Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
B.B. HAMEL
Distribuído
Brevemente
A tradução em tela foi efetivada pelos grupos Pegasus
Lançamentos e Girl Power Books de forma a propiciar ao leitor
o acesso à obra, incentivando-o a aquisição integral da obra literária
física ou em formato E-book.
Os grupos tem como meta a seleção, tradução e disponibilização
apenas de livros sem previsão de publicação no Brasil, ausentes de
qualquer forma de obtenção de lucro, direta ou indiretamente.
No intuito de preservar os direitos autorais e contratuais de
autores e editoras, os grupos, sem aviso prévio e quando julgar
necessário poderá cancelar o acesso e retirar o link de download dos
livros cuja publicação for vinculada por editoras brasileiras.
O leitor e usuário ficam cientes de que o download da presente
obra destina-se tão somente ao uso pessoal e privado, e que deverá
abster-se da postagem ou hospedagem do mesmo em qualquer rede
social, e bem como abster-se de tornar público ou noticiar o trabalho
de tradução do grupo, sem a prévia e expressa autorização do
mesmo.
O leitor e usuário, ao acessar a obra disponibilizada, também
responde individualmente pela correta e lícita utilização da mesma,
eximindo o grupo citado no começo de qualquer parceria, coautoria
e coparticipação em eventual delito cometido por aquele, que por ato
ou omissão, tentar ou concretamente utilizar da presente obra literária
para obtenção de lucro, direto ou indiretamente, responderão nos
termos do art. 184 do código penal e lei 9.610/1998.
As pessoas não percebem como quão são caóticas as lutas
reais.
Resmunguei em troca.
— Quem é você?
— Longe daqui.
Amy sorriu.
— Estou feliz, sério. Peço desculpa que mais uma vez não
fui tão disponível quanto deveria.
Eu ri.
Senti-me desiludida.
— Tudo bem, ouvi dizer que era legal. Eu poderia dar
uma olhada.
Amy se iluminou.
— Darcy.
Ele riu.
Ele riu.
Balancei a cabeça.
— Sim, o único.
— Alguma vez o viu?
— Só tentando te entender.
Ele riu.
— Venha comigo.
— Onde vamos?
— Só as mimadas. — respondeu.
Ele sorriu.
— O que houve?
Eu ri.
— Espero que não, desde que ele não deixou minha vista
toda a noite.
Amy riu.
— Estou a caminho.
Eu ri.
Ele assentiu.
— Sim, ela me disse. O Rex gasta tempo em um certo bar
chamado Drake?
— Alô?
Eu ri.
Amy suspirou.
Ela riu.
— Pensei que diria isso. De qualquer forma, me conte
mais sobre esse Rex.
Ela suspirou.
— Momento de fraqueza.
Eu ri.
— Tipo o quê?
— Tente. — Respondi.
Sentei-me em um lado.
— Oi — eu disse.
— Darcy — disse.
— Desculpa? — Eu disse.
— Vazio — Eu disse.
Olhei a bebida.
Ele riu.
— Não preciso de drogas para você. Bebe, menina
mimada.
Concordei pensativamente.
Ele assentiu.
— Mas por que está fazendo isso? Por que você não luta
em uma luta normal?
Ele suspirou e afastou as mãos. Olhou o apartamento,
olhos longe. Não sabia o que fazer, ou se eu deveria chegar até
ele. Os olhos dele voltaram aos meus, e queimaram-me.
Ele sorriu.
— Sei que você quer isso — disse tirando sua mão para
fora. Firmei de volta sobre os meus pés e escorreguei minhas
mãos de seu pescoço, deixando meu sutiã cair no chão,
mudando meus dedos para seu peito esculpido e abdômen,
desabotoei a braguilha. Ele deixou cair seus braços para os
lados enquanto eu puxava a sua bermuda para baixo, caindo
de joelhos. Estendi a mão e puxei para baixo sua cueca boxer
preta e vi como seu pau duro pulou para fora.
Ele não deu mais detalhes sobre sua vida após essa
primeira conversa. Eu tinha 1 milhão de perguntas para lhe
fazer, mas sabia que não era o momento de pressionar. Rex
disse que não queria mais mentir para as pessoas, mas ele
também não parecia animado para entrar em detalhes sobre
as coisas obscuras que estava envolvido. Não entendi por que
o Michael tinha tanto poder sobre ele. Rex devia dinheiro, mas
por que teve de se envolver em coisas perigosas, como lutas de
rua? Ele não conseguia arranjar um emprego e pagar os
empréstimos, pouco a pouco como a maioria das pessoas? Eu
sabia que parecia ingênuo e que estava faltando uma peça
crucial da história.
Por volta das 11:30, parei diante do Bom Cão, que era
onde eu encontraria a Amy para o café. Bom Cão era parte bar
e parte restaurante. Faziam uma comida fantástica e foram
nomeados, pelas centenas de fotos emolduradas de cachorros
que tinham em suas paredes. O lugar era escuro e um pouco
lotado, mas nós tínhamos reservas.
— Sempre — respondi.
Eu ri.
Amy riu.
— Você quer?
— Eu não sei dizer, mas foi ruim. Shane disse que ele
não sabe muito sobre Rex, só que ele e as pessoas com quem
está envolvido são da pesada.
Eu ri.
— Vá em frente, garoto.
Fiquei chocada.
Ela sorriu.
Hesitei.
Mas toda vez que eu pensava sobre ele, sobre seu sorriso
arrogante e sua confiança e como continuamente ficou do meu
lado para me defender, não pude deixar de precisar dele. Senti-
me segura em momentos inseguros por causa dele. Seu corpo
perfeito envolvido em torno do meu, perdido no brilho do outro,
foi um dos momentos mais calmos da minha vida, e eu queria
experimentá-lo novamente.
Quarta-feira, eu já estava preocupada porque ele não
mandou uma mensagem. Estava pensando nele
constantemente e perguntei-me se ele sentia o mesmo. Todas
as informações sobre ele continuaram correndo pela minha
cabeça. No papel, ele obviamente não era alguém com quem
devia me envolver. Devia dinheiro a mafiosos perigosos e
estava lutando em jogos ilegais para pagar sua dívida. Ele
bebia, amaldiçoava e lutava quando queria. Era perigoso e
coberto de tatuagens.
Ele sorriu.
Ele riu.
— Algo assim.
— Demorou bastante.
Olhei confusa.
— O quê?
1
Matar aula.
Ele se aproximou e apontou para a palavra
Rex riu.
Olhei surpresa.
— Sério, cadáveres?
Ele sorriu.
Ele assentiu.
— Realmente é.
— Então conte-me sobre crescer aqui — perguntei. Eu
não queria me intrometer, mas senti-me desesperada para
aprender sobre ele.
Senti-me culpada.
— Merda, me desculpe.
— Como eram?
Ele riu.
— É um nome de família?
Eu ri.
Rex riu.
Balancei a cabeça.
— Não a vê muito?
— Porra de Green.
— E o Michael é o chefe?
— Sim, ele é. É todas as coisas perigosas. E é por isso
que quero que fique longe.
Mas havia algo puro sobre ele que não conseguia colocar
em palavras. Nós não poderíamos ter vindo de origens mais
diferentes e ainda senti que entendeu o que eu tinha passado.
O espectro do meu passado, que continuou a assombrar-me,
era uma parte de sua vida também mesmo se seus fantasmas
fossem diferentes dos meus. O dele pode ser mais difícil, mas
ambos percebemos o significado de se virar sozinho. Além
disso, quando estávamos juntos, não importa o que ele disse,
senti-me segura e protegida em seus braços. Ele fez algo ao
meu corpo que nunca havia sentido antes com ninguém.
Ri.
— Perfeito. Quando?
— Venha às sete.
— Até, então.
Eu ri.
Temia essa conversa. Não queria falar com Amy sobre Rex
porque sabia que não aprovava, mas também queria contar
cada detalhe. Como ela disse, foi um jogo de equilíbrio.
Dei de ombros.
Dei risada.
— Talvez aparecerei no seu apartamento com um rádio
tocando canções de amor sentimental, até ele sair.
Ela sorriu.
Eu ri.
Respondeu rindo.
— Puta.
— Arrancarei suas bolas — disse, segurando a minha
bebida.
— Ah, não fique brava comigo. Não fiz Rex injetar todas
aquelas merdas. Não o fiz roubar carros ou lutar contra caras.
— Não acredito.
— Rex não vem hoje. Ele nem está nem na cidade, idiota.
Seu namorado não te contou isso?
— Ele voltou mais cedo. Por que acha que estou aqui? —
Dei-lhe meu melhor olhar de você-é-burro-idiota.
Isso deu uma pausa de Tadd. Ele pode ter sido um animal
nojento, mas ainda era capaz de formar um pensamento
coerente, mesmo que levasse algum tempo. Tive que ser
confiante e jogá-lo apenas para a direita, do contrário Tadd
veria através de mim, e quem sabe o que faria em seguida.
— Sim, eu vou.
— E o que seria?
— Primeiro, isto.
— Fui.
— Sem polícia.
— Sério, Rex...
Ele me interrompeu.
Isso me fez fazer uma pausa. O que ele quis dizer com
“erros”?
— O que acontecerá?
— Posso ajudá-lo.
— Eu também não.
Ele deixou isso ficar entre nós e não respondi. Sabia que
era a verdade, esteve preparando-me para isso, mas ouvi-lo
dizer as palavras em voz alta era ainda difícil. Sabia que era
louco sentir-se tão fortemente próxima a ele, após um curto
período, mas ligamo-nos de uma maneira que eu não tinha
imaginado que fosse possível. Ele era engraçado, forte, rude e
comandava, tudo que eu precisava em um homem. Entendeu
minha vida familiar e aceitou-me apesar dela. Eu sabia que
tinha sido envolvido com coisas, violência e drogas, e o perdoei
por tudo, mesmo que ele não precisasse de perdão. A única
coisa que eu queria naquele momento era mais tempo para
sermos pessoas normais juntas, para conhecer cada polegada
e pensamento, ter o luxo da calma e tranquilidade que a
maioria dos casais tem. Não peço muito, mas sabia que era o
nosso destino ficar lutando contra aqueles que lhe queriam
fazer mal.
— Lugar nenhum.
— Quem perguntará?
Ele suspirou.
Sabia que eu tinha que fazer algo, mas não sabia o quê.
Peguei meu telefone e passei os números até que encontrei o
de Rex. Olhei para ele por um tempo, pesando minhas opções.
Ele me disse para não entrar em contato, que estaria escondido
e que seria muito perigoso, mas a visita de Michael foi muito.
Senti-me verdadeiramente em pânico pela primeira vez e
precisava falar com alguém. Ele era o único envolvido que
realmente sabia o que estava acontecendo. Finalmente, toquei
no nome dele e coloquei o telefone no ouvido, mas não
aconteceu nada, só um sinal de ocupado. Liguei novamente, e
novamente um sinal de ocupado. Não tinha ouvido um sinal
de ocupado há muito tempo e me perguntei o que significava.
— Tudo bem.
Ela riu.
Eu ri.
— Eu entendo complicado.
Amy sorriu.
Ela riu.
— Isto vai mimá-la, confie em mim. Você nunca quererá
voltar a andar.
Eu a abracei.
Olhei em volta.
A multidão gritou.
— Sim!
Michael
— Se você a machucar...
Ele me interrompeu
— Para dentro.
— Você conseguiu?
Ele sorriu.
— Pelo quê?
Ele parecia longe de mim, gelo contra seu rosto. Sentei-
me ao lado dele.
Ele suspirou.
Ele sorriu.
— E agora?
Ele virou a cabeça e olhou para mim com o seu olho bom.
Golpeou-me fundo com aquele olhar verde piscina dele, mas
manchado pela contusão. Por um lado, ele foi além de “sexy”,
mas por outro lado, estava coberto de lesões. Perguntei-me se
poderia enroscar-me nele sem acidentalmente causar-lhe dor.
— Ganharei.
Encostei no pescoço e cheirei o suor dele novamente.
— Eu acredito.
Ele riu.
— Calma menina.
— Levante-se.
Ri para ele, surpreendida por quão forte ele soava, então
sorri. Levantei-me na frente dele, sentindo-me excitada. Ele
abriu suas pernas e recostou-se de volta no o sofá.
— Agora tira.
— Dói? — Pperguntei.
— Não mais.
Ele riu.
— Tudo bem, tenho uma ideia. Já foi ao Reading Terminal
Market2?
2
Um tipo de mercado público.
Enquanto caminhávamos ao longo do mercado, por entre
a multidão de meio-dia, passando por homens em trajes de
negócios, crianças brincando na rua e mendigos com placas,
ele falou sobre a história do Reading Terminal.
Ele sorriu.
3
É um grupo cultural formado por antigos imigrantes de língua alemã para a Pensilvânia e seus
descendentes.
4
Amish é um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos e Canadá. São conhecidos
por seus costumes conservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones
e automóveis.
Andamos pelas ruas, e ele continuou falando sobre a
história. Fiquei surpresa novamente com seu conhecimento,
especialmente para alguém que passou grande parte de sua
vida fora do sistema escolar, vivendo com gangues e drogas.
Ele era uma pessoa naturalmente curiosa, e embora estivesse
alto na maioria das vezes, disse que estava lendo
constantemente e às vezes roubou livros de história da
biblioteca pública. Sentiu-se mal por causa disso agora, mas
eu não podia culpá-lo.
Eu ri.
5
Em tradução literal seria holandesa, mas como se refere a cultura Pennsylvania Dutch que não tem um
tradução, deixei no original.
— Os Amish, como eles vivem e respiram — explicou.
Virei-me para falar com o Rex, mas meu fôlego ficou preso
na garganta quando vi seu rosto. Seus olhos eram duros e seu
rosto estava sério. Ele estava olhando para fora através da
multidão, e podia ver a raiva rastejando em sua expressão. O
inchaço em torno de seu queixo e testa estava muito melhor,
mas as contusões eram ainda amareladas e roxas e que,
misturada com a raiva, o fez parecer horrível.
— Quem é? — Perguntei.
— Pegue a cadela.
— Depressa, Spud.
— Jogue-a dentro.
— Como correu?
Michael riu.
Tinha que ser pelo menos algumas horas. Senti rugir meu
estômago e eu estava com sede, mas eu não queria gritar.
Quanto mais ficar sem chamar a atenção para mim, era mais
seguro. Algumas horas em uma gaiola sem alimento ou água
era possível; eu sabia que era louco, mas eu estava totalmente
preparada para estripá-lo. Eu pensei sobre as horas que tive
com Rex, os dias que passamos juntos, dentro e fora da cama,
senti como se eu o conhecesse melhor do que antes. Sabia que
ele era minha melhor chance de sair da situação viva, e tudo o
que ele tinha que fazer era ganhar sua luta.
— O que eu te disse?
— Estão me liberando?
— Um pouco de privacidade?
— Vai a merda.
— Ok.
— Ok.
Eu ri e o beijei novamente.
— Nada mau.
Foi sem dúvida a escalada mais difícil e mais perigosa que
fizemos juntos até agora. Estava constantemente espantado
com sua habilidade. Ela trouxe o melhor de mim, e eu estava
sempre tentando acompanhá-la.