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PSICANÁLISE

Parte II – Desenvolvimentos da teoria psicanalítica


Fairbairn e a relação com o objeto

. Preconiza a existência, desde o nascimento, de uma relação com o objeto.


⤷ Implica a existência de um Ego desde o
nascimento.

“O objetivo final da líbido é o objeto”, diz Fairbairn (1941).

O que o bebé procura é o


estabelecimento de uma relação afetiva com os objetos.

. Descreve o desenvolvimento em termos


emocionais.
⤷ Reflete a primazia da relação.
M. Klein e a relação de objeto

. O Ego, que existe desde o início da vida, experimenta a


ansiedade do nascimento e é capaz de utilizar mecanismos de defesa
e de formar relações de objeto na fantasia e na realidade.

Intercâmbio complexo entre a


fantasia inconsciente e a realidade externa.

Importância da projeção e introjeção enquanto mecanismos que


regulam a interação do indivíduo com a realidade
externa.
Identificação Projetiva

. Para M. Klein, a identificação projetiva e a clivagem são os


mecanismos essenciais nos primeiros tempos de vida.

Mecanismos da posição esquizoparanóide


que, ao protegerem o Ego de ansiedades, preparam a
entrada na posição depressiva.

A pré-condição necessária para este


desenvolvimento é a predominância de boas experiências sobre as más.

Conduzem a uma diminuição da clivagem


e levam à intensificação da identificação introjetiva.
Mundo interno

. É um mundo/espaço interior que, como o mundo externo,


é um lugar real de vida, lugar habitado por
objeto internos (pessoas psíquicas) em vários graus
de comunicação integrativa (ou desarmonia disruptiva), objetos com
muitas qualidades e múltiplas agendas
(pessoas com personalidades próprias e desejos diversos).

⤷É uma cosmologia (Meltzer, 1984).

⤷É uma sociologia (Mancia, 1997).


Bion e o desenvolvimento da função 𝜶

. A identificação projetiva está subjacente à


comunicação humana, em particular, mãe-bebé.

O bebé projeta (IP) os elementos 𝜷 na mãe


e esta, através da função 𝜶, vai transformá-los em elementos 𝜶
que serão depois reintrojetados pelo bebé.

O bebé ao introjetar os elementos 𝜶


e ao internalizar a função 𝜶 da mãe fica com os
meios para pensar.

“Como defino o pensamento, quem não produz elementos 𝜶


não consegue pensar” (Bion, 1970).
Os pensamentos e o pensar

. Para Bion, pensar é um desenvolvimento imposto ao


psiquismo pela pressão dos pensamentos.

. pré-conceção
. Pensamentos . conceção
. pensamento

. A capacidade de tolerância à frustração


torna-se um fator importante para o desenvolvimento do
pensamento.
⤷ O pensamento relaciona-se,
assim, com a capacidade de reconhecer e de experimentar a ausência.
Winnicott: o ambiente e os processos de maturação

. Holding; Handling;

. Mãe suficientemente boa;

. Mãe normalmente devotada ao seu bebé;

. Preocupação maternal primária;

. Estado de “loucura” normal da mãe.

Conceitos/expressões de Winnicott que


expressam a importância do investimento materno nos primeiros tempos de vida.
O objeto subjetivo

. “A mãe coloca o seio real exatamente onde o bebé está pronto para
criá-lo, e no momento exato” (Winnicott, 1971).

Experiência criadora de um objeto: o


objeto subjetivo.

É esta criatividade primária que,


para Winnicott, vai proporcionar ao bebé a ilusão de unidade com a mãe - a
ilusão da subjetividade pura - levando, portanto, ao sentimento
de ser o mesmo, de ser um.
O objeto transicional

. No decurso do processo de “ilusão/desilusão” Winnicott sublinha


a importância dos objetos transicionais.

Símbolo de união do bebé e da mãe,


ou parte desta, no tempo e no espaço em que se inicia a separação.

É neste espaço-tempo que se organiza a


área intermediária, a área que contrasta com a realidade psíquica interna
e com o mundo real.

É o espaço transicional.

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