Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E PROGRAMAÇÃO
NEUROLINGUÍSTICA
PARA EDUCADORES
1ª Edição
Indaial - 2022
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
R361c
Reif, Estelamaris
CDD 370
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
PRINCÍPIOS DE COACHING E MENTORING APLICADOS AO
AMBIENTE EDUCACIONAL............................................................. 7
CAPÍTULO 2
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)............................. 45
CAPÍTULO 3
NEUROEDUCAÇÃO E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA,
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO.......................................................... 93
APRESENTAÇÃO
De 1986 aos dias atuais, a Educação está em constante transformação. A
universalização do ensino vem expandindo ao redor do mundo, os investimentos no
setor educacional aumentaram e a formação docente evoluiu consideravelmente.
No entanto, há muito a se fazer para garantir um ensino qualitativo e global. É
neste sentido que cada vez mais tornam-se necessários os investimentos na área
educacional e no aperfeiçoamento profissional dos docentes. Assim, será possível
alcançar uma educação de qualidade.
8
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A ideia de coaching ainda é estranha para muitas pessoas, por isso é
comum que o coaching seja confundido com atividades similares, treinamentos
motivacionais, ou relacionado a ajudar pessoas a crescerem ou passarem por
uma transição profissional ou pessoal; contudo, a maioria tem dificuldade em
definir o coaching e o que realmente ele faz. Por isso, nossa jornada começa com
esta pergunta: O que é Coaching?
Marion (2017) discorre que, segundo o ICF, o coach honra o cliente como o
expert em sua vida e trabalho, e acredita que cada cliente é criativo, inventivo e
completo. Baseado nesse fundamento, o coach é responsável por:
9
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
2 COACHING NA EDUCAÇÃO
Vamos começar com uma pergunta simples. Como funciona nosso cérebro?
FIGURA 1 – CÉREBRO
FONTE: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/cerebro-maquina-
100-por-cento-nossa-disposicao/>. Acesso em: 13 jun. 2021.
O fato é que esse órgão de 1,4 quilos, com algo próximo a 100 bilhões
de células, que fica todo comprimido em nossa cabeça, é o local onde fica
armazenado todo nosso conhecimento e precisa ser muito bem entendido para
que nosso processo de aprendizagem seja realmente eficaz.
Mas, qual a melhor maneira de educar uma criança? Devemos educar adultos
do mesmo modo que educamos crianças? Existem tantas propostas pedagógicas
que fica até complicado para qualquer pai avaliar aquela que mais vai ao encontro
do que busca para seu filho. E como se essa diversidade já não fosse motivo
suficiente para encher nossas cabeças de dúvidas, ainda nos deparamos com
10
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
escolas que dizem aplicar uma proposta pedagógica, e quando vamos ver, não é
bem isso o que acontece (ESCOLA DE APOIO MDC, 2020).
Temos visto muitos debates sobre o modelo educacional padrão que vem
sendo utilizado há anos em praticamente todo o mundo. Várias propostas de
escolas alternativas vêm sendo desenvolvidas, cada uma priorizando aquilo que
mais entendem ser o melhor para o processo de educação de nossas crianças e
jovens. Mas qual realmente se desenvolverá e qual realmente funciona?
O papel do coach não é construir resultados para seus clientes, mas despertar
os recursos que há dentro de cada um dos coachees e servir de facilitador para
que ele encontre o caminho rumo a sua meta. Portanto, o coach oferece espaço
para que cada um possa ter consciência de suas habilidades e desenvolver
outras tantas, liberando pensamentos e sentimentos emaranhados e acelerando
o desenvolvimento pessoal. O profissional auxilia na expansão e crescimento
das pessoas ao oferecer possibilidades de o coachee encontrar novas respostas,
ampliando sua capacidade de criar alternativas e fazer escolhas, gerando, assim,
comportamentos mais assertivos.
11
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
12
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
Por ser mais focado, o processo do coaching costuma ser mais rápido e
envolver as pessoas de forma objetiva no estabelecimento de alvos bem definidos,
assim como na identificação de metas.
Marion (2017), em seu livro, faz uma comparação do coaching com outras
atividades. Observe essas comparações no quadro a seguir.
13
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
14
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
É essencialmente um trata-
mento para problemas psi-
cológicos, que pode variar O coaching não é remediati-
de acordo com as linhas da vo, e seu foco não é a cura de
psicologia (cognitivo-com- traumas emocionais sofridos.
portamental, interpessoal O coaching atua mais sobre a
Por que
etc.). Pode ser um relacio- psicologia positiva. No coach-
você tem
Psicoterapia namento individual ou co- ing, o acesso a memórias
agido as-
letivo com um psicólogo. feridas acontece quando elas
sim?
Procura focar nas doenças delimitam o potencial que pre-
da mente, como depressão cisa ser liberado e é realizado
ou ansiedade, aprofundan- em situações pontuais, com
do-se nas suas causas e exercícios predefinidos.
nos efeitos que resultam em
dor psicoemocional.
O coach é um expert em
coaching, e nessa relação
Um treinamento está des- não se visa à capacitação em
tinado a desenvolver ou alguma nova competência
aprimorar conhecimentos, ou habilidade. No coaching,
habilidades e comportamen- a aprendizagem acontece
tos. O treinamento depende como autodescoberta por
de um expert no assunto, um processo de Discovery.
Aprenda a que também dispõe de ha- Pressupõe-se que o cére-
Treinamento
fazer as- bilidade didática para a ca- bro é um Big Data cheio de
sim... pacitação de um grupo. Es- informações sobre você e
pera-se que a partir de um o mundo, que precisam ser
treinamento se desenvol- acessadas de maneira cria-
vam conhecimentos, habil- tiva, liberando um potencial
idades ou atitude para mel- bloqueado. Diferentemente
horia de desempenho. da maioria dos treinamentos,
sessões de coaching são
uma relação de um para um.
15
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
16
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
E o coaching educacional?
17
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
18
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
LEITURA COMPLEMENTAR
19
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
20
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
3 ESTRATÉGIAS E ABORDAGENS
PEDAGÓGICAS COM COACHING
Durante um processo de coaching é muito comum enfrentar um grande
vilão: a resistência a mudanças. É da natureza humana que qualquer pessoa
saudável psicologicamente deseje progresso em sua vida. Contudo, o progresso
está necessariamente ligado a mudanças que acontecem ou precisam acontecer
(MARION, 2017).
Mudanças, como vimos, exigem perdas em troca daquilo que vamos ganhar
(menos tempo de TV, para fazer um novo curso, para promover minhas chances
21
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
Sempre ouvimos de nossos pais e professores que para estudar temos que
ler, fazer resumos e exercícios. Aí nos sentamos para estudar, nos organizamos e
começamos a ler o texto. Passados dois parágrafos, não nos lembramos do que
lemos no primeiro. Aí achamos que a solução é começar a sublinhar ou passar um
marca texto e tudo será resolvido. Resolve? Você aprende algo assim, realmente?
Há estudantes que sublinham tanto e marcam tantos trechos que fica impossível
descobrir o que era realmente importante a ser destacado.
FONTE: A autora
22
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
Ajude seu coachee a ver o problema como ele é, mas não torne o problema
maior do que ele é. Aumentar o problema o inclinará a desistir. Não importa qual a
situação, veja-a como é, e não pior.
23
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
Boas perguntas que poderão ser feitas pelo coach nesse passo são: Qual é
a verdade por trás desse fato? O que preciso admitir a mim mesmo? Ajude seu
coachee a assumir responsabilidade pela realidade na qual ele se encontra.
24
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
25
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
Não só isso: ao fazer, não crie a expectativa de receber algo em troca, isso
lhe dará uma sensação de liberdade contra frustrações e decepções que poderá
sofrer.
4 FERRAMENTAS DE COACHING
EDUCACIONAL
É importante que o coach esteja munido de um conjunto de ferramentas que
apoiarão o coachee a promover decisões de progresso e mudança de vida. Para
isso, neste subtópico vamos tratar os promotores de mudança, que são os recursos
usados para ressignificar uma realidade limitadora que vem sendo experimentada
pelo coachee, aumentar o nível de consciência sobre suas escolhas, decisões e
responsabilização sobre os resultados atuais (MARION, 2017).
26
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
I. Os sete enquadramentos.
II. Mapa não é território.
III. Não existem erros, apenas resultados.
IV. Autoconsciência.
V. Autorresponsabilidade.
I. OS SETE ENQUADRAMENTOS
FONTE: <https://cdn.iset.io/assets/55268/produtos/34727/thumb_428-428-quadro-
decorativo-abstrato-abacaxi-minimalista-na-praia_02.jpg>. Acesso em: 13 jan. 2022.
Qual é a função dessa bela moldura? Sua função principal é focar sua
atenção na imagem e separar o ambiente interno do ambiente externo.
É exatamente o que um fotógrafo faz quando está tirando uma fotografia. Ele
seleciona e determina o que pode e o que não pode ser visto na fotografia. Para
isso, ele conta com a função “zoom”, podendo privilegiar detalhes de uma imagem
ou ampliá-la e revelar o seu contexto.
27
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
CURIOSIDADE!
Daniel Simons é um psicólogo experimental da Universidade
de Illinois. Para ele, a realidade é apenas uma ilusão, uma
interpretação do cérebro. Tudo o que você vê, ouve e sente é a
sua própria realidade criada por aquilo que seu cérebro lhe dá, que
pode ser completamente diferente de uma outra pessoa. Daniel
Simons publicou um vídeo sobre seus experimentos: The Monkey
Business Illusion. Acesse e confira: https://www.youtube.com/
watch?v=IGQmdoK_ZfY
28
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
I. Reenquadramento ecológico.
II. Reenquadramento de resultado.
III. Reenquadramento de backtracking.
IV. Reenquadramento de contraste.
V. Reenquadramento de “como se”.
VI. Reenquadramento sistêmico.
VII. Reenquadramento de negociação.
29
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
30
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
Desafie a visão que seu coachee tem da sua própria realidade ou “mapa de
vida”. Cada pessoa carrega seu próprio mapa dentro de si. O nosso mapa é a
nossa orientação de vida.
Herdamos nosso mapa dos nossos pais e/ou educadores, ou seja, muito de
como nós interpretamos nossa própria realidade de vida foi transferido por como
outros receberam ou interpretaram sua própria realidade.
Todo mapa tem limites, regras de vida e significados que damos como guias
determinantes. Nosso mapa, contudo, é apenas uma perspectiva parcial do
território da vida. O coach deve ajudar o coachee a ampliar sua visão e desafiar
limites mentais sobre a realidade.
31
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
Resultados são fruto de escolhas que fazemos. Se não quero mais certo tipo
de resultado, preciso fazer novas escolhas. Isso anula o efeito punitivo do erro e o
recondiciona de maneira pedagógica, como parte de um processo de crescimento
e aprendizado.
Diante da inação movida pelo medo de falhar, desafie seu coachee: “Se
tivesse convicto de que na vida não existe fracasso, apenas feedback e resultados,
o que faria de novo hoje?”.
IV. AUTOCONSCIÊNCIA
32
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
V. AUTORRESPONSABILIDADE
“É a crença de que você é o único responsável pela vida que tem levado,
sendo assim, é o único que pode mudá-la” (VIEIRA, 2008 apud MARION, 2017,
p. 1).
33
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
Por mais difícil que seja, minha mudança depende do meu nível de
autorresponsabilidade. É o princípio da semeadura. Significa reconhecer que
tenho a vida que mereço, o emprego que mereço, o casamento que mereço, o
salário que mereço, os amigos que mereço, a saúde física que mereço, pois são
fruto e resultados das minhas próprias escolhas (MARION, 2017).
34
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
35
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <https://docplayer.com.br/docs-images/109/187990513/
images/9-0.jpg>. Acesso em: 22 maio 2021.
I. BUSCANDO O FOCO
37
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
e) Agora, você deverá fechar os olhos por uns instantes e procurar acalmar
sua mente. Ao fechar os olhos, repita a respiração mais vezes e, ao final,
abra os olhos.
f) Inicie seus estudos fazendo caça-palavras, jogo de sete erros ou uma
palavra cruzada simples. O objetivo é fazer com que sua concentração
seja “capturada”.
g) Nada de acessar celular ou computador (que não seja para consultas
do estudo). Esses são os grandes vilões que nos tiram a concentração.
E procure parar a cada 60 minutos de estudo; isso é importante para
refrescar a cabeça.
Defina um tempo que terá para ler uma página ou o trecho da matéria a
ser estudada. No caso de vídeos, o tempo já estará definido. Esse tempo é
importante para que você não se distraia nessa primeira leitura. Essa leitura ou
esse processo de visualização do vídeo tem que ser direta, sem interrupções,
e como você terá um tempo definido para ler (ou ver o vídeo), isso o forçará a
ter foco e concentração. Não é para apostar corrida! É para ler/ver direto, sem
interrupções, sem anotar, sem sublinhar, sem voltar para reler ou ver algo. Apenas
se concentre e leia ou assista.
38
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
Escreva seu resumo da maneira que se lembrar, mesmo tendo dúvidas, não
consulte o texto. Consulte apenas suas anotações. Não se preocupe em usar as
palavras do texto ou do vídeo. O importante é ver se você conseguiu entender o
que a matéria apresentava.
Esta técnica é indicada para sessões de estudos que são feitas através
de exercícios. Fazer exercícios é uma ótima maneira de estudar. Quanto mais
colocamos em teste nosso conhecimento sobre determinado tema, mais
aprendemos. Apenas fazer exercícios com frequência já é ótimo e, se utilizarmos
algumas pequenas dicas no momento em que estivermos fazendo os exercícios,
essa atividade terá um efeito ainda mais eficaz.
39
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
40
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
IV. AUTOTESTE
Esta técnica deverá ser empregada após o estudante ter passado pelas
técnicas LVPR e ECE. O objetivo é consolidar conceitos através de uma
autoavaliação, que levará o estudante a imaginar, o que é baseado nas suas
leituras e exercícios, realmente essencial em toda a matéria estudada. Como
fazer?
V. ALUNO PROFESSOR
Esta técnica é voltada a alunos que têm maior curiosidade sobre os fatos,
sobre o mundo e sobre a funcionalidade das coisas. Uma curiosidade que vai
além da matéria propriamente dada. Uma curiosidade que os levará a ter mais
41
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
42
Capítulo 1 PRINCÍPIOS DE C. E M. APLICADOS AO A. E.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A origem da palavra coach vem do esporte, que significa treinador, tendo este
o papel de ensinar e dar instruções. Coach é o profissional que inspira o cliente
em direção a uma nova maneira de ser e pensar; sobre novas possibilidades e
tomada de decisão. É aquele que acompanha o cliente no caminho da conquista,
engajado para o futuro. Algumas palavras são comumente confundidas com o
coach, são elas: treinamento, consultoria, mentoria e terapia.
43
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Patricia; ESTEVES, Veronica Esteves; AMARAL,
Roberta. Diálogos Entre Coaches. Editora Alta Books, 2020.
PORFIRIO, Francisco. “Geração Z”. Brasil Escola. 2021. Disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/sociologia/geracao-z.htm. Acesso em: 22 maio 2021.
44
C APÍTULO 2
PROGRAMAÇÃO
NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
46
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A Programação Neurolinguística (PNL) é um assunto ainda pouco debatido
entre os educadores. A PNL constitui-se de um mecanismo em que o aluno
começa a aprender sobre seus pensamentos, o modo que isso pode influenciar
no seu cotidiano para que, a partir disso, ele possa desenvolver a mente a seu
favor.
Não raro são encontradas em salas de aula situações em que alguns alunos
apresentam dificuldades para assimilar os novos conhecimentos com determinado
professor, porém, diante da presença de outro, a mesma disciplina consegue
ser compreendida pelos mesmos alunos de maneira natural (LORENA; PINHO,
2015).
47
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
2 PRINCÍPIOS DA PROGRAMAÇÃO
NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
Como diria Connor (2000), vamos começar pelo começo. O que é PNL? Não
se pode reduzir a Programação Neurolinguística (PNL) a uma única definição. Há
muitas explicações do que seja PNL, cada uma como um feixe de luz brilhando de
um ângulo diferente, iluminando inteiramente a forma e a sombra do objeto.
48
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
49
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <https://albertodellisola.com.br/tecnicas-da-hipnose-
ericksoniana/>. Acesso em: 28 jun. 2021.
FONTE: <http://wikidanca.net/wiki/index.php/Moshe_
Feldenkrais>. Acesso em: 28 jun. 2021.
A base de toda construção é a peça fundamental que sustenta tudo que nela
é construído, e com a PNL não é diferente. Ela é constituída de seis pilares, sendo
eles, conforme Connor (2000):
50
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
o Seu Feedback é preciso e exato? Qual o seu foco hoje? Sua atenção
está sendo bem direcionada? Você está atento? Você presta atenção
nos seus próprios sentidos? (eles são a única maneira para que você
obtenha um feedback direto). Feedback na PNL significa mais do que
"retorno", significa também estabelecer padrões de críticas e elogios,
saber avaliar seus próprios resultados e manter um diálogo aberto e
assertivo com você e os outros dentro de um meio.
51
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
52
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
53
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
54
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
A grande questão está vinculada aos filtros utilizados, pois estes são
diferentes para cada pessoa. É comum uma pessoa, ao processar as informações,
omitir alguma parte ou logo já generalizar a informação, podendo até distorcê-la,
baseado em seus valores, crenças e histórico de vida (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA, 2021).
57
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <https://www.aprimoresuamente.com/quais-os-
beneficios-da-pnl/>. Acesso em: 28 jun. 2021.
• ANCORAGEM
58
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
• RAPPORT
59
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
No momento de fazer uma venda, por exemplo, ainda que uma pessoa esteja
procurando por um produto, a maneira com que o vendedor faz sua abordagem irá
interferir na decisão de compra do cliente. O mesmo acontece em uma conversa
pessoal.
Quando a outra pessoa tem confiança no que você tem a dizer, a tensão
interpessoal diminui, deixando as pessoas mais à vontade e receptivas. Nesse
tipo de conversa há mais liberdade para a exposição de ideias, desejos,
necessidades e intenções. Por outro lado, sem estabelecer essa relação de
confiança, a comunicação torna-se mais difícil e, às vezes, os objetivos de ambas
as partes não são alcançados, mesmo com o diálogo (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA, 2021).
Como criar Rapport? Uma das formas mais utilizadas para se obter Rapport
é o espelhamento de comportamentos, ou seja, ajustando o seu comportamento
verbal e não verbal para que ele se mova em conjunto com a outra pessoa. Isso
desencadeia uma mensagem de confiança no inconsciente de seu interlocutor,
que sente que você é parecido com ele.
60
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
• METÁFORAS
• METAMODELAGEM DE LINGUAGEM
61
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
• ESPELHAMENTO
62
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
• MÉTODO DISNEY
63
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
64
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
FONTE: <https://america24h.tv/noticias/103-melhore-o-processo-criativo-
com-o-m%C3%A9todo-de-walt-disney.html>. Acesso em: 25 jul. 2021.
65
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
3 PROGRAMAÇÃO
NEUROLINGUÍSTICA (PNL) NA ÁREA
DA EDUCAÇÃO
As habilidades disponibilizadas pela PNL são úteis na comunicação, gestão de
equipes, gerenciamento de projetos, a lidar com situações difíceis e em qualquer
ocasião quando for necessário interagir com pessoas ou alcançar a excelência
pessoal. As ferramentas lhe permitem alcançar uma profunda compreensão dos
padrões de comportamento e de como as pessoas podem responder a diversas
situações. Ajudará você a trabalhar de forma eficiente e eficaz. Todos podem se
beneficiar da PNL, sejam empresários, desportistas, atores, estudantes, líderes,
políticos etc. (ALLEN, 2015).
Você deve saber que os estados emocionais, como a depressão, não são
coisas que ocorrem sem mais nem menos. Uma pessoa não “cai” em uma
depressão, ela a cria, da mesma forma como qualquer outro “resultado” na vida é
obtido através de determinadas ações mentais. A pessoa que se sente deprimida
está contemplando a vida de uma forma particular, e diz coisas para si com uma
determinada entonação, adotando uma postura física específica (ALLEN, 2015).
66
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
Embora a PNL ainda não esteja sendo considerada ciência, ela utiliza
elementos que podem ser examinados pela ciência consagrada para atuar. Desse
modo, são extremamente relevantes as discussões que versam sobre o tema,
principalmente no que diz respeito à aplicação das técnicas de PNL no âmbito
escolar, já que muitas de suas ferramentas utilizam mecanismos cognitivos
para programar o cérebro a agir sobre hábitos determinados, por processos de
estruturação mental definidos e organizados para o resultado desejado (LIMA,
2016).
Mas como utilizar a PNL na educação? Para Allen (2015), a PNL ajuda a
desvendar e interpretar situações e esclarecer nossos sentimentos e pensamentos.
67
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
68
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
69
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
70
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
71
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <https://www.infoescola.com/biologia/sistema-
sensorial/>. Acesso em: 30 jun. 2021.
3.1 VISUAL
Os alunos desse grupo conseguem memorizar matérias, nomes e dados com
mais facilidade quando estimulam a visão. Slides, gráficos, diagramas, ilustrações
e textos são os materiais mais adequados para revisar e estudar depois das aulas,
sempre em ambientes tranquilos e silenciosos. Para eles, qualquer som funciona
como uma distração.
Em sala de aula, portanto, é fundamental tomar nota de tudo o que foi dito,
já que a escrita também é uma forma de estimular a visão. Em casa, dá para
aproveitar esse material de outras maneiras, combinando as anotações com
imagens e outros elementos visuais que ampliam o contexto do tema estudado.
Outra possibilidade é preparar resumos gerais, cartazes e fichamentos que
facilitam o resgate na memória de assuntos específicos.
3.2 AUDITIVO
Estimular a audição não tem a ver, necessariamente, com estudar em
ambientes barulhentos. Alunos auditivos precisam de silêncio e concentração
para ouvir a explicação dos professores e repassar o conteúdo em voz alta, mais
tarde, na hora de estudar. A melhor alternativa é buscar ambientes tranquilos, que
não sejam afetados por ruídos externos.
72
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
3.3 CINESTÉSICO
Para estes alunos, não basta apenas ler ou ouvir as explicações do professor.
Eles precisam entender o conteúdo na prática, com a mão na massa. Por isso, a
dica é estar sempre em movimento, fazendo algumas pausas relaxantes durante
os estudos.
Outro macete é contar com uma série de gestos e ações para ‘gravar’ o que
foi passado nas aulas. Laboratórios, atividades em campo, viagens e pequenos
experimentos caseiros também trazem bons resultados, já que transformam
teorias em algo palpável, real.
73
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
1. O despertar da curiosidade.
2. O cuidado com os estilos de aprendizagem.
3. As técnicas de estudo.
4. O uso de TIC (tecnologias da informação e comunicação) em sala de
aula.
74
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
Aprender não é a mesma coisa que ensinar e pode nada ter a ver com a
forma de ensinar. Podemos aprender algumas coisas quando somos ensinados
de forma direcionada por um professor ou tutor, e outras coisas no processo
individual de vivência do mundo. Por exemplo, no processo de aprendizagem,
pode-se ensinar utilizando diversas metodologias, muitos alunos podem vir a
crer que não são capazes de aprender, quando na verdade não seriam bons em
serem ensinados na forma tradicional que direcionamos o aprendizado, de acordo
com alguns parâmetros apontados nas pesquisas atuais de forma de aprender e
ensinar com a PNL.
Não se pode ter um professor sem um aluno; o ensino não pode existir como
atividade por si só. Não faz qualquer sentido dizer: “Ensinei a matéria, mas os
alunos não a aprenderam”. Isso é o equivalente educacional da piada de médicos:
“ A cirurgia foi um sucesso, mas o paciente morreu”. O professor também é um
aprendiz, embora vá aprender algo diferente daquilo aprendido pela pessoa a
qual estiver ensinando (CONNOR, 2000).
75
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <http://www.aikinews.com.br/index.php/artigos/12-as-4-fases-
do-aprendizado-segundo-robert-dilts>. Acesso em: 30 jun. 2021.
76
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
4 A ESTRUTURA DO PENSAMENTO:
APRENDIZAGEM, AÇÃO E REAÇÃO
Os neurônios são os responsáveis por seu pensamento. À medida que
pensa, imagina ou aprende algo, mensagens são transmitidas entre neurônios
formando conexões cerebrais. Cada neurônio se comunica liberando substâncias
químicas chamadas neurotransmissoras, que transportam as mensagens entre os
neurônios (ALLEN, 2015).
77
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
• Córtex cerebral:
o Hemisférios esquerdo e direito.
o Processa informações visual, auditiva e cinestésica (tato). Controla
os processos intelectuais (falar, ver, ouvir, raciocinar, pensar).
o Esta área considera uma situação e, baseada em lembranças, decide
como reagir.
• Cérebro réptil:
o Controla a respiração e o sono.
o Detecta informações sensoriais, controla a temperatura e a digestão.
78
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
79
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
80
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
1. Giro do cíngulo
O giro do cíngulo ou giro cingulado é a área responsável por uma série de
respostas emocionais como a relação entre odores e imagens com a memória de
experiências agradáveis.
2. Amígdalas
As amígdalas são duas estruturas esféricas da neuroanatomia do sistema
límbico. É uma das áreas mais importantes, responsável por respostas emocionais
relativas ao comportamento social de humanos e outros mamíferos. É umas das
principais áreas do controle da agressividade.
81
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
3. Tálamo
O tálamo é responsável pela comunicação dos neurônios de diversas áreas
do sistema límbico. Localizado na parte mais interior do encéfalo, suas conexões
estão relacionadas às funções motoras e sensitivas.
4. Hipotálamo
O hipotálamo é uma das áreas mais importantes do sistema límbico. Possui
a função de regular a produção hormonal e outros processos metabólicos, realiza
a conexão do sistema nervoso ao sistema endócrino.
5. Septo
O septo coordena as relações entre as sensações de prazer, memórias e as
funções sexuais, como o orgasmo.
6. Corpo mamilar
O corpo mamilar é responsável pela transmissão dos impulsos oriundos
das amígdalas e do hipocampo. Também funciona na manutenção da memória
recente e da memória espacial ligada à localização de objetos e eventos.
4.2 APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Para compreender o processo de aprendizagem faz-se necessária
uma abordagem teórica sobre o desenvolvimento cognitivo no processo da
aprendizagem. Foi descrito por Jean Piaget, um psicólogo suíço, falecido em
1980, cujos trabalhos são mundialmente conhecidos e, por mais de quarenta
82
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
anos realizou pesquisas com crianças visando não somente a conhecer melhor
a infância para aperfeiçoar os métodos educacionais, mas também para
compreender o homem (MIRANDA; SILVA, 2021).
83
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
Entender que somos únicos no PNL é tão importante como entender como as
sensações são criadas. A primeira coisa que acontece é que você recebe algum
estímulo externo. Por exemplo, quando você acordou esta manhã, a primeira
coisa que sentiu foi seu comentário interior. Era só você, certo? Então, começou
a enfrentar o mundo – uma cafeteira assobiando, uma criança chorando, um
cachorro que precisa sair, o jornal na porta da frente, a TV ligada. Qualquer que
seja seu mundo, você recebeu estímulos em seu cérebro.
84
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
Você poderia pensar: “Será um dia ruim… Terá trânsito… Tem poluição…
Odeio política… A economia está em baixa… Ficaremos sem café… Ninguém vai
cuidar da droga do cachorro?”. Parece familiar? Ou se você tiver sorte como eu
de estar feliz e casadoa, poderá até ser: “Bom dia, amor. Qual é a agenda do
dia?” O resultado? Há uma coisa ou outra acontecendo em sua mente.
Qualquer que seja o estímulo, você atribui um significado a ele, você tem
uma emoção, e são essas emoções que geram sua reação. É como acontece
com a maioria das pessoas. Quando você começa a entender que suas emoções
vêm do significado que você confere a algum pensamento ou informação externa,
pode voltar para esse pensamento, “esvaziá-lo” e mudá-lo. É onde a capacidade
de diminuir a velocidade de seus pensamentos realmente permitirá pensar com
mais eficiência e escolher respostas melhores (HOOBYAR; DOTZ; SANDERS,
2018).
85
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
LEITURA COMPLEMENTAR:
“APRENDER”
86
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
87
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
Pilar Conceito
1º Pilar - Você ( ) Harmonia, conexão e empatia que se gera
em um algum relacionamento.
2º pilar - Pressuposições ( ) Você é o único responsável pelo seu suces-
so.
3º Pilar - Rapport ( ) Significa mais do que "retorno", mas tam-
bém, estabelecer padrões de críticas e elogios.
4º Pilar - Resultado ( ) Capacidade de ser maleável, de procurar no-
vas rotas, novas opções, novos caminhos.
5º pilar - Feedback ( ) São os princípios centrais da Programação
Neurolinguística.
6º Pilar - Flexibilidade ( ) É aquilo que você deseja.
88
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
I – Incompetência Inconsciente
II – Incompetência Consciente
III – Competência Consciente
IV – Competência Inconsciente
89
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
PNL é um estudo revolucionário do processo do pensamento humano. Em
outras palavras, é o estudo do que realmente está acontecendo quando pensamos.
Sua base é constituída de seis pilares, sendo eles: você, pressuposições, rapport,
resultado, feedback e flexibilidade.
REFERÊNCIAS
ALLEN, S. Programação Neurolinguística: o manual do
usuário do Cérebro. 2. ed. Editora Create Space, 2015.
90
Capítulo 2 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)
91
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
92
C APÍTULO 3
NEUROEDUCAÇÃO E
NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA,
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
94
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O conceito de inteligência é amplo e tem variado ao longo do tempo e nos
diversos ambientes culturais, mas pode ser considerado como a habilidade de se
adaptar ao ambiente e aprender com a experiência (COSENZA; GUERRA, 2011).
O fato é que existem muitas maneiras de ser inteligente, por isso o conceito
de inteligência sofre variações, inclusive dependendo do contexto cultural.
Outras culturas valorizam habilidades pouco enfatizadas na nossa, como a
determinação, a humildade, a independência de julgamento, o autoconhecimento
e as aptidões que contribuem para a estabilidade das relações grupais. Portanto,
o comportamento inteligente em uma sociedade não é necessariamente o que é
valorizado em outra (COSENZA; GUERRA, 2011).
95
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
2 PRINCÍPIOS DA NEUROEDUCAÇÃO,
NEURODIDÁTICA E NEUROCIÊNCIA
Para compreendermos a neuroeducação, neurodidática e neurociência é
necessário que primeiro façamos um breve histórico do conhecimento humano e
do aprendizado.
A literatura costuma indicar Jean Piaget (1973, 1987) como o pioneiro desse
pensamento, que transforma qualitativamente a abordagem do aprendizado do
96
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
ser humano, que passa de uma especulação para uma pesquisa empírica, ao
descrever sobre a formação do pensamento e do arcabouço de conhecimentos
do ser humano, em um estudo sobre a epistemologia genética (CAMPELO et al.,
2020).
97
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FIGURA 1 – CONSTRUTIVISMO
FONTE: <https://www.papoeducador.com/post/construtivismo-
construtivismo>. Acesso em: 21 jul. 2021.
Passado esse período, e com base nas novas exigências educacionais que
decorrem principalmente do uso massivo de tecnologias na área da educação,
assim como pelas nova concepção acerca das diferentes necessidades
estudantis, tanto cognitivas e motoras quanto afetivas e culturais da sociedade,
bem como de cada área de conhecimento em particular, a literatura tem apontado
a neuroeducação como terreno fértil para o desenvolvimento de uma pesquisa
multidisciplinar e dinâmica, capaz de oferecer soluções para os desafios
decorrentes do processo de ensino e aprendizagem (ZARO et al., 2010).
98
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
99
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
docente e torne a rotina na sala de aula mais prática e produtiva. Nos anos 1980,
o Dr. Spencer Kagan desenvolveu o conceito de Aprendizagem Cooperativa,
apresentando estruturas que permitem aos alunos trabalharem em conjunto,
serem mais disciplinados, gostarem mais da escola e terem melhores resultados
acadêmicos.
• Princípio 1: Nutrição
É preciso nutrir o cérebro! Para um cérebro bem nutrido não basta uma
alimentação balanceada e hidratação. Isso é essencial, porém precisamos ir além
e garantir que os cérebros dos alunos recebam glicose e oxigênio suficientes
para que eles possam permanecer alertas e sejam capazes de reter informações
e gerar conhecimento. Esses nutrientes só chegam ao cérebro pela circulação
sanguínea, estimulados por movimentos e interação entre os colegas. Faça
atividades em que os alunos tenham que caminhar e conversar com seus pares.
O movimento ativa a circulação sanguínea e, o interagir com outra pessoa, ativa
áreas do cérebro que os mantêm mais alertas.
• Princípio 2: Segurança
Torne sua sala uma comunidade! Sentimo-nos seguros quando estamos com
as pessoas que conhecemos. Normalmente, esperamos que os alunos formem
seus grupos de amizades por afinidades e os obrigamos a fazerem trabalhos em
grupo somente com objetivo acadêmico. Esse tipo de abordagem não promove
grupos de confiança e pode até mesmo gerar ou aumentar o bullying quando
um aluno faz parte de um grupo no qual não é bem aceito. Pelo menos, duas
vezes por semana, promova atividades nas quais os alunos tenham que trocar
informações pessoais e trabalhar a empatia. Em pouco tempo, será fácil perceber
que a interação entre todos os alunos da sala acontecerá com mais frequência e
terá melhor qualidade.
• Princípio 3: Sociabilidade
100
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
e aceito pelos outros ou se o corte ou penteado de cabelo está dentro dos padrões
estabelecidos pelos diferentes grupos a que pertencem. Utilize o princípio da
sociabilidade. Promova situações propícias à maior interação dos alunos, para
que expressem seus conhecimentos e possam dar opiniões sobre os conteúdos
que estão sendo abordados na aula.
• Princípio 4: Emoção
• Princípio 5: Atenção
• Princípio 6: Estímulo
101
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
2.2 NEUROEDUCAÇÃO
A palavra neuroeducação surge da junção do conceito de neurociência com
o conceito de educação, um campo novo e aberto da neurociência, repleto de
enormes possibilidades que devem fornecer ferramentas úteis para o ensino e,
como resultado, alcançar um pensamento verdadeiramente crítico em um mundo
cada vez mais abstrato e simbólico (OLIVEIRA, 2018).
102
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
103
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <https://bc-v2.pressmatrix.com/ptBR/profiles/c9e49eb97a66/
editions/37316cc20520bb78ace7>. Acesso em: 21 jul. 2021.
104
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
105
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
106
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
2.3 NEURODIDÁTICA
Para Hermann (2012), a neurodidática é, antes de tudo, uma nova perspectiva
sobre as condições, estruturas e processos de aprendizagem e memória. Estuda
os benefícios e as adversidades no processo de aprendizagem por meio das
funções cerebrais. Além disso, a neurodidática procura explicar por que o cérebro
deve ser sempre estimulado.
107
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <https://www.iberdrola.com/talentos/o-que-e-
neuroeducacao>. Acesso em: 21 jul. 2021.
108
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
Todo aprendizado se inicia pelas sinapses, que ocorrem por meio dos
neurônios no cérebro. Estudos feitos no Laboratório de Neuroplasticidade do
Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), por Roberto Lent e Suzana Herculano-Houzel, indicam que o cérebro de
um adulto possui aproximadamente 86 bilhões de células nervosas e que elas se
comunicam entre si por meio de sinapses (IBERDROLA, 2021).
FONTE: <https://amavc.com.br/entendendo-o-funcionamento-
do-cerebro/>. Acesso em: 25 jul. 2021.
109
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
110
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
3 NEUROCIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO
Desde a época dos antigos romanos até o século XVIII, acreditava-se que
o cérebro funcionava por intermédio de espíritos, que eram gerados no interior
do organismo. Pensava-se que os nervos eram canais por onde circulava essa
substância espiritual que se movia sob o comando do cérebro (COSENZA;
GUERRA, 2011).
111
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: <https://vtmneurodiagnostico.com.br/perguntas_respostas/saiba-ja-quais-
sao-os-principais-neurotransmissores-e-suas-funcoes/>. Acesso em: 26 jul. 2021.
112
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
FIGURA 8 – SINAPSE
FONTE: <http://magicnumbers-parussolo.blogspot.com/2011/09/sinapses-
potencial-de-acao-em-neuronios.html>. Acesso em: 26 jul. 2021.
Oliveira (2014) escreve que, por muito tempo, a neurociência não teve
um papel relevante nem se aproximava do conceito de educação, porque se
acreditava que existia uma unidade básica do sistema nervoso – o neurônio – e
que este não passava pelo processo de regeneração, todas as células morriam e
não ocorria esse mesmo processo.
113
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
No final do século XX, “o neurônio foi reconhecido como uma célula capaz
de se modificar, estrutural e funcionalmente […] provocando uma reorganização
cerebral que atenda a cada fase de vida do indivíduo” (OLIVEIRA, 2014, p. 18), e
o que a neurociência atual demonstra é que não se pode reduzir mente/cérebro a
uma maquinaria cognitiva que processa informações.
114
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
É esta ciência que tem vindo a ser muito explorada por profissionais da área
da educação, para que se possam mobilizar estratégias que permitam responder
ao ritmo das aprendizagens dos alunos, à forma como estes aprendem e aos
fatores motivadores da aprendizagem. A pesquisa e a investigação que se tem
vindo a fazer no ramo da neurociência não introduz, por si só, novas estratégias
para aplicar em contexto educativo, no entanto, dá-nos informação relevante
sobre o fato de certas abordagens serem mais eficientes do que outras (RATO;
CALDAS, 2010).
115
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
LEITURA COMPLEMENTAR
116
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
117
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
118
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
119
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
120
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
121
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
122
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
4 PROCESSO
ENSINOAPRENDIZAGEM
Devemos ter em mente que o cérebro é um dispositivo aperfeiçoado pela
natureza ao longo de milhões de anos de evolução com a finalidade de detectar,
no ambiente, os estímulos que sejam importantes para a sobrevivência do
indivíduo e da espécie. Ou seja, o cérebro está permanentemente preparado
para apreender os estímulos significantes e aprender as lições que daí possam
decorrer (COSENZA; GUERRA, 2011).
123
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
O filósofo Sêneca, há cerca de 2 mil anos, dizia que nos primeiros anos se
aprendia mais para a escola que para a vida, e esse é um problema que chegou
até nossos dias. A sobrevivência, na escola, pode significar simplesmente
aprender para passar na prova. E depois, rapidamente, esquecer (COSENZA;
GUERRA, 2011). Quem ensina precisa ter sempre presente a indagação: por que
aprender isso? E em seguida: qual a melhor forma de apresentar isso aos alunos,
de modo que eles o reconheçam como significante?
Terá mais chance de ser significante aquilo que tenha ligações com o que já é
conhecido, que atenda às expectativas ou que seja estimulante e agradável. Uma
exposição prévia do assunto a ser aprendido, que faça ligações do seu conteúdo
com o cotidiano do aprendiz e que crie as expectativas adequadas é uma boa
forma de atingir esse objetivo (COSENZA; GUERRA, 2011).
124
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
FONTE: <https://www.facebook.com/essenceespacointegrado/
posts/1058739224298406/>. Acesso em: 26 jul. 2021.
125
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
A atenção pode ter como foco outras coisas, além dos estímulos sensoriais
que chegam pelos sentidos. Ela pode dirigir-se para processos mentais, tais
como as memórias, pensamentos, recordações, e execução de cálculos mentais.
Quando o foco é voltado para o ambiente externo, também pode ser chamada de
percepção seletiva, e quando voltada ao ambiente interno pode ser chamada de
cognição seletiva (LIMA, 2005).
126
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
O autor ainda aborda que não existe uma espécie de guia para se tornar bom
professor, porém destaca algumas das competências essenciais para um bom
professor contemporâneo:
127
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
FONTE: A autora
128
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
Esse tipo de função possibilita que o aluno seja independente para utilizar
habilidades para aprender, aja em função dos objetivos que pretende atingir,
que reflita sobre o que pensou e que, fundamentalmente, aperfeiçoe as suas
respostas ao longo do tempo. A plasticidade cerebral, uma das funcionalidades
do cérebro fulcral para a aprendizagem, está relacionada à capacidade que o
129
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
cérebro tem para formar novas sinapses, ou seja, novas ligações entre neurônios;
e não se reduz apenas aos primeiros anos da infância, cuja faixa etária é marcada
pelo longo período de maturação do cérebro, mas prolonga-se até a idade adulta,
e o conhecimento atual permite afirmar que a plasticidade nervosa, ainda que
diminuída, permanece pela vida inteira, portanto, a capacidade de aprendizagem
é mantida (COSENZA; GUERRA, 2011).
130
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
131
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
a) ( ) Verdadeira.
b) ( ) Falsa.
1 Adrenalina ( ) Aprendizagem
2 Glutamato ( ) Fuga ou Luta
3 Acetilcolina ( ) Amor
4 Noroadrenalina ( ) Concentração e Alerta
5 Ocitocina ( ) Memória e Aprendizagem
132
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O conceito de inteligência é amplo e tem variado ao longo do tempo e nos
diversos ambientes culturais, mas pode ser considerado como a habilidade de
se adaptar ao ambiente e aprender com a experiência. Existem muitas maneiras
de ser inteligente, por isso o conceito de inteligência sofre variações, inclusive
dependendo do contexto cultural.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. C. M. de. Neuroeducação e flexibilidade curricular:
definição de estratégias e modos de trabalho pedagógicos. Dissertação
de Mestrado. Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. 2019.
133
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
134
Capítulo 3 N. E NEURODIDÁTICA: NEUROCIÊNCIA, P. E E.
PESSOA, R. Costa. Como o cérebro aprende? 1. ed. São Paulo: Vetor, 2018.
135
CoACHiNG E. E P. NEuroLiNGuÍSTiCA PArA EDuCADorES
136