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11-02-2016

O SNC-
SNC-AP – Sistema de
Normalização Contabilística para as
Administrações Públicas

Contempla subsistemas:
- Contabilidade Orçamental;
- Contabilidade Financeira;
- Contabilidade de Gestão.

Assenta:

1. Numa estrutura conceptual da informação financeira


pública;
2. Em Normas de Contabilidade Pública (NCP) convergentes
com as Normas Internacionais de Contabilidade Pública
(IPSAS);
3. Em modelos de Demonstrações Financeiras;
4. Numa norma relativa à contabilidade orçamental;
5. Num plano de contas multidimensional;
6. Numa norma de contabilidade de gestão.

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Elementos integrantes do DL 192/2015,


de 11 de Setembro:

- Criação do SNC-AP e definição do seu regime de


aplicação;
- Estrutura Conceptual da Informação Financeira
Pública (Anexo I);
- Normas de Contabilidade Pública (Anexo II);
- Plano de Contas Multidimensional (Anexo III).

Estrutura Conceptual da Informação


Financeira Pública:

Define os conceitos que devem estar presentes no


desenvolvimento de Normas de Contabilidade
Pública (NCP) aplicáveis à preparação e
apresentação de demonstrações financeiras e
outros relatórios financeiros por parte das
entidades públicas.

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Principais componentes da Estrutura


Conceptual:

- Objetivos e utilizadores das demonstrações


financeiras;
- Características qualitativas;
- Entidade de relato;
- Elementos das demonstrações financeiras;
- Reconhecimento dos elementos das
demonstrações financeiras;
- Mensuração dos elementos das demonstrações
financeiras.

Normas de Contabilidade Pública (NCP):

NCP 1 – Estrutura e conteúdo das Demonstrações Financeiras


(inclui os modelos);
NCP 2 – Políticas contabilísticas, alterações em estimativas
contabilísticas e erros;
NCP 3 – Ativos intangíveis;
NCP 4 – Acordos de concessão de serviços: Concedente;
NCP 5 – Ativos fixos tangíveis;
NCP 6 – Locações;
NCP 7 – Custos de empréstimos obtidos;
NCP 8 – Propriedades de investimento;
NCP 9 – Imparidade de ativos;
NCP 10 – Inventários;

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NCP 11 – Agricultura;
NCP 12 – Contratos de construção;
NCP 13 – Rendimento de transações com contraprestação;
NCP 14 – Rendimento de transações sem contraprestação;
NCP 15 – Provisões, passivos contingentes e ativos
contingentes;
NCP 16 – Efeitos de alterações em taxas de câmbio;
NCP 17 – Acontecimentos após a data do balanço;
NCP 18 – Instrumentos financeiros;
NCP 19 – Benefícios dos empregados;
NCP 20 – Divulgações de partes relacionadas;
NCP 21 – Demonstrações financeiras separadas;
NCP 22 – Demonstrações financeiras consolidadas;
NCP 23 – Investimentos em associadas e empreendimentos
conjuntos;

NCP 24 – Acordos conjuntos;


NCP 25 – Relato por segmentos;
NCP 26 – Contabilidade e relato orçamental;
NCP 27 – Contabilidade de gestão.

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Plano de Contas Multidimensional (PCM)

É o plano de contas que compreende as contas das


classes 1 a 8 destinando-se à escrituração
contabilística das transações e outros
acontecimentos em base de acréscimo, à
classificação das operações por natureza em base
de caixa modificada quando os códigos se
encontram associados a contas da classe zero e,
ainda, ao apuramento da informação relevante para
as contas nacionais.

O PCM pretende apoiar a classificação, registo e apresentação


de informação comparável, fiável e relevante, pelo menos com
os seguintes propósitos:
propósitos:

- Prestação de informação sobre a natureza das receitas e


despesas públicas para efeitos de relato da execução face
às estimativas constantes do orçamento, bem como apoio à
avaliação do desempenho orçamental;
- Elaboração de demonstrações financeiras, através do
subsistema de contabilidade financeira;
- Elaboração do cadastro dos bens e diretos das
Administrações Públicas e cálculo das respetivas
depreciações e amortizações;
- Apoio à elaboração do relatório de gestão que acompanha
as contas individuais e consolidadas;
- Apoio à preparação das contas nacionais (agregados
estatísticos).

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O PCM respeita os seguintes princípios:


princípios:

- Plenitude – O plano é suficientemente abrangente de modo a


capturar toda a informação orçamental, financeira, patrimonial,
económica e estatística.
- Segmentação – As contas e subcontas do plano foram concebidas
de modo a responder às necessidades de informação de diversos
utilizadores do governo nos seus diversos níveis, bem como de
outros destinatários considerados relevantes (por exemplo,
parlamento, órgãos de controlo, imprensa, cidadãos em geral).
- Multidimensionalidade – As contas e subcontas do plano foram
definidas de modo a não gerar sobreposições. Tal significa que a
mesma informação não deve ser obtida a partir de duas contas ou
subcontas diferentes, para evitar redundâncias. Por exemplo, as
classes 1 a 8 permitem fornecer informação para efeitos
orçamentais, financeiros e ainda para as contas nacionais. A
agregação das receitas e despesas em correntes e de capital é
assegurada por um quadro de correspondência entre as rubricas
agregadas das receitas e das despesas orçamentais e o PCM. Um
outro quadro assegura a correspondência entre o PCM e as
principais contas do Sistema Europeu de Contas Nacionais e
Regionais (SEC).

- Estrutura unificada – O plano é único para todas as


entidades das Administrações Públicas e outras entidades
que, por Lei, sejam obrigadas a aplicar o SNC-AP, sem
prejuízo das exceções admitidas para as entidades que
integrem o regime simplificado.
- Adaptabilidade – As entidades têm flexibilidade para
ajustarem o plano às suas necessidades específicas,
podendo criar subcontas de nível inferior.
- Base contabilística – O plano contempla contas que
proporcionam informação quer em base de caixa, quer em
base de acréscimo. As contas do subsistema de
contabilidade orçamental proporcionam informação em
base de caixa, proporcionando adicionalmente informação
em base de receitas liquidadas e compromissos assumidos
(reconhecidos no que se pode designar por regime de caixa
modificada). As contas do subsistema de contabilidade
financeira proporcionam informação em base de acréscimo.

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Em síntese, o PCM carateriza-


carateriza-se pelos seguintes aspetos:
aspetos:

- Apresenta uma estrutura, tanto quanto possível, aproximada


ao plano de contas do SNC, de forma a facilitar a
consolidação de contas;
-Contempla contas para operações específicas das
Administrações Públicas (por exemplo, bens do domínio
público, transferências e subsídios, e receitas de impostos,
contribuições e taxas), por regra em contas cujo segundo
dígito é “0” (zero). Deste modo, estas contas não só não
dificultam o processo contabilístico de consolidação de
contas, como também, ao serem criadas contas específicas
relativas ao registo dos bens de domínio público, permitem
informação do património das Administrações Públicas,
identificando o que utilizam, o que lhes pertence e o que
pode ser alienado;
- Prevê níveis específicos de desagregação para fazer face a
necessidades setoriais (por exemplo, setores da saúde,
educação, autarquias locais ou segurança social), garantindo
porém homogeneidade das contas principais;

- Abrange todas as entidades sujeitas ao SNC-AP,


nomeadamente as que anteriormente utilizavam o POCP,
POCAL, POC-Educação, POC-MS e POCISSS;
- Deixa de existir uma conta com caraterísticas da conta 25 –
Devedores e credores pela execução do orçamento. Todas
as fases da execução do orçamento são consideradas em
contas apropriadas da Classe 0, contemplando, assim,
contas suscetíveis de assegurar a gestão e controlo de
tesouraria e o desempenho orçamental.

IMPORTANTE: A Classe 9, tradicionalmente destinada ao


subsistema de contabilidade de gestão, não está desenvolvida
neste plano, uma vez que é de uso facultativo, conforme
previsto na NCP 27 – Contabilidade de Gestão.

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O PCM é constituído por


por::

- Um quadro síntese de contas das Classes 1 a 8 destinadas


a registar transações e acontecimentos na contabilidade
financeira e que podem também servir para classificar
operações por natureza na contabilidade orçamental;
- Uma lista codificada de contas (Código de Contas) das
Classes 1 a 8;
- Um quadro de correspondência entre as rubricas
orçamentais e as contas do PCM, caso estas venham a ser
adotadas na contabilidade orçamental para classificar as
operações por natureza;
- Um quadro de correspondência entre as contas do PCM e as
principais contas do SEC;
- Um classificador de entidades (Classificador complementar
1);
- Um classificador de bens e direitos para efeitos de cadastro
e respetivas vidas úteis (Classificador complementar 2).

Plano de Contas do SNC-


SNC-AP
AP::
-NCP 26 – Contabilidade e Relato Orçamental
Classe 0 – Contas de controlo orçamental e de ordem
- PCM
Classe 1 – Meios financeiros líquidos
Classe 2 – Contas a receber e a pagar
Classe 3 – Inventários e ativos biológicos
Classe 4 – Investimentos
Classe 5 – Património, reservas e resultados transitados
Classe 6 – Gastos
Classe 7 – Rendimentos
Classe 8 - Resultados

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Classe 0 – Contas de controlo orçamental


e de ordem
01
01-- Receita do período corrente
02
02-- Despesa do período corrente
03
03-- Receita de períodos futuros
04
04-- Despesa de períodos futuros
07
07-- Operações de tesouraria
08 – Encerramento contabilidade orçamental
09
09-- Contas de ordem

Classe 1 – Meios financeiros líquidos


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11-- Caixa
12
12-- Depósitos à ordem
13
13-- Outros depósitos bancários
14
14-- Outros instrumentos financeiros a curto prazo

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Classe 2 – Terceiros
20 – Devedores e credores por transferências,
subsídios e empréstimos bonificados
21
21-- Clientes, contribuintes e utentes
22
22-- Fornecedores
23
23-- Pessoal
24
24-- Estado e outros entes públicos
25
25-- Financiamentos obtidos
26
26-- Acionistas/Sócios/Associados
27
27-- Outras contas a receber e a pagar
28
28-- Diferimentos
29
29-- Provisões

Classe 3 – Inventários e ativos biológicos


31
31-- Compras
32
32-- Mercadorias
33
33-- Matérias-
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
34
34-- Produtos acabados e intermédios
35
35-- Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
36
36-- Produtos e trabalhos em curso
37
37-- Ativos biológicos
38
38-- Reclassificação e regularização de inventários
e ativos biológicos
39
39-- Adiantamentos por conta de compras

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Classe 4 – Investimentos
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41-- Investimentos financeiros
42
42-- Propriedades de investimento
43
43-- Ativos fixos tangíveis
44
44-- Ativos intangíveis
45
45-- Investimentos em curso

Classe 5 – Fundo Patrimonial


51 – Património/Capital
52 – Ações (quotas) próprias
53 – Outros instrumentos de capital próprio
54 – Prémios de emissão
55 – Reservas
56 – Resultados transitados
57 – Ajustamentos em ativos financeiros
58 – Excedentes de revalorização de ativos fixos
tangíveis e intangíveis
59 – Outras variações no património líquido

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Classe 6 – Custos e perdas


60 – Transferências e subsídios concedidos
61
61-- Custo das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas
62
62-- Fornecimentos e serviços externos
63
63-- Gastos com o pessoal
64
64-- Gastos de depreciação e de amortização
65
65-- Perdas por imparidade
66
66-- Perdas por reduções do justo valor
67
67-- Provisões do período
68
68-- Outros gastos e perdas
69
69-- Gastos e perdas de financiamento

Classe 7 – Proveitos e ganhos


70
70-- Impostos contribuições e taxas
71
71-- Vendas
72
72-- Prestações de serviços e concessões
73
73-- Variações nos inventários da produção
74
74-- Trabalhos para a própria entidade
75
75-- Transferências e subsídios correntes obtidos
76
76-- Reversões
77
77-- Ganhos por aumentos de justo valor
78
78-- Outros rendimentos e ganhos
79
79-- Juros, dividendos e outros rendimentos
similares

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Classe 8 – Resultados
81
81-- Resultado líquido do período

89
89-- Dividendos antecipados

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