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IV. TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA


: Vs.:
i 8. ORIGEM EE DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO DODO PENSAMENTO
PENSAMENTO
J
X REVOLUCIONÁRIO A
CRISTÃO REVOLUCIONÁRIO PARTIR DA
A PARTIR DA RADICALIZAÇÃO
RADICALIZAÇÃO
I DA DOUTRINA
DA DOUTRINA SOCIAL CRISTÃ
CRISTA
|
1 NAS DÉCADAS
NAS DÉCADAS DEDE I960
I960 EE 1970
II t-
•t
SAMUEL SILVA
SILVA GOTAY
GOTAY

!_

|| V: propósito deste trabalho é apre¬


O propósito na, às
na, sócio-económicas ee
às condições sócio-econômicas
sentar o processo de mudança
o processo mudança que à participação
participação política
política dos
dos cristãos
cristãos
I se deu entre os cristãos comprome¬
se no processo
no processo revolucionário
revolucionário latino-
latino-,"-
tidos nas décadas de 60 e 70 na Amé¬ -americano na década de 60.
rica Latina. Não se trata de uma his¬
1. O caráter a-histórico da metafísica
tória da teologia da libertação enten-
dida como história de sua produção,
essencialista segundo sua
senão de reconstruir a origem e o de¬ manifestação na teologia do
senvolvimento do pensamento cristão cristianismo-social europeu com
relação à questão social
revolucionário como passagem do
'yV cristianismo-social ao cristianismo re¬ Os cristãos que enfrentaram a pro¬
volucionário. blemática sócio-económica e política
Não nos referiremos às condições da América Latina antes do desenvol-
teóricas e aos processos históricos vimento da teologia da libertação o
! que tornaram possível, na América La- fizeram equipados com a teologia eu-
tina, a radicalização do pensamento ropéia do cristianismo-social. Esta,
e da prática do cristianismo-social e como> veremos mais adiante, repre-
finalmente a ruptura com este fun- sentava a concepção da sociedade sus-
damento filosófico e ideológico que tentada pelas classes dominantes eu-
é o essencialismo de origem platôni- ropéias e expressa na linguagem fi¬
ca e aristotélica que orienta esta teo- losófica e teológica que havia dúrrii-
logia — tudo isto é produto de uma nado no Ocidente por intermédio da
; ordem económica e política e sua cultura greco-romana e suas sucessi-
correspondente concepção do mundo vas modificações.
vigente na sociedade européia e nor¬ Na concepção platónica e aristotér
te-americana, onde se produzia a teo¬ lica do mundo, a verdade reside em
logia e a ética social para o consu¬ umas essências a-históricas, imtltáveiS
mo dos latino-americanos. e universais. Este essenciaU®H$0fiB
É minha proposta, em primeiro caso omisso da história como fe
lugar, mostrar que a passagem do de verdade, como construtOáÉífsUl' v,
cristianismo-social para o cristianis¬ lidade e como determinant*1.do. ;
mo revolucionário é constituída fun¬ sarnento e da conduta.
damentalmente pelo abandono da A visão platónica do mundo ,f
concepção a-histórica da história e da história, que tanto influencióu -Â
plicação teológica da fé nesia éj
,
sociedade e sua substituição por uma
concepção historicizante da realidade helenis ta de deterioração; . inteldC
social. Em segundo lugar, isto foi e sincretismo ideológico, é de OBX
possível na América Latina devido às metafísico te idealista,
condições teóricas da teologia moder- são se caractddÿ's'iiÿáiiÿnw
-,,jy

ção da
ção da realidade material. 0
realidade material. 0 plato¬
plato¬ tado dos processos
processos dialéticos que "desigualdades” sociais e jurídicas
"desigualdades" elementos desiguais. Consequente-
nismo prega a& matéria
nismo prega cómo a
matéria como a causã
causâ ocorrem
ocorrem nela mesma.
mesma. "queridas por na raiz
Deus", e ataca na
por Deus”, raiz mente, está de acordo com a ordem
mente, orderti
ti, da
da queda
queda da alma. Esta
da alma. pertence ao
Esta pertence ao Esta maneira
maneira de entender a his¬ propriedade", apesar de
o "direito de propriedade”, estabelecida porpor Deus a existência na na
i! mundo
mundo das das idéias puras. Daí que a
idéias puras. tória, que não a doutrina ensinar que ele existe em sociedade humana príncipes e sú¬
humana de príncipes
própria da tradição
não é própria
jí matéria
matéria ee aa história sejam vistas
história sejam vistas num
num hebraica nem do
hebraica nem do judeu-cristianismo,
judeu-cristianismo, virtude do "direito natural” que o
natural" e que ditos, patrões po¬
ricos e po¬
proletários, ricos
patrões e proletários,
| plano
plano inferior negativamente. Nesse
inferior ee negativamente. Nesse foi oo resultado
resultado da transferência do respeito pela
respeito propriedade é um
pela propriedade um “de¬
"de¬ bres, ignorantes, nobres
bres, sábios e ignorantes, nobres e
!| topos mundo super-celestial
uranos, oo mundo
topos uranos, super-celestial cristão-judeu para
para o terreno "gentio”, ver moral"2.
ver moral"2. plebeus" 4.
plebeus"
I das
das idéias,
todas
idéias, se encontra o
se encontra ser ideal
o ser ideal de e do uso
e uso da linguagem e dos con¬ reconhecimento "essencial” das
O reconhecimento Seu sucessor, celebrando a RerumRerum
todas asas coisas, as essências, origem
coisas, as ceitos helenistas para explicar a fé
helenistas para desigualdades podepode soar estranho ee Novarum quarenta anos depois com
Novarum
da
da realidade
realidade objetiva histórica. Ali
objetiva ee histórica. aos gentios durante o o império
império roma¬
roma¬ ouvido contemporâneo,
ofensivo ao ouvido Quadragésimo Anno, avançado o sé¬
a Quadragésimo
l\1 se encontra a
se encontra a verdade sobre
sobre tudo
tudo oo no. porém, assim diz a encíclica:
porém, meio a depressão de 1931,
culo e em meio
í no. Quando Constantino converte a
Constantino converte
que existe,
existe, já pré-determinado absolu¬
já pré-determinado fé
fé cristã em uma ideologia
em uma ideologia de legiti¬
legiti¬ Igreja admite ee reconhece
“A Igreja reconhece co¬ exorta osos operários a aceitarem sem
t tamente
tamente em em suasua universalidade
universalidade ee eter¬
eter¬ mação
mação do do poder
poder imperial
imperial ee das
das clas¬ mo mais
mo proveitosa a desigual¬
útil e proveitosa
mais útil rancor "o lugar
rancor “o que a divina provi¬
lugar que provi-
i nidade,
nidade, comcom todas suas possibili¬
as suas 5. Compreen¬
”5. Compreen¬
:?! :i todas as possibili¬ ses dominantes, para
ses para que esta
esta os
os sa-
sa- dade entre os homens e estende
os homens estende esta MN-.„ lhes
dência lhes assinalou
assinalou”
dades.
dades. A A história uma cópia corrup¬
história é uma cralize
cralize como naturais, universais
como naturais, universais e também à
desigualdade, aplicando-a também perfeitamente por
de-se perfeitamente por que nãonão sósó
I ta da
ta da realidade
realidade celestial, é uma ima¬ ima¬ possessão de bens”. da época Como
operários da
Marx e os operários
i representativos do bem-estar geral, ela
gem confusa. Surgem, então, os dua¬ já havia sido mmada ideologicamen¬ Na encíclica Rerum Novarum de também os intelectuais entendiam a
lismos entre espírito e matéria, alma te pelo "espiritualismo” greco-roma- 1891, Leão XIII trata do problema religião como uma expressão da or¬

ri
í e corpo, secular e religioso, natural e
sobrenatural, etc.
no —
cas h
helenista — de raízes platóni¬ operário como um problema social
fundamental e a ele dedica toda a
dem sócio-econômica vigente, como
uma instituição legitimadora da or¬
s Consequentemente, o espiritual,
que para os hebreus é superior à vida Contrariando esta maneira greeo-
extensa encíclica para combater a dem da opressão, e que, consequen¬
solução socialista, defender a proprie¬ temente, se postulasse a desaparição
material e histórica, é elevado pelo -romana de pensar, a tradição bíblica
dade privada, a conciliação de clas¬ da religião com a mudança da ordem
cristianismo helenista até essa região contém uma concepção histórica do
ses e as desigualdades sociais, como social.
a-histórica e imutável. Define-se o ho¬ mundo e da sociedade. É na história
expressão da ordem natural estabe¬ Sem dúvida, nesta última encícli¬
mem como uma alma pertencente a que Deus se revela por meio de atos
lecida por Deus. Todavia impera a ca, Pio XI não pode afastar-se da
materiais de libertação e o Reino pro¬
este mundo das idéias desencarnadas. visão essencialista do mundo. Daí, luta de classes, cuja presença histó¬
Daí surgem as antinomias menciona¬ metido é um Reino com uma dimen¬
que a comunicação, entre um pen¬ rica reconhece, nem do "imperialis¬
das. A teologia da Igreja, escrita sob são sócio-econômica real. Sem ressu-
samento de caráter historicista como mo internacional do dinheiro” produ¬
a influência desta linguagem, trans¬ reição do corpo não há ressureição
o dos marxistas e o essencialista dos zido pelo "espírito1 individualista”, re¬
forma a tradição hebraico-cristã em do espírito. Supõe uma ontologia na
cristãos seja impossível nesta época, sultado do "pecado original”, que cria
um idealismo anti-histórico. A con¬ <3uai o ser das coisas é resultado da porque se tratava de uma impossível "a descomunal e tirânica potência
templação suplanta a aspiração he¬ história real da coisa mesma. A cons¬ reconciliação de uma visão essencia¬ económica nas mãos de uns pou¬
til braico-cristã de transformar a terra ciência é consciência do que ocorre
na história real.
lista e uma historicista. cos” 6.
em um Reino de justiça e paz. Os Também Pio IX confirma a posi¬ Esta extraordinária encíclica, Qua¬
estoicos reforçam a fixação deste Sem dúvida, desde a constatiniza- ção da Igreja sobre as desigualdades dragésimo Anno, já não pode expres-
mundo como um mundo permanente ção do cristianismo prevaleceu a cos- sociais: sar-se tão taxativa e dogmaticamente
de estrutura racional, ao qual temos movisão essencialista e dominou a "Saibam, ademais, que também como as anteriores. Em sua primeira
que nos adaptar segundo uma “lei produção teológica, como veremos está dentro da natural e imutável e segunda parte confirma tudo que
natural”. traçado na evolução do pensamento condição das coisas humanas o fato fora dito por Leão XIII, porém, na
Os propósitos tomistas de incor¬ da doutrina social da Igreja. de uns prevalecerem sobre outros, terceira parte, a realidade a invade
porar o materialismo essencialista de Leão XIII, em sua encíclica Quod seja por diversos dotes da alma e do como uma torrente avassaladora e a
Aristóteles, não mudam fundamental¬ Apostolici Muneris de 1878, na qual corpo, seja pela riqueza ou outros obriga a buscar respostas mais atuais, .
mente o dualismo1 histórico da cos- condena o socialismo, não trata se- bens desta natureza, e que jamais sob embora neste contexto essencialista..
movisão teológica. Apesar de em Aris- riamente do "problema social”. Li¬ algum pretexto de liberdade ou igual¬ Abruptamente se lança contra' 0 ca¬
tóteles e em santo Tomás o conheci-ÿ mita-se a condenar o socialismo por¬ dade, pode-se considerar lícito inva¬ pitalismo, que "se destruiu a si meS*
mento humano partir da realidade que ele "nega toda obediência”, en¬ dir os bens ou os direitos alheios ou mo" ao permitir a destruição da 11*
material, as idéias já estão presentes quanto a Igreja defende que o po¬ violá-los de qualquer modo”3. vre concorrência 7 — recordemos .
na mente de Deus, onde se encontra der governante está “fundado na lei Pio X, em 1908, continua esta linha havia ocorrido a divisão; muiidifl1. .
a essência de todas as coisas já pre¬ divina e natural”; prega a "igualda¬ de pensamento: as guerras, produtos da faSB; .taonaCK
determinadas. A história não é livre, de absoluta” entre os homens, quan¬ "A sociedade humana, tal como polista do capitalismo.
ela nôo produz o futuro como resul¬ do a doutrina da Igreja não exclui as Deus a estabeleceu, é composta por vê obrigado a enfrentar- ata|twaMtfÍMfc /v
f
socialista e reconhecer
reconhecer que “a "a atual Nesta etapa do desenvolvimento
Nesta Lati- seus interesses,
soa, seus necessidades ee
interesses, necessidades
. . . "divide os
coisas" ...
situação das coisas" lismo católico da Confederação Lati-
lismo
histórico, esta relação
histórico, relação está selada pe¬
pe- no-Americana
no-Americana de Sindicatos Cristãos;
Cristãos; organizações constituem "o
organizações universo
"o universo
homens em dois grupos ou exércitos palavras de Pio
las palavras Pio XI na
na Divini
Divini Re-
Re- do
do verdadeiro”,
verdadeiro”, que tem
tem existência
que se atacam rudemente”
rudemente"8. 8.
Juventude Operária Católica (JOC); Portan-
demptoris::
demptoris universitários da Ju-
o trabalho com universitários
o Ju- própria história. Portan-
anterior à história.
própria e anterior
Rechaça a alternativa socialista, pe¬
pe- “O comunismo é intrinsecamente
intrinsecamente Universitária
ventude Universitária Católica (JUC);
(JUC); mantém uma
to, mantém
to, uma relação exterior àà
relação exterior
las razões expostas
expostas pelo
pelo seu prede¬
prede- mau, e nãonão se pode
pode admitir que co¬co¬ o estabelecimento dos De-
partidos da De-
dos partidos história; metodologia para
história; ee sua metodologia para
o
cessor, embora discuta sua teoria e laborem com ele em terreno algum es- real, ou da
do real, prática
da prática
mocracia Cristã14, ee finalmente, oo es-
mocracia aproximar-se do
reconheça duas vertentes do socialis- os que querem salvar da ruína ruína a ci¬ do
do CELAM
CELAM com todos social, é a de formular um
de formular modelo
um modelo
tabelecimento
mo: o comunismo violentoviolento dos boi-
cheviques e “o socialismo moderado
boi- vilização cristã” .
cristã"11.
11
Esta encíclica auspiciará um
os seus secretariados para coordenar
para coordenar normativo
normativo
para ser
com base
base no
no pré-existente
pré-existente
aplicado àà realidade
ser aplicado ló.
realidade ló.
um am-
am¬ o trabalho comcom operários, estudantes, para
parece inclinar-se para
que parece para e até mes¬
mes¬ biente reformista
reformista e modernizante
modemizante que publicações, catequese,
universidades, publicações,
universidades, todavia que aa base
Pretende-se todavia
Pretende-se base dada
mo aproximar-se das verdades que a tomará possível
tornará possível a aceitação das re-re¬ etc.
indígena, etc.
trabalho indígena,
radiofonia, trabalho ordem social seja a existência de de
radiofonia,
tradição cristã manteve
manteve sempre in- in¬ formas da democracia social e oo po- po- propõe um
Democracia Cristã propõe um uma realidade a-histórica,
uma realidade preexisten-
a-histórica, preexisten-
A Democracia
violáveis” 9. pulismo.
pulismo. humanizar oo
para humanizar
histórico" para te ee independente
te mate-
realidade mate-
independente da realidade
"ideal histórico”
No entanto, opta por
No por recomendar Mesmo os esforços mais
mais moder¬
moder¬ sistema capitalista e e derrotar
derrotar o co-
o co- rial e dos
rial dos condicionamentos estrutu-
condicionamentos estrutu-
recomendar ho-
um terceiro caminho que procede da nos da teologia católica idealista por munismo na corrida para criar um rais que formam e constituem o ho-
rais
atualizar “a doutrina social da Igre¬ mem social real que se dá no con-
mundo de justiça. Desde seu início é
"filosofia social cristã sobre o capital
e o trabalho", fundamentada na "ca¬
ridade”. Este enfoque "corporativis-
ja”
— que serve de marco normativo
para a história e para a sociedade,
concebida como a alternativa "çris-
tã” contra o comunismo. No enten-
ereto. Esta anterioridade do indiví-
duo às estruturas sociais, serve de
ta” recomenda agrupar operários e e que tem sua expressão política nos der de Maritain, "o problema não suporte para a afirmação do direito
patrões em uma mesma “corpora¬ grupos de Ação Católica e nos pro- consiste em suprimir o interesse pri- à propriedade privada. Por conseguin-
ção”, constituída por "delegados de jetos políticos do "social-cristão vado, senão purificá-lo, enobrecê-lo, te, com base nessa realidade metafí
ambos os sindicatos (patrões e tra¬ fracassarão no seu intento de unir apreendê-lo em suas estruturas orde- sica, supostamente anterior à histó
balhadores)”10. Isto pode ser possível as categorias de salvação e a histó¬ nadas ao bem comum, e transfor- ria, se apresenta um esquema econô
"quanto maior for a importância con¬ ria em uma forma apropriada para má-lo interiormente para um senti- mico e sócio-político "terceirista’
cedida à contribuição dos princípios uma ação política mais eficaz do cris¬ do de comunhão e amizade frater- que não tenha os "inconvenientes”
católicos e sua prática, não certamen¬ tão militante para re-fazer o dualis¬
mo 12.
na” 15. dos extremos — que na prática não
deixa de ser um corporativismo ca-
te pela Ação Católica. .. senão por No esquema político inspirado
parte daqueles nossos filhos que esta Os esforços teológicos mais mo- nesta doutrina social cristã, o con- pitalista que não parece distinguir-se
mesma Ação Católica forma nestes dernos do social-cristianismo se arti¬ ceito mediador é o da "pessoa hu- do capitalismo populista. De fato, es-
tes grupos incorporam o desenvolvi
í
princípios, e os quais prepara para culam com base na idéia da “nova mana”. O homem, enquanto pessoa,
o exercício do apostolado sob a di¬ cristandade" a partir da Rerum No- possui uma projeção à transcendên- mento, através de economistas *.,80?
reção e o magistério da Igreja”. Con¬ varum e do neotomismo de Jacques cia que lhe confere "direitos e deve- ciólogos da Igreja, como são»oSjjjgíp
cede ao Estado a responsabilidade de Maritain 13. Com base neste essencia- res”, e enquanto tal, o converte a bret, Houtart, Pin, Vekemahs *;uvÓU-
coordenar a economia para o bem lismo neotomista que distingue en¬ uma realidade "anterior" à socieda- tros 17. Desse entendimento desenvoi*
comum. Aqui se alimentarão ideologi¬ tre o "político” e o "social”, se esta¬ de e ao Estado. Esta concepção es- vimentista do problema latino-amfl-
camente tanto a democracia social, belecem dois planos de ação, o sacer- sencialista do homem, resíduos do ricano surgem as Teologias doDt>
como o fascismo. dote no "espiritual”, e o leigo no “se¬ platonismo na Igreja, mantém o pen- senvolvimento. Estas sqo pÿifUO .pisO;
cular”, se estabelece grande núme¬ sarnento sobre a história em lugar clamam que o desenvolvimento 8Ó0$Éÿ
Nesta etapa do desenvolvimento ro de instituições "católicas” para económico é o novo nome (jãcriftlva»
teórico da Igreja, tampouco poderia "cristianizar” o secular "respeitando secundário.
Daí se deduzem as noções de so ção, porém, são as que-1, peniftnt , 0
haver diálogo entre cristãos e marxis¬ sua autonomia”. Os partidos da desenvolvimento em termos da
tas. Como dissemos, para o tomismo, mocracia
De¬ ciedade e estado. O "ser social” é
Cristã terão a responsabi¬ manização do sisteina capilÿ!»íd>t':idq
atributo da pessoa. 0 homem entra
a história é um acidente com relação lidade da
implementação política. em relação com outro homem e se
domínio da tecnologiÿ;inpdllÿW'|pr|
à essência. Para o marxismo, a his¬ Todos os movimentos de Ação Ca¬ o bem-estar do-
tória é tudo. O homem não tem es¬ tólica, que desde o começo organiza para conseguir seus fins,
do século mas a solidariedade que deve existir vam a contradição estrutural do Cl*
sência, tem história. Nesta etapa da se haviam estabelecido na América pitalismo com.
história o cristianismo e o marxis¬ Latina para combater o laicismo, fo¬ I entre eles coordena o “bem comum”
Deus.
e evita os excessos do egoísmo in¬
.-.vi
mo falam dois idiomas diferentes e ram transformando-se, e a partir da
dividual. A pessoa se expressa e se Os principifM
intraduzíveis. Uma epistemologia leva década de 50, sob a nova filosofia, guias do ordenamento
& política da conservação e a outra à tomam um grande impulso, que se desenvolve por meio de suas organi-
da transformação. zações primárias ou "corpos interme- o mundo
evidencia no crescimento do sindica- diários” anteriores ao Estado. A pes- mismó',
ill
I-
I
pedem a compreensão da relativida¬ pos já em sua Quarta Reunião do
pos Em uma terceira etapa, a teologia
Em uma mundo... quer dizer que o con¬
do mundo... com
de da propriedade
propriedade privada. O prin¬ CELAM (onze meses depois da toma¬ neo-ortodoxa e a teologia existencia¬
neo-ortodoxa existência- mesmo de história apossou-sê
ceito mesmo
cípio da “unidade cristã”
cristã" que deve da do poder pela Revolução Cuba¬ lista e sua ênfase ecuménica e histó¬
histó- mundo. Porque
do mundo. Porque porpor mais estra-
mais estra¬
j abarcar todas as classes, os leva a na),
na), tencionam assegurar a fidelida¬ rica na
problemática social na
rica levarão à problemática nho parecer, a idéia da
possa parecer,
nho que possa
um
um corporativismo populista
populista que re¬ de da democracia cristã pela
pela luta con¬ história não existiu sempre em todas
história
qual prevalecerá “realismo poético”
prevalecerá o "realismo poético"
sulta cego
cego ante os irreconciliáveis in¬ tra o comunismo, advertindo da se¬ Niebhur, o moralista
Reinhold Niebhur,
de Reinhold moralista requer
as civilizações; ao contrário, requer
i!;í teresses de classe que animam a ex¬ guinte maneira: "Aqueles
“Aqueles que pos¬ pos¬ norte-americano que evolui do socia¬
norte-americano socia- pressuposições que se encon¬
certas pressuposições
i!
!f: I!
í ploração
ploração dos operários e oprimidos
e ante a natureza
natureza imperialista do sa¬
suem responsabilidade de caráter so¬
cial, terão de conhecer profundamen¬
profundamen¬
lismo até a posição
posição do "novo
“novo trata¬
representado na legislação social
do" representado
tram no
nismo
próprio coração do cristia¬
no próprio
nismo e que parte parte do legado de
il
1! j!
que internacional. Daí, que sua solu¬
ção seja umauma de legislação reformis¬
te a doutrina social da Igreja,
pô-la prática com valentia e ur¬
pô-la em prática
para
Igreja, para
ur¬
norte-americana dos liberais radicais
norte-americana nossa fé à civilização ocidental e à
nossa
humanidade em geral
humanidade geral.. . .
Jiií da década de 30.
ta bem intencionada e de mais aju¬ gência. Esta doutrina é, nasnas palavras
palavras
í: da internacional para
para melhor
melhor distri¬ de Pio XI, ‘necessária’
'necessária' e ‘obrigató¬
'obrigató¬ Eventualmente, mesmos desen¬
Eventualmente, os mesmos primeira destas pressuposições
A primeira
i
buição
buição da riqueza. ria’
ria' e forma parte
parte integrante do Evan¬
Evan¬ fl volvimentos que atingirão a doutrina não cíclico.
linear, e não
é que o tempo é linear,

| i Esta divisão em dois planos


planos não
não gelho e da moral
moral cristã”.
cristã''. (Declara¬ social da igreja católica atingirão
também os protestantes avançados, os
Se o tempo é de caráter cíclico, de
tal modo que ‘a repete',
história se repete’,
'a história
t permitia a verdadeira autonomia da ções do CELAM, mimeografado em
realidade social para explicar-se teo¬ San Juan). quais tomarão a mesma direção so¬ o que no dizer de Aristóteles 'há
I! ricamente a si mesma e para produ¬ Para o militante cristão, esta lin¬
cial dos cristãos revolucionários ca¬ uma espécie de círculo do tempo’,
zir a solução revolucionária necessᬠtólicos. não pode haver tal coisa como um
guagem metafísica melhorada que não genuíno conceito de história, pois
ria aos problemas do subdesenvolvi¬
permitia ao homem forjar livremen¬ uma história que se repete constan¬
mento. Por outro lado, a hierarquia
te na história real um modelo de so¬ temente, na qual nada de novo su¬
tradicional aproveitou a teoria dos ciedade, que pudesse responder às
dois planos para lavar as mãos dian¬ 2. Novas tendências no pensamento cede, não é realmente história, senão
hi
i‘l te dos problemas económicos e po¬
necessidades do homem oprimido e
teológico europeu e norte-america¬ tão-somente uma existência cíclica . . .
explorado da América Latina, tomar-
líticos e desalentar os cristãos na -se-ia tão inútil como o tradicional, no e seu impacto sobre a doutrina A segunda pressuposição da histó¬
participação revolucionária. Disse Gus¬ e tão cúmplice das forças que osten¬ social das igrejas católica e pro¬ ria é que o que sucede dentro da
í tavo Gutiérrez, o teólogo católico: testante. ordem do temporal é real. Esta pres¬
tam a propriedade dos meios de pro¬
"Concretamente, na América Lati¬ dução como o tradicional. Para esta suposição se opõe a toda filosofia
na, a distinção de planos serve para substancialista e a toda religiosidade
teoria, a salvação, em última análise, Os pressupostos teológicos que re¬
dissimular a real opção política da está localizada fora da história. transmundana. Quando o antigo filó¬
:
Igreja pela ordem estabelecida. É in¬ giam a teologia do cristianismo-social sofo afirmava que a realidade das coi¬
O teressante observarmos, com efeito, Quanto à grande maioria dos pro¬ seriam atingidos seriamente com o sas haveria de estar, não nas coisas
que enquanto não se tinha uma cons¬ testantes latino-americanos, eles en¬ desenvolvimento da nova teologia e mesmas, em sua existência temporal,
ciência clara do papel político da Igre¬ frentam a realidade latino-americana a investigação bíblica assinalaria cada mas nas idéias eternas e imutáveis,
ja, a distinção de planos era mal equipados, primeiramente, com o li¬ vez com mais força a incompatibili¬ estava negando a possibilidade, ou
vista, tanto pela autoridade civil beralismo teológico do "social gos¬ dade entre a linguagem essencialista ao menos a importância da histó¬
pel” norte-americano que continha e a linguagem bíblica.
quanto pela eclesiástica; porém, a
como linguagem filosófica o idealis¬
ria"». . . - t
partir do modo em que o sistema, A historização do pensamento oci¬
do qual a instituição eclesiástica é mo hegeliano. Concebiam sua missão A metafísica substancialista, que
dental será a chave da transforma¬ servia de linguagem às encíclicas que
uma peça central, começou a ser re¬ social como uma frente civilizadora ção teológica européia e eventual¬
ao "obscurantismo” da tradição espa- temos examinado, implica uma teo¬
chaçado, esse esquema foi adotado mente repercutirá na América Latina,
para dispensar-se de ter que tomar panhola e católica, e trabalham em ria do conhecimento segundo o qual
onde a historização do pensamento somente pode ser conhecido aquilo
partido efetivo pelos oprimidos e des¬ aliança com as forças imperialistas religioso será levada até as suas úl¬
pojados e poder pregar uma lírica norte-americanas que penetram nos que não muda. Porém, todos safeç?
timas consequências. Diante da gene¬ mos que aquilo que não muda nSo
unidade espiritual de todos os cris¬ mercados latino-americanos. ralização deste fenômeno no pensa¬
tãos 18. é histórico. A velocidade e a impla?
Em uma segunda etapa prevalece¬ mento ocidental, um destes jovens cável presença da “mudança"? como
A divisão dos dois planos não im¬ rá o fundamentalismo protestante in¬ teólogos latino-americanos, o historia¬ forma permanente de realidàdtt('f4ó
pede a sujeição dos fins próprios da génuo/ desvestido da teologia acadê¬ í dor cubano Justo González, dizia há século XX, geradas pelo modcfídfbpro*
realidade temporal aos esquemas mica. Sua ênfase social será típica alguns anos: dução capitalista, e suariÿR t
preconcebidos da metafísica teológi¬ das "seitas” que pregam a "separa¬ "Estamos presenciando o que, na todas as partes do mundo*1.
ca. Diante do arranco do processo re¬
volucionário latino-americano, os bis¬
ção” da atividade política própria do
apocaliptismo.
| falta de um termo mais adequado,
nAflpmAc rTiamar •farctrvrífirQr*Sh/
século XIX, juntametíí«íÉ|É
van filosófica, one ,a: naMlr.ó3 lil
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XVIII toma consciência da necessi- "desenvolvimento integral" do ho- do não recorrem ao radicalismo dos doutrina social cristã fundamentadas
I
dade de negar o passado feudal e sua mem — o qual recolhe o Concílio teólogos mais avançados. no personalismo e nos teólogos pro¬
justificação ontológica, para justifi-
car o presente moderno, e justified-
Vaticano — , e os do personalista
francês Mourner, que tomou parte
Apesar de a nova teologia tardar gressistas. Suas influências, semelham
tes às de Medellin em 1968, serão tar¬
-lo sem outro fundamento que o fato em sua penetração no magistério ofi¬
na Resistência Francesa contra os na¬ dias e representam o que algumas dé¬
de ser produto do homem, obrigam zistas, rechaçou a expressão democra-
cial da Igreja — na Mater et Magis-
tra se pensa ainda com as categorias
cadas antes havia constituído o pen¬
o pensamento religioso contemporâ- ta-cristã da doutrina social da Igreja samento de vanguarda. O documen¬
neo a incorporar gradualmente a rea-
antigas —, na encíclica Pacem in Ter¬
e convocou para o diálogo e para a to manterá o dualismo entre vida re¬
ris de 1963, João XXIII abre um no¬
f: lidade histórica em todo seu confli- colaboração entre cristãos e marxis- ligiosa e secular, e a distinção entre
vo capítulo na história da Igreja Ca¬
to e determinação sócio-econômica. tas para reconstruir uma Europa sem os dois planos de atividade, o da Igre¬
tólica ao reconhecer como direitos
A nova teologia do século XX se exploração de classes nem guerras; e, ja e o dos leigos. Porém, com a
as liberdades que a Igreja havia ne¬
ii! transformará, especialmente a partir finalmente, as “teologias da história”
gado antes, ao restaurar o direito de firme intenção de salvaguardar a "au¬
do seguinte: os trabalhos de Karl de teólogos como Comblin e Thils, tonomia” do secular, afirmará a im¬
revolução, e dar permissão para con¬
Barth em 1922, que rompem com a "a teologia da secularização" do nor- portância da história como o lugar
tatos de ordem prática entre cristãos
\\\ teologia natural e afirmam que o ho- te-americano Harvey Cox, e as "teo-
logias políticas” de Blanquart, Ri-
e marxistas21. Esta encíclica causará onde se começa a construir o Reino
de Deus, onde se espera que Deus
mem foi criado para viver como ver- um impacto enorme sobre a situa¬
i dadeiro homem; os estudos exegéti- chard Shaull, Metz e Moltmann, que
ção latino-americana. estabeleça uma "nova terra em que
II cos da crítica bíblica que restauram alguns deles chegam a chamar de habite a justiça”, e onde "o Reino já
o caráter historicista e estabelecem "Teologia da Revolução”. De modo es¬ Nas "recomendações pastorais”, está misteriosamente presente... e
a diferença entre este e o pensamen¬ pecial devemos mencionar estes dois daria sua mais radical contribuição consumará sua perfeição”23. O dua¬
to metafísico da filosofia greco-roma- últimos 30. Ambos vêem a Deus presen¬ ao romper com a posição dos papas lismo terra-céu entra em crise.
anteriores no que diz respeito às re¬
r na, materialista do pensamento he¬
braico; os trabalhos de Rudolph Bult-
te na revolução social. Nelas, como
disse Hugo Assmann, se historiza o lações entre cristãos e marxistas. Re¬
Daqui em diante, haverá esforço
para reconhecer os problemas con¬
mann para demitizar o Novo Testa¬ conceito de transcendência, o futuro conhece a distância filosófica entre temporâneos, mesmo quando os en¬
mento dos mitos do nascimento vir¬ histórico toma o lugar do céu, redes- cristãos e marxistas, mas não pode foques sejam dirigidos politicamente
ginal de Jesus, a consciência messi⬠cobre-se a natureza política dos atos evitar a sua colaboração política nas pelo reformismo sócio-econômico da
nica, os milagres, a ressurreição his¬ de salvação, assinala-se a natureza mudanças sociais. No “campo econô- "doutrina social” da Igreja.
tórica de Jesus, a ascensão e a esca- ideológica da pretensa a-politização mico-social-político”, faz uma distin¬
ção entre "as teorias filosóficas so¬ Queremos assinalar um último
tologia mística, com o propósito de do espiritual, destaca-se a natureza .ponto fundamental: a mudança de ên¬
;! diferenciar a fé da epistemologia pri- política da fé, induzem-se as catego- bre a natureza, a origem e o fim do
mundo e do homem, e as iniciativas fase no princípio da propriedade. A
mitiva; os trabalhos de Dietrich Bo- rias básicas da fé, a salvação e a gra- ênfase neste documento recai sobre
nhoeffer, afirmando a necessidade de 9a- na amplitude do processo histó- de ordem económica, social, cultural
ou política” e sugere que à medida a "função social” da propriedade.
§ "desreligiosizar" a fé cristã dessa rico> e se resgata da história da men-
roupagem idealista para descobrir o sagem cristã os conteúdos subversi- que estas iniciativas estejam de acor¬ "Deus destinou a terra e tudo o
seu significado para um mundo "se- vos da esperança de um novo ho- do com os ditames da reta razão e que ela contém para o uso de todos
cular”, onde o homem está encarre¬ mem num mundo novo fundamenta¬ sejam intérpretes das aspirações jus¬ os homens e povos. Conseqiientemen-
gado de fazer a sua própria história do na justiça e na fraternidade hu¬ tas do homem, podem ter elementos te, os bens produzidos devem chegar
num mundo com um futuro aberto, mana. No entanto, mesmo aqui não bons e merecedores de aprovação”. a todos de forma equitativa, sob a
!j
e com base em uma ética não de prin- se incorpora um instrumental sócio- Estes "contatos de ordem prática” égide da justiça e acompanhada da
cípios essencialistas, mas, sim, rela¬ -analítlco nem uma ideologia revolu¬ que antes eram considerados inúteis, caridade. Sejam quais forem as for¬
tiva, que se constrói como resposta cionária concreta. Isso terá que es¬ passaram a ser vistos como "provei¬ mas de propriedade, adaptadas às
de amor à situação concreta; os tra¬ perar pela América Latina. tosos”, e a determinação de quanto formas legítimas dos povos segundo
balhos dos teólogos católicos para Todas estas influências frutifica¬ o sejam e "as formas e o grau” com¬ circunstâncias diversas e variáveis,
enfrentar a concepção constantiniana rão na América Latina de forma crí¬ pete àqueles cristãos que se desem¬ jamais deve-se perder de vista este
de "cristandade”; as relações ecumé¬ tica na gestação da nova teologia, que penharam em assuntos concretos nos destino universal dos bens”24.
nicas e os estudos de teólogos como surgirá do mais profundo da prática cargos de responsabilidade da comu¬ Aqui resgata-se â antiga doutrina
Hans Kiing; "a teologia existencialis- poética. nidade” 22. do direito de arrebatar em caso de
ta" de Paul Tillich, Bultmann, Rahner Vejamos as mudanças de ênfase No decorrer da década, a "Cons¬ extrema necessidade:
e Schillebeeckx; os esforços de Le- que se produzem no magistério da tituição Pastoral Sobre a Igreja no "Aquele que se encontra em si¬
bret, para elaborar uma "teologia do Igreja, representadas nas encíclicas e Mundo Moderno”, Gaudium et Spes, tuação de necessidade extrema tem
desenvolvimento" para dar instru- no Vaticano II, a partir das influên- do Concílio Vaticano II, articula al¬ direito de tomar da riqueza alheia o
:
rríento à idéia da salvação como o cias teológicas citadas, mesmo quan- 1 gumas das idéias mais avançadas da necessário para si"23. 1
1

J
wm
1 Defende a propriedade privada xismo o o dogmatismo
:} .
V como
Defende a propriedade privada
como extensão da liberdade da pes¬
extensão da liberdade da pes¬
soa, porém, agora, no contexto da
xismo
sivo,
sivo, e muitos
e
nheciam
muitos marxistas
stanilista repres¬
dogmatismo stanilista repres¬
somente co¬
marxistas somente co¬
interno”,
lonialismo
“tensões internacionais e co¬
interno", "tensões
externo", e "tensões entre
lonialismo externo”,
3. As condições sócio-econômic
políticas
as e
sócio-econômicas
Latina na dé¬
na América Latina
políticas na
I soa, porém, agora, no contexto da nheciam o o cristianismo
cristianismo da da escolásti¬
escolásti¬ países latino-americanos". Para
os países latino-americanos”.
os participação dos
cada de 60 e a participação
f nova ênfase. O Estado pode expro¬ ca
iff 11 nova ênfase. O Estado pode expro¬ ca medieval
medieval ou ou de seu catecismo
de seu catecismo ado¬
ado¬ combatê-los sugerem-se mudanças
combatê-los mudanças cristãos no processo revolucionário.
no processo revolucionário.
priar a propriedade que seja neces¬ lescente. A publicidade
A priar a propriedade que seja neces¬ lescente. A publicidade do do diálogo
diálogo le¬le¬ “globais, audazes e profundamente
“globais, profundamente re¬ re¬
II sária ao bem comum, ainda que a
sária ao bem comum, ainda que a vou muitos
vou muitos cristãos
cristãos ee marxistas
marxistas a a re-
re- novadoras”, participação dos
como a participação
v : expropriação seja definida em termos descobrirem novadoras", como
expropriação seja definida em termos descobrirem um um marxismo
marxismo ee um um cris¬
cris¬ operários nas empresas, a reforma
operários nas reforma Ao final da década nota-se
década de 50 nota-se
i í! burgueses : “com
compensação ade¬
burgueses : “com compensação ade¬ tianismo diferentes, suas coincidên¬
tianismo diferentes, suas coincidên¬ das estruturas agrárias e a unidade Latina a crise da
em toda a América Latina
! quada’’, e sem abolir a propriedade
quada", e sem abolir a propriedade cias, suas verdadeiras
cias, suas verdadeiras diferenças,
diferenças, ee aa na
das estruturas
na luta
unidade
contra oo neocolonialismo.
luta contra neocolonialismo. estagnação dos programas
estagnação indus¬
programas de indus¬
privada como tal26. Com base nisto, possibilidade
i
tal26. Com base nisto, possibilidade de de colaboração
colaboração em em uma
uma trialização desenvolvimento social
trialização ee desenvolvimento
sublinha como
privada A
1 a injustiça dos “latifúndios”, luta conjunta
luta conjunta para a construção de
para a construção de A partir da perspectiva
partir da perspectiva de de ho¬
ho¬
que haviam
que haviam enchido esperanças os
de esperanças
enchido de os
sublinha a injustiça dos “latifúndios", mens que conhecem
conhecem seus povos,' res¬
seus povos, res¬
recomenda as "reformas” necessárias
as “reformas" necessárias uma
uma sociedade
sociedade justa 2®.
justa28. mens que movimentos
movimentos populistas
populistas nascidos
nascidos co¬
co¬
recomenda pondem violência exis¬
que aa violência
j,.|;i i
H para
para a "expropriação”
a
e para aa "di¬
e para “di¬ Do exame da
Do exame da revolução
revolução teológica
teológica pondem ao ao Papa
Papa que exis¬
mo uma
mo crise de
resposta àà crise
uma resposta depres¬
de depres¬
“expropriação"
visão" das terras não cultivadas ade¬ tente na América Latina
Latina éé aa violên¬
violên¬
européia, que começa
européia, que começa aa abandonar
abandonar oo tente na América
II visão" das terras não cultivadas ade¬
quadamente, porém, com a devida idealismo cia
cia dos
dos poderosos, das instituições,
poderosos, aa das instituições, são de
são 30. Estes
de 30. popu¬
movimentos popu¬
Estes movimentos
quadamente, porém, com a devida idealismo essencialista
essencialista parapara adotar
adotar listas,
listas, nascidos em países
nascidos em forte
de forte
países de
IH ! .
"compensação” 27 Em Medellin, isto
“compensação" 27. um entendimento histórico da reali¬ ee não dos pobres:
não aa dos pobres: burguesia nacional, se propuseram a
jl
será exposto de forma diferente.
Neste documento, a Igreja se põe
dade — ao menos no caso dos teó¬
logos de vanguarda, mesmo que não
"Se o cristão crê na fecundidade
da paz para chegar à justiça, crê desfazer a sociedade agro-exportadora
também que a justiça é uma condi¬ dominada pelos latifundiários, que ha¬
,1 em dia com a história passada e com seja no Vaticano —, do exame do
ção indispensável para a paz. Isso viam afundado estes países na mo-
o presente em relação ao modo de novo magistério sobre a problemática
não nos impede de ver que a Améri¬ noprodução agrícola e minerária. Os
I
ir
produção capitalista, segundo acon¬
tece nas formações sociais de tendên¬
social, e do exame dos resultados do
diálogo cristão-marxista da Europa, ca Latina se encontra, em diversas populistas haviam planejado a insti¬
tuição de economias nacionalistas,
cia social democrata. Somente pode se pode ver que na época em que se partes, em uma situação de injusti¬
ça, que se pode chamar de violência mediante o desenvolvimento de con¬
influenciar aquelas sociedades tradi¬ geram na América Latina os cristãos dições para a criação de um merca¬
cionais onde subsistem restos feudais revolucionários, existem condições institucionalizada, quando, por defi¬
:: ciência das estruturas da empresa do interno, a substituição das impor¬
ou estruturas pré-capitalistas de for¬ teóricas qualitativamente diferentes
industrial e agrícola, da economia tações, o fortalecimento da burguesia
ma significativa. Para alguns países das do século passado e princípios
nacional e internacional, da vida cul¬ nacional, a distribuição de serviços
latino-americanos, como os da Amé¬ deste que facilitam essa práxis. de bem-estar social e a implantação
rica Central e aqueles de grandes Sem dúvida, será a participação tural e política, "populações inteiras
í
estão sem o mínimo necessário, vi¬ da legislação trabalhista, e, finalmen¬
extensões rurais, que não haviam ex¬ política dips cristãos no processo de te, o fortalecimento do Estado como
1) perimentado a reforma agrária, este liberação para a criação de uma so¬ vem em tal dependência que as im¬
aparelho planejador do desenvolvi¬
seria um documento subversivo, e ciedade jústa o que os levará a redefi¬ pede de tomar qualquer iniciativa e
responsabilidade, que elimina toda mento nacional. Os países que não
P uma base de apoio a seu clero pro¬ nirem estes novos elementos teológi¬
possibilidade de promoção cultural e desenvolveram uma forte burguesia
gressista. cos e à sua expressão própria e ra¬
de participação na vida social e po¬ nacional devido à presença de encla¬
Mas vai mais além, no sentido de dical. ves estrangeiros em sua economia,
que se define contra o "neocolonia- A assembléia geral do CELAM, lítica", violando-se assim os direitos
fundamentais. Tal situação exige não tencionariam este desenvolvi¬
lismo”, ainda que não incorpore um Conferência Episcopal Latino-Ameri¬ mento, e continuariam sob as ditadu¬
instrumental científico que possa ex¬ cana, em Medellin em 1968 constitui transformações globais, audazes, ur¬
gentes e profundamente renovadoras. ras nacionais, como a maior parte
plicar suas causas sócio-econômicas. uma expressão da transição da posi¬ dos países da América Central.
Por isso, suas recomendações não pas¬ ção do social-cristianismo para a teo¬ Não deve causar-nos espanto o fato
sam de conselhos bem intencionados. logia da libertação do cristianismo re¬ de nascer na América Latina “a ten¬ Todo esse desenvolvimento do ca¬
Parte integrante das condições volucionário. Aqui encontramos uma tação de violência”. Não se pode pitalismo nacionalista do populismo
teóricas na época é o diálogo cris¬ mistura de posições. abusar da paciência de um povo que entrou em crise durante a década de
tão-marxista na Europa. Estes diálo¬ suportou durante anos uma condição 60 devido à marginalização das gran¬
Não se parte de posições metafí¬
gos, tão alheios à situação latino- que dificilmente seria aceita por aque¬ des massas rurais, para as quais não
sicas, mas, sim, da própria realidade. les que têm uma maior consciência
americana, influenciaram bastante houve solução e as quais invadiram
p Descreve-se a inquietude revolucionᬠdos direitos humanos”29.
para abrandar a dura crosta do pas¬ as cidades, pela limitação de seu mer¬
ria latino-americana como um "ane¬
I sado e para tomar possível que am¬ Medellin recolhe a nível hierárqui¬ cado interno, que levou a uma para¬
lo de libertação total, de libertação
bas as partes se escutassem e se re- co o ambiente de toda Igreja latino- da do crescimento económico, a con¬
de /toda servidão", produto da “vio-
descobrissem à luz das transforma¬ -americana, porém, por sua vez, gera flitos com o estado planejador e, fi¬
lêúcia institucional”. Descrevem-se as uma avalancha de processos irrever¬ nalmente, à desnacionalização do Es¬
ções ocorridas em ambos os campos. tensões que impedem a paz como
síveis, que essa mesma hierarquia tado e da economia, para favorecer
I-
Muitos cristãos entendiam por mar¬ tensões "entre classes e colonialismo
-r..yv tenta deter, em vão. a intervenção económica estrangeira 3?.
B
O
Cl crescente capitalismo ee se
adquirem capitalismo pede compreensão
se pede
iií pressão
crescente empobrecimento,
pressão de
intensificação
intensificação da
pela posse das
pela posse
empobrecimento, aa re¬
de operários
operários ee camponeses,
camponeses, aa
da exploração
re¬
exploração ee aa luta
das terras
terras rurais,
luta
rurais, junta¬
junta-
os países desenvolvidos,
os países
últimos
últimos se
produto
produto da
das
desenvolvidos, pois
se desenvolveram
da colonização
das economias
pois estes
desenvolveram como
estes
como um
colonização imperialista
economias dependentes,
um
imperialista
dependentes, das
das quais
quais
giosos,
giosos, pastores
uma nova
exposto pelos
exposto
que seria
que
visão de seu
leigos adquirem
pastores ee leigos
cristianismo
uma nova visão de seu cristianismo
teólogos de
pelos teólogos de vanguarda
parcialmente, pe¬
expresso, parcialmente,
seria expresso,

— para
para
Uruguai,
verteno
pe¬ verte
a
a violência
violência
o
no Camilo
padre
compreensão
revolucionária.
revolucionária.
Zaffaroni
vanguarda Uruguai, o padre Zaffaroni se con¬
uruguaio ee se
Camilouruguaio
se
No
No
con¬
vê obri¬
se vê obri¬
mente com
mente com aa incapacidade
incapacidade do do Esta-
Esta- las encíclicas e pelos acordos como gado a ingressar na
na clandestinidade,
clandestinidade,
extraíram
extraíram aa matéria-prima
matéria-prima ee transfe-
transfe- las encíclicas e pelos acordos como gado a ingressar
do para dispor
do para dispor dede um
um novo
novo caminho
caminho riram
riram oo capital
capital produzido os do
os Vaticano II,
do Vaticano conferência do
II, aa conferência publica oo livro
donde publica
do donde Sacerdócio ee
livro Sacerdócio

1
criarão
criarão uma
uma situação
nestes países.
nestes
situação revolucionária
países. Tornar-se-á
revolucionária
Tornar-se-á geral
geral oo co-
co-
mão-de-obra
mão-de-obra cujo
produzido por
custo de
cujo custo
era oo mínimo.
ção era
ção mínimo. Esta
por uma
uma
de reprodu-
reprodu-
Esta ciência
ciência des-
des-
CELAM
lançar-se
em
lançar-se na
Medellin
CELAM em Medellin e outros e outros
participação do
na participação

— para
processo sil,
do processo
Revolução na
para Revolução na América América
bispo Antônio
sil, oo bispo
Latina,
Latina, no Bra¬
no
Fragoso continua
Antônio Fragoso
Bra¬
continua
regime de
p ji nhecimento
nhecimento do
so nos
so nos países
do problema
problema do
países pobres,
do progres-
progres-
pobres, ee aa consciên-
consciên-
cobre
cobre que
produto
que oo subdesenvolvimento
produto do
subdesenvolvimento éé de
gélicas e
Essas motivações
libertação. Essas
de libertação.
reformistas da inserção
evan¬ desafiando
motivações evan¬
ori¬ torturas
gélicas e reformistas da inserção ori¬ torturas quando diz:
publicamente oo regime
desafiando publicamente
quando diz: "pode
"pode ser que
ser
de
que
do desenvolvimento
desenvolvimento dosdos paí-
paí-
J
cia
cia dada incapacidade
incapacidade da da ajuda
ajuda estran-
estran- ses
ses capitalistas que foram
capitalistas que foram despojan-
despojan- ginal radicalizar-se-ão
ginal repercutirão aa luta
radicalizar-se-ão ee repercutirão armada seja
luta armada necessária, ee
seja necessária,
geira para se
geira para se conseguir
conseguir oo desenvolvi-
desenvolvi- do
do osos países
países do
do chamado
chamado Terceiro
Terceiro numa transformação teórica da teo¬ quando é necessária pode ser
numa transformação teórica da teo¬ quando é necessária pode ser evan-
evan¬
mento.
mento. Mundo
Mundo ou ou mundo logia, para reiniciá-los numa
logia, para reiniciá-los numa nova nova prá¬
prᬠgélica".
gélica". No
No Panamá,
Panamá, o
o padre
padre Pérez
Pérez
: mundo explorado.
explorado. Elabo-
Elabo-
AA metade
metade dada humanidade
humanidade que que vi-
vi- ram
ram assim uma nova
assim uma nova visão
visão do
do proble-
proble- tica numa nova
tica ee numa nova história.
história. Herrera organiza um
Herrera organiza encontro nacio¬
um encontro nacio¬
"violência
I via
via na
padecia
na África
padecia de
África ee nana América
de desnutrição,
América Latina
Latina
desnutrição, e 20 a 25%
de seus filhos morriam antes de com-
pletar cinco anos. Uma década de-
ma com base
ma com base num
num entendimento
entendimento do
processo histórico do imperialismo.
Disto resulta a única estratégia pos-
sível para acabar com a dependên-
do Os movimentos católicos
Os movimentos católicos da Ação nal exortando o povo àà "violência
da Ação
Católica, especialmente JOC e JUC, e revolucionária”,
os movimentos protestantes ISAL e
o MEC, guiados pelas novas concep¬
nal exortando o
revolucionária”, e contra
lismo, "condição
povo

que
contra o imperia¬
imperia¬
devem assumir
os cristãos”. Na Colômbia, Germán
pois as condições continuam iguais. cia, que leva ao subdesenvolvimento: ções teológicas do pós-guerra, se inte¬ Guzmán continua o trabalho de Ca¬
Nesta ordem sócio-econômica, dois a libertação das amarras à economia gram na ação social até o ponto de milo. Na Bolívia, oitenta sacerdotes
terços dos 800 milhões de crianças estrangeira 32. se confrontarem com as verdadeiras pedem uma revolução na Igreja. No
padeciam de desnutrição nos países Ante essa situação de estagnação, causas da pobreza e da injustiça. Isto Brasil, se tornam públicas as notas
subdesenvolvidos, com as conseqiiên- e a resistência às mudanças das clas¬ do teólogo Comblin sobre o material
t cias físicas resultantes do subdesen-
marginalização, dependência, explo-
ses dominantes e das hierarquias ca¬ preparatório para a Reunião Episco¬
!' ração, aumento da miséria e repres-
) volvimento. Dentre 100 crianças nas- são na América Latina, a Revolução tólicas e protestantes os levaram à pal de Medellin, onde ele deixa claro
cidas nos países pobres, quarenta Cubana surge como a única altema- radicalização e, no caso da maioria que "a tomada do poder pelo povo”
morriam de enfermidades (que po- tiva viável para se romper com o nú- dos países latino-americanos, à parti¬ mediante o emprego da força e a so-
deriam ser curadas), das sessenta so- cleo caúsador do subdesenvolvimen- cipação dos movimentos revolucionᬠcialização de todos os meios de pro¬
breviventes, quarenta sofriam de des- to: a dependência. A capacidade de rios da década de 60, que tentam se¬ dução por intermédio de um “gover-
nutrição grave com danos irreversí- Cuba em triunfar mediante o foco guir o exemplo de Cuba. no ditatorial” são condições impres¬
Do Bra¬
: veis para seu cérebro e sua estrutu-
ra física. Isso é o que tornava (e
guerrilheiro, sua capacidade de de¬
fender a revolução diante da invasão
O fracasso da atividade da esquer¬ cindíveis ao desenvolvimento.
da cristã brasileira, em 1964, levará sil sai o manifesto dos Trezentos e
ft! toma) possível que 45% das mortes da Baía dos Porcos, e sua decisão um grande número de cristãos e sa- Cinquenta Sacerdotes reconhecendo a
líI na América Latina sejam de crianças de socializar os meios de produção 1 cerdotes à participação revolucioná- "eleição da
mudança revolucionária”
de menos de cinco anos31. como um "chamado que pode provir
para tornar possível uma sociedade ria na América Latina, experiência
í É esta frustração que leva, even-
tualmente, ao descobrimento da re-
justa, e a formação do "homem no- 1 esta que foi representada de forma do
festo
mais
este
puro
que
da consciência”,
circulará por
mani¬
toda a
vo”, se convertem na única esperan- exemplar no caso de Camilo Torres, Reunião
lação entre desenvolvimento e subde- América Latina e chegará à
ça de toda América Latina. Cuba abre que se viu obrigado a seguir o ca-
senvolvimento, e à adoção de uma o caminho da América Latina no mo- minho das armas "para tornar efe¬ do Episcopado em
Medellin com qua¬
ciência social interdisciplinar e dia- se mil assinaturas de sacerdotes.
mento de sua crise. tivo o amor às massas”. Daqui para
lética que possa, além de descrever, frente, surgem centenas de movi¬ Em 1968, se realizou a Conferên¬
É então no meio destas condições
obter a explicação das causas do pro¬ mentos cristãos, declarações públicas cia do Episcopado Latino-americano
históricas de crise, intensificação da
cesso histórico, e finalmente, propor e atividades de cristãos ligados à em Medellin, onde se expressou a ní¬
a partir da história ocorrida uma es¬
miséria, sofrimento de operários e
camponeses marginalizados, de expio- I conscientização e à mobilização das vel hierárquico a salvação em ter-
tratégia para a solução do problema massas latino-americanas para a re¬ mos da libertação de tudo que im¬
do subdesenvolvimento.
ração dos trabalhadores, de persegui- |
ção àqueles que querem construir um construção da ordem social. pede o desenvolvimento do homem,
Isto é o que deveria fazer inicial¬ Surge a revista Cristianismo e re¬ e se denunciou a exploração do ho¬
mente a Teoria âe Dependência. Esta
mundo melhor, de aumento da repres-
são para manter os privilégios das
J volução na Argentina, aparece a Pas¬ mem latino-americano. Um grande
teoria assinalará o fato de não ser oligarquias, da burguesia e das mui- J toral dos Bispos do Terceiro Mun¬ número de sacerdotes e teólogos en¬
correto que os países subdesenvolvi¬ tinacionais estrangeiras, e de insur¬ do, aprovando a revolução, publicam- gajados participaram de Medellin. As
dos passem historicamente pelos mes¬ reição guerrilheira contra esse mun- I -se as conclusões do seminário sa¬ encíclicas Mater et Magistra (1961),
ifi«8 mos processos pelos quais passaram do, que os cristãos, sacerdotes, reli- j cerdotal do Chile, onde se ataca o Pacem in Terris (1963) e Populorum
I'i
I
'1
Progressio
Progressio (1967)
(1967) juntamente
juntamente com o rilheiro,
rilheiro, como
como meio
meio para
para a tomada duM
tomada dos
dos textos bíblicos. Redescobrem
textos bíblicos. Redescobrem oo encontra na contradiçflo
encontra na contradição entro
entra IIUM
Documento
Documento Final
Final de Medellin
Medellin am¬
am¬ do poder
poder ee como armaarma de conscien- cosmovisões:
cosmovisões: uma uma idealista
pliam
conscien- caráter político
caráter da fé
político da como esperan¬
fé como esperan¬ idealista oa oiltlM
oulPH
pliam o estímulo e a autorização hie¬
hie¬ tização
tização e mobilização
mobilização política
política das
rárquica
rárquica para
para a ação social em bene¬ massas,
das ça compromisso político
ça ee compromisso com oo Rei¬
político com Rei¬ materialista. Trata-se du
materialista. Trata-se decUflo fl*
du docUflu fi¬
bene¬ massas, surgem, posteriormente,
posteriormente, na na no de
no Deus prometido
de Deus prometido aos aos pobres,
pobres, nal com relação
nal com visão de
relação àà visão de inundo
mundo ve
fício dos oprimidos. América Latina outros movimentos
Latina outros
Em
movimentos cuja
cuja adoção
adoção nana história depende da
história depende da de
de história com aa qual
história com terá de
qual terá de ton*
con¬
Em fevereiro de 1968, se realizou
realizou sacerdotais que tomam um um caminho adoção de
adoção de um instrumental sócio-
um instrumental sócio- fé cristã.
viver aa fé
viver cristã. Este nível pro¬
Este éé oo nível pro¬
em Montevidéu
Montevidéu o Primeiro
Primeiro Encontro
Encontro diferente do de Camilo: o da partici¬partici¬ analítico
analítico do materialismo histórico,
do materialismo histórico, blemático
blemático do do qual sairá aa soluçflo
qual sairá solução
Latino-americano Camilo Torres, on¬ pação
pação política na organização das
política na das seu projeto socialista,
seu projeto sua estratégia
socialista, sua estratégia fundamental
fundamental para crise ideológica
para aa crise ideológica
de os sacerdotes latino-americanos massas
massas mediante
mediante a conscientização do política os interesses
política ee os visão de
interesses ee aa visão de dos
dos cristãos atuantes, revolucionários
cristãos atuantes, revolucionários
discutiram a incorporação dos cris¬ povo
povo para
para a eliminação dos bloqueios
bloqueios mundo da classe revolucionária. Ape¬
mundo da classe revolucionária. Ape¬ da
da América Latina. O
América Latina. setor de
O setor de cris¬
cris-
tãos à luta revolucionária.
revolucionária. Um
Um dos ideológicos, que a a religião tradicional sar disso,
sar disso, fazem
fazem uma clara diferença
uma clara diferença tãos éé aquele
tãos que dirige
aquele que dirige asas pergun¬
pergun¬
parágrafos
parágrafos de seu documento nos nos dá havia
havia incutido na na consciência dos cris¬
uma idéia de seu posicionamento:
entre o
entre o Reino
Reino de Deus ee as
de Deus as etapas
etapas tas novas
tas tradição bíblica
novas àà tradição bíblica no no meio
meio
posicionamento: tãos do continente. EstesEstes novos
novos mo¬mo¬ relacionadas
relacionadas com êxitos humanos
com êxitos humanos na na do processo que
do processo vai transbordando
que vai transbordando
"Para
“Para a revolução latino-america¬ vimentos sacerdotais são caracteriza-
na existe uma única estratégia revo¬
direção da
direção realização do
da realização Reino. Este
do Reino. Este dos esquemas da
dos esquemas doutrina social
da doutrina social da
da
revo¬ dos pela
pela teologia como uma reflexão
como uma reflexão éé visto
visto sempre
sempre comocomo aa esperança
esperança Igreja.
Igreja.
lucionária que enfrenta a estratégia sobre a prática
prática histórica
histórica de liberta¬ absoluta que conduz as realizações Essas perguntas são dirigidas
dirigidas àsàs
contra-revolucionária do imperialismo, ção, pelo acompanhamento do povo parciais. teologias dominantes no mundo teo¬
a OEA, o Pentágono, os gorilas e os em seus protestos, e ainda pelo tra¬ lógico. A mais fundamental delas é
Estas opções pressupõem uma
governos títeres servidores da estra¬
tégia ianque. Denunciam-se as estra¬
balho de base
organização.
— conscientização e concepção científica de mundo, que a que pergunta pela relação entre a
não só postula que a solução para salvação e o processo histórico de li¬
tégicas pseudo-revolucionárias dos Entre os mais conhecidos se en¬ bertação. Esta questão abre a temá¬
[ os problemas humanos está na his¬
partidos comunistas que participam contram o Movimento dos Curas de tica sobre fé e realidade social, fé e
tória, como também afirma que toda
das diretivas de Moscou e fazem o Golconda, na Colômbia; Os Sacerdo¬ ação política, Reino de Deus e cons¬
a verdade sobre o mundo se depreen¬
jogo da ‘coexistência pacífica’ e de tes do Terceiro Mundo, na Argenti¬ trução do mundo, ou como se diz nos
de dele mesmo, e que não existem
uma luta estéril pelas “liberdades pú¬ na; o Movimento ISAL, na Bolívia; o círculos protestantes: a questão da
verdades preestabelecidas, porque
blicas’, que são sistematicamente con- ONIS, no Peru; Os Sacerdotes para Igreja e sociedade ou Cristo e cul¬
aquilo que é, o é em processo e re¬
culcadas pelos governos. Denunciam- o Povo, no México; o Movimento Pa¬ tura, A resposta a esta pergunta cons¬
sulta da dialética da própria histó¬
-se também uma pretensa linha ‘re¬ cifista de Dom Hélder Câmara, no titui o núcleo da Teologia da Liber¬
ria; a verdade está sempre por se
volucionária cristã’, que tem em Frei Brasil; a Igreja Nova e O Movimen¬ fazer. No caso da história da socie¬ tação.
e sua fracassada experiência, seu ex¬ to dos Oitenta, no Chile, que logo se As críticas latino-americanas às
dade, a "verdadeira” sociedade teria
poente máximo e que se reflete nas chamou Secretariado Nacional de teologias européias partem também
que construí-la; não se pode alegar a
atividades ‘progressistas’ e ‘desen- Cristãos para o Socialismo, em 1972 33. desta questão fundamental.
preexistência de um modelo de socie¬
volvimentistas’ do CELAM". (Os Ca- dade independente da própria histó¬ No renomado livro Religião: ópio
milistas da América Latina). ou Instrumento de Libertação, Alves
ria onde se constrói. A eterna espe¬
Diante dessa avalancha de aconte¬ 4. O caráter da crise européia e norte- rança e a certeza radical do homem rejeita a linguagem da teologia euro-
cimentos- que ameaçava a segurança -americana na América Latina, que no que diz respeito a um mundo de péia progressista para tentar a busca
das classes dirigentes na América La¬ levará ao rompimento final com a fraternidade, paz e justiça, tem que de uma linguagem teológica que afaste
tina, como nunca ocorrera antes na linguagem e com a ideologia, em encontrar seu caminho concreto na as concepções greco-romanas de uma
história de um passado recente, e que se expressavam essas teologias. dinâmica das contradições objetivas história sem futuro, fechada em pre¬
diante da possibilidade concreta da da história, e não fora dela. determinações "espiritualistas”, para
metodologia de guerrilha como veí¬ Os cristãos revolucionários que Essa perspectiva secular opõe-se à tentar uma linguagem que acolha a
culo da década para a expressão des¬ conseguem criar uma consciência do concepção bíblica de uma história na
ta rebeldia clerical, o Vaticano se
teologia tradicional, e também às teo¬
caráter histórico, económico e polí¬ logias pós-conciliares reformistas que qual Deus atua, se revela e acompa¬
convence de que é responsabilidade tico das causas da opressão e da ex¬ postulam uma salvação fora da histó¬ nha o homem na construção do Rei-
sua vir à América Latina para pôr ploração na América Latina, e parti¬ no34.
ria e depois da morte, ou que insis¬
í| uma barragem nessa força transbor- cipam da dura práxis de busca de Com relação aos escritos menos
tem em impor à dialética da história
dante. Ante tamanha grandeza, seus soluções eficientes, acabam por afas¬ uns esquemas preexistentes de ori¬ apropriados da "teologia da revolu¬
três discursos foram dirigidos contra tar as distinções metafísicas e aprio- ção” européia, os teólogos latino-ame¬
gem metafísica. Eis aqui a raiz da
a revolução e contra o uso da violên- rísticas sobre o homem, a sociedade crise teórica e ideológica da qual ricanos dizem que estes escritos pre¬
cia revolucionária. e a propriedade privada dos meios tendem definir o que deve ser a re¬
surge a Teologia da Libertação.
Com o fracasso da guerrilha e o de produção. Redescobrem o caráter O núcleo central dessa crise ideo¬ volução a partir de categorias teoló¬
afastamento da teoria do foco guer- libertador e a opção pelos pobres lógica, portanto, no meu entender, se gicas, que buscam uma permissão teo-
PP

’’ lógica para a participação do homem fere. Seu humanismo foi e é huma¬


continente as reuniões, simpósios, o era em virtude de ser imutável e
na revolução, e que pretendem tirar nismo de pensamento, mental, esteti¬ conferências, folhetos, artigos mimeo- correlativo ao existente, mas corres¬
da própria teologia um instrumento cista. E seu "homem”, um ser abs¬ grafados, boletins, periódicos e livros ponde à concepção hebraica de uma
de análise para uma ideologia da re¬ trato, uma essência platónica válida
sobre a Teologia da Libertação, dan¬ história com futuro aberto. Nesta, o
volução, uma estratégia e até mesmo “semper et pro semper”; não a hu¬ do testemunho do processo no qual ser está em processo dê construção,
uma tática. Os teólogos latino-ameri¬ manidade de carne e osso, de sangue, a Teologia da Libertação substitui a e como tal é responsabilidade do ho-
I canos afirmam que eles não elabo¬ lágrimas, escravidão e humilhação, de teologia européia do sócio-cristianis¬ mem que vive essa história. Portanto,
ram uma teoria da revolução a par¬ cárcere, fomes e sofrimentos indizí¬ mo3?. a vida religiosa nesta história não é
tir da teologia35. A Teologia da Li¬ veis” 37.
vida de contemplação ou de interpre¬
| bertação tende a respeitar a autono¬ O problema teológico de fundo, co¬
tação das essências originais» mas,
mia da própria teoria da revolução mo definem estes teólogos latino-ame¬
5. Estrutura da Teologia da Libertação sim, de transformação do presente
que surge da análise sócio-econômica ricanos, é o seguinte: a relação exis¬ para a criação futura dessa essência
científica para a qual a teologia ad¬ tente entre a libertação real, pela produzida pelos cristãos revolucio¬
nários para guiar a prática de sua que vai se desenvolver.
mite não possuir os instrumentos qual clama e luta o continente, e o
científicos. conceito bíblico, teológico de salva¬ fé no processo político da socieda¬
Enrique Dussel, criador, historia¬ ção. Ou como expressa o padre Javier de latino-americana. 2. 0 Deus da religião bíblica não
dor e teólogo argentino, assinala que Alonso Hernández, do grupo sacer¬ é o Deus da ontologia greco-romana,
os europeus partem de um universo dotal ONIS no Peru: A resposta dos teólogos latino- mas aquele que se manifesta na his¬
“ecuménico” definido a partir dos “Tem a Igreja algo a dizer em um -americanos é que a salvação na re¬ tória nos atos de libertação, isto é,
países dominantes do "centro" do processo de libertação? 0 núcleo da ligião bíblica se trata de uma salva¬ a força que clama por justiça e que
sistema capitalista, sem levar em con¬ questão está aqui. Se a salvação, a ção que ocorre na única história que somente pode ser conhecida por aque¬
ta as sociedades “dependentes”, nem salvação da alma, é algo para a ou¬ existe, e não no “mais além" da teo¬ le que faz justiça ao homem.
a relação existente entre "centro" e tra vida, é lógico e evidente que a logia de influência platónica; a sal¬
“periferia”, que constitui a globalida¬ vação é um processo histórico que 3. A fé de Israel, como atitude de
de da qual é necessário partir para
Igreja não tem nada a ver com um
processo de libertação do oprimido, 11 se dá na "única história” que existe, esperança e compromisso pcrmanen-
uma reflexão crítica36. do alienado; o melhor que tem a fa¬ a história real, material e objetiva te diante da história da libertação, foi
: Na mesma linha de pensamento, zer é, simplesmente, dizer-lhes que na qual o homem produz sua vida estruturada em torno do aconteci-
porém radicalizando a crítica à lin¬ sejam felizes porque Jesus ama os material e espiritual mediante sua mento da libertação sócio-política dos
I guagem teológica européia, encontra¬ organização económica, social, políti- hebreus, quando conseguiram vencer
:i íí pobres” 38. m
mos Porfirio Miranda, o jesuíta me¬ ca e ideológica40. seus exploradores no Egito.
I Daqui concluiremos que o que lan¬
xicano. Sua crítica não se dirige a ne¬ çará a América Latina na busca de Os teólogos da libertação funda¬
nhuma teologia particular, mas à base mentam sua resposta no redescobri-
da linguagem teológica e de cultura
uma teologia radicalmente nova — e
mento do caráter histórico e mate-
4. A salvação, no pensamento bí¬
este é meu principal argumento — blico, está articulada no sentido his¬
que a sustenta como explicação ou será sua concepção de história. Disto rialista da fé bíblica, cujo pensamen¬
| tórico de libertaçãoÿ de tudo aquilo
o discurso ideológico a partir da pers- to se encontra em contradição com
deduzimos todas as diferenças entre que impeça a realização da justiça,
;tl pectiva das classes dominantes do o pensamento ontológico grego e he-
os teólogos europeus e norte-america¬ como condição necessária para o de¬
i ocidente. Como tal, a própria ontolo¬ nos, e os latino-americanos. A afirma¬
geliano de caráter idealista, que ser¬
senvolvimento do homem novo do
gia dessa linguagem torna impossível ção da história real como "única his¬
vira para articular a teologia cristã
Reino de Deus. Esse reino tem, bi¬
a incorporação da problemática da tória” e como única esfera da realida¬ desde o tempo dos teólogos gregos. blicamente, um caráter revolucioná¬
justiça social e da reconstrução radi¬ Constatamos que os teólogos la¬
de reconhecida pela Bíblia levará a rio por sua origem e definição: é um
cal do mundo nessa estrutura de pen¬ teologia a caminhos nunca previstos tino-americanos da libertação funda¬
Reino para os pobres, os marginali¬
samento. mentam sua reflexão teológica sobre
por ninguém, e criará a possibilidade zados e explorados, e não tolera ne¬
"O problema é mais profundo. No uma fé bíblica que se pode expres¬
de um movimento ideológico capaz de nhuma ordem social que permita a
sistema teológico-filosófico do ocidente acompanhar e de justificar ideologi¬ I sar hermeneuticamente nas seguin¬
tes afirmações sobre o problema da
relação ricos/pobres.
I (e sem esquecer as diversas varieda¬ camente o modo de produção socia¬
des) o problema social é novo. .. De¬ fé e o mundo:
lista, da mesma forma que a teolo¬ 5. Este Reino, que será estabele¬
I rivada de Platão e de Aristóteles, a cul¬ gia medieval acompanhou o feudalis¬ cido na terra, não é uma realidade
tura ocidental — cujo epicentro gerador mo, e da mesma maneira que a teo¬
1. A concepção bíblica da história
foi e continua sendo a teologia-filoso¬ não corresponde à concepção cíclica preexistente que se revela no céu,
logia protestante acompanhou o ca¬ mas uma realidade que tanto os pro¬
dos gregos, onde tudo era determi¬
fia “cristã" — resultou, inevitavel¬
mente, aristocrática, privilegiada, in¬
pitalismo liberal.
nado pela essência original das coi¬ fetas como Jesus viam fluindo dos
Uma vez realizado o Congresso de acontecimentos históricos de Israel,
capaz de perceber uma realidade que sas que preexistiam no mundo das
Medellin, multiplicam-se por todo o í:
idéias, e para quem o que era, o ser, e projetando-se no futuro como uto-
F
pia final
——guia para a existência
hebraico-cristã na história.
6. O pecado, biblicamente, nãonão é
política eficaz para
para se conseguir
conseguir a li¬
bertação e estabelecer a justiça para
para
os pobres, os oprimidos e os explora¬
dos. Como consequência dessas afir¬
história humana
lução que a história

eliminação da luta de classes.


mostra
humana mostra
para a
única estratégia visível para
como única
dições materiais que determinam o
dições
possível em determinado momento.
possível
g) Restitui
momento.
Restitui a compreensão da fé
à sua origem bíblica, oftde possui o
ii
um mal
mal metafísico, fruto de uma for¬
ça que vem de fora da história, mas,
posso postular que a Teologia
mações posso
da Libertação se caracteriza pelos se¬
relação efetiva entre
e) Mostra a relação
bíblica de salvação e a
a mensagem bíblica
libertação histórico-política que a Amé¬
ZSLI
sentido de esperança ràSicãl a'& trans¬
formação da terra mediante a justi¬
sim, a corporificação da injustiça pro¬ guintes traços:
. j'!: veniente das decisões egoístas do ho¬ Latina necessita
rica Latina Desta for¬
necessita hoje. Desta ça, e de compromisso ,-pjgáticQ
prático > com
mem, nas estruturas económicas e a) Reestrutura a reflexão teológi¬ ma incorpora a história
ma história latino-ame¬ essa esperança, recuperando
recuperando desta
fel j sócio-políticas que configuram a vida ca de tal maneira que abandona a ricana como continuidade da história
ricana maneira a dimensão política da fé.
Ii-j humana. cosmovisão de raízes platónicas e bíblica, desespiritualiza a história real
bíblica, Distingue entre fé é-
h) Distingue
h) e Idl
ideologia
1
i opta pela cosmovisão materialista e contida nana Bíblia e a apresenta como um
religião) e desencadeia um
(ou fé e religião)
'll
7 . A fé, como tal, não é "crença”
7. ''crença” histórica da tradição bíblica dos he¬ história de libertação económica, só- só¬
processo de desmascaramento ,dos
processo ,4jM
em umum sistema de idéias reveladas breus, o que torna possível incorpo¬
breus, cio-política e espiritual.
jl:


do além — como se fosse uma epis-
temologia idealista defeituosa
a atitude de esperança do compro¬

mas,
rar a compreensão científica da his¬
rar
tória e da sociedade à sua reflexão
his¬
reflexão
teológica. Em outras palavras, sub¬
f) Aceita o fato da secularização
(dessacralização) da ordem sócio-po¬
à visão
visão de mundo,
pertencem
elementos ideológicos que pertencem
mundo, aos valores e l(l- in*
teresses das classes dominantes e ex*ex¬
lítica e o considera um produto da ploradoras, que foram "sacralizados"
misso com o Reino de Deus na his¬ mete à crítica final o dualismo céu- 1
ação política do homem, e este, por para legitimar a exploração e opres-
tória. A fé, vista assim, implica uma -terra da teologia tradicional, e afir¬
sua vez, é visto como resultado da são, e que se encontram contidos rife*
práxis de libertação histórica e polí¬ ma esta história terrena como a úni¬ quilo que se faz passar por “especi-
: luta de classes que existiu na histó¬
tica. ca história existente. ficamente cristão”'. Finalmente, toma
ria entre justos e injustos. Por isto,
II 8. A fé não é epistemologia nem b) Define a salvação como um entende que a ordem da vida social
não está predeterminada em nenhu¬
a decisão de incorporar como sua a
ideologia da classe dos trabalhadores
ideologia. Não contém, em si, o ins¬ processo de libertação que se dá na
ma essência e deve ser construída e revolucionários e seus aliados, que
I trumento para a análise da situação
sócio-económica concreta, nem a es¬
tratégia política, nem o projeto só¬
única história que existe, para o qual
é essencial a libertação económica,
social e política, como infra-estrutura
imaginada racionalmente pelo próprio
homem, levando-se em conta as con-
representam hoje os pobres e os opri-
midos 41.
cio-económico para a construção de para a erradicação do pecado do ho¬
í. um reino histórico de justiça, para mem e para a criação do homem
o que tem que adotar o instrumen¬ novo. i Seguindo historiadores cristãos co- própria Palestina; 2) foi precisamente
I tal científico que possa desmascarar mo Harnaclc e Lietzmann, o erudito dos para esta porção helenizada do povo
a realidade, produzir uma estratégia c) Rompe com a interpretação es- estudos greco-romanos, Warner Jaeger, judeu que se dirigiram os missionários
il e um projeto histórico concreto que sencialista do pecado que inibe a ca¬ diz: "O processo de cristianização do cristãos”. Ib.
mundo de língua grega dentro do Im¬ O historiador alemão Albert Milge-
r esteja em harmonia com os interesses
dos pobres do Reino de Deus.
pacidade e a possibilidade de cons¬
trução de um Reino de justiça e paz
pério Romano não foi de nenhum modo
unilateral; significou, por sua vez, a
helenização do cristianismo. . . Com o
lert assinala que, "contrariamente aó
Islamismo, que conseguiu desenvolver
um estilo de vida em torno de sua lei
íi
IN 9. A verdade da fé não é aquilo
na terra. Postula uma concepção his¬
tórica desse Reino de Deus, no qual uso do grego, penetra no pensamento sagrada, o Cristianismo, no curto perío¬
do de uma geração entre a morte dé
se mantém a relação de continuidade cristão todo um mundo de conceitos,
que se ajusta com o que é metafi- categorias intelectuais, metáforas herda¬ Cristo e o Concílio de Jerusalém, não
entre o processo de sua construção e das e sutis conotações". teve tempo para desenvolver um siste¬
sicamente, segundo a definição do de sua plenitude escatológiea. Em ma de vida e pensamentos próprios . . .
ií JAEGER, Werner, Cristianismo Primitivo
preexistente e do imutável, revelado y Paideia Griega, pp. 13,14. Jaeger con¬ 0 Cristianismo teve que abrir caminhos,
J; l a partir do mundo das idéias ou do
consequência, afirma que a ação po¬
firma em seus estudos que este pro¬ desde o princípio, em forma de tradu¬
f espírito metafísico, mas, sim, aquilo
lítica do homem é essencial para a cesso de penetração ideológica das idéias ção”.
I que se faz com eficácia e amor para
construção desse Reino. da classe dominante do Império, come¬ Outros eruditos bíblicos chamam a
ça nas colónias de Roma, mesmo antes atenção para este processo desde a li¬
a libertação do homem e para a cons¬ d) Contém uma concepção sobre de se exercerem pressões diretas sobre teratura apocalíptica dos últimos textos
trução do Reino e do homem novo. o Reino de Deus que leva a sério a a Igreja para que ela se acomodasse às do Antigo Testamento, escritos no pe¬
! exigências do Estado Constantiniano. ríodo helenístico. Este processo se acen¬
existência da luta de classes e sua tua com os teólogos alexandrinos e com
10. A moral hebraico-cristã da Bí¬ Diz Jaeger: “A explicação óbvia para a
causa real: a propriedade privada dos rápida assimilação do ambiente, que as os Padres da Igreja, e chegará a ter
!: blia não corresponde às normas reve¬ meios de produção; leva em conta primeiras gerações cristãs efetuaram é, momentos profundos com Santo Agos¬
ladas a partir do mundo metafísico a inevitabilidade da decisão em favor desde logo: 1) o cristianismo era um tinho e Santo Tomás.
dos princípios eternos e universais/ da classe dos pobres, oprimidos e ex¬ movimento judaico, e os judeus já es¬ A cosmovisão histórica e materialis¬
tavam helenizados nos tempos de São ta com a qual Jesus e a Igreja' primi¬
I mas é aquela que se depreende das plorados, onde se dá o conflito no tiva interpretam a realidade e enten¬
Paulo, não somente os da diáspora, co¬
necessidades concretas de uma ação concreto da história; e opta pela so¬ mo também, e em grande parte, os da dem a sua fé, é transformada graças
m
íl
-
in
ee metafísica
da cosmovisão
àà influência da cosmovisâo essencialista
metafísica greco-romana, mediante es- es¬
n
ii Pio XI, Divini Redemptoris, op. cit.,
Redemptoris, op.cit.,

tino-americanos — não não escapa desta crí¬
desta crí- ca dizer que os
ca dizer
que se
operário» Já
os operário»
contentar com D
se contentar B coruilçtu
uoniiiç
iàl
flá Hm
já HlO
RA
I)
: se processo de “tradução" da linguagem
se
877.
p. 877.
12 Para uma
12 uma relação incidentes
relação dos incidentes
tica.
tica. Veja-se:
Veja-se:
lismo; KADT, E,
lismo;
MOURNIER, E,
E., El
El! Persona¬
Persona-
Radicals in
E., Catholic Radicals
" in
que
qual se
qual encontram, c
se encontram, quo náo
e que ftlo é BOF w!
da filosofia dos "gentios".
ee da “gentios”. Daí, as sé¬
as sé- concretos implicados neste processo, na
implicados neste desígnio da
desígnio da providência
providência que elo» OltftÕ
que ele» •

———
concretos na Brazil.
rias consequências
consequências sobre a a ética e a
a po¬
po- América Latina, especialmente
especialmente na Co¬
na Co- nestas condições. Daqui
nestas condições. pura IVftUdi
Daqui pura Irente, 0 0 a
o conhecido diretor
último éé o
lítica da Igreja
nossos dias.
Igreja que sofremos até os
Vejam-se, entre
lômbia, Chile, Brasil e
jam-se os
Historia de
Argentina, ve-
e Argentina,
seguintes : DUSSEL, Enrique,
os seguintes:
de la Iglesia
lglesia en
ve¬
do
Este último
17 Este
li
do FERES, no
nacional dos dos Institutos
Inter¬
no Chile (Federação Inter¬
de Investigações
Institutos de Investigações
pensamento
pensamento da
blemática
blemática de
em seu
em
Igreja lutará
da Igreja
de incorporar
seu esquema de
lutará com
"ordem",
de “ordem".

com 0 prOj
pl*u*
"mudllltyft”
incorporar aa "mudençe"
outros, alguns dos
entre outros, América Lati¬
en América Lati- dirigia
Sociais), que dirigia
Sócio-religiosas e Sociais),
eruditos e investigadores da cultura ju¬ PP- 149-291; MUTCHLER,
na, pp. MUTCHLER, David,
David, ThThee eleição João XXIII dedica
João XXIII grande purls
dedica grande purto (Jo
tU
ju-
Church desde ali ali aa campanha parapara aa eleição encíclica ao tema do
do fundamenta
fundamento moral
i daico-cristã, helenística ee dos textos
textos bí¬
bí- Church as a Political
as Political Factor in in Latin
Latin intenção de
Frei, com a intenção
de Frei, derrotar
de derrotar encíclica tema
autoridade derivaderiva detlú
blicos: WRIGHT, G. E., The God Who America; ROSALES, Juan, Los Cristianos, de se imputa, em vᬠda “Toda autoridade
ordem. “Toda
da ordem.
Los Alíende, e aa quem se
Allende, imputa, em mas não
diz, mas
Deus”, diz, não os governos OMim»
os governos o»n<9*
Acts; SNAITH, J. J., The Distinctive Ideas
J. J„ Los Marxistas yy la la Revolution;
Revolución; KADT, E, E., o uso de dinheiro da da
Old Testament; ROWLEY, H.
the Old H. H., The Catholic Radicals
Radicals in in Brazil.
rias publicações,
rias publicações, o uso de
as a a cíficos. (Por
cíficos. esta época a
(Por esta ordem nu
a ordem nu Ve¬
Old Testament and 13 MARITAIN, Jacques, Humanismo In¬ CIA. Ver Ver MUTCHLER, The Church as nezuela, Guatemala, Colômbia ee Peru
Guatemala, Colômbia está
Peru eslá
Old and Modern
Modem Studies; 13 In- Political Factor in Latin-America.
Latin-America. Atual¬
KUMMEL, Werner Georg, The New Testa¬ tegral.
tegral. Factor sendo ameaçada pelo desen¬
seriamente ameaçada
sendo seriamente desen¬
r
If; New Testa- mente dirige a
mente dirige campanha contra
a campanha Teo¬
contra a Teo¬
volvimento das Aponta co-
guerrilhas). Aponta
das guerrilhas). co¬
•| .1
ment : The History of the Investigation
ment: 14
14 Em 1956, nascem
nascem os Partidos
Partidos De¬ volvimento
of its Problems; SKEMP, J. B., The De- logia da Libertação.
logia da Libertação. mo dos tempos” aa libertação
sinal dos
mo ““sinal libertação da da
0/ and the
the Gospel; GRANT, Frederick,
mocrata-Cristãos
mocrata-Cristãos do do Peru e Guate¬
e da Guate- 18 GUTIéRREZ, Gustavo,
is GUTIéRREZ, Teologia de
Gustavo, Teologia de la
la mulher,
mulher, dos operários ee das
dos operários co¬
antigas co¬
das antigas
Greeks and mala. Entre 19541954 ee 1956, oo padre Louis Vejam-
Roman Telenism and the New Testa¬
New Testa- Lebret realiza estudos sobre o desenvol¬ Liberación: Perspectivas, p. 84. Vejam- lónias. Da
lónias. Da mesma forma, enfatiza a
mesma forma, in¬
a in¬
realiza estudos -se também os seguintes : ASSMANN, Hu¬ validez das leis e preceitos injustos, os
ment; DODDS, E. R., Pagan and Christian vimento da Colômbia. Em 1958, o PDC
in an Age of Anxiety, From Marcus Au¬ do Chile vai às suas primeiras eleições, go, Opresión-Liberación: Desafio a los quais se convertem em atos de violên¬
relius to Constantine; HARNACK, A., The Cristianos, p. 127; GERA L. e MELGAREJO, cia, e aos quais não há que obedecer.
Rafael Calderas, candidato pelo COPEI Rodriguez, "Apuntes para una Interpre-
Mission and Expansion of Christianity; na Venezuela, compete com Betancourt 22 Ib., p. 42.
DEWART, The Future of Belief. e fica em terceiro lugar; ganha as elei¬ tación de la lglesia Argentina”, Víspera 23 Veja-se o capítulo 4 da Gaudium
Vejam-se nas seguintes publicações, 4 (1970) n. 15, p. 59-88; VILLELA, Hugo,
ções de 1968. Em 1959, se organiza a Ju¬
“Los Cristianos y la Revolución; Posibi- et Spes, Vaticano 11, Documentos, pp.
a consciência radical que têm, deste pro¬ ventude Democrata Cristã em Lima, 227-233.
blema, latino-americano: ALVES, Rubem, se reúne o CELAM em Fomeque, onde lidad de una Praxis Revolucionaria?”,
Religion: Opio o Instrumento de Libe- se estuda a “infiltração comunista” e se Cuadernos de la Realidad Nacional, pp. 24 Ib., p. 269.
ración; GUTIéRREZ, Gustavo, Teologia de proclama a "obrigatoriedade" da doutri¬ 2944, reproduzido no México pelo Cen¬ 25 Ib., p. 270.
la Liberación; SEGUNDO, Juan Luis, De na social cristã para todo católico la¬ tro Crítico Universitário; AGUIAR, César, 26 Ib., p. 271-272.
la Sociedad a la Teologia; ASSMANN, tino-americano; em 1960, nascem as De¬ "Los Cristianos y el Proceso de Libera¬ 27 Ib., p. 272-273. Veja-se a firmeza da
Hugo, Hacia un Cristianismo Dialético; mocracias Cristãs de El Salvador, Pa¬ ción de América Latina: Problemas y expressão do papa Paulo VI em sua en¬
ZEVALLOS, Noé, Contemplación y Política; Perguntas”, América Latina, Mobiliza-
raguai e Panamá. Um ano mais tarde
ción Popular y Fe Cristiana, pp. 52-62; cíclica Populorum Progressio um ano
BONINO, Miguez, "Nuevas Perspectivas se organiza o Partido Revolucionário mais tarde, quando diz: “O bem comum
Telógicas"; GUTIéRREZ, G., Salvación y ROSALES, Juan, Los Cristianos, los Mar¬
Social Cristão da República Dominica¬
xistas y la Revolución. exige, pois, a expropriação, sim, pelo
P Construcción del Mundo; COMBLIN, José, na. Desde 62 se ativa Vekemans a par¬ fato de sua extensão, de sua explora¬
'
La Redención de la Historia, Incertidum- 49 GONZãLEZ, Justo, “El Cristiano en
tir do Centro Bellarmino no Chile, e ção deficiente ou nula, da miséria que
bre y Esperanza; SCANNONE, Juan Car¬ em 1964 triunfa a “revolução em liber¬ la Historia”, série de conferências na dela resulta para a população, dos da¬
!'i! los, “Transcendência, Praxis Liberadora y dade" de Frei. Nesse mesmo ano, os Universidade de Princeton, publicadas nos consideráveis produzidos nos inte¬
Lenguaje: Hacia una Filosofia de la Reli¬ militares tomam o poder no Brasil, e a no Boletim do Seminário Evangélico de resses do país, algumas possessões ser¬
gion Post Moderna y Latinoamericanamen- esquerda cristã completa o processo bra¬ Porto Rico en El Boletín, ano 34, n. 2, vem de obstáculo à prosperidade coleti¬
te Situada”, en Panorama de la Teo¬ sileiro de radicalização, ocorrendo um p. 2. va”... "O Concílio recordou também,
logia Latinoamericana; PUNTEL, "Dios en processo semelhante em toda a América 20 Cf. METZ, Johann Baptist, Glaube não menos claramente, que a renda dis¬
la Teologia Hoy", Perspectivas de DiᬠLatina, que se dramatiza com a incor¬ in Geschichte und Gesellschaft, Mainz, ponível não é algo que fique abando¬
! logo; DUSSEL, Enrique, "Teologia, His¬ poração do MAPU e da Esquerda Cris¬ 1977 (trad, bras.: Fé em história e so¬ nada ao livre capricho dos homens; e
toria de la Liberación y Pastoral”, en tã à Unidade Popular de Allende, no ciedade, Edições Paulinas, S. Paulo, que as especulações egoístas devem ser
1 Caminos de Liberación Latinoamericana; Chile. 1981). eliminadas”. (Documentos Pontifícios,
Id., Historia de la lglesia Latinoameri¬ 15 MARITAIN, Jacques, Humanismo In¬ 21 Mesmo quando nela se pensa em p. 15).
cana, pp. 24, 25. tegral, p. 202. Veja-se de CALDERAS, Ra¬ termos da categoria da “ordem estabe¬ 28 Assim como no Cristianismo há
2 LEãO XIII, Quod Apostoloci
Muneris fael, Ideário de la Democracia Cristiana lecida por Deus”, esta ordem se define uma revolução "teológica”, no Marxis¬
Doctrina Pontifícia, Documentos Socia- en América Latina e de PLA, Américo, agora em termos dos direitos humanos. mo também há uma revolução em
les, Vol. III, pp. 177-192. Los Princípios de la Democracia Cris¬ A definição da ordem é determinada sua maneira de pensar. À morte de Stá-
3 Pio IX, Nostis Et Nobiscum, opcit., tiana. pelos direitos universais e inalienáveis lin, o ditador soviético, sucederiam os
pp. 135-136 (ênfase minha). 16 Mesmo quando Emmanuel Moun- do homem da sociedade contemporânea. questionamentos de sua rígida e meca-
4 Pio X, Fin Dalla Prima
Nostra En¬ ier, o personalista francês, afasta a me- Coloca em primeiro lugar os direitos nicista interpretação do marxismo, que
cíclica, op.cit., p. 464. diação concreta da nova cristandade por materiais: direito “à existência, à inte¬ reduz a ciência marxista a uma dou¬
5 Pio XI, Quadragésimo Anno,
op. cit., meio dos partidos políticos da Demo¬ gridade física, aos meios indispensáveis trina dogmática de classe, interpretada
p. 763. e administrada repressivamente pelo
6 Quadragésimo Anno, op. cit., pp. 744
cracia Cristã — qualifica-os de "tumor e suficientes para um nível de vida
digno, especialmente no que se refere Partido e por sua pessoa. O critério de
nesse corpo enfermo da cristandade"
chama os cristãos a uma colaboração — à alimentação, ao vestuário, à habita¬ verdade veio a ser a aprovação do Par¬
7 Ib., p. 745.
com o socialismo francês e elabora o ção, ao repouso, à assistência médica, tido a um socialismo de Estado, onde
8 Ib., p. 733. a "ditadura do proletariado" havia sido
9 Ib, p. 748. socialismo personalista — fato que teve
muita influência na etapa da radicaliza¬
aos serviços sociais necessários”. (João
XXIII, Pacem in Terris, Actas e Do¬ suplantada pelo "ditadura da burocra¬
io Ib, p. 738. cumentos Pontifícios, p. 5). Isto impli- cia estatal".
ção de alguns movimentos católicos la-
m
FJ
Mi
* No XX Congresso do Partido Comu-
No foi
nista, XX rechaçado
Congresso do Partido Comu¬
oficialmente este
conhecimento
conhecimento
socialismo
do caráter humanista do
do caráter humanista do Marxismo yy cristianismo
Marxismo cristianismo frentefrente alal hom¬
hom¬ fato de
fato de estas corporações estrangeiras
estas
nista, foi
desvio (querechaçado
já havia oficialmente
se
_
tornado parteeste socialismo marxista
marxista ee o reconhecimen-
o teórica
reconhecimen¬ bre
bre nuevo
nuevo (versão do teólogo espanhol);
teólogo espanhol); virem
virem a
a usufruir das vantagens dos bai¬
usufruir

——-
desvio (que já havia
da cultura política da URSS), se tornado separte to de uma nova posição
to de uma nova posição teórica de (versão do
da culturanovamente
política da URSS),, eecdese ge-
ge- Cristianismo que desejou o idealismo de umum GOLLWITZER, Critica marxista
Helmut, Critica
GOLLWITZER, Helmut, marxista de de xos custos de
xos custos consumo de energia (ele¬
de consumo
neralizou a discussão Cristianismo eque desejou o idealismo (análise do teólogo alemão,
do teólogo
neralizou
infinidadenovamente
de temas que a discussão de uma
uma essencialista que começa a expressar- la religion
la religion (análise alemão, tricidade
tricidade ee petróleo “nacional”) e das
petróleo "nacional")
b infinidade de temas a ditadura
que a ditadura sta- sta- essencialista
-se numa linguageme que começa a expressar- especialista
especialista em marxismo);
em marxismo); MARCUSE eeMARCUSE proteções do
proteções mercado interno delinea¬
do mercado
linista havia encerrado. -se numa linguagem historicizada; o religión (fundamen¬
encerrado. Entre outros, Marxismo
Marxismo yy religion
historicizada; o das
das décadas para fomentar e pro¬
antes para pro¬
Entre eles, décadas antes
í o acordo de outros, (fundamen¬

— _______
linista dahavia
tema religião. eles, o acordo que
que na verdade não existe
tema da religião.
ac<
nenhum de
impedimentona verdade
teológiconão existe talmente
talmente as conferências do
as conferências do discurso
discurso teger a
teger indústria nacional.
a indústria nacional. Com a tec¬
Surge um vigoroso neo-marxismo nos nenhum impedimento teológico ou dou¬ ou dou- auspiciado de Reli¬
auspiciado pelo Departamento de
pelo Departamento nologia
nologia estrangeira
estrangeira transfere-se aa aten¬

__
_ ___
trinai inerente Reli¬
Surge
países doum vigoroso
leste europeu neo-marxismo
e na Europa nos trinal inerente ààcom
contradição
fé cristã
fé cristã
o
que
que aa ponha
ponha gião da
gião Universidade de
da Universidade de Temple,
Temple, em em ção da
ção da educação
educação técnica ee profissional
profissional
países
Ocidental,do que europeu
lesteaplica
a e na Europa
Eu; em contradição com o socialismo
socialismo como
como 1969). para literatura e universidade
para aa literatura universidade estran¬
Ocidental,
das que aplica dialética
a dialética ao es- taL
tal, exceto_ a posição
a posição política
política dos
1969).
tudo sociais ao es- priosexceto í™- geiras, postergando-se
geiras, postergando-se assim aa nacional,
tudo dasa novas
<
práticas e in- cristãos; o assinalamento dos
do
pró¬ 29
La Iglesia
29 La en la
Iglesia en la actual
actual transfor-
transfor- nacional,
corpora novas as
realidade práticas sociais e in- prios cristãos; o assinalamento do "ca¬ca- com isto
ee com postergam-se as
isto postergam-se as definições
definições
à teoria e a modi- rater rebelde do mación de
mación América Latina a la
de América la luz
luz del
del
corpora
fica a real;
segundo
ticanova
a idade à teoria
realidade a „
e a mí¬
verifique.
segundo a realidade a verifique. Es¬
modi-
Es-
ráter rebelde”
inerente a ele, do
“inerente" a oo que
cristianismo
cristianismo
que naonão oo torna
como
comone¬ Concilio Vaticano
Concilio Vaticano II, p. Latinaÿa
II, p. 72. de soluções técnicas
problemas ee soluções
de problemas técnicas para
para
ta
ta nova atitude
atitude
será fundamental neste
será fundamental cessariamenteele, revolucionário, torna
aa menos
ne¬ 30 Em
30
década de
síntese, aa; década
Em síntese, de sessenta
sessenta
o "desenvolvimento nacional”.
o “desenvolvimento nacional”.
diálogo. Sem dúvida, neste cessariamente revolucionário, menos
diálogo. Sem
por acontecimentos
será precipitado
dúvida,concretos,
será precipitado que ,n.ao
Q}16 incorpore uma teoria
não incorpore uma teoria revolu¬ revolu- se caracteriza
se pelos seguintes
caracteriza pelos seguintes processos:
processos: 5.
5. AA desnacionalização
desnacionalização dos dos Exércitos.
Exércitos.
como cionaria; o redescobrimento
por acontecimentos
publicação concretos, como aa cionária;queodos redescobrimento da cbntri-
1. Estagnação
1. económica. O
Estagnação económica. O cresci¬
Este começou com
processo começou
Este processo Ata de
com aa Ata de
publicação dos Manuscritos Filosóficos buiçao cristãos podem da dar cbntri-
for- cresci- Chapultepec da Conferência sobre a
de 1844, de dos Manuscritos
Karl Marx, os convites Filosóficos
de maçao do homem novo com sua a con-
buição dos mento per capita anual do produto na¬
Guerra e Paz em 1945, foi confirmado
Maurice Thorez e Roger Garaudy, e a cepçao do valor de cada ser humano, cional bruto baixou de 2,2% em 1950-55 com a assinatura do Tratado Interameri-
atividade do católico Mounier, de L’Es- óue se expressa para 1,5% em 1960-65 e para 0% em i
pirit, seguida da participação de ambos °concepção de amor
teologicamente na
cristão, e
1965-66. cano de Ajuda Recíproca, no Rio de
Janeiro, em 1947, e com o estabeleci¬
!l': os grupos na Resistência contra os na- lonzaçao do carater humano da apessoa
reva-
2. Marginalização da população rural mento da OEA, em 1949. Foi posto à
zistas
.
Onginalmente, os teologos ,,
europeus
de Jesus; finalmente, uma reconsidera-
ção da concepção marxista da
religião
devido à estrutura de propriedade da
terra que tomava impossível a produ¬
prova com o caso da Guatemala e com
a invasão da República Dominicana, em
estavam centrados sobre temas nloso- 8omo ópio do povo. ção industrial para alimentar a popu¬ 1965. Os exércitos são treinados no Ca¬
ficos e teológicos, temas que nunca preo- Destes diálogos, livros e declarações, lação rural e para sustentar a popula¬ nal do Panamá, na doutrina de Segu¬
cuparam os latino-americanos, porque os mais divulgados, traduzidos ção urbana (a Guatemala tem que ex¬ rança do Hemisfério, e da “ameaça co¬
seu interesse era como fazer a
ção dos pobres e oprimidos pararevolu- _
espanhol, que circularam na
Latina, são os seguintes: AGUIRRE
para o
América
portar seu milho). Isso lançará ondas
de camponeses que irão formar os "cin¬
munista” como problema fundamental
de la civilización contemporânea, segun¬
truir um mundo onde o amor fosse cons- e ou- turões de miséria”, "favelas”, “cidades do definição dos Estados Unidos. Essen¬
possibilidade social. Apesar disso,uma
tros, Cristianos y marxistas, los proble-
os mas de un diálogo (com artigos de perdidas” e "arrebaldes” ao redor das ciais para essa dependência são; a in¬
diálogos foram uma importante contri- ner, Lombardo-Radice, Girardi, Rah- grandes cidades. tegração dos exércitos nos sistemas de
ui buição para tomar possível, por um la- vec, Mury, Metz, Althusser, Macho- defesa, como o da América Central
do, que os cristãos vissem no socialis- Sacristan, 3. Marginalização da população tra¬
ill mo marxista um possível instrumento Aranguran no período de 1964, 1965); balhadora das cidades. A dependência (CONDECA), a modernização dos exér¬
F
científico e um possível projeto
rico, e por outro lado, para que os histó-
_
CARDONNEL e outros, El hombre cristiano
V cí hombre marxista (com apresenta-
da tecnologia estrangeira e a desnacio¬
nalização da indústria levarão à demis¬
citos através da venda de armamentos
e da elaboração de uma cortina anti-
-insurrecional. A história recente da Amé¬
il mar-
xistas levassem a sério a contribuição
ÇÕes de Gorz, Garaudy,
Mury, Verley,
Casanova, Colombel, Dumas, Bosc,
são contínua de mão-de-obra e, conse- rica Latina testemunha a eficiência des¬
I do Cristianismo vista a partir de sua barle, Cardonnel) em Lyon e Du- qúentemente, ao aumento de desempre¬
go nas cidades. O emprego na indústria sa coordenação (Brasil, Uruguai, Chile,
if perspectiva não-cristã. em 1964; CALMAU, Joseph, Mutualite Argentina).
Da mesma forma que o marxismo Distinciones baixará de uns 27,8% em 1950-60 para Sobre todos esses processos sócio-
foi produto das condições históricas -Fabri’ Luigi, Los CO-
rnumstas y la religion,
22,0% no período de 1960-65. econômicos, políticos, culturais e milita¬
N incidem sobre a consciência do homem que
?™¥emat,1Ca
uma historia da
dos diálogos; Roger Ga- 4. Desnacionalização económica, tec¬ res, vejam-se os seguintes: MARINI, Ruy
europeu, assim também as nológica e cultural. A estagnação da in¬ Mauro, Dialéctica de la dependencia;
ções do pensamento cristão etransforma-
o diálogo íiaUClr'-Pe
í
anatema al dialogo (seleções
dialogo de Salzburgo de 1965 um
dústria latino-americana nos anos 50 de¬ SUNKEL, O. e PAZ, P., El subdesarrollo
entre ambos é fruto de novas vido à penetração de financiamento nor¬ Latinoamericano y la teoria del desar-
if condições í?s í11318
divulgados); GIRARDI,
Marxismo y cristianismo (artigos eGiuho
PP „
Como
'
.. ,
resultado
destes
, . . sentações de um dos diálogos daapre
Ba-
te-americano, à compra de indústrias
latino-americanas, à dependência tecno¬
rollo; SANTOS, Theotonio dos, “El nuevo
caráter de la dependência”, America La¬
ÍP.Í tos generaliza-se o dialogo acontecimen- viera, 1966, Mariambad, Checoslováquia, lógica (pela qual é necessário pagar tina, Dependencia y Subdesarrollo; Id.,
xista na Europa e suas cnstao-mar- i967); MOINE, Andre, Cristianos grandes somas), a aceitação das condi¬ Socialismo o Facismo, El Nuevo Caráter
1
chegam a America. Entre repercussões y comu- ções impostas pelos financiadores, es¬ de la Dependencia; PAZ, Pedro, "Depen¬
os diálogos nistas después del concilio (análise
li li idi3 divulgados estão os de Lyon xista da situação do diálogo com mar-
em peito à prática res¬
pecialmente o Fundo Monetário Inter¬
nacional e depois a Aliança para o Pro¬
dencia financiera y Desnacionalización
de la Industria Interna", El Trimestre
1964, o da Mutualite no mesmo
“d62 ano e gelo, Marxistas política); MARCHESE, An- gresso, levam à desnacjonalização dos Económico, Vol. XXXVII; SUNKL, O.,
em 196j, sob os auspi- y cristianos; TOWER, Ber-
setores estratégicos da economia, à des¬ "Capitalismo Transacionai y Desintegra-
cios da fundaçao católica
alema Paulus nard; DYSON, Anthony e outros, Evolu-
t\
I Gesellshaft. Sem duvida generalizaram- cion, Marxismo y cristianismo nacionalização cultural e político-mili¬ ción Nacional en América Latina”, Tri¬
-se em toda Europa (estudos tar, à descapitalização da América La¬ mestre Económico, Vol. n. 150; Id., “Po¬
Ocidental sobre a síntese de Teilhard de
Checoslováquia, Hungriacomo Po-
e Ale- editados pela BBC); Teologia
Chardin, tina, e finalmente, ao aumento da dívi¬ lítica Nacional de Desarrollo y Depen¬
anna unentai. tercer mundo, los cristianos, lapara el da externa e a sua perigosa situação na dencia Externa", Revista de Estúdios
cia y la violen- balança de pagamentos. Paradoxalmente, Intemacionales, n. 1, Santiago; ou em
Desses diálogos entre proeminentes revolución (apresentação em Co- ao finalizar o período do nacionalismo
teóricos marxistas europeus e teólogos lóquio de março de 1968 JAGUARIBE e outros, La Domirtación de
cristãos, o resultado é o seguinte: França sob os auspícios na de
Cimade em económico da América Latina, o capital América Latina; WIONCZEK, Miguel S.,
o re- ganizações); Ruiz, José María várias or- estrangeiro predomina sobre o nacio¬ Inversion y Tecnologia Extranjera en
González, nal. A isso temos que acrescentar o América Latina; QUIJANO, Aníbal, "Re-
IS
'ÿ>

H1 definition de la Dependencia
de la Dependencia y y Proceso
Proceso de
de renovación, Comisión Episcopal de
renovación, Comisión nível da abstração da Teologia Política "Começamos
“Começamos a nos nos conscientizar de
definición que a teologia social de Roma e da
de Marginalización
de América Latina";
en América européia, em geral, diz Assmann:
11 I li
Marginalización en
KAPLAN, Marcos, "Estado,
KAPLAN, Marcos, "Estado, Dependencia
Latina";
Dependencia
Acción Social,
Action
bém,
bém, GOT GOTAY,
Lima, 1969; Veja-se tam¬
Social,, Lima,
Samuel Silva, "Te
AY, Samuel
taai¬
oría de
“Teoria
“Não se podepode fazer uma
,T„,
uma ‘Teologia
..
Teologia
Europa era uma reconciliação com com oo

I|f
Externa
Externa

Dependent
yy Dessarrollo
tina", Estúdios
tina”,
Dessarrollo en
Estúdios
CARDOSO, F.
CARDOSO, F. E. FALLETO, E„
E. ee FALLETO,
América La¬
en América
Intemacionales, Vol.
Internationales,
E„ "Associated
La¬
Vol. II;
II;
“Associated
Development:: Theoretical
Dependent Development Theoretical
la Revolution
la Revolución de
Contexto
Contexto yy sus
tales”, Latino
tales”,
Camilo Torres:
de Camilo
sus Consecuentias
Torres : Su
ConsecuenCias Continen-
Continen-
América. Anuário de Estú¬
Latino América.
dios Latinoamericanos,
dios Ldtinoamericános, UNAM, UNAM, n.
Estu-
n. 5, Mé¬
Mé-
Política’, que realmente
pectos
,lmente
políticos da fé
pectos políticos
detecte
fe enquanto práxis
histórica, sem falar de uma
histórica,
as-
os as¬
praxis
uma linguagem — —
ciaiismo
cialismo

capitalismo, e não
viver ; que o
relações de
relações
não uma abertura ao so¬
preparamos para
nos preparamos
que nos
m0£j0 de estabelecer as
Q modo
ae desigualdade social latente
so-
para
as
m h
1,1í
and
and Practical
Practical Implications”,
Implications", em
phans, Authoritarian Brazil
phans, Authoritarian Brazil;
em Sthe-
Sthe-
; GARCíA, An¬
GARCíA, An-
xico, 1972,
xico, pp.
1972, pp. 105-139;
Cristianismo yy revolution,
Cristianismo
TORRES,
revolución, Editorial
Camilo,
Editorial Era,
Era, por
por um
Isso significa também a opção
analítica. Isso
instrumento analítico,
um tipo de instrumento nada
determi-
uma determi¬
implicava uma
dessa teologia implicava
com o proble¬
relacionada com
posição relacionada
nada posição proble-
tonio, “Industrialization y Dependencia", opção é um
e tal opção passo ético e não
um passo nao ma da dependência que, em
ma em última ins-
última ins¬
tonio, “Industrialización y Dependencia", 1970; GOLCONDA, El
México, 1970;
México, El libro rojo de
libro rojo simplesmente uma neutra de um
uma seleção neutra um ratificava, em
tância, ratificava,
tância, em nível cultural-teo-
nível cultural-teo¬
El Trimestre Economico,
El Trimestre XXXVII, ju¬
Economico, XXXVII, ju- los
los curas rebeldes, Muniproc,
curas rebeldes, Muniproc, Bogotá,
Bogotá, ... OO fato
tato
1;1
|t
t!
. lho,
lho, setembro
setembro
VAS, Agustín,
VAS,
de
de 1971, 731-754; CUE-
pp. 731-754;
1971, pp.
"Problemas yy Perspectivas
Agustín, "Problemas
CUE-
Perspectivas
1968;
1968; Sacerdotes
Sacerdotes para
Publicaciones
Publicaciones SPM,
para el
SPM, Buenos
Tercer Mundo,
el Tercer Mundo,
Buenos Aires, 1968;
de
de os
para aa análise
instrumento para
instrumento
teólogos europeus
os teólogos
anáhse...
terem uma
europeus terem uma
assumir, posi¬
para assumir,
lógico, as
lógico,
tentes nível económico e políticò;
tentes em nível
exis-
dependência exis¬
relações de dependência
as relações
político;
de enorme dificuldade para
enorme dificuldade posi- europeus ee norte-americanos
que europeus
que norte-americanos ao ao fa¬
fa-
de la teoria de
la teoria de la Dependencia”; VENE-
la Dependencia”; VENE- LOS cristianos
Los cristianos yy la la revolución,
revolución, Quiman-
Quiman- tivamente, uma
tivamente, uma ideologia, como arma
ideologia, como arma zerem aa teologia
zerem teologia da con-
secularização con¬
da secularização
RONI, Horácio,
RONI, Horácio, Estados Unidos yy las
Estados Unidos las Fu-
Fu- tu, Santiago, 1972.
tu, Santiago, 1972.
; erzas Armadas de América Latina; para aa luta
indispensável para
indispensável de libertação,
luta de libertação, com aa moda¬
secularização com
fundiram aa secularização moda-
erzas Armadas de América Latina; FER¬ FER- »34 Vejam-se
Vejam-se também outros trabalhos
também outros trabalhos:: mesmo para
ee mesmo optar por
para optar um ee não
por um por
nao por específica que
udade específica
lidade assume nos
esta assume
que esta nos
NANDEZ, John Sace, Proyecciones
NANDEZ, John Sace, Proyeccumes Hemis- Hemis¬ “Apuntes
féricas "ApUntes para para un un Programa
Programa de de Re-
Re- instrumento analítico,
outro instrumento
outro analítico, osos afasta
afasta capitalistas altamente
contextos capitalistas
contextos desen-
altamente desen¬
ericas de la Paz
de la Paz Americana;
Americana; VELAZCO,
VELAZCO,
1
Bi!.:
fRosario A. Arroyo, La fuerza Interame-
ricana de Paz; CUARTEL GENERAL DEL MI¬
construción de
construción
nismo y
de lala Teologia”,
Teologia”, em
Sociedad e em IDOC n. 12;
"El Pueblo de Dios y la Liberación del
em Cristia¬
Cristia- constanteménte da
constantemente capacidade de
da capacidade
cular os dados de análise com as re¬
de arti¬
arti- volvidos,
Veja-se
etc..."
volvidos, etc. ...”
respectivamente, SEGUNDO,
NISTéRIO DEL EJÉRCITO DE ESTADOS UNI- ferências ligadas à fé. Perdem-se, por "Problemática de la Idea de Dios y Li-
Hombre”, em Fichas de ISAL; "La Muer- isto, em um eterno re-situar as condi¬
DOS, Guerra de Guerrilhas (FM 31-21); te de la Iglesia y el Futuro del Hom¬ beración”, ISAL, mimeografado, 1970;
ções de possibilidade para uma refle¬
P U. S. ARMY, SPECIAL WARFARE SCHOOL,
Counter insurgency Planning Guide (ST
bre", em Cristianismo y Sociedad; "El
Pueblo de Dios y la Búsqueda de un
xão comprometida, em vez de examiná- AGUIAR, C., "LOS Cristianos y el Proceso
de Liberación de América Latina: Pro¬
li 31-176). Este último incorpora como re¬
comendações militares as reformas so¬
Nuevo Orden Social”, op. cit.
-la concretamente". (Op. cit., 117).
3à DUSSEL, E., Teologia de la Libera¬
blemas y Perguntas”, América Latina:
Mobilization Popular y Fe Cristiana, p.
ciais que modernizaram as medidas de- Em seus "Apontamentos para um tion y Etica, Caminos de Liberation, 67. PS':
jl senvolvimentistas e o papel que devem Programa de Reconstrução da Teologia”, Vols. I e II. 39 Em 1970 se multiplicaram na Amé¬
desempenhar organizações como AID, ALVES resume seu parecer: 37 A isto acrescenta MIRANDA: “Quan¬
i rica Latina os encontros, simpósios e
Corpos da Paz, os pastores e sacerdo¬ “As linguagens teológicas tradicionais do, finalmente, depois de resistências e escritos sobre a “Teologia da Liberta¬
tes, as organizações cívicas, etc.
3I PETERS, Rudolph, "Dimenciones de
estão em crise, pois esta nova situação
(latino-americana) criou uma preocupa¬
obstinações milenares, essa cultura con¬
cordou, condescendentemente, que o
ção”: (a) Bogotá, março de 1970 da¬
qui saíram os livros Liberation-. Opción

una epoca", ONU, N. Y. 1974. No Nor¬ ção radicalmente nova que se opõe, fun¬ problema social existe, tinha fatalmen¬ de la Iglesia en la Década del 70 e
deste brasileiro, por exemplo, viviam damentalmente, à das linguagens men¬ te que atribuir-lhe um lugar de escólio, Aportes para la Liberación que inclui
mais de 24 milhões de habitantes : 20 cionadas... as linguagens eclesiásticas de excurso de questão colateral comple- as conferências do Simpósio, ambos fo¬
11! milhões destes viviam no inferno de sa¬
ber que sua expectativa de vida era de
tradicionais têm seu ultimate concerne
na eternidade, em Deus, e na salvação
mentária, passavelmente marginal no
sistema; o sistema cultural estrutura-se
ram publicados pela Ed. Presencia, Bo¬
gotá, 1970. (b) Buenos Aires, agosto de
l!1 27 anos, e de ver morrer 50% das crian¬
ças que nasciam; 30% das crianças pa¬
da alma. Sua relação com o mundo,
com a vida, com a história, embora não
prescindindo inteiramente do problema
social; este não lhe fazia a menor falta
1970 — sob os auspícios de ISAL (Jun¬
ta latino-americana de Igreja e Socie¬
Í!:L! deciam de tuberculose por causa da fo¬ sendo negativa, é puramente tangen¬ para formar-se monolítico e sem gretas; dade, de filiação protestante e relacio¬
me e da desnutrição, enquanto que os cial . . . por conseguinte, dentro dessa é impossível agora encará-lo na sua ver¬ nada com o Conselho Mundial de Igre¬
2% de nordestinos ricos possuíam 98% ordem a preocupação com a vida, a ter¬ dadeira dimensão, sem desestruturar-se jas); essas exposições se encontram nas
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! !
da terra, e a mantinham ostensivamen¬
te ociosa, em sua maior parte, explo¬
ra, a justiça e o futuro nunca é a preo¬
cupação última (.ultimate), mas a preo¬
a si próprio por completo. Aquele que
crê que é possível uma mudança total
Fichas de ISAL, volume 3 (1970), n. 26
e os artigos de SANTA ANA, Júlio de, "Ne>*
ravam o camponês e impediam a sin- cupação penúltima derivada do último de atitude, sem a mudança total do tas para una Etica de la Liberación” e
dicalização rural.
32 A princípio a Teoria da Dependên¬
(Deus, a alma, a salvação, a eternidade,
etc.). Dentro dessa lógica, amamos a
sistema mental, não sabe o que é Um
sistema mental” (Marx y la Bíblia, pp.
os de OLAYA, Noel, “Unidad Cristiàniffif
de Classes” se encontram na revista Cris¬
cia define como contradição social, "fun¬ vida porque amamos a Deus, . fazemos 55-56). tianismo y Sociedad, vol. 8, n. 23-24,
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damental a relação império-nação”, e
sua manifestação no interior da nação
com que nossa vida dependa de um
"a priori” metafísico. Estas são lingua¬
38 ALONSO, J., “Esbozo para ima Teo¬ 1970, Montevidéu. (c) Bogotá, julho de
1970 — algumas publicações das que saí¬
ft subordinada; não leva em consideração
a relação de classe social como contra¬
gens que estão em crise. Por quê? Por¬
que alguns cristãos chegaram a sentir
logia de la Liberación”, p. 42. SEGUNDO,
Juan Luis, expressa sua crítica a esta
teologia no seguinte apontamento:
ram no boletim Teologia da Libertaçl :
Bogotá, 1970. (d) México, outubro g*St
.
dição fundamental, por isso sua solu¬ que o homem, seu futuro, a transfor¬ 1970 — com a presença de Cox, HftfV
ção será, originalmente, uma solução de mação da terra é sua preocupação úl¬ "... sua inclinação fundamental para e outros teólogos internacionais -•saí-
caráter antiimperialista e antifeudal, tima. Por conseguinte, as antigas lin¬ o idealismo na forma que Marx criti¬
muito mais que uma luta de classes. guagens não podem interpretar sua si¬ cou e, por conseguinte, a incapacidade
para um realismo histórico. Suas per¬
ram dois livros com as conferta"*“* '
Seminário de Teologia de lá Llb *
33 As melhores antologias sobre do¬ tuação ou programa de ação” (1970). com as exposições de DOUGLAS,
cumentos, declarações e acontecimentos 35 ASSMANN, Hugo, Opresión-Libera- guntas não tiram do real em sua den¬ SEIFER; e II, Teologia de la Lio
i importantes desse período são as se- ción, Desafio a los Cristianos; p. 111- sidade conflituosa, idealizam a realida¬ com artigos de LOZANO, JlMÊNEZ
&
guintes: GEERBRANT, La iglesia rebelde -112. O teólogo católico brasileiro Hugo de, e certas teologias, como a da mor¬ REIRA. (e) Buenos Aires, julho da
de América Latina, Siglo XXI Editores, Assmann' é quem arremete com mais te de Deus, são uma acomodação do reunião de biblicistas em tomo d > 1
México, 1970; Iglesia latinoamericana, precisão contra estes teólogos, apesar homem das sociedades de consumo". “Êxodo e Libertação”: os
protesta o profecia?, Editorial Busque- de ter sido discípulo e auxiliar de um AGUIAR, César, quando faz a análise ram publicados na Revista Sib ife
da, Avellanada, Argentina, 1969; Signos deles, na Alemanha. Comentando sobre o histórica da teologia européia, diz: A., 1970 e na Víspera 4 lãEMí&íÉ

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