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Adelino Jairosse

Beatriz Alberto Rafael

Cecílio Chiundila

Danito João Ngaunje

Felisberto Lẚzaro Mussala Vireque

Germano Fernando

Hortência Jorge Tota

Iassine Ussene Iassine

Issufo Arlindo Issa Kampango

Leandro Patrício

Lucas António Issa

Marcos José Buanacaia

Valmira Lita Eugénio Felizardo

Zito Muemede

Universidade em Moçambique – da Origem ẚ actualidade

(Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitação em Estatística)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
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Adelino Jairosse

Beatriz Alberto Rafael

Cecílio Chiundila

Danito João Ngaunje

Felisberto Lẚzaro Mussala Vireque

Germano Fernando

Hortência Jorge Tota

Iassine Ussene Iassine

Issufo Arlindo Issa Kampango

Leandro Patrício

Lucas António Issa

Marcos José Buanacaia

Valmira Lita Eugénio Felizardo

Zito Muemede

Universidade em Moçambique – da Origem ẚ actualidade


(Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitação em Estatística)

Trabalho científico da cadeira de Fundamentos


da Pedagogia a ser apresentado no
Departamento de Ciências Tecnologias,
Engenharias e Matemática para critérios de
avaliação sob orientação da Msc: Ruth Maria
Yule.

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
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Índice

Introdução .........................................................................................................................3

A Criação do Ensino Superior em Moçambique .......................................................... 4

Conclusão ..................................................................................................................9

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 10


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1. Introdução

Este estudo tem como tema “Universidade em Moçambique – da origem ate à


actualidade”.
O presente trabalho é continuidade da Unidade IV: Histόria da Educação em
Moçambique.
“A educação é, basicamente, a maneira de uma sociedade preparar as gerações mais
novas para o desenvolvimento de uma função útil na sociedade; maneira de uma
comunidade perpetuar a sua mitologia e, através dela, o seu sistema de valores e
controlo social” ( RAYMOND,1997).
Do latim universitas, a universidade é uma instituição de Ensino Superior formada por
diversas faculdades e que conferem vẚrios graus académicos. Estas instituições podem
incluir, para além das faculdades, diversos departamentos, ordens, centros de
investigação e outras entidades . (https://conceito de universidade; 22/042022 – 10h).

2.Objectivos
a. Objectivo geral
 Conhecer o historial da Universidade em Moçambique – da origem à
actualidade.
b. Objectivos específicos
 Identificar os motivos da criação da Universidade em Moçambique;
 Descrever as actuais Universidades em Moçambique;

2. Metodologias do trabalho
 Para a concretização do trabalho foi necessário a revisão da informação
disponível na internet, por um lado nos diversos documentos referentes tais
como a consulta bibliográfica.
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3. Unidade IV: Histόria da Educação em Moçambique

3.1 A criação do Ensino Superior em Moçambique

Após a realização da Partilha de África, as potências coloniais imaginam um período de


calmaria para melhor usufruir das riquezas nos territórios a colonizar. As sucessivas
guerras (I e II) mundiais entremeadas por períodos de crise financeira (1929) tornaram
estas potências débeis. O crescimento de ondas de contestações contra a ocupação
colonial fruto da Guerra Fria, as independências africanas a surgirem, forçaram Portugal
em especial a uma revisão da sua política colonial.

É nesse aspecto que o imperativo de responder ao clima hostil que se avolumava adotará
como uma das estratégias a criação de duas instituições de Ensino Superior em
Moçambique e outra em Angola denominadas Estudos Gerais Universitários através do
decreto-lei nº 44.530.

O ensino superior criado em Moçambique na década de 1960 não absorveu a elite


negra; quando o regime colonial entrou em colapso, uma década depois, a elite negra
não estava nas universidades, estava nas matas, combatendo o regime colonial.
Com esta introdução, pretende-se demonstrar que a construção do ensino superior em
Moçambique é, sobretudo, obra estabelecida e construída a partir da chegada da luta
nacionalista pela independência. E cresceu com o próprio processo e vicissitudes que a
independência trouxe.

A criação dos Estudos Gerais Universitários de Moçambique (EGUM) poderia ser


vistos como avanço para o acesso a educação, sendo assim, podemos aceitar que só em
1962 tenha sido estabelecida a primeira instituição de ensino superior em solo
moçambicano e aceitar que a educação, uma das grandes conquistas da Europa, não se
fez sentir nas suas colônias. Se por um lado a Europa representava a “pujança” do
conhecimento científico capaz de transformar a matéria-prima, representava também a
vergonha, na medida em que foi capaz de manter um povo subjugado, a que foi vedado
qualquer tipo de conhecimento científico.
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O papel da universidade é ensino e pesquisa. No que diz respeito ao ensino, ele


sustenta a necessidade de o professor ter formação contínua para melhorar e atualizar os
conteúdos a ministrar aos alunos, assim como melhorar as técnicas e os métodos
pedagógicos; na pesquisa, a Universidade estará a cumprir o seu papel de busca
constante na solução dos problemas que o país enfrenta e permitirá que essa pesquisa
desenvolva o país.

Se por um lado a Universidade era de facto portuguesa, o discurso do Governador Geral


usa duas expressões que à partida são contraditórias. Os Estudos Gerais como
“Universidade Portuguesa” e Estudos Gerais como uma “Universidade de
Moçambique”. O primeiro refere-se à pertença ao império de que Moçambique faz parte
e a que “na história contemporânea de ensino em Moçambique temos hoje de colocar
uma pedra (...) assinalar uma época e um esforço, uma idéia e uma politica: o
engrandecimento da Nação pela valorização de Moçambique” (EGUM, 1963, p. 50); o
segundo, ao sentido de territorialidade que, apesar de fazer parte do império, é do
território moçambicano, quiçá aqui como embrião de um Estado: “Corresponde à
evolução e crescimento duma sociedade e é também um índice do seu poder” (EGUM,
1963, p. 50). moçambicano poderia representar o nascer de uma nova etapa inaugurada
pela crise do império; pode ser visto como o gesto da possibilidade da
autodeterminação, resposta às pressões internacionais.

“O Ensino Superior em Moçambique data desde o ano de 1962, quando pelo decreto
44.530 de 21 de Agosto foram criados os Estudos Gerais Universitários de Moçambique
(EGUM), como resposta às críticas dos movimentos nacionalistas das colónias
portuguesas, acusando-a de nada fazer pelo desenvolvimento dos povos das colónias.
Pelo decreto-lei 43799 de Dezembro de 1968 do Conselho de Ministros, foi criada a
Universidade de Lourenço Marques (ULM). Como resultado das profundas
transformações político-sociais decorrentes da ascensão do País à Independência, a
Universidade de Lourenço Marques (ULM) foi transformada na Universidade Eduardo
Mondlane (UEM), com uma população estudantil inicial de cerca de 2.400 estudantes
nos diferentes cursos universitários então leccionados”.( Lei nº 27/2009 de 29 de
Setembro, Ensino Superior).

Na década de 80 funcionou na UEM a Faculdade para Combatentes e Trabalhadores de


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Vanguarda (FACOTRAV).

Em 1985 foi criado por despacho Ministerial nº 73/85 do Ministério da Educação o


Instituto Superior Pedagógico (ISP) pelas necessidades de elevação do nível de entrada
dos estudantes e do aumento de duração dos cursos, para além de que, dado o seu
tamanho, ela se tornaria incomportável dentro da UEM. O ISP que em 1995 o ISP foi
transformado em Universidade Pedagógica, estabelecendo-se assim a segunda
Universidade Pública do país.

A seguir à criação do ISP, foi criado pelo Decreto 1/86 de 5 de fevereiro o Instituto
Superior de Relações Internacionais (ISRI) vocacionado para a formação de quadros
para as áreas de relações internacionais e diplomacia.
Com o crescimento da população estudantil do Ensino Superior é publicado em 1991 o
diploma ministerial que institui os exames de admissão ao Ensino Superior e em 1993 é
aprovada pela Assembleia Popular a Lei do Ensino Superior, criando assim o quadro
legal para a aprovação dos Estatutos Orgânicos de cada instituição, e para a instituição
do Conselho Nacional do Ensino Superior.

A introdução da economia de mercado em 1987 coloca novos actores no cenário


socioeconômico e cultural, designadamente o sector privado e a sociedade civil.
É neste quadro que se cria o espaço legal que permite a intervenção do sector privado no
Ensino Superior, através da Lei nº 1/93, de 24 de Junho - Lei do Ensino Superior- que
regula o Ensino Superior Público e Privado, iniciando-se desde modo o processo de
criação das primeiras Instituições Privadas do Ensino Superior, designadamente, a
Universidade Católica de Moçambique (UCM) pelo Decreto 43/95, o Instituto Superior
Politécnico e Universitário em (ISPU) pelo Decreto 44/95, cujas actividades se
iniciaram em Agosto de 1996. Em 1997 entra em funcionamento o Instituto Superior de
Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), criado pelo Decreto 46/96.

Hoje, em Moçambique o número de Instituições de Ensino Superior é de 38 de entre


Públicas (17) e Privadas (21) de acordo com os quadros a seguir.

Quadro 1 – Instituições de ensino superior públicas


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Quado 2 – Instituições de ensino superior privadas


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4. Conclusằo
A Educaçằo Suprior, criada pelo governo colonial teve a sua instalaçằo no territόrio
moçambicano em 1962 com a finalidade de formar os filhos dos colonos cujo número
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cada vez mais aumentava na colόnia, assim como a um pequeno grupo de assimilados.
Estudos Gerais e Universitẚrios de Lourenço Marques era denominaçằo da instituiçằo,
que em princípo deveria ministrar os dois primeiros anos do ensino superior e os anos
seguintes o aluno deveria continuar na metrόpole. Esta medida não vingou, tendo essa
instituição a seis anos (1968) mais tarde, sendo elevada à categoria de Universidade
com a designação de Universidade de Lourenço Marques.

Ằ partida, a criação da instituição de Ensino Superior em Moçambique não era para os


moçambicanos, apesar de afirmar que a sua criação deve-se em grande medida ẚ
crescente onda de reivindicaçoes que estavam sob dominação inglesa, francesa e belga.
Sem dúvida a presença do Ensino Superior tinha a função de reforçar a presença
colonial e capitalista e não sό.

A Educação Superior, que no início da independência era gratuíta, sofreu profundo


revés por conta dos políticos do neoliberalismo incorporado pelas instituições
financeiras internacionais.

As políticas de Educação Superior, assumidas a partir da reforma do Estado, teve lugar


desde os acordos com Fundo Monetẚrio Internacional e Banco de Moçambique em
1984 e que são traduzidas de forma legal constitucional de 1990, ditou de certo modo
esta entrada na disputa do mercado globalizado e em todas as dimensões.

5. Referências Bibliogrẚficas
1. https://conceito de universidade; 22/04/2022 – 10h;
2. Lei nº 27/2009 de 29 de Setembro, Ensino Superior;
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3. RAYMOND, M. & CARLOS, T. (1997). Teoria Social e Educação.(608ª


edição) Porto: Edições Afrontamento.

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