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Serviço Social e Questão Social 10
Serviço Social e Questão Social 10
Sumário
SERVIÇO SOCIAL E QUESTÃO SOCIAL ........................................... 0
SERVIÇO SOCIAL E QUESTÃO SOCIAL ............................................... 0
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
REFERÊNCIA: ....................................................................................... 35
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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● Com esta concepção de pobreza (típica da Europa nos séculos XVI a XIX), o
tratamento e o enfrentamento da mesma desenvolvem-se fundamental- mente a
partir da organização de ações filantrópicas. Assim, o tratamento das chamadas
“questões sociais” passa a ser segmentado (separado por tipo de problemas,
por grupo populacional, por território), filantrópico (orientado segundo os valores
da filantropia burguesa), moralizador (procurando alterar os aspectos morais do
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Daí que o objeto do Serviço Social era este homem, tendo por objetivo
moldá-lo, integrá-lo, aos valores, moral e costumes defendidos pela filosofia
neotomista. Posteriormente, o Serviço Social ultrapassa a ideia do homem como
objeto profissional.
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Em outros termos, nem todos analisam que existe uma contradição entre
capital e trabalho. Utilizaram, na análise da sociedade, a categoria questão
social, realizando uma análise na perspectiva da situação em que se encontra a
maioria da população – aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os
meios para garantir sua sobrevivência.
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Analfabetismo,
Violência,
Desemprego,
Favelização,
Fome,
Analfabetismo político, etc.;
Criando “profissões” que são frutos da miséria produzida pelo capital: catadores
de papel; limpadores de vidro em semáforos; “avião” – vendedores de drogas;
minhoqueiros – vendedores de minhocas para pescadores; jovens faroleiros –
entregam propagandas nos semáforos; crianças provedoras da casa – cuidando
de carros ou pedindo esmolas, as crianças mantém uma irrisória renda familiar;
pessoas que “alugam” bebês para pedir esmolas; sacoleiros – vivem da venda
de mercadorias contrabandeadas; vendedores ambulantes de frutas; etc.
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Por isto ela é uma categoria que reflete a luta dos trabalhadores, da
população excluída e subalternizada, na luta pelos seus direitos econômicos,
sociais, políticos, culturais.
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No aumento do desemprego,
Na miséria,
Nas diversas formas de exclusão social,
Nos novos sujeitos e principalmente em suas novas necessidades.
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É preciso desejá-la e lutar por ela. A essa luta Rudolf Von Ihering (1992)
refere-se como a luta pelo direito, que é sustentada pela existência do
“sentimento de direito” entre os homens.
Considera “um dever de todo homem para consigo combater por todos
os meios de que disponha a desconsideração para com a sua pessoa no
desprezo do seu direito” (Ihering, 1992, p. 21). Dessa forma estará defendendo
não apenas a si próprio, mas toda a sociedade.
Para Ihering a luta é indispensável, faz parte do direito, de outra forma ele
não poderá concretizar-se ou avançar. Cada conquista, mesmo individual,
reverte em benefício de todos, no presente e no futuro, e corresponde ao
enfrentamento de forças conservadoras e interesses de minorias que lhe fazem
resistência.
Para se realizar ataca direitos e interesses de outros que, por sua vez,
esforçam-se para preservá-los. O direito é dinâmico, histórico, “deve
incessantemente ansiar e esforçar-se por encontrar o melhor caminho e, desde
que se lhe depare, deve terraplanar toda a resistência que lhe opuser barreiras”
(Ihering, 1992,p. 8).
Um povo não deve deixar que lhe roubasse os direitos conquistados com
dura luta. Quando um indivíduo é lesado em seus direitos ele tem dois caminhos,
aponta o autor: enfrentar o adversário ou acovardar-se.
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A defesa será feita, afirma Ihering, pois da mesma forma que a dor física
demonstra ao homem a necessidade do cuidado com o corpo físico, a dor moral
causada pela injustiça recorda o dever da própria conservação moral.
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O autor ressalta que o abandono do direito como ato isolado pode não
parecer significativo mas quando torna-se regra representa a ruína do direito e
seu desprezo como condição moral da existência humana.
Dessa forma, o homem deve defender o seu direito para si e para toda a
sociedade.
O direito para ser concretizado, desde que seja meta de uma sociedade,
depende da superação de determinados patamares, tal como o individualismo
que modernamente ataca o homem, e de situações que impedem o
florescimento e o fortalecimento do sentimento de direito existente, mas que foi
enfraquecido.
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A luta pelo direito surge quando este se faz necessário, quando ele é
desejado por aqueles que sofrem a sua privação, defendendo-o não só para si
mas para todos.
Como já foi dito, é uma luta de poucos; o desrespeito aos direitos não
provoca reação contrária na mesma proporção do fato, pois é preciso, antes de
tudo, querer reagir e ter como reagir.
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O povo brasileiro, subalternizado, tal como a árvore citada por Ihering terá
sido atingido na raiz?
Na sua maioria, não sabe lutar, não tem pelo que lutar pois não se
considera portador de direitos; por longo período sentiu a “dor do direito
violado” mas foi calado por mecanismos diversos, desaprendeu ou não tem
sabido fazer valer o seu direito. Sem saber operar os instrumentos para agir pela
sua cidadania, são mantidos os privilégios de uma minoria.
Enfim, o mundo está em luta incessante pelos direitos, pela sua ampliação
e especificação. Aos olhos insensíveis de tantos “o máximo” que se tem
conseguido é a proposta, nem sempre concretizada, de satisfação de
necessidades que garantem a sobrevivência ou, ainda, efetivadas sob princípios
discriminatórios.
O direito não é, de fato, universal, tão pouco é uma meta desejada por
todos. Apesar de se contemplar a “era dos direitos”, segundo Bobbio (1992),
na realidade concreta vive-se profundo desrespeito aos direitos humanos.
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O direito não se faz sem lutas, as quais assumem diferentes formas, tal
como a denúncia, o debate, o protesto, a resistência. Em consequência, o direito
vai sendo construído em determinado contexto social fruto das transformações
da sociedade, podendo significar não só avanços, mas retrocessos.
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Com o objetivo de dar uma resposta à questão social, políticas sociais são
criadas em todo mundo a fim de provocar mudanças sociais, mas a questão
social não é inerte e tão pouco se apresenta de maneira comum a todas as
sociedades. Em cada sociedade ela se determina de um modo, de uma maneira
que cada qual deve ser tratada de acordo com suas particularidades. Dessa
forma,
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIA:
TELES, Vera da Silva. Questão Social: afinal do que se trata? São Paulo
em Perspectiva, vol. 10, n. 4, out-dez/1996. p. 85-95
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