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2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Neurociência
O sistema nervoso intriga muita gente, principalmente o funcionamento do
cérebro, que esconde diversos mistérios. E é aí que entra a neurociência – área que
estuda essa parte do organismo, realiza experimentos e busca explicar as capacidades
humanas de forma mais abrangente.
O que há por trás das emoções? Por que cada indivíduo aprende de forma
diferente? Como funciona a memória? Esses são alguns questionamentos que permeiam
os estudos das diversas áreas dentro da neurociência, campo que também explora
doenças, lesões cerebrais, envelhecimento, consciência, o impacto das drogas e os
sonhos.
2.1.1 Campos da Neurociência
Neuroanatomia: analisa a estrutura anatômica dos componentes do
sistema nervoso e suas funções.
Neuropsicologia: representa uma interface entre Neurologia e
Psicologia. Busca compreender de que maneira o cérebro influencia no
comportamento, nas funções cognitivas.
Neurofisiologia: pesquisa as funções do sistema nervoso.
Neurociência cognitiva: aborda o pensamento, aprendizado e memória.
Neurociência comportamental: tem analogia com a psicologia
comportamental; analisa a correlação entre fatores internos (como pensamento e
emoções) e nosso comportamento perceptível (gestos, fala).
Fonte: Autores, (2023
Sebastião Júnior Lavanhole Pimenta destaca que a ―neurociência é muito vasta
e abrange a área comportamental, a reabilitação motora e a cognição avançada‖, neste
sentido é possível estudar a linguagem e memória.
2.1.2 O Impacto da Neurociência na Aprendizagem
Diversos estudos científicos geraram consequências positivas na humanidade:
da criação de vacinas salvou milhões de vidas às ciências sociais que nos ajudaram a
entender o contexto em que vivemos. Não seria diferente com este caso.
A neurociência vem sendo observada nas últimas décadas pelas mais distintas
áreas, como saúde, marketing e negócios. No entanto, ainda mais por ter uma vertente
que foca em assuntos relacionados, esse campo trouxe informações valiosas para a
educação, entendendo como o cérebro e sistemas nervosos podem influenciar em
questões como memória, esquecimento, inteligência, linguagem e percepção.
Rafael Jacson da Silva Carneiro ressalta que é ―possível estudar este campo
para tentar entender como é o processo de assimilação de novas informações dos
indivíduos‖, com esses dados são processados internamente e como um aprendizado
converte-se em conhecimento para o resto da vida.
Percebe como estas questões podem influenciar a maneira com que
enxergamos os processos educacionais, até com a possibilidade de transformá-los
completamente? Ao entender como a aprendizagem ocorre é possível pensar em
estratégias que sejam mais efetivas para melhorar a assimilação de informação das
pessoas.
Tudo isso com respaldo da ciência - ou seja, em estudos sérios e que podem ser
replicados diversas vezes que trarão os mesmos resultados.
As respostas geradas pela neurociência podem ajudar a melhorar o aprendizado
de diferentes públicos e nos mais variados contextos, de crianças, jovens, adultos e
idosos, no ensino formal ao empresarial.
Uma das ideias que se propagaram no meio é a importância de se aliar
estímulos positivos nos estudos - se uma informação é associada com alegria e diversão,
por exemplo, será mais fácil lembrá-la mais tarde. Esse princípio é bastante adotado em
estratégias como a gamificação, que oferecem uma experiência dinâmica de
aprendizagem.
Outro é que as pessoas podem aprender com estímulos diferentes: um
indivíduo pode assimilar melhor as informações com conteúdos textuais, enquanto outro
tem melhores resultados com metodologias mais ativas - é importante que os estudantes
e profissionais envolvidos conheçam qual recurso é mais efetivo em seus contextos.
Também é possível usar esse campo para entender se fatores externos
influenciam nos processos de aprendizagem, como a qualidade do sono e da
alimentação. Desta forma, pode-se adotar hábitos que colaborem para a saúde do
sistema nervoso e ajudem a melhorar a assimilação de informações.
Estes são apenas alguns exemplos do impacto desse campo de estudos. A
neurociência traz várias pistas que podem ajudar a humanidade a entender sua própria
natureza e, desta forma, melhorar sua realidade em diversos aspectos, como
fortalecendo sua aprendizagem e tendo mais resultados na vida acadêmica, profissional
e social.
2.2 Educação 4.0
Cleidiane Silva Castro Sampaio projeta que a educacional 4.0 trata-se de
estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes na construção do
processo de aprendizagem, de forma flexível e interligada. As metodologias ativas
integram ensino online e offline e promovem a aprendizagem baseada em projetos.
2.2.1 Pensamento crítico e analítico na educação 4.0
Os alunos aprendem a analisar as situações antes de agir e a pensar em diversas
formas de resolver um problema, além de criar hipóteses para cada ação.
2.2.2 Curiosidade e imaginação na educação 4.0
Alunos investigativos, criativos e curiosos podem ir mais longe. Escolas devem
incentivar e valorizar ações inovadoras e focadas em criatividade.
2.2.3 Domínio das tecnologias da educação 4.0
É importante que o aluno saiba o que fazer com as novas tecnologias, e não
apenas como operá-las. Os novos profissionais devem mediar os novos meios e tomar
decisões inteligentes sobre o uso das tecnologias atuais, sempre lembrando que o futuro
não é apenas tecnológico e sim a união e harmonia entre soluções tecnológicas e o fator
humano.
2.2.4 Rotina da escola e a educação 4.0
Agora que você sabe quais habilidades deverão ser desenvolvidas nos alunos
para esse novo mercado de trabalho, o primeiro passo é virar a chave da escola, a
mentalidade, de forma que os professores possam trabalhar o desenvolvimento dessas
competências em sintonia, explorando as disciplinas que atuam e cooperando entre eles.
O propósito da Educação 4.0 está em aprender junto, através da aprendizagem
colaborativa e os professores assumem o papel de facilitadores que constroem
comunidades em torno do aprendizado, talento e habilidades de seus alunos.
Fonte: Autores, (2023)
O mais importante é que o aluno saiba o porquê de estar aprendendo algo,
adquirindo um conhecimento ou desenvolvendo uma habilidade. Durante esse processo
ele vai praticar ao mesmo tempo que aprende. Aqui fica claro que mais do que
ferramentas, a escola deve ter em si o espírito de trabalhar essas habilidades de maneira
interdisciplinar. A análise de desempenho e da aprendizagem do aluno podem ser
avaliadas por meio de personalização baseada em dados inteligentes.
2.2.5 Promovendo conceitos da educação 4.0 na escola
A escola precisa incentivar uma nova cultura voltada para a inovação, a
invenção, a resolução de problemas, a programação, a colaboração e a cultura maker.
2.2.6 Comunicação e colaboração na educação 4.0
Trabalhar em projetos em equipe acaba incentivando o desenvolvimento dessas
habilidades. Faz o aluno enxergar a importância do coletivo, além de desenvolver
competências socioemocionais.
2.2.7 Iniciativa e empreendedorismo na educação 4.0
Alunos com atitude empreendedora possuem grande capacidade de assumir
riscos e responsabilidades, além de desenvolver a visão estratégica a longo prazo e
tomar a iniciativa frente aos desafios. Características que também são fundamentais no
mercado de trabalho.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os avanços científicos têm muito a contribuir para nossas vidas, dos cuidados
com a saúde ao aprimoramento em contextos como trabalho e aprendizagem. Nesse
sentido, a neurociência vem ganhando destaque nas últimas décadas ao pensar na área
de forma multidisciplinar e por ser possível sua adoção em várias realidades.
Na educação esse campo conseguiu dar luz à algumas considerações
pertinentes como a importância dos cuidados com a saúde física para a aprendizagem
ou de estímulos positivos ajudando a humanidade a entender melhor como funciona este
processo tão fundamental em nossa sociedade.
É preciso se atentar a uma questão a neurociência explica como os processos
acontecem: cabe a outras áreas desenvolver metodologias que possam levar em
consideração essas informações para melhorar a aprendizagem das pessoas,
independentemente da sua faixa etária e contexto.
As configurações culturais e a evolução das novas tecnologias da comunicação
e informação trazem desafios para todos, especialmente para pais e educadores. Ao
mesmo tempo em que apresentam benefícios, os avanços tecnológicos atemorizam com
a velocidade das mudanças. Na atualidade, a informação passa a ser elemento chave
tendo os sistemas de comunicação como imprescindíveis.
Neurociência, educacional 4.0, psicomotricidade, games para otimizar as
capacidades intelectuais e como melhorar a didática em sala de aula e na SRM
evidencia que a interatividade traz subjacente aos conceitos de rede que, embora não
seja recente, ganha notoriedade nas discussões atuais.
Existem algumas metodologias que consideram os estudos da neurociência e
outras áreas importantes para desenvolver suas atividades: e a gamificação é uma delas.
Essa estratégia usa elementos comuns aos jogos para motivar as pessoas, em diferentes
idades e contextos de aprendizagem, a estudar.
As transformações culturais e a evolução das novas tecnologias da
comunicação e informação, associadas à diversidade dos sujeitos na escola da
contemporaneidade, trazem desafios relacionados às práticas de ensino que precisam
romper com o modelo tradicional para construção do conhecimento.
REFERÊNCIAS