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Gestão de Custos e

Formação do preço
de vendas
Indústria e Varejo

Profa. Sirlei Ana Falchetti, Me

“A estratégia é uma economia de forças.


Carl Von Clausewitz

Conhecimento é o Nosso Negócio

www.idepecursos.com.br Canal youtube DONO DO CÉREBRO


https://www.facebook.com/idepeconhecimento/ sfalchetti@gmail.com
Sumário

Apresentação ................................................................................. 3
Nossos Conteúdos .......................................................................... 6
GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS .......... 7
GESTÃO DE CUSTOS ..................................................................... 9
Conceitos ..................................................................................... 11
Custos e Despesas ....................................................................... 14
CUSTOS ....................................................................................... 14
Custos Diretos (CD) ...................................................................... 15
Mão de Obra Direta (MOD) ............................................................ 15
Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ............................................ 16
DESPESAS ................................................................................... 17
Custos e Despesas Fixas e Variáveis ............................................. 19
METODOS DE CUSTEIO ................................................................ 23
Custeio por Absorção ................................................................... 23
Custeio Variável (Direto) ............................................................... 26
Custeio por Atividade (ABC) ......................................................... 29
IDENTIFICANDO E CALCULANDO CUSTOS .................................. 35
Cálculo do Custo com Materiais .................................................... 35
INDÚSTRIA ................................................................................... 36
Cálculo do Custo da Matéria Prima................................................ 37
Cálculo do Custo com Mão de Obra Direta .................................... 39
Cálculo do Custo do Produto ........................................................ 44
CPV – Custo do Produto Vendido .................................................. 52
Sumário

Estoques inicial e Final ...................................................................... 53

Despesas de Comercialização ...................................................... 54


Despesas de Venda .......................................................................... 54

Despesas com Mão de Obra Fixa................................................... 62


Custos Totais ............................................................................... 65
Demonstração dos Resultados ..................................................... 67
Margem de Contribuição............................................................... 70
Ponto de Equilíbrio ....................................................................... 72
Lucratividade ............................................................................... 74
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS............................................. 76
MARKUP ...................................................................................... 79
VAREJO/INTERMEDIÁRIOS .......................................................... 82
Aquisição de mercadoria/estoque ................................................. 83
Custo da Mercadoria Vendida ....................................................... 84
Despesas com Comercialização/Administrativas........................... 86
Demonstração dos Resultados ..................................................... 89
Índices e Indicadores de Desempenho ......................................... 92
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 93
BIBLIOGRAFIAS ........................................................................... 94
Informações do Professor ............................................................. 95
Pág. 03 Apresentação

"Para de
perseguir
Apresentação
o dinheiro e
Super bem vindo ao Curso: Gestão de Custos
comece a
perseguir o e Formação do Preço de Vendas, indústria e
sucesso"
varejo
Tony Hsieh,
empreendedor

Tony Hsieh, fundador do e-commerce Zappos.com,


gigante nesse segmento, vendida em 2009 para a
Amazon, teve como filosofia para transformar a
empresa Zappos.com na gigante do setor,
desenvolver um nível de serviço diferenciado para
seus clientes. Com essa filosofia, a empresa atingiu
excelentes resultados.

Em uma de suas frases/dicas, Hsieh diz: “Para de


perseguir o dinheiro e comece a perseguir o
sucesso”. E claro, essa foi uma das receitas para o
sucesso do empreendedor.

Dinheiro não deve ser perseguido: deve ser gerenciado.


E essa gerência do dinheiro serve para as empresas, mas
também serve para nossa vida, nossas finanças pessoais.

Apesar de o nome do Curso ser “Gestão de Custos”, apenas


por uma questão de semântica, vocabulário comum às
empresas e estudantes, o nome com certeza deveria ser
Pág. 04 Apresentação

“Gestão de Dinheiro”. Afinal, uma empresa não realiza somente a


gestão de seus custos e despesas, mas, principalmente, de seus ganhos.
Quer dizer, é preciso gerenciar todo o fluxo do dinheiro.

Por quê, afinal, realizar gestão de custos?


Porque, fundamentalmente, quaisquer negócios, e também a pessoa
física, precisa entender qual é o fluxo do dinheiro. Conhecer o
assunto, conhecer os processos e principalmente, conhecer o
negócio em suas receitas e despesas farão com que o negócio tenha
sucesso. Ou não! Isso mesmo, por vezes, entendendo todo o fluxo de
custos e receitas de uma empresa, pode-se chegar a conclusão que
não é viável, porque reduzir custos implica em redução de qualidade
e aumentar preço de venda significa ficar fora da realidade do
mercado e não vender. De qualquer maneira, É QUESTÃO
FUNDAMENTAL ENTENDER a GESTÃO DE CUSTOS de sua empresa
para realizar a FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS coerentemente
e com eficiência. Então, realizar a GESTÃO DO DINHEIRO.

E esse curso?
Esse curso tem foco na real importância da Gestão de Custos, como
o desenvolvimento de uma habilidade para o Gestor e que poderá
realizar a gestão do dinheiro de maneira adequada.

A intenção é justamente descomplicar a gestão de custos. Por isso,


teremos uma parte introdutória, com conceitos fundamentais para o
desenvolvimento de uma boa gestão de custos e receitas. O curso
terá uma breve abordagem teórica, mas o foco é entender os
processos práticos a serem realizados em uma empresa.
Pág. 05 Apresentação

Será utilizado o software Microsoft Excel para a realização de muitas


aulas e você poderá acompanhar as explicações, desenvolvendo
seu método de gestão e controle.

Vamos ao curso!

Professora Mestre Sirlei Ana Falchetti


www.idepecursos.com.br
Pág. 06 Conteúdos

Conteúdos

Gestão de Custos e Formação do Preço de Vendas


GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO
Pág. 07 DE PREÇO DE VENDAS

"Controla os
teus custos
GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE
PREÇO DE VENDAS
melhor que os
teus
concorrentes. É
aí que podes Samuel Moore Walton, ou somente Sam Walton, um dos
sempre maiores empresários da história mundial, fundador da
encontrar a maior rede de varejo do mundo, Wal-Mart, do Sam's
vantagem
Club, entre outros; deixou a sua família a herança de
competitiva”.
estar entre uma das mais ricas do mundo.
Sam Walton,
empresário - EUA Como legado, deixou muitas e valiosas lições. E uma
delas, está justamente na frase ao lado: controle de
custos. Para ele, pode estar aí uma das vantagens
competitivas de qualquer negócio.

Então, o que é CONTROLE DE CUSTOS?

Controle: consiste em averiguar, verificar, fiscalizar


determinada situação. Ou seja, controlar significa ter
poder sobre o que está acontecendo. Dominar.

Custos: o que incide e afeta diretamente no preço de


aquisição e/ou produção de um produto ou serviço. É um
gasto econômico.

Conhecendo esses dois conceitos, então:

Controle de custos é a verificação, o domínio sobre


o dinheiro gasto para gerar um bem ou serviço e fazê-lo
chegar ao consumidor. Controle de custos é uma
questão de GESTÃO e PLANEJAMENTO.
GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO
Pág. 08 DE PREÇO DE VENDAS

É por isso que não basta fazer controle, é preciso ADMINISTRAR,


GERIR o dinheiro. Então, é necessário fazer a GESTÃO DE
CUSTOS.
Pág. 09 GESTÃO DE CUSTOS

GESTÃO DE CUSTOS

“Tem cuidado com custos pequenos! Uma pequena


fenda afunda grandes barcos” (Benjamin Franklin, 1706
– 1790, Presidente dos Estados Unidos, Escritor, Cientista)

Éo gerenciamento da aplicação do DINHEIRO na empresa.


Falar em Gestão significa gerir, administrar e
complementarmente, controlar. Fazer a GESTÃO DE CUSTOS, por
vezes, desperta um certo receio nos empresários. Por vezes, até por
receio de não conseguirem dimensionar ou calcular os reais custos
que incorrem no negócio.

Mas sem uma gestão de custos eficiente, é muito difícil a


empresa ser também eficiente. São fatores que dificilmente podem
ser dissociados.

Afinal, se não sabe quanto gasta, como vai dimensionar quanto


realmente ganha? E falar em ganho significa o quanto sobra, não o
que entra no caixa da empresa. O que realmente é lucro.

A Gestão de Custos proporciona informações para a Tomada


de Decisão. Empresas hoje vivem uma competição Global, não é
mais somente o seu vizinho de porta, aquele que vende o mesmo
produto que o seu, entrega o mesmo serviço, o seu concorrente. O
comércio é GLOBAL, a concorrência vai além das fronteiras de uma
rua, cidade, estado ou país. É preciso conhecer todos e quaisquer
custos que incorrem no negócio, para ai sim, poder gerenciá-los.
Pág. 10 GESTÃO DE CUSTOS

Por que Gestão de Custos?

- auxiliar na tomada de decisão;

- proporcionar segurança para definição da margem de lucro


de cada produto/serviço. A gestão de custos que irá direcionar a
correta precificação de seus produtos/serviços e torná-los
competitivos no mercado;

- saber para onde vai o dinheiro gerado na empresa;

- obter informações sobre o desempenho das atividades da


empresa;

- proporcionar informações para auxiliar no planejamento das


operações da empresa;

- diminuir os riscos do negócio. Não é raro uma empresa fechar


por não saber a dimensão de seus custos. E empresas, por vezes,
com alto faturamento. Algumas empresas, inclusive, quebram no
crescimento. Mas como assim? Isso, pela dificuldade ou mau
gerenciamento de custos, ao crescer, as empresas correm o risco
de quebrarem. Já presenciei situações assim.

- ter o domínio/controle do dinheiro gasto na empresa. Evitar


desperdícios, pois sabendo onde o dinheiro é aplicado, pode-se
redimensionar, evitar custos, que por mais que parecem
corriqueiros, podem demonstrar ser desnecessários.

Gerir de maneira apropriada os custos pode indicar aos


gestores que a aplicação adequada dos recursos financeiros pode
Pág. 11 GESTÃO DE CUSTOS

ser mais simples do que aumentar os ganhos. E por vezes, aumentar


os ganhos não significa exatamente aumentar o lucro, se os custos
não estão corretamente dimensionados e/ou direcionados, pode ser
uma chaleira furada.

E qual o primeiro passo?

Conceitos
Conhecer alguns conceitos básicos, vocabulário utilizado
durante a gestão de custos é fundamental. E para quem já está
familiarizado com esses termos, vamos relembrar. A ideia é iniciar o
curso do básico, como um passo a passo para você organizar a sua
gestão.

GASTOS: Todas as saídas de dinheiro da empresa. Todos os bens e


serviços adquiridos. Os gastos podem ser um custo ou uma
despesas.

O gasto também pode ser um investimento (um ativo na empresa, um


máquina, por exemplo, ela vai fazer parte dos bens patrimoniais da
empresa) ou um gasto de consumo.

Um ATIVO é um BEM ou DIREITO da empresa

CUSTOS: Todos os gastos que têm relação direta com a produção


de um bem ou serviço, ou da aquisição de um bem para vendê-lo.
Segundo Eliseu Martins (2010), “é o gasto relativo a bem ou serviço
utilizado na produção de bens e serviços”.
Pág. 12 GESTÃO DE CUSTOS

DESPESAS: Os gastos não relacionados diretamente com o


produto/serviço, mas fundamentais para que a empresa funcione,
são despesas. Quer dizer, são gastos para que a empresa trabalhe.

PREÇO: Valor traduzido em moeda. Valor final de um


produto/serviço, que será pago pelo consumidor. Quantidade
monetária que se atribui à troca por um bem ou serviço.

RECEITA: Valor que é recebido. Total de dinheiro que é arrecadado


com a venda de produtos, bens ou serviços. Receitas são
acréscimos ao Patrimônio Líquido.

PRODUTO: Pode ser um bem tangível, aquilo que é produzido e


comercializado. Produto também pode ser um serviço, ou seja, algo
intangível. Objeto das negociações, pelos quais o consumidor irá
trocar seu dinheiro para ter um benefício.

INSUMO: são bens adquiridos para o consumo no processo de


produção de novos bens ou de prestação de serviços. Exemplo:
material secundário; matéria-prima; embalagens; mão de-obra
direta ou indireta; combustíveis e outros utilizados para o
funcionamento dos equipamentos na produção.

LUCRO: É o ganho recebido durante uma operação comercial ou no


exercício de uma atividade econômica. É a diferença entre o valor
recebido menos todos os custos e despesas do produto.

PREJUÍZO: Diferença negativa entre a receita e custos. Perda.

CUSTEIO: Método para apropriação dos custos, diretos e indiretos,


aos produtos.
Pág. 13 GESTÃO DE CUSTOS

LUCRATIVIDADE: expressa em percentagem, indica o percentual de


ganho obtido sobre as vendas realizadas.

Na formação do Preço de Vendas, em CUSTOS, deve-se


compreender que:

INDÚSTRIAS

PRODUTO: sofre transformação


CONSOME: matéria-prima, mão de obra, outros gastos
ESTOQUE: matérias-primas, produtos em elaboração e produtos
acabados.
CALCULA: Custo do Produto Vendido.

COMÉRCIO

PRODUTO: transfere a posse de mercadorias


CONSOME: mercadorias
ESTOQUE: mercadorias para revenda
CALCULA: Custo das Mercadorias Vendidas.

SERVIÇO

PRODUTO: serviço solicitado pelo cliente


CONSOME: materiais (nem todos os serviços) e mão de obra
ESTOQUE: materiais, em alguns casos
CALCULA: Custo dos Serviços Prestados.
Pág. 14 Custos e Despesas

Custos e Despesas

Um pouco mais sobre custos e despesas...

Como indicado no item anterior, custos e despesas são gastos


de uma empresa. No entanto, seus conceitos contábeis são
diferenciados. E são importantes para a gestão dos negócios.

Os gastos não são calculados de maneira igual para todas as


empresas. Depende do ramos de atividade: indústria, comércio ou
serviços. É importante, então, diferenciar os gastos da sua empresa.

Schier (2006, p. 37) relata a importância de atribuir


devidamente o custo a cada processo produtivo de origem, tanto na
fabricação, na revenda de mercadorias ou na prestação de serviços,
se apurarmos o custo da produção e o resultado em um determinado
período. É por isso que precisamos fazer a separação dos gastos em
custos e despesas.

CUSTOS

Contabilmente, os custos integram diretamente no valor do


estoque. São considerados nos custos os gastos relativos a
aquisição e produção de mercadorias, como por exemplo, matéria
prima, mão de obra e gastos gerais de fabricação. Os custos são os
desembolsos atribuídos ao produto final.

Há, na literatura, outras formas de classificar os custos. São


definições que contribuem para gerar informações úteis para os
tomadores de decisões.
Pág. 15 Custos e Despesas

Custos Diretos (CD)

São os custos mensuráveis durante a fabricação do produto


como, por exemplo, a quantidade de matéria prima que será
utilizada a fará parte do produto final.
Segundo Wernke (2001), custos diretos são os gastos
facilmente apropriáveis às unidades produzidas. São aqueles que
podem ser identificados como pertencentes a este ou aquele
produto.
Por sua natureza, características próprias e objetividade de
identificação no produto são imputadas por medições objetivas ou
por controles individuais como a ficha técnica do produto.

Ex.: Para produzir uma camisa masculina, são utilizados 1m e


20cm de tecido, 7 botões, 10m de linha. O custo direto de matéria
prima para produção da camisa é:
1m tecido = R$ 5,00 x 1,20 = R$ 6,00 tecido
1 botão = R$ 0,05 x 7 = R$ 0,35 botões
10m linha = R$ 1,20 / 100 = R$ 0,012 x 10m = R$ 0,12
1 embalagem plástica = R$ 0,10
1 embalagem caixa = R$ 0,80
Total insumos = R$ 6,00 + 0,35 + 0,12 + 0,10 + 0,80 = R$ 7,37
custo direto de matéria prima para produzir uma camisa.

Mão de Obra Direta (MOD)

Para a produção da camisa é necessário mão de obra. Esse é


um custo direto, ou seja Mão de Obra Direta (MOD).
Pág. 16 Custos e Despesas

Considerando o custo da hora de um funcionário de R$ 6,00 e


há necessidade de 40min de trabalho para produção de uma camisa,
o custo de MOD para produção de uma camisa é de: R$ 6,00 / 60 =
R$ 0,10 x 40min = R$ 4,00.

Custos Indiretos de Fabricação (CIF)

São os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou


objetiva aos produtos ou a um grupo ou a outro segmento ou
atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos,
serviços ou departamentos, serão mediante critérios de rateio. Ou
seja, são custos que necessitam de alguns cálculos para serem
distribuídos aos diferentes produtos fabricados pela empresa, por
serem de difícil mensuração são classificados como custos
indiretos.

Ex:
- Depreciação de equipamentos
- Seguro da fábrica; manutenção das máquinas; aluguel de
fábrica;
- Salários dos supervisores de equipe, etc.

Rateio do custo indireto de fabricação (CIF)

Rateio é um artifício empregado para a distribuição dos custos,


ou seja, é o fator pelo qual vamos dividir os CIFs.
Pág. 17 Custos e Despesas

Exemplos de Bases Utilizadas:

 Unidades produzidas;

 Horas de MOD;

 Horas de uso direto das máquinas;

 Valor (custo) da MOD;

 Horas diretas de serviços prestados;

 QWH – hora (energia elétrica) ou HP;

 Metro cúbico de ar comprimido;

 Número de funcionários.

DESPESAS

São deduzidas na Demonstração do Resultado da Empresa.


São os gastos relativos a administração da empresa, como área
comercial, área financeira, marketing, ou seja, todos os gastos
necessários para manter a estrutura da empresa. As despesas são
de caráter geral.

O que é um CUSTO o que é uma DESPESA. Exemplos:


CUSTO DESPESA
Matéria prima Aluguel do administrativo
Energia/água aplicada na produção de Energia/água do Administrativo
bens
Salários e encargos do pessoal da Salários e encargos do
produção administrativo e comissões de
vendas.
Mercadoria comprada para revenda Propaganda
Frete da matéria prima / mercadoria Pró-labore – retirada dos sócios
Material consumido na prestação de Imposto sobre vendas
serviços
Pág. 18 Custos e Despesas

Para diferenciar, você pode questionar: se eliminar esse gasto,


a produção de bens, de serviços ou a aquisição de mercadoria seria
afetada? Exemplo, se eliminar a propaganda, poderá afetar a venda,
mas não a produção. Então é uma despesa.

Essa diferenciação entre custos e despesas é importante para,


entre outros benefícios, calcular a Margem de Contribuição, e
que poderá definir se vale ou não a pena um produto ser produzido,
comercializado ou um serviço ser prestado.

Ou seja, identificar custos e despesas é fundamental para


saber exatamente qual o GASTO que a empresa terá mesmo não
tendo nem uma venda.

O próximo passo e identificar o que são gastos fixos e


variáveis.
Pág. 19 Custos e Despesas Fixas e Variáveis

Custos e Despesas Fixas e Variáveis


Ainda falando em Custos e Despesas, o próximo passo é
identificar o que é um custo ou despesa FIXA ou VARIÁVEL.

Fixo
São gastos que ocorrerão independente do volume de
produção ou vendas.

Variável
São os gastos que se alteram em função do volume produzido
ou vendido. Se a empresa produzir ou vender mais, esses gastos
irão aumentar.

CUSTOS E DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS - EXEMPLOS

Evento Gasto Tipo Porque

Matéria prima – tecido Custo Variável Ligado a produção e varia


para produção de camisas em função da quant.
produzida

Mercadoria – camisa para Custo Variável Ligado ao estoque para


venda venda e varia em função da
quant. vendida
Energia para produção de Custo Variável Diminui ou aumenta em
camisa função da quant. produzida
Energia da loja de varejo Despesa Fixa Irá ocorrer, mesmo não
de camisas acontecendo venda e está
Pág. 20 Custos e Despesas Fixas e Variáveis

ligado a manutenção do
negócio
Aluguel de Escritório Despesa Fixa Não varia em função da
produção/venda. Está ligado
a manutenção do negócio
Aluguel da fábrica Custo Fixo Não varia em função da
produção/venda e está
ligado a produção
IPTU Despesa Fixa Não varia em função da
produção/venda. Está ligado
a manutenção do negócio
Salário dos vendedores Despesa Fixa Não varia em função da
produção/venda
Comissão de vendedores Despesa Variável Irá variar em função da
venda. Está ligado a
manutenção do negócio
Bonificação sobre vendas Despesa Variável Irá variar em função da
venda. Está ligado a
manutenção do negócio
Frete de entrega Despesa Variável Irá variar em função da
venda. Está ligado a
manutenção do negócio
Frete de Matéria prima / Custo Variável Irá variar em função da
mercadoria produção. Está ligado a
produção/estoque.

Hora Extra produção Custo Variável Irá variar em função da


produção. Está ligado a
produção.
Imposto sobre vendas Despesa Variável Irá variar em função da
venda.
Pág. 21 Custos e Despesas Fixas e Variáveis

CUSTO TOTAL (CT)

Custo total é a soma dos custos fixos e variáveis da empresa.

CT = CF + CV

CUSTOS MISTOS OU SEMIVARIÁVEIS

Custos mistos são aqueles que apresentam uma variação em


função do nível de produção, mas também tem uma parcela fixa.
Esta parcela fixa ocorrerá mesmo que nada seja produzido.

Exemplo: um bom exemplo é a energia elétrica, ou o consumo


de água. No caso de uma indústria, haverá sempre a taxa mínima
cobrada pelas distribuidoras, mesmo quando não há produção. E
essa taxa será um custo fixo.

A classificação dos custos em fixos, variáveis e semivariáveis


não segue uma regra geral, pois sua classificação pode variar
dependendo do tipo de empresa, mas normalmente pode ser assim
considerada:

Custos/despesas variáveis:

Material direto;

Mão-de-obra direta;

Comissões sobre as vendas;

Impostos sobre as vendas.


Pág. 22 Custos e Despesas Fixas e Variáveis

Custos/despesas fixas:

Alugueis;

Seguros;

Depreciação;

Energia do escritório;

Impostos.

Custos semivariáveis:

Manutenção;

Energia da fábrica;

Salários dos supervisores.


Pág. 23 METODOS DE CUSTEIO

METODOS DE CUSTEIO

Custeio significa Método de Apropriação de Custos. Os


métodos de custeio, ou métodos de custeamento mais clássicos
são: Custeio por Absorção, Custeio Direto (Variável) e Custeio por
Atividade.

Custeio por Absorção


É o método tradicional de custeamento onde, para se obter o
custo dos produtos, considera-se todos os gastos industriais,
diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Os gastos industriais diretos
ou comuns são atribuídos aos produtos por critério de distribuição.

Apesar de não ser totalmente lógico e de muitas vezes falhar


como instrumento Gerencial, é aceito para fins de avaliação de
estoques e para apuração do resultado.

O CUSTEIO POR ABSORÇÃO é o único aceito para


escrituração contábil. Em termos tributários é o único aceito
pela legislação.

O custo por absorção inclui todos os custos indiretos de


fabricação de certo periodo nos custos de suas atividades
industriais, sejam produtos, processos ou serviços. Esse critério
recorre a uma série de rateios por causa dos custos comuns, de
Pág. 24 METODOS DE CUSTEIO

difícil identificação ou não relevantes. O objetivo principal do custo


por absorção é ter o custo total (direto e indireto) de cada objeto de
custeio. Serve, entre outras finalidades, a determinar a
rentabilidade de cada atividade, a avaliar os elementos que
compõem o patrimônio e a compor uma informação significativa no
auxílio à decisão de estabelecer os preços de venda dos produtos
ou serviços (LEONE, 2000, p. 242).

Quando se tem um único produto, não é necessário fazer


rateio, porque todo o custo indireto vai se alocar a esse
produto. Afinal, não será preciso dividir.

Esquema de Custeio por Absorção:


Pág. 25 METODOS DE CUSTEIO

Exemplo de Custeio por Absorção:


A empresa Beta produziu em um mês 10.000 camisas masculinas e 10.000
camisas femininas. As camisas masculinas são vendidas a R$ 25,00 e a feminina
a R$ 24,00.

Produto Quantidade produzida Preço de Venda


Camisa masculina (M) 10.000 R$ 25,00
Camisa feminina (F) 10.000 R$ 24,00

1º Passo – Classificar os custos


Os custos diretos por unidade produzida incluem:

Qtd Camisa M Camisa F TOTAL


Matéria prima 10.000 R$ 7,37 73.700,00 R$ 7,07 70.700,00 R$ 144.400,00
MOD 10.000 R$ 4,00 40.000,00 R$ 4,00 40.000,00 R$ 80.000,00
TOTAL R$ 11,37 113.700,00 R$ 11,07 110.700,00 R$ 224.400,00

Os custos indiretos de fabricação incluem: (CIF)

Aluguel R$ 5.000,00
Mão de Obra Indireta R$ 9.000,00
Depreciação e manutenção de equipamentos R$ 8.000,00
TOTAL R$ 22.000,00

Os custos indiretos de fabricação são distribuídos (rateados)


de acordo com as unidades produzidas.
Camisas M Camisas F TOTAL
QUANTIDADE 10.000 10.000 20.000
PRODUZIDA
Proporção em 50% 50% 100%
relação ao total do
pedido
Proporção CIF em 50% de 22.000,00 50% de 22.000,00
relação ao total = R$ 11.000,00 = R$ 11.000,00
produzido
Pág. 26 METODOS DE CUSTEIO

CUSTOS CAMISA M CAMISA F TOTAL

MP Consumida 73.700,00 70.700,00 144.400,00

MOD 40.000,00 40.000,00 80.000,00

Unid. Produzida 10.000 10.000 20.000

CIF 11.000,00 11.000,00 22.000,00

50% 50%

CUSTO TOTAL R$ 124.700,00 R$ 121.700,00 R$ 246.400,00

CUSTO POR R$ 12,47 R$ 12,17


UNIDADE

Custeio Variável (Direto)


No sistema de custeio direto ou variável só são alocados aos
produtos os custos variáveis, ficando os custos fixos separados e
considerados como despesas do período, indo diretamente para o
resultado. Os custos fixos levam o mesmo tratamento das despesas
fixas. Não utiliza rateio. Esse método é mais utilizado para fins
gerenciais, fornecendo ferramentas que auxiliam no processo de
gerenciamento da empresa.
Através desse método é possível obter a margem de
contribuição de cada produto, que é conceituada como sendo a
diferença entre o preço de venda e os custos variáveis. O que sobra
é para absorver os custos fixos e formar o lucro.
Pág. 27 METODOS DE CUSTEIO

Segundo Leone (2000), esse método só inclui no custo dos


produtos os custos diretos e variáveis. Para que outros custos
atenham as condições necessárias para compor o custo de um
produto, é necessário que esse custo seja facilmente identificado
com o produto, isto é, seja direto e que seja variável diante da
variabilidade de um indicador que represente o produto. A finalidade
principal do critério é a determinação da contribuição marginal –
Margem de Contribuição - total ou unitária de cada objeto de
custeio.

Exemplo:
Produto Quantidade produzida Preço de Venda
Camisa masculina 10.000 R$ 25,00
Camisa feminina 10.000 R$ 24,00

Os custos diretos por unidade produzida incluem:

CUSTOS COM MATÉRIA PRIMA

CAMISA MASCULINA

Matéria prima Valor Unitário Qtd por produto Custo total

Tecido R$ 5,00 1,20m R$ 6,00

Botão R$ 0,05 7unid R$ 0,35

Linha R$ 0,012 10m R$ 0,12

Embalagem interna R$ 0,10 1 unid R$ 0,10

Embalagem Caixa R$ 0,80 1 unid R$ 0,80

CUSTO TOTAL 7,37


Pág. 28 METODOS DE CUSTEIO

CAMISA FEMININA

Matéria prima Valor Unitário Qtd por produto Custo total

Tecido R$ 5,00 1,16m R$ 5,80

Botão R$ 0,05 7unid R$ 0,35

Linha R$ 0,012 10m R$ 0,12

Embalagem interna R$ 0,10 1 unid R$ 0,10

Embalagem Caixa R$ 0,80 1 unid R$ 0,80

CUSTO TOTAL 7,07

CUSTOS COM MÃO DE OBRA DIRETA

CAMISA MASCULINA

VALOR HORA TEMPO PRODUÇÃO VALOR DO CUSTO MOD POR


1 UNIDADE MINUTO UNIDADE

R$ 6,00 40min R$ 0,10 R$ 4,00

CAMISA FEMININA

VALOR HORA TEMPO PRODUÇÃO VALOR DO CUSTO MOD POR


1 UNIDADE MINUTO UNIDADE

R$ 6,00 40min R$ 0,10 R$ 4,00

Camisa masculina Camisa feminina


Matéria prima + insumos R$ 7,37 R$ 7,07
MOD R$ 4,00 R$ 4,00
TOTAL R$ 11,37 R$ 11,07

Pelo Método do Custeio Variável (Direto), o custo do Produto é de: R$ 11,37


para a Camisa Masculina e R$ 11,07 para a Camisa Feminina
Pág. 29 METODOS DE CUSTEIO

Os custos diretos totais:

Qtd Camisa M Camisa F TOTAL


Matéria prima 10.000 R$ 7,37 73.700,00 R$ 7,07 70.700,00 R$ 144.400,00
MOD 10.000 R$ 4,00 40.000,00 R$ 4,00 40.000,00 R$ 80.000,00
TOTAL R$ 11,37 113.700,00 R$ 11,07 110.700,00 R$ 224.400,00

Custeio por Atividade (ABC)


O Método de Custeio por Atividade (ABC) foi desenvolvido nos
Estados Unidos, denominado ABC - Activity Based Costing, é um
método criado procurando adequar os sistemas de custos a nova
fase industrial, de maior implementação tecnológica e automação, e
métodos de melhoria da qualidade dos produtos. Apropria o custo
fixo ao produto fabricado com base nas atividades que efetivamente
o geraram.

O custeio baseado em atividades é uma metodologia de custeio


que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo
rateio arbitrário dos custos indiretos. Alguns autores defendem que
o Custeio por Atividade (ABC) é mais uma ferramenta, um
instrumento no Custeio por Absorção.

Acompanha as seguintes etapas:


Pág. 30 METODOS DE CUSTEIO

Etapas Tarefas

1ª Identificar as atividades relevantes

2ª Atribuir custos às atividades

3º Atribuir custos unitários aos produtos

4º Demonstração dos resultados da produção

Exemplo Etapa 1:

O Custeio ABC é estruturado em dois estágios:

 Direcionadores de Recursos: são aqueles que identificam


como as atividades consomem recursos;

 Direcionadores de Atividades: são aqueles que identificam


como os objetos de custeio consomem as atividades,
permitindo custeá-los
Pág. 31 METODOS DE CUSTEIO

Exemplo de Direcionadores:

Ex.: Produção de Camisas

A empresa tem o departamento de corte e costura e o departamento de


acabamento, responsável por passar, conferir, empacotar e controle de
qualidade.

Produto Quantidade produzida Preço de Venda


Camisa masculina 10.000 R$ 25,00
Camisa feminina 10.000 R$ 24,00

Os custos diretos por unidade produzida incluem:

Camisa masculina Camisa feminina


Matéria prima + insumos R$ 7,37 R$ 7,07
MOD R$ 4,00 R$ 4,00
TOTAL R$ 11,37 R$ 11,07

Os custos indiretos de fabricação e despesas incluem:

Aluguel R$ 5.000,00
Mão de Obra Indireta R$ 9.000,00
Depreciação e Manutenção de equipamentos R$ 8.000,00
TOTAL R$ 22.000,00
Pág. 32 METODOS DE CUSTEIO

1º passo: Identificar atividades relevantes

Departamentos Atividades
Compras Comprar materiais
Corte e costura Corte, costura e acabamento

2º passo: Atribuir custos as atividades

CUSTOS DIRECIONADORES
Aluguel Tempo utilizado
MO Indireta Tempo utilizado
Material de consumo Número do pedido

Departamentos Atividades Custos


Compras Comprar materiais R$ 12.000,00
Corte e costura Corte, costura e acabamento R$ 10.000,00
TOTAL R$ 22.000,00

3º passo: Atribuir custos unitários aos produtos

Direcionadores das atividades:

Departamentos Atividades Direcionadores


Compras Comprar materiais Número de pedidos
Corte e costura Corte, costura e acabamento Tempo utilizado

Levantamento da quantidade de direcionadores para cada unidade

Direcionadores Camisas Camisas TOTAL


Masculinas Femininas
Número de pedidos 1.000 1.000 2.000
Tempo utilizado 670 horas 670 horas 1.340
Pág. 33 METODOS DE CUSTEIO

Atividades

Comprar materiais
CUSTO TOTAL R$ 12.000,00
Direcionadores: Número do Pedido
Camisas M Camisas F TOTAL
Pedido 1.000 1.000 2.000
Proporção em 50% 50% 100%
relação ao total do
pedido
Custo de comprar 50% de 12.000 = 50% de 12.000 = R$ 12.000,00
material R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
Cortar e Costurar
CUSTO TOTAL R$ 10.000,00
Direcionadores: Tempo de Corte, Costura e Acabamentos
Camisas M Camisas F TOTAL
Tempo utilizado 670 horas 670 horas 1.340
Proporção em 50% 50% 100%
relação ao tempo
Custo de comprar 50% de 10.000 = 50% de 10.000 = R$ 10.000,00
material R$ 5.000,00 R$ 5.000,00

4º passo: Demonstração do Resultado da Produção

Camisas M Camisas F Total

Receitas de Vendas R$ 250.000,00 R$ 240.000,00 R$ 490.000,00

(-) Matéria prima - 73.700,00 - 70.700,00 - R$144.400,00

(-) MOD - 40.000,00 - 40.000,00 - R$ 80.000,00

Sub Total Custos - 113.700,00 - 110.700,00 - R$ 224.400,00


Diretos

(-) Comprar materiais - 6.000,00 - 6.000,00 - R$ 12.000,00

(-) Cortar e costurar - 5.000,00 - 5.000,00 - R$ 10.000,00


Pág. 34 METODOS DE CUSTEIO

Sub Total Custos - 11.000,00 - 11.000,00 - R$ 22.000,00


Indiretos

= RESULTADO / LUCRO R$ 125.300,00 R$ 118.300,00 R$ 243.600,00


ANTES DO IR/CS

Realizaremos nossas projeções de custos utilizando o método

de custeio variável (Direto). Nosso objetivo aqui é utilizar


ferramentas para a Gestão de Custos, para os processos gerenciais
e tomadas de decisão e esse é um método indicado para essa
finalidade!
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 35 CUSTOS

IDENTIFICANDO E CALCULANDO CUSTOS

Elementos de Custos: o que compõem o


custo de produção de um produto

Usaremos 2 exemplos para calcular o custo de


cada tipo de atividade: indústria e varejo.
Isso possibilitará que você adeque os cálculos a sua realidade.

Cálculo do Custo com Materiais

Os materiais abrangem insumos, produtos e mercadorias.

• Insumos são todos os materiais necessários no processo de


produção de bens e serviços.
• Produtos são os frutos da produção e ou fabricação própria,
resultado da transformação de bens e serviços em outros bens e
serviços.
• Mercadorias são bens adquiridos pela empresa, para revenda, sem
transformação.
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 36 CUSTOS

Para o cálculo do custo da produção de um produto, é


importante atentar que, quando a empresa adquire um insumo que
será utilizado para transformação, ou quando compra uma
mercadoria que será revendida, o gasto para que aquele material
chegue até a empresa também deve ser considerado. Ou seja, o
custo não é só o valor constante na nota fiscal, mas deve-se
considerar custos com fretes, seguros, impostos, que são os que
aparecem com maior frequência.

Indústria
Vamos começar com os custos
de matéria-prima para produção de uma unidade de
produto. Para isso, é necessário desenvolver uma ficha técnica.

Desenvolver uma ficha técnica significa que para cada produto


industrializado, haverá uma ‘lista’ de informações para a produção
daquele produto.

FICHA TÉCNICA é uma ficha/formulário que mostra quanto


e quais insumos são utilizados para fabricar 1 unidade de
determinado produto.
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 37 CUSTOS

INDÚSTRIA DE DOCE DE LEITE

A partir de agora, nosso produto fabricado e comercializado


será Doce de Leite com sabor.

Cálculo do Custo da Matéria Prima

Assim, a ficha técnica para produção de 1kg doce de leite será


composta de:

Insumo Unidade Qtde


Leite Litro (l) 2
Açúcar Gr 400
Essência Gr 50
Bicarbonato Gr 3

O custo dos insumos, considerando unidade padrão é:


Insumo Unidade Custo Custo por grama
ou mililitro
Leite Litro (l) R$ 2,10 R$ 0,0021
Açúcar Kg R$ 2,00 R$ 0,002
Essência Kg R$ 5,00 R$ 0,005
Bicarbonato Kg R$ 3,00 R$ 0,003
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 38 CUSTOS

Agora, vamos ao custo do produto 1:

Custo da matéria prima – Produto 2:

Custo Total de Matéria Prima


IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 39 CUSTOS

Cálculo do Custo com Mão de Obra Direta

Mão de obra Direta é a mão de obra utilizada diretamente na


produção. É quem põe a mão na massa.

Então, o primeiro passo para o cálculo do custo de MOD é


identificar na folha de pagamento, quais são os funcionários que
atuam diretamente na produção.

No exemplo do doce de leite, vamos utilizar as seguintes


pessoas (para uma pequena indústria):

1 Cozinheiro Chefe

2 Auxiliares de Produção

1 Serviços Gerais

O custo da mão de obra direta inclui todos os gastos com mão


de obra, desde a contratação, treinamentos, salários, gratificações
e encargos.

É preciso calcular o custo por hora de trabalho. Esse custo


deve seguir o que prevê a legislação. Fazer um levantamento dos
custos de cada funcionário, verificando: salários, adicionais, horas
extras, férias, 13º, INSS, FGTS, INCRA, Salário Educação, Seguro
Acidente de Trabalho, SENAI, SESI, SEBRAE e outros que podem
ser acordados por convenções coletivas da categoria profissional.
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 40 CUSTOS

ENCARGOS TRABALHISTAS

1. SISTEMAS S. OU TERCEIROS

1.1 SENAI 1%

1.2 SESI 1,5%

1.3 SALÁRIO EDUCAÇÃO 2,5%

1.4 INCRA 0,2%

1.5 SEBRAE 0,6%

TOTAL 1 5,8%

2. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

2.1 INSS 20%

2.2 SAT (Seguro Acidente de Trabalho) 1% a 3%

2.3 FGTS 8%

2.4 FGTS (Provisão de Multa para Rescisão) 4%

TOTAL 2 33%

TOTAL 1 + 2 38,8%

Encargos previdenciários sobre 13º/Férias/DSR 7,93%

TOTAL 46,73%

Nossa Legislação Trabalhista prevê o pagamento de férias


remuneradas e um 13º salário. Ou seja, há encargos sociais pagos
sobre esse salários, que devem ser considerados no cálculo do
custo do produto.

Nem todas as empresas têm todos esses encargos


trabalhistas, mesmo sendo uma indústria, porque depende do
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 41 CUSTOS

enquadramento tributário. Empresas enquadradas no Simples não


discrimina dessa maneira e tem uma carga de encargos menor:

Cálculo dos encargos sociais e trabalhistas para empresas


optantes pelo SIMPLES NACIONAL

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

FGTS 8%

FGTS (Provisão de Multa para Rescisão) 4%

TOTAL 12%

Encargos previdenciários sobre 13º/Férias/DSR 1,12%

TOTAL 13,12%

Vamos calcular o custo da Mão de Obra Direta da indústria de


Doce de Leite:

Aos salários, muitas vezes, são agregados outras


remunerações. Compõe, na realidade, a “remuneração” de um
funcionário o salário e todos os outros benefícios que a empresa
paga. Assim, ao custo do salário, deve-se considerar os outros
benefícios, como transporte, alimentação, refeição, gratificações,
comissões, horas extras. Atentar para a legislação e sobre que tipo
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 42 CUSTOS

de remuneração incorre encargos ou não. Como exemplo, os


benefícios com transporte, alimentação, refeições não incorrem
encargos. No entanto, se a empresa agrega isso na remuneração do
funcionário, em valores, esses serão computador para encargos.

Adicione a porcentagem de encargos que a empresa paga


sobre a remuneração dos funcionários:

Além disso, já é necessário contabilizar, para o cálculo do


custo de mão de obra, os valores de 13º, férias e encargos sobre
esses valores:
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 43 CUSTOS

Considere os outros benefícios que são concedidos aos


funcionários. Também considere custos com cursos, IPI´s, exames
admissionais:

Custo Total de Mão de Obra Direta é de R$ 5.892,96

CT MOD = 4.500,00 (salários) + 84,32 (outras) + 366,75


(encargos) + 733,56 (Provisões 13º/férias/multa) + 125,00 (outros
benefícios) + R$83,33 (outros custos) = R$ 5.892,96

O próximo passo é definir a quantidade de horas trabalhadas


por cada funcionário mensalmente, já descontando os períodos
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 44 CUSTOS

ociosos, como finais de semana e férias. Para esse cálculo, vamos


utilizar a média padrão que é de 220 horas mensais (44 horas
semanais – 8 horas de segunda a sexta e 4 horas aos sábados – x 5
semanas).

Tem-se:

a) Número total de horas trabalhadas no mês:

- 2 funcionários na produção com jornada de 220 horas = 440


horas/mês.

- 1 funcionário na produção com jornada de 110 horas

- 6 horas extras no período

= 556 horas jornada de trabalho da produção

b) Custo Total dos empregados / quantidade de horas


trabalhadas:

Custo da MOD = R$ 5.892,96/ 556 = R$10,60 por hora

Cálculo do Custo do Produto

Para o cálculo do custo da mão de obra por produto, é


necessário saber qual foi a produção do período.
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 45 CUSTOS

Vamos, primeiramente, calcular o custo de MOD de preparo de


1 kg. Para isso, deve-se levantar informações para realizar a
memória de cálculo.

Considerando-se que a produção foi de 250 kg de doce de leite


por dia e a empresa trabalhou 25 dias por mês, produziu 6.250 kg
mês, sendo que 3.100 unidades do Produto 1 – 1 kg; e 12.600
unidades do Produto 2 – 250 gr.

Conforme o nosso exemplo anterior, é importante que se defina


também a quantidade de preparo de uma unidade em determinado
tempo. Nesse caso, o preparo deve ser calculado em minutos.
Observe e acompanhe a explicação no vídeo aula:
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 46 CUSTOS

Para projeções, é importante usar como base a capacidade de


absorção do mercado (pesquisas realizadas anteriormente) e a
capacidade produtiva da empresa, considerando todos os seus
recursos: mão de obra, estrutura física (espaço e equipamentos).

1º) Considera-se a produção unidade/mês.

Produto 1 (1 kg) = 3.100 unid.

Produto 2 (250 gr) = 12.600 unid.

2º) Sabendo-se que a empresa trabalha em média 25 dias por


mês, divide-se a produção total do mês por 25 dias:

Produto 1 (1 kg) = 3.100 unid. / 25 dias = 124 unid./dia

Produto 2 (250 gr) = 12.600 unid./ 25 dias = 504 unid./dia

3º) A empresa tem uma jornada de 8 horas diárias:

Produto 1 (1 kg) = 124 unid./dia / 8 horas = 15,5 unid./hora

Produto 2 (250 gr) = 504 unid./dia / 8 horas = 63 unid./hora


IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 47 CUSTOS

4º) Para chegar ao cálculo do tempo de preparo de uma


unidade, é necessário fazer uma tabela de conversão. Observe na
tabela de conversão, realizada no excel, para minutos e segundos:

Ao dividir o tempo de 1 hora (60 minutos) pela quantidade de


unidades de produtos produzidos em uma hora, tem-se: 1 / 15,5 =
0,065, o que não representa o tempo em horas, mas em proporção
de tempo, ou seja, é uma fração de uma hora. Para calcular o tempo
em horas, multiplica-se o valor dessa unidade 0,065 por 24 (24 horas
de um dia) no excel, em formatar célula, marca-se Hora (acompanhe
no vídeo aula o cálculo).

Tempo para produção Produto 1 - 1 kg – 3m52s.

Tempo para produção Produto 2 – 250 gr – 57s.


IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 48 CUSTOS

5º) Custos dos Produtos com Mão de Obra Direta

Vamos calcular o custo de produção total de cada produto. Se


a fábrica produz 3.100 unidades de Doce de Leite de 1kg e 12.100
unidades de Doce de Leite de 250gr, tem-se:
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 49 CUSTOS

6º) CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIF


Além dos CDF tem-se outros gastos gerais de fabricação, os
custos indiretos. No nosso exemplo, a fábrica de doce de leite não
paga aluguel da fábrica separadamente. A unidade de locação é
integrada a área administrativa e de vendas, e essa será
considerada uma despesa fixa, pois independente da produção, o
aluguel será arcado pela administração como despesa
administrativo
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 50 CUSTOS

Obs: Depreciação
A depreciação é uma conta patrimonial da empresa. Há sim, no
final de sua vida útil, um valor residual. Mas é importante entender
que nas novas normas contábeis, essa taxa de depreciação tornou-
se mais flexível, pois nem todos os imobilizados seguem o padrão de
depreciação determinado pela Receita, que ficou mais flexível.
Em resumo, as taxas de depreciação estabelecidos pela
Receita são:

Aplica-Se uma base de rateio. Nesse exemplo, a base de rateio


utilizada foi o custo de mão de obra direta:
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 51 CUSTOS

CIF / Custo de mão de obra direta: R$ 5.227,16 / 4.252,16 = R$


0,22 o custo indireto de fabricação por minuto. Multiplica-se esse
custo pelo tempo (nesse caso, em minutos) consumidos por cada
produto:

Outro exemplo é distribuir os custos indiretos


proporcionalmente ao consumo da MOD (em R$):

R$ 5.227,16 * 49,89%
R$ 5.227,16 * 50,11%
IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 52 CUSTOS

CPV – Custo do Produto Vendido

Fórmula

CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF

Onde:

CPV = Custo dos Produtos Vendidos

EI = Estoque Inicial

In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros


materiais) aplicados nos produtos vendidos

MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos

GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia,

depreciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos produtos

vendidos

EF = Estoque Final (inventário final)


IDENTIFICANDO E CALCULANDO
Pág. 53 CUSTOS

Estoques inicial e Final

Os estoques abrangem uma vasta gama de insumos,


suprimentos, mercadorias, produtos. O custo de todos os materiais
adquiridos é que formam o custo dos estoques. Para o cálculo do
CPV, conforme observa-se na fórmula CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF é
composto por todos os custos para o produto ser fabricado.

Estoque inicial são todos os produtos elaborados e que estão


disponíveis de um período para o outro – dia, semana, mês, ano.

O Estoque final são todos os produtos elaborados e que


restaram após a venda em um determinado período de referência. O
Estoque Final de um período será o Estoque Inicial de outro período
de referência.
Pág. 54 Despesas de Comercialização

Despesas de Comercialização

Nossa próxima etapa é realizar a projeção das despesas de


comercialização dos produtos. Despesas são todos os gastos que
ocorrem para a comercialização, após o produto estar acabado.

Despesas de Venda
Esses gastos envolvem os impostos,
comunicação com o mercado (propagandas),
custos financeiros, comissões, fretes sobre vendas. Na projeção, é
indispensável analisar cada situação para adequar a necessidade
da empresa.
Pág. 55 Despesas de Comercialização

* Muitas empresas, já estruturadas, tem a propaganda como uma despesa


fixa. Definem em seu orçamento um valor “X”, que será utilizado para as
despesas de marketing, criação de novos produtos, propaganda,
patrocínios e outras atividades relacionadas ao marketing da empresa.

A carga tributária (%) da empresa está atrelada ao faturamento


(no caso do Simples Nacional, a percentagem varia conforme o
faturamento) e em relação ao enquadramento: Simples, Lucro Real,
Lucro Presumido.

Como MEI – Microempreendedor Individual, o negócio pagará


mensalmente o Documento de Arrecadação Mensal do Simples
Nacional (DAS), que tem valor fixo. Para o ano de 2020 os valores
compreendem:

✓ R$ 5,00 de ISS (caso a atividade seja prestação de serviços);


✓ R$ 1,00 de ICMS (caso a atividade seja de indústria ou comércio);
✓ R$ 6,00 de ICMS/ISS (caso a atividade seja Comércio e Serviços);
✓ 5% do salário mínimo para o INSS.

Os valores ficam da seguinte forma:

R$51,95
• Atividades predominantes de Locação de bens próprios, não incide ISS
ou ICMS.

R$52,95
• Atividades de produção ou revenda de mercadorias, com incidência de
ICMS.

R$56,95
• Atividades de prestação de serviços, exceto locação de bens próprios,
incidência de ISS.

R$57,95
• Atividades mistas onde o microempreendedor realiza a venda de
produtos e prestação de serviços com incidência de ICMS e ISS.
Pág. 56 Despesas de Comercialização

SIMPLES NACIONAL

Com base no faturamento da empresa, tem-se a carga


tributária. Verifique a % de tributos, conforme determinado em
função do faturamento e que a empresa possui (para
enquadramento do Simples, faturamento anual após janeiro/2018,
até o limite máximo de R$ 4.800.000,00).

Para fazer parte do Simples Nacional, alguns requisitos devem


ser cumpridos:

1 – Faturar até no máximo R$ 4.800.000,00;

2 – Enquadra-se na definição de microempresa ou empresa de


pequeno porte;

3 – Cumprir os requisitos previstos na legislação;

4 – Formalizar a opção pelo Simples Nacional.

As alíquotas são por faixa de faturamento e por tipo de


atividade. O Simples Nacional está dividido em tabelas, conforme
pode-se observar a seguir (válido a partir de 2018). Também a partir
de 2018, passou a vigorar “um desconto do valor recolhido” por
faixa de faturamento. Por isso, deve-se, após calcular o imposto
devido dentro da faixa da alíquota indicada, descontar a parcela a
deduzir:
Pág. 57 Despesas de Comercialização
Pág. 58 Despesas de Comercialização

Em nosso exemplo, o faturamento total será o total da venda


dos produtos fabricados.

Faturamento do período:
Pág. 59 Despesas de Comercialização

Os impostos sobre as vendas, ou o lucro, conforme o


enquadramento, são despesas que ocorrem após a comercialização
dos produtos.

NOTA: PIS, IPI, COFINS e ISS são tributos calculados sobre o

faturamento. ICMS também sobre as vendas, mas observa-se que nesse caso,
há “o desconto” do que já foi pago desse imposto pela empresa que lhe vendeu
o produto. A chamada substituição tributária. Outro fator é em relação ao local
de venda: se estadual ou interestadual, pois as alíquotas variam de estado para
estado.

CSLL e IR são calculados sobre o lucro: se a empresa está enquadrada no


Lucro Presumido, o fisco pré-estabelece a presunção de lucro sobre o
faturamento, de acordo com sua atividade.

Tabela de presunção:

Imposto de Renda:

Atividade Presunção

Revenda de combustíveis 1,6%

Prestação de Serviços em Geral 32%

Prestação de Serviços até R$ 120.000,00 ao ano, exceto profissão 16%


regulamentada
Pág. 60 Despesas de Comercialização

Serviço de Transporte, exceto de cargas 16%

Comércio, Indústria, Imobiliária, Serviços Hospitalares, Transporte de 8%


Cargas e outras atividades que não sejam serviços em geral

CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido):

Atividade Presunção

Comércio, Indústria, Serviços Hospitalares e Serviços de Transporte 12%

Prestação de Serviços em Geral 32%

Sobre essas presunções de Lucros, aplica-se as alíquotas de 15% para IR


e 9% para CSLL.

Ou seja,

Para CSLL: (Faturamento da empresa *12%)*9%

12% presunção do lucro sobre o faturamento para indústrias

Para IR: (Faturamento da empresa *8%) *15%

Lembre-se de observar a presunção sobre o tipo de atividade.

Se a empresa está enquadrada no Lucro Real, haverá o pagamento de


15% de Imposto de Renda sobre o lucro fiscal e de 9% sobre a CSLL.

CSLL: (Lucro Operacional * 9%)

IR: (Lucro Operacional * 15%)

Tanto no Lucro Real, quanto no Lucro presumido, se a empresa “lucrar”


mais de R$ 240.000,00 no ano, o excedente desse valor haverá cobrança de
mais 10% de Imposto de Renda.

Ex: Lucro presumido R$ 260.000,00 no ano.


Sobre esse lucro: R$ 260.000 * 15% = R$ 39.000,00
R$ 260.000,00 – R$ 240.000 = R$ 20.000,00
R$ 20.000,00 * 10% = R$ 2.000,00
Pág. 61 Despesas de Comercialização

IR devido: R$ 39.000,00 + R$ 2.000,00 = R$ 41.000,00

Obs: Não é objetivo desse curso ensinar a calcular impostos.


Somente para elucidar e se necessário, realizar os cálculos na
planilha excel.

Agora, listar e calcular quais outros gastos ocorrem quando há


a comercialização dos produtos
Pág. 62 Despesas com Mão de Obra Fixa

Despesas com Mão de Obra Fixa

Além do pessoal que irá atuar diretamente na


produção, a mão de obra direta, há os gastos com
o quadro de pessoal que irá atuar nas áreas
administrativas, vendas e financeiro. Poderíamos
aqui descrever somente todos os gastos com
administrativo, financeiro e vendas. Mas para que a construção de
um passo a passo, o importante é a descrição de todos os itens que
compõe os custos da empresa e que irão compor o preço final do
produto.
Pág. 63 Despesas com Mão de Obra Fixa

Remuneração SOMA apenas o salário e outras remunerações


dos funcionários (não inclui o pró-labore):

A exemplo do já explicado no cálculo da MOD, considera-se

as outras remunerações, o cálculo dos encargos sociais, 13º, férias


e encargos sobre estes.
Pág. 64 Despesas com Mão de Obra Fixa
Pág. 65 Despesas

Despesas

Basicamente, quase todos


os gastos da empresa foram
calculados. Agora, é importante
visualizar como ficou a estrutura

de Custos e lançar aqueles que ainda não foram calculados.

Identificar todas as
despesas da empresa
não consideradas nas
planilhas anteriores
Pág. 66 Despesas

Identifique todos os gastos da empresa. A identificação de


todos os custos permitirá uma visualização geral dos custos totais
da empresa, a construção de um Demonstrativo de Resultados e o
cálculo da Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio.
Pág. 67 Demonstração dos Resultados

Demonstração dos Resultados


Identificado todos os custos e o
faturamento da empresa, pode-se realizar a
demonstração de resultados, o que já dá

parâmetros para analisar os custos e

resultados da empresa, ou de um produto


unicamente.
A demonstração de resultados evidencia o resultado líquido do
período (ou de um produto) e confronta as receitas, custos e
despesas.

Permite visualizar a síntese financeira (o resumo) dos


resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em
certo período.
Pág. 68 Demonstração dos Resultados

Faturamento /
Receita de vendas

(-) Deduções de
Vendas: impostos
sobre vendas,
devoluções e
outros e gastos
com
comercialização
(-) CPV

(-) DESPESAS
FIXAS

Receita de vendas: são os recursos oriundos da venda de


produtos ou serviços da empresa.

(-) Deduções de vendas: são valores calculados sobre a receita


de vendas – faturamento bruto - de produtos/serviços da empresa.
Geralmente são percentuais (% imposto, % despesas financeiras, %
perdas). No exemplo tem-se: os impostos (9,33% SIMPLES, 5%
Gastos com vendas e uma % sobre o CPV, que considera perdas,
descontos incondicionais, roubos entre outros).

= Receita Operacional Líquida: montante que a empresa recebe


efetivamente pelas vendas de seus produtos. É a receita bruta
menos os impostos incidentes sobre a venda, descontos,
abatimentos concedidos.
Pág. 69 Demonstração dos Resultados

(-) CPV: desconta-se o Custo dos Produtos Vendidos, como matéria


prima, mão de obra direta e gastos de produção variáveis.

= Lucro (Resultado) Bruto (ou a Margem de Contribuição): é


a diferença entre a Receita Total e os custos variáveis. Deduzindo-
se da Receita as deduções de vendas e o CPV, o resultado é o Lucro
Bruto (Resultado Operacional Bruto).

(-) Custos fixos: desconta-se todos as despesas e custos fixos


incorridos na empresa. Você pode discriminar todos os gastos
nessa dedução ou somente colocar o total.

= Resultado Líquido do Exercício: como nosso exemplo trata-se


de uma empresa enquadrada no Simples Nacional, chega-se ao final
do Demonstrativo de Resultados e obtém-se o Resultado Líquido do
Exercício. Empresas do Lucro Real ou Lucro Presumido, terão o
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSLL, resultado do
qual ainda deverão deduzir (-) o IR, a CSLL, obtendo o LUCRO
LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES. Deduzindo-se (-) as divisões
de lucros, tem-se, por fim, o RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO.
Pág. 70 Margem de Contribuição

Margem de Contribuição

O que representa esse indicador?

Ou Resultado Bruto, representa o quanto o


lucro da venda de cada produto contribuirá
para a empresa cobrir todos os seus custos e
despesas fixas, chamados de custo de
estrutura, e ainda gerar lucro. Com base
nisso, é possível calcular a quantidade mínima de produtos que
precisará vender.

Margem de Contribuição porque calcula a diferença entre o


Valor de Venda e os Valores dos Custos e Despesas (Custos
Variáveis) da venda e seu resultado representa o quanto da venda
irá contribuir para o pagamento das despesas fixas e para a geração
de lucro.

Margem: porque considera a diferença entre a venda (receita


de venda) e os custos e despesas específicos dessa venda (que são
variáveis). O bom é que pode-se chegar a margem de cada produto
comercializado.

Contribuição: porque será o valor que irá “contribuir” para


arcar com os gastos fixos da empresa, e claro, ainda gerar lucro.

Portanto, seu cálculo representa:

MC = Vendas – (custos e despesas variáveis)


Pág. 71 Margem de Contribuição

No exemplo:

MC = R$ 101. 920,85 – (14.600,16 + 58.993,56)

MC = R$ 28.327,13

E quanto esse valor representa de percentagem sobre as


vendas?

MC = 28.327,13* 100% / 101.920,85

MC = 27,79%

MC = Resultado Bruto * 100% / Receita Total


Pág. 72 Ponto de Equilíbrio

Ponto de Equilíbrio

Observe no gráfico que há um ponto onde a empresa passa


da zona de prejuízo para a zona de lucro. Nesse exato ponto, a
empresa equilibra seus gastos e receitas. Esse é o cálculo do ponto
de equilíbrio e irá definir a quantidade a ser vendida (R$) para que
os gastos sejam cobertos. Acima deste ponto é que se começa
realmente a ganhar dinheiro.

As vendas precisam gerar margem de contribuição suficiente


para cobrir os custos fixos. Portanto, a fórmula para o cálculo do PE
financeiro é:

PE = Custo Fixo / Margem de Contribuição (%)


Pág. 73 Ponto de Equilíbrio

Exemplo:

PE = R$ 17.793,23 / 27,79% = R$ 64.020,06 (valor mínimo de


vendas para chegar ao Valor Nulo de caixa).

Exercite seu conhecimento, com informações do seu negócio,


para calcular o seu ponto de equilíbrio:

Custos fixos do seu negócio R$ _____

% da margem de contribuição ____%

Divida os custos fixos pela % MC R$ ____


Pág. 74 Lucratividade

Lucratividade

Vamos aproveitar e falar um


pouco sobre Lucratividade.
Um indicador que mede o lucro líquido em
relação às vendas. É um dos principais indicadores econômicos das
empresas, pois está relacionado à sua competitividade. Se sua
empresa possui uma boa lucratividade, ela apresentará maior
capacidade de competir, isso porque poderá realizar mais
investimentos em divulgação, na diversificação dos produtos e
serviços, na aquisição de novos equipamentos, etc.

Lucratividade = (Lucro Líquido / Receita Bruta) X 100

L = (10.533,87 / 101. 920,85) * 100

L = 10,34%

Observe que a Lucratividade é dada em percentual e está


indicando o ganho obtido sobre as vendas realizadas. É um
indicador que responde ao empresário se as vendas são suficientes
para pagar os custos e ainda assim gerar lucro.
A lucratividade também é um indicador muito importante para
a comparação entre empresas. O empresário pode utilizar como
parâmetro de análise do seu negócio em relação a outros. Se a
Pág. 75 Lucratividade

lucratividade de seu negócio está muito abaixo, está na hora de


reavaliar seus custos, sua margem, suas compras. Enfim, está na
hora de reavaliar os custos de seu negócio.
Pág. 76 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS

FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS

Com todas as informações já levantadas, apuradas e


estabelecidas anteriormente, o empresário já tem parâmetros para
entender todo o seu custo e estabelecer seu preço de vendas, com
base em objetivos de lucratividade e retorno.

Estabelecer o PREÇO DE VENDAS não significa somente


levantar custos e determinar o quanto quer “lucrar” sobre o produto,
mas significa entender qual a fatia de mercado desejada, o retorno
do investimento além de outros fatores de caráter empresarial e de
mercado.

O volume de vendas influencia diretamente na decisão de


preços. As vendas são como uma locomotiva que puxam outros
vagões, que representam as despesas de vendas e financeiras.
Representam proporção em relação aos custos fixos. Quanto menor
o preço de vendas de um produto, maior deve ser a quantidade
vendida; quanto maior o preço de vendas, menor a quantidade de
unidades vendidas.

A tomada de decisão sobre o preço final de um produto é


determinante para que se defina o preço certo de venda. Ou seja,
aquele que terá aceitação pelo mercado alvo, a compra do produto
gerará satisfação no seu consumidor e ainda será suficiente para
gerar lucro para a empresa.
Pág. 77 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS

Figura: Formação do Preço Tradicional (SARTORI, 2004, p. 101)

Na análise das variáveis de mercado, que são incontroláveis


pela empresa, encontra-se a concorrência. A comparação com
outras empresas do setor é um fator significativo em termos de
precificação.

Essa análise de comparação deve considerar vários fatores


além do preço de venda: grau de inovação e tecnologia, qualidade
do produto, pontualidade de entrega, garantir e assistência técnica,
imagem da empresa no mercado, dentre outros fatores (BERNARDI,
1996).
Pág. 78 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS

Na lógica da formação do preço tradicional, a seguinte


equação define o preço dos produtos:

Preço = custo + lucro

Basicamente, nessa equação o preço é variável dependente e


determinado em função do custo do produto e do lucro desejado.

Em uma ótica mais moderna, o preço de vendas é determinado


pelo mercado e a equação é:

Lucro = preço - custo

Nessa segunda equação, o preço se torna uma variável


independente, quando o lucro é definido em função do preço de
venda, que é fixado pelo mercado e do custo que a empresa
consegue atingir. O preço de vendas é formado de maneira a suprir
todos os custos e despesas e o valor que sobra proporciona o lucro
esperado.

Segundo Bruni e Famá (2004), algumas condições conduzem a


formação do preço de venda:

a) Forma-se um preço base;

b) O preço é avaliado com base nas características do


mercado existente;

c) Testa-se o preço às condições do mercado;

d) E por fim, fixa-se o preço mais apropriado com condições


diferenciadas.
Pág. 79 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS

Com base em fatores internos, a formação do preço de vendas


com base no custo, acima do custo ou com a definição de um
Markup.

A definição do preço certo depende da análise de diversos


fatores e na junção de diferentes métodos! Na utilização de fatores
externos de análise e em fatores internos.

Markup

O Markup é um índice para a definição do preço de venda de


um produto. É aplicado no custo do produto e o resultado vai
determinar o preço final de venda do mesmo.

O Markup é de fácil cálculo e se encaixa em qualquer empresa,


independe de seu segmento ou porte. É um método que faz com que
a empresa obtenha preço correto e pode ser combinado com outros
métodos, como a análise do mercado, por exemplo.

O Markup não é margem de lucro. É um índice para


definir o preço de vendas. A margem de lucro representa o
percentual de lucro em relação ao preço de vendas.

Outra vantagem é que pode-se definir diferentes Markups para


diferentes produtos ou linhas de produtos.
Pág. 80 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS

Este índice tem a finalidade de cobrir todas as variáveis:

a) Despesas de comercialização: impostos sobre vendas,


taxas de comercialização, comissões, e outras despesas;

b) Despesas fixas;

c) Custo direto (para a produção ou aquisição dos


produtos);

d) Custos indiretos de fabricação;

e) Margem de lucro: rendimento que se espera sobre o


preço unitário de um produto.

O cálculo do Markup

Markup divisor:
1º) Defina quais são os percentuais dos custos de vendas:

2º) Some os percentuais dos custos de comercialização, custos


fixos e defina uma margem de lucro desejada:

Impostos + Comissão
Margem de Lucro SOMA
+ Divulgação + % de custos fixos - CF
Despesas financeiras desejada
com vendas
Pág. 81 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS

Fórmula:
Markup: 100/[100-(DV+DF+LP)]

Onde:

 100 representa o preço unitário total de venda em


percentual;
 DV para Despesas Variáveis;
 DF para Despesas Fixas; e
 LP para Margem de Lucro Pretendida.

Portanto:
100%
Markup:
[100% – (14,33 + 17,79 + 10)]

Markup: 1,73 ou 172,77%

Esse é o índice de Markup que será aplicada ao custo total do


produto:

Produto 1 – 1 kg de doce de leite: 8,88 x 1,73 = R$ 15,35

Produto 2 – 250 gr. doce de leite: 2,70 x 1,73 = R$ 4,66

Agora, resta ao empreendedor analisar se o preço de


venda definido por meio do Markup é o ideal a ser praticado
no seu mercado alvo.
Pág. 82 Varejo/Intermediários

Varejo/Intermediários

COMÉRCIO
PRODUTO: transfere a posse de mercadorias
CONSOME: mercadorias
ESTOQUE: mercadorias para revenda
CALCULA: Custo das Mercadorias Vendidas.

Basicamente, a diferença no cálculo do custo de custo de


indústria e comércio é que a indústria irá comprar uma mercadoria e
transforma-la. Para chegar ao custo final, precisa calcular todo o
processo de transformação até estar pronto para a venda.

O cálculo do Custo da Mercadoria Vendida simplifica nessas


etapas, pois não há custos diretos de fabricação. Parte-se do custo
Pág. 83 Varejo/Intermediários

de aquisição (nota fiscal), agregando-se impostos, seguros e os


custos para chegar até a empresa (frete).

O CMV: refere-se a quanto o varejista (revendedor) investiu


entre a compra e a venda de seu estoque.

Para nosso exemplo, vamos calcular o custo em um varejo do


produto adquirido da fábrica de doce de leite. Nessa sequência,
vamos entender quanto o consumidor final irá pagar pelo produto.

) Aquisição de mercadoria/estoque
Pág. 84 Varejo/Intermediários

) Custo da Mercadoria Vendida

O cálculo do CMV considera: o estoque inicial, as compras e o


estoque final.

Ex.:

O varejista que adquiriu os produtos da fábrica de doce de leite


já tinha em estoque 200 unidades do Produto 1 e 51 unidades do
produto 2.

Produto 1 = 200 unid./estoque * R$ 14,12 custo de aquisição =


R$ 2.824,00

Produto 2 = 51 unid./estoque * R$ 4,47 custo de aquisição = R$


227,97.

Estoque Final (EI) = R$ 2.824,00 + 227,97 = R$ 3.051,97.


Pág. 85 Varejo/Intermediários

Adquiriu no período 450 unid. Produto 1 e 950 unid. Produto 2 a


um custo de R$ 10.600,50.

Somando o EI do período anterior mais as compras do período


= R$ 3.051,97+ R$ 10.600,50= R$ 13.652,47.

Durante o mês vendeu o equivalente a R$ 12.584,40, entre os


produtos 1 e 2.

Esse é o CMV, que calcula-se com a seguinte fórmula:

CMV = (EI + C) – EF

Onde:

CMV = Custo dos Produtos Vendidos

EI = Estoque Inicial

C = Compras

EF = Estoque Final (inventário final)


Pág. 86 Varejo/Intermediários

Despesas com Comercialização/Administrativas

A empresa tem um faturamento médio do período de:

As receitas com os produtos 1 e 2 representam:

Custos com vendas:


Pág. 87 Varejo/Intermediários

Despesas com Mão de Obra


Pág. 88 Varejo/Intermediários

Custos Totais
Descrever quais são os custos e despesas fixas:
Pág. 89 Varejo/Intermediários

) Demonstração dos Resultados

Na Demonstração dos Resultados, para calcular o custo dos


produtos vendidos, iremos considerar apenas os Produtos 1 e 2 e os
custos fixos, 10,59% sobre as vendas desses dois produtos. Nesse
caso, considerando-se que os custos fixos representam 10,59% do
faturamento, (10,59% de 21.393,48 = 2.264,85) que representa a
parte de custos fixos sobre a venda desses dois produtos.
Pág. 90 Varejo/Intermediários

Quando você está analisando o custo de uma mercadoria e já


tem um preço de vendas estabelecido, pode fazer o custo desse
produto da seguinte forma:

Exemplo Produto 1 – Doce de Leite 1 kg.

Preço de venda Produto 1 – 1 kg de doce de leite:

Preço de venda praticado = R$ 24,00

Custo desse produto = R$ 14,12

Custo fixo: R$ 24,00 * 10,59% = R$ 2,54

Impostos: R$ 24,00 * 8,45% = R$ 2,03

Gastos com vendas: R$ 24,00 * 3,8% = 0,91


Pág. 91 Varejo/Intermediários

Total do custo do produto: R$ 14,12 + 2,54 + 2,03 + 0,91 = R$


19,60.

Como o preço de vendas praticado é de R$ 24,00, o lucro sobre


esse produto é de R$ 4,40, o que presenta 18,3% de lucratividade.

A empresa deve conhecer a margem de cada produto ou linha


de produto comercializado em seu negócio.

E esse é o momento de fazer a análise de outros fatores, que


não são só baseados em custo: a concorrência e o valor para o
consumidor.

O nível de concorrência influência muito no preço final de um


produto. Além disso, o valor para o consumidor significa se o
consumidor está ou não disposto a pagar por esse produto. É os
benefícios que ele observa no produto que o faz pagar um
determinado preço.
Pág. 92 Varejo/Intermediários

) Índices e Indicadores de Desempenho

Os índices de Markup devem ser usados como parâmetros


para os cálculos dos preços de vendas, compondo outros
parâmetros, como o mercado alvo, a concorrência, os objetivos de
vendas, etc.

Da mesma maneira os indicadores de desempenho devem ser


calculados, como Margem de Contribuição, Lucratividade e Ponto
de Equilíbrio. Por já terem sido descritos e explicados quando do
cálculo da formação do preço de vendas para indústria, usa-se o
mesmo parâmetro no varejo/comércio/distribuidor/atacadista.
Pág. 93 Considerações Finais

Considerações Finais

Chegamos ao fim do Curso Gestão de Custos e Formação do


Preço de Vendas, direcionado para indústrias e
varejos/atacados/distribuidores. Ou seja, intermediários.

Conhecer os custos de uma empresa é vital para o sucesso de


qualquer negócio. Entender do negócio mas não entender dos
custos é como ser cego em meio a um tiroteio. Não há como
dissociar o entendimento do negócio do conhecimento dos custos
para seu sucesso. No mercado atual, nem por sorte. Aliás, a sorte é
uma palavra interessante, mas pouco aplicável no mundo dos
negócio. Tem muito conhecimento, entendimento do mercado e
atitudes.

Por isso, esse curso foi desenvolvido com um cunho prático,


inclusive já com inserção de planilhas prontas. As planilhas, já
confeccionadas, é um plus no curso e servem para que você tenha a
possibilidade de realizar as projeções dos custos de seus produtos.
E no final, com os índices levantados, analisar a melhor forma de
precificar seu produto e obter o retorno desejado.

Sucesso!!!
Pág. 94 Bibliografias

Bibliografias

BERNARDI, L. A. Política e formação de preços. São Paulo: Atlas, 1996.

LEONE, G. S. Custos: planejamento, implantação e controle. São Paulo: Atlas, 2000.

SARTORI, E. Gestão de preços. Estratégia e flexibilização de preços, fidelização de


clientes e aumento de rentabilidade. São Paulo: Atlas, 2004.

SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. 20. ed. Curitiba: IBPEX, 2006.

WERNKE, R. Gestão de custos. São Paulo: Atlas, 2001.


Pág. 95 Informações do Professor

Informações do Professor

Sirlei Ana Falchetti


Especialista em Marketing, Mestre em Ciências Sociais e graduada
em Administração. Empreendedora, atua em consultoria de
empresas desde 1997. Professora Universitária (graduação e pós-
Graduação), Diretora da Empresa DEP, Desenvolvimento
Educacional e Projetos, desde 2007. Mantem o Portal de
Conhecimento: www.idepecursos.com.br. Empreendedora digital,
tornou-se Professora em Plataformas online em 2018. Possui
artigos publicados em vários Congressos no Brasil e autora de
capítulos de livros.

Nossa missão é muito simples: conhecimento.


Nós nos importamos com a constante
transformação das pessoas.
Conhecimento é o Nosso Negócio!

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