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Sigmund Freud, em Totem e Tabu (1913), inventou um mito de origem de toda

a humanidade e propõe o parricídio como o crime primeiro fundador da cultura.


Anos depois, retoma essa discussão no texto Dostoiévski e o Parricídio (1928),
no qual reafirma que o assassinato do Pai é a principal fonte do sentimento de
culpa do homem que permite a instauração da Lei de criação civilização.

São três as principais obras nas quais Freud trata da questão do parricídio:
(i) Totem e Tabu (1913); (ii) Dostoiévski e o Parricídio e (iii) Moises e o
Monoteísmo. Todos são textos míticos com pretensão de verdade histórica. O
primeiro e o segundo buscam explicar a origem da humanidade e o terceiro
busca mostrar a origem do povo judeu e do judaísmo.

Com as obras: Édipo Rei, Hamlet e os Irmãos Karamazov, que tem em comum
o tema do parricídio, Freud consegue dar corpo as suas teorizações sobre o
Complexo de Édipo para pensar a vida psíquica dos sujeitos, bem como a
origem da civilização tal como a conhecemos hoje e isso fica evidente quando
lemos seu livro Totem e Tabu.

Nesse trabalho antropológico, Freud, narra que no início de tudo existia uma
horda primava governada por um macho violento e ciumento, que mantinha
para si todas as mulheres e expulsava os filhos homens à medida que
cresciam.

Certo dia, esses filhos que viviam no exílio voltaram e mataram o pai e logo
após a esse ato criaram um Totem para representar o pai morto. O ato do
assassinato do pai gerou dois Tabus: a proibição do assassinato do totem
(parricídio) e a proibição do acesso às mulheres do pai (incesto).

O estabelecimento do Totem e do Tabu erigiu as Leis que estão na base de


toda a organização social e psíquica da humanidade. As Leis que deram
origem a cultura são as mesmas que regem a constituição do sujeito neurótico,
psicótico ou perverso dependendo do modo como cada um lida com o
Complexo de Édipo e, portanto, com o Complexo de Castração.

Querem saber mais sobre o Complexo de Édipo e sobre o Complexo de


Castração? Acompanhem os próximos posts.

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