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Provedoria da Justiça

O Provedor de Justiça foi criado em Portugal em 1975.


Trata-se de uma função do mesmo tipo dos ombudsman e
defensores do povo.
O Provedor de Justiça tem assento, por inerência, no
Conselho de Estado.
Maria Lúcia Amaral, antiga vice-presidente do
Tribunal Constitucional, é a atual titular do cargo, tendo
tomado posse em 2 de novembro de 2017.
Desde 2023 tem sede no Palácio de Vilalva, em Lisboa.
Eleição
O Provedor de Justiça é, de acordo com artigo 23.º da
Constituição da República Portuguesae com a Lei n.º 9/91, de
9 de abril, eleito pela Assembleia da República, por maioria
qualificada de 2/3 dos votos dos deputados, para um mandato
de quatro anos, com possibilidade de ser reeleito uma vez
consecutiva.
Funções e atribuições
De acordo com a Constituição da República Portuguesa e com
a Lei n.º 9/91, de 9 de abril, o Provedor de Justiça tem como
funções, de entre outras:
 Defender e promover os direitos, liberdades, garantias e
interesses dos cidadãos, assegurando, através de meios
informais, a justiça e a legalidade do exercício dos
poderes públicos e judiciais;
 Receber as queixas de todas as pessoas, singulares ou
coletivas, que se sintam prejudicadas por atos injustos ou
ilegais da administração pública ou que vejam os seus
direitos fundamentais violados;
 Dirigir recomendações aos órgãos competentes com vista
à correção de atos ilegais ou injustos dos poderes
públicos ou à melhoria da organização e procedimentos
administrativos dos respetivos serviços;
 Assinalar as deficiências de legislação que verificar,
emitindo recomendações para a sua interpretação,
alteração ou revogação, ou sugestões para a elaboração
de nova legislação, as quais serão enviadas ao Presidente
da Assembleia da República, ao Primeiro-Ministro e aos
ministros diretamente interessados e, igualmente, se for
caso disso, aos Presidentes das Assembleias Legislativas
das regiões autónomas e aos Presidentes dos Governos
Regionais;
 Emitir parecer, a solicitação da Assembleia da
República, sobre quaisquer matérias relacionadas com a
sua atividade;
 Promover a divulgação do conteúdo e da significação de
cada um dos direitos e liberdades fundamentais, bem
como da finalidade da instituição do Provedor de Justiça,
dos meios de ação de que dispõe e de como a ele se pode
fazer apelo;
 Intervir, nos termos da lei aplicável, na tutela dos
interesses coletivos ou difusos, quando estiverem em
causa entidades públicas, empresas e serviços de
interesse geral, qualquer que seja a sua natureza jurídica;
 Integrar o Conselho de Estado;
 Requerer ao Tribunal Constitucional a declaração de
inconstitucionalidade ou de ilegalidade de normas, nos
termos do artigo 281.º, nos 1 e 2, alínea d), da
Constituição;
 Compete ao Provedor de Justiça requerer ao Tribunal
Constitucional a apreciação e verificação de
inconstitucionalidade por omissão, nos termos do n.º 1
do artigo 283.º.
Fim do mandato
O mandato do Provedor de Justiça acaba com a posse do seu
sucessor, morte ou impossibilidade física permanente, perda
dos requisitos de elegibilidade para a Assembleia da
República, incompatibilidade superveniente; ou com a sua
própria renúncia. No caso de renúncia ao cargo ou vagatura,
procede-se a nova eleição no prazo de 30 dias.

Joan
a Brito
G-21/24
2725

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