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LINGUÍSTICA

PARA O ENSINO SUPERIOR 10

SEGUNDA LÍNGUA
Aquisição e conhecimento
RICARDO AUGUSTO DE SOUZA
CAPÍTULO
1
O que é aquisição
de segunda língua?

Atividade 1.1
Visite algumas páginas de sites que descrevem o tipo de pesquisa enfatizado
em programas de pós-graduação do exterior, nos quais estudos em segundas
línguas são promovidos.
Alguns programas de pós-graduação, especificamente dos EUA (que como vi-
mos é um país com longa tradição acadêmica na área de Aquisição de Segunda
Língua) são recomendados abaixo:

https://bit.ly/3qWplNp

Ricardo Augusto de Souza 3


Página inicial: https://bit.ly/2TDYYj7

https://bit.ly/36v1Q4R (Página inicial: a mesma)

4 SEGUNDA LÍNGUA: aquisição e conhecimento


https://sllc.umd.edu/sla/research

Página inicial: https://sllc.umd.edu/sla/phd

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Agora, visite os sites de alguns programas de pós-graduação brasileiros nos
quais são desenvolvidas pesquisas relacionadas às segundas línguas. Procu-
re por descrições dos estudos enfatizados, ou ainda por títulos e resumos de
algumas das dissertações de Mestrado e teses de doutorado que lhe parecem
ser relacionadas à área de estudos de nosso livro.
Alguns programas de pós-graduação brasileiros são recomendados abaixo:

http://poslin.letras.ufmg.br/

https://ppgi.posgrad.ufsc.br/

6 SEGUNDA LÍNGUA: aquisição e conhecimento


https://bit.ly/3yrJBZR

Avalie os pontos de convergência e de divergência entre as amostras de estu-


dos em segundas línguas do Brasil e do exterior por você examinadas, buscan-
do salientar a dimensão da questão da aprendizagem de L2 que esses estudos
parecem salientar, e o quanto eles se alinham à apresentação da subdisciplina
Aquisição de Segunda Língua, tal como ela foi apresentada no primeiro capí-
tulo do livro.

Atividade 1.2
No capítulo 1 houve uma breve introdução ao modelo teórico proposto por
Stephen Krashen, na década de 1980, para a aquisição de segunda língua.
Nessa introdução buscamos situar o modelo como central ao que se tornou
posteriormente um importante, intenso e atual debate na área (ainda que em
bases não idênticas à proposta teórica de Krashen): o papel de mecanismos de
aprendizagem e memória implícitos e explícitos na aprendizagem e na profi-
ciência/fluência em L2.
Assista a uma exposição do próprio Krashen acerca de suas ideias, disponível
na plataforma YouTube (é possível colocar legendas em inglês e em espanhol,
além do mecanismo de auto-tradução da plataforma):

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https://youtu.be/NiTsduRreug

Leia o pequeno artigo abaixo:


Liu, Dayan. A critical review of Krashen’s input hypothesis: Three major ar-
guments. Journal of Education and Human Development, vol. 4, no. 4, 2015. p.:
139-146. (https://bit.ly/3dNN514).
Tomando por base a leitura do artigo e as considerações mencionados no ca-
pítulo 1 do livro, discuta o valor da hipótese de Krashen para os estudos em
aquisição de segunda língua e as possíveis implicações dessa hipótese para o
ensino de L2.

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CAPÍTULO
2
A segunda língua
na capacidade humana
da linguagem

Atividade 2.1
Assista a uma entrevista informal gravada na cidade de Nova York com Larry
Selinker, autor do artigo publicado em 1972 que introduziu o conceito de in-
terlíngua para a comunidade de estudos linguísticos. Nesta entrevista o pro-
fessor Selinker dá um testemunho pessoal sobre sua contribuição para os es-
tudos em aquisição de segunda língua.

https://youtu.be/o6cMlyNRfUY

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Trata-se um vídeo disponível na plataforma YouTube, sendo possível colocar
legendas em inglês geradas automaticamente. O mecanismo de geração auto-
mática de legendas ainda é bastante problemático com nomes próprios, assim
fique atento aos momentos em que Selinker cita especificamente o sobrenome
de Robert Lado (que foi seu professor) (Para o web-designer: marcar o nome
Robert Lado com o hiperlink https://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Lado), pois
você verá palavras que não fazem sentindo caso acione a legenda automática.
Destaque as informações da entrevista que complementam a exposição sobre
a contribuição de Larry Selinker no texto do capítulo 2.

Atividade 2.2
O capítulo 2 enfatiza a importância do ponto de vista de que a linguagem hu-
mana pode ser estudada como um fenômeno do funcionamento da mente hu-
mana para o desenvolvimento dos estudos em aquisição de segunda língua.
Assista a um vídeo no qual o cientista cognitivo Steven Pinker expõe ideias
mais recentes sobre a relevância dos estudos da linguagem para a compreen-
são da mente:

https://youtu.be/Q-B_ONJIEcE

Há legendas em inglês disponíveis.

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Compare os argumentos apresentados por Pinker sobre a relevância do papel
da Linguística para a compreensão da mente hoje com o contexto de ideias
descrito no capítulo, que levou à consolidação do estudo da aquisição de se-
gunda língua.

Atividade 2.3
A partir da exposições de Selinker e de Pinker, que novas direções parecem
possíveis para os estudos sobre segundas línguas?

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Interpretações do
CAPÍTULO
3
papel da L1 posteriores
à hipótese da
análise contrastiva

Atividade 3.1
Considere os trechos destacados nos seguinte dados, que foram obtidos em
um estudo no qual usuários do inglês como L2 que são falantes do português
do Brasil como língua nativa engajavam-se em produção oral espontânea nes-
sa segunda língua:
a) …father is stay here, he work with me…
b) ...I’m repair the my system...
FONTE: CARNEIRO, Marisa M. Morfologia de Flexão Verbal no Inglês como L2:
Uma Abordagem a Partir da Morfologia Distribuída. Dissertação de Mestrado
em Estudos Linguísticos. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2008.
(Disponível online em https://bit.ly/3qNYzXm).
Os dados acima, ainda que representando desvios em relação ao padrão usual
da língua inglesa, podem ser analisados em termos da aquisição de projeções
funcionais em L2?
Discuta interpretações linguísticas que poderiam estar ligadas a esses fenô-
menos.

Atividade 3.2:
O capítulo 3 introduz uma discussão acerca do papel da frequência no uso lin-
guístico para a interpretação do desempenho e de representação linguística
na aquisição de segunda língua.

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Assista a apresentação abaixo, que discute o fator frequência na linguagem
humana.

https://youtu.be/GNQHb9l7EGc

Trata-se de um vídeo da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, para o


qual não há legendas.
Que outros aspectos da organização da linguagem humana, além da aquisição
de L2, são apontados na apresentação como sendo influenciados pelo fator
frequência.

Atividade 3.3:
Considere os dados abaixo:
a) girl play with toy.
b) one time I watch this movie.
c) here she playing a movie.
d) Mary so funny.
Os dados simulam erros hipotéticos, sob o ponto de vista do padrão usual dos
falantes da língua inglesa, no desempenho linguístico de aprendizes brasilei-
ros do inglês como L2, falantes do português do Brasil como língua nativa.
A partir das perspectivas teóricas descritas no capítulo acerca do papel da L1
na aquisição de L2, proponha análises sobre possíveis fatores que conduzem
a esse tipo de ocorrência.

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CAPÍTULO
4
O indivíduo na aquisição
de segunda língua

Atividade 4.1:
Retorne ao vídeo no qual o professor Stephen Krashen expõe o seu modelo
teórico para a aquisição de segunda língua, com o qual provavelmente você já
trabalhou nas atividades sugeridas para o primeiro capítulo:

https://youtu.be/NiTsduRreug

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Esse modelo propõe uma perspectiva universalista para a aquisição de segun-
da língua, ou seja, um mecanismo proposto como geral e em operação para
todos os aprendizes de segundas línguas, independentemente de característi-
cas pessoais ou especificidades e propriedades das línguas já conhecidas pelo
aprendiz e das línguas a serem aprendidas.
Discuta possíveis pontos de convergência e de divergência que as diferenças in-
dividuais tratadas no capítulo 4 colocam à proposta teórica de Stephen Krashen.

Atividade 4.2
Retorne ao vídeo no qual o professor Stephen Krashen expõe o seu modelo
teórico para a aquisição de segunda língua, com o qual provavelmente você já
trabalhou nas atividades sugeridas para o primeiro capítulo:

https://youtu.be/NiTsduRreug

Esse modelo propõe uma perspectiva universalista para a aquisição de segun-


da língua, ou seja, um mecanismo proposto como geral e em operação para
todos os aprendizes de segundas línguas, independentemente de característi-

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cas pessoais ou especificidades e propriedades das línguas já conhecidas pelo
aprendiz e das línguas a serem aprendidas.
Discuta possíveis pontos de convergência e de divergência que as diferenças in-
dividuais tratadas no capítulo 4 colocam à proposta teórica de Stephen Krashen.

Atividade 4.3:
Assista à palestra no formato TedTalk da pesquisadora Patricia Kuhl, intitula-
da “O Gênio Linguístico dos Bebês”:

https://bit.ly/3qRWolz

Trata-se de uma palestra disponibilizada no portal dos TedTalks, com legen-


das em várias línguas, inclusive a opção para o português do Brasil.
Na discussão do capítulo 4 sobre o fator da idade de início de aquisição de
segundas línguas como uma diferença individual, você leu sobre duas pers-
pectivas teóricas que interpretam a prevalência desse fator como um preditor
poderoso de altíssima proficiência na segunda língua. A palestra de Patricia
Kuhl aborda o fator idade na discriminação fonêmica.
A partir dessa exposição, você se sente inclinada(o) a considerar uma das
perspectivas teóricas especialmente plausível como uma potencial explicação
do fenômeno discutido na palestra? Reflita acerca de suas razões para seu
ponto de vista.

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Para além da interlíngua:
CAPÍTULO
5
a virada bilíngue
na aquisição
de segunda língua

Atividade 5.1
Assista o breve vídeo abaixo, no qual o professor Vivian Cook apresenta sin-
teticamente o construto de multicompetência, e explique o sentido teórico da
ilustração abaixo:

https://youtu.be/LF7zmsqtIUQ

Há legendas em inglês disponíveis.

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Atividade 5.2:
Considere as sentenças abaixo:
a) Chegamos e tivemos um jantar bom.
b) Chegamos e tivemos um bom jantar.
Tais sentenças provavelmente produzem interpretações distintas para os
falantes nativos do português, indicando que a posição do adjetivo em rela-
ção ao substantivo por ele modificado não se encontra em situação de livre
opcionalidade.
Que previsões poderiam ser feitas a partir da hipótese das interfaces e da hi-
pótese das gramáticas múltiplas, discutidas no capítulo 5, acerca do mapea-
mento entre a forma e o sentido dessas sentenças para os seguinte perfis de
usuários de L2:
1. Falantes de português como língua adicional de alta proficiência e alta ca-
pacidade de processamento (memória de trabalho e funções executivas).
2. Falantes de português como língua adicional de alta proficiência e alta ca-
pacidade de processamento (memória de trabalho e funções executivas).
3. Falantes de português como língua adicional de alta proficiência e baixa ca-
pacidade de processamento (memória de trabalho e funções executivas).
4. Falantes de herança do português e do inglês que passaram a ter a segun-
da língua (o inglês) como sua língua dominante.

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o símbolo convida a explorar em nosso site o tema em estudo

https://www.parabolaeditorial.com.br/linguisticaparaoensinosuperior

Qual é a natureza do conhecimento linguístico que se instala na mente


de um aprendiz de segunda língua e de que maneiras tal natureza pode
se relacionar com os limites das habilidades alcançadas? Quais fatores
internos do aprendiz modulam o que se aprende de uma segunda língua?

É esse o recorte do livro Segunda língua: aquisição e conhecimento. Aqui


nos ocuparemos em discutir o que vem sendo pensado sobre esse tema
desde a década de 1960, quando se inicia a história dos estudos acerca
da segunda língua dentro dos estudos de cognição humana. Assim, este
livro se dedica principalmente a resgatar hipóteses sobre o lugar da se-
gunda língua na arquitetura mental humana e sobre a razão pela qual
as possíveis explicações das habilidades do falante de segunda língua,
assim como possivelmente do próprio conhecimento linguístico que dá
suporte a tais habilidades, variam por vezes de modo tão díspar das ha-
bilidades e do conhecimento linguístico do falante nativo de uma língua.

Que esta lhes seja uma leitura informativa, instigante e inspiradora!

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