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A afetividade e a

construção do sujeito

“A história da construção da pessoa será constituída


por uma sucessão pendular de momentos
dominantemente afetivos ou dominantemente cognitivos, não
paralelos, mas integrados.” (DANTAS, 1992)

Profa. Beatriz Nascimento


FASB- Psicopedagogia
Para início de
reflexão...
A afetividade ocupa um lugar central tanto sobre a construção
da pessoa, quanto do conhecimento e se inicia no 1º ano de vida

Período IMPULSIVO-EMOCIONAL

Neste primeiro ano ela se relaciona com as questões


fisiológicas da emoção, são instrumentos de sobrevivência
humana
I. A TEORIA DA EMOÇÃO DE WALLON
Nome da Empresa

1. A emoção tem suas raízes na vida orgânica


2. Ela é social e biológica simultaneamente

ESTADO ORGÂNICO
Mediação cultural, social

COGNITIVO, RACIONAL
Nome da mpresa

A consciência afetiva é a forma pela qual o psiquismo


emerge da vida orgânica. ...
Neste sentido dá origem a atividade cognitiva.
(DANTAS, 1992 p. 85-86)
Refletindo a teoria da Emoção
O que nos demonstra
esta fala de Walloniana?

“A razão nasce da emoção e vive da sua morte”


Materialismo dialético

Há uma relação de antagonismo

RAZÃO X EMOÇÃO

Ex.: Quando perde-se a lucidez produzida


por estados emocionais intensos

Assim,
A teoria da emoção é DIALÉTICA para dar conta
da natureza e GENÉTICA para acompanhar as
mudanças funcionais
A importância da questão genética que da
Nome da Empresa

origem a conduta emocional

As estruturas subcorticais do cérebro são um grupo


de diversas formações neurais que se encontram no
interior do cérebro, e incluem o diencéfalo, a
glândula hipófise, as estruturas límbicas e os
núcleos da base. Estas estruturas estão envolvidos
em atividades complexas, como a memória, a
emoção, o prazer e a produção hormonal.

Ex.: Expressão inicial involuntária


e incontrolável
A alteração emocional corresponde a
modulação afetiva e muscular.
Pode ser instigada ou reduzida por agentes químicos.

Ex.: Uma pessoa em estado de ansiedade,


envolvê-la em uma reflexão sobre as causas
das emoções pode reduzir a angústia.
Como podemos
produzir emoções?
Hipotônicas: redutoras do tônus muscular tais como susto e
depressão

Ex.: reação de situação de medo


As emoções
podem ser:
Hipertônicas: geradoras de tônus muscular, como cólera e
ansiedade

Ex.: Alegria, orgasmo venéreo


II . Características do
comportamento emocional

1. Social: na interação entre crianças e adultos pode


haver graves prejuízos pois as crianças são seres
essencialmente emotivos podendo contagiar os
adultos de forma negativa

Ex.: a ansiedade infantil pode produzir angústia ou


irritação no adulto
Características do
comportamento emocional

2. Regressivo: Tendência em reduzir a eficácia


do funcionamento cognitivo

Ex.: A interação entre adultos e crianças em que


a temperatura emocional é sempre elevada

Por isso é importante a educação das emoções,


ela deve ser incluída nas atividades
pedagógicas
Características do
comportamento emocional

3. Contagiosa: Abre-se para o exterior através


das modificações na mímica e na expressão
facial

Ex.: Choro, bocejo, movimentos de braços,


riso
III. Afetividade e inteligência

A afetividade é uma fase do desenvolvimento. O ser humano logo que sai da vida
orgânica é um ser afetivo.

AFETIVIDADE INTELIGÊNCIA

MOMENTOS DOMINANTES
Construção da pessoa AFETIVOS E
MOMENTOS DOMINANTES
COGNITIVOS
III. Afetividade e inteligência
Na sua última fase da construção da inteligência, a afetividade coloca exigências
racionais nas relações.

Ex.: Respeito, justiça, igualdade de direitos com adolescentes e seus pais por exemplo.

Construção do sujeito acontece na interação:


Afetiva emocional - Puramente emoção, depende de parceiros, concreto.
Ex.: Toque, entonação de voz

Afetiva simbólica - Forma cognitiva de vinculação afetiva.


Ex.: Quando incorpora a linguagem oral e escrita

Afetiva categorial - a puberdade, coloca exigências racionais


Ex.: Relação entre adolescentes e seus pais
III. As etapas da construção do eu
1. Período Impulsivo-emocional

A construção do eu inicia-se no nascimento


O bebê responde às sua próprias sensações - estímulos externos
Uma reflexão Caracteriza-se pela fase centrípeta e anabólica - predominio
propositiva afetivo, a criança preocupa-se com seu eu
Baseia-se somente nos movimentos reflexos e impulsivos
Depende de outros seres para se constituir enquanto ser
Sua principal relação é afetiva
III. As etapas da construção do eu
2. Período Sensório motor e projetivo

O bebê começa a andar


Começa o interesse pela realidade exploratória

Uma reflexão Sutis relações entre gesto-intenção; palavra-ideia


O gesto gráfico precede a intenção: o projeto é uma resultante
propositiva
Obs: O desenvolvimento não é linear, por vezes é necessário voltar
para recuperar possibilidades atrofiadas pela tendência imperialista,
da corticalização (migrações do córtex cerebral), do voluntário, do
lógico. - por isso esta teoria é dialética
Ex.: o professor do filme “Como estrelas na Terra” faz este movimento de
voltar ao criativo, á liberdade de expressão
Uma reflexão destas fases...

A criança torna-se capaz de transcender a cultura. A


história de desenvolvimento de sua inteligência será a
história da superação do aqui e agora, no qual se
incluem os seus próprios estados
afetivos momentâneos.
(DANTAS, 1992)
III. As etapas da construção do eu
3. Período Personalismo (4 - 6 anos)

A percepção de si transforma-se em consciência de si - imagem


no espelho, conhecer-se de fora para dentro
Fase de conflito entre as questões internas e externas
Uma reflexão O eu ainda frágil precisa da admiração alheia para completar sua
propositiva construção e assim se oferece em espetáculo
Espaço para manifestação expressiva: plástica, verbal, dramática,
escrita através de personagens que provocam identificação
Se bem desenvolvida, permite a superação do sincretismo da
pessoa (superar os conflitos internos, mistura de pensamentos,
fantasia-realidade) que será trasnposta para o plano da
inteligência
Depende tanto do desenvolvimento do organismo (maturação
cerebral) quanto dos estímulos externos
III. As etapas da construção do eu

4. Período Pensamento categorial (7 - 10 anos)

Capacidade conceitual, definir e explicar


Uma reflexão Superação das tendências sincréticas da inteligência infantil
propositiva (conflitos de pensamento)
Capacidade de fazer análise e síntese do pensamento
Relações articuladas entre ideias e coisas
Tem uma relação direta com a etapa seguinte da puberdade
III. As etapas da construção do eu
5. Período Pubertário (11 anos em diante)

Último processo de crise de construção do eu


Ruptura profunda que passa pelo nível somático e impõe uma

Uma reflexão reconstrução corporal


É preciso se entender dentro do próprio corpo, às novidades que
propositiva a vida lhe agrega
Se abre para dimensões ideológicas, políticas, éticas, religiosas
que precisa ocupar
Agora o projeto (o futuro) tem tanta importância para defini-lo
quanto tinha a memória (o passado) para definir a criança
Se sente confrontado em se integrar a grupos sob pena de
desintegrar-se - requer neste momento a extensão da
inteligência
Inteligência e Pessoa

Perdi-me dentro de mim


Porque eu era labirinto
E agora quando me sinto
É com saudades de mim.

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