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O conceito de entendimento, que interessa neste livro, foi inicialmente elaborado no contexto
teológico. Os reformadores protestantes proclamavam que os escritos sagrados poderiam ser
diretamente entendidos, sem a mediação de uma tradição eclesiástica. A teologia manteve sua
posição dominante no desenvolvimento da teoria do entendimento até meados do século
XV111, quando a filologia e a jurisprudência passaram a tratar desse tema.
F.A.Wolf viveu de 1759 a 1824 e foi muito ativo na Haia e em Berlim, Wach menciona em
particular sua tendência em esconder a finalidade da hermenêutica em termos psicológicos, o
objetivo seria conhecer, tão literalmente quanto possível, as intenções do escritor ou do
interlocutor para entender seus pensamentos do modo que eles fossem entendidos.
Boeckh enfatizou podem os homens entender-se uns aos outros sem uma teoria explícita, do
mesmo modo que podem pensar corretamente sem seguir uma lógica explícita, ambos são
arte.
Droysen estabeleceu como premissa de sua teoria do entendimento a separação entre Natu e
Geist, a natureza e a mente, e a unidade fundamental da natureza humana.
Tomada isoladamente, essa avaliação pode parecer mecanicista a ponto de atingir o absurdo.
Não era a intenção de Droysen, contudo, explicar o entendimento em termos de uma
psicologia mecanicista. Ele cuidadosamente distinguiu o ato do entendimento do que chamou
de “mecanismo lógico” envolvido.
Karl-Heinz Spieler sugere ter Droysen empregado o termo “entendimento” em pelo menos
três sentidos, que falhou ao distinguir:
Spieler parece ter razão ao dizer que Droysen negligência um outro tipo possível de
entendimento, o entendimento hermenêutico do sentido da expressão linguística. Droysen
deveria ter desenvolvido esse tema na sua discussão sobre a língua, mas ele a vê meramente
como uma expressão da atividade mental interna. Por outro lado, reconhece claramente os
limites de um entendimento puramente psicológico: