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UNIVÉRSIDA LICUNGO

FACULDADE DE CIENCIA DE EDUCAÇÃO


CURSO: PSICOLÓGIA EDUCACIONAL

RELONDA PEDRO JOÃOAmade Angelito Cônsul


Fátima João Macuanja
José Cardoso Mussosso
Zeca Erneu Muniala

Avaliado com 15 valores

Ninfomania, história da Hanna Joe


Licenciatura em Ensino de Psicologia Educacional
Universidade Licungo
BEIRA
20221
Amade Angelito Cônsul
Fátima João Macuanja
José Cardoso Mussosso
Zeca Erneu Muniala

RELONDA PEDRO JOÃO

Ninfomania, história da Hanna Joe


Licenciatura em Ensino de Psicologia Educacional

Relatório a ser apresentado ao


departamento de Ciências de
Educação em Psicologia, Curso de
Psicologia Educacional, Cadeira de
Estagio em Psicologia Educacional,
4º Ano

Dr. Gracinda Siyawadya


Universidade Licungo
Beira
20221
Índice
Resumo.......................................................................................................................................3

1. Introdução...........................................................................................................................4

2. Contextualização.................................................................................................................5

2.1. Breve resenha histórica da Hanna Joe a ninfomaníaca...................................................5

3. Enquadramento teórico.......................................................................................................6

3.1. Ninfomania......................................................................................................................6

3.2. Sinais e sintomas de ninfomania.....................................................................................6

3.3. Papel dos pais..................................................................................................................9

4. Metodologias....................................................................................................................10

4.1. Tipo de pesquisa............................................................................................................10

4.2. Quanto a abordagem.....................................................................................................10

4.3. Métodos de procedimentos...........................................................................................10

4.4. Método dedutivo...........................................................................................................10

4.5. Técnicas de colectas de dados.......................................................................................10

4.6. Observação....................................................................................................................10

5. Diagnóstico do caso..........................................................................................................11

6. Discussão/tratamento........................................................................................................11

6.1. Terapia a usar no caso...................................................................................................12

7. Conclusão..........................................................................................................................13

8. Referências bibliográficas.................................................................................................14
Resumo

O presente trabalho pretendoemos falar da ninfomania guiado pelo filme da Hanna Joe, tem
como objectivo geral de analisar o filme ninfomaníaco volume 1, conceptualizar a
ninfomania, compreender o papel dos pais na educação sexual dos filhos/as. No entanto, as
metodologias a usar para a materialização do relatório, foi uma buscao grupo fará uma
buscavasculha profunda das diversas obras que falam da ninfomania nos livros, artigos,
manuais e consultas da internet, pois amostra é uma parte da população ou universo
seleccionado segundo critérios que garante sua representatividade ou subconjunto finito da
população, assim sendo, como amostra para o efeito deste relatório, terá 2 duas jovens que
tiveram papel importantíssimo no filme (ninfomaníaco volume 1). Pois, concluiuímos que na
Hanna Joe se tivesse uma infância tranquila igual a todas outras, dificilmente desenvolveria
esse transtorno de ninfomania.

Palavra – chave:

Ninfomania, psicanálise, educação.


1. Introdução

O presente relatório é referente a Cadeira de Estagio em Psicologia Educacional. Onde


estudaremos aspectos ligados a ninfomaníaca, usando como guia o filme da Hanna Joe. No
entanto, com esta temática de pesquisa temosobteremos como objectivos fulcrais deste
relatório, consistindo em explanar sobre o desenvolvimento sexual segundo a vertente
psicanalítica, explicitando as fases propostas por Freud; conceptualizar a ninfomaníaca;
compreendiermos o impacto do diálogo nas crianças sobre a sexualidade.

Para a materialização deste relatório, partimos das consultas bibliográficas, filme, leitura de
diversos manuais, artigos e internet que tratam a questão em causa. Em linhas justificativas,
esperoamos com essa pesquisa poder contribuir com a criação de um ambiente de suporte, no
que tange a vinculação familiar nas crianças ao longo do seu período de desenvolvimento, ou
seja, a importância de explicar as crianças matérias relacionados a sexualidade, também
esperoamos minimizar os problemas relacionados com a má ocorrência de algumas fases
psicossexuais de Sigmund Freud.

A ninfomaníaca entende-se como presença de um transtorno apenas em mulheres, pois


quando esse mesmo problema psiquiátrico é identificado nos homens, é chamado de satiríase.
Assim sendo, o relatório estará estruturado da seguinte maneira: contextualização,
enquadramento teórico, metodologias, resultados ou diagnóstico, discussão ou tratamento,
conclusão e finalmente as referências bibliográficas. Entretanto, na primeira parte,
contextualização onde nos ocuparemos a narrar a história da Hanna Joe de forma clara e
objectiva, na segunda parte, enquadramento teórico onde iremos abordar a teoria de
sigmundSigmund Freud que fala de forma explícita a sexuliadadesexualidade onde a
relacionaremos com a ninfomania. Na terceira parte, metodologias, ondenos ocupareimos em
detalhar os principais métodos que usarei mos para esta pesquisa da ninfomaníaca, pois na
quarta parte, resultados ou diagnóstico falaremos dos dados do caso. Entretanto, na quinta
parte, discussão ou tratamento nos ocuparemos a discutir como resolver a ninfomaníaca sob a
óptica de várias abordagens psicológicas. Na sexta parte, conclusão onde apresentarei mos os
meunossos aprendizados obtidos ao longo do estudo de caso da Hanna Joe e finalmente a
sétima parte correspondente a referências bibliográficas onde as apresentaremos de acordo
com as normas APA 6ª edição.
2. Contextualização
2.1. Breve resenha histórica da Hanna Joe a ninfomaníaca

Em uma noite fria de inverno, o velho Seligman (Stellan Skarsgård), um bacharel de meia-
idade, encontra no beco atrás de seu apartamento Joe (Charlotte Gainsbourg), uma
ninfomaníaca autodiagnosticada, recém espancada e deitada no chão, e decide ajudá-la. Em
sua casa escuta atentamente enquanto Joe relata sua história cheia de acontecimentos de sua
vida libidinosa. Seligman, um homem altamente educado mas clausurado, conecta e analisa
as histórias de Joe com o que tem de conhecimento. O passatempo favorito de Seligman para
ler é sobre a pesca com mosca, ele tem o anzol de pesca na parede e com este assunto sua
conversação começa. Ao longo da história, ele associa muito do que ela experimentou com
métodos da pesca.

Entretanto, o filme, é subdividido em 4 capítulo, por sua vez o primeiro capítulo narra que, na
adolescência com seus 15 anos, ela perde sua virgindade para um jovem arbitrário chamado
Jerôme. Este primeiro encontro, que termina com Jerôme casualmente deixando-a para
consertar o seu ciclomotor, deixa-a decepcionada, enquanto Seligman observa que a
combinação do número de vezes que Jerôme a penetrou. Vários anos depois, Joe se envolve
em um concurso com sua amiga B (Sophie Kennedy Clark) durante uma viagem de trem,
qualquer das duas mulheres que tiverem relações sexuais com a maioria dos passageiros pela
chegada do trem na estação ganha um saco de doces de chocolate. Depois de ter relações
sexuais no banheiro com vários dos homens que ela se depara, Joe vence por realizar um
golpe de trabalho em um passageiro em um carro de primeira classe, S (Jens Albinus). S é um
homem casado que resiste a ambos os avanços dela e B, mas, em última instância Joe força-
se sobre ele. Joe diz a Seligman que seu encontro com S é a primeira de muitas coisas
terríveis que ela fez, mas ele acusa sua acusação.

No entanto, no segundo capitulo, Joe fala sobre suas primeiras experiências com amor real,
algo que ela descarta como "luxúria com ciúme acrescentado". Joe assume mais amantes
como ela, B, e vários amigos criam um clube, "The Little Flock", dedicado a libertar-se da
fixação da sociedade no amor. Porém, no terceiro capítulo, em uma ocasião com um de seus
amantes, H (Hugo Speer), Joe inadvertidamente causa o conflito que o faz deixar sua esposa
para ela. A aflita Sra. H (Uma Thurman) chega e demoniza os dois na frente de seus filhos,
embora Joe afirma no presente que isso mal a afectou.

Finalmente no quarto capítulo, uma conversa sobre Edgar Allan Poe e sua morte de delirium
tremens lembra Joe da última vez que ela viu seu pai. Ela é a única a visitá-lo no hospital
quando ele morre de câncer. Depois que Seligman explica como ele sente que Bach
aperfeiçoou a polifonia, Joe usa seu exemplo para falar sobre três amantes que levam ao seu
"cantus firmus". A "voz de baixo", F (Nicolas Bro) é um homem tenro, mas previsível que
coloca suas necessidades sexuais acima da sua própria. A "segunda voz", G (Christian Gade
Bjerrum), emociona Joe por causa de seu controle animalista na cama. Enquanto os dois se
envolvem em sexo autenticamente apaixonado - ao lado das experiências de Joe com F e G -
Joe fica emocionalmente perturbado quando descobre que ela não pode mais "sentir nada".

3. Enquadramento teórico
3.1. Ninfomania

De acordo com o código internacional de doenças (CID), a ninfomania é considerada uma


compulsão, não relacionada a produção de harmónios sexuais, assim como a compulsão por
comida, bebida ou por compras, ela acontece quando a paciente não consegue controlar seu
impulso no caocão ninfomania, por sexo. No entanto, a medicina não tem critérios numéricos
para classificar a partir de que momento uma mulher se torna ninfomaníaca.

3.2. Sinais e sintomas de ninfomania

De acordo com (Faria, 2021) a ninfomania é um transtorno psicológico normalmente


acompanhado de crises de ansiedade e depressão, além de sentimento de culpa. As mulheres
normalmente possuem comportamento sexual compulsivo e quase sempre sem que haja laço
afectivo, os principais sinais e sintomas da ninfomania são: masturbação em excesso, uso
exagerado de objectos sexuais, fantasias sexuais frequentes e intensas, uso excessivo de
pornografias, falta de prazer e satisfação e múltiplos parceiros sexuais.

A esta temática da ninfomania, fundamenta-se nas abordagens da psicanálise, assim sendo, a


sexualidade é uma dimensão humana essencial, e deve ser entendida na totalidade dos seus
sentidos como tema e área de conhecimento. O primeiro teórico a falar sobre a sexualidade
infantil foi Sigmund Freud. De acordo com Freud (2006) a sexualidade nos acompanha desde
o nascimento até a morte.
Observa-se actualmente uma escassez de estudos voltados para o papel dos pais na educação
sexual das crianças desde a primeira infância, para que estes possam chegar à adolescência
segura e conscientes de sua maturação sexual e tendo consciência de sua sexualidade. Pois a
medida de que uma cresce fisicamente, certas áreas do corpo se tornam importantes como
fontes de uma frustração em potencial, fontes de prazer ou fontes de ambas, tanto prazer
como frustração.

Freud (1905), acreditava que a vida era construída em torno de tensão e prazer. Ao descrever
o desenvolvimento da personalidade humana como psicossexual, Freud quis dizer que o que
se desenvolve é a maneira pela qual a energia sexual do id (a parte mais instintiva da mente)
se acumula e é descarregada a medida que amadurecemos biologicamente.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (1975) apud Egypto (2003):

A sexualidade forma parte integral da personalidade de cada um. É


uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser
separado dos outros aspectos da vida. Sexualidade não é
sinônimosinónimo de coito e não se limita à presença ou não do
orgasmo. Sexualidade é muito mais do que isso, é a energia que motiva
a encontrar o amor, o contatocontacto e a intimidade e se expressa na
forma de sentir, na forma de as pessoas tocarem e serem tocadas. A
sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções
e tanto a saúde física como a mental. Se a saúde é um direito humano
fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada como um
direito humano básico (OMS, 1975, apud EGYPTO, 2003, p. 15 e 16).

O desenvolvimento sexual segundo a vertente psicanalítica, explicitando as fases


psicossexuais proposta por Freud (2006), a saber: Fase oral, fase anal, fase Fálica, fase
latência e fase Genital.

Fases de
desenvolvimento Características
psicossexual

Segundo Freud (2006) a sexualidade é construída durante as primeiras


experiências afectivas do bebé. Quando nasce, a percepção do bebé é
sensorial, todo contacto com seus pais ou cuidadores passa a compor as
Oral primeiras sensações sexuais e será a base para a construção dos vínculos
afectivos e do desejo de aprender. A sexualidade infantil surge ligada as
necessidades orgânicas e acaba se apresentando auto erótica, procurando
a satisfação de seus desejos em seu próprio corpo.
A fase anal sucede a fase oral e inicia-se por volta do segundo ano de
vida. Nesta fase, a libido, que estava concentrada na região dos lábios,
passa para o ânus, ou seja, a satisfação erógena que a zona labial
proporcionava à criança, é substituída pela zona rectal. “Tal como a zona
Anal dos lábios, a zona anal está apta, por sua posição, a mediar um apoio da
sexualidade em outras funções corporais” (FREUD, 2006, p. 175).
É nessa fase que a criança começa a estabelecer o controlecontrolo de
seus esfíncteres. Neste período as crianças começam a criar suas fantasias
sobre o que produzem, ou seja, as fezes. Essa produção tem para ela um
grande valor, porque são objetosobjectos que vem de dentro de seu corpo
e que, de certa forma, fazem parte da criança, proporcionando prazer ao
ser produzido.
Segundo Freud (2006) é a Fálica. Nesta fase a libido erotiza os órgãos
genitais e as crianças apresentam o desejo de manipulá-los. Tanto nos
meninos, quanto nas meninas, esta zona está ligada à micção (glande e
Fálica clitóris). As actividades dessa zona erógena, da qual fazem parte os
órgãos sexuais são, sem dúvida, o começo da vida sexual “normal”.
Freud (1905) conclui que devido à necessidade de higienização da
genitália e a quantidades de dispositivos erógenos existentes, o onanismo
(vício masturbatório) que ocorre no período da amamentação é o
responsável pelo surgimento da futura primazia das zonas.
Segundo Fiori (1981) devido a repressão do Édipo, a energia da libido se
desloca dos seus objectivos sexuais. Como esta energia não cessa, está
Latência constantemente sendo produzida, não pode ser simplesmente contida, é
necessário que ela seja deslocada para outra finalidade. Acaba sendo
canalizada por meio da sublimação para o desenvolvimento intelectual e
social da criança.
Essa fase tem seu início, segundo Nunes & Silva (2006, p. 86), por volta
dos dez anos de idade, ou seja, na puberdade e termina no final da vida do
ser humano. Neste período a criança estará passando por transformações
corporais, biológicas, afectivas e sociais.
Genital Para Fiori (1981, p. 45) “alcançar a fase genital constitui, para a
psicanálise, atingir o pleno desenvolvimento do adulto normal. Segundo a
autora, nesta fase as adequações psicológicas e biológicas já foram todas
atingidas. Ocorreu o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo.

3.3. Papel dos pais

Sem dúvida que, pesquisas (Oliveira et al, 1998) desenvolvidas a respeito deste tema
evidenciam o papel essencial da família na construção da sexualidade pela criança.

Porém, Werebe (1998), afirma que a educação informal, que se realiza pela família, possui
uma importância no desenvolvimento da criança e na formação de valores. Percebe-se o
quanto a fase da descoberta dos órgãos genitais pelas crianças, que ocorre por volta dos três
anos, desestabiliza os pais e os educadores. Nem sempre os pais oferecem aos filhos
informações sobre a sexualidade, seja porque não possuem os conhecimentos para fazê-lo,
seja porque se sentem constrangidos para tratar do assunto. É como se o EGO, por um motivo
de defesa afastasse os eventos geradores de angústia, frustrações, dores que estão conscientes
ou inconscientes no indivíduo.

Para Freud (2006) estas lembranças esquecidas são as grandes responsáveis pelos profundos
rastros em nossa vida anímica e que será a mola mestra para nosso desenvolvimento
posterior. Os pais devem sempre prestar atenção aos questionamentos das crianças, assim
como responder a estes de maneira verdadeira, sem omitir nem entrar em detalhes
desnecessários, deve-se restringir a responder somente as perguntas feitas.

4. Metodologias

Segundo Rúdio, (2002). A metodologia de pesquisa deve ser entendida como o conjunto
detalhado e sequencial de métodos científicos a serem executados ao longo da pesquisa, de
tal modo que se consiga atingir os objectivos inicialmente propostos e, ao mesmo tempo,
atender aos critérios de menor custo, maior eficácia e maior confiabilidade na informação
obtida. No âmbito da execução deste relatório, aplicaremos as seguintes metodologias:

4.1. Tipo de pesquisa


4.2. Quanto a abordagem

O nosso relatório descreve-se como, pesquisa qualitativa. É qualitativa por procurarmos


compreender dos certos comportamentos, de um determinado grupo de pessoas
especificamente Hanna Joe.

4.3. Métodos de procedimentos

BOAVENTURA (2009:64) afirma que todo trabalho de investigação científica necessita de


um potencial bibliográfico, o que confere a pesquisa maiores fundamentos. Iremos recorrer a
algumas obras como, livros, artigos, páginas de web sites, para a execução do relatório como
forma de consubstanciar.

4.4. Método dedutivo


Mediante este método elaboreiamos previamente algumas hipóteses que posteriormente serão
testadas ao longo da pesquisa como forma de assegurar a sua consistência ou validade na
explicação da nossa problemática da pesquisa.

4.5. Técnicas de colectas de dados

Para a colecta de dados será aplicada a seguinte técnica:

4.6. Observação

De acordo com (Lakatos & Marconi 2003) a observação é ama técnica de colecta de dados
para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos ou
fenómenos que se desejam estudar. Desempenha papel importante nos processos
observacionais, no contexto da descoberta, e obriga o investigador a um contacto mais directo
com a realidade.

Usou-se esta técnica observacional para assistirmos o filme ninfomania volume 1, e colher
detalhes fundamentais da personagem principal Hanna Joe. No entanto, no processo de
observação teremos um bloco de notas, para não saturáramo-nos, de modo a garantirmos uma
fidelidade nas observações.

5. Diagnóstico do caso

Em diagnósticos clínicos, a ninfomania é detectada quando uma pessoa se torna incapaz de


controlar suas necessidades sexuais, comportamentos ou pensamentos. Os médicos, tais como
psiquiatras, sociólogos, sexólogos e outros especialistas, têm opiniões divergentes sobre a
classificação e diagnóstico clínico da ninfomania. Como resultado, a “dependência sexual”
não tem uma classificação internacional na lista de doenças (CID e DSM).

Para o caso da Hanna Joe, analiseiarmos de forma minuciosa e nota-se que Hanna apresenta
um transtorno autodiagnósticadaautodiagnosticada de ninfomania, pois pelo que o filme
relata, o primeiro capitulocapítulo narra que, na adolescência com seus 15 anos, ela perde sua
virgindade para um jovem arbitrário chamado Jerôme. Este primeiro encontro, que termina
com Jerôme casualmente deixando-a para consertar o seu ciclomotor, deixa-a decepcionada.
Vários anos depois, Joe se envolve em um concurso com sua amiga durante uma viagem de
trem, qualquer das duas mulheres que tiverem relações sexuais com a maioria dos passageiros
pela chegada do trem na estação ganha um saco de doces de chocolate.
Portanto, constateiamos ainda, lhe faltou um acompanhamento profissional na superação
desse transtorno, pois assim o papel das figuras paternais é de extrema importância nessa
temática.

6. Discussão/tratamento

O tratamento desse transtorno é feito com acompanhamento psiquiátrico e psicológico,


podendo também ser utilizada a psicoterapia em grupo e o uso de medicamentos que
diminuem a sensação de prazer no cérebro.

Em toda prática psicanalítica, principalmente no âmbito clínico, é importante o entendimento


de estruturas psíquicas e a correlação da mesma com os sintomas evidenciados. A dinâmica
de funcionamento do inconsciente e da economia psíquica do desejo são as principais aliadas
para compreender o mecanismo psíquico de uma pessoa, que se organizou a partir de relações
edipianas. O contexto clínico é de suma importância para o progresso do conhecimento em
Psicanálise, visto que a investigação encontra-se inviável na falta de um caso clínico. Dá-se
aqui o valor da Psicanálise como método de pesquisa inerente ao tratamento, uma vez que a
pesquisa do inconsciente é o próprio tratamento.

No que tange ao método psicanalítico, este se baseia no entrelaçamento entre associação livre
e atenção flutuante, de modo que a escuta oferecida pelo analista constitui o próprio acto
analítico, na medida em que coloca o sujeito em movimento.

De acordo com Rebouças & Dutra (2010), é justamente esta escuta que torna possível
transpor o referencial psicanalítico para os atendimentos realizados com Hanna Joe
psicológico. Contudo, diferentemente do tratamento analítico convencional, o plantão
consegue absorver demandas limitadas devido à escassez de tempo. Em vista disso, o
objectivo desta prática é atender o que o paciente traz de mais urgente, acolhendo seu
sofrimento e atentando para suas manifestações inconscientes.

A ninfomania, também conhecido como vício em sexo, é descrita por médicos como uma
necessidade compulsiva de sexo. É considerado um transtorno hiper-sexual.

6.1. Terapia a usar no caso

A terapia comportamental cognitiva é uma forma comum de tratamento de pessoas


ninfomaníacas. A terapia comportamental dialéctica é apontada pelos cientistas e médicos
como um factor importante no tratamento. Para o caso que diagnosticamos, submeteremos a
Hanna Joe a uma terapia cognitiva comportamental de a enquadra-la no mundo real.

7. Conclusão

Após termos de realizardo o relatório, entendiemos que a história da Hanna Joe é sobretudo
uma má ocorrência de uma das fases da psicossexualidade de Freud, na especificidade, a
fálica, pois nesta fase a libido erotiza os órgãos genitais e as crianças apresentam o desejo de
manipulá-los. Tanto nos meninos, quanto nas meninas, esta zona está ligada à micção (glande
e clítoris). Entretanto, as actividades dessa zona erógena, da qual fazem parte os órgãos
sexuais são, sem dúvida, o começo da vida sexual “normal”. Portanto, conseguimos aprender
que a terapia comportamental cognitiva é uma forma comum de tratamento de pessoas
ninfomaníacas. Como limitações, notamos que havia um escasso de dados da Hanna Joe, pois
dificultou-nos em dar a devida clarividência nesse aspecto. De realçar que em diagnósticos
clínicos, a ninfomania é detectada quando uma pessoa se torna incapaz de controlar suas
necessidades sexuais, comportamentos ou pensamentos.
8. Referências bibliográficas

Egypto, A. C. (1981. 144 p). Orientação Sexual na Escola: um projecto apaixonante: o


projeto de orientação na escola. (org). Clara Regina Rappaport. São Paulo.

Ninfomania: o que é, sintomas e tratamento. Www.tuasaude.com. Acessado em 23/06/21,


pelas 20h 23minuto.

Fiori, W. da R. (2003. 92 p). Teorias do Desenvolvimento: Conceitos fundamentais: modelo


psicanalítico. Cortez. São Paulo.

Freud, S. (2006, 1901-1905p.) Um caso de histeria, Três ensaios sobre sexualidade e outros
Trabalhos. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud
Volume VII. Imago Editora. Rio de Janeiro.

Outeiral, J. O. & Silva, M. C. P, (2006. 123 p) (org). Sexualidade Começa na Infância:


Educar nos tempos de hoje. Casa do Psicólogo. São Paulo,

Zornig, S. A. (2008). As teorias sexuais infantis na catualidade: algumas reflexões, Rio de


Janeiro.
Rebouças, M. S. S. & Dutra, E. (2010, 19-28p). Plantão psicológico: uma prática clínica da
contemporaneidade. Revista da Abordagem Gestáltica.

Werebe, M. J. G. (1998). Sexualidade, Políticas e Educação. Autores e associados. São Paulo.

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