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INSTITUTO MIGUEL ABUHAB

apresenta:

Fortalecendo a
prática pedagógica
com a TOCfE

ESCRITO POR LUCI ELLEN COELHO


Fortalecendo a Prática Pedagógica com a TOCfE
tem por objetivo levar ao conhecimento do professor novas
ferramentas que estimulam o pensar autônomo, focando no
desenvolvimento de habilidades socioemocionais e na
autorregulação. Este e-book é uma realização do Instituto Miguel
Abuhab com recursos do Fundo Social SICREDI - projeto
contemplado no Edital de 2023.

DIREITOS E PERMISSÕES
Todos os direitos reservados.
SUGESTÃO DE CITAÇÃO
Coelho, L. E. C J. para o Instituto Miguel Abuhab (2023)
Fortalecendo a prática pedagógica com a TOCfE
https://www.tocfe.com.br/

REALIZAÇÃO
Instituto Miguel Abuhab
PRESIDENTE
Miguel Abuhab
VICE-PRESIDENTE
Margaret Elling
COORDENADORA
Sandrine Prim
ADMINISTRATIVO
Thyulsa Fuck
AUTORA
Luci Ellen Carvalho Jacinto Coelho
REVISÃO
Luci Ellen Coelho, Renata Luzzi, Sandrine Prim e Thyulsa Fuck
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
Luci Ellen Coelho
SUMÁRIO

Apresentação

Introdução

A Teoria das Restrições para a Educação

A Prática Pedagógica no Século XXI

As Funções Executivas na aprendizagem

A Autorregulação da aprendizagem

Por que competências socioemocionais


devem ser desenvolvidas?

Aplicando a TOCfE em sala de aula:


desenvolvendo habilidades acadêmicas e
socioemocionais

Bibliografia
APRESENTAÇÃO

O IMA - Instituto Miguel Abuhab é uma organização do


terceiro setor sem fins lucrativos que busca, através do
ensino das ferramentas da TOCfE, capacitar
professores, comunidade escolar e demais cidadãos.

O objetivo é ajudar no desenvolvimento das crianças e


adolescentes, tornando-os mais reflexivos,
independentes e capazes de lidar com os conflitos.

Queremos que as crianças e adolescentes tornem-se


protagonistas de sua aprendizagem, além do
desenvolvimento das habilidades socioemocionais e da
autorregulação da aprendizagem.
INTRODUÇÃO

A prática pedagógica tem sido


desafiada nos últimos anos.
Abaixo estão alguns destes desafios:

adequação de currículo;
desenvolvimento de habilidades socioemocionais;
aumento de diagnósticos dos transtornos do
neurodesenvolvimento;
adaptação de atividades para desenvolvimento da
aprendizagem requerida para esses alunos em
sala de aula.

Pensando nisso, preparamos


este e-book para demonstrar
a vocês como a TOCfE pode
contribuir para a prática
pedagógica e como incluir
suas ferramentas na sala de
aula.
DIANTE DE UM MUNDO CONTEMPORÂNEO E
INFORMATIZADO, OUTROS DESAFIOS APARECERAM.
A PANDEMIA DA COVID-19 IMPACTOU DIRETAMENTE NA
SAÚDE MENTAL DE PROFESSORES E ALUNOS.

Contudo, em meio a esse turbilhão de eventos e


situações que não estão sob nosso controle, ainda há
caminhos de possibilidades a serem trilhados para que
esses desafios sejam superados.
São possibilidades reais e
tangíveis, onde professor e aluno
terão a oportunidade de serem
protagonistas de sua “ensinagem”
e aprendizagem, tendo condições
de desenvolvimento da autonomia
e de promoverem a mudança em
seus espaços de convívio, além de desenvolverem
habilidades ao relacionar-se, sendo conscientes de
suas ações e decidindo com responsabilidade.
A TEORIA DAS RESTRIÇÕES
PARA A EDUCAÇÃO

A TOCfE (Theory of Constraints for


Education - Teoria das Restrições
para Educação) é um programa educacional que vem
transformando o modo como as crianças de Joinville
(SC) pensam em seu futuro. Presente em mais de 24
países nos 6 continentes, a TOCfE é uma organização
sem fins lucrativos que busca através de ferramentas
do pensamento lógico, desenvolver nas crianças a
transformação no modo como pensam, levando-as a
refletir sobre suas ações, aprendendo a lidar com os
conflitos, buscando uma solução ganha-ganha e em
como isso pode ajudá-las no futuro.
Criada em 1995 por Eliyahu Moshe Goldratt, o conceito
foi trazido de Israel para o Brasil em 2015 por Miguel
Abuhab, empresário, fundador da Datasul e da Neogrid.
Desde 2017, o programa TOCfE já capacitou mais de
200 professores, impactando diretamente 11.000
crianças da Rede Pública de Ensino Municipal de
Joinville, buscando expandir para todo o Brasil.

Fonte: https://www.tocfe.com.br/
PRÁTICA PEDAGÓG ICA NO
A
SÉCULO XXI

Desafiada por várias mudanças, nos últimos anos, a


prática pedagógica, segundo Franco (2016), está
permeada de intencionalidades moldadas pela
construção de práticas que dão sentido a estas
intencionalidades.

Na Teoria das Restrições chamamos isso de melhoria


contínua, dando a oportunidade de revisitar nossas
ações diante de novos desafios. Podemos concluir que
a prática pedagógica é um processo de melhoria
contínua quando está envolvida por essa
intencionalidade, criando assim uma nova maneira de
atingir seu público-alvo. Ou seja, busca atender a
demanda da comunidade onde está sendo aplicada.
Embora vivamos num mundo conectado, ainda há
lacunas a serem preenchidas no processo de
aprendizagem de crianças e adolescentes. A
necessidade de práticas que contribuam e atendam as
demandas do desenvolvimento dessa geração são
fundamentais para o êxito dessas crianças e
adolescentes no futuro, dando a eles a capacidade de
serem conscientes de suas ações e de como estas
impactam na comunidade onde vivem.
PORTANTO, FORTALECER A
PRÁTICA PEDAGÓGICA É
OPORTUNIZAR UM
CAMINHO DE NOVAS
POSSIBILIDADES AOS
APRENDIZES.
A educação no século XXI não é mais conteudista como
foi até os anos 90. Ela foi transformada pelo digital. O
acesso a informação tornou-se tão democrático que ora
somos espectadores, ora produtores de conteúdo. O
professor passou a não ter mais o papel de produtor ou
transmissor do conhecimento. Sua posição em sala de
aula mudou. Agora é um mediador entre esse “mundo”
de conhecimento e seus aprendizes. Uma das
consequências dessa nova era da aprendizagem são
crianças e adolescentes mais autônomos e ativos no
seu desenvolvimento. Em 2020 fomos surpreendidos
com uma pandemia que impactou a comunidade
escolar. As escolas, de certa forma, tem conseguido
avançar nos desafios impostos por esse componente
ambiental, mas sabemos que cada ano escolar é
cercado de incertezas quanto à aprendizagem dos
alunos e seu desenvolvimento como indivíduos nos
aspectos acadêmicos e socioemocionais. Na busca de
práticas eficazes para atender um currículo com
matrizes bem definidas, a busca por melhoria contínua
na práxis pedagógica é urgente. O mundo mudou e com
ele muda-se tudo que não é mais possível fazer
conexão com a nova geração e com tudo o que ela traz.
Pensando nisso, preparamos esse e-book para
demonstrar a vocês no que a TOCfE pode contribuir
para a prática pedagógica e como incluir as
ferramentas que ela traz na sala de aula.
Estamos envolvidos por tecnologia não importa o lugar
aonde estivermos. O impacto disso é proporcional à
nossa maneira de reagirmos às atividades que exigem
pensar um pouco além do que habitualmente estamos
acostumados. Claro que aqui, refiro-me a todos nós.
Ainda que tenhamos vivido numa geração mais “slow
motion”, nos adaptamos rapidamente a ter tudo na mão
e sem a mínima paciência para esperar nem que seja
por alguns segundos.

Vale a reflexão!

Bom, voltemos à nossa discussão de como pensar em


atrair a atenção de nossas crianças e adolescentes e,
ainda, desenvolvendo habilidades propostas pela BNCC
- Base Nacional Comum Curricular¹.

Lá estão previstas todas as habilidades tanto


acadêmicas quanto socioemocionais que deverão
compor a estrutura das aulas de todo o corpo docente
no nosso país. A grande pergunta é: como fazer isso? E
é partindo desse ponto, o como fazer, que veremos nas
próximas páginas.

_________________________________________________
¹ A Base Nacional Comum Curricular- BNCC - é o documento que norteia toda a educação básica do nosso país.
Tudo o que é ensinado, tanto nas escolas públicas quanto nas escolas privadas, está previsto neste documento.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
Trazemos uma nova forma de praticar o processo de
atuar em sala de aula. Contudo, nem só de boas notícias
vivem os aprendizes do século XXI. Na contrapartida de
toda a facilidade do acesso à informação, essa geração
é mais suscetível a episódios de ansiedade e do não
desenvolvimento de habilidades socioemocionais e
comportamentais requeridas no mercado de trabalho e
nas relações sociais. Sob essa perspectiva, as
instituições necessitam ampliar seus currículos de
formação de escolares não só nos aspectos cognitivos,
mas também emocionais.

Portanto, uma prática pedagógica eficaz deve ser capaz


de produzir interação, promover impacto e de atender
as demandas dos seus aprendizes. Uma prática VIVA.

IS IT AR A PRÁXIS
“(RE)V IR NOVAS
ES CO B R
ÉD ES E
INTENÇÕ
VAS
CRIAR NO
ZAGENS.”
APRENDI, L. E., 2023
C OELH O
AS FUNÇÕES EXECUTIVAS
NA APRENDIZAGEM

Quantas vezes você precisou se


controlar para falar algo que não
devia? E quantas vezes você
disse sem querer? Pois é!
Temos aqui uma função
executiva que regula - ou não -
essa capacidade de controlar os
nossos impulsos.

O tema Funções Executivas é o


assunto do momento. Com a
neurociência temos a
oportunidade de conhecer
melhor o funcionamento
cerebral.

Aprender sobre as funções


executivas e seu papel na
aprendizagem é fundamental
para entender onde há
defasagens e quais funções
devem ser estimuladas dentro do
processo de ensino de
habilidades acadêmicas e
comportamentais.
As funções executivas são muito importantes para tudo
o que a gente faz.

Tanto é verdade que virou o assunto do momento no


meio acadêmico com o advento da neurociência. Sobre
estas funções, ainda tem muita pergunta sem resposta.

Entretanto, aprender sobre como elas funcionam e


atuam, fortalece nossa prática pedagógica e elas se
tornam nossas melhores amigas se construirmos
nossos planos de aula, pensando no que queremos
estimular e desenvolver nos nossos aprendizes, tendo
nossas “amiguinhas” como coadjuvantes de uma
história de desenvolvimento humano, reverberando na
comunidade escolar e transcendendo os muros da
escola.

Apresentaremos as 3 principais funções executivas:


memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade
cognitiva. Acrescentaremos mais duas funções
chamadas de complexas: resolução de problemas e
planejamento. Vamos conhecer um pouco sobre cada
uma delas?

LEMBRE-SE:
“SERÃO SUAS MELHORES AMIGAS”
ME

RI
AD
E
TR
AB
AL
HO

CONTROLE INIBITÓRIO
A
T IV
G NI
CO
D E
LI DA
I
E X IB
FL

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FUNÇÕES
EXECUTIVAS
COMPLEXAS
PLANEJAMENTO
A MEMÓRIA DE TRABALHO

Em 1974, Baddeley e Hitch apresentaram


um modelo de memória de trabalho que
é formado por algumas partes:

1ª parte - Executivo Central: Aqui é onde


está localizado o sistema atencional do
nosso cérebro;

2ª parte - Visuoespacial: Parte que


capta as imagens que vemos;

3ª parte - Fonológica: Memoriza os sons;

4ª parte - Retentor Episódico: Aqui é


onde ocorre as comparações
armazenadas com aquelas que vão
chegando por meio dos nossos sentidos.
EXEMPLIFICANDO:

Na aula de alfabetização, a professora


transmitia aos alunos algumas
informações:

1ª parte - Executivo central: “Prestem


atenção aqui. Preparados?”

2ª parte - Visuoespacial: “Vejam estas


figuras (alfabeto com boquinhas
fazendo o movimento de cada letra)”

3ª parte - Fonológica: “Repitam comigo


o som de cada letra do nosso alfabeto”

4ª parte - Retentor episódico: “Vamos


aprender a formar as palavras? Qual é
o som dessa letra (s)?. E se colocarmos
essa letra (a), que som nós temos?“
CONTROLE INIBITÓRIO:
ajudando no desenvolvimento
da cognição das crianças

Diamond (2013) é um autor que sempre


escreveu muito sobre funções
executivas e tem um modelo que leva
seu nome. Para ele, o controle inibitório
envolve a capacidade da criança em
controlar sua atenção, controlar seus
pensamentos, controlar os seus
comportamentos e as suas emoções
para interromper tudo aquilo que possa
interferir numa atividade.
A FLEXIBILIDADE COGNITIVA
“O PENSAR FORA DA CAIXA”

Como a gente
sofre se não
desenvolvemos
a flexibilidade
cognitiva!

Essa é a função e aprende a ver


que nos ajuda a as coisas sob
lidarmos com a várias
frustração. perspectivas.

A gente
aprende a lidar
com opiniões
diferentes
além das duas
funções
superiores.
Vejamos o que
elas fazem:

E se você já
sabe que as
funções
executivas
principais são:

memória de flexibilidade
trabalho, cognitiva,

controle
inibitório e
MEMÓRIA DE
TRABALHO

CONTROLE
INIBITÓRIO

FUNÇÕES
EXECUTIVAS

FLEXIBILIDADE
COGNITIVA

RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS E
PLANEJAMENTO

As funções executivas possibilitam:


Brincar mentalmente com as ideias;
Ter tempo para pensar antes de agir;
Enfrentar desafios e imprevistos;
Resistir às tentações;

Manter o foco.
A AUTORREGULAÇÃO DA
APRENDIZAGEM

“AS PRÓPRIAS “DIAMOND (2013)


FUNÇÕES RECONHECE A
EXECUTIVAS SOBREPOSIÇÃO
ESTARIAM ENTRE FUNÇÕES
SUBJACENTES OU EXECUTIVAS E
PERMITIRIAM A AUTORREGULAÇÃO.”
AUTORREGULAÇÃO.” (MALLOY-DINIZ, 2010)
(MALLOY-DINIZ, 2010)

“AUTORES COMO
BARKLEY (2012)
COMPREENDEM
FUNÇÕES
EXECUTIVAS COMO
AUTORREGULAÇÃO.”
(MALLOY-DINIZ, 2010)

FATORES COMO:
AUTOCONHECIMENTO

AUTORREFLEXÃO

CONTROLE DE PENSAMENTOS

DOMÍNIO EMOCIONAL

MUDANÇA COMPORTAMENTAL

FAZEM PARTE DA:

AUTORREGULAÇÃO
(BEMBENUTTY, 2008; WOLTERS & BENZON, 2013)
AUTOCONHECIMENTO
AUTORREGULAÇÃO
AUTORREFLEXÃO

CONTROLE DE PENSAMENTOS

DOMÍNIO EMOCIONAL

MUDANÇA COMPORTAMENTAL

MEMÓRIA DE TRABALHO
EXECUTIVAS

CONTROLE INIBITÓRIO
FUNÇÕES

FLEXIBILIDADE COGNITIVA

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
PLANEJAMENTO
SOCIOEMOCIONAIS

AUTOCONHECIMENTO
COMPETÊNCIAS

AUTOCONTROLE

CONSCIÊNCIA SOCIAL

HABILIDADE DE RELACIONAMENTO

TOMADA DE DECISÃO RESPONSÁVEL


Na página anterior apresentamos a
vocês os fatores que correspondem à
autorregulação, funções executivas e
competências socioemocionais.
Perceberam como a
AUTORREGULAÇÃO
tem muita coisa em comum com as
FUNÇÕES EXECUTIVAS e as
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS?

“OS ALUNOS QUE TENDO MAIS


SÃO MAIS MOTIVAÇÃO NOS
AUTORREGULADOS ESTUDOS E
APROVEITAM MELHOR
MELHOR O QUE É DESEMPENHO
ENSINADO, ACADÊMICO.”

(Panadero, Klug & Järvelä, 2015;


Schunk & Zimmerman, 2008).
“A AUTORREGULAÇÃO DA
APRENDIZAGEM É DEFINIDA COMO O
PROCESSO NO QUAL O ALUNO
ESTRUTURA, MONITORA E AVALIA O SEU
PRÓPRIO APRENDIZADO.”
(ZIMMERMAN & SCHUNK, 2011)
Se considerarmos as características
descritas acima pelos autores, podemos
concluir que para essas ações o aluno
precisa ter funções executivas sendo
estimuladas para que os processos que
envolvem estruturação, monitoramento e
avaliação ocorram.

É só pensarmos
nas habilidades
que nosso
cérebro recruta
quando nos
autorregulamos.
E AS CO M PETÊNCIAS
POR QU N AIS D EVEM SER
IO
SOCIOEMOCNVOLVIDAS?
DESE

Se a autorregulação apresenta relação com a parte da


cognição, da emoção, da afetividade e das relações
sociais, precisamos compreender porque as habilidades
socioemocionais são importantes para a aprendizagem.

As competências socioemocionais passaram a compor


a matriz curricular do ensino básico do nosso país. Tudo
começou quando o Brasil aceitou a proposta da
educação do século 21 feita pela UNESCO -
Organização das Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura. Segundo a CASEL - Collaborative for
Academic, Social, and Emotional Learning, uma
organização norte-americana que há muito tempo atua
com o ensino de habilidades socioemocionais e da sua
importância quanto ao manejo das emoções no
ambiente escolar, aponta que desenvolver
competências socioemocionais beneficia o aluno na sua
vida escolar e na sua vida futura, considerando suas
relações interpessoais na vida familiar, social e no
trabalho. Um conjunto de evidências publicadas pela
CASEL (2023), demonstram a eficácia dos programas
de educação socioemocional e de resultados
significativos, como:
praticar atividades que desenvolvam
competências socioemocionais,
resultando em relações interpessoais
mais significativas e positivas;

colaborar para a redução de


comportamentos inadequados
e/ou disruptivos;

ensinar os alunos a olharem para suas


potencialidades e a reconhecerem seus
limites para serem motivados e
engajados a partir do
autoconhecimento, refletindo no
desempenho acadêmico.
E M S AL A D E AULA:
LICAN D O A TOCfE a ca dêmicas e
AP o habilidad es
desenvolvendsocioemocionais

A TOCfE é uma metodologia que trabalha com a


comunicação e o raciocínio lógico por meio de
ferramentas visuais que ajudam a organizar o
pensamento a partir das aprendizagens armazenadas
ao longo da vida.

Da Comunicação, partindo do ponto de que a


linguagem é fundamental para a transmissão de
informações de forma coerente, buscando o pleno
entendimento de quem recebe essa linguagem. Do
raciocínio lógico, pois é uma organização de
informações para compor um pensamento, levando-o à
solução de problemas.

São três ferramentas que desenvolvem muitas


habilidades, tanto no contexto acadêmico quanto no
comportamental. E como as habilidades
socioemocionais precisam ser incorporadas aos
programas de aprendizagem acadêmica, a pergunta é:
como fazer isso?

Vamos pensar juntos!


Considerando as características de cada habilidade
socioemocional, existem alguns elementos intrínsecos
em cada uma delas.

Quando falamos de autoconhecimento, precisamos


pensar: “quem sou eu?”, “como eu tenho resolvido
meus conflitos internos?”, “quais são meus limites e
minhas potencialidades?”. Quando falamos de
autocontrole, fazemos conexão com nossas relações
interpessoais e de como reagimos às situações que não
nos satisfazem.

Sabendo quem somos e como gerenciamos nossas


emoções, temos condições de nos relacionarmos de
maneira flexível, criando em nós a consciência social,
fazendo a relação de CAUSA X CONSEQUÊNCIA, frente
às nossas ações, levando-nos a tomar decisões de
forma responsável. Imaginem uma escadinha:

TOMADA DE DECISÃO RESPONSÁVEL

HABILIDADE DE RELACIONAMENTO

CONSCIÊNCIA SOCIAL

AUTOCONTROLE
AUTOCONHECIMENTO
Há um desdobramento de habilidades que começa com
a frase “quem eu sou?”.

As ferramentas da TOCfE são visuais, podendo ser


utilizadas desde o quadro branco na sala de aula, nas
atividades da Educação Infantil, nos projetos dos
adolescentes do Ensino Médio ou no chão do pátio da
escola, usando o giz escolar.

São baseadas no questionamento, tendo como fonte de


inspiração o método socrático:
https://filosofianaescola.com/logica/metodo-socratico/

Na TOCfE, a pergunta é sempre melhor que a resposta!

As ferramentas são: Nuvem de Conflito, Ramo Lógico e


Objetivo Ambicioso!

A Nuvem de Conflito ajuda a desenvolver a habilidade


de resolver conflitos de maneira racional e sem
dependência de terceiros.

O Ramo Lógico promove a tomada de decisão a partir


da aprendizagem da relação entre CAUSA X
CONSEQUÊNCIA, tanto no contexto positivo quanto
negativo.
O Objetivo Ambicioso promove a habilidade de
planejar e organizar as ações para alcançar um
objetivo.

Quando usamos as ferramentas da TOCfE queremos


que as crianças respondam perguntas:

COMO VOCÊ PODE


GARANTIR QUE TODOS
GANHEM E NINGUÉM
PERCA?

COMO VOCÊ PODE


FAZER COM QUE UM
DESEJO SE REALIZE?

COMO VOCÊ PODE


MUDAR SEU FUTURO?

POR QUE UMA


PERGUNTA É MELHOR
QUE UMA RESPOSTA?
Deseja saber mais sobre a aprendizagem
autorregulada, competências socioemocionais e
TOCfE?

Faça uma formação com a gente.


É só clicar AQUI
BIBLIOGRAFIA

Baddeley, A. D., & Hitch, G. J. (1974). Working memory.


The Psychology of Learning and Motivation, 8, 47-89.

Baggetta, P., & Alexander, P. A. (2016). Conceptualization


and operationalization of executive function. Mind, Brain,
and Education, 10 (1), 10-33. Acesso em 20 ago. 2023

Bembenutty, H., & White, M. C. (2013). Academic


performance and satisfaction with homework completion
among college students. Learning and Individual
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https://casel.org/resources-guides/>. Acesso em: 28
set. 2023
Diamond, A. (2013). Executive functions. Annual review
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Franco, M. A. R. S. (2016) Prática pedagógica e
docência: um olhar a partir da epistemologia do
conceito. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília, v. 97, n.
247, p. 534-551. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php
script=sci_arttext&pid=S2176-
66812016000300534&lng=en&nrm=is. Acesso em: 21
set. 2023

Ganda, D. R. & Boruchovitch, E. (2018) A


AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM: PRINCIPAIS
CONCEITOS E MODELOS TEÓRICOS Psic. da Ed., São
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Grau, V. & Whitebread, D. (2012). Self and social
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Luria, A.R. (1973). The three principal functional units in


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Malloy-Diniz, L. F & Dias, N. M. (2020). Funções
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Marques, A. P. P, Amaral, A. V. M e Pantano, T. (2020).
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Zimmerman B. J., & Schunk D. H. (2011). Handbook of
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York, NY: Routledge.
https://doi.org/10.1590/S2176-6681/288236353

Visão geral da função cerebral - Distúrbios neurológicos


- Manuais MSD edição para profissionais
(msdmanuals.com)

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