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Paulyanna 1
PAT O LO G I AS DA PRÓ ST AT A
PRÓSTATA ANATOMIA
LOCALIZAÇÃO
Cavidade pélvica;
Abaixo da porção caudal da sínfise púbica; DIVISÃO
Cranialmente à camada profunda do diafragma Divisão em lobos (Lowsley);
urogenital; Divisão em zonas (McNeal).
Ventralmente ao reto (o que permite o toque
retal;
Inferior à base da bexiga (onde se dão a
maioria dos sintomas).
Zona periférica
70% da glândula;
Envolve lateralmente a zona central;
Região próxima ao reto (permite que com o
toque retal possa se detectar ao exame físico
alguma alteração);
70-90% dos cânceres.
Zona de transição
5-10% da glândula;
Envolve a uretra a partir da inserção dos
ductos ajaculatórios;
HNP;
10-15% dos cânceres (é raro o surgimento de
neoplasias).
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FISIOLOGIA
HISTOLOGIA
HIPERPLASIA NODULAR DA
PRÓSTATA (HNP)
Todo paciente do sexo masculino vai ter algum
grau de HNP um dia;
Crescimento não maligno da próstata que
surge com o passar da idade;
20% dos homens com + 40 anos;
70% dos homens com + 60 anos;
90% dos homens com + 70 anos.
HNP patológica ~> Hiperplasia epitelial e
crescimento estromal que forma nódulos
microscópicos e macroscópicos na próstata;
HNP clínica ~> Aumento do volume da próstata Estromal ~ glandular ~ mista.
que evolui com obstrução vesical e sintomas
urinários. ETIOGÊNESE E PATOGÊNESE
RTU
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FISIOPATOLOGIA
CÂNCER DE PRÓSTATA
(CAP)
INTRODUÇÃO
Adenocarcinoma acinar;
Câncer mais frequentes entre os homens
(exceto pele não melanoma);
Mundo: 1,1 mi novos casos/ano;
EUA: cerca de 175.000 novos casos/ano;
UK: 40.000 novos casos/anos;
INCA: 65.840 novos casos/ano.
Diagnóstico e tratamento precoce: melhor taxa
de sobrevida;
Mortalidade alta.
EPIDEMIOLOGIA
1 em 9 americanos serão diagnosticados com
CA de próstata;
A maioria tem diagnóstico precoce e bom
prognóstico;
90%: com doença local (77%) ou regional
(13%) - taxa de sobrevida em 5 anos de
100%;
Diagnóstico da doença metastática - taxa de PATOLOGIA MOLECULAR
sobrevida em 5 anos de 30,5%.
Painéis de biomarcadores de prognóstico para
tecidos prostáticos disponíveis no mercado.
FATORES DE RISCO:
Incidência aumenta com a idade ~> principal
Entre 45-54 anos: ~ 9%;
Entre 55-64 anos: ~ 50%;
A partir dos 65 anos: ~ 60%;
65 a 74 anos: ~ 40%;
75 a 84 anos: ~ 15%;
85 anos ou mais: ~ 4%.
Autópsias
Aumento depende da idade;
Entre 40-50 anos: 15%;
A partir dos 79 anos: 59%. FATORES DE RISCO - alimentação
Mais prevalentes em afro-descendentes;
Impacto no desenvolvimento e agressividade
Incidência (ajustado com a idade) é 73%
dos CAP;
maior em afro-americanos do que em
Se relaciona com a susceptibilidade genética;
caucasianos;
A incidência aumenta consideravelmente em
Sugere possível suscetibilidade genética;
japoneses que migram para os EUA;
Maior probabilidade de morte: quase 2x
Ingesta de vegetais e peixes pode prevenir o
maior risco do que caucasianos;
CAP (Chan et al.);
Multifatorial: condições sociais, dieta,
Alguns estudos mostraram associação de
exposição a toxina, pouco rastreamento, carga
consumo alto de carne vermelha e risco
genética, níveis hormonais.
aumentado de CAP (em algumas populações);
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Dietas ocidentais: rica em gorduras e colesterol: Dentre esses estudos não tem nenhum
2010 estudo animal: aumento na concreto, que comprove a eficácia ou o risco
incidência da CAP e grau histológico. desses alimentos. A prof só citou p/ gente ter
Selenium e Vitamina E: prevetion trial- validar uma ideia. O ideal é ter uma dieta balanceada!!
estudos anteriores que sugerem redução de
risco de desenvolvimento de CAP; O paciente pode ter câncer de próstata e
Não houve diminuição no risco de hiperplasia nodular, mas uma não influencia
desenvolvimento da doença; a outra. Ocorrem paralelamente.
Aumento significativo no número de casos
em homens com suplemento de vitamina DIAGNÓSTICO
E e aumento discreto no número de casos
GERALMENTE ASSINTOMÁTICO
em homens com suplemento combinado.
Cálcio, leite e derivados: O câncer de próstata costuma ocorrer na zona
Gao et al: relação entre aumento do periférica;
consumo de cálcio e possível pequeno Toque retal;
aumento do consumo no risco de CAP. Nódulo endurecido;
Coorte Physicans’ Health Study: Superfície irregular (na hiperplasia tende a
- Leite integral: mais associado a doença crescer todo, no CAP não);
fatal ou progressão para doença fatal; Próstata fixa.
- Leite desnatado/semi-desnatado: risco PSA elevado
maior de doença menos agressiva. Quando tem PSA elevado e/ou toque retal
2015 revisão sistemática e metanálise de alterado é indicado a realização da biópsia.
estudos sobre laticínio e ingesta de cálcio Biópsia transretal;
em relação com o risco de CAP; Guia por USG;
Outro componente dos laticínios estaria Sob anestesia.
relacionado com aumento do risco e não a
cálcio ou a gordura do leite. SINTOMAS
Acredita-se que alguns alimentos aumentam a Casos mais avançados (começa a
inflamação, principalmente da COX-2. comprometer a zona de transição e a uretra do
paciente);
FATORES PREVENTIVOS
LUTS;
Alimentação Sintomas neurológicos;
Metástase epidural e compressão da
Soja- encontrado possível efeito protetor; medula.
Causa da diminuição do risco não é Dor óssea;
conhecida; Metástases ósseas (principal sítio de
Teoriza-se que deve ser por um efeito metástase da próstata são os ossos da
estrogênico ou inibição da alfa-5 redutase. pelve).
Tomate e alimentos com licopeno;
Presença de potencial efeito protetor, RASTREAMENTO
porém não há evidências suficientes para TR era a única forma de suspeição de CAP;
sustentar esse benefício. TR+ indicava a biópsia prostática;
Vitamina D: Tumores geralmente grandes.
Alguns estudos investigam se a vitamina Sintomas urinários: RTU
D apresenta algum papel na terapia do Década de 80
CAP. Análise dos níveis de PSA sérico em
Aspirina e AINEs homens sem diagnóstico de CAP mas
considerados de alto risco para
Estudos investigam o papel dessas desenvolver a neoplasia;
medicações na prevenção do CAP; FDA: aprovou o uso do PSA para
O raciocínio é baseado na presença de monitorar a doença em pacientes com
aumento de prostaglandinas e upregulation de CAP.
COX-2 encontrada nas células tumorais; 1994
Jacobs et al. FDA: aprovou o uso PSA para auxiliar na
ACS Cancer Prevention Study II Nutrition detecção precoce do CAP.
Cohort; A maioria dos diagnósticos de CAP foram
Ingesta de 30 ou mais comprimidos/mês precedidos de exames alterados de PSA;
em mais de 5 anos estava associada a Acesso ao PSA levou ao aumento no número
menor risco de CAP. de diagnósticos em pacientes com CAP em
Mahmud et al. estágios iniciais;
Metanálise de estudos epidemiológicos Benefícios do rastreamento: Estádio e grau
observacionais; mais baixos e maior taxa de detecção de
Evidências epidemiológicas sugestivas, doença localizada no diagnóstico;
mas não conclusivas sobre o efeito A efetividade do rastreamento em diminuir a
protetor. mortalidade não foi demonstrada.
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PLCO trial
1993 a 2001;
76.693 homens;
10 centros;
Não houve benefício com o rastreamento anual
em relação a mortalidade.
SCORE DE GLEASON (sempre vai ser a soma GRUPO ISUP - O melhor prognóstico é o Gleason
dos 2 mais frequentes) 6 (3+3 ~> é o mínimo).
Caso o tumor forme glândulas bem formadas o
prognóstico é melhor. Glândulas mal formadas,
prognóstico pior.
Score de Gleason: Padrão mais frequente +
segundo padrão mais frequente;
2 a 10.
2 a 4 bem diferenciado;
5 e 6 de grau intermediário; O PRIMEIRO NÚMERO DIZ RESPEITO AO
7 moderadamente a fracamente TIPO DE CÉLULA QUE MAIS APARECE, SE
diferenciado; É BEM DIFERENCIADA OU NÃO.
8 a 10 alto grau.
1 E 2 NÃO PROGRIDEM ENTÃO NÃO
DEVEM SER RELATADOS. Não existe
nenhum menor que 3+3. O máximo é 5+5.
PROGNÓSTICO
Várias propostas de avaliação de risco vêm
sendo desenvolvidas pelas sociedades
médicas;
Baseados no PSA no diagnóstico, grupo
ISUP da biópsia e cT.
Risco de recidiva bioquímica (aumento do PSA)
e mortalidade relacionada ao câncer após a
prostatectomia radical, radioterapia ou
braquiterapia.
TRATAMENTO
Estágio inicial/baixo risco
Cirurgia (quadros iniciais);
Radioterapia/Braquiterapia;
Vigilância ativa (conduta expectante);
Tumores restritos a próstata;
Pacientes com expectativa de vida menor
que 10 anos;
PSA e exames de imagem.
Não há opções eficazes de tratamento
sistêmico.
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Doença avançada
Terapia de bloqueio androgênico;
Quimioterapia;
Pouca resposta.
Doença avançada ou recidivante que não
responde a bloqueio hormonal.
ESTADIAMENTO pTNM
RADIOTERAPIA
Doença restrita à próstata e tecidos locais;
Pode ser escolha inicial ou adjuvante.
Complicações de disfunção erétil e
incontinência urinária são menores. Porém,
maiores chances de sangramento retal,
proctite...
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BLOQUEIO HORMONAL
Supressão androgênica;
Pacientes mais velhos ou com doença
avançada;
Orquiectomia;
Terapia de privação de andrógeno (central,
testicular e adrenal);
Melhora na sobrevida livre de doença quando
em combinação com radioterapia em pacientes
com doença localmente avançada ou alto risco
não-metastático ou linfonodo positivo;
Complicações: alteração na densidade mineral
óssea, composição corporal, perfil lipídico,
sensibilidade à insulina.
QUIMIOTERAPIA