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RESENHA

WYLLER, William: Ben-Hur. 1959.Filme.

Aislan Nascimento Alves Pedroza

William Wyller foi um dos cineastas americanos que obteve treze indicações ao Oscar
de melhor diretor, tendo vencido três vezes. Teve o seu primeiro filme publicado em 1925 e
se tornou um diretor de referência em Hollywood a partir de 1930 com os seus filmes, Ben-
Hur é um deles.
Para se referir a obra, ela contém um tempo de três horas e quarenta e dois minutos,
um filme extremamente longo, porém mantém uma sincronia entre os acontecimentos. Foi
lançado num período em Hollywood que foi chamado de a ‘’época do ouro’’ (1959), obteve
indicações ao Oscar de melhor filme, melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor direção de
artes a cores, melhor diretor (William Wyller), entre outros.
Ela se baseia numa sociedade no ano 26 d.c (século I), em Jerusalém que, antes dos
romanos deterem uma dominação nesse espaço, as terras eram dos judeus, nela detém uma
figura de um jovem aristocrata, mercador e judeu, Judah Ben Hur. Nesse contexto, Judah se
reencontra com o seu amigo de infância Messala, que se tornou um soldado romano e utiliza
de apelos emocionais referente ao passado entre eles para manipular Judah a trair o seu povo e
se juntar aos romanos. Além disso, eles demarcam um objetivo de construir uma província
disciplinada e obediente, que perseguem os anti-romanos e os obrigam a se enquadrarem nos
costumes da sociedade de Roma. Com a ideia central de dominar e civilizar o mundo, Messala
descreve que a cidade deteve avanços nas construções de estradas e navios que se relacionam
com os ‘’quatro cantos da terra’’, levando a arquitetura, a literatura e as leis romanas.

Atividade ministrada pelo docente Ivan Ramires, da disciplina de Antiguidade.

Acesso 14/07/2022. 14:00. https://www.youtube.com/watch?v=w5rMvtVCfCI

Discente do curso de licenciatura em História, Universidade do Estado da Bahia, DCH-IV, Jacobina-
Bahia.
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Com isso, após o acidente com uma das pessoas importantes para o império e os
desentendimentos de visões políticas entre Messala e Judah, Messala, mesmo sabendo da
inocência de Judah, ele o condenou a viver como escravo, onde o rapaz desenvolve um grande
desejo de vingança. Além disso, após as suas vivências como escravo, ele salva Quintus
Arrius e fogem de um navio em destruição. No entanto, Judah é venerado, começa a fazer
parte daquele meio, enfrenta Messala na corrida de bigas, o vence tornando o Deus da Judéia
vitorioso e cumpre com o seu desejo de vingança com a morte de Messala. Por fim, Judah
descobre que sua mãe e sua irmã estão com lepra, presencia a crucificação do homem profeta
(Filho de Deus) que o ajudou a matar a sua sede e, após a sua morte, viu sua mãe e sua irmã
sendo curadas da lepra após o ocorrido.
Contudo, o autor demostra e nos tenta convencer nesta obra que o império romano se
formou nas terras que eram judaicas, em como essa sociedade foi fundamental para as
transferências de suas culturas (arquitetura, literatura e as leis) por meio das estradas e do
comércio marítimo e, com a jornada de um homem que, aparentemente, é representado por
Cristo na época, considerado pelos judeus como ‘’Filho de Deus’’ e a vitória de um dos seus
representantes na corrida de bigas, permitiu uma introdução e um início de uma construção de
um dos mecanismos com o maior potencial de dominação e controle social, a religião do
Cristianismo dentro do Império Romano, que foi a maior referência nas construções sociais de
países (Europa, Brasil, etc..), fazendo jus a ideia de ‘’civilizar e dominar o mundo’’.

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