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Memorex TJ PA - Rodada 01 – Auxiliar

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO .................................................................................... 12
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PODER JUDICIÁRIO ...................................... 15
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................ 20
DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA...................................................... 24
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 26
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 32
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 38
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................... 41
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 44
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 46

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01

VERBOS TÊM:
*3 MODOS INDICATIVO (fato concreto, certo e real) Ex.: Ele chegou.
SUBJUNTIVO (fato duvidoso, incerto, hipotético) Ex.: Se eu
fosse você.
IMPERATIVO (ordem, conselho, pedido) Ex.: Cale a boca!

*3 TEMPOS PASSADO
PRESENTE
FUTURO

*3 FORMAS NOMINAIS GERÚNDIO Ex.: O Atleta cruzou sorrindo a linha


de chegada.
PARTICÍPIO Ex.: O senador tem um papel
destacado no Congresso.
INFINITIVO Ex.: Fez-se noite em meu viver.

DICA 02

PRONOMES
Os pronomes são definidos como palavras que acompanham ou substituem o nome
(substantivo). Podemos classificá-los como:
→ PRONOMES ADJETIVOS: estes ACOMPANHAM.
→ PRONOMES SUBSTANTIVOS: estes SUBSTITUEM.

Ex.: Minha blusa é azul. → “Minha” trata-se de pronome adjetivo, pois


acompanha e qualifica o substantivo blusa.
Ex.2: Ele é azul. → “Ele” trata-se de pronome substantivo, pois substitui o termo
“minha blusa”.

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DICA 03

PESSOAIS Eu, tu, ele/ela,


RETO nós, vós,
(Sujeito) eles/elas
me, te, se, o, a,
OBLÍQUO lhe,
ÁTONO nos, vos, se, os,
(Objeto ou as,
complemento) lhes
mim, comigo, ti,
ÁTONO TÔNICO contigo, si, ele,
(Objeto ou ela,
complemento) nós, conosco,
vós,
convosco, si,
eles, elas
POSSESSIVOS meu(s), minha(s), teu(s), tua(s),
seu(s), sua(s),
nosso(s), nossa(s), vosso(s),
vossa(s)
DEMONSTRATIVOS este(s), esta(s), isto, esse(s),
essa(s), isso,
aquele(s), aquela(s), aquilo
RELATIVOS quem, onde, como, quando, quanto,
que, o qual,
a qual, cujo(s), cuja(s)
INTERROGATIVOS quem, onde, que, quanto(a)(s)
INDEFINIDOS algum(a), nenhum(a), todo, tudo,
nada, algo,
muitos, vários, tanto, qualquer,
alguém, ninguém,
mais, menos, que, qualquer um, etc.
TRATAMENTO Você, Senhor(a), Vossa Senhoria,
Vossa
Excelência, Vossa Santidade, Vossa
Alteza...

DICA 04

Mnemônico para lembrar os Pronomes que EXIGEM o uso da próclise:

Relativos

Indefinidos

Interrogativos

Ex.: No trecho “que se manifestam com intensidade”, o emprego do pronome átono “se”
após a forma verbal — expressam-se — prejudicaria a correção gramatical do texto, dada
a presença de fator de próclise na estrutura apresentada.

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DICA 05

Contração dos verbos com os pronomes:


→ O pronome oblíquo “lhe” substitui OBJETO INDIRETO. Ex.: Eu obedeço a minha mãe.
Contraindo: Eu lhe obedeço. Ex.2: Entreguei o caderno a minha mãe. Contraindo:
Entreguei-lhe o caderno ou: Entreguei lho (substituição dos dois termos; lho = lhe + o).
→ Os pronomes oblíquos “o”, “a”, “os”, “as” substituem os OBJETIVOS DIRETOS. Ex.:
Eu vi Maria na escola. Contraindo: Eu a vi na escola.
→ Em verbos terminados em R, S ou Z, os pronomes assumem as formas lo, la, los, las,
cortando-se o R, S ou Z. Ex.1: Vou auxiliar Marina. / Vou auxiliá-la. Ex.2: Pus o livro sobre
a mesa. / Pu-lo sobre a mesa. Ex.3: Fiz o dever. / Fi-lo.

→ Em verbos terminados em ão, õe, am, em (sons nasais); os pronomes recebem a


forma no, na, nos, nas. Ex.: Tragam o preso. / Tragam-no. Ex.2: Estudarão a matéria. /
Estudarão-na. Ex.3: Entreguem os materiais / Entreguem-nos. Ex.4: Põe a bolsa sobre a
mesa. / Põe-na sobre a mesa.

DICA 06

Pronomes Oblíquos REFLEXIVOS. Os pronomes oblíquos, SALVO o(s), a(s) lhe(s),


podem referir-se ao próprio sujeito da oração.
Ex.1: Júlia feriu-se.
Ex.2: Marina e Vitor se amam.
No Ex.1, pode-se dizer que Júlia feriu a si mesmo, portanto, trata-se de pronome
reflexivo.
No Ex.2: “Marina ama Vitor e Vitor a ama”, ou seja, um ama o outro. Nesse caso específico,
trata-se de pronome recíproco.

DICA 07

Colocação Pronominal

Próclise Pronome oblíquo átono ANTES DO


VERBO. Ex.: Sempre o admirei.
Mesóclise Pronome oblíquo átono no MEIO DO
VERBO. Ex.: Mostrar-lhe-ei todos os
animais. Ex.2: Contar-lhe-ia tudo.
É USADA NO FUTURO DO
PRESENTE E NO FUTURO DO
PRETÉRITO! DICA: “EI” e “IA”.
APENAS NESSES DOIS TEMPOS
VERBAIS.

Ênclise Pronome oblíquo átono DEPOIS DO


VERBO. Ex.: Diga-me tudo.

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DICA 08

USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

PALAVRAS ATRATIVAS → Sentido Negativo: Ele não se


importa com a mãe.
→ Advérbios: Ele sempre nos
prejudicou.
→ Pronomes Demonstrativos
neutros: Aquilo me comoveu muito.
→ Pronomes Indefinidos. Ex.:
Tudo se acaba nesse mundo.
→ Pronomes Relativos. Ex.: Guarda
a rosa que te dei.
→ Conjunções Subordinadas. Ex.:
Quando se aborreceu saiu.
→ Conjunção coordenada aditiva
“mas também”. Ex.: Não só falou
alto mas também me xingou muito.
→ Conjunções coordenadas
alternativas. Ex.: Ora se irrita, ora
se espanta.

DICA 09

USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

FRASES →Interrogativas: Quem me


chamou?
→Exclamativas: Como te chamam!
→Optativas (exprimem desejo):
Raios o partam!

DICA 10

USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

VERBOS →Gerúndio precedido de


preposição “em”: Em se tratando
dela, não hesite.
→Infinitivo flexionado precedido
de preposição. Ex.: As ordens eram
para nos levaram até você.
OBS.: O infinitivo impessoal é
livre, pode ser colocado antes ou
depois do verbo.

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DICA 11

O futuro do pretérito e o futuro do presente NÃO ACEITAM ÊNCLISE.


Ex.: Eu contarei-lhe tudo. ERRADO!
Pode ser: Eu lhe contarei tudo. (próclise)
Ou:
Eu contar-lhe-ei tudo. (ênclise)
ATENÇÃO! SE EXISTIR PALAVRA ATRATIVA, A PRÓCLISE SERÁ OBRIGATÓRIA.
Ex.: Eu não lhe contarei tudo.

DICA 12

PARTICÍPIO não aceita ênclise! E, atenção, não podemos começar oração com
pronomes oblíquos, portanto será caso de ÊNCLISE, próclise estaria errado! Veja-se:
Ex.: Levado-a ao pai. (Particípio não aceita ênclise)
Ex.2: Provou ser bom /, nos mostrando o caminho. (Caso de ênclise, mostrando-
nos, já que não podemos começar oração com pronomes oblíquos)
(1ª oração) (2ª oração)

DICA 13

ADVÉRBIO COM VÍRGULA → A ÊNCLISE TORNA-SE OBRIGATÓRIA!


Ex.: Aqui se trabalha muito. (CORRETO)
Palavra Atrativa (advérbio)
Já com o uso da vírgula:
Ex.: Aqui, trabalha-se muito. (CORRETO)

DICA 14

COLOCAÇÃO PRONOMIAL EM LOCUÇÕS VERBAIS


* Verbo auxiliar + verbo principal no INFINITIVO ou no GERÚNDIO
→ O pronome é colocado depois do auxiliar OU depois do principal que está no
infinitivo ou no gerúndio.
Ex.: Quero-lhe dizer uma coisa.
Ex.2: Quero dizer-lhe uma coisa.
→ Na existência de PALAVRAS ATRATIVAS, o pronome é colocado perto da palavra
atrativa OU depois do principal no infinitivo ou gerúndio.
Ex.: Não lhe vinha dizendo tudo.
Ex.2: Não vinha dizendo-lhe tudo.

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RESUMO:

→ É possível próclise em relação


ao auxiliar. Ex.: se conseguiu livrar
(observar se não é início de
período!)

→ É possível ênclise em relação ao


auxiliar. Ex.: conseguiu-se livrar.

→ É possível próclise em relação


ao principal. Ex.: Conseguiu se
livrar.

→ É possível ênclise em relação ao


principal. Ex.: Conseguiu livrar-se.

DICA 15

COLOCAÇÃO PRONOMIAL EM TEMPOS COMPOSTOS


* Verbo auxiliar (TER OU HAVER) + verbo principal no PARTICÍPIO
→ Será utilizada a PRÓCLISE ou ÊNCLISE antes do verbo auxiliar!
Ex.: Ele me havia deixado OU Ele havia-me deixado.
COM PALAVRA ATRATIVA: Ex.2: Ele não me havia deixado.
ATENÇÃO! PARTICÍPIO NÃO ACEITA ÊNCLISE!

DICA 16

ADVÉRBIOS:

- Propriedade sintática: modificam VERBOS, ADVÉRBIOS, ADJETIVOS e ORAÇÃO.

- Propriedade semântica: denotam circunstâncias diversas – lugar, modo, tempo,


intensidade, condição etc.

- Propriedade morfológica: são invariáveis; há advérbios (terminados em mente)


formados a partir de adjetivos.

OBS.: Locução adverbial → é comum advérbios virem representados por mais de uma
palavra, geralmente: preposição + SUBSTANTIVO, ADJETIVO OU ADVÉRBIO. Ex.: Ele
apareceu de repente.

DICA 17

ADVERBIALIZAÇÃO DO ADJETIVO
- Nada mais é do que tornar um adjetivo em advérbio sem o sufixo “mente”.

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Ex.: Ela fala rápido. (rápido é adjetivo, mas na frase é advérbio, pois exprime o modo como
ela fala)
Em prova... (CESPE/AGU/TÉCNICO). Os norte-americanos, com todos os problemas de
suas finanças, mantêm a dianteira nos investimentos em desenvolvimento tecnológico: no
governo Obama, decidiram recuperar a autonomia energética, investindo pesadamente no
desenvolvimento de novas modalidades de energia. P: O vocábulo pesado pode ser
empregado no lugar de “pesadamente”, sem que isso acarrete prejuízo ao sentido
e à correção gramatical. R: CORRETO, justifica-se pela adverbialização do adjetivo.

DICA 18

REGÊNCIA VERBO “ATENDER”


→ Preferencialmente: *VTD (verbo transitivo direto) com pessoas.

*VTI (verbo transitivo indireto) (a) com coisas.


(PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA)

Ex.: Atendeu AO telefone.

Ex.: Atendeu O pai. CESPE ACEITA → Atendeu o pai/ao pai.

MUITA ATENÇÃO! A CESPE ENTENDE QUE QUANDO SE REFERIR À PESSOA. -


A PREPOSIÇÃO "A" É FACULTATIVA. Logo, poderia ser também “atendeu ao pai”

DICA 19

SUBSTANTIVO NOMEIAM lugares, objetos, pessoas,


animais, ações, estados ou qualidades
tomadas como seres (ex.: bondade,
feiura).
ADJETIVOS MODIFICA o substantivo. Exprime
modo de ser, aparência ou qualidade.
ARTIGOS DETERMINA OU GENERALIZA o
substantivo. Indicando-lhe o gênero e
o número.
NUMERAIS ENUMERAM, ordenam as coisas.
PRONOMES ACOMPANHAM ou SUBSTITUEM os
nomes.
VERBOS Expressam AÇÃO, ESTADOS OU
FENÔMENOS.
ADVÉRVIOS MODIFICAM verbos, adjetivos ou
outros advérbios.
PALAVRAS DENOTATIVAS ALTERAM o sentido de uma outra
palavra ou da oração.
PREPOSIÇÕES LIGAM dois termos da oração,
subordinando-os. É palavra
INVARIÁVEL.
CONJUNÇÕES UNEM termos de uma oração ou
orações. É palavra INVARIÁVEL.

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Podem ser coordenativas ou


subordinativas.
INTERJEIÇÕES EXPRIMEM emoção, sensação,
estado de espírito. É palavra
INVARIÁVEL. Ex.: Viva! Uau! Nossa!
(“frases resumidas”)

DICA 20

CONJUNÇÃO COMPARATIVA

*Toda as vezes que for estabelecida uma relação de comparação, TANTO FAZ USAR A
CONJUNÇÃO ''QUE'' OU ''DO QUE''.

→ O ''do'' é facultativo.

Ex.: Eu comi mais do que você. (CERTO)


Ex.2: Eu comi mais que você. (CERTO)

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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

DICA 21

CUIDADO!

- ÉTICA: teoria, ciência ou conhecimento do comportamento moral que busca entender e


explicar a moral;

- MORAL: é o conjunto de regras de uma sociedade, que orienta a convivência dentro desta
mesma sociedade.

MACETE:

Se tiver na prova dizendo “conjunto de regras” ou “normativo”, você saberá que estamos
falando de Moral, e não de Ética.

DICA 22

NÃO CONFUNDA!

ÉTICA

- é universal, coletivo (construído a partir do consenso de várias morais)

- é princípio

- é ciência que estuda a moral (reflexão filosófica)

MORAL

- é particular (atinge grupos específicos)

- trata de aspectos de condutas específicas

- é objeto da ética (tem caráter prático, com força normativa)

DICA 23

São primados maiores que devem nortear o servidor público no exercício do cargo ou
função ou fora dele:

- a dignidade

- o decoro

- o zelo

- a eficácia

- a consciência dos princípios morais

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DICA 24

O SERVIDOR PÚBLICO:

- Não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.

- Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente
entre o honesto e o desonesto, consoante as regras na Constituição Federal, tendo
princípios conhecidos pelo mnemônico LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Eficiência).

DICA 25

IMPORTANTE!

A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,


devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum.

O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que


poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Todo ato administrativo e a ação realizada por seus agentes, decisões e tudo mais devem
sempre visar o bem comum.

DICA 26

FIQUE LIGADO!

A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou


indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que
a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de
sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

DICA 27

- O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser


entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior
patrimônio.

- Ou seja, maior patrimônio de um servidor público não são bens materiais, e sim o êxito
no desempenho de suas atribuições.

- Lembrando: servidor público, servir ao público, defender o interesse do público.

DICA 28

ATENÇÃO - MUITO COBRADO EM PROVA

- A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público.

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- Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

DICA 29

Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do


Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento
ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

LEMBRE-SE: Publicidade é a regra, e o sigilo a exceção.

DICA 30

Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda
que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.

Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro,
da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana
quanto mais a de uma Nação

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PODER JUDICIÁRIO

DICA 31

Principais teorias sobre liderança

Teorias Definição
Teoria dos Traços Os líderes nascem como tal, não havendo possibilidade de
aprender a liderar. A liderança é uma combinação de traços,
enfatizando as qualidades pessoais.

Teoria do Os comportamentos podem ser aprendidos. O líder


Comportamento possui uma série de estilos de comportamentos
aplicados na relação com os subordinados.
Teoria da Liderança O líder se adapta de acordo com a situação.
Situacional

Teoria da Liderança Existe uma troca entre o líder e seus seguidores, na


Transacional medida em que ambos acreditarem que esta troca irá
beneficiá-los.
Teoria da Liderança O líder faz um papel de agente da mudança. Existe um
Transformacional vínculo forte entre líder e seguidores. O líder é um
visionário.
Teoria da Atribuição Os seguidores atribuem ao líder o papel principal. O líder
deve ser compreensivo, sociável e esforçado para com
aqueles que o puseram naquele patamar.
Teoria da Liderança A liderança advém do carisma do líder, ou seja, ele é
Carismática possuidor de alguma missão especial para o futuro dos
seguidores.

DICA 32

O clima organizacional pode ser conceituado como um conjunto de fatores que


interferem na satisfação ou descontentamento no trabalho.

Os fatores de satisfação demonstram os sentimentos mais positivos do colaborador em


relação ao trabalho: a realização, o reconhecimento, a responsabilidade etc. Já os
fatores de descontentamento contribuem com uma conotação negativa, do ponto de vista
do colaborador: as políticas organizacionais, a chefia, o salário e as condições de trabalho.

DICA 33

Segundo Chiavenato (2007), "liderança é a influência interpessoal exercida em uma


situação e dirigida por meio do processo de comunicação humana à consecução de um ou
mais objetivos específicos".

Ou seja, a liderança diz respeito à capacidade influenciadora das pessoas. Liderar não
é mandar. Liderar é inspirar. Aquele que manda (um chefe, gerente, coordenador) pode
até ser um líder, mas esta condição não lhe é dada somente pela posição funcional que
ocupa, e sim pelas competências que possui.

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DICA 34

Segundo Mintzberg, um líder realiza três papéis nas organizações:

• Papeis interpessoais: abrange as relações interpessoais dentro e fora da organização.


O administrador é o elo, o líder nato em todas as suas atividades, a figura central.

• Papeis de informação: estão relacionados com a obtenção e transmissão de


informações. É o monitor, o disseminador (informação externa para dentro da organização)
e o porta-voz (informação interna para fora da organização).

• Papeis de decisão: envolvem a resolução de problemas e a tomada de decisões. É o


negociador, controlador de distúrbios, administrador de recursos, empreendedor nato.

DICA 35

Estilo de liderança é definido pelo perfil de atuação do líder no ambiente de trabalho, e


de que forma ele vai influenciar, de maneira distinta para cada estilo, o comportamento dos
profissionais. É o estudo da relação do líder com os seus subordinados e a observação
da maneira que o líder orienta a sua conduta, considerando o ambiente e o perfil dos
subordinados.

DICA 36

Liderança Autocrática

• Apenas o líder dá as diretrizes


• Autoritário, dominador, controlador
• Não admite interferência
• Pode ser benevolente ou coercitivo

Liderança Democrática

• Decisões debatidas com o grupo


• Divisão do poder decisório
• O líder trabalha com objetividade
• A equipe pode escolher seus membros

Liderança Liberal (laissez-faire)

• Liberdade total para os subordinados


• O líder é apenas um facilitador
• Delegação total das decisões
• Não há avaliação da equipe pelo líder

DICA 37

Para Chiavenato (1982) "para compreender o comportamento humano é fundamental o


conhecimento da motivação humana. Motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a
agir de determinada forma, isto é, tudo aquilo que dá origem a alguma propensão a um
comportamento específico".

O mesmo Chiavenato (2007) estabeleceu, nos seus estudos, uma espécie de ciclo
motivacional, que nos ajuda a esclarecer como funciona a motivação no ambiente
organizacional:

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Equilíbrio
Interno

Satisfação da Estímulo /
Necessidade Incentivo

Comportam
Necessidade
ento / Ação

Tensão

DICA 38

Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow

Maslow entende que a motivação surge a partir da necessidade dos seres humanos.
Para ele, necessidade é a manifestação natural de sensibilidade interna, que
desperta uma tendência a realizar um ato ou a procurar uma determinada categoria de
objetos.

Maslow baseou sua teoria em três fundamentos: dominância (necessidades não


satisfeitas influenciam o comportamento), hierarquia (necessidades são agrupadas de
forma hierárquica) e emergência (só passa para um outro nível se satisfizer as
necessidades do nível atual).

DICA 39

Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow

As necessidades fisiológicas (sobrevivência, água, oxigênio, alimentação) e as


necessidades de segurança (proteção contra ameaças, perigos, doenças) fazem parte da
base da pirâmide, sendo consideradas as necessidades primárias.

As necessidades sociais (amizade, afeto, convívio social), as necessidades de estima (ser


útil para os outros, confiança, reconhecimento) e as necessidades de autorrealização
(plena realização pessoal e profissional) são consideradas as necessidades secundárias.

Vale deixar claro que os níveis não precisam ser totalmente satisfeitos para ascender
ao nível seguinte. Basta uma satisfação elevada no nível para que possa subir para o
próximo nível. De acordo com essa teoria, dificilmente iremos atingir o topo da
pirâmide, pois sempre haverá novos objetivos e sonhos.

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DICA 40

Teoria dos Dois Fatores de Herzberg

Herzberg classifica a motivação em duas categorias:

Fatores de Higiene (extrínsecos)

• Fatores que previnem a insatisfação


• Como a pessoa se sente ‘
• Ex: condições de trabalho, salário, segurança, benefícios, status, etc.

Fatores de Motivação (intrínsecos)

• São associados a sentimentos positivos


• Como a pessoa se sente em relação ao cargo
• Ex: reconhecimento, autorrealização, crescimento profissional, responsabilidades, etc.

DICA 41

A teoria das necessidades adquiridas de McClelland diz que as necessidades podem ser
aprendidas ou socialmente adquiridas. Elas vão surgindo ao longo da vida, e variam de
pessoa para pessoa. São três os fatores motivacionais: poder, realização e aflição.

DICA 42

O estudo da motivação nas organizações também considera como influentes as abordagens


de Mac Gregor. É a famosa Teoria X e Y. Segundo o estudo, os funcionários estão
enquadrados em uma das duas categorias, que são bem distintas entre si.

São duas visões que os gestores têm dos colaboradores.

A TEORIA X é chamada também de mediocridade das massas. Tem uma visão


negativa das pessoas. Segundo a teoria, os funcionários possuem aversão ao trabalho,
são preguiçosos, e devem ser obrigados a executar as funções. Falta ambição ao
funcionário, eles são dependentes, e a ação do gestor precisa ter rigidez. O trabalho é
extremamente padronizado.

Para a TEORIA Y, os funcionários encaram o trabalho com naturalidade, considerando


uma espécie de meio para realizações pessoais. A administração assume que os
colaboradores podem ser ambiciosos, auto motivados e que eles possam participar das
decisões da empresa. São colaborativos, comprometidos, demonstram vontade de
aprender e crescer na organização.

DICA 43

Um GRUPO é uma reunião de pessoas que trabalham de maneira individual, apesar


de compartilharem o mesmo espaço e executarem funções similares. Um não depende do
trabalho do outro, e todos seguem as determinações de um superior, sem que haja
sinergia entre as pessoas.

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Os grupos podem ser divididos em formais (pessoas juntas por conta da estrutura da
empresa) ou informais (união natural por afinidade e interação).

Já uma EQUIPE é constituída por um grupo de pessoas que trabalham por um bem
comum, de forma coletiva, quando o trabalho de um depende da colaboração e do
apoio do outro. "O todo é a maior do que a soma das partes". As funções dos indivíduos
são diferentes, de modo que o conjunto de atividades se somem na busca do objetivo
comum.

DICA 44

Manuais – Livros de procedimentos e ritos contendo noções essenciais sobre determinada


matéria. Pode também ser conceituado como um tutorial de apoio para se empreender
determinada ação. Dentro das organizações, os manuais são vistos como um conjunto de
normas, procedimentos, funções, atividades, instruções que devem ser cumpridas pelos
colaboradores.

Regulamento – Dentro de uma organização, numa comunidade, ou em uma equipe


esportiva, os regulamentos são um conjunto de regras que devem ser observadas,
seguidas e respeitadas por todos aqueles que compõem a organização, a comunidade ou
a equipe.

Normas Organizacionais – As normas irão indicar quem tem a prerrogativa de executar


ou quem também pode executar atividades e tarefas dentro de um processo organizacional
administrativo. Em síntese, é a forma pré-estabelecida e repetitiva de se fazer algo.

DICA 45

No que concerne à liderança nas organizações, a liderança diretiva é inadequada se as


tarefas estão bem estruturadas.

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LEGISLAÇÃO

DICA 46

Lei Estadual 5810/1994

* servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

* cargo público é o criado por lei, com denominação própria, quantitativo e vencimento
certos.

* categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho.

* grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza,


escalonadas segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.

DICA 47

Lei Estadual 5810/1994

É vedado cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diversas das inerentes


ao seu cargo.

EXCEÇÃO: participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.

DICA 48

Lei Estadual 5810/1994

PROVIMENTO DE CARGOS

Nomeação
(caráter efetivo ou em comissão)

Promoção
(progressão funcional do servidor estável)

Reintegração
(reingresso do servidor na administração pública)

Transferência
(movimentação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo)

Reversão
(retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez)

Aproveitamento
(reingresso do servidor em disponibilidade)

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Readaptação
(servidor sofreu limitação em sua capacidade física ou mental)

Recondução
(retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado)

DICA 49

Lei Estadual 5810/1994

CONCURSO (de provas ou provas e títulos):

* necessário para a investidura em cargo de provimento efetivo.

* em sua realização poderão inscrever-se candidatos até 69 anos de idade.

* ocorrerá com a participação de um representante do Sindicato dos Trabalhadores


ou de Conselho Regional de Classe das categorias afins na comissão organizadora do
concurso público ou processo seletivo.

* terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do resultado,


no Diário Oficial, prorrogável expressamente uma única vez por igual período.

DICA 50

Lei Estadual 5810/1994

Existem 8 formas de vacância do cargo:

1. exoneração;
2. demissão;
3. promoção (obs: também é forma de provimento);
4. aposentadoria;
5. readaptação (obs: também é forma de provimento);
6. falecimento;
7. transferência (obs: também é forma de provimento);
8. destituição.

DICA 51

Lei Estadual 5810/1994

A duração da jornada diária de trabalho será de 6 horas ininterruptas.

EXCEÇÃO: jornadas especiais estabelecidas em lei.

ATENÇÃO: servidor ocupante de cargo comissionado, independentemente de jornada


de trabalho, atenderá às convocações decorrentes da necessidade do serviço de
interesse da Administração.

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DICA 52

Lei Estadual 5810/1994

APURAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO:

* feita em dias (esse número é convertido em anos de 365 dias e os dias restantes, até
182, não serão computados).

* Dentre outros, são considerados como de efetivo exercício:

✓ até 8 dias: casamento, falecimento do cônjuge, companheira ou companheiro, pai,


mãe, filhos e irmãos.
✓ 1 dia: doação de sangue.
✓ máximo de 3 ao mês: faltas abonadas.
✓ processo administrativo, se declarado inocente.

DICA 53

Lei Estadual 5810/1994

FÉRIAS:

* Regra: 30 dias consecutivos, anualmente.

* Exceção: 20 dias consecutivos, semestralmente, para os servidores que operem,


direta e permanentemente, com Raios X ou substâncias radioativas.

DICA 54

Lei Estadual 5810/1994

LICENÇAS DO SERVIDOR

Tratamento de saúde
(A pedido ou de ofício. Quando superior a 60 dias exige junta médica oficial)

Doença em pessoa da família


(Máximo: 30 dias, renováveis por períodos iguais e sucessivos. Limite: 2 anos)

Maternidade
(180 dias consecutivos, sem prejuízo de remuneração)

Paternidade
(10 dias consecutivos. Retroage esta à data do nascimento)

Serviço militar e outras hipóteses legais


(Serviço militar, justiça eleitoral, trabalho do Júri, leis federais específicas)

Interesse particular
(Critério da administração. Servidor estável, prazo de até 2 anos consecutivos,
sem remuneração).

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Atividade política ou classista


(Duração igual ao mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, por uma única
vez)

Afastamento do cônjuge ou companheiro


(Servidor estável. Sem remuneração)

Prêmio por assiduidade


(A cada triênio ininterrupto de exercício. 60 dias)

DICA 55

Lei Estadual 5810/1994

DIREITO DE PETIÇÃO:

* para defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

* para obtenção de certidões em defesa de direitos e esclarecimento de situações de


interesse pessoal.

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DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

DICA 56

Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa


com deficiência ou o seu responsável goza de prioridade na aquisição de imóvel para
moradia própria (APENAS UMA VEZ), observado o seguinte:

- reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) para pessoa com deficiência (se não tiver
interessado no perfil será disponibilizado aos demais);

- em caso de edificação multifamiliar, garantia de acessibilidade nas áreas de uso comum


e nas unidades habitacionais no piso térreo e de acessibilidade ou de adaptação razoável
nos demais pisos;

- disponibilização de equipamentos urbanos comunitários acessíveis;

- elaboração de especificações técnicas no projeto que permitam a instalação de


elevadores.

DICA 57

A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em
ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

DICA 58

É VEDADA restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em


razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação,
admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego, ascensão profissional
e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão plena.

DICA 59

Os programas de estímulo ao empreendedorismo e ao trabalho autônomo, incluídos o


cooperativismo e o associativismo, devem prever a participação da pessoa com
deficiência e a disponibilização de linhas de crédito, quando necessárias.

DICA 60

Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação profissional e de educação


profissional devem ser dotados de recursos necessários para atender a toda pessoa
com deficiência, ou seja, independentemente de sua característica específica, dando à ele
a perspectiva de se obter o trabalho desejado, conserva-lo e nele progredir.

DICA 61

A habilitação profissional pode ocorrer em empresas por meio de prévia formalização do


contrato de emprego da pessoa com deficiência, que será considerada para o cumprimento
da reserva de vagas prevista em lei, desde que por tempo determinado e concomitante
com a inclusão profissional na empresa.

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DICA 62

Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação competitiva,


em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da legislação
trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de acessibilidade, o
fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no
ambiente de trabalho.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 63

EXCEÇÕES que reconhecem a capacidade processual de determinados órgãos públicos


autônomos e independentes:

*A jurisprudência admite a capacidade processual de determinados órgãos públicos


autônomos e independentes para a impetração de mandado de segurança na defesa de suas
prerrogativas e competências (apenas nesse tipo de caso), quando violadas por ato de outro
órgão.

*O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 82, inciso III, estabelece serem
legitimados para promover a liquidação e execução de indenização “as entidades e órgãos
da administração pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este Código”.

DICA 64

Principais diferenças entre as entidades da Administração Indireta

- Finalidade: as autarquias são criadas para o desempenho de atividades típicas de


Estado; as fundações públicas, para o exercício de atividades de utilidade pública; e as
empresas públicas e sociedades de economia mista, para a exploração de atividades
econômicas.
- Natureza jurídica das entidades: as autarquias são pessoas jurídicas de direito
público; as empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas
jurídicas de direito privado; no tocante às fundações podem ser tanto de direito público
quanto de direito privado.

- Criação e instituição das entidades: A CF/88, art. 37, inciso XIX, dispõe que a criação
de autarquias (por serem pessoas de direito público) se dá mediante lei específica, ao
contrário do que acontece com as sociedades de economia mista e empresas públicas (por
serem pessoas de direito privado), que necessitam de uma lei que autorize a sua instituição.

DICA 65

ATENÇÃO! Tanto as fundações públicas de direito público (também denominados de


“fundações autárquicas” ou “autarquias fundacionais”) quanto as fundações públicas de
direito privado não possuem finalidade lucrativa.

DICA 66

Na ADI 2. 794, o STF já decidiu no sentido de que o Ministério Público Federal deve
realizar o velamento das fundações federais de direito público. Nessa esteira, cabe ao
MP o controle de todas as fundações, sejam as privadas ou as públicas (de direito público e
de direito privada), sendo competente para velar pelas fundações estaduais e municipais, o
MP do estado-membro em que se encontrem; pelas fundações distritais, o MPDFT; e pelas
fundações federais (independentemente da localização), o MPF.

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DICA 67

- Descentralização Territorial ou Geográfica:

*a União cria uma pessoa jurídica com limites territoriais determinados e competências
administrativas genéricas. Não possuem capacidade política, tão somente capacidade
administrativa genérica (art. 18, § 2º, da CF/88).

DICA 68

As SEM e EP são as únicas entidades da Administração Indireta que podem explorar


atividade econômica, caso sejam exploradoras de atividade econômica, se submetem
precipuamente ao regime jurídico de direito privado e próprio das empresas privadas (art.
173, § 1º, inciso II da CF).

DICA 69

O art. 5º do Decreto-Lei nº 200/1967 define:

Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com


patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de
conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em
direito.

Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade
da Administração Indireta.

Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem


fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento
de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.

DICA 70

A criação e extinção de órgãos da Administração Indireta se dá através de LEI EM SENTIDO


FORMAL.

*Poder Executivo → iniciativa de lei cabe ao chefe desse poder (art. 61, §1º, inciso II, alínea
“e”);
*Poder Judiciário → iniciativa de lei cabe ao STF, aos Tribunais Superiores e aos TJs,
conforme o caso, nos termos da CF, art. 96, inciso II, alíneas “c” e “d”;
*Poder Legislativo → ATENÇÃO! Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pela
interpretação do art. 51, IV e XIII, da CF/88, a criação e a extinção de seus órgãos, bem
como as normas sobre sua organização e funcionamento não dependem de lei, não depende
de lei, mas tão somente de atos administrativos praticados pelas respectivas Casas.

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ATENÇÃO! É recomendável que o candidato se atente pela regra geral: NECESSIDADE DE


LEI EM SENTIDO FORMAL para criação e extinção. Todavia, se o examinador abordar de
modo expresso o caso específico do Poder Legislativo, recomenda-se o entendimento do
aludido autor.

DICA 71

As fundações públicas são criadas pelo Estado por meio de patrimônio público, já as
privadas são criadas por uma pessoa privada, a partir de patrimônio privado.

DICA 72

Não se considera a publicidade como elemento de formação do ato administrativo


(elemento de validade do ato administrativo). É, na verdade, um requisito de eficácia, ou
seja, o permite a produzir seus efeitos esperados.

DICA 73

SEM X EP

EP SEM
Foro processual Justiça Federal (regra) Justiça Estadual (regra)
Forma societária Qualquer forma Sempre S.A
Capital 100% público Público + privado, com a
OBS: é possível a maioria do capital votando
participação de PJ de direito
público.
privado, que seja integrante
da administração indireta.

*Lei das Estatais (Lei n. 13.303/2016)

→ Empresa pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com


criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios (admite a
participação de outras PJ de direito público interno bem como de entidades da
Adm. indireta).

→ Sociedade de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações
com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios ou a entidade da administração indireta.

DICA 74

As autarquias e as fundações públicas de direito público (também denominadas


fundações autárquicas ou autarquia fundacional) adquirem a personalidade jurídica
com a vigência da LEI DE CRIAÇÃO. Logo, não há que se falar em registro do ato
constitutivo.

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DICA 75

ATENÇÃO! Os atos praticados pelos administradores de uma sociedade de economia mista,


nesta qualidade, podem ter natureza de ato administrativo, a exemplo de decisões
indeferindo requerimento de informações, formulado por particular, sobre os serviços
públicos prestados pela empresa.

DICA 76

Quanto à natureza do órgão controlador, o controle pode ser administrativo, legislativo


e judicial.

O controle administrativo é aquele exercido pela Administração Pública com base do


poder de autotutela, segundo o qual a Administração deve rever seus atos quando estes
se tornarem inconvenientes/inoportunos (revogão) ou forem verificadas ilegalidades
(anulação). Ainda como decorrência do controle administrativo, a Administração Pública
atua sobre os atos de pessoas jurídicas que lhe são vinculadas, como as entidades da
Administração Pública indireta, por meio do exercício da tutela administrativa.

O controle legislativo é realizado pelo Poder Legislativo sobre os atos dos outros poderes,
muitas vezes com o auxílio dos Tribunais de Contas.

Já o controle judicial é realizado pelo Poder Judiciário, quando seus tribunais avaliam os
atos da Administração Pública de acordo com os princípios a ela atinentes (legalidade,
impessoalidade, moralidade, dentre outros) e demais normas vigentes. Só nas decisões do
Poder judiciário há a definitividade da coisa julgada – decisão definitiva de determinado
litígio.

DICA 77

Segundo a CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

DICA 78

Quanto ao aspecto a ser controlado podemos classificar o controle em controle de


legalidade e controle de mérito.

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O controle de legalidade é realizado tendo como parâmetros a legalidade e as demais


normas vigentes, quando a Administração poderá atuar de ofício (iniciativa própria) ou
provocada por terceiro.

Já o controle de mérito é aquele exercido sempre no âmbito do controle interno com o


objetivo de aferir se determinado ato é ainda conveniente para a sociedade ou deve
ser revisto, respeitados os direitos adquiridos.

DICA 79

Quanto à amplitude o controle pode ser classificado em hierárquico ou finalístico.

O controle hierárquico é aquele realizado por órgãos dentro do mesmo Poder,


subordinados um ao outro. Esse controle é ilimitado pois o órgão que controla pode avaliar
tanto os aspectos legais quanto o mérito administrativo.

Já o controle finalístico é aqueles realizado pela Administração Pública direta sobre a


indireta, sempre baseado em previsão legal. Aqui dizemos que há vinculação e não
hierarquia entre a Administração direta e a indireta. Esse controle é restrito/limitado
ao previsto em lei.

DICA 80

Quanto ao momento quando é realizado, podemos classificar o controle em prévio,


concomitante ou corretivo.

O controle prévio, preventivo ou a priori é aquele realizado enquanto os atos que


serão controlados ainda não ocorreram.

O controle concomitante ou sucessivo é realizando durante a prática do ato.

Por último o controle corretivo, subsequente ou a posteriori é realizado após a


realização dos atos.

DICA 81

JURISPRUDÊNCIA STF

→ Salário Mínimo: Com relação à garantia de salário mínimo, o STF entende que a garantia
se refere à remuneração e não ao vencimento básico;

→ Horas-extras: A Corte Maior entende que o inciso referente às horas-extras


(remuneração extraordinária) não depende de regulamentação, sendo de eficácia plena – o
Poder público deve garantir seu pleno exercício independente da ausência de lei
regulamentadora;

→ Conversão de férias em dinheiro: Os servidores que porventura ainda tenham direito


a férias e que não possam gozá-las devem receber tais benefícios na forma de dinheiro,
independente de previsão legal. Isso vale inclusive para o adicional de 1/3; e

→ Estabilidade da gestante: Se aplica aos agentes públicos o descrito no art. 10º do


ADCT da CF/88, segundo o qual fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da

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empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso
vale, inclusive, para as ocupantes de cargos em comissão.

DICA 82

Durante o prazo de validade do concurso o candidato aprovado dentro do número de


vagas indicadas no edital tem direito subjetivo de ser nomeado.

O STF ampliou tal entendimento para os candidatos que não foram aprovados dentro das
vagas, mas que devido à desistência de outros candidatos acabam se enquadrando dentro
das vagas.

Em casos excepcionais, provocados por circunstâncias supervenientes à publicação do


edital, é aceitável que a Administração Pública deixe de nomear os agentes públicos, quando
deverá motivar tal decisão que estará sujeita ao controle do Judiciário.

DICA 83

As empresas públicas e sociedades de economia mista autônomas (que não recebem


nenhum recurso do governo) não estão sujeitas ao teto constitucional.

DICA 84

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

DICA 85

Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, se determinado concurso público


destinar-se ao provimento de duas vagas, não será possível que uma dessas vagas
seja destinada exclusivamente a pessoa portadora de necessidades especiais.

DICA 86

As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo


efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento

DICA 87

Súmula Vinculante nº 13 do STF

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,


até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração
pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”

Em regra, o nepotismo não alcança a nomeação dos chamados agentes políticos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 88

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

Diante da literalidade do texto constitucional acima, podemos concluir que o Brasil é uma
Federação, ou seja, um Estado composto por diversas entidades territoriais autônomas,
dotadas de governo próprio e autonomia política e administrativa. A soberania, contudo,
é atributo tão somente do Estado Federal como um todo, ou seja, da República
Federativa do Brasil, inclusive para fins internacionais.

Pode-se retirar do artigo 1º que o Brasil é formado pelos entes União, Estados, Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos e de mesma hierarquia. Para manutenção
da forma de estado como Federação, essa união entre os entes políticos deve ser
indissolúvel, não passível de secessão (forma de separação não aceita em nosso
ordenamento jurídico). Além disso, a forma de estado é gravada como cláusula pétrea,
impossibilitando emenda constitucional tendente a aboli-la.

DICA 89

CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO

Descentralização política - Autonomia dos entes federativos.

Repartição de competências - Autonomia sobre matérias de interesse e equilíbrio da


federação

Constituição Rígida - Objetivo de garantir a distribuição de competências e assegurar


estabilidade constitucional.

Vedação à secessão - Uma vez criado o pacto federativo, não pode haver separação.
Inclusive, no Brasil, a federação é vista como cláusula pétrea.

Soberania do estado federal - O Estado Federal, a República Federativa é soberana. Os


entes, ao aceitarem ingressar na Federação, têm somente autonomia.

Intervenção - Diante de crises, visa assegurar a o equilíbrio federativo.

Auto-organização dos estados-membros - Garantia da elaboração de suas


Constituições Estaduais.

Guardião da constituição - no Brasil, prerrogativa do Supremo Tribunal Federal.

Repartição de receitas - Assegura o equilíbrio orçamentário dos entes federativos.

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DICA 90

FEDERAÇÃO BRASILEIRA CF/88

Forma de Governo: República


Forma de Estado: Federação
Regime de Governo: Estado Democrático de Direito
Sistema de Governo: Presidencialista

DICA 91

Os Territórios Federais não fazem parte da estrutura político-administrativa do


Brasil, ou seja, NÃO são considerados entes políticos. De acordo com o parágrafo segundo
do artigo 18, os territórios federais integram a União.

A União é a única capaz de representar a República Federativa do Brasil, exercendo


a soberania em nome do povo brasileiro nas relações internacionais e na edição de leis de
caráter nacional. Isso, entretanto, NÃO confere à União soberania, a qual pertence tão
somente ao Estado Brasileiro.

DICA 92

Formas de reorganização dos entes dentro do território de um Estado:

• Cisão/subdivisão: Ocorre quando um ente subdivide seu território, dando origem a


novos entes. O ente desaparece, dando lugar a dois novos entes.

• Fusão: Dois ou mais entes se unem para a formação de um terceiro novo ente. Os entes
iniciais deixam de existir.

• Desmembramento por Formação: Um pedaço territorial do ente inicial é desmembrado


para dar origem a um novo ente. O ente inicial permanece e forma-se um outro ente
completamente novo.

• Desmembramento por Anexação: Um pedaço do ente inicial é desmembrado para ser


agregado ao território de outro ente já existente, aumentando seu tamanho. Não há
formação de nenhum novo ente, e os demais permanecem existentes.

DICA 93

A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei


estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma
da lei.

DICA 94

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o


funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

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II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

DICA 95

Bens EXCLUSIVOS da UNIÃO

- Todos que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos
- Praias marítimas, os terrenos da marinha e seus acrescidos
- O mar territorial
- Recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva
- Recursos minerais, inclusive do subsolo
- Os potenciais de energia hidráulica
- As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos
- As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios

DICA 96

Regras para fixação dos Subsídios

Deputados Estaduais, Governadores e Vice, Secretários de Estado, Prefeitos e Vice,


Secretários Municipais

• LEI de iniciativa do LEGISLATIVO


• Posterior SANÇÃO/VETO do Executivo

Vereadores, Deputados Federais, Senadores, Presidente da República e Vice,


Ministros de Estado

• DIRETAMENTE pelo LEGISLATIVO


• INDEPENDE de LEI e de apreciação do Executivo.

Membros do Poder Judiciário

• LEI de iniciativa do JUDICIÁRIO


• DELIBERAÇÃO do LEGISLATIVO
• Posterior SANÇÃO/VETO do Executivo

DICA 97

Iniciativa Popular para Projetos de Leis

FEDERAL

• Proposta da Câmara do Deputados


• Subscrita por no mínimo:
• 1% do eleitorado nacional
• 5 Estados participantes
• 0,3% dos eleitores em cada Estado.

ESTADUAL

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• Regulada por Lei Ordinária

MUNICIPAL

• Subscrita por no mínimo:


• 5% do eleitorado municipal

DICA 98

✓ Administração Pública em “sentido estrito”: Irá abranger somente os órgãos e


entidades que exercem funções exclusivamente administrativas.

✓ Administração Pública em “sentido amplo”: Conceito mais aberto, que abrange tanto os
órgãos administrativos, como também os órgãos e entidades que exercem função
política (elaboração de políticas públicas e estabelecimento de diretrizes governamentais).

DICA 99

✓ Administração Pública em “sentido subjetivo” (formal, orgânico): Analisa a


Administração de acordo com os sujeitos que a integram, independentemente da função
desempenhada.

Para se definir o que é a Administração Pública, deve-se perguntar “Quem são os sujeitos
que integram a Administração? ”. Este é o critério adotado no Brasil, o qual considera
que fazem parte da Adm. Pública os órgãos políticos (Administração Direta) e as entidades
da Administração Indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista).

✓ Administração Pública em “sentido objetivo” (material, funcional): Neste conceito,


são consideradas as atividades relacionadas à função administrativa. Somente
integram a Administração Pública aqueles que praticam as atividades consideradas como
típicas administrativas. São classificadas como atividades típicas da Administração
Pública: fomento, intervenção, polícia administrativa e prestação de serviços públicos.

DICA 100

Desconcentração - Distribuição INTERNA de competências. Liga-se à HIERARQUIA.


Apenas UM PESSOA.

Descentralização - Delegação a OUTRA PESSOA (física ou jurídica) da atividade. Existe


VINCULAÇÃO.

DICA 101

* Supremacia do interesse público: em caso de conflitos entre o interesse público


e o privado, prevalecerá o primeiro. Além disso, garante à Administração Pública
prerrogativas especiais, como por exemplo: poder de polícia, desapropriação, cláusulas
exorbitantes em contratos administrativos, entre outros.

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* Indisponibilidade do interesse público: o interesse público é indisponível, ou seja, a


Administração somente pode atuar quando autorizada por lei, e nos limites
estabelecidos por ela. Ainda, proíbe a Administração de praticar atos que impliquem
prejuízos aos direitos do Poder Público ou onerem de forma injustificada a sociedade. Ou
seja, impõe limites à atuação dos administradores. Exemplo: necessidade de procedimento
licitatório para compras públicas.

DICA 102

Súmula 683 STF – O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima
em face do art. 7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.

(Art. 7º, "XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de


admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil)".

DICA 103

Súmula 686 STF – Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de
candidato a cargo público.

DICA 104

O candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previstas no


edital tem direito SUBJETIVO a ser nomeado durante o prazo de validade. Anteriormente
a esta nova posição dos Tribunais, entendia-se que o candidato tinha “mera expectativa
de direito”.

DICA 105

FEDERAL E GERAL Subsídio do STF Aplica-se a todos os


cargos na Federação

PL – Subsídio Aplica-se a todos os cargos


Dep. Estaduais Do Legislativo estadual
T ESTADUAL E DISTRITAL PE – Subsídio do Aplica-se a todos os cargos
E Governador do Executivo estadual
T PJ – Subsídio Aplica-se a todos os
O Desembargador cargos do judiciário
S TJ (este limitado estadual (exceto juízes)
a 90,25% do STF)
É facultado aos Estados/DF, por meio de emenda Constitucional, fixar o
subsídio do desembargador do TJ como teto único, este limitado a
90,25% do STF.

MUNICIPAL Subsídio do Prefeito Aplica-se a todos


os cargos municipais

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DICA 106

Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus
membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República
e os Ministros de Estado.

* trata do denominado juízo de admissibilidade, forma de controle político prévio que se


aplica tanto no caso dos crimes de responsabilidade do Presidente da República e seus
subordinados quanto nos crimes comuns.

DICA 107

Somente a Câmara dos Deputados pode proceder à tomada de contas do Presidente da


República.

A tomada de contas é um processo administrativo devidamente formalizado, com rito


próprio, para apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública.

DICA 108

Senado Federal aprova (ou não) a escolha de:

Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição (ex.: Ministros do STF, STJ, TST,
STM e TCU, indicados pelo Presidente da República)

Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República

Governador de Território (indicado pelo Presidente da República)

Presidente e diretores do banco central (indicados pelo Presidente da República)

Procurador-Geral da República (indicado pelo Presidente da República)

Titulares de outros cargos que a lei determinar (ex.: membros do Conselho Nacional do
Ministério Público e do Conselho Nacional de Justiça, indicados pelo
Presidente da República)

Chefes de missão diplomática de caráter permanente

DICA 109

São disciplinados por decreto legislativo os assuntos de competência exclusiva do


Congresso Nacional, que dispensam sanção presidencial, como, por exemplo, a aprovação
de tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.

DICA 110

Congresso Nacional AUTORIZA o referendo. Contudo, cabe à justiça eleitoral DEFLAGRAR


o processo, fixando a data da consulta popular, expedindo instruções, dentre outros
procedimentos, conforme dispõe o art. 8º da Lei nº 9.709/98.

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DIREITO CIVIL

DICA 111

Art. 1º, CC. Toda PESSOA é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

*Pessoa é ser dotado de personalidade.

*Personalidade divide-se em:

→ PERSONALIDADE JURÍDICA OU CIVIL: aptidão para adquirir direitos patrimoniais.

→ PERSONALIDADE: aptidão para adquirir direitos extrapatrimoniais.

DICA 112

Art. 2º, CC. A PERSONALIDADE CIVIL da pessoa começa do nascimento com vida;
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

→ Nascer com vida para o direito civil significa RESPISRAR, ou seja, basta que a pessoa
nasça e respira, ainda que uma única vez e depois venha a óbito.

OBS.: Resolução n. 1 de 1988 do Conselho Nacional de saúde sobre nascimento com vida:
“expulsão ou extração completa do produto da concepção quando, após a separação,
respire e tenha batimentos cardíacos, tendo sido ou não cortado o cordão, esteja
ou não desprendida a placenta”.

→ Nascituro (aquele que foi concebido, porém ainda não nasceu)

→ Natimorto (aquele que nasceu morto)

DICA 113

EXISTEM 3 TEORIAS ASSOCIADAS AOS NASCITUROS

➢ TEORIA NATALISTA: exige o nascimento com vida. Assim, nega a personalidade


jurídica ao nascituro, haja vista que este ainda não nasceu.
➢ TEORIA CONCEPCIONISTA: esta teoria francesa dispõe que a aquisição da
personalidade ocorre com a concepção. Assim, terá personalidade desde o momento
em que foi concebido.
➢ TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL (CONDICIONALISTAS): defendem
que o nascituro tem uma personalidade sob uma condição: o nascimento com vida.
Nessa lógica, nascituro possui mera expectativa de personalidade.
ATENÇÃO! Para as provas faz-se necessário fazer uma “mistura” das teorias citadas.

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DICA 114

PERSONALIDADE JURÍDICA FORMAL X PERSONALIDADE JURÍDICA MATERIAL

*FORMAL: refere-se a direitos EXTRAPATRIMONIAIS adquiridos desde a concepção


(TEORIA CONCEPCIONALISTA). Ex.: direito à vida.

*MATERIAL: refere-se a direitos PATRIMONIAIS, estes ficam sob condição


suspensiva, esperando o nascimento com vida. Exemplos: Ser proprietário por doação,
a qual ficará sob condição suspensiva até o nascimento com vida; na sucessão
testamentária, podem ser chamados a suceder os filhos, ainda não concebidos, de pessoas
indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão, dentre outros.

DICA 115

ATENÇÃO!

*STJ: Direito a danos morais ao nascituro. Ex.: Indenização devida à criança antes mesmo
do nascimento foi fixada no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul pela morte de seu pai,
em um acidente de trabalho. (RECURSO ESPECIAL Nº 931.556 - RS (2007/0048300-
6)

*STJ: A 4ª turma do STJ, por unanimidade, reconheceu que a morte de feto em acidente
de trânsito dá direito ao recebimento do seguro obrigatório - DPVAT. “Garantir ao
nascituro expectativas de direitos, ou mesmo direitos condicionados ao nascimento, só faz
sentido se lhe for garantido também o direito de nascer, o direito à vida, que é direito
pressuposto a todos os demais. ” (REsp 1415727)

DICA 116

Enunciado n. I da I JORNADA de Direito Civil: “A PROTEÇÃO que o código confere ao


nascituro ALCANÇA o natimorto, no que concerne aos direitos da personalidade, tais
como nome, imagem e sepultura”. (CORRENTE CONCEPCIONALISTA)

DICA 117

CAPACIDADE

Art. 1º, CC. Toda pessoa é CAPAZ de direitos e deveres na ordem civil.

→ A CAPACIDADE é a medida da personalidade, e divide-se em:

*Capacidade de direito/gozo: é inerente à pessoa que nasce com vida. Um bebê que
tem um dia de vida é dotado de capacidade de direito. TODA PESSOA É DOTADA DE
CAPACIDADE CIVIL, seja incapaz ou não. Entretanto, ainda que seja dotado de
capacidade de direito, alguns não poderão praticar pessoalmente os atos da vida civil, pois
desprovidos de capacidade de fato.

*Capacidade de fato/exercício/atividade: atribuída àqueles que podem exercer os atos


da vida civil pessoalmente, não necessitando de um representante ou assistente.

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ATENÇÃO! CAPACIDADE CIVIL PLENA = capacidade de direito (gozo) + da capacidade


de fato (exercício).

DICA 118

INCAPACIDADE ABSOLUTA

Art. 3º, CC. São ABSOLUTAMENTE incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

*Ou seja, não poderão praticar nenhum ato da vida civil, caso não estiverem
devidamente representados, sob pena de nulidade ABSOLUTA. Representar um
absolutamente incapaz é praticar atos em nome do representado.

DICA 119

Art. 4º, CC. São incapazes, RELATIVAMENTE a certos atos ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;

IV - os pródigos.

ATENÇÃO! PESSOA MAIOR DE 18 ANOS COM BIPOLARIDADE CONTRALADA POSSUEM


PLENA CAPACIDADE.

DICA 120

MNMEMÔNICO:

RIA PARA OS DOIS LADOS:

RIA: Relativamente Incapaz – Assistido. *se não for, o ato é ANULÁVEL.

AIR: Absolutamente Incapaz - Representado. *se não for, o ato é NULO.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DICA 121

- A jurisdição só pode ser exercida por quem foi aprovado em concurso público de provas
e títulos da magistratura. (PRINCÍPIO DA INVESTIDURA)

- EXCEÇÃO: membros do MP e Advogados que entram pelo quinto constitucional.

- A jurisdição civil é exercida pelos JUÍZES E PELOS TRIBUNAIS em todo o território


nacional, conforme as disposições do CPC.

DICA 122

→ Para postular em juízo é necessário ter INTERESSE e LEGITIMIDADE.

→ O INTERESSE DO AUTOR pode limitar-se à DECLARAÇÃO:

– da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;


– da autenticidade ou da falsidade de documento.

OBS: É ADMISSÍVEL a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a


violação do direito.

DICA 123

SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL (legitimação extraordinária):

*NINGUÉM poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado
pelo ordenamento jurídico.
→Havendo SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL, o substituído poderá intervir como
ASSISTENTE LITISCONSORCIAL.

DICA 124

→ CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES:

➢ Ação de conhecimento:

*constitutivas: cria, modifica ou extingue um estado de direito ou relação jurídica. Visa


certificar e efetivar direitos potestativos.

*condenatórias: almeja a declaração do direito subjetivo material do autor, bem como


a formulação de um comando que imponha uma prestação a ser cumprida pelo réu.

*declaratórias: visa averiguar a certeza (certificação) da existência ou inexistência da


relação jurídica ou modo de ser da relação jurídica.

➢ Ação cautelar: prevenir, conservar, defender ou assegurar a eficácia de um direito.

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➢ Ação de Execução: efetivar um direito, forçar o cumprimento de uma pretensão.

DICA 125

TEORIAS DA AÇÃO

ECLÉTICA

Eclética: adotada pelo NCPC + Liebman, preceitua que a existência do direito de ação não
depende da existência do direito material, mas do preenchimento de certos requisitos
formais, como as "condições da ação" (sendo elas: legitimidade das partes e interesse de
agir). Nessa perspectiva, as condições da ação NÃO se confundem com o mérito e,
quando ausentes, geram uma sentença terminativa de carência de ação
(art. 485, VI, Novo CPC) sem a formação de coisa julgada material.

ATENÇÃO! NO NCPC A POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO NÃO É MAIS


CONDIÇÃO DA AÇÃO!

CERTO DIZER ENTÃO QUE: A teoria eclética da ação, adotada pelo ordenamento jurídico
brasileiro, define ação como um direito autônomo e abstrato, independente do direito
subjetivo material, condicionada a requisitos para que se possa analisar o seu mérito.

DICA 126

ASSERÇÃO (STJ): Pode ser desdobrada em dois pontos:

1. COGNIÇÃO SUMÁRIA PELO JUIZ → verificação de ausência de uma ou mais


condições da ação → extinção do processo SEM resolução do mérito, por carência
de ação (art. 485, VI, Novo CPC).
2. COGNIÇÃO MAIS APROFUNDADA (APÓS CITAÇÃO DO RÉU) → presença ou não
das condições da ação → Citação do réu → não mais haverá tais condições da ação (que
perdem essa natureza a partir do momento em que o réu é citado), passam a ser
entendidas como matéria de mérito → extinção do processo COM resolução do
mérito - gera uma sentença de rejeição do pedido do autor (art. 487, I,
do NCPC).

DICA 127

O PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL, ao impedir que alguém seja processado ou


sentenciado por outra que não a autoridade competente, visa coibir a criação de
tribunais de exceção.

*UM reflexo desse princípio é a regra do art. art. 286, inciso II, do CPC que trata da
prevenção do juízo, a qual determina que devem ser distribuídas por dependência as causas
de qualquer natureza “quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam
parcialmente alterados os réus da demanda”.

DICA 128

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE:

- O órgão jurisdicional competente para determinada causa, em um dado lugar, só deve


atuar nos limites de sua jurisdição.

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- É exercida em determinado território, de acordo com as regras de competência.

- Aderência ao território: somente poderá ser exercida a jurisdição dentro dos limites
territoriais brasileiros, diante da soberania do nosso Estado.

DICA 129

PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE / DA UBIQUIDADE / DO ACESSO À JUSTIÇA:

Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

* É permitida a arbitragem, na forma da lei.

* O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.

* Duas exceções: 1ª) necessidade de esgotamento administrativo na Justiça Desportiva


diante da exceção prevista no art. 217, §1º, da CF; e 2ª) admissibilidade do habeas data
somente após a caracterização da recusa administrativa (Súmula nº 2 STJ).

DICA 130

DECISÃO-SURPRESA É DECISÃO NULA, POR VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO


CONTRADITÓRIO.

NÃO se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

EXCEÇÕES:

*tutela provisória de urgência;


*hipóteses de tutela da evidência fundadas nas situações em que as alegações de fato
puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento
de casos repetitivos ou em súmula vinculante OU se tratar de pedido reipersecutório
fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será
decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
*tutela monitória.

ATENÇÃO! → Se a decisão for favorável à parte, não há necessidade de ela ser ouvida.

→ É por isso que se permitem o indeferimento da petição inicial


e a improcedência liminar do pedido, ambas as decisões
favoráveis ao réu, proferidas sem que ele ao menos tenha sido
citado. “Se o juiz verificar desde logo a ocorrência da prescrição e
decadência, poderá julgar liminarmente improcedente o pedido”
(art. 487, p.ú., CPC).

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DIREITO PENAL

DICA 131

PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

- Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1 CP): não há crime sem lei anterior que o defina,
não há pena sem prévia cominação.
- Reserva legal: somente a lei, EM SENTINDO ESTRITO, pode tipificar condutas e
cominar penas. É proibida a cominação de crime com base nos costumes ou por analogia,
quando em desfavor do réu. ATENÇÃO! Prevalece entendimento no STF (RE 254818-
PR) que medida provisória pode ser usada para tratar de matéria penal, desde que seja
favorável ao réu. EX.: Descriminalização de conduta).
- Anterioridade: a norma penal que piora a situação do réu deve ser anterior ao fato
praticado, ou seja, a norma penal que seja mais gravosa somente pode ser aplicada aos
crimes praticados a partir da data de sua vigência.
- Taxatividade: trata-se de um dos corolários do princípio da legalidade, preconizando que
a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, NÃO CABENDO INCRIMINAÇÕES
VAGAS OU GENÉRICAS. ATENÇÃO! São admitidos os tipos penais abertos, consiste em
espécie de lei que depende de um completo valorativo feito na maioria das vezes pelo
magistrado, intérprete da lei, em função de permissão legal. Ex.: Tipos penais culposos -
em que o legislador não prevê todas as possibilidades de comportamentos negligentes -
cabendo ao juiz a análise do caso concreto.

DICA 132

- Individualização da Pena: determina que o juiz analise as especificidades do fato e do


autor do fato durante o processo dosimétrico.
- Pessoalidade, Personalidade ou da Intranscendência: assevera que a pena não
passará da pessoa do condenado
- Alteridade (lesividade): assevera que, para haver crime, a conduta humana deve
colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que
não excedam o âmbito do próprio autor. Ou seja, o sujeito não pode ser punido por
causar mal a si próprio.

- Insignificância (bagatela): afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir


que não haverá crime sem ofensa significativa ao bem tutelado.

OBS.: BAGATELA PRÓPRIA (implica na atipicidade material de condutas causadoras de


danos ou de perigos ínfimos) X BAGATELA IMPRÓPRIA (desnecessidade da pena)
ATENÇÃO! A jurisprudência, reiteradamente, não reconhece a bagatela imprópria,
afirmando que, se o fato é formal e materialmente típico, há crime. (TJ/RS, Oitava Câmara
Criminal, Apelação Crime Nº 70076016484, Rel. Naele Ochoa Piazzeta, julgado em
31/01/2018) e (AgRg no REsp 1602827/MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA
TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 09/11/2016)

DICA 133

- Adequação social: serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a


tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. Ex.: mãe que

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fura a orelha da filha recém-nascida, o que não deixa de ser "lesão corporal", todavia aceita
por se tratar de ato cultural da nossa sociedade.

- Ofensividade: não é suficiente que o fato seja formalmente típico para a configuração do
delito, necessário também que ele seja capaz de ofender (lesão ou ameaça de lesão), de
modo GRAVE, o bem jurídico tutelado.

- Fragmentariedade: o direito penal somente tutele uma pequena fração dos bens
jurídicos protegidos, operando nas hipóteses em que se verificar lesão ou ameaça de lesão
mais intensa aos bens de MAIOR RELEVÂNCIA. Quer dizer que somente bens jurídicos de
GRANDE RELEVÂNCIA SOCIAL devem ser tutelados.

- Subsidiariedade: como o nome o D. Penal é uma ferramenta subsidiária, tão somente


deve ser usado quando os demais ramos do Direito não conseguirem tutelar com
satisfação o bem jurídico que se almeja proteger.

DICA 134

- Principio da Retroatividade da lei penal benéfica: a lei penal QUE BENEFICIAR o


réu retroagirá para regular as condutas anteriores a sua vigência. (art. 2º, p. único
+ art 5º , XL ,CF).

Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.

Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

OBS.: A retroatividade da lei penal benéfica NÃO respeita a coisa julgada (relativização
da coisa julgada). Se sobrevier norma beneficiando o réu, o próprio Juiz da Vara de
Execução poderá aplicá-la.

OBS.2: Súmula 611, STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao


juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna. ”

DICA 135

REGRA NO D. PENAL → TEORIA DA ATIVIDADE: é aplicada a lei penal que ocorre no


momento da ação.

EXCEÇÃO: EXTRA-ATIVIDADE da Lei Penal, que se divide em:

*Retroatividade: Fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Ex.: Agente cometeu
crime e a lei MAIS BENÉFICA não existia, a retroatividade retroage e alcança o fato
ocorrido.

*Ultra-atividade: Fatos ocorridos depois da revogação da lei. Quer dizer que a lei,
mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se FOR MAIS BENÉFICA
e o agente cometeu o fato sob seu império.

ATENÇÃO! Em todos os casos, a lei só retroage para beneficiar o réu.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 136

PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À AÇÃO PENAL PÚBLICA

OBRIGATORIEDADE - MP, diante de indícios de autoria


e prova de materialidade (justa
causa), DEVE denunciar!
INDISPONIBILIDADE - MP não pode desistir da ação
depois de já apresentada a
denúncia, o que não o impede de
opinar pela absolvição do acusado.
OFICIALIDADE - MP = titular da ação é um órgão
oficial
DIVISIBILIDADE - DOUTRINA MAJORITÁRIA: MP
pode denunciar um ou alguns dos
indiciados = demais indiciados podem
ser denunciados em momento
posterior.

OBS.: É certo dizer que na ação penal pública, o princípio da igualdade das armas é
mitigado pelo princípio da oficialidade.

DICA 137

PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À AÇÃO PENAL PRIVADA

OPORTUNIDADE - FACULDADE e CONVENIÊNCIA do


ofendido/representante.
DISPONIBILIDADE - Titular da ação pode DESISTIR
desta após sua propositura.
INDIVISIBILIDADE - “A queixa contra qualquer dos
autores do crime obrigará ao
processo de todos, e o Ministério
Público velará pela sua
indivisibilidade. ” (art. 48, CPP)
Assim, o ofendido não pode
apresentar queixa contra apenas
um dos ofensores. ATENÇÃO! “A
renúncia ao exercício do direito de
queixa, em relação a um dos
autores do crime, a todos se
estenderá”. (art. 49, CPP)

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DICA 138

É certo dizer que O Ministério Público detém, PRIVATIVAMENTE, a legitimidade para


propor ação penal pública, ainda que a proposição seja condicionada à
representação do ofendido ou à requisição do ministro da Justiça.

Art. 24, CPP. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.

DICA 139

No caso de crime processável por ação penal pública, quando o Ministério Público não
oferecer a denúncia no prazo legal, O OFENDIDO PODERÁ IMPETRAR AÇÃO PENAL
PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA.

ATENÇÃO! PRAZOS PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA:


* 15 dias no caso de investigado solto;
* 15 dias no caso de crimes falimentares.
* 10 dias para crimes eleitorais e previstos na Lei n. 11.343/2006;
* 5 dias no caso de investigado preso;
* 48h no caso de Abuso de Autoridade;

DICA 140

ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL:

* Pública incondicionada: não depende de queixa ou representação;


* Pública condicionada a representação: depende de representação do ofendido;
* Privada: depende de queixa e é ajuizada diretamente pelo ofendido, sem o intermédio
do MP;
* Privada Subsidiária da Pública: surge quando o MP deixa de se manifestar na ação
pública no prazo previsto em lei;
* Pública condicionada à requisição do MINISTRO DA JUSTIÇA: específica de delitos
sensíveis por razões políticas, na qual existe um juízo discricionário do Ministro da
Justiça em oferecer condição de procedibilidade ao ministério público.

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