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14/09 – Husserl Investigações Lógicas – Investigações para a fenomenologia e a

teoria do conhecimento.

Em Kant...
Kant havia ignorado o mundo quotidiano da percepção, ignorando as vivências
constituintes. Vivências significam muitas coisas. O ato e o correlato.
Kant perguntou coo a meta física seria possível, como a ciência seria possível, mas
não a filosofia transcendental por si mesma.-

*Eidética: Eigos, visada de senso, tentativa de abordar a essência no seu modo mais
originário.

Em Hussell
Na fenomenologia, há uma necessidade de auto-crítica permanente
Na Fenomenologia, a eidética transcendental e a “fenomenologia da sensibilidade
secundaria” como superações da estética transcendental de Kant
Somos afetados primeiro → depois se desenvolvem a priori
Hussel visa estabelecer a fenomenologia como ciência rigorosa das aparências, ou
como ciência eidética do ser tal como ele é dado a uma e a qualquer consciência que o
experimente.
*(aplicado ao humano, pois não se aplica a outras espécies), nos abrir ao
conhecimento diferente ao humano, fenomenologia dos animais *(como é ser um
morcego)
Hussell pretende ir além de um mundo antropocêntrico. Toda e qualquer consciência
está passível e ter intencionalidade.
Experiência fenomenologia enquanto tal (Als Soche)

Não podemos conhecer a coisa em si, mas podemos ver como ela pode ser
percebida pelo nosso intelecto. A coisa em si não nos toca enquanto tal. O fenômeno
inclui o que não aparece.
*Fenomenologia como superação da metafísica
Prolegômenos à lógica pura
CONTEXTO: Tendencia da época de fundamentar a Lógica em ciência positiva
(positivismo lógico), valorização de noções como mente, psoquismo, mecanicismo,
associações e tendência de reduzir o lógico ao psicológico e este ao biológico.
§17 a controvérsia sobre os fundamentos teoréticos essenciais da lógica normativa
se encontram na psicologia
§18 Construção de uma técnica lógica fornecida pela psicologia empírica -
técnica de pensar, julgar, raciocinar, conhecer, demonstrar, saber, meio para avaliação
dos fundamentos das demonstrações
Problema: lidar com problemas lógicos, juízos, silogismos, deduções, induções, etc
com critérios de verdade e falsidade, universalidade e particularidade, através de atos e
conteúdos psicológicos. Caráter instrumental do conhecimento.
§19 Argumentos habituais do partido oposto [logicismo] e a solução psicologista -
Separação rigorosa entre as duas disciplinas:
- o caráter normativo da lógica X o caráter realista da psicologia
- o pensar como ele deve ser X o pensar como ele é
- Leis normativas do pensar X leis da natureza
O psicologismo: como o pensar acontece, submetido aos diferentes obstáculos e
condições subjetivas:
Contingência X leis necessárias
- Argumento anti-psicologista: os fenômenos psíquicos vêm e vão segundo leis
naturais / os juízos lógicos manifestam conexões ideais “que não encontram sempre, mas
mesmo só excepcionalmente, realizados no processo fático do pensar”.
§20 Uma lacuna na demonstração dos psicologistas
A psicologia participa da fundamentação da lógica, mas não participa sozinha nem
preferencialmente
A fenomenologia descritiva das vivências é uma proposta de uma Lógica Pura,
possibilidade de uma outra ciência contribua para a fundamentação da Lógica.
Esse tipo de abordagem tem pontos de contato com a linguística francesa, com
pressupostos históricos / gramaticais para fazer abordagem dos signos de forma
estrutural entre significado e significante (Signo = relação entre significado e significante)
§36 crítica do relativismo específico e, em particular, do antropolgismo
o problema de tornar a verdade relativa a uma espécie de seres que julgam →
dependencia da verdade em relação à constituição de tal espécie → contrasenso: a
verdade seria para uma espécie e não para outra → um mesmo julgmento não pode ser
ambos, verdadeiro e falso
“A filosofia recente inclina-se de tal modo para ele que só excepcionalmente
encontra algum pensador que tenha sabido conservar-se inteiramente livre dessa
doutrina” p.87
*Antropologia não pode servir de base.
§38 O psicologismo em todas as suas formas é um relativismo
“combatemos o relativismo e visamos naturalmente o psicologismo. ” p.87
“Em qualquer caso, podemos considerar também como relativistas as teorias
aprioristas, na medida em que dão espaço a motivos relativistas. ”p.93
*Insuficiência das abordagens até então se fundamentando necessária a abordagem
fenomenológica.

Nos voltar para a intencionalidade é aceitar que recebemos algo antes de construir.

Questão: Como Husserl fundamenta a necessidade de iniciar as investigações


lógicas com um estudo sobre a linguagem?

Questão: Como Husserl elucida a relação entre lógica, linguagem e intuição?

Significado – Signo

Há 2 tipos de Signo
Expressão
Índice
3 tipos de intuição
Intuição exegética
Intuição Perceptiva
Intuição Imaginativa

Contexto comunicativo e contexto mental (na vida solitaria do espirito)


em ambos há uma relação entre intenção de significação e expressão
na comunicação intenção de significação → expressão → indice, na mente não há
um indice.
A linguagem é essencialmente expressão, e por ser expressão, ela é expressão de
uma intenção de significação.
Preenchimento: dar inteligibilidade ao que estamos ouvindo ou lendo.
Comunicação → preenchimento.

Além de 2 elementos que se chocam (fumaça – fogo) há uma unidade fenomênica


que se torna presente a cada vez que associações ocorrem.
Síntese passiva
v
síntese ativa

§5
Expressões corporais, gesticulações etc, não são expressões pois não possuem
uma intenção vinculada a elas.
Linguagem já é linguagem, não importando se tem um discurso ou não.

§6 – o que a expressão não pode ser


se partirmos de algo físico, podemos tomar essas palavras como manifestações
desse algo. (alguém falando)
Muitas vezes não há coincidência ntre o q a expressão significa e o que ela nomeia.
O vencido de waterloo → napoleão
§7
a cada vez que temos uma expressão, teremos um “querer dizer” (significar)
a cada vez eu posso apreender essas palavras ditas ou lidas como fenômeno
psiquico de outra pessoa.

§9

Ideias - Husserl
A relação / diferença entre as ciências de fato e as implicações para a
fenomenologia

Tipos de Intuição §§3, 4


Apreensão intuitiva – dá a essência
Aula 26/09
- Como Husserl fundamenta a necessidade de iniciar as investigações lógicas com
um estudo sobre a linguagem?

- Como Husserl elucida a relação entre lógica, linguagem e intuição?

- Como Husserl caracteriza e diferencia entre ciências de fato e visão de essência e


como ele fundamenta a inseparabilidade entre fato e essência, visão de essência e
intuição individual ? (§§1-4)
Ciências de fato: São todas as ciências empíricas, onde coloca o real
individualmente como espaço-temporal (algo que está neste momento do tempo, tem tal
duração e tal conteúdo de realidade, poderia igualmente estar em qualquer outro
momento do tempo, é portanto contingente). O que é dado na intuição individual (ou
empírica) é um objeto individual.

visão de essência: O que é apreendido intuitivamente é essência pura. Essência é o


que se encontra no ser próprio de um indivíduo como o que ele é. Mas cada um dos “o
quê” ele é pode ser “posto em ideia”. A intuição empírica ou individual pode ser convertida
em visão de essência. A essência é uma nova espécie de objeto. O que é dado na
intuição de essência é uma essência pura.

O mundo das essências não está separado do mundo sensível. Os eidos apenas se
apresentam nas experiências.
Inseparabilidade entre fato e essência / visão de essência e intuição individual: A
contingência encontrada nas ciências de fato se chama facticidade. Tal facticidade possui
uma necessidade eidética, e por referência, uma generalidade eidética. Todo fato
empírico tem em si e por si, uma essência e, acima de tudo, a essência geral, entendido
puramente como o momento a ser extraído por uma intuição individual.

“Toda coisa material tem sua conformação eidética própria, e acima de tudo, a
conformação geral ‘coisa material em geral’, com determinação do tempo em geral,
duração, figura, materialidade em geral. Um outro Indivíduo também pode ter tudo o que
faz parte da essência de um indivíduo, e generalidades eidéticas máximas, do tipo que
acabamos de indicar nos exemplos, circunscrevem ‘regiões’ ou ‘categorias’ de
indivíduos.”
Funciona como uma Orientação à Objeto.
Cogito – necessidade de contingência nas ciências empíricas.

- Como Husserl descreve a orientação natural e sua tese fundamental e como


justifica metodologicamente, através da influência de Descartes, a sua colocação fora de
circuito? (§§27, 31)
Orientação Natural: Dado individualmente, explicado em primeira pessoa
O mundo atualmente percebido é em parte impregnado, em parte envolto por um
horizonte de realidade indeterminada, de que se tem obscuramente consciência. Através
da atenção dada a tal, pode se encontrar resultados variáveis. O mesmo ocorre no âmbito
do espaço quando no do tempo.
A orientação natural diz que a consciência desperta sempre se encontra referida a
um único e mesmo mundo, sem jamais poder modificar isso, embora este mundo varie
em seu conteúdo. Está sempre disponível à consciência, e a consciência é sempre
membro dela.
Esse mundo não está como um mundo de coisas, mas também como mundo de
valores, mundo de bens, e mundo prático. Essa consciência descobre facilmente que as
coisas à sua frente estão dotadas de propriedades materiais quanto de caracteres de
valor, se são bonitas ou feias, prazerosas ou desprazíveis. Há coisas q estão
imediatamente como objetos de uso “mesa, livros, copos, instrumentos musicais”. –
Caracteres de valor e caracteres práticos fazem parte constitutiva dos objetos
“disponíveis” como tais, quer a consciência se volte ou não para eles e para objetos em
geral.

-A tese geral é: nós estamos constantemente conscientes do mundo circundante


real, não apenas por uma apreensão em geral, mas como efetividade, estando nele.

Tese de Husserl: Husserl não quer permanecer nessa orientação natural. Quer na
verdade modificá-lo de forma radical.
- Elucide os sentidos de Epoké fenomenológica e da consciência transcendental
como resíduo fenomenológico. (§§32 – 33)
Epoké Fenomenológica:

Consciência transcendental na fenomenologia:

- Reconstrua as aproximações e diferenças entre as quatro atitudes: natural,


cientifica, estética, fenomenológica (com base na carta de Husserl a Hofmannsthal)

03/10
Meditações Cartesianas V – Husserl
quando temos intencionalidade nos voltamos a objetos culturais
objetos culturais: partido politico, livros, vestuario, estéticas artisticas etc
Quando volto minhas intencionalidades para buscar o que é próprio nesses objetos
culturais, mas nessas intencionalidades encontro um mundo que não é meu, mas para
qualquer um.
Não pode voltar pra esfera do próprio os objetos culturais pois são pra qualquer um.
Como encontrar algo próprio pra cada um? → Redução.
1)Abstrair todos os predicados que não são criados por mim. Parentizar Todas as
intencionalidades.
2)Encontramos o corpo (não físico) – próprio – Como o corpo se apresenta
fenomenologicamente? Corpo animado ou vivente, mas não corpo físico. (traduzido por
Soma no texto em questão)
Um conjunto de campos sensitivos na qual a experiência do corpo se faz.
Corpo físico – percepção.
Corpo vivente/próprio/Soma – Apercepção: perceber que tenho percepção.
Há Analogia – associação por semelhança
– Espelhamento: as memorias do meu próprio corpo q transpõe em mim a sensação
do analogo
– Emparelhamento: um corpo de frente pro outro, dois sujeitos emparelhados para q
o espelhamento seja

Não há experiência de identidade. Não há experiência de inclusão nem exclusão.

Ap-presentação: Nunca há relação direta e imediata com outrem. Há uma mediação


da associação por semelhança (espelhamento/emparelhamento)

05/10
Husserl, E. Meditação Cartesiana V – Recapitulação.
Reduções: psicologia; eidética; transcendental → vivências puras do ego
transcendental – atualidades e potencialidades → o outro não é simplesmente uma de
minhas representações → problema de se considerar como solus ipse (si próprio) e
pergunta pela alteridade – pelo modo como um alter ego se constituir na esfera do próprio
/ da propriedade, de modo direto ou indireto.
Experiência do alter-ego: experiência do não-próprio, incluindo a experiência do
mundo objetivo e objetos culturais.
Recusa da hipótese metodológica 1) realismo transcendental: imanência do ego x
transcendência de outre; Afirmação da 2) o sentido da intencionalidade explícita e
implícita, em que a partir do ego transcendental, o alter-ego, em sínteses, motivações etc.
“se forma em mim”.
O outro como correlato do meu cogito → I. objetos psicofísicos no mundo (in der
Welt) / II. Sujeitos para (fur) este mundo, sujeitos que experienciam o mundo que
experiencio, sujeitos que me experienciam.
Epoché temáica no interior da esfera transcendental – exclusão do que se refira à
subjetividade alheia → redução à minha esfera própria transcendental à minha
propriedade
A ideia de um mundo que me é alheio, como sendo para qualquer um (fur
jedermann).
Entre os corpos captados na minha propriedade, encontro o meu Soma / Corpo
Animado (mein Leib) – o único que não é um simples corpo (Físico – Korper)
Experiência da minha própria somaticidade – retroreferida a si própria →
reversibilidade e comparticipação entre sínteses ativas e passivas.
Problema do acesso a outrem: não de modo perceptivo, não de modo
representativo, não de modo direto pela apresentação originária, mas via ANALOGIA,
implicando ap-presentação, aperceção e emparelhamento.
Óntico → factuais – contexto empírico (não é a coisa física)
Noema → modo como a coisa pode ser tratada, ela não tem núcleo essencial nem
acidentes acrescentada a esse núcleo, mas ela se torna esse X passível de
determinações

Maurice Merleau-Ponty – 1908-1961.


→ Crítica às ciências e, concomitantemente, proposta de aproximação e
reciprocidade entre certos direcionamentos científicos e abordagens estrutural (Obra
Estrutura do Comportamento) e fenomenológica (Fenomenologia da Percepção)
→ Resgate da fundamentação transcendental husserliana e, concomitantemente, de
seu enraizamento da experiência de mundo.
→ Afirmação da dimensão histórico-cultural do mundo da vida que, na linguagem e
outras dimensões da experiência, antecede a relação entre os atos e correlatos
intencionais e a instituição de idealidades.
→ Principais descontinuidades entre essas obras e os textos tardios: a relação entre
Fenomenologia e Ontologia, a proposta ontológica explicitada posteriormente.

10/10 – Resumo de Husserl dado no slide Aula Merleau-Ponty
Fenomenologia de Husserl é chamada por alguns como idealista por no fim das
contas buscar o sujeito transcendental.

14/10 – Merleau-Ponty
O conto da ilha desconhecida, José saramago – redução fenomenológica exemplo
Percepção
Fenomenologia é um desenvolvimento de controle intelectual da existência fazendo
descriçoes do nosso envolvimento pré-reflexivo.
Percepção é o que o autor utiliza para descrever esse envolvimento pré-reflexivo.
É no estudo da percepção que encontramos a origem do significado.
Críticas ao Empirismo:
– Nós vivemos no mundo, depois o conhecemos.
– Visão de mundo empirista: o mundo nessa forma de ver parece um amaranhado
de objetos separados espacialmente relacionados entre uns aos outros, além de q podem
se relacionar de forma causal.
– A percepção se torna indireta, representativa e passiva.
Formúla o mundo como base teórica, o que ele chama de retrato objetivista
19/10 – Merleau-Ponty
Prefácio – Fenomenologia da Percepção
Fenomenologia é o estudo das essências
O mundo já está sempre “ali”, antes da reflexão.
Reencontrar este contato ingênuo com o mundo.

Primazia metodológica da descrição e do mundo vivido. “Trata-se de descrever, não


de explicar nem de analisar.”
Uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer
nada. Todo o universo da ciência é construído sobre o mundo vivido.
Precisamos primeiramente despertar essa experiência do mundo da qual ela é
expressão segunda.

Importância das análises da subjetividade situada como superação da consciência


reflexiva.

Vínculo entre idealidade e facticidade


A necessidade de passar pelas essências não significa que a filosofia as tome por
objeto, mas, ao contrário, que nossa existência está presa ao mundo de maneira estreita
para conhecer-se enquanto tal no momento em que se lança nele, e que ela precisa do
campo da idealidade para conhecer e conquistar sua facticidade.(p11)

Afirmação da Dimensão pré-predicativa da existência


Buscar a essência do mundo não é buscar aquilo que ele é em ideia, é buscar aquilo
que de fato ele é para nós antes de qualquer tematização. (p.13)

Intencionalidade operante
intencionalidade de ato – aquela que nossos juízos e de nossas tomadas de posição
voluntárias (a da crítica da razão pura)
intencionalidade operante (atuante) – aquela que forma a unidade natural e a
antepredicativa do mundo e de nossa vida, que aparece em nossos desejos, nossas
avaliações, nossa paisagem, mais claramente do que no conhecimento objetivo, e fornece
o texto do qual nossos conhecimentos procuram ser a tradução em linguagem exata.
(p.15)
Fenomenologia da gênese – noção ampliada da intencionalidade
Compreender é reaponderar-se da intenção total, quer se trate de uma coisa
percebida, de um acontecimento histórico, ou de uma doutrina.
A maneira única de existir que se exprime nas propriedades da pedra do vidro ou do
pedaço de cerca, em todos os fatos de uma revolução, em todos os pensamentos de um
filósofo. (p.16)

Inacabamento da fenomenologia como sinal positivo de sua fecundidade


Uma meditação infinita, sem saber pra onde vai. O inacabamento da fenomenologia
e o seu andar são inevitáveis porque a fenomenologia tem como tarefa revelar o mistério
do mundo e o mistério da razão. (p.20)

Cap. I – Sensação
Antes de falar da percepção, priorizou-se a noção de sensação – eu sinto o
vermelho, o azul, o quente, o frio ou: a sensação está no objeto etc → porém a percepção
é mais complexa que essa polaridade.
1ª Crítica de MP – Não existe sensação pura, como algo puramente instantâneo, e
pontual → percepções são relações (p.23)
Ex mancha branca (p.24)

Definição do fenômeno perceptivo


Para a gestalt e fenomenologia, o algo percebido está sempre no meio de outras
coisas, ele é sempre parte de um campo → não há percepção de um objeto isolado →
nem também pode ser percebida uma superfície totalmente homogênea, indiferenciada
“Ver é obter cores ou luzes, sentir é obter qualidades” (p.25)

Maneiras de se enganar sobre a qualidade


1 – Fazer dela um elemento da consciência (ela é um objeto para uma consciência e
possui significações)
2 – Pensar que o sentido e o objeto, enquanto um conjunto de qualidades, sejam
plenos e determinados (p.26)
Uma qualidade só aparece através de um conjunto de relações

2ª Crítica de MP – A ótica e à geometria ideia de um mundo e de objetos do mundo


com contornos delimitados, qualidades separadas, com uma zona negra ao fundo →
desconsidera-se a ideia de campo visual: não é possível dizer onde começa e onde
termina o campo visual → a região que rodeia o campo visual não é nem negra nem
cinza: mesmo o que é parcialmente visto ou o que está atrás do que é visto pode ter
presença visual, ou seja, não é um campo apenas indiferenciado.
Ex: segmentos de retar Muller-Lyer (p.27) não são iguais nem desiguais → são
diferenciados → o campo visual permite contradições → a percepção não é simplesmente
lógica → os segmentos se diferenciam através de sua relação recíproca, do contexto
particular em que são vistos etc. →

3ª Crítica de MP – às correntes de psicologia que ignoram as contradições dos


objetos e opõe o não percebido aquilo que é sublinhado pela atenção → para MP não há
indeterminação e ambiguidade na percepção → a qualidade possui sentido equívoco,
possui tanto mais “sentido expressivo” do que “significação lógica” (p.28)

4ª Crítica de MP (semelhante à anterior) – ao empirismo (e positivismo), que define a


qualidade como um objeto da consciência científica e fórmula leis para explicar as
relações entre as qualidades dadas, que em geral devem ser passíveis de mensuração.

5ª Crítica de MP – Psicologia embasando-se na fisiologia (p.28)


hipótese da constância

6ª Crítica de MP – a concepção da fisiologia e da ciência clássica que


compartimenta os diferentes campos sensórios como transmissores de estímulos

Corporeidade
Ex membro fantasma – p(116) – Primeira parte – O Corpo
O “para si” e o “em si”
26/10 – Heidegger
Ponto de vista hermenêutico (arte de interpretar): retomada sobretudo interpretativa
sobre questões do presente.
Ser sujeito historico não é nos ver inseridos ao longo de um passado como algo que
venha depois, mas a relação entre hemeneutica e facticidade, nós diante de tarefas que
são do presente estamos numa dimensão mais próxima de facticidade. Toda e qualquer
interpretação pode ser possível nesse presente. Não é possível que nos apresente a nós
de modo óbvia e clara, em todos os sentidos ele é interpretado.
Ser-aí (há uma presença mais originaria desse ser de modo como ele é inscrito no
mundo) – Dasaing – Determinação espacial, há sempre um contexto, elaborado desde o
presente. Instância.
De que modo podemos transcender o campo ôntico e recuperar a tarefa
fundamental de questionar o que é o ser.
Noções de Vivência (Erlebnis)
Nenhum acontecimento (Ereignis; Er-eignis) é tal por si mesmo. Acontecimento
apropriador. Possibilidade impossível do acontecimento.
A filosofia chega ao fim quando se torna ôntica
A dimensão ôntica é caracterizada por estar ai, disponível e os conceitos dos quais
nos servimos.
07/11
É preciso resgatar uma noção mais originaria de ser.
Aletheia – o não estar encoberto
Uma outra noção de verdade. O ser se escondeu no universo do ente, que se
transforma em partes proposicionais, então verdade a cerca do dado se transpoem
proposicionalmente.
Não só situar o contexto, mas enercar nele camadas de sentido que pode nos levar
a uma resinificação de um momento historico anterior.
Hermeneutico – busca do sentido
“Contra o modelo iluminista de racionalidade que procura alijar a principio todos os
pressupostos e todas as dimensões contingentes, a fim de se encaminhar de maneira
autônoma a partir dos poderes intrínsecos da razão em direção à verdade.” -
Compreender Husserl p.22 – “facticidade é, nesse contexto, um termo para designar
exatamente uma tal articulação entre conhecimento verdade e vida singular.”

Antecedentes importantes de Ser e Tempo


I. Ontologia: hermeneutica da facticidade
Falar do que é, é diferente de falar do que “voa”
Compreensão – Interpretação
II. Prolegomenos para uma historia do conceito de tempo
O fenômeno se da sempre não de uma forma vazia, mas em seus enraizamentos no
cotidiano no mundo que sustenta a compreensão.

Ser e Tempo
Epigrafe - A elaboração concreta pelo sentido de “ser”, é o objetivo do tratato que se
segue. A interpretação do tempo como horizonte possível como compreensão do ser em
geral é sua em ta provisoria.
Estases temporais – nenhum tempo (passado, presente futuro) pode ser
compreendido sem as demais. Tratar o ser enquanto substância ou o tempo de forma
espacial é um erro.

Esse ser-ai (Dasein) é esse ente privilegiado (assinalado) – não existe ser-aí sem a
facticidade. Só se pergunta pelas circunstancias porque já está em circunstância. O único
que pode se questionar sobre o ser. É para ele que se abrem as possibilidades que não
se abrem para pedras, mesas, cadeiras, ou demais entes.
Primeiramente uma analítica existencial das condições em que o Dasein (ser-aí) se
encontra.

Existencial e Existenciário
Existencial aplica-se à estrutura ontologica da existência – aos fundamentos
ontológicos daquilo que o ser-ai é.
Existenciário aplica-se ao leque de possibilidades aberto pelo Dasein, a
compreensão que delas possui e escolha que faz (ou recusa) entre elas.
O existencial sempre vai estar próximo da dimensão ontológica – O existenciário vai
estar mais próximo das possibilidades ônticas de determinação a cada vez.

A existência é o modo de ser de Dasein, não o fato de que ele é. Não envolve
nenhum contraste com essência. Dasein é responsavel por eu ser-como, não por seu ser-
o-que. (De certa forma, categorias)
Se formos falar do que somos, falaremos dos modos em que somos. (estar) (estou
aluno, estou programador, etc)

A verdade não se institui originalmente por uma via judicativa, mas enquanto
dinâmica de sentido → o movimento de desvelamento (alethea) do nosso ser e do ser das
coisas que nos vem ao encontro no mundo.

3 preconceitos acerca do ser.


1.- o conceito mais universal → ultrapassa a universalidade genérica: é um
transcendente ( a partir da metafísica medieval) → o conceito se torna obscuro
2.- O conceito mais indefinível → não pode ser concebido como ente → todavia, não
se dispensa a necessidade de se perguntar pelo seu sentido.
3.- Um conceito que pode ser entendido por si mesmo, já que é continuamente,
empregado (“o céu é azul”; “eu sou...”)→ embora sem refletir suficientemente sobre o seu
sentido.

A partir da compreensão prévia, nasce a tendência para se chegar a seu conceito.


“movemo-nos sempre para uma compreensão de ser” – (p.41)
Questões
1.- Em que consiste a precedência ontológica da questão do ser.
2.- Como Heiddeger justifica a precedência ôntico-ontológica do Dasein e a
necessidade da analítica deste?
3.- Como Heidegger elucida que o ser deve ser pensado a partir do tempo?

§3 A precedência ontológica da questão do ser.


Necessidade de repetição da pergunta pelo ser

O perguntar ontológico é, sem dúvida, mais originário do que o perguntar ôntico das
ciências positivas.

§5
O Dasein não somente é onticamente próximo ou mesmo mais próximo, ele também
nos é ontologicamente o mais longínquo.
Atitude Natural – Orientação ôntica em Heiddeger.

Em que consiste a tarefa de destruição da história da ontologia, para Heidegger,


detalhando os seguintes tópicos expostos em Ser e tempo, §6, em continuidade com o §5
e em passagem para o §7:
- o problema de critérios ônticos para determinação da temporalidade (§5);
(É como se o “tempo” tivesse caído “por si mesmo” dentro do horizonte do vulgar
entendimento-do-tempo, nessa função ontológica “que pode ser entendida por si mesma”
e até hoje nela se manteve.)
(temporalidade do Dasein inserido no passado)

- o sentido de apropriação positiva do passado;


(O Dasein é o seu passado, possuindo ele o passado como se fosse uma
propriedade subsistente que por vezes volta a ter efeito sobre ele.
O Dasein é o seu passado no modo do seu ser, o qual “se gesta” cada vez a partir
de seu futuro)

- o papel da tradição e a possibilidade de decair (verfallen) dentro dela;


- exemplos em que, na metafísica clássica, ocorreram formalizações do ser a partir
de determinações do ente;
- o problema da determinação do tempo segundo a noção de presença
(Anwesenheit);
- o sentido de encobrimento da questão do ser e a necessidade do método
fenomenológico (§7) para abordá-la
- em decorrência do tópico anterior, a necessidade de elucidação do sentido próprio
de “fenômeno” (§7)
28/11 –
Heiddeger:
Fenômeno – Aquilo que permite se mostrar (ir além daquilo que aparece)

Gadamer: Valorizar a autoridade como se ela pudesse se impor por si mesma. Mito
do Bom selvagem.

Aufklarung e Romantismo.
superação da tradição x conservação da tradição
Dogmatismo ambas as posições: perpetuação da oposição abstrata entre mito e
razão.
A Aufklarung procura compreender a tradição corretamente (p.408)
Paradoxo do romantismo: por um lado a reabilitação do passado, dos mitos, do
inconsciente etc, por outro, ausência de reconhecimento critico dos preconceitos. (p.412)

Na constituição dos mitos há um saber intrínseco, onde podemos manter a posição


abstrata entre racionalidade e irracionalidade.

Circulo Hermenêutico
Segundo os hermeneutas, toda a parte só é compreensivel a luz de uam totalidade
essa totalidade só e compreensível se acessamos essa particularidade a qual ela se
remete. Mas onde está a parte e onde está o todo? Uma questão importante a todos que
querem fzr uma pesquisa.

Onde está a parte e onde está o todo?

Citação p.437
O movimento da compreensão vai constantemente ao todo à parte e desta ao todo.
Compreensão malograr – danificada, fracassada
Circulo hermenêutico distinguido do todo e da parte um aspecto objetivo e um
aspecto objetivo.
Fazer valer o direito objetivo do que o outro diz.
A compreensão só vai se tornar produtiva quando buscamos conectar mais de uma
forma mais adequada essa relação do texto com o contexto.
Schleiermacher –
Quando se logra compreender, compreende-se de um modo diferente.
Não nos leva simplesmente a resgatar o autor -

Gadamer vai propor essa ideia da relação entre situação e perspectiva. Lidar com
aquilo que seria uma descontinuidade, um hiato mt grande entre oq está no texto e o que
emerge com a interpretação. Distância Temporal.

Historicismo – superar a distância temporal (distância entre textos antigos e atuais)


superar a distância pra nos colocar no ponto de vista da produção do texto. Com uma
recepção mais limitada possível.
Não podemos superar a distância temporal, se não houvesse essa distância,
estaríamos retomando as questões gregas, mas estudamos os autores estudamos esses
altores porque há uma abertura de leitura se levarmos as questões do presente. Gadamer
propõe uma visão positiva do Historicismo, que era até então negada.
A ideia não é entender melhor, mas entender a partir dessa diferença. Levar uma
compreensão legitima a partir do presente.

Situação e Perspectiva
É dificil ter clareza de tudo que está acontecendo.
Sempre estamos em situação. A situaçãos sempre se vincula a um horizonte.
Mesmo com os imprevistos e a radicalidade do impossível, para além da nossa
capacidade imaginativa.

Situações se vinculam a um horizonte.


Mas é sempre possível encontrar um horizonte, encontrar essa estabilidade
(potencial da visão)?
(p.453 Verdade e Metodo)

Damisch → xadrez
Jacques Derridá. 1930 – Paris, França, 2004.
A filosofia da presença a ser desconstruída. 1967

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