Brasagem

Módulo
Módulo II
Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Soldagem Oxi-Combustível
Aula:
Aula:32 (Prof.A.Sauer)
(Prof.A.Sauer)
BRASAGEM
(Definição da AWS)
"Brasagem é uma técnica de união que produz a

coalescência de materiais pelo aquecimento dos

mesmos a uma temperatura conveniente e pela
utilização de um metal de adição, tendo a linha
"LIQUIDUS" acima de 450 oC e esta abaixo da linha
"SOLIDUS" dos materiais de base. O material de
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
adição é distribuído, principalmente, entre as juntas,

precisamente ajustadas e espaçadas, por efeito capilar”
Disciplina:
Módulo II
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Aula:
Em suma:
As partes tem que ser unidas sem fusão do material de base;

O material de adição deve ter a temperatura de fusão acima de

450oC;
O material de adição tem que molhar as superfícies do metal de

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base e se distribuir por ação capilar.

Disciplina:BRASAGEM
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Módulo II
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Aula:
“Famílias”:
BRASAGEM (“Brazing”,”Hartlöten”)
Temp. Fusão > 450oC - Efeito capilar
SOLDA BRANCA / FRACA (“Soldering”,”Weichlöten”)

Temp.Fusão < 450oC - Efeito Capilar
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SOLDA BRASAGEM(“Braze Welding”,”Hartlöten”)

Disciplina:BRASAGEM
Temp. Fusão > 450oC - Preenchimento de chanfro

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Módulo II
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Aula:
Princípios básicos na operação de Brasagem:
1. As superfícies a serem unidas (e o metal de adição - MA !) têm que ser

METICULOSAMENTE LIMPAS para remover as substâncias
contaminantes e óxidos;
2. Revestimento com um fluxo adequado. Um fluxo é um material capaz de
dissolver os óxidos metálicos sólidos ainda presentes e também para prevenir a
re-oxidação durante o aquecimento;

3. A área é aquecida até a fusão desse fluxo, que limpa e protege o metal de base
– MB - e se atinja também a temperatura necessária para a fusão do MA;
4. Adição do MA (ou fusão daquele já pré-posicionado). Como a atração capilar
do MA pelo MB é muito maior do que a atração pelo fluxo, o MA líquido,
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deslocará o fluxo, substituindo-o na junta;

Disciplina:BRASAGEM
5. Com o resfriamento ter-se-á a junta preenchida pelo MA sólido e o fluxo,

também sólido, estará distribuído na periferia da junta (ainda protegendo-a
durante o resfriamento);
6. O fluxo remanescente terá que ser muito bem removido

Disciplina:
Módulo II
(normalmente são solúveis em água quente ou fria). São, de uma forma geral,
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quimicamente agressivos e podem dar problemas de corrosão na área brasada.

Aula:
DIVERSOS:
Em trabalho industrial ou repetitivo é comum o uso de atmosferas especiais

(vácuo, gases nobres, gases ativos, etc.) para evitar a colocação e a retirada
(limpeza) do fluxo após o trabalho;
Brasagem é um processo de união com aspecto econômico muito atrativo
além de permitir a obtenção de uniões metalúrgicas de alta resistência aliada à
preservação das propriedades mecânicas dos metais de base.

O fluxo capilar é o princípio físico dominante no processo. Ele vai
depender dos seguintes parâmetros:
• espaçamento da junta (usual de 0,025 a 0,25 mm);

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Disciplina:BRASAGEM
• molhabilidade (ângulo de contato MA e MB);

• fluidez;
• tensão superficial (MB, MA, Fluxo e / ou Atmosfera);
• viscosidade;
• pressão de vapor;
Disciplina:
• gravidade;
Módulo II
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• reações metalúrgicas MA x MB.

Aula:
É muito importante um posicionamento seguro
ou uma fixação mecânica das partes a serem
brasadas para que elas não se movimentem
durante o processo !
Disciplina: BRASAGEM
Aula: 3 (Prof.A.Sauer)
Módulo I
PROCESSOS DE BRASAGEM
Os processos de brasagem, de uma forma geral, são
agrupados conforme as fontes ou métodos de aquecimento. Os tipos usuais
têm a seguinte classificação:
1. BRASAGEM por TOCHA;

2. BRASAGEM por FORNOS;
3. BRASAGEM por INDUÇÃO;
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4. BRASAGEM por RESISTÊNCIA;

Disciplina:BRASAGEM
5. BRASAGEM por IMERSÃO;

6. BRASAGEM por INFRAVERMELHO;
7. BRASAGEM A ARCO (recente).
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Módulo II
Módulo
Aula:
Brasagem por TOCHA
Brasagem por tocha é realizada pelo aquecimento de uma ou mais tochas

(maçaricos) de gás. Dependendo da temperatura ou da quantidade de calor
requerido, o gás combustível (acetileno, propano, butano, gás de rua, etc.) pode ser
queimado com ar, ar comprimido ou oxigênio.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
1. O metal de adição pode ser pré-posicionado na junta sob forma de anéis,

Disciplina:
Módulo II
arruelas, fitas, massas, pós, etc. ou ele pode ser alimentado, manualmente,
Módulo
através de arames ou varetas (existem pistolas que mecanizam a alimentação).

Aula:
Em qualquer caso, a limpeza e a fluxação prévia são essenciais.

2. Brasagem por tocha manual é particularmente interessante em brasagem de
peças de massas desiguais (apesar de se poder mecanizar o processo, também
nesses casos).
3. Em soldagem de produção seriada o processo pode ser mecanizado, com
movimento das tochas ou das peças. Exemplo abaixo:
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
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Aula:
Brasagem por tocha, mecanizada (no exemplo produzindo 230 unidades por hora)
BRASAGEM POR TOCHA: Características e técnicas:
Utilização de chama com característica NEUTRA ou ligeiramente REDUTORA;
Fluxo colocado antes do aquecimento (junto ou antes da adição do MA);
Pastas de fluxo feitas com álcool são utilizadas, preferencialmente, aquelas

aglutinadas com água;
Evitar sobre-aquecimento. Problemas de difusões indesejáveis, "queima" ou perda

de constituintes do fluxo ou do MA;
Garantir um aquecimento uniforme das partes (problema de peças com massas

desiguais). Usar um bico compatível com o tamanho das peças;
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Na maioria dos casos, pode-se usar o fluxo como indicador. Com sua fusão,
devemos estar próximos à temperatura de adicionar o MA;
A chama deve ser dirigida ao MB e não ao MA;
Em brasagem não se utiliza a parte mais quente da chama (ponta do "dardo") de

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Módulo II
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forma a não se ter pontos superaquecidos, inclusive com risco de fusão do MB.
Aula:
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Disciplina:BRASAGEM
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(Prof.A.Sauer)
BRASAGEM POR TOCHA:
Maçaricos “domésticos”
Brasagem por FORNOS
Brasagem por fornos é utilizada extensivamente em casos onde se necessita de
alta produção e o material de adição possa ser pré- posicionado.
A fluxação é utilizada na maioria dos casos, a não ser em casos onde é

empregada uma atmosfera especial, que é introduzida no forno, para cumprir a
mesma função. A maioria das brasagens, em alta produção, é realizada sob uma
atmosfera de gás redutor, tal como hidrogênio seco ou qualquer outro gás de
combustão. Gases inertes puros, tais como He e Ar, são utilizados em casos de
materiais muito reativos com as atmosferas convencionais.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Módulo II
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Aula:
O processamento em forno pode ser sob
forma contínua ou em lotes. O aquecimento
é, usualmente, realizado por elementos
resistivos (resistores de SiC, W, etc.), gás ou
óleo. Também é usual a existência de
controladores de tempo ("timers") e de
temperatura (termopares). O resfriamento é,
algumas vezes, realizado em câmaras de
resfriamento, podendo fazer parte integrante
do sistema ou não. As peças a serem

brasadas podem ser colocadas unitariamente,
em lotes ou continuamente alimentadas por
sistema de esteira rolante.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
Fornos com esteiras

Um grande volume de brasagens por forno é realizada sob vácuo, que evita a
oxidação e elimina a necessidade de utilização de fluxos. Em sua maioria são peças
para utilização na indústria aeronáutica, nuclear ou aeroespacial, onde há uma
grande utilização de metais reativos ou os resíduos dos fluxos retidos por
inacessibilidade, não poderiam ser tolerados.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
KFA-Jülich, 1983
Disciplina:
Se o vácuo é mantido por bombeamento contínuo, ele irá remover os

Módulo II
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constituintes voláteis liberados durante a brasagem. Existem diversos metais de base

Aula:
ou metais de adição que não são brasados sob vácuo devido a possibilidade de perda
dos constituintes de baixo ponto de fusão ou alta pressão de vapor.
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Módulo II
Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
BRASAGEM A FORNO
Exemplos de pré-colocação do material de adição (MA).

Brasagem em fornos é extensivamente utilizada quando:
Peças muito complexas que têm que ser uniformemente aquecidas de forma a se
evitar possíveis distorções de aquecimentos localizados, na área a ser brasada.
O MA pode ser colocado em contato com a junta;
Conjuntos com múltiplas juntas que podem ser, simultaneamente, brasadas;
As partes a serem brasadas podem ser pré-fixadas ou mantidas por posicionadores
em sua posição correta (exemplos abaixo):

(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
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Aula:
Exemplos de fixação de peças para brasagem em forno

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Módulo II
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(Prof.A.Sauer)
Brasagens em fornos, múltiplas

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Módulo II
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Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
ZAT-FZ (Juelich-DE)
Fornos À VÁCUO
American Brazing, Cleveland, USA

FORNOS A VÁCUO =============================
Fornos a vácuo são utilizados, de uma forma crescente, para brasagem de aços
inoxidáveis, super-ligas, ligas de alumínio, ligas de titânio, metais contendo elementos
refratários e cerâmicos. Considerando que não haverá a utilização de fluxos (que poderiam
contaminar a câmara e os elementos aquecedores), as partes têm que ser esmeradamente
limpas, de forma a garantir a molhabilidade e a fluidez do MA durante o processo.
Metais que contenham um pequeno percentual de Al, Ti, Zr ou qualquer outro elemento
com óxidos particularmente estáveis, podem geralmente ser brasados somente a vácuo;
entretanto, uma barreira, previamente depositada, de níquel ainda é preferida, na maioria

dos casos, para se obter melhores resultados.
Um dos tipos mais comuns de forno a vácuo, modernamente utilizado, consiste de uma
simples câmara, com as paredes resfriadas por circuito de água (de forma a proteger os
materiais externos e a estanqueidade da câmara).Os elementos de isolamento térmico e de
aquecimento elétrico são todos contidos no seu interior. A temperatura máxima de
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
operação de uma câmara de "parede fria" é determinada pelos materiais utilizados para
isolamento térmico (ou escudo térmico) e para os elementos de aquecimento. Estes são
sujeitos, não só à altas temperaturas do processo, como às baixíssimas pressões reinantes
na câmara.
Os elementos de aquecimento são usualmente construídos de molibdênio, tungstênio,

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Módulo II
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grafite, tântalo ou outros materiais de baixa pressão de vapor, resistentes as altas

temperaturas.
Aula:
Os escudos de calor são executados em múltiplas camadas de molibdênio, tântalo,
níquel ou aço inoxidável.
O isolamento térmico usual é constituído de tijolos de alumina com alta pureza,

grafite, agregados de inox , fibras de alumina, etc.
A temperatura máxima de operação e nível de evacuação são determinadas pelas

características dos elementos de aquecimento e isolamento térmico. Um forno de parede
fria, bem constituído, atinge temperaturas de 2.200°C e pressões na ordem de 1,33 x 10-4
Pa (10-6 torr).
Os fornos podem ser acessados para carregamento lateralmente (fornos retangulares)

ou pela parte superior ou inferior (fornos cilíndricos).
(Prof.A.Sauer)
Bombas de vácuo para fornos de brasagem podem ser do tipo mecânico, de óleo,
Disciplina:BRASAGEM
seladas, para pressões de 13 a 1300 Pa (0,1 a 10 torr). A brasagem de metais contendo Cr,
Si ou outros metais que formam óxidos com facilidade requerem pressões de 1,3 a
0,13Pa (10-2 a 10-3 torr), que são obtidas com bombas, de alta velocidade, mecânicas,
secas e turbinadas. Bombas de vácuo deste tipo não podem exaurir diretamente a
atmosfera e requerem uma bomba convencional, para um pré-vácuo.
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Nota: 1 atm = 14,7 psi = 121325 Pa = 760 mm Hg = 760 Torr

Aula:
Materiais que contenham pequenas percentagens de elementos formadores de óxidos
estáveis (Al, Ti, Zr, etc.) requerem pressões na ordem de 0,13 Pa (10-3 torr) ou mais
baixas.
Fornos a vácuo deste tipo, usualmente, empregam uma bomba de difusão que permite
depressões na faixa de 1,3 a 10-4 Pa (10-2 a 10-6 torr). Este tipo de bomba também requer
um sistema de pré-vácuo. Modernamente empregam-se bombas do tipo turbo
moleculares que podem atingir até, em volumes pequenos, vácuos de 10-10 torr (10-8
Pa).
Alguns fornos a vácuo possuem um circuito fechado de argônio, de forma a acelerar

o resfriamento e minimizar os tempos de processamentos.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Fornos à Vácuo
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Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
> 60.000 rpm
Corte de uma bomba turbo molecular (simples)

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Disciplina:BRASAGEM
• mancais de levitação magnética;

• velocidades de até 90.000 rpm;
• vazóes até cerca de 3000 l/s
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Bombas turbo moleculares (Pffeifer)

Aula:
O trabalho sob vácuo é particularmente adequado para brasagens de áreas grandes e
contínuas, onde:
Fluxos sólidos ou líquidos não possam ser adequadamente removidos das interfaces durante a
brasagem;
As atmosferas gasosas não são completamente eficientes por causa da sua inabilidade de purgar os
gases retidos em interfaces muito ajustadas.
O vácuo também é adequado para brasagem de muitos materiais de base, similares ou não, incluindo
o titânio, zircônio, nióbio, molibdênio e tântalo. As características desses metais são tais que mesmo
muito pequenas quantidades de gases atmosféricos podem causar a fragilização e, algumas vezes,
desintegração nas temperaturas de brasagem. Esses metais e suas ligas podem também ser brasados sob
atmosferas inertes, porém, os gases terão que ter alta pureza. E interessante notar que um sistema
evacuado a 1,3 x 10-3 Pa (10-5 torr) contém somente 0.000001% de gases residuais.
Certos óxidos existentes no metal de base irão dissociar no vácuo, nas temperaturas de brasagem. O
vácuo é extensivamente utilizado para brasar aços inoxidáveis, super-ligas, ligas de alumínio e
(Prof.A.Sauer)
materiais refratários sob técnicas especiais;

Disciplina:BRASAGEM
A baixa pressão existente em volta dos MB e MA, associada as altas temperaturas, removem as
impurezas voláteis e os gases dos metais. Freqüentemente as propriedades do MB são melhoradas. Esta
característica tem também uma desvantagem, que é quando o MB, MA ou elementos destes podem se
volatilizar devido às baixas pressões.
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Módulo II
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Aula:
Brasagem por INDUÇÃO
O calor necessário para a

brasagem com este processo é
obtido por uma corrente elétrica
induzida nas partes a serem
brasadas.
Para brasagem por indução, as
peças são colocadas dentro, ou
muito próximas, de uma bobina
tubular, refrigerada à água, por
onde circula uma corrente
alternada de freqüência
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
determinada. As peças, em si,

não fazem parte do circuito

elétrico.
A figura, ao lado, apresenta
uma aplicação dessa técnica.
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Módulo II
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Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Múltiplas brasagens,
simultâneas, por indução
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Módulo II
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Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Exemplos de tipos de bobinas

Brasagem por INDUÇÃO: Características e Técnicas:
O aquecimento por indução é usado extensivamente em partes que são auto-

posicionadas ou que podem ser mantidas por posicionadores independentes, desde que
estes posicionadores não interfiram com o aquecimento. O aquecimento por indução é
também utilizado quando o processo requer um rápido aquecimento;
As partes a serem aquecidas atuam como o circuito secundário, curto-circuitado, de um

transformador, onde o primário é ligado à fonte de energia;
Tanto materiais magnéticos como não magnéticos (mas obrigatoriamente condutores)

são aquecidos pela resistência às correntes induzidas pelo sistema;
Fontes de corrente alternada, na faixa de 60 Hz a 450 kHz, podem ser utilizadas para o
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
processo. O aquecimento, devido a uma fonte de 60 Hz, é geralmente lento, mas tende a
penetrar fundo na peça. As frequências de uso mais comuns são de 10 kHz, que pode ser
obtida de um motor gerador CA (alternador) e 350 a 450 kHz, oriundas de tubos a vácuo
ou centelhadores. Com frequências maiores, as correntes tendem a circular mais na
periferia e o interior da peça é aquecido por condução térmica, proveniente das partes
mais superficiais. Como uma regra geral, quanto maior a freqüência, mais "raso" será
Disciplina:
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o aquecimento por indução.

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Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Campos magnéticos e padrões de aquecimento em função do desenho da bobina.

O equipamento é construído com potências de 1 kW até centenas de kilowatts, de
forma a ser usado para bobinas individuais ou múltiplas. Um único gerador pode ser
utilizado para energizar diversos locais de trabalho (ou tipos de fornos) através de
mudanças de conexões elétricas;
As peças podem ser situadas interiormente (caso mais geral), exteriormente

(orifícios, tubos) ou em qualquer outra posição relativa à bobina de indução,
dependendo de sua forma ou do efeito de aquecimento desejado. Peças, colocadas
estacionariamente, podem ser aquecidas uniformemente, caso elas tenham uma parede
de espessura uniforme e tenham uma forma geometricamente simétrica. Quando as
partes não são simétricas, elas podem sofrer um movimento de rotação para garantir
um uniforme aquecimento.
As peças e a bobina são, algumas vezes, colocadas em uma câmara cerâmica

(quartzo ou vidro temperado) para brasagem sob vácuo, hidrogênio ou gases inertes,
(Prof.A.Sauer)
como também usa-se manter a bobina no exterior da câmara de atmosfera especial;

Disciplina:BRASAGEM
Materiais não condutores também podem ser brasados por indução, porém aqui
utiliza-se de um expediente especial. A indução aquece um elemento condutor
(normalmente um tubo de grafite, “Cermotherm®” (sinter Mo [80/85%] + ZrO2
[20/15%]) ou outros materiais que possam atingir altas temperaturas), e este então,
Disciplina:
super - aquecido irradia o calor necessário às peças que se desejam brasar. A figura a
Módulo II
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seguir mostra um exemplo de utilização deste artifício, onde o cadinho cerâmico pode
Aula:
receber diversos materiais de adição, para testes de molhabilidade.

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Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Forno por INDUÇÃO, à Vácuo (experimental)
ZAT-FZ Jülich 1982

Brasagem por RESISTÊNCIA ELÉTRICA
O calor necessário para brasagem por

resistência é obtido da resistência ao fluxo
de uma corrente elétrica através dos
eletrodos e da junta a ser brasada. As
partes que formam a junta fazem parte do
circuito elétrico.
O material de adição, em alguma forma

conveniente, é pré-colocado ou alimentado
a posteriori na face da junta.
A fluxação é realizada na observância da

(Prof.A.Sauer)
devida condutibilidade do fluxo

Disciplina:BRASAGEM
empregado (a maioria dos fluxos é

isolante, quando secos). Por outro lado,

pode-se processar a brasagem sob
atmosfera especial.
Disciplina:
Módulo II
As partes a serem brasadas são fixadas entre dois eletrodos, e a pressão e a corrente,
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adequadas, são então aplicadas. A pressão deve ser mantida até a solidificação total
Aula:
do MA, na junta.
Características e Técnicas:
O processo de brasagem por resistência elétrica é mais aplicável às juntas de

configurações simples, já que é difícil se obter uma distribuição correta de corrente e,
conseqüentemente, um aquecimento uniforme em juntas, cuja área a ser brasada é
larga, descontínua ou é muito maior em uma das dimensões.
Partes que devem ser brasadas por resistência elétrica devem ser projetadas de tal
forma que a pressão possa ser aplicada sem perigo de distorção, nas temperaturas de
brasagem. As peças também têm que permitir uma movimentação quando o MA fundir
e preencher a junta.
Os eletrodos para brasagem por resistência são executados de materiais condutores

(Prof.A.Sauer)
com alta resistência elétrica, tais como carbono ou blocos de grafite, barras ou pastilhas
Disciplina:BRASAGEM
(inseridas na ponta do eletrodo) de tungstênio ou molibdênio, ou mesmo, em alguns

casos, aços. O calor para a brasagem é, principalmente, gerado nos eletrodos e flui
na peça por condução. De uma forma geral, a tentativa de se utilizar a resistência
própria das peças ou as resistências interfaciais, ou não é satisfatória ou prejudicial ao
processo (como por exemplo a fusão prévia do MA sem que o MB tenha chegado a
Disciplina:
uma temperatura adequada).

Módulo II
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Aula:
O metal de adição é pré-colocado, na forma de arames, lâminas, arruelas, anéis, pós ou

pastas. Em uns poucos casos, pode-se fazer a adição durante o processo. Metais de adição
do tipo cobre-fósforo são ideais para brasagem de cobre e suas ligas, já que se comportam
como auto-fluxantes;
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Os MA à base de prata podem ser utilizados, mas requerem uma atmosfera ou

fluxação apropriada. Um fluxo úmido é, normalmente, aplicado como uma muito fina
mistura pouco antes das partes serem ajustadas para a brasagem. Fluxos secos são bons
isoladores e não permitiriam a adequada circulação da corrente;
Disciplina:
Módulo II
A imersão das peças já brasadas, mas ainda quentes, em água, facilitará a retirada dos
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fluxos remanescentes (só em níveis de temperatura ou em materiais que não sofram

Aula:
alterações prejudiciais, em suas propriedades, devido ao ciclo térmico).

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Módulo II
Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Um expressivo exemplo de brasagem por RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Brasagem por IMERSÃO
Existem dois métodos de brasagem por imersão:
Brasagem POR IMERSÃO EM BANHO QUÍMICO e

Brasagem POR IMERSÃO EM BANHO DE METAL FUNDIDO.
Em brasagem por imersão em banho químico, o MA, sob forma adequada, é pré-
colocado e o conjunto é imerso em um banho de sais fundidos, como ilustrado
abaixo:
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
Brasagem por imersão em sais fundidos

Brasagem por IMERSÃO EM METAL FUNDIDO
No caso de brasagem por imersão em banho de metal fundido, as peças são

imersas em um banho do MA. As peças devem ser limpas e fluxadas, se
necessário. Uma cobertura de fluxo pode ser mantida sobre o banho fundido para
protegê-lo da oxidação. Este método é largamente confinado à brasagem de partes
pequenas, tais como fios ou lâminas metálicas. As partes devem ser mantidas
firmemente juntas, após a retirada do banho, até a total solidificação do MA.

Tem pouco interesse industrial.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Módulo II
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Aula:
“Cachimbo”
MÉTODO DE BANHO QUÍMICO (SAIS FUNDIDOS - FLUXO)
Recipiente metálico ou cerâmico para o fluxo e um método de aquecimento do fluxo até a

temperatura de brasagem. O calor pode ser aplicado externamente através de tochas, ou
internamente através de resistências elétricas. Um outro método envolve o aquecimento pela
resistência à passagem de corrente elétrica do próprio banho. Neste caso, a fusão inicial do fluxo
tem que ser realizada por meios externos.
A temperatura tem que ser controlada e o banho deve ter um tamanho suficiente para não
sofrer uma queda substancial de temperatura com a imersão das peças a serem brasadas.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
Fornos para banhos de sais fundidos

As partes devem ser limpas, montadas
e, preferencialmente, fixadas por
dispositivos antes de sua imersão no
banho. O material de adição, nas suas mais
diversas formas, é pré-posicionado (ou já
existe sob a forma de revestimento - "clad"
- nas peças). Um pré- aquecimento pode
ser necessário para garantir que as peças
não contenham nenhuma umidade
(falhas e segurança) e para prevenir o

"congelamento" do fluxo em partes que
possam causar fusão seletiva do fluxo ou
MA.
Uma certa quantidade de fluxo adere ao

(Prof.A.Sauer)
conjunto após a brasagem. O fluxo tem

Disciplina:BRASAGEM
que ser removido enquanto as peças estão

ainda quentes. Os resíduos devem ser
limpos em seguida, através de água ou
soluções químicas.
A figura ao lado apresenta um

Disciplina:
Módulo II
Módulo
exemplo de uma ferramenta, bem

conhecida, executada por brasagem
Aula:
em banho de sal.
VANTAGENS DO PROCESSO :
1. tempo de aquecimento é cerca de 1/4 do tempo necessário para o mesmo serviço em
um forno de atmosfera controlada;
2. juntas protuberantes podem ser brasadas seletivamente;
3. um fino casulo de sal "congela" sobre a superfície da peça. Esta cobertura evita a
fusão prematura do MA e protege a superfície contra a oxidação;
4. conforme a composição do banho, pode-se ter aquecimento e efeito fluxante,
simultâneos;
5. pode-se fazer uma cementação simultânea;
6. possibilidade de brasagem de peças em lotes;
7. uma fina camada de sal protege a peça na saída do banho;

8. a remoção do sal é simples. Aquele que não foi drenado para o banho, sai em lavagem
posterior;
9. jogo de pesos (densidade do banho x peça) diminui a probabilidade de distorções
durante o aquecimento.
DESVANTAGENS :
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
1. não pode ser usado para operações intermitentes (normalmente diárias);

2. se a junta não for protuberante não se pode fazer brasagem seletiva;

3. a peça tem que estar perfeitamente seca, sem qualquer umidade. A reação da
água, no banho, pode ser explosiva. Requer, freqüentemente, pré-aquecimento.
4. peças ocas são difíceis de submergir;
5. peça deve ser tal que não retenha bolsas de ar na entrada ou muito sal na saída ;
Disciplina:
Módulo II
Módulo
6. as partes não devem exigir posicionadores pesados e complicados;

7. alguns sais utilizados são tóxicos e/ou venenosos (cianetos).
Aula:
Brasagem por INFRAVERMELHO
Brasagem por infravermelho pode ser

considerada como uma forma de brasagem
em forno, onde o calor é fornecido por
radiação luminosa, abaixo dos raios
vermelhos visíveis, do espectro. Mesmo
com fontes muito "negras" existe alguma

luz visível, mas o principal aquecimento é
feito por radiação invisível.
Fontes de energia ("lâmpadas") até

acima de 5000 watts de potência são
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
disponíveis comercialmente. Exemplo de brasagem por I.V.

As lâmpadas não precisam, necessariamente, seguir o contorno das peças a serem

brasadas, mas é interessante frisar que a energia que chega na peça é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre o emissor e a superfície que recebe a
Disciplina:
Módulo II
"luz". é comum a utilização de refletores concentradores de forma a se focar a radiação

Módulo
nas peças a serem brasadas. As peças também podem ser colocadas em redomas
Aula:
transparentes com gás protetor ou vácuo.

Brasagem a ARCO
A brasagem a arco é uma técnica recente que visa diminuir os efeitos perniciosos
das temperaturas atingidas nas soldagens convencionais, na estrutura de chapas de
aço de alta resistência ou naquelas revestidas para proteção à corrosão.
A técnica, atualmente mais difundida, é a BRASAGEM MIG (“MIG BRAZING”),

onde o arame de aço é substituído por uma liga de cobre. Trabalha-se com uma
temperatura na faixa de 1000 oC e não em torno de 1500 oC.
Imagens:
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
“MIG Brazing”, esquema. Junta sobreposta

Brasagem MIG. Características e Vantagens:
Baixo aporte térmico na peça, resultando:

1. No caso de chapas galvanizadas => Danos menores ao revestimento protetivo;
2. Características estruturais do metal de base, se mantém;
3. Distorções mínimas;
4. Ótima estanqueidade da junta.
Arco estável no caso de chapas galvanizadas:
1. Baixo respingo => menor retrabalho;

2. Formação de porosidade mínima => Alta resistência do cordão e raiz da solda;
3. Materiais de adição à base de Cu => Cordão resistente à corrosão e fácil de
trabalhar
Possibilidade de união de materiais dissimilares => Aço à ligas de cobre, por
exemplo.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Materiais de adição, usuais:
TIPO AWS 5.7 Liga base Fusão (oC)

Silício bronze ER CuSi3 Cu + 3%Si 910 - 1025
Disciplina:
Módulo II
Estanho bronze ER CuSn6 Cu + 6%Sn 910 - 1040

Módulo
Alumínio bronze ER CuAl8 Cu + 8%Al 1030 - 1040

Aula:
Projeto das juntas
O projeto de uma junta brasada possui requisitos específicos que têm que ser levados
em consideração em função das características de operação da junta. Alguns dos fatores
mais importantes são:
Composição do MA e MB;
Tipo e forma da junta;

Características de trabalho: comportamento mecânico, condutividade
elétrica, estanqueidade (à baixa ou alta pressão), resistência à corrosão e
temperatura de serviço.
Tipos de juntas , fatores de seleção:

(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Processo de brasagem;
Sistemas ou equipamentos de brasagem disponíveis;
Técnicas de fabricação das partes;
Quantidade de peças;
Tipo de material de adição e sua aplicação;
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Condições de serviço da junta.

Aula:
Existem, tipicamente, dois tipos de juntas em brasagem:
junta sobreposta
junta de topo.
Na junta sobreposta, a área de sobreposição deve ser determinada de tal forma, que a
(Prof.A.Sauer)
junta tenha maior resistência que o membro mais fraco que a constitui. Uma
Disciplina:BRASAGEM
sobreposição de pelo menos 3 (três) vezes a espessura do membro mais delgado irá,
usualmente, determinar o máximo de eficiência da junta.
A junta sobreposta é mais fácil de ser executada e, geralmente, é a que apresenta a

melhor eficiência. A grande desvantagem, porém, é a existência de concentradores de
Disciplina:
tensão nas extremidades da junta brasada.

Módulo II
Módulo
Aula:
As juntas de topo são utilizadas onde a espessura de uma junta sobreposta poderia ser
inconveniente e onde a resistência dessa junta (de topo) atendesse as condições de
serviço. A resistência da junta irá depender da resistência do MA empregado e também
das possíveis interações que podem ocorrer durante a brasagem.
O processo de brasagem por difusão irá também melhorar a resistência da junta desde
que este processo cause a interdifusão entre o MA e o MB. Esta interdifusão irá,
materialmente, alterar a junta por eliminar parcialmente ou totalmente o MA como
uma distinta camada da junta. Este processo aumenta as propriedades mecânicas das
juntas e a temperatura de refusão.
Uma forma de aumentar a área brasada em uma junta de topo, sem aumentar a seção
reta da junta, é a variação de um chanfro reto para um chanfro em bisel. Quanto mais
inclinado for o bisel, maior será a componente de cisalhamento em relação a
componente de tração.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Juntas em bisel
Aula:
FOLGA DAS JUNTAS
Uma das variáveis mais importantes no projeto de uma junta, acarretando em sua
sanidade e resistência ao cisalhamento, é a abertura (folga) entre as partes. A figura
abaixo apresenta, de forma esquemática, as faixas ideais, para os dois principais tipos de
proteção. Fluxo mineral ou atmosfera gasosa.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Disciplina:
Relação esquemática abertura de junta x resistência ao cisalhamento

Módulo II
Módulo
para dois métodos de fluxação.

Aula:
Módulo
Módulo II
Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
temperatura de brasagem.
Aberturas recomendadas, para juntas tubulares e sobrepostas, na
Outras considerações nos projetos de juntas brasadas
Efeito de fluxos minerais e gasosos na abertura das juntas;

Efeito do acabamento superficial;

Efeito dos metais de base;
Efeito dos metais de adição;
Efeito do comprimento e da geometria da junta;
Efeito de materiais dissimilares;
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Distribuição de tensões;
Pré-colocação do metal de adição;
Condutividade elétrica;
Disciplina:
Estanqueidade.
Módulo II
Módulo
Aula:
Materiais de base adequados para Brasagem
Critérios de seleção:
a) Requisitos termo-mecânicos:
• temperaturas de trabalho da junta;

• tratamentos térmicos (anteriores, durante e posteriores ao processo de
brasagem);
b) Aspectos de resistência a corrosão (corrosão seletiva devido a pares
galvânicos MB x MA);
c) Disponibilidade do material de adição adequado (ligas caras, importadas ou
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
feitas por encomenda);

d) Projeto de junta (colocação do MA, processo adequado, acabamentos

posteriores, etc.).
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
Materiais brasáveis:
* alumínio e ligas;
* ligas de níquel
* magnésio e ligas;
* titânio e zircônio
* berílio;
* carbetos e "cermets";
* cobre e ligas;
* cerâmicos
* aços baixo carbono e baixa liga;
* metais preciosos;
* aços alto carbono e aços rápidos;
* metais refratários (W, Mo, Ta, Nb);
* ferros fundidos;
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
* materiais dissimilares;
* aços endurecíveis por precipitação;

* ligas resistentes ao calor (Ni x Co - "super ligas");
* aços inoxidáveis;
* etc.
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
Materiais de Adição
Características básicas na seleção:
Deve produzir juntas que atendam os requisitos mecânicos,físicos e químicos

do dispositivo NA TEMPERATURA DE SERVIÇO;
Deve ter um ponto (ou faixa) de fusão compatível com os metais da junta e
suficiente fluidez, na temperatura de brasagem, para fluir e se distribuir por
efeito capilar;
Deve ter uma composição suficientemente homogênea e estável para

minimizar a separação dos constituintes (LIQUAÇÃO) nas condições de
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
brasagem;
Deve apresentar uma boa molhabilidade com o metal de base, na atmosfera

de brasagem;
Deve, conforme a aplicação, interagir ou não com os materiais de base.

Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
Fusão e fluidez:
Os metais puros fundem sob uma temperatura constante (característica e em função da

pressão a que estão submetidos) e são geralmente muito fluídos.
Composições binárias (ligas de dois metais) têm diferentes características, conforme o

conteúdo seletivo de cada componente, na liga. A figura a seguir, mostra, de forma a
exemplificar, o diagrama de equilíbrio cobre-prata. Deve-se notar aqui, que a
composição eutética (72% Ag, 28% Cu), além de apresentar o menor ponto de fusão
(simultâneo para os dois componentes), é a que se apresenta mais fluída, assim que se
processa a fusão.
A composição eutética se apresenta tão fluída quanto um metal puro fundido.

Qualquer outra composição, que não a eutética irá apresentar um comportamento pastoso
(Prof.A.Sauer)
entre as temperaturas de "solidus" e "liquidus". Acima da linha de "liquidus" a fluidez é

Disciplina:BRASAGEM
estabelecida.
Quanto maior for a diferença de temperatura sólido-líquido da liga, mais vagaroso será o
seu fluir em uma junta capilar.
Disciplina:
Na prática, as ligas têm se tornado, dia a dia, cada vez mais complexas com adições de
Módulo II
Módulo
elementos que as tornam mais versáteis ou melhoram esta ou aquela característica.

Muitas delas, inclusive, devido a sua complexidade, ainda não tiveram os diagramas de
Aula:
equilíbrio levantados.
Módulo
Módulo II
Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Diagrama de equilíbrio cobre (Cu) – prata (Ag)

Liquação:
Considerando que as composições das fases sólida e líquida de um metal de adição, que está
começando a fundir, geralmente diferem, estas irão sofrer uma mudança gradual conforme a
temperatura aumenta da linha de "solidus" para a linha de "liquidus".
Se a porção que fundir primeiro tiver tempo de fluir, o sólido remanescente tem um ponto de fusão
(devido a sua nova composição) maior do que a composição original. Ele pode, inclusive, não chegar a
fundir (nas condições pré-estabelecidas para a brasagem) e ficar para atrás como um resíduo sólido.
Metais de adição com faixas estreitas ("liquidus" x "solidus") não tendem a separar e fluem livremente,
mesmo em juntas muito estreitas.
Para aqueles de faixas mais largas, um aquecimento rápido (ou a aplicação do MA só quando o MB
atingir a temperatura própria), irá minimizar os problemas de liquação e separação. Entretanto, a
liquação não pode ser totalmente eliminada, assim sendo, os MA que possuem faixas muito extensas,
tendendo então a um fluir vagaroso, requerem juntas mais abertas e apresentarão filetes largos nas
extremidades da junta.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
Alguns MA se tornam suficientemente fluídos, mesmo antes de atingirem a linha de "liquidus" e, então,
pode-se obter uniões satisfatórias, mesmo considerando que a temperatura de "liquidus" não foi
atingida. Para o preenchimento de juntas com maiores aberturas, onde um escoamento mais vagaroso é
mais interessante, a brasagem é realizada dentro da faixa "solidus-liquidus".
De uma forma geral, uma brasagem é realizada em temperaturas de 10 a 90 oC acima da linha

Disciplina:
"liquidus" do MA. O valor ideal é obtido experimentalmente e depende de diversos fatores como: taxa
Módulo II
Módulo
de aquecimento, ambiente de brasagem (atmosfera ou fluxo), espessuras das partes, condutividade do

MB, tipo de junta, etc.
Aula:
SELEÇÃO DOS METAIS DE ADIÇÃO:
Os seguintes fatores devem ser considerados quando se seleciona um metal de adição para brasagem:
1. Compatibilidade com o MB e com o projeto da junta (incluindo cor e habilidade para posterior
metalização - ourivesaria /decoração);
2. Compatibilidade com as condições de serviço da junta, quais sejam:

temperatura de trabalho;
ciclos térmicos (fadiga térmica);
cargas dinâmicas e estáticas;

resistências a meios corrosivos;
estabilidade à radiação;
estanqueidade e integridade sob alto vácuo;
3. Níveis de temperaturas requeridos para brasagem:

Baixa temperatura - Características:
economia de energia,
(Prof.A.Sauer)
minimiza os efeitos térmicos no MB ( recozimento, crescimento de grão,

Disciplina:BRASAGEM
distorções, etc.),
minimizam as interações do MB x MA,
aumentam a vida útil dos dispositivos de fixação e posicionamento.
Alta temperatura - Características:

maiores temperaturas de refusão (interação MB x MA),
Disciplina:
Módulo II
ligas, em sua maioria, menos dispendiosas,

Módulo
possibilidade de associar o processo simultâneo a tratamentos térmicos

(recozimento, alívio de tensão, etc.),
Aula:
possibilidade de remoção de alguns óxidos sob vácuo ou atmosfera especial.

De forma a simplificar a seleção do metal de adição a AWS apresenta, sob a norma
"AWS A 5.8 - Specification for Brazing Filler Metal", uma divisão em categorias e
suas aplicações. As categorias são:
ligas de alumínio - silício;

ligas de magnésio;
ligas a base de cobre e cobre - fósforo;
ligas a base de prata;
ligas a base de ouro;
ligas a base de níquel;
(Prof.A.Sauer)
ligas a base de cobalto;

Disciplina:BRASAGEM
ligas especiais para materiais refratários;

ligas especiais para materiais dissimilares.
Disciplina:
Módulo II
Módulo
Aula:
Módulo
Módulo II
Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Combinações recomendadas de Metais de Adição e de Base (segundo a AWS)
FLUXOS E ATMOSFERAS
De uma forma geral, metais e ligas tendem a reagir com vários constituintes da
atmosfera aos quais eles são expostos. Esta tendência aumenta com a elevação da
temperatura. Destas, a reação mais comum é a oxidação, acrescida de possíveis
formações de nitretos e carbonetos. Estas reações, se não controladas ou evitadas,
prejudicam (se não impedem) a obtenção de uma junta brasada saudável.
Fluxos, atmosferas gasosas e vácuo são utilizados para excluir os reagentes e, assim,
prevenir reações não desejáveis durante o processo de brasagem. Em certos casos, e sob
condições apropriadas, esses fluxos e atmosferas podem também reduzir alguns óxidos
que ainda se encontram presentes.
A utilização de atmosferas não pode ser indiscriminada. Alguns materiais são

fragilizados por determinados gases. Como casos típicos têm-se a fragilização
(Prof.A.Sauer)
permanente de metais como o titânio, zircônio, nióbio e tântalo, se forem brasados sob
Disciplina:BRASAGEM
uma atmosfera contendo hidrogênio, oxigênio ou nitrogênio. O cobre, que não for
perfeitamente desoxidado, também é fragilizado em atmosferas com hidrogênio.
---------------------------------------------------------------------------
NOTA IMPORTANTE: A utilização de um fluxo ou atmosfera (ou ambos) não elimina
Disciplina:
a necessidade de uma esmerada e cuidadosa limpeza das superfícies antes do processo

Módulo II
Módulo
de brasagem.
Aula:
Fluxos
Os constituintes típicos dos fluxos de brasagem são: CLORETOS, FLUORETOS,

FLUOBORATOS, BORAX, ÁCIDO BÓRICO, AGENTES UMEDECEDORES e
ÁGUA.
Não existe um fluxo "universal" que atenda todas as aplicações.
Recomendações na seleção:
O fluxo tem que ser quimicamente compatível com os materiais envolvidos;
Ele deve ser efetivo durante todo o processo. Assim:
• Para longos ciclos de brasagem, selecionar um fluxo menos ativo mas de
vida ativa mais longa,
• Para ciclos curtos, selecionar fluxos de alta atividade;
Fluxos para brasagem por imersão não devem conter água (inclusive água de
hidratação);
Fluxos para brasagem por resistência elétrica devem ser condutores. Devem,
usualmente, ser aplicados de forma diluída e bem úmida;
A fácil remoção dos resíduos tem que ser cuidadosamente considerada;
A corrosão, tanto do MA quanto do MB, tem que ser a mínima possível.
Módulo
Módulo II
Disciplina:
Disciplina:BRASAGEM
Aula:
(Prof.A.Sauer)
Fluxos recomendados para brasagem (AWS)
Atmosferas Protetoras
O princípio seguido no uso de atmosferas gasosas controladas envolve a

preparação de um gás protetivo especial e a sua introdução no forno de brasagem em
pressões acima da atmosférica. Conforme o gás é continuamente alimentado, vai
ocorrendo a diluição e, finalmente, a purga total do ar. Procura-se manter a pressão interna
do forno, durante o processo, ligeiramente superior à pressão atmosférica de forma a
garantir a não infiltração do ar atmosférico.
Certos tipos de atmosferas, exigem extremo cuidado. Uma das mais perigosas
é aquela que contém hidrogênio, o qual, misturado com o ar na proporção de 4 a 75 % (de
H2), produz uma mistura altamente explosiva.
Uma atmosfera pode também ser extremamente tóxica, como aquelas que
contêm monóxido de carbono.
Recomendações:
Purgar todo o ar do forno, garantindo que ele só contenha a atmosfera apropriada, antes
de qualquer aquecimento;
Todos os gases que saem devido à sobrepressão devem ser captados e levados para fora
do ambiente de trabalho. Preferencialmente queimados.
Módulo I
Aqueles extremamente tóxicos, oriundos do processo (como no caso do Be), devem ser
filtrados antes de serem jogados para o ar atmosférico.
Módulo I
Atmosferas recomendadas para brasagem (AWS)
Brasagem sob Vácuo(AWS)
Nota: 1 atm = 760 torr (mmHg) = 1,01325 x 105 Pa

Módulo I
Normas
AWS - Brazing & Soldering Specifications & Books*
2.4 Standard Symbols for Welding, Brazing and Nondestructive Examination

A3.0 Standard Welding Terms and Definitions, Including Terms for Brazing
Soldering, Thermal Spraying, and Thermal Cutting
A5.8/A5.8M Specification for Filler Metals for Brazing and Braze Welding
A5.31 Specification for Fluxes for Brazing and Braze Welding
B2.2 Standard for Brazing Procedure and Performance Qualification
C3.2M/C3.2 Standard Method for Evaluating the Strength of Brazed Joints
C3.3 Recommended Practice for the Design, Manufacture, and Examination of
Critical Brazed Components
C3.4 Specification for Torch Brazing
C3.5 Specification for Induction Brazing

C3.6 Specification for Furnace Brazing

C3.7 Specification for Aluminum Brazing
C3.8 Recommended Practice for Ultrasonic Inspection of Brazed Joints
BRH Brazing Handbook
SHB Soldering Handbook
Módulo I
*BRAZING & SOLDERING MANUFACTURERS' COMMITTEE

BRASAGEM: Vantagens e Desvantagens
VANTAGENS:
Método econômico na união de estruturas complexas;
Maneira simples de unir superfícies grandes;
Excelente distribuição de tensões e calor;
Capacidade de preservar coberturas e revestimentos;
Capacidade de unir materiais dissimilares;

Capacidade de união de metais e não metais;
Capacidade de união de peças com grande diferença de espessuras;
Capacidade de união com precisão;
As uniões irão requerer pouco ou nenhum acabamento;
Pode trabalhar com peças em lote;
Permite, dependendo da técnica empregada, a separação das peças a posteriori.
Com atmosferas protetoras, as peças são mantidas limpas e pode-se associar
(Prof.A.Sauer)
tratamentos térmicos ao final da operação.

Disciplina:BRASAGEM
DESVANTAGENS:
Possibilidade de indesejáveis interações MA e MB causando erosão e ou impedimento do
fluxo capilar;
Possibilidade de formação de fases frágeis (intermetálicos) prejudicando a resistência da
junta;
Disciplina:
Módulo II
Em brasagem à tocha, manual, exige habilidade do operador para não danificar as peças de
Módulo
base.
Aula:
SAÚDE E SEGURANÇA
(Recomendações diversas e adaptações baseadas segundo a Norma AISI Z49.1)
Deve-se tomar cuidado no manuseio de objetos quentes. Os soldadores devem

utilizar roupas apropriadas, incluindo sapatos;
Conforme a operação de brasagem recomenda-se o uso de óculos, máscaras ou filtros
protetores;
Precaução de manuseio e ou inalação: Alguns materiais de adição contém materiais
tóxicos, tais como cádmio ou berílio; a maioria dos fluxos contém fluoretos e ou
compostos à base de fluor;
As áreas de trabalho devem ser bem ventiladas. Na falta de ventilação natural
adequada deve-se providenciar ventilação/exaustão mecânica;
Precauções especiais: Materiais de adição contendo CÁDMIO devem levar uma
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
etiqueta de alerta (no invólucro, na caixa, etc.) do tipo:

CUIDADO
CONTÉM CÁDMIO !
FUMOS VENENOSOS PODEM
SER FORMADOS DURANTE SEU AQUECIMENTO
Disciplina:
Módulo II
Não aspire os fumos. Use somente com a ventilação adequada, tais como:
Módulo
Coletores de fumo; exaustores ou respiradores com insuflação individual.

Aula:
Idem para FLUXOS COM FLUORETOS:
CUIDADO
CONTÉM FLUORETOS
Este fluxo quando aquecido gera fumos que
podem irritar os olhos, nariz e garganta
1. Evite os fumos – Use somente em locais bem ventilados;

2. Evite o contato do fluxo com os olhos e a pele;
3. Não ingira;
4. Mantenha inacessível à crianças.
Brasagem em forno com a utilização de fluxos à base de fluoretos requer um purga

constante dos fumos para prevenir a corrosão de metais expostos. Lembrar que esta
exaustão para a atmosfera pode ir ao encontro de normas ambientais.
Brasagem por imersão utilizando banhos fluxantes e aquecedores à base de fluoretos,
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
também requer uma adequada exaustão dos fumos.

BERÍLIO
O berílio é usado como abaixador da temperatura de fusão de algumas ligas de

brasagem ( Ex. 48%Ti – 48%Zr – 4%Be). O Be pode também estar presente, em
Disciplina:
Módulo II
Módulo
pequenas quantidades, em metais de adição de magnésio. O próprio berílio e ligas

cobre-berílio, também são brasáveis.
Aula:
Além das recomendações sobre a devida ventilação ambiental e não inalação de
fumos, observa-se o cuidado no seu manuseio, principalmente trabalhos com materiais
de adição na forma de pós ou pasta. Manter o local de preparação sempre limpo e lavar
as mãos com freqüência ( o uso de luvas, nestes casos, é fortemente recomendado).
ZINCO
O zinco pode ser encontrado como revestimentos do metal de base ou como
constituinte de certos metais de base ou de adição. Ele funde à baixa temperatura e se
oxida facilmente, produzindo fumos de óxido de Zn. Esses fumos podem causar
enfermidades conhecidas como “resfriado de Zn” ou “febre de Zn”. Apesar de seus

efeitos não serem tão prejudiciais como os anteriores, é sempre importante
providenciar a devida ventilação.
LIMPEZA QUÍMICA
É imperativo a existência de uma apropriada ventilação nos locais de limpeza
das peças.
(Prof.A.Sauer)
Disciplina:BRASAGEM
• O uso de tetracloreto de carbono é usualmente proibido. Sua presença,

mesmo em pequenas quantidades e em qualquer temperatura, provoca danos

acumulativos à saúde;
• Os vapores de tricloroetileno e tetracloroetileno, se em contato com
objetos quentes ou na proximidade de arcos elétricos, se dissociam , gerando
halogênios livres e fosgênio (COCl2 – Cloreto de carbonila), que são
Disciplina:
Módulo II
Módulo
tóxicos. Os vapores desses solventes de limpeza são mais pesados que o ar e

podem se deslocar por grandes distâncias dos recipientes dos banhos.
Aula:
• Alguns solventes como benzina e gasolina , além de tóxicos, são inflamáveis.
Se usados, deve-se tomar especial cuidado também contra a formação de
chamas ou explosão;
• As normas de segurança (como a ANSI Z49.1) também caracterizam o
manuseio adequado, em função de temperaturas de trabalho e atmosferas
protetoras de brasagem, das composições e purgas, de forma a evitar misturas
explosivas.
ASFIXIA
Deve-se atentar que mesmo se trabalhando com gases inertes como o argônio e o
nitrogênio (este último é inerte em temperatura ambiente, mas pode formar óxidos
nocivos em elevadas temperaturas), se em grande concentração podem levar à asfixia
(devido à falta de oxigênio no gás inspirado). Pessoas quem tenham que executar
qualquer trabalho em um ambiente desses, ou se faz uma purga colocando ar
(Prof.A.Sauer)
respirável ou ela portará um sistema próprio de respiração.

Disciplina:BRASAGEM
BRASAGEM POR IMERSÃO

Em brasagem por imersão é extremamente importante que as partes a serem imersas
nos banhos estejam perfeitamente secas. A presença de umidade irá gerar vapor,
superaquecido, com violência explosiva, com riscos de queimaduras aos operadores.
Disciplina:
Módulo II
Mesmo na hora de se completar, em operação, mais fluxo ao banho deve-se cuidar

Módulo
que este esteja perfeitamente seco, inclusive de água de hidratação.

Aula:
SOLDABRASAGEM (“Braze Welding”,“Solda-Bronze”)
A soldabrasagem é realizada pela utilização de um metal de adição que tenha

uma temperatura de "liquidus" acima de 450 0C e abaixo da temperatura de
"solidus" do metal de base.
A diferença fundamental, em relação aos processos convencionais de brasagem,

é que neste processo o metal de adição (MA) não é distribuído por efeito capilar e
sim depositado de forma a preencher um chanfro, previamente realizado, no metal
de base (MB). A figura abaixo apresenta, esquematicamente, o processo.
Módulo I
Características Básicas
A soldabrasagem foi originalmente desenvolvida para reparo de partes trincadas ou

quebradas de ferros fundidos (f.f.).
A soldagem dos ferros fundidos requer, usualmente, um amplo e elevado
preaquecimento e uma velocidade de resfriamento muito baixa, de forma a minimizar
o desenvolvimento de trincas. Com a soldabrasagem, essas condições são facilmente
contornadas e pode-se realizar o processo sem contrações e expansões danosas ao
dispositivo.
Para a obtenção de uma ligação forte e saudável, entre o metal de adição e o metal
de base não fundido, o metal de adição fundido deve molhar o metal de base, o qual
tem que estar limpo e aquecido.
O processo geralmente utiliza uma fonte de calor que pode ser oriunda de uma
chama oxi-combustível ou arco elétrico (como arco a carvão ou TIG). Em alguns
casos pode-se utilizar até eletrodos consumíveis, e revestidos, de bronze.
Após a adequada limpeza, preaquecimento e fluxação (que pode ser simultânea) é

realizada, inicialmente, a molhagem das faces do chanfro por uma fina camada de
MA (semelhante ao processo de "estanhagem"). A partir daí são depositadas camadas
graduais até o preenchimento total do chanfro.
Módulo I
Vantagens e Desvantagens
VANTAGENS:
Uma menor quantidade de calor é requerida para a ligação. Conseqüentemente,
acarreta menores distorções e contrações na peça a ser unida;
O metal de adição é, relativamente, macio e dúctil, permitindo uma fácil usinagem
e minimizando as tensões residuais;
As uniões podem ser realizadas com a adequada resistência em função de sua
utilização;
O equipamento é simples e fácil de usar;
Metais frágeis, como o ferro fundido cinzento, podem ser unidos, ou reparados,
sem a necessidade de um excessivo pré- aquecimento;
O processo é adequado para a união de alguns materiais dissimilares, como por
exemplo, ligação de cobre, ou ligas cupro-níquel, a aço ou a ferro fundido.
DESVANTAGENS:
A resistência da junta é limitada à do metal de adição;

As temperaturas de serviço das juntas tem que ser baixas. Por exemplo, para
metais de adição à base de cobre, a junta terá que não ultrapassar uma temperatura de
260 0C em serviço;
A junta brasada pode ser sujeita à corrosão galvânica e a ataque químico
diferencial;
Módulo I
A coloração do metal de adição pode não corresponder àquela do metal de base.

Materiais de adição
( ver NORMA AWS A5.7 e A5.8)
Os materiais de adição, comerciais, são, geralmente, ligas de latão contendo,

aproximadamente, 60 % de cobre e 40 % de zinco. Pequenas adições de estanho, ferro,
manganês e silício podem ser adicionadas para melhorar um pouco a fluidez, diminuir a
volatilização do zinco, expulsar oxigênio e aumentar a resistência e a dureza da liga.
Níquel é adicionado (10 %) de forma a clarear a cor do metal e aumentar a sua
resistência.
A tabela abaixo apresenta as composições químicas e algumas propriedades

de quatro tipos de ligas Cu-Zn, sob forma de varetas de adição, utilizadas, usualmente,
em soldabrasagem.
Varetas de adição Cu - Zn, para soldabrasagem.

Módulo I
Fontes de consulta recomendadas / utilizadas nesta apresentação
1. AMERICAN WELDING SOCIETY (AWS), Welding Handbook - Welding Process -

Arc and Gas Welding and Cutting, Brazing and Soldering,Vol. 2, 7th. Ed., 592 pp.,
Miami, FL, 1978.
2. AMERICAN WELDING SOCIETY(AWS), Brazing Manual, A.W.S. Publication, 3rd.
Ed., 309 pp., Miami, FL., 1976.

3. AMERICAN WELDING SOCIETY (AWS), Welding Handbook - Welding,Cutting
and Related Process, Sec. 3B, 6th. Ed., N. Y., 1971.
4. AMERICAN SOCIETY FOR METALS (ASM), Metals Handbook - Welding and
Brazing, Vol. 6, 8th. Ed., Metals Park, Ohio, ASM, 1971.
5. A.SAUER, Tese de Doutorado: “Contribuição ao Estudo da Ligação Metal-Cerâmico
por Brasagem a Direta a Vácuo com Ligas Reativas”, PEMM/COPPE/UFRJ, Agosto
(Prof.A.Sauer)
de 1988.
Disciplina:BRASAGEM
6. P.Villani M., P.J.Modenesi e A. Q. Bracarense, SOLDAGEM – FUNDAMENTOS E

TECNOLOGIA, Ed. UFMG, 2005.
7. Ivan Guerra Machado, SISTEMAS DE ESPECIFICAÇÃO DOS CONSUMÍVEIS
PARA SOLDAGEM E BRASAGEM, FBTS, 1992.
8. Site: http://www.harris-brastak.com.br.
Disciplina:
Módulo II
9. A .SAUER, Notas de Aulas do Curso de BRASAGEM no PEMM/COPPE/UFRJ,2007.

Módulo
10. L. GIMENES Jr. e Outros – BRASAGEM no site da INFOSOLDA

Aula:

Brasagem

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"Brasagem é uma técnica de união que produz a

coalescência de materiais pelo aquecimento dos

adição é distribuído, principalmente, entre as juntas,

As partes tem que ser unidas sem fusão do material de base;

O material de adição deve ter a temperatura de fusão acima de

O material de adição tem que molhar as superfícies do metal de

base e se distribuir por ação capilar.

Temp. Fusão > 450oC - Efeito capilar

SOLDA BRANCA / FRACA (“Soldering”,”Weichlöten”)

SOLDA BRASAGEM(“Braze Welding”,”Hartlöten”)

Temp. Fusão > 450oC - Preenchimento de chanfro

1. As superfícies a serem unidas (e o metal de adição - MA !) têm que ser

re-oxidação durante o aquecimento;

deslocará o fluxo, substituindo-o na junta;

5. Com o resfriamento ter-se-á a junta preenchida pelo MA sólido e o fluxo,

6. O fluxo remanescente terá que ser muito bem removido

quimicamente agressivos e podem dar problemas de corrosão na área brasada.

Em trabalho industrial ou repetitivo é comum o uso de atmosferas especiais

preservação das propriedades mecânicas dos metais de base.

• espaçamento da junta (usual de 0,025 a 0,25 mm);

• molhabilidade (ângulo de contato MA e MB);

• reações metalúrgicas MA x MB.

1. BRASAGEM por TOCHA;

4. BRASAGEM por RESISTÊNCIA;

5. BRASAGEM por IMERSÃO;

Brasagem por tocha é realizada pelo aquecimento de uma ou mais tochas

1. O metal de adição pode ser pré-posicionado na junta sob forma de anéis,

através de arames ou varetas (existem pistolas que mecanizam a alimentação).

Em qualquer caso, a limpeza e a fluxação prévia são essenciais.

Utilização de chama com característica NEUTRA ou ligeiramente REDUTORA;

Fluxo colocado antes do aquecimento (junto ou antes da adição do MA);

Pastas de fluxo feitas com álcool são utilizadas, preferencialmente, aquelas

Evitar sobre-aquecimento. Problemas de difusões indesejáveis, "queima" ou perda

Garantir um aquecimento uniforme das partes (problema de peças com massas

devemos estar próximos à temperatura de adicionar o MA;

A chama deve ser dirigida ao MB e não ao MA;

Em brasagem não se utiliza a parte mais quente da chama (ponta do "dardo") de

A fluxação é utilizada na maioria dos casos, a não ser em casos onde é

do sistema ou não. As peças a serem

Fornos com esteiras

Se o vácuo é mantido por bombeamento contínuo, ele irá remover os

constituintes voláteis liberados durante a brasagem. Existem diversos metais de base

Exemplos de pré-colocação do material de adição (MA).

em sua posição correta (exemplos abaixo):

Exemplos de fixação de peças para brasagem em forno

Brasagens em fornos, múltiplas

American Brazing, Cleveland, USA

entretanto, uma barreira, previamente depositada, de níquel ainda é preferida, na maioria

Os elementos de aquecimento são usualmente construídos de molibdênio, tungstênio,

grafite, tântalo ou outros materiais de baixa pressão de vapor, resistentes as altas

O isolamento térmico usual é constituído de tijolos de alumina com alta pureza,

A temperatura máxima de operação e nível de evacuação são determinadas pelas

Os fornos podem ser acessados para carregamento lateralmente (fornos retangulares)

Nota: 1 atm = 14,7 psi = 121325 Pa = 760 mm Hg = 760 Torr

Alguns fornos a vácuo possuem um circuito fechado de argônio, de forma a acelerar

Corte de uma bomba turbo molecular (simples)

• mancais de levitação magnética;

Bombas turbo moleculares (Pffeifer)

materiais refratários sob técnicas especiais;

O calor necessário para a

determinada. As peças, em si,

não fazem parte do circuito

Exemplos de tipos de bobinas