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Nota Técnica
1. ASSUNTO
2. ANTECEDENTES
1
Químico Industrial, Fiscal Federal Agropecuário – Lanagro/RS; Resonsável Técnico do LABV/LanagroRS; Coordenador
da Subcomissão Métodos de Análises da CTBVV; Responsável Grupo Técnico de Bebidas da Rede Metrológica RS
2
Categorias e Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) de açúcares (g/L em glicose) em determinados tipos de vinhos,
segundo Decreto 8198/2014. Vinho finos e de mesa: seco, até 4,0; meio-seco, 4,1 a 25,0; suave, de 25,1 a 80,0.
Espumantes: nature, até 3,0; extra-brut, de 3,1 a 8,0; brut, de 8,1 a 15,0; seco, de 15,1 a 20,0; meio-seco ou meio-doce,
de 20,1 a 60,0; doce, acima de 60,1.
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O problema torna-se ainda mais crítico com a alteração do padrão (PIQ) do vinho seco,
de 5,0 para 4,0 g/L (Decreto 8198/14, BRASIL, 2014). Para espumantes então, chegam a seis
as categorias de classificação, na faixa de zero a vinte gramas por litro. Por isso, um maior
nível de exatidão e confiabilidade é requerido, dependendo da adoção de um método de
análise adequado.
3. ANÁLISE
Será conduzida no sentido de abordar primeiramente a origem e natureza do parâmetro
analítico (açúcar) em questão, dos métodos de análise disponíveis, dos métodos de referência
adotados pelo MAPA e pela OIV, finalizando com a apresentação de três estudos de casos
comparativos de análise de vinhos com as metodologias em debate.
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Para a obtenção de cada 1ºGL de álcool, são necessários 17 g/L de açúcar na uva
(GUERRA et al., 2005). O teor de açúcar da uva pode variar entre 15 e 30% em razão de
alguns fatores como variedade da uva, estágio de maturação, sanidade e clima. Os açúcares
da uva são quase constituídos exclusivamente de D-glicose e D-frutose em proporções
sensivelmente iguais no momento da plena maturação (ALI et al., 2010), enquanto que
sacarose e outros açúcares raramente são encontrados em uvas de Vitis vinifera. A sacarose
não está presente nos vinhos já que se hidrolisa a glicose e frutose durante o processo
fermentativo (MORENO e PEINADO, 2010). Durante a maturação a relação glucose/frutose,
sob a ação da enzima epimerase, evolui no sentido de formação da frutose. No suco da uva
madura, o teor global de glicose e frutose situa-se entre 150 e 250 g/L (RIBÉREAU-GAYON,
2003)
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No entanto, o sabor doce perceptível na ponta da língua pode ser real ou aparente,
conforme as características da substância que o provoca; no primeiro caso, por exemplo,
vinhos de uvas de aroma “adocicado”, tais como, moscato, chardonnay, transmitem também a
sensação de “sabor doce”, mesmo que o vinho não contenha açúcares num limiar perceptível;
a maior quantidade de álcool e glicerina também transmite a sensação de doçura aparente
(LONA, 1996).
Segundo o autor, existe um umbral de percepção do sabor doce, que varia dependendo
da idade, do treino, etc, e que está situado entre 3 e 5 gramas de açúcares por litro.
Geralmente, o dulçor do vinho é detectado em níveis superiores a 1% m/v de açúcares totais,
sendo influenciado também por outros constituintes tais como etanol, ácidos e taninos. Cabe
observar que o poder edulcorante da frutose é maior que o da sacarose, que por sua vez é
maior que o da glicose.
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que, sendo muito específicas, não sofrerão ação de possíveis interferentes com grupos
redutores livres.
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É uma metodologia corrente desde os anos 1970, útil para determinar analitos passíveis
de reação bioquímica catalisada por uma enzima estabilizada, e que resulte produto que exiba
propriedade mensurável (absorbância UV/vis, fluorescência, etc).
+ 6 +
+ 6 +
6 + ! 6 + "+ "
Por fim, o manual da OIV (2013) ainda apresenta o método OIV-MA-AS311-07, para a
determinação total de glicose e frutose por pHmetria diferencial após fosforilação dos açúcares
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com a enzima hexoquinase. Ignora-se, até o momento, a aplicação deste método por algum
laboratório de análise de bebidas no Brasil.
No tocante à análise de açúcares, entretanto, nada mais foi posto, razão pela qual
perdura o atual desentendimento no comércio internacional sobre os laudos analíticos
produzidos pelos laboratórios oficiais e credenciados do MAPA.
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Recomendou, por fim, aos Estados-membros, que adotassem tais referências, de modo
que a determinação de “glicose + frutose” substituísse a determinação de “açúcares
redutores”, a fim de evitar distorções na classificação dos tipos de vinho, em função do seu
conteúdo de açúcar.
Adiante, em 2009, a OIV emitiu a resolução OENO 377, que tratava da atualização do
compêndio de métodos de análises de vinho e mostos, e concomitante categorização dos
métodos segundo a resolução 9/20003. Desta forma, os métodos de “glicose e frutose”
enzimático e por HPLC tornaram-se categoria II; pHmetria, III ou IV; e o método “açúcares
redutores” foi reclassificado como categoria IV, com a substituição do termo por “substâncias
redutoras”.
Percebe-se, portanto, que a presente Nota Técnica vem apenas endossar uma decisão
compulsória a que se obrigaria um Estado-membro reconhecer imediatamente. Busca-se, aqui,
corrigir, mesmo tardiamente, a distorção que persiste nas análises de controle de
importação/exportação realizadas pelos laboratórios oficiais e credenciados do MAPA.
3
Categorias de métodos de análise da OIV:
Categoria I (método de referência de critério): um método que determina um valor que pode ser obtido apenas pela
implementação do método em si e que serve, por definição, como o único método que estabelece o valor aceitável do parâmetro
medido (ex.: grau alcoólico por picnometria, densímetro eletrônico ou balança hidrostática; cinzas por gravimetria; pH por
potenciometria).
Categoria II (método de referência): usados em casos de disputas e em calibrações quando não há um método do tipo I disponível,
podendo ser selecionado também da categoria III (ex.: potássio por absorção atômica; ácido cítrico enzimático).
Categoria III (método alternativo aprovado): é um método que atende aos critérios do Subcomitê de Métodos de Análises da OIV
e pode ser usado para monitoramento, inspeção e regulamentação (ex.: glicose e frutose por pH-metria; potássio por fotometria
de chama).
Categoria IV (método auxiliar): refere-se a técnicas implementadas recentemente, as quais o subcomitê ainda não especificou
critérios de aceitação (ex: ácido cítrico por oxidação/iodometria; ácidos orgânicos via HPLC).
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Teor açúcar: 26 amostras de vinhos secos e meio-secos (<9 g/L); 1 vinho suave e 3
espumantes (entre 9 a 30 g/L)
Cor: brancos, 12; rosados, 2; tintos, 16
Nacionalidade: brasileiro, 10; argentino, 7; chileno, 5; europeu (francês, espanhol,
italiano, português), 7; uruguaio, 1.
Safras: 2002 a 2013
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vinhos tintos, com uma tendência sutil de aumento na diferença nos tintos quanto mais antiga
for a safra (Figura 3).
4 4,0
3,5 3,5
3
3,0
2,5
2,5
2,0
2 1,5
1,5 1,0
1 0,5
0,5 - 14/770B
09/5453
08/1497
08/4950
09/1077
09/3849
09/2876
10/2123B
10/2464B
10/2669B
10/2360B
09/719
09/806
09/823
09/812
0
13/998B
14/770B
08/1547
09/3840
09/1285
08/4949
09/5453
09/2876
09/3849
08/1497
08/4950
09/1077
10/2567B
10/2573B
10/2710B
10/1549B
10/2464B
10/2360B
10/2123B
10/2669B
09/704
09/823
09/812
09/806
09/719
Figura 3. Diferença entre os resultados de determinação de açúcares pelo método Lane-Eynon em relação ao
enzimático. No gráfico à esquerda, observa-se amplitude maior nos vinhos tintos (2,8 g/L) do que brancos (0,9 g/L). À
direita, visualiza-se leve efeito do “envelhecimento” do vinho tinto contribuindo para ampliar a divergência dos
métodos de análise.
14,0 4
y = 0,9769x + 2,07
R² = 0,8914
12,0
3
10,0
2
8,0
Resíduos
6,0
0
4,0 0 2 4 6 8 10 12
-1
2,0
0,0 -2
WineFlow
0 2 4 6 8 10 12
Figura 4. Gráficos de correlação (regressão linear y=ax+b) e de distribuição de resíduos (modelo y=ax) entre os
resultados de açúcares redutores (g/L) ensaiados pelo método enzimático (WineFlow, Gibertini) (x) e Lane-Eynon (y).
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A tabela do ANEXO III relaciona os resultados obtidos nos ensaios por CI e EL, além dos
valores contidos nos certificados de origem (CO) do país produtor.
Destas três variáveis pode-se concluir que há uma clara distinção entre os resultados
obtidos tanto por CI quando dos CO, contra aqueles produzidos pelo método EL (Figura 5).
Esta distinção confirma o desvio de valores maiores do método oficial do MAPA (EL), enquanto
que a comparação entre os resultados de CI e CO demonstra uma dispersão mais homogênea
dos resíduos, considerando um modelo de regressão com constante zero (coeficiente linear
igual a zero, considerando a hipótese de que os métodos são equivalentes), para mais e para
menos.
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25,0
6
y = 1,0942x + 2,551 A
R² = 0,8593
4
20,0
0
15,0
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
Resíduos
-2
10,0
-4
-6
5,0
-8
-10
0,0 Resultado Cromatografia Ionica (g/L)
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
25,0 6
y = 1,0844x + 2,4498 B
R² = 0,8447
4
20,0
15,0
Resíduos
0
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0
10,0
-2
5,0
-4
-6
0,0 Resultado Certificado de Origem do Fabricante (g/L)
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0
16,0 6
C
y = 0,8926x + 0,5044
R² = 0,796
5
14,0
4
12,0
3
10,0 2
Resíduos
1
8,0
0
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
6,0 -1
-2
4,0
-3
2,0
-4
-5
0,0 Resultado Cromatografia Ionica (g/L)
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
Figura 5. Gráficos de correlação (regressão linear y=ax+b) e de distribuição de resíduos (modelo y=ax) entre os
resultados de açúcares redutores (g/L): (A) ensaiados pelo método de cromatografia iônica (x) e Lane-Eynon (y); (B)
do certificado de origem (x) e os ensaiados pelo método Lane-Eynon (y); (C) ensaiados pelo método de cromatografia
iônica (x) e os constantes no respectivo certificado de origem do vinho (y).
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Dentre os analitos testados, no caso dos açúcares, oferece opções para os métodos
tradicionais (baseados na titulação por oxirredução), bem como à determinação instrumental
de glicose e frutose.
Desta forma, realizou-se uma compilação dos resultados de açúcares de trinta relatórios
disponíveis, somente da matriz vinho, referentes às rodadas de 2012 e 2014.
1) No caso dos vinhos secos: os resultados comprovam, uma vez mais, a inequívoca
tendência de valores mais elevados dos açúcares redutores comparados á
determinação de glicose+frutose. A diferença média, como se comprova na
correlação apresenta no gráfico da Figura 6, é de 1,4 g/L (na faixa de até 6 g/L),
mais que o triplo dos desvios combinados de ambas técnicas (#0,2' + 0,4' = 0,43).
2) Para bebidas com alto teor de açúcares: a diferença entre os métodos torna-se
insignificante, menor até que os desvios internos de cada método, fato que confirma
que o métodos se equivalem em concentrações maiores que 20 g/L, ou 2% de
açúcar.
GLFRC17 SUC17
VINHO diferença
média desvio média desvio
SECOS (n=24) 2,0 0,2 3,3 0,4 1,3
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8 160
y = 0,9449x + 1,3606 y = 0,9801x + 2,0642
7 R² = 0,9607 140 R² = 0,999
6 120
5 100
4 80
3 60
2 40
1 20
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 0 20 40 60 80 100 120 140 160
4. CONCLUSÃO
Desde 2003 a OIV estabeleceu o método específico para glicose e frutose como mais
eficaz na análise de açúcares do vinho, em função da falta de especificidade, seletividade e
precisão dos métodos tradicionais baseados em oxirredução, tal como o de Lane-Eynon,
preconizado na metodologia oficial do MAPA, datada de 2005, a qual não sofreu revisões
posteriores.
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5. AGRADECIMENTOS
Aos laboratórios SFDK (São Paulo), Labran (Flores da Cunha) e QualiStatus (Viamão)
pela cortesia de fornecer resultados e esclarecimentos sobre as metodologias experimentais.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto 8198/14: regulamenta a Lei nº 7.678/88 que dispõe sobre a produção,
circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho. Brasília: Diário
Oficial da União, 21 fevereiro 2014, Edição Extra I.
GUERRA, C.C. et al. Conhecendo o essencial sobre uvas e vinhos. Embrapa Uva e Vinho,
Documentos, 48. Bento Gonçalves, 2005.
LONA, A. A. Vinhos: degustação, elaboração e serviço. AGE Editora, Porto Alegre, 1996.
MORENO VIGARA, J. J., PEINADO AMORES, R. A., Química Enológica, 1ª. ed., Mundi Prensa,
Madri, 2010.
RIBÉREAU GAYON, P. Tratado de enologia: química del vino estabilización y tratamientos, 1ª.
ed., Mundi Prensa, Buenos Aires, 2003.
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ANEXO II
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ANEXO III
Relação das amostras de vinhos ensaiadas na comparação dos resultados de açúcares totais pelos métodos de cromatografia iônica (CI) e Lane-Eynon (LE)
executados pelo laboratório SFDK e os resultados constantes nos respectivos certificados de origem (CO).
25
LABORATÓRIO DE ANÁLISES DE BEBIDAS E VINAGRES – LABV
Divisão Técnica Laboratorial - DLAB
Unidade Física Farrapos - fone/fax (51) 3286 6399 labvlanagrors@agricultura.gov.br
Av. Farrapos, 285 - 90220-004 - Porto Alegre/RS
Fale conosco: ouvidorialanagrors@agricultura.gov.br
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
LABORATÓRIO NACIONAL AGROPECUÁRIO - LANAGRO/RS
ANEXO IV.
26
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