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MINISTÉRIO DA

EDUCAÇÃO
PRO-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO
DIREÇÃO DE ENSINO
COORDENAÇÃO DE ENSINO TÉCNICO

PLANO DE ENSINO

1 – IDENTIFICAÇÃO:

Curso: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS.


Componente Curricular: LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS.
Professora: Me. CELINA DE OLIVEIRA BARBOSA GOMES.
Turma: BIO2015.
Período Letivo: Noturno.
Ano: 2018. Semestre: 1º. Carga horária: 40 h/a.
Horário Semanal de Atendimento ao Estudante: terça-feira, das 13h15min às 16h15min
h e quarta-feira, das 09 h às 10 h (podendo haver alterações no caso de mudança no
cronograma de aulas).

2 – EMENTA:
Legislação e Inclusão; Aspectos da Língua de Sinais e sua importância; Cultura e história;
Identidade Surda; Introdução dos aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais: fono-
logia, morfologia, sintaxe; Noções básicas de escrita de sinais; Processo de aquisição da
Língua de Sinais observando as diferenças e similaridades existentes entre esta e a Língua
Portuguesa.

3 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1º BIMESTRE – Deficiência Auditiva X Surdez: aspectos semânticos e suas implicações;
História, Cultura e Identidade Surda; O conceito de inclusão e sua relação com a surdez;
A inclusão escolar do surdo; Legislação específica sobre a surdez: Lei 10.436/2002 e Lei
12.319/2010; Aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais: fonologia, morfologia,
sintaxe – Parte I: conceitos, exemplos e exercícios básicos.
2º BIMESTRE – Aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais: fonologia, morfologia,
sintaxe – Parte II: estratégias de utilização para o ensino de biologia; a escrita de sinais:
conceito e exemplos; Bilinguismo: a questão da Língua Portuguesa como primeira e como
segunda língua para surdos: diferenças.

4 - OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
Objetivo geral:
Oportunizar ao aluno, futuro professor, o conhecimento dos rudimentos básicos da Cultura
Surda Brasileira e, sobretudo, de seu idioma, a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS,
utilizando-a para estabelecer uma interação mínima com o indivíduo surdo e para promover
efetivamente sua inclusão no contexto escolar.
Critério: apreender e ser capaz de discutir noções básicas sobre a cultura e a identidade
surda, bem como instrumentalizar-se no uso da LIBRAS para comunicação básica,
especialmente, no âmbito do ensino de biologia.

Objetivos específicos:
Possibilitar ao aluno a:
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• Estabelecer diferenças entre Deficiência Auditiva e Surdez, entendendo as


implicações de cada termo;
• Inteirar-se da história, da cultura e da noção de identidade surda, compreendo a
importância destas para a inclusão sociopolítica do sujeito surdo;
• Diferenciar “Inclusão” de “Integração”, primando pelo estabelecimento da primeira no
ambiente escolar e social como um todo;
• Conhecer os mecanismos legais que apoiam o estabelecimento e atuação de uma
comunidade e identidade surdas;
• Conhecer e utilizar, para a promoção de uma comunicação básica, os diferentes
sinais da LIBRAS, considerando seus aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos
e semânticos;
• Utilizar a LIBRAS para o ensino de conteúdos da área de ciências biológicas;
• Compreender o procedimento e a finalidade da escrita de sinais;
• Entender como funciona basicamente o processo de aquisição da língua de sinais
quando o indivíduo é usuário da Língua Portuguesa e quando ele ainda não definiu
seu código linguístico comunicacional.

5 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
Metodologia de ensino:
As aulas se darão por exposição oral e sinalizada; serão, portanto, teórico-expositivas, por
meio da apresentação de conteúdos em slides, no quadro e por meio de discussões sobre
conceitos expressos também na Língua Brasileira de Sinais. Considerar-se-á ainda as
intervenções e os debates dos alunos, tendo em vista seu conhecimento prévio sobre os
temas propostos, bem como sobre as atividades e produções realizadas por eles. Para
tanto, proceder-se-á à leitura, exposição e debate de textos teóricos, documentos legais,
imagens e vídeos; à apresentação e utilização para tradução de dicionários de sinais; à
prática de comunicação básica em LIBRAS, bem como à preparação de planos de aula que
contemplem a língua em questão no ensino de biologia.
Recursos e materiais:
Quadro branco e marcadores para quadro; computador; Datashow; pendrive; slides; livros
didáticos da área de biologia; textos teóricos; documentos legais; dicionários de sinais –
LIBRAS-PORTUGUÊS/PORTUGUÊS-LIBRAS; vídeos; imagens; exercícios escritos;
modelos de plano de aula; jogos pedagógicos para surdos e outros a serem adaptados.
Horário de Atendimento:
O horário de atendimento aos alunos se dará na quarta-feira, das 08 às 12 h (podendo
haver alterações em caso de mudança no cronograma das aulas regulares), em sala
definida no quadro de horários de permanência. Nesta ocasião, serão ofertadas
oportunidades de resgate de conteúdos que, por alguma razão, os alunos não tenham
apropriado ou que tenham apresentado dificuldades, conforme contemplado no Título V,
Item 2 da Resolução 50/2017 do IFPR.
Se, eventualmente, nos dias em que deveria ocorrer o horário de atendimento não houver
expediente ou se se der a ausência da professora, outra oportunidade de atendimento
poderá ser agendada, considerando o acordo entre docente e discente.

6 – AVALIAÇÃO:
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Caracterizando-se como procedimento contínuo, diagnóstico, processual, cumulativo,


sistemático, a avaliação será permanente, baseando-se na consideração de critérios
determinados para cada instrumento empregado (conforme a Resolução 50/2017 do IFPR).
Além da observação do comprometimento, assiduidade, responsabilidade, interesse e
pontualidade na entrega dos trabalhos, serão consideradas a realização da leitura,
apreciação crítica e discussão argumentativa de textos teóricos, a realização de exercícios
de escrita de sinais e o uso da LIBRAS para a comunicação básica e, sobretudo, para a
prática de ensino de conteúdos da área de biologia. Estas atividades avaliativas serão
marcadas de acordo com o desenvolvimento dos tópicos, mas acontecerão bimestralmente,
no número mínimo de duas atividades por bimestre. Se, eventualmente, o aluno não
comparecer à avaliação no dia acordado para isso poderá proceder à outra avaliação
mediante atestado médico ou afim que justifique sua ausência ou valendo-se de eventuais
justificativas contempladas na Resolução 50/2017 do IFPR ou mesmo na Resolução
55/2011.
6.1 Recuperação:
A recuperação do discente poderá se caracterizar como Recuperação Contínua,
ocorrendo no decorrer da disciplina, durante as aulas, por meio da recuperação de
conteúdos que não foram aprendidos por ele. Bem como poderá configurar-se como
Recuperação Paralela, evidenciando-se pela recuperação de conteúdos e conceitos em
circunstâncias e horários diversos daqueles em que foram realizadas as aulas e
apresentados (regularmente) os conteúdos (IFPR, 2017). Acredita-se que esta recuperação
deva se dar por meio de atividades diferenciadas daquelas que o estudante realizou como
avaliações regulares. Isto, a fim de diversificar o processo de ensino-aprendizagem e de
atender às demandas do processo cognitivo do aluno, sem prejuízo, no entanto, à
compreensão suficiente dos conteúdos. Se, ainda assim, a aprendizagem do estudante for
insuficiente, ele deverá cursar novamente o componente curricular no próximo ano letivo
(IFPR, 2011).
6.2 Alunos com Necessidades Educacionais Específicas:
Aos alunos com necessidades educacionais específicas, indicados pelo NAPNE (e
definidos mediante laudo médico específico ou parecer de especialista), serão ofertadas
modalidades (metodologias, atividades, avaliações, atendimentos) de ensino diferenciadas
e relacionadas às suas especificidades e demandas de aprendizagem. Tais abordagens
diferenciadas de ensino seguirão orientações da Seção Pedagógica e do próprio NAPNE,
como aponta o Título IV, Artigo 12 da Resolução 50/2017.

7 – BIBLIOGRAFIA:
7.1. BÁSICA:
CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue –
Língua Brasileira de Sinais. São Paulo: EDUSP, 2003.
FELIPE, T. A. Introdução à gramática de LIBRAS. Rio de Janeiro, 1997.
______. Libras em contexto. 3. Ed. Brasília: LIBREGRAF, 2004.
QUADROS, R. M. Educação de Surdos: A Aquisição da Linguagem. Porto Alegre - RS.
Artes Médicas, 1997.
SKLIAR, C. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 2. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2001.
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7.2. COMPLEMENTAR:
BOTELHO, P. Segredos e silêncios na Educação dos Surdos. Belo Horizonte: Autêntica,
1998.
FERREIRA-BRITO, L. Integração social e surdez. Rio de Janeiro: Babel, 1993.
SKLIAR, C. (Org.). Atualidade da Educação Bilíngue para Surdos. Porto Alegre: Media-
ção, 1999.
STROBEL, K. L.; DIAS, S. M. S. Surdez: Abordagem geral. Curitiba: APTA/FENEIS, 1995.
SOUZA, R. M. de.; SILVESTRE, N.; ARANTES, V. A. (Orgs.). Educação para surdos?
Pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2007.

8 – REFERÊNCIAS:
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – IFPR. Resolução nº. 50 de 14 de julho de 2017.
Curitiba – PR: Conselho Superior do Instituto Federal do Paraná - IFPR, 2017.
______. Resolução Nº 55/11. Curitiba – PR: Conselho Superior do Instituto Federal do
Paraná - IFPR, 2017.

Assis Chateaubriand, 8 de fevereiro de 2018.

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Prof.ª Me. Celina de Oliveira Barbosa Gomes

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