quae a Cân. 1577 - § 1. Levando em conta o que
litigantibus forte deducantur, singula capita eventualmente os litigantes apresentarem,
decreto suo definiat circa quae periti opera o juiz determine por decreto cada ponto
versari debeat. sobre o qual deve versar o trabalho dos
peritos.
§ 2. Perito remittenda sunt acta causae § 2. Devem ser entregues ao perito os atos
aliaque documenta et subsidia quibus da causa e outros documentos e subsídios
egere potest ad suum munus rite et fideliter de que pode precisar para cumprir exata e
exsequendum. fielmente seu encargo.
§ 3. Iudex, ipso perito audito, tempus § 3. Ouvido o próprio perito, o juiz
praefiniat intra quod examen perficiendum determine o prazo dentro do qual deve ser
est et relatio proferenda. feito o interrogatório e dado o laudo.

Can. 1578 - § 1. Periti suam quisque Cân. 1578 - § 1. Cada perito faça seu
relationem a ceteris distinctam conficiant, laudo distinto dos demais, a não ser que o
nisi iudex unam a singulis subscribendam juiz ordene que seja feito um único, a ser
fieri iubeat: quod si fiat, sententiarum assinado por cada um; em tal caso, sejam
discrimina, si qua fuerint, diligenter diligentemente anotadas as discordâncias
adnotentur. de pareceres, se as houver.
§ 2. Periti debent indicare perspicue quibus § 2. Os peritos devem indicar claramente
documentis vel aliis idoneis modis certiores os documentos ou outros modos
facti sint de personarum vel rerum vel adequados com que se certificaram da
locorum identitate, qua via et ratione identidade das pessoas, coisas ou lugares,
processerint in explendo munere sibi o caminho e o processo através dos quais
demandato et quibus potissimum cumpriram o encargo recebido, e os
argumentis suae conclusiones nitantur. argumentos em que principalmente se
firmam suas conclusões.
§ 3. Peritus accersiri potest a iudice ut § 3. O perito pode ser convocado pelo juiz
explicationes, quae ulterius necessariae para dar explicações que pareçam
videantur, suppeditet. ulteriormente necessárias.

Can. 1579 - § 1. Iudex non peritorum Cân. 1579 - § 1. O juiz pondere não só as
tantum conclusiones, etsi concordes, sed conclusões dos peritos, mesmo concordes,
cetera quoque causae adiuncta attente mas também todas as outras
perpendat. circunstâncias da causa.
§ 2. Cum reddit rationes decidendi, § 2. Na motivação da decisão, deve expor
exprimere debet quibus motus argumentis as razões que o levarem a aceitar ou
peritorum conclusiones aut admiserit aut rejeitar as conclusões dos peritos.
reiecerit.

Can. 1580 - Peritis solvenda sunt Cân. 1580 - Aos peritos devem ser pagas
expensae et honoraria a iudice ex bono et as despesas e honorários a serem
aequo determinanda, servato iure determinados eqüitativamente pelo juiz, e
particulari. observando-se o direito particular.

Can. 1581 - § 1. Partes possunt peritos Cân. 1581 - § 1. As partes podem designar
privatos, a iudice probandos, designare. peritos particulares que devem ser
aprovados pelo juiz.
§ 2. Hi, si iudex admittat, possunt acta § 2. Se o juiz o admitir, estes podem,
causae, quatenus opus sit, inspicere, quanto necessário, compulsar os autos da
peritiae exsecutioni interesse; semper causa e estar presentes à execução da
autem possunt suam relationem exhibere. perícia; e podem sempre apresentar seu
laudo.

CAPUT V. DE ACCESSU ET DE Capítulo V DO ACESSO E DA INSPEÇÃO


RECOGNITIONE IUDICIALI JUDICIÁRIA
Can. 1582 - Si ad definitionem causae Cân. 1582 - Para a definição da causa, se
iudex opportunum duxerit ad aliquem o juiz julgar oportuno ir a algum lugar ou
locum accedere vel aliquam rem inspicere, inspecionar alguma coisa, deve determiná-
decreto id praestituat, quo ea quae in lo por decreto, no qual especifique
accessu praestanda sint, auditis partibus, sumariamente, ouvidas as partes, o que
summatim describat. deve estar a disposição nesse acesso.

Can. 1583 - Peractae recognitionis Cân. 1583 - Faça-se um documento da


instrumentum conficiatur. inspeção levada a efeito.

CAPUT VI. DE PRAESUMPTIONIBUS Capítulo VI DAS PRESUNÇÕES


Can. 1584 - Praesumptio est rei incertae Cân. 1584 - A presunção é a conjectura
probabilis coniectura; eaque alia est iuris, provável de uma coisa incerta; se é
quae ab ipsa lege statuitur; alia hominis, estabelecida pela lei, chama-se presunção
quae a iudice conicitur. iuris, se e formulada pelo juiz, chama- se
presunção hominis.

Can. 1585 - Qui habet pro se iuris Cân. 1585 - Quem tem a seu favor uma
praesumptionem, liberatur ab onere presunção de direito fica livre do ônus da
probandi, quod recidit in partem adversam. prova, que recai s obre a parte contrária.

Can. 1586 - Praesumptiones, quae non Cân. 1586 - O juiz não formule presunções
statuuntur a iure, iudex ne coniciat, nisi ex que não estejam estabelecidas pelo direito,
facto certo et determinato, quod cum eo, de a não ser em base a fato certo e
quo controversia est, directe cohaereat. determinado, que esteja diretamente
relacionado com o objeto da controvérsia.

TITULUS V. DE CAUSIS INCIDENTIBUS TÍTULO V DAS CAUSAS INCIDENTES


Can. 1587 - Causa incidens habetur, Cân. 1587 - Dá-se uma causa incidente
quoties, incepto per citationem iudicio, sempre que, depois de começado o juízo
quaestio proponitur quae, tametsi libello, mediante a citação, se propõe uma
quo lis introducitur, non contineatur questão que, embora não contida
expresse, nihilominus ita ad causam expressamente no libelo de introdução da
pertinet ut resolvi plerumque debeat ante lide, todavia é de tal modo pertinente a
quaestionem principalem. causa, que geralmente deve ser resolvida
antes da questão principal.

Can. 1588 - Causa incidens proponitur Cân. 1588 - A causa incidente se propõe
scripto vel ore, indicato nexu qui intercedit por escrito ou oralmente, perante o juiz
inter ipsam et causam principalem, coram competente para definir a causa principal,
iudice competenti ad causam principalem indicando- se o nexo existente entre ela e a
definiendam. causa principal.

Can. 1589 - § 1. Iudex, recepta petitione et Cân. 1589 - § 1. Recebida a petição e


auditis partibus, expeditissime decernat ouvidas as partes, o juiz decida, com a
utrum proposita incidens quaestio máxima rapidez, se a causa incidente
fundamentum habere videatur et nexum proposta parece ter fundamento e nexo
cum principali iudicio, an vero sit in limine com o juízo principal ou se pelo contrário
reicienda; et, si eam admittat, utrum talis sit deve ser liminarmente rechaçada; e,
gravitatis, ut solvi debeat per sententiam admitindo-a, se é de tal importância que
interlocutoriam vel per decretum. deva ser resolvida por sentença
interlocutória ou por decreto.
§ 2. Si vero iudicet quaestionem incidentem § 2. Entretanto, se julgar que a questão
non esse resolvendam ante sententiam incidente não deve ser resolvida antes da
definitivam, decernat ut eiusdem ratio sentença definitiva, determine que seja
habeatur, cum causa principalis definietur. levada em conta no dia da definição da
causa principal.

Can. 1590 - § 1. Si quaestio incidens solvi Cân. 1590 - § 1. Se a questão incidente


debeat per sententiam, serventur normae dev e ser resolvida por sentença,
de processu contentioso orali, nisi, attenta observem-se as normas relativas ao
rei gravitate, aliud iudici videatur. processo contencioso oral, a não ser que
outro seja o parecer do juiz, dada a
importância da questão.
§ 2. Si vero solvi debeat per decretum, § 2. Devendo, porém, ser resolvida por
tribunal potest rem committere auditori vel decreto, o tribunal pode confiar a questão a
praesidi. um auditor ou ao presidente.

Can. 1591 - Antequam finiatur causa Cân. 1591 - Antes da conclusão da causa
principalis, iudex vel tribunal potest principal, havendo justa causa, pode o juiz
decretum vel sententiam interlocutoriam, ou o tribunal revogar ou reformar o decreto
iusta intercedente ratione, revocare aut ou sentença interlocutória, a requerimento
reformare, sive ad partis instantiam, sive ex de uma das partes ou ex officio, ouvidas as
officio, auditis partibus. partes.

CAPUT I. DE PARTIBUS NON Capítulo I DA AUSÊNCIA DAS PARTES


COMPARENTIBUS
Can. 1592 - § 1. Si pars conventa citata Cân. 1592 - § 1. Se a parte demandada,
non comparuerit nec idoneam absentiae citada, não comparecer nem apresentar
excusationem attulerit aut non responderit escusa adequada da ausência, ou não
ad normam can. 1507, § 1, iudex eam a responder conforme o cân. 1507, § 1, o juiz
iudicio absentem declaret et decernat ut a declare ausente do juízo e, observado o
causa, servatis servandis, usque ad que se deve observar, determine a
sententiam definitivam eiusque continuação da causa até a sentença
exsecutionem procedat. definitiva e sua execução.
§ 2. Antequam decretum, de quo in § 1, § 2. Antes de dar o decreto mencionado no
feratur, debet, etiam per novam citationem § 1, deve constar por nova citação, se
si opus fuerit, constare citationem, legitime necessário, que a citação, feita
factam, ad partem conventam tempore utili legitimamente, chegou em tempo útil a
pervenisse. parte demandada.

Can. 1593 - § 1. Si pars conventa dein in Cân. 1593 - § 1. Se a parte demandada se


iudicio se sistat aut responsum dederit ante apresentar depois a juízo ou responder
causae definitionem, conclusiones antes da definição da causa, pode
probationesque afferre potest, firmo apresentar conclusões e provas, salva a
praescripto can. 1600; caveat autem iudex, prescrição do cân. 1600; o juiz, porém,
ne de industria in longiores et non cuide que o juízo não se protraia
necessarias moras iudicium protrahatur. propositadamente com longos e
desnecessários atrasos.
§ 2. Etsi non comparuerit aut responsum § 2. Mesmo que não tenha comparecido ou
non dederit ante causae definitionem, respondido antes da definição da causa,
impugnationibus uti potest adversus pode fazer impugnações contra a
sententiam; quod si probet se legitimo sentença; e se provar ter sido detida por
impedimento fuisse detentam, quod sine impedimento legítimo que, sem culpa sua,
sua culpa antea demonstrare non potuerit, não pôde demonstrar antes, pode fazer
querela nullitatis uti potest. uso da querela de nulidade

Can. 1594 - Si die et hora ad litis Cân. 1594 - Se no dia e hora determinados
contestationem praestitutis actor neque de antemão para a litiscontestação, o autor
comparuerit neque idoneam excusationem não comparecer nem apresentar escusa
attulerit: adequada:
1° iudex eum citet iterum; 1°- o juiz o cite novamente;
2° si actor novae citationi non paruerit, 2°- se o autor não atender a nova
praesumitur instantiae renuntiasse ad citação, presume-se que tenha renunciado
normam cann. 1524-1525; à instância, de acordo com os cânn.
1524-1525;
3° quod si postea in processu 3°- se quiser intervir depois no
intervenire velit, servetur can. 1593. processo, observe-se o cân. 1593.

Can. 1595 - § 1. Pars absens a iudicio, sive Cân. 1595 - § 1. A parte ausente do juízo,
actor sive pars conventa, quae iustum autor ou parte demandada, que não provar
impedimentum non comprobaverit, tenetur seu justo impedimento, é obrigada a pagar
obligatione tum solvendi litis expensas, as despesas da lide feitas por causa de
quae ob ipsius absentiam factae sunt, tum sua ausência, e também indenizar a outra
etiam, si opus sit, indemnitatem alteri parti parte, se for necessário.
praestandi.
§ 2. Si tum actor tum pars conventa fuerint § 2. Se tanto o autor quanto a parte
absentes a iudicio, ipsi obligatione demandada ficarem ausentes do juízo, são
expensas litis solvendi tenentur in solidum. ambos obrigados solidariamente às
despesas da lide.

CAPUT II. DE INTERVENTU TERTII IN Capítulo II DA INTERVENÇÃO DE


CAUSA TERCEIRO NA CAUSA
Can. 1596 - § 1. Is cuius interest admitti Cân. 1596 - § 1. Em qualquer instância da
potest ad interveniendum in causa, in lide, pode ser admitido a intervir na causa
qualibet litis instantia, sive ut pars quae um terceiro interessado, como parte que
proprium ius defendit, sive accessorie ad defende o próprio direito ou,
aliquem litigantem adiuvandum. acessoriamente, para ajudar a algum dos
litigantes.
§ 2. Sed ut admittatur, debet ante § 2. Todavia, para ser admitido, deve,
conclusionem in causa libellum iudici antes da conclusãoi n causa, apresentar ao
exhibere, in quo breviter suum ius juiz um libelo, no qual demonstre
interveniendi demonstret. brevemente seu direito de intervir.
§ 3. Qui intervenit in causa, admittendus § 3. Quem intervém na causa deve ser
est in eo statu in quo causa reperitur, admitido no estado em que a causa se
assignato eidem brevi ac peremptorio encontra, dando-se a ele um prazo breve e
termino ad probationes suas exhibendas, si peremptório para apresentar suas provas,
causa ad periodum probatoriam pervenerit. se a c ausa já tiver chegado ao período
probatório.
Can. 1597 - Tertium, cuius interventus Cân. 1597 - Ouvidas as partes, o juiz deve
videatur necessarius, iudex, auditis chamar a juízo um terceiro, cuja
partibus, debet in iudicium vocare. intervenção pareça necessária.

TITULUS VI. DE ACTORUM TÍTULO VI DA PUBLICAÇÃO DOS


PUBLICATIONE, DE CONCLUSIONE IN AUTOS, DA CONCLUSÃO E DA
CAUSA ET DE CAUSAE DISCUSSIONE DISCUSSÃO DA CAUSA
Can. 1598 - § 1. Acquisitis probationibus, Cân. 1598 - § 1. Coletadas as provas, o
iudex decreto partibus et earum advocatis juiz deve, por decreto, permitir, sob pena
permittere debet, sub poena nullitatis, ut de nulidade, às partes e a seus advogados
acta nondum eis nota apud tribunalis compulsarem, na chancelaria do tribunal,
cancellariam inspiciant; quin etiam os autos que ainda não lhes forem
advocatis id petentibus dari potest actorum conhecidos; pode-se também dar, aos
exemplar; in causis vero ad bonum advogados que o pedirem, um exemplar
publicum spectantibus iudex ad gravissima dos autos; nas causas, porém referentes
pericula evitanda aliquod actum nemini ao bem público, o juiz, para evitar
manifestandum esse decernere potest, gravíssimos perigos, pode decretar que
cauto tamen ut ius defensionis semper algum ato não seja mostrado a ninguém,
integrum maneat. cuidando-se, porém, que permaneça
intacto o direito de defesa.
§ 2. Ad probationes complendas partes § 2. Para completar as provas, as partes
possunt alias iudici proponere; quibus podem propor outras ao juiz; obtidas
acquisitis, si iudex necessarium duxerit, essas, se o juiz julgar necessário, cabe
iterum est locus decreto de quo in § 1. novamente o decreto mencionado no § 1.

Can. 1599 - § 1. Expletis omnibus quae ad Cân. 1599 - § 1. Terminado tudo o que se
probationes producendas pertinent, ad refere à obtenção das provas, chega-se à
conclusionem in causa devenitur. conclusão in causa.
§ 2. Haec conclusio habetur quoties aut § 2. Dá-se essa conclusão sempre que as
partes declarent se nihil aliud adducendum partes declarem nada mais ter para alegar,
habere, aut utile proponendis probationibus que tenha expirado o tempo útil fixado pelo
tempus a iudice praestitutum elapsum sit, juiz para a apresentação de provas, ou que
aut iudex declaret se satis instructam o juiz declare ter a causa como
causam habere. suficientemente instruída.
§ 3. De peracta conclusione in causa, § 3. O juiz dê o decreto de conclusão da
quocumque modo ea acciderit, iudex causa, qualquer que tenha sido o modo
decretum ferat. pelo qual ela aconteceu.

Can. 1600 - § 1. Post conclusionem in Cân. 1600 - § 1. Depois da conclusão da


causa iudex potest adhuc eosdem testes causa, o juiz pode ainda chamar as
vel alios vocare aut alias probationes, quae mesmas ou outras testemunhas, ou
antea non fuerint petitae, disponere determinar outras provas, que não tenham
tantummodo: sido anteriormente medidas, somente:
1° in causis, in quibus agitur de solo 1°- em causas em que se trata só do
privato partium bono, si omnes partes bem privado das partes, se todas as partes
consentiant; concordarem;
2° in ceteris causis, auditis partibus et 2°- nas outras causas, ouvidas as
dummodo gravis exstet ratio itemque partes e contanto que haja grave razão e
quodlibet fraudis vel subornationis seja removido qualquer perigo de fraude ou
periculum removeatur; suborno;
3° in omnibus causis, quoties verisimile 3°- em todas as causas, sempre que
est, nisi probatio nova admittatur, seja verossímil que, não sendo admitida
sententiam iniustam futuram esse propter nova prova, haveria uma sentença injusta,
rationes, de quibus in can. 1645, § 2, nn. pelas razões mencionadas no cân. 1645,
1-3. § 2, n. 1-3.
§ 2. Potest autem iudex iubere vel § 2. No entanto, o juiz pode mandar ou
admittere ut exhibeatur documentum, quod admitir que se apresente documento que,
forte antea sine culpa eius cuius interest, sem culpa do interessado, não pôde talvez
exhiberi non potuit. ser apresentado antes.
§ 3. Novae probationes publicentur, servato § 3. As novas provas sejam publicadas,
can. 1598, § 1. observando-se o cân. 1598, § 1.

Can. 1601 - Facta conclusione in causa, Cân. 1601 - Feita a conclusão da causa, o
iudex congruum temporis spatium juiz determine um prazo conveniente para
praestituat ad defensiones vel apresentação das defesas e alegações.
animadversiones exhibendas.

Can. 1602 - § 1. Defensiones et Cân. 1602 - § 1. As defesas e alegações


animadversiones scriptae sint, nisi sejam escritas, a não ser que o juiz julgue
disputationem pro tribunali sedente iudex, suficiente a discussão, nisso consentindo
consentientibus partibus, satis esse as partes.
censeat.
§ 2. Si defensiones cum praecipuis § 2. Se as defesas com os principais
documentis typis imprimantur, praevia documentos forem impressos, requer-se a
iudicis licentia requiritur, salva secreti licença prévia do juiz, salva a obrigação do
obligatione, si qua sit. segredo, se a houver.
§ 3. Quoad extensionem defensionum, § 3. Quanto à extensão das defesas, ao
numerum exemplarium, aliaque huiusmodi número de cópias e outras circunstâncias
adiuncta, servetur ordinatio tribunalis. semelhantes, observem-se as disposições
do tribunal.

Can. 1603 - § 1. Communicatis vicissim Cân. 1603 - § 1. Feita entre as partes a


defensionibus atque animadversionibus, comunicação recíproca das defesas e
utrique parti responsiones exhibere licet, alegações, é lícito a ambas as partes
intra breve tempus a iudice praestitutum. apresentar suas réplicas, dentro de curto
prazo, prefixado pelo juiz.
§ 2. Hoc ius partibus semel tantum esto, § 2. As partes tenham esse direito uma só
nisi iudici gravi ex causa iterum videatur vez, salvo pareça ao juiz que, por causa
concedendum; tunc autem concessio, uni grave, deve ser concedido novamente;
parti facta, alteri quoque data censeatur. nesse caso, porém, a concessão feita a
uma das partes considera-se feita também
à outra.
§ 3. Promotor iustitiae et defensor vinculi § 3. O promotor de justiça e o defensor do
ius habent iterum replicandi partium vínculo tem o direito de nova réplica às
responsionibus. respostas das partes.
Can. 1604 - § 1. Omnino prohibentur Cân. 1604 - § 1. Proíbem-se, de modo
partium vel advocatorum vel etiam aliorum absoluto, informações das partes, dos
informationes iudici datae, quae maneant advogados ou mesmo de outros, dadas ao
extra acta causae. juiz, que permaneçam fora dos autos da
causa.
§ 2. Si causae discussio scripto facta sit, § 2. Se a discussão da causa se fizer por
iudex potest statuere ut moderata escrito, pode o juiz determinar que se faça
disputatio fiat ore pro tribunali sedente, ad moderada discussão oral diante do
quaestiones nonnullas illustrandas. tribunal, para esclarecimento de algumas
questões.

Can. 1605 - Disputationi orali, de qua in Cân. 1605 - O notário assista à discussão
cann. 1602, § 1 et 1604, § 2, assistat oral mencionada nos cânn. 1602 § 1 e
notarius ad hoc ut, si iudex praecipiat aut 1604 § 2, a fim de transcrever logo as
pars postulet et iudex consentiat, de discussões e conclusões, se assim o juiz
disceptatis et conclusis scripto statim ordenar, ou a parte pedir e o juiz aceitar.
referre possit.

Can. 1606 - Si partes parare sibi tempore Cân. 1606 - Caso as partes tenham
utili defensionem neglexerint, aut se deixado de preparar sua defesa em tempo
remittant iudicis scientiae et conscientiae, útil ou se entreguem a ciência e
iudex, si ex actis et probatis rem habeat consciência do juiz, este se ex actis et
plane perspectam, poterit statim probatis tiver clareza sobre a questão,
sententiam pronuntiare, requisitis tamen pode pronunciar logo a sentença, mas
animadversionibus promotoris iustitiae et depois de ter exigido as alegações do
defensoris vinculi, si iudicio intersint. promotor de justiça e do defensor do
vínculo, se intervierem na causa.

TITULUS VII. DE IUDICIS TÍTULO VII DOS PRONUNCIAMENTOS


PRONUNTIATIONIBUS DO JUIZ
Can. 1607 - Causa iudiciali modo Cân. 1607 - A causa tratada por via
pertractata, si sit principalis, definitur a judicial, se for a principal, e decidida pelo
iudice per sententiam definitivam; si sit juiz com sentença definitiva; se for
incidens, per sententiam interlocutoriam, incidente, com sentença interlocutória,
firmo praescripto can. 1589, § 1. salva a prescrição do cân. 1589 § 1.

Can. 1608 - § 1. Ad pronuntiationem Cân. 1608 - § 1. Para pronunciar qualquer


cuiuslibet sententiae requiritur in iudicis sentença, requer-se, na mente do juiz,
animo moralis certitudo circa rem sententia certeza moral sobre a questão a ser
definiendam. definida pela sentença.
§ 2. Hanc certitudinem iudex haurire debet § 2. Essa certeza deve o juiz hauri-la ex
ex actis et probatis. actis et probatis.
§ 3. Probationes autem aestimare iudex § 3. O juiz, porém, deve julgar as provas
debet ex sua conscientia, firmis praescriptis conforme sua consciência, salvas as
legis de quarundam probationum efficacia. prescrições da lei sobre o valor de algumas
provas.
§ 4. Iudex qui eam certitudinem adipisci § 4. O juiz que não pode adquirir essa
non potuit, pronuntiet non constare de iure certeza declare que não consta do direito
actoris et conventum absolutum dimittat, do autor e absolva o demandado, a não ser
nisi agatur de causa iuris favore fruente, que se trate de causas que goze do favor
quo in casu pro ipsa pronuntiandum est. do direito; nesse caso, deve pronunciar-se
em favor dela.

Can. 1609 - § 1. In tribunali collegiali, qua Cân. 1609 - § 1. No tribunal colegial, o


die et hora iudices ad deliberandum presidente do colégio determine o dia e a
conveniant, collegii praeses statuat, et nisi hora em que os juízes devem reunir-se
peculiaris causa aliud suadeat, in ipsa para deliberar; a não ser que uma causa
tribunalis sede conventus habeatur. especial aconselhe o contrário, faça- se a
sessão na própria sede do tribunal.
§ 2. Assignata conventui die, singuli iudices § 2. Designado o dia da sessão, cada um
scriptas afferant conclusiones suas in dos juízes apresente por escrito suas
merito causae, et rationes tam in iure quam conclusões sobre o mérito da causa e as
in facto, quibus ad conclusionem suam razões de direito e de fato pelas quais
venerint; quae conclusiones actis causae chegou a essa conclusão; essas
adiungantur, secreto servandae. conclusões sejam anexadas aos autos da
causa, devendo ser conservadas
secretamente.
§ 3. Post divini Nominis invocationem, § 3. Invocado o nome de Deus e
prolatis ex ordine singulorum apresentadas as conclusões de cada um,
conclusionibus secundum praecedentiam, por ordem de precedência, de modo porém
ita tamen ut semper a causae ponente seu que se inicie sempre pelo ponente ou
relatore initium fiat, habeatur discussio sub relator da causa, faça-se a discussão, sob
tribunalis praesidis ductu, praesertim ut a direção do presidente, para estabelecer
constabiliatur quid statuendum sit in parte principalmente o que se deve determinar
dispositiva sententiae. na parte dispositiva da sentença.
§ 4. In discussione autem fas unicuique est § 4. Durante a discussão, porém, é lícito a
a pristina sua conclusione recedere. Iudex cada um modificar sua conclusão inicial. O
vero qui ad decisionem aliorum accedere juiz que não quis aceder à decisão dos
noluit, exigere potest ut, si fiat appellatio, outros pode exigir que, se houver
suae conclusiones ad tribunal superius apelação, suas conclusões sejam
transmittantur. transmitidas ao tribunal superior.
§ 5. Quod si iudices in prima discussione § 5. Se os juizes não quiserem ou não
ad sententiam devenire aut nolint aut puderem chegar a sentença na primeira
nequeant, differri poterit decisio ad novum discussão, pode a decisão ser adiada para
conventum, non tamen ultra hebdomadam, nova sessão, mas não por mais de uma
nisi ad normam can. 1600 complenda sit semana, a não ser que se deva completar
causae instructio. a instrução da causa, de acordo com o
cân. 1600.

Can. 1610 - § 1. Si iudex sit unicus, ipse Cân. 1610 - § 1. Se o juiz for único, ele
sententiam exarabit. mesmo exarará a sentença.
§ 2. In tribunali collegiali, ponentis seu § 2. No tribunal colegial, cabe ao ponente
relatoris est exarare sententiam, ou relator exarar a sentença, tirando os
desumendo motiva ex iis quae singuli motivos dentre aqueles que cada juiz
iudices in discussione attulerunt, nisi a apresentou na discussão, a não ser que os
maiore numero iudicum praefinita fuerint motivos a serem alegados tenham sido
motiva praeferenda; sententia dein determinados de antemão, pela maioria
singulorum iudicum subicienda est dos juízes; depois a sentença deve ser
approbationi. submetida a aprovação de cada um dos
juízes
§ 3. Sententia edenda est non ultra § 3. A sentença deve ser publicada não
mensem a die quo causa definita est, nisi, além de um mês após o dia em que foi
in tribunali collegiali, iudices gravi ex definida a causa, a não ser que, no tribunal
ratione longius tempus praestituerint. colegial, os juízes tenham determinado, por
motivo grave, um espaço de tempo mais
prolongado.

Can. 1611 - Sententia debet: Cân. 1611 - A sentença deve:


1° definire controversiam coram 1°- definir a controvérsia tratada diante
tribunali agitatam, data singulis dubiis do tribunal, dando-se a cada uma das
congrua responsione; dúvidas a resposta adequada;
2° determinare quae sint partium 2°- determinar quais são as obrigações
obligationes ex iudicio ortae et quomodo de cada parte, decorrentes do juízo, e
implendae sint; como devem ser cumpridas;
3° exponere rationes seu motiva, tam in 3°- expor as razões ou motivos, de
iure quam in facto, quibus dispositiva direito e de fato, em que se fundamenta a
sententiae pars innititur; parte dispositiva da sentença;
4° statuere de litis expensis. 4°- dar disposições a respeito das
despesas processuais.

Can. 1612 - § 1. Sententia, post divini Cân. 1612 - § 1. Após a invocação do


Nominis invocationem, exprimat oportet ex nome de Deus, a sentença deve
ordine qui sit iudex aut tribunal; qui sit mencionar, expressamente e por ordem,
actor, pars conventa, procurator, nominibus quem é o juiz ou o tribunal, quem é o autor,
et domiciliis rite designatis, promotor a parte demandada, o procurador, citando
iustitiae, defensor vinculi, si partem in corretamente nomes e domicílio, o
iudicio habuerint. promotor de justiça e o defensor do
vínculo, se tiverem participado do juízo.
§ 2. Referre postea debet breviter facti § 2. Depois deve expor brevemente a facit
speciem cum partium conclusionibus et species com as conclusões das partes e a
formula dubiorum. formulação das dúvidas.
§ 3. Hisce subsequatur pars dispositiva § 3. Siga a isso a parte dispositiva da
sententiae, praemissis rationibus quibus sentença, precedida das razões em que se
innititur. fundamenta.
§ 4. Claudatur cum indicatione diei et loci in § 4. Termine com a indicação do dia e
quibus prolata est et cum subscriptione lugar em que foi proferida e com a
iudicis vel, si de tribunali collegiali agatur, assinatura do juiz ou, tratando-se de
omnium iudicum et notarii. tribunal colegial, de todos os juízes e do
notário.

Can. 1613 - Regulae superius positae de Cân. 1613 - As regras dadas sobre a
sententia definitiva, sententiae quoque sentença definitiva devem ser adaptadas
interlocutoriae aptandae sunt. também à sentença interlocutória.

Can. 1614 - Sententia quam primum Cân. 1614 - A sentença seja publicada
publicetur, indicatis modis quibus impugnari quanto antes, indicando os modos pelos
potest; neque ante publicationem vim ullam quais pode ser impugnada; não tem
habet, etiamsi dispositiva pars, iudice nenhuma eficácia antes da publicação,
permittente, partibus significata sit. mesmo que a parte dispositiva tenha sido
comunicada às partes, com a permissão do
juiz.

Can. 1615 - Publicatio seu intimatio Cân. 1615 - A publicação ou intimação da


sententiae fieri potest vel tradendo sentença pode ser feita entregando-se uma
exemplar sententiae partibus aut earum cópia da sentença às partes ou a seus
procuratoribus, vel eisdem transmittendo procuradores ou enviando-lhes essa cópia,
idem exemplar ad normam can. 1509. de acordo com o cân. 1509.

Can. 1616 - § 1. Si in sententiae textu vel Cân. 1616 - § 1. Se no texto da sentença


error irrepserit in calculis, vel error houver escapado algum erro de cálculo, ou
materialis acciderit in transcribenda parte acontecido algum erro material na
dispositiva aut in factis vel partium transcrição da parte dispositiva ou na
petitionibus referendis, vel omissa sint exposição dos fatos ou petições das
quae can. 1612, § 4 requirit, sententia ab partes, ou tiver sido omitida alguma
ipso tribunali, quod eam tulit, corrigi vel exigência do cân. 1612 § 4, a sentença
compleri debet sive ad partis instantiam deve ser corrigida ou completada pelo
sive ex officio, semper tamen auditis mesmo tribunal que a proferiu, a
partibus et decreto ad calcem sententiae requerimento da parte ou ex officio, mas
apposito. ouvindo sempre as partes e acrescentando
um decreto ao final da sentença.
§ 2. Si qua pars refragetur, quaestio § 2. Se alguma das partes a isso se
incidens decreto definiatur. opuser, a questão incidente seja decidida
por decreto.

Can. 1617 - Ceterae iudicis Cân. 1617 - Os outros pronunciamentos do


pronuntiationes, praeter sententiam, sunt juiz, fora a sentença, são decretos; estes,
decreta, quae si mere ordinatoria non sint, se não forem de mero expediente, não têm
vim non habent, nisi saltem summarie valor, se não expuserem ao menos
motiva exprimant, vel ad motiva in alio actu sumariamente os motivos, ou não
expressa remittant. remeterem a motivos expressos em outro
ato.

Can. 1618 - Sententia interlocutoria vel Cân. 1618 - A sentença interlocutória ou o


decretum vim sententiae definitivae habent, decreto têm força de sentença definitiva, se
si iudicium impediunt vel ipsi iudicio aut impedem o juízo, ou põem fim ao próprio
alicui ipsius gradui finem ponunt, quod juízo ou a algum grau do juízo, no que se
attinet ad aliquam saltem partem in causa. refere ao menos a alguma parte da causa.

TITULUS VIII. DE IMPUGNATIONE TÍTULO VIII DA IMPUGNAÇÃO DA


SENTENTIAE SENTENÇA
CAPUT I. DE QUERELA NULLITATIS Capítulo I DA QUERELA DE NULIDADE
CONTRA SENTENTIAM CONTRA A SENTENÇA
Can. 1619 - Firmis cann. 1622 et 1623, Cân. 1619 - Salvos os cânn. 1622 e 1623,
nullitates actuum, positivo iure statutae, as nulidades de atos estabelecidas pelo
quae, cum essent notae parti querelam direito positivo que, sendo conhecidas pela
proponenti, non sint ante sententiam iudici parte que propõe a querela, não tiverem
denuntiatae, per ipsam sententiam sido denunciadas ao juiz antes da
sanantur, quoties agitur de causa ad sentença, são sanadas pela própria
privatorum bonum attinenti. sentença, sempre que se trata de causa
referente ao bem de particulares.

Can. 1620 - Sententia vitio insanabilis Cân. 1620 - A sentença é viciada por
nullitatis laborat, si: nulidade insanável, se:
1° lata est a iudice absolute 1°- foi proferida por juiz absolutamente
incompetenti; incompetente;
2° lata est ab eo, qui careat potestate 2°- foi proferida por alguém destituído
iudicandi in tribunali in quo causa definita do poder de julgar no tribunal em que a
est; causa foi definida;
3° iudex vi vel metu gravi coactus 3°- o juiz proferiu a sentença coagido
sententiam tulit; por violência grave;
4° iudicium factum est sine iudiciali 4°- o juízo foi feito sem a petição
petitione, de qua in can. 1501, vel non judicial mencionada no cân. 1501, ou não
institutum fuit adversus aliquam partem foi instaurado contra alguma parte
conventam; demandada;
5° lata est inter partes, quarum altera 5°- foi proferida entre partes, das quais
saltem non habeat personam standi in ao menos uma não tinha capacidade de
iudicio; estar em juízo;
6° nomine alterius quis egit sine 6°- alguém agiu em nome de outro sem
legitimo mandato; mandado legítimo;
7° ius defensionis alterutri parti 7°- foi negado a alguma das partes o
denegatum fuit; direito de defesa;
8° controversia ne ex parte quidem 8°- a controvérsia não foi definida nem
definita est. sequer parcialmente.

Can. 1621 - Querela nullitatis, de qua in Cân. 1621 - A querela de nulidade,


can. 1620, proponi potest per modum mencionada no cân. 1620, pode ser
exceptionis in perpetuum, per modum vero proposta, como exceção, sempre; como
actionis coram iudice qui sententiam tulit ação, diante do juiz que proferiu a
intra decem annos a die publicationis sentença, no prazo de dez anos desde a
sententiae. publicação da sentença.

Can. 1622 - Sententia vitio sanabilis Cân. 1622 - A sentença e viciada de


nullitatis dumtaxat laborat, si: nulidade sanável, se:
1° lata est a non legitimo numero 1°- foi proferida por número não-
iudicum, contra praescriptum can. 1425, legítimo de juízes, contra a prescrição do
§ 1; cân. 1425 § 1;
2° motiva seu rationes decidendi non 2°- não contém os motivos ou as
continet; razões da decisão;
3° subscriptionibus caret iure 3°- não traz as assinaturas prescritas
praescriptis; pelo direito;
4° non refert indicationem anni, mensis, 4°- não traz a indicação do ano, mês,
diei et loci in quo prolata fuit; dia e lugar em que foi proferida;
5° actu iudiciali nullo innititur, cuius 5°- está baseada em ato judicial nulo,
nullitas non sit ad normam can. 1619 cuja nulidade não tenha sido sanada, de
sanata; acordo com o cân. 1619;
6° lata est contra partem legitime 6°- foi proferida contra uma parte
absentem, iuxta can. 1593, § 2. legitimamente ausente, de acordo com o
cân. 1593 § 2.

Can. 1623 - Querela nullitatis in casibus, Cân. 1623 - Nos casos mencionados no
de quibus in can. 1622, proponi potest intra cân. 1622, a querela de nulidade pode ser
tres menses a notitia publicationis proposta no prazo de três meses após a
sententiae. notícia da publicação da sentença.

Can. 1624 - De querela nullitatis videt ipse Cân. 1624 - Da querela de nulidade julga o
iudex qui sententiam tulit; quod si pars próprio juiz que proferiu a sentença; se a
vereatur ne iudex, qui sententiam querela parte recear que o juiz, que proferiu a
nullitatis impugnatam tulit, praeoccupatum sentença impugnada por querela de
animum habeat ideoque eum suspectum nulidade, tenha ânimo predisposto, e
existimet, exigere potest ut alius iudex in portanto o julgar suspeito, pode exigir que
eius locum subrogetur ad normam outro juiz o substitua, de acordo com o cân.
can. 1450. 1450.

Can. 1625 - Querela nullitatis proponi Cân. 1625 - A querela de nulidade pode
potest una cum appellatione, intra ser proposta junto com a apelação, dentro
terminum ad appellationem statutum. do prazo estabelecido para a apelação.

Can. 1626 - § 1. Querelam nullitatis Cân. 1626 - § 1. Podem interpor querela de


interponere possunt non solum partes, nulidade não só as partes que se julgam
quae se gravatas putant, sed etiam prejudicadas, mas também o promotor de
promotor iustitiae aut defensor vinculi, justiça ou o defensor do vínculo, sempre
quoties ipsis ius est interveniendi. que lhes couber o direito de intervir.
§ 2. Ipse iudex potest ex officio sententiam § 2. O próprio juiz pode ex officio retratar
nullam a se latam retractare vel emendare ou corrigir a sentença nula por ele
intra terminum ad agendum can. 1623 proferida, dentro do prazo de ação
statutum, nisi interea appellatio una cum estabelecido pelo can. 1623, a não ser
querela nullitatis interposita fuerit, aut que, nesse ínterim, tenha sido interposta
nullitas sanata sit per decursum termini de apelação junto com querela de nulidade,
quo in can. 1623. ou a nulidade tenha sido sanada por
decurso do prazo mencionado no
cân.1623.

Can. 1627 - Causae de querela nullitatis Cân. 1627 - As causas de querela de


secundum normas de processu contentioso nulidade, podem ser tratadas segundo as
orali tractari possunt. normas do processo contencioso oral.

CAPUT II. DE APPELLATIONE Capítulo II DA APELAÇÃO


Can. 1628 - Pars quae aliqua sententia se Cân. 1628 - A parte que se julgar
gravatam putat, itemque promotor iustitiae prejudicada por alguma sentença, bem
et defensor vinculi in causis in quibus como o promotor de justiça e o defensor do
eorum praesentia requiritur, ius habent a vínculo nas causas em que se requer sua
sententia appellandi ad iudicem presença, tem o direito de apelar da
superiorem, salvo praescripto can. 1629. sentença ao juiz superior, salva a
prescrição do cân. 1629.

Can. 1629 - Non est locus appellationi: Cân. 1629 - Não há lugar para apelação:
1° a sententia ipsius Summi Pontificis 1°- de uma sentença do próprio Ro
vel Signaturae Apostolicae; mano Pontífice ou da Assinatura
Apostólica;
2° a sententia vitio nullitatis infecta, nisi 2°- de uma sentença viciada de
cumuletur cum querela nullitatis ad nulidade, a não ser que se faça junto com
normam can. 1625; a querela de nulidade, de acordo com o
cân.1625;
3° a sententia quae in rem iudicatam 3°- de uma sentença passada em
transiit; julgado;
4° a iudicis decreto vel a sententia 4°- de um decreto ou sentença
interlocutoria, quae non habeant vim interlocutória, que não tenham valor de
sententiae definitivae, nisi cumuletur cum sentença definitiva, a não ser que se faça
appellatione a sententia definitiva; junto com a apelação de uma sentença
definitiva;
5° a sententia vel a decreto in causa de 5°- de uma sentença ou de um decreto
qua ius cavet expeditissime rem esse numa causa que o direito determina que
definiendam. deve ser decidida com a máxima rapidez.

Can. 1630 - § 1. Appellatio interponi debet Cân. 1630 - § 1. A apelação dev e ser
coram iudice a quo sententia prolata sit, interposta perante o juiz, pelo qual foi
intra peremptorium terminum quindecim proferida a sentença, dentro do prazo
dierum utilium a notitia publicationis peremptório de quinze dias úteis após a
sententiae. notícia da publicação da sentença.
§ 2. Si ore fiat, notarius eam scripto coram § 2. Se for feita oralmente, o notário a
ipso appellante redigat. redija por escrito diante do próprio
apelante.

Can. 1631 - Si quaestio oriatur de iure Cân. 1631 - Se surgir alguma questão
appellandi, de ea videat expeditissime sobre o direito de apelar, julgue-a, com a
tribunal appellationis iuxta normas máxima rapidez, o tribunal de apelação,
processus contentiosi oralis. conforme as normas do processo
contencioso oral.

Can. 1632 - § 1. Si in appellatione non Cân. 1632 - § 1. Na apelação, se não for


indicetur ad quod tribunal ipsa dirigatur, indicado a que tribunal é dirigida, presume-
praesumitur facta tribunali de quo in cann. se feita ao tribunal mencionado nos cânn.
1438 et 1439. 1438 e 1439.
§ 2. Si alia pars ad aliud tribunal § 2. Se a outra parte tiver apelado a outro
appellationis provocaverit, de causa videt tribunal de apelação, julga da causa o
tribunal quod superioris est gradus, salvo tribunal que for de grau superior, salvo o
can. 1415. cân. 1415.

Can. 1633 - Appellatio prosequenda est Cân. 1633 - A apelação deve prosseguir
coram iudice ad quem dirigitur intra perante o juiz a quem se dirige, dentro de
mensem ab eius interpositione, nisi iudex a um mês de sua interposição, a não ser que
quo longius tempus ad eam prosequendam o juiza quo tenha determinado a parte um
parti praestituerit. tempo mais longo para seu
prosseguimento.

Can. 1634 - § 1. Ad prosequendam Cân. 1634 - § 1. Para o prosseguimento da


appellationem requiritur et sufficit ut pars apelação, requer-se e basta que a parte
ministerium invocet iudicis superioris ad invoque a intervenção do juiz superior,
impugnatae sententiae emendationem, para corrigir a sentença impugnada,
adiuncto exemplari huius sententiae et anexando cópia dessa sentença e
indicatis appellationis rationibus. indicando as razões da apelação.
§ 2. Quod si pars exemplar impugnatae § 2. Se a parte não puder obter do
sententiae intra utile tempus a tribunali a tribunala quo cópia da sentença
quo obtinere nequeat, interim termini non impugnada, dentro do tempo útil, nesse
decurrunt, et impedimentum significandum ínterim não decorrem os prazos; o
est iudici appellationis, qui iudicem a quo impedimento deve ser c omunicado ao juiz
praecepto obstringat officio suo quam de apelação que, por preceito, imponha ao
primum satisfaciendi. juiz a quo o cumprimento de seu dever.
§ 3. Interea iudex a quo debet acta ad § 3. Enquanto isso, o juiz a quo deve
normam can. 1474 iudici appellationis transmitir os autos ao juiz de apelação, de
transmittere. acordo com o cân. 1474.

Can. 1635 - Inutiliter elapsis fatalibus Cân. 1635 - Transcorridos inutilmente os


appellatoriis sive coram iudice a quo sive prazos fatais para apelar, quer diante do
coram iudice ad quem, deserta censetur juiz a quo quer diante do juiz ad quem,
appellatio. considera-se abandonada a apelação.

Can. 1636 - § 1. Appellans potest Cân. 1636 - § 1. O apelante pode renunciar


appellationi renuntiare cum effectibus, de à apelação, com os efeitos mencionados
quibus in can. 1525. no cân. 1525.
§ 2. Si appellatio proposita sit a vinculi § 2. Se a apelação for apresentada pelo
defensore vel a promotore iustitiae, defensor do vínc ulo ou pelo promotor de
renuntiatio fieri potest, nisi lex aliter caveat, justiça, salvo determinação contrária da lei,
a vinculi defensore vel promotore iustitiae a renúncia pode ser feita pelo defensor do
tribunalis appellationis. vínculo ou pelo promotor de justiça do
Tribunal de apelação.

Can. 1637 - § 1. Appellatio facta ab actore Cân. 1637 - § 1. A apelação feita pelo
prodest etiam convento, et vicissim. autor vale também para o demandado, e
vice-versa.
§ 2. Si plures sunt conventi vel actores et § 2. Se os demandados ou os autores
ab uno vel contra unum tantum ex ipsis forem vários e a sentença for impugnada
sententia impugnetur, impugnatio censetur por um ou contra um só deles, a
ab omnibus et contra omnes facta, quoties impugnação se considera feita por todos e
res petita est individua aut obligatio contra todos, sempre que a coisa pedida e
solidalis. indivisível ou a obrigação e solidária.
§ 3. Si interponatur ab una parte super § 3. Se uma parte apelar contra um
aliquo sententiae capite, pars adversa, etsi capítulo da sentença, a parte contrária,
fatalia appellationis fuerint transacta, potest embora tenham passado os prazos fatais
super aliis capitibus incidenter appellare para a apelação, pode apelar
intra terminum peremptorium quindecim incidentemente contra outros pontos,
dierum a die, quo ipsi appellatio principalis dentro do prazo peremptório de quinze dias
notificata est. após a data em que lhe foi feita a
notificação da apelação principal.
§ 4. Nisi aliud constet, appellatio § 4. A não ser que conste o contrário, a
praesumitur facta contra omnia sententiae apelação presume-se feita contra todos os
capita. pontos da sentença.

Can. 1638 - Appellatio exsecutionem Cân. 1638 - A apelação suspende a


sententiae suspendit. execução da sentença.

Can. 1639 - § 1. Salvo praescripto Cân. 1639 - § 1. Salva a prescrição do cân.


can. 1683 [1680 § 4], in gradu appellationis 1683 [1680 § 4], não se pode admitir, em
non potest admitti nova petendi causa, ne grau de apelação, um novo título de
per modum quidem utilis cumulationis; demanda, nem sequer sob a forma de
ideoque litis contestatio in eo tantum acumulação útil; por conseguinte, a
versari potest, ut prior sententia vel litiscontestação pode versar unicamente
confirmetur vel reformetur sive ex toto sive sobre a confirmação ou a reforma, parcial
ex parte. ou total, da primeira sentença.
§ 2. Novae autem probationes admittuntur § 2. Novas provas, porém, são admitidas
tantum ad normam can. 1600. somente de acordo com o cân. 1600.

Can. 1640 - In gradu appellationis eodem Cân. 1640 - Em grau de apelação, deve-se
modo, quo in prima instantia, congrua proceder do mesmo modo como na
congruis referendo, procedendum est; sed, primeira instância, com as devidas
nisi forte complendae sint probationes, adaptações; mas, não se devendo
statim post litem ad normam can. 1513, § 1 eventualmente completar as provas logo
et can. 1639, § 1 contestatam, ad causae após a litiscontestação, conforme o cân.
discussionem deveniatur et ad sententiam. 1513 § 1, e o cân. 1639 § 1, proceda-se à
discussão da causa à sentença definitiva.

TITULUS IX. DE RE IUDICATA ET DE TÍTULO IX DA COISA JULGADA E DA


RESTITUTIONE IN INTEGRUM RESTITUIÇÃO "IN INTEGRUM"
CAPUT I. DE RE IUDICATA Capítulo I DA COISA JULGADA
Can. 1641 - Firmo praescripto can. 1643, Cân. 1641 - Salva a prescrição do cân.
res iudicata habetur: 1643, há coisa julgada:
1° si duplex intercesserit inter easdem 1°- se tiverem sido dadas duas
partes sententia conformis de eodem petito sentenças concordes entre as mesmas
et ex eadem causa petendi; partes, sobre a mesma petição e pela
mesma causa de demanda;
2° si appellatio adversus sententiam 2°- se a apelação contra a sentença
non fuerit intra tempus utile proposita; não tiver sido apresentada dentro do tempo
útil;
3° si, in gradu appellationis, instantia 3°- se, em grau de apelação, a
perempta sit vel eidem renuntiatum fuerit; instância se tiver tornado perempta ou se
tiver havido renúncia a ela;
4° si lata sit sententia definitiva, a qua 4°- se tiver sido proferida sentença
non datur appellatio ad normam can. 1629. definitiva, contra a qual não se admite
apelação, de acordo com o cân. 1629.

Can. 1642 - § 1. Res iudicata firmitate iuris Cân. 1642 - § 1. A coisa julgada tem
gaudet nec impugnari potest directe, nisi ad estabilidade de direito e não pode ser
normam can. 1645, § 1. impugnada diretamente, a não ser de
acordo com o cân. 1645 § 1.
§ 2. Eadem facit ius inter partes et dat § 2. Ela faz direito entre as partes e
actionem iudicati atque exceptionem rei proporciona ação de julgado e exceção de
iudicatae, quam iudex ex officio quoque coisa julgada, que o juiz pode declarar
declarare potest ad impediendam novam também ex officio, para impedir nova
eiusdem causae introductionem. introdução da mesma causa.

Can. 1643 - Numquam transeunt in rem Cân. 1643 - Nunca passam em julgado
iudicatam causae de statu personarum, causas sobre o estado das pessoas, não
haud exceptis causis de coniugum excetuando causas sobre separação de
separatione. cônjuges.

Can. 1644 - § 1. Si duplex sententia Cân. 1644 - § 1. Se tiverem sido


conformis in causa de statu personarum pronunciadas duas sentenças concordes
prolata sit, potest quovis tempore ad em causa referente ao estado das
tribunal appellationis provocari, novis iisque pessoas, em qualquer tempo se pode
gravibus probationibus vel argumentis intra recorrer ao tribunal de apelação,
peremptorium terminum triginta dierum a apresentando novas e graves provas ou
proposita impugnatione allatis. Tribunal argumentos, dentro do prazo peremptório
autem appellationis intra mensem ab de trinta dias desde a proposição da
exhibitis novis probationibus et argumentis impugnação. O tribunal de apelação,
debet decreto statuere utrum nova causae porém, dentro do prazo de um mês desde
propositio admitti debeat necne. a apresentação das novas provas e
argumentos, deve decidir, por decreto, se a
nova proposição da causa deve ou não ser
admitida.
§ 2. Provocatio ad superius tribunal ut nova § 2. O recurso ao tribunal superior, para a
causae propositio obtineatur, exsecutionem obtenção de uma nova proposição da
sententiae non suspendit, nisi aut lex aliter causa, não suspende a execução da
caveat aut tribunal appellationis ad normam sentença, a não ser que a lei determine o
can. 1650, § 3 suspensionem iubeat. contrário ou o tribunal de apelação ordene
a suspensão de acordo com o cân. 1650
§ 3.

CAPUT II. DE RESTITUTIONE IN Capítulo II DA RESTITUIÇÃO "IN


INTEGRUM INTEGRUM"
Can. 1645 - § 1. Adversus sententiam quae Cân. 1645 - § 1. Contra uma sentença que
transierit in rem iudicatam, dummodo de tenha passado em julgado, contanto que
eius iniustitia manifesto constet, datur conste manifestamente da sua injustiça, dá-
restitutio in integrum. se a restituição in integrum.
§ 2. De iniustitia autem manifesto constare § 2. Não se considera que cons ta
non censetur, nisi: manifestamente da injustiça, a não ser que:
1° sententia ita probationibus innitatur, 1°- a sentença se baseie de tal modo
quae postea falsae deprehensae sint, ut em provas, que depois se descubra serem
sine illis probationibus pars sententiae falsas e que, sem elas, a parte dispositiva
dispositiva non sustineatur; da sentença não possa sustentar-se;
2° postea detecta fuerint documenta, 2°- tenham sido descobertos
quae facta nova et contrariam decisionem posteriormente documentos que provem
exigentia indubitanter probent; fatos novos e exijam indubitavelmente uma
decisão contrária;
3° sententia ex dolo partis prolata fuerit 3°- a sentença tenha sido proferida por
in damnum alterius; dolo de uma parte em prejuízo da outra;
4° legis non mere processualis 4°- tenha sido evidentemente
praescriptum evidenter neglectum fuerit; negligenciada alguma prescrição, não
meramente processual, da lei;
5° sententia adversetur praecedenti 5°- a sentença se oponha a uma
decisioni, quae in rem iudicatam transierit. decisão anterior que já tenha passado em
julgado.

Can. 1646 - § 1. Restitutio in integrum Cân. 1646 - § 1. A restituiçãoin integrum


propter motiva, de quibus in can. 1645, § 2, pelos motivos mencionados no cân. 1645,
nn. 1- 3, petenda est a iudice qui § 2, n. 1-3, deve ser pedida ao juiz que
sententiam tulit intra tres menses a die proferiu a sentença, dentro do prazo de
cognitionis eorundem motivorum três meses, a serem computados a partir
computandos. da data do conhecimento desses motivos.
§ 2. Restitutio in integrum propter motiva, § 2. A restituição in integrum, pelos motivos
de quibus in can. 1645, § 2, nn. 4 et 5, mencionados no cân. 1645 § 2, n.4 e 5,
petenda est a tribunali appellationis, intra deve ser pedida ao tribunal de apelação,
tres menses a notitia publicationis dentro do prazo de três meses desde a
sententiae; quod si in casu, de quo in notícia da publicação da sentença; e no
can. 1645, § 2, n. 5, notitia praecedentis caso mencionado no cân. 1645 § 2, n.5, se
decisionis serius habeatur, terminus ab hac for obtida mais tarde a notícia da decisão
notitia decurrit. precedente, o prazo decorre a partir dessa
notícia.
§ 3. Termini de quibus supra non § 3. Enquanto o prejudicado for menor de
decurrunt, quamdiu laesus minoris sit idade, os prazos acima referidos não
aetatis. decorrem.

Can. 1647 - § 1. Petitio restitutionis in Cân. 1647 - § 1. O pedido de restituição in


integrum sententiae exsecutionem nondum integrum suspende a execução da
inceptam suspendit. sentença ainda não começada.
§ 2. Si tamen ex probabilibus indiciis § 2. Contudo, se por indícios prováveis
suspicio sit petitionem factam esse ad houver suspeita de que a petição foi feita
moras exsecutioni nectendas, iudex para retardar a execução, o juiz pode
decernere potest ut sententia exsecutioni decretar a execução da sentença, dando
demandetur, assignata tamen restitutionem porém a devida garantia ao que pediu a
petenti idonea cautione ut, si restituatur in restituição, de que será indenizado, caso
integrum, indemnis fiat. venha a ser concedida a restituição in
integrum.

Can. 1648 - Concessa restitutione in Cân. 1648 - Concedida a restituição in


integrum, iudex pronuntiare debet de integrum, o juiz deve pronunciar-se a
merito causae. respeito do mérito da causa.

TITULUS X. DE EXPENSIS IUDICIALIBUS TÍTULO X DAS DESPESAS JUDICIAIS E


ET DE GRATUITO PATROCINIO DO GRATUITO PATROCÍNIO
Can. 1649 - § 1. Episcopus, cuius est Cân. 1649 - § 1. O Bispo, a quem cabe
tribunal moderari, statuat normas: supervisionar o tribunal, estabeleça
normas:
1° de partibus damnandis ad expensas 1°- sobre a condenação das partes ao
iudiciales solvendas vel compensandas; pagamento ou a compensação das
despesas judiciais;
2° de procuratorum, advocatorum, 2°- sobre os honorários dos
peritorum et interpretum honorariis deque procuradores, advogados, peritos e
testium indemnitate; intérpretes, bem como sobre a indenização
das testemunhas;
3° de gratuito patrocinio vel 3°- sobre a concessão do gratuito
expensarum deminutione concedendis; patrocínio ou da redução das despesas;
4° de damnorum refectione quae 4°- sobre reparação dos danos, não só
debetur ab eo qui non solum in iudicio por quem perdeu em juízo, como também
succubuit, sed temere litigavit; por quem litigou temerariamente;
5° de pecuniae deposito vel cautione 5°- sobre o depósito de dinheiro ou
praestanda circa expensas solvendas et prestação de caução, referentes ao
damna reficienda. pagamento das despesas e à reparação
dos danos.
§ 2. A pronuntiatione circa expensas, § 2. Contra a decisão referente as
honoraria et damna reficienda non datur despesas dos honorários e da reparação
distincta appellatio, sed pars recurrere dos danos, não se admite apelação
potest intra quindecim dies ad eundem distinta, mas, dentro do prazo de quinze
iudicem, qui poterit taxationem emendare. dias, a parte pode recorrer ao juiz, que
poderá corrigir o cálculo.

TITULUS XI. DE EXSECUTIONE TÍTULO XI DA EXECUÇÃO DA


SENTENTIAE SENTENÇA
Can. 1650 - § 1. Sententia quae transiit in Cân. 1650 - § 1. A sentença que passou
rem iudicatam, exsecutioni mandari potest, em julgado pode ser executada, salva a
salvo praescripto can. 1647. prescrição do cân. 1647.
§ 2. Iudex qui sententiam tulit et, si § 2. O juiz que proferiu a sentença e, se foi
appellatio proposita sit, etiam iudex interposta apelação, também o juiz de
appellationis, sententiae, quae nondum apelação, podem ordenar, ex officio ou a
transierit in rem iudicatam, provisoriam requerimento da parte, a execução
exsecutionem iubere possunt ex officio vel provisória de uma sentença que ainda não
ad instantiam partis, idoneis, si casus ferat, passou em julgado, dando, se for o caso,
praestitis cautionibus, si agatur de proporcionadas cauções, se se tratar de
provisionibus seu praestationibus ad providências ou prestações referentes ao
necessariam sustentationem ordinatis, vel necessário sustento, ou se urgir alguma
alia iusta causa urgeat. outra justa causa.
§ 3. Quod si sententia, de qua in § 2, § 3. Se for impugnada a sentença
impugnetur, iudex qui de impugnatione mencionada no § 2, o juiz que deve
cognoscere debet, si videt hanc probabiliter conhecer da impugnação, se constatar que
fundatam esse et irreparabile damnum ex esta provavelmente e fundamentada e que
exsecutione oriri posse, potest vel pode originar-se prejuízo irreparável com a
exsecutionem ipsam suspendere vel eam execução, pode suspender a própria
cautioni subicere. execução ou sujeitá-la a caução.

Can. 1651 - Non antea exsecutioni locus Cân. 1651 - Não pode haver execução
esse poterit, quam exsecutorium iudicis antes do decreto executório do juiz, com o
decretum habeatur, quo edicatur qual se declare que a sentença deve ser
sententiam ipsam exsecutioni mandari executada; esse decreto, de acordo com a
debere; quod decretum pro diversa diversa natureza das causas, seja incluído
causarum natura vel in ipso sententiae no próprio texto da sentença ou publicado
tenore includatur vel separatim edatur. separadamente.

Can. 1652 - Si sententiae exsecutio Cân. 1652 - Se a execução da sentença


praeviam rationum redditionem exigat, exigir uma prévia prestação de contas, há
quaestio incidens habetur, ab illo ipso uma questão incidente que deve ser
iudice decidenda, qui tulit sententiam decidida pelo próprio juiz que proferiu a
exsecutioni mandandam. sentença a ser executada.

Can. 1653 - § 1. Nisi lex particularis aliud Cân. 1653 - § 1. Salvo determinação
statuat, sententiam exsecutioni mandare contrária da lei particular, deve executar a
debet per se vel per alium Episcopus sentença, por si ou por outro, o Bispo da
dioecesis, in qua sententia primi gradus diocese em que foi proferida a sentença de
lata est. primeiro grau.
§ 2. Quod si hic renuat vel neglegat, parte § 2. Se ele recusar ou deixar de fazê-lo, a
cuius interest instante vel etiam ex officio, requerimento da parte interessada ou
exsecutio spectat ad auctoritatem cui também ex officio, a execução cabe a
tribunal appellationis ad normam autoridade a quem está sujeito o tribunal
can. 1439, § 3 subicitur. de apelação, de acordo com o cân. 1439,
§ 3.
§ 3. Inter religiosos exsecutio sententiae § 3. Entre religiosos, a execução cabe ao
spectat ad Superiorem qui sententiam Superior que proferiu a sentença ou
exsecutioni mandandam tulit aut iudicem delegou o juiz.
delegavit.

Can. 1654 - § 1. Exsecutor, nisi quid eius Cân. 1654 - § 1. A não ser que alguma
arbitrio in ipso sententiae tenore fuerit coisa tenha sido deixada a seu arbítrio no
permissum, debet sententiam ipsam, próprio texto da sentença, o executor deve
secundum obvium verborum sensum, executar a sentença de acordo com o
exsecutioni mandare. sentido óbvio das palavras.
§ 2. Licet ei videre de exceptionibus circa § 2. É lícito a ele julgar das exceções sobre
modum et vim exsecutionis, non autem de o modo e o valor da execução, mas não
merito causae; quod si habeat aliunde sobre o mérito da causa; contudo, se por
compertum sententiam esse nullam vel outra fonte estiver convencido de que a
manifeste iniustam ad normam cann. 1620, sentença é nula ou manifestamente injusta,
1622, 1645, abstineat ab exsecutione, et de acordo com os cânn. 1620, 1622, 1645,
rem ad tribunal a quo lata est sententia abstenha-se de executá-la e remeta a
remittat, partibus certioribus factis. questão ao tribunal que proferiu a
sentença, informando as partes.

Can. 1655 - § 1. Quod attinet ad reales Cân. 1655 - § 1. No que se refere a ações
actiones, quoties adiudicata actori res reais, sempre que alguma coisa foi
aliqua est, haec actori tradenda est statim adjudicada ao autor, ela deve ser entregue
ac res iudicata habetur. a ele, logo que existe coisa julgada.
§ 2. Quod vero attinet ad actiones § 2. No que se refere a ações pessoais,
personales, cum reus damnatus est ad rem tendo sido o réu condenado à prestação de
mobilem praestandam, vel ad solvendam alguma coisa móvel, ou a pagar em
pecuniam, vel ad aliud dandum aut dinheiro, ou a dar ou fazer outra coisa, o
faciendum, iudex in ipso tenore sententiae juiz, no próprio texto da sentença, ou o
vel exsecutor pro suo arbitrio et prudentia executor, a seu arbítrio e prudência,
terminum statuat ad implendam determine um prazo para o cumprimento
obligationem, qui tamen neque infra da obrigação; esse prazo, porém, não seja
quindecim dies coarctetur neque sex inferior a quinze dias, nem superior a seis
menses excedat. meses.

SECTIO II. DE PROCESSU SEÇÃO II DO PROCESSO


CONTENTIOSO ORALI CONTENCIOSO ORAL
Can. 1656 - § 1. Processu contentioso Cân. 1656 - § 1. Podem ser tratadas pelo
orali, de quo in hac sectione, tractari processo contencioso oral, de que se fala
possunt omnes causae a iure non nesta seção, todas as causas não
exclusae, nisi pars processum excluídas pelo direito, a não ser que a
contentiosum ordinarium petat. parte peça o processo contencioso
ordinário.
§ 2. Si processus oralis adhibeatur extra § 2. Se o processo oral for empregado fora
casus iure permissos, actus iudiciales sunt dos casos permitidos pelo direito, os atos
nulli. judiciais são nulos.

Can. 1657 - Processus contentiosus oralis Cân. 1657 - O processo contencioso oral
fit in primo gradu coram iudice unico, ad se faz, em primeiro grau, perante juiz
normam can. 1424. único, de acordo com o cân. 1424.

Can. 1658 - § 1. Libellus quo lis Cân. 1658 - § 1. Além do que está citado
introducitur, praeter ea quae in can. 1504 no cân. 1504, o libelo com que se introduz
recensentur, debet: a lide deve:
1° facta quibus actoris petitiones 1°- expor breve, íntegra e claramente
innitantur, breviter, integre et perspicue os fatos em que se fundamentam os
exponere; pedidos do autor;
2° probationes quibus actor facta 2°- indicar de tal modo as provas com
demonstrare intendit, quasque simul afferre as quais o autor pretende demonstrar os
nequit, ita indicare ut statim colligi a iudice fatos e que no momento não pode
possint. apresentar, que possam ser logo coligidas
pelo juiz;
§ 2. Libello adnecti debent, saltem in § 2. Devem ser anexados ao libelo, pelo
exemplari authentico, documenta quibus menos em cópia autêntica, os documentos
petitio innititur. em que se apóia o pedido.

Can. 1659 - § 1. Si conamen conciliationis Cân. 1659 - § 1. Se tiver sido inútil a


ad normam can. 1446, § 2 inutile cesserit, tentativa de conciliação, de acordo com o
iudex, si aestimet libellum aliquo cân. 1446, § 2, o juiz, se julgar que o libelo
fundamento niti, intra tres dies, decreto ad tem algum fundamento, dentro de três dias,
calcem ipsius libelli apposito, praecipiat ut com decreto ao pé do próprio libelo, ordene
exemplar petitionis notificetur parti a notificação da cópia da petição à parte
conventae, facta huic facultate mittendi, demandada, dando-lhe faculdade de
intra quindecim dies, ad cancellariam enviar, dentro de quinze dias, resposta
tribunalis scriptam responsionem. escrita à chancelaria do tribunal.
§ 2. Haec notificatio effectus habet § 2. Essa notificação tem os efeitos da
citationis iudicialis, de quibus in can. 1512. citação judicial mencionados no cân. 1512.

Can. 1660 - Si exceptiones partis Cân. 1660 - Se as exceções da parte


conventae id exigant, iudex parti actrici demandada o exigirem, o juiz estabeleça
praefiniat terminum ad respondendum, ita para a parte demandante prazo para
ut ex allatis utriusque partis elementis ipse responder, de modo que possa conhecer
controversiae obiectum perspectum claramente o objeto da controvérsia, pelos
habeat. elementos apresentados por ambas as
partes.

Can. 1661 - § 1. Elapsis terminis, de Cân. 1661 - § 1. Esgotados os prazos


quibus in cann. 1659 et 1660, iudex, mencionados nos cânn. 1659 e 1660, o
perspectis actis, formulam dubii determinet; juiz, depois de ter examinado os autos,
dein ad audientiam, non ultra triginta dies determine a fórmula da dúvida; em seguida
celebrandam, omnes citet qui in ea cite para audiência, que deve ser realizada
interesse debent, addita pro partibus dubii antes de trinta dias, todos os que devem
formula. estar presentes, anexando, para as partes,
a fórmula da dúvida.
§ 2. In citatione partes certiores fiant se § 2. Na citação, as partes sejam
posse, tres saltem ante audientiam dies, informadas de que podem, até três dias
aliquod breve scriptum tribunali exhibere ad antes da audiência, apresentar ao tribunal
sua asserta comprobanda. um breve escrito para comprovar suas
asserções.

Can. 1662 - In audientia primum tractantur Cân. 1662 - Na audiência, tratam-se


quaestiones de quibus in cann. 1459-1464. primeiro as questões mencionadas nos
cânn.1459-1464.

Can. 1663 - § 1. Probationes colliguntur in Cân. 1663 - § 1. As provas são coligidas


audientia, salvo praescripto can. 1418. na audiência, salva a prescrição do cân.
1418.
§ 2. Pars eiusque advocatus assistere § 2. A parte e seu advogado podem assistir
possunt excussioni ceterarum partium, ao interrogatório das outras partes, das
testium et peritorum. testemunhas e dos peritos.

Can. 1664 - Responsiones partium, Cân. 1664 - As respostas das partes, das
testium, peritorum, petitiones et testemunhas e dos peritos, as petições e
exceptiones advocatorum, redigendae sunt exceções dos advogados devem ser
scripto a notario, sed summatim et in iis redigidas por escrito pelo notário, mas
tantummodo quae pertinent ad substantiam sumariamente e só no que afeta à
rei controversae, et a deponentibus substância da coisa controvertida; devem
subsignandae. ser assinadas pelos depoentes.

Can. 1665 - Probationes, quae non sint in Cân. 1665 - Provas que não tenham sido
petitione vel responsione allatae aut apresentadas ou pedidas na petição ou na
petitae, potest iudex admittere tantum ad resposta, o juiz pode admiti-las somente de
normam can. 1452; postquam autem vel acordo com o cân. 1452; todavia, depois
unus testis auditus est, iudex potest que tiver sido ouvida, mesmo que seja uma
tantummodo ad normam can. 1600 novas única testemunha, o juiz pode decretar
probationes decernere. novas provas só de acordo com o cân.
1600.

Can. 1666 - Si in audientia probationes Cân. 1666 - Se na audiência não tiver sido
omnes colligi non potuerint, altera statuatur possível coligir todas as provas, seja
audientia. marcada outra audiência.

Can. 1667 - Probationibus collectis, fit in Cân. 1667 - Coletadas as provas, faça- se
eadem audientia discussio oralis. a discussão oral na mesma audiência.

Can. 1668 - § 1. Nisi ex discussione aliquid Cân. 1668 - § 1. A não ser que na
supplendum in causae instructione discussão se evidencie a necessidade de
comperiatur, vel aliud exsistat quod suprir alguma coisa na instrução da causa,
impediat sententiam rite proferri, iudex ou exista alguma coisa que impeça
illico, expleta audientia, causam seorsum pronunciar devidamente a sentença, o juiz,
decidat; dispositiva sententiae pars statim terminada a audiência, decida a causa em
coram partibus praesentibus legatur. particular; leia-se imediatamente a parte
dispositiva da sentença perante as partes
presentes.
§ 2. Potest autem tribunal propter rei § 2. Contudo, em razão da dificuldade da
difficultatem vel aliam iustam causam questão ou por outra justa causa, o tribunal
usque ad quintum utilem diem decisionem pode adiar a decisão por cinco dias úteis.
differre.
§ 3. Integer sententiae textus, motivis § 3. O texto integral da sentença, expostas
expressis, quam primum, ordinarie non as motivações, seja notificado às partes
ultra quindecim dies, partibus notificetur. quanto antes, ordinariamente antes de
quinze dias.

Can. 1669 - Si tribunal appellationis Cân. 1669 - Se o tribunal de apelação


perspiciat in inferiore iudicii gradu constatar que no grau inferior de juízo foi
processum contentiosum oralem esse empregado o processo contencioso oral
adhibitum in casibus a iure exclusis, em casos excluídos pelo direito, declare a
nullitatem sententiae declaret et causam nulidade da sentença e remeta a causa ao
remittat tribunali quod sententiam tulit. tribunal que proferiu a sentença.

Can. 1670 - In ceteris quae ad rationem Cân. 1670 - Nas outras coisas referentes
procedendi attinent, serventur praescripta ao modo de proceder, observem-se as
canonum de iudicio contentioso ordinario. prescrições dos cânones sobre o juízo
Tribunal autem potest suo decreto, motivis contencioso ordinário. Contudo, por
praedito, normis processualibus, quae non decreto próprio devidamente motivado, o
sint ad validitatem statutae, derogare, ut tribunal pode derrogar normas processuais
celeritati, salva iustitia, consulat. que não estejam estabelecidas para a
validade, a fim de favorecer assim a
rapidez do processo, salva a justiça.

PARS III. DE QUIBUSDAM III PARTE DE ALGUNS PROCESSOS


PROCESSIBUS SPECIALIBUS ESPECIAIS
TITULUS I. DE PROCESSIBUS TÍTULO I DOS PROCESSOS
MATRIMONIALIBUS MATRIMONIAIS
CAPUT I. DE CAUSIS AD MATRIMONII Capítulo I DAS CAUSAS PARA A
NULLITATEM DECLARANDAM DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO
MATRIMÔNIO
Art. 1. De foro competenti et de tribunalibus Art. 1 O foro competente e os tribunais
Can. 1671 - § 1. Causae matrimoniales Cân. 1671 § 1. As causas matrimoniais dos
baptizatorum iure proprio ad iudicem baptizados competem por direito próprio ao
ecclesiasticum spectant. juiz eclesiástico.
§ 2. Causae de effectibus matrimonii mere § 2. As causas relativas aos efeitos
civilibus pertinent ad civilem magistratum, meramente civis do matrimónio pertencem
nisi ius particulare statuat easdem causas, ao magistrado civil, a não ser que o direito
si incidenter et accessorie agantur, posse a particular estabeleça que essas causas, se
iudice ecclesiastico cognosci ac definiri. surgirem de modo incidental e acessório,
possam ser examinadas e decididas pelo
juiz eclesiástico.

Can. 1672 - In causis de matrimonii Cân. 1672. Para as causas de nulidade do


nullitate, quae non sint Sedi Apostolicae matrimónio que não estejam reservadas à
reservatae, competentia sunt: Sé Apostólica, são competentes:
1° tribunal loci in quo matrimonium 1° o tribunal do lugar em que se
celebratum est; celebrou o matrimónio;
2° tribunal loci in quo alterutra vel 2° o tribunal do lugar em que uma ou
utraque pars domicilium vel quasi- ambas as partes têm domicílio ou quase-
domicilium habet; domicílio;
3° tribunal loci in quo de facto 3° o tribunal do lugar em que de facto
colligendae sunt pleraeque probationes. se hão-de recolher a maior parte das
provas.

Can. 1673 - § 1. In unaquaque dioecesi Cân. 1673 § 1. Em cada diocese, o juiz de


iudex primae instantiae pro causis nullitatis primeira instância para as causas de
matrimonii iure expresse non exceptis est nulidade do matrimónio, não exceptuadas
Episcopus dioecesanus, qui iudicialem expressamente pelo direito, é o Bispo
potestatem exercere potest per se ipse vel diocesano, que pode exercer o poder
per alios, ad normam iuris. judicial por si mesmo ou por meio de
outros, em conformidade com as normas
do direito.
§ 2. Episcopus pro sua dioecesi tribunal § 2. O Bispo constitua para a sua diocese o
dioecesanum constituat pro causis nullitatis tribunal diocesano para as causas de
matrimonii, salva facultate ipsius Episcopi nulidade do matrimónio, salva a faculdade
accedendi ad aliud dioecesanum vel que o mesmo Bispo tem de aceder a outro
interdioecesanum vicinius tribunal. tribunal diocesano ou interdiocesano mais
próximo.
§ 3. Causae de matrimonii nullitate collegio § 3. As causas de nulidade do matrimónio
trium iudicum reservantur. Eidem praeesse são reservadas a um colégio de três juízes.
debet iudex clericus, reliqui iudices etiam O mesmo deve ser presidido por um juiz
laici esse possunt. clérigo, os restantes juízes podem ser
também leigos.
§ 4. Episcopus Moderator, si tribunal § 4. O Bispo Moderador, se não for
collegiale constitui nequeat in dioecesi vel possível constituir o tribunal colegial na
in viciniore tribunali ad normam § 2 electo, diocese ou no tribunal mais próximo que foi
causas unico iudici clerico committat qui, escolhido nos termos do § 2, confie as
ubi fieri possit, duos assessores probatae causas a um único juiz clérigo que, onde
vitae, peritos in scientiis iuridicis vel for possível, associe a si dois assessores
humanis, ab Episcopo ad hoc munus de vida exemplar, especialistas em
approbatos, sibi asciscat; eidem iudici ciências jurídicas ou humanas, aprovados
unico, nisi aliud constet, ea competunt pelo Bispo para esta função; ao mesmo
quae collegio, praesidi vel ponenti juiz único competem, a menos que resulte
tribuuntur. diversamente, as funções atribuídas ao
colégio, ao presidente ou ao ponente.
§ 5. Tribunal secundae instantiae ad § 5. O tribunal de segunda instância, para
validitatem semper collegiale esse debet, a validade, deve ser sempre colegial,
iuxta praescriptum praecedentis § 3. segundo o prescrito no § 3 anterior.
§ 6. A tribunali primae instantiae appellatur § 6. Do tribunal de primeira instância apela-
ad tribunal metropolitanum secundae se para o tribunal metropolitano de
instantiae, salvis praescriptis cann. segunda instância, sem prejuízo do
1438-1439 et 1444. prescrito nos câns. 1438-1439 e 1444.

Art. 2. De iure impugnandi matrimonium Art. 2 O direito de impugnar o matrimónio


Can. 1674 - § 1. Habiles sunt ad Cân. 1674 § 1. Para impugnar o
matrimonium impugnandum: matrimónio, são hábeis:
1° coniuges; 1° os cônjuges;
2° promotor iustitiae, cum nullitas iam 2° o promotor da justiça, quando a
divulgata est, si matrimonium convalidari nulidade já está divulgada e não possa ou
nequeat aut non expediat. não convenha convalidar-se o matrimónio.
§ 2. Matrimonium quod, utroque coniuge § 2. O matrimónio que não foi acusado em
vivente, non fuit accusatum, post mortem vida de ambos os cônjuges não pode ser
alterutrius vel utriusque coniugis accusari acusado depois da morte de um deles ou
non potest, nisi quaestio de validitate sit de ambos, a não ser que a questão da
praeiudicialis ad aliam solvendam validade seja prejudicial para resolver a
controversiam sive in foro canonico sive in controvérsia no foro canónico ou no foro
foro civili. civil.
§ 3. Si autem coniux moriatur pendente § 3. Se entretanto um cônjuge morre,
causa, servetur can. 1518. estando pendente a causa, observe-se o
cân. 1518.

Art. 3. De causae introductione et Art. 3 A introdução e a instrução da causa


instructione
Can. 1675 - Iudex, antequam causam Cân. 1675. O juiz, antes de aceitar a
acceptet, certior fieri debet matrimonium causa, deve ter a certeza de que o
irreparabiliter pessum ivisse, ita ut matrimónio está irremediavelmente
coniugalis convictus restitui nequeat. perdido, de modo que seja impossível
restabelecer a convivência conjugal.

Can. 1676 - § 1. Recepto libello, Vicarius Cân. 1676 § 1. Uma vez recebido o libelo,
iudicialis si aestimet eum aliquo se o vigário judicial considerar que o
fundamento niti, eum admittat et, decreto mesmo goza de algum fundamento, admita-
ad calcem ipsius libelli apposito, praecipiat o e, com decreto colocado no fim do
ut exemplar notificetur defensori vinculi et, próprio libelo, ordene que uma cópia seja
nisi libellus ab utraque parte subscriptus notificada ao defensor do vínculo e, a não
fuerit, parti conventae, eidem dato termino ser que o libelo tenha sido assinado por
quindecim dierum ad suam mentem de ambas as partes, à parte demandada,
petitione aperiendam. dando-lhe o prazo de quinze dias para
exprimir a sua posição relativamente à
petição.
§ 2. Praefato termino transacto, altera § 2. Transcorrido o mencionado prazo,
parte, si et quatenus, iterum monita ad depois de ter novamente advertido – se e
suam mentem ostendendam, audito vinculi na medida em que o considerar oportuno –
defensore, Vicarius iudicialis suo decreto a outra parte para manifestar a sua
dubii formulam determinet et decernat posição, ouvido o defensor do vínculo, o
utrum causa processu ordinario an vigário judicial por decreto próprio
processu breviore ad mentem cann. determine a fórmula da dúvida e decida se
1683-1687 pertractanda sit. Quod a causa deve ser tratada com o processo
decretum partibus et vinculi defensori ordinário ou o processo mais breve nos
statim notificetur. termos dos câns. 1683-1687. Tal decreto
seja imediatamente notificado às partes e
ao defensor do vínculo.
§ 3. Si causa ordinario processu tractanda § 3. Se a causa deve ser tratada com o
est, Vicarius iudicialis, eodem decreto, processo ordinário, o vigário judicial, com o
constitutionem iudicum collegii vel iudicis mesmo decreto, disponha a constituição do
unici cum duobus assessoribus iuxta colégio dos juízes ou do juiz único com os
can. 1673, § 4 disponat. dois assessores, segundo o cân. 1673 § 4.
§ 4. Si autem processus brevior statutus § 4. Se, pelo contrário, se estatuiu o
est, Vicarius iudicialis agat ad normam processo mais breve, o vigário judicial
can. 1685. proceda nos termos do cân. 1685.
§ 5. Formula dubii determinare debet quo § 5. A fórmula da dúvida deve determinar
capite vel quibus capitibus nuptiarum por que capítulo ou capítulos é impugnada
validitas impugnetur. a validade do matrimónio.

Can. 1677 - § 1. Defensori vinculi, partium Cân. 1677 § 1. O defensor do vínculo, os


patronis et, si in iudicio sit, etiam promotori advogados das partes e, se intervier no
iustitiae ius est: juízo, também o promotor da justiça têm
direito de:
1° examini partium, testium et peritorum 1° assistir ao interrogatório das partes,
adesse, salvo praescripto can. 1559; das testemunhas e dos peritos, sem
prejuízo do prescrito no cân. 1559;
2° acta iudicialia, etsi nondum 2° ver as actas judiciais, mesmo ainda
publicata, invisere et documenta a partibus não publicadas, e examinar os documentos
producta recognoscere. apresentados pelas partes.
§ 2. Examini, de quo in § 1, n. 1, partes § 2. Ao interrogatório referido no § 1, n. 1º
assistere nequeunt. não podem assistir as partes.

Can. 1678 - § 1. In causis de matrimonii Cân. 1678 § 1. Nas causas de nulidade do


nullitate, confessio iudicialis et partium matrimónio, a confissão judicial e as
declarationes, testibus forte de ipsarum declarações das partes, apoiadas
partium credibilitate sustentae, vim plenae eventualmente por testemunhas sobre a
probationis habere possunt, a iudice credibilidade das mesmas, podem ter valor
aestimandam perpensis omnibus indiciis et de prova plena, que há-de ser avaliado
adminiculis, nisi alia accedant elementa pelo juiz considerados todos os indícios e
quae eas infirment. subsídios, se não houver outros elementos
que as contestem.
§ 2. In iisdem causis, depositio unius testis § 2. Nas mesmas causas, o depoimento de
plenam fidem facere potest, si agatur de uma só testemunha pode fazer fé plena, se
teste qualificato qui deponat de rebus ex se tratar de uma testemunha qualificada
officio gestis, aut rerum et personarum que deponha sobre coisas feitas ex officio,
adiuncta id suadeant. ou as circunstâncias de factos e pessoas o
sugiram.
§ 3. In causis de impotentia vel de § 3. Nas causas de impotência ou de falta
consensus defectu propter mentis morbum de consentimento por enfermidade mental
vel anomaliam naturae psychicae iudex ou por anomalias de natureza psíquica, o
unius periti vel plurium opera utatur, nisi ex juiz utilize a colaboração de um ou mais
adiunctis inutilis evidenter appareat; in peritos, a não ser que conste pelas
ceteris causis servetur praescriptum circunstâncias, com evidência, que isso
can. 1574. seria inútil; nas demais causas, observe-se
o prescrito no cân. 1574.
§ 4. Quoties in instructione causae dubium § 4. Quando na instrução da causa surgir a
valde probabile emerserit de non secuta dúvida muito provável de que o matrimónio
matrimonii consummatione, tribunal potest, não foi consumado, o tribunal, ouvidas as
auditis partibus, causam nullitatis partes, pode suspender a causa de
suspendere, instructionem complere pro nulidade, completar a instrução para a
dispensatione super rato, ac tandem acta dispensa super rato, e por fim transmitir os
transmittere ad Sedem Apostolicam una autos à Sé Apostólica, juntamente com a
cum petitione dispensationis ab alterutro súplica de dispensa, por parte de um dos
vel utroque coniuge et cum voto tribunalis cônjuges ou de ambos e com o parecer do
et Episcopi. tribunal e do Bispo.

Art. 4. De sententia, de eiusdem Art. 4 A sentença, as suas impugnações e


impugnationibus et exsecutione a sua execução
Can. 1679 - Sententia, quae matrimonii Cân. 1679. A sentença que em primeiro
nullitatem primum declaravit, elapsis lugar declarou a nulidade do matrimónio,
terminis a cann. 1630-1633 ordinatis, fit expirados os prazos estabelecidos nos
exsecutiva. câns. 1630-1633, torna-se executiva.

Can. 1680 - § 1. Integrum manet parti, Cân. 1680 § 1. A parte que se julgue
quae se gravatam putet, itemque promotori agravada e, igualmente, o promotor da
iustitiae et defensori vinculi querelam justiça e o defensor do vínculo têm o direito
nullitatis sententiae vel appellationem de interpor querela de nulidade da
contra eandem sententiam interponere ad sentença ou apelação contra a mesma
mentem cann. 1619-1640. sentença nos termos dos câns. 1619-1640.
§ 2. Terminis iure statutis ad appellationem § 2. Decorridos os prazos estabelecidos
eiusque prosecutionem elapsis atque actis pelo direito para a apelação e para a sua
iudicialibus a tribunali superioris instantiae prossecução, depois de o tribunal da
receptis, constituatur collegium iudicum, instância superior receber os autos
designetur vinculi defensor et partes judiciais, constitua-se o colégio dos juízes,
moneantur ut animadversiones, intra designe-se o defensor do vínculo e as
terminum praestitutum, proponant; quo partes sejam advertidas para apresentar as
termino transacto, si appellatio mere suas observações dentro do prazo pré-
dilatoria evidenter appareat, tribunal estabelecido; transcorrido tal prazo, o
collegiale, suo decreto, sententiam prioris tribunal colegial, se a apelação resultar
instantiae confirmet. manifestamente dilatória, confirme com
decreto próprio a sentença de primeira
instância.
§ 3. Si appellatio admissa est, eodem § 3. Se a apelação foi admitida, deve-se
modo quo in prima instantia, congrua proceder da mesma maneira como na
congruis referendo, procedendum est. primeira instância, com as devidas
adaptações.
§ 4. Si in gradu appellationis novum § 4. Se no grau de apelação for introduzido
nullitatis matrimonii caput afferatur, tribunal um novo capítulo de nulidade do
potest, tamquam in prima instantia, illud matrimónio o tribunal pode admiti-lo e julgá-
admittere et de eo iudicare. lo como se fosse em primeira instância.

Can. 1681 - Si sententia exsecutiva prolata Cân. 1681. Se foi emitida uma sentença
sit, potest quovis tempore ad tribunal tertii executiva, pode-se recorrer, em qualquer
gradus pro nova causae propositione ad momento, ao tribunal de terceiro grau para
normam can. 1644 provocari, novis iisque a nova proposição da causa nos termos do
gravibus probationibus vel argumentis intra cân. 1644, aduzindo-se novas e
peremptorium terminum triginta dierum a ponderosas provas ou argumentos, dentro
proposita impugnatione allatis. do prazo peremptório de trinta dias a partir
da apresentação da impugnação.

Can. 1682 - § 1. Postquam sententia, quae Cân. 1682 § 1. Depois de a sentença que
matrimonii nullitatem declaraverit, facta est declarou a nulidade do matrimónio se
exsecutiva, partes quarum matrimonium tornar executiva, as partes cujo matrimónio
declaratum est nullum, possunt novas foi declarado nulo podem contrair novas
nuptias contrahere, nisi vetito ipsi núpcias, a não ser que isso seja vedado
sententiae apposito vel ab Ordinario loci por uma proibição aposta à própria
statuto id prohibeatur. sentença ou determinada pelo Ordinário do
lugar.
§ 2. Statim ac sententia facta est § 2. Logo que a sentença se torne
exsecutiva, Vicarius iudicialis debet executiva, o vigário judicial deve notificá-la
eandem notificare Ordinario loci in quo ao Ordinário do lugar onde o matrimónio foi
matrimonium celebratum est. Is autem celebrado. Este deve velar por que, quanto
curare debet ut quam primum de decreta antes, o decreto da nulidade do matrimónio
nullitate matrimonii et de vetitis forte e as proibições porventura impostas se
statutis in matrimoniorum et baptizatorum averbem no livro dos matrimónios e no dos
libris mentio fiat. baptismos.
Art. 5. De processu matrimoniali breviore Art. 5 O processo matrimonial mais breve
coram Episcopo diante do Bispo
Can. 1683 - Ipsi Episcopo dioecesano Cân. 1683. Ao próprio Bispo diocesano
competit iudicare causas de matrimonii compete julgar as causas de nulidade do
nullitate processu breviore quoties: matrimónio com o processo mais breve,
sempre que:
1° petitio ab utroque coniuge vel ab 1° a petição for proposta por ambos os
alterutro, altero consentiente, proponatur; cônjuges ou por um deles, com o
consentimento do outro;
2° recurrant rerum personarumque 2° houver circunstâncias de factos e de
adiuncta, testimoniis vel instrumentis pessoas, apoiadas por testemunhos ou
suffulta, quae accuratiorem disquisitionem documentos, que não exijam uma mais
aut investigationem non exigant, et acurada discussão ou investigação e
nullitatem manifestam reddant. tornem evidente a nulidade.

Can. 1684 - Libellus quo processus brevior Cân. 1684. O libelo com o qual se introduz
introducitur, praeter ea quae in can. 1504 o processo mais breve, além dos
recensentur, debet: elementos elencados no cân. 1504, deve:
1° facta quibus petitio innititur breviter, 1° expor de maneira breve, integral e
integre et perspicue exponere; clara os factos em que se baseia a petição;
2° probationes, quae statim a iudice 2° indicar as provas que possam ser
colligi possint, indicare; imediatamente recolhidas pelo juiz;
3° documenta quibus petitio innititur in 3º exibir, em anexo, os documentos em
adnexo exhibere. que se baseia a petição.

Can. 1685 - Vicarius iudicialis, eodem Cân. 1685. O vigário judicial, no mesmo
decreto quo dubii formulam determinat, decreto com que determina a fórmula da
instructore et assessore nominatis, ad dúvida, nomeie o instrutor e o assessor e
sessionem non ultra triginta dies iuxta cite para a sessão, que se deve celebrar
can. 1686 celebrandam omnes citet qui in nos termos do cân. 1686, não para além de
ea interesse debent. trinta dias, todos aqueles que devem nela
participar.

Can. 1686 - Instructor una sessione, Cân. 1686. O instrutor, na medida do


quatenus fieri possit, probationes colligat et possível, recolha as provas numa única
terminum quindecim dierum statuat ad sessão e fixe um prazo de quinze dias para
animadversiones pro vinculo et a apresentação das observações em favor
defensiones pro partibus, si quae do vínculo e das alegações das partes, se
habeantur, exhibendas. as houver.

Can. 1687 - § 1. Actis receptis, Episcopus Cân. 1687 § 1. Recebidos os autos, o


dioecesanus, collatis consiliis cum Bispo diocesano, depois de consultar o
instructore et assessore, perpensisque instrutor e o assessor, avaliadas as
animadversionibus defensoris vinculi et, si observações do defensor do vínculo e, se
quae habeantur, defensionibus partium, si houver, as alegações das partes, se
moralem certitudinem de matrimonii chegar à certeza moral sobre a nulidade do
nullitate adipiscitur, sententiam ferat. Secus matrimónio emane a sentença. Caso
causam ad ordinarium tramitem remittat. contrário, envie a causa para o processo
ordinário.
§ 2. Integer sententiae textus, motivis § 2. O texto integral da sentença, com a
expressis, quam citius partibus notificetur. motivação, seja notificado o mais
rapidamente possível às partes.
§ 3. Adversus sententiam Episcopi § 3. Contra a sentença do Bispo, dá-se
appellatio datur ad Metropolitam vel ad apelação ao Metropolita ou à Rota
Rotam Romanam; si autem sententia ab Romana; se a sentença foi emitida pelo
ipso Metropolita lata sit, appellatio datur ad Metropolita, dá-se apelação ao sufragâneo
antiquiorem suffraganeum; et adversus mais idoso; e contra a sentença de outro
sententiam alius Episcopi qui auctoritatem Bispo que não tenha uma autoridade
superiorem infra Romanum Pontificem non superior sob o Romano Pontífice, dá-se
habet, appellatio datur ad Episcopum ab apelação ao Bispo por ele estavelmente
eodem stabiliter selectum. escolhido.
§ 4. Si appellatio mere dilatoria evidenter § 4. Se a apelação resultar, com evidência,
appareat, Metropolita vel Episcopus de quo meramente dilatória, o Metropolita ou o
in § 3, vel Decanus Rotae Romanae, eam Bispo referido no § 3, ou o Decano da Rota
a limine decreto suo reiciat; si autem Romana, rejeite-a liminarmente com um
admissa fuerit, causa ad ordinarium seu decreto; se, pelo contrário, a apelação
tramitem in altero gradu remittatur. for admitida, envie-se a causa para o
exame ordinário de segundo grau.

Art. 6. De processu documentali Art. 6 O processo documental


Can. 1688 - Recepta petitione ad normam Cân. 1688. Uma vez recebida a petição
can. 1676 proposita, Episcopus apresentada nos termos do cân. 1676, o
dioecesanus vel Vicarius iudicialis vel Iudex Bispo diocesano ou o vigário judicial ou o
designatus potest, praetermissis juiz designado, omitidas as solenidades do
sollemnitatibus ordinarii processus sed processo ordinário, mas citadas as partes e
citatis partibus et cum interventu defensoris com a intervenção do defensor do vínculo,
vinculi, matrimonii nullitatem sententia pode declarar por sentença a nulidade do
declarare, si ex documento, quod nulli matrimónio, se de um documento, a que
contradictioni vel exceptioni sit obnoxium, não possa opor-se nenhuma objecção ou
certo constet de exsistentia impedimenti excepção, constar com certeza da
dirimentis vel de defectu legitimae formae, existência de um impedimento dirimente ou
dummodo pari certitudine pateat da falta de forma legítima, contanto que
dispensationem datam non esse, aut de com igual certeza conste que não foi dada
defectu validi mandati procuratoris. dispensa, ou conste da falta de mandato
válido do procurador.

Can. 1689 - § 1. Adversus hanc Cân. 1689 - § 1. Se o defensor do vínculo


declarationem defensor vinculi, si prudenter considerar prudentemente que os vícios
existimaverit vel vitia de quibus in referidos no cân. 1688 ou a falta da
can. 1688 vel dispensationis defectum non dispensa não são certos, deve apelar desta
esse certa, appellare debet ad iudicem declaração para o juiz de segunda
secundae instantiae, ad quem acta sunt instância, ao qual devem ser transmitidos
transmittenda quique scripto monendus est os autos, e também avisá-lo por escrito de
agi de processu documentali. que se trata de um processo documental.
§ 2. Integrum manet parti, quae se § 2. A parte que se julgue agravada tem o
gravatam putet, ius appellandi. direito de apelar.

Can. 1690 - Iudex alterius instantiae, cum Cân. 1690. O juiz de segunda instância,
interventu defensoris vinculi et auditis com a intervenção do defensor do vínculo
partibus, decernet eodem modo, de quo in e ouvidas as partes, decida, do mesmo
can. 1688, utrum sententia sit confirmanda, modo como referido no cân. 1688, se a
an potius procedendum in causa sit iuxta sentença deve ser confirmada ou, pelo
ordinarium tramitem iuris; quo in casu eam contrário, se deve proceder-se na causa
remittit ad tribunal primae instantiae. segundo os trâmites ordinários do direito;
neste caso, remeta-a ao tribunal de
primeira instância.

Art. 7 - Normae generales Art. 7 – Normas gerais


Can. 1691 - § 1. In sententia partes Cân. 1691 § 1. Na sentença advirtam-se as
moneantur de obligationibus moralibus vel partes acerca das obrigações morais e até
etiam civilibus, quibus forte teneantur, civis que porventura tenham uma para com
altera erga alteram et erga prolem, ad a outra e com os filhos, no referente à
sustentationem et educationem prestação do sustento e à educação.
praestandam.
§ 2. Causae ad matrimonii nullitatem § 2. As causas de declaração da nulidade
declarandam, processu contentioso orali, do matrimónio não podem tratar-se através
de quo in cann. 1656-1670, tractari de processo contencioso oral, do qual
nequeunt. tratam os câns. 1656-1670.
§ 3. In ceteris quae ad rationem procedendi § 3. Nas restantes coisas referentes ao
attinent, applicandi sunt, nisi rei natura modo de proceder, a não obstar a natureza
obstet, canones de iudiciis in genere et de da coisa, devem aplicar-se os cânones dos
iudicio contentioso ordinario, servatis juízos em geral e do juízo contencioso
specialibus normis circa causas de statu ordinário, com a observância das normas
personarum et causas ad bonum publicum especiais acerca das causas relativas ao
spectantes. estado das pessoas e às causas
respeitantes ao bem público.

CAPUT II. DE CAUSIS SEPARATIONIS Capítulo II DAS CAUSAS DE


CONIUGUM SEPARAÇÃO DOS CÔNJUGES
Can. 1692 - § 1. Separatio personalis Cân. 1692 - § 1. A separação pessoal dos
coniugum baptizatorum, nisi aliter pro locis cônjuges batizados, salvo legítima
particularibus legitime provisum sit, decerni determinação contrária para lugares
potest Episcopi dioecesani decreto vel particulares, pode ser decidida por decreto
iudicis sententia ad normam canonum qui do Bispo diocesano ou por sentença do
sequuntur. juiz, de acordo com os cânones seguintes.
§ 2. Ubi decisio ecclesiastica effectus § 2. Onde a decisão eclesiástica não
civiles non sortitur, vel si sententia civilis produz efeitos civis, ou prevendo- se
praevidetur non contraria iuri divino, sentença civil não contrária ao direito
Episcopus dioecesis commorationis divino, pode o Bispo da diocese de
coniugum poterit, perpensis peculiaribus residência dos cônjuges, ponderadas as
adiunctis, licentiam concedere adeundi circunstâncias especiais, conceder licença
forum civile. de recorrer ao foro civil.
§ 3. Si causa versetur etiam circa effectus § 3. Se a causa tratar também sobre os
mere civiles matrimonii, satagat iudex ut, efeitos meramente civis do matrimônio, o
servato praescripto § 2, causa inde ab initio juiz se empenhe a fim de que a causa seja
ad forum civile deferatur. levada desde o início ao foro civil,
observada a prescrição do § 2.

Can. 1693 - § 1. Nisi qua pars vel promotor Cân. 1693 - § 1. A não ser que uma parte
iustitiae processum contentiosum ou o promotor de justiça peçam o processo
ordinarium petant, processus contentiosus contencioso ordinário, empregue-se o
oralis adhibeatur. processo contencioso oral.
§ 2. Si processus contentiosus ordinarius § 2. Se tiver sido empregado o processo
adhibitus sit et appellatio proponatur, contenc ioso ordinário e for proposta
tribunal secundi gradus ad normam apelação, o tribunal de segunda grau
can. 1682, § 2 [1680 §§ 2,3] procedat, proceda de acordo com o cân. 1682, § 2
servatis servandis. [1680 §§ 2,3], servatis servandis.

Can. 1694 - Quod attinet ad tribunalis Cân. 1694 - Quanto à competência do


competentiam, serventur praescripta tribunal, observem-se as prescrições do
can. 1673 [1672]. cân. 1673 [1672].

Can. 1695 - Iudex, antequam causam Cân. 1695 - Antes de aceitar a causa e
acceptet et quotiescumque spem boni sempre que percebe esperança de
exitus perspicit, pastoralia media adhibeat, sucesso, o juiz use meios pastorais, a fim
ut coniuges concilientur et ad coniugalem de que os cônjuges se reconciliem e sejam
convictum restaurandum inducantur. levados a restabelecer a convivência
conjugal.

Can. 1696 - Causae de coniugum Cân. 1696 - As causas de separação dos


separatione ad publicum quoque bonum cônjuges referem-se também ao bem
spectant; ideoque iis interesse semper público; por isso, o promotor de justiça
debet promotor iustitiae, ad normam deve sempre participar delas, de acordo
can. 1433. com o cân. 1433.

CAPUT III. DE PROCESSU AD Capítulo III DO PROCESSO PARA


DISPENSATIONEM SUPER DISPENSA DO MATRIMÔNIO
MATRIMONIO RATO ET NON RATIFICADO E NÃO-CONSUMADO
CONSUMMATO
Can. 1697 - Soli coniuges, vel alteruter, Cân. 1697 - Somente os cônjuges, ou um
quamvis altero invito, ius habent petendi deles, mesmo contra a vontade de outro,
gratiam dispensationis super matrimonio têm o direito de pedir a graç a da dispensa
rato et non consummato. do matrimônio ratificado e não-consumado.

Can. 1698 - § 1. Una Sedes Apostolica Cân. 1698 - § 1. Unicamente a Sé


cognoscit de facto inconsummationis Apostólica conhece do fato da não-
matrimonii et de exsistentia iustae causae consumação do matrimônio e da existência
ad dispensationem concedendam. de justa causa para a concessão da
dispensa.
§ 2. Dispensatio vero ab uno Romano § 2. A dispensa, porém, só é concedida
Pontifice conceditur. pelo Romano Pontífice.

Can. 1699 - § 1. Competens ad Cân. 1699 - § 1. Para receber o libelo em


accipiendum libellum, quo petitur que se pede a dispensa, é competente o
dispensatio, est Episcopus dioecesanus Bispo diocesano do domicílio ou quase-
domicilii vel quasi-domicilii oratoris, qui, si domicílio do orador que deve dispor a
constiterit de fundamento precum, instrução do processo, caso conste do
processus instructionem disponere debet. fundamento do pedido.
§ 2. Si tamen casus propositus speciales § 2. Se, porém, o caso proposto tiver
habeat difficultates ordinis iuridici vel especiais dificuldades de ordem jurídica ou
moralis, Episcopus dioecesanus consulat moral, o Bispo diocesano consulte a Sé
Sedem Apostolicam. Apostólica.
§ 3. Adversus decretum quo Episcopus § 3. Contra o decreto com que o Bispo
libellum reicit, patet recursus ad Sedem rejeita o libelo, cabe recurso à Sé
Apostolicam. Apostólica.

Can. 1700 - § 1. Firmo praescripto Cân. 1700 - § 1. Salva a prescrição do cân.


can. 1681 [1678 § 4], horum processuum 1681 [1678 § 4], o Bispo confie a instrução
instructionem committat Episcopus, desses processos, de modo estável ou em
stabiliter vel in singulis casibus, tribunali cada caso, ao tribunal de sua ou de outra
suae vel alienae dioecesis aut idoneo diocese ou a um sacerdote idôneo.
sacerdoti.
§ 2. Quod si introducta sit petitio iudicialis § 2. Se tiver sido introduzida a petição
ad declarandam nullitatem eiusdem judicial para declaração da nulidade do
matrimonii, instructio ad idem tribunal matrimônio, a instrução seja confiada a
committatur. esse tribunal.

Can. 1701 - § 1. In his processibus semper Cân. 1701 - § 1. Nesses processos deve
intervenire debet vinculi defensor. sempre intervir o defensor do vínculo.
§ 2. Patronus non admittitur, sed, propter § 2. Não se admite patrono, mas o Bispo,
casus difficultatem, Episcopus permittere por causa da dificuldade do caso, pode
potest ut iurisperiti opera orator vel pars permitir que o orador ou a parte
conventa iuvetur. demandada tenha a ajuda de um
jurisperito.

Can. 1702 - In instructione uterque coniux Cân. 1702 - Na instrução, sejam ouvidos
audiatur et serventur, quatenus fieri possit, ambos os cônjuges e observem-se, quanto
canones de probationibus colligendis in possível, os cânones sobre a coleta de
iudicio contentioso ordinario et in causis de provas, como no juízo contencioso
matrimonii nullitate, dummodo cum horum ordinário e nas causas de nulidade do
processuum indole componi queant. matrimônio, contanto que possam adaptar-
se à índole desses processos.

Can. 1703 - § 1. Non fit publicatio actorum; Cân. 1703 - § 1. Não se faz a publicação
iudex tamen, si conspiciat petitioni partis dos autos; entretanto, se perceber que,
oratricis vel exceptioni partis conventae pelas provas apresentadas, advém grave
grave obstaculum obvenire ob adductas obstáculo ao pedido da parte demandante
probationes, id parti cuius interest ou à exceção da parte demandada, o juiz
prudenter patefaciat. manifeste-o prudentemente à parte
interessada.
§ 2. Parti instanti documentum allatum vel § 2. O juiz pode mostrar àparte requerente
testimonium receptum iudex ostendere um documento exibido ou um testemunho
poterit et tempus praefinire ad deductiones recebido e determinar prazo para a
exhibendas. apresentação de alegações.
Can. 1704 - § 1. Instructor, peracta Cân. 1704 - § 1. Completada a instrução, o
instructione, omnia acta cum apta relatione instrutor entregue todos os autos, com
deferat ad Episcopum, qui votum pro rei relatório conveniente, ao Bispo, o qual
veritate promat tum super facto deve dar o voto, c onforme a verdade da
inconsummationis tum super iusta causa coisa, sobre o fato da não- consumação e
ad dispensandum et gratiae opportunitate. sobre a justa causa para a dispensa e a
oportunidade da graça.
§ 2. Si instructio processus commissa sit § 2. Se a instrução do processo tiver sido
alieno tribunali ad normam can. 1700, confiada a outro tribunal, de acordo com o
animadversiones pro vinculo in eodem foro cân. 1700, as observações em favor do
conficiantur, sed votum de quo in § 1 vínculo sejam preparadas no mesmo foro,
spectat ad Episcopum committentem, cui mas o voto mencionado no § 1 compete ao
instructor simul cum actis aptam relationem Bispo comitente, ao qual o instrutor
tradat. entregue o conveniente relatório
juntamente com os autos.

Can. 1705 - § 1. Acta omnia Episcopus una Cân. 1705 - § 1. O Bispo transmita à Sé
cum suo voto et animadversionibus Apostólica todos os autos juntamente com
defensoris vinculi transmittat ad Sedem seu voto e com as observações do
Apostolicam. defensor do vínculo.
§ 2. Si, iudicio Apostolicae Sedis, requiratur § 2. Se, a juízo da Sé Apostólica, for
supplementum instructionis, id Episcopo requerido um suplemento de instrução, isto
significabitur, indicatis elementis circa quae será comunicado ao Bispo, com a
instructio complenda est. indicação dos elementos sobre os quais a
instrução deve ser completada.
§ 3. Quod si Apostolica Sedes rescripserit § 3. Se a Sé Apostólica decidir que das
ex deductis non constare de conclusões não consta a não-consumação,
inconsummatione, tunc iurisperitus de quo então o jurisperito mencionado no cân.
in can. 1701, § 2 potest acta processus, 1701, § 2, pode examinar, na sede do
non vero votum Episcopi, invisere in sede tribunal, os autos do processo, mas não o
tribunalis ad perpendendum num quid voto do Bispo, a fim de ponderar se algo de
grave adduci possit ad petitionem denuo grave pode ser aduzido para se propor
proponendam. novamente a petição.

Can. 1706 - Rescriptum dispensationis a Cân. 1706 - O rescrito de dispensa da Sé


Sede Apostolica transmittitur ad Apostólica é transmitido ao Bispo; este
Episcopum; is vero rescriptum partibus notificará o rescrito às partes e, além disso,
notificabit et praeterea parocho tum loci ordenará quanto antes ao pároco do lugar
contracti matrimonii tum suscepti baptismi onde foi contraído o matrimônio e conferido
quam primum mandabit, ut in libris o batismo, para que nos livros de
matrimoniorum et baptizatorum de casamentos e de batizados se faça
concessa dispensatione mentio fiat. menção da dispensa concedida.

CAPUT IV. DE PROCESSU Capítulo IV DO PROCESSO DE MORTE


PRAESUMPTAE MORTIS CONIUGIS PRESUMIDA DO CÔNJUGE
Can. 1707 - § 1. Quoties coniugis mors Cân. 1707 - § 1. Sempre que não for
authentico documento ecclesiastico vel possível comprovar a morte de um dos
civili comprobari nequit, alter coniux a cônjuges por documento autêntico
vinculo matrimonii solutus non habeatur, eclesiástico ou civil, não se considere o
nisi post declarationem de morte outro cônjuge livre do vínculo do
praesumpta ab Episcopo dioecesano matrimônio, a não ser depois da
prolatam. declaração de morte presumida, dada pelo
Bispo diocesano.
§ 2. Declarationem, de qua in § 1, § 2. O Bispo diocesano só pode dar a
Episcopus dioecesanus tantummodo declaração mencionada no § 1, se feitas as
proferre valet si, peractis opportunis investigações oportunas, tiver obtido a
investigationibus, ex testium certeza moral da morte do cônjuge, a partir
depositionibus, ex fama aut ex indiciis dos depoimentos das testemunhas, da
moralem certitudinem de coniugis obitu fama, ou dos indícios. Só a ausência do
obtinuerit. Sola coniugis absentia, quamvis cônjuge, mesmo prolongada, não é
diuturna, non sufficit. suficiente.
§ 3. In casibus incertis et implexis § 3. Nos casos incertos e complexos, o
Episcopus Sedem Apostolicam consulat. Bispo consulte a Sé Apostólica.

TITULUS II. DE CAUSIS AD SACRAE TÍTULO II DAS CAUSAS PARA


ORDINATIONIS NULLITATEM DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA
DECLARANDAM SAGRADA ORDENAÇÃO
Can. 1708 - Validitatem sacrae ordinationis Cân. 1708 - Têm o direito de acusar a
ius habent accusandi sive ipse clericus sive validade da ordenação sagrada o próprio
Ordinarius, cui clericus subest vel in cuius clérigo, ou o Ordinário a quem o clérigo
dioecesi ordinatus est. está sujeito ou em cuja diocese foi
ordenado.

Can. 1709 - § 1. Libellus mitti debet ad Cân. 1709 - § 1. O libelo deve ser enviado
competentem Congregationem, quae à Congregação competente, que decidirá
decernet utrum causa ab ipsa Curiae se a causa deve ser tratada pela própria
Romanae Congregatione an a tribunali ab Congregação da Cúria Romana ou por um
ea designato sit agenda. tribunal por ela designado.
§ 2. Misso libello, clericus ordines exercere § 2. Enviado o libelo, o clérigo é, ipso iure,
ipso iure vetatur. proibido de exercer as ordens.

Can. 1710 - Si Congregatio causam ad Cân. 1710 - Se a Congregação tiver


tribunal remiserit, serventur, nisi rei natura remetido a causa a um tribunal, observem-
obstet, canones de iudiciis in genere et de se, a não ser que a natureza da coisa o
iudicio contentioso ordinario, salvis impeça, os cânones sobre os juízos em
praescriptis huius tituli. geral e o juízo contencioso ordinário,
salvas as prescrições deste título.

Can. 1711 - In his causis defensor vinculi Cân. 1711 - Nessas causas, o defensor do
iisdem gaudet iuribus iisdemque tenetur vínculo tem os mesmos direitos e deveres
officiis, quibus defensor vinculi que o defensor do vínculo matrimonial.
matrimonialis.

Can. 1712 - Post secundam sententiam, Cân. 1712 - Depois da segunda sentença,
quae nullitatem sacrae ordinationis que confirmou a nulidade da sagrada
confirmavit, clericus omnia iura statui ordenação, o clérigo perde todos os
clericali propria amittit et ab omnibus direitos próprios do estado clerical e é
obligationibus liberatur. liberado de todas as suas obrigações.
TITULUS III. DE MODIS EVITANDI TÍTULO III DOS MODOS DE EVITAR OS
IUDICIA JUÍZOS
Can. 1713 - Ad evitandas iudiciales Cân. 1713 - Para evitar contendas
contentiones transactio seu reconciliatio judiciais, emprega-se utilmente a
utiliter adhibetur, aut controversia iudicio composição ou a reconciliação, ou pode-se
unius vel plurium arbitrorum committi confiar a controvérsia ao juízo de um ou
potest. mais árbitros.

Can. 1714 - De transactione, de Cân. 1714 - No que se refere à


compromisso, deque iudicio arbitrali composição, ao compromisso e ao juízo
serventur normae a partibus selectae vel, si arbitral, observem-se as normas escolhidas
partes nullas selegerint, lex ab pelas partes ou, se as partes não tiverem
Episcoporum conferentia lata, si qua sit, vel escolhido nenhuma, a lei dada pela
lex civilis vigens in loco ubi conventio initur. Conferência dos Bispos, se houver, ou a lei
civil vigente no lugar onde se faz a
convenção.

Can. 1715 - § 1. Nequit transactio aut Cân. 1715 - § 1. Não se pode fazer v
compromissum valide fieri circa ea quae ad alidamente composição ou compromisso a
bonum publicum pertinent, aliaque de respeito das coisas referentes ao bem
quibus libere disponere partes non público, e a respeito de outras, das quais
possunt. as partes não podem dispor livremente.
§ 2. Si agitur de bonis ecclesiasticis § 2. Tratando-se de bens eclesiásticos
temporalibus, serventur, quoties materia id temporais, sempre que a matéria o exigir,
postulat, sollemnitates iure statutae pro observem-se as f ormalidades
rerum ecclesiasticarum alienatione. determinadas por direito para a alienação
de coisas eclesiásticas.

Can. 1716 - § 1. Si lex civilis arbitrali Cân. 1716 - § 1. Se a lei civil não
sententiae vim non agnoscat, nisi a iudice reconhecer o valor da sentença arbitral, a
confirmetur, sententia arbitralis de não ser que seja confirmada por juiz, para
controversia ecclesiastica, ut vim habeat in que uma sentença arbitral sobre
foro canonico, confirmatione indiget iudicis controvérsia eclesiástica tenha valor no
ecclesiastici loci, in quo lata est. foro canônico, necessita da confirmação do
juiz eclesiástico do lugar em que foi
proferida.
§ 2. Si autem lex civilis admittat sententiae § 2. Mas, se a lei civil admitir a impugnação
arbitralis coram civili iudice impugnationem, da sentença arbitral diante do juiz civil, a
in foro canonico eadem impugnatio proponi mesma impugnação se pode propor no
potest coram iudice ecclesiastico, qui in foro canônico diante do juiz eclesiástico
primo gradu competens est ad competente para julgar a controvérsia em
controversiam iudicandam. primeiro grau.

PARS IV. DE PROCESSU POENALI IV PARTE DO PROCESSO PENAL


CAPUT I. DE PRAEVIA INVESTIGATIONE Capítulo I DA INVESTIGAÇÃO PRÉVIA
Can. 1717 - § 1. Quoties Ordinarius Cân. 1717 - § 1. Sempre que o Ordinário
notitiam, saltem veri similem, habet de tem notícia, pelo menos verossímil, de um
delicto, caute inquirat, per se vel per aliam delito, indague cautelosamente, por si ou
idoneam personam, circa facta et por outra pessoa idônea, sobre os fatos e
circumstantias et circa imputabilitatem, nisi as circunstâncias e sobre a imputabilidade,
haec inquisitio omnino superflua videatur. a não ser que essa investigação pareça
inteiramente supérflua.
§ 2. Cavendum est ne ex hac § 2. Deve-se cuidar que nessa
investigatione bonum cuiusquam nomen in investigação não se ponha em perigo o
discrimen vocetur. bom nome de alguém.
§ 3. Qui investigationem agit, easdem § 3. Quem faz a investigação tem os
habet, quas auditor in processu, potestates mesmos poderes e obrigações que o
et obligationes; idemque nequit, si postea auditor no processo; se depois for
iudicialis processus promoveatur, in eo promovido processo judicial, não pode
iudicem agere. desempenhar nele o ofício de juiz.

Can. 1718 - § 1. Cum satis collecta Cân. 1718 - § 1. Quando parecerem


videantur elementa, decernat Ordinarius: suficientemente coletados os elementos, o
Ordinário decida:
1° num processus ad poenam 1° - se é possível promover processo
irrogandam vel declarandam promoveri para irrogar ou declarar a pena;
possit;
2° num id, attento can. 1341, expediat; 2° - se isso é conveniente, levando-se
em conta o cân. 1341;
3° utrum processus iudicialis sit 3° - se se deve proceder por via judicial
adhibendus an, nisi lex vetet, sit ou, caso a lei não proíba, se se deve
procedendum per decretum extra iudicium. proceder por decreto extrajudicial.
§ 2. Ordinarius decretum, de quo in § 1, § 2. O Ordinário revogue ou modifique a
revocet vel mutet, quoties ex novis decisão mencionada no § 1, sempre que
elementis aliud sibi decernendum videtur. lhe parecer que deve decidir outra coisa,
graças a novos elementos.
§ 3. In ferendis decretis, de quibus in §§ 1 § 3. Ao dar os decretos mencionados nos
et 2, audiat Ordinarius, si prudenter §§ 1 e 2, o Ordinário ouça, se o julgar
censeat, duos iudices aliosve iuris peritos. conveniente, dois juízes ou outros
jurisperitos.
§ 4. Antequam ad normam § 1 decernat, § 4. Antes de decidir de acordo com o § 1,
consideret Ordinarius num, ad vitanda o Ordinário considere se não é
inutilia iudicia, expediat ut, partibus conveniente, para evitar juízos inúteis e
consentientibus, vel ipse vel investigator consentindo-o as partes, que ele mesmo
quaestionem de damnis ex bono et aequo ou o investigador dirima a questão dos
dirimat. danos eqüitativamente.

Can. 1719 - Investigationis acta et Ordinarii Cân. 1719 - Os autos da investigação e os


decreta, quibus investigatio initur vel decretos do Ordinário, pelos quais se inicia
clauditur, eaque omnia quae ou se conclui a investigação, e tudo o que
investigationem praecedunt, si necessaria precede à investigação, se não forem
non sint ad poenalem processum, in necessários para o processo penal, sejam
secreto curiae archivo custodiantur. guardados no arquivo secreto da cúria.

CAPUT II DE PROCESSUS EVOLUTIONE Capítulo II DA EVOLUÇÃO DO


PROCESSO
Can. 1720 - Si Ordinarius censuerit per Cân. 1720 - Se o Ordinário julgar que se
decretum extra iudicium esse deve proceder por decreto extrajudicial:
procedendum:
1° reo accusationem atque probationes, 1° - comunique a acusação e as provas
data facultate sese defendendi, significet, ao réu, dando- lhe faculdade de se
nisi reus, rite vocatus, comparere defender, a não ser que o réu,
neglexerit; devidamente convocado, tenha deixado de
comparecer;
2° probationes et argumenta omnia 2° - pondere cuidadosame nte, com
cum duobus assessoribus accurate dois assessores, todas as provas e
perpendat; argumentos;
3° si de delicto certo constet neque 3° - se constar do delito com certeza, e
actio criminalis sit extincta, decretum ferat a ação criminal não estiver extinta, dê o
ad normam cann. 1342-1350, expositis, decreto de acordo com os cânn.
breviter saltem, rationibus in iure et in facto. 1342-1350, expondo, ao menos
brevemente, as razões de direito e de fato.

Can. 1721 - § 1. Si Ordinarius decreverit Cân. 1721 - § 1. Se o Ordinário tiver


processum poenalem iudicialem esse decidido que se deve iniciar processo
ineundum, acta investigationis promotori judicial penal, entregue os autos da
iustitiae tradat, qui accusationis libellum investigação ao promotor de justiça, que
iudici ad normam cann. 1502 et 1504 apresente o libelo ao juiz, de acordo com
exhibeat. os cânn. 1502 e 1504.
§ 2. Coram tribunali superiore partes § 2. Diante do tribunal superior, o promotor
actoris gerit promotor iustitiae apud illud de justiça constituído nesse tribunal
tribunal constitutus. assume o papel de demandante.

Can. 1722 - Ad scandala praevenienda, ad Cân. 1722 - Para prevenir escândalos,


testium libertatem protegendam et ad proteger a liberdade das testemunhas e
iustitiae cursum tutandum, potest tutelar o curso da justiça, o Ordinário,
Ordinarius, audito promotore iustitiae et tendo ouvido o promotor de justiça e tendo
citato ipso accusato, in quolibet processus citado o acusado, em qualquer fase do
stadio accusatum a sacro ministerio vel ab processo pode afastar o acusado do
aliquo officio et munere ecclesiastico ministério sagrado ou de qualquer outro
arcere, ei imponere vel interdicere ofício ou encargo eclesiástico, impor-lhe ou
commorationem in aliquo loco vel territorio, proibir-lhe a residência em determinado
vel etiam publicam sanctissimae lugar ou território, ou mesmo proibir-lhe a
Eucharistiae participationem prohibere; participação pública na santíssima
quae omnia, causa cessante, sunt Eucaristia; tudo isso, cessando a causa,
revocanda, eaque ipso iure finem habent, deve ser revogado, e cessa ipso iure,
cessante processu poenali. cessando o processo penal.

Can. 1723 - § 1. Iudex reum citans debet Cân. 1723 - § 1. O juiz, citando o réu, deve
eum invitare ad advocatum, ad normam convidá-lo a constituir advogado de acordo
can. 1481, § 1, intra terminum ab ipso com o cân. 1481 § 1, dentro do prazo
iudice praefinitum, sibi constituendum. determinado pelo próprio juiz.
§ 2. Quod si reus non providerit, iudex ante § 2. Se o réu não providenciar isso, o
litis contestationem advocatum ipse próprio juiz, antes da litiscontestação,
nominet, tamdiu in munere mansurum nomeie o advogado que permanecerá no
quamdiu reus sibi advocatum non encargo enquanto o réu não constituir
constituerit. advogado.

Can. 1724 - § 1. In quolibet iudicii gradu Cân. 1724 - § 1. Em qualquer grau do


renuntiatio instantiae fieri potest a juízo, pode ser feita pelo promotor de
promotore iustitiae, mandante vel justiça a renúncia à instância, por mandato
consentiente Ordinario, ex cuius ou consentimento do Ordinário, pela
deliberatione processus promotus est. decisão do qual foi promovido o processo.
§ 2. Renuntiatio, ut valeat, debet a reo § 2. Para ser válida, a renúncia deve ser
acceptari, nisi ipse sit a iudicio absens aceita pelo réu, a não ser que pelo juiz
declaratus. tenha sido declarado ausente.

Can. 1725 - In causae discussione, sive Cân. 1725 - Na discussão da causa, feita
scripto haec fit sive ore, accusatus semper por escrito ou oralmente, o acusado tenha
ius habeat ut ipse vel eius advocatus vel sempre o direito de escrever ou falar em
procurator postremus scribat vel loquatur. último lugar, por si ou por seu advogado ou
procurador.

Can. 1726 - In quolibet poenalis iudicii Cân. 1726 - Em qualquer grau e fase do
gradu et stadio, si evidenter constet juízo penal, se constar evidentemente que
delictum non esse a reo patratum, iudex pelo réu não foi cometido delito, o juiz deve
debet id sententia declarare et reum declarar isso por sentença e absolver o
absolvere, etiamsi simul constet actionem réu, mesmo se constar simultaneamente
criminalem esse extinctam. que se extinguiu a ação criminal.

Can. 1727 - § 1. Appellationem proponere Cân. 1727 - § 1. O réu pode propor


potest reus, etiam si sententia ipsum ideo apelação, mesmo que a sentença o tenha
tantum dimiserit, quia poena erat liberado por tratar- se de pena facultativa
facultativa, vel quia iudex potestate usus ou porque o juiz usou do poder
est, de qua in cann. 1344 et 1345. mencionado nos cann. 1314 e 1345.
§ 2. Promotor iustitiae appellare potest § 2. O promotor de justiça pode apelar,
quoties censet scandali reparationi vel sempre que julgar que não se tenha
iustitiae restitutioni satis provisum non assegurado suficientemente a reparação
esse. do escândalo ou o restabelecimento da
justiça.

Can. 1728 - § 1. Salvis praescriptis Cân. 1728 - § 1. Salvas as prescrições dos


canonum huius tituli, in iudicio poenali cânones deste título, devem-se aplicar no
applicandi sunt, nisi rei natura obstet, juízo penal, a não ser que a natureza da
canones de iudiciis in genere et de iudicio coisa o impeça, os cânones referentes aos
contentioso ordinario, servatis specialibus juízos em geral e ao juízo contencioso
normis de causis quae ad bonum publicum ordinário, observando-se as normas
spectant. especiais sobre as causas que afetam o
bem público.
§ 2. Accusatus ad confitendum delictum § 2. O acusado não é obrigado a confessar
non tenetur, nec ipsi iusiurandum deferri o delito nem se pode impor a ele um
potest. juramento.

CAPUT III DE ACTIONE AD DAMNA Capítulo III DA AÇÃO PARA A


REPARANDA REPARAÇÃO DE DANOS
Can. 1729 - § 1. Pars laesa potest Cân. 1729 - § 1. No próprio juízo penal, a
actionem contentiosam ad damna parte lesada pode mover ação contenciosa
reparanda ex delicto sibi illata in ipso para reparação dos danos que lhe foram
poenali iudicio exercere, ad normam causados pelo delito, de acordo com o cân.
can. 1596. 1596.
§ 2. Interventus partis laesae, de quo in § 2. Já não se admite mais a intervenção
§ 1, non amplius admittitur, si factus non sit da parte lesada, mencionada no § 1, se
in primo iudicii poenalis gradu. não tiver sido feita no prime iro grau do
juízo penal.
§ 3. Appellatio in causa de damnis fit ad § 3. Numa causa sobre danos, a apelação
normam cann. 1628-1640, etiamsi se faz de acordo com os cânn. 1628-1640,
appellatio in poenali iudicio fieri non possit; mesmo não sendo possível fazer a
quod si utraque appellatio, licet a diversis apelação no juízo penal; se forem
partibus, proponatur, unicum fiat iudicium propostas ambas as apelações, mesmo
appellationis, salvo praescripto can. 1730. por partes diversas, faça-se um único juízo
de apelação, salva a prescrição do cân.
1730.

Can. 1730 - § 1. Ad nimias poenalis iudicii Cân. 1730 - § 1. Para evitar atrasos
moras vitandas potest iudex iudicium de excessivos no juízo penal o juiz pode adiar
damnis differre usque dum sententiam o juízo sobre danos, até que tenha
definitivam in iudicio poenali protulerit. proferido a sentença definitiva no juízo
penal.
§ 2. Iudex, qui ita egerit, debet, postquam § 2. O juiz que assim tiver procedido,
sententiam tulerit in poenali iudicio, de depois que tiver proferido a sentença no
damnis cognoscere, etiamsi iudicium juízo penal, deve conhecer dos danos,
poenale propter propositam impugnationem mesmo que o juízo penal, em razão da
adhuc pendeat, vel reus absolutus sit impugnação proposta, ainda esteja
propter causam quae non auferat pendente, ou que o réu tenha sido
obligationem reparandi damna. absolvido por uma causa que não o exima
da obrigação de reparar os danos.

Can. 1731 - Sententia lata in poenali Cân. 1731 - A sentença proferida em juízo
iudicio, etiamsi in rem iudicatam transierit, penal, mesmo que tenha passado em
nullo modo ius facit erga partem laesam, julgado, de nenhum modo faz direito em f
nisi haec intervenerit ad normam avor da parte lesada, a não ser que esta
can. 1729. tenha intervindo, de acordo com o cân.
1733.

PARS V. DE RATIONE PROCEDENDI IN V PARTE DO MODO DE PROCEDER


RECURSIBUS ADMINISTRATIVIS ATQUE NOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS E
IN PAROCHIS AMOVENDIS VEL NA DESTITUIÇÃO E TRANSFERÊNCIA
TRANSFERENDIS DE PÁROCOS
SECTIO I. DE RECURSU ADVERSUS SEÇÃO I DO RECURSO CONTRA
DECRETA ADMINISTRATIVA DECRETOS ADMINISTRATIVOS
Can. 1732 - Quae in canonibus huius Cân. 1732 - O que se estabelece nos
sectionis de decretis statuuntur, eadem cânones desta secção sobre decretos deve
applicanda sunt ad omnes administrativos ser igualmente aplicado a todos os atos
actus singulares, qui in foro externo extra administrativos singulares dados no foro
iudicium dantur, iis exceptis, qui ab ipso externo fora de juízo, exceto os que forem
Romano Pontifice vel ab ipso Concilio dados pelo próprio Romano Pontífice ou
Oecumenico ferantur. pelo próprio Concílio Ecumênico.

Can. 1733 - § 1. Valde optandum est ut, Cân. 1733 - § 1. Sempre que alguém se
quoties quis gravatum se decreto putet, julgar prejudicado por um decreto, é
vitetur inter ipsum et decreti auctorem sumamente desejável que se evite
contentio atque inter eos de aequa contenda entre ele e o autor do decreto, e
solutione quaerenda communi consilio que se procure de comum acordo uma
curetur, gravibus quoque personis ad adequada solução entre ambos,
mediationem et studium forte adhibitis, ita aproveitando-se inclusive da mediação e
ut per idoneam viam controversia do esforço de pessoas ponderadas, de
praecaveatur vel dirimatur. modo que seja evitada ou dirimida a
controvérsia por caminho idôneo.
§ 2. Episcoporum conferentia statuere § 2. A Conferência dos Bispos pode
potest ut in unaquaque dioecesi officium determinar que se constitua estavelmente
quoddam vel consilium stabiliter em cada diocese, um departamento ou
constituatur, cui, secundum normas ab ipsa conselho, ao qual, de acordo com normas
conferentia statuendas, munus sit aequas estabelecidas pela própria Conferência,
solutiones quaerere et suggerere; quod si caiba a função de procurar e sugerir
conferentia id non iusserit, potest soluções adequadas; se a Conferência não
Episcopus eiusmodi consilium vel officium o tiver determinado, o Bispo pode constituir
constituere. esse departamento ou conselho.
§ 3. Officium vel consilium, de quo in § 2, § 3. O departamento ou conselho,
tunc praecipue operam navet, cum mencionado do § 2, se empenha
revocatio decreti petita est ad normam principalmente quando a revogação do
can. 1734, neque termini ad recurrendum decreto foi pedida, de acordo com o cân.
sunt elapsi; quod si adversus decretum 1734, e não terminaram os prazos para
recursus propositus sit, ipse Superior, qui recorrer; se tiver sido proposto recurso
de recursu videt, recurrentem et decreti contra o decreto, o próprio superior que
auctorem hortetur, quotiescumque spem julga o recurso, sempre que percebe
boni exitus perspicit, ad eiusmodi esperança de sucesso, exorte o recorrente
solutiones quaerendas. e o autor do decreto a procurar soluções
assim.

Can. 1734 - § 1. Antequam quis recursum Cân. 1734 - § 1. Antes de alguém


proponat, debet decreti revocationem vel apresentar o recurso, deve pedir por
emendationem scripto ab ipsius auctore escrito a revogação ou a correção do
petere; qua petitione proposita, etiam decreto ao próprio autor dele; proposto o
suspensio exsecutionis eo ipso petita pedido, entende-se também pedida, por
intellegitur. isso mesmo, a suspensão da execução.
§ 2. Petitio fieri debet intra peremptorium § 2. A petição deve ser feita dentro do
terminum decem dierum utilium a decreto prazo peremptório de dez dias úteis desde
legitime intimato. a intimação legítima do decreto.
§ 3. Normae §§ 1 et 2 non valent: § 3. As normas contidas nos §§ 1 e 2 não
valem:
1° de recursu proponendo ad 1° - quando se trata de propor recurso
Episcopum adversus decreta lata ab ao Bispo contra decretos dados por
auctoritatibus, quae ei subsunt; autoridades que lhe estão sujeitas;
2° de recursu proponendo adversus 2° - quando se trata de propor recurso
decretum, quo recursus hierarchicus contra decreto que decida sobre um
deciditur, nisi decisio data sit ab Episcopo; recurso hierárquico, a não ser que a
decisão tenha sido dada pelo Bispo;
3° de recursibus proponendis ad 3° - quando se trata de propor recursos
normam cann. 57 et 1735. de acordo com os cânn. 57 e 1735.

Can. 1735 - Si intra triginta dies, ex quo Cân. 1735 - Se o autor do decreto, dentro
petitio, de qua in can. 1734, ad auctorem de trinta dias desde que lhe chegou a
decreti pervenit, is novum decretum intimet, petição mencionada no cân. 1734, intimar
quo vel prius emendet vel petitionem novo decreto corrigindo o anterior ou
reiciendam esse decernat, termini ad decidindo rejeitar a petição, os prazos para
recurrendum decurrunt ex novi decreti recorrer decorrem da intimação do novo
intimatione; si autem intra triginta dies nihil decreto; mas, se nada decidir dentro de
decernat, termini decurrunt ex tricesimo trinta dias, os prazos decorrem do
die. trigésimo dia.

Can. 1736 - § 1. In iis materiis, in quibus Cân. 1736 - § 1. Nas matérias em que o
recursus hierarchicus suspendit decreti recurso hierárquico suspende a execução
exsecutionem, idem efficit etiam petitio, de do decreto, produz o mesmo efeito também
qua in can. 1734. a petição mencionada no cân. 1734.
§ 2. In ceteris casibus, nisi intra decem § 2. Nos outros casos, a não ser que,
dies, ex quo petitio de qua in can. 1734 ad dentro de dez dias desde que chegou ao
ipsum auctorem decreti pervenit, is próprio autor do decreto a petição
exsecutionem suspendendam decreverit, mencionada no cân. 1734, ele tenha
potest suspensio interim peti ab eius decretado a suspensão da execução, pode-
Superiore hierarchico, qui eam decernere se pedir a suspensão provisória a seu
potest gravibus tantum de causis et cauto Superior hierárquico, que pode decretá-la
semper ne quid salus animarum detrimenti somente por causas graves e tomando
capiat. sempre cautela para que não sofra
nenhum prejuízo a salvação das almas.
§ 3. Suspensa decreti exsecutione ad § 3. Suspensa a execução do decreto de
normam § 2, si postea recursus acordo com o § 2, se depois for proposto
proponatur, is qui de recursu videre debet, recurso, quem deve julgar o recurso, de
ad normam can. 1737, § 3 decernat utrum acordo com o cân. 1737, § 3, decida se a
suspensio sit confirmanda an revocanda. suspensão deve ser confirmada ou
revogada.
§ 4. Si nullus recursus intra statutum § 4. Se dentro do prazo estabelecido não
terminum adversus decretum proponatur, for apresentado nenhum recurso contra o
suspensio exsecutionis, ad normam § 1 vel decreto, cessa por isso mesmo a
§ 2 interim effecta, eo ipso cessat. suspensão da execução, feita
provisoriamente de acordo com o § 1 ou o
§ 2.

Can. 1737 - § 1. Qui se decreto gravatum Cân. 1737 - § 1. Quem pretende ter sido
esse contendit, potest ad Superiorem prejudicado por um decreto pode recorrer,
hierarchicum eius, qui decretum tulit, por qualquer motivo justo, ao Superior
propter quodlibet iustum motivum hierárquico daquele que deu o decreto; o
recurrere; recursus proponi potest coram recurso pode ser proposto perante o
ipso decreti auctore, qui eum statim ad próprio autor do decreto que deve transmiti-
competentem Superiorem hierarchicum lo imediatamente ao competente Superior
transmittere debet. hierárquico.
§ 2. Recursus proponendus est intra § 2. O recurso deve ser proposto dentro do
peremptorium terminum quindecim dierum prazo peremptório de quinze dias úteis
utilium, qui in casibus de quibus in que, nos casos mencionados no cân. 1734,
can. 1734, § 3 decurrunt ex die quo § 3, decorrem a partir do dia em que foi
decretum intimatum est, in ceteris autem intimado o decreto; nos outros casos,
casibus decurrunt ad normam can. 1735. porém, decorrem de acordo como cân.
1735.
§ 3. Etiam in casibus, in quibus recursus § 3. Mesmo nos casos em que o recurso
non suspendit ipso iure decreti não suspendeu ipso iure a execução do
exsecutionem neque suspensio ad normam decreto e foi decretada a suspensão de
can. 1736, § 2 decreta est, potest tamen acordo com o cân. 1736, § 2, todavia o
gravi de causa Superior iubere ut exsecutio Superior, por causa grave, pode ordenar e
suspendatur, cauto tamen ne quid salus suspensão da execução, tomando, porém,
animarum detrimenti capiat. cautelas para que não sofra nenhum
prejuízo a salvação das almas.

Can. 1738 - Recurrens semper ius habet Cân. 1738 - Evitando-se atrasos inúteis, o
advocatum vel procuratorem adhibendi, recorrente tem sempre o direito de
vitatis inutilibus moris; immo vero patronus empregar advogado ou procurador; ainda
ex officio constituatur, si recurrens patrono mais, seja constituído um patrono ex
careat et Superior id necessarium censeat; officio, se o recorrente não tiver patrono e o
semper tamen potest Superior iubere ut Superior o julgar necessário; o Superior,
recurrens ipse compareat ut interrogetur. porém, pode sempre ordenar ao recorrente
que compareça para ser interrogado.

Can. 1739 - Superiori, qui de recursu videt, Cân. 1739 - É lícito ao Superior que julga o
licet, prout casus ferat, non solum recurso, conforme o comporte o caso, não
decretum confirmare vel irritum declarare, só confirmar ou declarar nulo o decreto,
sed etiam rescindere, revocare, vel, si id como também rescindi-lo, revogá-lo ou, se
Superiori magis expedire videatur, isso parecer melhor ao Superior, corrigi-lo,
emendare, subrogare, ei obrogare. sub-rogá-lo ou ob-rogá-lo.

SECTIO II. DE PROCEDURA IN SEÇÃO II DO PROCESSO PARA A


PAROCHIS AMOVENDIS VEL DESTITUIÇÃO OU A TRANSFERÊNCIA
TRANSFERENDIS DE PÁROCOS
CAPUT I. DE MODO PROCEDENDI IN Capítulo I DO MODO DE PROCEDER NA
AMOTIONE PAROCHORUM DESTITUIÇÃO DE PÁROCOS
Can. 1740 - Cum alicuius parochi Cân. 1740 - Quando o ministério de algum
ministerium ob aliquam causam, etiam citra pároco se tornar prejudicial, ou pelo
gravem ipsius culpam, noxium aut saltem ineficaz, mesmo sem culpa dele, pode ser
inefficax evadat, potest ipse ab Episcopo destituído da paróquia pelo Bispo
dioecesano a paroecia amoveri. diocesano.

Can. 1741 - Causae, ob quas parochus a Cân. 1741 - As causas pelas quais o
sua paroecia legitime amoveri potest, hae pároco pode ser legitimamente destituído
praesertim sunt: de uma paróquia são principalmente estas:
1° modus agendi qui ecclesiasticae 1° - modo de agir que traga grave
communioni grave detrimentum vel prejuízo ou perturbação à comunhão
perturbationem afferat; eclesial;
2° imperitia aut permanens mentis vel 2° - imperícia, bem como doença
corporis infirmitas, quae parochum suis mental ou física permanente, que torne o
muneribus utiliter obeundis imparem pároco incapaz de desempenhar utilmente
reddunt; seus deveres;
3° bonae existimationis amissio penes 3° - perda da boa fama junto aos
probos et graves paroecianos vel aversio in paroquianos honrados e respeitáveis, ou a
parochum, quae praevideantur non brevi versão contra o pároco, as quais se
cessaturae; prevejam que não cessarão em pouco
tempo;
4° gravis neglectus vel violatio 4° - grave negligência ou violação dos
officiorum paroecialium quae post deveres paroquiais, que persista mesmo
monitionem persistat; depois de advertência;
5° mala rerum temporalium 5° - má administração dos bens
administratio cum gravi Ecclesiae damno, temporais com grave prejuízo da Igreja,
quoties huic malo aliud remedium afferri sempre que não se possa dar outro
nequeat. remédio para esse mal.

Can. 1742 - § 1. Si ex instructione peracta Cân. 1742 - § 1. Se da instrução realizada


constiterit adesse causam de qua in constar da existência de causa
can. 1740, Episcopus rem discutiat cum mencionada no cân. 1740, o Bispo discuta
duobus parochis e coetu ad hoc stabiliter, a a coisa com dois párocos do grupo, para
consilio presbyterali constituto, Episcopo isso estavelmente escolhidos pelo
proponente, selectis; quod si exinde conselho dos presbíteros, por proposta do
censeat ad amotionem esse deveniendum, Bispo; se, depois disso, julgar que se deve
causa et argumentis ad validitatem proceder a destituição, indicados para a
indicatis, parocho paterne suadeat ut intra validade a causa e os argumentos,
tempus quindecim dierum renuntiet. aconselhe paternalmente o pároco a que
renuncie dentro do prazo de quinze dias.
§ 2. De parochis qui sunt sodales instituti § 2. Quanto a párocos que são membros
religiosi aut societatis vitae apostolicae, de instituto religioso ou de sociedade de
servetur praescriptum can. 682, § 2. vida apostólica, observe-se a prescrição do
cân. 682, § 2.

Can. 1743 - Renuntiatio a parocho fieri Cân. 1743 - A renúncia pode ser feita pelo
potest non solum pure et simpliciter, sed pároco não só pura e simplesmente, mas
etiam sub condicione, dummodo haec ab também sob condição, contanto que esta
Episcopo legitime acceptari possit et possa legitimamente ser aceita pelo Bispo
reapse acceptetur. e que de fato seja aceita.

Can. 1744 - § 1. Si parochus intra Cân. 1744 - § 1. Se o pároco não


praestitutos dies non responderit, responder dentro dos dias estabelecidos, o
Episcopus iteret invitationem prorogando Bispo renove o convite, prorrogando o
tempus utile ad respondendum. tempo útil para responder.
§ 2. Si Episcopo constiterit parochum § 2. Se constar ao Bispo que o pároco
alteram invitationem recepisse, non autem recebeu o segundo convite e não
respondisse etsi nullo impedimento respondeu, embora não detido por nenhum
detentum, aut si parochus renuntiationem impedimento, ou se o pároco se recusa a
nullis adductis motivis recuset, Episcopus renunciar, sem apresentar nenhum motivo,
decretum amotionis ferat. o Bispo dê o decreto de destituição.

Can. 1745 - Si vero parochus causam Cân. 1745 - Todavia, se o pároco contestar
adductam eiusque rationes oppugnet, a causa apresentada e suas razões,
motiva allegans quae insufficientia alegando motivos que ao Bispo parecerem
Episcopo videantur, hic ut valide agat: insuficientes, este, para agir validamente:
1° invitet illum ut, inspectis actis, suas 1° - convide-o a reunir as suas
impugnationes in relatione scripta colligat, contestações num relatório escrito, tendo
immo probationes in contrarium, si quas em vista os atos, e a apresentar as provas
habeat, afferat; em contrário, se as tiver;
2° deinde, completa, si opus sit, 2° - depois, completada, se necessário,
instructione, una cum iisdem parochis de a instrução, pondere a coisa juntamente
quibus in can. 1742, § 1, nisi alii propter com os párocos mencionados no cân.
illorum impossibilitatem sint designandi, 1742, § 1, a não ser que, por
rem perpendat; impossibilidade deles, devam ser
designados outros;
3° tandem statuat utrum parochus sit 3° - por fim, decida se o pároco deve
amovendus necne, et mox decretum de re ser destituído ou não, e dê logo o decreto a
ferat. respeito.

Can. 1746 - Amoto parocho, Episcopus Cân. 1746 - Destituído o pároco, o Bispo
consulat sive assignatione alius officii, si ad providencie para ele outro ofício, se para
hoc idoneus sit, sive pensione, prout casus isso for idôneo, ou uma pensão, conforme
ferat et adiuncta permittant. o caso exigir e as circunstâncias
permitirem.

Can. 1747 - § 1. Parochus amotus debet a Cân. 1747 - § 1. O pároco destituído deve
parochi munere exercendo abstinere, quam abster-se de exercer o múnus paroquial,
primum liberam relinquere paroecialem quanto antes deixar livre a casa paroquial,
domum, et omnia quae ad paroeciam e entregar aquele a quem o Bispo confiar a
pertinent ei tradere, cui Episcopus paróquia tudo o que pertence à paróquia.
paroeciam commiserit.
§ 2. Si autem de infirmo agatur, qui e § 2. Tratando-se, porém, de um doente que
paroeciali domo sine incommodo nequeat não possa sem incômodo ser transferido
alio transferri, Episcopus eidem relinquat da casa paroquial para outro lugar, o Bispo
eius usum etiam exclusivum, eadem deixe-lhe o seu uso, mesmo exclusivo,
necessitate durante. enquanto persistir a necessidade.
§ 3. Pendente recursu adversus amotionis § 3. Enquanto estiver pendente o recurso
decretum, Episcopus non potest novum contra o decreto de destituição, o Bispo
parochum nominare, sed per não pode nomear novo pároco, mas
administratorem paroecialem interim providencie provisoriamente por meio de
provideat. um administrador paroquial.

CAPUT II. DE MODO PROCEDENDI IN Capítulo II DO MODO DE PROCEDER NA


TRANSLATIONE PAROCHORUM TRANSFERÊNCIA DE PÁROCOS
Can. 1748 - Si bonum animarum vel Cân. 1748 - Se o bem das almas ou a
Ecclesiae necessitas aut utilitas postulet, ut necessidade ou utilidade da Igreja exigirem
parochus a sua, quam utiliter regit, ad que o pároco seja transferido de sua
aliam paroeciam aut ad aliud officium paróquia, que dirige com eficiência, para
transferatur, Episcopus eidem outra paróquia ou para outro ofício, o Bispo
translationem scripto proponat ac suadeat proponha-lhe a transferencia por escrito e
ut pro Dei atque animarum amore o aconselhe a consentir, por amor a Deus
consentiat. e às almas.

Can. 1749 - Si parochus consilio ac Cân. 1749 - Se o pároco não pretende


suasionibus Episcopi obsequi non intendat, aceitar o parecer e os conselhos do Bispo,
rationes in scriptis exponat. exponha suas razões por escrito.

Can. 1750 - Episcopus, si, non obstantibus Cân. 1750 - Se o Bispo, não obstante as
allatis rationibus, iudicet a proposito non razões apresentadas, julga que não deve
esse recedendum, cum duobus parochis desistir de seu propósito, pondere com os
ad normam can. 1742, § 1 selectis, dois párocos escolhidos de acordo com o
rationes perpendat quae translationi cân. 1742, § 1, as razões que favorecem
faveant vel obstent; quod si exinde ou dificultam a transferência; depois disso,
translationem peragendam censeat, se julgar que se deve fazer a transferência,
paternas exhortationes parocho iteret. renove as exortações paternas ao pároco.

Can. 1751 - § 1. His peractis, si adhuc et Cân. 1751 - § 1. Feito isso, se o pároco
parochus renuat et Episcopus putet ainda recusar e o Bispo julgar que se deve
translationem esse faciendam, hic fazer a transferência, dê o decreto de
decretum translationis ferat, statuens transferência, determinando que a
paroeciam, elapso praefinito tempore, esse paróquia ficará vaga, uma vez transcorrido
vacaturam. o prazo determinado.
§ 2. Hoc tempore inutiliter transacto, § 2. Transcorrido inutilmente esse prazo,
paroeciam vacantem declaret. declare a paróquia vacante.

Can. 1752 - In causis translationis Cân. 1752 - Nas causas de transferência,


applicentur praescripta canonis 1747, apliquem-se as prescrições do cân. 1747,
servata aequitate canonica et prae oculis respeitando-se a eqüidade canônica e
habita salute animarum, quae in Ecclesia tendo diante dos olhos a salvação das
suprema semper lex esse debet. almas que na Igreja, deve ser sempre a lei
suprema.

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