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Material de Apoio
E-MAIL MARK ETING

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Quem é o
professor?
William Binder, é professor, consultor e em-
preendedor. Com mais de 10 anos na área do mar-
keting digital, Will, como também é conhecido, já criou um portal especializado em
viralização de conteúdo e um aplicativo que usa inteligência artificial para construir
carrosséis para o Instagram em aproximadamente em 2 minutos.

Objetivo
Neste curso, você irá aprender como criar, enviar e obter sucesso por meio de
e-mails eficazes e lucrativos.

Mesmo com a popularidade das redes sociais, uma das principais técnicas do
marketing digital é o envio de e-mails estratégicos. Por isso, você irá aprender os
fundamentos, a importância e principais características do e-mail marketing.

O conteúdo ainda irá abordar dicas de ferramentas e práticas úteis de alto de-
sempenho, visando que você entenda que ainda é possível alavancar e obter su-
cesso através dessa ferramenta.

SKILLS DESBLOQUEADAS
E-mail marketing Entregabilidade Campanhas Automação

100% 50% 50% 50%

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E-mail
marketing.
A força do e-mail marketing

O e-mail marketing não morreu e nem mesmo está


respirando por aparelhos!

Essa comunicação não apenas sobreviveu, mas tam-


bém continua a oferecer resultados significativos para
aqueles que o utilizam adequadamente. De acordo
com a Pew Research, aproximadamente 61% das pes-
soas acessam seus e-mails diariamente.

Do ponto de vista financeiro, os números são igual-


mente encorajadores. Segundo o Disruptive Adverti-
sing, o retorno sobre investimento (ROI) do e-mail mar-
keting é de 138%, aproximadamente três vezes superior
ao obtido nas redes sociais.

Ao destacar essas informações não estamos fazendo promessas, mas sim de-
monstrando que é viável obter sucesso por meio do e-mail marketing.

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O que é e-mail marketing?

Considerada uma estratégia de comunicação no âmbito do marketing digital, o e-mail


marketing tem como propósito (como o próprio nome sugere) a comunicação.

Ao contrário do que muitos imaginam, o e-mail marketing não se caracteriza como


spam e não se destina exclusivamente a vendas e grandes empresas. Portanto, ele con-
figura-se como um canal de comunicação com aqueles que já são seus clientes ou po-
dem vir a ser.

Isenta de algoritmos, essa estratégia proporciona ao produtor o controle sobre o con-


teúdo e o relacionamento com o público. Isso significa que você não ficará sujeito às
grandes empresas de tecnologia que dominam as redes sociais.

“Não deixe de utilizar as redes


sociais. Encare o e-mail marke-
ting como seu centroavante,
posicione-o para marcar gols e
utilize as redes sociais como um
belíssimo meio de campo”
William Binder

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Os principais pilares do e-mail marketing

Agora que você compreende o que é o e-mail marketing e como ele pode pro-
porcionar excelentes resultados, é importante entender quais são as partes que o
compõem.

Ao todo, existem três pilares fundamentais: entregabilidade, campanhas e auto-


mação. Cada um desses elementos é de igual importância, sendo essencial apren-
der sobre cada um e compreender suas particularidades.

Empregabilidade

Entregabilidade é a capacidade dos e-mails alcançarem a caixa de entrada dos


destinatários, ou seja, ela representa a ligação entre a lista de contatos e os e-mails
enviados pelo software.

Essa comunicação entre ambas as esferas é fundamental para que todo o pro-
cesso ocorra de maneira adequada. Sem uma boa entregabilidade, é possível que
haja muito esforço e pouco resultado.

A entregabilidade é influenciada
pela ferramenta escolhida para enviar
os e-mails, pelo método de captação
de contatos e pela forma como você
os organiza. Portanto, é extremamente
importante exercer cautela ao tomar
decisões relacionadas a esses aspec-
tos.

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Empregabilidade x Ferramenta

No mercado, há diversas ferramentas disponíveis, com diferentes preços, forma-


tos e origens. Portanto, é necessário que você preste atenção a alguns pontos na
hora de fazer sua escolha.

Uma ferramenta eficiente não irá impor limites no número de envios de e-mails
por mês, oferecerá opções de automação, uma base de conhecimento robusta ou
central de artigos de ajuda, recursos de segmentação de listas e integração com
outras plataformas.

Além disso, certifique-se das métricas e relatórios disponíveis, verifique se há


suporte ao cliente em português, analise as possibilidades de realizar testes A/B
e conheça todos os pacotes de planos oferecidos para encontrar a opção que se
ajuste à sua realidade.

Uma dica adicional é verificar as recomendações


e avaliações antes de tomar sua decisão. O site G2
reúne reviews de softwares do mundo inteiro.

Quanto às recomendações, a ActiveCampaign é indicada por sua boa entregabi-


lidade e excelentes opções de automação. Para quem procura uma opção gratuita
e adequada para iniciantes com até 1.000 contatos, a ConvertKit é ideal . A RD Sta-
tion e a MailerLite também são boas opções a considerar.

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Sopa de letrinhas da entregabilidade


A primeira etapa após escolher sua ferramenta é configurar a sopa de letrinhas
que é formada por:

DMARC (Domain-based Message


Authentication Reporting and
Conformance)
DKIM (DomainKeys Identified Mail)
SPF (Sender Policy Framework).

O DMARC é um padrão de autenticação de e-mail que ajuda a proteger remeten-


tes e destinatários contra e-mails fraudulentos. Entre seus principais pontos estão:

Autenticação de Domínio, relatórios e conformidade.

O DKIM ajuda a verificar a autenticidade do remetente de mensagens de e-mail,


utilizando assinatura digital, chave pública, proteção contra alterações e preven-
ção de Spoofing.

Por fim, e não menos importante, o SPF previne a falsificação de endereços de


remetentes em e-mails, além de permitir que os servidores de e-mail verifiquem se
uma determinada mensagem foi enviada por um servidor autorizado pelo domí-
nio do remetente.

Para configurar esses métodos, é necessário acessar a opção "Domínios" na sua


ferramenta. Se você escolheu uma boa opção, terá um passo a passo para ajudar
na configuração.

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Verificando a entregabilidade
Você já viu aqui que a empregabilidade é a capacidade dos e-mails alcançarem
a caixa de entrada, mas como podemos saber se está funcionando mesmo?

A dica é simples: O Google Postmaster Tools é uma plataforma fornecida pelo


Google para remetentes de e-mail monitorarem e avaliarem o desempenho de
suas mensagens quando enviadas para usuários do Gmail.

Ele oferece informações sobre a entrega de e-mails, ajudando os remetentes a


entenderem melhor como suas mensagens estão sendo tratadas pelos servidores
do Gmail.

Além de entregar diversos recursos como, informações sobre a reputação do IP do re-


metente usado, métricas detalhadas sobre a taxa de entrega bem-sucedida de e-mails,
assim como taxa de rejeição.

A ferramenta ainda permite que os remetentes monitorem as reclamações de usuá-


rios, facilita a participação no sistema de Feedback Loop do Gmail e fornece informa-
ções sobre a autenticação de e-mails, incluindo o status de SPF, DKIM e DMARC.

O acesso ao Google Postmaster Tools é geralmente disponível para remetentes que


atendem a determinados critérios e que enviam um volume significativo de e-mails para
usuários do Gmail.

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Lista de contatos

É importante saber que a pior prática


no e-mail marketing é enviar spam, ou
seja, e-mails indesejados, para pessoas
que nunca manifestaram interesse nos
nossos e-mails.

Para que o e-mail marketing seja


bem sucedido, devemos enviar e-mails
apenas para aqueles que desejam re-
ceber nosso conteúdo, por isso é extre-
mamente importante ter uma lista de
contatos.

Para criar a lista de contato, existem duas práticas interessantes: a confirmação única
e a confirmação dupla. A confirmação única envolve o cadastro através de um pop-up,
enquanto a confirmação dupla inicia de maneira semelhante, com uma página de cap-
tura. O usuário preenche os dados e recebe um e-mail de confirmação para se tornar
um cadastro efetivado/ativo.

Quanto ao momento de uso, é recomendada a utilização da confirmação única por


ser mais simples, compreensível para as pessoas e gerar um número maior de contatos
para trabalhar no início.

A confirmação dupla adiciona uma camada extra para gerar esses contatos e pode
ser utilizada de maneira mais segmentada. Embora possa perder um pouco de volume,
permite uma segmentação mais refinada para focar nos contatos de maior qualidade,
ideal para quem já possui uma base considerável.

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Como transformar conhecidos em leads?


Leads são aqueles que fornecem informações de contato ou demonstram algum tipo
de interesse que permite iniciar a comunicação, ou seja, são eles que vão formar sua
lista de contatos.

E como podemos estimular as pessoas a querer se cadastrar em nossa lista? O jeito


mais fácil de captar contatos é através da isca digital, prática onde oferecemos algo e as
pessoas, em troca, fornecem seu contato. O benefício pode ser aula, e-book, planilhas,
etc.

Uma boa isca digital é formada por diversos elementos. Confira.

Checklist

Super específica

Rápida de consumir

Oferece algo muito desejado

Permite vitória rápida para a persona

Tem alto valor percebido

Tem valor real (poderia ser cobrado, mas está


sendo oferecido gratuitamente)

Seguindo essas especificações e realizando da maneira correta, você irá possuir


um grande ímã de leads.

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Alcançando os primeiros 1000 leads

Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre leads, explorando três táticas


eficazes para captar os primeiros 1000 leads.

Enviar e-mails requer destinatários e, para isso, é necessário captar esses conta-
tos. Como mencionado anteriormente, uma maneira eficiente de fazer isso é atra-
vés da isca digital.

Diversas plataformas, desde e-mails até redes sociais e o Google, oferecem di-
ferentes fontes de tráfego. Aproveitando o tráfego já existente nessas plataformas,
podemos apresentar nossa isca digital para formar uma lista de contatos, garantir
a entregabilidade e, finalmente, enviar e-mails.

Quais são as táticas para executar isso? A primeira é a isca digital 2.0, que inverte
as posições da isca digital comum, que já foi mencionada anteriormente. Nessa es-
tratégia, o tema já foi introduzido, já gerou valor para a audiência e, depois, ofereci
um passo a mais gratuito.

“Ao invés de colocar o risco da


transação de dados no públi-
co-alvo, dizendo "tenho esse
conteúdo, me passe seu e-mail",
eu inverti o jogo falando algo
como“me mande uma mensa-
gem e pegue o e-mail”
William Binder

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Alcançando os primeiros 1000 leads

A segunda tática é estabelecer parcerias ou pagar influenciadores. As parcerias


são conhecidas por gerar tráfego qualificado, especialmente quando alguém rele-
vante menciona a sua oferta.

No caso de contratar influenciadores, não é necessário


que sejam grandes. Os microinfluenciadores
abertos a propostas podem ser valiosos. Buscar
parcerias com concorrentes indiretos também é
uma estratégia inteligente

A terceira tática é o famoso "tripwire" ou "front-end” que é um produto de en-


trada, geralmente de baixo custo que é oferecido aos clientes em potencial como
uma oferta inicial para incentivá-los a fazer uma compra.

“No ponto de vista dos negó-


cios, esses clientes valem mais
do que aqueles que forneceram
o e-mail por algo gratuito. A tri-
pwire não precisa ser lucrativa.
Se você sair no 0 a 0, está ga-
nhando porque está garantindo
novos clientes”
William Binder

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Organizando as listas de contatos

Para um e-mail marketing inteligente é necessário ter organização nas tags e


nas listas, já que é através desses pontos que você vai conseguir operar melhor,
principalmente a campanha e as captações, instrumentos que você irá aprender
mais a frente.

Listas são a principal maneira de agrupar os contatos do seu banco de dados.


Ou seja, você pode ter listas com diferentes temas, mas, o ideal é ter apenas duas:
uma de clientes e uma com contatos no geral.

As tags também são uma forma de agrupar contatos e geralmente são utilizadas
para registrar informações mais específicas. São necessárias apenas três tipos de
tags: a de “fonte” (onde é registrado de onde o contato veio), a de “status” (onde
apresenta a situação de cada contato) e a de “ação” (que mostra o que foi feito).

Exemplos: Na tag de “status” é comum ter contatos


assinantes e ex-assinantes. Já a de “ação” específica
um evento realizado pelo contato, ou seja, se
comprou “x, y ou z”.

Métricas para otimizar o seu resultado

Até agora, exploramos bastante sobre entregabilidade. Para finalizar esta seção,
vamos abordar sete métricas essenciais que podem ser utilizadas para otimizar os
resultados do seu e-mail marketing.

Para falarmos sobre as métricas, é preciso entender o termo "benchmark", que


refere-se a um padrão ou referência que é usado para avaliar o desempenho de
uma campanha em relação a um determinado conjunto de métricas ou indicado-
res.

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Benchmark é uma espécie de ponto de referência


que ajuda as empresas a entenderem como estão
se saindo em comparação com a média do setor
ou com outras organizações similares.

Conversão: é fundamental ter em


mente o objetivo do e-mail que você
está enviando. Às vezes, o objetivo
é simplesmente engajar, aquecer a
audiência. Pergunte a si mesmo com
clareza: o que você deseja converter?
Vendas, espectadores, leitores, ouvintes?

E-mails entregues: esta métrica indica


quantos dos e-mails enviados foram
realmente entregues aos destinatários.
Em geral, existe uma pequena perda de
entregas devido a vários motivos, como
exclusão de e-mails ou caixas de entrada
lotadas. O benchmark aqui é que 98% dos
e-mails devem ser entregues.

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Taxas: a taxa de abertura deve ser


de 15%, conforme o benchmark da
Resultados Digitais. Já a taxa de cliques, o
benchmark é de 2% e a taxa de rejeição,
que representa o oposto dos e-mails
entregues, deve ter o benchmark de 5%.

Marcação de spam: a métrica deve


ser mantida abaixo de 0,01%. Qualquer
variação neste valor é crítica.

E por último, o descadastro: o objetivo é


manter a taxa abaixo de 1%, indicando
que apenas uma pequena porcentagem
dos destinatários optou por sair da lista.

Ao monitorar e analisar essas métricas, você pode avaliar se está obtendo re-
sultados alinhados com a média do mercado, identificar áreas para melhorias e
garantir um desempenho eficiente nas suas campanhas de e-mail marketing.

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Campanhas

Campanhas de e-mail são os envios pontuais direcionados para uma parte ou


toda a sua lista de contatos. Em outras palavras, apenas aqueles que estavam na
segmentação definida no momento do disparo recebem o e-mail.

Exemplo: se um e-mail é enviado às 09h da manhã


para uma lista de contatos fechada, aqueles que
entraram na lista às 14h não o receberão. Algumas
ferramentas de e-mail marketing chamam essa
estratégia de broadcast.

Basicamente, existem quatro tipos básicos de campanha: vender, avisar, infor-


mar e educar. A maioria das campanhas explora esses quatro pontos, sendo que a
vender e avisar são as mais comuns.

No entanto, agir de forma explícita e desesperada para vender é a receita para


o insucesso. Portanto, embora a venda faça parte das campanhas, não podemos
adotar uma abordagem incessante e evidente, pois as pessoas deixarão de prestar
atenção.

É crucial equilibrar as estratégias, informando e educando também, proporcio-


nando valor dentro do e-mail.

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Gerar valor com as campanhas

A maioria das pessoas utiliza o e-mail como uma ferramenta para vendas, ado-
tando um estilo de venda agressivo, forçado e empurrado, conhecido como "hard
sell".

Esse é um equívoco significativo, pois o e-mail marketing possui uma caracterís-


tica única que permite ter total controle sobre a audiência, tornando-se o principal
canal de comunicação da marca com o público.

Então, por que usar o principal canal de comunicação


apenas para empurrar produtos? É crucial gerar
valor e criar uma conexão com o público. Se não
oferecer algo novo, único no e-mail, qual seria a
razão para alguém abrir o e-mail?

A ideia é entregar valor dentro do e-mail, tornando-o irresistível. Oferecendo


conteúdos exclusivos e únicos, podemos conquistar a atenção em um espaço
onde existe pleno domínio da mídia.

Anatomia de um e-mail de sucesso


Para criar um bom texto de e-mail marketing, é necessário que você saiba que o
conteúdo além de gerar valor precisa estar em uma determinada estrutura e claro,
seguindo uma estratégia.

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Você já viu que para gerar valor é preciso entregar um conteúdo exclusivo para
os seus clientes. Agora, vamos ver como estruturar as informações em um texto:

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O texto de e-mail marketing é formado na seguinte ordem: título, snippet (pra-


ticamente um subtítulo que aparece em muitos provedores de e-mail), corpo do
e-mail e o gancho (onde acontece a transição sutil do conteúdo que gera valor
para falar sobre o produtor).

Essa é a maneira mais suave de fazer sua venda. É essa a estratégia! Não deixe
de vender, mas também não esqueça de gerar valor para o seu cliente. Até por-
que quando sua lista de contatos percebe que seus e-mails servem apenas para
direcioná-los a outro lugar, o interesse gradualmente diminui e muitos deixam de
acompanhar.

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Imagine que, durante 90% do tempo, 90% dos


e-mails enviados são divididos em duas partes:
90% de conteúdo e 10% de vendas. Ou seja, envie
e-mails o máximo possível, mas concentre-se em
fornecer conteúdo valioso na maior parte do tempo,
reservando apenas 10% para vendas, sendo uma
venda mais assertiva.

Porém nos momentos em que for preciso vender 100%, trate a situação como
um lançamento. Comece com um tiro de alerta, um aviso de que uma novidade
está chegando.

Esses e-mails não têm conteúdo substancial; eles estão fortemente ancorados
na venda, usando técnicas mais agressivas, como escassez e urgência. Se a venda
não tem esses elementos, opta-se por uma abordagem mais sutil, evitando pres-
sionar demais o público.

Lembre-se: 90% do tempo, você está gerando valor e 10% do tempo, está ven-
dendo. Essa estratégia garante que sua lista permaneça envolvida e interessada,
evitando a perda de engajamento devido a abordagens excessivamente comer-
ciais.

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Explorando Campanhas
Agora, abordaremos um aspecto vital das campanhas de e-mail: os templates.
Mas antes de entrarmos nesse tema, é importante você saber de uma lição valiosa
de Gary Halbert, o lendário copywriter que brilhou na gloriosa época do marketing
de resposta direta, quando as pessoas enviavam mensagens por correspondên-
cias físicas.

Gary Halbert dizia que as pessoas, ao receberem


correspondências, costumavam separá-las em duas
pilhas: uma para as mensagens importantes e outra
para as propagandas. Sabendo dessa escolha dos
clientes, Gary sugeria que os profissionais enviassem
mensagens que parecessem familiares, pessoais,
para que suas correspondências fossem parar na
pilha importante por mais vezes

A mesma lógica se aplica ao e-mail marketing. Mensagens que se assemelham


a comunicações pessoais têm mais chances de serem lidas, enquanto e-mails ex-
cessivamente decorados e cheios de imagens tendem a ser ignorados.

Portanto, é recomendado que você utilize templates o mais simples possível.


Os templates são meios visuais pelos quais apresentamos nossa mensagem, de-
terminando como o texto é exibido.

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“Eu optei por adotar o templa-


te padrão do Gmail, pois quero
parecer mais um contato pes-
soal e quase um amigo para a
minha audiência. Nesse contex-
to, a filosofia "menos é mais" se
aplica.”
William Binder

Com um template mais simples, será possível entregar um carregamento mais


rápido, uma maior autenticidade, pois o foco está no conteúdo, redução de custo
e esforço, já que não há muita alteração necessária com novos e-mails.

Além disso, a simplicidade também garante uma compatibilidade em diferentes


plataformas e menor chances de ser marcado como spam.

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Horários do e-mail

Diversas pesquisas apontam que o perío-


do ideal para o envio de e-mails está com-
preendido entre 9h e 12h, conforme destaca-
do pela HubSpot.

Não é surpreendente imaginar que esse


intervalo coincide com o início do horário
comercial, quando as pessoas tendem a es-
tar mais atentas. No entanto, o melhor ho-
rário é aquele em que você pode se manter
constante. E enviar e-mails no mesmo horá-
rio é mais importante do que o horário em si.

“Eu envio de segunda a sexta-


-feira, sempre às 20h e muitas
pessoas já me disseram que es-
peram esse horário para ler meu
conteúdo, porque se tornou um
hábito. A decisão do horário foi
baseada na responsabilidade
de enviar diariamente.”
William Binder

Em última análise, quando se trata de horários de envio de e-mails, o mais eficaz


é aquele que você pode manter consistentemente.

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Frequências de e-mail
A questão sobre quantas campanhas enviar para sua base e qual a frequência
ideal é frequentemente debatida no mundo do e-mail marketing. Vamos descom-
plicar isso com uma simples análise matemática.

Imagine duas pessoas: a Pessoa A envia uma vez por


semana, enquanto a Pessoa B envia cinco vezes por
semana. Ambas têm 10 mil inscritos em suas listas de
contatos.

Supondo que a Pessoa A tenha uma taxa de abertura


de 15%, ou seja, 1.500 pessoas visualizam seus e-mails.
Para a Pessoa B, consideremos 10%, resultando em
5.000 visualizações ao final da semana.

Agora, se a taxa de abertura da Pessoa B aumentar


para 25% ao enviar todos os dias, teríamos 12.500
visualizações semanais. O resultado obtido é que ao
seguir a premissa de gerar valor, podemos aumentar
significativamente o tempo que nossa audiência passa
conosco, resultando em mais impressões valiosas.

Muitas pessoas criam stories diariamente nas redes sociais, mas por algum mo-
tivo, relutam em enviar e-mails de qualidade.

Considere aumentar o envio de e-mails, seguindo os princípios que discutimos


sobre como gerar valor nas campanhas. Isso não apenas aumentará as impressões
e o alcance, mas também os resultados obtidos.

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Automatizações
As automações são verdadeiros processos mágicos no mundo do e-mail marke-
ting. Imagine enviar e-mails automaticamente, sem a necessidade de intervenção
constante. Isso é possível graças às automações que são acionadas por gatilhos
específicos.

Exemplo: um e-mail que é enviado a cada 24 horas


durante 5 dias após alguém se inscrever na lista
é uma automação. Aqui, a inscrição na lista é o
gatilho, desencadeando automaticamente o envio
de e-mails nos intervalos programados.

As vantagens dessas automações são inúmeras. Primeiramente, elas aumen-


tam vendas e receitas de forma eficiente, sem a necessidade de envios manuais
constantes.

Além disso, as automações reduzem os custos de aquisição de clientes, orga-


nizando a estrutura de envio de e-mails de maneira mais eficaz. Outro benefício
crucial é a melhoria na retenção de clientes, pois as automações permitem uma
comunicação contínua após a compra, destacando constantemente o valor dos
produtos.

O poder real das automações reside na personalização. Elas possibilitam ajustar


o timing e a mensagem do e-mail com base em gatilhos específicos, oferecendo
uma experiência personalizada para cada contato.

Dessa forma, as automações não são apenas um pilar estrutural do e-mail mar-
keting, mas também uma ferramenta eficiente que economiza tempo e proporcio-
na resultados mais significativos no e-mail marketing.

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Exemplo de Boas-Vindas
Imagine que alguém se cadastra em sua landing page. Antes mesmo de receber
qualquer mensagem de boas-vindas há uma configuração prévia.

Ao se cadastrar, uma tag específica é automaticamente adicionada ao perfil des-


se novo contato. Essa tag, por sua vez, funciona como um gatilho, desencadeando
toda a sequência de tarefas programadas na automação.

Agora, vejamos como essa automação pode se desdobrar. Após a adição da tag,
o primeiro e-mail é automaticamente enviado. Esse e-mail pode ser uma men-
sagem de boas-vindas ou uma confirmação do cadastro, criando uma conexão
inicial.

Mas aqui está o toque mágico da automação: ela


não precisa parar por aí. Podemos configurar a
automação para aguardar, por exemplo, 24 horas
após o envio do primeiro e-mail. Se durante esse
tempo o contato realizar uma ação específica,
como clicar em um link ou abrir o e-mail, uma nova
tag pode ser adicionada.

Essa nova tag se torna outro gatilho, desbloqueando o envio do segundo e-mail
da sequência. Dessa forma, é possível criar uma série de e-mails programados
para serem enviados em momentos estratégicos, proporcionando uma experiên-
cia personalizada ao novo contato.

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Recuperando Vendas com a Automação de


Abandono de Carrinho
Vamos imaginar um cenário comum: alguém acessa a página de pagamento
para assinar o novo serviço do mercado, inicia o cadastro e, por algum motivo,
abandona o checkout.

Com uma estratégia de automação bem configurada, podemos transformar es-


ses potenciais clientes em oportunidades reais. Ao detectar o abandono do carri-
nho, os dados desse indivíduo são adicionados à lista de contatos, acompanhados
de uma tag que serve como gatilho para a automação.

Essa automação inteligente pode ser estruturada da seguinte maneira:

Gatilho inicial:
a tag de abandono de carrinho é adicio-
nada, acionando a automação.

Aguardando 15 Minutos:

E-mail 1 - Estímulo:
se a condição não for atendida, o pri-
meiro e-mail é enviado, incentivando o
cliente a não desistir da compra.

Aguardando 6 horas:
após o envio do primeiro e-mail, a auto-
mação aguarda 6 horas para não perder
a oportunidade enquanto o interesse
ainda está fresco.

E-mail 2:
se após 6 horas o cliente ainda não con-
cluiu a compra, o segundo e-mail é en-
viado, mantendo o interesse vivo.

Essa estrutura cuidadosamente planejada permite que a automação se adapte


dinamicamente ao comportamento do cliente, oferecendo estímulos no momen-
to certo para maximizar as chances de conversão.

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Automatização de Onboarding

A automação de onboarding é um passo estratégico após a aprovação de uma


compra, sendo importante para criar uma experiência positiva desde o início da
jornada do cliente.

Através do gatilho inicial, o primeiro e-mail é enviado imediatamente para dar


os parabéns ao cliente pela compra, proporcionando uma experiência personali-
zada e positiva.

Após isso, a automação aguarda 24 horas, dando tempo para o cliente assimilar
a primeira mensagem e interagir conforme sua conveniência. A próxima etapa é a
verificação de cliques, onde se checa se o cliente clicou no e-mail 1.

Se sim, a automação é encerrada, pois o objetivo


foi alcançado. Se não, avançamos para o próximo
passo. Caso o cliente não tenha interagido com o
e-mail 1, o segundo e-mail é enviado. Essa é uma
estratégia eficiente para reforçar as informações
importantes e manter o cliente engajado.

Essa automação de onboarding celebra a compra e avalia o engajamento do


cliente nos estágios iniciais. Ao monitorar se o cliente interage com os e-mails, po-
demos adaptar nossa abordagem para garantir que as informações cruciais sejam
recebidas.

Além disso, essa tática é particularmente útil para reduzir os pedidos de reem-
bolso. Ao fornecer informações adicionais e manter o cliente envolvido, é possível
criar um ambiente propício para a satisfação do cliente, minimizando a possibili-
dade de arrependimentos pós-compra.

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Automatização Simplificada: Os 4 Elementos


Básicos para Qualquer Automação
Para finalizar, vamos desmistificar os padrões essenciais que compõem qual-
quer automação eficaz. Compreender esses elementos básicos é crucial para criar
fluxos de trabalho automatizados que impulsionam o engajamento e maximizam
os resultados.

O primeiro é o gatilho, que serve como o


desencadeador que inicia a sequência de ações. Pode
ser a inscrição em uma lista, a compra de um produto
ou qualquer ação específica que acione a automação.

Outro ponto importante é a lógica "se, então",


fundamental para personalizar as interações com
base nas ações do usuário. Por exemplo, se o
cliente comprou um produto, então a automação
pode direcioná-lo para uma sequência específica,
adaptando-se dinamicamente às escolhas e
comportamentos do usuário.

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Já o elemento de espera tem a capacidade de


programar intervalos e é crucial para automações
de longo prazo. Desde esperar alguns minutos até
aguardar indefinidamente, esse recurso permite que
você planeje interações ao longo do tempo, como o
acompanhamento de clientes por um mês após uma
compra.

Por último, o e-mail é a ferramenta por excelência para


conectar-se com sua audiência. Pode ser utilizado
tanto em campanhas quanto em automações.
Essa versatilidade oferece oportunidades para criar
interações personalizadas e envolventes ao longo de
toda a jornada do cliente.

Esses quatro elementos, combinados de maneira estratégica, proporcionam a


base para criar automações inteligentes e eficientes. Ao entender como esses pa-
drões se entrelaçam, você ganha a capacidade de personalizar a experiência do
cliente e otimizar o desempenho das suas automações.

Portanto, esteja preparado para utilizar esses elementos em suas campanhas


automatizadas e elevar a eficácia das suas estratégias de marketing por e-mail.

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Exercícios
1.

Uma empresa de cursos de inglês irá lançar um e-book com dicas para melhorar
a pronúncia do idioma, daqui há um mês.A empresa já possui 5 livros no mercado,
mas é o primeiro que faz com foco para iniciantes. Por isso, já tem experiência em
vendas, porém precisa de uma nova lista de contatos, qual seria a melhor estraté-
gia para que a empresa conseguisse 1.000 leads?

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