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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PSICOPEDAGOGIA

TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA II

DOCENTE: Profª. AMANDA TRAJANO

DISCENTE: JOSÉ ADAILTON BATISTA ROMÃO.

TEACCH

o TEACCH é uma sigla para Treatment and Education of Autistic and Related
Communication Handicapped Children , que em português significa Tratamento e Educação
para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação. Criado em 1966
pelo doutor Eric Schopler, no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina na
Universidade da Carolina do Norte. destaca por promover o aprendizado a partir da
valorização das capacidades cognitivas de cada pessoa, uma vez que é fundamentado na
psicologia comportamental e na psicolinguística, seu objetivo é auxiliar pessoas com o
Transtorno do Espectro Autista a adquirir independência , desenvolvimento de novas
habilidades , autonomia e uma maior compreensão do mundo ao redor. o TEACCH é
desenvolvido como um programa personalizado após avaliação que vai de encontro às
necessidades da criança , seu potencial e sua forma de adquirir novos conhecimentos. Mas,
para que a aplicação deste plano seja feita de forma eficiente, é preciso o suporte da
família. Além disso, em caso institucional é essencial que todo o corpo docente esteja
capacitado, conheça o método e as particularidades dos alunos com TEA.

Na terapêutica psicopedagógica, trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a


expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais
(apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesico-visuais (som, palavra,
movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação
alternativa. E por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos
concretos em seqüência (potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão
desenvolvidas naquele dia na escola.

O Método TEACCH está dividido em quatro níveis de execução, assim, tendo em vista a
importância de cada um deles, são eles: O nível 1, trabalhando a coordenação motora, com
estimulação de exercícios como enfiagem, transferência e orientação espacial; O nível 2, é
trabalhado a seleção, classificação, emparelhamento de objetos e imagens; O nível 3, além
da continuidade dos estímulos anteriores a transferência da representação de objetos
concretos á figuras, trabalhando habilidades anteriores mas com uso por exemplo com
quebra-cabecas e figuras representativas. E o Nível 4, como o mais avançado nele pode-se
implementar números e letras com objetividades, assim trabalhando o emparelhamento,
seleção, sobreposição, associação, sequenciação, com o uso de imagens e códigos.

Por se tratar de um esquema de pirâmide com nivelamento sobre a independência, uma vez
que os níveis vão avançando de acordo com a dependência de apoio nas atividades, o nível
1 o aluno precisa de auxílio físico total para
começar a compreender os objetivos das tarefas e como proceder na execução do sistema
de trabalho, já que crianças neste nível não sabe reconhecer igualdade ou diferença entre
objetos, assim não discriminando ou selecionando os objetos. As atividades deverão ser
organizadas com o apoio de objetos de modo a trabalhar a motricidade com utilização de
materiais concretos. Devem ser estruturadas de acordo com o objetivo (conteúdo facilmente
visualizado na própria tarefa) enfatizar habilidades motoras, tais como transferências e
encaixes. Com o objetivo de reconhecimento e discriminação dos objetos bem elaborada
pode-se avançar para o nível 2.

Por sua vez o nível 2, com objetivos de fazer a criança reconhecer igualdade e
semelhanças entre objetos e suas respectivas imagens representativas, o número de
habilidades é maior nesta fase: emparelhamento, seleção, sequenciação, com o uso de
objetos concretos e figuras. Além disso os níveis de ajuda já começam a ser reduzidos,
podendo variar da ajuda física parcial até a independência. Uma vez que a criança aprenda
a selecionar objetos iguais, é indicado o nível 3.

No nível 3, trabalha-se o emparelhamento, seleção, sobreposição, associação,


sequenciação, com o uso de imagens e objetos. A criança já possui um maior
desenvolvimento de sistemas visuais, assim também correspondendo a ordens gestuais e
verbais, diminuindo ainda mais sua dependência de apoio. Ao atingir o objetivo que é com
reconhecimento de figuras e imagens representativas sejam elas sendo selecionadas por
igualdade ou diferença, chega-se o nível 4.

Por fim, o nível 4, é o maior nível de abstração e simbolismo, pré estímulos necessário para
alfabetização, tem o maior nível de independência, além de implementação de símbolos
visuais e códigos como letras e números iniciando o letramento. Pode-se trabalhar com
atividade de execução já trabalhas anteriormente nos outros níveis como triagem,
transferência, seleção, emparelhamento ,sobreposição, análise e sintase, embora
direcionadas com imagens e códigos. A criança conseguindo por fim um maior maturação
do automonitoramento.

Vale ressaltar que o Método TEACCH promove a capacidade de ativar estímulos positivos e
readaptar os estímulos negativos em possíveis condutas de adaptação do individuo as suas
atividades diárias e sociais. Desta maneira sua utilização implica que o psicopedagogo
mantenha sua capacidade de observação aguçada, analisando com bastante cautela se o
indivíduo está interagindo de acordo com as suas potencialidades e aprendendo a respeitar
suas limitações diárias.

Referências:
Método TEACCH e a inclusão escolar de crianças autistas. Rev. Virtual Jade. Disponível em:
https://www.jadeautism.com/metodo-teacch-e-a-inclusao-escolar-de-criancas-autistas.

ARAÚJO, Elisângela do Nascimento de. A contribuição do método TEACCH para o atendimento


psicopedagógico. 2016.

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