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Departamento de Ciências Exatas e Engenharia -

DECEEng
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul - UNIJUÍ
Curso de Engenharia Elétrica - EGE

AULA 7
INVERSOR DE FREQUÊNCIA

Disciplina: Acionamento de Máquinas Elétricas


Prof. Douglas de Castro Karnikowski
douglasdecastrok@gmail.com

10/05/2019 Acionamento de Máquinas 1


1. Conversores CC-CA
1.1. Conversores CC-CA
Denominados de inversores: convertem tensão
contínua em tensões alternadas;
✓ Podem ser monofásicos, trifásicos ou n-fásicos;
✓ Unidirecionais ou bidirecionais;
✓ Comandados em alta frequência;
✓ Dois níveis ou multiníveis;
✓ Podem ser isolados ou não-isolados;
✓ Podem operar em condução contínua ou
descontínua;
✓ Controlados no modo tensão ou corrente;
✓ Inversores de tensão ou corrente;
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1. Conversores CC-CA
1.2. Aplicações
✓ Acionamento de motores de corrente alternada;
✓ Energias alternativas;
✓ Isolamento em alta frequência;
✓ Filtros ativos;
✓ Estabilizadores de tensão;
✓ UPS;
✓ Aplicações espaciais, aeronáuticas e veiculares;
✓ Entre outras.

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1. Conversores CC-CA
1.3. Inversor Monofásico

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1. Conversores CC-CA
1.4. Inversor Trifásico

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal
✓ Através da modulação PWM senoidal é possível
reduzir a distorção harmônica assim como os
componentes harmônicos de baixa ordem, os quais
estão presentes na tensão sintetizada pelo circuito
inversor;
✓ Esta estratégia baseia-se na comparação de uma onda
de referência senoidal (moduladora) de baixa
frequência com uma onda triangular (portadora) de
alta frequência;
✓ A intersecção dessas duas formas de onda estabelece a
duração dos sinais de comando dos interruptores
controlados;
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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal
✓ A frequência da moduladora senoidal define a
frequência da componente fundamental da tensão de
saída, enquanto que a frequência da portadora
triangular define a frequência de comutação dos
interruptores;
✓ A relação de frequências (mf) é dada pela razão entre a
frequência de comutação (fp) pela frequência da
moduladora senoidal (fm):

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal
✓ O índice de modulação (M) é a razão entre as
amplitudes de ambos os sinais de entrada do
modulador PWM:

✓ O índice de modulação varia de 0 até 1, geralmente


Vp possui magnitude fixa enquanto Vm apresenta
magnitude variável (para inversores monofásicos);

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal
✓ O valor da componente fundamental eficaz é
calculado por:

Onde: E – tensão do barramento CC

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

PWM DOIS NÍVEIS – INVERSOR MONOFÁSICO

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

PWM TRÊS NÍVEIS – INVERSOR MONOFÁSICO

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

EXEMPLO
Seja um inversor ponte completa com carga RL. A
topologia emprega modulação PWM 2 níveis. A
frequência da moduladora é 60 Hz. A tensão CC é 300V.
Índice de M=0,8 e índice de mf = 210. Calcule:

a) A frequência de comutação.
b) Amplitude e valor eficaz da tensão na carga
(componente fundamental).
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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

EXEMPLO
a) A frequência de comutação.

b) Amplitude e valor eficaz da tensão na carga


(componente fundamental).

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

PWM TRÊS NÍVEIS – INVERSOR TRIFÁSICO

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

INVERSOR TRIFÁSICO

✓ O funcionamento deste conversor é essencialmente


igual ao inversor monofásico. Cada terminal de saída,
de cada braço inversor, é conectado
alternadamente, a cada meio período no terminal
positivo e negativo da fonte de alimentação CC.
✓ A tensão de saída trifásica é obtida preservando o
ângulo de defasagem de 120° entre as sequências
de comutação de cada braço inversor.
✓ A carga pode ser estrela ou triângulo.
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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

INVERSOR TRIFÁSICO

✓ Cada interruptor pertencente a um braço da


topologia conduz pelo intervalo de 180°. Desta forma
os interruptores do mesmo braço são
complementares.

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1. Conversores CC-CA
1.5. Estratégias de Modulação PWM Senoidal

SIMULAÇÕES NO PSIM

✓ Inversor Monofásico 2 Níveis;

✓ Inversor Monofásico 3 Níveis;

✓ Inversor Monofásico 3 Níveis com filtro capacitivo;

✓ Inversor trifásico;

✓ Inversor trifásico, ponte de retificadora e MIT;


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2. Inversores de Frequência
2.1. Retificador CA-CC e Conversor CC-CA

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2. Inversores de Frequência
2.1. Retificador CA-CC e Conversor CC-CA

✓Diagrama Esquemático de um Inversor de


Frequência;

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2. Inversores de Frequência
2.1. Retificador CA-CC e Conversor CC-CA
O método mais eficiente para o controle de velocidade de motores de indução
trifásicos, com menores perdas no dispositivo responsável pelo controle de
velocidade, consiste na variação de frequência da fonte alimentadora através
de conversores de frequência, em que o motor pode ser controlado de modo a
prover um ajuste continuo de velocidade e conjugado com relação a carga
mecânica.
Também possui outras vantagens que estão enumeradas a seguir:

➢ Acionamento de cargas de torque constante ou variável;


➢ Proteção do motor (sobrecorrente, falta de fase, sobrecarga,
sobretemperatura, etc).
➢ Frenagem.
➢ Partida e desligamento suave (rampa).
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2. Inversores de Frequência
2.2. Tipos de Controle

✓Conversores com Controle Escalar;


✓Conversores com Controle Vetorial;

✓A maioria dos inversores utilizados é do tipo


escalar.

✓Só utilizamos o tipo vetorial em duas ocasiões:


extrema precisão de rotação, torque elevado
para baixas rotações.
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2. Inversores de Frequência
2.3. Blocos Componentes

✓ CPU (Unidade Central de Processamento);

✓ IHM (Interface Home/Máquina);

✓ Etapa de Potência (Circuito retificador e circuito


inversor);

✓ Interfaces (analógicas e digitais);

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2. Inversores de Frequência
2.3. Blocos Componentes

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2. Inversores de Frequência
2.4. Sistemas de Entrada e Saída

Interface homem/máquina (IHM): é um


dispositivo de entrada/saída de dados, em
que o operador pode entrar com os valores
dos parâmetros de operação do conversor,
como: ajuste de velocidade, tempo de
aceleração/desaceleração, etc.

Também pode ter acesso aos dados de


operação do conversor, como: velocidade do
motor, corrente, indicação de erro, etc.

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2. Inversores de Frequência
2.4. Sistemas de Entrada e Saída
EXEMPLO IHM:

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2. Inversores de Frequência
2.4. Sistemas de Entrada e Saída

Entradas e saídas analógicas: são os meios de controlar/monitorar


o conversor através de sinais eletrônicos analógicos, isto é, sinais
em tensão (0..10V) ou em corrente (0..20mA, 4..20mA) e que
permitem basicamente fazer o controle de velocidade (entrada) e
leituras de corrente ou velocidade (saída).

Entradas e saídas digitais: são os meios de controlar/monitorar o


conversor através de sinais digitais discretos, com chaves
liga/desliga. Esse tipo de controle permite basicamente ter acesso
a funções simples, como seleção de sentido de rotação, bloqueio,
seleção de velocidades, etc.
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2. Inversores de Frequência
2.4. Sistemas de Entrada e Saída

Interface de comunicação serial: esse meio de comunicação


permite que o conversor seja controlado/monitorado a distância
por um computador central. Essa comunicação é executada por
pares de fios, podendo ser conectados vários conversores a um
computador central ou operado por CLP, por redes field bus, RS
232 ou RS 485, entre outras.

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2. Inversores de Frequência
2.4. Sistemas de Entrada e Saída

Interface de comunicação serial: O inversor pode ser interligado


nas redes industriais com os protocolos mundialmente difundidos:
CANopen, DeviceNet, Modbus-RTU e Profibus-DP.

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2. Inversores de Frequência
2.5. Variação da Velocidade do Motor

O conversor de frequência permite o acionamento de motores de


indução cm frequências entre 1 a 60Hz com um torque constante.
Também possui outras vantagens que estão enumeradas a seguir:

➢ Rendimento de 90% em toda a faixa de velocidade;

➢ Fator de potência de aproximadamente 96%;

➢ Acionamento de cargas de torque constante ou variável;

➢ Partida e desligamento suave (rampa).

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2. Inversores de Frequência
2.5. Variação da Velocidade do Motor

FORMAS DE ACIONAMENTO:

1. Acionamento pela IHM.


Uma das maneiras de realizar o controle de velocidade de um inversor de
frequência é o acionamento pelas teclas da IHM. Para tal, deve-se colocar o
inversor no modo local, e pelo teclado, pode-se incrementar e decrementar a
velocidade localmente, bem como inverter sentido de giro d motor
2. Acionamento pelas entradas digitais.
Em uma aplicação industrial, torna-se inviável o acionamento de um inversor
localmente direto nas teclas de sua IHM. Assim, a grande maioria das aplicações
com inversores de frequência é realizada por meio de comandos remotos. Para
isso, deve-se colocar o inversor em modo de acionamento remoto e, por meio
de botões externos, acionar ou desativar o motor e ainda inverter o sentido de
giro.
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2. Inversores de Frequência
2.5. Variação da Velocidade do Motor

FORMAS DE ACIONAMENTO:

3. Acionamento pela função multispeed

O multispeed é utilizado quando se deseja até oito velocidade


fixas pré-programadas. Permite o controle da velocidade de saída
relacionando os valores definidos por parâmetros, conforme a
combinação lógica das entradas digitais programadas para
multispeed.
A função multispeed tem como vantagem a estabilidade das
referências fixas pré-programadas e também garante a imunidade
contra ruídos.
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2. Inversores de Frequência
2.5. Variação da Velocidade do Motor

Gráfico da variação de velocidade


10/05/2019 pelo comando multispeed
Acionamento de Máquinas 33
2. Inversores de Frequência
2.5. Variação da Velocidade do Motor

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2. Inversores de Frequência
2.6. Exemplo de Conexões de Entrada e Saída

Diagrama de conexões
do inversor WEG
CFW08

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2. Inversores de Frequência
2.7. Aplicação do Inversor de Frequência em Controle

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2. Inversores de Frequência
2.7. Aplicação do Inversor de Frequência em Controle
Exemplo de aplicação de controle
PID em um inversor de frequência

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2. Inversores de Frequência
2.8. Considerações Gerais

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2. Inversores de Frequência
2.8. Considerações Gerais

10/05/2019 Acionamento de Máquinas 39


2. Inversores de Frequência
2.8. Considerações Gerais

Comprimento Crítico do Cabo

Onde:
L - comprimento;
Vpo - velocidade de propagação da onda de tensão
(aproximadamente 150m/us)
Tct 10/05/2019
– tempo de crescimento do pulso Acionamento
de tensãode Máquinas 40
2. Inversores de Frequência
2.8. Considerações Gerais

Fator de redução de torque x distorção harmônica

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2. Inversores de Frequência
2.8. Considerações Gerais

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3. Síntese da Aula - Questões
1. Quais são as interfaces de comunicação com o usuário existente no
inversor de frequência?

2. Quais as vantagens do inversor de frequência em relação às chaves de


partida tradicionais?

3. Como funciona a função multispeed nos inversores de frequência?

4. Existe algum tipo de limitação no comprimento dos cabos de alimentação


de um circuito inversor-motor? Explique.

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4. Referências Bibliográficas

✓FRANCHI, C. M. Acionamento Elétrico. 4ª ed.


Editora Érica. 2008.

✓ Notas de Aula. Tiago Jappe. 2012

10/05/2019 Acionamento de Máquinas 44

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