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Revisão da Constituição

Poder de fazer alterações na CRP.


Poder constituinte – poder para criar uma Constituição como lei fundamental.
CRP 1976 – Constituição Rígida a revisão obedece ao procedimento legislativo específico
distinto das leis ordinárias.
-> Art. 166º CRP
Limites temporais – Art.284º CRP e seguintes
Revisão extraordinária – a qualquer momento
Limites Orgânicos – Art. 285º CRP
Limites Procedimentais – Art. 286º CRP
-> Art. 287º CRP
Limites Materiais da Revisão – Art. 288º CRP
- As alíneas do art.288º CRP não têm todas a mesma relevância.
- Limites de 1º grau Limites de 2º grau
Limites Circunstanciais – Art 289º CRP
Existiram 7 revisões na Constituição.

Fiscalização Preventiva
Órgão competente - TC
Objeto – Art. 278º/1 e 2 da CRP
Legitimidade – Art. 278º /1,2 e 4 da CRP
Efeitos – Art. 279º da CRP
Controlo abstracto de normas, inserido no próprio processo de produção legislativa, em seguida
à aprovação do diploma normativo pelo órgão competente e antes da respectiva publicação.
Âmbito mais restrito que o do controlo abstracto sucessivo: apenas respeita a normas de
convenções internacionais e de diplomas com o valor formal de lei (lei parlamentar, decreto-lei
do governo e decreto legislativo regional).
Incide só sobre a constitucionalidade.
Controlo não obrigatório - promovido pela entidade à qual incumbe a ratificação, promulgação
ou assinatura do diploma normativo: o Presidente da República ou, no tocante a normas
regionais, o Representante da República na Região Autónoma em causa, ou então, e tratando-se
de decreto que deva ser promulgado como lei orgânica, ainda pelo Primeiro-Ministro ou por 1/5
dos deputados à AR, em efectividade de funções (artigo 278, n.º 4).
As decisões no sentido da inconstitucionalidade: pronúncia de inconstitucionalidade
Fiscalização Abstrata Sucessiva
Objecto: “quaisquer normas...” – adopção pelo TC de um conceito formal funcional de norma:
“atos do poder público que contenham uma regra de conduta ou um critério de decisão para os
particulares, para a Administração e para os tribunais” (Ac. 26/85).
– Exclui: actos políticos, actos administrativos, decisões judiciais, actos jurídico-
privados
– Inclui:
• Actos normativos (direito internacional convencional, actos
legislativos, actos regulamentares)
Art. 281º nº1, alínea a) CRP
Força obrigatória geral – é aplicada a todos os casos e órgãos. Fiscalização desligada de
qualquer caso, o seu efeito abrange todos os seus quadrantes.
Art. 281º/2 CRP – quem pode requerer
Art. 280º CRP -> Art. 281º/3 CRP (IMP!) – O TC vier a apreciar a mesma questão por 3x e for
declarado inconstitucional em 3 casos concretos, passa a ter força obrigatória geral
Art. 282º/1 CRP – Efeitos Da constitucionalidade originária

 Ex Tunc - Efeitos para o passado, desde que ela existe! – Efeitos retroativos.
LA---------------------LN
Face à entrada da LN a LA deixa de existir, caso a LN caia a LA entrada novamente em vigor –
Efeito repestinatório
Art. 282º /2 CRP – Inconstitucionalidade Superveniente
Art. 282º/3 CRP – Efeitos para matéria penal e contraordenações
Art. 282º/4 CRP- É possível o TC balizar, não obrigatoriamente até ao incio da sua entrada em
vigor
Órgão competente – TC
Iniciativa – Art. 281º/2 CRP
Objeto – Art. 281º/1 CRP

Inconstitucionalidade por Omissão


Objecto: omissões legislativas inconstitucionais: está em causa o não cumprimento da
Constituição por omissão das medidas legislativas necessárias para tornar exequíveis as normas
constitucionais (artigo 283, n.º 1).
É necessário que se esteja perante o incumprimento de uma específica incumbência de emitir
certa legislação, cometida àqueles órgãos pela CRP.
Legitimidade: artigo 283º/1 – PR, PJ;PALR
Objeto – Omissões legislativas inconstitucionais (falta de norma)
Efeitos: artigo 283º/2 – Dará conhecimento ao órgão competente (é necessária/desnecessária a
criação de diplomas) -> Art. 164º e 165º CRP

Fiscalização Concreta Difusa


Qualquer tribunal pode oficiosamente ou a pedido das partes conhecer da questão da
constitucionalidade (art. 204.º)
Incidente da inconstitucionalidade: é normalmente suscitado pela parte a quem não interessa a
aplicação de determinada norma.
Uma vez verificado o incidente: o tribunal está obrigado a resolvê-lo, se constatar que esse
problema de inconstitucionalidade é essencial para a decisão da questão de fundo. Tem de haver
interesse processual da questão da constitucionalidade
Órgão competente – TC
Iniciativa – qualquer tribunal; as partes; o juiz; MP
Objeto – todas as normas mais importantes para a resolução do caso
Efeitos da fiscalização – aplicação ou desaplicação ao caso concreto
Base Legal . Art. 204º CRP
Fiscalização Concreta Concentrada
A decisão sobre a questão de inconstitucionalidade está sujeita a recurso para o TC (art. 280.º).
Se se tratar de decisão que aplique norma cuja inconstitucionalidade tenha sido suscitada
durante o processo, é necessário:
– que a decisão recorrida tenha aplicado norma cuja inconstitucionalidade tenha sido
suscitada durante o processo
– que tenha sido o recorrente a suscitar essa inconstitucionalidade durante o processo
– que a decisão recorrida não seja passível de recurso ordinário
Se se tratar de decisão que recuse a aplicação de norma com fundamento em
inconstitucionalidade:
- Há recurso para o TC, independentemente da via ordinária de recurso, desde que a norma
desaplicada fosse determinante na solução do caso concreto.
Efeitos interpartes.
Órgão Competente – TC
Iniciativa – Art. 280º : partes e MP (deve)
Objeto – Art. 280º/1 e 2 CRP
Efeitos da Fiscalização – Art. 281º/3 e a aplicação ou desaplicação ao caso (efeito interpartes).

TERMOS
 Fiscalização Preventiva – o TC pronuncia-se/não se pronuncia no sentido da
inconstitucionalidade

 Fiscalização Abstrata Sucessiva – O TC declara/não declara a inconstitucionalidade

 Fiscalização concreta – O TC julga/ não julga inconstitucional uma determinada norma

 Fiscalização por omissão – O TC verifica/ não verifica a inconstitucionalidade.

RESOLUÇÃO DE CASOS PRÁTICOS


(técnica dos 3 passos)
Acórdão do TC nº----/--
1º PARTE

 Identificação dos problemas em causa


o Quem está a pedir a fiscalização;

o O que é que se está a pedir;

o Por quê que se está a pedir – é indicada a norma constitucional que se considera
violada
Ao Tribunal Constitucional pode ser pedido
- Fiscalização concreta da constitucionalidade
- Fiscalização abstracta sucessiva da constitucionalidade
- Fiscalização preventiva da constitucionalidade
- Fiscalização por omissão da constitucionalidade
2º PARTE

 Analisar as normas pertinentes (tanto da CRP, como as ordinárias)

 Analisar a anterior jurisprudência

 Apelo à Doutrina (ex: citar a posição de alguns autores)

 Tomar uma posição ao pedido que fora pedido


3º PARTE
(2 ou 3 linhas)

 Indica as normas que se consideram inconstitucionais, e quais as regras e/ou princípios


constitucionais violados
2 Tipos
Positivas Negativas
Positivo – acolhimento da inconstitucionalidade
Negativa – rejeição da inconstitucionalidade

Princípios
1. Princípio da Unidade da Constituição
A Constituição deve ser lida na sua unidade de sentido, pelo facto de ser 1 único instrumento
jurídico- normativo.
- ideia de sentido de unidade, de igualdade hierárquico-normativa
- deve ser feita uma leitura sinóptica (2as consequências) de forma a expressar as relações de
interdependência semântica que se verificam entre as normas constitucionais.
2. Princípio da Concordância Prática
Determina que quando a interpretação de 2 preceitos constitucionais conduz a resultados
contraditórios, deve proceder-se a uma tarefa de conciliação que permite dar um sentido útil a
ambos.
3. Princípio da Máxima Efetividade
O 1º implica que seja feita uma interpretação que dê a máxima efectividade.
O intérprete deve escolher aquilo que leve mais longe as finalidades constitucionais (a
interpretação que maximize os valores constitucionais).
4. Princípio do efeito integrador
Alerta-nos para o facto de que os problemas hermenêutico-constitucionais apresentam
incidências importantes no plano social (devem ter em consideração a esfera social/ na vida da
comunidade).
5. Princípio da Conformidade Funcional
Principio vocacionado para a resolução de problemas de interpretação de normas constitucionais
organizatórias.
Pretende-se defender o sistema constitucional de ordenação e separação dos poderes e funções
do Estado.
(Impacto direto de como o poder legislativo é exercido).

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