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PATRICIA PICCOLI
Oração de Vênus
Uriel, Arcanjo Sagrado do Planeta Vênus, Senhor do Raio do Amor, das Artes e da Beleza,
rege as terças-feiras
Vos rogo mui humildemente, divinos Elohim, pelos místicos nomes On, Hey, Heya, Ya, Ye,
Adonai, Shadai… acudi ao meu chamado.
Vos suplico auxílio em nome do tetragrammaton e pelo sacro poder dos anjos da terceira
legião, governados por Uriel, o Regente de Vênus, a estrela da aurora. Vinde, anael, Vinde,
Vinde, reconheço minhas imperfeições, mas vos adoro e vos invoco.
Amém…
OBJETIVO
O tema escolhido foi a arte de desenhar, buscando uma compreensão mais profunda de
como o desenho pode auxiliar-nos de maneira terapêutica. Gostava muito dessa prática,
principalmente na infância e adolescência. Tenho muitas boas memórias de momentos com
muitos lápis, canetas e folhas, usava desenhos para presentes, ou usá-los de fundo para cartas,
era como se eu pudesse através do desenho, registrar um pouquinho daquele instante e entregar
para a pessoa aquilo que eu estava sentindo por ela naquele momento, um recorte do sentimento
do momento.
Me sinto grata desde já com a oportunidade de revisitar tantas memórias e estudar algo
que guardo dentro de mim em um lugar muito especial, tenho certeza desde já que será uma
linda jornada.
DEFINIÇÃO DE DESENHO
Desenho - dicionário
substantivo masculino
1. 1.
representação de seres, objetos etc. feita sobre uma superfície, por meios gráficos, com
instrumentos apropriados.
2. 2.
arte que utiliza essa técnica de representação.
Desenho é uma forma de manifestação da arte, o artista transfere para o papel imagens
e criações. É basicamente uma composição bidimensional constituída por linhas, pontos e
forma. É diferente da pintura e da gravura em relação à técnica e o objetivo para o qual é criado.
O desenho é utilizado nos mais diversos segmentos profissionais, tornando a arte diversificada
a diferentes contextos.
Existe o desenho de projetos, onde é trabalhada toda estrutura e detalhe de uma
construção, há também o desenho de composição pictórica, quando o artista expressa no papel
situações que estão ocorrendo em tempo real, esse tipo de desenho é bastante utilizado em
tribunais durante julgamentos, em que a presença de câmeras fotográficas ou algo do gênero
não é permitida, os desenhistas tentam retratar de forma mais real possível todos os momentos
e detalhes do julgamento, para que quando outras pessoas olharem o desenho tenham a sensação
de que estavam presentes na cena.
Arte - dicionário
substantivo feminino
1. 1.
habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou
teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional.
2. 2.
conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de
finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica.
Etimologia - O termo “arte” está relacionado com a palavra latina “ars” que
significa habilidade ou ofício.
ORIGEM DO DESENHO
A Linguística, como estudo científico, surgiu em 1916, tendo como interesse principal
a linguagem resultante da fala humana ou linguagem verbal, como o campo do saber humano
que identifica, pesquisa, estuda e sistematiza os conhecimentos relativos, principalmente os
provenientes da fala. Já a Semiologia, a partir do campo do saber humano, sistematiza
conhecimentos relativos aos significados dos signos utilizados em diferentes tipos de
linguagens usadas na comunicação humana, onde o termo provém do grego semeion, ou signo.
Dentro da psicologia é cada vez mais comum o uso de algumas artes com o intuito de
conhecer o paciente, principalmente em crianças, pois através da arte é muito comum se
expressar o que está mesmo pensando, mesmo que inconsciente disso.
A psicologia trabalha muito com o estudo dos desenhos, ao desenhar a pessoa passa para
o papel suas experiencias e também suas características como pessoa. Através deste estudo é
possível encontrar soluções para algumas questões e trazer clareza para o cenário.
Algo muito interessante de se observar é o que faz a pessoa não conseguir através da fala
expressar aquilo que vem sentindo. Para a educadora Fernanda Saguas:
Quanto ao desenvolvimento do desenho, Luquet destaca que os estágios não são rígidos,
porque em cada fase pode se prolongar enquanto a outra está começando. Entre essas passagens
de fase existe uma renúncia de alguns elementos, e uma reconstrução dos conhecimentos que
foram adquiridos, que depende das interações da criança.
DESENHOTERAPIA
Um simples desenho em um papel pode ter inúmeros significados, nos permite expressar
sentimentos mais profundos, por isso o desenho na terapia é um recurso capaz de gerar grandes
resultados.
O processo terapêutico é aquele que leva o homem ao encontro de seu bem mais
precioso: ele mesmo. Mas nem sempre este caminho é fácil. Ele pode ser complicado e
doloroso, o que muitas vezes leva à insegurança.
Nesse sentido, a arteterapia pode ser vista como uma carruagem que ajuda a transportar
um indivíduo enfraquecido até o outro lado da ponte, onde possa estar mais seguro. Existem
alguns aspectos que ligam a psicologia geral a chamada psicologia da arte, como a emoção, a
memória, o pensamento e a linguagem. Psicologia da arte nada mais é do que um campo da
psicologia dedicado ao estudo dos fenômenos da criação artística a partir de uma perspectiva
psicológica.
Desenhar permite que você se descubra. Nos momentos mais difíceis, um dos nossos
principais problemas é a incapacidade de enfrentar uma situação de forma adequada. Com isto,
não só não somos capazes de solucioná-la o mais rápido possível, como também, na maior parte
das vezes, ainda pioramos a situação. Por isso é tão importante parar e se descobrir. Mesmo que
você pense que sabe tudo sobre si mesmo, isso não é bem assim. Ainda há muitas situações que
você vai experimentar e que são novas. Existem muitas circunstâncias que você ainda não viveu
e com as quais não sabe como se relacionar.
Desenhar vai permitir que você descubra aspectos o que não conhece sobre você, além
de expressar o que você sente e desocupar todos os lugares que neste momento têm uma
aparência confusa e caótica. O caos, como um todo, tem os seus dias contados.
Significados do Desenho no Papel:
Quando a criança vai desenhar no papel, pode nos dizer qual o seu estado de ânimo. Se
ela começa a fazer um desenho, mas não gosta dele ela risca, e começa outro com o mesmo
papel, revela que a criança tem uma certa agressividade. Pode acontecer também que a criança
apenas limpe o seu desenho, mostra que ela é disposta a recomeçar, o que deu errado sem
problemas.
Algumas crianças preferem desenhar em silêncio, o que indica que ela está concentrada.
Outra cantarolam, o que significa que ela está querendo animar o ambiente, e também é um
pequeno modo de se chamar atenção. Quando a criança desenha personagens além de elementos
que pertencem ao céu (lua, sol, pássaros, etc.), no canto superior da folha, representa a
curiosidade da criança, a busca por coisas novas, a imaginação. A parte inferior, mostra a
necessidade materiais e até físicas, em que uma criança pode ter.
O desenho ao centro significa, que a criança está situada em tudo ao seu redor, no
momento atual, e assim essa criança se sente segura. Ao lado esquerdo que os seus pensamentos
estão no passado, a criança não pensa no futuro, ao contrário da que desenha do lado direito,
onde tem esperanças ao seu futuro.
Traços:
Com o traço continuo pode se entender uma criança dócil, e uma harmonia quando o
traço não é cortado por outro. A criança busca a paz e respeita o ambiente.
Com o traço oblíquo, pode se dizer que a criança não vai se desviar da trajetória, em que
foi para ela obter o seu objetivo. Esse traço contempla-se com a pressão em que a criança o faz,
se ele for forte, indica um impulso violento, mas se o traço for normal, mostra que a criança
quer um ambiente harmonioso e agradável.
As formas geométricas:
O círculo como pode ser interpretado de uma forma positiva, ou negativa, o que será
determinado pelo contexto e evolução do desenho. O seu aspecto positivo pode ser revelado,
pela energia e força do seu traço. Traços amplos e grossos, mostram uma certa preguiça ou falta
de motivação na criança ao fazer o desenho. Um desenho com vários círculos, pode ser
entendido que a criança, prefere coisas das quais ela já conhece.
Temas do desenho:
Temas repetidos:
Se os desenhos repetidos não forem causados por meio dos elogios, podem ser bastante
reveladores, como uma experiência em que a criança foi feliz, ela procura reproduzir as
emoções em que foi experimentada. Mas também o fato de o desenho ser repetitivo, pode ser
porque a criança através dele, que nos mostrar o que está incomodando a ela.
Diversidades de temas:
Algumas crianças tem uma diversidade de temas tão grandes que acaba se tornando
difícil realizar uma boa análise, se não se consegue estabelecer uma relação entre os temas,
pode se analisar o desenho com maior profundidade pelas as cores abordas, a orientação
espacial, pelos traços e tamanho do desenho.
Na maioria das vezes, crianças que fazem seus desenhos com temas diferentes uns dos
outros, são bem fáceis de serem influenciadas pelas pessoas e pelo o ambiente. A criança passa
para o desenho seus sentimentos, como o medo, alegria, etc. Essas crianças geralmente tem o
humor instável, mas não é algo que não se adapte ao social ou afetivo, mas é mais sensível, o
que faz parte do seu temperamento.
Originalidade:
Pode ser considerado um desenho original, quando a criança desenha algo em que não
estamos costumados a ver, e assim a criança provavelmente vai explicar a sua arte, com
alguma brincadeira.
Alguns pais ficam muitas vezes pensando se os filhos não vão ter problemas socialmente
no futuro, por não se integrar na realidade, mas a sua originalidade não é algo com o que se
preocupar. A originalidade indica uma capacidade da criança de tomar suas próprias opiniões.
Algumas crianças usam sua originalidade no desenho, não para expressar as suas diferenças,
mas sim para mudar alguma coisa em que não a agrada, por isso é sempre bom vigiar e definir
esse tipo de circunstância.
Significado das Cores:
O significado das cores tem duas interpretações, uma positiva e outra negativa, que vai
ser determinada também pelo estilo do desenho. Mas ao que diz respeito das interpretações,
não está ao todo se referindo no efeito estético ou decorativo, o que interessa mesmo é a
mensagem do consciente, ou do inconsciente no desenho.
• O Azul: simboliza a paz, tranquilidade e a harmonia. A criança que utiliza muito essa
cor, pode se dizer que ela é introvertida, e que quer andar pelo próprio ritmo, uma
criança em que não se deve forçar, e nem a fazer mudar os seus hábitos. A criança que
utiliza o azul, também pode nos fazer compreender que ela está em um meio desanimado
e que está querendo paz, a energia que a cor passa é tranquila e suave, sendo uma cor,
em que se não deve usar com crianças muito imperativas, por se tratar do oposto das
suas necessidades.
• O Rosa: é uma cor formada pelo vermelho e branco. A criança que o utiliza procura
ternura e suavidade, quer ter um contato apenas com coisas fáceis e agradáveis. Essa
criança é adaptável e assim se torna fácil ter um contato com ela, mas ele tem uma
vulnerabilidade em situações, que não são muito agradáveis. Antigamente o rosa era
relacionado com o feminino. A criança que usa o rosa, mostra que gosta de ser criança,
e que deseja permanecer nessa fase o tempo que for possível, o que pode trazer
dificuldades em aceitar responsabilidades.
• O Preto: geralmente é interpretado como um coisa ruim, mas na realidade a cor preta
significa o inconsciente, aquilo em que não vemos. A criança que usa o preto, transmite
que tem confiança em si mesma, é uma criança que tem facilidade em se adaptar a
situações imprevistas. O preto também pode passar uma mensagem ambígua, ou até
nefasta, o que nesse caso a criança, estaria dissimulando os seus pensamentos,
guardando alguns segredos próprios, como uma forma de autoproteção. Quando o preto
é usado com o azul, a criança pode ser depressiva e se sentir derrotada.
Os desenhos de uma cor só demonstram preguiça ou falta de motivação, que talvez tenha
sido causado por alguém que tenha obrigado a criança a sentar e desenhar, para ter tranquilidade
e não a incomode.
Os desenhos com apenas uma cor, transmite uma mensagem clara. Esse tipo de
interpretação não há equívoco, é como se a criança não quisesse esconder nada, ela quer ser
descoberta e compreendida. A criança em seu desenho capricha nos outros elementos, como os
traços e formas.
É bom lembrar que na primeira fase é normal a criança usar apenas uma cor no seu
desenho, mas posteriormente, vai aparecer o desejo de acrescentar mais cores, e um valor ao
tema.
Componentes do desenho:
• Casa: é uma das coisas mais desenhadas pelas crianças, e na hora de avaliar o desenho,
deve se levar em conta a sua orientação, tamanho, pressão, cores, etc. O tamanho da
casa também é sempre importante, se a casa for muito grande revela que a criança, está
em uma fase mais emotiva que racional. A casa muito pequena revela que a criança,
está em um estado anímico mais introspectivo, onde talvez ela estará delineando
algumas perguntas. Outro componente que se deve avaliar é a porta, por exemplo, uma
porta pequena mostra que a criança tem uma certa dificuldade em convidar as pessoas
para sua casa, é uma criança seletiva para amigos e não gosta que lhe fazem muitas
perguntas. Enquanto a criança que desenha a porta grande gosta de receber pessoas em
casa, é uma criança em que a vida é sempre uma festa.
• Figuras humanas: na maioria das vezes a figura humana, representa a própria criança,
ou as pessoas ao seu redor, e os traços que mais se deve observar são o rosto, os braços
e os pés. Os olhos que no desenho são grandes e redondos, mostra que a criança é
curiosa, mas em alguns casos isso pode significar medo. Os olhos pequenos dizem que
a criança prefere não ver o que está acontecendo ao seu redor. A falta da boca revela
que a criança prefere ficar calada, o que vai mostrar o motivo, vai ser o restante do
desenho. Uma boca acentuada pela abertura e pela cor mostra que a criança fala tudo o
que pensa. Se no desenho a figura estiver sem mão indica que a criança se sente incapaz
de dominar a situação em que vive. Se não tiver pés, ela busca uma estabilidade. Quando
a criança desenha os braços para cima, significa que ela quer ser ouvida. Se os braços
são caídos e pregados ao corpo, pode ser que a criança está passando por um momento
em que não quer contato social, ao contrário dos braços na horizontal e abertos, que
significam uma certa necessidade de interagir.
• Lua: o desenho da lua está ligado com a doçura, adaptação e intuição. A criança que
desenha uma lua crescente no centro do papel, é excessivamente sonhadora. Geralmente
quando a criança desenha uma lua totalmente redonda, se está diante de uma criança
que é agradável, e que detesta ser vigiada.
• Árvore: a análise do desenho se divide em três partes: a base e raízes, altura e espessura,
e os ramos e folhagem. A base do tronco se refere a energia física da criança, e ao seu
tipo de estabilidade que lhe traz o meio-ambiente. Se o tronco for mais amplo, mais
firme estará a criança, o que será mais fácil para ela se carregar de energia. A criança
que desenha o tronco com a base mais estreita e não pressiona muito o lápis, é uma
criança de saúde frágil. A altura e espessura do tronco indica a atitude e comportamento
da criança, ela se assemelha ao tronco da árvore que desenha, transporta a sua percepção
e nos indica o local que está socialmente. Os ramos e as folhas mostram a imaginação e
a criatividade da criança. O desenho em que a árvore não tem folhas e poucos galhos,
pode ser que a criança esteja triste ou talvez sem motivação. Quando a folhagem é
abundante indica que a criança tem muitas ideias e projetos.
• Flores: a criança que desenha flores quer agradar, mas se fizer de maneira repetitiva
pode demonstrar que precisa de uma certa segurança e talvez o seu ego precisa ser um
pouco alimentado.
Você pode estar pensando que não desenha bem e que esta técnica não é adequada para
você. Isso não é mais que uma desculpa, pois não importa se o que você faz são linhas sem
sentido ou desenhos que não têm qualquer relação. Não estamos pensando em desenhar bem,
estamos centrados em nos libertarmos e ilustrar em um papel o que sentimos.
Quando você estiver em frente a uma folha de papel em branco e pegar em um lápis ou
outro objeto estilográfico para transferir para ela tudo o que o frustra, não pense no resultado,
não pense em nada. Simplesmente deixe-se levar e permita que a sua mão flua sem pressão nem
direção. Você irá se surpreender com o resultado.
Antes mesmo de saber escrever, as crianças desenham e projetam nos desenhos alguns
conteúdos nelas inconscientes, ou seja, um plano mais profundo e oculto do pensamento.
Um dado importante é que, quando a criança desenha ela materializa a imagem que
criou internamente de acordo com as suas emoções. Portanto, ela expressa no papel o
significado e o sentido que vê nos objetos, ou seja, ela não desenha a realidade como ela é, e
sim a forma como a vê.
Desenvolvimento psicomotor:
É na primeira infância o momento da vida em que existe uma forte ligação entre
o desenvolvimento motor e intelectual. Aí que entra o estímulo através do desenho infantil.
Nos movimentos que a criança faz ao desenhar ela articula desejos e suas possibilidades
de comunicação, ainda que limitadas.
A introdução do desenho oferece uma conversa alternativa sobre o que está obstruído
pelo não-dito, oportunizando, portanto, a produção de formas mais criativas de falar.
Muitas pessoas começam a terapia com desenho demonstrando timidez, até mesmo no
contato com o terapeuta. No entanto, essas pessoas são capazes de libertar a sua criatividade e
expressar sentimentos e emoções com o desenho. Pessoas criativas costumam praticar pequenas
atividades artísticas quando precisam de novas ideias.
Com tudo o que já foi mencionado até ao momento, percebemos que desenhar pode ter
grandes benefícios terapêuticos que podem nos ajudar a curar o nosso interior, a sermos um
pouco mais felizes e, é claro, a nos conhecermos melhor.
Mas se tudo isso é novo para você e você quer tirar o máximo partido do desenho, é
necessário colocar em prática diferentes técnicas condizentes com o seu problema. Desta forma,
dependendo da situação, você poderá conseguir diferentes resultados.
• Desenhe linhas e depois círculos: esta técnica é muito útil se o que acontece ao seu
redor o irrita. Essa agressividade tem que ser libertada por meio de linhas que mostram
a rigidez e a dureza do seu estado, até terminar em círculos suaves e relaxantes.
• Desenhe figuras: Se você está preocupado, uma técnica para se libertar de todos esses
pensamentos que perturbam o sono é fazer figuras como círculos e triângulos. Também
pode desenhar pessoas, animais ou paisagens, tudo depende de como você se sente a
respeito das suas preocupações.
• Desenhe mandalas: as mandalas são utilizadas em religiões como o hinduísmo e o
budismo com o objetivo de alcançar a paz interior. É uma excelente técnica se você
precisa entender a si mesmo, compreender o caos à sua volta ou superar uma decepção.
• Desenhe caminhos: por vezes o desespero se apodera de nós e não encontramos a saída
para os nossos problemas. Nestes casos, desenhar caminhos pode ser uma das nossas
melhores opções. Depois de um caminho ou outro, você vai perceber que existem
possibilidades e que você pode abrir mais portas do que pensava.
• Desenhe arco-íris, flores e paisagens verdes: o verde é a cor da esperança e as cores
nos enchem de alegria. Desenhar isto permite superar um período de tristeza ou até
depressivo pelo qual estiver passando. A escuridão contrasta com a luz, por isso dê mais
luz aos seus desenhos.
• Desenhe espirais: às vezes o problema não é que não encontramos uma saída, mas sim
que pensamos que tudo pode ir para a frente ou para trás. Desenhar espirais irá lhe
permitir ter a consciência de que também existem lados, direita, esquerda, subidas,
descidas… nem tudo tem que ser sempre em linha reta. Esta é uma boa forma de
deixarmos de estar parados e começarmos a avançar.
Estas são apenas algumas ideias que você pode colocar em prática caso se sinta
angustiado, triste, estagnado ou aborrecido. Mas você pode criar a sua própria ideia, a que
funcione com você e que lhe traga benefícios. Pense que no mundo do desenho ainda há muito
para descobrir. Pode ser que você perceba que é mais fácil para você desenhar pontos ou fazer
uma réplica de uma pintura.
Não se esqueça, sempre que desenhar não pense, não alimente ainda mais as suas
preocupações, seus problemas. Simplesmente deixe-se levar até chegar à libertação tão ansiada
de forma a eliminar o caos que reside ao seu redor.
“Define-se Arte como a atividade que o ser humano realiza em qualquer área de sua
vida. Exemplo: música, arquitetura, relacionamento entre casais, família etc., como expressão
do que é consciente; deixando um ensinamento, nesse momento para a posteridade. Para o qual
se tem de inspirar em forma divina, para não expressar o que o Ego deseja.”
Segundo a Gnosis refere-se por arte o que traz harmonia consigo e com os demais, aquilo
que coopera com as regras da divindade. O dia pode transcender em tamanha desordem, ou
seja, nada harmonioso, e isso deixará marcas, maus ensinamentos aos nossos próximos; uma
relação sexual, sem inspiração para transmutação, nada mais é do que um impulso luxurioso,
ou seja o contrário da arte. Nos egos não contém absolutamente nada de artístico.
Ver dessa maneira é sintonizar-se com a criação e com o criador; estas obras são vida
pura, por isso o tempo é, necessariamente, o movimento de nosso interior. Outro exemplo seria
o médico em uma consulta. Vemos o sábio das plantas, seja sentado ou em pé, dialogando com
o paciente, ouvindo-o e motivando-o à cura, anotando os procedimentos a serem seguidos,
receitando vida, mas o fundo desse tipo de médico realiza a cura através das palavras que dirige
ao paciente, já que estas atraem as energias necessárias para sua cura por meio das plantas, da
massagem, do olhar, do sorriso. Esta é a arte de curar.
A arte de ler para nos tornarmos conscientes do conhecimento nos leva a dar conta de
que tal informação é real ou falsa sem necessidade de raciocinar, comparar, pensar. O
conhecimento é direto, já que, ao ler, não somente recebemos informação intelectual, senão
também vivência, experimentação dos conteúdos.
Assim, pois, há duas classes de Arte: primeira a subjetiva, que é a Arte que a nada
conduz e existe também a Arte Régia da Natureza, a Arte Objetiva, Real, a Arte
Transcendental, nesta encontramos também em todas as peças arcaicas, em todas as peças
antigas, nas Pirâmides e em todos os velhos Obeliscos do Egito. No México Antigo, nos maias,
nas relíquias arqueológicas dos astecas, zapotecas, toltecas etc., nas pinturas de Michelangelo,
nos hieróglifos do Egito, nos baixos-relevos antigos do vejo país dos Faraós, na China, nos
velhos pergaminhos da Idade Média, dos Fenícios e Assírios etc. Também encontramos pinturas
preciosas de grandes ensinamentos em todos esses velhos quadros medievais, nas catedrais
gnósticas etc. A Arte Régia da Natureza é um meio transmissor dos ensinamentos cósmicos.
Aqui encontra-se de maneira muito compilada o que a Gnosis traz sobre a Arte, quando
atentos podemos observar o cuidado que devemos ter com nossas escolhas, nos lembra como
de fato teve nossas faculdades mentais degeneradas e apenas com o despertar da consciência é
de algum modo podemos recuperar aquilo que foi perdido ou talvez ao menos observamos
atentos a que rumo a humanidade vem se encaminhando.
EXPERIÊNCIA PESSOAL
Através dos estudos foi possível perceber que o conceito de arte assim como a arte em
si, está em constante mudança e que está se perdendo muito com esses processos de
transformação. O que de comum pode se perceber é que toda arte busca uma forma de
expressar-se, de tal modo que não é de todo estranho pensar que a arte moderna vem involuindo,
considerando que apenas está expressando o nosso interior, embora ainda seja muito triste ver
desta forma.
Aos poucos através deste estilo de vida, do despertar de sua consciência a pessoa vai
encontrando sua arte. É possível afirmar que a pessoa que não desabrochou a abre em si é
incapaz de admirar as belezas no externo; o céu, o sol, as flores, a natureza. Precisamos buscar
esse artista que está oculto em cada um de nós. A inspiração deve vir do coração não dá cabeça.
Antigamente a ciência, arte, filosofia e religião eram interligadas, portanto, a arte servia
a religião, que era também cientifica e filosófica. Hoje com estes quatro aspectos da psique
humana desconectados infelizmente a arte em inúmeros casos perdeu seu propósito divino, de
estimular o despertar de consciência de todos os seres, através da expressão da essência, tal qual
apenas a arte é capaz de fazer, desta forma perdemos muito com esta involução.
Por este motivo está cada vez mais difícil recolher a arte verdadeira se é que se pode
chamar assim e ainda mais traze-la ao físico, em minha percepção é necessário um despertar
maior de consciência para que de fato possamos internamente através da eliminação de egos
trazemos expressões artísticas de fato vindo de nossa essência. Quando mais os egos estiverem
fortalecidos, mais ficamos com as faculdades humanas adormecidas e mais degenerado tudo
que viermos produzir.
Durante os estudos senti que realmente a arte não está tão longe das minhas práticas
diárias como pensava inicialmente, me perceber muito cuidadosa aos detalhes, desde a
organização de uma casa, preparar a mesa, ou fazer a embalagem personalizada para presentes,
ao escrever uma carta, o cuidado com a letra na escrita, o cuidado ao preparar uma cuia para o
mate, coisas muito simples no dia a dia, pude ir sentindo e observando a arte se fazendo muito
presente. Particularmente posso dizer que a arte está muito relacionada as sensações que tal
atividade desperta em nós e no ambiente onde é deixada, muito vezes nem tudo o que de fato é
belo aos olhos, serve a algum propósito, é preciso estar atento. De maneira geral somos
acostumados e ver o mundo com olhos de pressa, tudo acelerado, atropelado e pode se dizer
que a arte dificilmente se expressará assim. É preciso caminhar em paz, ou ao menos buscar a
paz interior para que a arte em si se manifeste.
Em nosso ser, a parte que se relaciona a arte é a que nos leva conviver com o sagrado,
com o divino e depois desloca-la até o contexto atual, traze-la para o físico para que a
humanidade receba esse ensinamento.
Desenhar nos mantem no aqui e agora, é muito difícil desenhar e estar preocupado com
outras coisas ou tentando resolver outras coisas, então esta prática funciona muito bem quando
se quer conexão com o tempo presente. E também com a minha experiência pude concluir que
a prática de desenho é ótima para o período gestacional, onde as oscilações são bem comuns,
tanto mentais, como hormonais, assim no início da prática observei agitação mental que foi
serenando no decorrer da atividade e trazendo um certo relaxamento e sensação de satisfação
ao decorrer da prática.
BRASIL, Gnosis. A Arte Régia da Natureza. Ciência e cultura do homem em busca do ser.
Disponível em: https://gnosisbrasil.com/artigos/a-arte-regia-da-natureza/
LAVESO, C. Desenho na terapia: como ele pode ajudar? A inspiração e o desenho, 2019.
Disponível em: https://desenhosrealistas.com.br/desenho-na-
terapia/#:~:text=Ele%20nos%20permite%20expressar%20sentimentos,%2C%20emo%C3%
A7%C3%B5es%2C%20ideias%20e%20opini%C3%B5es.