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Neurofisiologia da micção

3. integridade do sistema nervoso


BEXIGA
4. topografia intra-abdominal do colo vesical
Órgão muscular oco, com capacidade média de 350
5. coaptação da mucosa
a 450 mL na mulher adulta. Situa-se posteriormente
ao púbis, anteriormente ao colo uterino, sobre o No sistema nervoso periférico, três grupos de
assoalho pélvico. O músculo detrusor assemelha- inervações controlam, por meio de impulsos
se a uma rede, onde seus feixes musculares mudam excitatórios e inibitórios, a função de reservatório
de níveis e direções, decussam e se entrelaçam. É vesical:
mais espesso no nível do colo vesical e esta região é
denominada de esfíncter interno e se contrai para • Autônomo parassimpático sacral (pelo
esvaziar a bexiga. nervo pélvico S2-S4) ⇾ Músculo Detrusor;
• Autônomo simpático toracolombar (pelo
Complacência vesical: armazenamento de urina a nervo hipogástrico T10 – L12) ⇾ Esfíncter
baixas pressões graças ao alongamento das fibras Uretral Interno;
do musculo detrusor. • Somático sacral (pelo nervo pudendo S2-S4
– núcleo somático de Onuf) ⇾ MAPS;
URETRA
Tubo muscular que tem 3 a 5 cm na mulher; sua
ação esfincteriana em repouso, impedindo a saída
de urina. É formada por 4 camadas órgão hormônio-
dependente estrógeno e progesterona que auxiliam
na vedação uretral

1. mucosa
2. submucosa
3. musculatura lisa: esfíncter uretral interno
1/3 proximal da uretra (colo vesical)
4. musculatura estriada: esfíncter uretral
externo.

Esfíncter uretral interno + externo auxiliam na


vedação uretral. ATO DA MICÇÃO
Fase de enchimento vesical:
A diminuição dos níveis hormonais no climatério
gera perda da coaptação uretral realizada pela 4 • Pressão de uretra (PU) > Pressão vesical
camadas sensíveis a hormônios, ocasionando a (PV);
abertura permanente da uretra – deficiência Sistema Nervoso Autônomo Simpático:
esfincteriana intrínseca. O melhor prognóstico de
IU se dá em casos de fraqueza muscular do AP. • Fibras adrenérgicas do sistema nervoso
simpático, tendo como neurotransmissor a
Musculatura do AP fraca + abertura permanente da
norepinefrina, agem em receptores alfa e
uretra por deficiência esfincteriana intrínseca +
beta existentes na musculatura periuretral,
esfíncter uretral externo = IU
promovendo a sua contração sobre a parede
Mecanismos de manutenção da continência vesical e o seu relaxamento
urinária: o trato urinário baixo (bexiga e uretra) com
Sistema Nervoso Somático:
suas funções antagônicas de armazenar e
eliminação de urina possui complexo mecanismo • Fibras colinérgicas, através do nervo
de controle, que depende da adequada interação pudendo, agem nos receptores nicotínicos
entre os vários centros do sistema nervoso da sobre o núcleo (de células) de Onuf,
integridade anatômica da bexiga, da uretra e do localizado na medula espinal do ser
assoalho pélvico: humano (S2-S4), onde o nervo pudendo se
origina. Esses motoneurônios asseguram a
1. musculatura lisa e estriada
contração do esfíncter uretral interno o que
2. sistema fascial e ligamentar
mantém a pressão intrauretral adequada, 1. Duloxetina (inibidor da recaptação de
auxiliando o enchimento vesical. serotonina e norepinefrina), usada no tto de
depressão, mostrou diminuição do
Fase de esvaziamento vesical:
episódios de perda urinária na dose de 20 a
• Pressão vesical (PV) > Pressão uretral (PU) 40 mg/dia. É um tto alternativo, cujo uso
contínuo é limitado por efeitos colaterais
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático: como náuseas, cefaleia, sintomas
• Fibras colinérgicas do sistema nervoso psiquiátricos e sonolência.
parassimpático, que tem como 2. Antidepressivos tricíclicos (imipramina),
neurotransmissor a acetilcolina, agem em que têm efeito alfa-adrenérgico secundário,
receptores muscarínicos da parede vesical, agonistas beta-adrenérgicos (propranolol) e
possibilitando a contração do músculo. agonistas alfa-adrenergicos
(norafenilefrina), têm vários efeitos
Sistema Nervoso Somático: colaterais, principalmente cardiovasculares
e baixa eficácia na melhora da IUE.
• Relaxamento dos MAPS

CÓRTEX CEREBRAL
Até aproximadamente 2 anos de idade, a contração
do detrusor é regulada neurologicamente pelo
tronco cerebral a nível periférico. Com o
condicionamento social, a inibição do reflexo do
detrusor se torna mais alta (controle cortical). Esse
processo desenvolve a complacência da bexiga
para grandes volumes com capacidade vesical
dobrada entre as idades de 2 a 4 anos.

MEDICAMENTOS
Utilizados para urge-incontinência (perda de urina
precedida pelo forte desejo de urinar):

1. Anticolinérgicos (oxibutinina, tolterodina,


darifenacina, solifenacina, propantelina,
tróspio): inibem o neurotransmissor do
músculo detrusor (provavelmente há
contração do detrusor na fase de
enchimento)
2. Antiespasmódicos (flavoxato, diciclomina):
relaxamento de detrusor
3. Antidepressivos tricíclicos (imipramina,
amitriptilina): ansiedade/depressão
relacionados ao aumento de atividade do m.
detrusor;
4. Agonistas adrenérgicos (mirabegron):
aumentar noradrenalina – aumentar
contração esfincteriana para alcançar a
continência.

Efeitos colaterais: boca seca, ressecamento de


mucosas, náuseas, constipação, palpitações e
sonolência que dificultam a adesão ao tto.

Utilizados para tratamento da IU de esforço:

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